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MISSÃO SALESIANA DE MATO GROSSO – MANTENEDORA UNISALESIANO LINS – Rua Dom Bosco, 265 – Vila Alta – CEP 16400-505 – Fone (14) 3533-5000 - Site: www.unisalesiano.edu.br - E-mail: [email protected] 1 A CONSEQUÊNCIA DA PERDA DE UMA CHANCE NO PROCESSO CIVIL A CONSEQUENCE OF A CHANCE LOST IN CIVIL PROCEDURE Fernanda Previatto Antunes Graduanda em Direito Unisalesiano de Lins- [email protected] Prof. Me. Vinicius Roberto Prioli de Souza - Mestre em Direito - Unisalesiano.- Lins [email protected] RESUMO O presente artigo refere-se a um plano de investigação científica, com a utilização da pesquisa bibliográfica acerca da perda de uma chance no processo civil. Pretende-se investigar os erros cometidos pelos advogados no processo, como a perda do prazo processual para a prática de atos processuais, os quais geram a preclusão, podendo causar a extinção do referido processo sem a análise do mérito. Caso o processo seja extinto sem a análise do mérito, por conta do advogado, causando prejuízo ao cliente, o profissional deverá ser responsabilizado. Dessa forma, surge a perda de uma chance no processo civil, e assim, a possibilidade de reparação de danos em face do advogado. Contudo, deverá haver prudência do julgador ao decidir tal questão. O cliente deverá demonstrar que perdeu a possibilidade de alcançar o sucesso no processo, segundo entendimento do STJ. Necessário se faz uma ponderação acerca da probabilidade, a qual imagina-se ser real, que a parte teria de sair vitoriosa no processo. Sendo assim, não será qualquer erro considerado como a perda de uma chance processual. Palavras-chave: Prazo. Preclusão. Responsabilidade Civil. INTRODUÇÃO O advogado tem diversas obrigações no processo, entre elas, a de defender a parte em juízo, dar-lhe conselhos profissionais e usar toda a capacidade para tentar ganhar a causa. A propósito do tema ora aventado, não é demais trazer a lume a lição doutrinária de Venosa (2012, p. 270): As obrigações do advogado consistem em defender a parte em juízo e dar lhe conselhos profissionais. O Estatuto da Advocacia (Lei nº 8906/94) estabelece como atividade exclusivas dos advogados os serviços de consultoria, assessoria, direção jurídica e a postulação perante qualquer órgão do Poder Judiciário. A responsabilidade do advogado, na área litigiosa é de uma obrigação de meio. O advogado está obrigado a usar de sua diligência e capacidade profissional na defesa da causa, mas não se obriga pelo resultado, que sempre é falível e sujeito às vicissitudes intrínsecas ao processo. Sua negligência ou imperícia pode traduzir-se de várias formas. A ineficiência de sua atuação deve ser apurada no caso concreto. O que se repreende é o erro grosseiro, inescusável no profissional.

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MISSÃO SALESIANA DE MATO GROSSO – MANTENEDORA

UNISALESIANO LINS – Rua Dom Bosco, 265 – Vila Alta – CEP 16400-505 – Fone (14) 3533-5000 - Site: www.unisalesiano.edu.br - E-mail:

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A CONSEQUÊNCIA DA PERDA DE UMA CHANCE NO PROCESSO CIVIL

A CONSEQUENCE OF A CHANCE LOST IN CIVIL PROCEDURE

Fernanda Previatto Antunes – Graduanda em Direito – Unisalesiano de Lins- [email protected]

Prof. Me. Vinicius Roberto Prioli de Souza - Mestre em Direito - Unisalesiano.- Lins – [email protected]

RESUMO

O presente artigo refere-se a um plano de investigação científica, com a utilização da pesquisa bibliográfica acerca da perda de uma chance no processo civil. Pretende-se investigar os erros cometidos pelos advogados no processo, como a perda do prazo processual para a prática de atos processuais, os quais geram a preclusão, podendo causar a extinção do referido processo sem a análise do mérito. Caso o processo seja extinto sem a análise do mérito, por conta do advogado, causando prejuízo ao cliente, o profissional deverá ser responsabilizado. Dessa forma, surge a perda de uma chance no processo civil, e assim, a possibilidade de reparação de danos em face do advogado. Contudo, deverá haver prudência do julgador ao decidir tal questão. O cliente deverá demonstrar que perdeu a possibilidade de alcançar o sucesso no processo, segundo entendimento do STJ. Necessário se faz uma ponderação acerca da probabilidade, a qual imagina-se ser real, que a parte teria de sair vitoriosa no processo. Sendo assim, não será qualquer erro considerado como a perda de uma chance processual.

Palavras-chave: Prazo. Preclusão. Responsabilidade Civil.

INTRODUÇÃO

O advogado tem diversas obrigações no processo, entre elas, a de defender a

parte em juízo, dar-lhe conselhos profissionais e usar toda a capacidade para tentar

ganhar a causa. A propósito do tema ora aventado, não é demais trazer a lume a lição

doutrinária de Venosa (2012, p. 270):

As obrigações do advogado consistem em defender a parte em juízo e dar lhe conselhos profissionais. O Estatuto da Advocacia (Lei nº 8906/94) estabelece como atividade exclusivas dos advogados os serviços de consultoria, assessoria, direção jurídica e a postulação perante qualquer órgão do Poder Judiciário. A responsabilidade do advogado, na área litigiosa é de uma obrigação de meio. O advogado está obrigado a usar de sua diligência e capacidade profissional na defesa da causa, mas não se obriga pelo resultado, que sempre é falível e sujeito às vicissitudes intrínsecas ao processo. Sua negligência ou imperícia pode traduzir-se de várias formas. A ineficiência de sua atuação deve ser apurada no caso concreto. O que se repreende é o erro grosseiro, inescusável no profissional.

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O processo é um encadeamento de atos o qual, normalmente, tem início com

a petição inicial, chegando até a sentença. Entre a prática dos atos processuais haverá

sempre um prazo, o qual deverá ser respeitado pelas partes, advogado, membro do

Ministério Público, Juiz, auxiliares da justiça, entre outros.

O desrespeito a estes prazos pode causar sérias consequências a todos os

sujeitos processuais. No caso do advogado, caso isso ocorra, haverá a chamada

preclusão.

A preclusão nada mais é que a perda da faculdade de se praticar um ato

processual, em decorrência do transcurso do tempo, também conhecida como

preclusão temporal.

Ocorrendo a extinção do processo, antes do julgamento do mérito, restará a

responsabilidade civil referente a perda de uma chance, possibilitando assim que o

cliente inicie uma ação de reparação de dano e conjuntamente uma representação

junto a OAB, em face do advogado, fazendo com que o mesmo responda a processo

administrativo.

Para afirmar a ocorrência da perda de uma chance, é necessário o

preenchimento de alguns requisitos: demonstrar que a chance é séria e real, que

perdeu a possibilidade de obter, daquele processo, uma resposta mais vantajosa, não

fosse a negligência do advogado, bem como demonstrar que o processo tinha todas

as exigências (leis, provas e jurisprudências) para seu sucesso.

O objetivo do presente trabalho é demonstrar que quando o advogado perde

um prazo ocorrendo assim o fenômeno da preclusão, tem se a possibilidade de iniciar

um processo de ressarcimento de dano, alegando a responsabilidade civil do

advogado, devido ao fato de que o mesmo não cumpriu o seu dever e provocou um

prejuízo para o cliente. Está situação é conhecida como a ‘perda de uma chance’.

A teoria da perda de uma chance (perte d´une chance) vem sendo estudada

pelos Tribunais em todo o mundo. Tal teoria já é adotada por diversos Tribunais

brasileiros, segundo a qual incide a responsabilidade civil quando o advogado, ou

outra pessoa, retira por dolo ou culpa a chance que a vítima tinha obter um melhor

resultado processual.

Para atingir o objetivo desejado, optou-se, nesse estudo, pelo método de

levantamento bibliográfico acerca do tema, coletando os dados da doutrina,

jurisprudência e da legislação.

Para o desenvolvimento do artigo foi escolhido o método da pesquisa

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bibliográfica acerca do tema, coletando dados da doutrina, jurisprudência e da

legislação, fazendo-se a seguinte divisão no seu desenvolvimento: no primeiro

capítulo foram abordados os aspectos gerais do processo, trazendo o seu conceito e

as espécies de atos e responsabilidade. No segundo capítulo analisou se os prazos e

a preclusão, definindo o conceito, bem como as suas especificidades. O terceiro

capítulo tratou do advogado e da perda de uma chance, mostrando os seus deveres

e o conceito e a aplicação desta teoria.

OBJETIVOS

Devido à situação da perda de uma chance no processo gerar a possibilidade

de se iniciar com uma ação de reparação de dano contra o advogado ainda ser

desconhecida da grande maioria das pessoas, surgem alguns questionamentos sobre

a temática:

1. Analisar a possibilidade de ocorrer à perda de uma chance no processo civil.

2. Verificar se os prazos são fundamentais para dar encaminhamento no

processo.

3. Observar o fenômeno da preclusão influência diretamente na perda de uma

chance no processo civil.

4. Analisar as principais responsabilidades do advogado no processo.

5. Verificar a configuração da responsabilidade civil para o advogado.

6. Analisar os principais motivos para se configurar a perda de uma chance

para poder responsabilidade civilmente o advogado.

O advogado têm diversas responsabilidades e uma delas é manter o processo

em andamento. Para isso é preciso realizar todos os atos, dentro dos prazos

estabelecidos em lei, ou por qualquer outra parte envolvida, para assim evitar a

preclusão e, consequentemente, a extinção do processo sem a resolução do mérito.

Quando isto ocorre, abre-se a possibilidade para que o cliente ingresse com

uma ação de responsabilidade civil, solicitando o ressarcimento do dano causado,

porque o processo estava com todas as garantias para o sucesso. Mas, neste caso,

é preciso frisar a obrigatoriedade do cliente em mostrar que a lide estava praticamente

ganha e isso somente não ocorreu por causa do erro do advogado.

Tentar identificar as questões propostas na problematização, ou seja, quando

o advogado perde um prazo ocorrendo assim uma preclusão, tem se a possibilidade

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de iniciar um processo de ressarcimento de dano, alegando a sua responsabilidade

civil, devido ao fato de que o mesmo não cumpriu o seu dever e provocou um prejuízo

para o cliente.

Esta situação é conhecida como ‘perda de uma chance’, contribuindo para que

aconteçam discussões nesta área.

METODOLOGIA

Optou-se, neste estudo, pela pesquisa bibliográfica e documental, com

levantamento bibliográfico coletado em livros de doutrina, artigos em revista científicas

e publicados na internet, jurisprudências e legislação extravagante, com enfoque

exploratório e análise qualitativa.

1 O PROCESSO

1.1 A definição de Processo

Se determinada pessoa tiver uma questão a ser solucionada perante a Justiça,

obrigatoriamente, deverá ser instrumentalizada em um processo. Gonçalves (2013, p.

113), preleciona com ingente propriedade sobre o tema:

É o instrumento da jurisdição. Para que o Estado, por seus juízes, possa aplicar a lei ao caso concreto, é preciso que se realize uma sequência de atos, que vão estabelecer relações jurídicas e que são destinados a um fim determinado: a prestação jurisdicional. Como condição inafastável para o exercício da jurisdição, o processo, ente abstrato, constitui-se por uma sequência de atos, indicados na Constituição Federal e nas leis, que devem ser observados porque aqueles que integram a relação jurídica processual.

Em um conceito muito didático, Didier Junior (2013, p. 328) preleciona também

a seguinte definição sobre o processo:

O processo é uma marcha para frente, uma sucessão de atos jurídicos ordenados e destinados a alcançar um fim, que é a prestação da tutela jurisdicional. Trata-se de um método de solução de conflitos, que se vale de um conjunto de regras que ordenam a participação e o papel dos sujeitos do processo. A esse conjunto de regras, dá-se o nome de formalismo processual.

Então, pode-se observar que o processo é uma sequência de atos, e neste

diapasão, vale trazer a ideia de Gonçalves (2013, p.113-115), o qual o define como

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condutas humanas voluntárias, as quais possuem importância para o processo.

Alguns destes atos podem até mesmo não ser realizados por alguém

espontaneamente no processo, mas podem causar reflexos significativos ao mesmo,

como, por exemplo, o falecimento do juiz.

1.2 Os atos processuais

Os atos processuais é o que proporciona o encaminhamento do processo, mas

é preciso defini-lo para uma melhor compreensão e para tal, o pensamento de

Gonçalves (2011, p. 258):

Pode ser definido como a conduta humana voluntária que tem relevância para o processo. Isso afasta os atos irrelevantes e os que não se relacionem com o processo. Os atos processuais distinguem-se dos atos jurídicos em geral em razão de sua ligação com um processo e a repercussão que têm sobre ele.

Os atos são classificados, conforme preleciona Gonçalves (2013, p. 113-115),

levando em consideração o sujeito do ato processual, distinguindo entre os atos das

partes e os atos judiciais (juiz e seus auxiliares).

Para finalizar a compreensão sobre o tema processo, se faz necessário trazer

à baila a ideia de conjugada dele juntamente com o procedimento, e para isso é

importante o pensamento de Gonçalves (2011, p. 154-155):

Enquanto o processo engloba todo o conjunto de atos que se alonga no tempo, estabelecendo uma relação duradoura entre os personagens da relação processual, o procedimento consiste na forma pela qual a lei determina que tais atos sejam encadeados Às vezes, em sequência mais concisa, mais rápida: diz-se então que o procedimento é sumário; às vezes, de forma mais larga, com mais amplitude, caso em que será ordinário; por fim, encadeados de maneira diferente da convencional, caso em que o procedimento será especial. Uma coisa é o conjunto de atos; outra, a forma mais ou menos rápida, comum ou incomum, pela qual eles se encadeiam no tempo.

No processo há todo um formalismo a ser seguido e isto compreende não

somente às formalidades ou formas, mas em especial na delimitação dos poderes,

faculdades e deveres dos sujeitos processuais. Esta lógica serve em resumo para

organizar a disputa judicial entre as partes.

2 DO PRAZO E DA PRECLUSÃO

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2.1 O prazo

Na doutrina é possível extrair a definição de prazo mais simples na lição de

Theodoro Júnior (2014, p. 285):

Em outras palavras, prazo é o espaço de tempo em que o ato processual da parte pode ser validamente praticado. Todo prazo é delimitado por dois termos: o inicial (dies a quo) e o final (dies ad quem). Pelo primeiro nasce a faculdade de a parte promover o ato; pelo segundo, extingue-se a faculdade, tenha ou não sido levado a efeito o ato.

Gonçalves (2013, p. 113-115) afirma que os prazos existem no processo para

que este não se eternize. O prazo é compreendido como a quantidade de tempo entre

dois atos processuais. Os prazos processuais são classificados da seguinte forma:

legais (fixados por lei), judiciais (fixados pelo juiz) e convencionais (estabelecido em

comum acordo com as partes).

Acerca do tema preleciona Theodoro Júnior (2014, p. 285-288), conforme a sua

natureza jurídica, os prazos são considerados dilatórios ou peremptórios, sendo que

os primeiros são fixados em lei, porém, podem ser alterados desde que o juiz autorize

ou as partes entrem em acordo. O segundo é uma convenção das partes e nem o

próprio juiz pode alterar.

Em regra, a contagem dos prazos é de forma contínua, entretanto, serão

suspensos em determinados casos, v.g. as férias forenses, problemas criados pela

parte contrária, morte ou perda da capacidade processual das partes envolvidas, por

convenção das partes (em caso de prazos dilatórios) e a oposição da exceção à

incompetência do juiz, sendo que ao final da suspensão do prazo, este voltará a ser

contado a partir do próximo dia útil.

Para a contagem do prazo tem se a seguinte regra geral: exclui-se o dia do

começo e inclui o dia do fim. Porém há exceções, v. g. quando tiver diversos réus, o

prazo começará a ser contado a partir da juntada do último mandado de citação.

2.2 A Preclusão

Uma das principais técnicas para a estruturação do procedimento, e que

também auxilia na delimitação das regras que compõem o formalismo processual, é

chamada preclusão, definida nos dizeres de Didier Júnior (2013, p. 328) como a perda

de uma situação jurídica ativa processual: podendo ser do poder processual das

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partes ou a do juiz.

Trata-se de um limitador do exercício abusivo dos poderes processuais das

partes e também impede que sentenças possam ser reexaminadas e assim gera um

retrocesso e insegurança jurídica.

A preclusão processual ocorre para quem se manteve inerte no decorrer do

processo. Nesta linha de pensamento, colaciona-se o comentário de Theodoro Júnior

(2014, p. 294):

E preclusão, neste caso, vem ser a perda da faculdade ou o direito processual, que se extinguiu por não exercício em tempo útil. Recebe esse evento a denominação técnica de preclusão temporal. Mas, há, em doutrina, outras espécies de preclusão, como a consumativa e a lógica, todas elas ligadas à perda de capacidade processual para a prática ou renovação de determinado ato.

A preclusão é considerada um fenômeno interno do processo e somente diz

respeito ao curso do mesmo e as partes envolvidas.

Ainda, neste diapasão, colhem-se dos ensinamentos de Theodoro Júnior

(2014, p. 294-295), o seguinte pensamento que há na doutrina três tipos de preclusão,

que são: a lógica (que é decorrente da incompatibilidade entre o ato praticado e outro

que se pretendia praticar); consumativa (ocorre quando um ato já foi feito e por isso

ele não poderá ser realizado novamente); e, a temporal (ocorre quando uma das

partes perde o tempo para dar continuidade no processo).

Do escólio de Theodoro Júnior (2014, p. 294-296), a preclusão ocorre nas

decisões interlocutórias e nas possibilidades dadas as partes com o prazo para o

exercício do direito.

Há também a preclusão pro judicato. Conforme Theodoro Júnior (2014, p. 295),

quando um juiz já decidiu algo sobre a lide, ninguém mais poderá alterá-la, salvo

diante da interposição de recurso, conforme estabelecido em lei.

3 DO ADVOGADO E DA PERDA DE UMA CHANCE

3.1 O advogado

O advogado tem que respeitar e cumprir os prazos processuais rigorosamente,

caso contrário, poderá causar a preclusão no processo, provocando consequências

para o mesmo. Sobre esse princípio, preleciona com a propriedade que lhe é peculiar

o doutrinador Theodoro Júnior (2014, p. 297) afirma que:

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Compete ao advogado restituir os autos no prazo legal (art 195). Da inobservância dessa norma decorrem duas consequências: 1) uma, de ordem processual: que é a preclusão em decorrência da qual o juiz mandará, de oficio, riscar o que neles houver escrito o faltoso e desentranhar as alegações e documentos que apresentar (art. 195); 2) outra, de ordem disciplinar: que é a comunicação da ocorrência à Ordem dos Advogados do Brasil, para o procedimento adequado e imposição de multa (art. 196).

O advogado não pode perder o prazo para a realização de um ato. Contudo,

há situações que acontecem fora do processo, não possibilitando a prática do ato no

tempo certo. Nesta circunstância, pode se solicitar ao juiz uma prorrogação de prazo,

conforme ideia extraída da doutrina de Theodoro Júnior (2014, p. 295):

Permite o Código, não obstante, que após a extinção do prazo, em caráter excepcional, possa a parte provar que o ato não foi praticado em tempo útil em razão de "justa causa" (art. 183). Nessa situação, o juiz, verificando a procedência da alegação da parte, permitirá a prática do ato "no prazo que lhe assinar" (art. 183, §2º), que não será, obrigatoriamente, igual ao anterior, mas que não deverá ser maior, por motivos óbvios.

Entretanto, se um advogado perde um prazo de um processo gerando a

preclusão, ou seja, não pode mais dar encaminhamento no mesmo, este será extinto,

fazendo com que o cliente perda a lide. Nesta situação, o cliente pode ter a

possibilidade de demonstrar que aconteceu a perda de uma chance, tendo assim a

oportunidade de entrar com uma ação sobre a responsabilidade civil do advogado.

3.2 A teoria da perda de uma chance

A perda de uma chance, a qual é definida por Cavalieri Filho (2008, p. 75):

Caracteriza-se essa perda de uma chance quando, em virtude da conduta de outrem, desaparece a probabilidade de um evento que possibilitaria um beneficio futura para a vítima, como progredir na carreira artística ou militar, arrumar um melhor emprego, deixar de recorrer de uma sentença desfavorável pela falha do advogado, e assim por diante. Deve-se, pois, entender por chance a probabilidade de se obter um lucro ou de se evitar uma perda.

Todavia, neste momento se faz necessário uma definição sobre o que seria

responsabilidade civil. Nos termos da lição de Lisboa (2008, p. 135):

É a relação jurídica que constrange aquele que descumpriu uma obrigação anterior, fixada por lei ou negócio jurídico, a reparar o dano causado. Por isso, e comum falar que responsabilidade é o dever de reparação do dano sofrido imposto a seu causador.

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Contudo, é necessário compreender que, a responsabilidade civil do advogado

é de meio e não de fim ou resultado, porém em determinadas situações aquela pode

ser considerada de resultado. Gonçalves (2013, p. 277), com sua habitual autoridade

e peculiar clareza, afirma:

A responsabilidade do advogado se assemelha à do médico, pois não assume ele a obrigação de sair vitorioso na causa. São obrigações de meio as decorrentes do exercício da advocacia e não de resultado. Suas obrigações contratuais, de modo geral, consistem em defender as partes em juízo e dar lhes conselhos profissionais. O que lhes cumpre é representar o cliente em juízo, defendendo pela melhor forma possível os interesses que este lhe confiou. Se as obrigações de meio são executadas proficientemente, não se lhe pode imputar nenhuma responsabilidade pelo insucesso da causa. Admite-se, no entanto, que a obrigação assumida pelo advogado possa, em determinados casos, ser considerada, em princípio, de resultado, como na elaboração de um contrato ou da minuta de uma escritura pública, por exemplo, em que se compromete, em tese, a ultimar o resultado. Somente o exame do caso concreto, todavia, poderá apurar a ocorrência de eventual falha do advogado e a extensão de sua responsabilidade.

O primeiro juiz da causa é o próprio advogado, pois no momento de propositura

da ação se faz necessário um estudo antecipado das possibilidades de alcançar o

sucesso, e ainda, se o meio utilizado foi o mais adequado.

Nos dias atuais, é comum constatar o ajuizamento de ações, sendo essas

inviáveis ou impróprias, erros que são vistos ictu oculi, o qual não irá fazer como que

a ação não passe da fase de saneamento.

O advogado deve ser diligente e cauteloso, não podendo deixar perecer o

direito do cliente por falta de medidas ou omissão de providências acauteladoras. Um

erro considerado muito grave para o advogado é a perda de um prazo, pois estes se

encontram expressos em lei.

A perda de uma chance é um tema importante e, às vezes pouco conhecido da

sociedade, para fazer uma definição disso, trago à colação a seguinte orientação

doutrinária de Tartuce (2008, p. 217):

A perda de uma chance está caracterizada quanto a pessoa vê frustrada uma expectativa, uma oportunidade futura, que, dentro da lógica do razoável, ocorreria se as coisas seguissem o seu curso normal. A partir dessa ideia, essa chance deve ser séria e real.

O Superior de Tribunal de Justiça têm reconhecido em diversas oportunidades

a aplicação da Teoria da Perda de uma Chance. No julgamento do Recurso Especial

nº. 1.190.180/RS, o Rel. Ministro Luis Felipe Salomão (2010) afirmou que:

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Em caso de responsabilidade de profissionais da advocacia por condutas apontadas como negligentes, e diante do aspecto relativo à incerteza da vantagem não experimentada, as demandas que invocam a teoria da "perda de uma chance" devem ser solucionadas a partir de uma detida análise acerca das reais possibilidades de êxito do processo, eventualmente perdidas em razão da desídia do causídico. Vale dizer, não é o só fato de o advogado ter perdido o prazo para a contestação, como no caso em apreço, ou para a interposição de recursos, que enseja sua automática responsabilização civil com base na teoria da perda de uma chance.

Quando dois ou mais advogados se unem em uma associação, ambos são

responsáveis pelos seus atos perante os clientes, de acordo com Gonçalves (2013,

p. 278).

Entretanto, há que se destacar que não é qualquer erro do advogado que

poderá causar a responsabilidade civil do profissional. Segundo os ensinamentos do

Ministro Luis Felipe Salomão (2010), a teoria de perda de uma chance (perte dune

chance) torna possível a responsabilização do advogado, seja por ato dolo ou culposo,

não de dano emergente ou lucros cessantes, mas sim de algo entre um e outro, ou

seja, a perda da possibilidade de se alcançar resultado jurídico mais favorável. Sendo

assim, a chance perdida não poderá ser apenas hipotética e singela, mas sim

razoável, séria e real, capaz de frustrar expectativas reais do indivíduo.

Nos casos em que se reputa essa responsabilização pela perda de uma chance aos profissionais de advocacia em razão de condutas tidas por negligentes, diante da incerteza da vantagem não experimentada, a análise do juízo deve debruçar-se sobre a real possibilidade de êxito do processo eventualmente perdida por desídia do causídico. Assim, não é só porque perdeu o prazo de contestação ou interposição de recurso que o advogado deve ser automaticamente responsabilizado pela perda da chance, pois há que ponderar a probabilidade, que se supõe real, de que teria êxito em sagrar seu cliente vitorioso.

Neste mesmo sentido, diversos doutrinadores têm se posicionado. Preleciona

Gonçalves (2013, p. 279) que:

Não será, entretanto, qualquer erro que irá dar causa à responsabilidade civil do profissional, proporcionando a respectiva ação de ressarcimento. E só quando ele for inescusável, patente, demonstrativo apenas de ignorância profunda é que terá justificativa o pedido de perdas e danos. Proclamou o Tribunal de Justiça de São Paulo que tão só a circunstância de os autores terem sido julgados carecedores da ação, por inteiramente inadequada, extinguindo-se o processo sem exame do mérito, não proporciona, automaticamente, o direito a eventual ressarcimento pelos damos sofridos, sendo necessária a comprovação da total inépcia do profissional e de sua autoria como causador direto do dano.

Dentro da responsabilidade civil do advogado, uma situação tem se destacado

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na doutrina e jurisprudência: a chamada a perda de uma chance. Em sua obra,

Gonçalves (2013, p. 280) traz o seguinte raciocínio:

(...) o cliente "não perde uma causa certa; perde um jogo sem que lhe permitisse disputá-lo, e essa incerteza cria um fato danoso”. Portanto, na ação de responsabilidade ajuizada pelo profissional do direito, o juiz deverá, em caso de reconhecer que realmente ocorreu a perda dessa chance, criar um segundo raciocínio dentro da sentença favorável dessa chance.

Quando se inicia uma ação de reparação de dano contra um advogado, o valor

indenizatório tem que ser como afirma a doutrina, sempre inferior importância

monetária do resultado esperado pela lide, pois houve a perda de um processo que

não se saberá qual seria o verdadeiro resultado. Gonçalves (2013, p. 282) traz à baila

o entendimento que:

Mera possibilidade não é passível de indenização, pois a chance deve ser séria e real para ingressar no domínio do dano ressarcível. A quantificação do dano será feito por arbitramento (CC, art. 946) de modo equitativo pelo magistrado, que deverá partir do resultado útil esperando e fazer incidir sobre ele o percentual de probabilidade de obtenção da vantagem esperada. Desse modo, se o juiz competente para julgar a ação de indenização movida pelo cliente contra seu advogado desidioso entender, depois de uma análise cuidadosa das probabilidades de sucesso da ação em que este perdeu o prazo para a interposição do recurso adequado, que a incidir essa porcentagem sobre tal resultado. Assim, a indenização pela perda da chance será fixada em 70% do valor pretendido na ação tornada infrutífera em razão de negligência do advogado.

Na situação da perda de uma chance pode ocorrer a possibilidade de

ressarcimento como o dano material e também o moral, sendo que o primeiro é

calculado com valores concretos e o segundo o dano é atual, mas terá a sua

valorização baseando na potencialidade da perda, arbitrado segundo critérios

judiciais. Venosa compartilha deste entendimento (2012, p. 276).

Além das responsabilidades na área civil, também o advogado poderá sobre

sanções administrativas, no âmbito da OAB.

RESULTADOS

Uma das formas de solução dos conflitos existentes entre os sujeitos da relação

jurídica se dá por meio de uma ação judicial. Para ingressar com uma ação, em regra,

é preciso contratar um advogado. Este possui a capacidade postulatória, a qual é

indispensável para a prática de diversos atos processuais.

A relação existente entre o cliente e o advogado é pautada, principalmente, na

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confiança. O advogado terá que realizar os atos processuais para dar seguimento ao

no processo. Contudo, terá prazos processuais, os quais estão descritos na lei.

Os advogados devem ter atenção na contagem destes prazos, a fim de que

não prejudiquem o andamento do processo e, por conseguinte, o seu próprio cliente.

Quando o advogado perde o prazo e não consegue prosseguir com processo,

perdendo a causa, diante de omissão ou negligência, o patrimônio do cliente será

afetado. Surge então a perda de uma chance processual. Tal ato poderá gerar a

responsabilidade civil do advogado e, consequentemente, uma possível indenização.

A perda de uma chance processual ocorre, quando o advogado atua em uma

causa, tendo todas as provas e meios para conquistar a vitória no processo, mas,

diante de um ato negligente, perde a possibilidade de alcançar resultado mais

vantajoso ao seu cliente.

Mas, para provar tal ato, necessário se faz o preenchimento de alguns

requisitos, v.g. que a chance era séria, razoável e real; que perdeu a possibilidade de

obter, resposta processual mais vantajosa; e, por fim, que o processo tinha todas as

exigências para o seu sucesso. Diante disso, o cliente poderá ingressar com uma ação

de indenização contra o advogado, demonstrando a perda da chance no processo. O

procurador poderá ainda sofrer sanções administrativas diante da Ordem dos

Advogados do Brasil – OAB.

Por fim, caberá ao magistrado analisar quais eram as probabilidades de vitória

da parte, diante daquele processo, bem como quais foram as chances perdidas, em

decorrência da omissão ou negligência do defensor.

CONCLUSÃO

Este projeto demonstrou que o advogado possui grandes responsabilidades,

entre elas destaque-se a sua preocupação com os prazos envolvidos para não gerar

a preclusão e assim a possível derrota na lide.

No momento em que se perde a ação por descuido do advogado, permite-se

que o autor possa impetrar uma ação com base na teoria da perda de uma chance,

mas esta é recente e pouca divulgada no ordenamento jurídico e para a sociedade,

por tais motivos houve certa dificuldade com a pesquisa, no entanto, após a sua

finalização tem-se a conclusão de sua importância para evitar danos para todos os

envolvidos em um processo.

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Como o tema é recente, não se extingue com esta pesquisa, sendo possível a

análise deste para estudos futuros.

REFERÊNCIAS

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