a condução coercitiva e o poder geral de cautela do juiz criminal

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  • 7/26/2019 A conduo coercitiva e o poder geral de cautela do juiz criminal

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    Sumrio

    ATOS DO JUDICIRIO

    CGJ-RJ: Fornecimento de certides ou informaesde testamento Alterao da ConsolidaoNormativa da Corregedoria Geral da Justia................313

    CGJ-RJ: Adjudicao compulsria Taxa judiciria Incidncia ........................................313

    CGJ-RJ: Execuo de cotas condominiais Taxa judiciria Incidncia ........................................313

    CGJ-RJ: Taxa judiciria Complementao Procedimentos ............................................................312

    CGJ-RR: Ttulos em meio eletrnico Receptaoe protesto Regulamentao.......................................312

    CSM-MS:Audincia prvia de conciliao/mediao Recomendao de dispensa de designao Fazenda Pblica ..........................................................311

    TJ-RJ: Conflitos de competncia entre cmarascveis e cmaras cveis especializadas Sntese dos

    julgamentos Texto consolidado Enunciado 83.......310 STF: Processos e documentos Classificao

    como oculto Vedao ..............................................310

    TST: Ao rescisria Distribuio Alteraodo Regimento Interno..................................................309

    DOUTRINAS

    Cobrana de metas no mundo do trabalho Georgenor de Sousa Franco Filho ...............................309

    A conduo coercitiva e o poder geral de cautela dojuiz criminal Carlo Velho Massi...............................307

    NOTICIRIO

    Destaques .....................................................................305 Cargaa estagiria semregistrona OAB novale para in-

    cio da contagem de prazo Conta-salrio no pode ser alvo de penhora Contribuio ao PIS deve obedecer anterioridade nona-

    gesimal Empregador pode exigir cumprimento do aviso-prvio

    proporcional alm do 30 dia Imvel de pessoa jurdica oferecido em garantia de em-

    prstimo pode ser penhorado Indenizao em parcela nica deve considerar a condi-

    o econmica do devedor Negada penso por morte a viva de trabalhador rural

    por falta de prova material

    Projetos de lei ..............................................................302

    Libera associativismo para microempresa mesmo semregulamentao PECdesvinculaperciacriminal dasestruturas daspolcias Probe cobranade jurosabusivos por cartes de crdito Reduz tributos de produto assistivo para pessoa com de-

    ficincia Torna opcional contribuio previdenciria sobre recei-

    ta bruta

    SMULA LEGISLATIVA SEMANAL Pesquisa de 25-5 a 1-6-2016.......................................301

    FECHAMENTO: 01/06/2016 EXPEDIO: 05/06/2016 ANO 2016 PGINAS: 314/301 FASCCULO SEMANAL N 22

    LTIMODIRIO

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    humana que abrangem acessibilidade em todos os nveis eproblemas migratrios em geral.

    No caso em exame, devemos ver esse direito de trans-porte de forma restrita, como o direito de todos ao trans-porte coletivo de passageiros.

    Com efeito, destacado este ponto, podem ser fixadas

    metas que, sobretudo, iro atender ao interesse da comuni-dade. Indicamos cinco atitudes para evitar problemas gra-ves a serem observadas:

    1. Uso adequado dos transportes, tais como: proibirexcesso de velocidade (no se trata de extrapolar o limitelegal de velocidade, que caracterizaria infrao), impru-dncias no trnsito (ultrapassagens desnecessrias e filasduplas nos pontos), direo perigosa, prejudicando, inclu-sive, passageiros e terceiros, proibio de queimar para-das, no estacionar fora do ponto determinado pela auto-ridade do trnsito.

    2. Utilizao, no interior dos veculos, de depsitos

    para receber crticas, opinies, sugestes e elogios pelosusurios, informaes que iro subsidiar os procedimentosdo setor de recursos humanos da empresa;

    3. Realizao de reunies peridicas com motoristase cobradores para avaliao de procedimentos e conscienti-zao da sua importncia social;

    4. Evitar, na relao entre empregador e empregado,excessos de ameaas e punies em decorrncia de atrasos

    face complexidade do trnsitonas reas urbanas das gran-des cidades;

    5. Celebrao de acordos ou convenes coletivas detrabalho fixando as metas a serem alcanadas no prazo devalidade da norma e formar uma comisso bilateral paraavaliao dos resultados.

    Acreditamos que essa forma de procedimento po-der ser mais adequada, atendendo trplice interesse:das empresas, que objetivam maiores lucros; dos traba-lhadores, que buscam melhores condies de vida; e dacomunidade, que, afinal, a destinatria do transporteurbano.

    NOTAS

    1. Art. 468 Nos contratos individuais de trabalho s lcita aalterao das respectivas condies por mtuo consenti-mento, e ainda assim desde que no resultem, direta ou indi-retamente, prejuzos ao empregado, sob pena de nulidade daclusula infringente desta garantia.

    Pargrafo nico No se considera alterao unilateral adeterminao do empregador para que o respectivo empre-gado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, dei-xando o exerccio de funo de confiana.

    2. a opinio da Procuradora do Trabalho Adriane Reis Arajo,em entrevista disponvel em: ht tp: / /www.banca-riosjf.com.br/imprensa/noticias_do_sintraf/procura-dora_do_mpt_critica_metas_individuais. Acesso em3-2-2016.

    Carlo Velho MassiAdvogado criminalista Mestre em CinciasCriminais pela PUCRS Especialista emDireito Penal e Poltica Criminal: SistemaConstitucional e Direitos Humanos pela UFRGS

    A CONDUO COERCITIVA E OPODER GERAL DE CAUTELA

    DO JUIZ CRIMINAL

    Tem sido cada vez mais frequente a adoo de medi-das cautelares sem qualquer previso legal no mbito doProcesso Penal. Isso especialmente evidente quando ana-

    lisamos os meios pouco ortodoxos de conduo da opera-o Lava-Jato, na qual tem-se admitido todo tipo de inova-es, como intimaes por telefone oue-mail, prazos con-tados em horas, aceitao de provas colhidas diretamenteno exterior, limite de tempo para os rus se entrevistaremcom seus defensores etc. Nunca houve tanto espao para oativismo judicial e para uma postura ativa do juiz na co-lheita da prova, o que acaba refletindo imediatamente noprovimento de cautelares.

    Ocorre que o juiz penal no possui, ao contrrio dojuiz civil, o chamado poder geral de cautela (poterecautelare generale), aquele que, segundo Calamandrei(1936, p. 47) possibilita que o magistrado utilize formase meios que entender mais oportunos e apropriados aocaso para evitar um dano iminente, em funo do atraso

    no procedimento (periculum in mora). Esse poder per-mite ao juiz criar uma medida atpica e adot-la no casoconcreto, de modo preventivo, a fim de eliminar um

    perigo e efetivar a tutela cautelar pleiteada pela parteinteressada.

    A figura no se aplica ao Processo Penal, pois um dospressupostos de qualquer medida cautelar penal a tipici-dade ou legalidade (art. 5, inc. II, da CF), at porque oProcesso Penal existe como um instrumento de tutela daliberdade (citado por Dinamarco, 1987, p. 256), justamentepara impor limites ao arbtrio estatal. Valer-se dele comoformadedescobertadaverdade,paraviabilizarapuniodaquele que tenha violado a lei, uma deturpao de suafuno histrica (Gmez de Liao, 1992, p. 19; MAIER,1989, p. 112).

    O autor portugus F. J. Duarte Nazareth (1846, p. 25),j na metade do sc. XIX dizia que o processo penal servedescudo honra, liberdade individual, e aos direitos dos

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    cidados. Tal pensamento encontra ressonncia entre nsdesde os tempos de Joo Mendes de Almeida Jnior, para oqual as formas asseguram a liberdade dos indivduos(Almeida JR., 1959, p. 14).

    necessrio ter presente, de uma vez por todas, assubstanciais distines entre os contedos do Processo

    Civil e do Processo Penal, de modo que no possvel apli-car princpios e regras prprios de um ao outro. Em outraspalavras, necessrio desistir da ideia de uma Teoria Geral(unitria) do Processo.

    H evidentes distines entre tais disciplinas, como jobservava Eugenio Florian (1933, p. 20-23), citado porRmulo de Andrade Moreira (2016):

    O objeto essncia do processo penal , como vimos,uma relao de direito pblico, porque nele se desenvolveoutrarelaodedireitopenal.Jnoprocessociviloobjetosempre ou quase sempre uma relao de direito privado,seja civil ou mercantil. [] O processo penal o instru-

    mento normalmente indispensvel para a aplicao da leipenal em cada caso; o civil, ao contrrio, no semprenecessrioparaatuarasrelaesdedireitoprivado.[]Noprocesso civil o juzo est regido exclusivamente por crit-rios jurdicos puros [], ao contrrio do processo penal emque se julga um homem e, por isso mesmo, o juiz deveinspirar-se em critrios tico sociais. [] O processo civiltem carter estritamente jurdico, e o penal, no qual se tratade julgar um homem, tem tambm carter tico. [] Le-va-se em considerao, equivocadamente, algumas formascomuns entre o processo civil e o processo penal de mnimaimportncia, descuidando-se de elementos diferentes, que

    so decisivos. [] O triunfo da tese unitria conduziria aabsoro da cincia do processo penal pela cincia doprocesso civil, perdendo o primeiro a sua autonomia, resul-tando profundamente alterado em sua concepo e estru-tura.

    No Processo Penal, no existem medidas cautelaresatpicas ou inominadas, ao contrrio do que sucede noProcesso Civil, conforme o atual art. 798 do CPC, aindavigente. Qualquer cautelar processual penal submete-se aoPrincpio da Reserva Legal,1pelo qual todo comando jur-dico que imponha comportamentos forados h de provirde uma das espcies normativas devidamente elaboradas

    conforme as regras de processo legislativo constitucional.E atente-se para o modo absoluto pelo qual a Constituioestabelece a reserva da lei na presente hiptese: a normaconstitucional exige para sua integral regulamentao aedio de lei formal, entendida como ato normativo ema-nado do Congresso Nacional, elaborado de acordo com odevido processo legislativo constitucional.2

    Conforme Aury Lopes Jr. (2009, p. 08-09):

    No processo penal, forma garantia. Logo, no hespao parapoderes gerais,pois todo poder estritamentevinculado a limites e forma legal. O processo penal uminstrumento limitador do poder punitivo estatal, de modoque ele somente pode ser exercido e legitimado a partirdo estrito respeito s regras do devido processo. E, nessecontexto, o Princpio da Legalidade fundante de todas

    as atividades desenvolvidas, posto que odue process oflaw estrutura-se a partir da legalidade e emana da seupoder.

    Como todas as medidas cautelares (pessoais ou pa-trimoniais) do Processo Penal implicam severas restri-es na esfera dos direitos fundamentais do imputado,

    exigem estrita observncia do Princpio da Legalidade eda Tipicidade do ato processual. No possvel admitirrestrio de direitos fundamentais a partir de meras ana-logias.

    O que carece de legitimao o poder de punir, ainterveno estatal, e no a liberdade individual. Da por-que no se pode admitir uma ampliao, por importaode categorias do Processo Civil, do poder punitivo estatal.O exerccio do poder punitivo vinculado e legalmentedelimitado, sob pena de ter-se como abusivo e ilegtimo.Toda e qualquer medida cautelar no Processo Penal so-mente pode ser utilizada quando prevista em lei (legalidade

    estrita) e observados seus requisitos legais no caso con-creto.Quando no havia previso das medidas cautelares

    diversas da priso (art. 319 do CPP, com redao dada pelaLei 12.403/2011), eram absolutamente ilegais as medidasacessrias aplicadas no momento da concesso de liber-dade provisria. De tal sorte, se a antiga redao do art. 310do CPP previa a concesso de liberdade provisria me-diante termo de comparecimento a todos os atos do pro-cesso, eventuais acrscimos (v. g.restrio de passaporte,obrigao de apresentao peridica, restries para via-gens, dever de permanecer ou no se ausentar da comarca

    etc.), impostos a ttulo de poder geral de cautela ou cautelarinominada, eram absolutamente ilegais. Agora com maisrazo ainda no se admite inovao, porque as novas cau-telares esto previstas no CPP em rol fechado (numerusclausus).

    Muito se tem debatido sobre a conduo coercitiva,e alguns tem sustentado que a mesma possuiria naturezade medida cautelar autnoma atpica, substitutiva dapriso provisria (menos grave) ou como medida proba-tria. Tratam-se de verdadeiros absurdos jurdicos, quedesconsideram plenamente o direito a no autoincrimi-nao (nemo tenetur se detegere), cujo contedo en-

    globa, dentre outros, o direito ao silncio,

    3

    reconhecidotanto pela Constituio (art. 5, LXIII), quanto pela Con-venoAmericanadeDireitosHumanos(art.8,2,g)epelo Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Polticos(art. 14, 3, g).

    O Pacto de So Jos da Costa Rica, em seu art. 7.2,prev ainda que Ningum pode ser privado de sua liber-dade fsica, salvo pelas causas e nas condies previa-mente fixadas pelas Constituies polticas dos Esta-dos-partes ou pelas leis de acordo com elas promulgadas.Tal norma possuistatussupralegal, na esteira da interpre-tao consolidada no STF,4 que adota a teoria do duploestatuto dos tratados de direitos humanos. Portanto, pre-valece em relao ao art. 3 do CPP, que permite a analo-gia, e sobre o art. 798 do CPC, que prev o poder geral decautela.

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    A conduo coercitiva medida de restrio deliberdade que s se aplica na fase processual, e no nafase investigativa (arts. 201, 218, 260, 278. 411, 461 e535, todos do CPP). Ainda assim, s tem lugar no caso dedesatendimento de intimao anterior. Atribuir-lhe hip-teses novas de cabimento (como na investigao prelimi-

    nar) ou finalidades paralelas (como evitar possveis tu-multos pela tomada do depoimento, de tal modo a prote-ger o imputado) criar um ato atpico, desprovido deamparo constitucional, convencional ou legal, desrespei-tando, pois, o devido processo (art. 5, LIV, da CF).Admitir tais liberalidades, especialmente com a fala-ciosa argumentao de que uma medida restritiva deliberdade teria o condo de beneficiar o investigado dealgum modo, atentar contra o prprio Estado Democr-tico de Direito.

    BIBLIOGRAFIA

    ALMEIDA JR., Joo Mendes de. O Processo CriminalBrasileiro. 4 ed. vol I. Rio de Janeiro/So Paulo:Freitas Bastos, 1959.

    CALAMANDREI, Piero. Introduzione allo Studio Siste-matico dei Provedimenti Cautelari. Pdova, 1936.

    DINAMARCO,CndidoRangel.In:Processo de Conheci-mento e Liberdade.So Paulo: RT, 1987.

    FLORIAN, Eugenio.Elementos de Derecho Procesal Penal.Barcelona. Bosch Editorial. 1933, p. 20 a 23.

    GMEZ DE LIAO, Fernando.El Proceso Penal Trata-

    mientoJurisprudencial, Olviedo, Editorial Forum, 1992,p. 19; MAIER, Julio B. J. Derecho Procesal PenalArgentino. Tomo I. Buenos Aires: Hammurabi, 1989.

    LOPES JR., Aury. A (in)existncia de poder geral decautela no processo penal. Boletim IBCCRIM: SoPaulo, ano 17, n 203, p. 8-9, out., 2009.

    MOREIRA, Rmulo de Andrade. Conduo coercitivacomo medida cautelar autnoma: isso existe mesmo no

    brasil?Emprio do Direito, 8 mar. 2016.

    NAZARETH, F. J. Duarte. Elementos de Processo Cri-minal.3 ed. Coimbra: Imprensa da Universidade deCoimbra, 1846.

    NOTAS

    1. SILVA, Jos Afonso. Curso de Direito Constitucional Posi-

    tivo. 9 ed. So Paulo: Malheiros, 1992, p. 368 ensina que adoutrina no raro confunde ou no distingue suficientementeo princpio da legalidade e o da reserva legal. O primeirosignifica a submisso e o respeito lei,ou a atuao dentrodaesfera estabelecida pelo legislador. O segundo consiste emestatuir que a regulamentao de determinadas matrias hde fazer-se necessariamente por lei formal. Encontramos o

    princpio da reserva legal quando a Constituio reservacontedoespecfico,casoacaso,lei.Poroutrolado,encon-tramos o princpio da legalidade quando a Constituiooutorga poder amplo e geral sobre qualquer espcie derelao.

    2. Art. 22 (CF). Compete privativamente Unio legislarsobre:I direito civil,comercial, penal,processual, eleitoral,agrrio, martimo, aeronutico, espacial e do trabalho.

    3. STF HC 96.219 MC-SP, Rel. Min. Celso de Mello: []A recusa em responder ao interrogatrio policial e/ou judi-cial e a falta de cooperao do indiciado ou do ru com asautoridades que o investigam ou que o processam traduzemcomportamentos que so inteiramentelegitimados pelo prin-cpio constitucional que protege qualquer pessoa contra aauto-incriminao, especialmente aquela exposta a atos de

    persecuo penal.

    4. STF. RE 466.343, Relator(a): Min. CEZARPELUSO, Tribu-nal Pleno, julgado em 3-12-2008, DJe-104 Divulg. 4-6-2009Public. 5-6-2009 Ement. Vol.-02363-06 PP-01106 RTJ

    Vol.-00210-02 PP-00745 RDECTRAB v. 17, n 186, 2010,p. 29-165). STF. RE 349.703, Relator(a): Min. Carlos Britto,Relator(a) p/ Acrdo: Min. GilmarMendes, Tribunal Pleno,

    julgado em 3-12-2008, DJe-104 Divulg. 4-6-2009 Public.5-6-2009 Ement. Vol.-02363-04 PP-00675). STF. HC87.585, Relator(a): Min. Marco Aurlio, Tribunal Pleno,

    julgado em 3-12-2008, DJe-118 Divulg. 25-6-2009 Public.26-6-2009 Ement. Vol.-02366-02 PP-00237. STF. HC92.566, Relator(a): Min. Marco Aurlio, Tribunal Pleno,

    julgado em 3-12-2008, DJe-104 Divulg. 4-6-2009 Public.5-6-2009 Ement. Vol.-02363-03 PP-00451).

    NoticirioDESTAQUES

    Carga a estagiria sem registro na OAB no valepara incio da contagem de prazo

    A Subseo I Especializada em Dissdios Individuais(SDI-1) do Tribunal Superior do Trabalho rejeitou agravoregimental do Ita Unibanco S.A. em questo relativa aoincio da contagem de prazo para interposio de recurso.O objeto da controvrsia refere-se a efeito da carga de reti-radadoprocessodasecretariadaVaradoTrabalhoporumaestagiria do escritrio de advocacia que defende o traba-

    lhador. O Ita alega que o trabalhador tomou cincia dadeciso quando a estagiria, que no tinha registro naOrdem dos Advogados do Brasil (OAB),retirou os autos naVara do Trabalho, e que os embargos de declarao teriamsido opostos pelo trabalhador fora do prazo. A defesa doempregado sustentou que a cincia da deciso e o incio doprazo recursal s estariam caracterizados se a estagiriativesse registro na OAB. Antes da SDI-1, o caso passoupela Quinta Turma do TST, que proveu reconheceu a

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