a comissão do codex alimentarius: génese e objectivos (relatório)

14
       A Comissão do Codex Alimentarius: génese e objectivos                    Cláudio Carvalho (aluno n.º 080321108) Microbiologia Alimentar (2011/2012) Licenciatura em Ciências de Engenharia Perfil de Engenharia Alimentar FCUP, Junho de 2010 

Upload: claudio-carvalho

Post on 12-Jun-2015

102 views

Category:

Government & Nonprofit


1 download

DESCRIPTION

Maio de 2011 | “A Comissão do Codex Alimentarius: génese e objectivos”, no âmbito da unidade curricular de Microbiologia Alimentar da Licenciatura em Ciências de Engenharia – Perfil de Engenharia Alimentar da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP). Autor: Cláudio Carvalho. Avaliação: incerta, mas perto de 100% da nota máxima.

TRANSCRIPT

Page 1: A Comissão do Codex Alimentarius: génese e objectivos (relatório)

 

 

 

 

 

 

 

AComissaodoCodexAlimentarius:

geneseeobjectivos

 

 

 

 

 

 

 

 

     

      Cláudio Carvalho (aluno n.º 080321108) Microbiologia Alimentar (2011/2012) Licenciatura em Ciências de Engenharia Perfil de Engenharia Alimentar FCUP, Junho de 2010 

Page 2: A Comissão do Codex Alimentarius: génese e objectivos (relatório)

Índice

Sumário ............................................................................................................................. 3 

Revisão da Literatura ........................................................................................................ 4 

Do início dos tempos à génese da Comissão ................................................................ 4 

Funcionamento ............................................................................................................. 6 

Objectivos Gerais .......................................................................................................... 8 

Objectivos para 2008‐2013 .......................................................................................... 8 

Conclusões ...................................................................................................................... 11 

Referências Bibliográficas ............................................................................................... 12 

Anexo 1: Acrónimos e Abreviaturas ............................................................................... 14 

 

 

 

 

   

Page 3: A Comissão do Codex Alimentarius: génese e objectivos (relatório)

Sumário

A  preocupação  com  a  saúde  pública  tem  sido  uma  constante  na  história  da 

humanidade, existindo há muito enquadramentos  legais para punir más práticas que 

prejudiquem a saúde pública. A Comissão do Codex Alimentarius surgiu com o  intuito 

de assegurar a  saúde pública num mercado globalizado e em  constante mutação. A 

Comissão em estudo reúne 184 países e a União Europeia duas vezes por ano e tem 

como Objectivos  primordiais  para  2008‐2013:  Promover  bons  quadros  reguladores; 

Promover  uma  aplicação  mais  ampla  e  consistente  dos  princípios  científicos  e  da 

análise de risco; Reforço das capacidades de gestão de trabalho da CAC; Promover a 

cooperação  entre  a  CAC  e  as  organizações  internacionais  de  relevo;  Promover  a 

máxima  e  efectiva  participação  dos  Membros.  A  Comissão  tem  tido  um  papel 

fundamental  na  concretização  da  sua  missão  mas  há  muito  trabalho  a  fazer  na 

harmonização das diversas legislações nacionais. 

Page 4: A Comissão do Codex Alimentarius: génese e objectivos (relatório)

RevisãodaLiteratura

DoiníciodostemposàgénesedaComissão 

Desde a Antiguidade, tem existido uma preocupação com a protecção dos cidadãos 

nas matérias de segurança e qualidade alimentar, como comprovam: as tábuas assírias 

que descreviam metodologias de determinação de pesos e medidas para cereais; os 

pergaminhos  egípcios,  concebidos  como  os  primeiros  rótulos  descritivos  de 

determinados  alimentos;  as  inspecções  quanto  à  pureza  e  solidez  da  cerveja  e  do 

vinho,  na  Grécia  Antiga;  o  sistema  de  controlo  de  alimentos  para  protecção  dos 

consumidores contra a fraude ou má produção na Roma Antiga e, mais recentemente, 

na Idade Média as leis criadas por países europeus quanto à qualidade e segurança de 

certos alimentos como ovos, queijo, salsichas, pão, vinho e cerveja.  [1] Destaque‐se, 

nesta  época, mais  precisamente  em  1202,  o  Rei  João  I  de  Inglaterra  que  criou  a 

primeira lei alimentar inglesa, proibindo a adulteração de pão com ingredientes como  

ervilhas  e  feijões  [2],   mas  um  pouco  por  toda  a  Europa  a  acção  reguladora  foi‐se 

adaptando às diferentes descobertas e necessidades. Durante o século XIX, surgiram 

diversas  leis  gerais  sobre  sistemas  de  controlo  alimentar,  em  convergência  com  a 

tendência  europeia  que  se  veio  a  manter  no  início  do  século  XX,  registando‐se, 

especialmente,  o  desenvolvimento  do  Codex  Alimentarius  Austriacus  pelo  Império 

Austro‐Húngaro,  no  período  1897‐1911  e  o  facto  de,  em  1903,  a  Federação 

Internacional de Lacticínios  ter desenvolvido normas  internacionais para a  regulação 

do sector. [1] Nos Estados Unidos da América, em 1906 é aprovada a "Food and Drugs 

Act"  ‐  que  proíbe  o  comércio  inter‐estados  de  alimentos,  bebidas  e medicamentos 

adulterados ‐ e a "Federal Meat Inspection Act" ‐ a primeira legislação norte‐americana 

com o objectivo de regular o fornecimento de carne e ovos e que é considerada uma 

das quarenta leis mais importantes nos EUA. [3] [4] 

Até  aqui,  apesar  de  existir  uma  preocupação  com  a  necessidade  de  regular  a 

qualidade, a segurança e higiene dos alimentos, na verdade, a aplicabilidade  jurídica 

tinha apenas um enquadramento nacional.  

 

Page 5: A Comissão do Codex Alimentarius: génese e objectivos (relatório)

 

 

Após o  término da  II Guerra Mundial  a  realidade mundial  transfigurou‐se,  com  a 

criação da ONU  ‐ Organização das Nações Unidas  ‐ e da FAO (v. figura acima do  lado 

esquerdo)  ‐ Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura  ‐ em 

1945 e, depois, com a criação da WHO (v. figura acima do lado direito) – Organização 

Mundial da Saúde  ‐ em 1948. Também teve  influência, o Tratado de Roma, assinado 

em 1957, que deu origem à CEE , destacando‐se, também, o surgimento, com a criação 

da CEE, da PAC  relativa à  livre  circulação de produtos alimentares e à  imposição de 

medidas proteccionistas relativamente a outros mercados que não o da CEE. [5] Assim, 

vários  países  convergiam  na  assumpção  de  políticas  reguladoras,  como  é  o  caso  da 

Argentina  que  propõe,  em  1949,  a  criação  de  um  Código  Latino‐Americano  de 

Alimentos  e  da  Áustria  que  se  debruçou  sobre  a  criação  do  Codex  Alimentarius 

Europaeus (1954‐1958). Na primeira metade da década de 50, realce‐se o trabalho da 

FAO  e  da  WHO  na  discussão  de  problemas  nutricionais,  aditivos  alimentares, 

generalização do uso de químicos na indústria alimentar com impacto na saúde pública 

e  a  constatação  da  necessidade  de  normalizar  as  legislações  nacionais.  Em  1960, 

realiza‐se  a  primeira  conferência  regional  da  FAO‐Europa  onde  se  assume  a  real 

necessidade  de  um  acordo  internacional  relativo  a  normas  alimentares,  incluindo 

requisitos  de  rotulagem  e  de  métodos  de  análise  com  a  finalidade  de  garantir  o 

controlo  da  qualidade  e  a  diminuição  de  barreiras  ao  nível  do  comércio  europeu  e 

global.  Estavam,  assim,  reunidas  algumas  das  condições  fulcrais  –  vontade  política, 

prosperidade  económico‐financeira,  globalização  e,  consequentemente,  uma  maior 

liberdade  e  movimento  de  pessoas,  bens  e  capitais  –  para  ser  desenvolvida  uma 

política estratégica global para a regulação do sector agro‐alimentar. Sem surpresa, em 

1961, o Codex Alimentarius Europaeus propôs à FAO e à WHO a efectiva criação de um 

programa de normas alimentares a nível internacional e é criado o Conselho do Codex 

Page 6: A Comissão do Codex Alimentarius: génese e objectivos (relatório)

Alimentarius, que conta, também, com o apoio da Comissão Económica para a Europa 

e  da  OCDE.  Em  Maio  de  1963,  viriam  a  ser  adoptados  os  estatutos  da  referida 

Comissão (Resolução da 16.ª Assembleia Mundial de Saúde). [1]   

 

Funcionamento 

A CAC, reúne duas vezes por ano – ora em Roma  (sede da FAO), ora em Genebra 

(sede da WHO) ‐, conta com 184 países membros e uma organização membro (a União 

Europeia) e é  aberta  a  todos os membros da  FAO ou da WHO,  tendo  como órgãos 

principais (ver figura abaixo com a estrutura organizacional): a própria Comissão (todos 

os membros – 184 países membros e uma organização membro que é a UE); Comité 

Executivo (17 membros); Presidente; 3 Vice‐Presidentes; 7 Outros membros (1 de cada 

região); 6 Coordenadores regionais e, finalmente, o Secretariado do Codex (elementos 

da  FAO  e  da  WHO);  Orgãos  subsidiários  (4  tipos):  Comités  de  questões  gerais 

(horizontais),  Comités  de  produtos  (verticais),  Comités  de  Coordenação  Regional  e 

Grupos Intergovernamentais Especiais ad‐hoc (task forces). [6] [7] 

Page 7: A Comissão do Codex Alimentarius: génese e objectivos (relatório)

 

   

Importa mencionar  que  a  elaboração  ou  revisão  de  normas,  códigos  e  directivas 

pode partir de um órgão  subsidiário ou de um qualquer país membro e obedece ao 

seguinte fluxograma [8]: 

Page 8: A Comissão do Codex Alimentarius: génese e objectivos (relatório)

 

ObjectivosGerais 

A Comissão do Codex Alimentarius (CAC) foi criada com o objectivo primário de 

proteger  a  saúde  dos  consumidores  e  de  garantir  o  bom  funcionamento  comercial 

(alínea (a) do artigo 1.º dos Estatutos da CAC), tendo como meio o desenvolvimento e 

harmonização de um "conjunto de normas” sanitárias, “directrizes, códigos de conduta 

e  outras  recomendações"  [9]  “relativamente  a  produtos  da  agricultura  e  pescas, 

géneros  alimentícios,  aditivos  alimentares e  contaminantes,  alimentos para  animais, 

medicamentos veterinários, pesticidas, incluindo a rotulagem, os métodos de análise e 

de colheita de amostras, os códigos éticos e de boas práticas agrícolas e as directrizes 

de higiene” [10], que devidamente são propostas pelos membros da referida comissão 

num  trabalho  concertado  entre  Estados  mas,  de  igual  forma,  com  ONG's  ‐ 

Organizações Não Governamentais. [12] 

Objectivospara2008‐2013 

No Plano Estratégico da Comissão para o período 2008‐2013, estão definidos cinco 

objectivos estratégicos: 

 

1. Promover bons quadros reguladores; 

Page 9: A Comissão do Codex Alimentarius: génese e objectivos (relatório)

 

Continuará a ser objectivo da CAC proporcionar um sistema de controlo alimentar 

eficaz,  coerente  e  harmonioso  e,  ainda,  orientar  os  membros  através  do 

desenvolvimento  sistemático  de  normas  e  orientações.  Neste  sentido,  serão 

desenvolvidos  alguns  projectos,  dos  quais  se  destacam  a  revisão  e  a  elaboração  de 

normas  do  Codex  e  textos  relacionados  com  nutrição,  qualidade,  segurança  e 

rotulagem dos alimentos, mas também a revisão dos textos associados à  inspecção e 

certificação  de  alimentos,  assim  como  de  métodos  de  amostragem.  No  mesmo 

enquadramento, perspectiva‐se a publicação e a divulgação do Codex Alimentarius. 

 

2. Promover uma aplicação mais ampla e consistente dos princípios científicos e 

da análise de risco; 

 

A  CAC  continuará  a  pedir  à  FAO  e  à  WHO  para  continuar  a  promover  a 

compreensão da análise de riscos e para continuar a explorar novas áreas de trabalho, 

tais  como  a  avaliação de  risco nutricional, de modo  a  fornecer pareceres  científicos 

relevantes para as actividades da Comissão. São objectivos que estes pareceres sejam 

dados  céleres  e  transmitidos  transversalmente  a  todos  os membros  e  pretende‐se 

encorajar os países a pedirem esses pareceres científicos à FAO e à WHO através da 

CAC. 

 

3. Reforço das capacidades de gestão de trabalho da CAC; 

 

A  comunidade  internacional  tem  prestado,  crescentemente,  mais  atenção  à 

segurança alimentar e ao comércio internacional de alimentos pelo que a CAC assume 

que  tem  que  estar  preparada,  apesar  dos  avanços  importantes  que  já  desenvolveu 

para  a  realização  de  procedimentos  eficientes  de  gestão  de  trabalho,  como,  por 

exemplo,  o  reforço  do  papel  do  Comité  Executivo  e  uma  utilização mais  eficaz  das 

tecnologias de informação.  

 

Page 10: A Comissão do Codex Alimentarius: génese e objectivos (relatório)

10 

4. Promover  a  cooperação  entre  a  CAC  e  as  organizações  internacionais  de 

relevo; 

 

A  Comissão  pretende,  com  este  objectivo  estratégico,  trabalhar  de  perto  com 

diversas  organizações  internacionais  com  assuntos  convergentes  de  interesse, 

procurando  que  haja  um  acompanhamento  pela  CAC  de  actividades  de  outras 

organizações que  sejam  relevantes no âmbito das normas alimentares e procurando 

assumir uma postura de liderança na defesa da saúde dos consumidores e no garante 

de práticas justas do comércio alimentar. 

 

5. Promover a máxima e efectiva participação dos Membros. 

 

Considera‐se a participação de todos os membros como "mais  importante do que 

nunca"  e  a  Comissão  tem  desenvolvido  iniciativas,  como  a  criação  de  manuais 

formativos e como a criação de um Fundo Fiduciário para aumentar a participação dos 

países  em  desenvolvimento  e  com  economias  em  transição  na  CAC.  É  objectivo, 

também, reforçar as estruturas administrativas nacionais e consultivas da CAC (Codex 

Contact Point ‐ em Portugal é o Gabinete de Planeamento e Política Agro‐Alimentar do 

Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, e o National Codex 

Committee).  A  CAC  quer,  ainda,  promover  a  participação  e  a  inclusão,  aumentar  a 

abrangência e a transparência. [9] 

 

   

Page 11: A Comissão do Codex Alimentarius: génese e objectivos (relatório)

11 

Conclusões

 

Após a análise da génese e objectivos da CAC e olhando para o enquadramento 

no  final do  século XX, a  legislação europeia  sobre  segurança agro‐alimentar  reflecte 

uma  grande  diversidade  de  factores,  desde  científicos  até  sócio‐económicos  e 

políticos,  pelo  que  tem‐se  registado,  naturalmente,  uma  falta  da  consistência 

reguladora  resultando  num  sistema  demasiado  complexo  e,  portanto,  ainda  pouco 

claro.  [12] Apesar de  tudo, a CAC  tem‐se esforçado em harmonizar e uniformizar as 

diversas legislações nacionais, a par do seu trabalho com vista à adaptação e à criação 

de  novas  disposições  regulamentares  para  defender,  quotidianamente,  a  saúde 

pública. 

Page 12: A Comissão do Codex Alimentarius: génese e objectivos (relatório)

12 

ReferênciasBibliográficas

 

1. World Health Organization, Food and Agriculture Organization of the United 

Nations. Understanding The Codex Alimentarius. Acedido em 22 de Abril de 

2011, em 

ftp://ftp.fao.org/codex/Publications/understanding/Understanding_EN.pdf. 

2. FDA U.S. Food and Drug Administration. Milestones in U.S. Food and Drug Law 

History. Acedido em 21 de Abril de 2011, em 

http://www.fda.gov/AboutFDA/WhatWeDo/History/Milestones/default.htm.  

3. Nolo Law for All. Federal Meat Inspection Act of 1906. Acedido em 21 de Abril 

de 2011, em http://www.nolo.com/legal‐encyclopedia/content/fed‐meat‐

act.html.  

4. FDA U.S. Food and Drug Administration. Significant Dates in U.S. Food and Drug 

Law History. Acedido em 20 de Abril de 2011, em 

http://www.fda.gov/AboutFDA/WhatWeDo/History/Milestones/ucm128305.ht

m.  

5. Goodburn, K. (2001). EU food law ‐ A pratical guide. Woodhead Publishing, Ltd., 

Capítulo 1, 1‐2. 

6. Report of the Evaluation of the Codex Alimentarius and other FAO and WHO 

Food Standards Work. Acedido em 21 de Abril de 2011, em 

http://www.fao.org/docrep/meeting/005/y7871e/y7871e00.htm.  

7. Queimada, M. A. . Codex Alimentarius ‐ Dos antepassados à actualidade. 

8. Queimada, M. A. . Codex Alimentarius ‐ Base Científica de Preparação das 

Normas. Acedido em 23 de Abril de 2011, em 

http://www.infoqualidade.net/SEQUALI/PDF‐SEQUALI‐05/Page%2020.pdf.  

9. The Secretary of The Codex Alimentarius Commission. Codex Alimentarius 

Commission Strategic Plan. Acedido em 22 de Abril de 2011, em 

ftp://ftp.fao.org/codex/Publications/StrategicFrame/Strategic_En.pdf.  

10. FAO Corporate Document Repository. Codex Alimentarius: how it all began. 

Acedido em 22 de Abril de 2011, em 

http://www.fao.org/docrep/v7700t/v7700t09.htm.  

Page 13: A Comissão do Codex Alimentarius: génese e objectivos (relatório)

13 

11. Food and Agriculture Organization of the United Nations, World Health 

Organization. Codex Alimentarius Commission ‐ Procedural Manual. Acedido 

em 21 de Abril de 2011, em 

ftp://ftp.fao.org/docrep/fao/005/Y2200E/Y2200E00.pdf.  

12. Goodburn, K. (2001). EU food law ‐ A pratical guide. Woodhead Publishing, Ltd., 

Capítulo 1, 1‐X. 

Page 14: A Comissão do Codex Alimentarius: génese e objectivos (relatório)

14 

Anexos

Anexo1:AcrónimoseAbreviaturas

  

CAC ‐ Codex Alimentarius Commission 

CEE ‐ Comunidade Económica Europeia 

EUA – Estados Unidos da América 

FAO ‐ Food and Agriculture Organization of the United Nations 

OCDE ‐ Organização para o Desenvolvimento e Cooperação Económica 

PAC ‐ Política Agrícola Comum  

UE ‐ União Europeia   

WHO ‐ World Health Organization