a civilização grega pdf

70
A CIVILIZAÇÃO GREGA Rafael Ascari

Upload: rafael-ascari

Post on 21-Mar-2017

128 views

Category:

Education


1 download

TRANSCRIPT

A CIVILIZAÇÃO GREGA

Rafael Ascari

A Civilização grega se forma na Península Balcânica, localizada ao Sul da Europa, com litoral extremamente recortado ideal para construção de portos e relevo montanhoso

A partir do século XX a.C, está região sofreu uma onda migratória vulgarmente chamados de povos Indo-europeus:

AQUEUS

EÓLIOS

JÔNIOS

Gradativamente dominam os povos “autóctones”, chamados de pelágios ou pelágos.

Inicia-se ai a civilização considerada pré-grega, civilização Cretense, minóica ou ainda os Creto-Micênicos.

CRETO-MICÊNICOS

Se organizavam em virtude do comércio marítimo, por não possuir terras para grandes plantios;

Organização política através da talassocracia, o governo era dominado pela elite comerciante;

Desenvolvem a base da língua grega e a base da mitologia Grega;

Logo a Civilização Creto-Micênica, pode ser considerada a base da Civilização Grega.

INVASÕES “DÓRIOS” Século XIV à XII a.C

Povo extremamente militarizado;

Vivia de conquistas de outros povos;

Os Creto-Micênicos (1400 à 1200 a.C) fogem em

direção ao Norte, o que caracteriza a primeira

diáspora Grega, maraca a transição de um período

Pré-homérico para o período Homérico, primeiro

período da história Grega.

Diáspora Grega, dispersão dos Creto-Micênicos,

futuros gregos pelo interior Norte da Península

Balcânica.

Formando pequenas comunidades, chamadas de

GENOS ou comunidades gentílicas com 20 à 30

pessoas, todas ligadas por laços familiares sendo a

terra propriedade familiar;

Quando estes grupos crescem do século X à VIII

a.C, termos uma evolução dos Genos;

De Genos passam para Frátrias de Frátrias para

Tribos e de Tribos para os famosos Demos;

Crescimento demográfico

Escassez de terras

Isso gerou a desagregação da economia comunitária;

Formação da propriedade privada, a qual foi

liderada pelos páters, os líderes, que deixam a terra

para seus filhos como herança os eupátridas

Quem não possui terra, ou trabalha alugando terra de

quem tem, ou vira comerciante ou trabalha por

recompensa;

Quem não tem terra pode se endividar e se não

consegue pagar, se torna escravo por dívida;

Logo temos uma sociedade censitária, com

mobilidade social, porém quem tem a terra manda

mais.

Para tentar resolver o problema das pessoas sem

terras, os Demos se organizam e lançam uma

campanha apoiando a colonização de novas terras, a

SEGUNDA DIÁSPORA GREGA;

Está colonização se estende pela orla do

Mediterrâneo e Mar Egeo, formando colônias com

certa autonomia mas ligadas economicamente a

península Balcãnica;

Estás colônias formarão a Magna Grécia, a grande

Grécia

Sendo assim temos uma substancial diminuição dos

conflitos nos Demos;

Os Demos passam a se reorganizar dando origem a

Pólis ou no plural as poleis, as Cidades-Estados

Gregas;

Cidades que se formam isoladas, muitas vezes

completamente independentes, com as seguintes

características:

Autonomia política, econômica e militar;

Se formaram isoladas umas das outra em virtude do

relevo, isolamento geográfico;

Porém todas as pólis possuem a mesma língua e

religião(mitologia), já que todos vem e são

descendentes das cultura Greco-Micênica.

Cidade-Estado - Conceito

Unidade política, econômica e social

geograficamente delimitada, que tinha como

núcleo uma cidade (Vila) e onde a soberania era

exercida por cidadãos livres, os quais

determinavam a forma de governo (aristocracia,

oligarquia, democracia)

ESPARTA – Não passa nem pela primeira nem pela segundo

diáspora. Economicamente se pauta na agricultura;

Desenvolve uma estrutura militarista, herança dos Dórios;

Sociedade estamental, esparciatas descendentes dos Dórios,

latifundiários militares únicos cidadãos hoplitas;

Periecos homens livres, não eram cidadãos, não fugiram

durante a invasão dos Dórios e também não resistiram a

eles;

Hilotas escravisados

OBS: Prisioneiros de guerra ou servos da terra

A Constituição dividia o governo nos seguintes

órgãos:

Diarquia: dois reis hereditários, de famílias

diferentes, decidiam sobre questões militares e

religiosas;

Gerúsia: conselho de anciãos, com 28 membros

vitalícios, com mais de 60 anos, e os dois reis. Esses

conselheiros, os gerontes, decidiam sobre política

externa e julgavam crimes.

Apela: assembléia de cidadãos espartanos, com no

mínimo 30 anos, que votavam sem emenda ou

discussão as propostas da Gerúsia; seu voto podia

ser anulado pelos gerontes.

Eforato: grupo de cinco éforos, eleitos pela Apela.

O eforato fiscalizava os reis, a administração e a

economia da cidade, inclusive podendo contrariar

leis antigas, sendo o órgão mais poderoso de

Esparta.

Educação espartana- Já ao nascer, a criança era

minuciosamente observada por um grupo de

anciãos.

Caso ela não apresentasse uma boa saúde ou tivesse

algum problema físico, era invariavelmente lançada

do cume do monte Taigeto.

Se fosse considerada saudável, ela poderia ficar

com a sua mãe até os sete anos de idade.

Depois disso, passava a ficar sob a tutela do

governo espartano para assim receber todo o

conhecimento necessário à sua vindoura trajetória

militar.

Entre os sete e os doze anos a criança recebia os

conhecimentos fundamentais para que conhecesse a

organização e as tradições de seu povo.

Depois disso, era dado início a um rigoroso

treinamento militar onde seria colocado em uma

série de provações e testes que deveriam aprimorar

as habilidades do jovem.

Nessa fase, o aprendiz era solto em um campo onde

deveria obter o seu próprio sustento por meio da

coleta, da caça de animais ou, em alguns casos, por

meio do furto.

Nessa mesma época, os aprendizes eram colocados

para realizarem longas marchas e lutarem uns com

os outros.

Dessa maneira, aprendiam a combater eficazmente.

Além disso, havia uma grande preocupação em

expor esse soldado a situações provadoras que

atestassem a sua resistência a condições adversas e

obediência aos seus superiores.

Cada vez que não cumprisse uma determinada

missão, esse soldado em treinamento era submetido

a terríveis punições físicas.

Quando chegavam aos 18 anos de idade, o soldado

espartano era submetido a um importante “teste

final”: a kriptia.

Funcionando como uma espécie de jogo de esconde-

esconde, os soldados participantes se escondiam de dia em

um campo para, ao anoitecer, saírem à caça do maior

número de hilotas (escravos) possíveis.

Quem sobrevivesse a esse processo de seleção

já estaria formado para integrar as fileiras do

exército e teria direito a um lote de terras.

Porém só se tornaria cidadão aos 30 anos

Com relação às mulheres, devemos salientar que

essa mesma tutela exercida pelo Estado também era

dirigida a elas.

De acordo com a cultura espartana, somente uma

mulher fisicamente preparada teria condições de

gerar filhos que pudessem lutar bravamente pela

defesa de sua Cidade-Estado.

Além disso, durante sua vida civil ela poderia

adquirir o direto de propriedade e não estava

necessariamente sujeita à autoridade de seu marido.

Quando alcançava os trinta anos de idade, o soldado

espartano poderia galgar a condição de cidadão.

A partir desse momento, ele participava das decisões e leis

a serem discutidas na Ápela, assembleia que poderia vetar a

criação de leis e indicava os indivíduos que comporiam a

classe política dirigente de Esparta.

Quando atingia a idade de sessenta anos, o indivíduo

poderia sair do exército e integrar a Gerúsia, o conselho de

anciãos responsável pela criação das leis espartanas.

Atenas

Localização

Península Ática, Norte da península Balcânica,

muita atividade comercial, portos.

Sociedade, censitária- Dividida por renda:

Eupátridas- latifundiários “planícies”

Demiurgos- comerciantes “litoral”

Georgóis- pequenos proprietários “montanhas”

Thetas- sem terra “montanhas”

Escravos- dívida ou guerra

Política Ateniense:

Planície- Eupátrida/conservador

Litoral- Demiurgos/moderados

Montanha- Georgóis e Thetas/radical

Evolução política de Atenas (mais cobrado):

Monarquia

Oligarquia “governo de poucos”

Democracia “Governo do cidadão”

Este processo decorre da seguinte forma:

Legisladores:

Drácon 621 a.C

Primeiro código de leis escritas.

Leis draconianas, conservadoras, impostas.

Sólon 594 a.C:

Reformista:

Divisão censitária da sociedade

Fim da escravidão por hipoteca, “dívida”

Necessidade de expansão

Escravos de guerra

Tirania 560 à 530 a.C

Governos golpistas

Pisístrato, Hipias, Hiparco e Clístenes

Clístenes 512 à 510 a.C reforma e cria a Lei democrática:

Divisão de pólis em demos

Membros com participação igualitária

Isonomia – todo cidadão é igual perante a lei

Não cidadãos – mulheres, crianças, estrangeiros(metecos) e escravos

OBS: Ostracismo

A cidadania ateniense era direta, já que poucos eram

os cidadãos. Sendo assim não era necessário de

representantes.

A base da prática democrática era:

Debate

Consenso

Retórica - Teatro grego

Período Clássico Grego século VI ao II a.C (Referência)

Marcado por duas grandes guerras:

Guerras médicas de 490 à 470 a.C, entre Império

Persa e os Gregos;

Gregos através do acordo de Délos vencem os

Persas;

Atenas vai criar o período imperialista, com maior

número de escravos, o que dá condição aos

atenienses desenvolverem a política e o

pensamento(filosofia);

Atenas vai passar a dominar as outras cidades

atitude que vai ser repudiada;

Logo se cria o exercito do Peloponeso as cidades

sob a influência de Atenas, que irá guerrear contra a

Liga de Délos Atenas isso vai gerar a Guerra do

Peloponeso 431 à 404 a.C;

Conflitos entre gregos

Conflito termina com a vitória espartana, porém será

derrotada por Tebas, e isso gera novas invasões a

começar por Felipe e terminar por Alexandre o

Grande.

A Grécia não morre por um homicídio mas sim se

suicidou!

A partir da invasão de Alexandre o grande teremos

um novo período do século IV ao século II a.C, o

período Helenístico.

CIVILIZAÇÃO GREGAII

Rafael Ascari

Guerras Médicas

As Guerra Médicas foram as mais conhecidas

da Grécia Antiga;

Possuem esta nomenclatura pois os povos

persas também eram chamados de medos;

Tais guerras se iniciam em virtude dos

conflitos imperialistas entre gregos e persas

Os persas dominavam o comércio e as

comunicações no Mar Egeu.

Dominavam cidades gregas na Ásia Menor.

Por volta de 498 a.C as cidades gregas da Ásia

Menor sob domínio Persa se rebelam e resolvem

atacar.

São apoiadas por cidades da Grécia como Atenas eEritreia que mandam mais de 2 mil homens paraapoia-las

Dentre as cidade rebeladas estava a famosa Mileto

Porém os persas mais poderosos vencem eaniquilam a cidade de Mileto

Dário I, grande imperador persa, manda suas tropaspara punir as cidade que ajudaram Mileto

Está foi a 1º invasão persa ocorrida em 490 a.C

Atenas praticamente enfrentou sozinha tal invasão,

Eritreia foi destruída

Atenas liderada pelo General Milcíades com mais de

10 mil homens resiste bravamente e impede o

desembarque de 50 mil persas na Batalha de

Maratona;

Por que batalha de maratona?

Fidípedes foi ordenado a em velocidade de marcha ir

até a cidade de Atenas avisar que a invasão persa havia

sido contida no litoral.

2º Invasão Persa

10 anos após o primeiro ataque os persas liderados por

Xerxes, filho de Dário I em 480 a.C atravessam o

Estreito de Dardanelos e atacam a Grécia.

Os persas primeiramente atacaram a cidade de

Esparta, os exércitos espartanos estavam

despreparados, e quem deu o primeiro combate foi a

infantaria de 300 homens sob o comando do Rei

Leônidas no Vale das Termópilas. BATALHA DAS

TERMÓPILAS

Os persas com muito custo venceram a Batalha das

Termóplias, mas seguiram adiante quanto aos ataques

à população grega.

Invadiram Atenas e incendiaram a cidade

A população de Atenas se refugiou na ilha de

Salamina e estrategicamente organizaram o contra

ataque.

Comandados pelo general Temístoclis, com uma

grande esquadra naval, enfrentaram os persas na

Batalha de Salamina;

Mais duas grandes batalhas foram necessárias para

definitivamente expulsar os persa do território grego

europeu:

Batalha de Platéia

Batalha de Micale

A partir de então surge a hegemonia ateniense.

Para se precaver de um novo ataque persa Atenas

organiza uma confederação de cidades para se

defender, A CONFEDERAÇÃO OU LIGA DE

DÉLOS, com sede na Ilha de Délos comandada por

Atenas.

Anualmente as cidades mandavam, homens,

dinheiro, e embarcações para fortalecer a “Liga”.

A pressão imposta aos persas pelos gregos com a

Liga de Délos impôs em 448 a.C a Paz de Kálias.

Os persas reconhecem a hegemonia grega sobre o

Mar Egeo.

Tais reformas dão a entender que Atenas pretende

unificar todas as cidades da Grécia, tornando-a um

grande Estado com capital em Atenas

Isso vai fazer com que os espartanos se insurjam

contra Atenas, com a Liga do Peloponeso

Fim...

ALEXANDRE O GRANDEConhecido pelos persas como SACANDA “O MALDITO”

Figura de impar singularidade, lembrado e reverenciado por

estrategistas militares

Homem a frente de seu tempo, filho de Felipe II, rei da

Macedônia.

Alexandre assume o trono em 336 a.C, para conquistar o

mundo.

Sua educação foi extremamente beligerante e filosófica,

com apenas 18 venceu a Batalha de Queronéia na Grécia

336 a.C, Alexandre transfere a capital da Macedônia

para Grécia;

Alexandre se torna famoso ao marchar para o oriente

e enfrentar o império persa o qual era gigantesco,

dominava toda a Ásia;

Com capital na Babilônia o imperador era protegido

pela Fortaleza de Suasar.

Mesmo assim Alexandre avança para o Oriente,

domina e une as culturas entre o Ocidente e Oriente;

Conquista a Ásia, o Egito o Himalaia encontra a

princesa Roxana casa-se e vai em direção a Índia e a

conquista

Vence Dario imperador persa e mantem os

costumes de todas os povos conquistados.

No Egito foi considerado Faraó dando origem a

dinastia alexandrina ptolomaica, sendo Cleópatra o

auge de tal dinastia.

Mapa que mostra os domínios conquistados pelo

Império Macedônio (Ilustração: Universidade do Texas.

Historical Atlas by William Shepherd)

Helenismo

Helenismo é um termo que designa tradicionalmente

o período histórico e cultural durante o qual a

civilização grega se difundiu no mundo

mediterrânico, euro-asiático e no Oriente, fundindo-

se com a cultura local.

PERÍODO HELENÍSTICO O período conhecido como helenístico foi um

marco entre o domínio da cultura Grega e oadvento da civilização romana.

Os sopros inspiradores da Grécia sedisseminaram, nesta época, por toda umaregião exterior conquistada por AlexandreMagno ( O Grande), rei da Macedônia.

Com suas investidas bélicas ele incorporou aouniverso grego o Egito, a Pérsia e parte doterritório oriental, incluindo a Índia.

Alexandre promoveu o que chamamos de

Helenismo:

Mistura da cultura grega ocidental, marcada

pela austeridade(rigidez), serenidade com a

cultura oriental, marcada pelo despotismo,

exuberância e luxo.

Alexandre mistura as culturas oriental e

ocidental gerando o helenismo.

Alexandre queria miscigenar estes povos

torna-los uma grande nação.

Alexandre morre em 321 a.C e com sua

morte o esfacelamento do seu império.

PRIODOS DA HISTÓRIA GREGA

1. Pré-Homérico - entre 2000 e 1.100 a.C - época de ocupação do território da Grécia.Desenvolvimento das civilizações Micênica e Cretense. Invasão dos Dórios no final desteperíodo, provocando a dispersão dos povos da região e ruralização.

2. Homérico - entre 1.100 e 700 a.C - conclusão do processo de ruralização das comunidadesgentílicas. Nos genos havia a coletivização da produção e dos bens. No final deste período,com o crescimento populacional, ocorreu a desintegração dos genos.

3. Arcaico - entre 700 e 500 a.C - surgimento das pólis (cidades-estados) com a formação deuma elite social, econômica e militar que passa a governar as cidades. Neste períodoocorreu a divisão do trabalho e o processo de urbanização. Surge o alfabeto fonético grego esignificativo desenvolvimento literário e artístico.

4. Clássico - entre 500 e 338 a.C - época de grande desenvolvimento econômico, cultural,social e político da Grécia Antiga. Época de grande fortalecimento das cidades-estadosgregas como, por exemplo, Esparta, Atenas, Tebas, Corinto e Siracusa. Foi também umaépoca marcada por conflitos externos como, por exemplo, as Guerras Médicas (entre gregose persas no século V). Ocorreu também, neste período, a Guerra do Peloponeso (entreAtenas e Esparta).

5. Helenístico - entre 338 e 146 a.C - fase marcada pelo enfraquecimento militar grego e aconquista macedônica na região. A cultura grega espalha-se pela região, fundindo-se comoutras (helenismo).

• https://www.youtube.com/watch?v=GAO2Ja0fL08

• https://www.youtube.com/watch?v=Y1xL9V7oJPc

• https://www.youtube.com/watch?v=4wzrnzrM_-s