a cidade média e suas centralidades o exemplo de montes claros no norte de minas gerais - iara...

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1 A CIDADE MÉDIA E SUAS CENTRALIDADES: O EXEMPLO DE MONTES CLAROS NO NORTE DE MINAS GERAIS Iara Soares de França 1 Doutoranda em Geografia pela Universidade Federal de Uberlândia Prof a do Departamento de Geociências da Universidade Estadual de Montes Claros- UNIMONTES [email protected] Beatriz Ribeiro Soares Prof a Dr a do Programa de Pós-Graduação em Geografia Universidade Federal de Uberlândia [email protected] Resumo: O presente trabalho analisa as novas centralidades da cidade média de Montes Claros/MG que foram criadas a partir da formação de subcentros na referida cidade. Montes Claros é considerada a única cidade média do Norte de Minas Gerais, com uma população superior a 350 mil habitantes e apresenta diversas alterações no seu espaço intra-urbano, destacando-se o surgimento de novas formas comerciais em áreas não restritas ao núcleo central. Tendo em vista as importantes transformações econômicas, políticas e sociais ocorridas em Montes Claros após a segunda metade do século XX, têm-se novas modalidades de comércio e consumo instaladas em espaços considerados periféricos. Os subcentros Major Prates e Esplanada ilustram essas novas centralidades. O artigo está estruturado em três partes. A primeira discute o processo de urbanização brasileira e a emergência das cidades médias como importantes espaços na economia do país e temática de estudo de alguns pesquisadores pós década de 1970 por meio do II Plano Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – II PND e do Programa Nacional de Apoio às Capitais e Cidades de Porte Médio – PNCCPM, parte integrante do II PND. Com isso, procura-se identificar e problematizar a situação de Montes Claros enquanto cidade média por meio de estudo de alguns parâmetros como aspectos demográficos, serviços e infra-estrutura urbana e PIB. A segunda parte analisou a expansão urbana de Montes Claros associada ao processo de descentralização. Na terceira parte examina-se a formação de novos núcleos comerciais, ou seja, novas centralidades por meio da configuração dos subcentros Major Prates e Esplanada, dois espaços econômicos peculiares que polarizam as regiões Sul e Nordeste da cidade, respectivamente, produzindo novas espacialidades no espaço intra-urbano de Montes Claros/MG. Palavras-chave: cidades médias, centralidades, subcentros de comércio e serviços 1 Este artigo é uma síntese revisada da dissertação de mestrado da autora apresentada em 23 de fevereiro/2007 ao Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Uberlândia/UFU.

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Iara Soares de FrançaBeatriz Ribeiro Soares

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    A CIDADE MDIA E SUAS CENTRALIDADES: O EXEMPLO DE MONTES CLAROS NO NORTE DE MINAS GERAIS

    Iara Soares de Frana1 Doutoranda em Geografia pela Universidade Federal de Uberlndia

    Profa do Departamento de Geocincias da Universidade Estadual de Montes Claros- UNIMONTES

    [email protected]

    Beatriz Ribeiro Soares Profa Dra do Programa de Ps-Graduao em Geografia

    Universidade Federal de Uberlndia [email protected]

    Resumo: O presente trabalho analisa as novas centralidades da cidade mdia de Montes Claros/MG que foram criadas a partir da formao de subcentros na referida cidade. Montes Claros considerada a nica cidade mdia do Norte de Minas Gerais, com uma populao superior a 350 mil habitantes e apresenta diversas alteraes no seu espao intra-urbano, destacando-se o surgimento de novas formas comerciais em reas no restritas ao ncleo central. Tendo em vista as importantes transformaes econmicas, polticas e sociais ocorridas em Montes Claros aps a segunda metade do sculo XX, tm-se novas modalidades de comrcio e consumo instaladas em espaos considerados perifricos. Os subcentros Major Prates e Esplanada ilustram essas novas centralidades. O artigo est estruturado em trs partes. A primeira discute o processo de urbanizao brasileira e a emergncia das cidades mdias como importantes espaos na economia do pas e temtica de estudo de alguns pesquisadores ps dcada de 1970 por meio do II Plano Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social II PND e do Programa Nacional de Apoio s Capitais e Cidades de Porte Mdio PNCCPM, parte integrante do II PND. Com isso, procura-se identificar e problematizar a situao de Montes Claros enquanto cidade mdia por meio de estudo de alguns parmetros como aspectos demogrficos, servios e infra-estrutura urbana e PIB. A segunda parte analisou a expanso urbana de Montes Claros associada ao processo de descentralizao. Na terceira parte examina-se a formao de novos ncleos comerciais, ou seja, novas centralidades por meio da configurao dos subcentros Major Prates e Esplanada, dois espaos econmicos peculiares que polarizam as regies Sul e Nordeste da cidade, respectivamente, produzindo novas espacialidades no espao intra-urbano de Montes Claros/MG. Palavras-chave: cidades mdias, centralidades, subcentros de comrcio e servios

    1 Este artigo uma sntese revisada da dissertao de mestrado da autora apresentada em 23 de

    fevereiro/2007 ao Programa de Ps-Graduao em Geografia da Universidade Federal de Uberlndia/UFU.

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    A temtica das cidades mdias no Brasil: trajetria e aspectos terico-metodolgicos

    Na dcada de 1970, o governo federal, por meio de polticas pblicas de ordenamento territorial, comea a incentivar a criao de novos plos de desenvolvimento em regies perifricas, a fim de frear a migrao rumo s metrpoles e incentivar o desenvolvimento de cidades de porte mdio. Essas medidas governamentais eram de cunho desenvolvimentista e visavam a polticas de regionalizao para o pas. Objetivava-se a descentralizao territorial e populacional das metrpoles nacionais, que redundaria em descentralizao econmica tambm. (Soares, Melo, Luz, 2005; Soares, Silva, 2002; Pontes, 2000).

    Para Rochefort (1998), as aes de desenvolvimento das cidades mdias objetivavam:

    (...) desenvolver, prioritariamente, algumas cidades mdias para refrear o crescimento das metrpoles e, medida que as cidades so escolhidas no interior do territrio, levar para esses espaos subdesenvolvidos atividades e homens que permitam um desenvolvimento da economia regional. (ROCHEFORT, 1998, p. 93).

    O Programa Nacional de Apoio s Capitais e Cidades de Porte Mdio o

    PNCCPM - era parte integrante do II PND, por meio da Comisso Nacional de Regies Metropolitanas e Poltica Urbana do Ministrio de Planejamento2 (CNPU) da poca. Essa comisso elaborou uma srie de classificaes conceituais para as cidades mdias brasileiras, justificou a importncia de se estudar essas cidades e traou hipteses para a classificao funcional das cidades mdias brasileiras.

    Dentre as cidades beneficiadas pelo PNCCP (1970) em sua fase inicial, Montes Claros/MG foi a nica cidade no Norte do estado a receber investimentos. Como parte das aes desse programa, na dcada de 1980, Montes Claros foi contemplada com o Projeto Cidade de Porte Mdio (1980). Pereira e Leite (2004) retratam especificidades desse projeto na cidade de Montes Claros, resgatando que:

    A execuo desse projeto ficou sob responsabilidade da Secretaria de Planejamento e Coordenao de Montes Claros, sendo que 70% do capital investido foi proveniente do Banco Interamericano de Reconstruo e Desenvolvimento (BIRD), 20% do cofre do Estado de Minas Gerais e 10% da Prefeitura de Montes Claros. (PEREIRA; LEITE, 2004, p.42).

    Assim, objetivava-se possibilitar populao carente o acesso casa prpria, a servios urbanos bsicos, como gua, esgoto e energia eltrica, e legalizao de lotes, com vistas a elevar a qualidade de vida da populao de baixo poder aquisitivo, notadamente, aquelas que residem em favelas. Alm disso, objetivava-se melhorar e ampliar a infra-estrutura urbana da cidade de Montes Claros.

    Pesquisadores brasileiros como Santos (1993,2003), Amorim Filho (1976), Amorim Filho, Bueno e Abreu (1982, 1984), Amorim Filho, Serra (2001), Soares 2 De acordo com Pontes (2000), a referida Comisso dividiu as cidades mdias brasileiras em dois grandes grupos, sendo um formado pelas cidades mdias integradas rede urbana e o outro pelas cidades situadas s margens das redes urbanas hierarquizadas. O primeiro grupo de cidades so cidades que esto influencia da metrpole se localizando predominantemente no Sudeste e Sul do pas. Pertencem ao segundo grupo aquelas cidades mdias que constituem centros tercirios das zonas de agricultura tradicional, as cidades que servem de ponto de apoio s zonas de colonizao agrcola, as cidades essencialmente administrativas e as cidades que canalizam produtos bsicos destinados exportao. (PONTES, 2000).

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    (1999, 2000, 2001, 2002, 2005), Pontes (2000) Spsito (2001), Andrade e Lodder (1979), Andrade, Serra (2001), Steinberger, e Bruna (2001), dentre outros, tm focado os seus trabalhos na investigao das cidades mdias, a fim de compreend-las e avanar em pesquisas empricas e em reflexes terico-metodolgicas. Tais trabalhos abrem espaos para a compreenso desses tipos de cidades e para a anlise de suas individualidades e perfis.

    A definio ou o conceito de cidade mdia remete aos estudos de pesquisadores, rgos governamentais e planejadores urbanos. Do ponto de vista do nvel hierrquico das cidades, uma cidade mdia aquela que se localiza entre a grande cidade e a pequena cidade, tendo dessa forma, uma posio intermediria.

    Amorim e Serra (2001) alertam que a posio que as cidades mdias ocupam no interior de um pas no fechada ou est pronta e inacabada, visto que uma cidade mdia no mdia, ela est mdia em uma determinada situao e em um contexto especfico. Essa posio pode permanecer por muito tempo, no obstante a cidade mdia pode se elevar categoria de cidade grande. Para que qualquer uma dessas duas situaes ocorra, no entanto, uma condio prevalecente ser a situao socioeconmica dessas cidades, que se relaciona sua economia, rede de consumo, infra-estrutura e potencialidades, entre outros.

    H que se considerar tambm a localizao espacial da cidade mdia, pois, se ela est isolada em uma determinada regio, esse fato pode indicar dificuldade de autonomia e de manuteno de sua posio de cidade mdia. Alm disso, essa cidade pode estar sob a influncia direta ou indireta de uma metrpole nacional, metrpole regional, de uma capital estadual ou se posicionar prxima a uma importante cidade, o que, provavelmente, confere-lhe maiores possibilidades de desenvolvimento e crescimento. Todos esses fatores tornam cada cidade mdia singular no espao e no tempo em que se localizam. (Soares, 1999).

    Para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGE , a cidade mdia aquela que possui populao entre 100.000 e 500.000 habitantes. Quando se considera como critrio de classificao o tamanho demogrfico, ou seja, cidade com populao entre 100.000 e 500.00 habitantes, Montes Claros uma cidade mdia, haja vista o fato de possuir 342.586 mil habitantes3. (IBGE, 2005). Isso j havia sido mostrado por Andrade e Lodder (1979) em seus estudos na dcada de 1970. Nessa mesma dcada, a cidade foi includa no Programa Cidades de Porte Mdio, parte integrante da poltica pblica definida pelo II Plano Nacional de Desenvolvimento (PND).

    Ao estudar as cidades mineiras com mais de 100 mil habitantes, Amorim Filho, Bueno e Abreu (1982) consideraram Montes Claros como uma cidade mdia de nvel superior, uma verdadeira capital regional. O estudo do IPEA/IBGE/UNICAMP (1999) classificou a cidade de Montes Claros como um centro regional 2. Estudos mais recentes, como o de Pereira e Lemos (2004), tambm identificam essa cidade como mdia, tendo por base a sua capacidade de polarizao intra-regional.

    Montes Claros/MG constitui uma realidade singular no tocante a essa discusso, sobretudo em funo de como se deu seu processo de crescimento econmico e expanso urbana, de modo que passou a assumir uma posio de centralidade intra e inter-urbana, consolidando-se como o ncleo urbano mais expressivo da regio em que se insere, o norte de Minas Gerais. Essa cidade se individualiza no contexto norte-mineiro por apresentar uma formao scio-espacial singular. Sendo assim, analisar sua funo de centralidade intra-urbana frente ao perodo tcnico cientfico informacional e sua potencialidade econmica torna-se fundamental. 3 Estimativa populacional em 01.07.2005, disponvel em www.ibge.gov.br.

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    Montes Claros: uma cidade mdia norte-mineira

    O municpio de Montes Claros est localizado no Norte do estado de Minas Gerais, na bacia do Alto Mdio So Francisco, rea de clima tropical semi-mido, com vegetao predominantemente constituda pelo cerrado caduciflio. Abrange uma rea territorial de 3.576,76 km2, onde vive uma populao total de 342.586 mil habitantes4. (IBGE, 2007).

    O intenso processo de urbanizao decorrente dos fluxos migratrios provenientes de outras cidades, iniciado na dcada de 1970, e a expanso territorial urbana decorrente desse movimento contriburam para que Montes Claros se consolidasse como centro polarizador da regio norte-mineira. O tamanho demogrfico e o papel regional que essa cidade desempenha permitem classific-la como uma cidade mdia, conforme demonstram estudos de Andrade; Lodder (1979); Amorim Filho, Bueno e Abreu (1982); Pereira, Lemos (2004); Soares (1999, 2005) e Frana (2007). Em muitos estudos, a cidade de Montes Claros surge como um centro regional que comanda as reas do seu entorno e os municpios com menor diversidade de funes. Ademais, abriga fluxos regulares de mercadorias, pessoas e informaes, interagindo com a capital estadual, Belo Horizonte, que a polariza. (Pereira, 2005). Alm de desempenhar funes nos setores de servios, comrcio, indstria e poltico-administrativas, a cidade de Montes Claros mantm relaes de produo e consumo que extrapolam o seu espao fsico, ou seja, alcanam toda a regio norte-mineira, consolidando sua importncia regional. Nessa perspectiva, a cidade possui relaes, sobretudo econmico-financeiras, em escala local e/ou regional.

    A evoluo do segmento educacional e sua diversidade, especialmente no ensino superior, demonstram a importncia desse ramo como dinamizador do setor tercirio e da prpria economia de Montes Claros que, por sua vez, reitera sua importncia polarizadora regional e influencia o Norte, o Leste e o Noroeste de Minas, alm do sul da Bahia. A variedade de cursos de graduao existentes na cidade, tanto pblico quanto privados, e os programas de ps-graduao lato sensu e stricto sensu tm contribudo para a melhoria da qualificao profissional na cidade e na regio.

    Um outro setor que apresenta bastante expresso e dinamicidade na economia de Montes Claros o da sade. O municpio possui 45% dos hospitais5 do Norte de Minas, com 138 estabelecimentos de sade (IBGE, 2007). Os hospitais de Montes Claros contam com 876 leitos, sendo que, desse nmero total, 739 leitos so disponveis ao Sistema nico de Sade SUS (IBGE, 2007). Dados do Ministrio da Sade informam que, no ano de 2001, a rede hospitalar do SUS, no Brasil, contava com 486 mil leitos em hospitais vinculados ao SUS, mdia de 2,8 por mil habitantes (Fonte: www.saude.gov.br, acesso em julho de 2007). Em Montes Claros, a mdia, nesse mesmo perodo, era de 2,4 leitos por mil habitantes na rede SUS.

    4 (Acesso em 2007, mas os dados referem-se contagem populacional realizada pelo Instituto Brasileiro

    de Geografia e Estatstica/IBGE no ano de 2005). 5 Esse nmero assim se distribui: 8 hospitais5, 3 policlnicas5 e 15 postos-centros de sade, inmeras

    clnicas especializadas: cardiologia (8), check up (1), esttica (6), fisioterapia (14), mdicas (25), odontolgicas (30), olhos (2), ortopedia (1), pediatria (2), psicologia (7), psiquitria (2), radiologia (3), reabilitao (1), repouso (1), ultra-sonografia e ecografia (3), somando, aproximadamente, 104 estabelecimentos, alm de aproximadamente 30 laboratrios. (Pesquisa Direta, 2006).

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    Analisando a participao dos setores da economia no PIB municipal6, percebe-se que ocorreram variaes ao longo dos anos de 2001, 2002 e 2003. No perodo de 2001 a 2002, houve uma elevao nos setores industrial e de servios e variao e/ou queda na agropecuria. No ano de 2001, a participao do setor agropecurio foi de 3,3%; da indstria, de 44,5% e, do setor de servios, 52,2% (Fonte: www.fjp.gov.br, acesso em julho de 2007). Em 2002, os ndices continuaram a crescer em todos os setores, sendo que a participao da agropecuria na economia do municpio foi de 4,6%; 42,7% a da indstria e 52,7% a dos servios. No ano de 2003, a agropecuria respondeu por 4% da economia, a indstria respondeu por 42,3% e o setor de servios por 53,7% ((Fonte: www.fjp.gov.br, acesso em julho de 2007), conforme mostra a tabela 1.

    TABELA 1 Montes Claros/MG: Evoluo e Participao dos Setores por Atividade Econmica via PIB, 2001, 2002 e 2003. (R$ 1 Mil)

    Fonte: (FJP, 2006)

    O crescimento da participao do setor de servios, em Montes Claros, expresso do aumento do acesso a bens e a servios que a populao tem alcanado. O PIB desse municpio um indicador econmico que revela essa tendncia.

    Novas centralidades urbanas: os subcentros de comrcio e servios na cidade mdia de Montes Claros/MG

    Seguindo a dinmica da reestruturao intra-urbana, associada ao processo de urbanizao do final do sculo XX, atravs dos fluxos decorrentes de multiplicao e diversificao de atividades comerciais e de servios, assiste-se ampliao de reas centrais das cidades. Esse processo relaciona-se expanso do tecido urbano. A expanso territorial, com a abertura de novos bairros/loteamentos, gerando a formao de novas centralidades para atender ao crescimento territorial e populacional da cidade, um exemplo de processos que vo se entrelaar e configurar o espao atual de Montes Claros.

    Para Spsito (2001, p.238), [...] as reas centrais esto multiplicando-se e a observao dessa tendncia pode ser reconhecida como resultado de uma lgica que passou a orientar a constante dinmica de reestruturao das cidades brasileiras. A multiplicao de reas de concentrao de atividades comerciais e de servios revela-se atravs da nova espacializao urbana [...]. Em outras palavras, o reconhecimento da multiplicao de reas centrais de diferentes importncias e papis funcionais pode se dar atravs da observao da localizao das atividades comerciais e de servios.

    3 Em 2001, o valor do PIB adicionado agropecuria era de 49.948 mil reais e, em 2002, alcanou

    66.875 mil reais. O valor do PIB adicionado indstria em 2001 foi de 679.732 mil reais e, em 2002, esse valor subiu para 718.227 mil reais. Por ltimo, o valor do PIB, adicionado ao setor de servios, em 2001, foi de 800.342 mil reais e, em 2002, este nmero alcanou 850.993mil reais (Anurio Estatstico da Fundao Joo Pinheiro, 2006).

    Setor Econmico 2001 2002 2003 Agropecurio 49.948 3,3 % 73.482 4,6% 71.493 4,0% Industrial 679.732 44,4% 679.169 42,7% 753.752 42,4% Servios 800.342 52,3% 836.359 52,6% 954.158 53,6% Total 1.530.022 1.589.010 1.779.402

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    Segada Soares (1987) salienta a importncia de estudos relacionados ao surgimento dos subcentros e sua ligao com os acontecimentos no interior da cidade, isto , sua rea central e dinmica intra-urbana que extrapolam as barreiras territoriais e alcanam regies. Para a referida autora, [...] o estudo dos subcentros, como de toda a geografia urbana, altamente dinmico, e qualquer transformao na vida da cidade pode alterar profundamente a evoluo desses ncleos de cristalizao de comrcio e dos servios da cidade (Segada Soares, 1987, p.133).

    Os subcentros, pequenos ou grandes, dotados de estabelecimentos comerciais e de servios, comeam a formar-se para atender s necessidades imediatas da populao do seu entorno, ou seja, das reas residenciais prximas. Mendes e Grzegorczyk (2003, p.110) enfatizam que o surgimento dos subcentros uma caracterstica tanto de cidades grandes quanto daquelas de porte mdio, eles constituem-se em funo da dinmica intra-urbana das cidades. Afirmam que os subcentros [...] podem originar-se dentro das cidades, como resposta expanso territorial e ao adensamento populacional em determinadas reas. Esse tipo de subcentro surge tanto nas cidades grandes como nas de mdio porte.

    Os empreendimentos que originam os subcentros podem dar-se a partir da criao de shopping centers, novos loteamentos, hospitais, universidades ou faculdades, postos de sade, entre outros. De acordo com Navarro (2005, p.108),

    os subcentros desenvolveram-se, no para facilitar a vida dos moradores, mas como resultado do processo de reestruturao urbana, em funo da expanso desta, desenvolvendo uma centralizao de acordo com os atrativos proporcionados por algum tipo de instituio ou equipamento urbano que gera um certo fluxo de pessoas, [...].

    No caso da cidade de Montes Claros os subcentros se originaram em reas

    residenciais distantes do ncleo central que, acompanhando a expanso territorial urbana da cidade e o crescimento demogrfico em reas perifricas, passaram a atrair comrcios e servios diversificados. Tais subcentros esto distribudos em vrios pontos da cidade e atendem prioritariamente as necessidades imediatas dos consumidores locais, sendo que, alguns se apresentam mais qualificados e diversificados de acordo com as acessibilidades presentes no bairro e o contingente populacional.

    A maioria dos subcentros formados na cidade possui em comum a presena de postos de sade municipais7, esses equipamentos aceleraram o processo de formao dos subcentros Major Prates, Cristo Rei, Independncia e Esplanada.

    Os subcentros Major Prates e Esplanada analisados nesse trabalho so denominados de subcentros espontneos. Os subcentros espontneos constituem-se uma rplica do centro principal, com diversidade comercial e de servios, porm com menor incidncia de atividades especializadas. (Villaa, 2001).

    O subcentro Major Prates est entre um dos maiores adensamentos populacionais da cidade8, que por sua vez, se constitui em excelente mercado consumidor a ser explorado por diversos agentes produtores do espao urbano. Esse subcentro possui intenso fluxo de atividades comerciais e prestao de servios que atrai

    7 Os postos de sade foram implantados a partir dos anos 1980 nesses bairros gradativamente pela ao da Prefeitura Municipal de Montes Claros, como resultado de instrumentos de gesto que objetivava dividir a cidade em regies administrativas visando oferecer aos moradores de diversas regies da cidade servios de sade e descentralizando assim a busca de tais servios nos hospitais. 8 Apresenta uma populao residente total de 5279 pessoas referente a 1,82% da populao de Montes Claros. (PMMC, 2006).

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    uma massa muito grande de consumidores. Os consumidores variam de moradores do bairro a pessoas que o consome quando esto de passagem para outros lugares da cidade, ou ainda, viajantes que chegam a Montes Claros. Dessa forma, a existncia e manuteno desse subcentro interessa empreendedores, prefeitura e populao.

    O Major Prates localiza-se na regio sul da cidade de Montes Claros, possuindo como limites os bairros Augusta Mota, Morada do Parque, Morada do Sol, So Geraldo, Vargem Grande e Canelas. Esse bairro conta com uma rea de 759.898,91m2. (PMMC, 2006). Sua localizao tem sido determinante para o desenvolvimento socioeconmico no s do bairro mas da prpria regio Sul. O bairro possui um sistema virio que o articula uma grande volume de pessoas e veculos para a regio central da cidade. Entre as principais avenidas de acesso desse subcentro esto a Francisco Gaetani e a Castelar Prates, que assumem um importante papel na concentrao de comrcio e prestao de servios. Nessas duas avenidas principais do bairro, convergem grandes fluxos de pessoas e veculos. Ademais, registra-se que esse espao tambm faz limite com a BR 351, que interliga o municpio de Montes Claros Pirapora, no Norte de Minas, e Uberlndia, no Triangulo Mineiro.

    Pode-se depreender que a emergncia do bairro Major Prates a condio de subcentro se relaciona diretamente com a infra-estrutura urbana que tal espao possui, somados a isso a sua excelente localizao geogrfica, o dinamismo econmico, o grande contingente populacional e, conseqentemente, um forte mercado consumidor.

    A partir da renda dos moradores, das condies infra-estruturais e da diversidade funcional ali presentes, os comerciantes e pequenos empresrios locais investiram nesse subcentro, de forma que passasse a atender s necessidades imediatas dos moradores e lhes proporcionasse retorno financeiro. As atividades comerciais e os servios desenvolvidos tornam-se cada vez mais dinmicos e variados, alcanando o consumo no somente da populao do Major Prates, mas tambm dos bairros adjacentes e da regio. Atualmente, desenvolvem-se nesse espao atividades de consumo imediato da populao, como, por exemplo, o comrcio de carnes e hortifrutigranjeiros, juntamente com ramos de atividades mais especializadas e complexas. Dessa forma, academias, farmcias comrcio de calados e de cama, mesa e banho, casas lotricas, servios de transportes e cargas, bem como hotis e penses so algumas atividades que ilustram o desenvolvimento e a potencialidade econmica desse subcentro.

    A partir do mapeamento da distribuio do uso do solo, nota-se que a ocupao no subcentro Major Prates variada, possuindo, concomitantemente, uso comercial e residencial. Percebe-se que os estabelecimentos comerciais concentram-se ao longo de dois eixos perpendiculares, quais sejam, as avenidas Francisco Gaetani e Castellar Prates, formando dois ncleos estratgicos de passagem para a rea central de Montes Claros e outros bairros da cidade, bem como acesso para a BR135. Os quarteires localizados nessas duas avenidas so densamente ocupados por atividades comerciais, notadamente no centro do bairro. Dessa forma, a medida que se afasta dessa rea, que bastante ampla em relao a dimenso total desse subcentro, v-se a ocorrncia de residncias, denotando uma ntida separao entre uso comercial e residencial.

    A prosperidade/complexidade/dinamismo do subcentro Major Prates deve-se a proximidade com a rodoviria da cidade, com o Montes Claros Shopping Center, com a sada para a rodovia BR365 e com a instalao de uma boa rede de infra-estrutura bsica: gua, luz, esgoto, pavimentao, telefonia, vias de comunicao e circulao. , portanto, um espao de acessibilidades, ideal para a manifestao de centralidades.

    Sobre a centralidade, conquanto se afigure um princpio constitutivo no plano do espao urbano, preciso destacar incessantemente, que a troca de produtos sempre esteve associada a ela. Os lugares escolhidos para a troca de produtos

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    comumente implicaram situaes estratgicas. Em outras palavras, a atividade comercial sempre demandou centralidade, o que tambm significa dizer acessibilidade. (PINTAUDI, 2002, p.155).

    Os eixos de circulao (ruas e avenidas), juntamente com o sistema de transporte coletivos (nibus) e individual (automveis, motocicletas e bicicletas), fazem a ligao do subcentro Major Prates com o ncleo central central, atendendo moradores que se deslocam para outras reas da cidade, a fim de trabalhar, estudar, entre outros objetivos.

    Uma outra tendncia presente nesse subcentro, de acordo com seu dinamismo e diversidade de servios, o atendimento a bairros de outras regies da cidade, assim como distritos de Montes Claros. Tal fato viabilizado pela sua posio geogrfica, favorecida pela proximidade com a BR 365, que faz com que o Major Prates se destaque como ponto de passagem de pessoas que visitam ou passam pela cidade. Isso denota que a rea de influncia do subcentro do Major Prates maior, estendendo para bairros vizinhos e distritos de Montes Claros.

    A produo e reproduo que se processam nesse espao, todavia, no inviabilizam melhorias para possibilitar investimentos diversos, e, com isso, melhorar a vida dos seus moradores. Desse modo, assim como em todo subcentro, detecta-se, no Major Prates, problemas relacionados moradia, ineficincia ou baixa qualidade dos transportes coletivos, e ausncia de reas verdes e vias de lazer, dentre outros. Nota-se que os referidos problemas esto associados s necessidades urgentes da populao, da a exigncia de investimentos que proporcionem melhorias. O subcentro Esplanada localiza-se na regio administrativa de Interlagos9, zona nordeste da cidade de Montes Claros. A regio Interlagos possui uma populao de 6.665 pessoas, sendo 3241 homens e 3424 mulheres, abrigando 2,30% da populao residente total de Montes Claros. (PMMC, 2006).

    Um importante fator, que torna o Esplanada um lcus de atendimento populao circunvizinha, a sua tima localizao, servida por um sistema virio com excelentes vias de acessos, a saber: Avenida Dulce Sarmento, Avenida Magalhes Pinto e Avenida Deputado Plnio Ribeiro.

    Em funo de sua boa localizao, viabilizada pelas vias de acesso que circundam o Esplanada e a regio em que se situa, notadamente os acessos s rodovias BRs 251 e 135, essa rea tornou-se propcia a uma forte e diversificada explorao comercial.

    A partir do desenvolvimento da pesquisa emprica, com a observao da dinmica econmica do subcentro, alm do levantamento dos estabelecimentos comerciais e de servios, verifica-se que esse subcentro apresenta uma configurao espacial baseada em concentrao de comrcio e servios, notadamente atividades de consumo imediato da populao do Esplanada e suas proximidades.

    As atividades econmicas desenvolvidas contribuem para que os servios oferecidos pelo subcentro Esplanada sejam consumidos por moradores de bairros adjacentes, como, por exemplo, o Santa Laura, o Vera Cruz, o Independncia, o Alcides Rabelo e o Monte Carmelo, entre outros. Verifica-se ento, que esse subcentro possui estabelecimentos comerciais e de servios em diversas modalidades. Examinando a distribuio de atividades a partir dos mapas de uso do solo e pesquisa de campo, verificou-se a existncia de uma mancha mais densa de atividades comerciais e algumas poucas residncias na Avenida Coronel Coelho, que a principal 9 A regio Administrativa do Interlagos composta pelos bairros Esplanada do Aeroporto, Santa Laura e Guaruj estando localizada na regio Leste de Montes Claros, limitando-se com os bairros Vera Cruz, Ipiranga, Carmelo, Independncia, Jardim Primavera e JK. Essa regio conta com uma rea de 1.783.032,00 m2. (PMMC, 2004).

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    do subcentro, constituindo acesso para o ncleo central e para os bairros que compem a regio Interlagos.

    Ribeiro Filho (2005) apresenta algumas medidas que podem ser tomadas visando a melhoria de vida da populao que reside nos subcentros, a partir da interveno estatal.

    Atravs das diferentes aes e estratgias dos agentes sociais no espao urbano, verifica-se um processo contnuo de (re)produo da cidade. A interveno do Estado mais complexa e varivel, dependendo pela forma adotada que pode ser pela elaborao de leis, implantao de infra-estrutura urbana, loteamentos populares, construo dos conjuntos habitacionais, ou remoo de favelas, entre outras medidas. Assim consolidam-se ou so alteradas algumas funes prioritrias do espao urbano, inclusive as transformaes referentes ao comrcio e servios em diversas reas da cidade. (Ribeiro Filho, 2004, p.140).

    Dessa maneira, o estudo dos subcentros pode contribuir para uma melhor compreenso da dinmica desses espaos e de seu papel no contexto das cidades mdias. Torna-se imperativo o planejamento adequado e responsvel, os investimentos pblicos e privados visando atrao de formas de comrcio e servios e a melhoria das condies de vida nesses locais. Consideraes finais

    A expanso urbana das cidades mdias se associa ao marcante processo de urbanizao e crescimento urbano que elas tm experimentando ao longo dos anos. Em conseqncia disso, o espao intra-urbano de tais cidades foi modificado a medida que sua produo e estrutura produtiva se transformou.

    A reproduo do capital associada demanda de consumo da sociedade refletiu na descentralizao econmica e no desenvolvimento de atividades e novas formas comerciais no interior dos centros urbanos. Assim sendo, na maioria das vezes, a atividade econmica buscar um campo para seu desenvolvimento que rena aspectos favorveis a sua reproduo, tais como: grande adensamento populacional, acessibilidades e boa infra-estrutura urbana. Esses aspectos motivam e implicam em aumento de consumo das populaes urbanas.

    Em Montes Claros a expanso urbana potencializa o surgimento e fortalecimento de novas centralidades, os dois subcentros aqui analisados, Major Prates, Esplanada e as vias especializadas, constituem exemplos dessa realidade.

    Espaos como Major Prates e Esplanada se configuram como importantes novas centralidades no interior da cidade de Montes Claros, que vem assumindo uma forte polarizao nas regies em que situam. De um lado, o subcentro Major Prates marcado por grande diversidade e especializao no oferecimento de comrcio e prestao de servios, alm de um atendimento que no se restringe a polarizao da populao local, mas tambm regional que busca consumo de comrcio e servios. Por outro lado, verifica-se no Esplanada um modesto subcentro em formao que se individualiza pela ocorrncia de vias especializadas que estabelecem fluxos e usos para as diferentes reas de Montes Claros e com isso, atende uma clientela regional. Este subcentro possui uma menor diversidade funcional e clientela atendida se comparado ao subcentro Major Prates.

    Sendo assim, duas importantes reas econmicas do espao urbano de Montes Claros que ilustram o processo de expanso urbana da cidade e a consolidao desse ncleo como concentrador e polarizador de atividades comerciais e de servios, no somente no seu interior, mas de uma vasta regio que o Norte de Minas Gerais.

    A anlise do processo de produo e reproduo do espao urbano de Montes Claros atrelada a descentralizao econmica e s novas centralidades permite a

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    compreenso da dinmica espacial e socioeconmica dessa cidade mdia. Processo esse que se apresenta em contnua transformao e que merece ser estudado pela geografia urbana, que com o resultado de seus estudos pode contribuir com polticas de planejamento para as cidades elevando a qualidade de vida de seus habitantes.

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