FARENSES EM DESTAQUEEntrevista a

Luís Ferrinho

ESpAço públicoEspaços verdes e cemitérios em

requalificação

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lUGARESOnde a serraavista o mar

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JUVENTUDE & DESpoRToO andebol voltou

à cidade

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n.28 Edição de novembro|dezembro de 2016 www.correiodefaro.pt

ENFoQUE 8

A chegada doPai Natal

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EDITORIAL

Em tempo de Natal, o Correio de Faro está outra vez na rua. Mas na verdade, todas as boas notícias que aqui divulgamos não são prendas de consoada nem se devem a nenhum milagre realizado na tenda “Aventura de Natal”, que este ano pontuou a quadra na Baixa da cidade. São concretizações de farenses, que lhe trazemos para que se aperceba como é grande a capa-cidade de realização da nossa gente.No capítulo “Farenses em Destaque”, chegam-nos notícias de longe: do Brasil, onde está Luís Ferrinho, empreendedor que dá cartas em todo o mundo, elevando bem alto o estandarte da competência das empresas farenses.Este CF traz-nos também notícia das intervenções que decor-rem nos espaços verdes da cidade; da descida de 10% do IMI para todas as famílias; do avanço do crematório ou da digna recuperação dos cemitérios. Para falar com franqueza, há concretizações que parecem mesmo inspiração natalícia, tão grande é o seu impacto na vida da comunidade. E não falo das gloriosas vistas de Santa Bárbara de Nexe (pág. 12), que parecem criação dos Céus . Falo

da abertura da secção de andebol do Núcleo do Sporting de Faro e da inauguração da sede solidá-ria da PRAVI, obras de espíritos generosos como os dirigentes destas duas coletividades e que aqui merecem o seu espaço. Na secção “Últimas” pode ainda encontrar no-vidades que vão mudar a vida de alguns destes “espíritos generosos” – os dirigentes do mundo associativo do concelho. É que, para este ano, o Programa Municipal de Apoio ao Associativismo libertou 830 mil euros, quase mais meio milhão do que em 2015. Mostramos-lhe onde foi investi-da esta verba. A todos os farenses deixo a minha gratidão e os meus votos sinceros de continuação de festas feli-zes. Se puder e quiser, dê connosco as boas vindas ao Ano Novo, no Jardim Manuel Bívar ao som dos Virgem Suta e do DJ Christian F. Para todos, um Ano de 2017 repleto de coisas boas.

cUlTURA Fado e vinho, um casamentoperfeito em Faro

ESpAço públicoGoverno bloqueiainvestimento municipal

Foi NoTÍciAFaro na comunicação social

ESpAço públicoCâmara reduz carga fiscal

EMpREENDEDoRiSMoETIC Algarve - o sucesso da aposta em Faro

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EDUcAçãoFarrobinhasOs novos heróis de Faro

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cUlTURAO estranho caso deNkisi Nkondi

Ação SociAlRe-Food faz obra socialcombatendo o desperdício

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FicHA TÉcNicAconceção e produção Município de Faro

impressão Grafedisport, Impressão e Artes Gráficas, SA

Tiragem 10.000 exemplares

preço por exemplar 0,09€

Depósito legal 408113/16

Distribuição gratuita

coNTAcToS GERAiSMunicípio de FaroLargo da Sé, 8004-001 FaroPortugal

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ESpÍRiToS DE NATAl

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fAREnsEs Em DEsTAquE

Que aprendizagens e recordações guarda do seu crescimento em Faro?A aprendizagem é total, foi em Faro que nasci, cres-ci e estudei. Até aos meus 19 anos nunca tinha saí-do por mais de 5 dias seguidos da cidade. Foi aqui que acumulei as minhas primeiras experiências pessoais e profissionais, criei amigos e fundei a Vi-sualforma, a minha primeira empresa. É aqui que me sinto em casa.

Em que momento da sua vida surgiu a Visual-forma?A aventura começou quando tinha apenas 16 anos, estava ainda a estudar. Comecei como programa-dor de software, e aos 18 anos fundei a Visualfor-ma, com sede num apartamento em Faro, que co-meçou por ser uma empresa de desenvolvimento de software e formação em informática. Atualmente o grupo conta com mais 6 empresas todas elas sedia-das em Faro, o que me orgulha bastante uma vez que é a minha cidade natal.

Passados 22 anos a Visualforma é uma das maiores empresas de tecnologias de informa-ção em Portugal. Quais os segredos de tanto sucesso?A empresa tem sofrido adaptações ao seu modelo de negócio com o objetivo de se ajustar ao mercado e às exigências dos clientes. Esta aventura começou há 22 anos quando as tecnologias de informação começaram a dar os primeiros passos em Portugal. Estabelecemos e reforçámos parcerias para conse-guir disponibilizar aos nossos clientes as melhores e mais inovadoras soluções. Atualmente o nosso foco está em áreas como o tu-rismo e administração pública local e central, apos-tando na investigação e desenvolvimento de solu-ções próprias, que se diferenciem num mercado que assim o exige. A nossa aposta passa igualmente por

lUÍS FERRiNHoUm dos mais destacados empreendedores faren-ses revela os segredos do sucesso da Visualforma e dos demais projetos empresariais.Conheça Luís Ferrinho, um farense orgulhoso.

disponibilizar serviços que consideramos cruciais, como a consultadoria. Podemos assim dizer que o segredo do nosso sucesso é a inovação e diferenciação, para as quais trabalhamos diária e continuamente.

A solução Omnibees é líder de mercado na Améri-ca do Sul. Há quanto tempo foi iniciado este projeto e quais as maiores dificuldades encontradas no seu desenvolvimento?Antes de mais, a notoriedade que o Omnibees tem nos dias de hoje representa muito esforço e trabalho, sendo atualmente o motor de internacionalização da empresa.Desde o início, em 2010, nós acreditámos que a distri-buição hoteleira, antigamente tão complexa, poderia ser algo muito mais simples, rentável e profissional. Esta é a proposta do Omnibees. Mas como em qualquer área em que se pretende inovar, foi preciso aguardar que o mercado sentisse a necessidade de uma ferramenta como o Omnibees, para podermos demonstrar todo o seu potencial.O nosso crescimento deve-se em grande parte, ao fac-to de não sermos apenas um software. Temos con-sultores que trabalham diariamente com os hotéis, proporcionando aconselhamento e suporte, acompa-nhando a evolução da rentabilidade do hotel. Aliado a tudo isto, apostamos num modelo de negócio com-pletamente diferenciador, tendo uma rede de parcei-ros de distribuição fora do normal para plataformas como o Omnibees, o que proporciona aos hoteleiros ter uma solução que cubra todos os seus canais de ven-da e distribuição, através de uma ferramenta intuitiva e de fácil utilização, que centraliza toda a informação do hotel.

Enquanto empresário do mundo, que futuro prevê para o concelho de Faro? Que perspetivas emergem neste momento que vivemos?É bom ver que Faro evoluiu bastante nos últimos anos, tornando-se numa cidade mais ativa e dinâmica, de tal

forma que tem transmitido a muitos empresários, a con-fiança necessária e vontade de estabelecerem os seus ne-gócios no concelho de Faro.Em áreas como o Turismo e a Hotelaria vejo que a evolu-ção tem sido muito grande, possibilitando e aumentando a promoção da oferta turística, trazendo à cidade mais visi-tantes, mais dinamismo e com isso mais negócio e empre-go para o concelho.Faro apresenta-se hoje como uma cidade que atrai muitos jovens, quer pela qualidade de vida que proporciona, quer pelas oportunidades profissionais que oferece, criando uma sinergia fundamental para a economia do município.

Que mensagem gostaria de deixar aos jovens empre-sários que iniciam agora o seu percurso?A melhor mensagem não é mais do que a filosofia que eu próprio sigo enquanto empresário. Para negócios de su-cesso o mais importante são fatores como a persistência, resiliência, dedicação e esforço, pois só assim se consegue ultrapassar e sobreviver a momentos e conjunturas econó-micas difíceis. Ter um projeto pautado por valores como estes, aliados à capacidade de inovação e diferenciação no mundo empresarial, serão com certeza projetos consolida-dos e duradouros. Ponto fundamental na minha opinião, temos de gostar bastante daquilo que fazemos.

Onde se vê daqui a 10 anos?Boa pergunta. É difícil precisar, tendo em conta as altera-ções que em 22 anos de existência, a Visualforma já sofreu, e a velocidade a que acontecem nos dias de hoje, principal-mente na área das tecnologias de informação. Basicamen-te estarei onde os mercados me levarem, mas mantenho a minha ambição de ter uma presença forte e vincada no continente americano e europeu para que a empresa te-nha cada vez mais contornos globais. No entanto, posso garantir que a minha principal vontade é continuar estes projetos que tanta satisfação me têm dado.

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EspAçO púbLIcO 4

AUTARQUiA QUER cEMiTÉRioS DE FARo coM A DiGNiDADE MEREciDARequalificação do Cemitério da Esperança teve uminvestimento de mais de 35 mil eurosCom o objetivo de aumentar a dignidade e requalificar este espaço onde descansam os entes mais queridos de muitos farenses, a autarquia procedeu à colocação de 182 novos gavetões/jazigos no Cemitério da Esperança de forma a aumentar o número de ossários disponíveis no cemitério. No âmbito desta requalificação foram também criadas novas fun-dações, colocadas lajes e os referidos gavetões, num investimento de mais de 35 mil euros.

Cemitérios da cidade com manutenção asseguradaDesde junho do presente ano que foi assegurada a manutenção dos espaços envolventes dos dois cemitérios da cidade. Com um contrato de manutenção a rondar os 35 mil euros, a autarquia garantiu não só a limpeza dos cemitérios e espaços envolventes, como também os serviços de pedreiro, pinturas, reparação de calçadas, reparação de jazigos, etc., para restaurar estes espaços e recuperar a sua identidade enquanto elementos fundamentais da nossa memória coletiva.

Depois de avanços e recuos, procedimentos que não foram concretizados, etc., foi finalmente lançado um novo procedimento, em julho do presente ano, para a criação e gestão de um crematório na cidade de Faro.Finalizado o procedimento, que teve várias propostas, a autarquia já adjudicou o procedimento ao consórcio, denominado CREMAL, que apresentou a melhor proposta no concurso, garantindo não só o valor geral mais baixo para o serviço de cremação, como também garantiu um desconto para todos os recenseados no concelho de Faro e aos seus familiares.Apesar de ter sido apresentada uma contestação à adjudicação, tal não impede o início das obras e o consórcio vencedor já apresentou toda a documentação necessária para o início das mesmas. Respondendo a uma reivindicação antiga da população, Faro terá finalmente em 2017 um crematório que servirá a população do concelho e da região.

FARo DE c AR A liMpALimpeza de grafitis já começou

A autarquia de Faro iniciou um programa de limpeza de grafitis por toda a cidade. Esta intervenção inicial, com um investimento de cerca de 12 mil euros, irá en-globar o espaço entre a Rua de São Pedro e a Rua Aboim Ascensão, estando a sua conclusão prevista para fevereiro/março de 2017. A 2ª e a 3ª fases irão estender-se ao resto da cidade.

Na fase inicial das intervenções (das 3 fases), os proprietários de imóveis inseridos nas áreas de intervenção podem solicitar a atuação da autarquia, que não cobrará nada na remoção dos grafitis. O objetivo é acabar com estas pinturas que constituem uma das principais fontes de poluição visual da nossa cidade.

Calçadas e vias pedonais são prioridade da autarquiaContinua a requalificação do espaço público e a aposta agora prossegue com o arranjo de calçadas e outras vias pedonais. Com vista a solucionar o maior núme-ro possível de zonas degradadas, a autarquia realizou 2 contratos para dar uma resposta imediata às principais irregularidades. O investimento rondou os 5 mil euros e serviu para trabalhos pontuais, como o arranjo de buracos, lancis, repara-ção de calçada, etc., por toda a cidade.

Para intervenções de maior dimensão a autarquia investiu 22.650€ na contra-tação de mão-de-obra especializada em intervenções de maior escala, como as efetuadas na Rua Leão Penedo ou em Santo António do Alto, estando prevista a próxima intervenção para o parque de estacionamento existente na Rua Antero de Quental. No início de 2017 começará uma 2ª fase de intervenções, em áreas já sinalizadas, que pretende, de uma vez por todas, acabar com os constrangimen-tos existentes em toda a cidade.

Faro, Cidade VerdeJá é visível o trabalho que está a ser efetuado nos espaços verdes da cidade. A autarquia, perante a degradação destes espaços, investiu mais de 26 mil euros para contratar 2 empresas para assegurar a sua manutenção até ao final de 2016. Para conseguir melhores resultados, a autarquia dividiu a cidade em 3 zonas: da Rua Teixeira Gomes ao Bom João, deste até à Estrada do Alportel e desta até ao Teatro das Figuras. Cada zona ficou com uma gestão independente, sendo que a autarquia já lançou e concluiu um concurso para a gestão e manutenção destes espaços no próximo ano.

Dos trabalhos contratados destacam-se a limpeza dos jardins, a sua manutenção, o desbaste de ramagens e ainda o reflorestamento que está a ser levado a cabo com a colocação de 415 árvores de porte médio que a autarquia adquiriu e que têm como características principais um enraizamento profundo (salvaguardando assim as calçadas existente), e a folhagem permanente que garante uma melhor manutenção da limpeza dos espaços circundantes. As árvores adquiridas estarão colocadas até ao fim de 2016, iniciando-se assim uma nova fase verde da nossa cidade que queremos manter e desenvolver durante 2017.

SAbiA QUE...Depois de realizadas obras de reabilitação na cobertura da piscina interior o Complexo de Piscinas Municipais de Farojá reabriu?

Proposta do Executivo aprovadaFoi aprovada, por maioria dos vereadores, em reunião de câmara pública realizada no dia 31 de outubro, a proposta de abaixamento da taxa do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) para 2017, de 0,50% por 0,45%. A proposta do executivo contempla uma descida de 10% para os prédios urbanos graças, essencialmente, aos bons resultados financeiros dos últimos exercícios, assim como à disposição constante no Orçamento de Estado para 2017, que possibilita que os municípios abrangidos por programa de ajustamento financeiro possam baixar a sua taxa de IMI para prédios urbanos.

Esta é a primeira vez em 9 anos que o Município consegue baixar a taxa de IMI desde que, em 2008, começou a debater-se com problemas estruturais graves, que levaram mesmo a Assembleia Municipal a aprovar, em 2010, o Plano de Reequilíbrio Financeiro, ainda vigor.

c ÂMAR A REDUZ iMi EM

cREMATóRio EM FARoSER á UMA REAliDADE EM 2017

EspAçO púbLIcO

O Município de Faro recebeu no passado dia 20 de outubro uma notícia inesperada. Tratou-se da recusa do Governo em homologar o plano municipal de investimentos previs-tos para final de 2016 e para o ano de 2017, no montante global de 3,456.000€.

Este investimento era o resultado da incorporação do Sal-do de Gerência de 2015, cuja alocação havia sido decidida, em julho último, por unanimidade de todas as forças par-tidárias com assento na Câmara e Assembleia Municipal, processo que deu origem ao “Faro Requalifica 2”, programa de intervenções para melhoria da rede viária e de espaços públicos da cidade e freguesias.

A demora no processo de análise ao pedido do Município acarretava, só por si, atrasos incompatíveis com o crono-grama dos trabalhos definido pelos serviços e, bem assim, com as expectativas que os próprios munícipes foram criando. Com efeito, desde que o pedido de execução foi endereçado ao Governo, no dia 15 de julho, passaram mais de três meses sem qualquer notícia, apesar das insistentes tentativas. Soube-se, entretanto, que o pedido recebeu, a 28 de agosto, um despacho de deferimento, da autoria do Secretário de Estado das Autarquias Locais – os motivos do despacho assentavam numa avaliação positiva feita pela DGAL à situação financeira do Município.

O documento foi então encaminhado para homologação da Secretaria de Estado do Orçamento e aí o dossier transfor-mou-se num autêntico folhetim, tão gritante foi a morosi-dade e a falta de disponibilidade para prestar informações.

Afinal, o Secretário de Estado acabou por pronunciar-se negativamente, questionando o mérito dos investimentos em causa (ver quadro abaixo). Pelo caminho fez tábua rasa do percurso financeiro do Município, esquecendo que em 5 anos abateu mais de 40% da dívida total e liquidou todas as dívidas antigas a fornecedores e associações. E, ao arrepio da vontade da Câmara e dos seus vereadores, eleitos nas listas de quatro formações partidárias diferentes, decidiu unilateralmente que o Município e os farenses não têm o direito de dispor livremente do produto dos seus impostos e do erário municipal.

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Por estes dias, Faro assistiu a um movimento inusitado da sociedade civil, a propósito deste assunto. A indignação da autarquia foi compartilhada por associações, partidos políticos, individualidades de diferentes setores da vida social e profissional do concelho e entidades diversas. É que, perante os bons resultados dos sucessivos exercícios municipais, que tantos sacrifícios implicaram, era agora possível fazer mais algum investimento na melhoria das condições de vida do concelho e do espaço público. Para isso se desenhou, com a participação de todas as forças políticas, um plano de interven-ções considerado inadiável por todos.

Ora, para o Governo nenhum dos investimentos é prioritário ou sequer imprescindível. Deste modo, fica o montante global de 3.456.000,00€ parado nos cofres do Município, sem qualquer aproveitamento.

Em comunicado oportunamente enviado à imprensa, a autarquia lamentou todo o processo e ainda o tempo perdido na tramitação deste folhetim – tempo que, infelizmente não poderá já ser recuperado. No dia 7 de novembro, o Presidente da Câmara enviou ao Primeiro-Ministro uma nota oficial de con-testação, exigindo uma rápida reapreciação do pedido para reposição da dignidade e do respeito que os cidadãos de Faro bem merecem. Sem qualquer resposta até ao momento, o executivo municipal optou por incluir todas as intervenções previstas no Orçamento para 2017. Contas feitas, com a ne-cessidade de recalendarizar serviços e de iniciar novos procedimentos, estima-se que no final deste processo Faro tenha perdido de seis a doze meses com este lamentável processo.

iNVESTiMENToS MUNicipAiS pARADoS pElo GoVERNo VAloR c/ iVA

Aquisição de Equipamentos para Parques Infantis 123.000,00

Remodelação de Instalações Desportivas/RecreativasRelvado da Pista de Atletismo, Horta da Areia, Polidesportivo da Ilha da Culatra

196.100,00

Habitação Social 750.000,00

Projetos de Loteamento Habitação Social 30.000,00

Requalificação Urbanística do ConcelhoArranjo Urbanístico Penha - Praceta Aleixo da CunhaRequalificação e arranjos exteriores do Bairro dos CentenáriosConclusão das obras de urbanização dos loteamentos de José Guerreiro Gomes

403.300,00

Aquisição de Terrenos 44.000,00

Empreitadas de Reabilitação/Pavimentação na CidadePavimento do Beco das MuralhasRepavimentação da Av. Cidade HaywardExecução de troço na R. Féria e repavimentação da R. Emissor Regional do SulRepavimentação de Ruas no Alto RodesRepavimentação da Urb. Da GalvanaRepavimentação da Estrada da Sr.ª da Saúde e R. António Belchior Júnior

403.300,00

Emp. Reabilitação/Pavimentação zonas suburbanas e ruraisRua do Moinho - Bracias/Patacão, arruamentos Gambelas e Montenegro,Estrada de Gorjões, arruamentos Estoi, EM520-4, Urb. de Mata Lobos

1.089.080,00

REAção DA cÂMARA

Conservação de edifíciosCaiação do edifício do Teatro Lethes (alçado principal e muro da frente)

9.540,00

Aquisição de viaturas (Bombeiros Sapadores e escolas)Viatura para Bombeiros Municipais e Viatura para transporte escolar

188.600,00

TOTAL 3.456.000,00

SAbiA QUE...O Plano de Ação para a Regeneração Urbana – PARU – de Faro foi aprovado, o que significa um investimento de cerca de 30 milhões de euros em ações de reabilitação e qualificação do espaço públi-co e do parque edificado de Faro?

GoVERNo bloQUEiAiNVESTiMENTo MUNicipAl DE 3,5 MilHÕES DE EURoS

Indeferimento do Ministério dasFinanças põe fim, da pior maneira,a um longo e penoso folhetim

EDucAçÃO 6

“FARo REQUAliFicA 2” ARRANcA coMiNTERVENçÕESEM EScolASApesar do veto governamental ao plano de investimentos,Município dá início a algumasobras do programa

No final do passado mês de outubro, a Câmara Mu-nicipal deu início às primeiras obras integradas no Faro Requalifica 2 – programa de intervenções mu-nicipais para melhoria da rede viária e de espaços públicos da cidade e freguesias. São elas a “substi-tuição de caixilharias na E.B.1 e Jardim de Infância do Carmo- Faro” e a “pintura do pavilhão desporti-vo da EB 2,3 Poeta Emiliano da Costa- Estoi”.

Aproveitando a época natalícia, a autarquia apresentou aos farenses os novos heróis de Faro que irão passar a fazer parte do imagi-nário de crianças e adultos do município.

Fruto e resultado de uma vontade antiga, a autarquia lançou o desafio à ADS - Associa-ção de Designers do Sul para criar um novo herói para estimular a comunhão entre as nossas crianças e a nossa cidade. O resulta-do não podia ser melhor. A ADS reuniu uma equipa de criativos que, perante a poten-cialidade e caraterísticas do nosso municí-pio, criou e desenvolveu, não um, mas uma equipa de heróis: Os Farrobinhas.

Afonso, Ana, Eugénio e o patudo Farroba, são os nossos heróis e irão inspirar muitas e boas aventuras às nossas crianças neste natal e no futuro...

Para assinalar a apresentação desta verda-deira equipa farense, a autarquia lançou o primeiro livro das Aventuras dos Farrobi-nhas dedicado ao Natal: “Uma Aventura de Natal” que está a ser distribuído gratuita-mente a cerca de 5000 crianças durante as semanas que antecedem o Natal.

Com a primeira intervenção, designada “substi-tuição de caixilharias na E.B.1 e Jardim de Infân-cia do Carmo - Faro”, pretende-se, como o nome indica, remover as caixilharias degradadas e co-locar caixilharias em vãos, neste edifício que data de 1949. Os trabalhos, com um prazo de execu-ção de 60 dias, foram adjudicados pelo valor de 36.354,85 euros, acrescidos de IVA.

Quanto à “pintura do pavilhão desportivo da EB2,3 Poeta Emiliano da Costa”, esta intervenção exigi-rá ao Município um investimento de 32.098,97€, acrescidos de IVA. A intervenção contempla os tra-balhos de pinturas exteriores deste equipamento, incluindo a reparação de fissuras, aplicação de pri-mário e tinta. Pretende-se ainda proceder a pinturas interiores do pavilhão, tubagens e portas. Prevê-se que esta intervenção esteja concluída em 60 dias.

oS NoVoS HERóiS DE FARo

forma de promover a modalidade e também proporcionar o seguimento competitivo aos jovens que se iniciem na formação do clube. No entanto, Luís Madureira não deixa de salientar as dificuldades em manter uma equi-pa sénior de Andebol na 3ª divisão, quando todos os jogos fora de casa são em Lisboa ou arredores.

No seguimento desta iniciativa e dos resultados que começam a ser visí-veis, o Município de Faro decidiu le-var a cabo um Plano de Desenvolvi-mento do Andebol, onde, para além do Núcleo Sportinguista de Faro, contará com o apoio da Federação de Andebol de Portugal, da Associação de Andebol do Algarve, do Centro de Formação da Associação de Escolas da Ria Formosa e do Agrupamento de Es-colas Pinheiro e Rosa para que sejam feitas ações de promoção e divulga-ção do Andebol em todo o concelho, algo que o Núcleo Sportinguista de Faro tem vindo a fazer mas que con-tinua a encontrar alguma resistência por parte dos pais que, na sua maio-ria, tentam que os filhos optem pelo futebol em detrimento de outras mo-dalidades.

O objetivo principal do Núcleo Spor-tinguista de Faro passa agora por cap-tar cada vez mais jovens para se ini-ciarem na modalidade e para o futuro prevêem a organização do 1º Torneio de Andebol de minis, que esperam conseguir realizar no início do próxi-mo ano com a presença de equipas de vários concelhos algarvios e mesmo de fora da região.

Para mais informações sobre a formação do clube, os interes-sados podem contactar o Núcleo Sportinguista de Faro através do email:nucleofaroandebol@gmail.com ou através dos números de tele-fone:

964050602915469742289807528

JuVEnTuDE & DEspORTO

o ANDEbol REGRESSoU à ciDADE coM o NúclEo SpoRTiNGUiSTA DE FARo

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No ano em que comemora o seu 22º aniversário o Núcleo Sportinguista de Faro marcou a data com o arranque de mais uma modalidade no clube: o Andebol. Com o início do Andebol no clube voltou também o Andebol de formação a Faro, fazendo esta moda-lidade regressar à nossa cidade depois de mais de 20 anos ausente.

Atualmente, para além da equipa de seniores, que iniciou a sua participa-ção no Campeonato Nacional da 3ª divisão no passado mês de outubro, os jovens farenses, masculinos e femini-nos, dos 8 aos 12 anos, podem agora participar nos treinos de formação do Núcleo Sportinguista de Faro que se realizam no Pavilhão da Escola Neves Júnior, às terças e quintas, das 18h15 às 19h15.

A crescer de dia para dia, o clube con-ta com 18 atletas na equipa sénior, enquanto na formação já são 12 os jovens farenses que optaram por este desporto enquanto atividade física de eleição que se pretende ver consoli-dada, não só no clube mas também no concelho de Faro.

Envolvidos nesta modalidade estão atualmente 6 treinadores (3 na equi-pa sénior e 3 na formação), sendo a modalidade dirigida no clube pelo diretor Pedro Jacinto, que conta com o entusiástico apoio do presidente do Núcleo, Luís Madureira, com quem estivemos à conversa. Segundo diri-gente, este projeto surgiu da vontade do Núcleo de aumentar o número de modalidades que tinha (atletismo – com cerca de 60 atletas - e snooker) e ao mesmo tempo preencher uma la-cuna que existia em Faro, cidade que já teve grande tradição na prática do Andebol.

Sendo a formação a principal aposta do Núcleo, a criação de uma equipa sénior de andebol (apenas possível através de um acordo de cooperação com a Associação Académica da Uni-versidade do Algarve) surge como

EnfOquE

Animação, “neve”, Os Farrobinhas e muitos sorrisos: foi assim que no passado dia 26 de novembro o Natal chegou oficialmente a Faro.

Ainda que a chuva, a certa altura, nos fizes-se questão de visitar naquela manhã de sába-do, não fez mais que abençoar um evento que acabou por decorrer pleno de espírito nata-lício. Na verdade, este é o resultado de mais uma parceria feliz entre Câmara Municipal de Faro, ACRAL, AHISA, Associação de Comércio da Baixa, Ambifaro e Fagar, numa série de ini-ciativas que, tomando por base a fórmula de sucesso do Baixa Street Fest, deram origem aos “Sábados de Natal”.

Assim, este ano, a primeira chegada do Pai Na-tal deu apenas início a um programa de festivi-dades que se estenderá de forma consecutiva a todos os sábados antecedentes ao dia de 24 de dezembro. À imagem deste dia 26, com a che-gada do Pai Natal, o dia 24 será testemunha de uma das grandes novidades desta efeméride: a despedida do Pai Natal. Mais de 50 perfor-mances de música, dança, teatro, workshops, flashmobs, enfim: uma miríade de atividades que assumem mais uma vez o intuito de di-namizar a baixa, promovendo a comunhão e aproximação dos farenses e estimulando o co-mércio numa zona de tradicionalismos histó-ricos e que personifica todas as valências da nossa cidade.

Segundo Rogério Bacalhau, presidente da Câ-mara Municipal de Faro, “todas as iniciativas estão plasmadas pelo feedback de todas as entidades envolvidas, tanto do ponto de vis-

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E o NATAl cHEGoU!O regresso de uma das épocas mais aguardadas no nosso concelho

ta concetual como metodológico, sendo apenas estas a concretização prática das vontades de todos esses parceiros em tons de alegria e ani-mação”.

No entanto e mais uma vez, Faro não se des-prende do fio condutor com que tem pautado o decorrer dos seus últimos anos. Assim, consoli-dada nas suas políticas de dinamização que se pretendem vanguardistas e pioneiras, viu nas-cer a primeira edição daquela que foi a grande surpresa do município para o Natal de 2016: a oferta da primeira ilustração 100% farense “As aventuras dos Farrobinhas”. Produzido de fa-renses para farenses, este é um livro que vai muito para lá de uma mera ilustração. O projeto, com a coordenação do vice-presidente da CMF Paulo Santos e a sublime execução da ADS (As-sociação de Designers do Sul), atenta de forma objetiva àquela que era já uma vontade antiga do município. Em Faro, há claramente um amor feito invisível mas que não se pretende ignorar - aquele que se esconde entre os sorrisos e os jeitinhos de criança e em cada detalhe da nossa cidade. Assim sendo e segundo Paulo Santos, aquilo que se pretende é no fundo “estimular o sentimento de pertença, através daqueles que estão na base da nossa sociedade e que são o futuro da nossa cidade”,e continua, “que des-te livro possam nascer os heróis de uma nova geração e que estes possam transmitir os valo-res que aqui pretendemos perpétuos de amor, honestidade, respeito e tolerância. Aliás, o que queremos no fundo é que Faro não seja apenas a cidade que os vê nascer, mas também o teto que os protege e a casa que lhes dá conforto”. No fundo, criar a aproximação entre crianças

EnfOquE9

e a sua cidade, através da sua identificação com os personagens que dão vida a estas aventuras e que acabam por emprestar a cara a todas estas iniciativas que fazem da experiência de Natal na baixa uma aventura muito mais calorosa.

2016 assinala também o regresso das ilumi-nações e decorações de Natal à nossa cidade. Hoje, com as contas a respirarem com outra saúde, podemos voltar a deleitar-nos com as cores e o brilho que mais nos aconchegam nesta época. Ainda assim, a sua distribuição foi manifestamente estratégica para que não voltemos a ser testemunhas, como em anos passados, de derrapagens orçamentais que coloquem em causa a estabilidade e conso-lidação financeira da autarquia. Este ano, para além da referida iluminação, surgiram algumas outras novidades em consonância com o já referido programa. A iniciativa do concurso de decoração das árvores de Natal por parte das escolinhas de todo o concelho - que surgiu, em primeira instância, como mecanismo para contrariar os constrangi-mentos financeiros que impossibilitavam as iluminações características -, regressou este ano com outro tipo de disposição. Mi-tigando as possibilidades de desgaste face às vicissitudes climatéricas e ao vandalismo que pontual, mas infelizmente, colocavam em causa o trabalho das nossas crianças, fo-ram agrupadas numa tenda em plena Pon-tinha, fazendo desta uma autêntica floresta de Natal. No fundo, pretendeu-se defender o interesse dos miúdos, concentrando num ponto específico todo o espírito natalício que ali passa a cintilar. Ainda assim, houve um grande esforço por parte do município para envolver todo o concelho no abraço a

esta iniciativa. Sendo que todas as escolas tive-ram a possibilidade de participar, foram distri-buídos um pouco por todo o concelho os bole-tins de voto com que todos poderão votar na sua árvore de eleição. Segundo o Município, esta foi a fórmula encontrada para estimular uma maior envolvência e participação do maior número possível de farenses, independentemente da sua área de residência.

No entanto, o Natal é muito mais que festa e animação. Esta é uma época em que a celebra-ção do amor e união assume um maior tom. Em contraponto, esta é também uma época em que por esses mesmos motivos a solidariedade deve fazer-se sentir de sobremaneira. Atendendo às carências das famílias mais desfavorecidas, as entidades envolvidas deram início a uma cam-panha de recolha de leite que decorrerá durante todo o desenrolar do programa de festividades e que contribuirá de forma simbólica para a mi-tigação dessas dificuldades. Outro desses pa-radigmas solidários assume forma na Feira de Artesanato do Jardim Manuel Bivar, da qual a receita reverterá, de forma integral, para a As-sociação Oncológica do Algarve.

Enfim. O Natal é isto. Amor, paz e união; carinho e solidariedade; respeito e tolerância. Há muitos anos que este sonho de Natal se pretendia dar a conhecer. Há muitos anos que todas estas iniciati-vas, isoladas ou combinadas, se pretendiam cons-tituir na cidade como forma de consolidação do es-pírito farense. Faro é também isto. Uma cidade em construção que, a pouco e pouco, tentará devolver aos seus todo o esforço e dedicação empregues na tentativa de reconstrução da nossa capital. Que este Natal seja isso mesmo. Mais um passo rumo a um futuro mais feliz, onde juntos possamos cele-brar todo este grande amor que nos une!

ESTRANHo cASo Do NKISI NKONDIPreciosidade misteriosa de origem africanamantém-se no Museu Municipal desde 1917

A Câmara de Faro rejeitou no passado dia 17 de outubro a venda da peça de arte afri-cana “Nkisi Nkondi” à galeria inglesa Entwistle. A oferta, de dois milhões de euros, foi apreciada e declinada por unanimidade.

No âmbito desta proposta, a galeria recordava que a cidade de Faro não possui “rela-ção particular com esta peça de origem africana, a não ser o facto de ter sido recolhi-da e oferecida por um munícipe local em 1917 (João de Sousa Viegas) ”.

No entanto, pelas suas características únicas de objeto ritualístico, associado a práti-cas tribais ligadas à feitiçaria e à espiritualidade africana, o “Nkisi Nkondi” ocupa um lugar especial no acervo patrimonial do Museu Municipal de Faro – a sua presença em exposições de museus de referência na área da antropologia tornaram esta peça uma das mais viajadas e com maior currículo dentro do conjunto de bens culturais do nosso Museu.

Tal consideração terá pesado no espírito dos vereadores presentes na reunião que assim, para além de rejeitarem a oferta, aprovaram, também por unanimidade, uma outra proposta que conduzirá a uma avaliação imparcial da obra de arte e à contra-tualização de um seguro, com vista à sua proteção.

A galeria sugeria ainda que o valor apurado com o negócio fosse depois aplicado no investimento no espaço do Museu Municipal de Faro. Em particular, no aumento das áreas expositiva e de reservas e na relocalização de alguns serviços técnicos. No entanto, conforme estava previsto, as benfeitorias no Museu serão asseguradas após aprovação de uma candidatura ao PARU – Plano de Ação para a Regeneração Urbana no valor de 1,9 milhões de euros.

cuLTuRA 10

SobRE o NKiSi NKoNDi

Esta peça data da segunda metade do século XIX e incorpora o espólio do Museu de Faro, desde 1917, ofertada por João de Sousa Viegas, após a ter recolhido na fronteira do Congo com Angola e Zaire. Caracterizando uma figura humana, apresenta-se plena de pregos, lâminas, elementos em ferro e cobre. No peito ostenta um chocalho pendurado e relicários; os olhos em vi-dro, o trabalho de entalhe da madeira e a boca semi-aberta acentuam a sua ex-pressividade e características. O braço direito, erguido, levava na mão uma faca ou pequena lança, conferindo-lhe algum movimento. Madeira, cobre, ferro, vidro, fibras vegetais e tecido compõem este fetiche.

O relicário ganhou inusitada visibili-dade quando o artista plástico José de Guimarães fez questão de o incluir no conjunto da exposição “Esconjurações na Coleção Millennium BCP e noutras obras de José de Guimarães”, paten-te com assinalável sucesso no Museu Municipal, no passado mês de Agosto.

FADo & WiNEA insurgir-se contra asazonalidade cultural

O Fado & Wine nasceu da parceria entre o Ginásio Clube de Faro e a Associação de Fado do Algarve, com o objetivo de garantir aos turistas que visitam a nossa cidade na época mais baixa do ano uma programação cultural de qualidade num ambiente aco-lhedor e intimista.

O mítico salão do Ginásio Clube de Faro acolhe todas as quartas--feiras à tarde, desde outubro passado e até Maio de 2017, os melho-res fadistas e músicos algarvios, bem como conceituados artistas a nível nacional, como foi já o caso do exímio guitarrista Pedro Jóia.

Este projeto é inserido no Programa 365 da Região de Turismo do Algarve e a sua essência resulta da combinação de dois elementos basilares da cultura portuguesa - o Fado e o vinho. Os participantes, provenientes de 12 países diferentes até ao momento, são convida-dos a ouvir os mais belos fados da nossa história e a saborear os mais elegantes vinhos na nossa região. Ao mesmo tempo, aprendem um pouco sobre a história do Fado nas palavras agradá-veis e descomplicadas do mestre de cerimónias.

AS pEDRASDA NoSSA ciDADE

Faro já tem um Guia de Geologia e Paleontologia Urbana, um trabalho realizado por Luís Azevedo Rodrigues, diretor do Cen-tro Ciência Viva de Lagos, que identifica os segredos das rochas existentes na cidade e que fazem parte também de uma história humana que se pode encontrar nos edifícios.

Este guia foi apresentado no Centro Ciência Viva do Algarve no passado mês de novembro e pretende ser uma nova forma de atração para visitar a cidade através de um roteiro que já tem edições dedicadas a Lagos e Tavira.

Através deste guia é possível descobrir que a base do púlpito da Sé de Faro esconde fósseis de animais que existiram há milhares de anos ou que na Rua de Stº António, no nº 68, existe um edifí-cio com corais do período Mesozóico (período dos dinossauros) de grande tamanho e que permitem olhar para a parede e proje-tar o que seria um mar tropical há 150 milhões de anos.

Com venda prevista nos postos de turismo e nas lojas FNAC da Guia e Faro a partir de 2017, esta é mais uma forma de conhecer a nossa cidade que poderá atrair turistas num segmento pouco explorado em Portugal.

fOI nOTÍcIA...

Folha de Domingo – 31/10/2016

ETAR DE FARo-olHão coNclUÍDA EM 2018 ApóS iNVESTiMENTo DE 21 MilHÕES DE EURoSA ETAR vai servir os concelhos de Faro, Olhão e São Brás de Alportel, no Algarve, e vai permitir uma maior capacidade de tratamento de resíduos e conferir maior qualidade às águas tratadas, posteriormente são libertadas para a ria Formosa. (…)Ler mais em: http://folhadodomingo.pt/etar-de-faro-olhao-concluida-em-2018-apos-investimento-de-21-milhoes-de-euros/

Correio da Manhã – 01/11/2016

cÂMARA EScolHE pRiVADo pARA EDiFicAR cREMATóRioO crematório de Faro vai mesmo avançar. O CM apurou que foi ontem aprovado em reunião de câmara o contrato de concessão da construção e exploração do equipamento a uma empresa privada, na sequência do concurso público lançado a 30 de maio deste ano. A sociedade Cremal e Perfect Partner ficou em primeiro lugar no concurso, que contou com três outros concorrentes. A câmara vai receber uma renda mensal de 1250 euros e ainda 5% do valor de cada cremação, cujo custo foi definido em 290 euros. (…)Ler mais em: http://www.cmjornal.pt/sociedade/detalhe/camara-escolhe-privado-para-edificar-crematorio

Sul Informação – 11/11/2016

cÂMARA DE FARo (RE)ApRoVA oRçAMENTo DEpoiS DE SEiS MESES pERDiDoS O Orçamento da Câmara de Faro para 2017 terá associada uma verba de 40 milhões de euros e, segundo Rogério Bacalhau, vai ser, «praticamente, uma réplica do orçamento retificativo que foi aprovado em Junho de 2016».A proposta apresentada pelo executivo permanente PSD/CDS mereceu alguns reparos da parte dos vereadores da oposição, em maio-ria neste órgão, mas nem alguma troca de argumentos políticos e ideológicos impediu que tudo ficasse fechado na Reunião de Câma-ra que decorreu esta quinta-feira e que a aprovação do documento fosse garantida com inusitada rapidez e tranquilidade.Ler mais em: http://www.sulinformacao.pt/2016/11/camara-de-faro-reaprova-orcamento-depois-de-seis-meses-perdidos/

O Barlavento – 11/11/2016

piSciNAS MUNicipAiS REAbREM A 14 DE NoVEMbRoTendo em atenção o estado de degradação em que se encontrava a cobertura das piscinas interiores, o Município de Faro realizou obras de reabilitação inadiáveis que permitiram o restabelecimento das garantias de estabilidade e segurança necessárias ao seu bom funcionamento.Em sequência disso, o complexo de piscinas cobertas reabrirá já no próximo dia 14 de Novembro, colocando ao dispor dos utilizadores todos os seus serviços, nomeadamente as classes dos projetos Escola de Natação e Atividades Aquáticas, assim como a utilização em regime livre. (…)Ler mais em: http://www.cmjornal.pt/sociedade/detalhe/camara-escolhe-privado-para-edificar-crematorio

A Voz do Algarve – 15/11/2016

FARo ApoSTA NoVAMENTE NA DiNAMiZAção DA bAiXA No NATAlCom um investimento que ronda os 200 mil euros, o programa de Natal terá como pontos altos os 5 sábados compreendidos até ao dia 24 de dezembro, em que haverá momentos de música, dança e teatro em diversos pontos da baixa, que garantirão a animação e a dinamização não só do comércio local, mas também na atratividade turística, anunciou em conferência de imprensa o presidente da autarquia. (…)Ler mais em: http://www.avozdoalgarve.pt/detalhe.php?id=20523

Região Sul – 15/11/2016

AcADEMiA DE ARbiTRAGEM iMplEMENTADA No ESTáDio AlGARVEUma parceria entre a Federação Portuguesa de Futebol (FPF), a Associação de Futebol do Algarve (AFA) e as Câmaras Municipais de Faro e Loulé vai permitir a expansão da Academia de Arbitragem ao Algarve. (…) A Academia da Arbitragem contará, no Algarve, com um núcleo central, instalado no Estádio Algarve, e duas extensões, uma no concelho de Lagoa (Parchal, Estádio da Bela Vista) e outra em Vila Real de Santo António (Complexo Desportivo Municipal). (…)Ler mais em: http://www.regiao-sul.pt/noticia.php?refnoticia=149724

Postal do Algarve – 17/11/2016

‘REAbiliTAR pARA ARRENDAR’: FARo VAi TER FiNANciAMENTo pARA pRopRiETáRioSO programa tem como objectivo o financiamento aos privados para operações de reabilitação de edifícios com idade igual ou superior a 30 anos, predominantemente para fins habitacionais, devendo as fracções destinar-se a arrendamento em regime de renda condi-cionada. (…)Ler mais em: http://www.postal.pt/2016/11/reabilitar-para-arrendar-faro-vai-ter-financiamento-para-proprietarios/

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LuGAREs 12

SANTA báRbARA DE NEXEOnde a serra avista o marAli, em pleno barrocal, onde a serra avista o mar, encontramos Santa Bárbara de Nexe. A serra faz saber que ali moram as melhores vistas algarvias. A costa ao fundo, da cor do mar, diz-nos que de freguesia interior só temos a calma, a cenografia intimista aldeã e a familiaridade de caras e expressões transversais a quaisquer gerações.

Contudo, Santa Bárbara não é apenas um núcleo. As casas que se adensam em torno da Igreja Matriz e definem a centralidade, não desenham em toda a sua amplitude o mapa da freguesia. Ali, onde a serra avista o mar, outros lugarejos e histórias de campo e cidade se distribuem, dispersos, sobre este cobertor verde da natureza.

Quem visita reconhece ou descobre todos os dias os paradigmas de uma cul-tura litoral e mediterrânica: o campo e a agricultura, o património cultural, as gentes e o calor humano e as tradições de um povo genuíno e fiel à terra e às suas origens. Talvez por isso haja tanto por conhecer. Talvez por isso, cada vez mais surjam aqueles rostos de pronúncias diferentes, que vêm e que ficam. Estes, nem todos reconhecem na aldeia.

Santa Bárbara tem sido invariavelmente refúgio de muitos estrangeiros que aqui optam por viver a sua reforma. A busca por dias calmos, pela tranquili-dade e envolvência da natureza e uma paisagem digna das melhores pinturas, encontra aqui a sua paz: um destino turístico que chama, mas que acima de tudo conquista. Os locais já se habituaram a esta realidade. No fundo, é ver reconhecido por outros olhos as qualidades que estes já conhecem desde o tempo de Sexto Numísio Eros1.

Visitar Santa Bárbara é viver um pouco a sua história. Para os amantes, exis-tem trilhos e caminhos rurais antigos que se confundem com a serra e nos levam, a partir de vários pontos da Terra de Nexe, a deleitar-nos com a flora e fauna mediterrânica e com o património antigo dos moinhos de vento e poços de água. Mas nem só de trilhos se faz esta vivência: do acordeão às charolas, ali cresce e se dá de beber a tradições antigas que durante todo o ano se revi-vem nos mais diversos eventos que a localidade dá a conhecer.

Este ano, sem exceção, cantaram-se as Charolas (de 1 e 6 de janeiro), viveram--se a Feira do Caracol e da Nêspera (ao 3º domingo de abril) e a Festa do Borrego Assado (a 1 de maio), para além dos tão conhecidos Festivais de Fol-clore (em julho e agosto) e da Nexemostra. Este último certame, que decorre invariavelmente no mês de setembro, vem celebrar tudo aquilo que de bom se faz naquela freguesia, desde o artesanato tradicional, à música e aos petiscos regionais. A Nexemostra, feira do artesanato e dos petiscos, é no fundo aquilo que o próprio nome nos diz: uma montra de exposição que nos permite co-nhecer e degustar um pouco de si. E, se já seria fácil deixarmo-nos levar por todas as caraterísticas e valências já acima referidas, são estes tradicionalis-mos que nos fidelizam.

Assim, no barrocal algarvio, onde a serra avista o mar, Santa Bárbara assume--se com uma jóia natural sob forma de anfiteatro mediterrânico nas primeiras encostas da Serra de Monte Figo. Mais um dos lugares que tanto valor soma à oferta do nosso distrito. Um mimo, para deleite de todos!

1 Cidadão romano conhecido como o mais antigo habitante da freguesia (do século II).

AçÃO sOcIAL13

cÂMARA ENTREGA cAbAZES DE NATAl

A Câmara Municipal de Faro vai levar a cabo mais uma edição da entrega de cabazes de Natal, iniciativa que pretende levar às famílias mais carenciadas do concelho alguns bens alimentares para a ceia de Natal. Este ano serão entregues cabazes a 250 famílias sinalizadas pela equipa de intervenção do Departamento de Ação Social da autarquia, tendo em conta o rendimento do agregado, cujo valor não ultrapassa os 189,52 euros.

Cada cabaz tem um valor unitário de 16,42 euros, acrescidos de IVA, e contém géneros alimentares típicos da quadra festiva, entre os quais bacalhau, azeite, mercearias secas e enlatadas, chouriço, leite, grão e broa castelar.

Trata-se de um pequeno gesto solidário destinado a ajudar os farenses que se encontram numa situação de maior fragilidade, e que assim podem ter um Natal mais condigno e feliz.

RE-FooD FARoTrabalho diário nocombate à fome

O Movimento Re-food teve a sua génese em Lisboa, em 2011, por iniciativa de Hunter Halder. Ao ser questionado pela filha sobre o destino da comida que iria sobrar no restau-rante onde estavam a jantar, a sua resposta foi “o lixo”. A indignação da filha e a tomada de consciência do pai foram os motores de arranque para este projeto. Este cidadão co-mum, mas que se distingue de muitos pelo seu elevado sentido solidário, conseguiu em pouco tempo sensibilizar centenas de pessoas e pôr de pé o Re-food, que depressa se expandiu e que conta hoje com 51 núcleos em todo o país.

Com a missão de eliminar o desperdício alimentar e a fome nas comunidades locais, este movimento é 100% sustentado pelo trabalho voluntário. E, na prática, funciona da seguinte forma: os parceiros resgatam a comida que sobra nos seus estabelecimentos e separam-na; os voluntários, por sua vez, vão recolher esses excedentes e transportam-nos para o Centro de Operações; aqui, outros vo-luntários dividem a comida por embalagens e, finalmente, outra equipa fica responsável por entregar as embalagens aos beneficiários.

Para abrir um novo núcleo Re-food basta ha-ver boa comida diariamente e em excesso, pessoas com necessidades na comunidade e cidadãos com boa vontade. Em 2014, estes três requisitos foram identificados em Faro e, desde então, iniciou-se o trabalho de viabili-zação do projeto, cativando parceiros e vo-luntários e procurando um espaço físico. Este processo demorou, mas com a ajuda de diver-sas pessoas e entidades, em maio de 2016, inaugurou-se o Re-food Faro. Com apenas 6 meses de existência, este núcleo auxilia já 34 famílias que diariamente vêem supridas as suas necessidades nutricionais. Isto só é pos-sível graças à colaboração dos cerca de 45 par-ceiros que fornecem diariamente centenas de refeições. Apesar de haver muitos mais interessados em apoiar e 69 beneficiários em lista de espera, os atuais 134 voluntários não são suficientes para fazer face às necessi-dades. Sabia que pode ajudar a alimentar esta causa com apenas 2 horas semanais?!

Decorreu no passado dia 6 de dezembro o já tradicional Natal Sénior organizado pela Câmara Municipal de Faro. Este ano foram mais de 750 idosos do concelho que encheram por completo o Teatro das Figuras para assistir à peça “Uma Empregada dos Diabos”.

Presentes nesta iniciativa, para além de todos os que quiseram assistir a título in-dividual, estiveram os utentes da Santa Casa da Misericórdia de Faro, Associação Montenegro, ARPI, Lar o Faraó, Centro de Bem-Estar de St.ª Bárbara de Nexe, Cen-tro Comunitário de Estoi, Lar Semear os Afetos, UATI, Cruz Vermelha Portuguesa, CASA, Associação Vidas, assim como todos os que, vivendo nas freguesias da Con-ceição e de Santa Bárbara de Nexe, quiseram participar. O seu transporte foi assegu-rado pela autarquia a partir das sedes das respetivas juntas.

Para mais tarde recordar foram ainda oferecidos, simbolicamente, cachecóis a todos os que participaram nesta iniciativa organizada pelo Departamento de Ação Social e Educação da Câmara Municipal de Faro.

NATAl SÉNioR

EmpREEnDEDORIsmO

FARo NA RoTA DA FiNAl DoWOrlD ClaSS COmpetItION EM 2017

No passado dia 30 de novembro teve lugar, na Escola de Hotelaria e Turismo do Algarve (EHTA), mais uma ação de formação da empresa Diageo, enquadrada na política do World Class Competition, uma prova que premeia os melho-res Bartenders ao nível mundial. O Correio de Faro esteve à conversa com Miguel Gião, proprietário do bar Columbus e docente na EHTA, e com Jorge Pineda Gutierrez, embaixador Ibérico responsável da prova. Para Jorge Pineda, “a dinâmica deste prémio assenta na elevação da cultura de bar ao seu máximo esplendor. Queremos elevar a profissio-nalização do setor, premiando aqueles que trabalham com paixão e carinho, valorizando as experiências e avaliando um conjunto de factores que fazem parte do processo. É isto que tentamos fomentar nas ações de formação que damos constantemente”.

Por outro lado, Miguel Gião considera que “os bares que se destacam nesta cultura muito própria têm configurado melhorias concretas nas cidades em que se inserem. Faro é um exemplo vivo disso e poderá ganhar muito com esta oportunidade. É um orgulho contar com esta parceria e com o trabalho que se tem desenvolvido ao longo dos últimos anos, nomeadamente com a possibilidade de realizarmos a final do próprio concurso em Faro num futuro próximo. Temos todas as condições para receber um prémio desta magnitude e tudo faremos para o conseguir”.

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Quando em 1950 Joseph Schumpeter inseriu o conceito de em-preendedorismo no âmbito dos negócios, procurava uma de-finição consistente para a simbiose entre várias caraterísticas fundamentais para a saúde, sustentabilidade e por consequên-cia sucesso de determinado empresário ou empresa: pioneiris-mo, inovação, arrojo, capacidade analítica e flexibilidade face às necessidades e vicissitudes do mercado de trabalho. Assim, e por todos estes motivos, torna-se naturalmente pertinente dedicar, nesta edição, este segmento àquela que é já, em pouco mais de 6 anos, uma das maiores referências do ponto de vista da formação a sul do Tejo.

Em conversa com o Diretor da Escola de Tecnologias, Inovação e Criação do Algarve, Nuno Ribeiro, o Correio de Faro procurou perceber qual a filosofia nos bastidores do crescendo sucesso e que vem assumindo contornos de cada vez maior amplitude e influência local.

A fórmula é simples: ensinar, estreitando a distância entre ma-térias e conteúdos e a sua aplicação prática na realidade. Ou seja, dotar os seus alunos de ferramentas que potencializem a quali-dade da sua formação e a sua inserção no mercado de trabalho. Segundo Nuno Ribeiro “aqui trabalha-se com maior proximida-de e contacto entre alunos e empresas”, e continua, “a nossa for-mação vai para lá da parte técnica, (…), apresentamos trabalhos reais, com prazos reais e orçamentos ainda mais reais”. Segundo o diretor, “o objetivo na ETIC_Algarve é garantir que os nossos formandos saem com um portfólio real e não com uma mera nota num pedaço de papel”. É esta reconhecida complementa-riedade entre teoria e prática que tem facultado a ETIC_Algarve de um cada vez maior número de alunos, de uma cada vez maior heterogeneidade. Dos 18 aos 50 anos, com ou sem ensino uni-versitário, muitos são os que aqui recorrem para darem conti-

nuidade ou maior solidez à sua formação.

Contudo é fácil perceber que a ETIC_Algarve é muito mais que isto. Nas palavras de Nuno Ribeiro esta é uma “escola não escola”, onde a relação entre professor e aluno se esbate em de-trimento de uma relação entre profissionais que procuram formar futuros colegas. Hoje, esta re-ceita tem garantido uma enorme percentagem de profissionais, pós-conclusão, que o diretor justifica como consequência das duas diferentes abordagens ao mercado. De um lado, a aborda-gem pedagógica, do outro a relação entre escola e os seus ex-formandos que se pretende perpé-tua. A primeira, procura dotar a ETIC_Algarve de um papel ativo na sociedade, dando resposta às necessidades de determinadas associações ou entidades sem grandes recursos financeiros – criação de sites, logótipos, cobertura de even-tos, etc. A segunda tem em conta a contínua monitorização do trajeto dos seus ex-alunos, servindo de intermediários entre eventuais em-presas interessadas e os próprios.

Assim, o sucesso é uma mera consequência. Exemplo disso mesmo é o mais recente pro-tocolo assinado entre ETIC_Algarve e a Sony-

ETic AlGARVEUma referência na formação algarvia

-Playstation, que garantirá à escola a possibilidade de ter um acesso exclusivo aos seus softwares de programação, potencializando de sobremaneira a formação e resulta-dos dos seus formandos. Na prática, a ETIC_Algarve dará a possibilidade aos seus alunos de projetarem jogos para a consola mais vendida no mundo, a Playstation. A ates-tá-lo aliás, está já o interesse manifestado por Rogério Ribeiro, CEO da Grave Studios 87, em dois jogos de dois alunos da escola, que estão ainda, e apenas há 3 meses, em formação. Segundo Nuno Ribeiro, isto é apenas re-sultado de um trabalho exaustivo de esforço e dedicação e agilizado pelo amor àquilo que se faz.

Contudo, nada disto é inocente e o sucesso da ETIC_Al-garve é tudo menos fortuito. Se o objeto de trabalho de uma empresa tem a sua incontornável importância, o perfil de quem as dirige terá também a sua quota-parte. Nesta casa, essa é uma noção tão real como ostensiva. O dinamismo de toda a estrutura é reflexo da visão, obje-tividade, dedicação e vanguardismo ideológico dos seus responsáveis e percetivelmente projetados na e pela fi-gura do seu diretor. Hoje, com mais de 140 alunos e com cada vez mais empresas nacionais e internacionais a virem beber desta fonte, a ETIC_Algarve parece ter fi-nalmente encontrado a sua melhor morada. Mais uma fórmula de sucesso, que tem sabido enraizar-se no qua-dro educativo e cultural na cidade, região e país.

A VOZ DO fAREnsE

coMo GoSTARiA DE VER o poRTo coMERciAl DE FARo No FUTURo?

SANDRA GoDiNHo35 anos, Investigadora

Foi no passado dia 5 de outubro que a Associação PRAVI - Projeto de Apoio a Vítimas Indefesas inaugurou a sua loja solidária.

Esta loja de cariz social, situada na Travessa Marques da Silva, antiga Travessa Rebelo da Silva, em Faro, pretende ajudar a PRAVI a angariar fundos para continuar o seu trabalho no que toca à proteção de animais em risco, depois de recentemente um surto de panleucopénia felina ter ditado a morte de vários animais e avultados tratamentos em muitos outros para que sobrevi-vessem. A pesar também nas contas desta associação está o aumento significativo do número de pedidos de ajuda para animais vítimas de situações de abandono, negligência e maus-tratos que levaram ao caos as contas da associação, cujo trabalho e mérito são reconhecidos por toda a so-ciedade farense.

Livros, roupa, artigos para o lar, merchandising e artigos para animais podem ser adquiridos a um preço simbólico que fará diferença na gestão do dia-a-dia desta associação sem fins lucrati-vos. O horário de funcionamento da loja é das 10h às 18h e será assegurado por voluntários da as-sociação. A PRAVI continua a receber donativos para a loja nos seus pontos de recolha habituais.

ASSociAção pRAViProjeto de Apoio a Vítimas Indefesas inaugura loja solidária

RicARDo NASciMENTo34 anos, Diretor Comercial

iSAbEl SoUSA UVA45 anos, Indústria Farmacêutica

ANDRÉ liMA cAbRiTA39 anos, Economista

A localização central, o acesso aos vários canais da Ria Formosa e o acesso ao mar são os ingredientes necessários para Faro apostar num centro internacional de alto rendimento para desportos náuticos. Os objetivos deste centro passariam por acolher estágios de equipas de moda-lidades náuticas olímpicas (natação de águas abertas, vela, canoagem, remo e triatlo), desenvolver regionalmente as diversas modalidades, potenciar a utili-zação de outros equipamentos desporti-vos já existentes e, por último, ser o polo dinamizador de uma nova zona da cida-de, trazendo mais pessoas e divulgando o nome de Faro como uma referência mundial no desporto náutico.

Estamos afastados da ria, até uma li-nha de comboio nos separa. É neces-sária uma reflexão estratégica mais profunda… Não obstante, para a re-qualificação do cais poderiam surgir complementarmente uma marina para embarcações maiores e à vela, um museu da ria e do mar, um centro de atividades aquáticas ou mesmo um parque temático.

A dinâmica comercial está limitada pelas condições que a Ria Formosa oferece, nomeadamente com o espa-ço necessário para as manobras de grandes barcos (cruzeiros e carga). É um local privilegiado para aumen-tar a relação com a Ria. Poderíamos ter mais embarcações, mais carreiras para as ilhas (Farol, Deserta, Culatra, etc.) e parque de estacionamento de apoio para os utentes.

A evolução que se vê em Faro, nos últi-mos anos, permite-nos pensar em pro-jetos mais ambiciosos. A zona do cais comercial poderia receber o primeiro ho-tel de 5 estrelas da cidade e, seguindo o exemplo de sucesso de Olhão, atrair mais turistas e melhorar a economia local. Se-ria interessante ligar a doca atual a esse pontão que entra pela Ria Formosa e fa-zer dele um lugar de lazer para passear, para fazer desporto, com restaurantes, lojas, ciclovias e uma forte componente náutica. Torná-lo num porto turístico ci-tadino, como já existe em diversas cida-des do Mediterrâneo.

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úLTImAs

O Correio de Faro é uma publicação da Câmara Municipal de Faro, distribuída em mais de 1.000 locais e que tem por objetivo principal dar a conhecer aos farenses o que de melhor se faz no concelho.

Colabore connosco: correiodefaro@cm-faro.pt Visite-nos em: www.correiodefaro.pt

A Câmara Municipal aprovou por unanimidade, dia 13 de Dezembro, a proposta de atribuição dos apoios ao associativismo, resul-tante da apreciação das candidaturas admitidas ao Programa de Apoios destinado às associações de cariz social, cultural, desportivo e juvenil do concelho, de acordo com o Regulamento de Apoio ao Associativismo do Município de Faro entretanto aprovado. O pro-grama suporta, de uma forma transparente e criteriosa, as atividades levadas a cabo em 2016.

Este ano, foi possível atribuir uma verba de cerca de 830 mil euros, o que representa um acréscimo de cerca de meio milhão em rela-ção ao ano transacto, o que resulta em grande medida da revisão orçamental aprovada em junho último.

Em matéria de associativismo desportivo, as 41 candidaturas aprovadas configuram apoios no montante global de 428.717,35 €; quanto aos apoios culturais, o valor total é de 280.011,52€ a atribuir por 28 associações do concelho; já os apoios financeiros ao associativismo social foram distribuídos pelas 14 candidaturas aprovadas, prefigurando um apoio total de 74.178,69€. Finalmente, no associativismo juvenil, aprovou-se a atribuição de apoios financeiros no montante de 46.500,00 € a distribuir por seis entidades.

Recuperado por este Executivo em 2014, o Programa Municipal de Apoio ao Associativismo pretende criar condições para o cresci-mento, inovação e descentralização das atividades levadas a cabo pelas coletividades do concelho.

AAPACDM -Ass. Alg. Pais Amig. Crianças D. MentaisAss. Estudo Diabetes Mellitus e Ap. Diabético Alg.Associação Oncológia do AlgarveAssociação para o Planeamento da FamíliaAPPA - Banco Alimentar Contra a FomeAss. Proteção à Rapariga e à FamíliaAPATRIS 21Ass. Solidariedade S. C. MontenegroFundação Algarvia Desenvolvimento SocialGATO - Grupo de Ajuda a ToxicodependentesInstituto D. Francisco GomesMovimento Democrático de Mulheres PortuguesasPROVECTUS - Ass. em Prol da Terceira IdadeSanta Casa da Misericórdia

ACTA – A Companhia Teatro AlgarveALFA – Ass. Livre Fotógrafos AlgarveAMARELARTE – Ass. Cultural e RecreativaArquente – Associação CulturalAss. Conservatório Regional AlgarveAss. Cult. Recreativa Desp. NexenseAss. Rádio Universitária do AlgarveAss. Recreativa e Cultural dos MúsicosAssociação de Guitarras do AlgarveAssociação Filarmónica de FaroAssociação Música XXIAssociação Valoriz’arteBCC – Beliaev Centro CulturalCasa do Povo da Conceição de FaroCasa do Povo de EstoiCineclube de FaroClub FarenseClube Recreativo e Cult. GorjonenseDevir , Ass. Atividades CulturaisEnLAMA Associação CulturalFaro 1540Fundação Pedro RuivoGinásio Clube de FaroGrupo Coral OssónobaGrupo Folclórico de FaroSociedade Recreativa Artística FarenseSociedade Recreativa BordeirenseZenite Associação Cultural

Associação Académica da UAlgADS - Associação Designers do SulAss. Escoteiros Portugal - Gr. 166 MontenegroAss. Guias Portugal - 1.ª Comp. Guias FaroCorpo Nacional de Escutas - Ag. 1172 S. LuísSê Mais Sê Melhor

ASSOCIAÇÃO/INSTITUIÇÃO

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€1.350,00--€312,25

€2.400,00---€409,28

€5.000,00-

€35.000,00€5.000,00€6.000,00€8.500,00

-€4.000,00€4.500,00

-€10.000,00

€8.500,00€10.500,00

€4.500,00€20.800,00

€5.500,00€4.500,00

€12.000,00€8.657,40€5.500,00

€14.400,00€10.000,00

€3.500,00€8.500,00€6.464,16

€12.000,00€12.000,00

€6.400,00€11.584,00

€3.000,00

€13.468,92€9.502,13€3.676,00€4.455,35

-€8.897,60

€7.233,60€10.000,00

€5.000,00-

€1.453,25€10.000,00

--

€10.000,00€6.150,00€9.897,81

--

€4.972,50

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€10.000,00--

€10.000,00-

€677,49------

€5.999,33-------

€7.029,14-

€5.000,00-

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€6.500,00-

Atividades eapoio/renda

Obras eviaturas

AXAL - Academia Xadrez AlgarveAltimetria Associação DesportivaAss. Desportiva Centro Ténis FaroAdversários do Mar - Ass. Cult. e RecreativaAssociação “Clube B.C.F.”Ass. Desportiva Geração de GéniosSFAD- São Francisco Ass. DesportivaAssociação Farense 1910Associação Portuguesa de KempoCasa do Benfica de FaroClube Amadores Pesca de FaroClube Danças Esc. Sec. João DeusClube Prat. Desp. Combate JF Conceição FaroClube Karaté Conceição FaroClube Futebol Os BonjoanensesClube Natação FaroClube Petanca FaroClube Rugby UALgClube Surf Faro CSFClube Desportivo MontenegroCEDF- Clube Educ. Desportivo de FaroClube União CulatrenseAss. Escola Futebol FaroFutebol Clube “Os 11 Esperanças”Futebol Clube São LuísGimnofaro Ginásio ClubeGinásio Club Naval de FaroGrupo Desportivo AtalaiaIceShow Associação FreestyleJudo Clube do AlgarveJujutsu Clube de FaroKaraté Club de FaroMoto Clube de FaroMoto Malta Faro - Ass. Desp. MotosNúcleo Sportinguista de FaroReal Amizade FarenseSão Pedro- Futsal Clube de FaroARCRS- Ass. Recr. Cult. Rio SecoSport Faro e BenficaUnião dos Amigos da PescaWildPack Associação Desportiva

ASSOCIAÇÃO/INSTITUIÇÃO

€2.039,02€9.378,50

€11.340,00€5.595,00€8.846,00€8.150,00

€12.066,64€22.380,00€12.625,25€11.100,00

€4.687,00€5.080,25€3.437,00€1.822,06€7.253,11€9.310,13€2.610,00€3.295,66€7.047,82

€11.039,00€11.829,67

€2.971,73€8.575,00€4.446,25

€15.273,00€4.382,32

€12.120,00€1.370,00€2.200,00

€15.032,50€2.601,25€5.555,00€5.400,00

-€12.480,00

€3.442,50€4.575,00

€798,00€3.797,00€2.400,00€3.142,38

€757,00€2.500,00€2.300,00€1.376,85€2.500,00

-€5.000,00

€15.000,00-

€1.498,00€110,07

€5.250,00--

€10.000,00--

€1.000,00€9.332,70€1.452,50€3.330,84

€20.000,00-

€5.762,55€5.000,00

-€6.593,84€5.000,00

-€5.000,00€1.300,00€1.440,42

€15.000,00€5.000,00

--

€5.875,00€2.783,63€6.234,92

-€825,00

Atividades eapoio/renda

Obras eviaturas

Associativismo Social

Associativismo Cultural

Associativismo Juvenil

Associativismo Desportivo

MUNicÍpio DE FARo DUplic A VAloR DoS ApoioS Ao ASSociATiViSMo