a centelha 26

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A Centelha Boletim da Corrente Proletária Estudantil [email protected] Nº 26 Junho de 2012 http://correnteestudantil.blogspot.com.br/ TODO APOIO A GREVE NAS UNIVERSIDADES FEDERAIS Docentes lutam pela reestruturação da carreira, contra os projetos do governo Dilma (PT) para a Universidade Pública. cenário da paralisação dos docentes das IFES deflagrada no dia 17/05 já conta com 55 instituições em greve. Após uma década sem greve, os docentes se levantaram contra os projetos em curso a mando do governo Dilma (PT), das condições de remuneração e de trabalho impostas pelo governo, pela reestruturação da carreira e contra o processo de desagregação das universidades em curso, demonstrando suas insatisfações e capacidade de luta. O A realidade das IFES no Brasil é de precarização e intensificação das atividades docentes, salas de aula lotadas, déficit de professores, aumento médio de 40% do número de horas em sala de aula, escassez de bolsas de pesquisas e extensão, corte de verbas na educação nos dois últimos anos etc. A expressão mais cabal dessa situação foi a implantação do Programa – REUNI, instituído ainda no Governo Lula, gerando uma desordenada expansão, vinculando o recebimento de verbas a metas a serem atingidas, sem a correspondente ampliação do quadro docente com a oferta de vagas, nem muito menos a melhoria no mesmo grau das condições salariais e de trabalho dos docentes. Enfim, aumentaram as vagas, mas não as condições para isso. A Corrente Proletária Estudantil apóia a greve dos professores e técnicos administrativos no ensino federal. A defesa da greve passa pela defesa do ensino público contra o privado que tem expandindo vertiginosamente nos últimos anos. Todo apoio à greve dos docentes e dos técnicos administrativos das instituições publicas de ensino superior! Pela unidade na luta de docentes, servidores e estudantes! Que o governo atenda a todas as reivindicações! Abaixo a desnacionalização do ensino e a política privatista do governo federal! Oposição revolucionaria ao governo Dilma! ______________________________________________________________________________________ A greve do ensino federal tem mobilizado estudantes contra as condições de ensino por todo o Brasil. Mais de trinta universidades já contam com a greve estudantil. Aqui na UFC a mobilização foi mínima apesar da gestão do DCE (PT, PC do B e PDT) que só se mobilizou depois de pressionada pela oposição. Não faltam motivos para que os estudantes se somem ao movimento grevista: continua a lotação no transporte do Pici e a falta deste nos campi do interior, o mesmo acontece com RU que passa por uma investigação do MP por favorecimento ilícito, nos campi do interior o tão alardeado REUNI não garantiu a estrutura mínima como RU, bibliotecas, bolsas laboratórios etc. Parte da oposição, apesar de se colocar pela greve estudantil, não tem feito a batalha conseqüente para que haja uma ampla mobilização na universidade. Se a construção da greve estudantil for feita como foi feita a campanha pelo boicote da consulta para reitor, o movimento estudantil continuará vivendo de inflamados discursos e pouca mobilização concreta. A Corrente Proletária Estudantil tem se soma-

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Page 1: A centelha 26

A Centelha Boletim da Corrente Proletária Estudantil [email protected] Nº 26 Junho de 2012

http://correnteestudantil.blogspot.com.br/

TODO APOIO A GREVE NAS UNIVERSIDADES FEDERAIS

Docentes lutam pela reestruturação da carreira, contra os projetos do governo Dilma (PT) para a Universidade Pública.

cenário da paralisação dos docentes das IFES deflagrada no dia 17/05 já conta com 55 instituições em greve. Após uma década sem greve, os docentes se

levantaram contra os projetos em curso a mando do governo Dilma (PT), das condições de remuneração e de trabalho impostas pelo governo, pela reestruturação da carreira e contra o processo de desagregação das universidades em curso, demonstrando suas insatisfações e capacidade de luta.

O

A realidade das IFES no Brasil é de precarização e intensificação das atividades docentes, salas de aula lotadas, déficit de professores, aumento médio de 40% do número de horas em sala de aula, escassez de bolsas de pesquisas e extensão, corte de verbas na educação nos dois últimos anos etc. A expressão mais cabal dessa situação foi a implantação do Programa – REUNI, instituído ainda no Governo Lula, gerando uma desordenada expansão, vinculando o recebimento de verbas a metas a serem atingidas, sem a correspondente ampliação do quadro docente com a oferta de vagas, nem muito menos a melhoria no mesmo grau das condições salariais e de trabalho dos docentes. Enfim, aumentaram as vagas, mas não as condições para isso.

A Corrente Proletária Estudantil apóia a greve dos professores e técnicos administrativos no ensino federal. A defesa da greve passa pela defesa do ensino público contra o privado que tem expandindo vertiginosamente nos últimos anos.

Todo apoio à greve dos docentes e dos técnicos administrativos das instituições publicas de ensino superior! Pela unidade na luta de docentes, servidores e estudantes! Que o governo atenda a todas as reivindicações! Abaixo a desnacionalização do ensino e a política privatista do governo federal! Oposição revolucionaria ao governo Dilma!______________________________________________________________________________________

A greve do ensino federal tem mobilizado estudantes contra as condições de ensino por todo o Brasil. Mais de trinta universidades já contam com a greve estudantil. Aqui na UFC a mobilização foi mínima apesar da gestão do DCE (PT, PC do B e PDT) que só se mobilizou depois de pressionada pela oposição. Não faltam motivos para que os estudantes se somem ao movimento grevista: continua a lotação no transporte do Pici e a

falta deste nos campi do interior, o mesmo acontece com RU que passa por uma investigação do MP por favorecimento ilícito, nos campi do interior o tão alardeado REUNI não garantiu a estrutura mínima como RU, bibliotecas, bolsas laboratórios etc.

Parte da oposição, apesar de se colocar pela greve estudantil, não tem feito a batalha conseqüente para que haja uma ampla mobilização na universidade. Se a construção da

greve estudantil for feita como foi feita a campanha pelo boicote da consulta para reitor, o movimento estudantil continuará vivendo de inflamados discursos e pouca mobilização concreta.

A Corrente Proletária Estudantil tem se soma-

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do à mobili-zação da assembléia estudantil.

Na quinta feira, dia 21, convocamos os estudantes a construir a greve estudantil contra o REUNI e em apoio à

greve nacional dos estudantes, professores e técnicos admi-nistrativos.