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Av. Cel. Rogério Borba, 741 – Telefax (42) 3276-1222 84320-000 Reserva - Paraná E-mail: [email protected] LEI n°400/2011 Súmula: Dispõe sobre a Política Municipal de Atendimento à Criança e ao adolescente do Município de Reserva, a Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, bem como a Criação e Funcionamento do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Conselho Tutelar e Fundo Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente. A CÂMARA MUNICIPAL DE RESERVA ESTADO DO PARANÁ APROVOU E EU PREFEITO SANCIONO A SEGUINTE LEI: TÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Artigo 1°- Esta Lei dispõe sobre a Política Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e as normas gerais para a adequada aplicação. Artigo 2°- O atendimento aos direitos fundamentais expressos na Constituição Federal e Estadual, na Lei Orgânica do Município e na Lei Federal 8069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA) e 8.242/91, far-se-á através de um conjunto articulado de ações governamentais e não-governamentais, oferecendo às crianças e adolescentes o atendimento prioritário e tratamento igualitário das entidades públicas e particulares sem fins lucrativos, atuantes no setor e integrados, na política municipal de atendimento à criança e ao adolescente. Parágrafo Único - As ações a que se refere o caput deste artigo serão implementadas através de: I. – Políticas Sociais Básicas; II. – Políticas e Programas de Assistência Social, em caráter supletivo, para aqueles que dela necessitam;

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Av. Cel. Rogério Borba, 741 – Telefax (42) 3276-1222 84320-000 Reserva - Paraná E-mail: [email protected]

LEI n°400/2011

Súmula: Dispõe sobre a Política Municipal de Atendimento à Criança e ao adolescente do Município de Reserva, a Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, bem como a Criação e Funcionamento do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Conselho Tutelar e Fundo Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente.

A CÂMARA MUNICIPAL DE RESERVA ESTADO DO PARANÁ APROVOU E EU PREFEITO SANCIONO A SEGUINTE LEI:

TÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 1 °°°°- Esta Lei dispõe sobre a Política Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e as normas gerais para a adequada aplicação. Artigo 2 °- O atendimento aos direitos fundamentais expressos na Constituição Federal e Estadual, na Lei Orgânica do Município e na Lei Federal 8069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA) e 8.242/91, far-se-á através de um conjunto articulado de ações governamentais e não-governamentais, oferecendo às crianças e adolescentes o atendimento prioritário e tratamento igualitário das entidades públicas e particulares sem fins lucrativos, atuantes no setor e integrados, na política municipal de atendimento à criança e ao adolescente. Parágrafo Único - As ações a que se refere o caput deste artigo serão implementadas através de:

I. – Políticas Sociais Básicas; II. – Políticas e Programas de Assistência Social, em caráter

supletivo, para aqueles que dela necessitam;

Av. Cel. Rogério Borba, 741 – Telefax (42) 3276-1222 84320-000 Reserva - Paraná E-mail: [email protected]

III. – Serviços especiais de prevenção e atendimento médico e psicossocial às vítimas de negligência e maus-tratos, exploração, abuso, crueldade e opressão;

IV. – Serviço de identificação e localização de pais, responsáveis, crianças e adolescentes desaparecidos;

V. – Proteção Jurídico-social por entidades de defesa dos direitos da criança e do adolescente.

Parágrafo 2° - O atendimento dos direitos da crianç a e do adolescente, para

efeito de agilização, será efetuado de forma integrada entre órgãos dos Poderes Públicos e a Comunidade.

Artigo 3 ° - A política de atendimento dos Direitos da Criança e do Adolescente será garantida através das seguintes estruturas: I- Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente; II - Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente; III - Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente; IV - Conselho Tutelar; V- Ministério Público e Vara da Infância e Juventude. Artigo 4 ° - Mediante proposta fundamentada no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, o Município poderá criar programas e serviços ou estabelecer consórcio Intermunicipal de integração regionalizada, constituindo entidades governamentais voltadas especificamente para essas mesmas finalidades. Artigo 5 ° - As Entidades governamentais e não-governamentais somente poderão funcionar no Município de Reserva, depois de, devidamente, registradas no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, conforme art. 90 e 91 do ECA – Lei 8.069/90, incluído pela Lei 12.010/2009. Parágrafo Único – O caso de não cumprimento deste artigo, impede definitivamente o estabelecimento destas entidades no território do Município.

CAPITULO I

DA CONFERÊNCIA MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Artigo 6 ° - Fica instituída a Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, como órgão deliberativo, de instância superior, que se reunirá a

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cada dois anos para avaliar a situação da criança e do adolescente, fixar as diretrizes gerais da Política Municipal de Atendimento à Criança e ao Adolescente e eleger os membros do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.

CAPITULO II

DO CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

SEÇÃO I

DA CRIAÇÃO E NATUREZA DO CONSELHO

Artigo 7 ° - Fica criado o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Reserva – CMDCA - como órgão normativo, consultivo, deliberativo, controlador e fiscalizador da política de atendimento vinculado ao gabinete do prefeito, observada a composição paritária de seus membros nos termos do Art. 88, inciso II, da Lei Federal 8069/90.

SEÇÃO II DA COMPETÊNCIA DO CONSELHO

Artigo 8 ° - Compete ao Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente: formular a política de promoção, proteção e defesa dos direitos da criança e do adolescente, observados os preceitos expressos da Constituição Federal, da Constituição Estadual, da Lei Orgânica do Município de Reserva e da Lei Federal n°8.069/90 (ECA), e esp ecialmente:

I. formular a política Municipal dos direitos da criança e do adolescente, definindo prioridades e controlando as ações de execução;

II. opinar na formulação das políticas sociais básicas de interesse da

criança e do adolescente;

III. deliberar sobre a conveniência e oportunidade de implementação de programas e serviços, bem como, sobre a criação de entidades governamentais ou realização de consórcio intermunicipal regionalizado de atendimento;

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IV. elaborar seu regimento interno;

V. solicitar as indicações para o preenchimento de cargo de conselheiro, nos casos de vacância e término do mandato;

VI. propor modificações nas estruturas das secretarias e órgãos da

administração ligados à promoção, proteção e defesa dos direitos da criança e do adolescente;

VII. participar ativamente e opinar sobre o orçamento municipal

destinado à assistência social, saúde e educação, no que diz respeito aos direitos da infância e juventude, bem como, ao funcionamento dos Conselhos Tutelares, deliberando, em caráter vinculativo, indicando as modificações necessárias à consecução da política formulada;

VIII. opinar sobre a destinação de recursos e espaços públicos para

programações culturais, esportivas e de lazer voltadas para a infância e a juventude;

IX. proceder a inscrição de programas de proteção e sócio-

educativos de entidades governamentais e não-governamentais de atendimento dos Direitos da Criança e do Adolescente que mantenham programas de:

a) Orientação e apoio sócio-familiar; b) Apoio socioeducativo em meio aberto; c) Colocação sócio-familiar; d) Acolhimento familiar e institucional; e) Guarda Subsidiada; f) Liberdade Assistida; g) Semiliberdade; h) Internação, fazendo cumprir as normas previstas no Estatuto da Criança

e do Adolescente (Lei Federal n°8.069/90); i) Intercâmbio com o Conselho Municipal

X - fixar critérios de utilização, através de planos de aplicação das doações subsidiadas e demais receitas, aplicando necessariamente percentual para o incentivo ao acolhimento, sob a forma de guarda, a criança ou adolescente, órfão ou abandonado, de difícil colocação familiar.

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SEÇÃO III DA ESTRUTURAÇÃO BÁSICA DO CONSELHO

Artigo 9 ° - O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente tem seus 12 (doze) membros evidenciados por notória honestidade e dedicação às causas sociais do Município, sendo composto paritariamente de:

I. Governamentais: 06 (seis) membros integrantes (titulares e suplentes) do sistema de administração pública, atuantes no Município, indicados pelo Executivo Municipal, composto das seguintes representações:

a) 01 (um) representante da Secretaria Municipal da Saúde; b) 01 (um) representante da Secretaria Municipal da Educação e Cultura; c) 01 (um) representante da Secretaria Municipal de Assistência Social; d) 01 (um) representante da Secretaria Municipal de Finanças e

Planejamento; e) 01 (um) representante da Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária,

Indústria e Comércio; f) 01 (um) representante da Secretaria Municipal de Esportes, Turismo e

de Meio Ambiente;

II. Não-Governamentais: 06 (seis) membros integrantes (titulares e suplentes) indicados pelas entidades representativas, eleitos na Conferência Municipal dentre os segmentos dos usuários, das entidades prestadoras de serviço e dos trabalhadores da área.

Artigo 10 - A função de membro do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente é considerada de interesse público relevante e não será remunerada conforme artigo 89, do ECA. § 1º - O desempenho da função de membro do Conselho que não tem qualquer remuneração, será considerado como serviço relevante prestado ao Município de Reserva, com seu exercício prioritário, justificando as ausências a qualquer outro serviço, desde que determinadas pelas atividades próprias do Conselho. § 2º - Os gastos com manutenção do CMDCA, inclusive com os cursos de capacitação e afins, ficam sob encargo de sua mantenedora, a Prefeitura Municipal de Reserva.

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SEÇÃO IV DO MANDATO DOS CONSELHEIROS

Artigo 11 - O CMDCA de Reserva é composto por membros governamentais e não- governamentais indicados por um período de 02 (dois) anos, admitindo-se uma única recondução:

I – Diretoria Executiva, contando com: Presidente, Vice-presidente, 1º Secretário e 2º Secretário; II – Comissões; III – Plenário.

Artigo 12 - O CMDCA terá uma Diretoria, que será eleita pelo Conselho com quorum mínimo de 2/3 do total dos conselheiros e será composta por: Parágrafo Único: As atribuições e funcionamento da Diretoria serão definidos pelo regimento interno do CMDCA, devendo-se observar a paridade entre os representantes governamentais e não-governamentais na sua composição. Parágrafo segundo: Em caso de vacância do membro titular, o mandato será cumprido pelo suplente, complementando o mandato do substituído. Parágrafo Terceiro: Em caso de não haver membro suplente será promovida eleição complementar para indicação de novo membro. Artigo 13 – Extingue-se o mandato dos conselheiros, nos seguintes casos: I – morte; II – renúncia; III – ausência injustificada em mais de 5 (cinco) reuniões consecutivas; IV – doença que exija o licenciamento por período superior a dois anos; V – procedimento incompatível com a dignidade das funções; VI – condenação irrecorrível pela prática de crime comum ou de responsabilidade; VII – mudança de residência para outro Município; Artigo 14 - Ficam impedidos de serem conselheiros os seguintes integrantes dos poderes Judiciário, Legislativo, Executivo, e do Ministério Público:

a) Prefeito; b) Vice-Prefeito; c) Vereadores; d) Juiz;

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e) Promotor de Justiça; f) Oficial de Justiça; g) Delegado de Polícia; h) Policiais Civis e Militares; i) Membros do Exército.

Parágrafo Único – Não há impedimentos, quanto a participação extraordinária das autoridades citadas neste artigo, desde que previamente acordada com a presidência deste conselho, ou mediante solicitação da presidência.

SEÇÃO V DAS REUNIÕES

Artigo 15 - O CMDCA reunir-se-á na forma periodicamente estabelecida pelo Regimento Interno. Parágrafo Único – As reuniões se realizarão também, de forma extraordinária, quando convocadas pela Presidência do CMDCA ou pelo Ministério Público.

SEÇÃO VI

DO FUNCIONAMENTO DO CONSELHO

Artigo 16 - O Executivo Municipal providenciará as condições materiais e os recursos necessários ao funcionamento do Conselho. Parágrafo Único – Caso o CMDCA não possua estrutura administrativa própria, para desempenhar suas funções, utilizará todos os recursos humanos e materiais da Prefeitura como: salas de trabalho, funcionários, moveis e equipamentos, transportes, computadores, telefone, fax, fotocopiadora.

CAPITULO III

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

SEÇÃO I DA CRIAÇÃO E NATUREZA DO FUNDO

Artigo 17 - Fica criado o Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Reserva, de acordo com o Artigo 71 da Lei Federal n°4.320/64,

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e da Lei 8069/90, como captador e aplicador de recursos a serem utilizados, segundo as deliberações do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, ao qual é vinculado. Artigo 18 - O Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Reserva, passará a ter CNPJ próprio, vinculado a Prefeitura do Município, sob forma de filial, utilizando assim o mesmo número base de inscrição do CNPJ do órgão. Artigo 19 - Prioritariamente, os recursos do Fundo devem ser aplicados em projetos complementares de promoção, proteção e defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes, auxiliando no processo de inclusão destes que se encontram em situação de risco social e contribuindo para a qualificação da rede de atendimento. Artigo 20 - É expressamente vedada a utilização dos Recursos do Fundo para custear despesas com pessoal, remuneração dos membros do Conselho Tutelar e reforço ao Orçamento Municipal. Parágrafo Único: Constará da lei orçamentária municipal previsão dos recursos necessários ao funcionamento do Conselho Tutelar, sendo vedada a utilização de recursos do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.

SEÇÃO II DAS RESTRIÇÕES À APLICAÇÃO DAS RECEITAS DO FUNDO MU NICIPAL

DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Artigo 21 - Consideram-se exemplos de despesas que não podem ser pagas com o dinheiro do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente:

I - multas, juros e encargos bancários; II - amortização de principal, encargos do serviço da dívida e parcelamentos de obrigações contributivas trabalhistas, ou não; III - sentenças judiciais e precatórias, de ações trabalhistas, ou não; IV - aquisição de automóveis de representação; V - anuidades e mensalidades associativas ou de entidades de classe de servidores e empregados; VI - benefícios assistenciais e prêmios de seguro de servidores e empregados; VII - diárias, passagens e estadia ou combustíveis de veículos particulares; VIII - proventos e pensões de servidores em que a atividade tenha sido desempenhada no setor da criança e do adolescente;

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IX - despesas do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente; X - despesas do Conselho Tutelar; XI - despesa de pessoal dos quadros do Município; XII - prestação de serviços de servidores e empregados do quadro de pessoal, realizado em horário fora do expediente, ou não; XIII - publicidade, salvo campanhas de caráter educativo voltadas especificamente à criança e ao adolescente; XIV - ações e atividades estranhas às funções de atendimento à criança e ao adolescente.

Parágrafo Único - Somente poderão ser destinados Recursos do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente ao estudo, à pesquisa e capacitação de pessoal vinculados especificamente ao setor, mediante expressa deliberação do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e certificado pelo Controle Interno quando à justificação de sua relevância para o desenvolvimento dos protegidos pela Lei nº 8.069/90.

SEÇÃO III DA CONSTRUÇÃO E GERÊNCIA DO FUNDO

Artigo 22 - O Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente devem ter como receitas:

a) recursos públicos que lhe forem destinados, consignados no Orçamento da União, do Estado e do Município, mediante transferências do tipo “fundo a fundo”;

b) contribuições de governos estrangeiros e de organismos multilaterais; c) doações de pessoas físicas e jurídicas, sejam elas de bens materiais,

imóveis ou recursos financeiros; d) destinação de receitas dedutíveis do Imposto de Renda, com incentivos

fiscais; e) doações de recursos provenientes de multas, concursos; f) multas decorrentes das penalidades previstas nos Artigos 228 e 258 do

ECA; g) os produtos das aplicações dos recursos disponíveis; h) O produto de vendas de materiais, publicações, em eventos realizados; i) contribuições resultantes de campanhas de arrecadações de fundos; j) saldo positivo apurado no balanço, e que será transferido para o

exercício seguinte, o crédito do fundo. k) rendimentos de aplicações financeiras dos recursos do próprio Fundo; l) transferências financeiras do Conselho Estadual dos Direitos da Criança

e do Adolescente

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m) Outros recursos que lhe forem destinados por norma Municipal, tais como: promoções específicas, apreensões ou abandonos de produtos, bens ou semoventes e de multas por infração a dispositivos contratuais regidos pela Lei nº 8.666/93.

Artigo 23 - O Fundo está vinculado à Secretaria Municipal de Assistência

Social, tendo seu gestor nomeado pelo Poder Executivo, devendo ser responsável pelos seguintes procedimentos, dentre outros inerentes ao cargo:

I - coordenar a execução do Plano Anual de Aplicação dos recursos do Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente, elaborado e aprovado pelo Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente; II - executar e acompanhar o ingresso de receitas e o pagamento das despesas do Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente; III - emitir empenhos, cheques e ordens de pagamento das despesas do Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente; IV - fornecer o comprovante de doação/destinação ao contribuinte, contendo a identificação do órgão do Poder Executivo, endereço e número de inscrição no CNPJ no cabeçalho e, no corpo, o n° de ordem, nome completo do doador/destinador, CPF/CNPJ, endereço, identidade, valor efetivamente recebido, local e data, devidamente firmado em conjunto com o Presidente do Conselho, para dar a quitação da operação; V - encaminhar à Secretaria da Receita Federal a Declaração de Benefícios Fiscais (DBF), por intermédio da Internet, até o último dia útil do mês de março, em relação ao ano do calendário anterior; VI - comunicar, obrigatoriamente aos contribuintes, até o último dia útil do mês de março, a efetiva apresentação da Declaração de Benefícios Fiscais (DBF), da qual conste, obrigatoriamente o nome ou razão social, CPF do contribuinte ou CNPJ, data e valor destinado; VII - apresentar, trimestralmente ou quando solicitada pelo Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente, a análise e avaliação da situação econômico-financeira do Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente, através de balancetes e relatórios de gestão;

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VIII - manter arquivados, pelo prazo previsto em lei, os documentos comprobatórios da movimentação das receitas e despesas do Fundo, para fins de acompanhamento e fiscalização; IX - observar, quando do desempenho de suas atribuições, o princípio da prioridade absoluta à criança e ao adolescente, conforme disposto no art. 4, caput e parágrafo único, alínea b, da Lei n° 8.0 69 de 1990 e art. 227, caput, da Constituição Federal.

Artigo 24 - O CMDCA é o órgão formulador, deliberativo e controlador das ações de implementação da política dos direitos da criança e do adolescente, responsável por fixar critérios de utilização e o plano de aplicação dos recursos, conforme o disposto no parágrafo 2º do art. 260 da Lei nº 8.069, de 1990. § 1º - Os recursos do fundo serão operacionalizados e contabilizados pelo setor financeiro da Prefeitura, dentro das normas emanadas pelo Tribunal de Contas, e processados juntamente com a contabilidade do Município. § 2º - Os recursos do Fundo utilizados para financiamento, total ou parcial dos projetos desenvolvidos por entidades governamentais ou não-governamentais estão sujeitas à prestação de contas de gestão ao órgão de controle interno do Poder Executivo e ao Conselho de Direito, bem como ao controle externo por parte do Poder Legislativo, do Tribunal de Contas e do Ministério Público. § 3º – Caberá ao Poder Executivo, em acordo com o respectivo Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente regulamentar o Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, detalhando o seu funcionamento por meio de Decreto. DA PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTAL DAS AÇÕES E ATIVIDADES

Artigo 25 - Até junho de cada ano, o CMDCA deve elaborar o Plano de Ação Anual contendo as estratégias, ações de governo e programas de atendimento a serem implementados, mantidos e/ou suprimidos pela administração municipal. Artigo 26 - O Plano deverá ser encaminhado pelo CMDCA ao Chefe do Executivo, para a inclusão, no momento oportuno, nas propostas do PPA (Plano Plurianual), LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) e LOA (Lei Orçamentária Anual), elaboradas pelo Executivo e aprovadas pelo Legislativo.

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SEÇÃO V

DAS DOAÇOES RECEBIDAS E REPASSES EXPEDIDOS

Artigo 27 - As doações recebidas pelo Fundo devem ser repassadas prontamente para a conta corrente do Fundo, sob responsabilidade do Gestor Municipal. Artigo 28 - Os recursos pertinentes ao Fundo somente poderão ser disponibilizados para as entidades através da elaboração de Planos de Aplicação, Projetos e Resoluções, previamente autorizadas em reuniões do CMDCA. Parágrafo Único – A destinação desses recursos deve ser decidida em reuniões, ordinária ou extraordinária do Conselho, com quorum mínimo de 2/3 do total dos conselheiros, com a ata devidamente escrita e vistada por todos os conselheiros presentes.

CAPITULO IV

DO CONSELHO TUTELAR

SEÇÃO I

DISPOSIÇÔES GERAIS

Artigo 29 - Fica criado o Conselho Tutelar, órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, vinculado a Secretaria Municipal de Assistência Social, encarregado de zelar pelo cumprimento dos direitos da Criança e do Adolescente, composto de 5 (cinco) membros titulares e suplentes, para mandato de três anos, permitida uma única recondução. Artigo 30 - O processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar será feito por um Colégio Eleitoral, formado por instituições devidamente credenciadas pelo CMDCA. § 1º - Estão automaticamente credenciadas as entidades sociais registradas no CMDCA; O Colégio de representantes de que trata este artigo terá a seguinte composição:

I. Membros do CMDCA, efetivos e suplentes; II. Diretores das Escolas Municipais;

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III. Diretores das Escolas Estaduais; IV. 01 (um) representante de cada entidade não-governamental de

atendimento à criança e o adolescente, devidamente cadastrada junto ao CMDCA;

V. 01 (um) representante de cada associação de comunidades rurais, devidamente cadastrada junto ao CMDCA;

VI. 01 (um) representante do Conselho da Comunidade; VII. 01 (um) representante do Conselho Municipal de

Desenvolvimento Rural Sustentável; VIII. 01 (um) representante da Associação Comercial; IX. 01 (um) representante de cada sindicato, regularmente em

funcionamento no Município; X. 01 (um) representante de cada associação de moradores do

Município, devidamente cadastrada junto ao CMDCA; XI. Secretários Municipais da Estrutura Administrativa.

§ 2º - Também poderão compor o Colégio Eleitoral todas as entidades e instituições juridicamente constituídas a partir de 12 meses, que atuem especificamente na área de educação, saúde e assistência social, na área da Criança e do Adolescente, estando devidamente cadastrada junto ao CMDCA. § 3º - As organizações, referidas neste artigo, serão convocadas pelo CMDCA, mediante edital publicado no Diário Oficial do Município ou em outro jornal local e promoverem a indicação de seus delegados para comporem o Colégio Eleitoral, devendo essa indicação recair, preferencialmente, na pessoa de seu representante legal que será credenciado a exercer o direito de voto para a eleição do Conselho Tutelar. § 4º - O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente oficiará ao Ministério Público para dar ciência do início do processo eleitoral, em cumprimento ao artigo 139, do Estatuto da Criança e do Adolescente. § 5º - No edital e no Regimento da Eleição constarão a composição das comissões de organização do pleito, de seleção e elaboração de prova e banca entrevistadora, criadas e escolhidas por resolução do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. § 6º - O credenciamento dos representantes, aludidos nos incisos 4° ao 11 do presente artigo, é intransferível a partir do 10° ( décimo) dia antecedente à eleição ressalvando o caso de morte ou doença que o impossibilite, momentânea ou permanentemente do exercício do sufrágio. Nestes casos, deverá ser enviado ao CMDCA justificativa por escrito, até 48 horas, antes da realização da eleição com a indicação de representante substituto.

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§ 7º - O voto será direto e secreto, em pleito realizado sob a coordenação e responsabilidade do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e fiscalização do Ministério Público, considerando o direito de somente 1 (um) voto de acordo com a sua representação.

SEÇÃO II DOS REQUISITOS E DO REGISTRO DAS CANDIDATURAS

Artigo 31 - A candidatura ao cargo de Conselheiro Tutelar será individual. Artigo 32 - Somente poderão concorrer ao pleito de escolha os que preencherem os seguintes requisitos:

I. reconhecida idoneidade moral; II. não ter sido penalizado com a destituição da função de

Conselheiro Tutelar; III. residir no Município de Reserva, há pelo menos 6 meses; IV. ser maior de 21 (vinte e um) anos; V. estar em pleno gozo de suas aptidões físicas e mentais; VI. ser eleitor do Município e estar quite com a justiça eleitoral; VII. residir no perímetro urbano do Município ou comprovar mobilidade

do perímetro rural, até a sede do Município; VIII. possuir, no mínimo,o ensino fundamental completo; IX. comprovar, através de certidão do cartório distribuidor da

Comarca, não ter nenhum processo criminal aberto contra sua pessoa, nos dois anos anteriores à candidatura, nem ser reincidente nos termos da Lei Penal;

X. comprovar experiência profissional de, no mínimo, 12 (doze) meses, em atividades na área da criança e do adolescente, mediante "currículo" documentado;

XI. submeter-se a uma prova de conhecimento sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, a ser formulada por uma Comissão designada pelo CMDCA.

§ 1º - O candidato, membro do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, que pleitear cargo de Conselheiro Tutelar, deverá pedir seu afastamento, no ato da inscrição. § 2º – A recondução, permitida por uma única vez, consiste, unicamente, no direito do Conselheiro Tutelar concorrer ao mandato subsequente, em

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igualdade de condições com os demais pretendentes, submetendo-se ao mesmo processo de escolha pelo colégio de representantes. § 3º – O efetivo exercício como Conselheiro Tutelar de período consecutivo ou não, superior a metade do mandato, é impedido à recondução. § 4º - O cargo de Conselheiro Tutelar é de dedicação exclusiva, sendo incompatível com o exercício de outra função pública. Artigo 33 - O pedido de inscrição deverá ser formulado pelo candidato em requerimento assinado e protocolado junto ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, devidamente instruído com todos os documentos necessários à comprovação dos requisitos estabelecidos em edital. Artigo 34 - Encerradas as inscrições, será aberto um prazo de 3 (três) dias para impugnações, que ocorrerão na data da publicação do edital no Diário Oficial do Município ou em outro jornal local. Ocorrendo a impugnação, o candidato será intimado, na mesma forma, para que em 3 (três) dias apresente defesa. § 1° - Decorridos esses prazos, será oficiado ao Ministério Público para os fins do artigo 139, do Estatuto da Criança e do Adolescente. § 2° - Havendo impugnação do Ministério Público, o candidato terá igual prazo para apresentar defesa, mediante intimação pelos mesmos meios de comunicação. § 3°- Cumprindo o prazo acima, os autos serão submetidos à Comissão Eleitoral para decidir sobre o mérito, no prazo de 3 (três) dias e, essa decisão publicada no Diário Oficial do Município ou em outro jornal local. Caberá recurso ao Plenário do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, no prazo de 3 (três) dias, que decidirá em igual prazo, publicando sua decisão no Diário Oficial do Município ou em outro jornal local. Artigo 35 – Julgadas, em definitivo, todas as impugnações, o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente publicará edital no Diário Oficial do Município ou em outro jornal local, com a homologação dos candidatos habilitados. Parágrafo Único - Se servidor ou empregado Municipal efetivo for eleito, para o Conselho Tutelar, poderá optar entre o valor da remuneração do cargo de Conselheiro ou o valor da remuneração daquele, ficando-lhe garantidos:

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I - o retorno ao cargo, emprego ou função que exercia, assim que findo o seu mandato; II - a contagem do tempo de serviço para todos os efeitos legais.

SEÇÃO III DA REALIZAÇÃO DO PLEITO

Artigo 36 - O pleito para escolha dos membros do Conselho Tutelar será convocado pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente mediante edital publicado no Diário Oficial do Município ou em outro jornal local, especificando dia, horário e os locais para recebimento dos votos e de apuração. Artigo 37 - A eleição do Conselho Tutelar ocorrerá no prazo máximo de 60 dias, antes do pleito. Artigo 38 - A propaganda, em vias e logradouros públicos, obedecerá aos limites impostos pela Legislação Municipal ou às posturas municipais e garantirá a utilização por todos os candidatos, em igualdade de condições, respeitando o regimento interno do CMDCA. Artigo 39 - As cédulas serão confeccionadas pela Prefeitura Municipal mediante modelo aprovado pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e serão rubricadas por um membro da Comissão Eleitoral, pelo Presidente da mesa receptora, por um mesário e um representante do Ministério Público, ou obtenção de cédulas de papel ou urnas eletrônicas da Justiça Eleitoral. § 1º - O eleitor poderá votar em até 5 (cinco) candidatos. § 2º - Nas cabines de votação serão fixadas listas com relação de nomes dos candidatos ao Conselho Tutelar. Artigo 40 - Cada candidato poderá credenciar, no máximo, 1 (um) fiscal para cada mesa receptora ou apuradora.

SEÇÃO IV DA PROCLAMAÇÃO, NOMEAÇÃO E POSSE

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Artigo 41 - Encerrada a votação, se procederá imediatamente a contagem dos votos e sua apuração, sob responsabilidade do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e fiscalização do Ministério Público. Parágrafo Único - Os candidatos poderão apresentar impugnação à medida que os votos forem sendo apurados, constando a inconformidade em ata, cabendo a decisão à própria mesa receptora, pelo voto majoritário, com recurso ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente que decidirá em 3 (três) dias, facultada a manifestação do Ministério Público. Artigo 42 - Concluída a apuração dos votos e decididos os eventuais recursos, o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente proclamará o resultado, providenciando a publicação dos nomes dos candidatos votados, com número de votos recebidos. § 1º - Ocorrendo vacância no cargo, assumirá o suplente que houver recebido o maior número de votos. Uma vez procedida a escolha devem ser declarados eleitos os cinco mais votados como conselheiros tutelares e os suplentes, em ordem decrescente de votação. No caso de insuficiência de suplente para ocupar vagas, deve o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente providenciar a realização de novo processo de eleição para preenchimento do número mínimo de cinco suplentes. § 2º - Havendo empate na votação, será considerado eleito o candidato que obteve melhor desempenho no teste seletivo e, persistindo, aquele com mais idade e, finalmente, sorteio. § 3º - Os membros escolhidos, titulares e suplentes, serão diplomados pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente com registro em ata, e será oficiado ao Prefeito Municipal para que sejam nomeados com a respectiva publicação no Diário Oficial do Município ou em outro jornal e, após, empossados. § 4º - Os membros escolhidos como titulares submeter-se-ão a estudos sobre a legislação específica das atribuições do cargo e a treinamentos promovidos ou indicados pelo CMDCA.

SEÇÃO V DAS ATRIBUIÇÕES E FUNCIONAMENTO DO CONSELHO TUTELAR

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Artigo 43 - As atribuições e obrigações dos Conselheiros Tutelares são as constantes na Constituição Federal, na Lei Federal n. 8.089/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente) e na Legislação Municipal em vigor. Parágrafo Único - O Regimento Interno estabelecerá o regime de trabalho, de forma a atender às atividades do Conselho, sendo que cada Conselheiro deverá prestar 40 (quarenta) horas semanais. Artigo 44 – O Conselho Tutelar deverá funcionar ininterruptamente, em local destinado unicamente para esse fim, em área central da cidade, apresentando condições, para o seu efetivo funcionamento, de recursos humanos, equipamentos, materiais e instalações físicas que deverão ser mantidas pelo Poder Publico Municipal. Parágrafo Único – Deve Constar nas Leis Orçamentárias Municipal (PPA, LDO, LOA), a previsão detalhada quanto aos recursos necessários ao funcionamento do Conselho Tutelar. Artigo 45 – É expressamente proibido o uso dos veículos, do telefone, dos computadores e dos materiais de consumo do Conselho Tutelar para fins particulares dos conselheiros e demais profissionais em atividade, junto a este órgão. Parágrafo Único - Reter ou deletar informação do banco de dados informatizado e dos arquivos, sendo este ato considerado falta grave, passível de processo criminal.

SEÇÃO VI DA CRIAÇÃO DOS CARGOS, DA REMUNERAÇÃO E DA PERDA DE

MANDATO

Artigo 46 - Ficam criados 5 (cinco) cargos, em comissão, de Conselheiro Tutelar, com mandato de 3 (três) anos. Artigo 47 - O exercício efetivo da função de Conselheiro constituirá serviço relevante e estabelecerá presença de idoneidade moral e assegurará prisão especial em caso de crime comum, até julgamento definitivo. Artigo 48 - Embora não haja relação de emprego entre o Conselheiro Tutelar e a Municipalidade, que gere vínculo, a ele deve ser garantido, em Lei, os mesmos direitos conferidos na Legislação Municipal, aos servidores públicos

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que exercem, em comissão, cargos de confiança, e vinculados ao Regime Geral da Previdência Social. SESSÃO VII PROCESSO DE APURAÇÃO DE DENÚNCIA PASSÍVEL DA

PERDA DO MANDATO/ VINCULAÇÃO ESTRUTURAL Artigo 49 - O Conselheiro Tutelar, a qualquer tempo, e comprovado descumprimento de suas atribuições, prática de atos considerados ilícitos ou comprovada conduta incompatível com a confiança e outorga pela comunidade, é passível das seguintes sansões administrativas:

I advertência escrita;

II- suspensão;

III- perda do mandato;

Parágrafo Único: Considera-se como caso de cometime nto de falta funcional, previstas no Estatuto dos Servidores Pú blicos Municipais de Reserva, desde que pertinentes.

I- usar da função em benefício próprio; II- romper sigilo em relação aos casos analisados pelo Conselho Tutelar, o qual integra; III- manter conduta incompatível com o cargo que ocupa ou exceder-se no exercício da função, de modo a exorbitar sua atribuição, abusando da autoridade que lhe foi conferida; IV- recusar-se a prestar atendimento ou omitir-se a isso quanto ao exercício de suas atribuições, quando em expediente de funcionamento do Conselho Tutelar; V- aplicar medida de proteção, contrariando a decisão colegiada do Conselho Tutelar ou determinação judicial; VI- faltar, consecutivamente ou alternadamente, sem justificativa, às sessões do Conselho Tutelar, no espaço de um ano, conforme limites explícitos em lei Municipal; VII- exercer outra atividade, incompatível com o exercício do cargo, nos termos desta Lei; VIII- receber, em razão do cargo, honorários, gratificações, custas, emolumentos, diligências.

SESSÃO VIII –

PROCEDIMENTO DE ABERTURA DE SINDICÂNCIA OU PROCESSO ADMINISTRATIVO

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Artigo 50 – Após o recebimento da NOTÍCIA OU REPRESENTAÇÃO de eventual falta, o CMDCA enviará ao Poder Executivo o requerimento de abertura de sindicância ou processo administrativo podendo listar, no mesmo ato, até três testemunhas a serem ouvidas, em casos de instauração de procedimento apuratório. Parágrafo Único: A atribuição de instaurar sindicância ou processo administrativo/disciplinar para apuração de falta cometida por Conselheiro Tutelar no exercício de sua função, seja por notícia de qualquer cidadão ou representação do Ministério Público, de acordo com a Legislação Municipal, deve ser confiada a uma comissão de Ética, nomeada por Decreto Municipal, composta por dois membros do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e um membro do Conselho Tutelar. Artigo 51 - O processo administrativo é sigiloso, devendo ser concluído no prazo de 30 dias. Parágrafo 1º: O investigado será notificado, no prazo de 15 dias, para apresentar sua defesa por escrito, sendo-lhe facultada consulta aos autos, oportunidade em que poderá arrolar até três testemunhas. Parágrafo 2º: Em dia e hora designados, pela comissão de ética, serão ouvidas testemunhas arroladas ou indicadas e, ao final, interrogado o investigado. Artigo 52 - As conclusões da Comissão de Ética devem ser remetidas ao Conselho Municipal, que em Plenária, decidirá sobre a penalidade a ser aplicada. Constatada a falta cometida pelo Conselheiro Tutelar, estão previstas as seguintes sanções:

A) advertência – será aplicada conforme as hipóteses previstas no artigo 49: III V, VI e VIII. B) suspensão não remunerada de 15 (quinze) dias a 3 (três) meses – será aplicada conforme hipóteses previstas no artigo 49: I, II, IV, VIII e na hipótese prevista no V, quando irreparável o prejuízo decorrente da falta verificada. C) perda do mandato – Será aplicada quando o Conselheiro Tutelar for condenado pela prática de crime doloso, contravenção penal ou pela prática de infrações administrativas, previstas na Lei 8.069/90.

Parágrafo Único: Nos casos de reincidência, na seqü ência das sanções, cometendo nova falta depois de já ter sido penaliza do, irrecorrivelmente, recomenda-se a aplicação da penalidade mais severa do que a anterior.

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Artigo 54 - Caberá à Comissão de Ética, concomitantemente ao processo administrativo ou sindicância, comunicar o Ministério Público acerca da instauração do mesmo. Artigo 55 - Independentemente do processamento por sindicância, o processo administrativo será assegurado ao investigado do exercício do contraditório e ampla defesa Artigo 56 - Aplica-se subsidiariamente ao procedimento administrativo ou sindicância, previstos nesta lei, as previsões, no que couber, do Estatuto do Servidor Público do Município de Reserva.

Artigo 57 - Quando concluída a sindicância ou processo administrativo, o CMDCA encaminhará os resultados do processo ao Pode Executivo Municipal, para a ação administrativa necessária às providências legais cabíveis.

TÍTULO II DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Artigo 58 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogando-se as Leis Municipal de nº 029/1993, 042/1994 e 236/2008.

Paço Municipal 26 de março, 05 de agosto de 2011.

Frederico Bittencourt Hornung PREFEITO DO MUNICIPIO DE RESERVA

ESTADO DO PARANÁ