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Mar/Abr 2017 | Info ASAERLA | 1 Informavo oficial da Associação de Arquitetos e Engenheiros da Região dos Lagos - Edição nº 32 - mar/abr 2017 Ocupação desordenada do solo, despejo de esgoto no mar, rios e lagoas, desmatamento e muito lixo. A beleza da região encanta mas, sem cuidados, já dá sinais de exaustão A BELEZA RESISTE ASAERLA ELEGE NOVA DIRETORIA PARA 2017/19 Diretores traçam metas para ampliar parcipação da endade na região

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Mar/Abr 2017 | Info ASAERLA | 1

Informativo oficial da Associação de Arquitetos e Engenheiros da Região dos Lagos - Edição nº 32 - mar/abr 2017

Ocupação desordenada do solo, despejo de esgoto no mar, rios e lagoas, desmatamento e muito lixo. A beleza da

região encanta mas, sem cuidados, já dá sinais de exaustão

A BELEZA RESISTE

ASAERLA ELEGE NOVA DIRETORIAPARA 2017/19Diretores traçam metas para ampliar participação da entidade na região

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O bairro Jardim Caiçara rece-beu serviços na rede de esgoto. Foram realizadas recuperação de drenagem entupida com troca de manilhas, recolocação de parale-lepípedos, além de limpeza, recu-peração e colocação de poços de visita, que dão acesso às redes de drenagem.

As ações foram realizadas nas ruas Milton Macedo, Finlândia com Inglaterra, Nossa Senhora Aparecida e Carlos Mendes. Os serviços também já foram re-alizados nas principais vias do Centro, São Cristóvão, Gamboa, Manoel Corrêa e Jardim Nautilus.

Desde o início do governo, inúmeras obras vêm sendo re-alizadas em toda a cidade para devolver a infraestrutura básica das vias.

MOSAICOA Prefeitura de Búzios vai ini-

ciar as obras de pavimentação, drenagem e calçadas na Rua das Bromélias (antiga Rua 2) e Rua Olegária Maria da Concei-ção (antiga Rua 3), as duas no Loteamento Balneário da Rasa. Também em vias de início de obras estão as Unidades Básicas de Saúde (UBS) da Ferradura e Manguinhos. Em São José, pavi-mentação, drenagem e calçadas das ruas do Loteamento Pórtico de Búzios e, em José Gonçalves, a Prefeitura dará uma nova cara às ruas das Emerências (parte) e Cantinho do Céu, que vão ganhar pavimentação, drenagem e calça-das.

Prefeitura recupera rede de esgoto do bairro Jardim Caiçara

Búzios começa obras de

pavimentação e drenagem

Foto: Cesar Mattos-W2Imagens

A APAEprecisa de sua ajuda

Discutir os rumos dos traba-lhos e ações práticas para con-quistar o Certificado Bandeira Azul para a Praia do Peró em Cabo Frio. Estes foram alguns dos tópicos da reunião entre mem-bros da sociedade civil, gestores públicos e conselheiros ambien-tais de Cabo Frio. No encontro, os engenheiros Luis Sérgio Souza e Alberto Machado diretores da ASAERLA ressaltaram a impor-tância da união entre todas as partes envolvidas na proteção ambiental das Praias do Peró e Conchas que juntas formam um grande atrativo turístico.

-É uma área especial de pro-

ASAERLA engajada na busca da Bandeira Azul para a praia do Peró

teção ambiental e merece todo esforço para conquistar a Bandei-ra Azul-, disse Alberto Machado exemplificando com outros luga-res no mundo que triplicaram a receita atraindo mais turistas.

A secretaria de turismo, Fa-bíola Bleicker disse que a ajuda técnica dos profissionais da ASA-ERLA é de grande valia para ajus-tes nos projetos que beneficiam a cidade.

-O olhar técnico profissional contribui muito nas etapas do planejamento. Precisamos avan-çar a cada dia para melhorar o nosso turismo e a qualidade de vida-, disse.

Fotos:Walmor Freitas/W2Imagens

Diretores da ASAERLA durante reunião do projeto Bandeira Azul

Cansados de esperar por ações efetivas do poder público, moradores e amigos do bairro Caminho Verde em Cabo Frio, de-cidiram agir para mudar o cená-rio de uma área de mais de três mil metros. O local com vocação para uma excelente praça rece-beu muitos projetos que não vin-garam. Aos poucos, a vegetação nativa foi sumindo e dando lugar para estacionamento de veículos além de servir para despejo de lixo e entulhos.

Relato de moradores indicam que nos feriados prolongados e alta estação até ônibus de ex-cursão também acampavam no local. Foi aí que moradores se uniram e começaram a limpar e a colocar pneus pintados como proteção para impedir a entrada de veículos.

-Aos poucos os moradores e amigos foram chegando e con-seguimos um mutirão para lim-par a área. Depois, conseguimos doações de mudas de plantas nativas-, diz a moradora Chris-tianne Rothier enquanto con-versava com o engenheiro Luis Sergio Souza, presidente da ASA-

ERLA que também é parceira da iniciativa.

-Todo esforço para manter o ambiente é válido e a ASAERLA apoia e colabora orientando e dando sugestões com nossos téc-nicos-, disse o presidente.

Nesse primeiro esforço co-letivo, moradores conseguiram mudas e plantaram espécies de pau-ferro, amorinha da restinga, aroeira, pau-brasil, ipê amarelo, pitangueira entre outras espécies nativas de vegetação da região.

Unidos os moradores confec-cionaram folhetos informativos sobre a importância da preserva-ção ambiental na área. Mais de mil folhetos foram distribuídos aos visitantes.

Moradores do Caminho Ver-de alertam que caso as regras de boa convivência sejam quebra-das, serão acionados órgãos pú-blicos como Capitania dos Portos, Guardas Marítima e Ambiental, Inea, secretarias de Segurança e Ordem Pública e de Meio Am-biente.

-Todos moradores estão uni-dos e atentos-, disse Rothier que mora desde 2004 no bairro.

Moradores recuperam área ambiental no Caminho Verde

Moradores do Caminho Verde se unem e plantam mudas de vegetação nativa

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Presidente Engº Luis Sérgio dos Santos Souza

Vice-PresidenteEngº Milton José Furtado Lima

Diretor SecretárioEngº Marco Antonio Pereira

Diretor TesoureiroEngº Raimundo Luiz Neves Nogueira

Diretor TécnicoEngº Marco Aurélio Santos Abreu

Diretora SocialArq. Gabriela Tardeli

Diretor de Meio AmbienteArq. Manoel Elias Ibrahim

Diretora Relações Institucionais Engª Suian Campos de Souza

Diretores de PublicaçõesMilton José Furtado Lima * Suian

Campos de Souza * Gabriela Tardeli

Comissão FiscalEngº José Deguchi Junior

Engº Elidio Lopes Mesquita Neto Engº Eduardo Chamel José

------------------------------------Assessoria de Imprensa

W2 Imagens ComunicaçãoWalmor Freitas - (22) 99214-3940

[email protected]

Edição Walmor Freitas

Fotografias - W2Imagens

ImpressãoTribuna dos Municípios

Tiragem6.000 exemplares

Edição Nº32Março/Abril - 2017

EXPEDIENTE

Conselho Diretor biênioAno 2017-2019

Rua Nilo Pecçanha, 73 Sl. 05 (CREA)Centro - Cabo Frio - RJTel: (22) 2645-6524

e-mail: [email protected]

Engº Luis Sérgio dos Santos SouzaPresidente

Na mesma direção Participar de uma associação

requer muito mais esforço do que simplesmente compartilhar ideias. A entidade é a soma de cada individualidade em prol do bem co-mum, no nosso caso, trabalhar para ter a cada dia uma cidade melhor para viver. Para tanto, precisamos de todos os profissionais olhando na mesma direção. Também é preci-so que nossos objetivos encontrem respaldo em entidades representati-vas como Firjan, Crea, Mutua, CAU, concessionárias e governos em to-das as esferas.

É com esse espírito que assu-mimos os rumos da ASAERLA para os próximos dois anos. Ao mesmo tempo alegro-me em receber tantos cumprimentos e manifestações de apoio ao nosso trabalho. Entretan-to, o mais importante é ver a união entre colegas, amigos e familiares trilhando a mesma estrada lado a

lado. Tem sido assim nestes 40 anos da nossa associação.

Esse é o combustível que todos nós, da diretoria, precisamos para co-locar na prática projetos e a missão de colaborar para o crescimento ordena-do dos municípios respeitando as leis e combatendo sempre o exercício ile-gal da profissão.

Muito mais do que encontros festi-vos, a nossa entidade precisa, e muito, de novas ideias, projetos, palestras, cursos, workshops e a constante atu-alização de metas para contribuir de forma significativa com propostas de sustentabilidade, ordenamento urba-no, respeito ao ambiente e à qualida-de de vida que tanto almejamos.

Só com união e esforço coletivo va-mos alcançar de forma mais eficaz os resultados esperados como a revisão do Plano Diretor e principalmente de

Comissão prepara festa de 40 anos

HOMENAGEM

LÍDERANÇAEntre tantos atributos ao trabalho do engenheiro é possível perceber

que algumas pessoas vão muito além da paixão pela profissão que esco-lheram. O engenheiro civil Humberto Sanchez Quintanilha, que nos dei-xou muito cedo, é um belo exemplo. Desde que se filou a ASAERLA foi de uma dedicação intensa que cresceu como sócio, diretor e na presidência 2009/2012. Incansável na defesa dos direitos profissionais e exemplar na união da classe para ter a voz fortalecida como entidade representativa no estado e além fronteiras. A foto mostra um registro do então presi-dente Humberto recebendo os diretores da Mútua na sede da entidade em Cabo Frio. É uma simples homenagem prestada pela nova diretoria mas que serve como norte para todos entenderem o verdadeiro espírito associativo e como a união e o trabalho em conjunto faz toda a diferença na vida de cada um de nós. Obrigado engenheiro Humberto Quintanilha.

Entre tantas frentes de trabalho em defesa dos profissionais da engenharia e arquitetura a ASAERLA se destaca na organização de seminários, workshops, palestras e eventos comemorativos e de recreação. Neste ano, uma comissão es-pecial cuida de cada detalhe da festa dos 40 anos de fundação da entidade que é uma das mais antigas do estado no setor.

-Estamos trabalhando com muito cuidado para ter momentos significati-vos para os profissionais e como registro da história-, revela o engenheiro Milton Lima, vice-presidente que visitou o salão nobre do Costa Azul junto com as dire-toras Suian Campos e Gabriela Tardeli da comissão. A programção também prevê wwwwpara, além dos festejos, promo-ver palestras e reuniões para discutir o planejamento das cidades da região.

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As diretoras Suian Campos e Gabriela Tardeli

Humberto Quintanilha com os diretores Paulo Cesar Granja e Antonio Carlos Pereira da Mútua-RJ

PALAVRA DO PRESIDENTE

suas Leis Complementares que criam obstáculos à construção civil e ao em-preendedorismo. Avançamos muito. Mas, sabemos que muito ainda temos que fazer. Contamos com ajuda de to-dos para mais este desafio.

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ASAERLA quer a revisão do Plano Diretor para fomentar turismo sustentável em Cabo Frio

CIDADES

Um dos pontos altos da reunião sobre a “Avalia-

ção da Alta Temporada em Cabo Frio” realizada no hotel Mandai no dia 09 de março, foi destacar a necessidade da revisão do Plano Diretor do município como forma de melhorar o desenvolvimento turístico com planejamento téc-nico. A proposta foi feita pelo en-genheiro Luis Sérgio Souza, presi-dente da ASAERLA diretamente ao prefeito Marquinho Mendes, autoridades, secretários e repre-sentantes de diversas entidades da sociedade.

-Prefeito, pedimos a sua aten-ção para a revisão do Plano Dire-tor de Cabo Frio e aprovação das Leis Complementares. Só assim podemos trabalhar com metas e regras claras que vai ajudar o crescimento organizado da cida-de-, disse o presidente enquan-to era observado pelo prefeito e pela presidente do Convention Bureau, Maria Inês Oliveros, Ana Claudia do Sebrae, Eduardo Rosa da ACIA,

Luis Sérgio destacou ainda que que a cidade evoluiu muito mas o crescimento esbarra em leis ultrapassadas que faziam sentido nos anos 70. Dados do

IBGE mostram que hoje são 212.289 habitantes fixos.

Para o vice-presidente da ASAERLA engenheiro Milton Lima, o melhor caminho é sem-pre o diálogo com todas as partes envolvidas, órgãos públicos, enti-dades e a sociedade.

-Só assim teremos um con-senso e uma linha de atuação com propostas. Esse é o objetivo do Plano Diretor-, disse.

A ASAERLA é uma das entida-des que participam da Avaliação de Alta Temporada quando é ex-traído um diagnóstico do impacto no verão no município. Participa-ram ainda do encontro o enge-nheiro José Arthur, ex-presidente e José Raimundo Dokinha diretor da entidade.

GABARITO – O prefeito Mar-quinho Mendes disse durante o encontro que a cidade precisa rever a liberação do aumento de gabarito para a construção de hotéis. Mendes disse que buscou grande bandeiras internacionais para a cidade mas esbarrou no li-mite do número de andares que, segundo os empresários, inviabi-liza a rentabilidade na ocupação dos hotéis.

-Todos empresários e investi-

dores me falaram que era preciso mudar a lei e permitir aumentar a construção dos prédios. Eu não sou do ramo, por isso estou co-locando esse tema aqui. Vamos analisar com técnicos e ouvir sempre toda a sociedade-, disse o prefeito garantindo que uma equipe de técnicos da prefeitura já trabalha para a revisão do Pla-no Diretor.

A ASAERLA mais uma vez aler-tou sobre os perigos para mudan-ças específicas e isoladas na legis-lação de uso e ocupação do solo, reforçando que a cidade deve ser planejada como um todo e a longo prazo através da revisão do Plano Diretor e de suas Leis Com-plementares.

Entidade participa de encontro de avaliação e impactos da alta temporada no município e pede

aprovação das Leis Complementares paradas na Câmara há mais de dez anos

O engenheiro Luis Sérgio Souza presidente da ASAERLA explica a importância do Plano Diretor ao prefeito Marquinho Mendes observado por Maria Inês Convention Bureau e Ana Claudia do Sebrae durante reunião do setor de turismo

Vice-presidente Milton Lima e Ricardo Guadanin da Firjan e diretores da ASAERLA

“Governo municipal quer Plano Diretor eficiente para Cabo Frio”

Mais de dez anos depois e sem sequer ser pautado para a revisão como determina o Ministério das Cidades, o Plano Diretor de Cabo Frio, aprovado em 2006, volta à cena nos primeiros meses da gestão do prefeito Mar-quinho Mendes. A movimentação na Coordenadoria de Geral de Planejamento é intensa para que a revisão do Plano Diretor seja cumprida. De acordo com a arquite-ta Rosane Vieira Vargas, que novamente está à frente da coordenadoria mas com status de secretaria, o prefeito Mendes determinou que o Plano Diretor fosse estudado e que cumprisse todas as exigências.

-O governo como um todo precisa e quer um Plano

Diretor eficiente e com regras claras para nortear o desenvolvimento de Cabo Frio-, disse Rosane que também coordenou a instalação do primeiro Plano em 2003. Além do Plano Diretor revisado, as Leis Com-plentares também precisam ser aprovadas com a par-ticipação de todos os segmentos da sociedade, audiên-cias públicas e participação da Câmara de Vereadores.

Rosane já esteve reunida com alguns vereadores e já agendou reunião com a diretoria da ASAERLA para apresentar as mudanças no plano e quer ouvir suges-tões técnicas. Diretores da entidade estão revendo al-guns pontos sugeridos na primeira reunião.www

Fotos:Walmor Freitas/W2Imagens

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Tabela CUB Estes Custos Unitários foram calculados conforme dis-posto na ABNT NBR 12721:2006, em cumprimento à Lei nº4.591/64, com base em novos projetos, novos memoriais des-critivos e novos critérios de orçamentação e, portanto, cons-tituem nova série histórica de Custos Unitários, não compa-ráveis com a anterior, com a designação de CUB/2006. Elescorrespondem aos valores do metro quadrado da construção para os diversos padrões estabelecidos pela Norma, e devem ser utili-zados para o preenchimento da documentação do Memorial de In-corporação a ser apresentado ao Cartório de Registro de Imóveis.

PARCEIROECONOMIA

A paixão por obras, refor-mas e construção, Claudio

Viviani herdou do pai que ganha-va vida no setor da construção no Rio e na região. Depois um amigo sugeriu a abertura de loja de tintas em Cabo Frio. Claudio e dois amigos arregaçaram as man-gas e abriram a primeira Lago-Tintas na Av. Joaquim Nogueira. Os dois sócios seguiram outros rumos e hoje Viviani toca sozinho as três unidades e um CD-Centro de Distribuição que atende toda a região e cidades vizinhas. Mas não para por ai. Uma quarta loja está nos planos da empresa a ser aberta em breve.

Para enfrentar o desaqueci-mento da economia no país Clau-dio Viviani optou pela palavra DESAFIO no lugar de crise. E com esse propósito o empresário re-vela que tem conseguido passar esse maremoto junto com mais de 40 funcionários-colaborado-res.

Um dos segredos para man-ter a empresa no topo foi dar atenção maior aos profissionais da construção civil como enge-nheiros, arquitetos, decoradores e designers sem descuidar da dona-de-casa mais simples que precisa de uma orientação em busca da cor e da textura certa para uma reforma.

-A cada dois meses temos reunião e ajustamos nossas me-tas e foco. Sempre com treina-

mento para equipe e buscando inovação para surpreender nossa carteira de clientes-, diz.

Outro foco da Lagotintas é o mercado automotivo que mesmo com a crise não para de vender. Pela Anfavea de janeiro a novem-bro, 1,846 milhão de unidades de veículos novos foram vendidas em 2016. Para atender o merca-do, Viviani importou um profis-sional do Rio. Deu certo. Hoje a empresa tem grande fatia do se-tor automotivo na região.

Na verdade, o empresário re-vela que a família Lagotintas tem um mesmo objetivo;crescer jun-to com a empresa e por isso vem dando certo. O funcionário mais novo tem três anos na empresa.

-Nossa equipe é patrimônio da Lagotintas-, orgulha-se Viviani.

O empresário revela ainda que o poder de negociação com os fabricantes permite dar até 28% de desconto ao cliente final e isso tem feito muita diferença na região.

Claudio diz ainda que se for comparar preço de produto com produto da concorrência ele tem o melhor preço do estado.

PAIXÃO - Entre todas as es-tratégias, o empresário diz que o mais importante é desenvolver verdadeira paixão pelo que se faz. –Cada dia que eu levanto. Tenho mais vontade de trabalhar. Chego aqui as 7h30 e saio por último-, diz e cita o Gari Sorriso do Rio que ficou famoso por tra-balhar com alegria contagiante e transparência. O empresário diz que não pretende parar de tra-balhar até porque se sente bem trabalhando mas, aos poucos, vai passando o bastão para os filhos reforçando o conceito da família que pode redimensionar o mun-do.

-O conceito da família é fun-damental e essa leveza dentro da empresa é percebida pelo clien-te-, avalia Claudio.

A Lagotintas tem mais lojas em São Pedro da Aldeia e Búzios.

Superando a crise

O empresário Cláudio Viviane posa na matriz das lojas Lagotintas em Cabo Frios

O XXXI Congresso Pan-Ame-ricano de Avaliações, promovido pelo Instituto Brasileiro de Ava-liações e Perícias de Engenharia (Ibape) em parceria com o Ibape/RJ, apoio e supervisão da União Pan-Americana de Associações de Avaliação (Upav), ocorrerá de 19 a 21 de outubro na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. O objetivo do evento é conduzir a reflexões acerca do desempenho e das ten-dências da atividade profissional de perícias e avaliações imobili-árias em consonância com os di-versos ciclos econômicos.

O conselheiro do CAU/RJ Ro-naldo Foster Vidal, presidente do IBAPE/RJ e membro da comissão organizadora do XXXI Congresso Pan-Americano de Avaliações, destacou que o evento contará com a presença da arquiteta ve-

nezuelana María Emilia Pereira Colls, presidente da UPAV, que fará a abertura e o encerramen-to do congresso sobre Mercado de Real Estate, Avaliação e Ciclos Econômicos: O Cenário Pan-Ame-ricano, previsto para sexta-feira e sábado (20 e 21/10).

A programação é forma-da por congresso, palestras e workshops. Os minicursos ocor-rem na quarta-feira (19/10) e têm como tema: avaliações eco-nômicas de base imobiliária, ava-liações pelo método comparati-vo direto de dados de mercado, avaliações segundo as normas internacionais de avaliação, e avaliações em desapropriações – conceitos e tendências. Todas as atividades ocorrem no Windsor Barra Hotel (Avenida Lucio Costa, 2630, Rio de Janeiro).

O público-alvo do XXXI Con-gresso Pan-Americano de Avalia-ções são profissionais da Enge-nharia e Arquitetura e Urbanismo que atuam na área, além de es-tudantes do último período des-tes cursos. Entre as curiosidades do setor, Vidal relata que em países como Chile, Equador e Colômbia a atividade de perícias e avaliações imobiliárias é feita majoritariamente por arquitetos e urbanistas. No Brasil, ocorre ao contrário, a tarefa é desempe-nhada por engenheiros em 90% dos casos.

Os palestrantes ainda não fo-ram divulgados. Segundo definiu a comissão organizadora no site do evento, será “uma rica jorna-da técnica de integração, debate, aprendizado e reflexão”.

(Fonte: CAU)

Engenheiros e Arquitetos terão Congresso Pan-Americano de Avaliações que acontece em outubro no Rio de Janeiro

Foto:Walmor Freitas/W2Imagens

Um dos fundadores da ASA-ERLA, o engenheiro Mário Marcio tem um acervo histórico sobre a construção civil e a evolução de Cabo Frio e região. Aos poucos, o engenheiro vai colocando no papel suas lembranças e registros do desenvolvimento da cidade.

-É bom nunca esquecer quem foram as pessoas que começaram a pensar Cabo Frio como uma ci-dade grande há muitos anos. Isso tudo é muito importante para a

qualidade de vida que consegui-mos até hoje-, diz enquanto mos-tra os primeiros exemplares do informativo no começo da asso-ciação. Na reta de comemorar os 40 anos da ASAERLA, a diretoria pede a quem tiver fotos antigas de obras, documentos, pessoas que ajudaram a cidade a crescer podem enviar para a ASAERLA ou entrar em contato pelo telefone (22) 2645-6524 ou pelo e-mail: [email protected].

O engenheiro Mário Márcio mostra exemplares do antigo informativo da ASAERLA

Memória do progresso

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8 | Info ASAERLA | Mar/Abr 2017

A segurança de uma obra ou reparos de grande, médio e pequeno, porte está total-mente relacionada à emissão da Anotação de Responsabili-dade Técnica (ART). A ART con-fere ao profissional responsa-bilidade pela obra ou serviço contratado e define, para os efeitos legais, os responsá-veis técnicos pelos empreen-dimentos da área tecnológica e documenta as principais características do empreendi-mento, beneficiando tanto o profissional contratado quan-to o contratante. Em 2016, fo-ram registrados 196.869 ARTs no Conselho Regional de En-genharia e Agronomia do Rio de Janeiro, Crea-RJ.

A Anotação de Responsa-bilidade Técnica foi instituída pela lei 6496/77 e regulamen-tada pela resolução nº 1.025, 2009. Toda obra ou prestação de quaisquer serviços profis-sionais referentes à Engenha-ria, à Agronomia, à Geografia, à Geologia e à Meteorologia fica sujeito à ART para ser re-alizado. O preenchimento da mesma é de responsabilida-de do profissional que está à frente da obra e o mesmo

deve ter registro no Crea-RJ. O documento pode ser ob-tido online, por meio de um formulário preenchido no portal do conselho.

A ART resguarda a socie-dade de profissionais inabili-tados ou daqueles que exer-cem ilegalmente a profissão, além de assegurar que as obras ou serviços sejam fei-tos com segurança técnica, ajudando a evitar acidentes e tragédias, como os recentes envolvendo elevadores. Para o profissional, o documen-to serve como um portfó-lio, mostrando aonde ele já atuou, facilitando a inserção deste profissional no merca-do e trabalho, além de ga-rantir autoria e responsabili-dade aos serviços realizados.

Por Reynaldo Barros

ARTIGO

Anotação de Responsabilidade

Técnica garante segurança à sociedade

Reynaldo Barros - Presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio de Janeiro (CREA-RJ)

Documento confere responsabilidade

por obras e ajuda a prevenir acidentes

ASAERLA e OAB se unem em defesa da Mobilidade Urbana e Ambiente

Diretores da Asaerla e mem-bros da Comissão de Direitos Am-bientais-CDA Anita Mureb da 20ª secção da Ordem dos Advogados do Brasil-OAB Cabo Frio, estive-ram reunidos na primeira sema-na de março para alinhar propos-tas e temas visando a realização do primeiro Seminário a ser reali-zado ainda no primeiro semestre deste ano. Para o engenheiro Luiz Sérgio Souza, presidente da ASAERLA, o convite feito pela OAB é de extrema importância e mostra a preocupação legal e técnica para temas mobilidade

urbana e preservação ambiental.-Ficamos muito honrados

com o convite da advogada Ta-tiana Mendes-OAB e colocamos toda a experiência de nossos pro-fissionais à disposição para con-tribuir e mostrar à sociedade os benefícios da preservação-, disse o presidente acompanhado pelo engenheiro Luciano Silveira ex--presidente da entidade.

Para a advogada Tatiana Men-des, presidente da CDA da OAB, é muito importante agregar cada vez mais entidades representati-vas e respeitadas como a ASAER-

Comissão de Direitos Ambientais-CDA Anita Mureb/OAB e ASAERLA

estudam seminário para discutir

questões ambientais na região

LA na região.-Temos uma grande deman-

da da sociedade em aprofundar as questões da mobilidade, trân-sito e ambiente. A parceria com a ASAERLA vai ajudar muito nas questões técnicas-, disse sinali-zando que uma vez por mês ha-verá reuniões de preparação dos trabalhos para o seminário. Parti-ciparam do encontro o engenhei-ro Mauro Branco, secretário de transporte e mobilidade urbana de Cabo Frio e representantes de entidades e associações de mo-radores.

A presidente da CDA-OAB Cabo Frio advogada Tatiana Mendes e o presidente da ASAERLA, Luis Sérgio Souza e demais convidados durante o encontro

A Prefeitura de São Pedro da Aldeia, por meio da Secretaria de Urbanismo e Habitação, pror-rogou até o dia 17 de abril a Lei de Mais Valia. A Lei possibilita a regularização de construções irregulares existentes, que po-derão ser aprovadas mediante pagamento da importância cor-respondente a Mais Valia.

“Com essa ação, visamos re-gularizar uma série de interven-ções que muitas vezes as pessoas fazem erroneamente, por falta de orientação ou conhecimento, e acabam extrapolando os limites da lei. Regularizando a situação

dos imóveis, o fundiário fica legal dentro do município”, comentou o secretário de Urbanismo e Ha-bitação, Wilmar Mureb.

Os interessados devem for-malizar um processo de legali-zação de sua residência no setor de Protocolo da Prefeitura de São Pedro da Aldeia, localizado na Rua Marques da Cruz, nº61, caso tenha construído fora da Legislação até o dia 17 de abril. O Departamento de Análise da Secretaria Municipal de Urbanis-mo e Habitação o definirá como dentro da Lei de Mais Valia. Após o pagamento da importância cor-

respondente, o imóvel poderá ser legalizado, tornando-o apto a ser vendido, doado ou utilizado em qualquer outra transação que o inclua.

A Lei de Mais Valia nº 2.603, de 15 de junho de 2015, fica al-terada com a publicação de nº 2.697, de 24 de fevereiro de 2017.

Prefeitura de São Pedro da Aldeia divulga novo prazo para regularização de imóveis

Foto:Walmor Freitas/W2Imagens

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RECADASTRAMENTO Engenheiro ou arquiteto faça seu

recadastramento ou então associe-se e tenha os benefícios dos convênios da ASAERLA

(22) 2645-6524

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10 | Info ASAERLA | Mar/Abr 2017

Quando recebi o convi-te para escrever essa coluna, pensei em muitos assuntos importantes para o profissio-nal de arquitetura e urbanis-mo. Contudo, um dos temas que mais nos aflige neste momento é o destino da Fa-culdade de Arquitetura e Ur-banismo da Universidade Fe-deral do Rio de Janeiro (FAU/UFRJ). Meses após o incêndio que atingiu o prédio da Facul-dade, a instituição ainda não pôde retomar o ritmo normal de suas atividades. É lamen-tável o quadro de calamidade do edifício. A Faculdade, que teve sua origem na Academia de Belas Artes, em 1816, é o mais antigo curso universitário de Arquitetura no Brasil.

A direção, que chegou a cogitar a possibilidade de sus-pender o período, enfrenta dificuldades em relação ao acompanhamento e implan-tação das obras no edifício, à conclusão delas, ao uso do dinheiro repassado para este fim e a outros posicionamen-tos que comprometem o re-torno adequado às aulas.

O incêndio que destruiu parte das instalações é tam-bém um duro golpe para a arquitetura carioca, devido à importância histórica do edifí-cio. Inaugurado na década de 60, o prédio que abriga a FAU é considerado uma das obras mais emblemáticas realizada pelo Plano Geral da Cidade Universitária da Ilha do Fun-dão. O projeto do arquiteto e urbanista Jorge Machado Mo-reira foi premiado em 1957, na IV Bienal de São Paulo. Mais tarde, em uma justa home-nagem, o edifício foi batizado com o nome dele. É um belo

exemplar da arquitetura mo-dernista do Rio de Janeiro.

Diante do quadro de in-certezas quanto à retomada das aulas e cientes tanto da importância histórica do edi-fício, quanto da contribuição fundamental dessa entidade de ensino para a arquitetura e o urbanismo, os Conselhei-ros do CAU/RJ elaboraram uma carta de desagravo na qual manifestam todo seu apoio.

Essa preocupação nasce do reconhecimento da im-portância da FAU na forma-ção de um grande número de arquitetos e urbanistas brasileiros. A Universidade passa por um momento de grande dificuldade e essa si-tuação surge como parte do contexto em que a educação pública passa a sofrer com perdas orçamentárias rele-vantes que poderão agravar o processo de precarização da educação no Brasil.

Gostaríamos de utilizar esse espaço para convocar estudantes, arquitetos e ur-banistas e as entidades que os representam para uma mobilização conjunta a fim de buscar a formulação de propostas e a realização de ações para a salvaguarda e recuperação do edifício e garantir o funcionamento da FAU/UFRJ.

Por Jerônimo de Moraes*

Pela sobrevivência do mais antigo curso universitário de

Arquitetura no Brasil

*Presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro (CAU/RJ)

CAU-RJ ASAERLA e Convention Bureau firmam parceria em Cabo Frio

Unidas para o desenvolvi-mento sustentável da maior cida-de da região, a ASAERLA-Associa-ção dos Arquitetos e Engenheiros da Região dos Lagos e o Cabo Frio Convention Visitors Burea firma-ram parceria que vai resultar em projetos mais sintonizados com crescimento do turismo em uma cidade melhor planejada. Esse é um dos pontos destacados no encontro entre as diretorias das duas entidades. De um lado o CFCVB tem como meta fomentar a economia local por meio de in-centivo ao turismo seja voltado para negócios, eventos ou lazer que impulsione negócios entre seus associados. Na outra ponta a ASAERLA com 40 anos de ati-vidades na região congregando

profissionais da construção civil.-É muito importante a união

das entidades fortes. Nosso olhar sempre será técnico visando a melhoria do espaço em que vi-vemos-, disse o engenheiro Luiz Sérgio da Silva Souza , presidente da ASAERLA durante recente jan-tar da entidade.

Para a empresária Maria Inês Oliveros, presidente do Conven-tion Bureau, a chegada da ASA-ERLA reflete toda a seriedade do trabalho desenvolvido pela diretoria do CVCVB nos últimos anos em busca de parceiros que pensam no desenvolvimento or-

ganizado de Cabo Frio.-Temos por meta incrementar

sempre o turismo que é nosso carro-chefe e, com isto, gerar ne-gócios para aquecer a economia. E a visão de planejamento, urba-nismo e detalhamento técnico da ASAERLA é fundamental para a realização de projetos de alto nível que vão ajudar inclusive a região-, disse Maria Inês.

Luiz Sérgio garante que todos profissionais da entidade estão em sintonia para ajudar na con-cepção de projetos com metas claras para atender o desenvolvi-mento de Cabo Frio.

União é foco das entidades que

trabalham projetos técnicos para

aquecer turismo e economia regional

A presidente do Convention Bureau de Cabo Frio Maria Inês Oliveros (óculos) com os novos diretores da ASAERLA durante o jantar de posse

Integrante da Seção Brasil do Conselho Mundial da Água, o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), organiza uma série de debates a fim de reunir contribuições profissionais e acadêmicas da área tecnológica para o Fórum Mundial da Água, que acontecerá no Brasil em 2018.

Campinas vai abrir essa pro-gramação no dia 21 de março, no espaço Expo Dom Pedro. Além do Confea, o Crea-SP, a Mútua (Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea) e a Associação de Enge-nheiros e Arquitetos de Campi-nas (Aeac) organizam o evento. Dos encontros, que acontecerão ao longo do ano nas cinco regi-ões do País, participam gestores públicos e especialistas em meio

ambiente, água e energia, além de representantes de instituições de ensino.

Os eventos preparatórios são realizados pelo Confea em parce-ria com os Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia (Cre-as), entidades de classe e com a Seção Brasil do Fórum Mundial da Água. Dos encontros, partici-pam lideranças do Sistema, ges-tores públicos e especialistas em meio ambiente, água e energia, além de representantes de insti-tuições de ensino.

Em maio, será a vez do pró-ximo encontro, em Manaus, que abordará a bacia hidrográfica do Rio Amazonas e as dos estados do Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Amapá, Tocantins e Acre. Os outros eventos estão

previstos para acontecerem em Vitória (ES), Cuiabá (MT), Balne-ário Camboriú (SC), Paulo Afonso (BA), São José dos Campos (SP) e Palmas (TO).

Em CampinasO presidente do Conselho

Mundial da Água, Benedito Braga (que também é secretário de Sa-neamento e Recursos Hídricos de São Paulo) será um dos palestran-tes do evento. É o Conselho quem organiza o Fórum Mundial. Tam-bém fará parte da programação uma palestra do pesquisador do Instituto Trata Brasil Pedro Scazu-fca. O Instituto realizou uma pes-quisa recentemente –repercutida da mídia nacional – que revelou que 50% da população brasileira não tem acesso à coleta de esgo-to. Fonte: Confea

Eventos preparatórios para o Fórum Mundial da Água têm apoio da Mútua

Foto:Cesar Mattos/W2Imagens

O projeto do arquiteto e urbanista

Jorge Machado Moreira foi

premiado em 1957

www.asaerla.com.br

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Mar/Abr 2017 | Info ASAERLA | 11

Desmatamento, invasões e derrubada de prédios históricos continuam aumentando em todo país e na região

AMBIENTE

Dia após dia a história triste se repete nos quatro cantos do país.

Enquanto este texto é lido, par-te da vegetação nativa do país e alguns prédios históricos estão sendo destruídos pela irrespon-sabilidade de invasores de terras e especuladores imobiliários. No final de 2016 o governo divul-gou o dado preliminar da nova taxa oficial do desmatamento da Amazônia. Entre agosto de 2015 e julho de 2016, foram derruba-dos quase 8 mil quilômetros qua-drados de florestas, um aumento de cerca de 30% em relação aos 6,2 mil quilômetros quadrados registrados entre 2014 e 2015.

É o segundo ano consecuti-vo de alta no ritmo dos desma-tes. O número de 2014-2015 já significou um acréscimo de 24% em relação a 2013-2014, quando foram derrubados 5 mil quilôme-tros quadrados de mata. Entre 2013 e 2016, o desflorestamento aumentou 60%. O valor divulga-do agora é o maior desde 2009. Com isso, o Brasil não consegue cumprir acordos e metas inter-nacionais para frear a devastação no país.

Na Região dos Lagos não é diferente. A todo instante os programas de rádios recebem denúncias de invasões, corte de árvores, descarregamento de lixo e entulhos em áreas de proteção ambiental e demolições de pré-dios. Os agentes públicos sempre chegam depois do estrago feito.

Em Cabo Frio, a prefeitura ga-

rante que intensificou a fiscaliza-ção, mesmo assim, o desrespeito por parte dos invasores e donos de grandes áreas continua.

Denúncias levaram agen-tes da Coordenadoria do Meio Ambiente da Secretaria do De-senvolvimento da Cidade a dois loteamentos onde estava sendo praticado desmatamento sem as devidas autorizações, exigidas pela legislação ambiental.

No loteamento do Balneá-rio São Francisco, na estrada do Guriri, próximo ao loteamento Alphaville, os fiscais encontraram dois lotes já totalmente desmata-dos e uma rua sendo aberta em meio à vegetação nativa. Nin-guém foi encontrado no local, mas os proprietários dos lotes e do loteamento serão notificados e multados, assim que forem identificados. O loteamento fica dentro da APA Pau Brasil e faz parte da Zona de Proteção da Vida Silvestre.

O segundo flagrante foi regis-trado no loteamento Caravelas do Peró. O proprietário do lote foi notificado e terá que requerer as licenças para fazer o desmate de acordo com o que é permitido.

Mesmo se tratando de áreas particulares e legalizadas, os lo-teamentos estão dentro de áreas de proteção ambiental e, segun-do a legislação específica, apenas parte da vegetação pode ser su-primida para o levantamento de edificações.

A Coordenadoria do Meio Ambiente alerta que antes de iniciar qualquer desmate, os pro-prietários devem procurar o se-tor, em caso de área de proteção ambiental municipal, ou o Inea, em caso de ares estaduais, para a retirada das licenças e receber orientações sobre como deve fa-zer o desmate.

Agentes da coordenadoria do Meio Ambiente também flagra-ram irregularidades nos bairros Montes Brancos e Vila do Peró. No primeiro, denúncias levaram

os fiscais a encontrar uma cria-ção de porcos e cavalos em lo-cal cercado, dentro da área do Parque Estadual da Costa do Sol. Ninguém foi encontrado no lo-cal, mas uma nova operação será feita para a retirada dos animais e do material utilizado para o cercamento da área. No mesmo bairro, um mercado construído dentro da área do Parque Esta-dual, sem licença nem alvará. O estabelecimento foi multado e o responsável foi orientado a bus-car legalização. Na Vila do Peró os agentes ambientais realizaram um flagrante de grilagem de ter-ras. Várias construções estavam sendo erguidas e lotes sendo vendidos sem conhecimento do proprietário da área.

O acesso da Ilha do Japonês foi limitado pela prefeitura pro-bindo veículos de entrarem no parque. Qualquer ameaça de dano ao meio ambiente pode e deve ser denunciada à Coordena-doria do Meio Ambiente, no se-guinte e-mail:[email protected].

ALERTA – Faz bastante tempo que a ASAERLA vem alertando donos de áreas sobre a regulari-zação e também quanto as inva-sões. Outro destaque tem sido a constante tarefa de apontar aos poderes públicos e necessidade da preservação de prédios histó-ricos como forma de preserva a identidade das cidades regionais.

-Temos essa preocupação sim porque nossa região é rica em história e, aos poucos, os prédios antigos vão sumindo e isso tam-bém afeta o nosso turismo histó-rico-, disse o engenheiro Marco Aurélio dos Santos Abreu, diretor técnico da entidade lembrando que a tradicional Casa do Padre no centro de Cabo Frio também foi demolida e mesmo com o em-bargo ainda não foi recuperada.

Outros prédios históricos como a casa do fotógrafo Wolnei Teixeira também desapareceu e no local existem apenas escom-bros.

Órgãos públicos alegam falta de

pessoal para fiscalização e Brasil

não consegue cumprir metas

e acordos

Fiscais notificaram uma demolição em frente ao prédio da prefeitura

Agora o acesso a Ilha do Japonês é limitado e proibido o trânsito de veículos

Agentes da prefeitura encontraram desmatamento em área de proteção ambiental

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12 | Info ASAERLA | Mar/Abr 2017

O FUTURO DAS NOSSAS BELEZAS NATURAIS

Na Praia do Siqueira um dos pontos mais românticos da região para ver o pôr do sol é prejudicado pela degradação da lagoa

CAPA

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Mar/Abr 2017 | Info ASAERLA | 13

Poucos lembram, mas 1992 foi o ano em que a agenda ambiental ganhava força e passava a ser discutida na maior parte do mundo. O Rio de Janeiro sediou a ECO-92. Foi a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvi-mento, realizada em junho de 1992. Vin-

te e cinco anos depois, o mundo continua discutindo o que fazer para salvar o planeta mas as ações positivas são míni-mas diante de tanta destruição.

Especialistas apontam que só a ação humana pode recuperar a vegetação

nativa, a força do solo, evitar o despejo de esgoto no mar, rios e lagoas e frear o desmatamento. Mas é preciso agilidade

na defesa de nossas belezas naturais que sustentam o turismo e

a qualidade de vida

Nesse cenário, as belezas naturais que encantam o mun-do e transformaram a Região dos Lagos em destino turístico dão visíveis sinais de cansaço e pouca recuperação.

O tempo necessário para a regeneração pela própria na-tureza é atropelado pela ação do homem em nome do pro-gresso e do desenvolvimento a qualquer custo.

Nos quatro cantos da re-gião, as marcas da destruição e do descaso estão expos-tas pelo avanço do mercado imobiliário, pelo esgoto a céu aberto que jorra no mar, lago-as e rios, pelo desmatamento para dar lugar a estaciona-mentos ou invasões nas fron-teiras dos municípios. Como se não bastasse, as mudanças climáticas tem grande peso na relação do ser humano com o meio ambiente como a falta d´agua provocada pela seca. No mar e em rios a pes-ca predatória se encarrega de afastar o pescado e penaliza o pescador artesanal. Soma-se a tudo a falta de planejamento urbano nas cidades da região que, juntas, ultrapassam um milhão de moradores e na alta temporada assiste o número de pessoas triplicar. E a cada dia chega mais gente para morar na região atraídas pe-las belezas naturais que ainda restam.

Olhar técnicoDesde sua fundação nos

anos 70, a ASAERLA discute

Por Walmor Freitas texto e fotos

que tipo de cidade e região queremos para viver. Enge-nheiros, arquitetos e urba-nistas sempre se colocaram à disposição da sociedade para contribuir de forma técnica o caminho a ser seguido. O ar-quiteto e urbanista Aristarco Acioly, um dos pioneiros da entidade, lembra que além de Cabo Frio a região precisava ser pensada como um todo ainda nos anos 70/80 por con-ta da inauguração da Ponte Rio-Niterói em 1974 que dimi-nuiu a distância entre a região e a capital.

-Ficou muito mais fácil che-gar à região. E o crescimento era inevitável. Por isso, pensa-mos em Cabo Frio com largas avenidas que hoje já estão sa-turadas-, diz o arquiteto.

O declínio ambiental da região é assustador mas a burocracia do poder públi-co contribuiu para o impacto negativo no ecossistema. Os institutos ambientais alertam a todo instante que somente a ação conjunta do ser humano pode salvar o espaço em que se vive.

-É preciso equilibrar o ne-gócio imobiliário com a qua-lidade de vida para usufruto das gerações futuras-, escre-veu em Carta Aberta -edição nº 30 do informativo da ASA-ERLA- o engenheiro sanita-rista e ambientalista Juarez Marques Lopes ex-presidente da entidade, e que há muito alerta sobre a degradação am-biental.

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Ocupação desordenada dos municípios sobrecarrega

serviços públicos e afeta moradores

e a indústria do turismo

ESPECIAL CAPA

Com a maré baixa é possível ver todo tipo de lixo jogado no canal do Itajurú em Cabo Frio

Lixo e entulho continuam sendo jogado na lagoa próximo ao shopping em Cabo Frio

Ações do Inea, Secretaria de ambiente do estado e PM reprimem pesca irregular na lagoa

Ambiente desfavorávelPara incluir as cidades da região

como destino turístico internacional não precisa muito esforço; as belezas naturais e a generosa geografia aliada ao clima com baixos índices de chu-va ao longo do ano fazem a principal tarefa. Entretanto, o que toca para a sociedade é simplesmente manter o que a natureza expõe e serve de prin-cipal combustível para incrementar o turismo e a tão sonhada qualidade de vida. Estudiosos, técnicos e ambienta-listas apontam que apenas com a ação do próprio ser humano será possível reverter o quadro de degradação nos quatros cantos da região.

-Acompanho tudo isso há muitos anos mas a recuperação é muito lenta e o crescimento da população acima da média. Cada um tem que fazer sua parte, moradores, empresas, conces-sionárias e poder público antes que seja tarde demais-, alerta o biólogo e professor Eduardo Pimenta que mora muito perto da lagoa em Cabo Frio.

No meio de 2014, moradores do bairro Palmeiras foram surpreendidos com o “tapete verde” que se formou às margens da Lagoa de Araruama. Técnicos da Secretaria de Ambiente da prefeitura de Cabo Frio rastrearam as saídas de esgoto e constataram que o esgoto saiu do novo shopping da cida-de. A prefeitura multou em R$ 50 mil reais o empreendimento que admitiu falha no sistema interno de tratamen-to de esgoto. A direção do shopping contratou um grupo de pescadores, que estavam em período de defeso, para recolher manualmente grande parte das algas que exalavam o mau--cheiro em todo o bairro. Moradores continuam jogando entulho e lixo na lagoa e a prefeitura não dá conta para recolher pelo grande volume.

Rede separativa é fundamentalDesde que começou o trabalho de

concessão de água e esgoto na região, técnicos da ASAERLA vem alertando sobre a necessidade de instalar rede separativa de esgoto em toda a região.

-Temos alertado durante anos que é preciso um grande estudo técnico para ligar todas as saídas de esgoto dos imóveis à uma rede separada-, ressal-

ta o engenheiro Elídio Lopes Mesquita Neto, ex-presidente da ASAERLA.

A Prolagos, informou na época, que a situação da proliferação das algas era pontual e o acidente causado por fa-lha no sistema do shopping não tinha nenhuma ligação com a empresa. Na resposta à imprensa, a concessionária informou que desenvolve junto ao es-tado e municípios projetos para insta-lação da rede separadora de esgoto da rede que recebe águas pluviais.

No mesmo período, a concessioná-ria informou também que um convênio de R$ 55 milhões entre estado e muni-cípios, utilizando recursos de Fecam e do ICMS Verde para que a concessio-nária implante as redes separadoras em locais determinados pelos gover-nos municipais. (veja os benefícios do ICMS verde pags 16 e 19)

Segundo o ambientalista Arnaldo Villa Nova, presidente da ONG Viva La-goa e da plenária das ONG´s, até 1999 a lagoa de Araruama era transparente e cristalina. Em janeiro de 2000, a la-goa ficou turva e o prejuízo econômico foi grande, tanto no turismo como na pesca.

Outro fator apontado por técnicos da ASAERLA é que com a ocupação desordenada do solo causada pe-las invasões em toda a região obriga os municípios e estado a asfaltar um maior número de ruas para melhorar o acesso dos moradores. Resultado; o excesso de asfalto acaba impermea-bilizando o solo e empurrando a água das chuvas e vazamentos para dentro da lagoa.

Com mais água doce do que pode suportar a lagoa acaba sufocada por esgoto e água doce causando falta de oxigênio matando peixes e ajudando na proliferação de algas.

-Só temos uma saída que é de unir esforços da sociedade para cobrar do poder público e concessionárias ações mais rápidas e com comprovada eficá-cia-, diz o engenheiro Luciano Silvei-ra que presidiu a entidade no biênio 2015/2017.

Com ações pontuais a secretaria de ambiente estadual com apoio de outros órgãos e da Policia Militar tem realizado ações contra a pesca irregu-lar na lagoa.

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ESPECIAL CAPA

O desassoreamento da Lagoa de Araruama, conduzido pelo Ins-tituto Estadual do Ambiente e

pela Secretaria Estadual do Ambiente, em parceria com o Consórcio Intermunicipal Lagos São João com o aval do Comitê de Bacia Hidrográfica Lagos São João é essen-cial para a manutenção da qualidade de suas águas e preservação de sua biodiver-sidade. Quem passa pelo Centro de Cabo Frio, no trecho entre as Pontes Wilson Mendes e Feliciano Sodré, já pode visua-lizar as obras de derrocamento que visam garantir o vão de 50 metros do Canal de Itajurú.

Retornando um pouco no tempo, em 1999, quase não havia mais pescadores artesanais, um forte odor espantava os tu-ristas e assustava os moradores. Segundo o ambientalista Arnaldo Villa Nova, presi-dente da ONG Viva Lagoa e da plenária das ONG´s, até 1999 a lagoa era transparente e cristalina. Em janeiro de 2000, a lagoa ficou turva e o prejuízo econômico foi grande, tanto no turismo como na pesca. A partir daí, a qualidade das águas da lagoa ficou comprometida nas praias de Araruama, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia. Esta situação pro-vocou uma grande mobilização social que resultou na criação do Consórcio Intermu-

nicipal Lagos São João, formado por repre-sentantes das prefeituras locais, empresas privadas, organizações da sociedade civil organizada e membros do Governo do Es-tado.

“Quando surgiu o Consórcio Intermuni-cipal Lagos São João, a partir de uma gran-de mobilização social, voltada para o meio ambiente, a Lagoa de Araruama sofria um grave processo de poluição. Os municípios do seu entorno, sem estrutura para tanta gente, sofreram pela ocupação irregular de suas margens”, lembra Arnaldo. Em 2003, iniciou-se uma negociação direta com as concessionárias responsáveis pelo abaste-cimento de água e tratamento de esgoto. Águas de Juturnaíba e Prolagos antecipa-ram seus investimentos em saneamento através do início das obras de captação de esgoto, em “tempo seco”, que funciona junto com a rede de águas pluviais (águas da chuva). Este sistema alternativo e pro-visório de coleta e tratamento de esgoto foi a solução encontrada, em curto prazo, para salvar a Lagoa de Araruama.

“O sistema de coleta de esgoto em tem-po seco, nunca foi ideal, mas foi o início de um sistema, considera o biólogo Mário Flá-vio Moreira, secretário executivo do Con-sórcio Intermunicipal Lagos São João”. Foi preciso também construir as Estações de

Tratamento de Esgoto (ETE), o cinturão co-letor ao redor da Lagoa e as barragens pro-visórias nos principais canais para impedir a entrada de esgoto in natura e bombear este esgoto para as ETEs quando o tempo está seco, sem chuvas. Hoje temos 5 ETEs. Em Araruama, temos a Wetland, um siste-ma artificialmente projetado para utilizar plantas aquáticas no tratamento de esgo-to. Ainda temos a ETE de Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia e duas em Cabo Frio, sendo que a do Jardim Esperança entrou em pré-operação recentemente e lança seus efluentes tratados da margem direi-ta do Canal do Itajurú no Rio Una. Outro grande projeto de transposição de bacias, elaborado pelo Consórcio Intermunicipal Lagos São João (CILSJ) e executado pela Prolagos em parceria com o Governo do Estado. Anualmente, são removidas cerca de 2.700 toneladas de carga orgânica, com 397 toneladas de nitrogênio e 88 tonela-das de fósforo.

No processo de revitalização da La-

goa de Araruama, é preciso considerar a construção da nova Ponte do Ambrósio, que ampliou de 30 para 300 metros o vão entre Cabo Frio e São Pedro da Aldeia. O Desassoreamento do Canal de Itajurú com a retirada de 90.000 m³ de areia e a elimi-nação de um espigão com o reaproveita-mento do material dragado para ampliar a faixa de areia das praias de Iguaba e Igua-binha, que contribuirá para aumentar o turismo recreativo na orla. Fortalecendo este conjunto de intervenções, o recém criado Parque da Costa do Sol, com aproxi-madamente 10 mil hectares, vai garantir a preservação da beleza natural de suas du-nas e restingas, valorizando o turismo e o lazer de forma responsável e sustentável.

O trabalho integrado demonstra que, quando existe parceria efetiva de institui-ções e cidadãos, as decisões são tomadas de forma transparente e democrática, refletido um compromisso verdadeiro e consolidando uma melhoria ambiental na Região dos Lagos.

Apesar de tanta degradação, pescadores de São Pedro da Aldeia estão otimistas com a recuperação da lagoa e mostram um peixe fisgado muito perto das margens

Nem tudo está perdido

Já começaram as obras de ampliação da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Búzios que integra o cronograma de investimentos da concessionaria para a universalização do saneamento nos mu-nicípios da área de concessão. Serão apli-cados R$ 13 milhões neste projeto, que tem previsão de conclusão em 10 meses, informa a Prolagos, uma empresa do gru-po Aegea Saneamento.

O projeto de ampliação da ETE prevê a construção do segundo módulo da es-tação que contempla um tanque de aera-ção e dois decantadores. A nova estrutura será interligada à existente, aumentando a capacidade de tratamento de 130 litros de esgoto por segundo para 200 litros por segundo. Por dia, serão mais de 17 mi-lhões de litros de esgoto tratados, contri-buindo para a melhoria do meio ambien-

te e da saúde da população na região. O processo do tratamento passa para

o nível terciário (remoção de nitrogênio e fósforo) com desinfecção por ultraviole-ta (UV), um dos sistemas mais modernos para tratamento de esgoto do país.

Para o presidente da Prolagos, Carlos Roma Jr., a empresa investe na universali-zação do saneamento com qualidade.

“A Prolagos está trazendo para Búzios o tratamento de esgoto de alta tecnologia em nível terciário. Esse sistema irá benefi-ciar toda a população do município e con-tribuirá, ainda mais, para a preservação do ecossistema local”, afirma Roma.

A obra está na primeira etapa de exe-cução, que consiste nos serviços de esca-vação, armação e concretagem das edifi-cações sobre as quais serão construídos os módulos que integrarão ao sistema.

A Revitalização da Lagoa de Araruama de 2000 a 2014

Anualmente, são removidas cerca de 2.700 toneladas de carga orgânica, com 397 toneladas de

nitrogênio e 88 toneladas de fósforo conforme dados do Consórcio Intermunicipal Lagos São João

Obras de ampliação da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) em Búzios em nova fase

Vista aérea das nova fase de obras na ETE de Búzios feitos com investimentos da concessionária

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16 | Info ASAERLA | Mar/Abr 2017

Já começaram as obras de ampliação da EstaçCriado

em 2007, o repasse do ICMS Ver-de tem como principal objetivo ressarcir os municípios pela res-trição ao uso de seu território, como no caso de unidades de conservação da natureza e ma-nanciais de abastecimento. Além disso, o repasse visa recompen-sar pelos investimentos ambien-tais realizados, uma vez que os benefícios são compartilhados por todos os vizinhos, como no caso do tratamento do esgoto e na correta destinação de seus re-síduos.

Os repasses são proporcio-nais às metas alcançadas nessas áreas: quanto melhores os indi-cadores, mais recursos as prefei-turas recebem. A cada ano, os índices são recalculados, dando uma oportunidade para que os municípios que investiram em conservação ambiental aumen-tem sua participação no repasse de ICMS Verde. Melhorias no tra-tamento de esgoto são um dos índices de maior peso para a ar-recadação do ICMS Verde. Neste quesito é considerado o percen-tual da população urbana atendi-da pelo sistema de tratamento de

esgoto e o nível de tratamento. O município de São Pedro da

Aldeia foi o primeiro da Região dos Lagos a implantar a rede se-paradora de esgoto, que consiste em coletar e encaminhar o esgo-to para as estações de tratamen-to por meio de uma rede exclusi-va para este tipo de serviço, com subsídios do ICMS Verde.

O engenheiro Wilmar Mureb, secretário de Obras e Urbanismo, ressalta que sem os mecanismos claros da aplicação do ICMS VER-DE dificilmente o município po-deria arcar com as despesas para combater a poluição da lagoa.

-Nossa arrecadação é peque-na e os R$ 10 milhões que estão sendo investidos para coletar o esgoto já mostra resultados mui-to bons na qualidade da agua da lagoa-, disse.

As obras de rede separado-ra de esgoto só foram possíveis por causa da aprovação pionei-ra na região do Projeto de Lei 2.547/2014 que autoriza o repas-se de R$10 milhões provenientes do ICMS Verde. A implantação da rede exclusiva não estava previs-ta no contrato de concessão, sen-do assim, os trabalhos foram exe-cutados mediante aprovação de

lei nas Câmaras Municipais das cidades da área de concessão.

No município de São Pedro da Aldeia serão implantados 18 qui-lômetros de rede separadora de esgoto, beneficiando mais de 19 mil moradores. A obra contempla ainda a implantação de coletores às margens da Lagoa Araruama, no município. O repasse do sub-sídio à Concessionária será após a conclusão das obras em sete parcelas anuais. A Prolagos já implantou rede separadora de esgoto nos bairros Mossoró, Cen-tro, Baleia, Baixo Grande, Campo Redondo, São João, Praia Linda e Ponta da Areia.

O modelo de implantação de rede separadora mediante ao re-curso do ICMS Verde poderá ser utilizado também nos municípios de Cabo Frio, Armação de Búzios e Iguaba Grande, assim que as respectivas Câmaras Municipais aprovem os projetos de lei de re-passe do subsídio.

-Nós da ASAERLA estamos sempre à disposição para ajudar as cidades e aos profissionais com nossos técnicos em defesa da melhor qualidade de vida-, disse o engenheiro Luis Sérgio Souza, presidente da entidade.

São Pedro Da Aldeia dá exemplo de como aplicar ICMS VERDE

Município se beneficia com o repasse de R$10 milhões do incentivo e aumenta a rede coletora de esgoto

Máquinas e equipes trabalham na ampliação da rede de coleta de esgoto em São Pedro da Aldeia

das em uma norma única, segun-do informações da coordenadora, e divididas em partes. A primeira e a segunda partes, (Diretrizes e terminologia, e Projeto Arquite-tônico) foram aprovadas pela Co-missão e estão em processo de publicação para a consulta pública nacional, que será anunciada em breve. A terceira parte, Projeto ur-banístico, que não existia de forma específica, ainda está sendo discu-tida pela Comissão. “Esta atualiza-ção busca atingir um setor da área de projetos que cresceu muito no país”, acrescentou Kahtouni.

Para Lucas Franco, algumas das mudanças ou contribuições da Comissão que merecem destaque, além da atualização de termos, foram a ênfase na necessidade do projeto completo, da realização dos projetos ser feita por um pro-fissional habilitado e o novo apên-dice de urbanismo para a norma de 13.532.

“A ideia do projeto completo esclarece aos clientes que é ne-cessária a integração e compatibi-lização de todas as especialidades envolvidas para a produção de um projeto, com eficiência e respon-sabilidade técnica por parte dos profissionais envolvidos. Esclarece ainda que não se pode construir sem as devidas especificações e atividades técnicas integradas num conjunto mínimo de documentos a ser produzido”, complementou a coordenadora da Comissão.

A ABNT é o foro nacional de normalização e certificadora de produtos e sistemas. A função das normas é orientar os profissionais da área, servir de referência para a elaboração de contratos e de esclarecimento técnico para a so-ciedade civil e os consumidores em geral.

A NBR 13.531:1995 (Elabo-ração de projetos de edificações – Atividades técnicas) trata das inter-relações dos projetos de es-pecialidades em diversas escalas, como uma espécie de introdução a todo o processo de projeto.

A NBR 13532:1995 (Elaboração de projetos de edificações – Ar-quitetura) aborda a confecção dos projetos arquitetônicos, regulando as condições exigidas para a cons-trução de edificações, além de de-talhar quais as informações de re-ferência devem constar do projeto.

A NBR 6492:1994 (Represen-tação de projetos de Arquitetura) também trata de projeto arquite-tônico, mas se concentra sobre os elementos gráficos do trabalho, como o tipo e o formato do papel, as escalas do desenho arquitetôni-co, os tipos das letras e dos núme-ros, os tipos de linhas, as formas de indicação de fachadas e elevações.

Revisão de normas técnicas da ABNT ligadas à arquitetura e urbanismo

conta com a participação do CAU/RJO CAU/RJ está participando

do processo de revisão de normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), re-presentado pelo conselheiro Lucas Franco. As normas que estão em discussão tratam da elaboração de projetos de edificações tanto de arquitetura (NBR 13532: 1995) quanto de atividades técnicas (NBR 13531:1995), além da repre-sentação de projetos de arquitetu-ra (NBR 6492:1994).

“Existe um consenso de que as normas deveriam ser atualizadas a cada cinco anos, mas essa revisão não acontece há 20. Os processos mudaram muito desde então. O Autocad, por exemplo, não era tão utilizado na época em que as nor-mas foram publicadas”, explicou Lucas Franco.

Em 2014, o CAU/BR solicitou à ABNT a reativação da Comissão de Estudos, motivado pela bus-ca comum de várias modalidades profissionais por uma melhoria nos processos de contratação de projetos, tanto na esfera pública, quanta privada; pela aprovação da lei de criação do CAU (Lei n. 12.378/2010); e pelas recentes e significativas mudanças tecnoló-gicas nas metodologias e nos pro-cessos de integração entre espe-cialidades no projeto.

As reuniões da Comissão de Estudo de Elaboração de Projetos, Representação Gráfica e Ativida-des Técnicas de Arquitetura da ABNT, para discussão das normas, acontecem mensalmente, há dois anos, e reúnem representantes de diversas entidades de todo o país. As reuniões são abertas e podem ser assistidas por qualquer interes-sado.

O conselheiro Lucas Franco ressalta a importância de ampliar a participação de arquitetos e ur-banistas no debate já que o tema afeta diretamente os profissionais. Segundo ele, há uma grande parti-cipação de engenheiros compara-da a de arquitetos e urbanistas.

Segundo a Coordenadora da Comissão de Estudo, a arquiteta e urbanista Saide Kahtouni, a Comis-são funciona com a participação de diversos setores produtivos e da sociedade, buscando a har-monização de interesses, muitas vezes, conflitantes. “Isso nos leva a discutir, com a necessária pro-fundidade, todas as pautas, de for-ma a atingirmos o consenso, com a responsabilidade de prestar um serviço à sociedade brasileira pela garantia da qualidade dos serviços e produtos vinculados aos proje-tos arquitetônicos e urbanísticos, no caso específico de nossa Comis-são”, afirmou.

As normas NBR 13.531;1995 e NBR 13.532:1995 foram agrupa-

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Mar/Abr 2017 | Info ASAERLA | 17

Se depender de corrente positiva e esforço cole-tivo a Praia do Peró já

pode se considerar azul em todos os sentidos. Além do céu e mar incomparáveis a cor azul significa que o espaço público e a natureza estão muito bem cuidados e a po-pulação mais atenta às questões ambientais.

Em junho de 2016, a prefeitu-ra recebeu o comunicado da Fase Piloto do Programa Bandeira Azul emitida pela Coordenadoria Na-cional do Programa Bandeira Azul Praias. A validade vai até julho de 2018. Neste período a cidade cor-re contra o tempo para cumprir todas as exigências.

O Programa “Bandeira Azul” é um sistema de gestão que atribui um selo internacional de quali-dade ambiental para marinas e praias urbanas. E a Praia do Peró foi certificada, e com isso intitula-

Tudo Azul na Praia do Peró

Cabo Frio pode conquistar certificação internacional Bandeira

Azul com qualidade ambiental

da a fazer parte deste programa, representando o reconhecimen-to pelos esforços que vem sendo dedicados em prol da conserva-ção e recuperação dos ambientes naturais costeiros na região.

Para a Secretaria de Turismo de Cabo Frio, Fabíola Bleicker, uma das prioridades desta gestão municipal é a certificação da Praia do Peró com a Bandeira Azul.

-Outro objetivo é levar a Ban-deira Azul, que exige uma série de critérios avaliados por insti-tuições internacionais, para mais praias da cidade-, disse a secre-taria durante encontro para mais de cem empresários e agentes ligados ao setor.

O engenheiro Luis Carlos Sou-za, presidente da ASAERLA, pre-sente ao encontro no Hotel Man-dai, destacou que a Bandeira Azul mostra o potencial das reservas naturais de Cabo Frio que desper-

tam atenção internacional e que com a revisão do Plano Diretor vai organizar o crescimento sus-tentável e ordenado da cidade.

-O Plano Diretor é importante inclusive para organizar e atrair investimentos e empreendimen-tos internacionais. Reservas na-turais temos e precisamos pre-servá-las-, ressaltou.

Com sete quilômetros de ex-tensão e com um dos mais ricos ecossistemas do litoral fluminen-se, a Praia do Peró, em Cabo Frio, poderá hastear a Bandeira Azul daqui a dois anos. A placa insta-lada marca o início da fase piloto do programa Bandeira Azul no trecho urbano de um quilômetro da praia, entre o Parque Estadu-al da Costa do Sol e as dunas da Área de Proteção Ambiental do Pau-Brasil.

A ASAERLA tem participado ativamente das reuniões do gru-

po de trabalho. O que é o programa

Bandeira Azul?O Programa Bandeira Azul

tem como objetivo elevar o grau de conscientização dos cidadãos e dos tomadores de decisão para a necessidade de se proteger o ambiente marinho e costeiro e in-centivar a realização de ações que conduzam à resolução dos confli-tos existentes. O Programa é uma iniciativa da FEE (Foundation for Environmental Education – Fun-dação para Educação Ambiental) que conta hoje com apoio de di-versas instituições internacionais. No Brasil é operado pelo Instituto Ambientes em Rede, com sede em Florianópolis/SC.

O Programa teve início em 1987, na Europa, e é aberto a praias marítimas, fluviais e la-custres, além de marinas, sendo necessária a participação dos

Vista aérea da Praia do Peró em Cabo Frio, que é uma das cidades brasileiras escolhidas para a fase piloto do Programa Bandeira Azul. Ao fundo, a charmosa Praia das Conchas

municípios e envolvimento de instituições locais que represen-tam os vários segmentos da so-ciedade civil (moradores, inicia-tiva privada, empreendedores, comunidades tradicionais e gru-pos atuantes, ONGs e demais as-sociações) e que podem colabo-rar na implantação e efetivação do Programa.

O Programa Bandeira Azul ba-seia-se em princípios de sistema de gestão ambiental, ou seja, ao cumprir uma série de critérios a praia ou marina que participa do Programa solicita a certificação internacional: a Bandeira Azul.

Presente em 49 países, o pro-grama Bandeira Azul já condeco-rou mais de 4100 praias e ma-rinas. O Brasil é o único país da América do Sul participante do programa.

Fonte; http://www.bandeiraazul.org.br

Foto Aérea: Walmor Freitas/W2Imagens

Planos especiais para associados

ASAERLA

Engenheiros e Arquitetos

Seja sócio do Costa Azul Iate Clube

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18 | Info ASAERLA | Mar/Abr 2017

ASAERLA – O sr. acompanha o crescimento da região nestes trinta anos mas os problemas continuam os mesmos?

Wilmar Mureb – Sim, porque em toda a administração pública os problemas são de infraestrutu-ra. A cada dia que passa se inten-sificam porque a população é di-nâmica e cresce. E os problemas vão acompanhando tudo.

Quais são?WM - Os maiores são de pavi-

mentação, drenagem, saneamen-to, ocupação irregular. É uma luta constante. Enfrentei isso nos três municípios. Cabo Frio, Búzios e São Pedro da Aldeia.

Com tanta experiência, o sr é um dos poucos que conhece muito esses problemas?

WM – Sim. Entrei na prefeitu-ra de Cabo Frio em 14 de outu-bro de 1989 no governo de Ivo Saldanha Mas o Carlos Santana e o Ricardo Azevedo, Cacá, tam-bém tem muito conhecimento e competência enorme. Somos um arquivo vivo da infraestrutura destas cidades (rsrsr). Somos en-genheiros nativos com profundo conhecimento da região.

Nesse tempo houve algum avanço?

WM – Avançou muito. Por-que naquela época não se tinha

nada em termos de infra como drenagem, pavimentação, sanea-mento. Os problemas aumenta-ram mas muitos também foram resolvidos.

Não havia concessionária de água e esgoto?

WM – Não havia a Prolagos. Era a Cedae. Em Búzios, consegui-mos trabalhar em parceira com a Prolagos e fazer grande parte do saneamento no governo do pre-feito Mirinho Braga em 1997. E numa cidade pequena mas com controle urbanístico muito mais rigoroso.

Búzios é um grande condo-mínio?

WM – Sim claro. Um grande condomínio. Hoje tem 31.674 mil moradores fixos em 70,278 km de área da unidade territorial 2015.

E São Pedro da Aldeia?WM – São Pedro hoje tem

quase cem mil habitantes (98.470-IBGE) numa área de

332.792 km2 e está sendo um exemplo de como administrar com poucos recursos e criativi-dade. Para mim, São Pedro me ensinou muito. Principalmente trabalhar com pouco dinheiro.

Qual é o segredo?WM – Vale muito a vontade

política de querer fazer.

O sr tem carta branca para trabalhar?

WM – Os prefeitos sempre me deram liberdade. Fui contra-tado como técnico. Em São Pedro da Aldeia, o prefeito Chumbinho pediu para usar minha experiên-cia administrativa e como téc-nico. É isso que tenho feito. Eu considero o prefeito como bom administrador porque transfor-mou em cidade prospera e pólo gerador de serviços.

Isso aumenta a responsabili-dade?

WM- Sem dúvida. Temos que se virar com pouco recurso. Ele (prefeito) transmite vitalidade, responsabilidade, comprometi-mento. É isso que eu vivencio to-dos os dias.

E nas outras cidades?WM – Em Búzios começou do

zero. Fizemos quase tudo. Mas a município tinha mais facilidade para conseguir dinheiro.

Qual o orçamento anual de São Pedro da Aldeia ?

WM- Em torno de R$ 200 milhões. Quase o orçamento de uma secretaria em Cabo Frio. E temos que fazer porque temos uma equipe de secretários com-petentes que trabalham unidos. E com orçamento pequeno e sem royalties. Buscando dinheiro no

estado e governo federal.

Qual a relação da prefeitura com a iniciativa privada?

WM- Muito boa. Entende-mos que todo empresário que deseja investir não pode ter di-ficuldades para abrir o negócio. Em São Pedro as portas estão abertas para que as empresas se instalem e criem empregos para quem mora no município.

E as empresas chegaram?WM – Sim porque não pode

criar emprego na prefeitura. Tem que sder nas empresa. Por isso temos a Fiat, a Renault, Havan, Atacadão, Vosta Azul, BoiBom, Pepsico e tantas outras que estão chegando sabem que não terão nenhum tipo de dificuldade para se instalar.

O empreendedor precisa dessa segurança?

WM – Claro. O empresário só investe na cidade que se sente seguro e sem dificuldades. É um dinheiro novo na cidade e gira a roda da economia. Cria emprego, o empregado compra na cidade e por ai vai.

Isso motiva a equipe de tra-balho e a população já percebeu isso?

WM – Sim e por isso o ree-legeu. E nós ficamos motivados e temos a obrigação de colocar toda experiência profissional em prol de fazer cada vez mais e mostrar competência. Temos que preparar a cidade para atrair mais empresas. E com isso a gente cria paixão pela cidade e temos sem-pre que se superar.

E o Plano Diretor?WM- Já foi feito a revisão

em São Pedro. E lembro que em Cabo Frio nós começamos

Secretário de Obras, Urbanismo e Habitação de São Pedro da Aldeia

Wilmar Mureb

“Felizmente a nossa população já entendeu que a Lagoa representa

tudo para nossa vida, que vai desde o sustento com pescado e até para o turismo que atrai visitantes para as

praias e investidores para gerar mais emprego”

Além da pai-xão pela pro-fissão que o obriga a pas-

sar a maior parte do tem-po envolvido em obras, o engenheiro Wilmar Mu-reb é um profundo co-nhecedor dos problemas de infra- estrutura das cidades de Cabo Frio, Bú-zios e São Pedro da Aldeia onde atualmente coman-da a Secretaria de Obras, Urbanismo e Habitação. Nesta entrevista, Mu-reb revela que uma das saídas para a região é a utilização do ICMS Verde que contribui muito para a despoluição da Lagoa de Araruama.

ENTREVISTA

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a trabalhar para o Plano Diretor lá em 1989 para 1990 tínhamos que fazer o Plano Diretor e quem coordenou foi a doutora Lisa Ber-nardes. Depois participei do Pla-no Diretor de Búzios em 2004. E agora fizemos a revisão do Plano Diretor de São Pedro.

E o que mudou?WM – Muita coisa. O PD reve-

lou que São Pedro tem uma posi-ção estratégica fora do comum. E com pouco dinheiro pode se ad-ministrar a cidade com muito pla-nejamento e muito cuidado. Isso torna são Pedro diferente com vocação logística muito grande. Antes era apenas uma cidade de passagem. Agora é parada obri-gatória em São Pedro de pessoas querendo saber como investir.

E o ICMS verde?WM - As cidades ainda não

sabem muito bem o que é o ICMS Verde e nem procuram saber. Muitas cidades da região poderiam estar melhor. Porque a partir do momento em que o go-verno cria parques, áreas de con-servação, tudo isso acaba rever-tendo para o ICMS Verde. E toda a arrecadação vai para aplicação específica da defesa ambiental como recolhimento de lixo.

E qual valor de São Pedro?WM – São 10 milhões de re-

ais em crédito. Ou seja, a Prola-gos investiu muito para resolver o problema do esgoto. Tanto que já temos 95% do esgoto tratado e que não cai mais na lagoa. Fal-ta penas um pequeno trecho no bairro São João de todo anel de proteção construído em torno da lagoa para captar esse esgoto.

Mas quando chove ainda cai na lagoa?

WM – Sim. O sistema é tem-po seco e como chove pouco na região ainda é o melhor. Somente quando chove muito transborda e vai para a lagoa, mas de esgo-to que já recebeu primeiro tra-tamento. O impacto na lagoa é muito pouco porque é pontual. O resto do ano esta sendo tratado.

O município não teria como arcar com valor destes?

WM – Não. São 10 milhões colocados como crédito da Prola-gos que está sendo todo utilizado em defesa do benefício ambien-tal. E com isso toda a cidade e a região ganham.

E quem controla essa verba?

WM – A AGENERSA, regula-dora e demais órgãos com fiscali-zação ferrenha. E a população de São Pedro também já sabe que a nossa vida depende da lagoa. Tanto que já foi noticiado várias vezes o aumento do pescado na lagoa de todas as espécies.

Isso beneficia também o tu-rismo?

WM – Sem dúvida. Porque com a lagoa limpa, tem pesca-do e o turista quer visitar nossas praias. E os empreendimentos também começam a chegar. E to-dos sabem que precisam respei-tar o meio ambiente. Tanto que hoje existe a vontade de investir em São Pedro da Aldeia.

Vão chegar novos empreen-dimentos?

WM – Várias empresas nos procuram. A cor da água da lagoa já mudou e voltou a ser cristalina. Isso é muito bom tanto que algu-mas empresas já vão se instalar e uma grande ao lado do Costa Azul supermercado.

Como São Pedro convive com os municípios vizinhos como Iguaba que depende da lagoa mas tem pouco recurso?

WM – A relação é muito boa. Iguaba também está fazendo a sua parte.

A dragagem no Boqueirão fei-to pelo governo federal foi feito em parceria entre SPA e Iguaba.

Isso obriga os outros municí-pios a fazerem o certo?

WM – Também. Se cada um fizer sua parte todos saem ga-nhando e precisamos do compro-metimento dos governantes em cuidar da parte ambiental que é a nossa vida.

E o que falta para a socie-dade entender para melhorar a qualidade de vida?

WM - O que exigimos é que, quem for construir, seja uma casa ou um grande empreendimento tenha total cuidado com o sane-amento. Pode ser fossa, filtro e sumidouro, mas tem que fazer para garantir a vida da lagoa. Se não fizer o a prefeitura não apro-va a obra.

ASA – E a crise?WM – Estamos atravessan-

do com muito cuidado. Não tem mais espaço para o amador. E a responsabilidade é de todos.

O presidente do Inea, Marcus Lima, anunciou pequenas mu-danças no tributo para o ano de 2018, recompensando as cida-des que tiverem mais iniciativas de proteção ao meio ambiente. O tributo foi tema de debate en-tre subsecretários da Secretaria de Estado de Ambiente, o pre-sidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e secretários de Ambiente de todos os municípios do Rio de Janeiro no começo de março.

“O ICMS Ecológico é muito importante. Quem tiver gestão ambiental, vai ter mais recursos. As mudanças que estamos pro-pondo vão seguir novos critérios porque muita coisa mudou desde a criação do imposto em 2007. Vamos criar incentivos para os municípios que licenciam e tam-bém para aqueles que reaplicam a verba recebida através do ICMS Ecológico na estruturação de suas próprias secretarias de meio ambiente. Aquele município que tiver repassando a verba para o meio ambiente vai ganhar um premiação diferente”, declarou.

O ICMS Ecológico possibilita aos municípios acesso a parcelas maiores dos recursos financeiros arrecadados pelo Estado através do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), em razão de atendimento de al-guns critérios ambientais estabe-

Instituto Estadual do Ambiente anuncia mudanças no ICMS Ecológico

Nova medida vai beneficiar cidades dfo estado que tiverem mais iniciativas de proteção ao meio ambiente

lecidos em leis estaduais. Ele tem critérios diferenciados de redis-tribuição de recursos do ICMS, que reflete o nível da atividade econômica nos municípios em conjunto com a preservação do meio ambiente.

Para o presidente do Inea, Marcus Lima, o imposto ajuda as secretarias de ambiente a serem mais eficientes. “O ICMS Eco-lógico nos ajuda a sermos mais eficientes na nossa principal mis-são, que é o controle do meio ambiente. O Inea não tem braços sozinho para alcançar todos os problemas ambientais e resolver o problema de cada município. O que a gente quer são medidas para tornar a vida mais fácil e tor-nar a missão mais fácil”, afirmou.

Os cálculos que definem o percentual de recursos do ICMS

repassados a cada município são realizados a partir de investimen-tos como: tratamento de esgoto; gestão de resíduos sólidos e subs-tituição de lixões por aterros sa-nitários; criação de unidades de conservação; e monitoramento da água.

A supervisão geral do pro-grama ICMS Ecológico é exercida pela Secretaria de Estado de Am-biente (Sea), por meio da Subse-cretaria de Mudanças Climáticas e Gestão Ambiental. A coordena-ção técnica operacional é da As-sessoria de Apoio à Gestão Am-biental Municipal, da Presidência do Inea, com apoio da Fundação CEPERJ. O cálculo do ICMS Ecoló-gico é realizado em parceria com a Fundação Ceperj, de acordo com as informações fornecidas pelas prefeituras à SEA e ao Inea.

INEA anuncia mudanças no tributo durante encontro com secretários municipais

Todos os gestores municipais de meio ambiente estão convi-dados a participar do censo da Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente (Anamma), realizado com o apoio do Ministério do Meio Ambiente (MMA).

Por meio do questionário, a Anamma poderá conhecer um pouco mais da gestão ambiental nos municípios do Brasil.

Projetos, ações e demandas dos órgãos serão mapeados e aju-darão a direcionar políticas públi-cas e investimentos.

O censo é realizado por meio de questionário que pode ser acessado aqui.

“Participar do censo dá visibi-

lidade ao município e abre portas para apoios institucionais. Pela grande quantidade de municípios no Brasil, é impossível que o MMA tenha um relacionamento direto com cada um.

A Anamma faz essa ponte fun-damental”, explica o diretor do departamento do MMA responsá-vel pelo Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama), Reynaldo Morais.

O questionário pode ser pre-enchido até o dia 5 de junho de 2017. O prazo foi prorrogado com o objetivo de alcançar o maior número possível de participantes e, assim, chegar a uma ampla re-presentatividade dos municípios brasileiros.

O QUE É ANAMMAA Associação Nacional de

Órgãos Municipais de Meio Am-biente (Anamma) é uma entidade civil, sem fins lucrativos ou víncu-los partidários, representativa do poder municipal na área ambien-tal, com o objetivo de fortalecer os Sistemas Municipais de Meio Ambiente para implementação de políticas ambientais que venham a preservar os recursos naturais e melhorar a qualidade de vida dos cidadãos.

Fundada em 1988, em Curiti-ba, a Anamma tem desenvolvido ações voltadas para o fortaleci-mento municipal, com várias re-presentações no Conselho Nacio-nal do Meio Ambiente (Conama).

ANAMMA convida municípios a participar de censo de gestão ambiental

ENTREVISTA AMBIENTE

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A festa de confraternização anual, come-morações e os encontros mensais pro-movidos pela ASAERLA só é possível

graças ao apoio de empresas parceiras. Ao longo dos anos essas empresas ajudaram o trabalho de nossa diretoria.

Adal – Atlas Pincéis – A&C Desenvolvimento Profissional – Andaimes Costa do Sol – Água Mi-neral Bicuda Grande – Banco Santander – Bazar Atual – Casa das Tintas – Casa Ageno – Casa dos Parafusos – Casa Inovação – Casa do Pedreiro - Construtora Lagos – Construtora Martins & Mar-tins – Construtora Modular – Construtora Vo-

Jantar de posse A nova diretoria posa com o engenheiro Reynaldo Barros, (gravata) presidente do CREA-RJ, no jantar comemorativo pela posse realizado no restaurante Delírio Tropical

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Jantar de posse A nova diretoria posa com o engenheiro Reynaldo Barros, (gravata) presidente do CREA-RJ, no jantar comemorativo pela posse realizado no restaurante Delírio Tropical

Fotos Cesar Mattos/W2Imagens

lendam – Construtora Pontual – CREA-RJ – D&C Dormitórios e Cozinhas – Disk Caçamba – Eleva-dores Alt – Engeluz – FGV-Cabo Frio - Ferlagos – FIRJAN – Ferdata – Fortilider - Gráfica Editora Vitória – Hiena – Hotel Paradiso Del Sol – Icotec - Kavolt – Lumafer – Lagotintas – Luminárias Cabo-friense – Mútua – Millenium – Mentamac – Mizu – Madereisra Ita – NCORES Tintas - NP Engenha-ria – Posto Canal da Lagoa – Pica Pau Madeiras – Prolagos - Qualimagem – Restaurante do Zé – SD Imóveis – Secaf - Tintas Sherwin Williams – Tro-pic Produções e Eventos – Todeschini – Vilarejo Home Center – W2Imagens Comunicação -

assista ASAERLA TV

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A vontade fazer e o desejo de acertar sempre tem sido o combustível na carreira pro-fissional do arquiteto carioca Marco Pinheiro que mora em Cabo Frio há 27 anos. O ar-quiteto revela que o acompa-nhamento detalhado da obra e as conversas constantes com os clientes se tornou um passaporte para conquistar novos trabalhos e atravessar os períodos de instabilidade econômica no país.

-Em períodos de crise so-bressai o profissional que tra-balhou bem e mostrou servi-ço, passa a ser reconhecido pelos atributos necessários para o cliente confiar o di-nheiro investido-, diz Pinheiro formado em 1984 na Institui-ção Bennett. É membro da ASAERLA há 27 anos. O arqui-teto conta que assim que che-gou na região já encontrou um perfil urbano definido e os bairros consolidados mas o convívio com os profissionais da associação foi o que mais o ajudou.

-Cheguei com um pé den-tro da ASAERLA. Fui convi-dado pelo engenheiro Juan Carlos que foi uma pessoa muito importante na minha formação e me fez ter olhos para a parte da execução da

obra. Com isso, hoje eu pro-curo executar meus projetos, dizendo que a paixão pela profissão e a vida nas obras se renova a todo dia.

Na avaliação de Pinheiro a ASAERLA é muito forte na comunhão de arquitetos e engenheiros, é preciso sem-pre a união entre os profis-sionais.

-E tem que continuar for-te a ASAERLA, é fundamen-tal. Sinto falta dos Conselhos Regionais promovendo cam-panhas para valorizar os pro-fissionais.

-Acredito no aperfeiço-amento urbano através das experiências regionais, só as pessoas que moram e vivem na região conhecem bem a realidade, é assim também na Região dos Lagos.

“Sempre tive o pé dentro

da ASAERLA”

PROFISSIONAL

Lançado em 2004, o Progre-dir é o programa permanente de aperfeiçoamento profissional do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro – CREA-RJ. Através do programa, o CREA-RJ pretende desempenhar um papel orientador de carrei-ra, colaborando para o aperfei-çoamento técnico, articulando a formação profissional clássica com o conhecimento do mundo do trabalho e da experimentação prática do saber, orientando para uma melhor inserção, produtivi-dade e permanência no mercado de trabalho.

Em 11 anos de existência, o programa capacitou mais de 25 mil profissionais e estudantes, através de gestão e operacionali-zação própria de centenas de cur-sos, palestras e workshops.

O Progredir foi aperfeiçoado em 2015 e desde então reali-

zou 149 cursos, atingindo 5 mil profissionais, com 80 parceiros, entre empresas e instituições de ensino.

O Progredir atende aos pro-fissionais e futuros profissionais das áreas técnicas, tecnólogas, de graduação e pós-graduação de todas as áreas da engenharia, da agronomia, da geologia, da geo-grafia e da meteorologia.

O programa é composto por cursos presenciais e a distância, livres ou de extensão, palestras, workshops, seminários e debates e funciona através de parcerias com empresas, entidades e ins-tituições de ensino renomadas. Um dos seus diferencias é que ele busca sempre a aplicabilidade prática do conteúdo aplicado.

Para o futuro, o programa espera colaborar para a supe-ração da crise econômica, além de preparar os profissionais para

os novos desafios do mercado. “Neste momento de crise, que já está bem estabelecida no nosso Estado, estamos focando nossas ações em novas possibilidades de tecnologias, de treinamentos mais complexos e eficazes e de novos cenários constituídos, seja por força de lei ou por livre inicia-tiva mercadológica, para melhor instruir nossos profissionais”, co-mentou Sheila Gutierrez, coorde-nadora do Progredir.

Empresas, instituições de en-sino e associações que tiverem interesse na parceria, podem entrar em contato através do e--mail [email protected] e pelos telefones 2179-2087 e 2179-2086.

Para ver a agenda do progra-ma e os próximos cursos progra-mados, basta acessar https://www.crea-rj.org.br/progredir/eventos/.

O presidente do CREA/RJ engenheiro Reynado Barros durante inanguração do posto de atendimento em Vassouras (RJ)

Programa de capacitação do CREA-RJ fortalece formação de profissionais

Preterida à malha rodoviária, a partir da década de 1960, a cen-tenária malha ferroviária nacio-nal foi tema de audiência pública promovida pela Frente Parlamen-tar Mista da Engenharia, Infraes-trutura e Desenvolvimento Na-cional, na quinta-feira (9).

Realizada no Plenário 10, do Anexo II, da Câmara dos De-putados, a audiência, presidida pelo deputado Ronaldo Lessa (PDT-AL), que também preside a Frente, reuniu representantes do Confea, da Faef (Federação das Associações de Engenheiros Ferroviários), da ONG FerroFren-

te, da ANTF (Associação Nacional dos Transportadores Ferroviá-rios) e da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). Con-cordando que além de centená-ria, a malha ferroviária nacional sofre dos males da falta de manu-tenção e de concessões ao setor privado que deixam a desejar, os participantes da audiência dis-cordam de alguns pontos no que se refere a investimentos para sua manutenção e ampliação.

Para Clarice Soraggi, da Faef, “os ferroviários ainda têm espe-rança de que o Brasil volte aos trilhos”, literalmente. Depois de

historiar sobre as ferrovias nos últimos 60, “quando ocorreram construções em diversas etapas que não seguiram os mesmos modelos de bitolas, por exem-plo”, Clarice informou que a au-sência de um marco regulatório, quando das concessões feitas na década de 1960, é um dos fatores que levam ao quadro atual.

“Hoje precisamos de uma avaliação técnica fria, de um Mi-nistério dos Transportes com for-ça e profissionais para atuar de forma mais incisiva, de um bom planejamento de gestão ferroviá-ria e fiscalização eficaz”, afirmou.

Confea participa de debate sobre a malha ferroviária nacional

“Em períodos de crise sobressai o bom profissional

que sempre trabalhou bem e mostrou serviço de qualidade fora da crise”

Marco Pinheiro - Arquiteto

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Encontrar caminhos para reunir pessoas e fortalecer

os laços profissionais e de ami-zade tem sido um diferencial ao longo da existência da ASAERLA. Além das datas comemorativas, os diretores se inspiraram no há-bito do happy hour tradicional para recriar mensalmente, um encontro entre engenheiros e ar-quitetos da região. Amigos se re-veem, colocam a conversa em dia e, claro, também fazem negócios. Afinal, por mais relax que seja o bate papo, na pauta surgem ex-periências vividas e chances de novas parceiras. Para a arquiteta Aline Bonioli Colonese, o encon-tro mensal das entidades de clas-se é uma grande oportunidade de rever amigos e aproximar os pro-fissionais. -É aqui que a gente for-talece os vínculos, as ações por-que é aqui que a gente conversa-, diz Aline formada em 1995. Anne Apicello também arquiteta, refor-ça o coro e diz que rever amigos é importante também para trocar ideias sobre projetos e trabalhos. O engenheiro Sandro Colonese diz que as reuniões descontraí-das servem também para trocar ideias e se atualizar na profissão.

Um bom exemplo é em dezem-bro quando comemora-se o Dia do Engenheiro (11/12) e o Dia do Arquiteto (15/12) em uma única data, unindo profissionais, familiares, amigos e empresá-rios parceiros no já tradicional churrasco. O evento atrai quase uma centena de pessoas. -A vida é muita corrida e esse é o ponto de encontro. Serve também para chamar os novos engenheiros e arquitetos que chegam na região e os estudantes-, diz Márcia Ca-bral, ex-presidente da entidade. Diretor Financeiro, Raimundo Dokinha lembra que o happy hour e as datas comemorativas têm apoio de lojas, fornecedores e parceiros da construção civil que contribuem para os encon-tros da ASAERLA. -É fundamen-tal a participação de parceiros. E quem desejar expor sua marca e colaborar, basta falar com um dos nossos diretores-, diz. Assíduo frequentador do happy hour, o engenheiro José Armando, lem-bra que toda última quarta-feira de cada mês é o momento do re-encontro. –O happy hour da ASA-ERLA é uma data sagrada, tem que vir-, convoca Armando

Encontros aproximam profissionais e dão mais unidade aos

objetivos e metas da entidade

Muito além da festa

Fotos: Walmor Freitas/W2Imagens

Reunidos para o encontro anual da ASAERLA engenheiros, arquitetos, familiares, amigos e parceiros posam em dezembro de 2016 no Costa Azul Iate Clube.

Arquitetos e engenheiros no HH no histórico e charmoso Largo de São Benedito

Cada encontro mensal intinerante pelos bares da região é motivo de descontração

Assim que assumiu o coman-do da Coordenadoria de Plane-jamento Urbano de Cabo Frio, a arquiteta Rosane Vargas pediu à equipe um levantamento com-pleto da situação do setor. Se-gundo a titular da pasta, o setor estava emperrado com muitos processos e pedidos de vistoria sem a devida atenção.

-Vamos precisar de uns seis meses para colocar tudo em or-dem. Isso é muito ruim porque atrasa o desenvolvendo da cida-de-, disse enumerando as ações já colocadas em prática.

1 - Auditoria interna de todos os processos encontrados

2 - Realização de fluxograma referente a :

• licença para obra• Aceite de obra• Remembramento/Des-

membramento• Demolição• Habite-se3 - Reformulação do sistema

de informática objetivando cele-ridade e transparência

4 - Reformulação de procedi-mentos administrativos interno objetivando celeridade e efici-ência

5 - Efetivação de política de ordenamento do solo objetivan-do a regularização de loteamen-to com as seguintes etapas:

• Campanha de Informa-ção

• Ações para regulariza-ção :

a) integração de informações com os Cartórios de RGI da cida-de.

b) abertura de processo ad-ministrativo através de denúncia e de ofício

c) após análise técnica urba-nística restando provado que o loteamento/empreendimento ou qualquer forma de parcela-mento do solo feito sem auto-rização do Município pode ge-rar dano irreparável o P.A. será enviado para a Procuradoria do Município para buscar medida que paralise de imediato parce-lamento, obra ou venda ilegal de lote ou fração

d) notificação do loteador 6 – Capacitação dos fiscais/

DIFOP e servidores/COGEPLA sem ônus para o Município que será feita por funcionário da CO-GEPLA apto com especialização e mestrado em Direito Público.

Muito além da festa

Coordenadoria de Planejamento Urbano presta

contas para organizar o setor

Page 24: A BELEZA RESISTE - asaerla.com.br · nicos-, disse o presidente. Nesse primeiro esforço co-letivo, moradores conseguiram mudas e plantaram espécies de pau-ferro, amorinha da restinga,

24 | Info ASAERLA | Mar/Abr 2017