A Avaliação Das Aprendizagens em...

DESPORTO

António Rosado

Começou a falar-se na avaliação aplicada à educação com Tyler (1949), considerado o pai da avaliação educacional.

Avaliação é uma comparação constante entre os resultados dos atletas, ou o seu desempenho, com objectivos previamente definidos.

A avaliação é, assim, o processo de determinação da extensão com que os objectivos se realizam.

Conceitos fundamentaisde Avaliação

Definição

Guba e Lincoln (1981) consideram que a avaliação resulta de uma combinação entre uma descrição e um julgamento. Trata-se de recolher informação e de proceder a um juízo de valor, muitas vezes, com o sentido de conduzir a uma tomada de decisão (Miras e Solé, 1992). A dimensão valorativa da avaliação é, assim, reforçada, sublinhando-se a não-neutralidade do avaliador.

Definição

Na realidade, trata-se de um trabalho de discriminar e catalogar informação e de tomar decisões, com base em critérios explícitos e implícitos (não definidos e muitas vezes não consciencializados).Entende-se, hoje, que a avaliação é uma actividade subjectiva, envolvendo mais do que medir, a atribuição de um valor de acordo com critérios que envolvem diversos problemas técnicos e éticos.

Função da Avaliação

ANÁLISE CUIDADA DAS APRENDIZAGENS E DO “RENDIMENTO” CONSEGUIDO FACE AO PLANEADO.

DESCRIÇÃO QUE INFORMA TREINADORES E ATLETAS SOBRE OS OBJECTIVOS ATINGIDOS E NÃO ATINGIDOS.

FONTE DE TOMADA DE DECISÕES.

FUNÇÕES DA AVALIAÇÃO

PREPARA, ACOMPANHA E ENCERRA O PROCESSO DE TREINO.

MOTOR DO SEU CONSTANTE APERFEIÇOAMENTO.

Funções da avaliação

a selecção, a selecção assegura a identificação de atletas para a entrada (selecção de talentos), o prosseguimento (em percurso de alta-competição), e a participação (selecção dos melhores para a participação em competições).

a orientação

e a motivação

VANTAGENS

MOTIVAÇÃO DOS ATLETAS (INFORMAÇÃO SOBRE O SUCESSO).INFORMAÇÃO DOS ATLETAS.IDENTIFICAR DIFICULDADES DE ENSINO E APRENDIZAGEM.BASE PARA A SELECÇÃO.

A Avaliação

Operação sistemática assinalando em que medida o PROCESSO alcança os objectivos pelo confronto entre as metas fixadas e as realmente alcançadas.Objectivo 1

Avaliar o grau de concretização dos objectivosGANHOS dos atletas a diferentes níveis de generalidade.

Avaliação

Objectivo 1Ganhos a diferentes níveis de generalidade

GeraisComportamentaisOperacionais

Ganhos = Diferença entre nível final e inicial.Como avaliar os ganhos?

Avaliação

Objectivo 2.Avaliar os obstáculos à concretização dos objectivos.

Pertinência dos objectivos.Adequação das estratégias de treino.Avaliação dos contextos organizacionais e institucionais.Adequação dos sistemas de avaliação/controlo do treino.

Sistemática da AvaliaçãoCritérios de Classificação

objectos e domínios da avaliação,objectivos da avaliação, sistemas de referência da avaliação,regularidade da avaliação, momento da avaliação, protagonistas da avaliação, nível de explicitação da avaliação, comunicação da avaliação, ...entre outros.

Os Objectos de Avaliação

As instituições, as políticas desportivas, os treinadores, os programas, a aprendizagem e a própria avaliação (meta-avaliação). Interessa-nos, particularmente, a avaliação das aprendizagens, dos processos e produtos, dos métodos, meios e materiais usados e dos resultados obtidos pelos atletas.

Domínio da Avaliação

No âmbito da avaliação das aprendizagens é preciso avaliar:

aptidões cognitivas, sócio-afectivas,motoras.

Frequência e RegularidadeFala-se de avaliação contínua por oposição a avaliação pontual.A avaliação contínua é vista como acompanhando o processo de ensino-aprendizagem de forma regular.Esta regularidade não deve ser confundida como avaliação permanente, aproximando-se este conceito da ideia de que estamos sempre a avaliar.Contínua é diferente de permanente.

Na realidade, a avaliação está sempre presente na medida em que não podemos deixar de nos questionarmos, permanentemente, acerca do valor daquilo que fazemos. Essa avaliação permanente é, no entanto, insuficiente para responder à totalidade das necessidades do processo de aprendizagem/treino.Avaliações pontuais frequentes, regularmente organizadas, podem traduzir uma verdadeira avaliação contínua.

Níveis de explicitação

A avaliação explícita é uma situação de avaliação formal e reconhecida pelos sujeitos como tal.

A avaliação implícita envolve uma avaliação de carácter informal, não sendo a situação definida como de avaliação e não se apercebendo os sujeitos de que são objecto dessa avaliação.

Nível de explicitação dos critérios de avaliação

Numa avaliação explícita, ou instituída, os critérios de avaliação são explícitos.Numa avaliação implícita, os critérios não são evidentes e os juízos de valor também não são explicitados. a avaliação espontânea, serve para descrever a emissão de juízos de valor sem que necessariamente os critérios de avaliação estejam explicitados.

Padrão de referência: norma e critério

Norma: quando os desempenhos dos atletas são comparados entre si por relação a uma norma, sendo a avaliação orientada por um conjunto de regras comuns.Esta comparação de resultados pode ser processada ao longo do tempo, tendo como finalidade fundamental seleccionar, posto que informa da posição (relativa) do indivíduo em relação a um grupo.

Os critériosElementos que permitem ao indivíduo verificar se realizou correctamente a tarefa proposta e se o produto da sua actividade está de acordo com aquilo que deveria obter.Os critérios considerados podem ser mínimos ou de desenvolvimento:

Os critérios mínimos referem-se ao que deveria ser estritamente realizado, para que uma sequência, ou a entrada num novo ciclo de aprendizagem, não fiquem comprometidos.Os critérios de desenvolvimento ou de aperfeiçoamento, permitem situar o desempenho entre um domínio mínimo e máximo,

atendendo às diferenças entre os indivíduos.

Tipos de avaliação referida ao critério

Critério de performance: refere-se à avaliação de comportamentos observáveis, com carácter quantitativo e transversal e presta-se à avaliação de objectivos operacionais.Critério de competência: refere-se a capacidades de conservação e transferência das aprendizagens, não se expressando, necessariamente, em comportamentos observáveis, possuindo um carácter longitudinal e qualitativo e prestando-se à avaliação de objectivos gerais, de formas superiores de pensamento, de atitudes e valores.

Avaliação referida ao indivíduo

Por oposição à avaliação normativa ou criterial, é centrada sobre os aspectos da evolução, dos ganhos ou retrocessosdos atletas, onde a referência comparativa é o indivíduo em diferentes momentos do processo de aprendizagem/treino.

Avaliação com referência ao critério

O padrão de referência ou de comparação é um critério e não uma norma, ou seja, é avaliado a capacidade do atleta em relação a critérios pré-estabelecidos constituídos pelos objectivos do treino, sem que seja feita, necessariamente, comparação entre atletas.

Neste modelo a avaliação é muito mais referida aos contextos do que na avaliação normativa embora na sua forma aferida a

intervenção desses contextos seja minimizada ou anulada.

A avaliação referida ao critério pode, ainda, ser de dois tipos,consoante se refira a critérios de performance ou a critérios de competência, critérios esses complementares.

Modalidades de avaliação

Formativa/SumativaFormativa: informar o atleta, os treinadores e outros intervenientes, sobre a qualidade do processo de aprendizagem, bem como do estado do cumprimento dos objectivos.

Possui um carácter sistemático e contínuo sendo da "responsabilidade conjunta do treinador, em diálogo com os atletas"

Avaliação Formativa

Permite que o treinador adapte as suas tarefas de aprendizagem e treino, introduzindo alterações que possibilitem uma maior adequação das mesmas.Não se trata, no entanto, de uma avaliação simplesmente informal e permanente;A sua planificação deve permitir a existência de momentos organizados de avaliação formativa, devendo planear-se momentos para averiguar dos resultados obtidos, recolhendo informações com regularidade acerca do processo de aprendizagem/treino.Deste modo podemos falar em avaliação formativa formal.

Avaliação Formativa

Note-se que se deve distinguir avaliação formativa deavaliação contínua embora a regulação eficaz da aprendizagem e do treino exija a regularidade avaliativa.A avaliação formativa concretiza-se com duas formas de regularidade: permanente e pontual, intercalar e final, todas fundamentais na sua concretização.

Avaliação Formativa

Acompanha todo o processo de ensino-aprendizagem em treino.Pode ser Formal ou Informal.Identifica aprendizagens bem sucedidas.Identifica dificuldades.Deve ser realizada sistematicamente, de acordo com um:

PLANO DE AVALIAÇÃO.

Avaliação Contínua versus Avaliação Formativa

avaliação formativa informal = avaliação contínua = avaliação permanente.na prática não se procede à avaliação constante das aprendizagens.devem planear-se momentos para averiguar dos resultados obtidos, recolhendo informações com regularidade.Avaliação formativa exige Plano de Avaliação.

Avaliação Formativa

Todos os elementos importantes devem ser avaliados.Incide sobre um núcleo restrito de objectivos, avaliando em profundidade.Permite a auto-avaliação.Pode ser ao nível individual ou de grupo (permite a auto e co-avaliação).Avaliação de malha estreita (pequenos segmentos).

Avaliação sumativa

”Traduz-se num juízo globalizante sobre o desenvolvimento dos conhecimentos e competências, capacidades e atitudes do atleta”.A avaliação sumativa fornece um resumo da informação disponível, procede a um balanço de resultados no final de um segmento extenso de treino.

Avaliação Sumativa

a avaliação formativa não é alternativa à avaliação sumativa; a sua complementaridade resulta não só do facto de permitir uma visão de síntese, mas, também, de acrescentar dados à avaliação pois esta é mais global,e está mais distante no tempo relativamente ao momento em que as aprendizagens ocorreram o que permite avaliar a retenção dos objectivos mais importantes e verificar a capacidade de transferênciade conhecimentos para situações novas.

Avaliação Sumativa

é decisiva uma escolha criteriosa de objectivos relevantes, de acordo com critérios de representatividade e de importância relativa de modo a obter uma visão de síntese.

Avaliação Sumativa

A avaliação sumativa (como as restantes formas de avaliação) pode assumir uma expressão qualitativa ou quantitativa.a avaliação sumativa pode desempenhar um importante papel formativo, não devendo ser entendida, exclusivamente, como uma avaliação final. Na realidade, pode ser uma avaliação intercalar, parcial, incluindo-se nos mecanismos de regulação formativa.

Avaliação sumativa

Acrescenta dados à avaliação formativa.a avaliação é, aqui, mais global.está mais distante no tempo e permite avaliar a retenção de objectivos importantes.

Compara resultados globais/ avaliação de malha larga/ visão global.Não tem relação com um período temporal.

Avaliação sumativa

Estrutura diferente da diagnóstica e formativa.Incide sobre um vasto conjunto de objectivos.Selecção criteriosa de objectivos relevantes.Representatividade/ conteúdos diversos.

Avaliação diagnóstica

Averigua se os atletas possuem os conhecimentos e aptidões para poderem iniciar novas aprendizagens. Permite identificar problemas, no início de novas aprendizagens, servindo de base para decisões posteriores, através de uma adequação do ensino às características dos atletas.

Avaliação diagnóstica

Avaliação dos pré-requisitos: verifica se o atleta possui as aprendizagens anteriores necessárias para que novas aprendizagens tenham lugar.Avaliação dos níveis de entrada: verifica se os atletas já têm conhecimentos/competência que o treinador vai ensinar/treinar, isto é, que aprendizagens das que se pretendem iniciar (e que se assumem não-conhecidas) são já dominadas.Importa distinguir o conceito de pré-requisito do conceito de aprendizagem anterior; um pré-requisito é uma aprendizagem anterior requerida e imprescindível para a nova aprendizagem.

Avaliação Diagnóstica

Distingue-se pré-requisitos explícitos de pré-requisitos implícitos, estes últimos representando a base de competências que se consideram adquiridas e de que não se realiza avaliação porque se impõem pela sua

evidência.Acrescente-se que a avaliação diagnóstica não ocorre em momentos temporais determinados, podendo realizar-se no início do ano (muitas vezes sob a forma de um período de avaliação inicial), no início de uma etapa e sempre que se pretende introduzir uma nova aprendizagem e se achar prudente proceder a uma avaliação deste tipo.Pode entender-se como uma caracterização mas pode, também, assumir, uma função preditiva, prognóstica.

Avaliação Diagnóstica

Na realidade, a avaliação diagnóstica deve dar indicações que permitam prever a evolução de um objecto avaliado, fornecendo informação de orientação do processo.

A avaliação inicial, por exemplo, deverá determinar os objectivos em função de uma predição do que é possível aprender ou evoluir.

Esta avaliação tem incidido quer sobre as capacidades básicasque se pensa estarem relacionadas com o sucesso quer sobre os conhecimentos prévios directamente relacionados com as aprendizagens em causa.Na medida em que essa recolha de informação serve os propósitos de orientação e regulação do processo de ensino-aprendizagem ela deve ser entendida como eminentemente formativa.

Avaliação diagnóstica

Análise de conhecimentos e aptidões que o atleta deve possuir para poder iniciar novas aprendizagens.Pode ser no início da unidade de treino, no seu decorrer, no final da época, sempre que se introduzir uma aprendizagem nova e não em momentos temporais determinados.Operação antes-do-facto.

Avaliação diagnóstica

Responde a duas questões.

Que aprendizagens servem de base às que vamos ensinar?Que aprendizagens, das que vamos ensinar, já foram adquiridas pelos atletas?

Avaliação de Pré-requisitos

Verificar se os atletas estão na posse de conhecimentos ou aptidões sem as quais não lhes seria possível adquirir as novas aprendizagens.Aprendizagem requerida pela nova aprendizagem que vai ter lugar.Distingue-se de aprendizagem anterior.

Avaliação de Pré-requisitos

Exige-se:

saber quais são os pré-requisitos das aprendizagens a efectuar.averiguar se os atletas estão na sua posse (avaliação diagnóstica).

Avaliação Diagnóstica

Incide sobre um pequeno conjunto de objectivos (nem sempre...caso da avaliação inicial.).Análise, geralmente, em profundidade.Perguntas e situações-critério sobre pré-requisitos.Perguntas e situações-critério sobre matérias da unidade que se assumem não conhecidas.

Momento Da Avaliação

avaliação inicial, avaliações intercalaresavaliação final.

A avaliação diagnóstica não se deve confundir com avaliação inicial, embora as avaliações iniciais sejam avaliações de diagnóstico. Também são de prognóstico.Na realidade, generalizando estas preocupações, nenhuma das formas de avaliação pode ser confundida com os momentos em que se realiza, embora se utilizem, dominantemente, nesses momentos.

Avaliação especializada

Avaliação concretizada por uma equipa inter ou multidisciplinar ou por especialistas numa determinada área (geralmente psicólogo, médico, terapeuta, treinador especializado, etc.) que avaliam o atleta após ter sido efectuado o despiste de necessidades específicas pelos próprios treinadores e se afigurar necessária uma programação individualizada.Assume, frequentemente, uma forma de avaliação diagnóstica, mas terá de se conceber, também, como formativa e sumativa.

Os intervenientes na avaliação

A avaliação não tem, necessariamente, de ser uma tarefa exclusiva dos treinadores, podendo essa actividade, com muitas vantagens, ser partilhada, nomeadamente, com os atletas, com os pais, com outros treinadores, com os dirigentes desportivos. Neste sentido a avaliação deve ser entendida como uma negociação entre participantes com responsabilidades particulares definidas, resultando de um diálogo entre os intervenientes.A auto-avaliação e a hetero-avaliação são instrumentos poderosos de avaliação, permitindo alcançar objectivos pedagógicos diversos.A actividade de avaliação não tem, também, de ser uma actividade solitária do treinador como é comum na nossa tradição.

Modelo de Avaliação Treino Desportivo

Análise dos Objectivos e da sua hierarquia, das Tarefas, da Caracterização da Actividade e centrando-se na avaliação daquilo que se ensina e treina, a partir da avaliação dos objectivos comportamentais e operacionais definidos para as diferentes unidades de treino.

Plano de Avaliação

Objectivos essenciais / prioridades da avaliação (objectivos mínimos, etc.).Protocolos de avaliação.

De acordo com o quadro (matriz) de objectivos.Determinar os critérios de êxito ou níveis de proficiência.Seleccionar as situações de prova.

Estratégias e Momentos de avaliação.

Plano de Avaliação

Definir protocolos e procedimentos de avaliação inicial, de avaliação formativa, de avaliação sumativa.Definir procedimentos de avaliação do treino e de meta-avaliação.

Protocolos de Avaliação

Objectivos: uniformizar a avaliação formal dos atletas no plano psico-motor, cognitivo e sócio-afectivo.Recolher dados, para em conjunto, se definir o plano plurianual e os objectivos da época (objectivos mínimos, de desenvolvimento, etc.), e das suas diversas fases.

Protocolos de Avaliação

Conjunto de situações de prática...Conjunto de exercícios- critério.Situações de jogo (formal ou reduzido)Situações comuns nos treinos.Determinar o nível de desempenho para atletas com diferentes níveis -sensibilidade diferenciada com o tipo de avaliação.

Avaliação referida ao critério

Os testes referidos à norma têm pouco interesse, devendo ser privilegiada uma avaliação referida ao critério, isto é, uma avaliação centrada sobre a utilização de instrumentos específicos, construídos pelos treinadores em função dos objectivos e focalizada em indicadores objectivos.

Definição de exercícios-critério

A avaliação técnica dever-se-á realizar com a utilização de exercícios - critério, a implementar nas avaliações iniciais e, se possível, a manter, no essencial, nas avaliações finais, para que uma avaliação objectiva dos ganhos possa ter lugar. Os atletas devem repeti-los com frequência nos treinos.

Avaliação Inicial

Avaliação com função diagnóstica e prognóstica no início de um ciclo de treino.

Que instrumentos de avaliação?Os protocolos de avaliação.

Avaliação Inicial

Determinar o nível dos atletas em todas as áreas a treinar.Identificar “matérias críticas”Identificar atletas críticos.Identificar a dinâmica do grupo.Identificar aspectos críticos na organização do trabalho

Avaliação Inicial

Verificar a forma como aprendem.Verificar como se relacionam.Verificar o que já deviam saber ou saber fazer (pré-requisitos).Verificar o que já sabem.Avaliar o que podem aprender (prognóstico).

Objectivos da Avaliação Inicial

Identificar aspectos críticosformas de organizaçãoformação de gruposquestões de segurança

Dados para elaborar o plano plurianual, anual e definir objectivos.

Avaliação Inicial• Obter uma observação “Técnica”

quantificada– Fichas de Avaliação técnica-

táctica e de C. Física– O sistema de notação poderá ser

S/N ou 1 a 5 para cada exercício-critério.

Avaliação Inicial

Procedimentos de recolha de dados:Entrevistas/questionáriosAplicação de protocolosObservação ( de treinos, etc..)Análise de registos produzidos pelo treinador no ano anteriorOutras informações

Avaliação inicial

Concomitante com: Integrar os atletas no clube.Apresentar o programa de trabalho.Rever/ensinar regras organizativas.Criar um bom clima de trabalho.

Sessões de avaliação inicial

Normais, treino e avaliaçãoEstrutura semelhante (libertar a organização)Apresentar situações de avaliação dos aspectos críticos no processo de aprendizagem/treino.

Controlo Regular do Treino

Quando?Após um período/etapa de trabalhoQuando se entender necessário.Como?Observação/protocolo sobre núcleo de objectivos com análise em profundidade.

Participação dos atletas

DestinatárioAuto-avaliaçãoHetero-avaliação

Que Domínios da Avaliação?

Psicomotor (Competências técnico-tácticas)

Psicomotor (Capacidades Físicas)

Cognitivo (Conhecimentos)

Sócio-Afectivo (Atitudes, Valores, Comportamentos Sociais)

Auto-Avaliação e Hetero-Avaliação

Definir os objectivos, as estratégias e procedimentos, as situações, os momentos e os critérios de auto e hetero-avaliação.

Fundamental na avaliação formativa e sumativa.

Avaliação em Treino

A Diversidade de formas de avaliação deve ser recomendada:

a diversidade de objectivos e as vantagens da triangulação dos resultados assim o parece exigir.

Avaliação do domínio sócio-afectivo

A avaliação do domínio sócio-afectivo dever-se-à basear em indicadores comportamentais organizados em níveis definindo diferentes perfis.

Comportamentos sociais (de assiduidade e pontualidade, de indisciplina, de empenhamento e participação, de cooperação e entre-ajuda) que, em conjunto, possam traduzir um nível de desenvolvimento sócio-afectivo. A sistematização de Hellison (1984) poderá servir de referência para esta avaliação.

Domínio Sócio-Afectivo

Indicadores Comportamentais de Auto-Controlo.Indicadores Comportamentais de EmpenhamentoIndicadores de Responsabilidade PessoalIndicadores de Cuidado com os Outros

Domínio Sócio-AfectivoNível Comp. Geral IndicadoresI Irresponsabilidade Desmotivados,

indisciplinados, atrasossistemáticos, faltasfrequentes, interrompe asessão.

II Auto- Controlo Pouco participativos, não-participativos, nãointerferem com os outros.

III Empenhamento Assíduo, pontual, atento,sem problemas, praticacom supervisão.

IV Responsabilidade Trabalha sem supervisão,autónomo.

V Cuidado c/ Outros Ajuda aos colegas.

Princípios

Não receber os atletas com testes de condição física

1os treinos devem ser variados, sedutores...É necessário treinar as situações...É necessário harmonizar a condição física do grupo e aproximar a condição física do seu estado normal.É necessário conhecer os atletas antes de fazer as avaliações.

Como garantir a validade do sistema avaliativo?

Validade - medir o que se pretende medir

Validade de ConstruçãoValidade de ConteúdoValidade EcológicaValidade Preditiva

Validade de Construção

Acordo entre CONCEPÇÃO de Treino e os Sistemas de Controlo/Avaliação.Concepções diferentes geram sistemas diferentes.Clarificar as concepções de Treino.

Validade de Conteúdo

Representatividade proporcionada dos:

Diferentes objectivos (cognitivos, psicomotores, sócio-afectivos).

Validade de Conteúdo

Avaliar o que se ensinou e treinou

Avaliar como se ensinou e treinou

Não avaliar o que não se ensinou ou treinou

Validade Ecológica

Avaliação em meio naturalMeio Natural: ambiente quotidiano

Avaliação a partir do trabalho no treinoEm exercícios-critérioDurante a aprendizagemAmbiente informal sempre que possívelEm competição reduzida e formal.

Neste sentido o controlo/ avaliação deve estar centrada sobre as competências ensinadas, integrada no quotidiano do trabalho do treinador e fazendo parte do treino, realizando-se concomitantemente a este por recolha diária informal.

Fidelidade e sensibilidade

A validação dos instrumentos, o estudo da sua fidelidade e da sua sensibilidade terá de ser feita de forma cuidada por trabalho conjunto do grupo de treinadores.

Como garantir a Aplicabilidade?

Critérios de economia e simplicidade ?Como viabilizar a utilização no dia-a-dia?Como consumir pouco tempo e pouco esforço?Como conciliar com o rigor?

Rigor científico versus pedagógico.

Praticabilidade

O tempo gasto na avaliação não pode ser exagerado: ela terá de ser expedita, realizar-se ao longo das aulas (evitando sessões só de avaliação).

Organizar sessões de aprendizagem e de avaliação simultâneas (em forma de circuito, como exemplo, avaliando-se um grupo e mantendo os outros em prática), organizar competições ou situações de jogo mais ou menos reduzido

A avaliação de uns atletas não deve significar a espera de todos os restantes.

Formação em AvaliaçãoAs estratégias de formação em técnicas de avaliação exigem o treino dos avaliadores.

A realização cuidadosa de discussões acerca da análise da tarefa a avaliar, esclarecendo os seus pontos determinantes.

a discussão prévia das componentes e a sua definição em termos operacionais e unívocos.

o esclarecimento das técnicas de recolha e colocação no terreno.

Formação em Avaliação

Definição das técnicas de registo e dos procedimentos de quantificação.Realização de exercícios supervisionados de utilização da escalas em situações controladas e em meio natural, com e sem recurso a vídeo.Discussão posterior em grupo das apreciações realizadas, com medição da fidelidade inter e intra-observadores e com o recurso à avaliação da validade do sistema.

O instrumentário da avaliação

Instrumentos UtilizadosTestes Tipificados (avaliação da c. física...)Testes de ConhecimentosRegistos de Comportamentos SociaisSistemas de Avaliação Técnico-Táctica

Como Construi-los?

O instrumentário da avaliação

Tipos de Instrumentos:De Avaliação TécnicaDe Avaliação TácticaCentrados sobre os Processos

(Forma ou estratégia de solução)Centrados sobre os Produtos

(resultado final observável)

O instrumentário da avaliação

Avaliação de produtos técnicosAvaliação de produtos tácticosAvaliação de Processos TécnicosAvaliação de Processos Tácticos

Godbout, 1990

O instrumentário da avaliação

Tipos de Instrumentos:

De Avaliação Quantitativa (unidades físicas de medida)De avaliação Qualitativa (escalas de apreciação, etc.)Aplicáveis ao vivo (meio natural, ginásio...)Aplicáveis “in Vitro” (meio controlado)

Avaliações qualitativas realizadas em meio natural

EX: Sistemas de Observação, Check-Lists, Rating Scales.Vantagens:

Centração sobre os processosGrande validade externaAvaliação contínua e formativa (criterial)Meios standard são difíceis de encontrar.

DesvantagensPerda de Objectividade

Avaliações quantitativas realizadas em meio natural

EX: Análises de jogo, estatísticas de jogos.Vantagens:

Avaliação das competições e rigor métricoDesvantagens:

Avaliam com dificuldade os processosCentram-se no resultado e não sobre a forma ou processo de tomada de decisão.

Avaliações qualitativas realizadas em meio standartizado

Ex: Sistemas de Observação, check-lists, provas standard.Vantagens:

Maior controlo das variáveis em presença

Desvantagens:Meio controlado é artificialMeio controlado é difícil de encontrar.

Avaliações quantitativas realizadas em standartizado

EX: Bateria AAPHERVantagens:

Rigor MétricoCentração sobre o resultado

DesvantagensNão avaliam processosMeio Artificial

Como construir uma prova de avaliação?

1. Escolher um domínio ou área comportamental.2. Seleccionar indicadores comportamentais representativos do domínio.3. Definir um processo de notação (técnicas de registo e recolha de dados).4.Estudar as suas capacidades métricas.

Escolher um domínio ou área comportamental

Exige:Delimitar os objectivosDefinir um modelo teórico

EX: modelo de execução do salto em comprimento

modelo de atleta bem comportado

Seleccionar indicadores comportamentais representativos do domínio

Exige:Escolher comportamentos (unidades de registo) de baixa inferência.Procurar que os indicadores comportamentais apresentem:Exaustividade (todas as unidades cabem algures no sistema).Exclusividade (um comportamento só cabe numa categoria).Objectividade (definido de forma operacional).

Estudar as suas capacidades métricas

Equacionar as questões de validadeEquacionar as questões de sensibilidadeEquacionar as questões de economia

Sistema de avaliação qualitativa

1. Escala descritiva2. Apresentam padrões de referência ou componentes críticas3. Indicadores comportamentais objectivos4. Indicadores precisos e claros5. Indicadores adaptados aos objectivos, níveis de prática e tempo disponível6. Apresentam níveis de mestria ou de diferenciação para cada componente crítica.

Sistema de avaliação qualitativa

Cada componente crítica é avaliada individualmente e procede-se ao somatório das apreciaçõesIncluir os indicadores comportamentais estritamente necessários

Evitar perda de centração no essencialObservar todos em todas as componentes

Ponderar componentes em função do seu valor relativo. Todas com o mesmo peso facilita.

Condições de Aplicação

Observar diversas tentativasDefinir técnicas de registo rápidas e expeditasPossuir instrumentos para cada modalidadeRealização concomitante com as situações de aprendizagem

Evitar sessões só de avaliaçãoEvitar muitas aulas de avaliação

Condições de Aplicação

Organizar sessões de aprendizagem e avaliação simultânea.EX:

Organizar competições reduzidas e fazer a avaliação....Organizar um circuito, avaliando um grupo e mantendo os outros em prática.