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A ARTICULAÇÃO ENTRE AS DISCIPLINAS VOLTADAS PARA MATEMÁTICA DO CURSO DE PEDAGOGIA E OS SABERES DA
EXPEIRÊNCIA PARA O ENSINO DA MATEMÁTICA NUMA PERSPECTIVA ETNOMATEMÁTICA.
CPF 056143897841
Eixo Temático: Etnomatemática e as relações entre tendências em educação matemática. Resumo: A intenção deste trabalho é apresentar a temática da articulação entre as disciplinas voltadas para o ensino da Matemática do Curso de Pedagogia e os saberes da experiência para o ensino da matemática. Apresentando o Programa de Etnomatemática como aporte teórico para se repensar a organização e estruturação deste curso, bem como a relação entre professores/ licenciandos. Visando dar visibilidade aos saberes discentes, legitimando seus conhecimentos e saberes da experiência do/no trabalho. Palavras-chave: Professores polivalentes, Formação de professores, Educação matemática e Etnometemática. INTRODUÇÃO
No Brasil, as pesquisas sobre a formação docente vêm ganhando espaço.
Fiorentini e Gonçalves (2005) consideram que mesmo sendo poucas as pesquisas em
formação docente na área de Educação matemática, elas são significativas. Entretanto,
seus resultados quase não são incorporados nas formações continuadas e também são
pouco considerados na reestruturação curricular dos Cursos de Pedagogia.
Numa reportagem da Revista Nova Escola, de outubro de 2008(p.49), sobre uma
pesquisa realizada pela Fundação Carlos Chagas, na qual foram analisados 71 currículos
de Cursos de Pedagogia oferecidos por instituições públicas e privadas de ensino de
regiões brasileiras diferentes. O elemento central desta pesquisa é a distorção entre o
que era oferecido pelas faculdades aos futuros professores dos anos iniciais do Ensino
1 Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade Federal Fluminense - UFF– no campo de Confluência Ciências e Sociedade, sob orientação da prof. Dra. Maria Cecília Fantinato.
Fundamental e a realidade encontrada nas escolas. Bernadete Gatti coordenadora da
pesquisa ressaltou que:
“Há uma ênfase muito grande nas questões estruturais e
históricas da Educação, com pouquíssimo espaço para os
conteúdos específicos das disciplinas do trabalho docente. As
universidades parecem não se interessar pela realidade das
escolas, sobretudo as públicas, nem julgar necessário que seus
estudantes se preparem para atuar nesse espaço” (Revista Nova
Escola, 2008 p.49).
A posição da pesquisadora nos faz refletir sobre a aproximação e/ou
distanciamento que encontramos na formação docente. A pesquisa aponta ainda, que
nos Cursos de Pedagogia, apenas 8% das ementas evidenciavam a preocupação com a
palavra “escola”, ou seja, a relação entre a teoria e a prática escolar. Então questiono:
Como ocorre a articulação entre as disciplinas voltadas para o ensino de matemática do
Curso de Pedagogia e os saberes da experiência dos professores dos anos iniciais do
ensino fundamental para o ensino da matemática?
Outro dado apresentado pela pesquisa coordenada por Bernadete Gatti foi a
ausência da valorização das didáticas específicas, as que tratam da interação entre
professores, alunos, processo ensino aprendizagem de cada conteúdo para um
determinada faixa etária.
É importante ressaltar que os professores formados pelos Cursos de Pedagogia,
em grande maioria atuam como professores polivalentes nas turmas do Ensino
Fundamental I. Isso significa ministrar aulas de todas as disciplinas: matemática,
português, história, geografia e ciências. Diante desta realidade e dos dados
apresentados na pesquisa, sobre a escassez de disciplinas voltadas para as diversas áreas
de conhecimento citadas acima, podemos sinalizar que este aspecto pode estar
contribuindo para as lacunas deixadas pela formação desses professores nos Cursos de
Pedagogia. Sendo imprescindível a reorganização curricular destes cursos visando sanar
tais dificuldades.
Observando ainda os Cursos de Pedagogia, percebemos que em geral
disponibilizam poucas disciplinas ligadas ao ensino da matemática. Edda Curi (2004)
em sua tese de Doutorado com o título Formação de professores polivalentes: uma
análise dos conhecimentos para ensinar Matemática e das crenças e atitudes que
interferem na constituição desses conhecimentos analisa as grades curriculares e
ementas das disciplinas voltadas para o ensino da Matemática nos Curso de Pedagogia
Este seu estudo nos revelou que, em média, são oferecidos cerca de 36 à 72 horas para o
desenvolvimento das disciplinas voltadas para o ensino da matemática nos cursos de
Pedagogia.
Diante da realidade apresentada sobre os Cursos de Pedagogia trago as seguintes
questões que buscarei responder nesta pesquisa:
� Como ocorre o diálogo entre a experiência dos professores que já atuam
nos anos iniciais e os conhecimentos aprendidos nas disciplinas ligadas
ao ensino da matemática?
� Como as experiências no ensino da matemática desses professores que já
atuam no Ensino Fundamental I são consideradas ou modificadas no
Curso de Pedagogia?
� Como as disciplinas ligadas a matemática dos Cursos de Pedagogia
contribuem para a compreensão da matemática escolar pelos professores
que já lecionam nos anos iniciais?
Diante deste contexto nossa pesquisa pretende contribuir com elementos
relevantes para reflexão e/ou reorganização dos cursos de Formação de Professores,
visando preparar melhor esses profissionais, para que façam frente às atuais exigências
da sociedade e proporcione aos alunos um ensino da matemática mais investigativo,
onde os alunos participam ativamente da construção do conhecimento. Nesse sentido
entendemos que o Programa de Etnomatemática pode contribuir muito para a formação
destes professores.
Metodologia
Com esta pesquisa pretendo investigar indícios da articulação entre a formação
matemática dada no Curso de Pedagogia e os saberes da experiência do/no trabalho dos
professores que já atuam no Ensino Fundamental I. Essa pesquisa será de natureza
qualitativa. No que relata Moreira (2002) a pesquisa qualitativa tem como foco de
interesse a perspectiva dos informantes, o contexto ligado ao comportamento das
pessoas na formação da experiência e a flexibilidade na conduta do estudo.
Na pesquisa qualitativa, segundo Rey(2002):
“(...) os estudos de casos devem ser entendidos como um
momento essencial na produção de conhecimento e não como
via de obtenção de informação complementar, uma vez que “
constitui um processo irregular e diferenciado que se ramifica à
medida que o objeto se expressa em toda a sua riqueza” ( Rey,
2002, p.71).
Segundo o mesmo autor, “um dos aspectos que caracterizam a produção de
conhecimento na pesquisa qualitativa é a atenção ao caráter singular do estudado, que se
expressa na legitimidade atribuída ao estudo de casos” ( Rey 2002, p.70). Nesse sentido,
esta investigação se configura em um estudo de caso.
Na primeira etapa deste estudo será feita uma pesquisa bibliográfica sobre o
assunto e na segunda etapa será realizada a pesquisa de campo. As etapas acontecerão de
forma simultânea. A investigação no campo se dará no Curso de Pedagogia numa
instituição de ensino na cidade de Resende. A mesma foi escolhida, pois é a única
instituição a oferecer esse curso, sendo assim a formadora de grande parte dos professores
que atuam nos anos iniciais nas escolas municipais, estaduais e particulares desta cidade.
A pesquisa de Campo se dará em 5 etapas. Na primeira etapa será analisado a
ementa e o plano de curso da disciplina voltada para o ensino da matemática no Curso de
Pedagogia determinado acima;
Na segunda etapa será aplicado um questionário com o objetivo de traçar o perfil
dos sujeitos egressos neste Curso de Pedagogia e a partir de suas disponibilidades,
escolheremos as pessoas que serão os sujeitos nesta pesquisa, os quais serão chamados
de nossos colaboradores, pois este estudo exigirá muito dos participantes;
Na terceira etapa serão desenvolvidas as narrativas. Concordando com Nacarato
(2009) ao produzir narrativas escritas, os professores tornarão públicos seus saberes que
em primeira instância são particulares, mas ao serem compartilhadas se constituirão
saberes de ação pedagógica. (Nacarato, 2009, p. 125). Esta etapa visa coletar elementos
da subjetividade dos sujeitos.
A escrita de narrativas cria possibilidades de reflexão de atitudes, sentidos, pois
em suas construções, mediado pela linguagem, podemos compreender as aprendizagens
que construímos ao logo da vida, das experiências e de um processo de conhecimento
de si e dos significados que damos aos diversos fenômenos que tecem a nossa vida
individual / coletiva (Signorrini 2000). Ela se torna uma forma discursiva de
organizarmos as experiências e os saberes e estruturando nossa visão de mundo.
Charlot ( 2001,p.22) afirma que estudar a relação com o saber, na verdade, é
analisar um conjunto de relações nas quais o sujeito se envolve.
“(...) a relação com o saber é constituída de um conjunto de
relações, do conjunto de relações que o indivíduo mantém com
o fato de aprender, com o saber, com tal ou tal saber ou
“aprender”. Essas relações variam de acordo com o tipo de
saber, com as circunstâncias (inclusive as institucionais), não
apresentando uma perfeita estabilidade no tempo. Em outras
palavras, um indivíduo está envolvido em uma pluralidade de
relações com o (s) saber (es)” Charlot (2001, p.22).
Colocar esse conjunto de relações em questão é interessante, pois nos ajudar a
perceber o processo pelo qual o sujeito se integra. Os sujeitos da pesquisa farão as
narrativas em relação à:
� como concebiam a matemática enquanto alunos e com a concebem agora
como professores;
� como ao longo de sua escolarização se deu sua concepção sobre o ensino
da matemática e que fatores foram essenciais para esta visão;
� como outras pessoas, em outros espaços possam ter influenciado sua
prática pedagógica para o ensino da matemática;
� como articulam os saberes da sua experiência como professores dos anos
iniciais com os conceitos aprendidos na disciplina Fundamentos e
metodologia do Ensino da Matemática;
� as contribuições da disciplina Fundamentos e metodologia do Ensino da
Matemática para as suas práticas pedagógicas.
Na quarta etapa que acontecerá simultaneamente com as etapas já citadas, serão
observadas as aulas da disciplina voltada para o ensino da matemática intitulada como
Fundamentos e Metodologia do Ensino de Matemática neste Curso de Pedagogia
escolhido. O objetivo desta observação é perceber se o ambiente desta disciplina
favorece o diálogo entre os conhecimentos abordados nesta disciplina e os saberes que
provém da prática dos alunos que já atuam como professores dos anos iniciais do
Ensino fundamental I Não iremos fazer observações nas salas de aula de nossas
colaboradoras devido ao curto tempo destinado ao Mestrado, porém utilizaremos as
narrativas para conseguir captar a subjetividade dos sujeitos da pesquisa.
Na quinta etapa será feita a análise dos dados buscando responder as questões da
pesquisa. Esse caminho metodológico visa colocar em cena as condições objetivas e
subjetivas que contribuíram para o processo de formação desses professores dos anos
iniciais do Ensino Fundamental I egressos no Curso de Pedagogia em relação ao ensino
da matemática. Nossa pesquisa utilizará a etnomatemática como uma das perspectivas
teóricas para a análise das entrevistas, das narrativas e outros documentos.
PROGRAMA DE ETNOMATEMÁTICA
Segundo D’Ambrósio (1990), os primeiros passos da Etnomatemática podem ser
reconhecidos através de trabalhos elaborados a partir da década de 70, quando emergiu
como um programa de pesquisa em História e Filosofia da Matemática, com
importantes implicações pedagógicas, ganhando destaque no campo da educação, em
especial na Educação Matemática, inclusive no cenário internacional. Em 1984, no 5º
Congresso Internacional de Educação Matemática, em Adelaide, Austrália, o professor
Ubiratan D‟Ambrosio apresentou sua teorização para o Programa de Pesquisa de
Etnomatemática.
A Etnomatemática é definida por D’Ambrósio (1993) como “... a arte ou técnica
(techné = tica) de explicar, de entender, de se desempenhar na realidade (matema),
dentro de um contexto cultural próprio (etno)”. E quando se refere a etno esclarece que
“etno se refere a grupos culturais identificáveis, como por exemplo, sociedades
nacionais-tribais, grupos sindicais e profissionais, crianças de uma certa faixa etária etc,
e inclui memória cultural” (D’AMBRÓSIO, 1993, p.9).
A Etnomatemática é realmente um convite as idéias de Ubiratan D’ Ambrosio e
lança mão dos diversos meios pelos quais as culturas se utilizam para encontrar
explicações para sua realidade e vencer as dificuldades que surgem no seu dia-a-dia.
De acordo com D’ Ambrosio :
“Seu objetivo maior é dar sentido a modos de saber e de fazer
das várias culturas e reconhecer como e por que grupos de
indivíduos, organizados como famílias, comunidades,
profissões, tribos, nações e povos, executam suas práticas de
natureza Matemática, tais como contar, medir, comparar,
classificar.” (D´Ambrosio, 2009b, p.19)
Nesse sentido descrever o Programa Etnomatemática, é reconhecê-lo como “um
programa, que teve sua origem na busca por entender o fazer e o saber matemático de
culturas marginalizadas. Essencialmente ele é uma proposta historiográfica ou seja,
parte da realidade e chega, de maneira natural através de um enfoque cognitivo com
forte fundamentação cultural, à ação pedagógica.
O Programa Etnomatemática busca dar visibilidade aos saberes discentes,
legitimando seus conhecimentos e suas práticas numa via de “mão-dupla.”
(FANTINATO, 2007), fortalecendo a identidade do educador matemático para esse
segmento do ensino e contribuindo ainda para uma docência caracterizada pela
disponibilidade de aprender com os alunos.
Ubiratan D’Ambrósio vem discutindo a necessidade de se buscar a
homogeneização conceitual para Etnomatemática. Sinalizando a preocupação em dar
uma base mais sólida a esse termo, porém entendemos que essa busca é uma tarefa
difícil e que diante das pesquisas que vêm sendo realizadas é preciso ter cuidado para
não colocar a margem suas contribuições.
D’Ambrósio com esse programa pretende valorizar e compreender, o saber/fazer
do indivíduo dentro de seu contexto cultural, percebendo a relevância de seus processos
de pensamento e seus modos de explicar e de compreender os saberes matemáticos de
acordo com sua realidade. No entanto o Programa Etnomatemática:
“(...) não se esgota no entender o conhecimento [saber e fazer]
matemático das culturas periféricas. Procura entender o ciclo da
geração, organização intelectual, organização social e
difusão desse conhecimento. Naturalmente, no encontro de
culturas há uma importante dinâmica de adaptação e
reformulação acompanhando todo esse ciclo, inclusive a
dinâmica cultural de encontros [de indivíduos e de grupos]”
(D’AMBRÓSIO, 1990).
Observando esses fundamentos sobre o Programa de Etnomatemática
percebemos a relevância de refletir a Formação de Professores numa perspectiva
cultural, visando entender o seu processo de geração e troca de conhecimento.
ETNOMATEMÁTICA E A FORMAÇÃO DOS PROFESSORES DOS ANO S
INICIAS NO CURSO DE PEDAGOGIA
As pesquisas na perspectiva da Etnomatemática dos pesquisadores brasileiros
Ubiratan D’Ambrósio, Gelsa Knijnik , Maria Cecília Fantinato e Maria do Carmo
Domite traz como grande contribuição para Formação de Professores o fato insistir
incisivamente na busca do diálogo entre professor/educando valorizando o encontro e a
troca de experiências de diferentes grupos sociais. Nesse sentido, Freire nos lembra que:
“(...) o diálogo e a problematização não adormecem ninguém.
Conscientizam. Na dialogicidade, na problematização,
educador-educando e educando-educador, vão ambos
desenvolvendo uma postura crítica da qual resulta a percepção
de que este conjunto de saber se encontra em interação. Saber
que reflete o mundo e os homens no mundo, com ele
explicando o mundo, mas, sobretudo, tendo de justificar-se na
sua transformação.” (FREIRE, 1983, p. 36).
Nessa perspectiva quando um professor formado pelo Curso de Formação de
Professores no Ensino Médio inicia sua trajetória num Curso de Pedagogia ele não
deixa suas experiências particulares; assim como não abre mão de seus costumes e
saberes ao frequentar as aulas do referido curso.
Os professores trazem consigo os seus saberes e suas crenças arraigadas sobre o
que seja a matemática, seu ensino e a sua aprendizagem. Tais crenças acabam por
contribuir para a formação da sua prática profissional. Daí a importância de colocar em
cena esses saberes e fornecer elementos importantes para se pensar a formação dos
professores. Mas será que os professores do Curso de Pedagogia que ministram as aulas
das disciplinas de Matemática, identificam esses licenciandos a partir de sua realidade
cultural e social? Dialogam com os seus saberes do/ no trabalho?
POSSIBILIDADES DE ANÁLISES
Embora essa pesquisa esteja na sua fase embrionária, com muitas questões ainda
a serem respondidas, consideramos que há alguns avanços quanto à análise das
percepções da formação de Matemática dada nos Cursos de Pedagogia para os
professores que atuam no Ensino Fundamental I e que ministram a disciplina de
Matemática neste segmento.
O Programa de Etnomatemática e a Formação de Professores apresentam como
aproximação a perspectiva sócio-cultural. Sendo assim, a Etnomatemática traz
contribuições extremamente relevantes para uma nova visão na formação dos
professores que atuam no Ensino Fundamental I e que ministram a disciplina de
Matemática e que estão inseridos no Curso de Pedagogia, pois apresenta a necessidade
de diálogo entre os professores/ licenciandos, buscando valorizar os saberes do/ no
trabalho e experiências vividas e a troca de conhecimento.
Charlot ( 2001,p.22) afirma que estudar a relação com o saber, na
verdade, é analisar um conjunto de relações nas quais o sujeito se envolve.
“(...) a relação com o saber é constituída de um conjunto de
relações, do conjunto de relações que o indivíduo mantém com
o fato de aprender, com o saber, com tal ou tal saber ou
“aprender”. Essas relações variam de acordo com o tipo de
saber, com as circunstâncias (inclusive as institucionais), não
apresentando uma perfeita estabilidade no tempo. Em outras
palavras, um indivíduo está envolvido em uma pluralidade de
relações com o (s) saber (es)” Charlot (2001, p.22).
Colocar esse conjunto de relações em questão é interessante, pois nos ajudar a
perceber o processo pelo qual o sujeito se integra e nos faz identificar que os alunos não
são como uma tábua rasa onde se deposita conteúdos e informações, mas como sujeitos
inacabados, porém repletos de experiências e saberes/ fazeres. Diante deste contexto
analisaremos a possibilidade de reorganização ou reestruturação dos Cursos de
Pedagogia no que tangencia as disciplinas voltadas para o ensino da Matemática,
visando a articulação entre as disciplinas voltadas para o ensino da Matemática do
Curso de Pedagogia e os saberes da experiência para o ensino da matemática numa
perspectiva etnomatemática.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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