a arte em goiás

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  • 8/18/2019 A Arte em Goiás

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    A Arte em Goiás.Artes Plásticas 

    As artes plásticas são um dos setores mais movimentados da cultura goiana. Naraiz das artes, em Goiás, a maior referência, no século 19, foi osé oa!uim da"eiga "alle #Piren$polis, 1%&' ( )idade de Goiás, 1%*+. -e famlia importante,possua grande fascnio pela escultura sacra. / artista produziu mais de 0&& peasem estilo 2arroco, !ue esculpiu principalmente em madeira. 3ua o2ra impressionaso2retudo pelos detal4es e filetes dourados. 5oa parte do !ue criou pode ser vistana )idade de Goiás, antiga capital do 6stado, como 3ão oão 5atista, no 7useude Arte 3acra da 5oa 7orte. Algumas de suas peas integraram a mostra 5rasil8&& Anos, em 3ão Paulo.

    m dos nomes de maior e:pressão das artes, no incio do século 0&, foi /cto7ar!ues #1918(19%%, nascido na )idade de Goiás. Autodidata, ele atuou comopintor, gravador, escritor e desen4ista. )4egou a tra2al4ar como ilustrador no ;ornal

    / 6stado de 3ão Paulo. 3ua pintura tin4a como principal trao a ingenuidade,imagens de gente simples, como e:(votos.5oa parte do movimento artstico da )idade de Goiás transferiu(se para a novacapital, a partir de 19sico, escultor e pintor osé Amaral Nedderme?er reuniuartistas plásticos com o o2;etivo de movimentar o setor de artes da cidade !ue2rotava, no cerrado. )om isso, criou a 3ociedade Pr$(Arte de Goiaz, esta2elecidaoficialmente três anos depois. @naugurou(se, assim, a primeira mostra de artes,

    reunindo tra2al4os de artistas de diversas cidades goianas.

    As artes gan4ariam fora com a criaão da 6scola Goiana de 5elas Artes, em 1de dezem2ro de 1980. 6ntre os professores estavamB Cuiz )urado, Drei Nazareno)onfaloni, Eenning Gustav Fitter e Antnio Eenri!ue Peclat. -esse n>cleo,formaram(se geraHes de artistas, com nomes e:pressivos nacional einternacionalmente, como 3iron Dranco, Antnio Poteiro e Ana 7aria Pac4eco,entre outros.

    / circuito das artes, em Goi=nia, inclui diferentes espaos, de galerias a museus.6ntre os mais notáveis estão o 7useu de Arte )ontempor=nea #7ac, o 7useu deArte de Goi=nia #7ag, a Galeria Drei )onfaloni e a Galeria 3e2astião dos Feis. AAgência Goiana de )ultura Pedro Cudovico #Agepel aposta no crescimento dasartes plásticas, no 6stado, investindo na formaão e no aperfeioamento deartistas. Por isso, mantém sua 6scola de Artes "isuais, com oficinas e cursos,durante todo o ano.

     

    )inema 

    A primeira tentativa de produzir um filme goiano de ficão foi feita pela teatr$loga

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    )ici Pin4eiro, nos anos '&. )om 2ase em te:to de 5ernardo Guimarães elapretendia levar para o cinema a 4ist$ria da Fomaria de 7u!uém #tradicional festade Ni!uel=ndia. / filme seria o 6rmitão de 7u!uém #2aseado em o2ra 4omnimade 5ernardo Guimarães, !ue no entanto, não foi finalizado por falta de recursos.Apresentado ao meio artstico por )ici Pin4eiro, oão 5ennio, na verdade, aca2ousendo o pioneiro do cinema goiano. Produziu / -ia2o 7ora no 3angue, !ue teve

    como cenário as areias e as águas do Fio Araguaia, na @l4a do 5ananal. 5ennioproduziu ainda Iempo de "iolência #19'%, filmado no Fio de aneiro e 3imeão, o5oêmio #19'9, rodado em Piren$polis, entre outros. 3ua >ltima produão foi oAzarento, m Eomem de 3orte #19*

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    filmes co2rem o perodo 19'&M19*&. 3ete dessas produHes a2ordam o cotidianodos ndios do Ringu. /utras três o2ras resultaram de viagens do fot$grafo aoNordeste. Dalam de ;angada, ligas camponesas. m dos mais importantes é oregistro, inédito, do contato de esco com os ndios 3uru #19'9. / acervopertence ao @GPA.

      Na década de 9&, emergiram nomes como PR 3ilveira, -é2ora Iorres eosé Cino )urado. ma das mais significativas o2ras filmadas em Goi=nia foiPedro Dundamental #1990, so2re a vida de Pedro Cudovico, um dos grandesmarcos da 4ist$ria goiana. Iem a assinatura de PR 3ilveira. /utros personagensdo conte:to literário !ue tam2ém c4egaram Ls telas foram Pai Norato #0&&&, deosé Cino )urado, 2aseado no conto de 5ernardo Klis, e o ata> #0&&&, de-é2ora Iorres, inspirado no conto 4omnimo de 7iguel orge.

      -epois de produzir / Ironco, !ue foi e:i2ido no interior do 6stado #viapro;eto Agepel, oão 5atista de Andrade aca2ou de produzir, em Piren$polis, ma"ida em 3egredo, com direão de 3uzana Amaral, e adaptaão de livro de Autran

    -ourado, com lanamento previsto para maro. )om roteiro pronto, 4á o filme Fua' 3em N>mero, uma 4ist$ria goiana !ue tem como palco o 6ntorno de 5raslia."eias e "in4os, 2aseado em livro 4omnimo de 7iguel orge, está em fase decaptaão de recursos.

      A Agência Goiana de )ultura Pedro Cudovico #Agepel ;untamente com aAgência Am2iental decidiu movimentar a área de cinema em Goiás. 6m 1999lanou a primeira edião do Destival @nternacional de )inema e "deo Am2iental#Dica. / evento, !ue acontece na primeira semana de ;un4o, na )idade de Goiás,c4ega neste 0&&1, ao seu terceiro ano com notável e:pectativa. / festival tem

    reunido produtores de cinema voltado para o meio am2iente de diversos pases.6ntre os desta!ues do Dica estão 5u2ula, o )ara "ermel4a, de Cuiz 6duardoorge, e / Pescador de )inema, documentário com direão de Sngelo Cima.

      A Agepel mantém pro;etos !ue visam a popularizaão do cinema, comoo )inema @tinerante, !ue leva filmes educativos(culturais a escolas p>2licas dointerior do 6stado. 6m parceria com os diretores oão 5atista de Andrade e @2erê)avalcanti, a Agência Goiana de )ultura levou ao interior de Goiás os filmes /Ironco e Ierra de -eus. A Agepel possui o )ine )ultura, o >nico cinema de arte do6stado. Além de duas sessHes normais diárias, 4á sessHes e:tras para escolascarentes de Goi=nia.

     

    -ana 

    A 4ist$ria da dana em Goiás é tão antiga como a da m>sica, com a !ual mantémuma relaão de so2revivência. 6ssa sim2iose remete a tempos remotos, !uandose pensa, por e:emplo, na c4amada Tdana dos tapuiasU, !ue surgiu na zona demineraão e !ue ainda resiste tenuamente na Desta do -ivino 6sprito 3anto, emPiren$polis. A dana tem razes profundas !ue levam L presena do ndio, doportuguês e do africano. Parceira da m>sica, a dana tem encontro com o folclore,em certos momentos. A contradana #m>sica de caráter r>stico, por e:emplo, é de

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    origem francesa e resiste 4á 1sica, com a !ualmantém uma relaão de so2revivência. 6ssa sim2iose remete a tempos remotos,!uando se pensa, por e:emplo, na c4amada Tdana dos tapuiasU, !ue surgiu nazona de mineraão e !ue ainda resiste tenuamente na Desta do -ivino 6sprito3anto, em Piren$polis. A dana tem razes profundas !ue levam L presena do

    ndio, do português e do africano. Parceira da m>sica, a dana tem encontro com ofolclore, em certos momentos. A contradana #m>sica de caráter r>stico, pore:emplo, é de origem francesa e resiste 4á 1

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    espetáculo Fegistro, por e:emplo, foi premiado com cinco 7am2em2es #prêmio do7inistério da )ultura. 3eu mais recente tra2al4o é )oreografia para /uvir, !ueestreou em 3ão Paulo e !ue foi desta!ue na segunda edião do Dica, em 0&&&.

      / 5alé do 6stado é uma compan4ia profissional de dana ligada L AgênciaGoiana de )ultura Pedro Cudovico. / grupo apresentou(se pela primeira vez em

    1990, na )idade de Goiás. No ano seguinte realizou seleão de seu corpo de2ailarinos e ofereceu cursos de aperfeioamento para a e!uipe. Assim, o 5alé do6stado se destaca como a compan4ia goiana !ue oficialmente representa a danade Goiás. 6 tem 2uscado esse o2;etivo com profissionalismo e talento. 6ntre osseus principais espetáculos estãoB )errado -escerrado, Dragmentos, Eip$lita,)4uang(Wuo e @nsano.

      A Agepel a2riga no seu )entro )ultural Gustav Fitter, a 6scola de -ana,com relevante funão social, por ser uma das poucas escolas p>2licas de arte do)entro(/este. A unidade de ensino oferece cursos de 2alé clássico, moderno econtempor=neo. A 6scola de -ana possui o 5alé ovem, !ue se apresenta em

    escolas p>2licas, praas e crec4es, entre outros espaos. Eá ainda uma turmaespecial, formada por meninas de % a 10 anos, portadoras de 3ndrome de -oXn.

     

    Citeratura 

    )om uma vigorosa raiz, a literatura produzida em Goiás é um dos setores !uemais e:perimentam e2ulião e um vento renovador. No cerne das letras estão

    nomes como Eugo de )arval4o Famos #1%98(1911 e seu Iropas e 5oiadas . /poeta Céo C?nce, !ue estreou na literatura com apenas 1' anos, em 19&&. 6leescreveu crnicas, poesias e artigos para ;ornais goianos e mineiros. 5ernardo Klis#1918(199*, >nico goiano a ingressar na Academia 5rasileira de Cetras #concorreucom uscelino Wu2itsc4eQ, produziu 6rmos e Gerais #19++, Prêmio a2uti, da)=mara 5rasileira do CivroJ / Ironco #198'J )amin4os e -escamin4os #19'8,e"eranico de aneiro #19'', entre outros. osé . "eiga #1918(1999, !ue tem,entre as o2ras mais importantes, /s )avalin4os de Platiplanto #1989J 3om2rasdos Feis 5ar2udos #19*0J A!uele 7undo de "asa2arros #19%1 e / Fel$gio5elisário #199'. )armo 5ernardes #1918(199', !ue escreveu "ida7undo #19''J uru2atu2a #19*0J Nunila #19%+J Ouarto )rescente #19%'e =ngala Y )omple:o Araguaia #199+, entre outros.

    7as 4á !ue se enumerar ainda nomes !ue deram relevante contri2uião.)omoB 6li 5rasiliense #1918(199%, !ue tem entre as o2ras maissignificativas Pium #19+9J )4ão "ermel4o #198' e ma 3om2ra no Dundo doFio #19**. A poetisa )ora )oralina #1%%9(19%8 escreveu o2ras marcadas pela2eleza e simplicidade. )omo Poemas dos 5eco de Goiás e 6st$rias 7aisJ 7euCivro de )ordel . 6ncantado com ri!ueza da e:periência 4umana de seu te:to,)arlos -rummond de Andrade, referiu(se a )ora como Ta mul4er mais importantede GoiásU.

    Notável tam2ém nas letras goianas foi Déli: de 5ul4Hes, !ue se enga;ouna luta pelo a2olicionismo. Além de promover festas para arrecadar din4eiro e

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    li2ertar escravos, o poeta fundou o ;ornal / Ci2ertador , !ue tin4a o o2;etivo deintegrar o negro na sociedade. @nfelizmente, não pde assistir L edião da CeiVurea,morreu um ano antes #em 1%%*.

    Além desses autores e o2ras fundamentais, a literatura goiana temcontado com novas geraHes de escritores, da poesia ao conto, do romance L

    crnica.

    Na escrita goiana, 4á !ue se ressaltar a relevante funão dos4istoriadores, !ue ao de2ruar(se so2re a pes!uisa, aca2aram montando o remotoperfil da vida goiana. / primeiro intelectual a escrever so2re a 4ist$ria do 6stadofoi Cuiz Antnio 3ilva e 3ouza, padre natural de 7inas Gerais, !ue viveu a!uidurante 8& anos. Produziu livros e documentos so2re o modo de vida do povogoiano. 7orreu na )idade de Goiás, em 1%+&. 6ntre os nomes de maior desta!ueestão ainda o professor espan4ol Cus Palacn, com / 3éculo do /uro em Goiás ,e "isconde de Iauna? #o carioca Alfredo 7aria Adriano -6scragnolle Iauna?, !ueescreveu, entre outras o2ras, A Provncia de Go?az.

    )omo forma de incentivar a criaão literária em Goiás, a Agência Goianade )ultura Pedro Cudovico mantém concursos e pro;etos, por meio do seu @nstitutoGoiano do Civro #@GC. ma das mais importantes aHes, nesse rumo, é a 5olsa dePu2licaHes )ora )oralina, !ue prevê a pu2licaão de livros nos gêneros poesia eprosa. Eá ainda as coleHes 3upernova #literatura infantil e ;uvenil, Alde2arã#dramaturgia, Pali Palã #livro de 2olso e Wara;á #o2ras clássicas.

     

    7>sica 

    A m>sica goiana é muito rica e apresenta uma tra;et$ria densa !ue tem reveladotalentos, inclusive com recon4ecimento internacional. )omo a m>sica 2rasileira demaneira geral, a criaão musical goiana teve importante contri2uião de ndios,portugueses e africanos. 6ssa 4erana se e:pressa, por e:emplo, na T-ana dosIapuiasU, um dos !uadros da Desta do -ivino 6sprito 3anto, em Piren$polis. /tradicional auto As Pastorin4as #encenado desde 1900 e !ue compHe tam2ém aDesta do -ivino 6sprito 3anto foi inicialmente um ritual de cate!uizaão de ndios.6sse caráter cedeu lugar L pregaão religiosa, !ue marcou o perfil da m>sicagoiana durante muito tempo.

      A musicista 5elQiss 3. )arneiro de 7endona revela !ue a m>sicaverdadeiramente artstica era a das igre;as, produzida para as funHes religiosas.7ais tarde esse gênero c4egou aos lares, levado pelas moas !ue tocavam ecantavam. 7odin4as e romances despontavam com ela2oraão e muitosentimento. /s primeiros tra2al4os musicais !ue surgiram em Piren$polis tin4am aassinatura do vigário osé oa!uim Pereira da "eiga.

      6ntre os nomes mais importantes da m>sica goiana, no século 19,

    destacaram(se osé do Patrocnio 7ar!ues Iocantins, Ionico do Padre, 5altazarFi2eiro de Dreitas, 5raz Cuiz de Pina, 3e2astião Pompeu de Pina >nior, oséPira4?, 7estre Ouil> e Antnio 7arcos de Ara>;o, entre outros.

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      As 2andas tiveram um papel relevante no camin4o da m>sica. 3ua funãoera divulgar as composiHes regionais e animar as festas populares, os dramas, ascomédias. 7as apresentavam(se tam2ém nas igre;as com pompa e circunst=ncia.6m )orum2á de Goiás destacou(se a )orporaão 7usical 1< de 7aio #fundada em1%9&, ainda 4o;e atuante e, em Piren$polis, a 5anda P4oeni:, fundada em 1%99por 7estre Propcio. A P4oeni: tam2ém ainda resiste e, atualmente, conta com +8

    integrantes e *& instrumentos. 3araus e serenatas tornavam(se atraão, so2retudona )idade de Goiás, na primeira metade do século 0&. Nesse perodo proliferaramcon;unto musicais, cantores e solistas. 6sses grupos c4egaram a fazer fundomusical para os cinemas mudos da época. Nesse conte:to, surge umapersonagem fundamental na 4ist$ria da m>sica goiana. K 7aria Angélica da )osta5randão #con4ecida como N4an4á do )outo, !ue foi pianista, cantora lrica,professora e incentivadora da m>sica erudita. Na antiga capital do 6stado, elatornou(se uma espécie de lder dos movimentos culturais e influenciou o ensino dam>sica de piano.

    N4an4á do )outo realizou recitais tam2ém em Goi=nia. 7uito dos seus

    con4ecimentos a artista transmitiu L neta 5elQiss 3. )arneiro de 7endona, !uetem contri2udo de forma relevante com as artes goianas. Nos primeiros tempos davida cultural em Goi=nia, as irmãs Eelosa e Eonorina 5arra 2ril4aram com suasmodin4as, no )ine Ieatro Goi=nia. Na época, a pianista Nair de 7orais, ;untamente com 6dméa )amargo, fundou o )oral da 6scola Iécnica Dederal #4o;e)entro Dederal de 6ducaão Iecnol$gica. A m>sica crescia em Goiás. / professor)rundXald )osta #)ostin4a criou um curso particular de violino, fundou #com seusalunos uma or!uestra. Dormou geraHes de m>sicos. Amélia 5randão #c4amadaIia Amélia tam2ém ensinava m>sica. -ava aulas de piano. Paralelamenteinterpretava em rádio e televisão, na época. A pianista Eelosa 5arra somou forascom )ostin4a para criar a /r!uestra 3infnica de Goi=nia.

    / ensino fundamental de m>sica se consolidou com a instalaão, peloprofessor Cuiz Augusto do )armo )urado, em 1988, do -epartamento de 7>sicada 6scola Goiana de 5elas Artes. 6ntre os notáveis professores estavam omaestro, instrumentista e compositor 2elga ean Dranois -ouliez e as pianistas eprofessoras 7aria Cuc? "eiga, 7aria Cuiza P$voa da )ruz #I=nia )ruz e -alva7aria Pires 7ac4ado. /s professores decidem separar(se, em 198', e fundam o)onservat$rio Goiano de 7>sica, com o apoio da professora 7aria das -oresDerreira de A!uino.

    )omeam os anos '&. / conservat$rio é integrado L niversidade Dederalde Goiás. A unidade se destaca por organizar concursos e festivais nacionais dem>sica erudita, com a presena de gente de renome. )omo )amargo Guarniéri e7aria Cuiza Priolli. Algum tempo depois a Daculdade de Artes e o )onservat$rio de7>sica se fundem e dão lugar ao @nstituto de Artes #Daculdade de Artes "isuais daDG. A m>sica folcl$rica goiana tem em 6l? )amargo sua maior e:pressão. Aartista c4egou a comandar durante anos um programa de rádio c4amado T)anHesde 7in4a IerraU. 6l? nasceu na )idade de Goiás #antiga capital e gravou 10 CPs evários compactos. A maioria com temas folcl$ricos. /utro pioneiro da m>sica emGoiás é 6stércio 7ar!uez )un4a. 6le nasceu em Goiatu2a, fez doutorado emartes musicais nos 6stados nidos. K autor de várias peas, ;á apresentadas no5rasil e no 6:terior. 6le lanou, em maio de 0&&&, o seu primeiro )-, CentoAcalanto, !ue re>ne canHes feitas a partir de 19*& e !ue são interpretadas porm>sicos goianos.

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      m dos personagens !ue têm trazido notável contri2uião para ocrescimento da m>sica, em Goiás, é o maestro oa!uim a?me. Nascido na antigacapital do 6stado, ele criou o )oral do 6stado, em 19%*. No mesmo ano ps emcena a 6scola de 7>sica #unidade da Agência Goiana de )ultura Pedro Cudovico,Agepel. A /r!uestra Dilarmnica de Goiás é outra iniciativa de oa!uim a?me,pro;eto para a 3ecretaria 6stadual da )ultura #4o;e Agepel, em 19%%. A

    Dilarmnica, com a nova poltica da Agepel para a m>sica erudita no 6stado,originou a atual /r!uestra de )=mara Go?azes. a?me fundou tam2ém a/r!uestra 3infnica de Goi=nia, !ue dirigiu até o final de 0&&&.

      As sucessivas geraHes de alunos do @nstituto de Artes levaram aosurgimento de várias escolas de m>sica em Goi=nia. ma delas é o 7vsiQa )entrode 6studos, da pianista Glac? Antunes de /liveira. /utra das mais notáveis é o)entro )ultural Gustav Fitter, pertencente L Agência Goiana de )ultura PedroCudovico #Agepel. A são oferecidos cursos de teoria musical, canto coral e dosmais diversos instrumentos. / Fitter gan4a relevante funão social como uma daspoucas escolas p>2licas de arte do 6stado, com ensino de indiscutvel !ualidade.

    A Agepel possui a 6scola de 7>sica com vários grupos musicais, a/r!uestra de )=mara Go?azes, e a /r!uestra de "ioleiros. A 6scola de 7>sciaoferece ensino da m>sica popular e erudita nos mais diversos instrumentos parapessoas diferentes fai:as etáriasJ a 6scola tam2ém organiza or!uestras e outroscon;untos instrumentais como a /r!uestra ovem formada por crianas eadolescentes #idade !ue varia dos 9 aos 0& anos. / o2;etivo do grupo é prepararm>sicos para or!uestra profissional e apresentando em diferentes espaos eocasiHes.

      á a /r!uestra de "ioleiros de Goiás se destaca pela interpretaão de umvasto repert$rio !ue vai da m>sica de raiz ao sertane;o(rom=ntico. A /r!uestra de)=mara Go?azes, por sua vez, é uma or!uestra reduzida e apresenta repert$rioespecificamente erudito composto, so2retudo, de o2ras dos grandes compositoresdo século 0&.

      Goi=nia conta tam2ém com outra e:pressiva corporaão musical, a/r!uestra 3infnica 7unicipal.

    A m>sica erudita goiana é recon4ecida internacionalmente, apesar de, emtermos regionais ainda possuir uma divulgaão #e movimentaão tmida. Goiás

    possui cantores e duplas con4ecidos nacionalmente no gênero sertane;o(pop.)omo Zezé di )amargo [ CucianoJ Ceonardo #!ue fazia dupla com o irmãoCeandroJ )4ristian [ Falf #e:(duplaJ 5runo e 7arrone, e 7atão e 7onteiro, entreoutros. Eá dezenas de cantores e compositores !ue movimentam o gênero 7P5,com desta!ue para as canHes regionais.

     

    Ieatro

     

    No incio do século 1% ;á se tin4a notcia da pai:ão dos goianos pelo teatro. Nessaépoca, as apresentaHes teatrais eram atraão em Iraras, na divisa de Goiás com

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    a 5a4ia. Na )idade de Goiás #antiga capital do 6stado, conforme relato doprofessor -omingos Déli:, em artigo de 198* #ornal Para Iodos, Fio de aneiro,4avia dois grupos teatrais. m deles era composto por negros alforriados edirigidos por T7estre -anielU, vindo de 3alvador. / outro era formado por 2rancos./s grupos se revezavam no palco do Ieatro 3ão oa!uim. )om a decadência dacidade, devido ao encerramento da mineraão, os grupos mudaram(se para

    cidades como Piren$polis e araguá. Nesta >ltima, as famlias Dreitas, Derreira deAmorim e Gonalves, principalmente, deram vida L atividade cênica. 6mPiren$polis tam2ém o teatro viveu grande e2ulião.

      /s pioneiros da arte teatral apresentaram(se no )ine(Ieatro Goi=nia, nafesta de inauguraão da nova capital, !ue ficou con4ecida como 5atismo )ultural,em 8 de ;ul4o de 19+0. Aos poucos novos nomes e grupos foram surgindo. /teatro gan4a fora com a criaão do Grêmio Citerato(Ieatral Pedro Cudovico,dirigido por 3e2astião )osta. 6sse grupo era integrado por verdadeiros2atal4adores pelo crescimento da atividade teatral no 6stado, como /távio Arantese oão Gonalves. 6sses pioneiros criaram, em 19+', a Agremiaão Goiana de

    Ieatro #AGI, !ue encenou peas importantes, como Kdipo Fei e Antgona. -aescola de /távio Arantes #AGI, surgiram )ici Pin4eiro e sua irmã DloramiPin4eiro. )ici Pin4eiro, com um tra2al4o ;á amadurecido #com compan4ia teatralpr$pria, lana oão 5ennio no meio teatral goiano.

      -evido L sua aão de pioneiro, /távio Zaldiva Arantes é considerado oTpai do teatro em GoiásU. 3ua AGI nasceu com a apresentaão da pea Pertin4odo )éu, de 7ário Cago, no )ine(Ieatro Goi=nia. No entanto, fez mais sucesso, oAuto da )ompadecida, de Ariano 3uassuna.@dealista e apai:onado pelas artes cênicas, o grande o2;etivo de /távio Arantes eracriar um espao pr$prio para a2rigar e estimular a atividade teatral. Assim,construiu o seu Ieatro @naca2ado, nas imediaHes do Cago das Fosas. 7esmosem estar pronta a o2ra #da o nome, a nova casa de espetáculos estreou, em198*, com / Pagador de Promessas, de -ias Gomes. /távio Arantes semprelutou com muita dificuldade para manter o seu teatro em funcionamento. 6m 19%8,num rasgo de indignaão, ele decidiu fec4ar as portas da casa de espetáculos emprotesto. Alegava !ue as mel4ores peas s$ iam para o Ieatro Goi=nia. )om isso,o seu Ieatro @naca2ado ficou por longos perodos fec4ado. Ouando morreu#atropelado, em 5raslia, em 11 de ;ul4o de 1991, aos '9 anos, /távio Arantestentava preparar um grupo de atores para apresentar a pea )enas de34aQespeare. / seu Ieatro @naca2ado transformou(se em Ieatro /távio Arantes,

    mas continua desativado.

      )ici Pin4eiro #na verdade, Dlorac? Alves Pin4eiro contri2uiu de formasignificativa para o crescimento do teatro em Goiás. @nterpretou sua primeira pea,"ila Fica, de F. 7agal4ães >nior, aos 1+ anos, so2 a direão de /távio Arantes.Atuou, ;untamente com A!uino Porto e 7ari 5aiocc4i, na pea )arlota oa!uina. Aatriz fez tam2ém radionovela, telenovela, produziu e dirigiu peas teatrais. 3uagrande produão foi Gim2a, em 199&, no Ieatro Goi=nia. oão 5ennio tam2ématuou no teatro. 6streou com As 7ãos de 6urdice, de Pedro 5loc4, em 1* de ;ul4ode 1988, no )ine(Ieatro Goi=nia. m dos seus feitos foi a construão do Ieatro de6mergência, em 19'0. Para isso, contou com a a;uda de amigos como )armo

    5ernardes, Geraldo de Pina e 6lder Foc4a Cima. oão 5ennio foi preso, acusadode su2versivo, pelo regime militar e o seu teatro aca2ou fec4ado.

  • 8/18/2019 A Arte em Goiás

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    / teatro em Goiás viveu grande impulso com a criaão, em 19%%, do )entro)ultural 7artim )ererê, administrado pela Agência de )ultura Pedro Cudovico#Agepel. Na a2ertura, em 0& de outu2ro da!uele ano, o p>2lico pde assistir Lpea CiHes de Anonimato, de Eugo Zorzetti. / 7artim )ererê possui dois teatrosco2ertos, o P?guá e o \guá, e um de arena, o \taQuá, além do 5ar Waru4á. /diretor 7arcos Da?ad criou o grupo 7artim )ererê, !ue comeou no centro cultural.

    A compan4ia apresentou, entre outros espetáculos, )a2aré Goiano, -an4orê e7artim )ererê. )om 2ase em o2ra 4omnima de )assiano Ficardo, 7artim )ererêteve estréia nacional em fevereiro de 1999 e apresentou(se em importanteseventos, como o Destival @nternacional de Ieatro de 6:pressão @2érica, o DestivalNacional de Artes de )ampina Grande #P5 e na primeira edião do Destival@nternacional de )inema e "deo Am2iental #Dica, na )idade de Goiás. 6steveainda em 5raslia, 3ão osé dos )ampos e no Fio de aneiro, entre outros locais.

     A Agepel tam2ém desenvolve cursos de formaão teatral através da sua 6scolade Ieatro. /ferece cursos de iniciaão e aperfeioamento nas artes cênicas parapessoas de diferentes idades, durante todo o perodo letivo. /utro espao

    importante para o teatro, em Goiás, é o Ieatro Goi=nia, a mais tradicional casa deespetáculos goianiense. Iendo a2erto as suas portas em 1+ de ;ul4o de 19+0,durante o 5atismo )ultural #assim ficou con4ecida a festa de inauguraão da novacapital de Goiás, o Ieatro Goi=nia integra o con;unto de prédios !ue marcaram osprimeiros tempos da cidade. 6sse espao tem a2rigado grandes espetáculos,principalmente na área de teatro.