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A Aprendizagem Cooperativa: Abordagem diferenciada no ensino da Física e da
Química
Relatório de Estágio
Dissertação para a obtenção do Grau de Mestre no Ensino de Física e de Química
Copyright
Dora Cristina Gaio Teresa
Aluna N.º 40596
Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa
A Faculdade de Ciências e Tecnologia e a Universidade Nova de Lisboa têm o
direito, perpétuo e sem limites geográficos, de arquivar e publicar esta dissertação
através de exemplares impressos reproduzidos em papel ou de forma digital, ou por
qualquer outro meio conhecido ou que venha a ser inventado, e de a divulgar através de
repositórios científicos e de admitir a sua cópia e distribuição com objetivos
educacionais ou de investigação, não comerciais, desde que seja dado crédito ao autor e
editor.
4
“Se não receio o erro, é porque estou sempre disposto a corrigi-lo.”
Bento de Jesus Caraça
5
Agradecimentos Os meus sinceros agradecimentos, a todos, que, de forma direta ou indireta,
participaram na realização deste trabalho, nomeadamente:
Ao Professor Vítor Teodoro, não só pela sua capacidade de comunicar e transmitir
conhecimentos, mas acima de tudo pelo exemplo de profissionalismo, respeito e
sabedoria que leva qualquer aluno a ambicionar um dia lecionar dessa forma.
À professora Mariana Gaio pela sua ajuda no meu projeto de investigação e pela
exigência e exemplo de organização que demonstra constantemente.
Ao Diretor Pedro Leite da Silva, por ter permitido a realização deste estágio na
Escola Profissional Bento de Jesus Caraça e pela confiança. Tudo se torna possível
quando sentimos que acreditam em nós e esta é uma aprendizagem importante para
transpor na relação que tenho com os meus alunos.
À Professora Dulce Ribeiro por toda a sua colaboração e acompanhamento durante a
realização do estágio, pelo seu apoio e pela forma como me recebeu.
À EPBJC - Escola Profissional Bento de Jesus Caraça, pelo facto de ter apostado na
minha formação e acreditado nas minhas capacidades, bem como aos alunos da turma
do 10.º THSTA pela sua disponibilidade.
A todos os professores, colegas de trabalho e amigos, da EPBJC - Barreiro que têm
sido um exemplo de profissionalismo. Desde o meu primeiro dia de trabalho
colaboraram de forma construtiva para a minha evolução enquanto professora. Estou
muito grata a esta equipa que me faz chegar ao trabalho, todos os dias, com um sorriso.
Aos meus pais e à minha irmã por tudo aquilo que sou hoje, pelo exemplo de
guerreiros que foram toda a vida e pela transmissão de valores que apreendi graças ao
amor, cuidado e respeito que depositaram em mim. Jamais conseguirei transmitir por
palavras o quanto vos estou agradecida.
Ao meu marido por acreditar em mim e pelo apoio nas horas mais difíceis. Foi
maravilhoso sentir o apoio incondicional e saber que o orgulho que ele sente por mim é
independente da conclusão deste projeto.
À Ana, à Susana e à Mafalda pelo apoio e amizade. Tornaram estes dois anos muito
mais proveitosos.
6
Resumo Este relatório tem como principal objetivo descrever as tarefas desenvolvidas ao
longo do ano letivo 2013/2014 no âmbito do Estágio Pedagógico, no contexto da
unidade curricular Prática Profissional do Mestrado Ensino da Física e da Química
numa turma do 10.º ano de escolaridade do ensino profissional. Um outro objetivo
essencial deste documento é relatar a investigação educacional que foi desenvolvida
paralelamente, que teve como principal foco a aplicação da aprendizagem cooperativa
no ensino profissional.
A lecionação das componentes da Física e Química será descrita com a indicação do
tipo de aula o nome do módulo em questão, a duração, os objetivos, o desenvolvimento
da aula, documentos de apoio utilizados e uma breve reflexão da aula.
Quanto à investigação educacional, a motivação para a escolha do tema surgiu da
necessidade de procurar o sucesso educativo a que os alunos têm direito. Implementar
diferentes estratégias e experimentar outros métodos de ensino-aprendizagem poderá,
em alguns casos, fazer a diferença nos resultados escolares obtidos pelos alunos e na
satisfação dos mesmos perante a escola.
Após a aplicação das tarefas de aprendizagem cooperativa no módulo n.º 5, foi
possível verificar que os alunos que mais alteraram positivamente a sua classificação
foram aqueles que geralmente obtêm classificações mais baixas na disciplina. É possível
concluir também que, sensivelmente, metade da turma aumentou ligeiramente, em um
ou dois valores, a sua classificação no módulo em análise. Creio que estes resultados se
enquadram dentro do esperado e vão de encontro ao estudo bibliográfico realizado no
início deste projeto. Não só se verifica uma melhoria na classificação dos alunos, em
geral, como também se constata que essa melhoria ocorre essencialmente nos alunos
que apresentam mais dificuldades.
Palavras- Chave: Aprendizagem cooperativa, ensino profissional, diferenciação
pedagógica, leccionar ciências.
7
Abstract This report’s scope is to report the developed tasks trough out the 2013/2014 Teacher
Training, inserted on the 10th grade Professional Physics class. Another key goal is to
describe the educational investigation that was developed having as a key focus the use
of cooperative teaching techniques.
Each Chemistry and Physics teaching components will be described with the class
and modules name, time, goals, class development, backup documentation and a final
class reflection.
Concerning educational investigation, the subject-matter choice came from the need
to pursue the student’s right to have educational success. To try different approach
strategies and different teach-learn methods can, in some cases, make the difference in
the students’ school performance and improve their feelings concerning school itself.
Upon the cooperative learning techniques application, it was possible to check that
the best scoring students were the ones that usually have a sufficient or excellent. It is
also possible to conclude that approximately half the class increase their module grade
in 1 or 2 values. I believe that these results fit the predictable outcome and meet the
initial bibliographic research. Not only it’s visible an overall improvement on students
grade, as also the students with lower grades are the ones where that improvement is
more notorious.
Keywords: Cooperative learning, professional teaching, pedagogic differentiation,
teaching science
8
Índice Geral
Agradecimentos ........................................................................................................... 5
Resumo ........................................................................................................................ 6
Abstract ........................................................................................................................ 7
Índice Geral .................................................................................................................. 8
Índice de Tabelas ....................................................................................................... 10
Índice de Figuras ........................................................................................................ 11
1 Introdução ............................................................................................................ 14
2 A Escola ............................................................................................................... 17
2.1 Caracterização da escola .............................................................................. 17
2.2 Estrutura orgânica da delegação do Barreiro ............................................... 18
2.3 EPBJC - Barreiro .......................................................................................... 18
2.4 Instalações .................................................................................................... 20
2.5 O Patrono ..................................................................................................... 20
2.6 Instalações para o Ensino de FQ .................................................................. 21
3 Atividades letivas ................................................................................................ 24
3.1 Funcionamento do estágio ............................................................................ 24
3.2 Caracterização do Curso de THSTA (Técnico de Higiene e Segurança no
Trabalho e Ambiente) ................................................................................................. 25
3.3 Caracterização da turma do 10.ºano THSTA ............................................... 29
3.4 Conteúdos programáticos da disciplina de Física e Química ....................... 29
3.5 Lecionação de Física .................................................................................... 31
Funcionamento do Módulo 4: Circuitos elétricos (10.º ano) ............................. 31
Aula n.º 14 do módulo 4 .................................................................................... 31
Aula n.º 15 do módulo 4 .................................................................................... 34
9
Aula n.º 16 do módulo 4 .................................................................................... 41
3.6 Lecionação de Química ................................................................................ 43
Aulas n.º 14 e 15 do módulo 6 ........................................................................... 43
3.7 Coordenação de Curso ................................................................................. 50
4 Atividades não letivas .......................................................................................... 57
4.1 Visitas de estudo .......................................................................................... 57
4.2 Visita ao CERN (Genebra) ........................................................................... 62
4.3 Outros projetos em que a estagiária esteve envolvida .................................. 65
5 Um Estudo sobre Aprendizagem Cooperativa e Diferenciação Pedagógica ....... 69
5.1 Introdução e objectivos ................................................................................ 69
5.2 Revisão da literatura ..................................................................................... 71
5.3 Método ......................................................................................................... 75
5.4 Resultados e Discussão ................................................................................ 79
5.5 Conclusões ................................................................................................... 82
6 Reflexão final ...................................................................................................... 85
7 Referências .......................................................................................................... 88
8 Anexos ................................................................................................................. 90
10
Índice de Tabelas Tabela 1: Plano de estudos do curso de THSTA. ...................................................... 28
Tabela 2: Designação modular da disciplina de FQ. ................................................. 30
Tabela 4: Idade dos alunos da turma no início do ano letivo .................................... 75
Tabela 5: Classificação obtida no teste ...................................................................... 80
Tabela 6: Classificação da disciplina de FQ no 10.º ano ........................................... 81
11
Índice de Figuras Figura 1: Sede da EPBJC (Lisboa) ............................................................................ 17
Figura 2: EPBJC - Delegação do Barreiro ................................................................. 20
Figura 3:Bento de Jesus Caraça aos 13 anos ............................................................. 21
Figura 4: Laboratório de FQ (mesas móveis) ............................................................ 22
Figura 5: Vídeos visualizados em aula sobre motor elétrico .................................... 32
Figura 6: Protocolo experimental elaborado em conjunto com os alunos sobre o
motor elétrico .................................................................................................................. 33
Figura 7: Protocolo experimental elaborado em conjunto com os alunos – motor
elétrico ............................................................................................................................ 33
Figura 8: Plano de aula do professor sobre magnetismo, ilustrando como comentário
alguns aspetos a enfatizar ............................................................................................... 35
Figura 9:Vídeo mostrado aos alunos em aula sobre campo magnético ..................... 36
Figura 10: Plano de aula do professor sobre campo magnético , ilustrando como
comentário alguns aspetos a enfatizar ............................................................................ 37
Figura 11:Aluno a induzir corrente elétrica com recurso a uma bobina e um íman .. 38
Figura 12: Vídeo mostrado aos alunos em aula sobre campo magnético .................. 38
Figura 13:Estagiária a explicar um procedimento após esquema no quadro ............. 38
Figura 14: Plano de aula da estagiária – indução eletromagnética, ilustrando como
comentário alguns aspetos a enfatizar ............................................................................ 39
Figura 15: Plano de aula da estagiária – motor elétrico, ilustrando como comentário
alguns aspetos a enfatizar ............................................................................................... 40
Figura 16: Alunos a desenvolver o esquema da construção do motor elétrico.......... 42
Figura 17:Estagiária a auxiliar os alunos ................................................................... 42
Figura 18:motor elétrico a funcionar ......................................................................... 43
Figura 19: Caderno diário de um aluno – exercícios ................................................. 44
Figura 20: Explicação com base no raciocínio .......................................................... 45
12
Figura 21: Explicação com base em equações ........................................................... 46
Figura 22: Estagiária a apresentar a tarefa prática aos alunos ................................... 46
Figura 23: Indicação esquemática dos grupos de trabalho ........................................ 47
Figura 24: Realização da atividade prática por parte dos alunos ............................... 47
Figura 25: Excerto do protocolo do professor, ilustrando como comentário alguns
aspetos a enfatizar ........................................................................................................... 48
Figura 26: Excerto do protocolo do professor – Procedimento - , ilustrando como
comentário alguns aspetos a enfatizar ............................................................................ 49
Figura 27: Explicação feita aos alunos sobre leitura rigorosa ................................... 49
Figura 28: Excerto do protocolo do professor – verificar significados - , ilustrando
como comentário alguns aspetos a enfatizar .................................................................. 49
Figura 29: Declaração de interesse de uma entidade acolhedoa para estágios .......... 51
Figura 30: Cronograma modular incluído no PCC – Projeto Curricular de Curso .... 52
Figura 31: Programa informático utilizado para a gestão escolar ............................. 53
Figura 32: Júri das PAP - Provas de Aptidão Profissionais ....................................... 55
Figura 33: Excerto de uma PAP - Desenvolvimento do projecto. ............................. 55
Figura 34: Excerto de uma PAP - Resultados. ........................................................... 56
Figura 36: Alunos do 10.º ano do curso THSTA no Centro de Ciência Viva .......... 57
Figura 37: Visita de estudo - verificação das fichas de dados de segurança dos
produtos químicos (Estaleiro em Palmela) ..................................................................... 58
Figura 38: Verificação das condições de segurança das máquinas no estaleiro ........ 58
Figura 39: Visita de estudo - reconhecimento do estado inicial de uma obra de
repavimentação ............................................................................................................... 59
Figura 40: Segunda visita de estudo a uma obra ....................................................... 60
Figura 41: Verificação das condições de SHT no local em análise. .......................... 60
Figura 42: Alunos a assistir a experiências de microbiologia. .................................. 61
Figura 43: Notícia do projecto desenvolvido na disciplina de AMART ................... 62
13
Figura 44: Representação esquemática do CERN (Aceleradores e Detetores) ......... 63
Figura 45: Estagiárias a visitar o CMS ...................................................................... 64
Figura 46:Estagiárias na ONU ................................................................................... 65
Figura 47: Visita de estudo ao CATICA - Centro Social de Coina ........................... 66
Figura 48: Palestra dinamizada pela ACT ................................................................. 67
Figura 49: Alunos da turma do 10.º THSTA a explicar o rótulo de um extintor ....... 67
Figura 50: Equipa de futsal - Professores .................................................................. 68
Figura 52: Excerto de uma ficha que reflete o conteúdo temático abordado ............ 78
Figura 53:Excerto de uma ficha de avaliação – tabela periódica .............................. 79
Figura 54: Turma do 10.º ano THSTA ...................................................................... 84
14
1 Introdução
Este relatório tem como principal objetivo descrever as tarefas desenvolvidas ao
longo do ano letivo 2013/2014 no âmbito do Estágio Pedagógico, no contexto da
unidade curricular Prática Profissional do Mestrado Ensino da Física e da Química no
terceiro ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário, da Faculdade de Ciências e
Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. Um outro objetivo essencial deste
documento é relatar a investigação educacional que foi desenvolvida no decorrer deste
estágio que se prende com a aplicação da aprendizagem cooperativa no ensino das
ciências em alunos do ensino profissional de uma turma do décimo ano de escolaridade.
O estágio decorreu na Escola Profissional Bento de Jesus Caraça – Delegação do
Barreiro, sendo o núcleo de estágio constituído pelo Orientador Pedagógico, o Professor
Doutor Vítor Teodoro; pelo Orientador de Estágio, a professora Dulce Ribeiro e pela
professora estagiária, Dora Teresa.
Apresenta-se a entidade acolhedora de estágio, de forma a dar a conhecer a sua
origem e estreita relação com a CGTP, o patrono, os valores e inovação pedagógica,
bem como a descrição da delegação do Barreiro ao nível das suas instalações, projecto
educativo, equipa docente e turmas existentes.
Este relatório encontra-se dividido em duas partes distintas, na primeira descreverei o
estágio pedagógico que inclui as tarefas complementares ao mesmo e na segunda será
apresentado o estudo sobre Aprendizagem Cooperativa. Existe ainda uma parte do
relatório comum a ambos os pontos que diz respeito à caracterização da escola e da
turma em que incidiu essencialmente todo este trabalho desenvolvido.
Quanto à investigação educacional, a motivação para a escolha do tema surgiu da
necessidade de procurar o sucesso educativo a que os alunos têm direito. Implementar
diferentes estratégias e experimentar outros métodos de ensino-aprendizagem poderá,
em alguns casos, fazer a diferença nos resultados escolares obtidos pelos alunos e na
satisfação dos mesmos perante a escola.
Após a aplicação das tarefas de aprendizagem cooperativa, foi possível verificar que
os resultados de alguns alunos sofreram uma melhoria ligeira, revelando-se importante
continuar a explorar esta forma de aprendizagem.
15
É importante, para quem ambiciona lecionar ciências, a compreensão profunda do
seu significado, bem como ter a noção do impacto que isso pode trazer para a vida de
um jovem. “Ciência, num sentido lato, é qualquer sistema de conhecimento que procure
fornecer um modelo objetivo da realidade. Num sentido mais restrito, a ciência refere-se
a um sistema de aquisição de conhecimento com base no método científico, bem como
ao corpo de conhecimento obtido através da investigação”. (Rocard, 2007)
Tem sido notório o afastamento dos jovens da área das ciências e esta situação deve-
se essencialmente à forma como a ciência é apresentada, regra geral, muito
matematizada e complexa. A diversidade de fenómenos físicos que ocorrem no
quotidiano não são de compreensão nada fácil e explica-los à luz da ciência poderá ser
entediante, principalmente se o ensinador não estiver familiarizado e treinado nessa
matéria. Independentemente desses fenómenos, com explicações científicas, serem
«muito estranhos», cabe ao professor o papel de manter no aluno a sua intrínseca
curiosidade para compreender o que o rodeia.
É importante para a formação de um cidadão a compreensão da matemática e da
ciência para que o mesmo possa conhecer o pensamento lógico e ter uma compreensão
lata daquilo que o rodeia. Desta forma, estaremos a contribuir para a formação de
pessoas mais informadas que estarão apetrechadas de conhecimentos técnicos. Sobre
esta mesma questão trata “o relatório da OCDE «Evolução do Interesse dos Estudantes
nos Estudos de Ciência e Tecnologia» identifica que a “educação científica tradicional,
pode sufocar a curiosidade natural das crianças para as disciplinas tendo um impacto
negativo sobre o desenvolvimento de atitudes perante a aprendizagem da ciência”
(Rocard, 2007, p. 8). É pois crucial que seja feito um ensino diferenciado atendendo às
diferenças entre escolas, turmas e alunos.
Este relatório recomenda ainda que “ensinar se concentre mais em conceitos e
métodos específicos do que na retenção de informação por si só e que seja dado apoio
mais sólido à formação científica dos professores”. Desta forma, posso verificar que,
não só as técnicas pedagógicas são importantes, como, principalmente a formação
científica dos professores é determinante no sucesso do ensino dos alunos.
Um outro problema identificado no estudo «Europe Needs More Scientists» é o facto
das disciplinas científicas serem “frequentemente ensinadas de modo muito abstrato”.
(Rocard, 2007, p. 8)
16
A maior parte da comunidade de educação científica concorda em que as práticas
pedagógicas baseadas nos métodos de investigação são mais eficazes, no entanto a
realidade na sala de aula na maioria da Europa não segue esta abordagem. Isto leva-nos
a pensar que nem sempre aquilo que é desejável acontece em sala de aula e ainda existe
um longo caminho a percorrer nesse sentido.
No referido estudo chega-se à conclusão que a educação baseada na abordagem
indutiva em que na sala de aula há “espaço à observação e experimentação e construção
em que a criança constrói o seu conhecimento, orientada pelo professor” produz
melhores resultados de aprendizagem tendo um impacto ainda maior “sobre os
estudantes com menos autoconfiança e os de meios desfavorecidos.” (Rocard, 2007,
p. 9)
No que diz respeito à disciplina de física e química, do 10.º ano de escolaridade do
ensino profissional, o programa da mesma pretende cobrir, ao longo dos diferentes
módulos, um conjunto de temas e conceitos de Física e de Química importantes para a
consolidação, pelos alunos, de um modo de compreender, ainda que simplificado,
alguns fenómenos naturais ou provocados, numa perspetiva de cidadania que permita
uma escolha consciente de uma carreira futura ligada, ou não, a este estudo. (DGF,
2007)
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2.2 Estrutura orgânica da delegação do Barreiro
O Diretor da Delegação exerce, ao nível da delegação, as competências da Direção,
nomeadamente, a gestão financeira e administrativa. Tem também como funções a
dinamização da escola e a afirmação da mesma na comunidade barreirense, assim como,
assegurar as condições necessárias ao normal funcionamento da Escola.
O Orientação Educativa de Turma assume no desenvolvimento curricular da
formação, o papel de gestor pedagógico intermédio, envolvendo-se diretamente na
promoção do desenvolvimento pessoal e social dos alunos, assim como, na dinamização
e coordenação pedagógico-curricular dos professores da turma.
A Coordenação de Curso exerce funções da gestão do curso, organização e
candidatura do mesmo. É responsável pela promoção de actividades e eventos que
estimulem os alunos para que os mesmo apendam de forma prática e proveitosa. É
essencial que este coopere com a Orientadora Educativa de Turma na dinamização e
coordenação pedagógico-curricular dos professores da turma.
Os Serviços de Psicologia e Orientação Vocacional estão direcionados para o apoio
e orientação educativa com intervenção quer individual, quer de grupo de alunos.
Os Serviços Administrativos constituem o suporte organizativo e funcional de toda
a atividade da Escola nos seus diversos domínios.
2.3 EPBJC - Barreiro
Esta Delegação do Barreiro surgiu em 1990 ministrando o curso Técnico de Higiene
e Segurança que se tornou um curso de referência para esta Delegação, registando
elevadas taxas de empregabilidade, essencialmente devido ao facto de existirem a nível
nacional muito poucos profissionais desta área, bem como o forte crescimento da
construção civil que se verificou nessa década. Mais recentemente a Delegação do
Barreiro passou por um processo de renovação, ganhando um novo conceito e
reafirmando-se no Concelho, mantendo sempre os valores institucionais. Atualmente
esta Delegação ministra os cursos Técnico Animador Sociocultural, Técnico de Higiene
e Segurança do Trabalho e Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos.
19
Quanto à equipa que trabalha nesta delegação, caracteriza-se da seguinte forma:
Pessoal Docente
Constituído por 22 professores das componentes de formação Sociocultural,
Científica e Prática, dos quais 10 são professores, a tempo inteiro, ainda que 5
partilhem a sua atividade por 3 delegações da EPBJC (Lisboa, Seixal e
Barreiro).
Pessoal Não-Docente
Constituído pelo Diretor da Delegação, Diretor Pedagógico, 3
Administrativas, 1 Psicóloga, 1 funcionária dos serviços de limpeza e 1 Técnico
Informático (a tempo parcial).
Nesta escola existe uma aposta na estimulação do raciocínio através de um ensino
prático, respeitando o ritmo e as caraterísticas de aprendizagem de cada aluno. A
relação estabelecida entre a escola, o aluno e a sua família é tendencialmente de grande
proximidade, envolvendo e responsabilizando cada um no processo de aprendizagem.
A cultura desta escola assenta na prática de ideias que são opções de intervenção
educativa:
A Escola inclusiva, esbatendo os múltiplos fatores de exclusão social,
económica, profissional e cultural;
A formação para a cooperação, veiculando a ideia e favorecendo
comportamentos em que os processos colaborativos superem, com vantagem, a
concorrência destrutiva;
A formação para a solidariedade, combatendo o individualismo egoísta que
perpassa em muitos dos valores, atitudes e comportamentos que predominam na
sociedade atual;
A formação para a autonomia pessoal, e para a iniciativa, afastando
determinismos de exclusão;
A formação para a cidadania, ajudando à aquisição de comportamentos de
intervenção cívica, balizada em valores democráticos, humanistas e de
solidariedade.
(Em: www.epbjc.pt acesso em 05/06/2014)
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24
3 Atividades letivas
3.1 Funcionamento do estágio
No âmbito do Mestrado em Ensino da Física e da Química, foi realizado o estágio de
Prática Profissional que consistiu na realização e acompanhamento de actividades
letivas e não letivas em concordância com o horário da professora Dulce Ribeiro,
professora orientadora do estágio. Na parte correspondente à componente lectiva foi
possível, por parte da estagiária, observar as aulas leccionadas pela professora
orientadora, assim como ensinar nas disciplinas de Física e Química, na turma do
10.ºano do curso profissional de Técnico de Higiene e Segurança no Trabalho e
Ambiente. A estagiária incidiu a sua prática de aulas assistidas nas seguintes
componentes letivas da Física e da Química de 10.º ano:
Módulo n.º 4: “Circuitos Elétricos”;
Módulo n.º 5: “Estrutura Atómica e Tabela Periódica”;
Módulo n.º 6: “Soluções”.
Relativamente ao projecto de investigação educacional, desenvolvido pela estagiária,
o mesmo decorreu no contexto da prática de aulas assistidas, tendo sido desenvolvido
no decorrer das aulas do Módulo n.º 5: “Estrutura Atómica e tabela Periódica”.
No que diz respeito à componente não lectiva, esta foi muito variada, abrangendo as
actividades de coordenação de curso de duas turmas deste mesmo curso, 10.º e 12.º anos
de escolaridade exclusivamente da responsabilidade da estagiária; o acompanhamento
de alunos em estágios curriculares, treze no total; planeamento e acompanhamento de
visitas de estudo; visita de estudo ao CERN e envolvimento em diversos projetos em
curso na escola, ficando também responsável por alguns deles. Para além destas tarefas
a estagiária acompanhou as tarefas inerentes à função de Orientação Educativa de
Turma, uma vez que, enquanto coordenadora de curso trabalhou de forma muito estreita
com este elemento.
Em relação aos recursos escritos utilizados no módulo, à semelhança do que acontece
com todos os módulos e disciplinas da escola, não existe um manual adoptado para a
disciplina, ficando à responsabilidade do professor a elaboração de um guia de
25
aprendizagem. Este guia de aprendizagem é fundamentalmente constituído por fichas de
exercícios, conteúdos teóricos, textos e artigos de apoio.
3.2 Caracterização do Curso de THSTA (Técnico de Higiene e
Segurança no Trabalho e Ambiente)
De acordo com a Portaria n.º 891/2005 de 26 de Setembro que criou o curso, um
THSTA é um profissional qualificado apto a desenvolver atividades de prevenção
contra riscos profissionais, de forma a elimina-los ou reduzi-los.
As atividades principais desempenhadas por este técnico são:
1. Colaborar no planeamento e na implementação do sistema de gestão de
prevenção da empresa:
Participar na elaboração de diagnósticos que permitam caracterizar o
processo produtivo;
Participar na elaboração do plano de prevenção de riscos profissionais;
Participar na elaboração ou desenvolvimento de planos específicos de
prevenção e proteção exigidos pela legislação;
Participar na definição dos procedimentos a adotar em situações de
emergência, designadamente de combate ao sinistro, de evacuação e de
primeiros socorros;
2. Colaborar no processo de avaliação de riscos profissionais:
Identificar perigos associados às condições de segurança, aos contaminantes
químicos, físicos e biológicos e à organização e carga de trabalho;
Estimar riscos a partir de metodologias e técnicas adequadas aos perigos
detetados;
Valorar riscos a partir da comparação dos resultados obtidos na estimativa
dos mesmos com critérios de referência previamente estabelecidos;
3. Desenvolver e implementar medidas de prevenção e de proteção:
26
Propor medidas de prevenção e de proteção, observando, nomeadamente, os
princípios gerais de prevenção e as disposições legais;
Implementar e acompanhar a execução das medidas de prevenção e de
proteção;
Assegurar a eficiência dos sistemas necessários à operacionalidade das
medidas de prevenção e de proteção implementadas, acompanhando as
atividades de manutenção dos sistemas e equipamentos de trabalho e
verificando o cumprimento dos procedimentos preestabelecidos;
Gerir o aprovisionamento e a utilização de equipamentos de proteção
individual e assegurar a instalação e manutenção da sinalização de
segurança;
Avaliar a eficiência das medidas implementadas, através da reavaliação dos
riscos e da análise comparativa com a situação inicial;
4. Colaborar na conceção de locais, postos e processos de trabalho:
Participar nas vistorias aos locais, de forma a assegurar o cumprimento das
medidas de prevenção e de proteção preconizadas;
Participar na integração das medidas de prevenção e de proteção na conceção
de processos de trabalho e na organização dos postos de trabalho;
5. Colaborar no processo de utilização de recursos externos nas atividades de
prevenção e de proteção:
Participar na identificação de recursos externos e no processo da sua
contratação;
Acompanhar a ação dos serviços contratados, disponibilizando a informação
e contribuindo para a obtenção dos meios necessários à sua intervenção,
promovendo a sua articulação com os diversos sectores da empresa e
participando na implementação das respetivas medidas;
Participar no processo de avaliação de desempenho dos serviços contratados
e da adequabilidade e viabilidade das medidas preconizadas;
6. Assegurar a organização da documentação necessária ao desenvolvimento da
prevenção na empresa:
27
Elaborar registos e organizar e atualizar documentação através do tratamento
e arquivo regular da informação;
Garantir a acessibilidade da informação, identificando os destinatários e
utilizadores e assegurando o envio da respetiva documentação; (Teresa,
2013)
28
Plano de Estudos do Curso de THSTA
Tabela 1: Plano de estudos do curso de THSTA
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Área de Integração 76 72 72 220
TIC 100 - - 100
Educação Física 51 51 38 140
Subtotal de horas 409 303 288 1000
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Matemática 99 99 102 300
Física e Química 102 98 - 200
Subtotal de horas 201 197 102 500
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Segurança Higiene do Trabalho 130 160 150 440
Ambiente e Métodos de Análise de Risco do Trabalho
165 125 110 400
Saúde Ocupacional e Ergonomia 70 90 - 160
Estudo e Organização do Trabalho 60 60 60 180
Formação em Contexto de Trabalho - 140 280 420
Subtotal de horas 425 575 600 1600
Total de Horas por ano e Curso 1035 1075 990 3100
29
3.3 Caracterização da turma do 10.ºano THSTA
A turma era constituída por vinte e seis alunos, com idades compreendidas entre os
quinze e os vinte e quatro anos, sendo a média de idades, dezoito anos.
A maioria dos alunos, dezoito, era residente do concelho do Barreiro e os restantes
encontravam-se distribuídos pelas seguintes zonas: Moita; Pinhal Novo; Azeitão;
Quinta do Conde e Corroios.
Relativamente ao contexto familiar, verifica-se que todos os alunos viviam com os
seus encarregados de educação, que nem sempre são os próprios progenitores, como
sucede em duas situações na turma. Existia ainda um aluno era o seu próprio
encarregado de educação, uma vez que tinha a sua própria fonte de rendimento. No
total, existiam três alunos que conciliam os estudos com um trabalho que desenvolvem.
Com base nos dados pessoais dos alunos e familiares, constata-se que grande parte
dos encarregados de educação tem apenas o 4.º, 6.º ou o 9.º anos de escolaridade, e que
todos apoiaram o respetivo educando na decisão de ingressar num curso profissional e
nesta escola, incentivando-os, assim, a apostar na sua formação.
Relativamente ao percurso escolar dos alunos, apenas cinco alunos transitaram
sempre de ano escolar até ao 9.º ano, ou seja, nunca reprovaram. Os restantes já haviam
reprovado pelo menos uma vez (9 alunos), duas vezes (7 alunos) ou três vezes (5
alunos). Todavia, a maior parte dos alunos (21) estava pela primeira vez no 10.º ano de
escolaridade. No que toca ao seu percurso escolar linguístico, quatro alunos não tiveram
uma segunda língua estrangeira.
A maioria dos alunos optou por frequentar o curso, tendo apenas como primeiro
objetivo obter o 12.º ano de escolaridade. Apenas quatro alunos mostraram interesse na
formação específica do curso para poderem trabalhar na área do mesmo. (Ourelo, 2013)
3.4 Conteúdos programáticos da disciplina de Física e Química
Tendo em atenção o elenco modular do curso de Técnico de Higiene e Segurança no
Trabalho e Ambiente, a disciplina de Física e Química encontra-se organizada da
seguinte forma no 10.º ano:
30
Tabela 2:Designação modular da disciplina de FQ
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5 Estrutura atómica. Tabela periódica. Ligação química (Q1)
18
6 Soluções (Q2) 18
Total 102
Os programas das disciplinas que serão abordados no estágio referem-se aos que
constam no 10.º ano e que serão apresentados de seguida;
Módulo 4: Circuitos Elétricos
A utilização da energia elétrica é uma das características do mundo moderno, parte
integrante do nosso quotidiano, sendo impossível imaginar o funcionamento da
sociedade sem recurso a esta forma de energia. O objetivo deste módulo é a introdução
da energia elétrica sob os seus diferentes aspetos, desde a produção à utilização.
Módulo 5: Estrutura atómica. Tabela periódica. Ligação química
Através do tema organizador deste módulo, “Estrutura Atómica. Tabela Periódica.
Ligação Química”, procura-se revisitar o que são, como se organizam e como se ligam
os átomos", ideias estruturantes e fundamentais do conhecimento químico já abordadas
no 3.º Ciclo do Ensino Básico.
Mas os elementos químicos também são suscetíveis de um modelo interpretativo que
se desenvolve em torno da constituição dos átomos respetivos. A evolução histórica dos
diferentes modelos converge no modelo atual: o modelo quântico. Paralelamente
desenvolve-se a história da organização dos elementos, até à atual Tabela Periódica.
Feita a interpretação da constituição de um átomo, importa conhecer o modo como os
31
átomos se ligam entre si para formar novas unidades estruturais como os iões e as
moléculas, de acordo com diferentes modelos da ligação química.
Módulo 6: Soluções
Através do tema organizador deste módulo, “Soluções”, procura-se dar uma
relevância especial à preparação de soluções e sua diluição e ao respetivo trabalho
laboratorial com tudo aquilo que implica a nível de destreza e eficiência no
manuseamento dos vários equipamentos a utilizar. Será de salientar a preocupação
continuada com a segurança e com o impacto ambiental dos resíduos laboratoriais, bem
como a sua reutilização ou destruição/eliminação. (DGF, 2007)
3.5 Lecionação de Física
Funcionamento do Módulo 4: Circuitos elétricos (10.º ano)
De acordo com as orientações programáticas da disciplina de Física e Química, os
objectivos a cumprir neste módulo são: a compreensão de que a corrente elétrica
constitui uma forma de transporte de energia, identificando dispositivos que permitem
transformar em energia elétrica outras formas de energia; as leis dos circuitos elétricos
que permitem o transporte da energia elétrica até aos locais de consumo; o facto da
variação de um campo magnético poder conduzir à criação de uma corrente elétrica
num circuito e que este fenómeno está na base dos geradores existentes nas centrais
hidroelétricas e térmicas. (DGF, 2007)
A estagiária lecionou algumas aulas deste módulo, que culminaram no
desenvolvimento de uma actividade prática que aqui será descrita. Serão também
apresentados alguns dos suportes das aulas leccionadas de forma teórica como
preparação para a aula prática de “Construção de um motor eléctrico”. Outros recursos
utilizados neste mesmo módulo encontram-se em anexo, devidamente referenciados
pelo nome do módulo.
Aula n.º 14 do módulo 4
Tipo de aula: Teórica
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Balanço da aula: A estagiária constatou que os alunos revelaram muito entusiasmo
com este tipo de abordagem à matéria nova que iriam estudar, sentindo-se envolvidos
no processo de aprendizagem uma vez que foram eles que ajudaram a estagiária a
elaborar um protocolo experimental. Relativamente a esse mesmo protocolo a estagiária
considera que deveria ter dado mais autonomia, orientada, aos alunos para que cada
grupo pudesse delinear e esquematizar, atempadamente, o motor elétrico que pretendia
construir posteriormente na aula experimental.
Aula n.º 15 do módulo 4
Tipo de aula: Teórica
Turma:10.ºano THSTA
N.º do módulo: 4 (circuitos eléctricos)
Duração: 60 minutos
Objetivos: Compreensão, por parte dos alunos, do objeto íman e eletroíman; noção
de campo magnético e princípio de funcionamento de um motor elétrico.
Recursos: Videoprojector, colunas, computador, multímetro, íman, fio elétrico e
quadro branco. Fichas de apoio e planos de aula elaborados com base em livros
disponibilizados pelo coordenador de mestrado.
Desenvolvimento da aula:
Após a preparação da experiência, na aula anterior, esta aula foi inteiramente
dedicada à explicação de algumas propriedades do campo magnético criado por imans e
correntes elétricas. As páginas seguintes apresentam os conteúdos teóricos transmitidos
aos alunos durante esta aula que antecedeu a aula prática. Estes documentos serviram de
base para a estagiária expor a matéria e esclarecer os alunos.
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Balanço da aula: A estagiária verificou que os alunos tiveram alguma dificuldade
em compreender todos os conteúdos leccionados, no entanto, sentiram-se envolvidos na
aula, participando sempre que lhes foi solicitado. No que diz respeito às tarefas
desenvolvidas pelos alunos, constatou-se que teria sido preferível os alunos fazerem,
individualmente, os esquemas no seu caderno diário, nomeadamente sobre: linhas de
força e indução electromagnética.
Aula n.º 16 do módulo 4
Tipo de aula: Experimental
Turma:10.º ano THSTA
N.º do módulo: 4 (circuitos eléctricos)
Duração: 60 minutos
Objetivos: Construção de um motor eléctrico simples.
Recursos: fio de cobre, pilhas, clipes grandes, marcador permanente, copos de
plástico, ímanes, elásticos, fita-cola, crocodilos ou pinças, multímetro. Fichas de apoio e
planos de aula elaborados com base em livros disponibilizados pelo coordenador de
mestrado.
Desenvolvimento da aula:
Esta aula iniciou com uma revisão, por parte da estagiária, daquilo que se pretendia
fazer. Foram organizados rapidamente os grupos de trabalho, já anteriormente formados
e cada grupo de alunos começou a fazer um esquema do motor elétrico que pretendiam
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A estagiária
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uma solução
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e desenvolv
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da actividad
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44
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e respeito p
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rno diário de
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– problema
artida e/ou
dos; elabora
tividade pr
o sólido. De
eu ao longo
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desenvolvi
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na de Físic
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de laborat
s de seguran
a; interpreta
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e seguida se
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e e concent
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ar os resul
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R
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lunos o raci
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Fi
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45
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ção tal com
plicação com
luções foram
nada conce
mo surge na
mo surge na
m base no rac
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figura n.º 7
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6 e no outro
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A
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enco
Após estas a
ca com os
ntra em ane
Fi
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Figura 22
igura 21: Exp
a estagiári
com a ajud
2: Estagiária
46
plicação com
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m base em eq
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activ
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ca, bem com
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Figura 2
a estagiária
s alunos con
erificarem o
parte da esta
icas, calcula
soras, se ess
Figura 24:
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mo os prin
m soluto só
esclarecida
23: Indicação
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nsultarem a
o número d
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arem o núm
se valor se e
Realização
47
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ncipais objec
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a tabela per
de massa d
a a necessid
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adas de tr
ultaram a t
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os deveriam
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A estagiária
os consegu
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semelhante
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Um outr
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rar-se no ce
m ter inicia
o process
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Fig
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Figura 27
gura 28: Exc
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mo comentá
sido explic
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49
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o feita aos al
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ilustrando
medição rig
osa
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gorosa
50
3.7 Coordenação de Curso
A estagiária teve a atribuição da coordenação de curso em duas turmas do curso de
THSTA, uma de 10.º ano e outra de 12.º ano. Esta tarefa é responsabilidade sua, há já
quatro anos consecutivos na EPBJC. De seguida serão apresentadas algumas das tarefas
desempenhadas pela estagiária no ano lectivo 2013/2014.
Elaboração da candidatura ao curso de THSTA para o próximo ano letivo
De forma a garantir a possibilidade de abertura de uma turma de 10.º ano deste curso
no próximo ano letivo, houve a necessidade de elaborar e reunir documentação diversa,
nomeadamente:
Recolha de declarações de interesse por parte de entidades cooperantes com o
curso, aproximadamente trinta, que atestem a qualidade do nosso sistema de
ensino
Elaboração de um documento designado “Fundamentação” que apresenta o
curso a vários níveis, nomeadamente: Importância da Higiene e Segurança no
Trabalho e Ambiente; Evolução histórica da Higiene e Segurança no Trabalho e
Ambiente; Regulamentação do setor; Funções do técnico e saídas profissionais;
Formação em Contexto de Trabalho e Projetos desenvolvidos; Parcerias e
empregabilidade; Imprensa: Investimentos previstos; Procura de um primeiro
emprego/candidatura ao ensino superior e Recursos
Recolha de certificados dos professores/formadores que lecionam o curso
Elaboração de um quadro de formadores com a indicação das unidades
modulares a lecionar. Elaboração de um cronograma modular das disciplinas.
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fessor orien
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colar
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54
Orientação de alunos em estágio
As visitas de acompanhamento de FCT – Formação em Contexto de Trabalho
envolvem o preenchimento de fichas de autoavaliação dos alunos, bem como a
identificação de situações a melhorar por parte do mesmo. Esta análise é feita por parte
do professor orientador, pertencente à escola e o tutor de estágio, pertencente à empresa.
Estabelecimento de novas parcerias para o desenvolvimento de estágios
A atribuição de novos locais para o desenvolvimento da FCT – Formação em
Contexto de Trabalho - dos alunos é uma das tarefas a desenvolver pelo coordenador de
cada um dos cursos desta escola.
Este ano lectivo, foi possível alargar a já muito vasta rede de parceiros de estágio na
área de HSTA, nomeadamente através do estabelecimento de protocolos com as
seguintes entidades:
brito & macdonald – Saúde e Segurança no Trabalho (Almada)
Interprev – Segurança e Saúde no Trabalho (Lisboa)
CATICA – Centro Comunitário de Coina
Grupo CentralMed
PAP – Provas de Aptidão Profissionais
No final do curso profissional, os alunos apresentam um projecto final de curso
designado por: Prova de Aptidão Profissional. Estas provas reflectem o trabalho
desenvolvido ao longo de dois meses de FCT – Formação em Contexto Real de
trabalho.
Cabe à coordenação do curso, constituir o júri que ditará a classificação dos alunos
nestas provas. No ano lectivo 2013/2014, o júri externo foi constituído por:
Gabriela Barata: Inspetora da ACT – Autoridade para as Condições do
Trabalho.
Isabel Santos: Diretora da Revista Segurança, uma das publicações mais
importantes nesta área de estudo.
Luís Fontes Machado: Engenheiro e Técnico de HST com décadas de
experiência nesta área, tendo já feito diversas publicações.
O
profe
coord
D
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Os relatórios
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De seguida se
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eriormente,
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ra as turma
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nsabilidade
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curso, ond
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no lectivo
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4 A
4.1
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69
5 Um Estudo sobre Aprendizagem Cooperativa e
Diferenciação Pedagógica
5.1 Introdução e objectivos
No âmbito do mestrado em ensino de Física e Química e no decorrer do estágio foi
abordada a aprendizagem colaborativa em sala de aula. Foram estabelecidos os
objetivos específicos desta investigação, caracterizado o público-alvo, feita uma revisão
bibliográfica e escolhidas as estratégias de investigação que melhor se adequavam.
Posteriormente foram apresentados os resultados e discutidos de forma a obter
indicações conclusivas a respeito do estudo.
O principal objetivo deste estudo foi a verificação da aquisição de conhecimentos por
parte dos alunos, após a aplicação de técnicas de aprendizagem cooperativa em sala de
aula, num determinado conteúdo programático.
Por acreditar na diferenciação pedagógica como estratégia de aprendizagem
primordial, escolhi a aprendizagem cooperativa como tema de estudo a analisar. A
minha motivação para a escolha do tema surgiu da necessidade de procurar que um
maior número de alunos consigam compreender aquilo que lhes é ensinado.
Implementar diferentes estratégias e experimentar outros métodos de ensino-
aprendizagem poderá, em alguns casos, fazer a diferença nos resultados escolares
obtidos pelos alunos e consequentemente aumentar a sua motivação.
Na turma em análise existiam alunos que já tinham frequentado o ensino secundário
regular, encontrando-se por isso familiarizados com alguns dos conteúdos
programáticos abordados. Por oposição, existiam também alunos que apresentavam
dificuldades de compreensão de conceitos e conteúdos básicos. A turma alvo deste
estudo foi do 10.° ano do curso profissional de Técnico de Higiene e Segurança no
Trabalho e Ambiente.
Foi escolhida a metodologia designada por Divisão dos Alunos por Equipas para o
Sucesso (STDA - Student Team Achievement Division). Esta é uma metodologia de
aprendizagem cooperativa que apresenta diversas fases. Segundo Slavin (1986,1995,
1999) e Stevens, Slavine Farnish (1991), citados por Lopes e Silva (2009), existem
70
diversas fases que devem ser tidas em conta na metodologia Divisão dos Alunos por
Equipas para o Sucesso, nomeadamente:
Apresentação à turma pelo docente.
O professor faz a apresentação da aula não focando apenas o conteúdo da mesma
mas também a forma como se irá desenrolar, nomeadamente explicar a
importância de todos os alunos estarem muito atentos e participativos nestas
aulas para depois conseguirem responder a um teste final.
Trabalho de grupo.
O principal papel do grupo é preparar os seus membros para o teste da tarefa.
Assim, os alunos em grupo estudam as fichas, discutem os problemas e
comparam respostas.
Teste de avaliação individual.
Depois da explicação do professor, depois de os alunos praticarem, os alunos
responderão, individualmente e sem ajuda do grupo, a um teste, sobre os
assuntos tratados.
Verificação do progresso individual.
Pretende-se que cada indivíduo consiga chegar mais longe e alcançar um nível
de conhecimento superior ao que tinha anteriormente. O nível atingido é
comparado individualmente com o nível anterior.
Recompensa do grupo.
O grupo pode ser beneficiado de alguma forma por ter conseguido atingir os
objetivos propostos inicialmente, por exemplo: entrega de diplomas, distinção
em quadro de mérito da turma, atribuição de pontos, etc.
Este método requer também a preparação da atividade e esta etapa inclui a
formação de grupos, por parte do professor, de forma a garantir a heterogeneidade
dos mesmos e a elaboração e entrega dos materiais aos grupos em aula (Teixeira,
2013).
Outros métodos existem para este tipo de aprendizagem com é o caso da TBL -
Team Based Learning, em que a aprendizagem baseada em equipas pretende
assegurar que os alunos têm a oportunidade de praticar o que aprendem em aula na
resolução de problemas, através de trabalhos de grupo. De acordo com Michael
Sweet (2008) a turma deverá ser dividida em grupos que são permanentes ao longo
do ano, devendo os alunos estudar atempadamente os conteúdos programáticos,
71
antes das aulas, individualmente e em grupo. No início de cada unidade temática é
aplicado um teste de para verificar a preparação individual dos alunos. Este teste é
depois repetido, desta vez em grupo, obrigando os alunos a chegar a um consenso
quanto às respostas. O feedback do grupo é imediato e no final há lugar a uma
pequena palestra do grupo o que vai permitir ao professor corrigir qualquer erro ou
engano que tenha havido no seio do grupo.
Segundo Michael Sweet (2008), há alguns pontos fundamentais para garantir que
TBL funciona, nomeadamente: assegurar que os grupos são homogéneos entre si;
responsabilização entre os diversos elementos de cada grupo pelo trabalho e
respostas apresentadas, assim como deve ser garantido um feedback frequente por
parte do professor aos grupos.
5.2 Revisão da literatura
As raízes das palavras aprender (“agarrar”) e cooperar (“trabalhar em conjunto”)
ajudam a esclarecer o que pode ser a “aprendizagem colaborativa”.
A importância de potenciar este tipo de capacidades nos alunos é unânime uma vez
que cada vez é mais notória a necessidade de trabalhar em equipa. Prova disso são as
várias descobertas científicas que surgem associadas a uma equipa de investigadores,
quase sempre pluridisciplinar.
O desempenho escolar dos alunos, a tolerância e aceitação da diversidade em cada
grupo e as competências sociais são alguns dos principais objetivos a atingir num
trabalho em conjunto, que apresenta uma interdependência positiva de todos os
membros do grupo (Arends, 2008).
De acordo com Johnson e Johnson (1989, 1994) e Johnson, e Holubec (1993),
citados por Lopes e Silva (2009), estes apresentam cinco elementos essenciais para que
uma aula seja cooperativa:
1) A interdependência positiva;
Os esforços de cada membro do grupo são indispensáveis para o sucesso do grupo;
2) A interação estimuladora, preferencialmente face a face;
Verificação da compreensão da matéria por todos os membros do grupo;
72
3) A responsabilidade individual e de grupo;
Ninguém pode «andar à boleia» ou «ser um pendura»
4) As competências sociais;
Saber esperar pela sua vez; elogiar os outros; encorajar os outros; partilhar os
materiais; partilhar ideias; pedir ajuda; ajudar os outros; falar num tom de voz baixo;
comunicar de forma clara e não ambígua; escutar ativamente; aceitar as diferenças;
resolver conflitos; celebrar o sucesso.
5) O processo de grupo ou avaliação do grupo.
Os membros do grupo analisam em que medida estão a alcançar as metas e mantêm
relações de trabalho eficazes.
As aulas colaborativas que a estagiária desenvolveu assentaram nestes princípios e
como tal foram implementadas estratégias de verificação e avaliação que pretenderam
garantir o cumprimento destes princípios por parte dos grupos.
Os valores que se pretendem alcançar numa sociedade moderna, capaz de dar
resposta aos desafios com os quais nos deparamos hoje em dia, poderão ser
desenvolvidos na escola, mais concretamente na sala de aula, promovendo a troca de
conhecimentos e estratégias de trabalho entre alunos com a supervisão e colaboração do
professor. “Este tipo de aprendizagem potencializa habilidades psicossociais e de
interação baseadas em valores como a colaboração, ajuda mútua e solidariedade”.
(Slavin, 1980) citado por Carles Monereo (2005, p. 10).
A cooperação na aprendizagem é cada vez mais discutida entre a comunidade
educativa e pelos mais diversos intervenientes neste processo. No entanto, nem mesmo
os maiores defensores deste tipo de aprendizagem consideram que a mesma deva ser
aplicada em todas as situações. Como refere Johnson e Johnson (1991), “pretende-se
introduzir a cooperação em sala de aula para que os professores e os alunos saibam
quando utiliza-la.” (citado por Monereo & Gisbert, 2005, p. 10).
Para o estudo da aprendizagem cooperativa enquadrado na realidade portuguesa é
incontornável falar no nome de Sérgio Niza e do Movimento da Escola Moderna. Este
movimento tem como base a teoria da aprendizagem de Vigotsky compreende um
modelo pedagógico que desafia a visão individualista do desenvolvimento infantil,
73
propondo uma perspetiva social, em que o desenvolvimento se constrói através de
práticas sociais. (Folque, 1999)
No Movimento da Escola Moderna é defendida a ideia de que no processo de
aquisição de conhecimentos de forma partilhada todos ficam a ganhar, uma vez que
todos ensinam e todos aprendem (Folque, 1999)
No âmbito da Dissertação de mestrado em ensino das ciências, Cristina Andrade
(2011), desenvolveu um trabalho de investigação sobre a Aprendizagem Cooperativa.
Este estudo foi desenvolvido com alunos do 3.º CEB teve como objetivo verificar o
impacto deste tipo de aprendizagem no desenvolvimento de competências cognitivas
dos alunos e perceber os efeitos da aprendizagem cooperativa na motivação dos alunos.
Tratava-se de uma turma que pertencia ao 7.º ano de escolaridade e os instrumentos
de recolha de dados utilizados foram vários, nomeadamente: testes de avaliação, o
diário do aluno e um questionário de satisfação para verificar a motivação dos alunos.
A análise dos dados envolveu a vertente qualitativa - relativa às atitudes e à
motivação dos alunos - e a vertente quantitativa - relativa aos resultados obtidos pelos
alunos, nomeadamente ao nível da memorização e compreensão de baixo nível de
abstração.
Relativamente aos resultados e conclusões da investigação, foi possível verificar pela
autora que a aprendizagem em grupos de trabalho cooperativo favoreceu, de forma
muito positiva, o desenvolvimento de competências, quer cognitivas, quer atitudinais e
análise dos dados revelou ainda que os alunos sentiram grande satisfação em aprender
em ambiente cooperativo. (Andrade, 2011)
Outro estudo desenvolvido neste âmbito, por Ana Vaz (2011), refere-se à
interdependência entre alunos. A autora do estudo considerou o tema importante
porque, do seu ponto de vista, o aluno deve ter um papel mais ativo no processo ensino-
aprendizagem. Este papel pode revelar-se não só numa maior participação em aula,
como também num processo de melhoria contínua do trabalho, ou seja, cooperação
entre aluno e professor, assim como numa contínua aprendizagem junto dos seus pares,
envolvendo a cooperação com os colegas de turma.
74
Com o estudo a autora pretendeu verificar as vantagens e desvantagens da integração
deste sistema de ensino em algumas das suas aulas. A metodologia consistiu em aplicar
tarefas para os alunos desenvolverem, a pares, e posterior correção das mesmas.
Sobre esta investigação é possível constatar que a interação entre professores e
alunos, neste âmbito, não foi fácil e que a cooperação é um processo muito complexo e
exigente. Foi constatado pela autora que os alunos gostaram de ter contribuído para a
sua aprendizagem e perceberam as vantagens de trabalhar com os colegas. (Vaz, 2010)
Outro trabalho desenvolvido nesta área, intitulado “Práticas de ensino do futuro
educador/professor e aprendizagem cooperativa”, que surge no âmbito da dissertação de
mestrado em ensino das ciências (Fernandes, 2012), incluiu uma investigação às
práticas de ensino do futuro professor-educador e aprendizagem cooperativa.
A intenção da autora foi conceber diversas atividades que visaram a promoção de
aprendizagens significativas em diferentes domínios, utilizando uma metodologia de
ensino centrada na Aprendizagem Cooperativa. Com este estudo a estagiária tinha como
objetivo observar o comportamento das crianças e os seus efeitos aquando da realização
de atividades cooperativas e saber se, naturalmente, as crianças revelam atitudes de
cooperação em sala de aula.
Para o estudo da cooperação entre alunos, a autora do estudo recorreu à observação
que possibilitou a recolha dos dados para poder verificar se as crianças do pré-escolar e
os alunos do 1.º ciclo revelavam atitudes de cooperação, em especial em atividades
concebidas para o efeito. No segundo momento da atividade, a mesma era efetuada sob
algumas indicações dos professores, dando, assim, oportunidade de as crianças
compreenderem a importância que o colega representava para os objetivos serem
atingidos.
No fim deste trabalho de investigação, foi possível verificar que os alunos
apresentavam alguma dificuldade em trabalhar cooperativamente, não criando nenhum
tipo de estratégias de cooperação mesmo após terem sido dadas sugestões de atividades.
A autora defende que, dos dados recolhidos, apurou-se que o trabalho cooperativo não é
algo que se constrói de imediato, necessitando de repetidamente ser praticado e
promovido. (Fernandes, 2012)
75
5.3 Método
Participantes – caracterização da turma
De forma a poder fazer a seleção dos elementos para cada grupo de trabalho,
considerou-se importante estudar previamente a turma e perceber algumas
características específicas dos alunos.
A turma, alvo deste projeto, era composta por 26 alunos (6 raparigas e 20 rapazes),
com idades compreendidas entre os 15 e os 24 anos de idade, conforme se pode
verificar no quadro abaixo.
Tabela 3: Idade dos alunos da turma no início do ano letivo
N.º de alunos
4 6 6 1 2 1 4 1 1
Idade 15 16 17 18 19 20 21 22 24
A maioria dos alunos, dezoito, eram residentes no concelho do Barreiro e os restantes
residiam em concelhos vizinhos.
Relativamente ao contexto familiar, constatou-se que todos os alunos vivem com os
seus encarregados de educação, que nem sempre são os próprios progenitores, como
sucede em duas situações na turma. Existe ainda um aluno que é o seu próprio
encarregado de educação, uma vez que tem a sua própria fonte de rendimento. Três
alunos conciliam os estudos com trabalho a tempo parcial.
Com base nos dados pessoais dos alunos e familiares, constata-se que grande parte
dos encarregados de educação tem apenas o 4.º, 6.º ou o 9.º anos de escolaridade, e que
todos apoiaram o respetivo educando na decisão de ingressar num curso profissional
nesta escola, incentivando-os, assim, a apostar na sua formação.
Relativamente ao percurso escolar dos alunos, apenas cinco alunos transitaram
sempre de ano escolar até ao 9.º ano, ou seja, nunca reprovaram. Os restantes já
reprovaram pelo menos uma vez (9 alunos), duas vezes (7 alunos) ou três vezes (5
alunos). Todavia, a maior parte dos alunos (21) está pela primeira vez no 10.º ano de
escolaridade. No que toca ao seu percurso escolar linguístico, quatro alunos não tiveram
uma segunda língua estrangeira.
76
A maioria dos alunos optou por frequentar o curso, tendo apenas como primeiro
objetivo obter o 12.º ano de escolaridade. Apenas quatro alunos mostraram interesse na
formação específica do curso para poderem trabalhar na área do mesmo.
Nesta turma existem dois alunos identificados, no processo da escola de onde
vieram, como tendo necessidades educativas especiais. Considerando as entrevistas
realizadas, concluiu-se que existem, pelo menos, três alunos que poderão ter alguma
dificuldade de relacionamento com os colegas, advindo de situações de bullying nas
escolas anteriormente frequentadas.
Procedimento comum
As tarefas referentes à aprendizagem cooperativa e a aplicação das mesmas
decorreram de forma variada, uma vez que se pretendeu experimentar diversas
estratégias. Apesar das tarefas terem apresentado contornos metodológicos ligeiramente
diferentes, corresponderam, no essencial, à mesma metodologia.
As fases da metodologia utilizada foram:
Análise da caraterização da turma para perceber a melhor forma de agregação
dos grupos de alunos;
Divisão da turma em grupos de trabalho;
Atribuição de funções/papéis aos elementos dos grupos;
Desenvolvimento das tarefas propostas, por parte dos elementos do grupo;
Auxílio e esclarecimento de dúvidas em cada grupo de trabalho;
Aplicação ou apresentação das tarefas desenvolvidas por cada grupo de trabalho;
Avaliação da tarefa. Esta avaliação é feita com recurso a um teste de avaliação
de conhecimentos adquiridos, somente referente a esses conteúdos
programáticos.
Testar e avaliar foi a estratégia de pesquisa educativa escolhida, uma vez que
tencionei medir resultados e diagnosticar situações. Tinha também como objectivo
avaliar o desempenho dos alunos para poder fazer comparações entre os grupos de
trabalho.
Instrumentos e Procedimentos específicos
Todas as tarefas desenvolvidas decorreram ao longo do módulo n.º 5 – Estrutura
atómica e tabela periódica – da disciplina de física e química. Este módulo tinha, no
77
total, 18 horas atribuídas, tenho sido desenvolvidas 4 horas com vista à promoção da
aprendizagem cooperativa.
Conforme já foi referido anteriormente, antes dos grupos serem formados, foi feita
uma análise da turma, assim como dos seus resultados obtidos pelos alunos na
disciplina até ao momento.
Tarefa 1: Fichas de trabalho A e B – Estrutura atómica (2 horas)
O primeiro passo dado foi a constituição de seis grupos de acordo com o seguinte
critério: agrupar os alunos que apresentam mais dificuldades nesta disciplina com os
alunos que obtêm melhores resultados.
Posteriormente, para cada um dos grupos, a estagiária atribuiu o papel de
“comunicador” ao aluno que se encontrava mais à vontade para estabelecer a
comunicação e atribuiu ainda o papel de “gestor do tempo” ao aluno que apresenta
sempre uma boa pontualidade e assiduidade nas aulas.
Realização da tarefa:
Os grupos 1, 2 e 3 desenvolveram a ficha A e os grupos 4, 5 e 6 desenvolveram
a ficha B. Estas fichas abordam o mesmo conteúdo programático, embora
apresentem exercícios diferentes.
O professor auxiliou os alunos na resolução da ficha, sendo apenas consultado
como último recurso de forma a levar os elementos dos grupos a discutir as
respostas dadas. No final, a correção da ficha é feita pelo professor em cada um
dos grupos.
Posteriormente, os grupos 1, 2 e 3 desenvolveram a ficha B e os grupos 4, 5 e 6
desenvolveram a ficha A
O “comunicador” auxiliou os alunos, do grupo vizinho, na resolução da ficha,
sendo apenas consultado como último recurso. No final, a correção da ficha foi
feita pelo “comunicador” em cada um dos grupos.
Tarefa 2: Lecionação de um conteúdo temático (2 horas)
Mantendo os mesmos grupos de trabalho e a atribuição de papéis da tarefa anterior,
separou-se os alunos em dois grupos. Os “comunicadores” mantiveram-se em sala de
aula com a estagiária, a receber explicações sobre o conteúdo programático – tabela
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82
Onze alunos melhoraram a sua classificação no módulo, sendo que um
aluno subiu 5 valores, um aluno subiu 3 valores, dois alunos subiram 2
valores e sete alunos aumentaram 1 valor a sua classificação.
Constata-se que a maioria dos alunos que aumentou a sua classificação no Módulo
n.º 5 corresponde aos alunos com a média mais baixa da disciplina, ou seja, entre 10 e
11 valores. Seis destes alunos conseguiram aumentar a sua classificação neste módulo
tendo obtido classificações de 12 a 13 valores.
Verifica-se ainda que três alunos aumentaram a sua classificação de “Bom” para
“Muito Bom”. Acredita-se que esta situação se verifique essencialmente devido ao facto
de os alunos que já têm facilidade na aprendizagem, terem mobilizado ainda mais as
suas competências para ajudar os restantes colegas e garantir o sucesso dos seus colegas
de grupo.
5.5 Conclusões
No que diz respeito aos objetivos enunciados para este projeto, verifica-se que foi
dado cumprimento à concretização dos mesmos através da implementação, teste e
análise da aprendizagem cooperativa em aula.
Quanto às estratégias de investigação escolhidas, procedimentos e instrumentos
utilizados, creio que, foram suficientes para obter resultados e agora poder discuti-los,
mas poderia ter existido um maior registo e documentação do trabalho realizado. No
que diz respeito, concretamente à primeira tarefa – Resolução de uma ficha de trabalho
– indico como aspetos a melhorar; uma explicação mais cuidadosa aos alunos sobre o
projeto que se pretende implementar na turma e a importância que a aprendizagem
cooperativa pode ter, melhor monitorização das tarefas dos alunos com recurso a uma
lista de verificação ou grelha de observação e a atribuição de “papéis” a cada um dos
elementos do grupo. Relativamente à segunda tarefa – lecionação de um conteúdo
temático – enuncio como aspetos a melhorar a necessidade de criar tarefas mais
complexas e longas que exijam uma forte cooperação entre todos os elementos do grupo
de forma a atingirem com sucesso o seu objetivo comum. Saliento que existiu, por parte
dos “comunicadores” uma grande preocupação em saberem muito bem a matéria que
83
posteriormente iriam explicar aos colegas, revelando seriedade e maturidade para o
desempenho desta tarefa.
Quanto aos resultados obtidos, através da análise do teste de avaliação e dos
resultados obtidos no final do módulo 5, verifica-se que os alunos que melhores
resultados obtiveram, por comparação com a sua média no final do ano letivo a esta
disciplina, foram os alunos que geralmente obtêm classificações mais baixas. É possível
concluir também que, sensivelmente, metade da turma aumentou ligeiramente, em um
ou dois valores, a sua classificação no módulo 5. Creio que estes resultados se
enquadram dentro do esperado e vão de encontro ao estudo bibliográfico realizado no
início deste projeto. Não só se verifica uma melhoria na classificação dos alunos, em
geral, como também se constata que essa melhoria ocorre essencialmente nos alunos
que apresentam mais dificuldades.
Destaco que os designados “melhores alunos da turma” obtiveram resultados muito
bons, verificando-se uma ligeira melhoria no seu aproveitamento. Creio que esta
situação pode ser explicada pelo facto de os alunos terem acolhido muito bem este
projeto e se sentirem parte integrante da solução na procura do sucesso educativo.
Apesar de não ter sido aplicado um questionário de satisfação aos alunos, o feedback
dos mesmos ao longo das aulas foi muto positivo, embora tenham surgido algumas
dificuldades iniciais essencialmente devido ao barulho que advém de uma organização
diferente da sala de aula e da excitação pelo facto de irem participar e desenvolver uma
aula diferente.
Figura 52:
84
: Turma do 110.º ano THSSTA
85
6 Reflexão final
No decorrer destes dois últimos anos letivos foi possível aprofundar os meus
conhecimentos pedagógicos e científicos que se revelaram de extrema importância no
decorrer da minha prática profissional enquanto estagiária e professora. Os
conhecimentos obtidos no decorrer das aulas e trabalhos desenvolvidos durante o
estágio foram efetivamente uma preciosa ajuda nesta fase final do projeto a que me
propus.
Neste presente trabalho foram apresentadas as atividades desenvolvidas no âmbito do
Mestrado em Ensino da Física e da Química realizadas no decorrer da minha prática
profissional, ao longo do segundo ano do mestrado. Os trabalhos aqui representados
neste projeto final são essencialmente relacionados com a prática letiva, quer a nível
teórico, quer a nível mais experimental.
A finalidade essencial deste trabalho prende-se com a reflexão sobre a abordagem
feita ao ensino-aprendizagem das temáticas apresentadas, bem como a relação deste
com o actual estado do ensino das ciências em Portugal.
Tem sido notório o afastamento dos jovens da área das ciências e esta situação deve-
se essencialmente à forma como a ciência é apresentada, regra geral, muito
matematizada e complexa. A diversidade de fenómenos físicos que ocorrem no
quotidiano não são de compreensão nada fácil e explica-los à luz da ciência poderá ser
entediante, principalmente se o professor não estiver familiarizado e treinado nessa
matéria. Independentemente desses fenómenos, com explicações científicas, serem
«muito estranhos», cabe ao professor o papel de manter no aluno a sua intrínseca
curiosidade para compreender o que o rodeia.
É importante para a formação de um cidadão a compreensão da matemática e da
ciência para que o mesmo possa conhecer o pensamento lógico e ter uma compreensão
lata daquilo que o rodeia. Desta forma, estaremos a contribuir para a formação de
pessoas mais informadas que estarão apetrechadas de conhecimentos técnicos.
Tendo em consideração os aspectos enunciados sobre os desafios associados ao
ensino das ciências, deixo aqui algumas considerações sobre a investigação educacional
realizada no âmbito da minha prática profissional, que teve como base a aprendizagem
cooperativa em sala de aula.
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Foi dado cumprimento aos objectivos traçados desde o início do projecto de
investigação e quanto às estratégias de investigação escolhidas, procedimentos e
instrumentos utilizados, creio que, foram suficientes para obter resultados, no entanto,
poderia ter existido um maior registo e documentação de todo o processo.
Após a aplicação das tarefas para que os alunos trabalhassem de maneira
cooperativa, foi possível verificar que os resultados obtidos, através da análise do teste
de avaliação e dos resultados obtidos no final do módulo em análise, verifica-se que os
alunos que melhores resultados obtiveram, por comparação com a sua média no final do
ano letivo a esta disciplina, foram os alunos que geralmente obtêm classificações mais
baixas e mais elevadas. É possível concluir também que, sensivelmente, metade da
turma aumentou ligeiramente, em um ou dois valores, a sua classificação no módulo em
análise. Creio que estes resultados se enquadram dentro do esperado e vão de encontro
ao estudo bibliográfico realizado no início deste projeto. Não só se verifica uma
melhoria na classificação dos alunos, em geral, como também se constata que essa
melhoria ocorre essencialmente nos alunos que apresentam mais dificuldades.
Destaco que os designados “melhores alunos da turma” obtiveram resultados muito
bons, verificando-se uma ligeira melhoria no seu aproveitamento. Creio que esta
situação pode ser explicada pelo facto de os alunos terem acolhido muito bem este
projeto e se sentirem parte integrante da solução na procura do sucesso educativo.
Apesar de não ter sido aplicado um questionário de satisfação aos alunos, o feedback
dos mesmos ao longo das aulas foi muto positivo, embora tenham surgido algumas
dificuldades iniciais essencialmente devido ao barulho que advém de uma organização
diferente da sala de aula e da excitação pelo facto de irem participar e desenvolver uma
aula diferente.
Considero que a aprendizagem cooperativa, bem como outro tipo de estratégias de
diversificação pedagógica, que descentralizem o papel do professor e foquem a máxima
atenção no aluno e no seu desempenho de forma autónoma, possam ser uma mais-valia
para o ensino das ciências.
Ao longo deste mestrado, consegui perceber a importância da contextualização da
história das ciências para a aprendizagem de conceitos científicos e para a forma de os
abordar em sala de aula. Na prática profissional que desenvolvi neste ano lectivo, por
87
exemplo na abordagem feita ao magnetismo, foi muito interessante poder fazer uma
abordagem globalizada ao tema em questão.
Nesta área científica, em que o conhecimento científico está em permanente
construção, em que o desenvolvimento tecnológico é uma constante e o acesso à
informação está generalizada, o professor tem de ser cada vez mais um facilitador de
conhecimento e de desbloqueio para a resolução de problemas.
88
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8 A
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Anexo
Módulo 6 - “
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“Soluções” (Protocolo
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Módulo 5 - ““Tabela Periódica” (P
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100
MMódulo 4 - ““Circuitos eléctricos”
101
(Preparaçção de aulass)
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105
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Módulo 4 - ““Circuitos eléctricos”
106
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