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A Aprendizagem Cooperativa: Abordagem diferenciada no ensino da Física e da

Química

Relatório de Estágio

Dissertação para a obtenção do Grau de Mestre no Ensino de Física e de Química

Copyright

Dora Cristina Gaio Teresa

Aluna N.º 40596

Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa

A Faculdade de Ciências e Tecnologia e a Universidade Nova de Lisboa têm o

direito, perpétuo e sem limites geográficos, de arquivar e publicar esta dissertação

através de exemplares impressos reproduzidos em papel ou de forma digital, ou por

qualquer outro meio conhecido ou que venha a ser inventado, e de a divulgar através de

repositórios científicos e de admitir a sua cópia e distribuição com objetivos

educacionais ou de investigação, não comerciais, desde que seja dado crédito ao autor e

editor.

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“Se não receio o erro, é porque estou sempre disposto a corrigi-lo.”

Bento de Jesus Caraça

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Agradecimentos Os meus sinceros agradecimentos, a todos, que, de forma direta ou indireta,

participaram na realização deste trabalho, nomeadamente:

Ao Professor Vítor Teodoro, não só pela sua capacidade de comunicar e transmitir

conhecimentos, mas acima de tudo pelo exemplo de profissionalismo, respeito e

sabedoria que leva qualquer aluno a ambicionar um dia lecionar dessa forma.

À professora Mariana Gaio pela sua ajuda no meu projeto de investigação e pela

exigência e exemplo de organização que demonstra constantemente.

Ao Diretor Pedro Leite da Silva, por ter permitido a realização deste estágio na

Escola Profissional Bento de Jesus Caraça e pela confiança. Tudo se torna possível

quando sentimos que acreditam em nós e esta é uma aprendizagem importante para

transpor na relação que tenho com os meus alunos.

À Professora Dulce Ribeiro por toda a sua colaboração e acompanhamento durante a

realização do estágio, pelo seu apoio e pela forma como me recebeu.

À EPBJC - Escola Profissional Bento de Jesus Caraça, pelo facto de ter apostado na

minha formação e acreditado nas minhas capacidades, bem como aos alunos da turma

do 10.º THSTA pela sua disponibilidade.

A todos os professores, colegas de trabalho e amigos, da EPBJC - Barreiro que têm

sido um exemplo de profissionalismo. Desde o meu primeiro dia de trabalho

colaboraram de forma construtiva para a minha evolução enquanto professora. Estou

muito grata a esta equipa que me faz chegar ao trabalho, todos os dias, com um sorriso.

Aos meus pais e à minha irmã por tudo aquilo que sou hoje, pelo exemplo de

guerreiros que foram toda a vida e pela transmissão de valores que apreendi graças ao

amor, cuidado e respeito que depositaram em mim. Jamais conseguirei transmitir por

palavras o quanto vos estou agradecida.

Ao meu marido por acreditar em mim e pelo apoio nas horas mais difíceis. Foi

maravilhoso sentir o apoio incondicional e saber que o orgulho que ele sente por mim é

independente da conclusão deste projeto.

À Ana, à Susana e à Mafalda pelo apoio e amizade. Tornaram estes dois anos muito

mais proveitosos.

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Resumo Este relatório tem como principal objetivo descrever as tarefas desenvolvidas ao

longo do ano letivo 2013/2014 no âmbito do Estágio Pedagógico, no contexto da

unidade curricular Prática Profissional do Mestrado Ensino da Física e da Química

numa turma do 10.º ano de escolaridade do ensino profissional. Um outro objetivo

essencial deste documento é relatar a investigação educacional que foi desenvolvida

paralelamente, que teve como principal foco a aplicação da aprendizagem cooperativa

no ensino profissional.

A lecionação das componentes da Física e Química será descrita com a indicação do

tipo de aula o nome do módulo em questão, a duração, os objetivos, o desenvolvimento

da aula, documentos de apoio utilizados e uma breve reflexão da aula.

Quanto à investigação educacional, a motivação para a escolha do tema surgiu da

necessidade de procurar o sucesso educativo a que os alunos têm direito. Implementar

diferentes estratégias e experimentar outros métodos de ensino-aprendizagem poderá,

em alguns casos, fazer a diferença nos resultados escolares obtidos pelos alunos e na

satisfação dos mesmos perante a escola.

Após a aplicação das tarefas de aprendizagem cooperativa no módulo n.º 5, foi

possível verificar que os alunos que mais alteraram positivamente a sua classificação

foram aqueles que geralmente obtêm classificações mais baixas na disciplina. É possível

concluir também que, sensivelmente, metade da turma aumentou ligeiramente, em um

ou dois valores, a sua classificação no módulo em análise. Creio que estes resultados se

enquadram dentro do esperado e vão de encontro ao estudo bibliográfico realizado no

início deste projeto. Não só se verifica uma melhoria na classificação dos alunos, em

geral, como também se constata que essa melhoria ocorre essencialmente nos alunos

que apresentam mais dificuldades.

Palavras- Chave: Aprendizagem cooperativa, ensino profissional, diferenciação

pedagógica, leccionar ciências.

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Abstract This report’s scope is to report the developed tasks trough out the 2013/2014 Teacher

Training, inserted on the 10th grade Professional Physics class. Another key goal is to

describe the educational investigation that was developed having as a key focus the use

of cooperative teaching techniques.

Each Chemistry and Physics teaching components will be described with the class

and modules name, time, goals, class development, backup documentation and a final

class reflection.

Concerning educational investigation, the subject-matter choice came from the need

to pursue the student’s right to have educational success. To try different approach

strategies and different teach-learn methods can, in some cases, make the difference in

the students’ school performance and improve their feelings concerning school itself.

Upon the cooperative learning techniques application, it was possible to check that

the best scoring students were the ones that usually have a sufficient or excellent. It is

also possible to conclude that approximately half the class increase their module grade

in 1 or 2 values. I believe that these results fit the predictable outcome and meet the

initial bibliographic research. Not only it’s visible an overall improvement on students

grade, as also the students with lower grades are the ones where that improvement is

more notorious.

Keywords: Cooperative learning, professional teaching, pedagogic differentiation,

teaching science

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Índice Geral

 

Agradecimentos ........................................................................................................... 5 

Resumo ........................................................................................................................ 6 

Abstract ........................................................................................................................ 7 

Índice Geral .................................................................................................................. 8 

Índice de Tabelas ....................................................................................................... 10 

Índice de Figuras ........................................................................................................ 11 

1  Introdução ............................................................................................................ 14 

2  A Escola ............................................................................................................... 17 

2.1  Caracterização da escola .............................................................................. 17 

2.2  Estrutura orgânica da delegação do Barreiro ............................................... 18 

2.3  EPBJC - Barreiro .......................................................................................... 18 

2.4  Instalações .................................................................................................... 20 

2.5  O Patrono ..................................................................................................... 20 

2.6  Instalações para o Ensino de FQ .................................................................. 21 

3  Atividades letivas ................................................................................................ 24 

3.1  Funcionamento do estágio ............................................................................ 24 

3.2  Caracterização do Curso de THSTA (Técnico de Higiene e Segurança no

Trabalho e Ambiente) ................................................................................................. 25 

3.3  Caracterização da turma do 10.ºano THSTA ............................................... 29 

3.4  Conteúdos programáticos da disciplina de Física e Química ....................... 29 

3.5  Lecionação de Física .................................................................................... 31 

Funcionamento do Módulo 4: Circuitos elétricos (10.º ano) ............................. 31 

Aula n.º 14 do módulo 4 .................................................................................... 31 

Aula n.º 15 do módulo 4 .................................................................................... 34 

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Aula n.º 16 do módulo 4 .................................................................................... 41 

3.6  Lecionação de Química ................................................................................ 43 

Aulas n.º 14 e 15 do módulo 6 ........................................................................... 43 

3.7  Coordenação de Curso ................................................................................. 50 

4  Atividades não letivas .......................................................................................... 57 

4.1  Visitas de estudo .......................................................................................... 57 

4.2  Visita ao CERN (Genebra) ........................................................................... 62 

4.3  Outros projetos em que a estagiária esteve envolvida .................................. 65 

5  Um Estudo sobre Aprendizagem Cooperativa e Diferenciação Pedagógica ....... 69 

5.1  Introdução e objectivos ................................................................................ 69 

5.2  Revisão da literatura ..................................................................................... 71 

5.3  Método ......................................................................................................... 75 

5.4  Resultados e Discussão ................................................................................ 79 

5.5  Conclusões ................................................................................................... 82 

6  Reflexão final ...................................................................................................... 85 

7  Referências .......................................................................................................... 88 

8  Anexos ................................................................................................................. 90 

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Índice de Tabelas Tabela 1: Plano de estudos do curso de THSTA. ...................................................... 28 

Tabela 2: Designação modular da disciplina de FQ. ................................................. 30 

Tabela 4: Idade dos alunos da turma no início do ano letivo .................................... 75 

Tabela 5: Classificação obtida no teste ...................................................................... 80 

Tabela 6: Classificação da disciplina de FQ no 10.º ano ........................................... 81 

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Índice de Figuras Figura 1: Sede da EPBJC (Lisboa) ............................................................................ 17 

Figura 2: EPBJC - Delegação do Barreiro ................................................................. 20 

Figura 3:Bento de Jesus Caraça aos 13 anos ............................................................. 21 

Figura 4: Laboratório de FQ (mesas móveis) ............................................................ 22 

Figura 5: Vídeos visualizados em aula sobre motor elétrico .................................... 32 

Figura 6: Protocolo experimental elaborado em conjunto com os alunos sobre o

motor elétrico .................................................................................................................. 33 

Figura 7: Protocolo experimental elaborado em conjunto com os alunos – motor

elétrico ............................................................................................................................ 33 

Figura 8: Plano de aula do professor sobre magnetismo, ilustrando como comentário

alguns aspetos a enfatizar ............................................................................................... 35 

Figura 9:Vídeo mostrado aos alunos em aula sobre campo magnético ..................... 36 

Figura 10: Plano de aula do professor sobre campo magnético , ilustrando como

comentário alguns aspetos a enfatizar ............................................................................ 37 

Figura 11:Aluno a induzir corrente elétrica com recurso a uma bobina e um íman .. 38 

Figura 12: Vídeo mostrado aos alunos em aula sobre campo magnético .................. 38 

Figura 13:Estagiária a explicar um procedimento após esquema no quadro ............. 38 

Figura 14: Plano de aula da estagiária – indução eletromagnética, ilustrando como

comentário alguns aspetos a enfatizar ............................................................................ 39 

Figura 15: Plano de aula da estagiária – motor elétrico, ilustrando como comentário

alguns aspetos a enfatizar ............................................................................................... 40 

Figura 16: Alunos a desenvolver o esquema da construção do motor elétrico.......... 42 

Figura 17:Estagiária a auxiliar os alunos ................................................................... 42 

Figura 18:motor elétrico a funcionar ......................................................................... 43 

Figura 19: Caderno diário de um aluno – exercícios ................................................. 44 

Figura 20: Explicação com base no raciocínio .......................................................... 45 

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Figura 21: Explicação com base em equações ........................................................... 46 

Figura 22: Estagiária a apresentar a tarefa prática aos alunos ................................... 46 

Figura 23: Indicação esquemática dos grupos de trabalho ........................................ 47 

Figura 24: Realização da atividade prática por parte dos alunos ............................... 47 

Figura 25: Excerto do protocolo do professor, ilustrando como comentário alguns

aspetos a enfatizar ........................................................................................................... 48 

Figura 26: Excerto do protocolo do professor – Procedimento - , ilustrando como

comentário alguns aspetos a enfatizar ............................................................................ 49 

Figura 27: Explicação feita aos alunos sobre leitura rigorosa ................................... 49 

Figura 28: Excerto do protocolo do professor – verificar significados - , ilustrando

como comentário alguns aspetos a enfatizar .................................................................. 49 

Figura 29: Declaração de interesse de uma entidade acolhedoa para estágios .......... 51 

Figura 30: Cronograma modular incluído no PCC – Projeto Curricular de Curso .... 52 

Figura 31: Programa informático utilizado para a gestão escolar ............................. 53 

Figura 32: Júri das PAP - Provas de Aptidão Profissionais ....................................... 55 

Figura 33: Excerto de uma PAP - Desenvolvimento do projecto. ............................. 55 

Figura 34: Excerto de uma PAP - Resultados. ........................................................... 56 

Figura 36: Alunos do 10.º ano do curso THSTA no Centro de Ciência Viva .......... 57 

Figura 37: Visita de estudo - verificação das fichas de dados de segurança dos

produtos químicos (Estaleiro em Palmela) ..................................................................... 58 

Figura 38: Verificação das condições de segurança das máquinas no estaleiro ........ 58 

Figura 39: Visita de estudo - reconhecimento do estado inicial de uma obra de

repavimentação ............................................................................................................... 59 

Figura 40: Segunda visita de estudo a uma obra ....................................................... 60 

Figura 41: Verificação das condições de SHT no local em análise. .......................... 60 

Figura 42: Alunos a assistir a experiências de microbiologia. .................................. 61 

Figura 43: Notícia do projecto desenvolvido na disciplina de AMART ................... 62 

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Figura 44: Representação esquemática do CERN (Aceleradores e Detetores) ......... 63 

Figura 45: Estagiárias a visitar o CMS ...................................................................... 64 

Figura 46:Estagiárias na ONU ................................................................................... 65 

Figura 47: Visita de estudo ao CATICA - Centro Social de Coina ........................... 66 

Figura 48: Palestra dinamizada pela ACT ................................................................. 67 

Figura 49: Alunos da turma do 10.º THSTA a explicar o rótulo de um extintor ....... 67 

Figura 50: Equipa de futsal - Professores .................................................................. 68 

Figura 52: Excerto de uma ficha que reflete o conteúdo temático abordado ............ 78 

Figura 53:Excerto de uma ficha de avaliação – tabela periódica .............................. 79 

Figura 54: Turma do 10.º ano THSTA ...................................................................... 84 

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1 Introdução

Este relatório tem como principal objetivo descrever as tarefas desenvolvidas ao

longo do ano letivo 2013/2014 no âmbito do Estágio Pedagógico, no contexto da

unidade curricular Prática Profissional do Mestrado Ensino da Física e da Química no

terceiro ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário, da Faculdade de Ciências e

Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. Um outro objetivo essencial deste

documento é relatar a investigação educacional que foi desenvolvida no decorrer deste

estágio que se prende com a aplicação da aprendizagem cooperativa no ensino das

ciências em alunos do ensino profissional de uma turma do décimo ano de escolaridade.

O estágio decorreu na Escola Profissional Bento de Jesus Caraça – Delegação do

Barreiro, sendo o núcleo de estágio constituído pelo Orientador Pedagógico, o Professor

Doutor Vítor Teodoro; pelo Orientador de Estágio, a professora Dulce Ribeiro e pela

professora estagiária, Dora Teresa.

Apresenta-se a entidade acolhedora de estágio, de forma a dar a conhecer a sua

origem e estreita relação com a CGTP, o patrono, os valores e inovação pedagógica,

bem como a descrição da delegação do Barreiro ao nível das suas instalações, projecto

educativo, equipa docente e turmas existentes.

Este relatório encontra-se dividido em duas partes distintas, na primeira descreverei o

estágio pedagógico que inclui as tarefas complementares ao mesmo e na segunda será

apresentado o estudo sobre Aprendizagem Cooperativa. Existe ainda uma parte do

relatório comum a ambos os pontos que diz respeito à caracterização da escola e da

turma em que incidiu essencialmente todo este trabalho desenvolvido.

Quanto à investigação educacional, a motivação para a escolha do tema surgiu da

necessidade de procurar o sucesso educativo a que os alunos têm direito. Implementar

diferentes estratégias e experimentar outros métodos de ensino-aprendizagem poderá,

em alguns casos, fazer a diferença nos resultados escolares obtidos pelos alunos e na

satisfação dos mesmos perante a escola.

Após a aplicação das tarefas de aprendizagem cooperativa, foi possível verificar que

os resultados de alguns alunos sofreram uma melhoria ligeira, revelando-se importante

continuar a explorar esta forma de aprendizagem.

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É importante, para quem ambiciona lecionar ciências, a compreensão profunda do

seu significado, bem como ter a noção do impacto que isso pode trazer para a vida de

um jovem. “Ciência, num sentido lato, é qualquer sistema de conhecimento que procure

fornecer um modelo objetivo da realidade. Num sentido mais restrito, a ciência refere-se

a um sistema de aquisição de conhecimento com base no método científico, bem como

ao corpo de conhecimento obtido através da investigação”. (Rocard, 2007)

Tem sido notório o afastamento dos jovens da área das ciências e esta situação deve-

se essencialmente à forma como a ciência é apresentada, regra geral, muito

matematizada e complexa. A diversidade de fenómenos físicos que ocorrem no

quotidiano não são de compreensão nada fácil e explica-los à luz da ciência poderá ser

entediante, principalmente se o ensinador não estiver familiarizado e treinado nessa

matéria. Independentemente desses fenómenos, com explicações científicas, serem

«muito estranhos», cabe ao professor o papel de manter no aluno a sua intrínseca

curiosidade para compreender o que o rodeia.

É importante para a formação de um cidadão a compreensão da matemática e da

ciência para que o mesmo possa conhecer o pensamento lógico e ter uma compreensão

lata daquilo que o rodeia. Desta forma, estaremos a contribuir para a formação de

pessoas mais informadas que estarão apetrechadas de conhecimentos técnicos. Sobre

esta mesma questão trata “o relatório da OCDE «Evolução do Interesse dos Estudantes

nos Estudos de Ciência e Tecnologia» identifica que a “educação científica tradicional,

pode sufocar a curiosidade natural das crianças para as disciplinas tendo um impacto

negativo sobre o desenvolvimento de atitudes perante a aprendizagem da ciência”

(Rocard, 2007, p. 8). É pois crucial que seja feito um ensino diferenciado atendendo às

diferenças entre escolas, turmas e alunos.

Este relatório recomenda ainda que “ensinar se concentre mais em conceitos e

métodos específicos do que na retenção de informação por si só e que seja dado apoio

mais sólido à formação científica dos professores”. Desta forma, posso verificar que,

não só as técnicas pedagógicas são importantes, como, principalmente a formação

científica dos professores é determinante no sucesso do ensino dos alunos.

Um outro problema identificado no estudo «Europe Needs More Scientists» é o facto

das disciplinas científicas serem “frequentemente ensinadas de modo muito abstrato”.

(Rocard, 2007, p. 8)

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16

A maior parte da comunidade de educação científica concorda em que as práticas

pedagógicas baseadas nos métodos de investigação são mais eficazes, no entanto a

realidade na sala de aula na maioria da Europa não segue esta abordagem. Isto leva-nos

a pensar que nem sempre aquilo que é desejável acontece em sala de aula e ainda existe

um longo caminho a percorrer nesse sentido.

No referido estudo chega-se à conclusão que a educação baseada na abordagem

indutiva em que na sala de aula há “espaço à observação e experimentação e construção

em que a criança constrói o seu conhecimento, orientada pelo professor” produz

melhores resultados de aprendizagem tendo um impacto ainda maior “sobre os

estudantes com menos autoconfiança e os de meios desfavorecidos.” (Rocard, 2007,

p. 9)

No que diz respeito à disciplina de física e química, do 10.º ano de escolaridade do

ensino profissional, o programa da mesma pretende cobrir, ao longo dos diferentes

módulos, um conjunto de temas e conceitos de Física e de Química importantes para a

consolidação, pelos alunos, de um modo de compreender, ainda que simplificado,

alguns fenómenos naturais ou provocados, numa perspetiva de cidadania que permita

uma escolha consciente de uma carreira futura ligada, ou não, a este estudo. (DGF,

2007)

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2.2 Estrutura orgânica da delegação do Barreiro

O Diretor da Delegação exerce, ao nível da delegação, as competências da Direção,

nomeadamente, a gestão financeira e administrativa. Tem também como funções a

dinamização da escola e a afirmação da mesma na comunidade barreirense, assim como,

assegurar as condições necessárias ao normal funcionamento da Escola.

O Orientação Educativa de Turma assume no desenvolvimento curricular da

formação, o papel de gestor pedagógico intermédio, envolvendo-se diretamente na

promoção do desenvolvimento pessoal e social dos alunos, assim como, na dinamização

e coordenação pedagógico-curricular dos professores da turma.

A Coordenação de Curso exerce funções da gestão do curso, organização e

candidatura do mesmo. É responsável pela promoção de actividades e eventos que

estimulem os alunos para que os mesmo apendam de forma prática e proveitosa. É

essencial que este coopere com a Orientadora Educativa de Turma na dinamização e

coordenação pedagógico-curricular dos professores da turma.

Os Serviços de Psicologia e Orientação Vocacional estão direcionados para o apoio

e orientação educativa com intervenção quer individual, quer de grupo de alunos.

Os Serviços Administrativos constituem o suporte organizativo e funcional de toda

a atividade da Escola nos seus diversos domínios.

2.3 EPBJC - Barreiro

Esta Delegação do Barreiro surgiu em 1990 ministrando o curso Técnico de Higiene

e Segurança que se tornou um curso de referência para esta Delegação, registando

elevadas taxas de empregabilidade, essencialmente devido ao facto de existirem a nível

nacional muito poucos profissionais desta área, bem como o forte crescimento da

construção civil que se verificou nessa década. Mais recentemente a Delegação do

Barreiro passou por um processo de renovação, ganhando um novo conceito e

reafirmando-se no Concelho, mantendo sempre os valores institucionais. Atualmente

esta Delegação ministra os cursos Técnico Animador Sociocultural, Técnico de Higiene

e Segurança do Trabalho e Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos.

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Quanto à equipa que trabalha nesta delegação, caracteriza-se da seguinte forma:

Pessoal Docente

Constituído por 22 professores das componentes de formação Sociocultural,

Científica e Prática, dos quais 10 são professores, a tempo inteiro, ainda que 5

partilhem a sua atividade por 3 delegações da EPBJC (Lisboa, Seixal e

Barreiro).

Pessoal Não-Docente

Constituído pelo Diretor da Delegação, Diretor Pedagógico, 3

Administrativas, 1 Psicóloga, 1 funcionária dos serviços de limpeza e 1 Técnico

Informático (a tempo parcial).

Nesta escola existe uma aposta na estimulação do raciocínio através de um ensino

prático, respeitando o ritmo e as caraterísticas de aprendizagem de cada aluno. A

relação estabelecida entre a escola, o aluno e a sua família é tendencialmente de grande

proximidade, envolvendo e responsabilizando cada um no processo de aprendizagem.

A cultura desta escola assenta na prática de ideias que são opções de intervenção

educativa:

A Escola inclusiva, esbatendo os múltiplos fatores de exclusão social,

económica, profissional e cultural;

A formação para a cooperação, veiculando a ideia e favorecendo

comportamentos em que os processos colaborativos superem, com vantagem, a

concorrência destrutiva;

A formação para a solidariedade, combatendo o individualismo egoísta que

perpassa em muitos dos valores, atitudes e comportamentos que predominam na

sociedade atual;

A formação para a autonomia pessoal, e para a iniciativa, afastando

determinismos de exclusão;

A formação para a cidadania, ajudando à aquisição de comportamentos de

intervenção cívica, balizada em valores democráticos, humanistas e de

solidariedade.

(Em: www.epbjc.pt acesso em 05/06/2014)

Page 20: A Aprendiza da Q D ção do Grau de Mestre no Ensino de ... · Aos meus pais e à minha irmã por tudo aquilo que sou hoje, pelo exemplo de guerreiros que foram toda a vida e pela

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24

3 Atividades letivas

3.1 Funcionamento do estágio

No âmbito do Mestrado em Ensino da Física e da Química, foi realizado o estágio de

Prática Profissional que consistiu na realização e acompanhamento de actividades

letivas e não letivas em concordância com o horário da professora Dulce Ribeiro,

professora orientadora do estágio. Na parte correspondente à componente lectiva foi

possível, por parte da estagiária, observar as aulas leccionadas pela professora

orientadora, assim como ensinar nas disciplinas de Física e Química, na turma do

10.ºano do curso profissional de Técnico de Higiene e Segurança no Trabalho e

Ambiente. A estagiária incidiu a sua prática de aulas assistidas nas seguintes

componentes letivas da Física e da Química de 10.º ano:

Módulo n.º 4: “Circuitos Elétricos”;

Módulo n.º 5: “Estrutura Atómica e Tabela Periódica”;

Módulo n.º 6: “Soluções”.

Relativamente ao projecto de investigação educacional, desenvolvido pela estagiária,

o mesmo decorreu no contexto da prática de aulas assistidas, tendo sido desenvolvido

no decorrer das aulas do Módulo n.º 5: “Estrutura Atómica e tabela Periódica”.

No que diz respeito à componente não lectiva, esta foi muito variada, abrangendo as

actividades de coordenação de curso de duas turmas deste mesmo curso, 10.º e 12.º anos

de escolaridade exclusivamente da responsabilidade da estagiária; o acompanhamento

de alunos em estágios curriculares, treze no total; planeamento e acompanhamento de

visitas de estudo; visita de estudo ao CERN e envolvimento em diversos projetos em

curso na escola, ficando também responsável por alguns deles. Para além destas tarefas

a estagiária acompanhou as tarefas inerentes à função de Orientação Educativa de

Turma, uma vez que, enquanto coordenadora de curso trabalhou de forma muito estreita

com este elemento.

Em relação aos recursos escritos utilizados no módulo, à semelhança do que acontece

com todos os módulos e disciplinas da escola, não existe um manual adoptado para a

disciplina, ficando à responsabilidade do professor a elaboração de um guia de

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25

aprendizagem. Este guia de aprendizagem é fundamentalmente constituído por fichas de

exercícios, conteúdos teóricos, textos e artigos de apoio.

3.2 Caracterização do Curso de THSTA (Técnico de Higiene e

Segurança no Trabalho e Ambiente)

De acordo com a Portaria n.º 891/2005 de 26 de Setembro que criou o curso, um

THSTA é um profissional qualificado apto a desenvolver atividades de prevenção

contra riscos profissionais, de forma a elimina-los ou reduzi-los.

As atividades principais desempenhadas por este técnico são:

1. Colaborar no planeamento e na implementação do sistema de gestão de

prevenção da empresa:

Participar na elaboração de diagnósticos que permitam caracterizar o

processo produtivo;

Participar na elaboração do plano de prevenção de riscos profissionais;

Participar na elaboração ou desenvolvimento de planos específicos de

prevenção e proteção exigidos pela legislação;

Participar na definição dos procedimentos a adotar em situações de

emergência, designadamente de combate ao sinistro, de evacuação e de

primeiros socorros;

2. Colaborar no processo de avaliação de riscos profissionais:

Identificar perigos associados às condições de segurança, aos contaminantes

químicos, físicos e biológicos e à organização e carga de trabalho;

Estimar riscos a partir de metodologias e técnicas adequadas aos perigos

detetados;

Valorar riscos a partir da comparação dos resultados obtidos na estimativa

dos mesmos com critérios de referência previamente estabelecidos;

3. Desenvolver e implementar medidas de prevenção e de proteção:

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26

Propor medidas de prevenção e de proteção, observando, nomeadamente, os

princípios gerais de prevenção e as disposições legais;

Implementar e acompanhar a execução das medidas de prevenção e de

proteção;

Assegurar a eficiência dos sistemas necessários à operacionalidade das

medidas de prevenção e de proteção implementadas, acompanhando as

atividades de manutenção dos sistemas e equipamentos de trabalho e

verificando o cumprimento dos procedimentos preestabelecidos;

Gerir o aprovisionamento e a utilização de equipamentos de proteção

individual e assegurar a instalação e manutenção da sinalização de

segurança;

Avaliar a eficiência das medidas implementadas, através da reavaliação dos

riscos e da análise comparativa com a situação inicial;

4. Colaborar na conceção de locais, postos e processos de trabalho:

Participar nas vistorias aos locais, de forma a assegurar o cumprimento das

medidas de prevenção e de proteção preconizadas;

Participar na integração das medidas de prevenção e de proteção na conceção

de processos de trabalho e na organização dos postos de trabalho;

5. Colaborar no processo de utilização de recursos externos nas atividades de

prevenção e de proteção:

Participar na identificação de recursos externos e no processo da sua

contratação;

Acompanhar a ação dos serviços contratados, disponibilizando a informação

e contribuindo para a obtenção dos meios necessários à sua intervenção,

promovendo a sua articulação com os diversos sectores da empresa e

participando na implementação das respetivas medidas;

Participar no processo de avaliação de desempenho dos serviços contratados

e da adequabilidade e viabilidade das medidas preconizadas;

6. Assegurar a organização da documentação necessária ao desenvolvimento da

prevenção na empresa:

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27

Elaborar registos e organizar e atualizar documentação através do tratamento

e arquivo regular da informação;

Garantir a acessibilidade da informação, identificando os destinatários e

utilizadores e assegurando o envio da respetiva documentação; (Teresa,

2013)

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28

Plano de Estudos do Curso de THSTA

Tabela 1: Plano de estudos do curso de THSTA

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Área de Integração 76 72 72 220

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Educação Física 51 51 38 140

Subtotal de horas 409 303 288 1000

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Com

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Segurança Higiene do Trabalho 130 160 150 440

Ambiente e Métodos de Análise de Risco do Trabalho

165 125 110 400

Saúde Ocupacional e Ergonomia 70 90 - 160

Estudo e Organização do Trabalho 60 60 60 180

Formação em Contexto de Trabalho - 140 280 420

Subtotal de horas 425 575 600 1600

Total de Horas por ano e Curso 1035 1075 990 3100

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29

3.3 Caracterização da turma do 10.ºano THSTA

A turma era constituída por vinte e seis alunos, com idades compreendidas entre os

quinze e os vinte e quatro anos, sendo a média de idades, dezoito anos.

A maioria dos alunos, dezoito, era residente do concelho do Barreiro e os restantes

encontravam-se distribuídos pelas seguintes zonas: Moita; Pinhal Novo; Azeitão;

Quinta do Conde e Corroios.

Relativamente ao contexto familiar, verifica-se que todos os alunos viviam com os

seus encarregados de educação, que nem sempre são os próprios progenitores, como

sucede em duas situações na turma. Existia ainda um aluno era o seu próprio

encarregado de educação, uma vez que tinha a sua própria fonte de rendimento. No

total, existiam três alunos que conciliam os estudos com um trabalho que desenvolvem.

Com base nos dados pessoais dos alunos e familiares, constata-se que grande parte

dos encarregados de educação tem apenas o 4.º, 6.º ou o 9.º anos de escolaridade, e que

todos apoiaram o respetivo educando na decisão de ingressar num curso profissional e

nesta escola, incentivando-os, assim, a apostar na sua formação.

Relativamente ao percurso escolar dos alunos, apenas cinco alunos transitaram

sempre de ano escolar até ao 9.º ano, ou seja, nunca reprovaram. Os restantes já haviam

reprovado pelo menos uma vez (9 alunos), duas vezes (7 alunos) ou três vezes (5

alunos). Todavia, a maior parte dos alunos (21) estava pela primeira vez no 10.º ano de

escolaridade. No que toca ao seu percurso escolar linguístico, quatro alunos não tiveram

uma segunda língua estrangeira.

A maioria dos alunos optou por frequentar o curso, tendo apenas como primeiro

objetivo obter o 12.º ano de escolaridade. Apenas quatro alunos mostraram interesse na

formação específica do curso para poderem trabalhar na área do mesmo. (Ourelo, 2013)

3.4 Conteúdos programáticos da disciplina de Física e Química

Tendo em atenção o elenco modular do curso de Técnico de Higiene e Segurança no

Trabalho e Ambiente, a disciplina de Física e Química encontra-se organizada da

seguinte forma no 10.º ano:

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30

Tabela 2:Designação modular da disciplina de FQ

N.º do Módulo

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(em horas)

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10.º ano

2 Luz e Fontes de Luz (F3) 12

3 Ótica Geométrica (E1.F3) 18

4 Circuitos Elétricos (F4) 18

5 Estrutura atómica. Tabela periódica. Ligação química (Q1)

18

6 Soluções (Q2) 18

Total 102

Os programas das disciplinas que serão abordados no estágio referem-se aos que

constam no 10.º ano e que serão apresentados de seguida;

Módulo 4: Circuitos Elétricos

A utilização da energia elétrica é uma das características do mundo moderno, parte

integrante do nosso quotidiano, sendo impossível imaginar o funcionamento da

sociedade sem recurso a esta forma de energia. O objetivo deste módulo é a introdução

da energia elétrica sob os seus diferentes aspetos, desde a produção à utilização.

Módulo 5: Estrutura atómica. Tabela periódica. Ligação química

Através do tema organizador deste módulo, “Estrutura Atómica. Tabela Periódica.

Ligação Química”, procura-se revisitar o que são, como se organizam e como se ligam

os átomos", ideias estruturantes e fundamentais do conhecimento químico já abordadas

no 3.º Ciclo do Ensino Básico.

Mas os elementos químicos também são suscetíveis de um modelo interpretativo que

se desenvolve em torno da constituição dos átomos respetivos. A evolução histórica dos

diferentes modelos converge no modelo atual: o modelo quântico. Paralelamente

desenvolve-se a história da organização dos elementos, até à atual Tabela Periódica.

Feita a interpretação da constituição de um átomo, importa conhecer o modo como os

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31

átomos se ligam entre si para formar novas unidades estruturais como os iões e as

moléculas, de acordo com diferentes modelos da ligação química.

Módulo 6: Soluções

Através do tema organizador deste módulo, “Soluções”, procura-se dar uma

relevância especial à preparação de soluções e sua diluição e ao respetivo trabalho

laboratorial com tudo aquilo que implica a nível de destreza e eficiência no

manuseamento dos vários equipamentos a utilizar. Será de salientar a preocupação

continuada com a segurança e com o impacto ambiental dos resíduos laboratoriais, bem

como a sua reutilização ou destruição/eliminação. (DGF, 2007)

3.5 Lecionação de Física

Funcionamento do Módulo 4: Circuitos elétricos (10.º ano)

De acordo com as orientações programáticas da disciplina de Física e Química, os

objectivos a cumprir neste módulo são: a compreensão de que a corrente elétrica

constitui uma forma de transporte de energia, identificando dispositivos que permitem

transformar em energia elétrica outras formas de energia; as leis dos circuitos elétricos

que permitem o transporte da energia elétrica até aos locais de consumo; o facto da

variação de um campo magnético poder conduzir à criação de uma corrente elétrica

num circuito e que este fenómeno está na base dos geradores existentes nas centrais

hidroelétricas e térmicas. (DGF, 2007)

A estagiária lecionou algumas aulas deste módulo, que culminaram no

desenvolvimento de uma actividade prática que aqui será descrita. Serão também

apresentados alguns dos suportes das aulas leccionadas de forma teórica como

preparação para a aula prática de “Construção de um motor eléctrico”. Outros recursos

utilizados neste mesmo módulo encontram-se em anexo, devidamente referenciados

pelo nome do módulo.

Aula n.º 14 do módulo 4

Tipo de aula: Teórica

Turma:10.ºano THSTA

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Page 34: A Aprendiza da Q D ção do Grau de Mestre no Ensino de ... · Aos meus pais e à minha irmã por tudo aquilo que sou hoje, pelo exemplo de guerreiros que foram toda a vida e pela

34

Balanço da aula: A estagiária constatou que os alunos revelaram muito entusiasmo

com este tipo de abordagem à matéria nova que iriam estudar, sentindo-se envolvidos

no processo de aprendizagem uma vez que foram eles que ajudaram a estagiária a

elaborar um protocolo experimental. Relativamente a esse mesmo protocolo a estagiária

considera que deveria ter dado mais autonomia, orientada, aos alunos para que cada

grupo pudesse delinear e esquematizar, atempadamente, o motor elétrico que pretendia

construir posteriormente na aula experimental.

Aula n.º 15 do módulo 4

Tipo de aula: Teórica

Turma:10.ºano THSTA

N.º do módulo: 4 (circuitos eléctricos)

Duração: 60 minutos

Objetivos: Compreensão, por parte dos alunos, do objeto íman e eletroíman; noção

de campo magnético e princípio de funcionamento de um motor elétrico.

Recursos: Videoprojector, colunas, computador, multímetro, íman, fio elétrico e

quadro branco. Fichas de apoio e planos de aula elaborados com base em livros

disponibilizados pelo coordenador de mestrado.

Desenvolvimento da aula:

Após a preparação da experiência, na aula anterior, esta aula foi inteiramente

dedicada à explicação de algumas propriedades do campo magnético criado por imans e

correntes elétricas. As páginas seguintes apresentam os conteúdos teóricos transmitidos

aos alunos durante esta aula que antecedeu a aula prática. Estes documentos serviram de

base para a estagiária expor a matéria e esclarecer os alunos.

Page 35: A Aprendiza da Q D ção do Grau de Mestre no Ensino de ... · Aos meus pais e à minha irmã por tudo aquilo que sou hoje, pelo exemplo de guerreiros que foram toda a vida e pela

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na aula e pu

nte feita em

ma prática qu

36

onar os alun

romagnetism

davam que e

vel, era detet

introduzir

mais intensa

exemplo e

dispondo lim

agiária expl

existem e a

alguma fa

nda que sej

ois ímanes.

deos para

aos alunos em

solicitou a

udessem co

m grupo, res

uando lhes

nos sobre um

mo - o íman

existia, à vo

tável.

a noção de

s junto à ex

e a mesma

malha de fe

lorou algun

a permanênc

acilidade, q

a dividido,

evidenciar

m aula sobre

a intervençã

ntribuir par

spondendo

foi solicitad

m objeto qu

n. Todos os

olta do íma

e campo ma

xtremidade

acrescento

rro junto de

ns tópicos, n

cia ou não d

que um íma

manterá es

r a existên

campo magn

ão dos alun

ra a mesma

às questões

do.

ue teria um

s alunos est

an, uma for

agnético e l

dos ímanes

ou que o c

e um íman.

nomeadame

da magnetiz

an ou elem

ssa caracterí

ncia de c

nético

nos para qu

a. A particip

s colocadas

papel

tavam

ça ou

linhas

s. Foi

ampo

ente a

zação

mento

ística,

ampo

ue os

pação

, bem

Page 37: A Aprendiza da Q D ção do Grau de Mestre no Ensino de ... · Aos meus pais e à minha irmã por tudo aquilo que sou hoje, pelo exemplo de guerreiros que foram toda a vida e pela

Figuura 10: Plano

co

o de aula do

mo comentá

37

professor so

ário alguns as

obre campo m

spetos a enfa

magnético , il

atizar

lustrando

Page 38: A Aprendiza da Q D ção do Grau de Mestre no Ensino de ... · Aos meus pais e à minha irmã por tudo aquilo que sou hoje, pelo exemplo de guerreiros que foram toda a vida e pela

A

ajuda

tinha

Figu

Fi

Após a visua

a dos aluno

a sido visual

Figu

ura 11:Aluno

gura 12: Víd

alização do v

os da turma

lizado.

ura 13:Estag

a induzir co

deo mostrado

vídeo acima

uma repres

iária a explic

38

orrente elétric

íman

o aos alunos

a referido, a

sentação esq

car um proce

ca com recur

em aula sobr

a estagiária

quemática e

edimento apó

rso a uma bo

re campo ma

desenhou n

e representa

ós esquema n

obina e um

agnético

no quadro, c

ativa daquil

no quadro

com a

o que

Page 39: A Aprendiza da Q D ção do Grau de Mestre no Ensino de ... · Aos meus pais e à minha irmã por tudo aquilo que sou hoje, pelo exemplo de guerreiros que foram toda a vida e pela

Figuura 14: Plano

co

de aula da e

mo comentá

39

estagiária – in

ário alguns as

ndução eletro

spetos a enfa

omagnética,

atizar

ilustrando

Page 40: A Aprendiza da Q D ção do Grau de Mestre no Ensino de ... · Aos meus pais e à minha irmã por tudo aquilo que sou hoje, pelo exemplo de guerreiros que foram toda a vida e pela

Figgura 15: Planno de aula da

comentário

40

a estagiária –

alguns aspet

– motor elétri

tos a enfatiza

ico, ilustrand

ar

do como

Page 41: A Aprendiza da Q D ção do Grau de Mestre no Ensino de ... · Aos meus pais e à minha irmã por tudo aquilo que sou hoje, pelo exemplo de guerreiros que foram toda a vida e pela

41

Balanço da aula: A estagiária verificou que os alunos tiveram alguma dificuldade

em compreender todos os conteúdos leccionados, no entanto, sentiram-se envolvidos na

aula, participando sempre que lhes foi solicitado. No que diz respeito às tarefas

desenvolvidas pelos alunos, constatou-se que teria sido preferível os alunos fazerem,

individualmente, os esquemas no seu caderno diário, nomeadamente sobre: linhas de

força e indução electromagnética.

Aula n.º 16 do módulo 4

Tipo de aula: Experimental

Turma:10.º ano THSTA

N.º do módulo: 4 (circuitos eléctricos)

Duração: 60 minutos

Objetivos: Construção de um motor eléctrico simples.

Recursos: fio de cobre, pilhas, clipes grandes, marcador permanente, copos de

plástico, ímanes, elásticos, fita-cola, crocodilos ou pinças, multímetro. Fichas de apoio e

planos de aula elaborados com base em livros disponibilizados pelo coordenador de

mestrado.

Desenvolvimento da aula:

Esta aula iniciou com uma revisão, por parte da estagiária, daquilo que se pretendia

fazer. Foram organizados rapidamente os grupos de trabalho, já anteriormente formados

e cada grupo de alunos começou a fazer um esquema do motor elétrico que pretendiam

construir.

Page 42: A Aprendiza da Q D ção do Grau de Mestre no Ensino de ... · Aos meus pais e à minha irmã por tudo aquilo que sou hoje, pelo exemplo de guerreiros que foram toda a vida e pela

D

como

Após

banc

da ta

A

que c

Figur

De seguida, a

o estavam

s, todos os

ada para ir

arefa experim

A maioria do

consta no pr

ra 16: Aluno

a estagiária

esquematiz

grupos ter

buscar o m

mental.

os grupos op

rocedimento

os a desenvol

percorreu t

zadas as ta

rem termina

material que

Figura 17:E

ptou por con

o elaborado

42

lver o esquem

todos os gru

arefas que

ado o seu

considerava

Estagiária a a

nstruir um m

o na aula n.º

ma da constr

upos de trab

seriam des

esquema, p

am importa

auxiliar os al

motor elétri

º14 em conj

ução do mot

balho para v

envolvidas

puderam de

ante para o d

unos

co muito se

unto com a

tor elétrico

verificar a f

posteriorm

eslocar-se a

desenvolvim

emelhante a

a turma.

forma

mente.

a uma

mento

aquele

Page 43: A Aprendiza da Q D ção do Grau de Mestre no Ensino de ... · Aos meus pais e à minha irmã por tudo aquilo que sou hoje, pelo exemplo de guerreiros que foram toda a vida e pela

B

To

um m

const

isso

em a

verif

como

3.6

Aula

Ti

T

N

D

O

Reso

R

base

alanço da a

odos os gru

motor eléct

tatou que os

aconteceu a

aulas teóric

ficou-se que

o o material

Leciona

as n.º 14 e

ipo de aula

urma:10.º

N.º do módu

uração: 60

Objetivos: R

olução de ex

Recursos: M

em livros d

aula:

upos de trab

trico, embo

s alunos rev

ainda mais

as. Relativa

e teria sido

l necessário

ção de Qu

15 do mód

a: Teórica +

ano THSTA

ulo: 6 (Soluç

0 + 60 minut

Relembrar a

xercícios.

Material de l

disponibiliza

Figura 18:

balho conse

ora uns fun

velaram mu

com os alu

amente à es

preferível

o para o dese

uímica

dulo 6

+ Prática

A

ções)

tos

os alunos co

laboratório.

ados pelo co

43

:motor elétric

eguiram des

ncionassem

uito entusias

unos que ge

squematiza

os alunos j

empenho da

onceitos de

Fichas de a

oordenador

co a funcion

senvolver a

m melhor do

smo neste tip

eralmente n

ção da con

já trazerem

a tarefa.

e concentraç

apoio e plan

r de mestrad

ar

a tarefa prop

o que outro

po de tarefa

não revelam

strução do

m esse esque

ção molar, s

nos de aula

do.

posta e con

ros. A estag

as, curiosam

m muito inte

motor eléc

ema feito, a

soluto e solv

a elaborados

nstruir

giária

mente,

eresse

ctrico,

assim

vente.

s com

Page 44: A Aprendiza da Q D ção do Grau de Mestre no Ensino de ... · Aos meus pais e à minha irmã por tudo aquilo que sou hoje, pelo exemplo de guerreiros que foram toda a vida e pela

D

D

objec

previ

mate

expe

obtid

discu

ativid

A

Prepa

passo

A

abord

poste

esenvolvim

De acordo co

ctivos a cum

iamente fix

erial e equip

riência par

dos e confr

utindo os l

dade experi

A estagiária

aração de u

os dessa me

Antes da re

dadas algum

eriormente t

mento da au

om as orien

mprir no mó

xados; iden

pamento com

ra dar resp

rontá-los co

limites de

imental por

preparou e

uma solução

esma activid

Figu

ealização d

mas questõ

tratados.

ula:

ntações pro

ódulo n.º 6

ntificar mat

m correção

osta a uma

om as hipó

validade do

si realizada

e desenvolv

o a partir de

dade que se

ra 19: Cader

da actividad

ões em algu

44

ogramáticas

são: prepar

terial e eq

e respeito p

a questão –

óteses de pa

os resultad

a.

veu uma ac

e um soluto

desenvolve

rno diário de

de prática

umas aulas

da discipli

rar soluções

quipamento

por normas

– problema

artida e/ou

dos; elabora

tividade pr

o sólido. De

eu ao longo

um aluno –

desenvolvi

s teóricas s

na de Físic

s de volume

de laborat

s de seguran

a; interpreta

com outro

ar um relat

ática subor

e seguida se

de duas aul

exercícios

ida pela e

sobre os tem

ca e Químic

e e concent

tório; mani

nça; planear

ar os resul

os de referê

tório sobre

rdinada ao

erão descrit

las.

estagiária, f

mas que se

ca, os

tração

ipular

r uma

ltados

ência,

uma

tema:

tos os

foram

eriam

Page 45: A Aprendiza da Q D ção do Grau de Mestre no Ensino de ... · Aos meus pais e à minha irmã por tudo aquilo que sou hoje, pelo exemplo de guerreiros que foram toda a vida e pela

R

para

expli

é exp

base

elativament

preparar so

icado aos al

plicado aos

em equaçõ

te ao cálcul

oluções a p

lunos o raci

alunos a m

es.

Fi

o da prepar

partir de um

ocínio a seg

mesma situaç

igura 20: Exp

45

ração de sol

ma determin

guir, tal com

ção tal com

plicação com

luções foram

nada conce

mo surge na

mo surge na

m base no rac

m apresenta

entração. Nu

a figura n.º 6

figura n.º 7

ciocínio

adas duas fo

um dos cas

6 e no outro

7, desta vez

ormas

sos, é

o caso

z com

Page 46: A Aprendiza da Q D ção do Grau de Mestre no Ensino de ... · Aos meus pais e à minha irmã por tudo aquilo que sou hoje, pelo exemplo de guerreiros que foram toda a vida e pela

A

prátic

enco

Após estas a

ca com os

ntra em ane

Fi

abordagens,

alunos e c

exo.

Figura 22

igura 21: Exp

a estagiári

com a ajud

2: Estagiária

46

plicação com

ia avançou

da da profes

a apresentar

m base em eq

para o dese

ssora da di

r a tarefa prát

quações

envolvimen

isciplina, cu

tica aos alun

nto da activ

ujo protoco

nos

vidade

olo se

Page 47: A Aprendiza da Q D ção do Grau de Mestre no Ensino de ... · Aos meus pais e à minha irmã por tudo aquilo que sou hoje, pelo exemplo de guerreiros que foram toda a vida e pela

In

activ

uma

solut

D

nece

de au

indic

activ

uma

nicialmente,

vidade prátic

solução a p

to e solvente

De seguida, a

ssidade dos

ula para ve

cação por p

vidades prát

das profess

, foi apresen

ca, bem com

partir de um

e e por fim

Figura 2

a estagiária

s alunos con

erificarem o

parte da esta

icas, calcula

soras, se ess

Figura 24:

ntado por p

mo os prin

m soluto só

esclarecida

23: Indicação

a definiu os

nsultarem a

o número d

agiária para

arem o núm

se valor se e

Realização

47

parte da est

ncipais objec

lido. Foram

as as dúvida

o esquemátic

grupos de

a tabela per

de massa d

a a necessid

mero de mas

encontrava c

da atividade

agiária, o p

ctivos do m

m revistos c

s aos aluno

ca dos grupo

trabalho, ci

iódica que

dos element

dade dos alu

ssa e posteri

correto.

prática por p

protocolo a

mesmo, nest

onceitos bá

s.

os de trabalho

inco no tota

se encontra

tos químico

unos, antes

iormente co

parte dos alu

seguir dura

te caso, pre

ásicos, tais

o

al, e relemb

a exposta na

os. Houve

s de iniciare

onfirmarem

unos

ante a

eparar

como

brou a

a sala

ainda

em as

, com

Page 48: A Aprendiza da Q D ção do Grau de Mestre no Ensino de ... · Aos meus pais e à minha irmã por tudo aquilo que sou hoje, pelo exemplo de guerreiros que foram toda a vida e pela

A

banc

consu

valor

O

expe

resol

essa

organ

deve

aluno

relató

estru

A

grupo

algun

deco

A actividade

adas de tr

ultaram a t

res das mas

Os aspectos

rimentais

lução da ba

incerteza.

nizacional,

ria encontr

os deveriam

ório sobre

uturado.

A estagiária

os consegu

ns excertos

rrer da aula

Figu

e prática foi

rabalho. A

abela perió

sas atómica

identificad

semelhante

alança, bem

Um outr

foi o facto

rar-se no ce

m ter inicia

o process

ajudou os

uiram concl

do “Proto

a prática.

ura 25: Excer

i desenvolv

Aceitaram a

dica que se

as dos eleme

dos a melh

s foram:

m como a in

ro aspeto

o de a balan

entro da zo

ado, à med

o de prepa

alunos ao

luir os obje

colo do pro

rto do protoc

algun

48

vida pelos a

a sugestão

e encontrav

entos quími

horar em s

a importân

nclusão da i

identificad

nça estar c

ona de ban

dida que d

aração de

longo do d

ectivos prop

ofessor” qu

colo do profe

ns aspetos a e

alunos com

da estagi

va junto ao

icos.

situações fu

ncia de di

ideia de inc

do a melh

olocada nu

cadas. Por

desenvolviam

soluções,

desenvolvim

postos, de

ue serviram

essor, ilustran

enfatizar

autonomia,

iária e de

quadro par

uturas, para

iscutir arre

certeza na m

horar, este

um extremo

fim, foi ve

m as tarefa

devidament

mento da ta

seguida ser

m de auxílio

ndo como co

, em pé jun

e forma or

ra verificare

a procedim

edondament

medida e es

mais a

o da sala qu

erificado qu

fas, um peq

te organiza

arefa e tod

rão apresen

o à estagiár

omentário

nto às

rdeira

em os

mentos

tos e

stimar

nível

uando

ue os

queno

ado e

dos os

ntados

ria no

Page 49: A Aprendiza da Q D ção do Grau de Mestre no Ensino de ... · Aos meus pais e à minha irmã por tudo aquilo que sou hoje, pelo exemplo de guerreiros que foram toda a vida e pela

N

de líq

Figu

Na última au

quidos tend

Fig

ura 26: Excer

co

ula, já havia

do em conta

Figura 27

gura 28: Exc

ilustran

rto do protoc

mo comentá

sido explic

a regra da “

7: Explicação

certo do proto

do como com

49

colo do profe

ário alguns as

cado aos alu

“base do me

o feita aos al

ocolo do pro

mentário algu

essor – Proce

spetos a enfa

unos a impo

enisco”.

lunos sobre l

ofessor – veri

uns aspetos a

edimento - , i

atizar

rtância da m

eitura rigoro

ificar signific

a enfatizar

ilustrando

medição rig

osa

cados - ,

gorosa

Page 50: A Aprendiza da Q D ção do Grau de Mestre no Ensino de ... · Aos meus pais e à minha irmã por tudo aquilo que sou hoje, pelo exemplo de guerreiros que foram toda a vida e pela

50

3.7 Coordenação de Curso

A estagiária teve a atribuição da coordenação de curso em duas turmas do curso de

THSTA, uma de 10.º ano e outra de 12.º ano. Esta tarefa é responsabilidade sua, há já

quatro anos consecutivos na EPBJC. De seguida serão apresentadas algumas das tarefas

desempenhadas pela estagiária no ano lectivo 2013/2014.

Elaboração da candidatura ao curso de THSTA para o próximo ano letivo

De forma a garantir a possibilidade de abertura de uma turma de 10.º ano deste curso

no próximo ano letivo, houve a necessidade de elaborar e reunir documentação diversa,

nomeadamente:

Recolha de declarações de interesse por parte de entidades cooperantes com o

curso, aproximadamente trinta, que atestem a qualidade do nosso sistema de

ensino

Elaboração de um documento designado “Fundamentação” que apresenta o

curso a vários níveis, nomeadamente: Importância da Higiene e Segurança no

Trabalho e Ambiente; Evolução histórica da Higiene e Segurança no Trabalho e

Ambiente; Regulamentação do setor; Funções do técnico e saídas profissionais;

Formação em Contexto de Trabalho e Projetos desenvolvidos; Parcerias e

empregabilidade; Imprensa: Investimentos previstos; Procura de um primeiro

emprego/candidatura ao ensino superior e Recursos

Recolha de certificados dos professores/formadores que lecionam o curso

Elaboração de um quadro de formadores com a indicação das unidades

modulares a lecionar. Elaboração de um cronograma modular das disciplinas.

Page 51: A Aprendiza da Q D ção do Grau de Mestre no Ensino de ... · Aos meus pais e à minha irmã por tudo aquilo que sou hoje, pelo exemplo de guerreiros que foram toda a vida e pela

Elab

O

Amb

ao l

harm

ainda

Figu

boração do P

O Projeto Cu

biente é um

ongo do c

moniosa pos

a as imposiç

ura 29: Decla

P.C.C. – Pr

urricular do

instrument

curso, talha

ssível, por f

ções legais.

ração de inte

rojeto Curri

o Curso Pro

o de gestão

ando cada

forma a pot

51

eresse de um

icular de C

ofissional d

o pedagógic

etapa do

tenciar a ap

ma entidade ac

Curso da tur

de Higiene

o que perm

processo

prendizagem

colhedoa par

rma do 10.º

e Seguranç

mite desenha

educativo

m dos aluno

ra estágios

º THSTA

ça no Traba

ar metas a a

da forma

os e respei

alho e

atingir

mais

tando

Page 52: A Aprendiza da Q D ção do Grau de Mestre no Ensino de ... · Aos meus pais e à minha irmã por tudo aquilo que sou hoje, pelo exemplo de guerreiros que foram toda a vida e pela

N

consu

às alt

Es

carga

form

deste

profi

prova

Dese

N

encam

estág

turm

dado

poste

No entanto,

ulta, é ao m

terações ine

ste docume

a horária g

mação, englo

e setor; re

issional e s

a de aptidão

Fig

envolviment

Na turma do

minhar para

gio e PAP –

ma. A gestão

os referente

eriormente i

apesar de

mesmo temp

evitáveis da

ento tem co

global de c

obando os s

egulamenta

aídas profis

o profission

gura 30: Cron

to de toda a

12.º ano do

a o local de

– Prova de

o de todo e

es ao está

imprime e d

se tratar d

po permeáv

a comunidad

omo objetiv

cada compo

seguintes po

ção deste

ssionais do

nal; instalaçõ

nograma mod

a document

o curso de T

e estágio e

e Aptidão P

este process

ágio num

dá encaminh

52

de um uten

vel à inovaç

de escolar, p

vo a definiç

onente de

ontos: a imp

setor; o

THSTA; o

ões e equipa

dular incluíd

Curso

tação refere

THSTA hou

recolher po

Profissional

so é feito p

programa

hamento.

nsílio orien

ção e melho

profissional

ção de plan

formação

portância da

contexto

o plano de

amentos e e

do no PCC –

ente aos est

uve a necess

osteriormen

dos dezoit

pela coorden

de gestão

ntador, que

oria constan

e social.

nos de estu

ao longo d

a HSTA; ev

socioeconó

estudos; o

enquadrame

Projeto Curr

ágios dos a

sidade de pr

nte toda a d

to alunos q

nadora que

o escolar,

e fomenta a

nte, adaptan

udos e gestã

de um cicl

volução hist

ómico; o

elenco mod

ento normat

ricular de

alunos.

reencher, as

documentaç

que constitu

e insere tod

o E-schoo

a sua

ndo-se

ão da

lo de

tórica

perfil

dular;

tivo.

sinar,

ão de

uem a

dos os

oling,

Page 53: A Aprendiza da Q D ção do Grau de Mestre no Ensino de ... · Aos meus pais e à minha irmã por tudo aquilo que sou hoje, pelo exemplo de guerreiros que foram toda a vida e pela

N

segui

No processo

inte docume

Plano

Relató

Proto

Regis

Regul

Crono

Proto

Ata d

Regis

Ficha

Ficha

Carta

de estágio

entação:

o de Desenv

ório do prof

colo enquad

sto semanal

lamento ger

ograma da F

colo de con

da reunião d

sto de Assid

a de Avaliaç

a de Avaliaç

a de Agradec

Figura 31:

e PAP, de c

volvimento d

fessor orien

drador

de activida

ral

FCT

ncretização

e PAP (ava

duidade do E

ção da PAP

ção da Form

cimento à E

Programa in

53

cada aluno,

da FCT

ntador

ades

aliação)

Estágio

mação em Co

Empresa

nformático ut

foi necessá

ontexto de T

tilizado para

ário garantir

Trabalho

a gestão esc

r o tratamen

colar

nto da

Page 54: A Aprendiza da Q D ção do Grau de Mestre no Ensino de ... · Aos meus pais e à minha irmã por tudo aquilo que sou hoje, pelo exemplo de guerreiros que foram toda a vida e pela

54

Orientação de alunos em estágio

As visitas de acompanhamento de FCT – Formação em Contexto de Trabalho

envolvem o preenchimento de fichas de autoavaliação dos alunos, bem como a

identificação de situações a melhorar por parte do mesmo. Esta análise é feita por parte

do professor orientador, pertencente à escola e o tutor de estágio, pertencente à empresa.

Estabelecimento de novas parcerias para o desenvolvimento de estágios

A atribuição de novos locais para o desenvolvimento da FCT – Formação em

Contexto de Trabalho - dos alunos é uma das tarefas a desenvolver pelo coordenador de

cada um dos cursos desta escola.

Este ano lectivo, foi possível alargar a já muito vasta rede de parceiros de estágio na

área de HSTA, nomeadamente através do estabelecimento de protocolos com as

seguintes entidades:

brito & macdonald – Saúde e Segurança no Trabalho (Almada)

Interprev – Segurança e Saúde no Trabalho (Lisboa)

CATICA – Centro Comunitário de Coina

Grupo CentralMed

PAP – Provas de Aptidão Profissionais

No final do curso profissional, os alunos apresentam um projecto final de curso

designado por: Prova de Aptidão Profissional. Estas provas reflectem o trabalho

desenvolvido ao longo de dois meses de FCT – Formação em Contexto Real de

trabalho.

Cabe à coordenação do curso, constituir o júri que ditará a classificação dos alunos

nestas provas. No ano lectivo 2013/2014, o júri externo foi constituído por:

Gabriela Barata: Inspetora da ACT – Autoridade para as Condições do

Trabalho.

Isabel Santos: Diretora da Revista Segurança, uma das publicações mais

importantes nesta área de estudo.

Luís Fontes Machado: Engenheiro e Técnico de HST com décadas de

experiência nesta área, tendo já feito diversas publicações.

Page 55: A Aprendiza da Q D ção do Grau de Mestre no Ensino de ... · Aos meus pais e à minha irmã por tudo aquilo que sou hoje, pelo exemplo de guerreiros que foram toda a vida e pela

O

profe

coord

D

Sorai

oscil

Os relatórios

essores orie

denação.

De seguida se

ia Pereira, q

lado entre d

Figura 3

s de PAP, e

entadores, cu

erão aprese

que obteve

ez e dezoito

Figura 33:

32: Júri das P

elaborados

umprem co

ntados algu

quinze valo

o valores.

Excerto de u

55

PAP - Provas

pelos aluno

om uma estr

uns excertos

ores na sua

uma PAP - D

s de Aptidão

os e corrigi

rutura pré-e

s de um dos

PAP, tendo

Desenvolvime

Profissionai

idos ao long

estabelecida

relatórios,

o as classifi

ento do proje

is

ngo estágio

a em conselh

referente à

icações da t

ecto.

pelos

ho de

aluna

turma

Page 56: A Aprendiza da Q D ção do Grau de Mestre no Ensino de ... · Aos meus pais e à minha irmã por tudo aquilo que sou hoje, pelo exemplo de guerreiros que foram toda a vida e pela

O

Para

de cu

Outras tarefa

além das t

urso:

A pre

princi

A par

estrat

Partic

Partic

assun

Projet

Elabo

respo

Fi

fas inerentes

arefas enun

eparação e

ipalmente n

rticipação e

tégias dos cu

cipação em

cipação em

ntos de âmb

to Educativ

oração de h

nsabilidade

igura 34: Exc

s à coorden

nciadas ante

presença e

nas turmas q

em reuniõe

ursos para o

Conselhos d

m reuniões

ito mais ge

vo de Escola

horários par

e dos coorde

56

certo de uma

nação de cu

eriormente,

em reuniõe

que desenvo

es de coord

o ano letivo

de turma;

de Comis

eral, tendo s

a.

ra as turma

enadores de

a PAP - Resu

urso

é da respon

es com os

olvem estág

denação de

;

ssões pedag

sido abordad

as da escola

e cada curso

ultados.

nsabilidade

encarregado

ios nesse an

curso, ond

gógicas on

do este ano

a, esta tare

.

e da coorden

os de educ

no lectivo

de se define

nde se disc

lectivo o P

efa também

nação

cação,

em as

cutem

PEE –

é da

Page 57: A Aprendiza da Q D ção do Grau de Mestre no Ensino de ... · Aos meus pais e à minha irmã por tudo aquilo que sou hoje, pelo exemplo de guerreiros que foram toda a vida e pela

4 A

4.1

D

estag

Visit

N

da vi

Visit

O

movi

Es

Trab

Ativida

Visitas d

De seguida

giária.

ta ao Centro

No âmbito da

isita com o

Figu

ta ao Estale

Organização

imentação d

sta iniciativ

alho e incl

ades nã

de estudo

serão apr

o Ciência V

a disciplina

intuito dos

ura 35: Aluno

eiro da emp

de uma vis

de cargas e

va surgiu n

luiu várias

ão letiv

resentadas

Viva (Sintra)

a de Física e

alunos não

os do 10.º an

resa SETH

sita de estud

Diretiva Má

no âmbito d

vertentes

57

vas

as iniciativ

a)

e Química,

se dispersar

no do curso T

(Sintra)

H (Palmela)

do ao estale

áquinas.

da disciplin

da área da

vas propos

foi elabora

rem e se ma

THSTA no C

eiro da SET

na de SHT

a segurança

stas e des

do pela esta

anterem aten

Centro de Ciê

TH no âmbit

– Seguranç

a. Os aluno

envolvidas

agiária um

ntos à mesm

ência Viva

to do módu

ça e Higien

os tinham

pela

guião

ma.

ulo de

ne no

como

Page 58: A Aprendiza da Q D ção do Grau de Mestre no Ensino de ... · Aos meus pais e à minha irmã por tudo aquilo que sou hoje, pelo exemplo de guerreiros que foram toda a vida e pela

princ

que s

O

de pr

desen

legai

tendo

cipal tarefa

se encontrav

Figura

Figur

Os Equipame

rodutos peri

nvolver um

is. Ao longo

o sido prom

o registo, e

vam em fun

a 36: Visita d

pr

ra 37: Verific

entos de Pro

igosos foram

ma atitude m

o desta visi

movido o esp

scrito e foto

ncionamento

de estudo - v

rodutos quím

cação das con

oteção, indiv

m outras da

mais crítica

ta foi visíve

pirito de ent

58

ográfico, da

o no estaleir

verificação d

micos (Estale

ndições de s

vidual e col

as valências

face aos po

el a interaç

treajuda.

as situações

ro.

as fichas de

eiro em Palm

egurança das

lectiva, bem

desta visita

ostos de tra

ão entre os

de seguran

dados de seg

mela)

s máquinas n

m como o ac

a que permi

abalho e as

diversos gr

nça das máq

gurança dos

no estaleiro

condicionam

itiram aos a

s suas exigê

grupos de al

quinas

mento

alunos

ências

lunos,

Page 59: A Aprendiza da Q D ção do Grau de Mestre no Ensino de ... · Aos meus pais e à minha irmã por tudo aquilo que sou hoje, pelo exemplo de guerreiros que foram toda a vida e pela

Visit

O

e Am

mês

Es

profe

o inte

estud

junto

D

Jacin

Higie

Visit

À

intuit

apres

perío

ta a uma ob

Os recém-che

mbiente da

de curso.

sta iniciati

essores da d

eresse e à v

do a uma ob

o à zona ribe

Desta forma

nto, estivera

ene no Trab

Figura

ta a uma ob

À semelhanç

to de desen

sentaram um

odo do 10.º

bra de requa

egados alun

EPBJC Bar

va serviu

disciplina de

vontade dos

bra de gran

eirinha.

a os alunos

am mais pró

balho têm de

a 38: Visita d

bra de requa

ça da visita

nvolvimento

ma postura

ano de form

alificação d

nos do curso

rreiro inicia

essencialm

e SHT - Hig

alunos nest

de dimensã

, acompanh

óximos das

e desenvolv

de estudo - re

r

alificação d

anterior, es

o de um rel

mais crítica

mação dos a

59

da frente rib

o de Técnic

aram os tra

mente como

giene e Segu

ta matéria. A

ão que deco

hados pelo

s atividades

ver.

econhecimen

repavimentaç

da frente rib

sta foi desen

latório, a po

a um vez q

alunos.

beirinha - B

co de Higien

abalhos no t

o teste de

urança no T

Assim, inici

orreu no Bar

s professor

s reais que

nto do estado

ção

beirinha - B

nvolvida na

osteriori. N

que a visita

Barreiro (Fa

ne e Segura

terreno logo

diagnóstic

Trabalho pu

iaram um ci

rreiro duran

res Dora T

os técnicos

o inicial de u

Barreiro (Fa

mesma obr

Nesta iniciat

se desenvol

Fase 1)

ança no Tra

o deste prim

co para qu

udessem per

iclo de visit

nte vários m

Teresa e M

s de Segura

uma obra de

Fase 2)

ra, mas já c

tiva os alun

lveu no seg

balho

meiro

ue os

rceber

tas de

meses,

Manuel

ança e

com o

nos já

gundo

Page 60: A Aprendiza da Q D ção do Grau de Mestre no Ensino de ... · Aos meus pais e à minha irmã por tudo aquilo que sou hoje, pelo exemplo de guerreiros que foram toda a vida e pela

Visit

V

da EP

edifíc

A

Amb

tivera

ta às novas

Visita de estu

PBJC – Bar

cio se encon

A turma do

biente, EPBJ

am a oportu

Fig

instalações

udo e preen

rreiro para v

ntravam em

10.º ano d

JC - Barreir

unidade de c

Figura 40: V

gura 39: Segu

s da EPBJC

nchimento d

verificar se

m conformid

do curso T

ro , realizou

conhecer, em

Verificação d

60

unda visita d

C – Análise

de uma list

aspectos bá

dade.

Técnico de

uma visita

m primeira

das condiçõe

de estudo a u

de Riscos

ta de verific

ásicos de se

Higiene e

de estudo m

mão, as nov

s de SHT no

uma obra

cação nas n

egurança e a

Segurança

muito espec

vas instalaç

o local em an

novas instal

acessibilida

a do Traba

cial, uma ve

ções da esco

nálise.

ações

ade do

lho e

ez que

ola.

Page 61: A Aprendiza da Q D ção do Grau de Mestre no Ensino de ... · Aos meus pais e à minha irmã por tudo aquilo que sou hoje, pelo exemplo de guerreiros que foram toda a vida e pela

Visit

O

tecno

polo

desta

Visit

D

ecolo

verif

estud

Estud

ta ao Institu

Os alunos d

ologia prom

do Barreiro

a entidade fo

ta de estudo

De âmbito eu

ogicamente

ficar o estad

do de impa

dos Ambien

uto Politécn

da EPBJC

movida pelo

o. Nesta vis

formadora.

Figura 41

o no âmbito

uropeu, é u

uma deter

do de degra

acte ambien

ntal da Mata

nico do Barr

foram con

o Instituto P

ita os aluno

1: Alunos a a

o do projecto

um projeto

rminada zo

adação do lo

ntal. Este p

a da Macha

61

rreiro

nvidados a

Politécnico

os conseguir

assistir a exp

o: CoastWa

em que os

ona, identifi

ocal e Conh

projeto dec

ada. (CMB,

a participar

de Setúbal

ram ficar a

eriências de

atch

alunos dev

ficar espécie

hecer o fun

correu em

2013)

na seman

l, mais con

conhecer a

microbiolog

verão conse

es de fauna

cionamento

parceria co

na da ciên

ncretamente

oferta form

gia.

eguir caract

na e Flora

o e etapas d

om o Centr

ncia e

e pelo

mativa

erizar

local,

de um

ro de

Page 62: A Aprendiza da Q D ção do Grau de Mestre no Ensino de ... · Aos meus pais e à minha irmã por tudo aquilo que sou hoje, pelo exemplo de guerreiros que foram toda a vida e pela

4.2

A

prátic

de es

dias.

atraç

CER

A

outra

Franç

grand

os re

este p

o des

Fi

Visita ao

Através do lo

ca lectiva, f

studo ao CE

Nesta visit

ções turística

RN - A sua o

Alguns cient

as grandes

ça, a Dinam

dioso à esca

esponsáveis

projeto iria

senvolvimen

igura 42: No

o CERN (

ocal de está

foi possível

ERN (organ

ta ficamos t

as muito int

origem

tistas vision

potências

marca e a It

ala europeia

pela inves

revolucion

nto do mesm

tícia do proj

(Genebra

ágio onde as

l acompanh

nização Euro

também a c

teressante, d

nários perc

mundiais p

tália os prin

a, ao nível d

stigação den

ar a investig

mo.

62

ecto desenvo

a)

s colegas, M

har um grup

opeia para a

conhecer a c

destaco o m

ceberam qu

para fazer

ncipais imp

da investiga

ntro de cad

gação das c

olvido na dis

Mafalda e Su

po de profe

a pesquisa n

cidade de G

museu da his

ue a europa

investigaçã

ulsionadore

ação científi

a país uma

ciências e de

sciplina de A

usana, dese

ssores e alu

nuclear), ao

Genebra, bem

stória da ciê

a não deve

ão científic

es desta inic

ca, abalou d

vez que co

esviar verba

AMART

envolveram

unos numa

o longo de q

m como alg

ência.

eria depend

ca, tendo si

ciativa. Alg

de alguma f

onsideraram

as nacionais

a sua

visita

quatro

gumas

der de

ido a

go tão

forma

m que

s para

Page 63: A Aprendiza da Q D ção do Grau de Mestre no Ensino de ... · Aos meus pais e à minha irmã por tudo aquilo que sou hoje, pelo exemplo de guerreiros que foram toda a vida e pela

O

inicia

atóm

partíc

A

Alem

Hola

Repú

contr

Prod

enqu

CER

O

const

partíc

outro

a con

CER

Es

27 k

núme

que o

O CERN -

almente de

mico, é cons

culas.

Atualmente

manha, Áust

anda, Hungr

ública Eslov

ribuição de

duto Interno

uanto estuda

RN - O estud

Os instrumen

truídos exc

culas até ad

os ou com a

nstituição da

Figur

RN - LHC -L

ste acelerad

km, em form

ero de estru

o percorrem

Conseil Eu

dicado à p

siderado ho

o CERN é

tria, Bélgic

ria, Itália, N

vaca, Suéci

Portugal e d

o Bruto. E

antes, invest

do da matér

ntos utiliza

lusivamente

dquirirem um

alvos estacio

as partícula

ra 43: Repre

Large Hadr

dor de partíc

ma circular

uturas aceler

m a uma velo

uropéen pou

pesquisa e p

oje um veíc

é financiad

a, Bulgária

Noruega, Po

a e Suíça. P

dos restante

Existem div

tigadores, b

ria

ados no CE

e para a org

ma energia

onários. De

as.

sentação esq

ron Collider

culas é o m

e compree

radoras para

ocidade mu

63

ur la Rech

procura de

culo crucia

do por vint

a, Dinamarc

olónia, Port

Portugal tev

es países é m

versos Port

bolseiros e tr

ERN são a

ganização.

muito elev

esta forma,

quemática do

er

maior, não só

ende diverso

a fazer aum

uito próxima

herche Nucl

respostas

al na invest

te estados

ca, Espanha

tugal, Rein

ve a sua ad

monetária, d

tugueses a

rabalhadore

aceleradores

Os acelerad

ada, antes d

através das

o CERN (Ace

ó no CERN

os magnete

mentar a ener

a da luz.

léaire - fun

sobre o int

tigação da

membros,

, Finlândia,

o Unido, R

desão ao CE

de acordo co

colaborar

es efetivos.

s e detetore

dores aceler

destes colid

colisões, é

eleradores e

N, mas a nív

es supercond

rgia dos feix

ndado em

terior do n

constituição

nomeadam

, França, G

República C

ERN em 19

om o seu P.

com o C

res de partí

ram os feix

direm uns co

possível es

Detetores)

vel mundial.

dutores com

ixes de partí

1925,

núcleo

o das

mente;

Grécia,

Checa,

985, a

.I.B. -

ERN,

ículas

xes de

om os

studar

. Tem

m um

ículas

Page 64: A Aprendiza da Q D ção do Grau de Mestre no Ensino de ... · Aos meus pais e à minha irmã por tudo aquilo que sou hoje, pelo exemplo de guerreiros que foram toda a vida e pela

A

mant

por u

O

que

resist

motiv

líquid

CER

É

feixe

exist

enorm

cabo

veze

ONU

Es

entan

D

organ

pesso

o edi

As partículas

tidos em ult

um forte cam

Os electroma

funciona nu

tência ou p

vo, grande p

do, que arre

RN - Detecto

um dos 4 d

es irão coli

tência deste

me solenoi

s supercon

s o da Terra

U – Organiz

sta organiz

nto, represen

Durante a n

nização ond

oas que lá d

ifício alberg

s percorrem

tra vácuo –

mpo magné

agnetes são

um estado

erda de ene

parte do ace

efece os ma

or CMS (Co

detetores de

idir. É nos

es locais que

de superco

dutores que

a.

zação das N

ação dedica

ntada em pa

nossa visita

de constata

desenvolvem

ga.

m em direçõ

sendo que,

tico mantid

construído

supercondu

ergia. Isto re

elerador est

gnetes, bem

ompact Mu

partículas,

detetores

e é possível

ndutor. Est

e irá gerar

Figura 44:

Nações unid

a-se ao des

aíses ricos e

a a genebr

amos a sua

m trabalho,

64

ões opostas

em cada um

do por eletro

s a partir de

utor, condu

equer arrefe

tá conectado

m como outr

uon Solenoi

situado à v

que ocorre

l estudar a

te assume

um campo

: Estagiárias

das

senvolvimen

e desenvolv

ra foi poss

a grandiosid

quer ao nív

s e em can

m desses ca

omagnetes s

e bobinas d

uzindo eficie

fecer os mag

o a um siste

ros serviços

id)

olta do anel

em as expe

matéria. É

a forma de

o magnético

a visitar o C

nto e comb

vidos de form

sível fazer

dade, quer

vel das obra

nais separad

anais, os feix

supercondut

de um cabo

entemente e

gnetes a -27

ema de distr

s de fornecim

l central ace

eriências e

construído

e uma bobi

o de 4 T, c

MS 

bate à pobre

ma impetuo

uma visita

ao nível da

as de valor

dos – dois

xes são diri

tores.

elétrico esp

eletricidade

71,3 °C, po

ribuição de

mento.

elerador, on

é também

em torno d

ina cilíndric

cerca de 10

reza, estand

osa.

a guiada a

da quantidad

incalculáve

tubos

igidos

pecial

e sem

r este

Hélio

nde os

m pela

de um

ca de

00000

do, no

a esta

de de

el que

Page 65: A Aprendiza da Q D ção do Grau de Mestre no Ensino de ... · Aos meus pais e à minha irmã por tudo aquilo que sou hoje, pelo exemplo de guerreiros que foram toda a vida e pela

Muse

O

coleç

de G

relac

eletri

4.3

Pa

instit

O

de so

de A

eu da Histó

O Museu da

ção de antig

Genebra a p

cionados co

icidade e a m

Outros p

articipação

tuição de so

Os alunos da

olidariedade

Abril de 1974

ória da Ciên

História da

gos instrum

partir do sé

om as mais

meteorolog

projetos e

o num proje

olidariedad

a turma do 1

e social com

4”.

Figura

ncia

a Ciência, s

mentos cient

éculo XVII.

diversas á

ia.

em que a

eto sobre “o

de social

10.º THSTA

m vista à rec

65

a 45:Estagiár

situado nas

tíficos com

. Os objeto

áreas, tais c

estagiária

os 40 anos d

A desenvolv

colha de tes

rias na ONU

margens do

origem nos

os apresenta

como: a ast

a esteve e

do 25 de Ab

veram um tr

stemunhos s

o lago Gene

s laboratóri

ados nas vá

tronomia, a

nvolvida

bril” em pa

rabalho com

sobre “Portu

ebra, possui

ios de estud

árias salas

a microscop

arceria com

m uma instit

ugal, antes d

i uma

diosos

estão

pia, a

m uma

tuição

do 25

Page 66: A Aprendiza da Q D ção do Grau de Mestre no Ensino de ... · Aos meus pais e à minha irmã por tudo aquilo que sou hoje, pelo exemplo de guerreiros que foram toda a vida e pela

Parti

Mun

N

melh

prom

torna

Parti

C

estag

da es

Prom

A

Amb

ano l

U

form

seu e

Com

A

com

icipação n

nicipal do B

Nos últimos

horia de esp

movida pela

ar a cidade m

icipação em

om o intuit

giária esteve

scola em du

moção de um

A turma de

biente, EPBJ

lectivo que

Um dos técn

mação em 20

estágio, a em

memoração d

A coordenad

vista à ass

Figura 46: V

no “Dia B

Barreiro

anos, a E

paços públic

Câmara M

mais agradá

m Feiras - D

to de divul

e directame

uas feiras.

m ciclo de p

10.º ano d

JC Barreiro

lhes deram

icos convid

012 e que s

mpresa Lisn

do Dia Nac

dora de curs

sinalar o D

Visita de estu

B” – Proje

EPBJC – B

cos do conc

unicipal do

ável.

Divulgação

lgar a EPB

ente envolvi

palestras de

do curso T

o, contou co

a conhecer

dados, foi um

se encontra

nave - Estale

cional de Pr

o proporcio

Dia Naciona

66

udo ao CATI

eto de vol

Barreiro par

celho que pr

Barreiro, te

da escola

JC – Barre

ida na organ

esignado “C

Técnico de

om a visita d

as experien

m ex-aluno

a atualmente

eiros Navai

revenção e S

onou uma p

al de Preve

ICA - Centro

luntariado

rticipa ativa

recisem de

enciona me

eiro junto d

nização e d

Conversas c

Higiene e

de vários Té

ncias já vivi

o da escola q

e, a trabalh

s S.A. (Setú

Segurança

alestra junto

enção e Se

o Social de C

promovido

amente na

intervenção

elhorar os es

da comunid

dinamização

com os THS

Segurança

écnicos de H

idas a nível

que termino

ar no local

úbal).

no Trabalh

o na turma

gurança no

Coina

o pela Câ

requalificaç

o. Esta inici

spaços de la

dade, no ge

o da particip

STA”

a no Traba

HST no iníc

laboral.

ou o seu cic

onde realiz

ho

do 10.º TH

o Trabalho.

âmara

ção e

iativa,

azer e

eral, a

pação

lho e

cio do

clo de

zou o

HSTA,

Esta

Page 67: A Aprendiza da Q D ção do Grau de Mestre no Ensino de ... · Aos meus pais e à minha irmã por tudo aquilo que sou hoje, pelo exemplo de guerreiros que foram toda a vida e pela

inicia

Risco

Feira

In

organ

nos v

demo

Outr

ativa foi di

os Químico

a de profiss

nserida nas

nizaram e d

visitou. Ca

onstrações d

Figura

ros projecto

inamizada p

os.

sões na EPB

iniciativas

desenvolver

ada coorden

das diversas

a 48: Alunos

os da escola

por dois té

Figura 47: P

BJC

de divulg

ram uma fe

nador, em c

s áreas temá

s da turma do

67

écnicos da

Palestra dinam

gação da es

eira de prof

conjunto co

áticas do cu

o 10.º THSTA

ACT local

mizada pela

scola, a dir

fissões para

om os seus

urso.

A a explicar

, subordina

ACT

recção e os

uma turma

s alunos, d

o rótulo de u

ada ao tema

s coordena

a do 9.º ano

dinamizou v

um extintor

a dos

adores

o que

várias

Page 68: A Aprendiza da Q D ção do Grau de Mestre no Ensino de ... · Aos meus pais e à minha irmã por tudo aquilo que sou hoje, pelo exemplo de guerreiros que foram toda a vida e pela

A

semi

prete

socie

N

aluno

dos

próxi

A

tamb

prese

Ao longo do

nário subo

endeu sensi

edade cada v

Neste ano le

os com vista

mesmos. E

ima, auxilio

A organizaç

bém uma da

ença de alun

ano letivo

ordinado à

ibilizar os

vez mais in

ectivo foi t

a à melhori

Este projeto

ou com instr

ção de um t

as tarefas d

nos de diver

2013/2014

temática “

professores

terventiva.

também po

a da assidui

o foi coord

rumentos e

torneio de

desenvolvid

rsas escolas

Figura 49: E

68

4 a estagiári

“Democraci

s da escola

ssível dese

idade, comp

denado pela

formação b

futsal, com

das pela est

s do Barreir

Equipa de fu

ia teve a op

a participa

a para a ne

envolver um

portamento

a psicóloga

básica.

mo forma de

tagiária. Es

o.

utsal - Profess

portunidade

ativa e repr

ecessidade

m projeto d

e aproveita

a da escola

e divulgaçã

sta iniciativ

sores

de assistir

resentativa”

de termos

de tutoria a

amento, por

a que, de f

ão da escol

va contou c

a um

” que

uma

a dois

parte

forma

a, foi

com a

Page 69: A Aprendiza da Q D ção do Grau de Mestre no Ensino de ... · Aos meus pais e à minha irmã por tudo aquilo que sou hoje, pelo exemplo de guerreiros que foram toda a vida e pela

69

5 Um Estudo sobre Aprendizagem Cooperativa e

Diferenciação Pedagógica

5.1 Introdução e objectivos

No âmbito do mestrado em ensino de Física e Química e no decorrer do estágio foi

abordada a aprendizagem colaborativa em sala de aula. Foram estabelecidos os

objetivos específicos desta investigação, caracterizado o público-alvo, feita uma revisão

bibliográfica e escolhidas as estratégias de investigação que melhor se adequavam.

Posteriormente foram apresentados os resultados e discutidos de forma a obter

indicações conclusivas a respeito do estudo.

O principal objetivo deste estudo foi a verificação da aquisição de conhecimentos por

parte dos alunos, após a aplicação de técnicas de aprendizagem cooperativa em sala de

aula, num determinado conteúdo programático.

Por acreditar na diferenciação pedagógica como estratégia de aprendizagem

primordial, escolhi a aprendizagem cooperativa como tema de estudo a analisar. A

minha motivação para a escolha do tema surgiu da necessidade de procurar que um

maior número de alunos consigam compreender aquilo que lhes é ensinado.

Implementar diferentes estratégias e experimentar outros métodos de ensino-

aprendizagem poderá, em alguns casos, fazer a diferença nos resultados escolares

obtidos pelos alunos e consequentemente aumentar a sua motivação.

Na turma em análise existiam alunos que já tinham frequentado o ensino secundário

regular, encontrando-se por isso familiarizados com alguns dos conteúdos

programáticos abordados. Por oposição, existiam também alunos que apresentavam

dificuldades de compreensão de conceitos e conteúdos básicos. A turma alvo deste

estudo foi do 10.° ano do curso profissional de Técnico de Higiene e Segurança no

Trabalho e Ambiente.

Foi escolhida a metodologia designada por Divisão dos Alunos por Equipas para o

Sucesso (STDA - Student Team Achievement Division). Esta é uma metodologia de

aprendizagem cooperativa que apresenta diversas fases. Segundo Slavin (1986,1995,

1999) e Stevens, Slavine Farnish (1991), citados por Lopes e Silva (2009), existem

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diversas fases que devem ser tidas em conta na metodologia Divisão dos Alunos por

Equipas para o Sucesso, nomeadamente:

Apresentação à turma pelo docente.

O professor faz a apresentação da aula não focando apenas o conteúdo da mesma

mas também a forma como se irá desenrolar, nomeadamente explicar a

importância de todos os alunos estarem muito atentos e participativos nestas

aulas para depois conseguirem responder a um teste final.

Trabalho de grupo.

O principal papel do grupo é preparar os seus membros para o teste da tarefa.

Assim, os alunos em grupo estudam as fichas, discutem os problemas e

comparam respostas.

Teste de avaliação individual.

Depois da explicação do professor, depois de os alunos praticarem, os alunos

responderão, individualmente e sem ajuda do grupo, a um teste, sobre os

assuntos tratados.

Verificação do progresso individual.

Pretende-se que cada indivíduo consiga chegar mais longe e alcançar um nível

de conhecimento superior ao que tinha anteriormente. O nível atingido é

comparado individualmente com o nível anterior.

Recompensa do grupo.

O grupo pode ser beneficiado de alguma forma por ter conseguido atingir os

objetivos propostos inicialmente, por exemplo: entrega de diplomas, distinção

em quadro de mérito da turma, atribuição de pontos, etc.

Este método requer também a preparação da atividade e esta etapa inclui a

formação de grupos, por parte do professor, de forma a garantir a heterogeneidade

dos mesmos e a elaboração e entrega dos materiais aos grupos em aula (Teixeira,

2013).

Outros métodos existem para este tipo de aprendizagem com é o caso da TBL -

Team Based Learning, em que a aprendizagem baseada em equipas pretende

assegurar que os alunos têm a oportunidade de praticar o que aprendem em aula na

resolução de problemas, através de trabalhos de grupo. De acordo com Michael

Sweet (2008) a turma deverá ser dividida em grupos que são permanentes ao longo

do ano, devendo os alunos estudar atempadamente os conteúdos programáticos,

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71

antes das aulas, individualmente e em grupo. No início de cada unidade temática é

aplicado um teste de para verificar a preparação individual dos alunos. Este teste é

depois repetido, desta vez em grupo, obrigando os alunos a chegar a um consenso

quanto às respostas. O feedback do grupo é imediato e no final há lugar a uma

pequena palestra do grupo o que vai permitir ao professor corrigir qualquer erro ou

engano que tenha havido no seio do grupo.

Segundo Michael Sweet (2008), há alguns pontos fundamentais para garantir que

TBL funciona, nomeadamente: assegurar que os grupos são homogéneos entre si;

responsabilização entre os diversos elementos de cada grupo pelo trabalho e

respostas apresentadas, assim como deve ser garantido um feedback frequente por

parte do professor aos grupos.

5.2 Revisão da literatura

As raízes das palavras aprender (“agarrar”) e cooperar (“trabalhar em conjunto”)

ajudam a esclarecer o que pode ser a “aprendizagem colaborativa”.

A importância de potenciar este tipo de capacidades nos alunos é unânime uma vez

que cada vez é mais notória a necessidade de trabalhar em equipa. Prova disso são as

várias descobertas científicas que surgem associadas a uma equipa de investigadores,

quase sempre pluridisciplinar.

O desempenho escolar dos alunos, a tolerância e aceitação da diversidade em cada

grupo e as competências sociais são alguns dos principais objetivos a atingir num

trabalho em conjunto, que apresenta uma interdependência positiva de todos os

membros do grupo (Arends, 2008).

De acordo com Johnson e Johnson (1989, 1994) e Johnson, e Holubec (1993),

citados por Lopes e Silva (2009), estes apresentam cinco elementos essenciais para que

uma aula seja cooperativa:

1) A interdependência positiva;

Os esforços de cada membro do grupo são indispensáveis para o sucesso do grupo;

2) A interação estimuladora, preferencialmente face a face;

Verificação da compreensão da matéria por todos os membros do grupo;

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3) A responsabilidade individual e de grupo;

Ninguém pode «andar à boleia» ou «ser um pendura»

4) As competências sociais;

Saber esperar pela sua vez; elogiar os outros; encorajar os outros; partilhar os

materiais; partilhar ideias; pedir ajuda; ajudar os outros; falar num tom de voz baixo;

comunicar de forma clara e não ambígua; escutar ativamente; aceitar as diferenças;

resolver conflitos; celebrar o sucesso.

5) O processo de grupo ou avaliação do grupo.

Os membros do grupo analisam em que medida estão a alcançar as metas e mantêm

relações de trabalho eficazes.

As aulas colaborativas que a estagiária desenvolveu assentaram nestes princípios e

como tal foram implementadas estratégias de verificação e avaliação que pretenderam

garantir o cumprimento destes princípios por parte dos grupos.

Os valores que se pretendem alcançar numa sociedade moderna, capaz de dar

resposta aos desafios com os quais nos deparamos hoje em dia, poderão ser

desenvolvidos na escola, mais concretamente na sala de aula, promovendo a troca de

conhecimentos e estratégias de trabalho entre alunos com a supervisão e colaboração do

professor. “Este tipo de aprendizagem potencializa habilidades psicossociais e de

interação baseadas em valores como a colaboração, ajuda mútua e solidariedade”.

(Slavin, 1980) citado por Carles Monereo (2005, p. 10).

A cooperação na aprendizagem é cada vez mais discutida entre a comunidade

educativa e pelos mais diversos intervenientes neste processo. No entanto, nem mesmo

os maiores defensores deste tipo de aprendizagem consideram que a mesma deva ser

aplicada em todas as situações. Como refere Johnson e Johnson (1991), “pretende-se

introduzir a cooperação em sala de aula para que os professores e os alunos saibam

quando utiliza-la.” (citado por Monereo & Gisbert, 2005, p. 10).

Para o estudo da aprendizagem cooperativa enquadrado na realidade portuguesa é

incontornável falar no nome de Sérgio Niza e do Movimento da Escola Moderna. Este

movimento tem como base a teoria da aprendizagem de Vigotsky compreende um

modelo pedagógico que desafia a visão individualista do desenvolvimento infantil,

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propondo uma perspetiva social, em que o desenvolvimento se constrói através de

práticas sociais. (Folque, 1999)

No Movimento da Escola Moderna é defendida a ideia de que no processo de

aquisição de conhecimentos de forma partilhada todos ficam a ganhar, uma vez que

todos ensinam e todos aprendem (Folque, 1999)

No âmbito da Dissertação de mestrado em ensino das ciências, Cristina Andrade

(2011), desenvolveu um trabalho de investigação sobre a Aprendizagem Cooperativa.

Este estudo foi desenvolvido com alunos do 3.º CEB teve como objetivo verificar o

impacto deste tipo de aprendizagem no desenvolvimento de competências cognitivas

dos alunos e perceber os efeitos da aprendizagem cooperativa na motivação dos alunos.

Tratava-se de uma turma que pertencia ao 7.º ano de escolaridade e os instrumentos

de recolha de dados utilizados foram vários, nomeadamente: testes de avaliação, o

diário do aluno e um questionário de satisfação para verificar a motivação dos alunos.

A análise dos dados envolveu a vertente qualitativa - relativa às atitudes e à

motivação dos alunos - e a vertente quantitativa - relativa aos resultados obtidos pelos

alunos, nomeadamente ao nível da memorização e compreensão de baixo nível de

abstração.

Relativamente aos resultados e conclusões da investigação, foi possível verificar pela

autora que a aprendizagem em grupos de trabalho cooperativo favoreceu, de forma

muito positiva, o desenvolvimento de competências, quer cognitivas, quer atitudinais e

análise dos dados revelou ainda que os alunos sentiram grande satisfação em aprender

em ambiente cooperativo. (Andrade, 2011)

Outro estudo desenvolvido neste âmbito, por Ana Vaz (2011), refere-se à

interdependência entre alunos. A autora do estudo considerou o tema importante

porque, do seu ponto de vista, o aluno deve ter um papel mais ativo no processo ensino-

aprendizagem. Este papel pode revelar-se não só numa maior participação em aula,

como também num processo de melhoria contínua do trabalho, ou seja, cooperação

entre aluno e professor, assim como numa contínua aprendizagem junto dos seus pares,

envolvendo a cooperação com os colegas de turma.

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Com o estudo a autora pretendeu verificar as vantagens e desvantagens da integração

deste sistema de ensino em algumas das suas aulas. A metodologia consistiu em aplicar

tarefas para os alunos desenvolverem, a pares, e posterior correção das mesmas.

Sobre esta investigação é possível constatar que a interação entre professores e

alunos, neste âmbito, não foi fácil e que a cooperação é um processo muito complexo e

exigente. Foi constatado pela autora que os alunos gostaram de ter contribuído para a

sua aprendizagem e perceberam as vantagens de trabalhar com os colegas. (Vaz, 2010)

Outro trabalho desenvolvido nesta área, intitulado “Práticas de ensino do futuro

educador/professor e aprendizagem cooperativa”, que surge no âmbito da dissertação de

mestrado em ensino das ciências (Fernandes, 2012), incluiu uma investigação às

práticas de ensino do futuro professor-educador e aprendizagem cooperativa.

A intenção da autora foi conceber diversas atividades que visaram a promoção de

aprendizagens significativas em diferentes domínios, utilizando uma metodologia de

ensino centrada na Aprendizagem Cooperativa. Com este estudo a estagiária tinha como

objetivo observar o comportamento das crianças e os seus efeitos aquando da realização

de atividades cooperativas e saber se, naturalmente, as crianças revelam atitudes de

cooperação em sala de aula.

Para o estudo da cooperação entre alunos, a autora do estudo recorreu à observação

que possibilitou a recolha dos dados para poder verificar se as crianças do pré-escolar e

os alunos do 1.º ciclo revelavam atitudes de cooperação, em especial em atividades

concebidas para o efeito. No segundo momento da atividade, a mesma era efetuada sob

algumas indicações dos professores, dando, assim, oportunidade de as crianças

compreenderem a importância que o colega representava para os objetivos serem

atingidos.

No fim deste trabalho de investigação, foi possível verificar que os alunos

apresentavam alguma dificuldade em trabalhar cooperativamente, não criando nenhum

tipo de estratégias de cooperação mesmo após terem sido dadas sugestões de atividades.

A autora defende que, dos dados recolhidos, apurou-se que o trabalho cooperativo não é

algo que se constrói de imediato, necessitando de repetidamente ser praticado e

promovido. (Fernandes, 2012)

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75

5.3 Método

Participantes – caracterização da turma

De forma a poder fazer a seleção dos elementos para cada grupo de trabalho,

considerou-se importante estudar previamente a turma e perceber algumas

características específicas dos alunos.

A turma, alvo deste projeto, era composta por 26 alunos (6 raparigas e 20 rapazes),

com idades compreendidas entre os 15 e os 24 anos de idade, conforme se pode

verificar no quadro abaixo.

Tabela 3: Idade dos alunos da turma no início do ano letivo

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A maioria dos alunos, dezoito, eram residentes no concelho do Barreiro e os restantes

residiam em concelhos vizinhos.

Relativamente ao contexto familiar, constatou-se que todos os alunos vivem com os

seus encarregados de educação, que nem sempre são os próprios progenitores, como

sucede em duas situações na turma. Existe ainda um aluno que é o seu próprio

encarregado de educação, uma vez que tem a sua própria fonte de rendimento. Três

alunos conciliam os estudos com trabalho a tempo parcial.

Com base nos dados pessoais dos alunos e familiares, constata-se que grande parte

dos encarregados de educação tem apenas o 4.º, 6.º ou o 9.º anos de escolaridade, e que

todos apoiaram o respetivo educando na decisão de ingressar num curso profissional

nesta escola, incentivando-os, assim, a apostar na sua formação.

Relativamente ao percurso escolar dos alunos, apenas cinco alunos transitaram

sempre de ano escolar até ao 9.º ano, ou seja, nunca reprovaram. Os restantes já

reprovaram pelo menos uma vez (9 alunos), duas vezes (7 alunos) ou três vezes (5

alunos). Todavia, a maior parte dos alunos (21) está pela primeira vez no 10.º ano de

escolaridade. No que toca ao seu percurso escolar linguístico, quatro alunos não tiveram

uma segunda língua estrangeira.

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76

A maioria dos alunos optou por frequentar o curso, tendo apenas como primeiro

objetivo obter o 12.º ano de escolaridade. Apenas quatro alunos mostraram interesse na

formação específica do curso para poderem trabalhar na área do mesmo.

Nesta turma existem dois alunos identificados, no processo da escola de onde

vieram, como tendo necessidades educativas especiais. Considerando as entrevistas

realizadas, concluiu-se que existem, pelo menos, três alunos que poderão ter alguma

dificuldade de relacionamento com os colegas, advindo de situações de bullying nas

escolas anteriormente frequentadas.

Procedimento comum

As tarefas referentes à aprendizagem cooperativa e a aplicação das mesmas

decorreram de forma variada, uma vez que se pretendeu experimentar diversas

estratégias. Apesar das tarefas terem apresentado contornos metodológicos ligeiramente

diferentes, corresponderam, no essencial, à mesma metodologia.

As fases da metodologia utilizada foram:

Análise da caraterização da turma para perceber a melhor forma de agregação

dos grupos de alunos;

Divisão da turma em grupos de trabalho;

Atribuição de funções/papéis aos elementos dos grupos;

Desenvolvimento das tarefas propostas, por parte dos elementos do grupo;

Auxílio e esclarecimento de dúvidas em cada grupo de trabalho;

Aplicação ou apresentação das tarefas desenvolvidas por cada grupo de trabalho;

Avaliação da tarefa. Esta avaliação é feita com recurso a um teste de avaliação

de conhecimentos adquiridos, somente referente a esses conteúdos

programáticos.

Testar e avaliar foi a estratégia de pesquisa educativa escolhida, uma vez que

tencionei medir resultados e diagnosticar situações. Tinha também como objectivo

avaliar o desempenho dos alunos para poder fazer comparações entre os grupos de

trabalho.

Instrumentos e Procedimentos específicos

Todas as tarefas desenvolvidas decorreram ao longo do módulo n.º 5 – Estrutura

atómica e tabela periódica – da disciplina de física e química. Este módulo tinha, no

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77

total, 18 horas atribuídas, tenho sido desenvolvidas 4 horas com vista à promoção da

aprendizagem cooperativa.

Conforme já foi referido anteriormente, antes dos grupos serem formados, foi feita

uma análise da turma, assim como dos seus resultados obtidos pelos alunos na

disciplina até ao momento.

Tarefa 1: Fichas de trabalho A e B – Estrutura atómica (2 horas)

O primeiro passo dado foi a constituição de seis grupos de acordo com o seguinte

critério: agrupar os alunos que apresentam mais dificuldades nesta disciplina com os

alunos que obtêm melhores resultados.

Posteriormente, para cada um dos grupos, a estagiária atribuiu o papel de

“comunicador” ao aluno que se encontrava mais à vontade para estabelecer a

comunicação e atribuiu ainda o papel de “gestor do tempo” ao aluno que apresenta

sempre uma boa pontualidade e assiduidade nas aulas.

Realização da tarefa:

Os grupos 1, 2 e 3 desenvolveram a ficha A e os grupos 4, 5 e 6 desenvolveram

a ficha B. Estas fichas abordam o mesmo conteúdo programático, embora

apresentem exercícios diferentes.

O professor auxiliou os alunos na resolução da ficha, sendo apenas consultado

como último recurso de forma a levar os elementos dos grupos a discutir as

respostas dadas. No final, a correção da ficha é feita pelo professor em cada um

dos grupos.

Posteriormente, os grupos 1, 2 e 3 desenvolveram a ficha B e os grupos 4, 5 e 6

desenvolveram a ficha A

O “comunicador” auxiliou os alunos, do grupo vizinho, na resolução da ficha,

sendo apenas consultado como último recurso. No final, a correção da ficha foi

feita pelo “comunicador” em cada um dos grupos.

Tarefa 2: Lecionação de um conteúdo temático (2 horas)

Mantendo os mesmos grupos de trabalho e a atribuição de papéis da tarefa anterior,

separou-se os alunos em dois grupos. Os “comunicadores” mantiveram-se em sala de

aula com a estagiária, a receber explicações sobre o conteúdo programático – tabela

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82

Onze alunos melhoraram a sua classificação no módulo, sendo que um

aluno subiu 5 valores, um aluno subiu 3 valores, dois alunos subiram 2

valores e sete alunos aumentaram 1 valor a sua classificação.

Constata-se que a maioria dos alunos que aumentou a sua classificação no Módulo

n.º 5 corresponde aos alunos com a média mais baixa da disciplina, ou seja, entre 10 e

11 valores. Seis destes alunos conseguiram aumentar a sua classificação neste módulo

tendo obtido classificações de 12 a 13 valores.

Verifica-se ainda que três alunos aumentaram a sua classificação de “Bom” para

“Muito Bom”. Acredita-se que esta situação se verifique essencialmente devido ao facto

de os alunos que já têm facilidade na aprendizagem, terem mobilizado ainda mais as

suas competências para ajudar os restantes colegas e garantir o sucesso dos seus colegas

de grupo.

5.5 Conclusões

No que diz respeito aos objetivos enunciados para este projeto, verifica-se que foi

dado cumprimento à concretização dos mesmos através da implementação, teste e

análise da aprendizagem cooperativa em aula.

Quanto às estratégias de investigação escolhidas, procedimentos e instrumentos

utilizados, creio que, foram suficientes para obter resultados e agora poder discuti-los,

mas poderia ter existido um maior registo e documentação do trabalho realizado. No

que diz respeito, concretamente à primeira tarefa – Resolução de uma ficha de trabalho

– indico como aspetos a melhorar; uma explicação mais cuidadosa aos alunos sobre o

projeto que se pretende implementar na turma e a importância que a aprendizagem

cooperativa pode ter, melhor monitorização das tarefas dos alunos com recurso a uma

lista de verificação ou grelha de observação e a atribuição de “papéis” a cada um dos

elementos do grupo. Relativamente à segunda tarefa – lecionação de um conteúdo

temático – enuncio como aspetos a melhorar a necessidade de criar tarefas mais

complexas e longas que exijam uma forte cooperação entre todos os elementos do grupo

de forma a atingirem com sucesso o seu objetivo comum. Saliento que existiu, por parte

dos “comunicadores” uma grande preocupação em saberem muito bem a matéria que

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83

posteriormente iriam explicar aos colegas, revelando seriedade e maturidade para o

desempenho desta tarefa.

Quanto aos resultados obtidos, através da análise do teste de avaliação e dos

resultados obtidos no final do módulo 5, verifica-se que os alunos que melhores

resultados obtiveram, por comparação com a sua média no final do ano letivo a esta

disciplina, foram os alunos que geralmente obtêm classificações mais baixas. É possível

concluir também que, sensivelmente, metade da turma aumentou ligeiramente, em um

ou dois valores, a sua classificação no módulo 5. Creio que estes resultados se

enquadram dentro do esperado e vão de encontro ao estudo bibliográfico realizado no

início deste projeto. Não só se verifica uma melhoria na classificação dos alunos, em

geral, como também se constata que essa melhoria ocorre essencialmente nos alunos

que apresentam mais dificuldades.

Destaco que os designados “melhores alunos da turma” obtiveram resultados muito

bons, verificando-se uma ligeira melhoria no seu aproveitamento. Creio que esta

situação pode ser explicada pelo facto de os alunos terem acolhido muito bem este

projeto e se sentirem parte integrante da solução na procura do sucesso educativo.

Apesar de não ter sido aplicado um questionário de satisfação aos alunos, o feedback

dos mesmos ao longo das aulas foi muto positivo, embora tenham surgido algumas

dificuldades iniciais essencialmente devido ao barulho que advém de uma organização

diferente da sala de aula e da excitação pelo facto de irem participar e desenvolver uma

aula diferente.

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Figura 52:

84

: Turma do 110.º ano THSSTA

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85

6 Reflexão final

No decorrer destes dois últimos anos letivos foi possível aprofundar os meus

conhecimentos pedagógicos e científicos que se revelaram de extrema importância no

decorrer da minha prática profissional enquanto estagiária e professora. Os

conhecimentos obtidos no decorrer das aulas e trabalhos desenvolvidos durante o

estágio foram efetivamente uma preciosa ajuda nesta fase final do projeto a que me

propus.

Neste presente trabalho foram apresentadas as atividades desenvolvidas no âmbito do

Mestrado em Ensino da Física e da Química realizadas no decorrer da minha prática

profissional, ao longo do segundo ano do mestrado. Os trabalhos aqui representados

neste projeto final são essencialmente relacionados com a prática letiva, quer a nível

teórico, quer a nível mais experimental.

A finalidade essencial deste trabalho prende-se com a reflexão sobre a abordagem

feita ao ensino-aprendizagem das temáticas apresentadas, bem como a relação deste

com o actual estado do ensino das ciências em Portugal.

Tem sido notório o afastamento dos jovens da área das ciências e esta situação deve-

se essencialmente à forma como a ciência é apresentada, regra geral, muito

matematizada e complexa. A diversidade de fenómenos físicos que ocorrem no

quotidiano não são de compreensão nada fácil e explica-los à luz da ciência poderá ser

entediante, principalmente se o professor não estiver familiarizado e treinado nessa

matéria. Independentemente desses fenómenos, com explicações científicas, serem

«muito estranhos», cabe ao professor o papel de manter no aluno a sua intrínseca

curiosidade para compreender o que o rodeia.

É importante para a formação de um cidadão a compreensão da matemática e da

ciência para que o mesmo possa conhecer o pensamento lógico e ter uma compreensão

lata daquilo que o rodeia. Desta forma, estaremos a contribuir para a formação de

pessoas mais informadas que estarão apetrechadas de conhecimentos técnicos.

Tendo em consideração os aspectos enunciados sobre os desafios associados ao

ensino das ciências, deixo aqui algumas considerações sobre a investigação educacional

realizada no âmbito da minha prática profissional, que teve como base a aprendizagem

cooperativa em sala de aula.

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Foi dado cumprimento aos objectivos traçados desde o início do projecto de

investigação e quanto às estratégias de investigação escolhidas, procedimentos e

instrumentos utilizados, creio que, foram suficientes para obter resultados, no entanto,

poderia ter existido um maior registo e documentação de todo o processo.

Após a aplicação das tarefas para que os alunos trabalhassem de maneira

cooperativa, foi possível verificar que os resultados obtidos, através da análise do teste

de avaliação e dos resultados obtidos no final do módulo em análise, verifica-se que os

alunos que melhores resultados obtiveram, por comparação com a sua média no final do

ano letivo a esta disciplina, foram os alunos que geralmente obtêm classificações mais

baixas e mais elevadas. É possível concluir também que, sensivelmente, metade da

turma aumentou ligeiramente, em um ou dois valores, a sua classificação no módulo em

análise. Creio que estes resultados se enquadram dentro do esperado e vão de encontro

ao estudo bibliográfico realizado no início deste projeto. Não só se verifica uma

melhoria na classificação dos alunos, em geral, como também se constata que essa

melhoria ocorre essencialmente nos alunos que apresentam mais dificuldades.

Destaco que os designados “melhores alunos da turma” obtiveram resultados muito

bons, verificando-se uma ligeira melhoria no seu aproveitamento. Creio que esta

situação pode ser explicada pelo facto de os alunos terem acolhido muito bem este

projeto e se sentirem parte integrante da solução na procura do sucesso educativo.

Apesar de não ter sido aplicado um questionário de satisfação aos alunos, o feedback

dos mesmos ao longo das aulas foi muto positivo, embora tenham surgido algumas

dificuldades iniciais essencialmente devido ao barulho que advém de uma organização

diferente da sala de aula e da excitação pelo facto de irem participar e desenvolver uma

aula diferente.

Considero que a aprendizagem cooperativa, bem como outro tipo de estratégias de

diversificação pedagógica, que descentralizem o papel do professor e foquem a máxima

atenção no aluno e no seu desempenho de forma autónoma, possam ser uma mais-valia

para o ensino das ciências.

Ao longo deste mestrado, consegui perceber a importância da contextualização da

história das ciências para a aprendizagem de conceitos científicos e para a forma de os

abordar em sala de aula. Na prática profissional que desenvolvi neste ano lectivo, por

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exemplo na abordagem feita ao magnetismo, foi muito interessante poder fazer uma

abordagem globalizada ao tema em questão.

Nesta área científica, em que o conhecimento científico está em permanente

construção, em que o desenvolvimento tecnológico é uma constante e o acesso à

informação está generalizada, o professor tem de ser cada vez mais um facilitador de

conhecimento e de desbloqueio para a resolução de problemas.

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8 A

M

Anexo

Módulo 6 - “

s

“Soluções” (Protocolo

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o de atividaade prática))

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M

Módulo 5 - ““Tabela Periódica” (P

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Preparaçãoo de aulas)

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MMódulo 4 - ““Circuitos eléctricos”

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(Preparaçção de aulass)

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M

Módulo 4 - ““Circuitos eléctricos”

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(Preparaçção de aulass)

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