a analise da agressividade de lutadores de jiu- jitsu...
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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA
FABRICIO ANDRE SOUZA MEYER
A ANALISE DA AGRESSIVIDADE DE LUTADORES DE JIU-
JITSU DE UMA ACADEMIA DA CIDADE DE CURITIBA
Curitiba/PR
2005
06
FABRiclO ANDRE SOUZA MEYER
A ANALISE DA AGRESSIVIDADE DE LUTADORES DE JIU-
JITSU DE UMA ACADEMIA DA CIDADE DE CURITIBA
Trabalho de Conclusao do Curso deEducayiio Fisica da Faculdade deCiencias Biol6gicas e da Saude daUniversidade Tuiuti do Parana, sob aOrienta,ao do Prof". Ms. Beatriz LilianDorigo.
CuritibafPR
2005
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA
FACULDADE DE CIENCIAS BIOLOGICAS E DA SAUDE
CURSO DE EDUCACAo FislCA
A COMiSsAo EXAMINADORA ABAIXO ASSINADA, APROVA 0 TRABALHO DE
CONCLusAo DE CURSO
A ANALISE DA AGRESSIVIDADE DE LUTADORES DE JIU-
JITSU DE UMA ACADEMIA DA CIDADE DE CURITIBA
ELABORADO POR:
FABRiclO ANDRE SOUZA MEYER
COMO REQUISITO PARCIAL PARA OBTENCAo DO GRAU DE LlCENCIADO EM
EDUCACAO FiSICA, APROFUNDAMENTO EM TREINAMENTO DESPORTIVO.
COMissAo EXAMINADORA:
Prall. Ms. Beatriz Lilian Dorigo - Orientador±-\ -;\ 'Prof". Doutr Arno Krug - Cadeira de TOCC
CuritibaiPR
Julho, 2005
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar agradeyo a Deus por iluminar meus caminhos hoje e
sempre.
Agrade<;ocom todo meu coral'1!o a minha esposa Valeria e filhos Gabriela e
Rafael, pelos incontaveis dias de ajuda e supera~o.
Aos meus pais Claus e Vanil par acreditarem em mim e palo que sou.
Ao meu s09ro Ary Stimer Thome par todo apoio e toda compreensao do
mundo.ADS Professores Marcelo Eduardo Brito e Osmar Dias Gon""lves pelos
inumeros dias de treina, pelo respaite e pel a humildade que me ensinaram.
ADSProfessores da UTP por me darem credito e suporte.
ADSmeus colegas de turma da UTP e da Academia Thai Boxe pelo apoio,
companheirismo.
Ao meu estimado ool8ga, Aurelio Alfieri Nato, par sua ajuda e prestatividade
nos momentos em que mais precisei.
SUMARIO
AGRADECIMENTOS.. . iv
LlSTA DE GRAFICOS... vii
RESUMO... viii
1 INTRODUC;:AO. 8
1.1 JUSTIFICATIVA. 8
1.20BJETIVOS.. 9
1.2.1 OBJETIVO GERAL. 9
1.2.2 OBJETIVOS ESPECiFICOS.. 9
2 REVISAo DE LlTERATURA........................................................................... 11
2.1 JIU-JITSU.. 11
2.1.1 Origem.. 11
2.2 J/U-J/TSU NO BRASIL.. . 13
2.3 J/U-J/TSU EM CURITIBA... . 14
2.4-J/U-J/TSU NA ACADEMIA THAI BOXE.. 15
2.5 LEGISLACAO E J/U-J/TSU.. . 15
2.7 AS REGRAS DO J/U-J/TSU.. 16
2.8 AGRESsAo.. 17
2.8.1 Defini~o de Agressao.. 17
2.9 TEORIAS DA AGRESSAo.. 19
2.9.1 Teoria de Inslinto e Impulsos.. 19
2.9.2 Teoria Frustra~o-Agressao.. 19
2.9.3 Teoria da Aprendizagem Social... 20
2.9.4 Teoria da Frustra~o-Agressao Revisada.. 20
2.10 PARALELO ENTRE AS TEORIAS.. 21
2.11 ESPORTES X AGRESSIVIDADE X VIOLENCIA. 21
3 METODOLOGIA... 24
3.1 TIPO DE PESQUISA... 24
3.2 POPULACAO.. 24
3.3 AMOSTRA... 24
3.4 INSTRUMENTO.. 24
3.5 COLETA DE DADOS.. 25
3.6 LlMITA<;:OES ...
4 APRESENTA<;:AO E DISCUSSAO DOS RESULTADOS ...
4.1 ANALISE QUANTITATIVA. ...
5 CONCLUSAO ...
5.1 SUGESTOES ..
REFERENCIAS... .
ANEXOS ...
25
26
33
34
35
36
37
L1STA DE GRAFICOS
GRAFICO 1 - VIOLENCIA FAMILIAR INTERFERE NO DESEMPENHO DO
ATLETA ...
GRAFICO 2 - PROFESSORES DE JIU·JITSU ESTAO PREPARADOS
PARA AGIREM DIANTE DE SITUA<;:OES AGRESSIVAS
DOSALUNOS ...
GRAFICO 3 • AUSENCIA DE LlMITES IMPOSTO PELOS PAIS AOS
FILHOS, E FATOR DESENCADEANTE DA VIOLENCIA........ 20
19
20
GRAFICO 4· MEIOS DE COMUNICA<;:AO (INTERNET, REVISTAS,
TELEVISAO, ETC.) SAO CONSIDERADOS OS PRINCIPAlS
CULPADOS PELO INDICIO DE VIOLENCIA ENTRE OS
JOVENS..................................................................................... 21
GRAFICO 5 • AGRESSIVIDADE DENTRO DA ACADEMIA PO DE SER
EVITADA PELO PROFESSOR. ..
GRAFICO 6· FAL TA DE PROFESSOR CAPACITADO GERA
CONSEQOENCIAS AGRESSIVAS E INDISCIPLINADAS... 22
22
GRAFICO 7 - PRINCIPAlS ATITUDES QUE VISAM DIMINUIR 0 iN DICE
DE AGRESSIVIDADE DOS LUTADORES DE JIU·JITSU.. 23
GRAFICO 8A· COM AULAS DE JIU·JITSU 0 ALUNO PODE
APRESENTAR ALTERA<;:OES NO COMPORTAMENTO
(POSITIVO/NEGATIVO) ....
GRAFICO 88· GRAFICO 88 ...
24
24
A ANALISE DA AGRESSIVIDADE DE LUTADORES DE JIU-JITSU DE UMA ACADEMIA DA CIDADE DE CURITIBA
Autor: Fabricio Andre Souza MeyerOrientador: Prof. Beatriz Lilian Dorigo
Curso de Educavao FisicaUniversidade Tuiuti do Parana
RESUMO
Os objetivos deste estudo de casa fcram de analisar as situ890es de agressividadeem lutadores de Jiu-Jilsu de uma determinada Academia da cidade de Curitiba/PR.Primeiramente, realizou-se a revisao de literatura sabre as origens do Jiu-Jitsu,como chegou ao Brasil, a Curitiba e tambem na Academia Thai Baxe. Ap6s essestopicos passar -S8-a a analisar a Psicologia do Esporte, a agressividade e algumasde suas definic;oes. Para 8ste estudo utilizou-se 0 tipo de pesquisa descritiva, comuma amostra de 20 alunos de Jiu-Jilsu matriculados na Academia Thai Boxe. Nacoleta de dados utilizou-se um questionario contendo 7 perguntas fechadas e 2perguntar abertas que serao analisadas quantitativamente. As quest6es buscaraminformac;oes acerca da agressividade e quais as relac;6es com ests esporte. Com 0objetivo de detectar quais possiveis solUl;(5es para questoes, de como controlar aagressividade e canalizar exclusivamente para busca de resultados esportivos.Tambem, acerca das prov8veis exigencias que futuramente os profissionais de artesmarciais venham a ter em rela980 com a legisla980 vigente no pais, bem como quaisas consequencias comportamentais os alunos podem ter com professoresdesqualificados. A partir dos dad os colhidos, realizou-se a analise e verificou-se quea maieria dos alunos acreditam que a violencia nao faz parte da rotina de lutadoresde Jiu-Jitsu. Tambem foi visto que lutadores sao pessoas que possuem auto-controle e respeito pelo ser humano. As contribui90es deste trabalho servem paratodos aqueles que um dia farao parte do mundo das artes marciais, tanto comoalerta, para futuros profissionais que queiram fazer de sua vida uma continua~o doque muitos mestres deixaram, principalmente, 0 legado da disciplina, respeito peloproximo e humildade. Fazendo urn trabalho transparente, visando a atividade fisicacomo esporte de rendimento, entretanto, sem deixar de lado a pratica para aqualidade de vida.
Palavras-chave: Professores, Jiu-Jitsu, Academias, Agressividade, Violencia.
1. INTRODU<;:Ao
1.1 JUSTIFICATIVA
Este trabalho tern como objetivo esclarecer e analisar as diferentes opini6es a
respeito da agressividade e dos professores que ministram aulas entre as
praticantes de Jiu-Jitsu. Diferenl):as estas que podem sar tanto Gulturais, sociais,
econ6micas, de atividades profissionais, bern como faixa eta ria.
o Jiu-Jitsu e tido como a arte marcial mais antiga de que S8 tern noticia, por
ter sido eriada no Japao nos tempos dos guerreiros samurais, esta arte fa; esquecida
e ficou sendo passada de pai para filho durante decadas, ate ficar total mente aeulta
par mais algumas decadas e ressurgir para 0 mundo reformulada e modernizada
nas maDS de urna familia brasileira, a familia Gracie e considerada como a grande
inspiradora dos lutadores atuais.
A palavra jitsu significa ~arte ou tecnica" e a palavra jiu au ju significa ceder au
vergar traduz-se entao como a arte e a eieneia da ayao suave e flexivel em que a
praticante da espa90 ao ataque para entao dominar seu oponente.No Brasil a
hist6ria do jiu-jitsu come90u com 0 grande mestre chamado Mitsuyo Maeda
conhecido tambem como Conde Koma que chegou ao Brasit em 1910 e constituiu
moradia em 8eh~m do Para.Trouxe com ele alguns lutadores japoneses, ao mostrar
algo completamente inedito para a eiviliza9ao ocidental provou que a fon;a e
tamanho nao eram fundamentais para a subjugac;.ao de um homem em relac;ao ao
outro.
Este fato derrubou a velha ideia de que a mais forte fisicamente, dominaria
sem problema um outro mais fraeo. Ap6s alguns anos realizando lutas com
lutadores brasileiros a grande mestre ganhou 0 raspaito a admirayao da populayao
paraense e montou sua academia para ensinar a arte do Jiu-Jitsu e teve varios
alunos como Carlos Gracie, Samuel Pinto e Antonio Ferro entre outros alunas da
sociedade paraense. 0 proprio Judo e derivado do Jiu-Jitsu que antigamente se
utilizavam de tecn;cas que eram muito traumaticas e par isso nao deviam ser
ensinadas para qualquer passoa. Hoje em dia 0 Mixed Martial Arts - MMA
popularmente conhecida como Vale-tudo se beneficia de varias tacnicas do jiu-jitsu,
que inclusive a dorninado par aUetas brasileiros.
Urn aspecta bastante impartante sabre as beneflcios a saude postuladas apratica do Jiu Jitsu tanto em forma de lazer como em forma competitiva e tambem a
ligayao de seus praticantes com outras atividades. Essas atividades podem ser tanto
na area do lazer como na area profissional sabendo que a maioria dos praticantes
de atividades fisicas de nacianalidade brasileira nao se contenta com a pratica de
apenas uma atividade tanto em area espartiva como em lazar e praticas sociais de
cunho voluntario ou remunerado.
Normalmente a ideia que se tem de lutadores de Jiu-Jitsu a a de pessoas
sem conhecimento, sem estudo, pessaas truculentas e que par qualquer motivo ja
cameyam brig as e sa utilizam de forya. a tecnicas adquiridas no treinamento de Jiu-
Jitsu para se favorecerem diante de pessoas desprovidas de tecnica, sendo que as
grandes lutadores nao se afirmariam brigando nas ruas e sim no talame.
Outro ponto que sera abordado nos pr6ximos capitulos sera sobre a
Psicologia do Esporte, mais especificamente sabre agressao no esporte, suas
definiyaes e taorias. Nao se pode deixar de lado a forma como a midia trata as
esportes de combate, uma vez que 0 publico e os atletas sofrem fortes influemcias
da mesma.
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 OBJETIVO GERAL
Investigar 0 nivel de agressividade dos praticantes de Jiu-Jitsu de uma
academia de Curitiba.
1.2.2 OBJETIVOS ESPECiFICOS
Definir as causas de agressividade dos praticantes de jiu-jitsu;
Analisar a preparac;aa dos professores para enfrentar a violimcia;
10
Analisar S8 as meios de comunicat;ao intelierem na agressividade dos
jovens;
Evidenciar a importancia de urn professor capacitado para ministrar
aulas de Jiu-Jitsu;
Verificar as beneficios adquiridos com a pratica do Jiu-Jitsu.
11
2. REVISAO DE LlTERATURA
2.1 JIU-JITSU
2.1.1 Origem
A origem do jiu-jitsu se confunde com a pratica do jiu-jitsu feudal e no
surgimento do judo de Jigoro Kano. Alguns historiadores relatam ser originaria da
India, outro dizem na China. 0 certa e que foi no Japao que evoluiu como arte
marcial, sabre a influencia hist6rica do povo e da saga dos samurais.
Os registro mais antigos datam de 230 a 750 a.C., em torneios de luta
corpo-a-corpo entre as samurais na presenc;:a do Imperador. Os samurais
defendiam os senhores feudais, praticavam lutas de espadas e Qutras armas al9m
do Jiu-Jilsu, que era considerada uma tecnica de ligeireza, a base de estrategia
de movimentos.
A doutrina das artes marciais resulla da ideia da nao resistencia e da
suavidade, encontradas no livra de Lao Tse de filosofia chinesa e no Hwang
Shikon (Blblia sagrada dos guerreiros feudais), que aborda 0 principia da
cademcia e nao resistencia ao oponente.
A partir da metade do seculo XVI 0 jiu·jitsu come""u a tomar formasislematizada. Entre os seculos XVI e XVIII foram estabelecidos os principais
fundamentos do Jiu-Jitsu. Na epoca do Edo (1603-1868) 0 Japao se encontrava
am carta paz, a que fez que as artes marciais se espalhassem pela pais. Nesta
epoca havia distin~o entre as guerreiros e as pessoas comuns, que eram
proibidas de usarern armas, dai a necessidade de aprenderem a lutar jiu-jitsu.
A partir de 1871 houve urn colapso feudal com influencia ocidental e a
proibiyAo do uso de armas no Japao. 1550 criou um des animo e rivalidade entre as
escolas de artes marciais, pais somente 0 jiu-jitsu sobreviveu como arte marcia I
par nao usar armas. Havia dois tipos de tecnicas, 0 Sumo a base de peso e fon;a,
e 0 Jiu-Jitsu, a base da estrategia de movimentos.
o Jiu-Jitsu utilizava socos, chutes, cotoveladas, joelhadas, torl'oes e
chaves. Com 0 desenvolvimento das escolas apareceram cada uma com suas
12
especialidades, da ende provavelmente influenciaram 0 surgimento de outras
artes marciais de luta a mao desarmada.
Tornava·se urna arte popular e perigosa, que para sar admitido tinha que
assinar com 0 proprio sangue a isen930 da aseela instrutora. No tim do seculo
XVIlIl um estudioso japon"'s chamado Jigoro Kano criou 0 sistema Kano de jiu-
jitsu, anda sistematizQu as metodos, aperieir;oou tecnicas, colocou certos
principies e deu grande enfase na filosofia: "0 que au ensina nao e apenas arte
jitsu, mas e no principia que caloca toda a importancia" e deu 0 nome de Judo,
urn meio de vida da qual atraves do exercfcio fisica e aprimoramento tecnico 0
homem purifica a alma e pensa no proximo. E loi Jigoro Kano (1860-1938), que
reviveu 0 Jiu-Jitsu, com a revolw;ao dos costumes que abalou 0 Japao, partindo
de velhas escolas e antigos mestres e fundando 0 Judo.
o Jiu-jitsu e urn esporte inteJectuaJizado, tendo em vista sua
complexidade.Seus movimentos obedecem a uma ordem crescente de controle e
inteligencia; Seus aprendizados sao recomendados por medicos, psicologos
educadores, como integrante da educaC;ao, paliativo de tensoes psiquicas e fator
de desenvolvimento fisico. Seus movimentos regulam 0 controle motor, atuando
como efeito de psicomotricidade, autoconfianc;a e total controle de si mesmo,
condicionando os reflexos, induzindo as decis6es rapidas e seguras em situac;6es
caoticas e conseqOentemente desprovendo de complexos os seus praticantes.
o Jiu-Jitsu tem como filosofia tornar 0 individuo rnais segura e
autoconfiante.Para isso sua tecnica de defesa sempre baseada em forc;as de
alavancas, possibilita ao praticante veneer adversarios rna is fortes e pesados,
trazendo uma sensacao de invencibilidade, 0 que se estende para varios setores
da vida, fazendo tambem com que a energia do aluno seja sempre canalizada
para 0 bern, colocando 0 mesmo em urn ambiente saudavel, onde existem fortes
lac;os de amizade e companheirismo, logo ° tirando da vida improdutiva e das
drogas, problemas que atingem grande parte da juventude nos dias de hoje
(BORGES, 1999)
13
2.2 JIU-JITSU NO BRASIL
Muitas loram as japaneses que emigraram pela munda para divulgar as
seus conhecimentos e tecnicas de artes marciais. Para a Brasil vera a "homem
das mil lutas~ sin6nimo de como ficou conhecido Mitsuyo Maeda, Conde Kama no
Brasil.
Conde Koma teve as primeiros contatos com a familia Gracie em Belem do
Para, onde Carlos Gracie virou seu seguidor.Com esta admirayao mutua entre
Mestre e Discipulo, podemos considerar 0 inicio da historia do Jiu-Jitsu Brasileiro.
No inicia Maeda conheceu Mestre Carlos Gracie e passou a ele seus
conhecimentos com a condic;ao de que 0 manteria em segredo. Carlos aprendeu
a tecnica e de inieio, ensinou apenas a seus irm~os. Em 1928 Carlos Gracie com
28 anos abriu a primeira Academia de Jiu-Jitsu do Brasil no Bairra do Flamengo
no Rio de Janeiro. Helio Graoe na epoca ainda adolescente, de porte franzino e
fraco fai proibido pel os medicos de praticar a luta, porem, ficava horas seguidas
observando 0 seu irmao. Aprendeu, assim, olhando e simulando sozinho os
movimentos e tecnicas.
Certo dia, Carlos se atrasou e Helio acabou dando aula em seu lugar.
Logo tambem virou professor. Mais tarde Helio Gracie 0 catyula da familia se
destacou como um grande genio nesta arte. Lutas epicas e memoraveis de Helio
Gracie (contra adversarias fisicamente mais fartes) calacaram a JIU-JITSU
brasileiro aeima de todas as demais formas de lutas. As sucessivas vitorias de
homens franzinos (contra gigantes musculosas) fizeram com que, bern cedo, os
mais incredulos acreditassem na invencibilidade do Jiu-Jitsu.
Carlson, outro irmao de Carlos diz:
Carlos desenvolveu novas tecnicas sem fugir dos fundamenlos da luta,transfonnando a luta numa especie de xadrez humano, com base emalavancas na qual um hOmem mais fraco poderia derrotar um maisforte.
Apes anos de lutas e de estudos. desenvolveu~se urn verdadeiro Estilo
Brasileiro de JIU-JITSU, com aprimorarnento de luta de ch:!lo e 0 lanc;arnento,
pela primeira vez, da luta de JJU-JITSU sem kimono valando, inclusive, golpes
traumaticos.
14
Atualmente a JIU-JITSU Brasileiro encontra-se em plena expans~o a nivel
mundial, conseqGencia de urn trabalho que teve seu inicio na decada de 20. Mais
adiante, em fase posterior, Helio Gracie, discipulo e seguidor fiel das ideias de
seu irm~o mais velho, manteve a tradi<;iio, ao tempo em que aguardava a vinda
de novas gerac;a8s, com names notaveis como:
Carlson Gracie, Rolls Gracie, Rickson Gracie, 0 atuat n-, 1, e {antosoutros names de projeyao nem tanto repercuss;vs, porem, dignos detOOa a admiracao e respeito. Hoje a Familia Gracie manl6m vanes deseus inlegrantes competindo nas vanas competic;Oes pelo mundo todo,entre eras 0 Vale- Tudo. Com 0 crescimenlo da familia foi ineviltlvel quealguns dos Gracie ensinassem as tecnicas para amigosmais pr6ximosque virarinm entao outrns possiveis varillyOes do Gl'1lcie Jiu-Jitsu.
Hoje em dia muitos dcs alunos formados pelos Gracie ja forma ram suas
equipes e estao competindo mundo afora para divulger ainda rna is ° trabalho
iniciado pela grande familia.
2.3 JIU-JITSU EM CURITIBA
Em Curitiba 0 jiu-jitsu come<;ou a se desenvolver e ganhar novos adeptos
rapidamente em 1990, a partir dal os professores farmados na sua maiaria no Rio
de Janeiro, come90u a desembarcar aqui enos outros estados do suI.
A forma~o de equipes de lutadores ocorreu com facilidade, pois muitos
alunos migraram de outras artes marciais para aprender a arte da flexibilidade.
Chegaram inicialmente em Curitiba os Professores Alexandre "Penao" e a Mestre
Evanri "Gurgel" que deram inicio aos trabalhos em academias.Apas anos
conquistando espa90 e alunos este profess ores ja forma ram varias gera90es de
professores que par sua vez estao espalhados pela cidade forrnando novas
adeptos.
Por volta de 1996 e 1997 os campeonatos locais jil chamavam a atenl'ao
de muitos torcedores, curiosos e dos familiares. Depois de alguns anos 0 numero
de alunosJlutadores aumentou bastante, tanto que Curitiba se tomou um dos
polos de lutadores de destaque em nivel nacional.Podemos citar algumas
academias que ajudaram a formar 0 cenario de lutadores a Academia Arena,
AABB, Gracie Barra Curitiba, Equipe 1 entre outras.
15
Atualmente os campeonatos acontecem com urna boa frequencia e severn
tambem como indice classificatorio para 0 Campeonato Mundial de Jiu-Jitsu que
acontece anualmente no Rio de Janeiro.E com a proximidade do Parana com as
Qutros estados, acaba facilitando a participac;ao em eventos de porte maior que as
encontrados aqui. A Federa,ao Paranaense de Jiu-Jitsu e sediada em Curitiba
presidida pelo Ms. "Gurgel".
2A-JIU-JITSU NA ACADEMIA THAI BOXE
Inicialmente, a Academia Thai Saxe comandada pelo Professor eMs.
Osmar Dias of ere cia a seus alunos a muscular;ao e as treinamentos de Muay
Thai, porem, com a chegada do Professor Marcelo Brito a Curitiba, a academia
come<;ou a formar turmas de Jiu-Jitsu entre 1998 e 1999.
A disciplina, 0 respeito e a tecnica do Professor Brito ensinou aos seus
alunos 0 que realmente era 0 Jiu-Jitsu. Daquele tempo em diante a presenC;8 de
alunos formados pel a Professor Marcelo Brito na academia Thai Boxe foi
con stante nos Campeonatos Paranaanses, Brasileiros e Mundiais. Professor
Brito, como tambem e conhecido, tambem participa de eventos de Vale-Tudo.
Hoje em dia, as turmas de alunos tem em media a freqOencia de 20 a 30
inscritos e que na sua maioria pratica 0 Jiu-Jitsu para fins esportivos participando
de campeonatos. As turmas de Jiu-Jitsu estao em ascensao e a procura para
aprender esta arte marcial esta numa crescenta constants.
as alunos matriculados na academia Thai Boxe na sua maioria sao de
pessoas de classe media e quase na sua totalidade estao freqOentando 0 ensino
medio, algum eurso superior ou ja esta.o realizando suas atividades profissionais.
2.5 LEGISLAyAO E JIU-JITSU
Em alguns estados do Brasil as professores de Jiu-Jitsu devem ser
registrados no Conselho competente para poderem dar aulas em academias,
clubes e outras entidades que possuam dependencias para pratica de atividades
desportivas, recreativas e de lazer.Porem algumas academias ao que paraee,
16
podem estar 5uspeitando de que as Conselhos Regionais na.o esta.o
rigorosamente dentro da lei para poderem cobra-los as taxas administrativas. Que
sao cobradas em forma de anuidades ou pagamentos parcelados.Trata..,se da lei
n'. 11.721/02 que obriQa aos lugares onde se pratica a arte marcial sejam
registrados CONFEF e os professores no CREF.
A brig a acontece por que de um lado os professores dizem que nao tern
formayao academica como professores de Educayao Fisica por issa nao devem
ser registrados cobrados e fiscalizados, mas do outro lado a CONFEF e a CREF
querem que as profissionais das artes marciais ten ham urn comprometimento
legal com os 6r9805 legais designados para faze rem as fiscalizayaes
competentes, uma vez que as aulas de atividades fisicas segundo a 0 texlo de lei
n°, 9.696/98 em seu artigo 3°, diz que:
sao competencias do profissiontll de educa~o fisica coordenar,planejar, programar, supervisionar, dinamizar, dirigir, organizar, avaliar eexecutar trabalhos, programas, pianos e projetos, bem como prestarservi~s de audiloria, consulloria e assessoria, realizar lreinamenlosespeclalizados, partidpar de equipes multidisciplinilfesinterdisciplinares e elaborar infonnes tecnicos, cientificospedllg6gicos, todos nas arellS de llUvidades fisiClls e de desporto.
E que sao considerados profissionais de Educa~o Fisica os que segundo
o artigo 1°. da mesma lei:
SejC1m possuidores de diploma oblido em curso de educat;i\o fisica e osque ate a dala do inicio da vig!ncia dil lei ten ham comprovadamenleexercido alividades pr6prias dos profissionais de educayao fisica, noslemlQS estabelecidos pelo Conselho Federal.
Nao se sabe ao carto quem tem a raz80, mas sabemos que com
desorganizayao e professores incapacitados nao havera um reconhecimento e
uma valorizat;Ao da profissao.
2.7 AS REGRAS DO J/U-J/TSU
Os esportes de combate diferem nas suas regras assim como nas suas
tecnicas e filosofias, nao paderia deixar de mencionar que eXlstem a
Confederac;ao Brasileira de Jiu-Jitsu OHmpico e a Confederac;ao Brasileira de Jiu-
17
Jitsu que diferem nos seguintes aspectos: a CBJJO tem uma proposta oara em
alguns anos tentar incluir 0 Jiu-Jitsu como esporte olimplco urna vez que eSIe
espane ja esta sendo praticado em mais de 80 paises e com rna is de 65 mil
praticantes, entretanto a outra Confederavao nao adeta essa postura e tenta caaa
1/8Z refon;ar 0 cenario nacional tentando profissionalizar 0 esporte por aqui, CBJJestara premiando com valares em dinheiro seus atletas vencedores enquanto a
CBJJO, defende a premiayao atraves de trofeu5 e medalhas. Mesma tendo
divergencies com seus objetivos, as dues confedera~6es adotam as regras
oficiais imposta pela CBJJ (Anexo 1).
Abaixo seguem na integra a artigo oficial da CBJJ e as regras ofieiais
adotadas em compeli~6es por lodas Confedera¢es e Federa¢es, Internacionais
e Estaduais.
2.8 AGRESSAO
2.8.1 Definigao de Agressao
Os psic6logos definem agressao como "qualquer forma de comportamento
dirigido ao ato de prejudicar ou ferir intencionalrnente urn outro ser vivo que esta
motivado a evitar tal tratamento" (RICHARDSON, 1994, p. 7 apud BECKER, 2000).
A aoressao e urn cornportamento fisico au verbal porem n~o e uma atitude au
ernoc;:ao.
A agressividade, a agressao e violemcia sempre se referem
comportarnentos em rela9tto a outras pessoas, a objetivos au ao proprio individuo
Comportamentos agressivos dependem de diversos fatores. Mas, principal mente, da
personal ida de do individuo.
Personalidade tal que e determinada por fatores biologicos, psicol6gicos e
que esta sujeita a influemcias do meio social e cultural. Nao se pode deixar de
ressaltar tambem as influendas educacionais e esportivas. Para as influendas
esportivas e que sera dado maior enfase, pois, atraves de urn treinarnento
psicol6gico pode-se influenciar a personalidade do aUeta, conseqOenternente, as
18
suas manifesta90es de agressividade, 0 que acarretara num melhor desempenho
esportivo do alleta.
A agressividade varia em fun9Ao de alguma frustra9flo, de alguma injusti98 ou
de algum ataque au tratamentos injustos, dirigido a algum individuo. 0 Jiu-Jitsu
busca urna maneira mais adequada de controlar e reagir em situa¢es
desagradaveis e frustradoras.
Existem diferenyas individuais na tentativa de controle da agressividade.
Pode-s9 tambem definir agressao como sando uma conduta cujo objetivo seja
destruir, degradar ou subjugar urna pessoa, urn grupo de pessoas ou urn objeto
material. Autores diversos chegam a citar a agressao como alga inerente ao ser
humano e que se manifesta atraves de estimulo. A pessoa n~o precisa aprender a
ser agressiva, mas, sim maneiras de controlar tal agressividade.
Em muitas situat;(oes de nossas vidas, assim como nos esportes,
necessitamos de uma certa agressividade dosada adequadamente. Por isso, nem
sempre a agressividade e um atributo de personalidade indesejilvel, basta que ela
seja canalizada de maneira correta de modo a se tornar construtiva e positiva. no
meio esportivo ha a necessidade que se identifique a agressividade -boa" que
representa a combatividade e a agressividade -ma- que representa a agressividade
prejudicial, aquela que nao respeita as regras desportivas, nem sociais e que
provavelmente levara a viol€meia.
GROEBEL (1994) apud BURITI (2001, p. 56) lembra que a agressao no
des porto e a eonseqOimcia ou parte integrante da agressao existente na soeiedade,
e que pareee utopico querer eliminar a agressao no desporto, sem modifiear a
situa<;ijogeral da sociedade.
Observando essa e outras defini96es de agressao (GILL, 1986), propoe
quatro criterios de agressao: e um comportamento, envolve danos ou ferimentos,
e dirigida a urn ser vivo, existe intem;ao.
Na maioria das vezes ao ver duas pessoas assistindo a uma luta de Jiu-Jitsu,
quando urn dos atletas aplica urna queda com mais veloeidade e forr;a, 0 movimento
parece ser violento e agressivo, porem, e 56 urna questao de interpretayao.
o que muitos chllmariilm de aores.s:\o boa no esporte e denominadocomportamenlo assertivo (assertive behaviour') na psicologia do esporte,ista d, jogando pelas regras com alia intensidade e a!iva~ao, mas sem aintencao de lesionar (HUMAN & SILVA 1984 apud SAMULSKI, 2002).
19
Muitos autores acreditam que 0 homem passu! urn instinto de agress~o.
Apresentando-se 0 estimulo apropriado - frustrayao, par exemple, uma pessoa ira
natural mente reagir de modo agressiYa. Ela nao precisa aprender a sar agressiva,
mas, no entanto, aprende maneiras especificas e cultural mente prescritas de
conduta agressiva.
2.9 TEORIAS DA AGRESSAO
2.9.1 Teoria de Instinto e Impulsos
Parte-s8 do principia de que a agressao e representada par urn instinto inato,
espontaneo e cumulativo e que produz urn acumulo de energia agressiva que deve
ocasionalmente sar descarregada. A descarga dessas energias depende dos
estimulos externos recebidos.
Segundo FREUD (1920) e LORENZ (1963) apud SAMULSKI (2002) 0
comportamento agressivo nao e 56 visto de forma negativa, mas implica tambem em
fun9ao biol6gica de manutencao da especie no senti do do espayo lIital, da sele930
dos mais fortes e saudaveis e da farmayao de uma hierarquia.
2.9.2 Teoria Frustra9ao-Agressao
Parte da hipotese de que vivencias de fracasso (fnustra~Oes) provocam
agress6es. Frustrayao e definida como urn impedimenta de alguma atividade atual
dirigida a uma meta. Ou seja, simplesmente a agressao ocorre devido ao bloqueio
dos objetivos ou falhas (DOLLARD, 0008, MILLER, MOWRER e SEARS, 1939).
Param, a tearia da frustra~a-agressaa que sustenta que a frustra~a sempre
causa a agress~o e rejeitada nos dias de hoje.
Cansequentemente, ha tambem algumas evidencias de que as praticantes de
espartes de cantata frustrados e agressillas diminuam seus nlveis de agressividade
por meio de sua pratica (GILL. 1986).
20
2.9.3 Teoria da Aprendizagem Social
Explica a agressao como um comportamento que as pessoas aprendem por
melD da observayao de outros comportamentos agressivos particulares,
acompanhada de reforc;o por exibir atitudes semelhantes.
Crian~s expostas aos modelos adultos que cometiam comportamentos
agressivos repetiam mais atos violentos do que crianc;as que nao eram expostas atais atitudes (BANDURA, 1973 apud SAMULSKI, 2002). E esses comportamentos
eram especial mente reforyados quando as crianryas recebiarn apoio ao copiarem as
a<;:oes dos modelos adultos.
As pesquisas da aprendizaoem social no esporte mostram que na sua maiaria
os aUelas naG sao ensinados a serem violentos. Porem, a agressao pode e deve
ocorrer na malaria dos esportes.
2.9.4 Teoria da Frustrayao-Agressao Revisada
Esta combina elementos de duas teerias a da frustra~o-agressao original
com a teoria da aprendizagem social. Essa vis~o amplamente aceita sustenta que
embora, a frustrac;:.aonem sempre leve a agressao, ela aumenta a probabilidade de
agressao pelo aumento da excitac;ao e da raiva (BERKOWITZ, 1965, 1969, 1993;
BARON e RICHARDSON, 1994).
Entao, primeiro 0 individua frustra-se por perder a luta au desclassifica<;ao, a
partir dai, pode tomar-se frustrado de alguma forma. Os aumentos na ativaysa
geralmente na forma de raiva e au dor sao 0 resultados dessa frustrac;ao. 0
individuo somente transformara essa frustracao em agressaa, se ele tiver aprendido
que nessa situa<;aa ele deve ser agressivo.
21
2.10 PARALELO ENTRE AS TEORIAS
Certas teorias tambem abordam que 0 comportamento agressivD e adquirido
nas rela96es sociais e pode ser mudado. Portanto, deve-s8 estabelecer que as
teorias podem estar interligadas. Assim pode-sa dizer que 0 comportamento
agressivQ e instintivo porque e intrinseco a existemcia e sobrevivencia do homem, ao
masma tempo em que as mesmos comportamentos agressivos podem ser
aprendidos nas relag6es interpessoais, junta mente com a cultura e 0 meio em que
vive a individuo.
Para BECKER JR (2000), ha em cada uma dessas formas de condula a
componente subjetivo que e a percepC;8o dos fatos pelo agressor, pela vitima e pelo
espectador. Tambem, entra em jogo a fantasia de cada urn desses atores e como a
percep9~o de urn fato nunca e igual para as pessoas. Pode-sa imaginar quao
complexa pode-s8 tamar a analise de uma agressao e vialencia.
2.11 ESPORTES X AGRESSIVIDADE X VIOLENCIA
Hoje em dia com a veiculac;aa de noticias sobre brigas de lutadoras de Jiu-
Jitsu, campeonatos de Vale-Tudo e ate filmes de ac;aa, que acabam par deixar uma
imagem negativa das artes marciais, principal mente do Jiu-Jitsu e geralmente
associando-as a violencia, agressividade e descontrole. Tratam-se de casos
isolados, que acabam acontecendo na maiaria dos esportes.
A medida em que a esporte tem aumentado de prestigio e tern ganhado mais
espac;o na midia, a violencia e a agressao tem aumentado na mesma proporC;ao. 0
que nao se pode fazer quando 0 assunto e viol!ncia e a generalizac;;Bo.
Sao casas isolados que nao servem como exemple, sao fatos dos quais estao
envolvides pessoas, que acabam par promover um afastamento da filosofia da luta e
veem em primeiro plano os beneficios fisicos que 0 Jiu-Jitsu promove no individuo. E
que tambem considera como status no seu meio social provando sua masculinidade
e tendo maior atent;aa das mulheres. A agressividade no meio espartiva e gerada
par diversos fatores e dave-sa levar am conta as questOes psiquicas e sociol6gicas
envolvidas.
22
E necessario que rique bern esclarecido 0 que e agressividade e par que este
comportamento pode gerar atos de violencia. Quando se pratica uma arte marcial
atraves de exercrcios de combate, forc;a, agilidade e disciplina busca-se urna
integrayao da mente com 0 corpo. Entra-s8 em contata com urna serie de principies
que comp6e a filosofia de cada t"'cnica de luta.
A agressividade e urn componente do comportamento emocional que ocorre
devido a inumeros fatores internos e externos alem de envolver manifesta96es
psicobiologicas, psicomotoras, endocrinas e neurovegetativas. A psicologia do
esporte oferece inumeras contribuiya8s para facilitar a relayao existente entre
agressividade e esportes.
WEINBERG e GOULD a compreendem como:
o estudo cientifico de pessoas no contexto do esporte au exercicio. APsicologia do Esporte e do Exercicio identifica principios e pad rOes queprofissionais podem utilizar para auxiliar adultos e cnant;.as a partiCiparem,com maiores beneficios, de esportes e alivK:lades fisicas.
As tendencias agressivas podem ser estimuladas ou inibidas por situa<;oes
ocorridas frequenternente nos esportes.
Os esportes podem ser um modo sociavelmenle aceito de apresenlarcondulas agressivas. 0 allela que apresenta major motivayAo paraagre·ssividade pode encontrar no esporte urn melo de manifestar seusimpulsos (HUSMAN & SILVA. 1984).
Segundo GILL:
A maioria dos comportamentos agressivos em ambientes esportivos e dealividade fisica parece nao ser i~erentemente desejavel ou indesejavel,mas depender de Interpretayao. E mais filcil falar de agressJo se voc~evilar a dicotomia bom-mau, em vez disso v~-Ia de maneira neulra comourn comportamento que v~ quer entender (GILL, 1980).
o esporte tambem deve ser vi so como urn fen6meno social, pois, ele tambem
e resultado de varias situa¢es que refletem a sociedade em que ele ocorre. Traz
cansigo fatares que estao presentes na sociedade.
E assim como a violencia e a agressividade sao tambem problemas
psicol6gicos. Epoca que alem de estar banalizada a vioh!!ncia e a agressividade
(cinema, tv, videogames), elas ainda apresentam ·status', em locais como
23
academias clandestinas, ande professores desqualificados. e com valares marais
alterados orientam pessoas que veern na violencia urna forma de auto-afirma~o.
As condutas agressivas e violentas s~o toleradas pelos aUetas na medida que
as regras permitem, As vazes as jovens atletas aprendem que as regras sao urn
obstaculo no caminho para alcan<;ar 0 exito (SAMULSKI, 2002, p. 206).
Segundo MACHADO (1997) na analise do publico esportivo e importante
ressaltar as aspectos economicos, politicos e s6cio-culturais que irao infiuenciar 0
comportamento e atitude dos espectadores.
A questao exige urna atitude, ja e aqui. Sera que na nossa pratica esportiva
diaria naG existe urna maneira de sermos aUetas mais pacificos, ou estamos
constantemente instigando urna provoca~o? Sera que na tentativa de motivar
nossos atletas, m30 estamos na realidade usando estrategias ou verbalizay6es um
tanto agressivas? 0 ponto inicial a favor do espetaculo pacifico nos esportes
tambem pode estar nas nossas maos (FRANCO, 2000, p. 42).
24
3 - METODOLOGIA
3.1 TIPO DE PESQUISA
De acordo com GILL (1999), a pesquisa utilizada para esse estudo e 0 tipo
descritiva, cujo valor baseia~se na premissa de que as problemas podem ser
resolvidos e as praticas melhoradas par maio da observa~o, analise e descri~o
objetiva e completa.
3.2 POPULAC;;AO
Praticantes da modalidade Jiu-Jitsu de ambos sex~s de determinada
academia da cidade de Curitiba.
3.3AMOSTRA
A pesquisa atingiu urn numero de vints indivfduDS, escolhidos aleatoriamente,
quanta encontravam-se em treina, numa faixa eta ria entre 17 a 35 anos, de ambos
as sexos, que eslavam fisicamente ativQs, au seja, subentendendo-se a trainamento
e participando de competic;6es, tanto em flmbito nacional ou estadual, nao
importando sua gradu8r;a,o, peso ou categorias.
3.4 INSTRUMENTO
Fai utilizado urn questionario adaptado de outro estudo para os participantes
que responderam na presenc;;a do pesquisador, contendo 7 quest6es de multi pIa
25
escolha e tambem 2 questOes abertas elaboradas para resposta espontimea. Oeste
modo obteremos respostas com uma margem maior de veracidade (Apendice I).
3.5 COLETA DE DADOS
A coleta de dados se dara pela apresenta,ao do questionario e entrevista
para serem respondidos na presen"" do pesquisador que por sua vez de posse das
respostas fara uma analise dos dados para obter uma conclus~oa respeito do
assunto em quest::lo.
3.6 LlMITACOES
Nao houveram limita\'iies neste estudo, principalmente, quanto a gradua~ao
dos lutadores, sexo, idade.
26
4 - APRESENTAC;Ao E DISCUssAo DOS RESULTADOS
Nesse capitulo serao apresentados os resultados obtidos a partir dos
questionarios, que permitiram verificar quais situ8'Yoes de agressividade que pode-
se encontrar em lutadores de Jiu-Jtsu. As discussOes sabre as resultados serao
apresentadas em forma de analise quantitativa e urna proposta para tentar diminuir
os possiveis comportamentos inadequados dentro da pratica do Jiu-Jitsu.
4.1 ANALISE QUANTITATIVA
Com rela,ao a questao, obteve-se respostas que indicaram que a violencia
familiar serve de exemplo negativamente para pessoas que praticam artes marciais.
Os resultados mostraram que a violencia influencia 0 desempenho dos
aHetas. Mais da metade dos entrevistados, au seja, 85% dos entrevistados
afirmaram ser a violencia familiar urn fator que interfere no desempenho dos aUetas.
G",fico 1 - Violencia Familiar Interfere no Desempenho do Atleta
o~r.xt~
SIM NAO13
MAS NAO E JUSTIFICATIVA6
Nesta questao 0 grafico mostra que quase a maioria dos entrevistados
disseram que os professores de Jiu..Jitsu estao preparados para agirem diante dos
27
comportamentos agressivos dos alunos, apenas uma parcela 15% acreditam que os
professores nao tern condiyOes de controiar este tipo de comportamento
Grffiico 2 - Professores de Jiu-Jitsu est~o Preparados para Agirem Diante de
Situayoes Agressivas dos Alunos
SIM17
NAOo
TALVEZ3
A questao 3 pode afirmar segundo as respostas obtidas, que os pais n~o
interferem na conduta agressiva que as filhos in~o ter. Isto e, 70% das respostas
obtidas indicam que as pais e a falla de limites em casa nac sao responsaveis pelos
casas de viol en cia registrados, 20% afirmaram que talvez seja responsabilidade dos
pais, Qutros 10% responderam naG serem as pais culpados pela violencia gerada
par praticantes de artes marciais.
Gratico 3 - Ausancia de Limites Impasto Pelos Pais aos Filhos, e Fator
Oesencadeante da Violencia
-----------,
oSim
ONlio
oTa1wz
28
SIM14
NAO2
TALVEZ4
A quest~o 4 nos refere aos velculos de comunica~o como as responsaveis
pelo aumento do indice de violencia dos jovens. PDf"em, 70% dos entrevistados
disseram nao sar a midia a culpada pelo aumento do indica de vioiencia entre as
jovens. Enquanto que 15°k concordou com a pergunta dizendo serem os meias de
comunica~o responsaveis, as Qutros 15% diz sar talvez uma das causas dos
indices altos de violencia entre jovens.
Gr<ifico 4 - Meios de Comunica<;8o(Internet, Revistas, Televisao, etc.) sao
Considerados as Principais CuJpados pelo Indicia de Vioh§ncia entre
as Jovens
7""
SIM NAo14 3
TALVEZ3
Essa questao indagou que as professores tern capacidade de evitar a
agressividade direcionada para prejudicar alguern quando asta acontece dentro da
academia e as respostas foram unanimes em dizer que 0 professor e a autoridade
que deve ser respeitada e suas decisoes tambem devem ser acatadas.
29
Grafico 5 - Agressividade Dentro da Academia Pode Ser Evitada Pelo Professor
100%
81M20
NAOo
TALVEZo
Na questao 6 foi perguntado aos entrevistados S8 a falla de um professor
capacitada para dar as aulas pode ter como conseqQencia atitudes agressivas e
indisciplinadas par parte dos alunos. Como resposta, 70% dos respondentes
afirmaram ser a falta de urn professor formado uma das causas das atitudes
agressivas por parte dos alunos, 30% disseram ser talvez essa razao a causa da
violencia entre jovens.
Grafico 6 - Falta de Professor capacitado gera Consequencia8 Agressivas e
Indisciplinadas
30
SIM14
NAO30
TALVEZo
Indagou-se aos entrevistados, compreender 0 que poderia ser feito para
diminuir 0 indice de agressividade dos lutadores de Jiu~;tsu, como res posta obteve-
se: 30% disseram que e necessaria professores mais capacitados, com 15% tivemos
duas respostas, urna diz que lutadores n~o s~o agressivos e a Qutra diz que deve
existir mais dialogo entre alunos e professores.
Com 10% obteve-se 3 respostas: mais disciplina em aula, professor ser mais
etioo e usar 0 Jiu-Jitsu somente para defesa pessoaL Os ultimos 10% representam
duas respostas: melhor preparayllo psicol6gica dos alunos que irao trainar Jiu-JitstJ
e mais informa~o acerca das tecnicas e suas consequl!!ncias, S8 usadas para
agressividade fora da academia.
Grafico 7 - Principais Atitudes que Visam Diminuir 0 indice de Agressividade dos
Lutadores de Jiu-Jitsu
5,.30"'~5'"
10%
10~ 5%
10")6 15ox.
o que pode ser reito para diminuir aiilgressividade dos luladores de jiu-jitsu
Professores Lutadores nAo MaisMais do Dialogo
Capacitados AgressivO!I;/Existir EntreMais Dialogo Alunos e
Profess ores
MelhorDisciplina
emAula/MaisEtica e
MaiorPrepara~50Psicol6gicados Alunosque Irlo
Treinar Jiu-Jitsu/
MaiorInfonna~a.o
sobre Tecnicase
ConseqtiAnciasUsar 0 Jiu-Jitsu paraDefesaPessoal
31
Na ultima questao do questionario foi perguntado aos entrevistados se 0
aluno poderia apresentar algumas modifica¢es em seu comportamento, se sim, de
que forma, positiva au negativa. As formas positivas fcram: 40% auto-controle, 25° A,
auto- confianrya, 20% disciplina e 15% auto-estima. IS50 mostra que as beneficios
alcan",dos pela pratica do Jiu-Jitsu sao alterados na forma pSicol6gica dos alunas.
Grafico 8A - Com Aulas de Jiu-Jitsu 0 Aluno Pode Apresentar Alteral'iies no
Comportamento (Positivo/Negativa)
o Dnciplina
o Aulo-<:onfiill'l98
o Auto<ootrde
o Auto-atima
AUTO- AUTO- DISCIPLINACONTROLE CONFIAN9A
8 5
AUTO-ESTIMA
3
Quanta as formas negativas fcram, 60% nao apresenta nenhuma alteragao
negativ8, 15% prepotencia, 10% falta de companheirismo e 5% falta de controle.
Grafico 88
o N<lolem
DF~tta decompenherismo
o Faile de centrale
NAO TEM FAlTA DE FAlTA DE PREPOTENCIACOMPANHERISMO CONTROlE
12 2 3
32
33
5-CONCLUSAO
Esse capitulo resume a estudo realizado, descrevendo suas principals
contribui90es para as academias, professores e interessados nos assuntos aqui
tratados. A pesquisa ao lango de seu estudo, verificou que 0$ comportamentos
agressivos sao inerentes a todos esportes. Este estudo leve urn embasamento
te6rico para poder ter sua comprova"ao legitimada. Para tanto foi estabelecida uma
metodologia de pesquisa que culminou com a aplica"ao de um questionario,
especificamente para lutadores de Jiu-Jitsu.
Os objetivos especificos fcram atingidos com SUceSSD uma vez que
conseguimos ver que nao e 0 lutador de jiu-jitsu que e violento, mas as jovens que
tern exemplos negativDs, sejam dentro de casa ou nas academias com professores
incapacitados que promovem um afastamento da filosofia das lutas.
Pudemos verificar a necessidade de uma especializayao dos profissionais
que iraa trabalhar com alunos de Jiu-Jitsu, pois certamente eles serao tornados
como exemplo par seus alunos.
E necessaria ressaltar a influencia dos mestres na conduta dos praticantes
de jiu-jitsu. Como foi apresentado anteriormente, 0 Jiu-Jitsu apresenta uma filosofia
que da suporte as tecnicas e praticas de treinamento. Uma tecnica marcia1
executada sem que se respeite seus principios e fundamentos torna-se ineficiente. E
cabe ao treinador a orientacyao de seus alunos, conscientizando a individuo acerca
destes principios.
Quanta a regulamenta~o dos professores ficou claro que se tivermos urn
orgao fiscalizador que seja presente nas cobran<;as assim como tambern seja
presente nas reivindicay6es da categoria podernos atingir urn alto nivel de aceitac;ao
da profissao de Professor de Educagao Fisica.
34
5.1 SUGESTOES
Qutros trabalhos futuros e pesquisas poderiio ser elaborados atraves do uso
desta pesquisa, sejam eles com a mesma metodologia ou entao com relal'ao aPsicologia do Esporte e ate mesmo com relat;ao as artes marciais. Como este
trabalho nao se aprofundou no tema de treinamento psicol6gico dos atletas outro
estudo futuro paden:'! ser realizado neste sentido. E Dutro lema que pod era ser
abordado futuramente e desempenho dos atletas de lutas com rela>"o ao Vale-Tudo
esporte que necessita alto grau de concentra~o e ativa<;aD.
35
REFERENCIAS
BECKER JR, B. Manual de Psicologia do Esporte e do Exercicio. Porto Alegre:Abril, 2000.
BORGES, 0. A. Jiu-jitsu: educayao ou adestramento? Revista TreinamentoDesportivo. V. iv, n 1; p. 67-71,1999.
BURITI, M. A. PSicologia do Esporte. Campinas: Alinea, 1997.
DIAS, K. P. Educa~~o Fisica X Violencia. Rio de Janeiro: Sprint, 1996.
FRANCO, G. S. Psicologia no Esporte e na Atividade Fisica. Sao Paulo: Manole,2000.
GRACIE, R. Brazilian Jiu-Jitsu. Rio de Janeiro: Ediouro, 2003.
MACHADO, A. A. Psicologia do Esporte: Temas Emergentes I; Sao Paulo, 1997.
SAMULSKI, D. M. Psicologia do Esporte Manual para Educa~ao Fisica.Psicologia e Fisioterapia. 3. ed. Sao Paulo: Manole, 2002.
SINGER, R. N. Psicologia dos Esportes Mitos e Verdades. Tradu~o Marina 1. B.Porto Vieira, Sao Paulo: Harper & Row do Brasil, 1977.
SUGAI, V. L. °caminho do guerreiroV 1 . Sao Paulo: Gente, 2000.
WEINBERG, R. S.; GOULD, D. Fundamentos da PSicologia do Esporte e doExercicio. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 1999.
Fontes de Internet:
Acessado em Regras Oficiais da Confederayao Brasileira de Jiu-Jitsu. Rio deJaneiro: CBJJ (2004). Disponivel em http://www.cbjj.com.br/regras.htm. 18 de Maiode 2005.
www.psicologia-online.com.bracessado em 14 de Maio de 2005.
www.neuroesporte.com.br acessado em 27 de Maio de 2005.
www.rociangracie.com.br acessado em 02 de Maio de 2005.
www.naluta.com.br acessado em 03 de junho de 2005.
www.brazilianjiujitsu.com.br acessado em 02 de Maio de 2005.
www.educac;;aofisica.com.bracessado em 17 de Junho de 2005.
ANEXOS
37
ANEXO I
~ojiu-jitsu e a arte marcial mais antiga, perfeita, completa e eficiente de
Oefesa Pessoa!. Sua origem apesar de contraditoria e atribuida a China depois
india, Japao e Brasil, onde S8 desenvolveu, aprimorou e tornou-se a centro mundial
desla preciosa arte. 0 jiu-jitsu desportivo e a parte competitiva, onde os atletas
exibirao suas habilidades tecnicas, fisicas e psicologicas com 0 objetivo de alcanc;ara viloria sabre seus adversarios. Os golpes validos sao aquetes que procuram
neutralizar, imobilizar, estrangular, pressionar, tarcer articula<;6es, como tarnbam
lancyar seu adversario 80 solo atraves de quedas enquanto as gal pes nao validos,
considerados desleais, como marder, puxar cabelo, enfiar os dedos nos ethos,
atingir as 6rg805 genitais, torcer dedos ou qualquer Qutro processo tendente a
traumatizar com 0 usa das maos, cotovelos, cabe>"" joelhos e pes.
As competir;6es sao 0 marco do esporte, e 0 momento mais importante para
os atletas, tecnicos-professores e para todos aqueles que estao envolvidos direta
ou indiretamente, nao cabendo por tanto, a vitoria a qualquer custo, ao contrario 0
fair play deve ser 0 principal norteador. 0 comportamento etico e 0 que dara ao
esporte credibilidade e seguranQa, fatores indispensaveis ao nos so esporte, pois,
par i5S0 56, ja conquistou-se 0 espa~ na sociedade, em seus aspectos de
efidemcia e de eficacia, tornando-o 0 esporte espetaculo.
Assim sendo, para se almejar a participar do maior espetaculo do mundo,
que e as Olimpiadas, devemos estar imbuidos deste objetivo, tornando 0 Jiu-Jjitsu
desportivo a nossa meta.
o regulamento e a carta magna do esporte, nesta consta os direitos e
deveres. de todos aqueles envolvidos, como atletas, tecnicos-professores,
dirigentes, e ate mesmo 0 publioo assistente. Po is teremos a responsabilidade de
cumprir e fazer cumprir este regulamento, pois, 56 assim, poderemos conquistar os
nossos objetivos.
Artigo 1·- Area de Competi,ao
E toda a area que componha 0 palco da competi,ao, que podera ser
composta de 2 ou mais areas de lutas, com todo pessoal de apoio: dire~o dos
trabalhos, arbitragem, cronometrista5, fiscais, seguranQa e um departamento
disciplinar convocado pela diretoria que atuara no julgamento no decorrer do
evento, com poderes de punir qualquer conduta anti-esportista ou etica de tecnicos-
38
professores, aUetas, arbitros e de qualquer assistente que S8 mantenha no recinto
da competicyao que esteja atrapalhando 0 born andamento do evento em questao.AREA DE LUTAS: Gada area (ringue) sera composta de no minima 32
tatames, perfazendo urn total no minima de 51,842, assim dividida: Area interna,
(Area de Gombate) composta de no minima 18 tatames de cor verde. Area de
Seguran/y8,composta de no minima 14 tatames de cor amarelo, vermelho ou
qualquer cor diferente do verde.
Artigo 2"- Equipamentos
MESA DIRETORA: Sera a mesa de diregao dos trabalhos da competic;ao,
onde ficara somente 0 locutor control ad or das chaves e autoridades competentes;
ficara ela, localizada a frente do ringue, devendo tanto quanto possivel, ser uma
mesa para cada area de luta. Paralelamente a mesa diretora ficarao as cadeiras
para as Arbitros e Anotadores e somente eles poderao ocupar as essas cadeiras.
Ao lade das cadeiras dos arbitros ficara uma mesa, que sera ocupada pelo Fiscal
da arbitragem. Gabe ao Fiscal da arbitragem fiscalizar 0 bom andamento da
arbitragem, tambem fiscalizara as credenciais dos aUetas da competit;ao.a) Cadeiras, bandeiras e mesas
Havenl mesas laterais em posi~o estrategica para 0 assentamento de toda
essa equipe de trabalho.
b) Placar
Para cada area de combate havera dois placares, indicando a contagem
horizontalmente, situados fora da quadra de competiyao,onde possa ser facilmente
visualizados pel os arbitros,membros da comissao, oficias e espectadores .
c) cronometros serao necessarios os seguintes cron6metros: durayao de
combate - um reserva - um
Artigo 3°. Arbitragem
o combate sera conduzido por um arbitro central sob supervisao da
comissao de arbitragem. 0 arbitro central sera assistido pelos anotadores e
cronometristas. 0 arbitro central sera a autoridade maxima dentro do ringue, nao
podendo ninguem mudar 0 seu resultado, a nao ser 0 proprio, cabendo a ele
unicamente 0 comando da luta e a possibilidade de desclassifica~o dos lutadores
durante a luta. Em casos especiais 0 Tribunal de Justic;a Desportiva da GBJJ,
poden; julgar e decidir no resultado, cumprindo os prazos legais. Gaso 0 arbitro
39
mostre-S8 incapacitado de continuar a arbitrar p6r motivDs de erros, os Fiscais do
evento poderaa troea-Io.
Durante 0 combate 0 Arbitro Central, estara sempre dirigindo as lutadores
para 0 centro da area de tuta (ringue), caso perceba que os lutadores estao muito
pr6ximos a linha divis6ria conduzira a luta para 0 centro, e dizendo energicamente a
palavra "PARE" seguido do gesto relative a este comando, os lutadores nao
poderao S8 mexer ate que determine a continua~o da luta. 0 mesmo ocorrera
quando os lutadores tenham ate 2/3 (dois ter90s) do corpo para fora da area de luta.
o Arbitro puxara as contenderes para 0 meio, obedecendo a mesma posi<;ao
em que estavam, casa 0 Arbitro tenha dificuldade de mover as aUetas, 0 mesa rio e
somente ele, ajudara 0 Arbitro ou podera fazer com que as aU etas S8 coloquem de
pe e retornem para 0 centro da area de luta na mesma posic;ao.
o Arbitro nao permitiri:l a interferencia de terceiros durante a luta, a medico,
enfermeiro au massagista, somente poderao dar assistencia quando solicitados e
autorizados pelo Arbitro.
Durante 0 transcorrer da luta, ate que 0 mesario tenha levantado a bandeira
e rigorosamente proibido a quem quer que seja, exceto a Arbitro, conversar com a
mesa ria, a qual tambem n~o pode dirigir a palavra a outras pessoas exceto ao
Arbitro e este 56 pod era conversar com as lutadores, com a anotador e com a mesa
Diretora.
Expirado a tempo determinado para a combate, a cronometrista notificara,
imediatamente, a arbitro central, par um sinal claramente audfvel.
Ap6s a mesa apitar a termino do combate, a arbitro podera dar uma
vantagem para a atleta que estiver em posiC;lIo que vale ponto e esta nao tiver sido
dado ainda, au no caso de uma posi~o de finalizac;ao que estiver encaixada,
exceto para queda que devera ser dado a ponto, pais esta nao precisa de tempo
para dominio.
o mesario devera se certificar de que esta completamente atualizado dos
comandos e gestos atualmente usados para a marcaC;8o dos pontos e vantagens e
este usara duas bandeirinhas, sendo uma verde e amarela e a outra branca.
As anotac;oes nos placares serao de responsabilidade do mesa rio, nao
podendo quem quer que seja exceto a Arbitro Central, influir au modificar as suas
anota<;6es.
40
IMPORTANTE: Tudo e qualquer silua~o que possa acontecer que nao
estiver especificado neste manual de regras ficara a criteria a decisao par conta doArbitro central. Posi~o e func;:aado arbitro central
o arbitro central, de modo geral, del/era permanecer na area de combate.Devera dirigir 0 combate proferindo as resultados e certificando-se que suas
decis6es sejam corretamente registradas no placar.o arbitro central colocara de frente para a mesa, e 0 primeira atleta a ser
chamado ocupara 0 lugar a sua direita e recebera a faixa verde e amarela de
identifica930 da arbitragem, case as atletas estejam com kimonos da mesma cor, 0
Dutro atleta ocupara a sua esquerda e ap6s as recomenda~es e cumprimento depraxe, ordenara a inicio da luta, dizendo" combate".
Os lances tecnicos das lutas, a ordem do Arbitro Central, serao anotados emplacares ou papeletas proprias pelo anotadar de acordo com as pontos
correspondentes. Caso haja empate nos pontos ou vanta gens determinados peloArbitra, ou n~o tendo havido pontos durante 0 combate, a anotador levantara asduas bandeiras, momento em que Arbitro Central, apes analisar qual dos lutadores
desempenhou maior performance, de acordo com 0 regula mento, da a viloria aoatleta que ele julgou com maior impeta e virilidade durante a luta. Nao havera
empate em hipotese alguma. Compete aa Arbitra Central determinar a vencedor da
luta, sendo sua decisao soberana.o arbitro central devera assegurar-se de que tudo asta correto; por examplo:
area de combate, equipamentos, uniformes, higiene, oficiais, etc., antes de iniciar 0combate.
o arbitro dave se certificar de que nao haja espectadores, torcedores oufot6grafos em posi96es que possam incomodar ou pravocar riscos e de ferir oscompetidores.
Medidares
o medidor verificara antes da luta, 0 comprimento das unhas dos allelas, 0
estado do kimono (devera passar pelo padriio exigido pelo medidor oficial da CBJJ)
e cor e estado da faixa.ARTIGO 4° - GESTOS
o arbitro central fara os gestos abaixo, indicados de acordo com as acroes
seguintes:
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Queda, raspagem e joelho na barriga: 0 arbitro levantara a mao
referente ao atleta que esteja com a faixa ou 0 kimono de identificac;ao
sinalizando 2 pontos;
Passagem de guarda: 0 arbitro levantara a mao referente ao aUeta que
esteja com a faixa ou 0 kimono de identificac;.ao sinalizando 3 pontcs;
Montada pela frente, montada pelas costas e pegada pelas costas: 0
arbitro levantara a mao referente ao atleta que esteja com a faixa ou
com 0 kimono de identificac;aosinalizando 4 pontos;
Penalidades: a arbitro com as punhos fechados dobrara seus brayos
na altura do peito fazendo movimento circulares com as ante-bra90s e
levantando 0 bra<;o na altura do ombro com a mao fechada referente
ao aU eta punido em seguida dara uma vantagem para 0 outro;
Vantagens: 0 arbitro estica 0 bra,o referente ao atteta que esteja com
a faixa au com a kimono de identificayao na altura dos am bros;
Para interrup~o da luta: 0 arbitro abrira as dois brac;.os ao mesmo
tempo, na altura dos ambros;
Para interrupc;ao do tempo de luta: 0 arbitro colocara uma mao em
baixo da outra em forma de"T', determinando assim que 0 mesa rio
interrompa 0 tempo durante 0 periodo determinado pelo arbitro;
Para desclassificac;ao: 0 arbitro cruzara os dois bra90s no alto e apes
apontara para 0 atleta desclassificado.
Para retirar um ponto atribuido: 0 arbitro levanta 0 bra90 esticado no
alto referente ao atteta dado 0 ponto e balan98 0 bra90.
ARTIGO 5° - DECISAo DAS LUTAS
Nao havera empate, as lutas serao decididas por:
I - Desistencia
II - Desclassificac;ao
III - Perdas dos sentidos
IV - Pontos
V - vantagens (combatividade)
1- DESISTENCIA
Desist?mcia e a superioridade tecnica que um dos atletas impoe ao
adversario decretando sua derrota. Ela pode acorrer nas seguintes hip6teses:
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1 - Ao aUeta que da duas batidas com a palma da m~o no adversario, OU no
chao. ou em si proprio, de forma manifesta e vislvel;
2 - Ao aUeta que estando com as maDS e as bra90s presos desiste com duas
batidas com os pes no chao;
3 - Ao atleta estando com as maos, braQOs e pernas presas, pedinda ao
Arbitro que pare a luta;
4 - Ao atleta que S8 acidentando OU sentindo-se sem condi90es tecnicas au
tisicas, desiste pedindo ao Arbitro que pare a luta;
5 - Em todas as categorias a Arbitra, verificando urn golpe perfeitamente
encaixado e na certeza que podera expor a aUeta a serios danos fisicos, interrompe
parando a luta e dando vito ria a quem deu a golpe;
6 - Quando 0 professor e tecnioo de urn dos atletas. reconhecendo a derrota,
pede a sua desist~ncia, dirigindo-se ao Arbitro em voz alta e firme, pedindo para
parar a luta ou ainda jogando a toalha na area de luta;
7 - Ao atleta que, com um golpe encaixado, tala ou grita "Ai" sera 0 mesmoque bater.
Quando 0 Arbitro, veriticando que urn dos atletas acidentando-se ou ainda
por determina.,ao do medico da competi~o, ticando comprovada a impossibilidade
de continuar a luta ou sangrando sem parar, da a vitoria ao adversario, desde que
nao tenha havido falta intencional de desclassitica~o.
II - DESCLASSIFICA<;I\O
FAL TAS GRAVES:
1',) sao as que acarretam desclassifica~ao imediata pelo Arbitro, sao elas:
a) Proferir palavras obscenas, de baixo cal~o, ou atitudes acintosas de
imoralidade, ou desrespeito a mesa, ao Arbitro ou ao publico.
b) Morder, puxar cabelos, golpes nos 6rgaos genitais, nos olhos, golpes
traumaticos (socos, cotoveladas, joelhadas, cabe~adas, pontape e etc.), aplicar
chave de calcanhar ou chave que torya 0 joelho, bate-estaca, tesoura e cervical.
c) Quando 0 lutador tem seu kimono inutilizado e nao 0 troque no prazo
maximo determinado pelo arbitra, a tim de se evitar a interrupc;ao excessiva da luta.
d) Eo obrigatorio 0 uso de sunga ou cuecas pOr baixo da call'" do kimono,
tendo em vista 0 risco de rasgar ou descosturar a cal~, caso ocorra algumas
destas hipoteses, 0 atleta tera um tempo determinado pelo Arbitro para vestir outra
calya. Nao 0 fazendo neste prazo, sera desc1assificado imediatamente.
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e) Quando 0 atieta tendo um golpe encaixado e para evitar bater e assim
perder 0 combate, foge deliberadamente para fora da area de combate. Neste caso
sera desclassificado imediatamente.
Neste caso especifico por ser uma falta tecnica e nao disciplinar 0 atleta
pode voltar a lutar no caso de chave de 3 ou absoluto, inclusive em relagiio a sua
coloca980 na chave,
f) Quando 0 atleta infringir qualquer das restri,oes do artigo 6'
FALTAS NAO CONSIDERADAS GRAVES:
i) Punigiio:
Na l' advertencia 0 atieta sera chamado a aten<;ao,
Na i advertencia 0 aUeta recebe a puniyao com vantagem para 0
adversario.
Na 3' advertencia 0 atleta reeebe a 2' puni<;ao com 2 pontos para 0
adversario e sucessivamente ate a desclassiftcacao.
Ap6s a 3' advertencia 0 Arbitro podera desdassificar a qualquer outra falta.
a) 0 atleta 56 podera ajoelhar~se quando ja estiver segurado no kimono do
adversario.
b) Quando 0 atieta ou ambos os atietas, em pi! foge para as extremidades da
area de luta, evitando 0 combate, ou quando na luta de chao, foge arrastando-se
para fora do ringue, ou quando na luta de chao, foge do combate ficando em pi!
evitando luta no cMo, ou propositadamente pisa fora da area de luta para ganhar
tempo.
c) Quando 0 atleta foge do combate retirando, ou propiciando a retirada do
proprio kimono, a tim de paralisar a luta para descanso OU evitar as ataques do
adversario.
d) Quando 0 atleta segura na boca das mangas com os dedos virados para a
parte interior das mangas, au das calc;as,ou com as duas maos na faixa doadversario.
e) Quando 0 atieta procura evitar 0 combate (amarrar a luta) segurando seu
adversario sem procurar combater au finalizar a luta, estando na guarda par cirna
ou por baixo, nas imobiliza,Oes, em pi! au em qualquer posi<;aoque esteja nitida a
falta de combatividade, tera depois de estabilizada a posi<;ao 30 segundos
marcados a solicitagiio do Arbitro. Ap6s este tempo, se a atleta nao estiver tentado
urn ataque au mudado de posi~o, sera punido com uma vantagem para 0
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adversario e, permanecendo na posi~o, sera punido nova mente com dois pontcs
para 0 ad versa rio e a luta S8 reiniciara em pe, podendo ser desclassificado na
terceira advertencia.
f) Obs: Punic;ao cI perda direta de 2 pontos:
1. Quando a aUeta foge deliberadamente do ringue evitando urna raspagem,
que a arbitro considere que ia ser concretizada, au quando a atleta foge
do ringue evitando urn golpe que ainda naG estava encaixado e desta
forma nao se enquadra no artigo e) de Desclassifica<;;ljo
III - PERDA DOS SENTI DOS
Paragrafo Unico: Urn dos 2 oj derrotado quando perde os sentidos p6r golpes
permitidos, como pressao, estrangulamento, quedas, au em cases de aCidentes, emque 0 adversario nao tenha cometido falta intencional de desclassificat;Ao.
IV-PONTOS
10 _ Pontcs positiv~s
A competiyao par sua natureza imp6e aos aUetas a usa rem suas habilidades
tecnicas, tentando finalizar au neutralizar as do seu ad versa rio, 0 ponto e a
superioridade tecnica que os atletas conquistam durante a competic;ao atraves de
colocac;6es e pontos negativos do adversario. Para 0 aUeta receber 0 ponto, e
necessario que ele domine por 3 segundos a posi~o.
IMPORTANTE
Nao ganhara novos pontos 0 atleta que estando em posic;ao de dominio, ja
tendo conseguido as pontos daquela posiyao, abandona voluntariamente a posiyao
para conseguir novas pontos. Exemplos: Estando fazendo joelho na barriga gira
para 0 outro lado, n~omarcara novos pontos.
A luta deve seguir uma condiyao crescente de desenvolvimento tecnico,
visando 0 dominio de urn dos adversarios, levando-o a desistencia da luta, p6r
aplicac;ao de golpes de finalizac;ao.
N~o sera computado ponto a favor de urn atleta que esteja aplicando urn
golpe, ou esteja em posi<;;ljo de contagem de ponto, mas que esteja preso a outro
golpe dado par seu adversario. Somenta ao sa libertar do golpe e que a contagem
sera positiva. Examplo: Um atleta montado no adversario, mas tem a cabec;:a presa
em uma gravata. Os pontos da montada, soment.e serao contados quando ele se
libertar da gravata.
Coloca<;6es; (a ordem do Arbitro)
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Sao posi<;6es conquistadas tecnicamente, e que S8 apresentam como as
importantes em termos de estrategia de luta e finaliza<;iio em golpes. Nao havendo
finaliza~o, estas posi<;oes sao assinaladas e convertidas em pontcs atrav9S dos
seguintes criterios:
a) Proje<;iio:(quedas) E todo au qualquer desequilibrio do adversario, sendo
este projetado ao solo de costas e lado, 2 pontos. Caso a aUetaA der uma queda e
a atleta B cair de joelhos e a atleta A dominar pelas costas sao 2 pontos. Caso a
aUetaA derrube a aUetaB que nao seja de costas au de lado, tera que mante-Io no
solo, au pelas costas pcr tras durante 3 segundos para ganhar as pontos da queda.
Obs 1: Na luta em pe, sera valida a queda do adversario para fora da area de
luta, au seja, na area de seguran"", desde que a aUeta que aplicou tenha
come<;:ado a dinamica do rnovimento com os dois pes dentro da area de luta. Tudo
que acontec8r em seguida nao deve sar considerado palo arbitro.Obs 2: Se a atleta estiver ajoelhado com uma das pernas em pe e sofrer uma
queda, quem deu a queda recebera as 2 pontcs desde que estivesse em pe no
momento da queda. Casa 0 aUeta esteja com as dois joel has no solo e 0 que asta
em pe, derruba-Io e passar para 0 lado mantendo a posi~o, cantara como
vantagem.Obs 3: Quando 0 atleta tenta dar uma Baiana (queda que agarra nas pernas
eleva 0 adversario para 0 chao) e 0 oponente senta dando uma raspagem e e bern
sucedido nesta raspagem, e ale que recebe as pontos, nao sendo computado os
pontos da Baiana.
Obs 4: Quando um dos atletas consegue dar uma queda no outro, e cain do
ao solo 0 que foi projetado pela queda con segue rolar e ir para cima. Conta os dois
pontos de quem deu a queda e vantagem para 0 que foi para cima. Desde que 0
que deu a queda nao caia na guarda, que cantara como raspagem e valera 2
pontos.
b) Passagem de guarda: E quando 0 aUeta estiver por cima do adversario,
estando entre as pernas deste, preso au nao. Podendo, no entanto estar p6r cima
de uma das pernas e send a preso pela outra perna, ai cansideramos a posiyao de
meia guarda, a passagem de guarda, e quando 0 atleta par cima passa para 0 lado
do adversario, ficando na posiryao transversal ou longitudinal, do tronco e mantendo-
o dominado, segurando 0 bra<;o,a cabe9a au mesmo a tronco do adversario, e este
sem meio de sair deste dominio estando de lado ou de costas no solo. 3 pontos.
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08S .. 0 atleta que estiver pOr baixo que nao permitir este dominio, no
decorrer da movimenta~o, emborcar, islo a, ficar de joelhos ou mesma em pe, nao
sera considerado passagem, e slm uma vantagem.
c) Joelho na barriga: Eo quando a atleta estiver por cima do lado e colocar a
joelho na barriga do adversario que asta p6r baixo, segurando 0 brac;o, a gola ou
mesmo a faixa, dominando-o e a outra perna semi-flexionada com 0 pe apoiado no
solo. 2 pontos Obs.. Se a atleta que estiver por baixo, nao permitir a coloca,ao do
joelho na barriga e S8 0 de cima tambsm nao estiver com 0 pe apoiado no solo, nao
sera considerado ponto, e sim uma vantagem.
d) Montada: E quando a aUeta estiver par cima e montar em seu adversario
com as joel has e pes no solo, podendo este estar de frente, de lado au ate mesma
de costas. A montada poden~estar por cima de urn dos bra\X>s do adversario, mas
nunca par cima dos dais brayos, neste case nao sera considerado montada. Podera
tambam ser considerado montada colocando um dos pas no solo e a outra perna
ajoelhada. 4 pontos. Obs.: Nao sera computado ponto, quando as joelhas e as pes
nao estiverem no solo, e sim sobre a perna do adversario. Caso a aUeta A der um
triimgulo na guarda no atleta B e cair montado no Triimgulo a considerado
raspagem e nao montada.
e) Pegada pelas Costas: Eo quando 0 atleta pega seu adversario pelas costas,
com as pes (calcanhares) apoiado por dentro das coxas do adversario, dominando
sem permitir sair da posi9aO. 4pontos. Obs.: A pegada pelas costas podera estar
por cima de um dos brac;os do adversario, mas nunca por cima dos dais brac;os,
neste caso nao sera considerado pegada pel as costas. Nao sera contado como
ponto, 58 os dois calcanhares nao estiverem pressionando a parte interna da coxa
do adversario.
f) Raspagem: Eo quando a alleta estiver par baixo, com a adversario dentro de
sua guarda (dentro das pernas) ou ate mesma meia guarda (prendendo uma das
pernas do adversario com suas pernas) e consiga ir para cima do adversario,
invertendo a posiyao, isto a, desequilibrando para 0 lado, para cima ou para tras. 2pontos.
Obs.. 1: Nao sera considerada raspagem todo 0 movirnento de inversao
(capotagem) sem que seja partindo (iniciado) de dentro da guarda au meia guarda
do atleta que esta por baixo.
Sao pontos que um alleta perde na 3° advert'!ncia de fuga; por impossibilitar
propositadamente a luta (amarrar a luta); por imobilizar alem de 30 segundos sem
procurar finalizar a luta.
Imobiliza,ao: caso de imobiliza,ao classica no sentido lateral, longitudinal
sem iniciativa de finalizacyao.
Assim que a Arbitro perceber que a imobiliza,ao foi consolidada e que a
aUeta nao esta procurando a finaliza~o e somente se limita a segurar 0 adversario,
n hrhitrn •...•..•rnj:l, •.••:::Ir6 :::I rf'lntAnAm rip. 30 seaundos. avisando simultaneamente ao
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Obs 2: Quando 0 aUeta e raspado e vira de costas para 0 que raspou n~o
consolidar a posic;ao, mas 0 que raspou consegue segura-Ie indo para cima e 59
mantendo nas costas mesmo sem os ganchos, caracteriza a raspagem, desde que
a adversario esteja com palo menes urn joelho no chao.Obs 3: Se 0 alleta partir da guarda para a posi~o em pe derrubando 0
adversario sera considerado raspagem, portanto 0 atleta devera estabilizar a
posi~o por cima para ganhar os 2 pontos.
2° - Pontos Negativos: (penalidades)
Sao pontos que um atleta perde na 3° advertencia de fuga; p6r impossibilitar
propositadamente a luta (amarrar a luta); p6r imobilizar alem de 30 segundos sem
procurar finalizar a luta.Imobiliza91io: caso de imobiliza~o classica no sentido lateral, longitudinal
sem iniciativa de finaliza~o.
Assim que 0 Arbitro perceber que a imobiliza91io foi consolidada e que 0
alleta nao esta procurando a finaliza91ioe somente se limita a segurar 0 adversario,
o Arbitro comevara a contagem de 30 segundos, avisando simultaneamente aD
atleta. Decorrido ests periodo, 0 Arbitro pune com uma vantagem para 0 adversario
e, permanecendo na posi~o, sera punido novamente com 2 pontcs para 0
adversario e a luta S8 reiniciara em pe, podendo sar desclassificado na terceira
advertencia.
v - VANTAGENS
E considerado vantagem quando 0 atleta nao conseguir conquistar as
posic;6esfundamentais da luta como: Raspagem, Queda, etc., e tambem, todas asiniciativas impostas ao seu adversario; tanto em pe como no chao:
Vantagem na queda:Quando existe um desequilibrio visivel no qual 0
adversario quase compieta a queda;
Vantagem no caso da guarda dentro das pernas:
a. 0 que esta par cima fara jus a esta vantagem se estiver em of ens iva,
tentando dominar a guarda de seu adversario (passar), para que 0 Arbitro considere
a vantagem 0 alleta que esta p~r cima tem que clhegar em posi<;6es de quase
passagem, obrigando 0 adversario a gastar grande energia para repor a posi~o.
Ex: (meia guarda, quase conseguir a imobilizac;ao, conseguir emborcar e manter a
posi91iopor 3 segundos, etc...).
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b. 0 que esta pOr baixo fara jus a esta vantagem, S8 quase conseguir
raspar, nao conseguindo consoli dar a raspagem, mas colocando 0 adversario em
posi<;iio de perigo, tambem quando conseguir encaixar um golpe que leve perigo de
finaliza~o ao adversario. Obs. Para que a tentativa de raspagem possa valer como
vantagem 0 atlela de baixo tera que abrir a perna tentando ir para arna do
adversario
Em case de placar empatado 0 arbitro deve considerar os seguintes criterios
para 0 desempate:
Quando urn dos aUatas demonstra tanto na luta em pe como na luta de
chao tentativa de gal pes, coloca~s iniciativas tecnicas, levando 0 oponente a uma
situa<;iio de defesa, entao cabera ao Arbitro, a decisao da luta a favor daquele atleta
que superou em vantagem seu adversario, a qual mostrou evidencia de dominic
durante 0 combate.
Vantagem, no caso da luta em pe, sera dada aquele atleta que
procurar com maior impela e virilidade e iniciativas de quedas ou de ataques de
finalizac;ao durante a luta em pe.
Vantagem no caso de luta no chao, sera dada aquele atieta que com
maior impelo, virilidade e tecnica procurar levar seu adversario a atitude de defesa.
ARTIGO 6' - RESTRI<;OES
Em todas as categorias 0 Arbitro Central podera interromper 0
combate quando perceber que um golpe esta perfeitamente encaixado e na certeza
que pod era expor 0 atleta a serios danos fisicos, interferindo parando a luta e dando
viloria a quem aplicou 0 golpe - que 0 fez tomar esta atitude.
A chave de cervical pelo risco que oferece, nao vale para nenhuma
categoria (desclassificayao imediata ), com exceyao para os estrangulamentos nas
categorias juvenil e adulto, e para as faixas marrom e preta somente a posi9llo
classica de Double-Nelson.
Allela menor de idade no caso Juvenil, s6 sera permito participar do
absoluto quando for acima do peso Medio.
Nao sera permitido usc de sapatilhas, protetores de orelhas nem
outros protetores que possam prejudicar 0 born andamento das lutas, bem como 0
uso de qualquer tipo de camisa por baixo do kimono.
No caso do triangulo encaixado se 0 atleta ficar de pe retirando 0
oponente do chao 0 arbitro devers se colocar de modo a proteger a col una cervical
do atleta que est;ver sofrendo 0 ataque, nas categorias de pre-mirim ate infanto-
juvenil.
De 04 a 12 anos:
Bate Estaca;
Chave de Biceps;
Mao de Vaca;
Triangulo Puxando a Cabel"';
Chave de p" (todas as formas);
Chave de joelho, Leg-Lock;
Cervical;
Mala Leao de frenle;
Ezequiel;
Chave de Panlurrilha;
Omoplala;
Gravata tecnica de frente;
Kanibasami (Iesoura);
Chave de calcanhar;
De 13 a 15 anos:
Bale Eslaca;
Chave de Biceps;
Mao de Vaca;
Triangulo Puxando a Cabel"';
Chave de p" (Iodas as formas);
Chave de joelho, Leg-Lock;
Cervical;
Mala Leao de frenle;
Ezequiel;
Chave de Panlurrilha;
Kanibasami (tesoura);
Chave de calcanhar.
De 16 a 17 anos:
Bate estaca;
• Leg lock;
Cervical;