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2018 Semana 30 03____ 0 7 set Este conteúdo pertence ao Descomplica. Está vedada a cópia ou a reprodução não autorizada previamente e por escrito. Todos os direitos reservados. Bixo SP

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2018 Semana 3003____ 0 7set

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Bixo SP

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io.

Bio.

Professor: Brenda Braga

Monitor: Carolina Matucci

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Exercícios: genética 03

set

EXERCÍCIOS

1. No heredograma ao lado, a menina II-1 tem uma doença determinada pela homozigose quanto a um

alelo mutante de gene localizado num autossomo.

A probabilidade de que seu irmão II-2, clinicamente normal, possua esse alelo mutante é

a) 0

b) 1/4

c) 1/3

d) 1/2

e) 2/3

2. Sabe-se que, em determinada raça de gatos, a pelagem preta uniforme é condicionada por um gene

dominante B e a pelagem branca uniforme, pelo seu alelo recessivo b. Do cruzamento de um casal de

gatos pretos, ambos heterozigotos, espera-se que nasçam:

a) 100% de gatos pretos.

b) 100% de gatos brancos.

c) 25% de gatos pretos, 50% de malhados e 25% de brancos.

d) 75% de gatos pretos e 25% de gatos brancos.

e) 100% de gatos malhados.

3. Mendel estabeleceu que os genes podem existir em formas alternativas e identificou dois alelos, um

dominante e outro recessivo. Entretanto, as pesquisas do início do século XX demonstraram que isso

era uma simplificação. Sobre as interações alélicas, é correto afirmar:

a) Um alelo é dito codominante se tiver o mesmo efeito fenotípico em heterozigotos e homozigotos,

isto é, os genótipos Aa e AA são fenotipicamente indistinguíveis.

b) A cor das flores em boca-de-leão é um exemplo de interação alélica, do tipo codominância, pois,

quando cruzamos variedades homozigotas brancas e vermelhas, elas produzem heterozigotos

rosas. O alelo para a cor vermelha (W) é considerado parcialmente dominante, em relação ao alelo

para cor branca (w).

c) Uma exceção ao princípio da dominância simples surge quando um heterozigoto apresenta

características encontradas em cada um dos homozigotos associados, sendo chamada de

dominância incompleta.

d) Um exemplo de interação alélica do tipo codominância é a herança dos grupos sanguíneos

(sistema ABO e sistema MN). Nos heterozigotos, os dois alelos contribuem igualmente para o

fenótipo.

e) Conforme identificou Mendel, os genes podem existir em apenas duas formas alélicas, conforme

identificou Mendel, um dominante e outro recessivo, sugerindo uma dicotomia funcional simples

entre os alelos.

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4. Suponha que uma nova espécie de Falcões foi encontrada. Foi observado que o cruzamento de Falcões

machos, com plumagem de traços amarelos, com fêmeas de plumagem azuis produz todos

descendentes verdes. Quando os indivíduos da F1 são cruzados entre si, produzem descendentes com

plumagem com traços amarelos, verdes e azuis na razão de 1:2:1, respectivamente.

a) Explique o resultado encontrado no cruzamento entre os indivíduos parentais.

b) Explique o resultado do cruzamento entre os indivíduos da F1.

c) Aplicando qualquer dos símbolos apropriados, indique os genótipos para cada fenótipo.

5. O que é fenótipo?

a) É o conjunto de características decorrentes da ação do ambiente.

b) Influi no genótipo, transmitindo a este as suas características.

c) É o conjunto de características decorrentes da ação do genótipo.

d) É o conjunto de características de um indivíduo.

e) É o conjunto de caracteres exteriores de um indivíduo.

6. Um menino de aproximadamente dois anos de idade sofreu uma queda em casa, e sua mãe lavou e

limpou o ferimento com H2O2. Posteriormente, ela procurou a farmácia em que comprara o produto

para reclamar porque, segundo

O atendente chamou o farmacêutico, que pediu que levassem a criança ao pediatra. No hospital, o

pediatra diagnosticou um atraso psicomotor na criança e chamou um colega geneticista clínico.

Alguns exames foram pedidos até que, finalmente, houve um diagnóstico confirmando a inexistência

de enzimas oxidases que deveriam estar presentes numa das muitas organelas citoplasmática. Os

médicos explicaram aos pais que a doença tem origem genética, é monogênica e tem herança

autossômica recessiva. O mal é grave, pois as enzimas ausentes protegeriam a criança da ação dos

radicais livres.

Sendo o mal de herança autossômica recessiva, pode-se concluir que

a) um dos pais é obrigatoriamente heterozigoto para o mal, enquanto o outro é homozigoto.

b) a probabilidade de o casal vir a ter uma menina portadora do mal é de 1/8 ou 12,5%.

c) os dados são insuficientes para determinar o genótipo dos pais.

d) obrigatoriamente um dos pais é portador do mal.

e) há 2/3 de probabilidade de a criança ser heterozigota.

7. Nas ervilhas as flores apresentam duas cores básicas, branca e rosa, como se observa na figura

seguinte.

Um pesquisador cruzou duas plantas de ervilhas com flores rosa entre si e obteve na descendência

plantas que produzem flores rosa e plantas que produzem flores rosas na proporção de 25% e 75%,

respectivamente.

Isso pode ser explicado porque

a) as plantas cruzadas são homozigotas e portam o gene para cor rosa.

b) a cor branca é dominante sobre a cor rosa, surgindo, portanto entre os descendentes.

c) o cruzamento foi realizado entre plantas heterozigotas.

d) todas as plantas rosa são portadoras do gene para plantas de flor branca.

e) uma das plantas cruzadas portava o gene para flor branca e a outra não portava.

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8. A cor negra dos pelos nos ratos é determinada por gene autossômico dominante e a cor branca por

seu alelo recessivo. Dois ratos negros, I e II, são cruzados com fêmeas brancas. O rato I teve todos os

descendentes negros e nenhum branco. Já o rato II teve alguns filhotes brancos e negros na mesma

proporção. Com base nestes resultados pode-se afirmar que, em relação a esse caráter,

a) ambas as fêmeas são heterozigoto.

b) ambos os ratos são heterozigoto.

c) ambos os ratos são homozigotos.

d) o rato I é homozigoto e o rato II heterozigoto.

e) o rato I é heterozigoto e o rato II homozigoto.

9. Um estudante, ao iniciar o curso de Genética, anotou o seguinte:

I. Cada caráter hereditário é determinado por um par de fatores e, como estes se separam na

formação dos gametas, cada gameta recebe apenas um fator do par.

II. Cada par de alelos presentes nas células diploides separa-se na meiose, de modo que cada célula

haploide só recebe um alelo do par.

III. Antes da divisão celular se iniciar, cada molécula de DNA se duplica e, na mitose, as duas

moléculas resultantes se separam, indo para células diferentes.

A primeira lei de Mendel está expressa em:

a) I, somente.

b) II, somente.

c) I e II, somente.

d) II e III, somente.

e) I, II e III.

10. É sabido que indivíduos homozigotos recessivos para alelos mutados do gene codificador da enzima

hexosaminidase desenvolvem uma doença conhecida como Tay-Sachs, e morrem antes do quarto ano

de vida. Nos indivíduos afetados, há mínima atividade da enzima hexosaminidase e, na sua ausência, o

lipídeo GM(2) gangliosídio aumenta anormalmente no corpo humano, afetando particularmente as

células nervosas do cérebro. Os indivíduos heterozigotos expressam 50% de atividade dessa enzima,

comparados aos indivíduos homozigotos para os alelos não mutados.

a) Qual é o mecanismo de herança dessa doença? Justifique.

b) Se uma mulher normal com relação à atividade da enzima hexosaminidase casa-se com um

homem que apresenta 50% da atividade dessa enzima, qual seria a probabilidade de o casal ter

um filho homem e que apresente a doença?

c) Considerando que os indivíduos homozigotos recessivos morrem nos primeiros anos de vida, não

chegando à idade reprodutiva, cite um fator evolutivo que explica a manutenção do alelo

mutado na população e justifique sua resposta.

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GABARITO

Exercícios

1. e

A anomalia é recessiva, uma vez que a mulher afetada (II-1) nasceu de pais normais que

obrigatoriamente são portadores do gene mutante.

Cruzamento dos pais (Aa x Aa) A

a

A AA

Aa

a Aa

aa

O homem II-2 é normal, portanto não existe a possibilidade de ele ser homozigoto recessivo (aa).

Há 3 genótipos possíveis para o homem normal, sendo 2 heterozigotos.

2. d

Preto uniforme: BB ou Bb; branca: bb

Cruzamento Bb x Bb B

B

B BB

Preto

Bb

preto

b Bb

preto

bb

branco

75% pretos : 25% brancos

3. d

Quando Aa e AA são fenotipicamente indistinguíveis, há dominância completa entre A e a, ou seja,

o a não se manifesta no heterozigoto.

Na codominância não há dominância parcial entre os genes, o heterozigoto tem caráter apresenta os

dois caracteres, como no caso do grupo sanguíneo AB.

Na polialelia o mesmo locus pode ser ocupado por 3 ou mais tipos de genes, fato não conhecido por

Mendel.

4.

a) Ausência de Dominância, pois o cruzamento entre indivíduos com plumagem com traço amarelo e

azul surge de um fenótipo intermediário em F1 (verde)

b) Em F2 ocorrem os três tipos de plumagem, com proporções genotípicas e fenotípicas idênticas,

típicas dos casos de ausência de dominância.

c) FAFA = Amarelo; FBFB = Azul; FAFB = Verde

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5. c

O fenótipo pode ser definido como as características expressas em decorrência da ação de um gene. O

fenótipo pode sofrer alterações pela ação do meio.

6. b

Anomalia = aa; Normal = AA ou Aa

A criança com anomalia nasceu de pais normais, portanto ambos são portadores do gene recessivo.

Pais: Aa x Aa

Criança afetada: aa

Cruzamento dos pais A

a

A AA

Aa

a Aa

aa

Probabilidade de nascer aa = 1/4

Probabilidade de nascer menina = 1/2

1/4 x 1/2 = 1/8 ou 12,5%

7. c

O cruzamento indica que flores rosa é dominante sobre flor branca, já que surgiram descendentes com

essa cor. As plantas cruzadas são heterozigotas, ambas são portadoras do gene para flor branca, que

pode ser observado no cruzamento seguinte.

Proporção esperada nos descendentes é de 25% de plantas de flores brancas e 75% de plantas com

flores rosas, que foi obtida no cruzamento.

8. d

Macho Negro I x fêmea branca

BB bb

Descendentes: 100% negros Bb

-----------------------------------------------------------

Macho negro II x fêmea branca

Bb bb

Descendentes: negros Bb

Brancos bb

9. c

I. Correto, trata-se de herança mendeliana simples determinada por 1 par de genes alelos.

II. Correto, a frase relaciona-se à frase anterior e explica que na meiose os par de genes alelos se

separam e cada gameta recebe apenas um deles.

III. Incorreto, a primeira lei de Mendel trata da hereditariedade e da formação de gametas que

envolvem a MEIOSE.

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10.

a) Mecanismo de dominância incompleta, pois os indivíduos heretozigotos apresentam nível

intermediário da atividade da enzima com relação a ambos homozigotos.

b) Nenhuma ou zero

c) Mutação que é a única fonte de variabilidade genética, portanto, permite o surgimento de alelos

d) mutados independente do seu valor adaptativo.

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Fís.

Professor: Silvio Sartorelli

Monitor: Arthur Vieira

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ís.

Exercícios de força magnética 06

set

RESUMO

Força magnética sobre uma partícula eletrizada lançada num campo magnético uniforme

Como já vimos, portadores de carga elétrica em movimento geram campo magnético. Se o movimento da

partícula ocorre num campo magnético uniforme, teremos a interação desses campos se manifestando

através de uma força magnética.

Essa força magnética (Força de Lorentz) é calculada por:

𝐹𝑚⃗⃗ ⃗⃗ = 𝑞. (𝑣 × �⃗� )

× produto vetorial. Não é uma multiplicação!

Módulo → Fm = |q|.v.B.sen𝜃

Direção → Perpendicular ao plano determinado pelos vetores �⃗� e 𝑣 .

Sentido →

Regra da mão direita

A força magnética será perpendicular ao plano da palma da mão. Seu sentido será o mesmo do produto

vetorial (𝑣 × �⃗� ) caso a carga tenha sinal positivo (q > 0). No caso da carga elétrica ser negativa (q > 0) terá

sentido contrário ao do produto vetorial.

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Obs.: O sentido da força magnética pode também ser determinado pela regra da mão esquerda. Veja a figura

abaixo. O dedo polegar fornece o sentido da força magnética considerando q > 0. Para q < 0, o sentido da

força magnética é oposto.

Unidades no S.I.

Força (Fm) Carga elétrica (q) Velocidade (v) Campo magnético (B)

Newton (N) Coulomb (C) m/s Tesla (T)

Análise do movimento de uma partícula eletrizada lançada num campo magnético uniforme

1) Partícula eletrizada com carga q>0 lançada paralelamente às linhas de indução magnética do campo (V//B).

Sendo: Fm = |q|.v.B.sen𝜃 e 𝜃 = 0° ou 𝜃 = 180°, em ambos os casos sen𝜃 = 0.

Sendo assim: Fm = 0, temos então, um movimento retilíneo uniforme (MRU).

𝑣 //�⃗� → Fm = 0

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2) Partícula eletrizada com carga q>0 lançada perpendicularmente às linhas de indução magnética do campo

(V_|_B).

Sendo Fm = q.v.B.sen𝜃 e 𝜃=90°, temos sen90°=1.

Sendo assim: Fm = q.v.B

Atenção!

Sendo 𝐹𝑚⃗⃗ ⃗⃗ perpendicular à 𝑣 ao longo de todo o movimento, esta força tem sua atuação como resultante

centrípeta, não variando o módulo da velocidade, mas somente sua direção, obrigando a partícula eletrizada

à realizar um movimento circular uniforme (MCU).

𝐹𝑚⃗⃗ ⃗⃗ = �⃗� centrípeta

𝑣 _|_�⃗� → MCU

Obs.: Cálculo do raio R da trajetória:

𝐹𝑚 = 𝑅𝑐𝑝 → |𝑞|𝑣𝐵 = 𝑚𝑣2

𝑅→ 𝑅 =

𝑚𝑣

𝑞𝐵

Obs.: Cálculo do período T do movimento:

𝑣 = 𝜔𝑅 → 𝑣 =2𝜋

𝑇𝑅 → 𝑣𝑇 = 2𝜋

𝑚𝑣

𝑞𝐵→ 𝑇 =

2𝜋𝑚

|𝑞|𝐵

Obs.: Cálculo da frequência f do movimento:

𝑓 =1

𝑇→ 𝑓 =

|𝑞|𝐵

2𝜋𝑚

Obs.: Período e frequência não dependem da velocidade de lançamento.

Obs.: Fm _|_ v → a Fm não realiza trabalho.

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3) Partícula eletrizada com carga q>0 lançada obliquamente às linhas de indução magnética do campo.

Neste caso, decompomos a velocidade de lançamento v nas componentes: v1 (paralela a B) e v2

(perpendicular a B). Devido a v1 a partícula descreve um MRU e devido a v2, um MCU. A composição de um

MRU com um MCU resulta em um movimento uniforme com trajetória helicoidal.

Força magnética sobre condutores retilíneos percorridos por corrente elétrica imersos num

campo magnético uniforme

Um condutor de comprimento L, percorrido pela corrente i, está imerso em um campo de indução magnética

�⃗� uniforme. O ângulo entre �⃗� e o fio é 𝜃.

Vamos considerar Q a carga total livre que se movimenta no condutor. Sendo assim:

𝐹𝑚 = 𝑄. 𝑣. 𝐵. 𝑠𝑒𝑛𝜃

Sabemos que:

𝑣 =∆𝑠

∆𝑡→ 𝑣 =

𝐿

∆𝑡

E que:

𝑖 =𝑄

∆𝑡→ 𝑄 = 𝑖. ∆𝑡

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Podemos então concluir que:

𝐹𝑚 = 𝑖. ∆𝑡.𝐿

∆𝑡. 𝐵. 𝑠𝑒𝑛𝜃 → 𝐹𝑚 = 𝐵. 𝑖. 𝐿. 𝑠𝑒𝑛𝜃

A direção da 𝐹𝑚⃗⃗ ⃗⃗ é perpendicular ao plano e o sentido é dado pela regra da mão direita (ou regra da mão

esquerda).

Força magnética entre condutores retilíneos paralelos

Correntes elétricas no mesmo sentido: condutores se REPELEM

Correntes elétricas em sentidos opostos: condutores se ATRAEM

Intensidade da força magnética entre os condutores:

𝐹𝑚 = 𝐵1 . 𝑖2. 𝐿 𝑜𝑢 𝐹𝑚 = 𝐵2 . 𝑖1. 𝐿

𝑐𝑜𝑚 𝐵1 =𝜇0𝑖12𝜋𝑟

𝑒 𝐵2 =𝜇0𝑖22𝜋𝑟

Assim, vem:

𝐹𝑚 =𝜇0𝑖1𝑖22𝜋𝑟

𝐿

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F

ís.

EXERCÍCIOS

1. A figura a seguir descreve uma região do espaço que contém um vetor campo elétrico Er

e um vetor

campo magnético B.r

Mediante um ajuste, percebe-se que, quando os campos elétricos e magnéticos assumem valores de

31,0 10 N C e 22,0 10 T,− respectivamente, um íon positivo, de massa desprezível, atravessa os

campos em linha reta. A velocidade desse íon, em m s, foi de

a) 45,0 10

b) 51,0 10

c) 32,0 10

d) 33,0 10

e) 41,0 10

2. Duas placas longas, planas e eletrizadas com sinais opostos e de mesmo módulo, dispostas

paralelamente e distanciadas de 20 cm uma da outra, apresentam entre si diferença de potencial

200 V. Uma carga elétrica q, de sinal negativo e peso desprezível, é mantida em movimento entre as

placas, paralelamente a elas e com velocidade v igual a 100 m s, como mostra a figura.

a) Represente na figura abaixo os vetores campo elétrico e força elétrica atuantes na carga, enquanto

ela estiver na região central entre as duas placas.

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b) Considere desprezíveis os efeitos de bordas das placas eletrizadas e que a intensidade da força

magnética atuante na carga q seja dada por magF Bqvsen ,= em que B é a intensidade do

campo magnético e é o ângulo formado entre as linhas do campo magnético com a direção de

v. Determine o módulo, em tesla, e o sentido do vetor campo magnético Bur

que deve ser aplicado

na região central entre as placas e perpendicularmente ao plano da figura, para manter a

velocidade da carga constante em módulo e direção.

3. Uma partícula dotada de massa e eletrizada negativamente é lançada, com velocidade inicial 0V , para

o interior de uma região A onde impera um campo elétrico uniforme. A partícula segue a trajetória

retilínea paralela ao plano da folha, mostrada na figura. Logo após atravessar a região A, a partícula

ingressa na região B, com velocidade ov v , onde há um campo magnético uniforme, orientado

perpendicularmente ao plano da folha, apontando para fora dela.

É correto afirmar que a orientação do campo elétrico em A é paralela ao plano da folha no

a) mesmo sentido de 0v ; em B, a partícula segue a trajetória circular I de raio R.

b) sentido oposto ao de 0v ; em B, a partícula segue a trajetória circular I de raio R.

c) sentido oposto ao de 0v ; em B, a partícula segue a trajetória circular IV de raio R.

d) sentido oposto ao de 0v ; em B, a partícula segue a trajetória parabólica II.

e) mesmo sentido de 0v ; em B, a partícula segue a trajetória parabólica III.

4. Uma massa m de carga q gira em órbita circular de raio R e período T no plano equatorial de um

ímã. Nesse plano, a uma distância r do ímã, a intensidade do campo magnético é 3B(r) r ,μ= em que

μ é uma constante. Se fosse de 4R o raio dessa órbita, o período seria de

a) T 2.

b) 2T. c) 8T. d) 32T. e) 64T.

5. Uma mesma espira retangular, de massa desprezível, foi parcialmente imersa em um mesmo campo

magnético constante e uniforme Bur

de duas maneiras distintas. Na primeira, a espira é mantida em

equilíbrio sob ação apenas da força vertical 1Fr

e da força magnética gerada pela circulação de uma

corrente elétrica contínua pela espira, conforme figura 1.

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Na segunda, a espira é mantida em equilíbrio sob ação apenas da força vertical 2Fr

e da força magnética

gerada pela circulação de uma corrente elétrica contínua pela espira, conforme figura 2.

Sabendo que nas duas situações a intensidade da corrente elétrica que circula pela espira é a mesma,

que a intensidade de 1Fr

é 10 N e considerando as informações contidas nas figuras, é correto afirmar

que a intensidade de 2Fr

é igual a

a) 50 N.

b) 10 N.

c) 75 N.

d) 20 N.

e) 25 N.

6. Espectrometria de massas é uma técnica instrumental que envolve o estudo, na fase gasosa, de

moléculas ionizadas, com diversos objetivos, dentre os quais a determinação da massa dessas

moléculas. O espectrômetro de massas é o instrumento utilizado na aplicação dessa técnica. www.em.iqm.unicamp.br. Adaptado.

A figura representa a trajetória semicircular de uma molécula de massa m ionizada com carga +q e

velocidade escalar V, quando penetra numa região R de um espectrômetro de massa.

Nessa região atua um campo magnético uniforme perpendicular ao plano da figura, com sentido para

fora dela, representado pelo símbolo. A molécula atinge uma placa fotográfica, onde deixa uma marca

situada a uma distância x do ponto de entrada.

Considerando as informações do enunciado e da figura, é correto afirmar que a massa da molécula é

igual a

a) q V B x

2

b) 2 q B

V x

c) q B

2 V x

d) q x

2 B V

e) q B x

2 V

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7. Um feixe é formado por íons de massa m1 e íons de massa m2, com cargas elétricas q1 e q2,

respectivamente, de mesmo módulo e de sinais opostos. O feixe penetra com velocidade V,ur

por uma

fenda F, em uma região onde atua um campo magnético uniforme B,ur

cujas linhas de campo emergem

na vertical perpendicularmente ao plano que contém a figura e com sentido para fora. Depois de

atravessarem a região por trajetórias tracejadas circulares de raios R1 e 2 1R 2 R ,= desviados pelas

forças magnéticas que atuam sobre eles, os íons de massa m1 atingem a chapa fotográfica C1 e os de

massa m2 a chapa C2.

Considere que a intensidade da força magnética que atua sobre uma partícula de carga q, movendo-

se com velocidade v, perpendicularmente a um campo magnético uniforme de módulo B, é dada por

MAGF q v B.=

Indique e justifique sobre qual chapa, C1 ou C2, incidiram os íons de carga positiva e os de carga

negativa.

Calcule a relação 1

2

m

m entre as massas desses íons.

8. Parte de uma espira condutora está imersa em um campo magnético constante e uniforme,

perpendicular ao plano que a contém. Uma das extremidades de uma mola de constante elástica

k 2,5 N / m= está presa a um apoio externo isolado e a outra a um lado dessa espira, que mede 10 cm

de comprimento.

Inicialmente não há corrente na espira e a mola não está distendida nem comprimida. Quando uma

corrente elétrica de intensidade i = 0,50 A percorre a espira, no sentido horário, ela se move e desloca

de 1,0 cm a extremidade móvel da mola para a direita. Determine o módulo e o sentido do campo

magnético.

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9. Um fio AC, de 20cm de comprimento, está posicionado na horizontal, em repouso, suspenso por uma

mola isolante de constante elástica k, imerso num campo magnético uniforme horizontal B 0,5T,=

conforme mostra a figura.

Sabendo-se que a massa do fio é m 10g= e que a constante da mola é k 5N m,= a deformação sofrida

pela mola, quando uma corrente i 2A= passar pelo fio, será de:

a) 3 mm. b) 4 mm. c) 5 mm. d) 10 mm. e) 20 mm.

10. O esquema a seguir representa, ainda que resumidamente, o funcionamento do disco rígido de um

computador, utilizado para armazenamento de dados. O conjunto é constituído por um braço

giratório, sendo que, em uma de suas extremidades, há um cabeçote de leitura e gravação, que fica

sobre o disco de armazenamento de dados. Na outra extremidade desse braço, há fios enrolados em

formato de espira, que se encontram sobre um ímã. Dependendo da direção que a corrente assume

na espira, esse braço pode girar em torno de um eixo em sentido horário ou anti-horário, posicionando

o cabeçote sobre o disco de armazenamento de dados no local desejado.

Com base nas informações, responda:

a) Se a corrente que percorre a espira tiver a direção indicada no esquema, o braço giratório se

moverá em sentido horário ou anti-horário? Justifique sua resposta.

b) Sem alterar os componentes e a estrutura do disco rígido indicados na figura, qual medida pode

ser tomada para que o braço giratório gire mais rapidamente em torno de seu eixo?

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GABARITO

Exercícios

1. a

A partícula ultrapassa a região de campo elétrico e magnético sem sofrer desvios porque suas forças

derivadas, quando somadas vetorialmente, se anulam. Assim, temos que a força elétrica é igual a força

magnética:

e mF F E q= B v q= 3

sen 90 1 4

2

E 1 10sen 90 v v 5 10 m s

B 2 10

=

⎯⎯⎯⎯⎯→ = = =

2.

a) Representações dos vetores campo elétrico Er

e força elétrica eF :r

b) Como a velocidade da partícula é constante, temos um equilíbrio dinâmico e a resultante das forças

é nula. Portanto, em módulo, as forças elétrica e magnética são iguais:

mag eV 200 V

F F q B vsen q E B B B 10 Td vsen 0,2 m 100 m / s sen 90

θθ

= = = = =

r r

Usando a regra da mão direita, determinamos a direção e sentido do campo magnético B,r

que aponta

perpendicular ao plano da folha entrando nela, representada abaixo:

3. b

Como a velocidade na região de campo elétrico uniforme aumenta então a carga negativa está

acelerando no sentido da placa positiva, portanto o sentido deste campo elétrico é oposto ao de 0v .

Já na região B, como o campo magnético é perpendicular ao movimento da carga, teremos um

movimento circular uniforme, impossibilitando as trajetórias II e III por se tratar de trajetórias parabólicas.

O sentido da trajetória é obtido com a regra da mão direita, em que fica claro que a curva é realizada

para o mesmo sentido da força magnética, ou seja, para a esquerda da carga, identificando-se como

correta a trajetória I. Alternativa [B].

Page 21: À â).+ 9§é · (sistema ABO e sistema MN). Nos heterozigotos, os dois alelos contribuem igualmente para o fenótipo. e) Conforme identificou Mendel, os genes podem existir em

F

ís.

4. e

Neste caso, a força magnética é a resultante centrípeta. Sendo assim:

mag cp

2

3

3

F F

mvBqv

R

m 2 Rq

R TR

2 mT R

q

μ π

π

μ

=

=

=

=

Se quadruplicássemos o raio, teríamos:

( )3 32 m 2 m

T' 4R 64 Rq q

T' 64T

π π

μ μ= =

=

5. e

A figura a seguir ilustra as regras práticas (mão direita e mão esquerda) para relacionar o campo

magnético (B),r

a corrente elétrica (i) e a força magnética (F).r

De acordo com o enunciado, a espira está em equilíbrio nos dois casos. Na direção horizontal, as próprias

forças magnéticas m(Fr

e mF )−r

equilibram-se. Na direção vertical, a forças magnéticas m1(F e m2F )

devem ter sentido para baixo para equilibrar as forças externas 1Fr

e 2F .r

Aplicando as regras práticas

ilustradas acima, conclui-se que a corrente elétrica tem sentido horário nas duas situações.

A figura seguinte mostra o sentido da corrente elétrica, bem como as forças magnéticas horizontais, m(Fr

e mF )−r

e as verticais m1(Fr

e m2F ).r

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F

ís.

Sendo 1L 10 cm= e 2L 25 cm,= equacionando os equilíbrios, têm-se:

1 m1 1 1 1 12

2 m2 2 2 2 2 2

F F F B i L F L 10 10F 25 N.

F F F B i L F L F 25

= = = = =

= =

6. e

A força magnética exerce a função de resultante centrípeta, sendo o raio da trajetória, r = x/2.

2

cent magm V q B r q B x

R F q V B m mr V 2 V

= = = =

7. Pela regra da mão esquerda, íons de carga positiva sofrem, inicialmente, forma magnética para a direita,

atingindo a placa C1; os íons de carga negativa sofrem, inicialmente, força magnética para a esquerda,

atingindo a placa C2.

A força magnética age como resultante centrípeta:

2

MAG cent

11

1 1 1 1 1

2 2 2 1 22

2

1

2

m v m vF F |q| v B R .

R | q | B

m vR

| q | B R m R m

m v R m 2 R mR

| q | B

m 1.

m 2

= = =

=

= =

=

=

8. Se a mola sofre distensão, a força magnética tem sentido para a direita. Aplicando a regra da mão direita,

conclui-se que o vetor indução magnética é perpendicular ao plano da página, dela saindo, como indica

a figura.

Na posição de equilíbrio a forma magnética tem a mesma intensidade da força elástica.

Inte

rbits®

iFmag

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F

ís.

Dados: –2 –1i 0,5 A; x 1 cm 10 m; k 2,5 N / m; L 10 cm 10 m.= = = = = =

21

mag elast 1

k x 2,5 10F F B i L k x B 5 10

i L 0,5 10

B 0,5 T.

−−

= = = = =

=

9. e

2 2Dados : B 0,5 T; i 2 A; L 20 cm 0,2 m; m 10 g 10 kg; g 10 m/s .−= = = = = = =

O peso é vertical e para baixo. A força magnética, de acordo com a regra prática da mão direita, é vertical

e para cima. Calculando as respectivas intensidades:

2 1

MagMag

P m g 10 10 10 0,1 N. F P.

F B iL 0,5 2 0,2 0,2 N.

− − = = = =

= = =

Como a força magnética é mais intensa que o peso, a mola está comprimida. Então, para haver equilíbrio,

a força elástica é para baixo, como indicado na figura.

el Mag el Mag Mag0,2 0,1

F P F F F P k x F P x 0,02 m 5

x 20 mm.

−+ = = − = − = =

=

10.

a) Usando a regra da mão esquerda, determinamos que a força magnética está orientada para direita,

pelo qual o sistema gira no sentido horário. Para melhor compreensão, observe as fotos logo abaixo.

b) Lembrando que: F i L B senθ= e, considerando que não podem ser alterados os componentes e a

estrutura do disco rígido, logo, deve-se aumentar a corrente que passa pela espira para que a força

seja maior, fazendo o braço girar mais rapidamente.

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1

Ge

o.

Geo.

Professor: Ricardo Marcílio

Monitor: Bruna Cianni

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2

G

eo

.

Movimentos da Terra 03

set

RESUMO

Movimentos da Terra

Rotação da Terra: movimento em torno do seu próprio eixo, dura aproximadamente 24 horas para se

completar.

Translação da Terra: movimento em torno do Sol, dura aproximadamente 365 dias e 5,59 horas.

Solstício e Equinócio

O eixo de rotação da Terra (movimento da Terra em torno dela mesma) possui uma posição fixa que está

ligeiramente inclinada em 23,5º em relação ao eixo de translação da Terra (movimento da Terra em torno do

Sol).

Isto faz com que em determinada época do ano, a luz solar incida com maior intensidade sobre o hemisfério

norte e, na outra parte do ano, incida com maior intensidade sobre o hemisfério sul, caracterizando o

chamado solstício. Da mesma forma, ocorre que em determinada época, a luz solar incide de maneira igual

sobre os dois hemisférios, caracterizando o equinócio.

Podemos dizer que é solstício de verão no hemisfério sul quando a luz solar incide com maior intensidade

sobre este hemisfério e, ao mesmo tempo, que é solstício de inverno no hemisfério norte, por causa da menor

incidência de luz solar neste hemisfério.

Desta forma, podemos dizer que o equinócio é um estágio intermediário entre o solstício de verão e o de

inverno em determinado hemisfério. Ou seja, o equinócio ocorre quando a incidência maior de luz solar se

dá exatamente sobre a linha do Equador.

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3

G

eo

.

O solstício e o equinócio ocorrem duas vezes por ano, geralmente nos dias 20, 21 ou 22 de junho e dezembro,

no caso do solstício, e nos dias 22 ou 23 de setembro e 20 ou 21 de março para o equinócio.

Fuso horário

O Meridiano de Greenwich é o meridiano principal, uma vez que esse é o ponto inicial ou referencial para a

implantação dos fusos. A partir então do Meridiano de Greenwich, no sentido leste, a cada fuso adianta-se

uma hora, e no sentido oeste, atrasa-se uma hora. Por exemplo: Quando em Los Angeles nos EUA for 14

horas, em Bagdá no Iraque (cidade localizada a onze fusos de diferença) será 1 hora.

EXERCÍCIOS

1. astronômico em que o Sol cruza a linha do Equador. A expectativa do meteorologista da empresa

Climatempo, Alexandre Nascimento, para a nova estação, é de comportamento climático normal,

Adaptado de O Estado de São Paulo 22.09.2004

A partir do momento da ocorrência do equinócio:

a) as noites ficam cada vez mais curtas e os dias mais longos.

b) as noites e os dias passam a ter a mesma duração.

c) os dias ficam cada vez mais curtos e as noites mais longas.

d) as médias térmicas tendem a diminuir, pois é evidenciada uma maior inclinação dos raios solares.

e) as médias térmicas tendem a aumentar, pois os raios solares incidem perpendicularmente quando

se dirigem em direção ao Trópico de Câncer.

2. s

casas, darmos orientações adequadas aos dormitórios, de forma a garantir o máximo conforto térmico

e salubridade. Assim, confrontando casas construídas em Lisboa (ao norte do Trópico de Câncer) e em

Curitiba (ao sul do Trópico de Capricórnio), para garantir a necessária luz do sol, as janelas dos quartos

não devem estar voltadas, respectivamente, para os pontos cardeais:

a) norte/sul.

b) sul/norte.

c) leste/oeste.

d) oeste/leste.

e) oeste/oeste

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4

G

eo

.

3. O sistema de fusos horários foi proposto na Conferência Internacional do Meridiano, realizada em

Washington, em 1884. Cada fuso corresponde a uma faixa de 15º entre dois meridianos. O meridiano

de Greenwich foi escolhido para ser a linha mediana do fuso zero. Passando-se um meridiano pela linha

mediana de cada fuso, enumeram-se 12 fusos para leste e 12 fusos para oeste do fuso zero, obtendo-

se, assim, os 24 fusos e o sistema de zonas de horas. Para cada fuso a leste do fuso zero, soma-se 1

hora, e, para cada fuso a oeste do fuso zero, subtrai-se 1 hora. A partir da Lei n.° 11.662/2008, o Brasil,

que fica a oeste de Greenwich e tinha quatro fusos, passa a ter somente 3 fusos horários.

Em relação ao fuso zero, o Brasil abrange os fusos 2, 3 e 4. Por exemplo, Fernando de Noronha está no

fuso 2, o estado do Amapá está no fuso 3 e o Acre, no fuso 4. A cidade de Pequim, que sediou os XXIX

Jogos Olímpicos de Verão, fica a leste de Greenwich, no fuso.

Considerando-se que a cerimônia de abertura dos jogos tenha ocorrido às 20 h 8 min, no horário de

Pequim, do dia 8 de agosto de 2008, a que horas os brasileiros que moram no estado do Amapá devem

ter ligado seus televisores para assistir ao início da cerimônia de abertura?

a) 9 h 8 min, do dia 8 de agosto.

b) 12 h 8 min, do dia 8 de agosto.

c) 15 h 8 min, do dia 8 de agosto.

d) 1 h 8 min, do dia 9 de agosto.

e) 4 h 8 min, do dia 9 de agosto.

4. -se, respectivamente, a 90° e

45°. Numa quarta- horas de viagem.

a) 18h30min da quarta-feira.

b) 19h30min da quarta-feira.

c) 22h30min da quarta-feira.

d) 00h30min da quinta-feira.

e) 02h30min da quinta-feira.

5. Observe o mapa a seguir e responda à questão adiante.

Desconsiderando horários de verão locais, as coordenadas geográficas do mapa permitem, também,

deduzir que uma competição esportiva que ocorra em Sydney, às 16 horas, seja assistida pela TV, ao

vivo, em Nova York à(s):

a) 7 horas.

b) 8 horas.

c) 2 horas.

d) 1 hora.

e) meia-noite.

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5

G

eo

.

6. Um projeto, já aprovado pelo Senado, reduz o número de fusos horários, adotados no Brasil, de quatro

para três. Cogitou-se, inclusive, a adoção de um fuso único. Considerando-se as razões que justificam

a existência desses fusos, bem como as implicações de possíveis modificações a serem feitas neles, é

INCORRETO afirmar que:

a) a adoção de fusos horários foi decidida por convenção internacional, com o objetivo de disciplinar

o cumprimento de contratos financeiros e de trocas na economia-mundo.

b) a extensão do território brasileiro, no sentido latitudinal, e as fortes variações sazonais da radiação

solar forçam a adoção de fusos horários diferentes no País.

c) a proposta de adoção de um fuso único esbarra em questões ligadas à prática de atividades

econômicas, ao consumo de energia e ao relógio biológico de parte da população.

d) o emprego de maior número de fusos, no mesmo território nacional, implica inconvenientes ao

funcionamento dos sistemas financeiro, administrativo e de comunicações do país.

7. A imagem abaixo mostra um local por onde passa o Trópico de Capricórnio. Sobre o Trópico de

Capricórnio podemos afirmar que:

a) É a linha imaginária ao sul do Equador, onde os raios solares incidem sobre a superfície de forma

perpendicular, o que ocorre em um único dia no ano.

b) Os raios solares incidem perpendicularmente nesta linha imaginária durante o solstício de inverno,

o que ocorre duas vezes por ano.

c) Durante o equinócio, os raios solares atingem de forma perpendicular a superfície no Trópico de

Capricórnio, marcando o início do verão.

d) No início do verão (21 ou 22 de dezembro), as noites têm a mesma duração que os dias no Trópico

de Capricórnio.

8.

Planisférios e globos terrestres são representações da Terra que permitem conhecê-la em sua

totalidade, indicando o domínio da espécie humana sobre o mundo.

Com base no globo terrestre, no planisfério e nos conhecimentos cartográficos, considere as

afirmativas a seguir.

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6

G

eo

.

I. Pela rede de coordenadas geográficas, com a identificação de pontos onde se cruzam paralelos

e meridianos, é possível localizar qualquer ponto na superfície terrestre.

II. A medida angular de longitude varia de 0°, em Greenwich, a 180°, em posição oposta, o

antimeridiano, onde se localiza a Linha Internacional de Mudança de Data (LIMD).

III. O Equador é o paralelo principal, traçado a igual distância dos polos, que divide a Terra

horizontalmente em dois hemisférios: o Setentrional ou Boreal e o Meridional ou Austral.

IV. A representação da Terra, tanto pelo globo quanto pelo planisfério, permite visualizar toda a

superfície terrestre de uma só vez, com a distribuição uniforme de superfícies continentais e

oceânicas.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas I e IV são corretas.

b) Somente as afirmativas II e III são corretas.

c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.

d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.

e) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas.

9. Entre todos os movimentos realizados pela Terra, a rotação e a translação são consideradas como os

dois mais importantes, pois são os que exercem maior influência no cotidiano das sociedades. As

consequências principais da rotação e da translação da Terra são, respectivamente,

a) a intercalação das atividades solares e a variação cíclica dos climas

b) a ocorrência das estações do ano e a sucessão dos dias e noites

c) a sucessão dos dias e noites e a ocorrência das estações do ano

d) a existência dos solstícios e equinócios e a duração do ano em 365 dias.

e) a duração dos ciclos solares e a diferenciação entre climas frios e quentes.

10. O deslocamento do periélio é registrado como um dos movimentos da Terra, mas não é tão lembrado

por dois motivos: não exerce uma influência tão grande sobre a vida no planeta e também por

apresentar um ciclo muito longo, que totaliza os 21 mil anos. Mas, afinal, o que é o periélio?

a) é a forma com que a Terra se desloca em torno do seu próprio eixo.

b) é o movimento aparente da Terra ao longo do universo.

c) é o eixo da translação terrestre.

d) é a distância mínima da órbita terrestre em relação ao sol.

e) é a distância máxima da órbita terrestre em relação ao sol.

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7

G

eo

.

GABARITO

Exercícios

1. a.

O equinócio de primavera quer dizer que o tempo de iluminação do dia fica de 12 horas, de modo que o

dia e a noite tenham a mesma duração. Por isso o dia fica mais longo e a noite fica mais curta. No

equinócio de outono a noite passa a ser mais longa.

2. a.

A movimentação desigual do sol em relação a terra, pela inclinação do eixo de rotação e pelos

movimentos de translação, resulta no sol ficando a pino em lugares diferentes. Isso causa também as

estações do ano. O tropico de câncer e de capricórnio são limites cartográficos que também

representam a posição do sol ao longo do ano, ficando exatamente em cima deles apenas uma vez ao

ano. Se a casa está sobre um trópico, o ideal é que as janelas estejam voltadas para o outro trópico.

Assim, essa casa só não receberia sol uma vez no ano, quando estivesse no ângulo reto desse trópico.

3. a.

O Amapá fica a -3 no fuso horário. Pequim fica pro lado direito, oposto, em +8. A soma fica 11 horas que

deve ser subtraído das 20 horas e 08 minutos.

4. c.

Para resolver a questão, é preciso ter em mente que 15º equivalem a 1 hora. As cidades possuem uma

diferença de 45º, o que significa 3 horas. Se contamos sentido leste, aumenta as horas e sentido oeste

diminui uma hora. Se na cidade A eram 14:30h, na B seriam 17:30. Somado o tempo de viagem real então

achamos a resposta.

5. d.

Para acertar a questão, basta conta de leste para oeste, diminuindo uma hora por fuso, do ponto

assinalado Sydney até Nova York.

6. b.

Os fusos horários diferentes no Brasil são por conta de sua extensão territorial, afim de equilibrar as

medidas de tempo universais.

7. a.

O sol fica a pino nos trópicos uma vez por ano. O trópico de capricórnio fica no sul enquanto o de câncer

fica ao norte da linha do equador.

8. d.

A cartografia sofre desafios para representar um globo tridimensional numa carta bidimensional ou num

globo pois sempre há distorções, não sendo possível visualizar toda a superfície de uma vez só.

9. c.

A rotação tem como consequência a sucessão dos dias e noites, já que a terra gira em seu próprio eixo,

e a translação é responsável pelas estações do ano enquanto a terra gira em torno do sol.

10. d.

O movimento de translação é elíptico e não circular. Existem momentos no ano então que a terra está

mais afastada do sol, esse momento é chamado de afélio. Periélio é o oposto, quando está mais próximo

do sol no movimento da elipse.

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H

is.

His.

Professor: Rogério Athayde

Monitor: Octavio Correa.

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H

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Mundo Afro-Asiático 06

set

RESUMO

Anos de dominação europeia jogaram a África, Ásia e Américas em seu subdesenvolvimento atual, aliás,

diversos estudos sugerem que a Europa se desenvolveu depois da idade média por suas empreitadas coloniais

nos outros continentes, iniciadas no fim do século XV que geraram muitos lucros para os países

colonizadores. Desse modo veremos agora o fim da parte africana e asiática dessa história.

A Queda da Superioridade

A participação de soldados das colônias europeias e suas vitórias no campo de batalha contestavam a superioridade

branca.

Antes de apresentarmos os quadros teóricos e os motivos que fizeram a emancipação asiática e africana

temos que nos concentrar em desconstruir conceitos que até o fim da segunda guerra dominavam os debates

filosóficos e científicos do mundo acadêmico. Mesmo nos centros de conhecimentos não europeus

podemos notar que o pensamento era sempre margeado de racismo e xenofobia, deixando muitas dúvidas

e alertas para o uso do conteúdo produzido nessa época.

No entanto o desenrolar dos fatos da segunda guerra ajudaram a desmontar essa imagem de superioridade

dos brancos, mesmo em terras americanas, o conflito e a participação de africanos e asiáticos (como nações

no caso dos japoneses e como tropas vinculadas às potências coloniais) fez com que essas teorias de

superioridade racial fossem pouco a pouco postas de lado, além disso o acontecimento do holocausto

relativizou a superioridade dos homens brancos.

Essa grande evolução no pensamento humano foi um dos motivos principais para as lutas de emancipação,

pois, se a hegemonia e superioridade branca são quebradas, o caminho para a organização das lutas fica livre

do impedimento que o pensamento de inferioridade causa nos povos colonizados. Um dos primeiros passos

para a manutenção do estado colonial nos séculos XIX e XX foi a imposição da superioridade branca dentro

das mentes dos africanos e asiáticos para assim manter essas populações inertes.

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H

is.

A Guerra Fria e as lutas

Conferência de Bandung, 1955, Indonésia.

Como é de conhecimento geral a guerra fria dividia o mundo em dois, os socialistas representavam uma nova

forma de desenvolvimento fora da ordem colonial capitalista, por outro lado o capitalismo representava uma

prosperidade grande (principalmente no consumo) longe das esferas ditatoriais dos países que optaram pela

opção vermelha.

Assim as duas potências antes, durante e depois das lutas de emancipação disputaram a influência dos países

em questão, porém em 1955 os cinco países asiáticos recém-emancipados (Índia, Ceilão, Birmânia e

Paquistão) se reúnem na cidade de Bandung na Indonésia com mais 29 chefes de países ainda sob a égide

colonial para uma conferência a fim de discutir o futuro de suas lutas e objetivos de liberdade. Essa

conferência foi um ponto de virada para os povos que vinham resistindo contra os invasores (caso da China

e das guerras do ópio) ou pela manutenção de seus costumes (o caso dos Cipaios na Índia).

Estes países se autoproclamam como pertencentes ao terceiro mundo, apesar de ser encarada como

pejorativa essa expressão tinha a finalidade de passar a ideia desses países serem independentes dos mundos

capitalistas ou socialistas, o Bloco dos Países Não Alinhados tenta buscar a total independência através do

princípio da autodeterminação dos povos, portanto seus líderes pensavam de maneira independente das

orientações russas ou estadunidense, ao menos em tese.

Essa política se torna em um desafio enorme frente ao contexto mundial, sendo que estes países não tem

uma posição consolidada no cenário e precisariam de parceiros comerciais, assistência humanitária e até

mesmo ajuda militar para a sua consolidação interna e externa. Para uma comparação rápida, os direitos a

neutralidade e escolha de seus próprios caminhos era um problema até para os povos da América Latina que

tinha mais anos de independência que os países africanos e asiáticos.

Ideologias e lutas de libertação: o Pan-Africanismo

Marcus Garvey

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H

is.

Não poderíamos começar a falar das lutas de libertação da África sem falar da ideologia e dos teóricos que

guiou as libertações dos povos africanos, o surgimento dessa linha de pensamento está nos escravos e em

seus descentes que viviam nas colônias inglesas principalmente. Suas raízes estão ligadas a primeira

-independente Gana.

Esta reunião foi idealizada pelo advogado de Trinidad e Tobago Henry Silvester Williams (1869-1911), lá surgia

a expressão pan-africanismo, lá foram traçados as primeiras estratégias para o retorno dos descendentes de

todos os locais da África voltassem para o continente, a maior parte dos participantes da reunião nasceram

ou nos Estados Unidos ou no Caribe Inglês, nomes como Du Bois, Booker T. Washington e Silverter Williams

foram alguns dos participantes.

tipógrafo sempre esteve familiarizado com os livros de vários tipos, mas principalmente de política. Depois

de perder seu emprego em Kingston por ter participado de uma greve, Garvey viajou pela América do Sul e

Central onde amadureceu sua ideologia e em 1916 funda a UNIA (Associação Universal para a Melhoria dos

Negros), essa organização foi importantíssima na difusão da ideologia pan-africanista pelo mundo, Garvey

ainda organizou a linha de navios à vapor The Black Star, que promovia viagens de Nova York ao continente

africano.

Assim vários outros nomes surgiram depois em diversos lugares da África e das Américas guiando o processo

de independência de diversos países. O pan-africanismo se espalhava pela África no início da primeira metade

do século XX e influenciou em diversas áreas do conhecimento e da cultura humana, esse movimento foi

importantíssimo para a valorização da cultura e imagem dos povos negros no ocidente além de sua afirmação

em um âmbito mundial.

Um dos nomes da cultura mundial mais associados ao Pan-Africanismo e as ideias de Marcus Garvey foi o

músico jamaicano Bob Marley, que difundiu os ideais do pan-africanistas e de sua religião o Rastafarianismo

(que é inspirado nas ideias de Marcus Garvey) além de mensagens empoderamento negro em suas músicas

ida) e

África do Sul com o Apartheid e a guerra na Rodésia (atual Zimbábue). No Brasil a estética negra e a questão

Chico Buarque e Clara Nunes em

desses artistas por exaltar a beleza e a luta dos negros pela independência foi censurada pela ditadura cívico-

militar ou

Independência da África Portuguesa

Guerrilheira de codinome "Carlota" na ponte de Balombo em Angola, integrante do MPLA.

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H

is.

Os domínios portugueses na África se tornaram independentes na década de 70 do século XX, o exemplo

mais famoso é o de Angola. A independência angolana foi marcada por uma violenta guerra envolvendo

movimentos angolanos de ideologias contrastantes (o MPLA de orientação socialista e o UNITA nacionalista)

e o exército português, esta terminou com a Revolução dos Cravos em 1974, a guerra e o colonialismo em

Portugal eram contestados a muito tempo e na mesma época o governo salazarista se viu confrontado com

mais outras duas guerras em seus territórios, em Guiné Bissau e Moçambique, respectivamente em 1963 e

1964.

As três guerras terminam efetivamente em 1974, já que o rumo do governo que subiu ao fim da revolução dos

cravos não condizia mais com a manutenção de territórios coloniais, assim os novos governantes ficaram

abertos às negociações de independência dos movimentos nacionais que aconteceria no ano seguinte.

Independência da África Francesa

Protesto nacionalista em Argel, capital da Argélia.

Os movimentos de libertação dos domínios franceses são um dos primeiros, o mais conhecido é o FLN, A

Frente de Libertação Nacional foi um movimento nacionalista com orientações socialistas da Argélia que

como os demais movimentos tinham a organização de guerrilha, e travou um sangrento combate não

somente com o exército francês, mas contra grupos de civis franceses que promoviam atentados contra a

população islâmica.

O cessar fogo foi assinado em 1962, depois de oito anos de conflitos sangrentos. Fora a Argélia os outros

países que surgiram de colônias francesas conseguiram todas as suas independência de forma pacífica, em

1958 a fim de dar mais autonomia a suas colônias, já que esta enfrentava movimentos de libertação em suas

colônias na Ásia e fora obrigada a ceder a emancipação da Tunísia em 1956 e do Marrocos em 1955, todas as

suas outras colônias foram consultadas nesse referendo, tendo algumas manifestando a vontade de

permanecer ligada a Paris como a Ilha de Mayote e Guiana Francesa, as demais colônias conseguiram sua

independência em 1960.

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Independência da África Inglesa

Cartaz do movimento Queniano dos Mau Mau.

A maioria das antigas colônias inglesas foi de forma pacífica e grande parte delas pertence hoje ao

Commonwealth Britânico, o primeiro foi a África do Sul em 1910 e o último a Seychelles em 1976, com a

exceção do Zimbabwe e do Quênia que alcançaram suas independências depois de conflitos.

O caso do Zimbabwe é peculiar, já que a minoria branca que estava no comando político do país decretou

sua autonomia proclamando-se Rodésia do Sul, em 1910. Sua independência se daria primeiro em 1965, com

uma declaração unilateral de independência pelo seu primeiro ministro Ian Smith que iria instituir um regime

semelhante ao apartheid sul africano mais tarde em 1970, provocando uma sangrenta guerra civil com o

envolvimento de países do bloco comunista do lado dos rebeldes, além de partidos de esquerda da África

do Sul como A Lança da Nação e o FRELIMO de Moçambique, do lado dos brancos havia ainda o apoio

português e da África do Sul, que terminaria em 1979, a independência efetiva (já que a de 1965 não fora

reconhecida) se daria em 1980 depois de eleições livres e democráticas elegendo o líder recém deposto

Robert Mugabe.

O Quênia teria sua independência na revolta dos Mau Mau, que foi um conflito de guerrilha das milícias do

povo kikuyus (Mau Mau) e o exército britânico em 1952. O conflito durou até 1956 e foi perdido pelos

guerrilheiros Mau Mau, ainda sim as reinvindicações de independência se tornaram muito veementes e a

Inglaterra não teve como manter seu domínio, sendo assim, em 1960 foram feitas as primeiras eleições livres

do Quênia que a partir do ano seguinte se tornara efetivamente independente.

Independência do Congo Belga

Patrice Lumumba.

A independência do Congo Belga se deu em 1959 após a radicalização dos protestos nacionalistas, o

movimento liderado por Patrice Lumumba derrubou o governo Belga e foi iniciado um processo de transição

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com eleições livres, que colocou Joseph Kasavubu e Patrice Lumumba como presidente e primeiro ministro

respectivamente, porém logo em seguida o país foi mergulhado em uma intensa guerra civil.

Essa guerra começou com a independência da província de Katanga, que era fomentada pela empresa de

mineração belga Union Miniére que contratou um exército mercenário para lutar ao seu lado, Lumumba foi

preso e assassinado, a guerra civil esquentava e em 1964 a ONU intervém e passa o poder a Moisés Tshombe

(apoiador da revolta de Katanga), que foi deposto novamente por Mobuto Joseph Désiré que ficou no poder

até 1997 sendo derrubado por uma guerrilha de ordem mais democrática.

Independências das Áfricas Italianas e Espanholas

O processo de independência da África espanhola foi em geral pacífico, Guiné Equatorial ficou independente

em 1968, porém com autonomia desde 1963, a área do Protetorado Espanhol do Marrocos também teve uma

independência pacífica e foi emancipado em 1956 se anexando ao Marrocos antes de domínio francês.

A independência da África italiana tem seu início em 1941 quando a Eritréia sai do comando italiano depois da

queda de Mussolini e passa ao comando inglês na década de 1940, em 1952 a ONU decide interceder para

criar uma federação entre o Reino da Etiópia comandado por Hailé Selasié e a Eritréia, porém em 1961 o

imperador etíope declara encerrada a federação e anexa a Eritréia, em 1974 Selasié sofre um golpe de estado

pelo Partido Revolucionário do Povo Etíope e pelo Movimento Socialista Pan-Etíope morrendo assassinado

em 1975. A Eritréia tem sua independência definitiva somente em 1997.

O caso da Líbia é parecido com o da Eritréia, foi depois da primeira guerra retomada por nacionalistas, com

exceção da faixa litorânea, em 1942, a Líbia estava sob o domínio dos aliados, onde previa-se um governo

com tutela da ONU, porém o povo se recusou a ter essa tutela declarando a independência em 1949 com o

respaldo da ONU.

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Independência da Ásia

Ho Chi Minh, líder da emancipação da antiga Indochina.

A maior parte dos movimentos de emancipação na Ásia foi atingida depois da segunda guerra mundial, onde

no caso de muitos países conquistaram suas independências depois do fim do domínio japonês,

principalmente nas áreas insulares, porém, muitos outros países que eram antigas colônias europeias foram

conseguindo sua independência nos anos seguintes.

No caso do Japão podemos citar a Coréia, depois dividida entre Coréia do Norte e do Sul, já no caso das

grandes potências temos a independência da Indochina (Vietnã, Laos e Camboja) em 1954 em uma sangrenta

guerra contra os franceses, um dos mais famosos líderes socialistas foi Ho Chi Minh que mais tarde iria unificar

o Vietnã em um só país sob a égide marxista.

Na Indonésia o processo de independência se deu em 1945 depois da rendição japonesa, os holandeses

(antigos dominantes da ilha) reconheceram o governo independente de Suharto em 1949, a Indonésia foi um

dos países mais proeminentes no cenário dos países não alinhados dentro da Ásia.

Um dos mais famosos exemplos de libertação na Ásia foi o da Índia, conduzido majoritariamente por

Mohandas Karamchand Gandhi, o popular Mahatma Gandhi, que desde o início do século XX organizou um

movimento de resistência pacífica baseada na estratégia de desobediência civil como o boicote aos produtos

ingleses e o não pagamento de impostos aos ingleses, todo esse processo culminou na independência da

Índia e do Paquistão em 1947.

No caso do Oriente Médio a independência foi atingida por meio de lutas nacionalistas da década de 1940,

essas lutas tinham um fundo religioso pautado no islamismo, que nesse momento era importantíssimo para a

construção de uma identidade nacional.

A China esteve sob o domínio indireto de várias nações desde as Guerras do Ópio contra os ingleses, porém

em 1911 o militar Sun Yat-sen derruba a dinastia Manchu, no entanto os grandes proprietários de terra fazem

uma forte resistência mergulhando a China em uma grande guerra civil, o Kuomitang (partido nacionalista)

combatia também as forças comunistas, no entanto ao fim com a segunda guerra os dois se unem para

combater as invasões japonesas. Depois do conflito as hostilidades recomeçam, mas dessa vez as tropas de

Mao Tsé Tung tomam o poder e iniciam a revolução comunista na China em 1949.

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Desenrolar e Pós Emancipação

Hotel Ruanda, filme de 2005 que retrata o genocídio Tutsi de 1994 em Ruanda.

No entanto durante as lutas de emancipação e nos anos seguintes vemos uma pesada influencia tanto dos

países do bloco capitalista quanto da URSS, mesmo nas libertações pacíficas e nas que não envolveram países

europeus podemos sentir o peso da bipolaridade do cenário mundial.

O grande exemplo é a luta de libertação coreana, depois de alcançada sua emancipação durante a segunda

guerra contra os japoneses com apoio tanto da URSS quanto dos aliados capitalistas, o país se vê dividido em

duas zonas de ocupação. A parte norte socialista e a sul capitalista, esse cenário vai permanecer depois da

sua emancipação e da Guerra da Coreia, tanto a emancipação quanto a guerra foram influenciadas pelos

chefes dos dois blocos dominantes.

E assim se seguiram vários outros exemplos pela Ásia e pela África, portanto, vendo o cenário que emergia

depois da segunda guerra mundial e durante o processo de libertação desses países durante as décadas de

50 e 60 os acontecimentos subsequentes não haveriam de ser de prosperidade e paz para os povos recém-

libertos.

O subdesenvolvimento dessas nações foi uma consequência da ação ampla das metrópoles europeias avidas

por lucros e conquistas a qualquer custo embasadas por uma ideologia profundamente racista e xenofóbica

que regia a vida política e social tanto na metrópole quanto nas suas dominações. Essas complicações todas

poderiam ser desfeitas nos processos de libertação e nos anos seguintes, as potências tinham a chance de

criar dois continentes mais prósperos e pacíficos do que são hoje.

Porém tanto pela ordem capitalista quanto pela socialista os protagonistas desses blocos não deixaram de se

intrometer nesses países ou de explora-los de alguma forma, largando os povos já tão sofridos em um futuro

pior. As questões coloniais mal resolvidas levantaram inúmeros ditadores na África, como Amin Dada em

Uganda na década de 1970, e na Ásia, como Mohamed Suharto na Indonésia que além de massacrar seus

opositores dentro de seu país subjugou o Timor Leste (antiga colônia portuguesa) onde havia ascendido um

governo de esquerda.

Além desses casos há muitos outros, sempre acompanhados de corrupção e muitas vezes com grandes

genocídios populacionais como o caso de Ruanda em 1994. Mesmo antidemocráticos e genocidas as

potências mundiais tanto na ordem da guerra fria como depois e mesmo que apoiem os direitos humanos e

a democracia apoiam esses regimes em busca de influência, mas principalmente de lucro para suas empresas

mantendo o que no século XIX movimentou a ocupação desses continentes. Sendo assim, esses povos e

todos que são subdesenvolvidos ou em vias de subdesenvolvimento atualmente ainda não atingiram sua

liberdade plena, ou ficam na mão de tiranos locais ou de tiranos locais com apoio estrangeiro.

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EXERCÍCIOS

1. deixou surgir um novo sujeito histórico sobre a cena política: o Estado Nacional. Resposta radical à

colonização, forma para se atingir a identidade nacio

sociedade dominada a uma sociedade não menos dominada onde o dirigismo do Estado, parlamentar

CANÊDO, Letícia B. A descolonização da África e da Ásia. 6.ed São Paulo: Atual; Campinas: Editora da Unicamp. 1986. p.

5 6. Coleção Discutindo a História.

economia africana pré-colonial e estabeleceu limites entre os Estados que não respeitavam as

descolonização seguiu- ANDRADE, Manuel C. de. Imperialismo e fragmentação do espaço. 2.ed São Paulo: Contexto, 1989. p. 8. Coleção

Repensando a Geografia.

Considerando os textos acima, assinale a alternativa correta.

a) Ao tratar do tema da descolonização, os textos reproduzem análises contraditórias e chegam a

conclusões opostas.

b) Ambos constituem análises complementares, sendo que o primeiro aborda a formação dos Estados

africanos e o segundo analisa as influências da colonização estrangeira na África contemporânea.

c) Os dois textos constituem abordagens independentes, já que os problemas e conflitos

contemporâneos da África independem da forma como se deu a consolidação dos Estados

Nacionais naquele continente.

d) O primeiro e o segundo textos apresentam explicações sobre a participação do Estado na

construção da democracia na África contemporânea.

e) O segundo texto, tam como o primeiro, caracteriza a autonomia dos jovens Estados africanos

como responsáveis pelos problemas atuais da África

2. Será que ouvi bem - respondeu o professor. Sem dúvida - respondeu o intérprete. A partir do momento

em que nossas indústrias não conseguem escoar seus produtos, é preciso que uma guerra lhes abra

novos mercados. Foi assim que, este ano, tivemos uma guerra do carvão, uma guerra do cobre, uma

guerra do algodão. Na Terceira Zelândia, matamos dois terços dos habitantes para obrigar o resto a

comprar-nos guarda-chuvas e suspensórios. De A ilha dos pinguins, de Anatole France.

Esta é uma passagem de um texto de ficção, de intervenções anticolonialistas. Assinale, dentre as

afirmações seguintes, a que for correta:

a) O texto, sendo de ficção, não serve como base para afirmações acerca da expansão imperialista.

b) O texto situa-se num plano satírico, o que o torna irrelevante como fonte história para abordar a

expansão imperialista.

c) O texto falsifica a realidade, já que a expansão imperialista europeia e norte-americana na África,

na Ásia e na América Latina nada teve a ver com comércio e mercados.

d) A abertura e ampliação de mercados foi um dos fatores que elevaram a guerras no período da

expansão imperialista europeia e norte-americana na África, na Ásia e na América Latina, fato que

o texto transporta para a ficção.

e) A abertura e ampliação de mercados foi o único fator causador das guerras que marcaram a

expansão imperialista europeia e norte-americana

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3. Quando comparada à revolução chinesa, a independência indiana adquire uma singularidade que,

ainda hoje, desperta a atenção dos estudiosos. Ao contrário de uma revolução comunista, a Índia

adquiriu sua independência pela via pacífica. Identifique o comentário que se refere, corretamente, à

política implementada por Gandhi para obter a independência.

a) A política de desobediência civil, cujo exemplo foi a chamada Marcha do Sal, fundamentava-se no

princípio da resistência pela violência.

b) O sistema hindu, fundado na igualdade social e no sistema de castas, representou um obstáculo à

independência indiana.

c) Parte significativa da burguesia indiana apoiou a política de Gandhi, pois, o seu programa de defesa

do produto nacional ajudava a combater a concorrência dos materiais ingleses.

d) A doutrina da dignidade do trabalho defendida por Gandhi implicava a defesa intransigente de

greves de cunho político.

e) O principal impulso do programa de Gandhi era a proposta de reformulação da aldeia tradicional

com a introdução da mecanização no campo.

4. uto numa nação do continente

onde o Homo Sapiens surgiu há um milhão de anos...Para o ano 2000 só faltam seis, mas a humanidade

Augusto Nunes, in: jornal O Globo, 6.8.94.

A situação atual de instabilidade no continente africano é o resultado de diversos fatores históricos,

dentre os quais destacamos o (a):

a) Fortalecimento políticos dos antigos impérios coloniais na região, apoiada pela Conferência de

Baudung.

b) Declínio dos nacionalismos africanos causados pelo fina da Guerra Fria.

c) Acirramento das guerras intertribais no processo de descolonização que não respeitou as

características culturais do continente.

d) Fim da dependência econômica ocorrida com as independências políticas dos países africanos,

após a década de 50.

e) Difusão da industrialização no continente africano, que provocou suas grandes desigualdades

sociais.

5. longa noite est

Declaração do V Congresso Pan-Africano, 1945

Assinale a opção que apresenta uma afirmativa correta sobre o processo de Descolonização Afro-

Asiática.

a) A conferência de Bandung (1955) reafirmou os valores e a política imperialista das nações

ocidentais.

b) Os nacionalismos afro-asiáticos, extintos após a Segunda Guerra Mundial, não conseguiram

consolidar o ideal de independência.

c) A carta da ONU, consagrando o direito de autodeterminação dos povos, favoreceu o

reconhecimento da soberania nacional das nações emergentes.

d) A descolonização foi prejudicada pela bipolarização mundial entre EUA e URSS, que apoiavam

política e militarmente os Impérios Coloniais.

e) A libertação e a autonomia nacional dos países afroasiáticos consolidaram sua independência

econômica frente às nações ocidentais.

6. Após a Segunda Guerra Mundial, os afrikaaners (brancos de origem holandesa) oficializaram o

apartheid na África do Sul, provocando com isto forte resistência interna tanto de negros quanto de

parcela de brancos.

a) Além dos afrikaaners, qual a nacionalidade predominante na população branca da África do Sul?

b) O que significou o apartheid?

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7. número de Estados internacionalmente reconhecidos como independentes na Ásia quintuplicou. Na

África, onde havia um em 1939, agora eram cerca de cinquenta. (...) Contudo, o importante nelas não

era o seu número, mas seu enorme e crescente peso demográfico, e a pressão que representavam

c Hobsbawn, Eric J. A era dos extremos: o breve século XX: 1914- 1991. São Paulo, Companhia das Letras, 1995

Assinale a opção que melhor ilustra a associação entre descolonização e revolução social:

a) a luta de libertação nacional empreendida pelos vietnamitas contra a dominação francesa,

japonesa e norte-americana;

b) a independência da Índia obtida após uma longa guerrilha urbana e rural liderada pelos comunistas;

c) a independência da Argélia liderada por movimentos fundamentalistas islâmicos;

d) a independência do Irã após a revolução fundamentalista islâmica de 1979.

e) a independência do Afeganistão após o apoio político e militar da URSS a partir de 1979

8. artir,

porém, da queda da Índia, e sobretudo à medida em que as guerras em África se iam prolongando, as

Forças Armadas descobriram, não sem espanto por parte de muitos militares que pela primeira vez

viam claro, o seu divórcio real da Nação. As Forças Armadas são então humilhadas, desprestigiadas,

revolta dos colonizadores. São Paulo, Atual, 1995, p. 68.

Entre 1961 e 1975, as lutas de libertação nas diversas colônias portuguesas na África e na Ásia levaram o

governo de Portugal a mobilizar um exército numeroso e a investir cerca de 43% de seu orçamento na

guerra. Apesar de todo esse empenho, as forças pró- independência das colônias ganhavam cada vez

mais espaço.

a) Identifique no texto dois elementos que tenham contribuído para que setores expressivos das

Forças Armadas se colocassem contra o governo português, desencadeando a chamada revolução

dos Cravos.

b) Explique uma diferença entre o processo de independência das colônias inglesas e o das colônias

portuguesas na África.

9. Africanos) das seguintes organizações pat

coordena a acção revolucionária dos patriotas africanos, concordamos no seguinte, depois da reunião

realizada em Túnis, em 31 de janeiro de 1960:

I. As nossas organizações decidiram numa acção conjunta na luta contra o colonialismo português,

decisão que temos provas e deveremos cumprir patrioticamente.

II. A personalidade, a doutrina e a independência de cada uma de nossas organizações pode ser

mantida através desta acção conjunta.

III. Impõe-se estabelecer o mais cedo possível um programa concreto de acção para 1960 e que

conduza os nossos povos à independência no mais breve espaço de tempo possível.

Fonte: BITTENCOURT, Marcelo. Dos Jornais às Armas. Trajectórias da Contestação Angolana. Lisboa:

Veja, 1999.

Esse documento revela o projeto de alguns líderes de movimentos de libertação das colônias

portuguesas de obter a independência de seus países para breve. No entanto, essas independências

somente ocorreram quinze anos mais tarde, em 1975, ao contrário do que planejavam e do que

aconteceu na maioria das colônias europeias na África que se libertaram na década de 1960.

a) Identifique uma razão que tenha contribuído para a demora da obtenção da independência das

colônias portuguesas.

b) Cite um problema, de ordem política interna, que as ex-colônias portuguesas tiveram de enfrentar

no imediato pós-independência.

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10. -

obedecerei às ordens como tais, mas desobedecerei quando estiverem em conflito com minha

-vos e tentar forçar-vos a servi-

Vossa prontidão em

PAZZINATO, Alceu L. e SENISE, Maria Helena V. História Moderna e Contemporânea, São Paulo: Ática, 2002.

O texto caracteriza a política de Desobediência Civil defendida por

a) Mahatma Gandhi, como estratégia para a independência da Índia.

b) Nelson Mandela, no processo de descolonização e independência da África do Sul.

c) Agostinho Neto, na luta pela independência de Angola.

d) Patrice Lumumba, líder nacionalista do Congo Belga.

e) Abdel Nasser, na luta pela libertação do Egito.

QUESTÃO CONTEXTO

Foto de Gandhi, 1940.

Apesar de não ser totalmente pacífico o processo de independência indiano tem em seu líder mais

famoso a estratégia de resistência pacífica que obteve diversos adeptos na Índia e conquistou a

emancipação da Índia. A estratégia de Gandhi e seus partidários disseminou o método pelo mundo.

a) Diferencie a tática aplicada por Gandhi com a tática aplicada no processo de independência

angolano.

b) Exemplifique outro líder adepto da resistência pacífica no século XX.

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GABARITO

Exercícios

1. b

Os textos dão um panorama da situação africana durante os séculos XIX e XX, destacando os dois

principais fatores que deixaram o continente em uma situação de subdesenvolvimento em sua maioria, a

profunda interferência estrangeira e depois da colonização diversos regimes segregacionistas ou

totalitários.

2. d

O texto faz uma analogia com as guerras de expansão e domínio colonial, como a Guerra do Ópio, o

longo conflito da Inglaterra contra a China para impor o comércio do extrato da papoula que é altamente

viciante é um exemplo de guerra colonial motivado diretamente pelo comercial.

3. c

o boicote aos produtos ingleses como a famosa Marcha do Sal de 1930 são exemplos da resistência

pacífica enfrentada por Gandhi, assim, podemos dizer que conscientemente ou não o estilo da militância

do Mahatma ajudou a burguesia indiana.

4. c

O processo de independência de muitos países africanos foi guiado por uma extremada interferência

estrangeira e por interesses pessoais das duas partes, assim, as diferenças étnicas não só não foram

levadas em consideração como também não foi incentivada nenhuma política para a integração nacional

em diversos países, assim, diversos genocídios apoiados por grupos políticos aconteciam em todo o

continente a exemplo do Genocídio Ruandês e o Apartheid sul-africano.

5. c

O princípio da autodeterminação é conhecido a muito tempo dos ocidentais, presente tanto em líderes

da Revolução Russa de 1917como Lenin e nas negociações do Tratado de Versalhes de 1919 com o

governo de Woodrow Wilson.

6.

a) Os ingleses e seus descendentes.

b) Foi um regime de segregação racial oficializado pelo governo, que estipulava a separação física,

geográfica e consagrava a desigualdade social e política entre brancos e não brancos na África do

Sul.

O regime de segregação social é um clássico exemplo do racismo promovido por instituições estatais,

esta política aplicada de modo semelhante também nos Estados Unidos era baseada em teorias

pseudocientíficas e religiosas que apontavam a superioridade branca e a pretensão dos negros a servidão

e aos vícios implicando que as raças estavam em estágios diferentes de evolução.

7. a

A interferência das três potencias imperialistas no processo eleitoral do vietnamita foi um exemplo de

luta pela libertação colonial, e de conflitos entre os blocos socialistas e capitalistas.

8.

a) O candidato poderá identificar, no texto, duas razões para que setores expressivos das Forças

Armadas se colocassem contra o governo português, entre as quais: a perda de prestígio das Forças

Armadas, o divórcio entre estas e a nação, a humilhação a que se consideravam submetidas e o fato

de terem sido apresentadas ao país como as responsáveis máximas pelas derrotas nas lutas contra as

independências das antigas colônias.

b) O candidato poderá explicar uma diferença do processo de descolonização nas colônias portuguesas

e inglesas na África, considerando que: a Inglaterra reconheceu desde o final da década de 50 e na

década de 60 a independência em quase todas as suas áreas coloniais (com exceção da Rodésia do

Sul), enquanto Portugal só o fez a partir de 1974, após um longo processo de luta armada; a presença

de uma maior participação política dos nativos nas colônias inglesas permitiu que o processo, mesmo

sendo fruto de conflitos, pudesse se definir majoritariamente por vias de negociação, enquanto que

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nas colônias portuguesas a falta de espaço político contribuiu para um confronto militar prolongado

em todas elas; os gastos militares do governo português com as guerras na África foram maiores que

os gastos ingleses.

A ditadura do Estado Novo causava descontentamento pelo seu regime autoritário tanto em Portugal

quanto nas colônias, assim os movimentos coloniais se radicalizaram para atingir sua independência.

Desse modo temos a principal diferença entre os ingleses e portugueses o regime mais democrático

considerou a participação dos povos africanos mas manteve sua influência diplomática e econômica,

com exceção do Zimbábue e ao contrário das nações sob influencia lusa que tinham políticas mais

alinhadas com os blocos socialistas.

9.

a) O candidato poderá identificar, entre outras razões, a resistência do governo salazarista em negociar

a transição para a independência realizando ações repressivas e de combate aos movimentos de

libertação, inclusive com auxílio de outros países; e as dificuldades internas dos movimentos de

libertação dos países em unirem-se.

b) O candidato poderá citar, entre outros problemas: a dificuldade de união com outros movimentos

de libertação do próprio país; a presença de grupos guerrilheiros financiados desde o exterior, bem

como de países vizinhos (caso da África do Sul com relação a Angola), combatendo os grupos

vitoriosos na luta de independência; a falta de comunicação com as comunidades distantes dos

centros urbanos; os conflitos de base étnica com longa história.

A África Portuguesa é um exemplo dos rompimentos colônias violentos, a resistência de um regime

decadente e uma interferência profunda das potências da guerra fria jogaram as nações em logos

conflitos ininterruptos desde sua declaração de independência.

10. a

A resistência pacífica de Gandhi foi determinante na obtenção da independência que acabou por

comover a opinião inglesa e mundial ao não revidar as investidas inglesas.

Questão Contexto

a) O processo implementado por Gandhi se utilizava primeiramente em não revidar os ataques ingleses,

promover protestos, marchas e boicotes aos produtos ingleses. Já em Angola e em boa parte das

colônias portuguesas o processo foi de resistência armada contra o invasor com exércitos

nacionalistas operando em modo de guerrilha, se instalando em locais de difícil acesso.

b) Podemos citar o reverendo Martin Luther King em sua campanha pela lei dos direitos civis e o fim das

políticas segregacionistas nos estados do Sul dos Estados Unidos, suas estratégias eram semelhantes

as do Mahatma como o desafio pacífico a segregação física nos ônibus e restaurantes.

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Mat.

Professor: Gabriel Miranda

Monitor: Rodrigo Molinari

Gabriella Teles

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at.

Exercícios: Permutação Simples e com

repetição (Fuvest, Unicamp e Unesp)

05

set

RESUMO

A de n elementos como todas as sequências distintas possíveis de n elementos formadas pelos elementos

de A.

• Permutação simples de n objetos distintos

Dado um conjunto com n elementos distintos, chama-se permutação dos n elementos, todo arranjo desses

n elementos tomados n a n.

!P n=

Exemplo: Quantos são os anagramas da palavra

5 5! 5.4.3.2.1 120P = = =

Podemos escrever 120 anagramas da palavra GRUPO.

• Permutação com elementos repetidos

De modo geral, se temos n elementos dos quais 1n são iguais 1a , 2n são iguais a 2a , 3n são iguais a 3a , ... ,

rn são iguais a ra , o número de permutações possíveis é dado por:

1 2 3( , , ,..., )

1 2 3

!

! ! !... !

rn n n n

n

r

nP

n n n n=

Existem três letras q se repetem na palavra M (2 vezes), A (3 vezes) e T (2 vezes). (2,3,2)

10

10! 10.9.8.7.6.5.4.3! 10.9.8.7.6.5.4 10.9.8.7.6.5.4 604800151200

2!3!2! 2!3!2! 2.1.2.1 4 4P = = = = = =

Podemos escrever 151 200 anagramas da palavra Matemática.

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M

at.

EXERCÍCIOS

1. As atuais placas de licenciamento de automóveis constam de sete símbolos sendo três letras, dentre

as 26 do alfabeto, seguidas de quatro algarismos.

a) Quantas placas distintas podemos ter sem o algarismo zero na primeira posição reservada aos

algarismos?

b) No conjunto de todas as placas distintas possíveis, qual a porcentagem daquelas que têm as duas

primeiras letras iguais?

2. A figura mostra a planta de um bairro de uma cidade. Uma pessoa quer caminhar do ponto A ao ponto

ou poderá fazer de A

até B é:

a) 95 040.

b) 40 635.

c) 924.

d) 792.

e) 35.

3. Uma lotação possui três bancos para passageiros, cada um com três lugares, e deve transportar os três

membros da família Sousa, o casal Lúcia e Mauro e mais quatro pessoas. Além disso:

I. a família Sousa quer ocupar um mesmo banco;

II. Lúcia e Mauro querem sentar-se lado a lado.

Nessas condições, o número de maneiras distintas de dispor os nove passageiros na lotação é igual a:

a) 928.

b) 1152.

c) 1828.

d) 2412.

e) 3456.

4. Com as 6 letras da palavra FUVEST podem ser formadas 6!=720 "palavras" (anagramas) de 6 letras

distintas cada uma. Se essas "palavras" forem colocadas em ordem alfabética, como num dicionário, a

250ª "palavra" começa com

a) EV

b) FU

c) FV

d) SE

e) SF

5. Considere o conjunto A = {1, 2, 3, 4, 5}. Quantos números de dois algarismos distintos é possível formar

com os elementos do conjunto A, de modo que:

a) a soma dos algarismos seja ímpar?

b) a soma dos algarismos seja par?

6. Sabendo que números de telefone não começam com 0 nem com 1, calcule quantos diferentes

números de telefone podem ser formados com 7 algarismos.

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M

at.

7. A figura abaixo representa parte do mapa de uma cidade onde estão assinaladas a casa de Antônio (A),

a casa de Beatriz (B), a escola (C) e um possível caminho que Antônio percorre para, passando pela

casa de Beatriz, chegar à escola.

Qual o número total de caminhos que Antônio poderá percorrer, caminhando somente para norte ou

leste, para ir de sua casa à escola, passando pela casa de Beatriz?

a) 100

b) 90

c) 80

d) 70

e) 60

8. Responda ao que se pede

a) Quantos anagramas podemos formar juntas as letras da palavra UNICAMP

b) Em quantos desses anagramas aparecem as letras AMP

9. Num programa transmitido diariamente, uma emissora de rádio toca sempre as mesmas dez músicas,

mas nunca na mesma ordem. Para esgotar todas as prováveis sequências dessas músicas serão

necessários aproximadamente:

a) 10 dias

b) Um século

c) 10 anos

d) 100 séculos

e) 10 séculos

10. Uma criança possui 6 blocos de encaixe, sendo 2 amarelos, 2 vermelhos, 1 verde e 1 azul.

Usando essas peças, é possível fazer diferentes pilhas de três blocos. A seguir, são exemplificadas

quatro das pilhas possíveis.

Utilizando os blocos que possui, o total de pilhas diferentes de três blocos, incluindo as exemplificadas,

que a criança pode fazer é igual a

a) 58.

b) 20.

c) 42.

d) 36.

e) 72

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M

at.

Puzzle

O vovô Severino tinha muitos netos. No Natal, resolveu presenteá-los com um dinheirinho. Separou

uma quantia em dinheiro e percebeu que, se ele der R$12,00 a cada garoto, ainda ficará com R$60,00.

Se ele der R$15,00 a cada um, precisará de mais R$6,00. Quantos netos o vovô Severino tem?

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M

at.

GABARITO

Exercícios

1.

a) 26.26.26.9.10.10.10=26³.9.10³

b) 26.1.25.9.10³. Logo: 0,0369 3,69% 3,7%= = =

2. d

Para chegar em B vindo de A, precisa andar 7 vezes para direita e 5 para cima, logo o cálculo será:

5,7

12

12!P 792

5!.7!= =

3. e

Para a família Sousa: Escolher um banco (3 opções) e para posicionar 3!

Para o casal: Escolha do banco (2 opções). Posicionar no banco (2 opções: à direita ou à esquerda do

banco). para posicionar 2!

Para as outras opções: 4!

No total: 3.3!.2.2.2!.4! = 3456 maneiras

4. d

Primeiro precisamos analisar as palavras que começam com E depois com F

Começando com E: 5! = 120 Começando com F: 5! = 120

Já tendo passado 240 palavras, analisaremos as que começam com SE Começando com SE: 4! = 24

Totalizando 264, logo a 250ª palavra começará com SE

5.

a) Para que a soma seja ímpar: um algarismo deve ser par e o outro ímpar: Par x ímpar: 2 x 3 = 6 Ímpar x

Par : 3 x 2 = 6 total: 6+6=12

b) Para que a soma seja par: ambos os algarismos pares ou ímpares. Par x par: 2 x 1 = 2 Ímpar x ímpar: 3

x 2 = 6 Total: 6+2=8

6. 8.10.10.10.10.10.10.10= 8.107

7. e

De A a B, ele dará 5 passos, 2 para norte e 3 para leste

2,3

5

5!P 10

2!.3!= =

De B a C, ele dará 4 passos, 2 para o norte e 2 para o leste

2,2

4

4!P 6

2!.2!= =

Pelo PFC: 10.6=60

8.

a) 7!=5040

b) Fixando AMP, as outras 5 letras permutam. Além disso AMP também pode permutar entre as 3 letras.

Pelo PFC: 3!.5!=720

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M

at.

9. d

P10 = 10! dias. Portanto 10.9.8.7.6.5.4.3.2.1

9941 anos365

; . Considerando que se 1 século = 100 anos,

então 100 séculos=10000 anos que é o valor mais próximo.

10. c

Temos 2 casos:

I. Pilha com 3 cores diferentes: A escolha pode ser feita 3!=6 pilhas distintas. Considerando 4 cores

distintas, pelo PFC: 6.4=24 pilhas diferentes

II. pilhas com 2 cores diferentes: Para escolher inicialmente se escolhe a cor que se repetirá após

escolhe-se alguma das outras cores, logo 2.1.3=6 pilhas. Permutando, considerando a repetição,

temos:. Assim o total será 6.3=18.

O total será 24+18=42

Puzzle

Sendo x o número de netos do vovô Severino, e y a quantia que ele separou para presenteá-los, temos

o seguinte sistema:

12x + 60 = y

15x = y + 6

Substituindo y na segunda equação temos:

15x = (12x + 60) + 6

15x - 12x = 60 + 6

3x = 66

x=22

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1

Po

r.

Por.

Professor: Fernanda Vicente

Monitor: Pamela Puglieri

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2

P

or.

Ambiguidade, pressuposto e

subentendido

04

set

RESUMO

Ambiguidade A ambiguidade ocorre quando uma palavra (ou grupo de palavras) possui mais de um significado, de modo

a trazer um ou mais sentidos à oração. Dependendo do contexto, isso impossibilita uma clara leitura do que

está sendo dito.

Exemplo: Estarei te esperando na frente do banco que há na praça.

A palavra banco pode estar se referindo a uma instituição bancária ou ao assento público.

Pressupostos e subentendidos Para entender estes elementos da comunicação, é papel do leitor procurar ir além do que está explícito no

texto. Os pressupostos e subentendidos são informações que dependem do contexto para compreensão.

Os pressupostos são informações que estão no texto de forma implícita, assim o enunciado depende dessa

pressuposição para que faça sentido. Além disso, é possível identifica-los através de marcas linguísticas que

facilitam a identificação de pressupostos, como: • Verbos que indicam fim/continuidade: começar, continuar, parar, deixar, acabar, (...).

• Advérbios: felizmente, finalmente, ainda, depois, antes, (...).

• Pronome que introduz as orações subordinadas adjetivas: que

• Locuções circunstanciais: depois que, antes que, desde que, (...).

Exemplo: Alunos que estudam de noite possuem melhor rendimento

Pressuposição: Há alunos que estudam no período da manhã.

Pedro finalmente parou de fumar.

Pressuposição: Demorou para Pedro parar de fumar/ Pedro fumava antes.

Os subentendidos, por outro lado, são informações que não aparecem no texto e que, segundo o contexto

apresentado, levam o leitor a possuir certas afirmações, dentro de sua interpretação. Por não possuírem

marcadores linguísticos que facilitam seu entendimento, é de livre dedução a partir do meio em que as

orações estão inseridas.

Exemplo: Não se esqueça de trancar a porta ao sair.

Subentendido: É perigoso deixar a porta aberta.

Cássio está exausto de dirigir caminhão.

Subentendido: Talvez porque o salário seja pequeno, as costas dele ficam doloridas ou é um trabalho muito

cansativo.

EXERCÍCIOS

1. Na posição em que se encontram, as palavras assinaladas nas frases abaixo geram ambiguidade, exceto

em: a) pagar o FGTS já custa R$13,3 bi, diz o consultor.

b) Pais rejeitam menos crianças de proveta.

c) Consigo me divertir também aprendendo coisas antigas.

d) É um equívoco imaginar que a universidade do futuro será aquela que melhor lidar com as

máquinas.

e) Não se eliminará o crime com burocratas querendo satisfazer o apetite por sangue do público.

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3

P

or.

2. No ano passado, o governo promoveu uma campanha a fim de reduzir os índices de violência.

Noticiando o fato, um jornal publicou a seguinte manchete:

CAMPANHA CONTRA A VIOLÊNCIA DO GOVERNO DO ESTADO ENTRA EM NOVA FASE

A manchete tem um duplo sentido, e isso dificulta o entendimento. Considerando o objetivo da

notícia, esse problema poderia ter sido evitado com a seguinte redação: a) Campanha contra o governo do Estado e a violência entram em nova fase.

b) A violência do governo do Estado entra em nova fase de Campanha.

c) Campanha contra o governo do Estado entra em nova fase de violência.

d) A violência da campanha do governo do Estado entra em nova fase.

e) Campanha do governo do Estado contra a violência entra em nova fase.

3.

Glauco. Folha de São Paulo, 30/05/2008.

O pressuposto da frase escrita no cartaz que compõe a charge é o de que a Amazônia está ameaçada

de: a) Fragmentação.

b) Estatização. c) Descentralização. d) Internacionalização.

e) Partidarização.

4. Negrinha era uma pobre órfã de sete anos. Preta? Não; fusca, mulatinha escura, de cabelos ruços e

olhos assustados. Nascera na senzala, de mãe escrava, e seus primeiros anos vivera-os pelos cantos

escuros da cozinha, sobre velha esteira e trapos imundos. Sempre escondida, que a patroa não gostava

de crianças. Excelente senhora, a patroa. Gorda, rica, dona do mundo, amimada dos padres, com lugar

certo na igreja e camarote de luxo reservado no céu. Entaladas as banhas no trono (uma cadeira de

balanço na sala de jantar), ali bordava, recebia as amigas e o vigário, dando audiências, discutindo o

tempo. Uma virtuosa senhora em suma

Mas não admitia choro de criança. Ai! Punha-lhe os nervos em carne viva. [...] A excelente dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças. Vinha da escravidão, fora senhora de

escravos e daquelas ferozes, amigas de ouvir cantar o bolo e zera ao regime novo essa indecência

de negro igual. LOBATO, M. Negrinha. In: MORICONE, I. Os cem melhores contos brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2000

(fragmento).

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4

P

or.

A narrativa focaliza um momento histórico-social de valores contraditórios. Essa contradição infere-se,

no contexto, pela

a) falta de aproximação entre a menina e a senhora, preocupada com as amigas.

b) receptividade da senhora para com os padres, mas deselegante para com as beatas.

c) ironia do padre a respeito da senhora, que era perversa com as crianças.

d) resistência da senhora em aceitar a liberdade dos negros, evidenciada no final do texto.

e) rejeição aos criados por parte da senhora, que preferia trata-los com castigos.

5. Quando Milton Campos foi governador de Minas Gerais, teve como secretário o Sr. Pedro Aleixo.

Contam os mineiros que, para qualquer providência, Sua Excelência anunciava: Preciso falar com o

Pedro, primeiro. O Dr. Milton quase foi eleito vice-presidente da República. Se tivesse chegado à

presidência, estaríamos, no mínimo, com a monarquia instaurada no Brasil, pois os brasileiros que

O texto acima trabalha com a possibilidade da ambiguidade obtida através da:

a) semelhança sonora entre numeral e adjetivo.

b) posposição do adjetivo.

c) leitura do advérbio como numeral.

d) leitura do numeral como advérbio.

e) utilização da vírgula antes do numeral.

6.

polissêmica, e remete a uma

propaganda.

7. Dentre as seguintes frases, assinale aquela que não contém ambiguidade: a) peguei o ônibus correndo. b) esta palavra pode ter mais de um sentido. c) o menino viu o incêndio do prédio. d) deputado fala da reunião no Canal 2. e) vi um desfile andando pela cidade.

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5

P

or.

8. Já na segurança da calçada, e passando por um trecho em obras que atravanca nossos passos, lanço à

queima-roupa: Você conhece alguma cidade mais feia do que São Paulo? -me de La Paz, a capital da Bolívia,

que me pareceu bem feia. Dizem que Bogotá é muito feiosa também, mas não a conheço. Bem, São

Paulo, no geral, é feia, mas as pessoas têm uma disposição para o trabalho aqui, uma vibração

empreendedora, que dá uma feição muito particular à cidade. Acordar cedo em São Paulo e ver as

pessoas saindo para trabalhar é algo que me toca. Acho emocionante ver a garra dessa gente. R. Moraes e R. Linsker. Estrangeiros em casa: uma caminhada pela selva urbana de São Paulo. National Geographic Brasil.

Adaptado. Os interlocutores do diálogo contido no texto compartilham o pressuposto de que: a) cidades são geralmente feias, mas interessantes.

b) o empreendedorismo faz de São Paulo uma bonita cidade.

c) La Paz é tão feia quanto São Paulo.

d) São Paulo é uma cidade feia.

e) São Paulo e Bogotá são as cidades mais feias do mundo

9. Texto I

Época. 12 out. 2009 (adaptado). (Foto: Reprodução/Enem

Texto II

CONEXÃO SEM FIO NO BRASIL Onde haverá cobertura de telefonia celular para baixar publicações para o Kindle

Época. 12 out. 2009. (Foto: Reprodução/Enem

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6

P

or.

A capa da revista Época de 12 de outubro de 2009 traz um anúncio sobre o lançamento do livro digital

no Brasil. Já o texto II traz informações referentes à abrangência de acessibilidade das tecnologias de

comunicação e informação nas diferentes regiões do país. A partir da leitura dos dois textos, infere-se

que o advento do livro digital no Brasil a) possibilitará o acesso das diferentes regiões do país às informações antes restritas, uma vez que

eliminará as distâncias, por meio da distribuição virtual. b) criará a expectativa de viabilizar a democratização da leitura, porém esbarra na insuficiência do

acesso à internet por telefonia celular, ainda deficiente no país. c) fará com que os livros impressos se tornem obsoletos, em razão da diminuição dos gastos com os

produtos digitais gratuitamente distribuídos pela internet. d) garantirá a democratização dos usos da tecnologia no país, levando em consideração as

características de cada região no que se refere aos hábitos de leitura e acesso à informação. e) impulsionará o crescimento da qualidade da leitura dos brasileiros, uma vez que as características

do produto permitem que a leitura aconteça a despeito das adversidades geopolíticas.

10.

Ler adequadamente esta tira significa entender o que está subentendido no enunciado de Stock ("eu

também") e perceber que no último quadrinho existe a possibilidade de tal enunciado ser interpretado

de duas maneiras diferentes: a) Quais são as duas maneiras possíveis de interpretar o enunciado de Stock no último quadrinho? b) Qual a palavra da fala de Wood que é fundamental para que a última fala de Stock possa ser

interpretada de duas maneiras? c) Levando-se em conta os padrões morais de nossa sociedade, qual das duas maneiras de entender

a última fala de Stock provoca o riso do leitor?

11. Uma revista semanal brasileira traz a seguinte nota em sua seção

A SEMANA: O HOMEM DAS BEXIGAS O britânico Ian Ashpole bateu no domingo 28 o recorde de altitude em vôo com bexigas: subiu 3.350

metros amarrado a 600 balões, superando sua marca de 3 mil metros. Ian subiu de bexiga e voltou de

pára-

ISTOÉ, 7/11/2001.

a)

português. Cite pelo menos dois desses sentidos.

b) Em que passagem do texto se desfaz a ambiguidade do título?

c) Dada a modalidade esportiva que Ian pratica, qual poderia ser o tema do filme mencionado?

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7

P

or.

12. Considere as seguintes frases, extraídas de diferentes matérias jornalísticas, e responda ao que se pede. I. Nos últimos meses, o debate sobre o aquecimento global vem, com perdão do trocadilho,

esquentando.

II. Preso vigia acusado de matar empresário.

a) identifique, na frase I, o trocadilho a que se refere o redator e explique por que ele pede perdão

por tê-lo produzido. b) é correto afirmar que na frase II ocorre ambiguidade? Justifique sua resposta

13.

É correto afirmar que a charge visa a) apoiar a atitude dos alunos e propor a liberação geral da frequência às aulas. b) enaltecer a escola brasileira e homenagear o trabalho docente. c) indicar a deflagração de uma greve e incentivar a adesão a ela. d) recriminar os alunos e declarar apoio à política educacional. e) criticar a situação atual do ensino e denunciar a evasão escolar.

QUESTÃO CONTEXTO

Observe com atenção a tirinha abaixo e identifique o elemento responsável pelo humor.

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8

P

or.

GABARITO

Exercícios 1. d

N

significado. 2. E

A

3. d

O nterpretado

pelo seu sentido oposto. 4. d

A contradição pode ser subentendida através das opiniões da senhora. 5. c

6. b

7. d

A

essa afirmação para responder ao questionamento. 8. b

O pressuposto se dá pela contradição entre a posse de um livro digital, que exige internet e a insuficiência

do acesso à rede, sendo que há interdependência entre os dois.

9. a) uma interpretação possível é a de que Stock também fazia sexo com alguma mulher. E a outra

maneira de se interpretar é a de que ele fazia sexo com Bete Speed, noiva de Wood. b) c) A maneira que mais causa riso no leitor é a de que Stock teria feito sexo com a noiva de Wood, já

que os dois personagens da tirinha apresentam ser grandes amigos.

10. a) poderia significar que se trata de um homem com cicatrizes (bexigas) na pele, devidas, por exemplo,

à varíola, à lepra etc.; eventualmente, que se trata de um homem cuja anatomia seria peculiar por ter

mais de uma bexiga e que seria conhecido por tal característica; ainda, poderia referir-se a um

homem que vende ou usa bexigas / balões. b) tem a ver

com balões e não com cicatrizes, e balão é um sinônimo de bexiga. c) O filme deve tematizar subidas/viagens/competições/aventura com bexigas/balões.

11. a) por essa

constatação, considerando-se a seriedade do tema e o fato de que trocadilhos são expressões

viciosas, consideradas mau gosto. b) Sim, há, pelo menos, dois sentidos possíveis: I. Presidiário toma conta de um acusado de matar empresário II. Foi capturado o vigia acusado de matar empresário. Na primeira leitura, a palavra preso pode funcionar como substantivo e vigia como verbo; na segunda,

preso é empregado como verbo e vigia como substantivo. 12. e

Sujeito pode ser entendido de duas formas na charge: como a categoria gramatical ou como sinônimo

de pessoa.

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9

P

or.

13. A propaganda causa humor, pois expressa que o dicionário Aurélio é direcionado a pessoas "burras", bem

como indica que a expressão "bom pra burro" pode se relacionar a algo muito bom.

Questão Contexto

O humor na tirinha aparece devido à ambiguidade da palavra sistema, que pode ser entendida em um

sentido tanto sociológico (sistema=governo) como técnico (sistema= rede de informações)

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Q

uí.

Quí.

Professor: Abner Camargo

Monitor: Rodrigo Pova

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Q

uí.

Introdução à química orgânica 04

set

RESUMO

Na química orgânica, começamos a nos aprofundar no estudo das características específicas das substâncias

que compõem a matéria orgânica: aquelas que possuem cadeia carbônica.

Exemplos: CH4, C2H5OH, C12H22O11, etc.

Mas por que existe uma área da química dedicada exclusivamente ao carbono? Devido a algumas

particularidades que este elemento tem. As principais são expressas através dos postulados de Kekulé, que

se seguem.

Postulados de Kekulé

• 1º Postulado: TETRAVALÊNCIA do carbono.

Como o carbono é um elemento da grupo 14 ou família IVA da tabela periódica, ele possui 4 elétrons na

camada de valência, realizando assim 4 ligações para se estabilizar.

• 2º Postulado: o carbono possui (4) VALÊNCIAS IGUAIS.

Assim, o elemento ligante do carbono pode ocupar a posição de qualquer uma das 4 valências, sem que o

composto se altere. Todas as estruturas representadas abaixo, por exemplo, são o mesmo composto

(clorofórmio).

• 3º Postulado: formação de CADEIA.

Os átomos de carbono podem ligar-se entre si muitas vezes, estabelecendo compostos estáveis. É por isso

que os compostos orgânicos têm uma variedade enorme. Veja como ficam átomos de carbono encadeados:

Características gerais de compostos orgânicos:

• Possuem predominantemente LIGAÇÕES COVALENTES;

• As cadeias carbônicas que só possuem carbono e hidrogênio têm caráter APOLAR, e os demais

elementos já conferem polaridade à molécula;

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Q

uí.

• Os outros elementos bastante comuns nos compostos orgânicos, além do carbono, são

HIDROGÊNIO, OXIGÊNIO, NITROGÊNIO, FÓSFORO, ENXOFRE e HALOGÊNIOS, os quais fazem,

respectivamente, as seguintes ligações covalentes:

• H (1 ligação simples);

• O ou = O (2 ligações simples ou 1 dupla);

• N ou = N ou N ≡ (3 ligações simples ou 1 simples e 1 dupla ou 1 tripla);

• P ou = P ou P ≡ (3 ligações simples ou 1 simples e 1 dupla ou 1 tripla);

• S ou = S (2 ligações simples ou 1 dupla);

• F, Cl, Br, I (1 ligação simples).

Classificação do carbono

Esta classificação se baseia na quantidade de átomos de carbono ligados ao que está sendo classificado.

• Carbono primário: possui apenas 1 outro carbono ligado a si;

• Carbono secundário: possui 2 outros carbonos ligados a si;

• Carbono terciário: possui 3 outros carbonos ligados a si;

• Carbono quaternário: possui 4 outros carbonos ligados a si.

Exemplo: A cadeia carbônica abaixo (que oculta os elementos diferentes do carbono, podendo, assim, ser

primários, 1 secundário, 1 terciário e 1 quaternário,

circulados, cada tipo, com a cor destacada aqui.

PSIU: carbono quiral

Esta classificação se baseia nos ligantes de um carbono que faz 4 ligações simples. Quando um átomo

de carbono possui 4 LIGANTES DIFERENTES ENTRE SI, ele é quiral, que significa assimétrico. Tal

característica lhe confere uma propriedade que será estudada futuramente: atividade óptica

(estudaremos em isomeria óptica).

Exemplo: O carbono acima é quiral quando R1 2 3 4.

Hibridização do carbono

Os átomos de alguns elementos químicos, como o carbono, sofrem um processo chamado hibridização ou

hibridação, que, por definição, é a fusão de orbitais das subcamadas s e p do átomo, conferindo-lhe

determinada valência (no caso do carbono, tetravalência) devido à formação de um ou mais orbitais híbridos

sp. Vamos a uma explicação mais detalhada da hibridização do carbono.

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Q

uí.

ENTENDIMENTOS PRÉVIOS:

➔ A ligações químicas são feitas pela sobreposição de orbitais semipreenchidos.

➔ Se forem sobrepostos frontalmente, forma-se a ligação sigma (σ), que é a mais forte.

➔ Se forem sobrepostos lateralmente, forma-se a ligação pi , que é a mais fraca..

Exemplo: Na molécula do H2, cada átomo de hidrogênio possui a seguinte distribuição eletrônica da camada

de valência.

1H → 1s¹

Como vemos, na primeira camada (camada K), só existe um orbital s semipreenchido, isto é, com apenas 1

elétron, o que lhe dá a possibilidade de realizar apenas 1 ligação. Assim, o orbital s de cada átomo se sobrepõe

frontalmente, formando a ligação entre os 2 elétrons. Veja.

Exemplo 2: Na molécula do O2, cada átomo de oxigênio possui a seguinte distribuição eletrônica da camada

de valência (pela regra de Hund, devemos preencher todos os orbitais de cada subnível com 1 elétron, e

depois ir acrescentando seus pares).

Como vemos, na segunda camada (camada L), existem 2 orbitais p semipreenchidos, isto é, com apenas 1

elétron, o que lhe dá a possibilidade de realizar 2 ligações. Assim, o orbital py de cada átomo se sobrepõe

frontalmente, formando uma ligação sigma, e o orbital pz de cada átomo se sobrepõe lateralmente, formando

uma ligação pi. Veja.

Agora, ao fazermos a distribuição eletrônica do carbono, encontramos o seguinte:

Já que a camada de valência possui apenas 2 orbitais (p) semipreenchidos (com elétron desemparelhado), o

carbono deveria ser bivalente, ou seja, realizar apenas 2 ligações (emparelhamentos). No entanto, como

sabemos, o carbono é tetravalente (realiza 4 ligações), participando de compostos como o CH4, o C2H6, etc.

Como, então, justificar tal comportamento? A resposta para isso é que o carbono realiza a hibridização.

ligação sigma

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Q

uí.

HIBRIDIZAÇÃO sp³ Em vez de, na camada de valência do carbono, haver um orbital s totalmente preenchido e 2 orbitais p

semipreenchidos, há uma fusão do orbital s com os 3 orbitais p, resultando em 4 orbitais híbridos sp³.

O 2º elétron do orbital s migrou para o orbital vazio p.

Cada orbital sp³ semipreenchido formado, do carbono, já pode se sobrepor FRONTALMENTE ao orbital s

semipreenchido de um átomo de hidrogênio, formando assim o composto CH4. Isso dá origem a 4

LIGAÇÕES SIGMA (simples).

Chamamos o carbono que realiza 4 ligações simples de carbono sp³.

Logo, a GEOMETRIA de qualquer carbono sp³ é TETRAÉDRICA (já que possui 4 nuvens eletrônicas e elas

devem estar o mais afastadas possível).

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Q

uí.

HIBRIDIZAÇÃO sp² Em vez de, na camada de valência do carbono, haver um orbital s totalmente preenchido e 2 orbitais p

semipreenchidos, há uma fusão do orbital s com os 2 orbitais p, resultando em 3 orbitais híbridos sp² e

sobrando 1 orbital p puro.

O 2º elétron do orbital s migrou para o orbital vazio p.

Cada orbital sp² semipreenchido formado, do carbono, sobrepõe-se FRONTALMENTE ao orbital s

semipreenchido de um átomo de hidrogênio; o orbital p puro de um carbono se sobrepõe LATERALMENTE

ao orbital p puro do outro; e assim se forma o composto C2H4. Isso dá origem, em cada átomo de carbono,

a 3 LIGAÇÕES SIGMA e 1 LIGAÇÃO PI (2 simples e 1 dupla).

Chamamos o carbono que realiza 2 ligações simples e 1 dupla de carbono sp².

Logo, a GEOMETRIA de qualquer carbono sp² é TRIGONAL PLANA (já que possui 3 nuvens eletrônicas).

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uí.

HIBRIDIZAÇÃO sp Em vez de, na camada de valência do carbono, haver um orbital s totalmente preenchido e 2 orbitais p

semipreenchidos, há uma fusão do orbital s com um orbital p, resultando em 1 orbital híbrido sp e sobrando

2 orbitais p puros.

O 2º elétron do orbital s migrou para o orbital vazio p.

Cada orbital sp semipreenchido formado, do carbono, sobrepõe-se FRONTALMENTE ao orbital s

semipreenchido de um átomo de hidrogênio; o orbital py puro de um carbono se sobrepõe LATERALMENTE

ao orbital py puro do outro; o orbital pz puro de um carbono se sobrepõe LATERALMENTE ao orbital pz puro

do outro; e assim se forma o composto C2H2.

Isso dá origem, em cada átomo de carbono, a 2 LIGAÇÕES SIGMA e 2 LIGAÇÕES PI (1 simples e 1 tripla ou

2 duplas).

Chamamos o carbono que realiza 1 ligação simples e 1 tripla ou 2 duplas de carbono sp.

Logo, a GEOMETRIA de qualquer carbono sp é LINEAR (já que possui 2 nuvens eletrônicas).

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uí.

RESUMO DA HIBRIDIZAÇÃO

Fórmulas na química orgânica

FÓRMULA ESTRUTURAL PLANA:

Não condensada:

Condensadas ou simplificadas:

ou CH3CH2CH(CH3)CH3

FÓRMULA ESTRUTURAL EM BASTÃO:

Observação:

a) Cada ponta do desenho representa um carbono, e os hidrogênios ligados a ele não ficam explicitados;

b) Qualquer outro elemento que componha a substância será explicitado;

c) As ligações duplas serão representadas por 2 linhas paralelas, e a tripla por 3 linhas paralelas.

FÓRMULA MOLECULAR:

C5H12

Observação: Quando houver muitos elementos diferentes, deve-se seguir a ordem CHONPS (elementos

mais comuns), depois os halogênios (caso haja), depois os metais (caso haja).

Classificação das cadeias carbônicas

Cadeia carbônica é o conjunto de átomos de carbono, bem como seus heteroátomos que constituem uma

molécula orgânica.

Visto isso, podemos classificar uma cadeia carbônica quanto a algumas características

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Cadeia aberta ou fechada Cadeia aberta e acíclica: Apresenta pelo menos duas extremidades e nenhum ciclo ou anel.

Ex.:

Cadeia fechada e cíclica: Não apresenta extremidade, sua cadeia possui átomos que originam um ou mais

ciclos.

Ex.:

Cadeia normal ou ramificada Cadeia normal, reta ou linear: Apresenta somente duas extremidades, e seus átomos seguem uma única

sequência.Cuidado, pois extremidades com átomos diferentes de carbono, não configuram ramificação.

Ex.:

Cadeia ramificada: Apresenta no mínimo duas extremidades carbônicas, e seus átomos seguem mais de uma

sequência.

Ex.:

Cadeia saturada e insaturada Cadeia saturada: Apresenta somente ligações sigma entre átomos de carbono de sua cadeia.

Ex.:

Cadeia insaturada: Apresenta pelo menos uma ligação pi entre átomos de carbono de sua cadeia.

Ex.:

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Cadeia homogênea e heterogênea Cadeia homogênea: É constituída somente por átomos de carbono. Cuidado, átomos diferentes de carbono

nas extremidades não configuram a presença de heteroátomo, portando são homogêneas.

Ex.:

Cadeia heterogênea: Possui a presença de um átomo diferente de carbono, entre carbonos, na cadeia.

Ex.:

Cadeia Aromática e alicíclicas Cadeia aromática: Cadeia fechada que possui ao menos um anel benzênico.

Ex.:

Aromática mononuclear

Aromática polinuclear com núcleos condensados

Aromática polinuclear com núcleos isolados

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EXERCÍCIOS

1. A seguir está representada a estrutura do ácido fumárico.

A respeito desse ácido, é correto afirmar que ele possui

a) somente átomos de carbono secundários e cadeia carbônica normal.

b) átomos de carbono primários e secundários, e cadeia carbônica ramificada.

c) átomos de carbono primários e secundários, e cadeia carbônica insaturada.

d) átomos de carbono primários e terciários, e cadeia carbônica saturada.

e) átomos de carbono primários e terciários, e cadeia carbônica ramificada.

2. Recentemente, os produtores de laranja do Brasil foram surpreendidos com a notícia de que a

exportação de suco de laranja para os Estados Unidos poderia ser suspensa por causa da contaminação

pelo agrotóxico carbendazim, representado a seguir.

De acordo com a estrutura, afirma-se que o carbendazim possui:

a) fórmula molecular C9H11N3O2 e um carbono terciário.

b) fórmula molecular C9H9N3O2 e sete carbonos secundários.

c) fórmula molecular C9H13N3O2 e três carbonos primários.

d) cinco ligações pi ( )π e vinte e quatro ligações sigma ( ).σ

e) duas ligações pi ( )π e dezenove ligações sigma ( ).σ

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3. Dados:

Massas Atômicas: H 1u;= C 12 u;= O 16 u;= N 14 u;= C 35,45 u.=l

Eletronegatividades: H = 2,2; C = 2,5; O = 3,5; N = 3,0; C 3,1.=l

Números Atômicos: H = 1; C = 6; O = 8; N = 7; C 17.=l

Número de Avogadro: 236,02 10 .

Sobre os compostos orgânicos, assinale a alternativa correta.

a) A cadeia carbônica 3 2 3CH CH CHC COOCHl é classificada como acíclica, insaturada, normal e

homogênea.

b) O pentanal é um álcool e apresenta fórmula molecular 5 10 2C H O .

c) O composto da fórmula ( ) ( ) ( ) ( ) ( )3 3 3 33 2CH CCH C CH CH OH CH CH NHCH CH= apresenta 7

carbonos primários, 4 carbonos secundários, 1 carbono terciário e 1 carbono quaternário.

d) Os compostos hexano; 1-pentanol; pentanal; e ácido butanoico estão dispostos em ordem

crescente de ponto de ebulição.

e) Os ácidos orgânicos 3CH COOH, 3CC COOH,l 2CH C COOHl estão dispostos em ordem crescente

de acidez.

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4. No início do século passado, a chamada gripe espanhola foi responsável pela morte de milhares de

pessoas em todo o mundo. Recentemente, uma nova gripe (gripe suína) com potencial efeito fatal

atemorizou novamente a sociedade humana.

Para o combate dessa doença, um medicamento foi bastante procurado, o Tamiflu®.

Na estrutura apresentada estão assinalados três núcleos que, por característica, são, respectivamente,

átomos de carbono:

a) Terciário, linear e híbrido sp3.

b) Alifático, acíclico e natural.

c) Carboxílico, neutro e iônico.

d) Carboxílico, híbrido sp2 e carbonílico.

e) Híbrido sp2, quiral e híbrido sp3.

5. O átomo de carbono sofre três tipos de hibridação: sp3, sp2 e sp. Essa capacidade de combinação dos

orbitais atômicos permite que o carbono realize ligações químicas com outros átomos, gerando um

grande número de compostos orgânicos. A seguir são ilustradas estruturas de dois compostos

orgânicos que atuam como hormônios.

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Acerca da hibridação dos átomos de carbono nos dois hormônios, considere as seguintes afirmativas:

I. A testosterona possui dois átomos de carbono com orbitais híbridos sp2.

II. A progesterona possui quatro átomos de carbono com orbitais híbridos sp2.

III. Ambos os compostos apresentam o mesmo número de átomos de carbono com orbitais híbridos

sp3.

IV. O número total de átomos de carbono com orbitais híbridos sp3 na testosterona é 16.

Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.

b) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.

c) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.

d) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.

e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.

6. O BHT é um importante antioxidante sintético utilizado na indústria alimentícia. Sobre o BHT é correto

afirmar que ele apresenta:

a) 2 carbonos quaternários.

b) fórmula molecular 14 21C H O.

c) 2 substituintes n-butila.

d) 3 carbonos com hibridação 2sp .

e) 5 carbonos terciários.

7. O Comitê Olímpico Internacional, durante as Olimpíadas Rio 2016, estava bastante atento aos casos de

doping dos atletas. A nandrolona, por exemplo, é um hormônio derivado da testosterona muito

utilizado pela indústria farmacêutica para a produção de derivados de esteroides anabólicos.

Quantos carbonos terciários com hibridação 3sp possui esse hormônio na sua estrutura molecular?

a) 1

b) 2

c) 3

d) 4

e) 5

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8. Cidades menores, quando não organizadas, podem apresentar problemas sérios de saúde pública,

como é o caso de epidemias de dengue. Esforços têm sido dedicados à descoberta de novos métodos

para controle da dengue. A curcumina, uma substância presente no açafrão-da-terra, pode matar as

larvas do Aedes aegypti. Basta colocar o pó em locais onde o mosquito da dengue costuma se

reproduzir, como pratos e vasos de plantas. Além de ser eficaz, a substância não agride o meio

ambiente.

Adaptado de: <http://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia/2015/03/substancia-presente-no-acafrao-pode-ajudar-

no-combate-dengue-dizusp.html>. Acesso em: 14 abr. 2015.

A curcumina, cuja molécula é apresentada a seguir, é uma substância presente no açafrão-da-terra e

que dá o tom de amarelo ao pó.

Sobre essa molécula, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às afirmativas a seguir.

( ) Apresenta cadeia carbônica homogênea e insaturada.

( ) Contém igual número de átomos de carbono e hidrogênio.

( ) Por combustão total, forma monóxido de carbono e peróxido de hidrogênio.

( ) Possui, no total, dezessete carbonos secundários e dois carbonos terciários.

( ) Os grupos funcionais são ácido carboxílico, álcool e éster.

Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta.

a) V, V, V, F, F.

b) V, V, F, F, V.

c) V, F, F, V, F.

d) F, V, F, V, V.

e) F, F, V, F, V.

9. O eugenol ou óleo de cravo, é um forte antisséptico. Seus efeitos medicinais auxiliam no tratamento

de náuseas, indigestão e diarreia. Contém propriedades bactericidas, antivirais, e é também usado

como anestésico e antisséptico para o alívio de dores de dente. A fórmula estrutural deste composto

orgânico pode ser vista abaixo:

O número de átomos de carbono secundário neste composto é:

a) 2

b) 3

c) 7

d) 8

e) 10

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10. O licopeno é um carotenoide que dá a cor vermelha ao tomate, à melancia e a outros alimentos. É um

antioxidante que, quando absorvido pelo organismo, ajuda a impedir e reparar os danos às células

causados pelos radicais livres.

Observando a estrutura da molécula do licopeno a seguir, podemos afirmar que esta molécula possui:

( ) cadeia carbônica saturada. ( ) 11 ligações duplas conjugadas. ( ) estereoquímica cis nas ligações duplas mais externas.

( ) átomos de carbono com hibridação 2sp e com hibridação

3sp .

( ) 26 elétrons .π

QUESTÃO CONTEXTO

Obter a

fácil para pessoas do Brasil inteiro, inclusive em Brusque e região.

Tida por muitos como a cura para o câncer, a fosfo deixou de ser fabricada após testes científicos que

não comprovaram resultados, no início do ano, o que causou descontentamento de movimentos país

afora.

Fim de pesquisa cie Marcos Borges. O Município. 07/06/2017.

A fosfoetanolamina é um composto orgânico produzido pelo organismo humano, mas que foi

sintetizada por um professor da USP e utilizada no tratamento de alguns tipos de câncer. Sua estrutura

está representada abaixo.

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GABARITO

Exercícios

1. c

A estrutura do ácido fumárico possui cadeia carbônica insaturada. O número de carbonos primários e

secundários é ilustrado abaixo:

2. d

Inicialmente, vamos reescrever a estrutura de forma a visualizarmos todas as ligações:

Agora, consideramos como ligação sigma ( )σ as simples e uma de cada dupla.

Consideramos como ligações pi ( )π as demais.

A fórmula molecular é C9H9N3O2.

De acordo com a estrutura assinalada, há 24 ligações sigma e 5 ligações pi.

3. c

Teremos:

4. e

Analisando a figura, teremos:

(1) Carbono com hibridização sp2.

(2) Carbono assimétrico ou quiral.

(3) Carbono com hibridização sp3.

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5. b

6. a

[A] Correta.

[B] Incorreta. Fórmula molecular: 15 24C H O

[C] Incorreta. Possui 2 substituintes: terc-butila.

[D] Incorreta. Possui 6 carbonos com hibridação do tipo 2sp (carbonos que formam dupla ligação).

[E] Incorreta. Possui apenas 3 carbonos terciários.

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7. d

Carbono terciário é aquele ligado a 3 outros átomos de carbono e, nesse caso, esse carbono deve

possuir hibridização do tipo 3sp , ou seja, deve possuir apenas ligações simples.

8. c

[I] Verdadeira. A cadeia carbônica, não apresenta heteroátomo, sendo portanto, homogênea, e

insaturada, pois apresenta ligações duplas.

[II] Falsa. A molécula apresenta 21 átomos de carbono e 20 átomos de hidrogênio.

[III] Falsa. A combustão completa da molécula forma dióxido de carbono e água.

21 20 6 2(g) 2(g) 2 ( )C H O 26O 21CO 10H O+ → + l

[IV] Verdadeira. A molécula possui 17 carbonos secundários (ligados a 2 outros átomos de carbono) e 2

carbonos terciários (ligados a 3 átomos de carbono)

[V] Falsa.

9. c

O número de átomos de carbono secundário neste composto é de sete.

10. F V F V V.

Análise das afirmações:

(F) Possui cadeia carbônica insaturada por ligações pi (duplas).

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(V) Possui 11 ligações duplas conjugadas.

(F) Não possui estereoquímica cis nas ligações duplas mais externas.

.

(V) Possui átomos de carbono com hibridação 2sp (ligações duplas) e com hibridação

3sp (carbono com

4 ligações simples).

(V) Possui 26 elétrons π , pois a molécula tem 13 ligações duplas (2 13 26). =

Questão Contexto

Fórmula estrutural em bastão.

em que

a camada de valência possui 4 orbitais híbridos sp³.

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Red.

Professor: Carolina Achutti

Monitor: Maria Paula

Queiroga e Bruna Basile

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Análise de redações

exemplares Unicamp

05

set

RESUMO

A prova de redação da Unicamp tem como objetivo a escrita de um texto a partir de uma situação específica

de comunicação verbal, com auxílio de textos da coletânea, configurando um gênero de texto específico.

Os candidatos, a cada ano, são expostos a demandas variadas de uso da linguagem, uma vez que os próprios

gêneros, interlocutores e temas variam. Dessa forma, são desafiados a mobilizar conhecimentos e estratégias

distintas, a fim de cumprir o solicitado nas duas propostas da prova. Entretanto, os aspectos a serem avaliados

são sempre:

• O modo como o locutor (aquele que escreve, conforme o enunciado) e o interlocutor (aquele a quem

se destina o texto escrito) estão representados na linguagem do texto;

• A pertinência do registro de linguagem adotado (formal, semiformal, informal) na escolha das palavras

e expressões;

• O modo como o tema é abordado (se foi entendida a problemática e a relação com os textos de apoio);

• As estratégias de argumentação (ou de convencimento do leitor sobre determinado assunto) adotadas;

• O uso da norma padrão e das formas de organização textual que atenderão aos tópicos anteriores

(estrutura das sentenças, elementos de coesão, etc.);

• A compreensão do gênero exigido (se o autor seguiu os padrões de uma carta, por exemplo, com o

cabeçalho e as apresentações).

Dessa forma, a redação solicitada no vestibular da Unicamp deve ser vista como a reprodução de uma prática

situada de escrita e não como mero exercício de redação.

EXERCÍCIOS

Agora que já entendemos alguns dos pontos para se garantir uma boa nota no vestibular da

UNICAMP, analisaremos algumas redações exemplares. Abaixo, prova de redação de 2016:

Prova de redação de 2016

Texto 1 Você está participando de um curso sobre o livro O sentimento de si: corpo, emoção e consciência,

de autoria do neurocientista António Damásio. Uma das avaliações do curso consiste na produção de

um texto de divulgação científica a ser publicado em um blog do curso. O objetivo do seu texto será

o de divulgar as ideias do autor para um público mais amplo, especialmente para alunos do ensino

médio. Você deverá escrever o seu texto sobre o tema da indução das emoções, baseado no excerto

abaixo, incluindo: a) uma explicação sobre indutores de emoção com exemplos do próprio texto;

b) uma breve narrativa que exemplifique processos de indução de emoções;

c) uma finalização baseada no fechamento do texto original.

Lembre-se de que o texto de divulgação científica deverá ter um título adequado aos conteúdos

tratados.

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O induzir das emoções

As emoções acontecem em dois tipos de circunstâncias. O primeiro tipo de circunstâncias tem lugar

quando o organismo processa determinados objetos ou situações através de um dos seus dispositivos

sensoriais, por exemplo, quando o organismo avista um rosto ou um local familiar. O segundo tipo de

circunstâncias tem lugar quando a mente de um organismo recorda certos objetos e situações e os

representa, como imagens, no processo do pensamento, por exemplo, a recordação do rosto de uma

amiga ou o fato de esta ter acabado de falecer. Um fato que se torna óbvio ao considerarmos as emoções é que certas espécies de objetos ou

acontecimentos tendem a estar mais sistematicamente ligadas a determinado tipo de emoção que a

outros. As classes de estímulos que provocam alegria, medo ou tristeza tendem a fazê-lo de forma

consistente no mesmo indivíduo e em indivíduos que compartilham os mesmos antecedentes culturais.

Apesar de todas as possíveis variações na expressão de uma emoção, e apesar do fato de podermos

ter emoções mistas, existe uma correspondência aproximada entre classes de indutores de emoção e

o resultante estado emocional. Ao longo da evolução, os organismos adquiriram os meios para

responder a determinados estímulos sobretudo aos que são potencialmente úteis ou perigosos sob

o ponto de vista da sobrevivência através de um conjunto de respostas a que chamamos emoção.

Também é importante notar que enquanto o mecanismo biológico das emoções é largamente

predeterminado, os indutores de emoção são externos e não fazem parte desse mecanismo. Os

estímulos que causam a emoção não se encontram, de modo algum, confinados aos que ajudaram a

formar nosso cérebro emocional ao longo da evolução e que podem induzir emoção desde os

primeiros dias de vida. À medida que se desenvolvem e interagem, os organismos ganham experiência

factual e emocional com diversos objetos e situações do ambiente, tendo assim uma oportunidade de

associar muitos objetos e situações que poderiam ter permanecido emocionalmente neutros, com os

objetos e as situações que causam emoções naturalmente. A forma de aprendizagem conhecida por

condicionamento é uma das maneiras de obter esta associação. Uma casa parecida com a que o leitor

viveu uma infância feliz pode fazê-lo sentir-se feliz, embora nada de especialmente bom ainda se tenha

passado na casa. Do mesmo modo, o rosto de uma belíssima desconhecida, que se assemelha ao de

uma pessoa ligada a um acontecimento terrível, pode causar-lhe desconforto ou irritação. Pode até

nunca chegar a perceber por quê.

A consequência de concedermos um valor emocional aos objetos que não estavam biologicamente

destinados a receber essa carga emocional é tornar infinita a lista de estímulos que, potencialmente,

podem induzir emoções. De uma forma ou de outra, a maior parte dos objetos e das situações

conduzem a alguma reação emocional, embora uns em maior escala que outros. A reação emocional

pode ser fraca ou forte e, felizmente para nós, é fraca na maior parte das vezes mas mesmo assim

está sempre presente. A emoção e o mecanismo biológico que lhe é subjacente são os companheiros

obrigatórios do comportamento, consciente ou não. Um certo grau de emoção acompanha,

forçosamente, o pensamento sobre nós mesmos ou sobre o que nos rodeia. Adaptado de António Damásio, O sentimento de si: corpo, emoção e consciência. Lisboa: Círculo de Le itores, 2013, p.79-81.

Exemplo de redação acima da média

Redação exemplar 1 gatilhos das sensações

Constantemente em nossas vidas, lugares, pessoas, objetos ou situações são responsáveis por

nos causar emoções diversas, às vezes positivas, às vezes não. Segundo António Damásio, as emoções

são meios de responder a determinados estí

sentimento de si: corpo,

Imaginamos a seguinte situação: ao longo de sua infância você viveu em uma casa onde foi

muito feliz. Anos mais tarde, você se depara com uma casa extremamente parecida com aquela em

que passou a infância. Nesse instante, seu cérebro passa a associar a casa nova com a ideia da felicidade

que você presenciou ao longo da infância, mesmo que nada de bom já tenha acontecido na nova

residência. No nosso exemplo, a casa seria o indutor de emoção, pois sua lembrança gera em você

sensações de felicidade. Suponhamos agora que você foi atropelado por uma moça ruiva ao sair da escola. Tempos

depois, em uma festa com os amigos, você vê uma jovem muito parecida com a motorista que o

atropelou. Assim, mesmo sem conhecer a jovem da festa, você começa a se sentir desconfortável ou

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R

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.

irritado só de vê-la. Nesse caso, o indutor de emoção é a aparência da mulher ruiva, que lhe remete a

uma situação terrível, causando-lhe irritação. Naturalmente, existe uma gama de indutores, mas o hábito de conceder um valor afetivo a

seres inanimados, como objetos, aumenta infinitamente o número de estimulantes. Felizmente, a

resposta a tais estímulos é, quase sempre, fraca, embora as emoções estejam sempre presentes.

Portanto, como há, toda vez, uma ligação entre o indutor e a emoção subsequente, um certo grau de

sensação está intimamente associado ao que pensamos sobre nós ou sobre o mundo ao nosso redor.

Introdução: A introdução, que contém título (exigido pelo vestibular), apresenta o conteúdo a ser

tratado no texto, baseando no excerto de Antônio Damásio. O autor se preocupa em desenvolver um

pensamento para cativar o leitor sobre as diferentes emoções em relação aos ambientes, se

aproximando de uma realidade de senso comum, para, assim, introduzir a proposta.

Desenvolvimento: É interessante para você, aluno, perceber um ponto de diferencial entre a

dissertação e outros gêneros. Como é possível ver, a conversa com o leitor é essencial para se

aproximar de um público mais amplo. Apesar de ser um texto de divulgação científica, o autor se

preocupou em trazer uma linguagem que abrangesse qualquer leitor, um diferencial para sua alta nota.

do desenvolvimento, que desencadeia o pensamento

sobre essas induções.

Conclusão: Percebe-se que o leitor não retomou ao autor para responder às questões levantadas com

a narrativa do desenvolvimento. Ao contrário, apenas explicou o que ocorre, de maneira científica e

de modo a concluir o seu pensamento com a síntese do que foi dito, acompanhado pelo conectivo

Redação exemplar 2 Como as emoções podem ser despertadas?

Todas as nossas emoções são provocadas por classes de circunstâncias conhecidas como indutores

neurocientista António Damásio. Segundo o pesquisador, os indutores são toda sorte de objetos e

acontecimentos que estão ligados a um determinado sentimento. Este, por sua vez, é formado de duas

formas: quando experimentamos objetos e situações por meio dos nossos sentidos por exemplo, ao

vermos um rosto de uma pessoa familiar , ou quando, em nosso pensamento, lembramos desses

objetos e situações e os visualizamos internamente como imagens a exemplo, a lembrança do

semblante de um amigo ou a ocasião de seu falecimento.

O autor ainda evidencia que esses indutores são externos aos seres humanos. Sendo assim, cada um

pode, mesmo sem ter plena consciência disso, associar emoções a certas ocorrências e coisas que,

normalmente, não induziriam sentimentos. Suponhamos que, ao caminhar pela rua, você encontra

uma praça muito semelhante àquela em que passou e ainda passa uma juventude muito feliz. Essa

associação certamente lhe despertará felicidade. Por outro lado, se, em uma multidão, você, por

acaso, vê uma pessoa parecida com um(a) antigo(a) namorado(a), cujo relacionamento lhe trouxe

muitas mágoas, pode ser que você se sinta tomado pela angústia que caracterizava sua relação,

embora, talvez, você não perceba o porquê disso. Assim, os indutores manifestam-se de diversas

maneiras na vida cotidiana.

O impacto desse contínuo processo, que atribui valor sentimental a vários objetos, é a multiplicidade

e a multiplicação imensa da quantidade de indutores, que despertam emoções. Os sentimentos são,

explica o autor, uma resposta evolutiva a situações que nos foram impostas para a sobrevivência nas

mais variadas formas. Dessa maneira, faz todo sentido concluir que alguns indutores podem atuar em

maior grau que outros. Fato é que, assim como constatam as descobertas sobre os processos de

indução, o ato de sentir é um mecanismo biológico que está sempre presente no comportamento

humano, seja de forma consciente, seja de forma inconsciente.

Introdução: Novamente, o título é um chamativo para o texto, assim, tendo a necessidade nesta

pesquisador.

Desenvolvimento:

apresentando a formação da indução de sentimentos, sendo contradita com outro exemplo de

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ed

.

manifestações diversas de emoções. Como no exemplo 1, é importantíssima essa relação do autor com

o leitor universal. Dessa forma, é imprescindível uma linguagem que se aproxime mais da

coloquialidade.

Conclusão: A conclusão traz a explicação desses dois sentimentos adversos demonstrados no

desenvolvimento e aprofunda para a definição do que é sentimento e como ocorre o processo

indutivo. Diferentemente do primeiro texto, o autor menciona o pesquisador do livro, trazendo mais

veracidade ao que está sendo comprovado.

Agora é a sua vez! Procure analisar os pontos importantes da redação exemplar, os mecanismos de

coesão e o entendimento do gênero.

Você integra um grupo de estudos formado por estudantes universitários. Periodicamente, cada

membro apresenta resultados de leituras realizadas sobre temas diversos. Você ficou responsável por

elaborar uma síntese sobre o tema humanização no atendimento à saúde, que deverá ser escrita em

registro formal. As fontes para escrever a síntese são um trecho de um artigo científico (excerto A) e

um trecho de um ensaio (excerto B). Seu texto deverá contemplar: a) o conceito de humanização no atendimento à saúde;

b) o ponto de vista de cada texto sobre o conceito, assim como as principais informações que

sustentam esses pontos de vista;

c) as relações possíveis entre os dois pontos de vista.

Excerto A A humanização é vista como a capacidade de oferecer atendimento de qualidade, articulando os

avanços tecnológicos com o bom relacionamento. O Programa Nacional de Humanização da

Assistência Hospitalar (PNHAH) destaca a importância da conjugação do binômio "tecnologia" e "fator

humano e de relacionamento". Há um diagnóstico sobre o divórcio entre dispor de alta tecnologia e

nem sempre dispor da delicadeza do cuidado, o que desumaniza a assistência. Por outro lado,

reconhece-se que não ter recursos tecnológicos, quando estes são necessários, pode ser um fator de

estresse e conflito entre profissionais e usuários, igualmente desumanizando o cuidado. Assim, embora

se afirme que ambos os itens constituem a qualidade do sistema, o "fator humano" é considerado o mais estratégico pelo documento do PNHAH, que afirma:

(...) as tecnologias e os dispositivos organizacionais, sobretudo numa área como a da saúde, não

funcionam sozinhos sua eficácia é fortemente influenciada pela qualidade do fator humano e do

relacionamento que se estabelece entre profissionais e usuários no processo de atendimento. Ministério da Saúde, 2000). (Adaptado de Suely F. Deslandes, Análise do discurso oficial sobre a humanização da assistência

hospitalar. Ciência & saúde coletiva. Vol. 9, n. 1, p. 9-10. Rio de Janeiro, 2004.

Excerto B A famosa Faculdade para Médicos e Cirurgiões da Escola de Medicina da Columbia University, em

Nova York, formou recentemente um Programa de Medicina Narrativa que se ocupa daquilo que veio

e até das mortes que podia ser atribuído parcial ou totalmente à atitude dos médicos de ignorarem

o que os pacientes contavam sobre suas doenças, sobre aquilo com que tinham que lidar, sobre a

sensação de serem negligenciados e até mesmo abandonados. Não é que os médicos não

acompanhassem seus casos, pois eles seguiam meticulosamente os prontuários de seus pacientes:

ritmo cardíaco, hemogramas, temperatura e resultados dos exames especializados. Mas, para

parafrasear uma das médicas comprometidas com o programa, eles simplesmente não ouviam o que

os pacientes lhes contavam: as histórias dos pacientes. Na sua

um paciente está na expectativa de um grande e rápido efeito por parte de uma intervenção ou

medicação e nada disso acontece, a queda ladeira abaixo tem tanto o seu lado biológico como

paciente tem a dizer, e só depois decidir o que fazer a respeito. Afinal de contas, quem é o dono da

causadas por incompetências narrativas na Faculdade para Médicos e Cirurgiões. *A pergunta é feita por Jerome Bruner a Rita Char on, idealizadora do Programa de Medicina Narrativa.

Adaptado de Jerome Bruner, Fabricando histórias: direito, literatura, vida. São Paulo: Letra e Voz, 2014, p. 115-116.

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Redação exemplar 1

Humanização no atendimento à saúde

O ato de somar os avanços tecnológicos ao bom relacionamento, a fim de proporcionar um

atendimento de qualidade, é o que entende-se por humanização.

de Suely Deslandes, a humanização no atendimento à saúde é importante pois, se houver

acordo com o Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH).

importância do médico escutar o que o paciente tem a dizer, antes de tratá-lo. Para isso, toma como

base um Programa de Medicina Narrativa desenvolvido na Faculdade para Médicos e Cirurgiões da

Escola de Medicina da Columbia University, cujo objetivo é atentar-se para o que o paciente tem a

dizer, antes de intervir em seu caso clínico. Segundo os organizadores do programa, o número de

mortes por incompetências narrativas já começou a diminuir na Faculdade da Columbia University.

Ambos os trechos, artigo científico e ensaio, ressaltam a importância do bom relacionamento entre

profissionais e usuários e a necessidade de se atentar ao papel do profissional, seja para controlar os

equipamentos tecnológicos, seja para bem atender pessoalmente.

Redação exemplar 2

A humanização no sistema de saúde consiste em levar à medicina a capacidade de oferecer um

atendimento de qualidade, que articule avanços tecnológicos com bom relacionamento, isto é, unir o

conhecimento médico aos relatos dos pacientes, segundo o artigo científico de Suely F. Deslandes e

o ensaio de Jerome Bruner.

Em seu texto, Deslandes concorda com o Programa Nacional de Humanização da Assistência

co e influente sobre a eficácia do

sistema, embora valide a importância dos recursos tecnológicos para a medicina.

Analogamente, Bruner traz a ideia do Programa de Medicina Narrativa em sua obra. Ele afirma que a

medicina narrativa, idealizada por Rita Charon, traz qualidade e humanização à saúde ao levar a

responsabilidade de ouvir os doentes como fator que irá embasar as decisões e, por fim, o tratamento

a ser aplicado a eles, além de motivá-los psicologicamente à cura. O fato de que a medicina narrativa

já trouxe uma redução no número de mortes na Faculdade da Escola de Medicina da Columbia

University, trazido por Bruner, corrobora o programa.

saúde, possui um valor que supera o dos recursos tecnológicos e factuais no tratamento.

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GABARITO

É necessário entender que uma síntese compreende de uma compreensão dos pontos mais

importantes de um texto, neste caso, sendo dois excertos.

Redação 1

Introdução: O primeiro parágrafo do texto contempla a exigência (a) da proposta, conceituar o que é

humanização no ambiente da saúde. Apesar da clareza e da objetividade, o autor poderia especificar

e contextualizar um pouco mais essa definição.

Desenvolvimento: Como explicado acima sobre a síntese, o autor compreendeu os dois textos e

conseguiu, de forma indireta, relacionar e comparar ambos, sem a necessidade de contra argumentar

algum fato previsto nas duas vertentes.

Conclusão: O autor conclui com um ponto em comum entre os dois excertos, sendo o fato da boa

relação entre pacientes e trabalhadores da área de saúde, sem valorizar apenas uma vertente ou outra.

Redação 2

Introdução: Como pode ser visto, diferentemente da introdução da redação 1, o autor conseguiu

contextualizar a exigência (a), apresentando, inclusive, uma sinopse dos excertos que serão

sintetizados no desenvolvimento.

Desenvolvimento: Assim como o texto 1, o desenvolvimento aparece em forma de resumo das duas

vertentes. É importante ressaltar que os dois pensamentos devem estar em dois parágrafos, para

mostrar o antagonismo e os aspectos em comum. Ademais, o autor utiliza um mecanismo coesivo

Conclusão: De forma clara e objetiva, o autor constrói os aspectos em comum entre os dois textos,

concluindo o que foi dito sobre a humanização dos ambientes de saúde.