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2018 Semana 04 05____0 9 mar Este conteúdo pertence ao Descomplica. Está vedada a cópia ou a reprodução não autorizada previamente e por escrito. Todos os direitos reservados. Bixo SP

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2018 Semana 0405____0 9 mar

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Bixo SP

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B

io.

Bio.

Professor: Brenda Braga

Monitor: Sarah Schollmeier

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B

io.

EXERCÍCIOS DE AULA

1. Na goiabeira do quintal de uma casa, eram muitas as goiabas que se apresentavam infestadas por larvas

de moscas. Nos galhos da árvore, inúmeros pássaros se alimentavam dos frutos enquanto, ao pé da

goiabeira, pássaros iguais aos dos galhos se alimentavam das larvas expostas pelas goiabas que haviam

caído e se esborrachado no chão. Pode-se afirmar que:

a) Os pássaros dos galhos e os pássaros do chão ocupam diferentes níveis tróficos e, portanto, a

despeito da mesma aparência, não pertencem à mesma espécie.

b) As larvas são decompositores, enquanto os pássaros são consumidores primários.

c) As larvas são consumidores primários e os pássaros podem se comportar como consumidores

primários e secundários.

d) A goiabeira é produtor, os pássaros são consumidores primários e as larvas são parasitas, não

fazendo parte de esta cadeia alimentar.

e) As larvas ocupam o primeiro nível trófico, os pássaros dos galhos e os pássaros do chão ocupam,

respectivamente, o segundo e o terceiro níveis tróficos.

2. O gráfico apresenta dados sobre a demanda bioquímica de oxigênio (DBO) e a concentração de

metilmercúrio na água em cinco trechos (1, 2, 3, 4 e 5) ao longo de um rio.

Ao compararmos os trechos 1 e 5 podemos afirmar corretamente que a quantidade de matéria

orgânica em decomposição será:

a) Maior no trecho 1, onde os peixes do topo da cadeia alimentar terão a menor quantidade de

metilmercúrio/kg do que os outros animais.

b) Menor no trecho 5, onde os produtores apresentarão maior quantidade de metilmercúrio/kg em

comparação aos demais níveis tróficos.

c) Maior no trecho 1, onde os peixes dos níveis tróficos mais próximos dos produtores terão a maior

quantidade de metilmercúrio/kg do que os animais mais distantes.

d) Menor no trecho 5, onde os peixes do topo da cadeia alimentar terão a maior quantidade de

metilmercúrio/kg do que os outros animais.

e) Maior no trecho 5, onde os peixes do topo da cadeia alimentar terão a maior quantidade de

metilmercúrio/kg do que os outros animais.

3. Considere um ecossistema representado por um campo. Nesse ecossistema, existem plantas, como o

capim, gafanhotos que se alimentam do capim e pássaros que se alimentam dos gafanhotos. No solo,

existem bactérias e fungos, que utilizam como alimento o capim e os gafanhotos e pássaros mortos. É

correto afirmar-se sobre esse ecossistema que:

a) O capim pertence ao nível trófico dos consumidores primários.

b) Os gafanhotos devem ser mais abundantes do que os pássaros.

Exercícios: Cadeias, teias e pirâmides 08

mar

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B

io.

c) Os pássaros devem ser mais abundantes do que os gafanhotos.

d) Os fungos e bactérias representam os produtores.

e) Os vegetais representam a base da cadeia alimentar, pois ao respirarem absorvem gás carbônico

e liberam oxigênio.

4. A figura representa um dos modelos de um sistema de interações entre seres vivos. Ela apresenta duas

propriedades, P1 e P2, que interagem em I, para afetar uma terceira propriedade, P3, quando o sistema

é alimentado por uma fonte de energia, E. Essa figura pode simular um sistema de campo em que P1

representa as plantas verdes; P2 um animal herbívoro e P3, um animal onívoro.

Modelo de um sistema de interações entre seres vivos

A função interativa I representa a proporção de

a) herbivoria entre P1 e P2.

b) polinização entre P1 e P2.

c) P3 utilizada na alimentação de P1 e P2.

d) P1 ou P2 utilizada na alimentação de P3.

e) Energia de P1 e de P2 que saem do sistema.

5. Considere as afirmações abaixo.

I. A fonte de energia para os seres vivos é o sol.

II. A energia é captada primariamente pelos produtores e transferida para os demais níveis tróficos.

III. A quantidade de energia transferida de um nível trófico para outro é sempre menor.

IV. Como a energia não pode ser destruída, as perdas são armazenadas na forma de petróleo.

Sobre elas, devemos dizer que:

a) Todas estão corretas.

b) Somente I, II e III estão corretas.

c) Somente II, III e IV estão corretas.

d) Somente II e IV estão corretas.

e) Somente II e III estão corretas.

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B

io.

6. O DDT (Dicloro-Difenil-Tricloroetano) é um eficiente matador de insetos. Introduzido em grande escala

durante a segunda guerra mundial, foi muito utilizado na agricultura brasileira para o controle de

insetos considerados como pragas. O DDT é um inseticida sintético que conserva sua atividade química

por muito tempo, ao invés de se decompor com facilidade. Por esse motivo, é um inseticida

persistente, conforme demonstra a figura abaixo:

Conforme o texto e a figura, assinale a alternativa correta:

a) Na cadeia alimentar representada pela figura, os consumidores sustentam os produtores.

b) O padrão de acumulação do DDT é diferente do fluxo de energia em uma cadeia alimentar. A

energia é armazenada, e não transmitida de um nível trófico para outro.

c) A concentração do DDT tende a aumentar no sentido dos produtores para os consumidores.

Entre os consumidores, o acúmulo de DDT tende a ser maior em consumidores terciários do que

em secundários.

d) A figura demonstra que a concentração de DDT diminui ao longo da cadeia, reduzindo sua

concentração de modo que, nas plantas, atinge níveis muito baixos.

e) As plantas deveriam ocupar o topo da figura, enquanto os carnívoros ocupariam os níveis mais

baixos da pirâmide.

EXERCÍCIOS DE CASA

1. Ao deixarem de ser nômades, caçadores e coletores, os humanos se estabeleceram em áreas

determinadas e começaram a cultivar plantas. Nesse processo, as paisagens naturais foram

modificadas, sendo retirada a cobertura vegetal original para dar lugar às plantas cultivadas. Ao mesmo

tempo, começou-se a domesticar animais, dentre estes, os gatos. Estudos paleontológicos recentes

mostraram que os felinos se aproximavam atraídos por roedores, dentre estes, os ratos, que por sua

vez eram atraídos pelos grãos que eram colhidos e armazenados. Aponte o gráfico que melhor

representa o fluxo de energia da interação entre grãos, ratos e gatos.

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B

io.

2. Um agricultor, desprezando as orientações de um tecnólogo em agronegócio, resolveu aplicar um

pesticida em alta concentração em sua plantação, com a intenção de eliminar totalmente uma

população de gafanhotos que vinha atacando sua lavoura. Considere que outras espécies também

ocorrem nessa região e que essas interagem de acordo com a teia alimentar apresentada.

Espera-se que, com a remoção dos gafanhotos, ao longo do tempo,

a) Não ocorra qualquer impacto sobre a população de roedores.

b) Nenhuma das populações de consumidores terciários seja afetada.

c) Somente as populações de consumidores secundários sejam afetadas.

d) Ocorra uma diminuição no número de indivíduos na população de cobras.

e) Somente os produtores sejam afetados, com um aumento no número de indivíduos.

3. Ao percorrer o trajeto de uma cadeia alimentar, o carbono, elemento essencial e majoritário da matéria

orgânica que compõe os indivíduos, ora se encontra em sua forma inorgânica. Em uma cadeia

alimentar comporta por fitoplâncton, zooplâncton, moluscos, crustáceos e peixes ocorre a transição

desse elemento da forma inorgânica para a orgânica.

Em qual grupo de organismos ocorre essa transição?

a) Fitoplâncton

b) Zooplâncton

c) Moluscos

d) Crustáceos

e) Peixes

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B

io.

4. Observe, inicialmente, as duas cadeias alimentares:

1.

2.

Observe os modelos de pirâmide a seguir:

Analise a pirâmide I e II

É correto afirmar, com relação às cadeias 1 e 2 e aos modelos de pirâmides I e II, que:

a) a pirâmide I pode representar tanto o número de indivíduos como a quantidade de energia

disponível em cada nível trófico da cadeia 2.

b) a pirâmide II pode representar tanto o número de indivíduos como a quantidade de energia

disponível em cada nível trófico da cadeia 1.

c) a pirâmide II pode representar a quantidade de energia disponível em cada nível trófico da cadeia

2.

d) a pirâmide I pode representar o número de indivíduos em cada nível trófico da cadeia 1.

e) a pirâmide I pode representar o número de indivíduos da cadeia 2, e a pirâmide II, a quantidade

de energia disponível em cada nível trófico da cadeia 1.

5. O esquema abaixo representa uma teia alimentar em uma comunidade de lagos.

Sabendo-se que os peixes dessa comunidade servem de alimento para uma ave, podemos dizer que,

nessa teia alimentar, essa ave comporta-se, exclusivamente, como:

a) consumidor de primeira ordem

b) consumidor de segunda ordem

c) consumidor de terceira ordem

d) consumidor de segunda e terceira ordens

e) consumidor de terceira e de quarta ordem.

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B

io.

6. Considere o esquema que mostra diversos níveis tróficos ligados entre si formando uma teia alimentar

na qual ocorre transferência de matéria e energia entre os organismos representados.

Ao destacar uma cadeia alimentar com cinco níveis tróficos, dentre as várias relações, pode-se

considerar que, nessa cadeia,

a) a quantidade de energia disponível no nível trófico do gafanhoto é maior que no nível trófico do

musaranho.

b) a quantidade de energia disponível nos níveis tróficos dos camundongos e ratos é equivalente.

c) a quantidade de energia ao longo dessa cadeia sofre pequena variação devido à participação de

organismos provenientes de diferentes ecossistemas.

d) a maior quantidade de energia disponível ocorre no nível trófico dos moluscos marinhos em

relação ao nível trófico das aves costeiras.

e) a quantidade de energia pode aumentar ou diminuir, pois um mesmo animal pode participar de

várias cadeias alimentares simultaneamente como o tico tico.

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B

io.

7. Abaixo estão representados três exemplos de cadeias alimentares na coluna da esquerda e, na coluna

da direita, três pirâmides que expressam o número relativo de indivíduos em cada nível, numa situação

de equilíbrio ecológico. Relacione as cadeias alimentares da coluna da esquerda com as pirâmides da

direita.

Assinale a alternativa que apresenta a numeração correta da coluna da direita, de cima para baixo.

a) 1 2 3.

b) 1 3 2.

c) 3 1 2.

d) 2 1 3.

e) 3 2 1.

8. Seja a pirâmide alimentar da sequência seguinte:

plantas fotossintetizantes ⇒ pequenos animais herbívoros ⇒ pequenos carnívoros e onívoros maiores

a) o conteúdo energético, a massa de protoplasma e o número de espécies aumentam a ordem

dada para a sequência;

b) os três parâmetros dados diminuem na ordem da sequência;

c) o conteúdo energético aumenta e os dois outros parâmetros diminuem;

d) o conteúdo energético e a massa de protoplasma aumentam na ordem dada e o número de

espécies diminui;

e) na ordem dada para sequência aumentam a massa dos protoplasmas e o número de espécies,

diminuindo o outro parâmetro.

9. As alternativas apresentam os constituintes de uma cadeia alimentar de uma lagoa, onde foi aplicado

DDT, sabendo-se que o DDT tem efeito cumulativo, em qual dos elementos da cadeia alimentar haverá

maior concentração deste inseticida?

a) guaru-guarus

b) fitoplâcton

c) larvas de mosquitos

d) cágados

e) zooplâncton

10. Analisando-se as trocas efetuadas entre o meio e cada nível trófico de uma cadeia alimentar, nota-se:

a) devolução de energia, de CO2 e de O2 para o meio. A energia não pode ser reutilizada. O CO2 é

utilizado pelos produtores e o O2 pelos seres vivos em geral;

b) devolução de energia e de CO2 para o meio. A energia e o CO2 só poderão ser reutilizados pelos

produtores;

c) devolução de energia e de CO2 para o meio. A energia pode ser reaproveitada. O CO2 pode ser

reutilizado pelos produtores;

d) aproveitamento total da energia incorporada e desprendimento de O2, que poderá ser utilizada na

respiração dos seres vivos;

e) aproveitamento total da energia incorporada e desprendimento de CO2, que poderá ser utilizado

pelos produtores.

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B

io.

QUESTÃO CONTEXTO

http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/

A pirâmide de biomassa de um ambiente marinho, classicamente, é invertida no que se refere ao

fitoplâncton e ao zooplâncton. Explique o fenômeno.

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B

io.

GABARITO

Exercícios de aula

1. c

As larvas, se alimentando dos frutos da goiabeira, são consumidores primários. Os pássaros, ao se

alimentar dos frutos, são consumidores primários, enquanto que, ao se alimentar das larvas, são

consumidores secundários.

2. d

Quanto maior o nível trófico, maior a acumulação de substâncias não biodegradáveis, como o

metilmercúrio. A decomposição é maior em locais com maior demanda bioquímica de oxigênio, assim,

será menor no trecho 5.

3. b

Dentre as pirâmides ecológicas, a de número representa a quantidade de cada nível trófico. Para

alimentar os pássaros, que estão em um nível trófico acima, é necessária uma maior quantidade de

gafanhotos do que pássaros.

4. d

A função I representa uma relação alimentar do animal P3, que é um animal onívoro, já que se pode

observar junção de P1 (produtor) e P2 (herbívoro).

P1 é um produtor, provavelmente uma planta, já que há um fluxo (F2) de P1 para P2, o mesmo que há

entre I e P3 (F5). P2 é um animal, já que depende do fluxo F2 vindo de P1. O E trata-se da energia que é

absorvida por P1 na produção de matéria orgânica (fotossíntese), sendo a transferência representada por

F1.

5. b

I, II e III corretas

IV

respiração, em restos não aproveitados por outros animais que serão decompostos, entre outras.

6. c

No caso das substâncias não biodegradáveis, são acumuladas em maior concentração em níveis tróficos

superiores.

Exercícios de casa

1. a

O gráfico do fluxo de energia sempre decresce em direção aos maiores níveis tróficos. Assim, os gatos

cadeia alimentar.

2. d

Caso haja a eliminação dos gafanhotos, haverá um aumento de sua presa e uma redução dos seus

predadores. Nesse sentido, o sapo, a aranha, o pássaro e a cobra sofrerão redução da sua população.

3. a

A transição da forma inorgânica para a orgânica ocorre em seres autotróficos (produtores). Dentre as

afirmativas, apenas o fitoplâncton é capaz de realizar essa conversão.

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B

io.

4. a

Importante: A pirâmide de energia NUNCA pode ser invertida. Assim, a pirâmide I pode representar o

número de indivíduos ou a quantidade de energia. Entretanto, a pirâmide II pode indicar apenas o

número.

5. e

A ave, se alimentando dos peixes, pode exercer o papel de consumidora de terceira ordem (fitoplâncton

moluscos peixes aves) ou de quarta ordem (fitoplâncton copépodes inseto peixe ave).

6. d

A maior quantidade de energia está disponível na base de uma pirâmide ecológica, sendo necessária para

a manutenção dos níveis tróficos superiores, levando em consideração a energia dissipada.

7. c

Uma árvore pode abrigar algumas preguiças e centenas de pulgas.

Uma árvore pode abrigar algumas cotias, que alimentam um número menor de jaguatiricas

Deve haver grande quantidade de milho, alimentando uma quantidade menor de roedores e menor

ainda de cobras.

Para responder a questão, você deve imaginar o porte dos animais.

8. b

O conteúdo energético, a massa total de protoplasma e o número de espécies diminuem ao longo dessa

cadeia trófica (plantas herbívoros carnívoros e onívoros

9. d

Dentre os indivíduos apresentados nas alternativas, aquele que ocupa o maior nível trófico é o cágado. A

concentração das substâncias não biodegradáveis é maior no topo da cadeia alimentar. Assim, letra D.

10. a

O CO2 é devolvido na decomposição e na respiração e utilizado pelos produtores. O O2 é devolvido na

fotossíntese e utilizado pelos seres vivos em sua maioria.

Questão contexto

Teoricamente, uma biomassa menor de produtores não sustentaria os consumidores primários. Entretanto,

isso é um artefato de técnica, visto que uma pirâmide é uma medida estática, com biomassa calculada em

um determinado momento. O consumo do fitoplâncton é muito elevado, assim como sua taxa de

reprodução. Como não podemos avaliar a velocidade de geração de novos indivíduos numa pirâmide, parece

que há uma quantidade menor da biomassa de fitoplâncton, o que não é verdadeiro se avaliarmos por uma

medida dinâmica.

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F

il.

Fil.

Professor: Gui Franco

Monitor: Leidiane Oliveira

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il.

Sócrates e os sofistas 09

mar

RESUMO

O filósofo ateniense Sócrates (469 399 a.C) foi um pensador do período clássico da filosofia grega

antiga e é considerado o pai da filosofia. Sócrates acreditava na superioridade da língua oral sobre a língua

escrita, ou seja, considerava que o conhecimento deveria ser construído sempre através do

diálogo. Diferentemente dos sofistas, Sócrates acreditava que era possível encontrar o conhecimento

verdadeiro, através da diferenciação entre a mera opinião (doxa) e a verdade (episteme).

A genialidade do seu pensamento pode ser compreendida, em linhas gerais, se atentarmos para o

método socrático, que é composto de dois momentos principais: A ironia e a maiêutica. A ironia pode ser

entendida como o momento destrutivo do diálogo, onde Sócrates procurava mostrar ao seu interlocutor que

aquilo que ele considerava ser uma verdade tratava-se apenas de uma opinião. Já no segundo momento do

diálogo a maiêutica Sócrates fazia o que chamava de parto das ideias, ou seja, levava o seu interlocutor a

buscar a verdade por si mesmo através do diálogo.

Os sofistas: Os mestres da oratória

No período clássico (séc. V e IV a.C), o centro cultural deslocou-se das colônias gregas para a cidade

de Atenas. Nesse período, Atenas vivia uma intensa produção artística, filosófica, literária, além do

desenvolvimento da política. No campo da filosofia, embora ainda se discutisse temas cosmológicos, o

avanço em direção à política, moral e antropologia já era visível. Nesse contexto, surgem os sofistas, filósofos

que ficaram conhecidos como os mestres da retórica.

Os sofistas eram professores itinerantes, ou seja, não ensinavam em um único lugar. Uma das suas

características era cobrar pelos seus ensinamentos, recebendo assim duras críticas dos seguidores de

Sócrates, que os acusavam de mercenários do saber. Outra crítica que comumente era feita aos sofistas dizia

respeito à crença de que eles não se importavam com a verdade, mas apenas com a persuasão, reduzindo

seus argumentos a meras opiniões. É importante salientar, no entanto, que os sofistas, em sua maioria,

pertenciam à classe média e, por isso, necessitavam cobrar pelas suas aulas.

Durante séculos perdurou uma visão pejorativa dos sofistas, mas a partir do século XIX uma nova

historiografia surgiu reabilitando-os e realçando suas principais contribuições. Dentre elas sua contribuição

para a sistematização do ensino, elaborada a partir de um currículo de estudos dividido entre gramática (da

qual são os iniciadores), retórica e dialética. Além disso, eles contribuíram decisivamente para o

estabelecimento do sistema político democrático na Grécia.

EXERCÍCIOS DE AULA

1.

afirmam que todas as aparências e todas as opiniões são verdadeiras e que a verdade é algo relativo,

pois que tudo o (MARQUES,

Vertecchia, 2007, v. 2, p. 31).

Sobre a atitude filosófica dos sofistas, é correto afirmar que

(01) os sofistas não desejam a busca da verdade, pois essa era uma tarefa dos filósofos.

(02) os sofistas não negavam a verdade, apenas apontavam os problemas relativos à sua aquisição.

(04) os sofistas apresentavam, com suas contraargumentações, problemas relevantes para os filósofos.

(08) filósofos e sofistas perfazem duas personagens relevantes da filosofia na Grécia antiga.

(16) os sofistas pretendiam desmascarar os filósofos na sua capacidade de desvirtuar e iludir a juventude

SOMA: ( )

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F

il.

2. e importante. Trasímaco negava isso. Em seu entender, as pessoas acreditavam no certo e no errado

apenas por terem sido ensinadas a obedecer às regras da sua sociedade. No entanto, essas regras não

RACHELS, J. Problemas da Filosofia. Lisboa: Gradiva, 2009.

O sofista Trasímaco, personagem imortalizado no diálogo A República, de Platão, sustentava que a

correlação entre justiça e ética é resultado de

a) determinações biológicas impregnadas na natureza humana.

b) verdades objetivas com fundamento anterior aos interesses sociais.

c) mandamentos divinos inquestionáveis legados das tradições antigas.

d) convenções sociais resultantes de interesses humanos contingentes.

e) sentimentos experimentados diante de determinadas atitudes humanas.

3. O Oráculo de Delfos teria declarado que Sócrates (470-399 a.C.) era o mais sábio dos homens. Essa

profecia marcou decisivamente a concepção socrática de Filosofia, pois sua verdade não era óbvia:

cidade [Atenas] repleta de artistas, oradores, políticos, artesãos? Sócrates parece ter meditado

bastante tempo, buscando o significado das palavras da pitonisa. Afinal concluiu que sua sabedoria só

poderia ser aquela de saber que nada sabia, essa consciência da ignorância sobre as coisas que era

(J. A. M. Pessanha)

Sobre a filosofia de Sócrates, é incorreto afirmar que

a) a filosofia de Sócrates consiste em buscar a verdade, aceitando as opiniões contraditórias dos

homens; quanto mais importante era a posição social de um homem, mais verdadeira era sua

opinião.

b) a sabedoria de Sócrates está em saber que nada sabe, enquanto os homens em geral estão

impregnados de preconceitos e noções incorretas, e não se dão conta disso.

c) o reconhecimento da própria ignorância é o primeiro passo para a sabedoria, pois, assim, podemos

nos livrar dos preconceitos e abrir caminho para a verdade.

d) após muito questionar os valores e as certezas vigentes, Sócrates foi acusado de não respeitar os

deuses oficiais (impiedade) e corromper a juventude; foi julgado e condenado à morte por

ingestão de cicuta.

e) o caminho socrático para a sabedoria deve ser trilhado pelo próprio indivíduo, que deve por ele

mesmo reconhecer seus preconceitos e opiniões, rejeitá-los e, através da razão, atingir a verdade

imutável.

4. A sabedoria de Sócrates, filósofo ateniense que viveu no século V a. C., encontra o seu ponto de

resposta aos que afirmavam que ele era o mais sábio dos homens. Após interrogar artesãos, políticos

e poetas, Sócrates chegou à conclusão de que ele se diferenciava dos demais por reconhecer a sua

própria ignorância.

a) aquele que se reconhece como ignorante torna-se mais sábio por querer adquirir conhecimentos.

b) é um exercício de humildade diante da cultura dos sábios do passado, uma vez que a função da

Filosofia era reproduzir os ensinamentos dos filósofos gregos.

c) a dúvida é uma condição para o aprendizado e a Filosofia é o saber que estabelece verdades

dogmáticas a partir de métodos rigorosos.

d) é uma forma de declarar ignorância e permanecer distante dos problemas concretos,

preocupando-se apenas com causas abstratas

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F

il.

5. Sócrates foi um dos mais importantes filósofos da antiguidade. Para ele, a filosofia não era um simples

conjunto de teorias, mas uma maneira de viver. Sobre o pensamento e a vida de Sócrates, assinale o

que for correto.

(01) Sócrates acreditava que passar a vida filosofando, isto é, a examinar a si mesmo e a conduta moral

das pessoas, era uma missão divina na qual um deus pessoal o auxiliava.

(02) Nas conversações que mantinha nos lugares públicos da Atenas do século V a.C., Sócrates repetia

nada saber para, assim, não responder às questões que formulava e motivar seus interlocutores a

darem conta de suas opiniões.

(04) Em polêmica com Aristóteles, para quem a cidade nasce de um acordo ou de um contrato social,

Sócrates escreveu a República, na qual demonstra ser o homem um animal político.

(08) O exercício da filosofia, para Sócrates, consistia em questionar e em investigar a natureza dos

princípios e dos valores que devem governar a vida. Assim se comportando, Sócrates contraiu

inimizades de poderosos que o executaram sob a acusação de impiedade e de corromper a

juventude.

(16) A maiêutica socrática é a arte de trazer à luz, por meio de perguntas e de respostas, a verdade ou

os conhecimentos mais importantes à vida que cada pessoa retém em sua alma.

SOMA: ( )

6. leva a refletir sobre si mesmo, a imprimir à atenção uma direção incomum: os temperamentais, como

Alcibíades, sabem que encontrarão junto dele todo o bem de que são capazes, mas fogem porque

receiam essa imfuência poderosa, que os leva a se censurarem. É sobretudo a esses jovens, muitos

BRÉHIER,E. História da filosofia. São Paulo: Mestre Jou, 1977.

O texto evidencia características do modo de vida socrático, que se baseava na

a) contemplação da tradição mítica.

b) sustentação do método dialético.

c) relativização do saber verdadeiro.

d) valorização da argumentação retórica.

e) investigação dos fundamentos da natureza

EXERCÍCIOS DE CASA

1. São designados sofistas os interlocutores de Sócrates e Platão, pertencentes ao século V a.C., que

deram enfoque antropológico a questões morais, políticas e metafísicas que debatiam. Sobre a filosofia

dos sofistas, assinale o que for correto.

posteriormente, sentido pejorativo, em virtude da utilização de raciocínios capciosos, chamados

(02) O pensamento dos sofistas foi valorizado por Georg Wilhelm Hegel, no século XIX, que chamava

(04) Os sofistas não representam a nobreza aristocrática enraizada de Atenas, razão pela qual não

praticavam a filosofia por amor à sabedoria, como Sócrates, Platão e Aristóteles, uma vez que,

para garantir a subsistência, cobravam por suas aulas.

(08) Platão, na obra Teeteto, opõe-

(16) Pelo teor fortemente relativista em suas teses sobre a origem das espécies, Aristóteles também

pode ser considerado um sofista.

SOMA : ( )

2. sso mesmo, tinham

conhecido diferentes sistemas de governo. Usos, costumes e leis das cidades-estados podiam variar

enormemente. Sob esse pano de fundo, os sofistas iniciaram em Atenas uma discussão sobre o que

seria natural e o que seria criado pela socie (GAARDER, J. O Mundo de Sofia. São Paulo: Companhia das Letras, 1995).

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F

il.

Sobre os sofistas, é incorreto afirmar que

a) eles tiveram papel fundamental nas transformações culturais de Atenas.

b) eles se dedicaram à questão do homem e de seu lugar na sociedade.

c) eles eram mercenários e só visavam ao lucro na arte de ensinar.

3. Protágoras de Abdera (480-410 a.C.) é considerado um dos mais importantes sofistas. Ensinou por

(01) De forma semelhante a pensadores contemporâneos, os sofistas problematizam a multiplicidade

de perspectivas do conhecimento.

(02) O relativismo de Protágoras pode ser defendido filosoficamente a partir da percepção do

movimento, tese já defendida anteriormente por Heráclito.

(04) Platão e Aristóteles contrapuseram-se aos sofistas, ao não defender o homem como medida de

todas as coisas.

(08) Em razão de seu humanismo, atribui-se a Protágoras a inversão copernicana, isto é, a tese de que

não é o sol que gira em torno da Terra, mas a Terra que gira em torno do sol.

(16) O saber contido na frase de Protágoras é prático, além de teórico, ou seja, mobiliza o campo da

filosofia para a retórica.

SOMA: ( )

4. -

surge outro movimento muito importante na história da filosofia. Passa a ser abordado uma nova

modalidade de problemas e discussões (período antropológico), e assim teremos não só as figuras

principais do novo cenário da filosofia grega, mas de toda a história da razão ocidental: Sócrates, Platão

momento de apogeu da cultura grega, o chamado período clássico (séculos V e IV a.C.), fase de

grande expressão na política, nas artes, na literatura e na filosofia. O que há de mais forte na filosofia

de Sócrates é o seu método e a maneira pela qual ele buscava discutir os problemas relacionados à

filosofia.

A partir desta informação, e de seus conhecimentos sobre a filosofia socrática, analise as assertivas e

assinale a alternativa que aponta as corretas.

I. Sócrates sempre buscava pessoas em praça pública para dialogar e questionar sobre a realidade

de seu tempo.

II.

isso questionava as ideias de seus interlocutores.

III. Sócrates oferecia grande importância às experiências sensíveis, o que caracterizou fortemente o

seu método filosófico.

IV. Para fazer com que os seus interlocutores enxergassem a verdade por si próprios, Sócrates

elaborou um método composto de duas partes centrais: a ironia e a maiêutica.

a) Apenas I e II estão corretas.

b) Apenas I, II e IV estão corretas.

c) Apenas III e IV estão corretas.

d) Apenas I, II e III estão corretas.

e) Apenas I e IV estão corretas.

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F

il.

5. Sócrates representa um marco importante da história da filosofia; enquanto a filosofia pré-socrática se

preocupava com o conhecimento da natureza (physis), Sócrates procura o conhecimento indagando

o homem. Assinale o que for correto.

(01) Sócrates, para não ser condenado à morte, negou, diante dos seus juízes, os princípios éticos da

sua filosofia.

(02) Discípulo de Sócrates, Platão utilizou, como protagonista da maior parte de seus diálogos, o seu

mestre.

(04) O método socrático compõe-se de duas partes: a maiêutica e a ironia.

(08) Tal como os sofistas, Sócrates costumava cobrar dinheiro pelos seus ensinamentos.

(16) Sócrates, ao afirmar que só sabia que nada sabia, queria, com isso, sinalizar a necessidade de adotar

uma nova atitude diante do conhecimento e apontar um novo caminho para a sabedoria.

SOMA: ( )

6. O trecho seguinte, do diálogo platônico Górgias, refere-se ao modo de filosofar de Sócrates.

investigar comigo a verdade,

PLATÃO. Górgias. Trad. Carlos Alberto Nunes. Belém: EDUFPA, 2002, p. 198, 495a.

Marque a alternativa que expressa corretamente o procedimento empregado por Sócrates.

a) A base da filosofia socrática é a procura da perfeição da alma, mediante o exame de si mesmo e

dos concidadãos, que é a condição da excelência moral. A refutação socrática é, sobretudo, um

modo de testar a verdade da excelência da vida.

b) A base da filosofia socrática é a procura da verdade acerca do conhecimento da Natureza e da

maneira de pensar sobre os princípios racionais que governam o cosmos a partir do conhecimento

acumulado pelos filósofos anteriores.

c) A base da filosofia socrática é a refutação, a partir de um convênio em busca da verdade, de todas

as proposições de seus interlocutores com o intuito de demonstrar que o conhecimento das

questões morais é impossível.

d) A base da filosofia socrática é a educação mediante os discursos políticos e jurídicos encenados

nos tribunais atenienses. Sócrates parte das proposições dos adversários para encontrar um

discurso oposto que seja retoricamente persuasivo.

7. O trecho abaixo faz uma referência ao procedimento investigativo adotado por Sócrates.

pessoa alguma. Se alguém deseja ouvir-me quando falo ou me encontro

no desempenho de minha missão, quer se trate de moço ou velho (...) me disponho a responder a

todos por igual, assim os ricos como os pobres, ou se o preferirem, a formular-lhes perguntas, ouvindo

PLATÃO. Apologia de Sócrates. Belém: EDUFPA, 2001. (33a b)

a) Sócrates nada ensina porque apenas transmite aquilo que ouve do seu daímon. Seu procedimento

consiste em discursar, igualmente para qualquer ouvinte, com longos discursos demonstrativos

retirados da tradição poética ou com perguntas que levam o interlocutor a fazer o mesmo. A ironia

é o expediente utilizado contra os adversários, cujo objetivo é somente a disputa verbal.

b) A profissão de ignorância e a ironia de Sócrates fazem parte do seu procedimento geral de

refutação por meio de perguntas e respostas breves (o élenkhos), e constituem um meio de

reverter os argumentos do interlocutor para fazê-lo cair em contradição. A refutação socrática

revela a presunção de saber do adversário, pela insuficiência de suas definições e pela aporia.

c) Sócrates nunca ensina pessoa alguma, porque a profissão de ignorância caracteriza o modo pelo

qual encoraja seus discípulos a adquirirem sabedoria diretamente do deus do Oráculo de Delfos.

A ironia socrática é uma dissimulação que, pela zombaria, revela as verdadeiras disposições do

pequeno número dos que se encontram aptos para a Filosofia.

d) Sócrates nunca ensina pessoa alguma sem antes testar sua aptidão filosófica por meio de perguntas

e respostas. Seu procedimento consiste em destruir as definições do adversário por meio da ironia.

A ignorância socrática encoraja o adversário a revelar suas opiniões verdadeiras que, pela

refutação, dão a medida da aptidão para a vida filosófica

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il.

8. O método argumentativo de Sócrates (469 399 a.C.) consistia em dois momentos distintos: a ironia

e a maiêutica. Sobre a ironia socrática, pode-se afirmar que:

I. Torna o interlocutor um mestre na argumentação sofística.

II. Leva o interlocutor à consciência de que seu saber era baseado em reflexões, cujo conteúdo era

repleto de conceitos vagos e imprecisos.

III. Tinha um caráter purificador, à medida que levava o interlocutor confessar suas próprias

contradições e ignorâncias.

IV. Tinha um sentido depreciativo e sarcástico da posição do interlocutor.

Assinale:

a) se apenas a afirmação III é correta.

b) Se as afirmações I e IV são corretas.

c) Se apenas a afirmação IV é correta.

d) Se as afirmações II e III são corretas.

9. Marque a alternativa que expressa corretamente o pensamento de Sócrates.

a) Sócrates estabelece uma ligação muito estreita entre o conhecimento da virtude e a ação humana,

a ponto de sustentar que aquele que conhece o que é o correto não pode agir erroneamente, visto

que o erro de conduta é fruto da ignorância sobre a verdade.

b) O fim último do método dialético socrático era a refutação do seu interlocutor. Assim sendo, é

legítimo afirmar que o reconhecimento da própria ignorância equivale à constatação de que a

verdade é relativa a cada indivíduo.

c) Sócrates é considerado um divisor de águas na Filosofia graças a sua teoria ética sobre a

imobilidade do Ser. Por isso, sua missão sempre foi a investigação de um fundamento absoluto da

moral.

d) Sócrates fazia uso de um método refutativo de investigação, o que significa que seu principal

intento era levar o interlocutor à contradição, independentemente se o último estivesse

QUESTÃO CONTEXTO

homens, acorrentados, viviam uma vida ilusória, onde tudo o que conheciam era baseado nas sombras

projetadas na parede da caverna. No século XXI, muitas pessoas ainda vivem acorrentadas, guiadas a partir

de representações enganosas difundidas pela mídia. Com base em seus conhecimentos sobre o mito da

caverna e na charge acima, escreva um pequeno texto sobre a possível aplicação do mito da caverna no

mundo contemporâneos.

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il.

GABARITO

Exercícios de aula

1. 1 + 2 + 4 + 8 Na verdade, os filósofos (Sócrates, Platão e Aristóteles) é que pretendiam desmascarar os filósofos na

sua capacidade de desvirtuar e iludir a juventude, precisamente por seu relativismo no que diz respeito à

verdade.

2. d

Para os sofistas, não existem padrões absolutos de certo e errado. Ao contrário, a justiça, tal como a

verdade, é relativa, não passando de uma construção social feita mediante o poder do discurso.

3. a

Ao contrário do que diz a opção A, Sócrates não avaliava as opiniões dadas pela posição social de seus

interlocutores, mas sim pelo valor racional objetivo da ideia apresentada. Ademais, Sócrates sempre

buscou superar as contradições dos pensamentos superficiais, a fim de que a verdade absoluta fosse

atingida.

4. a

relativismo, como se fosse impossível alcançar a verdade absoluta, mas tão somente o reconhecimento

de sua própria ignorância e dos limites que ele via nele mesmo. Tal reconhecimento, longe de afastar

Sócrates da busca da verdade, o aproximava dela, ainda que sem dogmatismos.

5. 1 + 2 + 8 + 16

Na verdade, Sócrates não deixou nada escrito. E Aristóteles acreditava que a política é algo da natureza

humana e não fruto de um contrato social.

6. b

O método filosófico socrático é chamado dialético pois estava baseado no diálogo público, oral e direto

com os interlocutores interessados. Tal diálogo compunha-se normalmente de duas partes: a ironia e a

maiêutica.

Exercícios de casa

1. 1 + 2 + 4 + 8 Diferente do que diz (16), Aristóteles foi um duro crítico dos sofistas. Ademais, é difícil entender o que se

. De resto, tudo certo.

2. c

Os sofistas certamente eram mercenários no sentido de que cobravam por seus ensinamentos. Seria, no

entanto, um grave equívoco reduzir a sua importância e a complexidade de seu pensamento a uma mera

busca por lucro.

3. 1 + 2 + 4 + 16

A afirmativa (08) é totalmente absurda, visto que Protágoras jamais se dedicou a astronomia. De resto,

tudo certo.

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il.

4. b

Ao contrário do que diz a afirmativa III, o método socrático prezava pelo debate racional e não pelas

experiências sensíveis.

5. 2 + 4 + 16

Sócrates jamais negou, mesmo perante a ameaça de morte, os seus princípios e sua dedicação radical à

filosofia. Tampouco cobrou qualquer quantia que fosse de seus discípulos, ao contrário dos sofistas.

6. a

Longe de ser mero exercício retórico ou verbal, o método filosófico socrático tem um propósito

eminentemente ético-moral: trata-se de purificar a alma a fim de que ela se torne mais capaz de

apreender e viver a verdade.

7. b

A ironia socrática não é nem dissimulação, nem mera disputa verbal, tampouco uma refutação de

opiniões verdadeiras. Trata-se sim de um procedimento purgativo, que tinha como objetivo fazer o

interlocutor reconhecer sua própria ignorância, a fim de que ele pudesse buscar retamente o

conhecimento.

8. d

A ironia socrática tinha como objetivo fazer o interlocutor reconhecer a sua própria ignorância, a fim de

que ele pudesse buscar retamente o conhecimento. Não tinha nem propósito de humilhação nem de

fornecer habilidades sofísticas, uma vez que os sofistas eram adversários de Sócrates.

9. a

era simplesmente impossível que uma pessoa conhecesse plenamente o bem e não o praticasse. O mal,

assim, teria sempre origem na ignorância e não na malícia.

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ís.

Fís.

Professor: Silvio Sartorelli

Monitor: Arthur Vieira

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ís.

Calorimetria - Sistema termicamente

isolado

08

mar

RESUMO

Calor é definido como qualquer fluxo espontâneo de energia de um objeto para outro, causado somente

pela diferença de temperatura entre os objetos. Dizemos que "calor" flui da água quente para o cubo de gelo

frio e do Sol quente para a Terra fria.

Calor sensível e latente

A capacidade térmica de um objeto é a quantidade de calor necessária para aumentar sua temperatura

dividida pela variação de temperatura provocada:

(O símbolo para capacidade térmica é C.) A quantidade de calor calculada dessa maneira é denominada calor

sensível (Qs). É claro que quanto maior for a substância, maior será sua capacidade térmica. Uma quantidade

mais fundamental é o calor específico (característico da substância de que o objeto é feito), definido como

a capacidade térmica por unidade de massa:

A unidade de capacidade térmica é cal/°C, ou no Sistema Internacional, J/°C. Já a unidade de calor

específico é cal/g°C, que no SI é J/g°C. É muito comum o uso da caloria como unidade fora do SI. Na

unidades atuais, 1 cal = 4,186 J.

Em algumas situações, você pode fornecer calor para um sistema sem aumentar em nada sua temperatura.

Isto normalmente ocorre durante uma mudança de fase, como o gelo derretendo ou a água fervendo.

Tecnicamente, a capacidade térmica fica mal definida, já que você estaria dividindo por zero o calor! No

entanto, ainda é interessante saber a quantidade de calor necessária para derreter ou ferver uma substância

completamente. Esta quantidade de calor dividida pela massa da substância é chamada de calor latente da

transformação (nome horrível, mas ok), e é denotada por L:

O calor latente de fusão do gelo vale 80 cal/g, já o calor latente de vaporização da água é 540 cal/g.

Cabe salientar que as mudanças de estado que ocorrem com perda de calor apresentam calores latentes

negativos (solidificação e condensação).

Um diagrama importante relaciona a temperatura de um objeto com o calor fornecido a ele (calor fornecido

é positivo; calor cedido é negativo):

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Começando na fase sólida, o corpo absorve calor a partir de uma fonte externa (fogão por exemplo) e

aumenta de temperatura até chegar na temperatura de fusão. Nesse estágio, a temperatura do corpo não

varia e todo calor absorvido (calor latente) é usado para quebrar ligações químicas (estamos numa mudança

de fase). Logo em seguida a temperatura aumenta de novo até atingir a temperatura de vaporização e a

análise se repete.

Mecanismos de transporte de calor

Note que o termômetro de mercúrio (ou qualquer termômetro) depende do seguinte fato fundamental:

quando colocamos dois objetos em contato um com o outro e esperamos tempo suficiente, eles tendem a

atingir a mesma temperatura. Dizemos então que eles estão em equilíbrio térmico e o calor que saiu de

um objeto entrou no outro. Para dois ou mais corpos, vale a seguinte expressão:

Ou seja, a soma dos "calores" recebidos mais a soma dos "calores" cedidos tem que ser nulo.

EXERCÍCIOS DE AULA

1. O café é uma das bebidas mais consumidas no mundo. O Brasil ainda é um dos maiores exportadores

desta rubiácea. Ao saborear uma xícara desta bebida em uma cafeteria da cidade, André verificou que

a xícara só estava morna. O café foi produzido a 100,00 ºC. A xícara era de porcelana cujo calor

específico cx = 0,26 cal / gºC e sua temperatura antes do contato com o café era de 25,00 C.

Considerando o calor específico do café de cc = 1,0 cal / gºC, a massa da xícara mx = 50,00

g e a massa do café mc = 150,00 g, a temperatura aproximada da xícara detectada por André, supondo

já atingido o equilíbrio térmico e considerando não ter havido troca de calor com o ambiente, era:

a) 94,00 ºC

b) 84,00 ºC

c) 74,00 ºC

d) 64,00 ºC

e) 54,00 ºC

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2. Dois blocos metálicos A e B, ambos de materiais diferentes, são colocados em contato no interior de

um calorímetro ideal, de modo a isolá-los de influências externas. Considerando que a massa do bloco

A (mA) é igual ao dobro da massa do bloco B (mB), o calor específico do bloco A (cA) é igual à metade

do calor específico do bloco B (cB) e a temperatura inicial do bloco A (TA) é igual ao triplo da

temperatura inicial do bloco B (TB), pode-se afirmar que, quando alcançado o equilíbrio térmico do

sistema, a temperatura de equilíbrio (Teq) será igual a:

a) TB

b) 2 TB

c) 3 TB

d) 4 TB

e) 5 TB

3. Em um calorímetro são colocados 2,0 kg de água, no estado líquido, a uma temperatura de 0 °C. A

seguir, são adicionados 2,0 kg de gelo, a uma temperatura não especificada. Após algum tempo, tendo

sido atingido o equilíbrio térmico, verifica-se que a temperatura da mistura é de 0 ºC e que a massa de

gelo aumentou em 100 g.

Considere que o calor específico do gelo (c = 2,1 kJ/kg.°C) é a metade do calor específico da água e

que o calor latente de fusão do gelo é de 330 kJ/kg; e desconsidere a capacidade térmica do

calorímetro e a troca de calor com o exterior.

Nessas condições, a temperatura do gelo que foi inicialmente adicionado à água era,

aproximadamente,

a) 0 °C.

b) - 2,6 °C.

c) - 3,9 °C.

d) - 6,1 °C.

e) - 7,9 °C.

4. Aquecedores solares usados em residências têm o objetivo de elevar a temperatura da água até

70 °C. No entanto, a temperatura ideal da água para um banho é 30 °C. Por isso, deve-se misturar a

água aquecida com a água a temperatura ambiente de outro reservatório, que se encontra a 25 °C.

Qual a razão entre a massa de água quente e a massa de água fria na mistura para um banho à

temperatura ideal?

a) 0,111.

b) 0,125.

c) 0,357.

d) 0,428.

e) 0,833.

5. Deseja-se transformar 100 g de gelo a 20 °C em água a 30 °C. Sabe-se que o calor específico do gelo

vale 0,50 cal/g °C e o da água, 1,0 cal/g °C, e que o calor latente de fusão do gelo vale 80 cal/g. Quanto

calor, em quilocalorias, devemos fornecer a esse gelo?

a) 10 kcal

b) 12 kcal

c) 15 kcal

d) 20 kcal

e) 25 kcal

6. Considere duas amostras, X e Y, de materiais distintos, sendo a massa de X igual a quatro vezes a massa

de Y. As amostras foram colocadas em um calorímetro e, após o sistema atingir o equilíbrio térmico,

determinou-se que a capacidade térmica de X corresponde ao dobro da capacidade térmica de Y.

Admita que cX e cY sejam os calores específicos, respectivamente, de X e Y.

A razão cX/cY é dada por:

a) 1/4

b) 1/2

c) 1

d) 2

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EXERCÍCIOS DE CASA

1. A perspectiva de uma pessoa que usa uma garrafa térmica é que esta não permita a troca de calor entre

o meio ambiente e o conteúdo da garrafa. Porém, em geral, a própria garrafa já provoca uma pequena

redução de temperatura quando nela colocamos um líquido quente, como o café, uma vez que a

capacidade térmica da garrafa não é nula. Numa garrafa térmica que está a 24°C colocam-se 500 g de

água (c = 1 cal/g°C) a 90°C e, após algum tempo, nota-se que a temperatura estabiliza em 84°C. Pode-

se afirmar que a capacidade térmica desta garrafa é, em cal/°C, a) 5.

b) 6.

c) 50.

d) 60.

e) 100.

2. Muitas pessoas gostam de café, mas não o apreciam muito quente e têm o hábito de adicionar um

pequeno cubo de gelo para resfriá-lo rapidamente. Deve-se considerar que a xícara tem capacidade

térmica igual a 30 cal/ºC e contém inicialmente 120 g de café (cujo calor específico é igual ao da água,

1 cal/g.ºC) a 100 ºC, e que essa xícara encontra-se em equilíbrio térmico com o líquido. Acrescentando-

se uma pedra de gelo de 10 g, inicialmente a 0 ºC, sendo que o calor latente de fusão do gelo vale 80

cal/g, após o gelo derreter e todo o sistema entrar em equilíbrio térmico, desprezando-se as perdas

de calor para o ambiente, a temperatura do café será igual a

a) 86,15 ºC.

b) 88,75 ºC.

c) 93,75 ºC.

d) 95,35 ºC.

3. O gráfico abaixo mostra a variação da quantidade de calor (Q) com a temperatura (θ) de um cubo de

gelo de massa m, inicialmente a 0,00 ºC.

Considere: calor latente de fusão do gelo L = 80,0 cal/g e calor específico da água c = 1,00 cal/g.ºC.

A quantidade de calor (Q), em kcal, necessária para que toda massa m se transforme em água a 25,0

ºC é

a) 1,05

b) 1,15

c) 1,25

d) 1,35

e) 1,45

4. Dois recipientes iguais A e B, contendo dois líquidos diferentes, inicialmente a 20 °C, são colocados

sobre uma placa térmica, da qual recebem aproximadamente a mesma quantidade de calor.

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Com isso, o líquido em A atinge 40 °C, enquanto o líquido em B, 80 °C. Se os recipientes forem

retirados da placa e seus líquidos misturados, a temperatura final da mistura ficará em torno de:

a) 45 °C.

b) 50 °C.

c) 55 °C.

d) 60 °C.

e) 65 °C.

5. Um anel metálico de massa 150 g, inicialmente à temperatura de 160 °C, foi colocado em uma cavidade

feita na parte superior de um grande bloco de gelo em fusão, como mostrado na figura.

Após o equilíbrio térmico ser atingido, verificou-se que 30 cm³ de gelo se fundiram. Considerando o

sistema (gelo-anel) termicamente isolado, o calor específico do metal que constitui o anel, em cal/g

°C, é:

a) 0,050.

b) 0,092.

c) 0, 096.

d) 0,10.

e) 1,0.

Dados: calor latente de fusão do gelo: 80 cal/g;

densidade do gelo (massa por volume): 0,92 g/cm³.

6. Uma garrafa térmica tem como função evitar a troca de calor entre o líquido nela contido e o ambiente,

mantendo a temperatura de seu conteúdo constante. Uma forma de orientar os consumidores na

compra de uma garrafa térmica seria criar um selo de qualidade, como se faz atualmente para informar

o consumo de energia de eletrodomésticos. O selo identificaria cinco categorias e informaria a

variação de temperatura do conteúdo da garrafa, depois de decorridas seis horas de seu fechamento,

por meio de uma porcentagem do valor inicial da temperatura de equilíbrio do líquido na garrafa.

O quadro apresenta as categorias e os intervalos de variação percentual da temperatura.

Para atribuir uma categoria a um modelo de garrafa térmica, são preparadas e misturadas, em uma

garrafa, duas amostras de água, uma a 10°C e outra a 40°C, na proporção de um terço de água fria

para dois terços de água quente. A garrafa é fechada. Seis horas depois, abre-se a garrafa e mede-se

a temperatura da água, obtendo-se 16°C. Qual selo deveria ser posto na garrafa térmica testada?

a) A

b) B

c) C

d) D

e) E

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7. Uma quantidade de água líquida de massa m = 200 g, a uma temperatura de 30 ºC, é colocada em uma

calorímetro junto a 150 g de gelo a 0 ºC. Após atingir o equilíbrio, dado que o calor específico da água

é ca = 1,0 cal/(g . ºC) e o calor latente de fusão do gelo é L = 80 cal/g, calcule a temperatura final da

mistura gelo + água. a) 10 ºC b) 15 ºC c) 0 ºC

d) 30 ºC

e) 60 ºC

QUESTÃO CONTEXTO

Um bloco A tem massa, calor específico e temperatura inicial respectivamente iguais a mA, cA e θA. Um bloco

B tem massa, calor específico e temperatura inicial respectivamente iguais a mB, cB e TB. Os blocos A e B são

postos em contato térmico e, depois de certo tempo, atingem o equilíbrio térmico, adquirindo uma

temperatura θE. Considerando cA e cB constantes e supondo o sistema termicamente isolado, calcule θE.

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F

ís.

GABARITO

Exercícios de aula

1. a

2. b

3. e

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F

ís.

4. b

5. b

6. b

Exercícios de casa

1. c

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F

ís.

2. b

3. a

4. b

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F

ís.

5. b

6. d

7. c

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F

ís.

Questão Contexto

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G

eo

.

Geo.

Professor: Ricardo Marcílio

Monitor: Marcus Oliveira

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G

eo

.

Bretton Woods e as instituições

internacionais

05

mar

RESUMO

Com o iminente fim da Segunda Guerra Mundial, existia uma enorme preocupação que o mundo

passasse novamente por uma grande depressão econômica, similar a de 1929. Pensando nisso, liderados por

norte-americanos e britânicos, representantes de 44 países se reuniram, em 1944, na cidade de Bretton

Woods, New Hampshire, Estados Unidos. Foi iniciada a Conferência de Bretton Woods, cujo objetivo era

formular um plano para garantir a reconstrução e estabilidade da economia mundial após o fim da guerra.

Devido à sua posição hegemônica, os Estados Unidos conseguiram impor seu plano econômico ao mundo.

O FMI e o Banco Mundial foram fundados em solo americano e o padrão dólar-ouro foi estabelecido,

lançando a moeda norte-americana em uma escala internacional.

Fundo Monetário Internacional FMI

Fundo encarregado de garantir a estabilidade do sistema financeiro internacional, a partir de

contribuições de todos os países-membros. Assim, criava-se uma reserva financeira que serviria de aporte

para os países em crise, além de um aparato técnico para orientar o fluxo dos empréstimos e estimular os

investimentos nos países-membros. Essa interdependência econômica evitaria novos conflitos, além de

impedir que problemas isolados afetassem toda o sistema econômico. Os países-membros poderiam obter

empréstimos com o FMI, porém, deveriam cumprir uma série de metas (ajustes orçamentários, cortes nos

gastos públicos, freio no consumo, contenção salarial) definidas pelas Cartas das Intenções.

Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento BIRD ou Banco Mundial

Banco responsável pelo financiamento da reconstrução dos países atingidos pela guerra.

Inicialmente, a função do BIRD era fornecer condições financeiras e técnicas para obras de infraestrutura e,

posteriormente, garantir o financiamento de projetos para o desenvolvimento dos países-membros. Foi

criada, em 1960, a Associação Internacional de Desenvolvimento (AID) que, com o BIRD e mais três

instituições, compõe o que hoje é denominado Grupo Banco Mundial.

Acordo Geral de Tarifas e Comércio GATT

Complementando as medidas econômicas idealizadas em Bretton Woods, foi instituído, em 1947, o

General Agreement on Tariffs and Trade (GATT). Seu objetivo era combater medidas protecionistas e

estimular o comércio mundial. Em 1995, o acordo foi substituído pela Organização Mundial do Comércio

(OMC), cujo objetivo é administrar e aplicar acordos comerciais multilaterais ou plurilaterais, além de ser um

fórum em que as questões comerciais podem ser discutidas e avaliadas, sempre que alguma nação se sentir

prejudicada.

A OMC organiza reuniões (rodadas) com o objetivo de discutir as políticas que envolvem o comércio

mundial. A Rodada do Milênio (1999) foi uma dessas conferências ministeriais, cujo objetivo era negociar

medidas multilaterais para aprofundar a liberalização comercial em um nível mundial. Porém, tal conferência

foi marcada por um conflito entre os países em desenvolvimento, que defendiam maior abertura comercial,

fim das barreiras protecionistas e dos subsídios agrícolas, e os países desenvolvidos, que acusavam as

economias emergentes de obterem maior produtividade à custa de menor proteção aos trabalhadores e da

destruição do meio ambiente. A Rodada de Doha (2001) é outro exemplo, podendo-se citar resoluções como

a quebra de patentes de medicamentos (produção de genéricos), a busca pelo desenvolvimento econômico

sustentável e o acordo entre os Estados Unidos e a União Europeia de reverem suas políticas protecionistas.

Porém, as duas rodadas foram marcadas pelo fracasso, pois as medidas protecionistas dos países

desenvolvidos ainda são um impasse nas discussões da OMC, mesmo nos últimos encontros.

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G

eo

.

EXERCÍCIOS DE AULA

1. O BRICS Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul vem negociando cuidadosamente o

estabelecimento de mecanismos independentes de financiamento e estabilização, como o Arranjo

Contingente de Reservas (Contingent Reserve Arrangement CRA) e o Novo Banco de

Desenvolvimento (New Development Bank NDB). O primeiro será um fundo de estabilização entre

os cinco países; o segundo, um banco para financiamento de projetos de investimento no BRICS e

outros países em desenvolvimento. (www.cartamaior.com.br. Adaptado.)

O Arranjo Contingente de Reservas e o Novo Banco de Desenvolvimento procuram suprir a escassez

de recursos nas economias emergentes. Tais iniciativas constituem uma alternativa

a) às instituições de crédito privadas, encerrando a sujeição econômica dos países emergentes e

evitando a assinatura de termos regulatórios coercitivos sobre as práticas de produção.

b) aos bancos centrais dos países do BRICS, reduzindo os problemas econômicos de curto prazo e

maximizando o poder de negociação do grupo.

c) às instituições criadas na Conferência de Bretton Woods, definindo novos mecanismos de

autodefesa e estimulando o crescimento econômico.

d) ao norte-americano Plano Marshall, elegendo com autonomia o destino da ajuda econômica e os

investimentos públicos em áreas estratégicas.

e) à hegemonia do Banco Mundial, deslocando o centro do sistema capitalista e os fluxos de

informação para os países em desenvolvimento.

2. No final da II Guerra Mundial, na Conferência de Bretton Woods, foram constituídos dois organismos

muito atuantes no cenário político, econômico e financeiro mundial: o Banco Internacional de

Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

É CORRETO afirmar que esses organismos

a) têm como função conceder empréstimos aos países que necessitam de dinheiro para

investimentos.

b) são instrumentos financeiros controlados pelos países ricos, especialmente pelos Estados Unidos.

c) pertencem à ONU e estão sediados em Nova Iorque, nos Estados Unidos.

d) desempenham o papel de coordenadores e fiscalizadores dos empréstimos e das políticas de

desenvolvimento postas em prática pelos países endividados.

e) propõem medidas econômicas aos países endividados, as quais beneficiam a maioria da

população, especialmente os assalariados, cujo poder de compra é aumentado.

3.

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G

eo

.

Assinale a alternativa que melhor expresse o sentido da charge. Os pedidos de auxílio financeiro ao

Fundo Monetário Internacional (FMI) buscam:

a) conseguir créditos para viabilizar a cooperação internacional, fundamental em face da

globalização, e eliminar a dicotomia entre países ricos e pobres.

b) financiar o desenvolvimento da agricultura, criando condições para o equilíbrio do balanço de

pagamentos.

c) obter fundos para financiar a reconstrução do padrão ouro, criando possibilidades para o

estabelecimento da autonomia financeira dos devedores.

d) levantar créditos para viabilizar investimentos e garantir o crescimento econômico, criando

condições para o reembolso das dívidas contraídas.

e) criar fundos para o desenvolvimento dos blocos econômicos regionais, aumentando a capacidade

de importação para saldar as dívidas contraídas.

4. Durante o governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, uma das conquistas mais relevantes de sua

administração foi o pagamento da dívida externa ao FMI (Fundo Monetário Internacional) que, devido

a sua política econômica recessiva imposta aos países devedores, configurou-se um entrave ao

desenvolvimento socioeconômico, pois, para o FMI, a prioridade era garantir o pagamento da dívida

externa.

Fonte: http://tripalio.blogspot.com/2010/05/fmi-rua.html

A partir das informações acima, assinale a alternativa INCORRETA.

a) Uma estratégia de combate à inflação imposta pelo FMI é o aumento nos juros pagos em

investimentos como a poupança e a diminuição da taxa de juros cobrados pelos bancos para que,

com base na lei da oferta e procura, não se incentive o consumo excessivo e consequente inflação.

b) O FMI em geral impõe um rigoroso combate à inflação por meio de restrição dos gastos públicos

e limite ao aumento salarial, como forma de obrigar governos devedores a ter dinheiro para pagar

os juros da dívida.

c) O FMI propõe grande desvalorização da moeda dos países devedores em relação ao dólar,

objetivando incentivar as exportações e restringir as importações. Ou seja, vendendo mais e

comprando menos, o país consegue um saldo positivo na balança comercial, cujo lucro pode ser

utilizado para pagar os juros, ou mesmo, parte da dívida.

d) Em geral, as medidas impostas pelo FMI, recaem sobre a maioria da população, pois é bem mais

fácil para o governo reduzir os salários e os gastos públicos com saúde e educação que controlar

os preços das mercadorias e serviços oferecidos.

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G

eo

.

EXERCÍCIOS DE CASA

5. Seus principais objetivos são promover a cooperação monetária internacional, favorecendo a expansão

e o desenvolvimento do comércio mundial, dando assessoria aos países que enfrentam dificuldades

financeiras. Trata-se da criação do:

a) BIRD

b) FMI

c) CECA

d) GATT

e) UNCTAD

6. Analise o conteúdo da charge a seguir:

As restrições impostas à economia grega pela União Europeia e pelo FMI (Fundo Monetário

Internacional) estão associadas a algumas medidas. Sobre elas, analise os itens a seguir:

1. Corte de gastos públicos

2. Demissões

3. Aumento de impostos

4. Redução de salários

5. Redução de pensões

Estão CORRETOS

a) apenas 1 e 2.

b) apenas 3 e 4.

c) apenas 3, 4 e 5.

d) apenas 1, 2 e 5.

e) 1, 2, 3, 4 e 5.

7. O presidente do Chile, Sebastián Piñera, afirmou nesta segunda-feira, 10 [de setembro], na Austrália,

que a rodada de Doha da Organização Mundial do Comércio (O , mas ninguém quer

matá-la formalmente. http://www.cartacapital.com.br/economia/a-rodada-de-doha-ja-esta-morta-diz-presidente-chileno/

Sobre a rodada de Doha da OMC, é correto afirmar:

a) Trata-se de uma série de negociações iniciadas em 1979, com vistas a amenizar os efeitos dos

na economia global.

b) Trata-se de uma série de negociações iniciadas em 2001, com vistas à liberalização do comércio

mundial.

c) Trata-se de uma série de negociações iniciadas em 2008, com vistas a atenuar os efeitos da crise

financeira sobre os fluxos de comércio globais.

d) Trata-se de uma série de negociações iniciadas em 1992, com vistas a incentivar o comércio de bens

e serviços ambientalmente sustentáveis.

e) Trata-se de uma série de negociações iniciadas em 2009, com vistas a garantir a soberania alimentar

dos países mais pobres.

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eo

.

8.

http://www.inic.un.org

As imagens em destaque evidenciam as condições do espaço geográfico do pós 2ª Guerra Mundial em

diversos países. Frente a tantos efeitos nefastos, o mundo assumia o preço da reconstrução da Europa

e da Ásia, além de se preocupar em evitar que outra guerra com essas proporções pudesse ocorrer

novamente. Neste sentido, surge a ONU (Organização das Nações Unidas), oficializada em 24 de

outubro de 1945 em substituição à antiga Liga das Nações. Mesmo em guerra, o bloco capitalista já

desenvolvia planos e projetos de restauração, como ocorreu na Conferência de Bretton Woods que

reuniu 44 países aliados em Junho de 1944.

A respeito dos fatos citados no texto, considere as afirmações I, II e III abaixo.

I. A ONU tem como objetivo manter a paz, defender os direitos humanos e as liberdades fundamentais

e promover o desenvolvimento dos países. Atualmente, discute-se a necessidade de reformas na

Organização, que reflita a realidade do pós-guerra e da Guerra Fria, cenários já superados.

II. Pelo acordo de Bretton Woods, foram criadas instituições financeiras como o FMI (Fundo Monetário

Internacional) e o World Bank (Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento).

III. Decorridos mais de 60 anos do acordo de Bretton Woods, verifica-se que os objetivos e as intenções

originais diluíram-se ao longo do tempo. As instabilidades econômicas continuam existindo,

principalmente nos países pobres, e os países ricos não precisam mais das condições e dos recursos

oferecidos pelo FMI.

Dessa forma,

a) apenas I está correta.

b) apenas I e II estão corretas.

c) apenas II está correta.

d) apenas II e III estão corretas.

e) todas estão corretas.

9. Considere as afirmações a seguir sobre organismos internacionais inseridos no processo de

globalização.

I. A Organização Mundial do Comércio (OMC) surgiu como resultado da Conferência de Bretton

Woods, na qual os países signatários estabeleceram um novo sistema monetário internacional.

II. O Banco Mundial foi criado com o objetivo de fornecer empréstimos para a reconstrução da Europa

no pós-guerra. Atualmente, realiza o financiamento de capitais para países em desenvolvimento.

III. O Fundo Monetário Internacional (FMI) é composto por um sistema de instituições financeiras, entre

as quais o Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD).

Quais estão corretas?

a) Apenas I.

b) Apenas II.

c) Apenas I e III.

d) Apenas II e III.

e) I, II e III.

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G

eo

.

10. Observe a imagem a seguir:

Revista Época, 11 de maio de 2011.

As medidas para conter a atual crise financeira, anunciada na manchete acima, estão relacionadas a

uma doutrina econômica, adotada por diversos países no mundo que apresenta algumas

características. Sobre elas, analise as afirmativas a seguir:

I. Corresponde a políticas neoliberais, controladas por organismos, como o FMI e o Banco Mundial e

tem como objetivo reduzir as barreiras aos fluxos globais de mercadorias e capitais e reduzir o

controle estatal sobre o mercado, especialmente o financeiro.

II. É oriunda do pensamento keynesiano e marcada pelo aumento do papel regulador do Estado na

economia, pelo incentivo à criação de empregos públicos estatais e pela redução da privatização

de órgãos governamentais. Essa política econômica foi amplamente estimulada pelo Consenso de

Washington.

III. Aprofunda a lógica capitalista pela busca de lucro nas relações capital/trabalho, aumenta a

produtividade do trabalho e do capital e globaliza a produção, a circulação e os mercados,

aproveitando a oportunidade das condições mais vantajosas para a realização de lucros em todos

os lugares.

Apenas está CORRETO o que se afirma em

a) I.

b) II.

c) I e II.

d) I e III.

e) III.

QUESTÃO CONTEXTO

Disponível em: https://fmiminionu.files.wordpress.com/2011/08/06-05-10_web11.jpg

Avalie as competências do Fundo Monetário Internacional (FMI) como instância de regulação da economia

globalizada, além de sua relação com a Grécia.

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G

eo

.

GABARITO

Exercícios de aula

1. c

O Novo Banco de Desenvolvimento criado pelo BRICS possui como objetivo financiar projetos de

infraestrutura em países emergentes e subdesenvolvidos, além de servir como concorrente ao Banco

Mundial, instituição criada na Conferência de Bretton Woods (Estados Unidos, 1944). Do ponto de vista

geopolítico, isso significa que esses países estão buscando uma maior autonomia em relação ao FMI e ao

Banco Mundial, organizações dirigidas pelos países desenvolvidos.

2. b

O BIRD e o FMI foram criados em um momento em que a economia americana era praticamente

hegemônica, o que fez com que seguissem a visão econômica dos Estados Unidos. Destaca-se que o

quadro de diretores dessas organizações é formado pelos países que mais contribuem para essas

instituições, mantendo o controle na mão dos países desenvolvidos.

3. d

O FMI é uma organização cujo objetivo é garantir a estabilidade do sistema financeiro internacional. Pode

autorizar empréstimos para os países-membros com o intuito de evitar que problemas locais afetem o

sistema financeiro internacional. Entretanto, os países que solicitarem tais recursos devem seguir uma

cartilha econômica definida pelo fundo.

4. a

A alternativa a é a incorreta, pois o FMI sugere restrições ao consumo através da elevação das taxas de

juros de crédito, freando o consumo e a inflação.

Exercícios de casa

5. b

O FMI possui como objeto garantir a estabilidade do sistema econômico global, prestando assessoria

técnica e financeira aos países que enfrentam dificuldades.

6. e

Todos os itens estão corretos, pois correspondem às medidas de austeridade adotadas pelo governo

grego e que foram definidas como exigência pelo FMI para a concessão do resgate financeiro.

7. b

A Rodada de Doha foi iniciada em 2001, tendo como objetivo a liberalização do comércio mundial,

porém, tem enfrentado obstáculos por parte dos países desenvolvidos, que mantêm tarifas

protecionistas, prejudicando ou restringindo o comércio global.

8. e

A ONU foi criada com o objetivo de evitar novos conflitos, a partir da atuação conjunta entre os países.

Sua estrutura é formada por cinco órgãos principais, entre os quais se destaca o Conselho de Segurança.

O Acordo de Bretton Woods possibilitou a criação do FMI e do BIRD, entretanto, as atuais estruturas

dessas organizações requerem mudanças para atender ao cenário geopolítico multipolar. Portanto, todas

as afirmativas estão corretas.

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G

eo

.

9. b

A OMC foi criada em 1995 para substituir o Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT). Portanto, não foi

criada na Conferência de Bretton Woods. O Grupo Banco Mundial é composto pelo BIRD, AID e outras

três instituições financeiras. A afirmativa II, portanto, é a única correta.

10. d

O pensamento keynesiano - defende que o Estado tenha

um forte papel regulador sobre a economia. A crise grega ocorre no contexto do Neoliberalismo, que

possui no Consenso de Washington sua principal cartilha econômica. Portanto, a alternativa II é a única

incorreta.

Questão Contexto

11. O FMI (Fundo Monetário Internacional) possui como função principal a ajuda financeira a países com

dificuldades econômicas. Porém, é exigido que o país cumpra uma série de metas (ajustes orçamentários,

cortes nos gastos públicos, freio no consumo, contenção salarial) definidas pelas Cartas das Intenções.

No caso, a Grécia foi afetada por uma crise econômica, iniciada em 2009, decorrente de um crescimento

do déficit público, isto é, gastava mais do que arrecadava. Assim, para receber o resgate, o FMI exigia

que o país fizesse uma série de ajustes fiscais para controlar o déficit da dívida pública.

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GEPSlide de abertura

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G

EP

Treinamento intenso e relaxamento

profundo

08

mar

O treinamento é a melhor forma de se preparar para uma situação que você irá enfrentar. Assim, fazer provas

anteriores do Enem ou resolver inúmeras questões sobre determinado tema significa pôr a prova seus co-

nhecimentos e sua preparação. É uma importante fonte de conhecimento, ao permitir mensurar seu desem-

penho sobre determinado assunto. Através do treinamento, é possível, por exemplo, identificar se você pre-

cisa melhorar seus conhecimentos sobre Membranas Plasmáticas ou se pode avançar seus estudos para Or-

ganelas e Estruturas Citoplasmáticas.

Treinamento intenso

• Faça um resumo sobre a aula a que acabou de assistir.

• Busque uma lista de exercícios sobre o tema.

• Elimine as distrações do seu ambiente de estudo e estabeleça um

tempo para resolvê-la.

• Finalizada a lista, faça o diagnóstico de quantas questões acertou e

errou.

• Selecione as questões erradas e identifique o motivo do erro, além de

solucioná-las da forma correta.

• Repita esse processo pelo menos duas vezes ao dia, para as duas dis-

ciplinas e seus respectivos temas que for estudar.

Deep Work

Cada vez mais, a tendência de hiperconectividade está prejudicando

nossa produtividade. De modo geral, as atividades superficiais na in-

ternet, como checar e-mails e ver as atualizações do Facebook, Twitter

ou WhatsApp, somam um tempo excessivamente grande em troca de

muito pouco. Nesse sentido, o cientista americano Cal Newport pro-

pôs o conceito de Deep Work. A ideia seria realizar nossas atividades

de estudos ou profissionais em um estado de total concentração, au-

mentando as capacidades cognitivas e produzindo mais conheci-

mento e resultado. Acesse a reportagem ao lado, da Folha de São

Paulo, e conheça as 4 Regras do Deep Work.

Durma bem

Diversos estudos já demonstraram a importância do sono. Alguns apontam que o sono permite criar espaço

no seu cérebro para aprender mais. Se liga em algumas dicas para conseguir dormir bem!!

• Crie o hábito de dormir no mesmo horário.

• Reduza o consumo de estimulantes (café) à noite.

• Tenha uma cama confortável.

• Evite ingerir muito líquido antes de dormir.

• Faça exercícios durante o dia.

• Evite dormir com o computador, celular ou TV ligados.

• Um quarto escuro e calmo é muito mais confortável.

• Não vá dormir depois de um rodízio nem de estomago vazio.

• Utilize seu relógio biológico para dormir.

Folha de São Paulo. 10 de jan. 2017

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G

EP

No vídeo abaixo, Arianna Huffington explica um pouco mais sobre seu livro, The Sleep Revolution, e a im-

portância de uma boa noite de sono. Com esse vídeo, você irá conhecer a importância do sono para aumen-

tar a produtividade e a felicidade.

Jeff Iliff explica neste TED o papel do sono na restauração/limpeza dos resíduos produzidos pelo cérebro e,

portanto, da importância do sono para um bom funcionamento dessa nossa máquina.

5 aplicativos para dormir melhor

Conheça 5 aplicativos que podem te ajudar a monitorar o sono, fornecendo dados completos para acompa-

nhar sua duração e eficiência.

EXERCÍCIO

Use um dos aplicativos acima para mensurar seu sono. Selecione uma nova nota no seu bloco ou separe um

cantinho da sua agenda para anotar o fluxo e a qualidade das noites dormidas. O objetivo é acompanhar o

avanço na qualidade do sono. Após uma semana de dados, faça um levantamento do que você precisa me-

lhorar na sua noite de sono e indique como você pode fazer isso. Se quiser, pode compartilhar seus dados

no grupo do GEP.

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H

is.

His.

Professor: João Daniel

Monitor: Octavio Correa

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H

is.

História Antiga: Roma 05

mar

RESUMO

A História da Roma Antiga pode ser dividida cronologicamente em três fases: a Monarquia, a

República e o Império. A monarquia não durou muitos anos sendo extinta com a queda de Tarquínio, o

soberbo por meio de uma revolta popular durante a ocupação etrusca de Roma, desse modo os populares

instituíram a república

No período republicano Roma conquistou toda a península itálica e iniciou sua expansão territorial,

foi onde começou a tomar forma o seu modelo econômico da escravidão relacionada às conquistas de novas

terras, os romanos nesse período eram governados por um Senado que decidia as principais questões,

seguindo a tradição grega o senado era composto de homens que detinham o cargo vitalício.

Em 27 a.C, Otávio Augusto se tornou imperador de Roma, dando início ao Império Romano, nessa

fase a vida política romana muda consideravelmente, temos agora um Imperador associado a uma figura

divina que tinha o cargo vitalício e governava praticamente de modo soberano, mesmo com a existência de

um senado.

O império foi um período de grandes mudanças na sociedade e cultura romana, sendo instalados os

famosos coliseus por todo o império fazendo um controle ideológico e social de sua população quando

mostrava sua força dispondo de diversos escravos. O mercado de escravos era uma grande fonte de renda

para Roma, já que a força de trabalho em grande parte era escrava principalmente no meio urbano.

Sua queda, ou melhor desmantelamento, se deveu a uma séria crise de desabastecimento de

alimentos e mão de obra, além disso o império tinha uma enorme dificuldade de manter suas fronteiras.

Paralelo as batalhas nas fronteiras milhares de povos migravam para dentro do império que oferecia uma

segurança maior por causa de suas leis e exército que mantinha a ordem dentro das fronteiras.

O seu fim foi marcado pelo saque a Roma promovido por Odoacro em 476 d.C. que depois foi

coroado Rei da Itália, assim começava a idade média, no entanto esse processo começara anos antes. A

maioria dos governantes das províncias, que muitas vezes eram antigos líderes dos povos das regiões, devido

ás crises já não obedeciam mais Roma o que contribuiu para o desmantelamento do império do Ocidente e

para a formação do feudalismo.

EXERCÍCIOS DE AULA

1. A expansão romana pelo Mar Mediterrâneo gerou importantes transformações políticas, econômicas

e sociais. Dentre elas temos:

a) fortalecimento da família; desenvolvimento das atividades agropastoris; grande afluxo de riquezas,

provenientes das conquistas.

b) aumento do trabalho livre; maior concentração populacional nos campos e enriquecimento da

elite patrícia.

c) influência bastante grande da cultura grega; domínio político dos plebeus; grande moralização dos

costumes.

d) fim do trabalho escravo; concentração da plebe no campo; domínio político dos militares.

e) grande número de escravos; predomínio do comércio; êxodo rural, gerando o empobrecimento

da plebe.

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is.

2. Figurando como algo acima de tudo, o Estado romano inspirava forte respeito às leis e exigia

qualidades humanas e sociais rígidas àqueles que estavam à frente da coisa pública. Dentre essas

qualidades destacavam-se:

a) amor à música, dedicação à família, coragem e desapego aos deuses.

b) amor à música, apego aos deuses, dedicação à família e lealdade.

c) coragem, respeito aos deuses, lealdade e dedicação à vida privada.

d) coragem, respeito aos deuses, lealdade e gosto pela glória.

e) coragem, dedicação à família e à vida privada e amor à música.

3. Considere o texto abaixo.

internas, Caio Júlio César, um general aristocrata que se dizia

descendente de Vênus e Enéias, conquistou em poucos anos a Gália, uma enorme área que

corresponde, mais ou menos, à atual França, Suíça, Bélgica e parte da Alemanha. Quando o Senado

não lhe quis permitir que continuasse a comandar as tropas, César recusou-se a obedecer (...) e tornou-

(FUNARI, Pedro P. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2001, p. 89).

Considerando a história política da Roma Antiga, o contexto refere-se a uma culminância da crise:

a) da Realeza.

b) da República.

c) do Principado.

d) do Alto Império.

e) do Baixo Império.

4. Na história de Roma, é no período republicano, que vai do século VI ao século I a.C., que a escravidão

se torna uma importante instituição. Mostre como eram recrutados os escravos romanos e qual era a

situação dos mesmos em relação aos direitos políticos.

A escravidão em Roma se dava através de dívidas, e sobretudo por guerras. Os sujeitos sociais

submissos a essa condição eram tidos como a força produtiva de seu proprietário, sem gozar da

condição de cidadania.

5. Fomos em busca dos homens fugidos de nosso povoado e descobrimos que cinco deles e suas famílias

estavam nas terras de Eulogio, mas os homens deste senhor impediram-nos com violência de nos

aproximar da entrada do domínio. (Egito romano, em 332 d.C.)

seu nascimento. Se dele se afastam em busca de outra casa, devem ser devolvidos, acorrentados e

castigados. (Valentiniano, em 371 d.C.)

Os textos mostram a:

a) capacidade do Império romano de controlar a situação no campo, ao levar a cabo a política de

transformar os escravos em colonos presos à terra.

b) luta de classes, entre camponeses e grandes proprietários, pela posse das terras que o Estado

romano, depois da crise do século III, é incapaz de controlar.

c) transformação, dirigida pelo governo do Baixo Império, das grandes unidades de produção

escravistas em unidades menores e com trabalho servil.

d) permanência de uma política agrária, mesmo depois da crise do século III, no sentido de assegurar

um número mínimo de camponeses soldados.

e) impotência do governo romano do Baixo Império em controlar a política agrária, por ele mesmo

adotada, de fixar os pobres livres no campo.

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6. Os impérios da Antiguidade conseguiram dominar extensas áreas territoriais com força militar e

negociações políticas. A grandeza dos romanos é sempre ressaltada, quando se refere ao domínio de

outros povos. Os romanos:

a) construíram um império baseado apenas na sua expressiva força militar, decorrente de um

numeroso e combativo exército.

b) dominaram toda península Ibérica, não conseguindo derrotar povos de outras regiões da Europa.

c) conseguiram construir uma complexa administração para manter seu império, com feitos

administrativos seguidos pela cultura ocidental.

d) fracassaram na tentativa de dominar os gregos que resistiram nas lutas realizadas no mar

Mediterrâneo.

e) não se preocuparam com a cultura dos outros povos, mantendo sua identidade cultural e

religiosa, basicamente ocidental.

EXERCÍCIOS DE CASA

1.

(História viva, ano I, n. 2, p. 52)

Apresente duas características políticas e duas econômicas que expliquem a passagem da Roma

republicana para imperial, explicando as razões de Roma não ser mais exatamente uma República.

2. ida luxuosa e

mandam fazer túmulos custosos. Contudo vivem a impossibilidade de ingressar na sociedade romana,

(Adaptado de Paul Veyne. História da vida privada. São Paulo: Cia das Letras, volume 1, p. 94).

Sobre a condição de semicidadania dos libertos em Roma, é correto afirmar:

a) Os libertos não tinham direito ao voto, mas podiam fazer negócios e enriquecer, tendo apenas

de pagar severos impostos para se manterem no mercado controlado por nobres e cidadãos

romanos.

b) Os libertos e seus filhos, por mais que se esforçassem, não seriam cidadãos, pois estavam

proibidos de estudar, e a educação era uma condição para a cidadania.

c) Os libertos tinham o direito à cidadania desde que enriquecessem, mas, para isso, precisavam

imitar a educação dos cidadãos romanos, que condenavam esta atitude, chamando-os de

semicidadãos.

d) Os libertos, como os escravos, não podiam exercer direito político nem comercial, contudo, pelo

casamento com uma mulher romana e cidadã, eles poderiam atingir a semicidadania.

e) A riqueza entre os libertos não lhes dava a completa cidadania, pois somente seus filhos poderiam

juridicamente ser cidadãos romanos, desde que educados como tal.

3. a dos deuses

permanece particularmente difícil e obscura. (...) Assim, nessa questão, a maioria dos pensadores

confirma a existência dos deuses, ideia verossímil e à qual nos inclina a natureza, embora Protágoras a

considere duvidosa, enquanto Diágoras de Melos e Teodoro de Cirene negam-na. (...) A grande

questão, contudo, refere-se a saber se os deuses são completamente inativos, não se imiscuindo em

nada, não se preocupando com este mundo e, portanto, não o governando ou se, ao contrário, tudo

dirigem e c

Antiguidade clássica, a história e a cultura a partir dos documentos. Campinas: Editora da Universidade Estadual de

Campinas, 1995. pp. 81-82.

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Segundo o texto:

a) os deuses governam o destino dos homens.

b) a principal questão é saber se os deuses existem.

c) há pensadores que negam a existência de deuses.

d) Protágoras e Teodoro duvidam da existência de deuses.

e) apesar de terem criado o mundo, os deuses nos ignoram.

4. A força política dos romanos foi inquestionável. A sua vitória sobre Cartago contribuiu para que eles

firmassem seu domínio no mundo antigo. A destruição de Cartago foi:

a) apenas a consequência da superioridade militar dos romanos, não havendo muita resistência dos

cartagineses;

b) um episódio de desfecho trágico, pois Cartago foi arrasada e seus sobreviventes transformados

em escravos;

c) resultado de uma luta militar bastante acirrada, porém não trouxe maiores mudanças para a vida

social romana;

d) um episódio muito importante para a política romana, que marcou o fim da república e o início

do império;

e) conseguida graças à habilidade militar de Catão que derrotou Aníbal antes de ele atravessar o

Gibraltar.

5. tão-somente a alma dos mortos, a que

o homem atribuía um poder sobre-humano e divino. A lembrança de algum destes mortos sagrados

achava-se sempre ligada ao lar. Adorando um, não podia esquecer-se o outro. Estavam associados no

respeito dos homens e nas s (COULANGES, Fustel de: A cidade antiga. Lisboa: Livraria Clássica Editora, 1971. p. 34-45.)

A respeito da atitude dos romanos perante a morte e do culto aos mortos, é correto afirmar:

a) A crença nos antepassados como seres sagrados demonstra que a religião romana tinha no

próprio homem, na força moral humana que governava o corpo, a principal fonte para a

caracterização de seus deuses.

b) Os romanos, mesmo ao longo da República (séc. VI a I a.C.), só veneravam deuses considerados

oriundos de uma família primordial, o que atesta a sobrevivência do poder teocrático nesse

período.

c) Por acreditarem na vida após a morte e na sacralidade da alma, os romanos não adotaram a

instituição da escravidão.

d) O culto aos mortos constitui as origens do monoteísmo, tanto entre os romanos como entre

outros povos da Antiguidade, uma vez que se acreditava que um ser primeiro ascendera ao céu

no início dos tempos.

e) Devido à crença de que os mortos eram sagrados, os romanos não os cremavam ou enterravam,

mas os mantinham embalsamados em sarcófagos.

6. -los e

bajulá- los, ser generoso, fazer propaganda e levantar-lhes a esperança de um emprego no governo.

(...) Talvez sua renda privada não possa atingir todo o eleitorado, mas seus amigos podem ajudá-lo a

agradar a plebe. (...) Faça com que os eleitores falem e pensem que você os conhece bem, que se

dirige a eles pelo seu nome, que sem parar e conscienciosamente procura seu voto, que você é

generoso e aberto, que, mesmo antes do amanhecer, sua casa está cheia de amigos, que todas as

classes são suas aliadas, que você fez promessas para todo mundo e que as cumpriu, realmente, para

a ma (Marco Túlio Cícero, Notas sobre as eleições)

As práticas políticas na antiga Roma nos fazem refletir sobre as atuais. Essas palavras de Cícero (106-43

a.C.) revelam

a) a concessão de favores, por parte dos eleitores, para cativar os candidatos.

b) a necessidade de coagir o eleitorado para conseguir seu apoio.

c) o desinteresse da população diante do poder econômico dos candidatos.

d) a existência de relações clientelistas entre eleitores e candidatos.

e) a pequena importância das relações pessoais para o sucesso nas eleições.

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7. Mare nostrum é uma expressão atribuída aos romanos, que significa a apropriação europeia do

Mediterrâneo. Sua origem remonta à Antiguidade, quando os romanos

a) conquistaram a Grécia.

b) dominaram o Egito.

c) venceram Cartago.

d) expandiram seu império pela Península Ibérica.

e) submeteram os povos germânicos.

8. "[Estes] são homens impiedosamente expostos pelo destino a toda sorte de ultrajes. Mas são, em última

análise, homens de uma segunda categoria, a quem poderíamos até conceder as vantagens da nossa

liberdade. Mas que o poderei dar a essa guerra (...) contra nós? Confesso que não sei. Porque [nela]

vemos [homens] combatendo e gladiadores comandando. Os primeiros são de origem bem humilde.

Os segundos estão condenados à pior de todas as condições sociais".

O texto acima, do historiador Florus, trata de uma das mais famosas revoltas sociais ocorridas em Roma

durante a República. Tal luta estendeu-se entre o período de 73 e 71 a.C. e ficou conhecida como:

a) Revolta dos cristãos e ateus, comandada por Aníbal.

b) Revolta de escravos, comandada por Espártaco.

c) Revolta Judaica ou Revolta Hasmoniana.

d) Campanha de massacre aos patrões, dirigida por Catilina.

e) Revolta dos plebeus, sob a liderança de Tarquínio.

9. Com relação ao ornamento, Roma não correspondia, absolutamente, à majestade do Império e, além

disso, estava exposta às inundações, como também aos incêndios. Porém, Augusto fez dela uma

cidade tão bela que pode se envaidecer, principalmente por ter deixado uma cidade de mármore no

lugar onde encontrara uma de tijolos. (Adaptado de Suetônio, A Vida dos Doze Césares. São Paulo: Martin Claret, 2006, p. 91.)

Considerando o texto e o período de Otávio Augusto no governo de Roma, responda:

a) Qual a relação da nova urbanização da capital do Império com o período de paz que Augusto

pretendia simbolizar?

b) Identifique uma medida social e uma medida política estabelecidas por Augusto para adaptar a

tradição romana ao novo momento.

QUESTÃO CONTEXTO

O clientelismo romano, prática dos patrícios romanos que trocavam favores de seus clientes por ajuda

financeira ou outros favores foi uma prática recorrente na política romana sendo que esta prática transpassou

os anos é praticada em todos os governos do mundo, esse hábito é tão marcante na tradição cultural latina

que em alguns países a população chega a naturalizar esse tipo de comportamento.

Cite e explique um momento na política republicana brasileira que este clientelismo foi amplamente

conhecido.

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GABARITO

Exercícios de aula

1. e

a economia romana dependia da captura de escravos sendo necessário um estado de guerra constante.

2. d

os romanos eram muito rígidos com a estrutura moral dos seus governantes

3. b

O exercício trata sobre a crise política envolvendo Júlio César, que virou ditador em seguida entrando

em Roma contra a ordem do senado.

4. A escravidão em Roma se dava através de dívidas, e sobretudo por guerras. Os sujeitos sociais submissos

a essa condição eram tidos como a força produtiva de seu proprietário, sem gozar da condição de

cidadania

Roma baseou sua economia inteira nesse de escravidão, sendo que não poderia deixar mais de conquistar

novas terras capturando novos escravos, não é de se espantar já que milhares morreram nos coliseus

somente para o entretenimento dos romanos.

5. e

devido sua enorme extensão as políticas do império nem sempre surtiam efeito na população,

prejudicando o andamento geral do império.

6. c

os romanos criaram um estado com força e tamanho superior aos existentes anteriormente.

Exercícios de casa

1. O fato de ser gerida pelo Senado, isto é, representativa, bem como o fato de conceder aos plebeus o

cargo de Tribuna da plebe dentro da referida instituição (Senado), ao longo da existência da República

Romana trouxe consigo heterogeneidade, crises, de modo que os privilégios políticos dos patrícios

prevaleceram, decidindo pelo estabelecimento dos triunviratos governos dos generais tendo como

ponto culminante a chegada de Otávio Augusto ao poder. Esse contexto ainda se agravou devido ao

aumento do escravismo e do preço do trigo graças à expansão territorial de Roma já que se agravaram

as tensões sociais, que exigiram uma decisão por parte da República Romana. Relacionando-se esse

momento com a crise política que levou a República ao Império.

O exercício trata de um período de transição da república para o senado, sendo que há

representatividade mas já começa com um poder autoritário.

2. e

podemos ver que como na sociedade grega os romanos faziam diferença entre os habitantes livres, que

somente seus filhos poderiam ser cidadãos.

3. c

o exercício em seu texto nos dá a resposta, dizendo logo que alguns filósofos não concordam ou duvidam

da existência de deuses.

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4. a

a superioridade militar dos romanos era importante para seu sistema de mão de obra baseado no

escravismo de prisioneiros de guerra.

5. a

o culto aos antepassados é uma característica que nos lembra o humanismo resgatado no renascimento.

6. d

o clientelismo romano se assemelha muito com as políticas atuais, principalmente na primeira república

com a política dos governadores.

7. c

os cartagineneses foram os últimos obstáculos no caminho de Roma para a conquista do mediterrâneo,

depois disso o estado romano aumentou seu território em um nível somente visto com Alexandre, O

Grande.

8. b

Espartaco foi um dos milhares casos de resistência a escravidão, no entanto sua notoriedade por dobrar

as tropas do império romano é merecida contando que os escravos enfrentaram o maior império do

ocidente.

9.

a) A cidade de Roma, no período de Augusto, era a expressão do próprio Império, demonstrando

grandeza, enriquecimento, com as transformações e melhorias urbanas e sociais realizados após o

período das guerras civis.

b) Poderiam ser citadas como medidas sociais adotadas por Augusto a utilização da política de pão e

circo e a reforma censitária, que permitia a ampliação de direitos políticos para os homens novos. Como

medidas políticas, a centralização de poder, o controle dos exércitos e a pax romana.

Otavio Augusto empreendeu diversas reformas em Roma, este investiu no controle da população e no

combate da fome que também é bom contra a insatisfação popular o pão e circo combatia a fome e

distraia a população ao mesmo tempo, junto com as construções de mármore, mostrava a grandeza do

estado frente ao cidadão ou escravo.

Questão Contexto

nas câmaras federais davam vantagens para os governadores para que estes convencessem os deputados e

senadores de seus estados a votarem de acordo com o executivo.

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Lit.

Professor: Diogo Mendes

Monitora: Maria Carolina Coelho

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Humanismo: O teatro de Gil Vicente 09

mar

RESUMO

a)

b)

c)

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EXERCÍCIOS DE AULA

1. DIABO: Essa dama, ela é vossa?

a)

b)

c)

d)

e)

2. Considerando a peça Auto da Barca do Inferno como um todo, indique a alternativa que melhor se

adapta à proposta do teatro vicentino.

a)

b)

c)

d)

e)

3. A leitura do texto de Gil Vicente coloca o leitor em contato com o mundo do Humanismo português.

O fragmento abaixo do Auto da barca do inferno mostra o diálogo entre o Diabo e o Fidalgo no porto.

Fidalgo:

Esta barca onde

vai ora,

Diabo:

Vai pêra a Ilha perdida,

e há de partir logo essora (...).

Fidalgo:

E passageiros achais

pera tal habitação? (...).

Diabo:

Vejo

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- vos eu em feição

pêra ir ao nosso cais.

Fidalgo:

Parece-te a ti assi.

Diabo:

Em que esperas ter guarida?

Fidalgo:

Que deixo na outra vida

quem reze sempre por mi.

Diabo:

Quem reze sempre por ti?

Hi hi hi hi hi hi hi.

E tu viveste a teu prazer,

cuidando cá guarecer,

Porque rezam lá por ti?

Embarca, hou, embarcai,

eira.

Mandai meter a cadeira,

VICENTE, Gil. 1996, p. 32.

Assinale a alternativa correta quanto às atitudes das personagens.

a) O Diabo designa o inferno utilizando uma figura de linguagem.

b) O Fidalgo garante ao Diabo que será salvo porque o Anjo virá em seu socorro.

c) O Diabo aceita o argumento do Fidalgo de que este será salvo pelo Anjo.

d) A Ilha perdida é a designação do lugar de salvação das almas arrependidas.

e) O Anjo e o Diabo conseguem salvar o Fidalgo do inferno

4. Gil Vicente tem a sua inspiração ligada à origem do teatro português. Além de revelar-se um criador

de tipos, que atravessaram os séculos com modernidade indiscutível, a sua obra é reconhecida pelo

domínio de linguagem acordada com as situações dramáticas.

Considerando os textos a seguir, que dizem respeito à peça O Velho da Horta, assinale a opção

que se ajusta corretamente ao sentido dessa obra.

a) O Velho apaixonado deixa-se levar por um amor imprudente e obcecado.

b) A linguagem da Moça é zombeteira, cheia de ironia e combina perfeitamente com a do Velho.

c) Por meio do encontro apaixonado entre o velho e a jovem, Gil Vicente capta uma história de

d) Entra em cena uma alcoviteira que oferece seus préstimos profissionais e desilude o Velho

quanto à posse da amada.

e) No final, o Velho recebe a notícia de que a jovem aceitaria casar-se, mediante um bom dote.

5. O teatro de Gil Vicente faz parte de uma importante manifestação do Humanismo português do

século XVI.

Com relação à característica básica da sátira vicentina, assinale a alternativa incorreta.

a) Enfoque na nobreza representada pelo fidalgo decadente.

b) Retomada da análise do comportamento social do clero e do povo.

c) Denúncia do comportamento dos frades que se entregavam a amores proibidos.

d) Demonstração das atitudes do clero como uma solução para a decadência moral dos costumes.

e) Mostra da desagregação dos costumes a partir da simplicidade da forma de composição.

6. O Auto da Barca do Inferno é uma das três peças que compõem a Trilogia das Barcas do teatro

vicentino. Gil Vicente é autor do período literário português, conhecido como Humanismo.

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Texto I

ANJO: Que mandais?

FIDALGO: Que me digais,

pois parti tão sem aviso,

se a barca do paraíso

é esta em que navegais.

ANJO: Esta é; que lhe buscais?

FIDALGO: Que me deixeis embarcar;

sou fidalgo de solar,

é bem que me recolhais.

[...]

ANJO: Pra vossa fantasia

mui pequena é esta barca.

FIDALGO: Pra senhor de tal marca

não há aqui mais cortesia? VICENTE, Gil. Auto da Barca do Inferno. São Paulo: FTD, 1997.

Os diálogos entre o anjo e o fidalgo põem em discussão não só os valores de um mundo medieval,

mas também do mundo contemporâneo. A atualidade dessa discussão decorre de que o homem de

hoje, ainda, assume falsos posicionamentos semelhantes ao de uma das personagens da cena. Essa

atualidade é apresentada, por meio de

a) limitações retóricas. b) alianças subversivas.

c) falhas na comunicação.

d) atos de falas impositivas.

e) comportamentos antidemocráticos.

EXERCÍCIOS DE CASA

1. Assinale a alternativa incorreta sobre a obra de Gil Vicente.

a)

b)

c)

d)

e)

2. Andar! Pero Marques seja!

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it.

a)

b)

c)

d)

e)

3. O fragmento de texto, transcrito a seguir, foi retirado da farsa do Velho da Horta, de Gil Vicente. Leia-

o com atenção

Levando-se em conta que o tema central da farsa de Gil Vicente é o amor de um Velho por

uma Moça, é verdadeiro afirmar o seguinte:

a) No diálogo com a Moça, o Velho mostra-se tímido e embaraçado.

b) As palavras do Velho apaixonado não atraem a Moça, que se revela realista e ajuizada.

c) Ao ouvir as propostas desrespeitosas do Velho, a Moça, ofendida, ameaça ir

chamar seu noivo.

d) Tanto o Velho quanto a Moça, desde o início, chegam à conclusão de que aquele amor era

impossível e proibido.

e) A Moça deixa-se seduzir, aceita os galanteios do Velho e esquece que tinha vindo ali apenas para

comprar hortaliças.

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4. Sobre a obra literária portuguesa, o Auto da Barca do Inferno, obra satírica de Gil Vicente (1465

1537), é incorreto afirmar.

a) A obra dramática voltou-se criticamente para o seu tempo, a época dos descobrimentos em

Portugal.

b) A época da obra compreende o período de ebulição com a chegada das riquezas provenientes

das navegações, fato que colocava Lisboa como a Corte mais rica da Europa.

c) A obra satiriza o afastamento da população rural do trabalho e dos meios de produção, que se

transfere para a Corte, passando a viver no luxo excessivo, deixando o trabalho pesado para os

escravos capturados na África e na Ásia.

d) A sátira de Gil Vicente pune com humor, o sapateiro ladrão, a esposa adúltera, as alcoviteiras, o

escudeiro malandro, o frade enamorado etc.

e) O teatro de Gil Vicente não foi popular na forma e no conteúdo. Suas raízes se fundam nos

princípios do dogmatismo da Santa Inquisição, daí a obra ter como título Auto da Barca do

Inferno.

5.

Os textos são fragmentos das peças Auto da Barca do Inferno (1517), de Gil Vicente, O pagador de

promessas (1960), de Dias Gomes, e do romance O Capitão do fim (2001), de Luiz Guilherme Santos

Neves. Com base neles e nas obras citadas, é INCORRETO afirmar que

a) O Auto da Barca do Inferno ilustra como o Humanismo representou uma transição de um

Portugal marcado por visões medievais e teocêntricas para uma nova realidade inscrita em

valores mercantis e antropocêntricos.

b) As peças Auto da barca do Inferno e O pagador de promessas apresentam um lapso de

tempo de quase 450 anos, porém, dois traços as aproximam: a cultura religiosa e a presença de

a primeira; o Zé do Burro, para a segunda.

c) A ingenuidade do Zé do Burro, personagem de O pagador de promessas, diferentemente

da do Parvo, do Auto da Barca do Inferno, é marcada por um sincretismo religioso cristão e

africano.

d) O fim do personagem Vasco Fernandes Coutinho, de O Capitão do fim, poderia ser

perfeitamente comparado ao fim da maioria dos personagens do Auto da Barca do Inferno.

e) A cultura religiosa presente em O Capitão do fim faz com que a capitania designada para

o personagem Pero Fernandes Sardinha fosse nomeada de Espírito Santo por ter ele

desembarcado nela em um domingo de Pentecostes.

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6. Indique a afirmação correta sobre o Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente:

a) É intricada a estruturação de suas cenas, que surpreendem o público com a inesperado de cada

situação.

b) O moralismo vicentino localiza os vícios, não nas instituições, mas nos indivíduos que as fazem

viciosas.

c) É complexa a critica aos costumes da época, já que o autor primeiro a relativizar a distinção entre

Bem e o Mal.

d) A ênfase desta sátira recai sobre as personagens populares mais ridicularizadas e as mais

severamente punidas.

e) A sátira é aqui demolidora e indiscriminada, não fazendo referência a qualquer exemplo de valor

positivo.

7. Caracteriza o teatro de Gil Vicente:

a) A revolta contra o cristianismo.

b) A obra escrita em prosa.

c) A elaboração requintada dos quadros e cenários apresentados.

d) A preocupação com o homem e com a religião.

e) A busca de conceitos universais.

8. Leia com atenção o fragmento do Auto da Barco do Inferno, de Gil Vicente:

Parvo Hou, homens dos breviários,

Rapinastis coelhorum

Et pernis perdigotorum

E mijais nos campanários.

Não é correto afirmar sobre o texto:

a) As falas do Parvo, como esta, sempre são repletas de gracejos e de palavrões, com intenção

satírica.

b) Nesta fala, o Parvo está denunciando a corrupção do Juiz e do Procurador.

c) O latim que aparece na passagem é exemplo de imitação paródia dessa língua.

d) Por meio de seu latim, o Parvo afasta-se de seu simplicidade, mostrando-se conhecedor de outra

línguas.

e) Ao misturar um falso latim com palavrões, Gil Vicente demonstra a natureza popular de seu teatro

e de seus canais de expressão.

9. Sobre o Humanismo, identifique a alternativa falsa:

a) Em sentido amplo, designa a atitude de valorização do homem, de seus atributos e realizações.

b) Configura-

c) Rejeita a noção do homem regido por leis sobrenaturais e opõe-se ao misticismo.

d) Designa tanto uma atitude filosófica intemporal quanto um período especifico da evolução da

cultura ocidental.

e) Fundamenta-se na noção bíblica de que o homem é pó e ao pó retornará, e de que só a

transcendência liberta o homem de seu insignificância terrena.

QUESTÃO CONTEXTO

Suassuna. A história conta a vida dos personagens João Grilo e Chicó, dois sertanejos que sobrevivem

fazendo pequenos negócios e dando golpes nas pessoas. Um certo dia, os dois arranjam uma confusão com

o temido Severino de Aracaju e a trama narra suas aventuras ao tentarem fugir da perseguição promovida

pelo cangaceiro. Vale lembrar que Gil Vicente foi uma grande referência para a criação de inúmeras peças,

uma vez que ele fundou a tradição e influenciou outros países, entre eles, o Brasil.

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L

it.

Leia um trecho da obra e, a partir de seus conhecimentos, identifique o gênero literário em questão e as

principais características presentes.

OÃO GRILO - Padre João! Padre João!

PADRE, aparecendo na igreja

Que há? Que gritaria é essa?

Fala afetadamente com aquela pronúncia e aquele estilo que Leon Bloy chamava

CHICÓ - Mandaram avisar para o senhor não sair, porque vem uma pessoa aqui trazer um cachorro que está

se ultimando para o senhor benzer.

PADRE - Para eu benzer?

CHICÓ - Sim.

PADRE, com desprezo

Um cachorro?

CHICÓ - Sim.

PADRE - Que maluquice! Que besteira!

JOÃO GRILO - Cansei de dizer a ele que o senhor benzia. Benze porque benze, vim com ele.

PADRE - Não benzo de jeito nenhum.

CHICÓ - Mas padre, não vejo nada de mal em se benzer o bicho.

JOÃO GRILO - No dia em que chegou o motor novo do major Antônio Morais o senhor não o benzeu?

PADRE -

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L

it.

GABARITO

Exercícios de aula

1. a

que o frade possui uma amante e diz ao Diabo, após ser questionado, que os membros da Igreja também

infringem os preceitos cristãos.

2. a

Vicente, com seu caráter moralizante, visa reforçar seu apelo reformador.

3. a

ara simbolizar o

inferno.

4. a

-se por uma jovem e tenta conquistá-la, mas não consegue

por causa da idade e por não possuir bens financeiros, iludindo-se com falsos planos.

5. d

Gil Vicente também denuncia os falsos costumes dos membros de clero, visto que muitos padres e frades

6. d

As atualidades são apresentadas por meio de atos de falas impositivas, pois o fidalgo apresenta sua

posição social ao Anjo esperando ter um tratamento diferenciado dos demais.

Exercícios de casa

1. c

Gil Vicente não exalta de forma heroica os constituintes da nobreza.

2. e

A farsa de Inês Pereira fala sobre uma moça que busca ascensão social e conforto após viver em um

casamento degradante e violento. O pretendente Pero Marques não era desejado por Inês, mas ela o

escolheu após vivenciar uma triste realidade, priorizando os interesses materiais.

3. b

No diálogo entre o velho e a moça é possível perceber que esta não se sente atraída pelas propostas do

velho, justamente por não se interessar por ele.

4. e

O teatro de Gil Vicente baseava-se no popular, tanto é que ele delineia em suas obras determinados

5. e

O texto IX não apresenta, pelo menos no trecho extraído, uma influência religiosa nas ações do

personagem, portanto, não é possível afirmar a alternativa E.

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L

it.

6. b

Gil Vicente não visava atingir as instituições, mas as pessoas inescrupulosas que as compunham.

7. d

Gil Vicente preocupa-se com as atitudes humanas que se afastam dos preceitos cristãos, como o

egoísmo, a mentira e o orgulho.

8. d

Na obra de Gil Vicente, o Parvo tem pouco domínio da norma culta e, geralmente, utiliza uma linguagem

chula.

9. e

O pensamento humanista não se vincula ao sentido de transcendência, mas sim, na ideia de que o homem

é o centro das ideias e da vida.

Questão Contexto

Gênero literário dramático. Principais características: presença de rubrica, diálogo entre os personagens,

texto voltado para a encenação e caráter humorístico.

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M

at.

Mat.

Professor: Gabriel Miranda

Monitor: Fernanda Aranzate

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Exercícios: Potenciação e Radiciação

(FUVEST, UNICAMP E UNESP)

07

mar

EXERCÍCIOS DE AULA

1. Qual desses números é igual a 0,064?

a) (1/80)2

b) (1/8)2

c) (2/5)3

d) (1/800)2

e) (8/10)3

2. Assinale a alternativa que contem a afirmação correta.

a) Para a e b reais, sendo a ≠ 0, (2a–1)b = 2

b

a.

b) Para quaisquer a e b reais, a2・b3 = (a6 . b6)

c) Para quaisquer a e b reais, 5a + 4b = 9ab.

d) Para quaisquer a e b reais, se a3 = b3, a = b.

e) Para a e b reais, sendo a > 0 e b > 0, a b a b .

3. De 1869 ate hoje, ocorreram as seguintes mudancas de moeda no Brasil: (1) em 1942, foi criado o

cruzeiro, cada cruzeiro valendo mil reis; (2) em 1967, foi criado o cruzeiro novo, cada cruzeiro novo

valendo mil cruzeiros; em 1970, o cruzeiro novo voltou a se chamar apenas cruzeiro; (3) em 1986, foi

criado o cruzado, cada cruzado valendo mil cruzeiros; (4) em 1989, foi criado o cruzado novo, cada um

valendo mil cruzados; em 1990, o cruzado novo passou a se chamar novamente cruzeiro; (5) em 1993,

foi criado o cruzeiro real, cada um valendo mil cruzeiros; (6) em 1994, foi criado o real, cada um valendo

2.750 cruzeiros reais. Quando morreu, em 1869, Bras Cubas possuía 300 contos. Se esse valor tivesse

ficado ate hoje em uma conta bancaria, sem receber juros e sem pagar taxas, e se, a cada mudanca de

moeda, o deposito tivesse sido normalmente convertido para a nova moeda, o saldo hipotético dessa

conta seria, aproximadamente, de um decimo de

Dados:

Um conto equivalia a um milhao de reis.

Um bilhao e igual a 109 e um trilhao e igual a 1012.

a) real.

b) milesimo de real.

c) milionesimo de real.

d) bilionesimo de real.

e) trilionesimo de real.

4. O valor da expressao a3 – 3a2x2y2, para a = 10, x = 2 e y = 1 é:

a) 100

b) 50

c) 250

d) –150

e) –200

5. Dados os dois números positivos, 3 3 e

4 4 , determine o maior.

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EXERCÍCIOS DE CASA

1. O mundo tem, atualmente, 6 bilhoes de habitantes e uma disponibilidade maxima de agua para

consumo em todo o planeta de 9 000 km3/ano. Sabendo-se que o consumo anual “per capita”é de

800 m3, calcule:

a) o consumo mundial anual de agua, em km3;

b) a populacao mundial maxima, considerando-se apenas a disponibilidade mundial máxima de agua

para consumo.

2. a) Qual a metade de 222?

b) Calcule 3 .

3. Fazendo as aproximações 2 1,41 e 3 1,73 e considerando 4 64a e 27b determinar a

representação decimal, ate a casa dos centesimos, de b – a.

4. 28 30

32 2

10

a)

82

5

b)

92

5

c)28

d)29

e)

1/358

2

10

5. 3

2 2

5 3 2

é igual a:

a) 35 3 4

b) 35 3 2

c) 35 3 2

d) 35 3 4

e) 35 3 4

6. a) Calcule as seguintes potências: a = 3 3 , b = (-2)3 , c = 3-2 e d = (-2)-3 .

b) Escreva os números a, b, c, d em ordem crescente.

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7. O valor da expressão2 2

2 1

é:

a) 2

b) 1

2

c) 2

d) 1

2

e) 2 1

8. Dos números abaixo, o que está mais próximo de

4 3

2

5,2 . 10,3

9,9 é:

a) 0,625

b) 6,25

c) 62,5

d) 625

e) 6250

9. O valor de (0,2)3 + (0,16)2 é:

a) 0,0264

b) 0,0336

c) 0,1056

d) 0,2568

e) 0,6256

10. Se 416.525 = .10n, com 1 < 10, então n é igual a:

a) 24

b) 25

c) 26

d) 27

e) 28

Puzzle

Um fazendeiro foi ao encontro de seu gerente de banco pedir um empréstimo para comprar animais. O

gerente fez um acordo com o ele. Ele disse que emprestaria R$ 100,00 e que o fazendeiro não precisaria

devolver o dinheiro ao banco caso conseguisse comprar exatamente 100 cabeças (animais) com os R$ 100,00.

A única regra do acordo era que o fazendeiro comprasse pelo menos um animal de cada um desses tipos:

bois, porcos e ovelhas. Cada boi custa R$ 10,00. Cada porco custa R$ 3,00 e as ovelhas custam, cada uma,

R$ 0,50. Quantos animais de cada tipo o fazendeiro comprou?

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GABARITO

Exercícios de aula

1. c

x³ = 64

x = 4

Número que elevado ao cubo resulta em 0,064?

y³ = 0,064

y³ = 64 * 10^{-3}

y = 4 * 10^{-1}

y = 0,4 = 4/10 = 2/5

Logo:

0,064 = (2/5)³

2. d

(2a - 1)b = (b/2a)

2ab - b = b/2a

2a(2ab - b)/2a = b/2a

2a(2ab - b) = b

4a²b - b = b

b(4a² - 1) = b

4a² - 1 = 1

4a² = 2 (Incorreto)

b) a² . b³ = ab^6.

a² . b³ = a²b³ (Incorreto)

c) 5a + 4b = 9ab. (Incorreto)

d) Se a³ = b³, a = b. (Correto), pois a = b, portanto, ambos elevados à potencia 3 também e igual.

3. d

Em 1869: Brás Cubas possuía 300 contos = 300 . 106 réis

Em 1942:

66300.

3010

    300.10³ 1

0.0³

10 réis cruzeiros cruzeiros

Em 1967:

33 300.10    300 

103

³00.10 cruzeiros cruzeiros cruzeiros

Em 1986:

3030

0   

10³0cruzeiros cruzados

Em 1989: 6

300 300 

10³ 10cruzados cruzados novos

Em 1990: 6 6

300 300  

10 10cruzados novos cruzeiros

,

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Em 1993: 6 9

300 300

10 10cruzeiro cruzeiro real

Em 1994: 9 9 9 9

300 1  300 300 1 1 1 real . . .

10 2750 10 2750 10 10 10cruzeiro real real real

4. e

Substituindo os valores

10³ - 3 . 10² . 2² . 1² = 1000 - 3 . 100 . 4 . 1 = 1000 1200 = 1000 - 1200 = -200

5. a

4123 12

12 34 12

3,4 12

3 3 81

4 4 64

mmc

Como 4381 64, 3 4

Exercícios de casa

1. Total da população mundial ⇒

Disponibilidade máxima de água no planeta ⇒ 9000 km³/ano

Consumo anual per capita ⇒ 800 m³ = 0,0000008 km³ = 8.10⁻ km³

a) 4800 km³

Consumo anual mundial ⇒ ⁻ ⁻ = 48.10² = 48.100 = 4800 km³ de água

b) 11,25 bilhões de habitantes

População mundial máxima ⇒ (9.10³) / (8.10⁻ ) = 9/8.10³⁺

habitantes.

2. a) 221

b) 7

3

Como :

2 1

3 2 33 28 9 8 9 64 3 4 3 7

mn mna a

3. 2,37

6 3

4 6 4 22 2 2 2³ 2 2

3².3 3 3

a

b

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at.

3.1,73 2.1,41

5,19 2,82

2,37

b a

b a

b a

4. d

2728 30 28 2 273 27 933 3 3

2 2 10 2 .(1 2 ) 2 .52 2 2

10 2.5 5

5. d

Racionalizando temos:

3

3 3

3

3 3

3

2 2 3

3

33

2 5 3 2 2². .

5 3 5 3 2 2²

2. 5 3 2. 2²

2. 2²5 3 . 5 3

2. 5 3 2. 2²

2.2²5 . 3

2. 5 3 2. 4

5 3 2

2. 5 3 2. 45 3 4

2 2

6.

2

2

3

3

33 3.3.3 27

2 2 . 2 . 2

1 13

3² 9

1 12

82

a

b

c

d

7. a

Racionalizando os denominadores

2 2 . 2 1

2 1 . 2 1

2 2 2 2. 2 2

2. 2 2 2 1

2 2 22

1

8. e

Considerando:

5,2 5

10,3 10

9,9 10

Resolvendo: 4

45 .10³5 .10 625.10 6250

10²

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9. b

0,2³ = (2/10)³ = 2³/10³ = 8/1000

0,16² = (4/25)² = 16/625

0,2³ + 0,16² = 8/1000 + 16/625 ----> MMC = 5000

8/100 + 16/625 = (40 + 128)/5000 = 168/5000 = 83/2500 = 0,0336

10. d

16 25

16 25

32 25

7 25 25

25

25

2 25

27

4 .5 .10

2² .5 .10

2 .5 .10

2 .2 .5 .10

128. 2.5 .10

128.10 .10

1 10

1, 28.10 .10 .10

1, 28.10 .10

27

n

n

n

n

n

n

n

n

K

K

K

K

K

K

K

K

K

n

Puzzle

O fazendeiro comprou 5 bois (R$ 50,00), 1 porco (R$ 3,00) e 94 ovelhas (R$ 47,00).

Admita "b" como sendo o número de bois comprados, "p" com sendo o número de porcos comprados, e "v"

como sendo o número de ovelhas compradas. Sabemos que o número total de animais comprados é 100.

Além disso, sabemos também que o valor total da compra será de 100 reais. Portanto, temos duas equações:

b + p + v = 100 (I)

10b + 3p + 0.5v = 100 (II)

Multiplicando a equação II por 2, temos:

20b + 6p + v = 200

Se subtrairmos a equação I da equação acima, eliminaremos "v" e teremos a seguinte equação:

19b + 5p = 100

Reescrevendo:

100 19b = 5p

Uma vez que "b" e "p" são números inteiros não-negativos, nós podemos definir as possíveis soluções

rapidamente. Sabemos que "b" não pode ser maior ou igual a 6, porque "p", nesse caso, seria negativo. Com

isso, podemos somente considerar 1, 2, 3, 4 e 5 como valores possíveis de "b". Substituir 1, 2, 3 ou 4 em "b",

entretanto, torna o lado esquerdo da equação não-divisível por 5, o que faria com que "p" fosse um número

não-inteiro. Logo, "b" deve ser 5. Substituindo "b" na equação acima, temos:

100 19b = 5p

100 - 95 = 5p

5 = 5p

p = 1

Agora, podemos substituir os valores de "b" e "p" em uma das equações originais (substituir na equação I

torna a resolução mais fácil), e achar "v":

b + p + v = 100

5 + 1 + v = 100

6 + v = 100

v = 100 - 6

v = 94

Portanto, o fazendeiro comprou 5 bois (R$ 50,00), 1 porco (R$ 3,00) e 94 ovelhas (R$ 47,00).

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P

or.

Por.

Professora: Fernanda Vicente

Monitoras: Maria Carolina e

Pâmela Puglieri

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P

or.

Classes de Palavras: Adjetivo e

Advérbio

06

mar

RESUMO

I) ADJETIVOS

Os adjetivos são palavras que caracterizam ou qualificam os substantivos e são variáveis em gênero

(masculino/feminino), número (singular/plural) e grau (normal, comparativo e superlativo).

CLASSFICAÇÃO DOS ADJETIVOS

a) Simples ou compostos:

Simples: apresentam um único radical (ex.: moça alegre, remédio amargo).

Compostos: apresentam mais de um radical (ex.: vestido azul-marinho, acordo franco-brasileiro)

b) Primitivos ou derivados:

Primitivos: não provêm de outra palavra da língua portuguesa ( ex.: calça bege, amigo fiel)

Derivados: originados de outras palavras da língua portuguesa (ex.: olhos esverdeados, rapaz infeliz).

Ao falar-se de adjetivos, é importante ter em mente o conceito de locução adjetiva, que é referente a uma

expressão formada de preposição + substantivo, como, por exemplo:

assunto de dinheiro > monetário ou conversa de gênio > genial.

OBS.: No contexto de uma frase, é possível identificar palavras de outras classes, entre elas os adjetivos,

que se transformam em nomes (substantivos) desde que precedidas de um artigo:

Exemplos:

o jovem desempregado > um desempregado jovem

a renomada pintora > uma pintora renomada

FLEXÃO DOS ADJETIVOS

a) de número: o adjetivo toma a forma singular ou plural do substantivo que ele acompanha:

Exemplos:

aluno estudioso > alunos estudiosos

blusa manchada > blusas manchadas

Ao fazermos a flexão em número dos adjetivos compostos: somente o último elemento vai para o plural:

Exemplos:

medidas político-sociais

camisas verde-claras

b) de gênero: Os adjetivos concordam com o substantivo a que se referem (masculino e feminino).

- adjetivos biformes: assumem duas formas, sendo uma para o masculino e outra para o feminino.

Exemplos:

bonito e bonita

aluno e aluno

-adjetivos uniformes: têm uma só forma tanto para o masculino como para o feminino.

Exemplos:

menino feliz, menina feliz

vizinho gentil, vizinha gentil

GRAU DOS ADJETIVOS

a) Comparativo: indica determinada qualidade em grau igual, superior ou inferior a outra:

Exemplos:

João é tão estudioso como (ou quanto) Rogério.

João é mais estudioso que Rogério.

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P

or.

João é menos estudioso que Rogério.

b) Superlativo: indica determinada qualidade em grau elevado (superlativo absoluto):

Exemplos:

Ruan é inteligentíssimo.

Ruan é muito inteligente.

Além disso, o superlativo pode indicar determinada qualidade em grau mais ou menos elevado em

comparação à totalidade dos seres (superlativo relativo):

Exemplos:

Raquel é a aluna mais estudiosa da classe. (superlativo relativo de superioridade)

Raquel é a aluna menos estudiosa da classe. (superlativo relativo de inferioridade)

II) ADVÉRBIOS

Advérbios são palavras invariáveis que exprimem circunstância (de lugar, de tempo, de modo, etc.) e

possuem a capacidade de modificar o verbo, o adjetivo, ou outros advérbios.

Exemplos:

Eu estudo muito para o vestibular. (modifica o verbo)

Minha gata é muito fofinha. (modifica o adjetivo)

Nunca mais faça isso. (modifica outro advérbio)

Os advérbios, além de modificarem o verbo, o adjetivo e o próprio advérbio, também podem modificar a

oração inteira. Nesse caso, o advérbio pode ocorrer em qualquer posição.

Exemplos:

Felizmente, não aconteceu nada com as crianças.

Não aconteceu nada com as crianças, felizmente.

CLASSIFICAÇÃO DOS ADVÉRBIOS

Os advérbios são classificados de acordo com as circunstâncias que exprimem. Eles podem ser de afirmação,

de negação, de modo, de lugar, de dúvida, de intensidade, de tempo e interrogativos.

a) Advérbios de afirmação: sim, perfeitamente, pois sim, positivamente, efetivamente, certamente.

Exemplos:

Eu entendi perfeitamente a matéria.

Todos nós certamente seríamos capazes de compreender.

b) Advérbios de negação: não, nunca, nada, jamais. Exemplos:

Janaina nunca encontrará uma resposta para seus questionamentos.

Jamais fale enquanto o professor dá aula!

c) Advérbios de modo: bem, mal, melhor, pior, certo, também, depressa, devagar e, em geral, os adjetivos

femininos acrescidos do sufixo -mente.

Exemplos:

Os dias passavam depressa.

Todas as ordens foram dadas educadamente.

d) Advérbios de lugar: aqui, ali, lá, além, perto, longe, fora, dentro, onde, acima, adiante.

Exemplos:

Carla mora perto do centro.

Pedro estava fora da sala.

e) Advérbios de dúvida: talvez, porventura, provavelmente.

Exemplos:

Talvez Arthur fique comigo no fim das contas.

Provavelmente o restaurante estará fechado.

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P

or.

f) Advérbios de intensidade: muito, pouco, bastante, menos, mais, tão, tanto, todo, completamente,

excessivamente.

Exemplos:

Paola viveu bastante tempo.

Elísio estudou pouco para a prova.

g) Advérbios de tempo: agora, já, logo, cedo, tarde, antes, depois, sempre, nunca, jamais, hoje, ontem,

amanhã. Exemplos:

O acidente aconteceu agora.

Amanhã é o último dia de aula.

h) Advérbios interrogativos: onde (lugar), quando (tempo), como (modo), por que (causa).

Exemplos:

Onde estava o brinquedo do seu irmão?

Quando será a festa?

i) Advérbios de inclusão: até, também.

Exemplo:

Eu até ganhei um dinheiro.

j) Advérbios de exclusão: exclusivamente, somente.

Exemplo:

Somente o irmão se manteve impassível.

LOCUÇÃO ADVERBIAL

Quando duas ou mais palavras (geralmente preposição + substantivo ou advérbio) formam uma expressão

que equivale a um advérbio chamamos de locução adverbial. As principais são: às vezes, às pressas, vez por

outra, de qualquer modo, de propósito, em breve, à toa, às escondidas, à noite, de repente, de súbito.

Exemplos:

Tudo foi pensado às pressas (apressadamente).

Leonardo não fez o trabalho de propósito (propositalmente).

EXERCÍCIOS DE AULA

1. Há situações em que o adjetivo muda de sentido, caso seja colocado antes ou depois do substantivo.

Observe:

Lá se vão os pobres meninos

Pelas ruas da cidade.

Meninos pobres,

pelas ruas da cidade rica.

Qual é o significado da pri

a) humildes/modestos

b) mendigos/sem recursos

c) dignos de pena/improdutivos

d) dignos de compaixão/desprovidos de recursos

e) ingênuos/sem posses

2. Acrobata da Dor

Gargalha, ri, num riso de tormenta,

como um palhaço, que desengonçado,

nervoso, ri, num riso absurdo, inflado

de uma ironia e de uma dor violenta.

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P

or.

Da gargalhada atroz, sanguinolenta,

agita os guizos, e convulsionado

Salta, gavroche, salta clown, varado

pelo estertor dessa agonia lenta...

Pedem-te bis e um bis não se despreza!

Vamos! retesa os músculos, retesa,

E embora caias sobre o chão, fremente,

afogado em teu sangue estuoso e quente,

ri! Coração, tristíssimo palhaço. (João da Cruz e Sousa. Obra completa. Rio de Janeiro: Editora Aguilar, 1961.)

O soneto Acrobata da dor revela, entre outras, uma das características notáveis do estilo poético de

Cruz e Sousa, que é a grande presença de adjetivos, colocados antes ou após os substantivos a que se

referem. Observe estes cinco exemplos retirados do texto:

I. Riso absurdo.

II. Gargalhada atroz.

III. Agonia lenta.

IV. Macabras piruetas.

V. Tristíssimo palhaço.

Aponte os dois exemplos em que o adjetivo precede o substantivo:

a) I e II.

b) II e III.

c) I e III.

d) II e IV.

e) IV e V

3. "É preciso agir, e rápido", disse ontem o ex-presidente nacional do partido.

A frase em que a palavra sublinhada NÃO exerce função idêntica à de rápido é:

a) Como estava exaltado, o homem gesticulava e falava alto.

b) Mademoiselle ergueu súbito a cabeça, voltou-a pro lado, esperando, olhos baixos.

c) Estavam acostumados a falar baixo.

d) Conversamos por alguns minutos, mas tão abafado que nem as paredes ouviram.

e) Sim, havíamos de ter um oratório bonito, alto, de jacarandá.

4. O Repertório e o Mercado

O repertório de obras de arte atualmente servido ao público está deteriorado. Grande é o número de

artistas que finge ignorar este fato: esta ignorância, verdadeira ou fingida, é crime. Em teatro, são

criminosos os elencos cuja preocupação principal consiste em quitandeiramente ganhar alguns cobres

servindo aos apetites mais rasteiros das plateias tranquilas; são criminosos todos aqueles que

servilmente ficam atentos à última moda parisiense, ao último lançamento londrino, isto é, aqueles que

renunciam à sua cidadania artística brasileira e se transformam em repetidores da arte alheia; são

criminosos aqueles que apresentam sempre e apenas visões róseas do mundo através de universos

feéricos das peças de boulevard, ou do psicologismo anglo-saxônico que tende a reduzir os mais

graves problemas sociais e políticos a desajustes neuróticos de uns poucos cidadãos.

São criminosos os fabricantes irresponsáveis de com

parecem italianas." Estes são criminosos e não são artistas porque arte é sempre a manifestação

sensorial da verdade e não estará dizendo a verdade o artista que constantemente ignore a guerra de

genocídio do Vietnã, que ignore o lento assassinato pela fome de milhões de brasileiros no Norte, no

Sul, no Centro, no Nordeste e no Centro-Oeste estas são verdades nacionais e humanas que

nenhuma mensagem presidencial, por mais esperta que seja, fará esquecer.

Por que são tantos os grupos teatrais que se dedicam ao teatro apodrecido, ao teatro da mentira,

corruptor? Tirante os pulhas por convicção, existem também os pulhas por comodismo. Os primeiros

acreditam na conquista do mercado ainda que para isso seja necessário produzir "sob medida" para o

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or.

rápido consumo. (...) O mercado é o demiurgo da arte este lugar comum já foi destruído (...) entre o

artista e o consumidor, numa sociedade capitalista, insere-se o mediador-capital, o mediado-

patrocinador. O dinheiro, este sim, é o verdadeiro demiurgo do gosto artístico posto em prática.

O mercado consumidor de teatro é, em última análise, o fator determinante do conteúdo e da forma

da obra de arte, da arte-mercadoria. E esse mercado, nos principais centros urbanos do país, é formado

pela alta classe média, e daí para cima. O povo e a sua temática estão aprioristicamente excluídos. Este

fato grave tem deformado a perspectiva criadora da maioria dos nossos artistas, que se atrelam aos

desejos mais imediatos de "corte burguesa," da qual se tornam servis palhaços, praticando um teatro

de classe, isto é, um teatro da classe proprietária, da classe opressora. A consequência lógica é uma

arte de opressão. can Theatre Review. Primavera de

1970, p. 46-47.

a) Um estilo de vida preocupado com o consumo de alimentos orgânicos.

b) Um modo de agir de forma oportunista.

c) Um tempo em que os artistas sofriam menos com a censura de suas obras.

d) Uma nacionalidade específica.

e) Um delito caracterizado pelo código penal vigente na época.

5. A onda

a onda anda

aonde anda

a onda?

a onda ainda

ainda onda

ainda anda

aonde?

aonde?

a onda a onda Manuel Bandeira

No poema, há o emprego do advérbio aonde. Segundo as gramáticas normativas, esse advérbio deve

ser utilizado para indicar o local ou destino para o qual se vai, ou seja, expressa a ideia de movimento.

Assinale a alternativa em que o emprego do advérbio aonde está de acordo com as gramáticas

normativas.

a) Nunca sei aonde te achar.

b) Esta é a casa aonde eu moro.

c) Informe aonde você está agora.

d) Não sei aonde o avião aterrissou.

e) Aonde você pretende levar sua amiga?

6. Leia o poema de Mário Quintana:

De gramática e de linguagem

E havia uma gramática que dizia assim:

Eu gosto é das cousas. As cousas, sim!...

As pessoas atrapalham. Estão em toda parte. Multiplicam-se

em excesso.

As cousas são quietas. Bastam-se. Não se metem com ninguém.

Uma pedra. Um armário. Um ovo. (Ovo, nem sempre,

Ovo pode estar choco: é inquietante...)

As cousas vivem metidas com as suas cousas.

E não exigem nada.

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P

or.

Apenas que não as tirem do lugar onde estão.

E João pode neste mesmo instante vir bater à nossa porta.

Para quê? não importa: João vem!

E há de estar triste ou alegre, reticente ou falastrão.

Amigo ou adverso... João só será definitivo

Quando esticar a canela. Morre, João...

Mas o bom, mesmo, são os adjetivos,

Os puros adjetivos isentos de qualquer objeto.

Verde. Macio. Áspero. Rente. Escuro. Luminoso.

Sonoro. Lento. Eu sonho

Com uma linguagem composta unicamente de adjetivos

Como decerto é a linguagem das plantas e dos animais.

Ainda mais:

Eu sonho com um poema

Cujas palavras sumarentas escorram

Como a polpa de um fruto maduro em tua boca,

Um poema que te mate de amor

Antes mesmo que tu saibas o misterioso sentido:

Basta provares o seu gosto...

Referindo-se à linguagem das plantas e dos animais, o poeta

a) ironiza a ideia de que ela seja composta apenas por adjetivos.

b) nega que ela seja composta apenas por adjetivos.

c) mostra que, em muitas situações, ela deve ser composta de adjetivos.

d) põe em dúvida o fato de que ela seja composta apenas por adjetivos.

e) indica a possibilidade de que ela seja composta apenas por adjetivos.

EXERCÍCIOS DE CASA

1. Assinale a alternativa em que a palavra sublinhada não tem valor de adjetivo.

a) A malha azul estava molhada.

b) O sol desbotou o verde da bandeira.

c) Tinha os cabelos branco-amarelados.

d) As nuvens tornavam-se cinzentas.

e) O mendigo carregava um fardo amarelado.

2. SONETO DE SEPARAÇÃO

De repente do riso fez-se o pranto

Silencioso e branco como a bruma

E das bocas unidas fez-se a espuma

E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o vento

Que dos olhos desfez a última chama

E da paixão fez-se o pressentimento

E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente

Fez-se de triste o que se fez amante

E de sozinho o que se fez contente

Fez-se do amigo próximo o distante

Fez-se da vida uma aventura errante

De repente, não mais que de repente.

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P

or.

(Vinícius de Morais)

Na segunda estrofe há dois adjetivos:

a) calma e vento

b) olhos e chama

c) última e imóvel

d) paixão e pressentimento

e) momento e drama

3.

a) Ainda lutando, nada conseguirá.

b) Há ainda outras pessoas envolvidas no caso.

c) Ainda há cinco minutos ela estava aqui.

d) Um dia ele voltará, e ela estará ainda à sua espera.

e) Sei que ainda serás rico

4.

a) uma relação de contradição, uma vez que indicam sentidos opostos.

b) uma relação de consequência, já que a diminuição de um grupo conduz ao aumento de outro.

c) uma relação de contraste, pois reivindicam o aumento de um tipo de presos e a redução de outro.

d) uma relação de complementaridade, porque remetem a subconjuntos de uma mesma categoria.

5. Sabei cristãos, sabei príncipes, sabei ministros, que se vos há de pedir estreita conta do que fizestes;

mas muito mais estreita do que deixastes de fazer. Pelo que fizeram, se hão de condenar muitos, pelo

que não fizeram, todos. [...]

Desçamos a exemplos mais públicos. Por uma omissão perde-se uma maré, por uma maré perde-se

uma viagem, por uma viagem perde-se uma armada, por uma armada perde- -se um Estado: dai conta

a Deus de uma Índia, dai conta a Deus de um Brasil, por uma omissão. Por uma omissão perde-se um

aviso, por um aviso perde-se uma ocasião, por uma ocasião perde-se um negócio, por um negócio

perde- -se um reino: dai conta a Deus de tantas casas, dai conta a Deus de tantas vidas, dai conta a

Deus de tantas fazendas1, dai conta a Deus de tantas honras, por uma omissão. Oh que arriscada

salvação! Oh que arriscado ofício é o dos príncipes e o dos ministros!

Está o príncipe, está o ministro divertido, sem fazer má obra, sem dizer má palavra, sem ter mau nem

bom pensamento: e talvez naquela mesma hora, por culpa de uma omissão, está cometendo maiores

danos, maiores estragos, maiores destruições, que todos os malfeitores do mundo em muitos anos. O

salteador na charneca com um tiro mata um homem; o príncipe e o ministro com uma omissão matam

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P

or.

de um golpe uma monarquia. A omissão é o pecado que com mais facilidade se comete e com mais

dificuldade se conhece; e o que facilmente se comete e dificultosamente se conhece, raramente se

emenda. A omissão é um pecado que se faz não fazendo. [...]

Mas por que se perdem tantos? Os menos maus perdem- -se pelo que fazem, que estes são os menos

maus; os piores perdem-se pelo que deixam de fazer, que estes são os piores: por omissões, por

negligências, por descuidos, por desatenções, por divertimentos, por vagares, por dilações, por

eternidades. Eis aqui um pecado de que não fazem escrúpulo os ministros, e um pecado por que se

perdem muitos. Mas percam-se eles embora, já que assim o querem: o mal é que se perdem a si e

perdem a todos; mas de todos hão de dar conta a Deus. Uma das cousas de que se devem acusar e

fazer grande escrúpulo os ministros, é dos pecados do tempo. Porque fizeram o mês que vem o que

se havia de fazer o passado; porque fizeram amanhã o que se havia de fazer hoje; porque fizeram depois

o que se havia de fazer agora; porque fizeram logo o que se havia de fazer já. Tão delicadas como isto

hão de ser as consciências dos que governam, em matérias de momentos. O ministro que não faz

grande escrúpulo de momentos não anda em bom estado: a fazenda pode-se restituir; a fama, ainda

que mal, também se restitui; o tempo não tem restituição alguma. (Essencial, 2013. Adaptado.)

1 fazenda: conjunto de bens, de haveres

divertido, sem fazer má obra, sem dizer má palavra, sem ter mau o parágrafo), o adjetivo destacado não está empregado na acepção

a) distraído.

b) debochado.

c) empolgado.

d) embriagado.

e) malicioso.

6. Esta velha angústia,

Esta angústia que trago há séculos em mim,

Transbordou da vasilha,

Em lágrimas, em grandes imaginações,

Em sonhos em estilo de pesadelo sem terror,

Em grandes emoções súbitas sem sentido nenhum.

Transbordou.

Mal sei como conduzir-me na vida

Com este mal-estar a fazer-me pregas na alma!

Se ao menos endoidecesse deveras!

Mas não: é este estar entre,

Este quase,

Este poder ser que...,

Isto.

Um internado num manicômio é, ao menos, alguém,

Eu sou um internado num manicômio sem manicômio.

Estou doido a frio,

Estou lúcido e louco,

Estou alheio a tudo e igual a todos:

Estou dormindo desperto com sonhos que são loucura

Porque não são sonhos.

Estou assim...

Pobre velha casa da minha infância perdida!

Quem te diria que eu me desacolhesse tanto!

Que é do teu menino? Está maluco.

Que é de quem dormia sossegado sob o teu teto provinciano?

Está maluco.

Quem de quem fui? Está maluco. Hoje é quem eu sou.

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P

or.

(Obra poética, 1965.)

4a estrofe), a anteposição dos adjetivos

a) traduz a insatisfação do eu lírico com a casa em que passou a infância.

b) produz um efeito sonoro sem, contudo, provocar alteração do sentido.

c) confere aos dois adjetivos uma acentuada carga de subjetividade.

d) atende a uma necessidade rítmica, tendo em vista a predominância no poema de versos

decassílabos.

e) conserva o sentido do primeiro adjetivo e intensifica o do segundo.

7. Sugestão de estrela

Daquela estrela chegou-me uma carta

do tempo em que escreviam

cartas.

Eu pude ler

em sua intermitência

frases saudosas

que aprendi um dia

e hoje releio

numa sugestão simbolista

as confissões de um tempo

tão distante, tão distante...

A estrela me acenou um poema

que nunca escrevi. (Luciano Maia)

intermitência

pode ser substituída sem perda de sentido por

a) continuamente

b) sofregamente

c) descontinuamente

d) permanentemente

e) saudosamente

8. Jornalismo brasileiro não tem maturidade para o #AgoraÉQueSãoElas

Se for para ficar uma lição como legado da campanha #AgoraÉQueSãoElas, que seja a de que, no

limite, em discursos sobre feminismo e direitos da mulher, são as mulheres que devem ser

protagonistas. Se der para ficar duas lições, que seja a de que até para ser ativista você precisa estudar.

A ideia inicial era que homens com destacado espaço de fala em mídias de grande alcance dessem

lugar para que uma mulher ali escrevesse. Poderia até ter dado certo não fossem dois fatores que o

fadavam ao fracasso: os homens e a mídia.

Há por exemplo muitos homens progressistas que relutam em aceitar que apoiar as demandas e o

discurso feminista não é tomar a frente para brigar no lugar delas. É usar as vantagens que já lhe são

concedidas para que uma mulher defenda, ela sim, seu ponto de vista. Um raciocínio bem direto.

Foi isso, ao que tudo indica, que a campanha tentou ilustrar. Não contava com o poder pernicioso do

jornalismo brasileiro de deturpar todo e qualquer debate socialmente relevante.

Coube aos homens então vestir a camisa do altruísmo e chamar mulheres para escrever. Quem? Suas

esposas, filhas, primas, vizinhas. É claro que todas as mulheres devem ter espaço e oportunidade de

expressar suas opiniões, mas o objetivo da campanha era trazer à ribalta vozes, histórias e visões que

confrontassem esse confortável discurso massificado. Não aconteceu.

Pessoas que vivem numa bolha conversando com seus vizinhos e surdas às convocações por

diversidade não podem ir muito longe em suas reflexões.

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or.

Ou então: uma escritora autora de mais de dez livros e presença constante em veículos diversos

realmente necessita ocupar o espaço de um colunista de grande jornal? Não havia em lugar nenhum

do planeta outro nome à altura que confere a si mesmo aquele espaço?

É a típica situação que levanta a bandeira desse marketing que acena para movimentos

sociais enquanto se certifica de manter as coisas todas como estão.

Deveria ser tipificado como crime o que viria depois. O preconceito que ainda vai ser defendido como

praticamente defendiam os projetos retrógrados da bancada evangélica ou, à custa de suposta ironia,

só faziam demonstrar ignorância sobre princípios do feminismo e do bom senso.

Não cabe personificar críticas e direcioná-las a mulheres individualmente. Mas até para ser ativista você

precisa estudar. Isso implica ler, conversar com pessoas diferentes, acompanhar pesquisas, estudos,

comissões e projetos em debate. O feminismo não é um estilo de vida ou tendência de moda. Nem

essa máquina de cliques que se está gestando.

Depender da suposta benevolência de homens para conseguir um espaço limitado tem a ver com

tentar mudar o jogo de dentro. Acontece que nenhum jogo vai virar com argumentos que defendem

a cultura do estupro, por exemplo.

Ele pode começar a entornar para outro lado quando mais e mais mulheres forem direto nos veículos

exigir seu espaço na mídia como um todo. Por que uma coluna e não mais colunistas? Mais

editorialistas e repórteres, mais mulheres defendendo que elas estejam representadas de formas não

sexualizadas, que sejam contempladas em reportagens, em políticas públicas etc.

Poucas áreas de atuação foram tão precarizadas tão rapidamente como o jornalismo. Existe um déficit

óbvio de mulheres nos cargos de chefia nas redações brasileiras, e não é preciso dizer que há casos de

machismo diário que não têm nada a ver com meritocracia.

Isso explica a falta de qualidade generalizada do conteúdo que essas empresas jornalísticas produzem

há um tempo, o que inclui o caso atual. A oportunidade de dar voz às mulheres virou o oportunismo

que distorce qualquer coisa que possa gerar cliques ou uma falsa fama virtual. Como sempre.

Disponível em: http://www.cartacapital.com.br/sociedade/jornalismo-brasileironao- tem-maturidade-para-o-

agoraequesaoelas-1574.html. Acesso em: 06 nov.2015. (Adaptado para fins de vestibular.)

benevolência de homens para conseguir um espaço limitado tem a ver com

O adjetivo destacado nesse trecho, também do nono parágrafo, assinala que a

a) boa vontade dos homens não é real.

b) predisposição dos homens é verdadeira.

c) disposição favorável dos homens é real.

d) manifestação de afeto dos homens é genuína.

9. Leia o soneto de Cláudio Manuel da Costa para responder a questão abaixo.

Onde estou? Este sítio desconheço:

Quem fez tão diferente aquele prado?

Tudo outra natureza tem tomado;

E em contemplá-lo tímido esmoreço.

Uma fonte aqui houve; eu não me esqueço

De estar a ela um dia reclinado;

Ali em vale um monte está mudado:

Quanto pode dos anos o progresso!

Árvores aqui vi tão florescentes,

Que faziam perpétua a primavera:

Nem troncos vejo agora decadentes.

Eu me engano: a região esta não era;

Mas que venho a estranhar, se estão presentes

Meus males, com que tudo degenera! (Obras, 1996.)

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P

or.

Nesse soneto, são comuns as inversões, como se vê no verso Quanto pode dos anos o progresso!

que, em ordem direta, assume a seguinte redação:

a) Quanto dos anos o progresso pode!

b) O progresso quanto pode dos anos!

c) Pode quanto dos anos o progresso!

d) Quanto o progresso dos anos pode!

e) Pode quanto o progresso dos anos!

QUESTÃO CONTEXTO

Observe a tirinha de André Dahmer:

semântico.

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P

or.

GABARITO

Exercícios de aula

1. d

posposto configura o valor de meninos com baixas condições financeiras.

2. e

3. e

4. b

-se àqueles que atuam de forma desonesta e

oportunista.

5. e

6. e

No texto, o eu lírico indica que, havendo uma linguagem de plantas e animais, é provável que fosse

recheada de adjetivos, por causa de seu valor descritivo e caracterizador.

Exercícios de casa

1. b

ado ao ser precedido pelo artigo definido

2. c

respectivamente.

3. d

4. c

aqueles que, por algum motivo, discordaram do regime político vigente; já o segundo expressa a ideia

de políticos corruptos na prisão.

5. a

No texto, o autor critica a omissão dos governantes nas intervenções políticas que deveriam assegurar o

bem-estar social. No contexto em questão, o ter

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P

or.

6. c

valor de comoção do eu lírico ao recordar de seu passado.

7. c

substituído sem alterar o seu sentido original seria descontinuamente.

8. a

O texto ironiza a noção de que a maioria dos homens lida de forma natural com a igualdade de gêneros.

9. d

Questão Contexto

o, é um advérbio e expressa o valor expressivo de restrição, dando a

entender que só haverá propagandas em 2010.

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Q

uí.

Quí.

Professor: Abner Camargo

Monitor: Rodrigo Pova

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Q

uí.

Tratamento de água e esgoto 06

mar

RESUMO

A água, captada em represas ou no subsolo, para consumo humano precisa atender a certos parâmetros para

que não cause dano à população. Para que a água atenda a estes critérios, ela é submetida a uma série de

processos nas estações de tratamento de água (ETA).

Após o seu uso nos lares e indústrias a água não pode retornar ao meio-ambiente sem receber tratamento

para não causar danos ao meio-ambiente. Por isso faz-se necessário o tratamento desses efluentes nas

chamadas estações de tratamento de esgoto, ou estações de tratamento de efluentes (ETE).

Tratamento de água

- Pré-cloração

A água, ao chegar na estação, recebe adição de cloro para degradar parte da matéria orgânica e facilitar a

eliminação de metais. Em geral, só é necessária para águas superficiais, mais expostas à poluição;

- Pré-alcalinização

O pH da água é ajustado para os procedimentos posteriores pela adição de cal (CaO) ou soda (NaOH);

- Coagulação

Aqui, adiciona-se sulfato de alumínio, cloreto férrico ou outro tipo de coagulante. São substâncias capazes

de aglutinar as partículas sólidas pequenas em estruturas maiores, os coágulos, mais facilmente decantadas;

- Floculação

Nesse estágio, a adição de um polieletrólito e mistura lenta da água permite que os coágulos se unam e

cresçam ainda mais, tornando-se flocos;

- Decantação

Em tanques grandes, a os flocos decantam e a água é recolhida pela parte de cima dos tanques, livre dos

flocos maiores;

- Filtração

A água atravessa tanques feitos de pedras, areia e carvão ativado, que retém os flocos menores e o restante

das impurezas sólidas. O carvão ativado retêm os materiais orgânicos que conferem cor e odor à água. Após

a filtração, a água está totalmente límpida.

Obs.: As etapas de floculação, decantação e filtração podem ser chamadas, em conjunto, de clarificação da

água.

- Desinfecção

Adiciona-se cloro à água clarificada, com o objetivo de eliminar microorganismos. Neste ponto a água já é

considerada potável.

- Fluoretação

É feita uma adição de íons fluoreto à água, o que ajuda a manter o esmalte dos dentes saudável, evitando

cáries em populações sem acesso a flúor na sua nutrição. A necessidade da fluoretação é discutida em

centros urbanos pois o uso de produtos fluoretados como os cremes dentais é amplo e a incidência de

cáries diminuiu muito.

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Q

uí.

Esquema de uma estação de tratamento de água.

Legenda:

1- Represa

2-Capta ao e bombeamento

3- Pre-cloracao/ Pre alcalinizacao/ coagulacao

4- Floculacao

5- Decantacao

6- Filtracao

7-Cloracao/Fluoretacao

8- Reservatorio

9- Distribuic o

10- Rede de distribui ao

11- Cidade

Tratamento de esgoto

Como a água proveniente do tratamento do esgoto não é destinada ao consumo humano, o tratamento é

mais simples e menos criterioso, mas as especificações da água na saída da estação devem obedecer às

normas ambientais, dependendo do corpo hídrico em que o efluente for descartado. Esta água pode ser

reutilizada em sistemas de arrefecimento (resfriamento) e para geração de vapor nas indústrias.

O principal método de tratamento de esgoto e efluentes é o do lodo ativado, que consiste na degradação

dos materiais orgânicos por bactérias aeróbias.

- Peneiramento ou gradeamento

O esgoto passa por grades ou peneiras para retenção de sólidos grandes;

- Caixa de areia

Aqui as areias, mais densas, são separadas do esgoto por decantação;

- Decantação primária

Em um decantador primário ocorre a sedimentação das outras partículas sólidas presentes;

- Aeração

Nos tanques de aeração, é inserido ar próximo à entrada de esgoto, fazendo multiplicar os microorganismos

presents no esgoto, para que degradem o material orgânico através de seu metabolismo natural;

- Decantação secundária

Após a aeração, o efluente tratado é separado do lodo ativado, que é coagulado e decantado para o fundo

do tanque. Parte deste lodo é retornado ao tanque de aeração para contribuir com a degradação das

impurezas e o restante é separado para secagem e descarte apropriado. A água resultante pode ser

descartada em um corpo hídrico ou reutilizada.

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Q

uí.

EXERCÍCIOS DE AULA

1. Até que esteja própria para o consumo, a água é submetida a vários processos de tratamento. Após a

captação, a primeira etapa consiste na adição de uma substância química denominada sulfato de

alumínio, Al2(SO4)3 O esquema a seguir representa a ação desse composto sobre as impurezas

presentes na água.

Nesse esquema, os processos verificados nos recipientes II e III são denominados, respectivamente,

a) filtração e flotação. b) decantação e filtração. c) floculação e decantação. d) flotação e sedimentação.

2. A água é de suma importância à população, então, é extremamente necessário que essa água seja

tratada de maneira correta. Entende-se o tratamento de água como sendo um conjunto de

procedimentos físicos e químicos para torná-la potável. A figura a seguir mostra as etapas do

tratamento de água utilizado atualmente. A respeito do tratamento de água e das etapas referentes a

esse processo, assinale a alternativa CORRETA.

a) Na etapa da floculação, a água recebe uma substância denominada sulfato de alumínio, responsável

pela aglutinação dos flocos das impurezas, para que então sejam removidas.

b) Na fase da filtração, a água passa por várias camadas filtrantes, nas quais ocorre a retenção dos

flocos menores que ficaram na decantação, ficando a água livre de todas as impurezas.

c) O sulfato de alumínio, existente na floculação, possui caráter básico, por esse motivo é colocado

cloro na água para diminuir o seu pH.

d) A fluoretação é uma etapa adicional, que poderia ser dispensável, uma vez que já se faz o uso do

sulfato de alumínio.

e) As etapas do tratamento de água: floculação, decantação e filtração, são suficientes para que a

água fique em total condição de uso, não sendo necessária mais nenhuma etapa adicional para que

a água torne-se potável.

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Q

uí.

3. Um noticiário de veiculação nacional apresentou uma matéria sobre racionamento de água. Na

ocasião, o Governador Geraldo Alckmin deu a seguinte declaração: ¯ Na maior estação de tratamento

de São Paulo, a água do volume morto do sistema Cantareira começa a passar por uma série de

processos químicos até se transformar em água potável‖.

Sabe-se que o completo tratamento de água compreende diferentes etapas que incluem processos

químicos e físicos, conforme a ilustração a seguir. Fonte: Racionamento de água no sistema Cantareira. Jornal Nacional. São Paulo. TV Globo, 15 mai. 2014. Programa de TV.

(adaptado)

Com base nas informações contidas no texto e na ilustração, as etapas em que são adicionadas

substâncias químicas correspondem às representadas em a) A e B. b) A e C. c) A e D. d) B e C. e) C e D.

4. Se tentarmos filtrar água barrenta, verificamos que as partículas são tão finas que atravessam o filtro.

Por esse motivo, nas estações de tratamento de água adiciona-se sulfato de alumínio à água e, em

seguida, adiciona-se, pouco a pouco, hidróxido de cálcio, de tal forma que ocorra uma

desestabilização das micropartículas em suspensão presentes na água bruta que, seguido de um

processo de agitação lento, promoverá a formação de partículas maiores denominadas flocos, que são

facilmente sedimentáveis, dessa a) filtração. b) peneiração. c) destilação simples. d) destilação fracionada. e) evaporação do precipitado.

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Q

uí.

5. O tratamento da água destinada ao consumo é feita em estações de tratamento de água (

considerados processos de tratamento de água na ETA o(a)

a) destilação e sedimentação. b) centrifugação e filtração. c) arejamento e esterilização. d) coagulação e centrifugação.

6. Para impedir a contaminação microbiana do suprimento de água, deve-se eliminar as emissões de

efluentes e, quando necessário, tratá-lo com desinfetante. O ácido hipocloroso (HC O), produzido

pela reação entre cloro e água, é um dos compostos mais empregados como desinfetante. Contudo,

ele não atua somente como oxidante, mas também como um ativo agente de cloração. A presença de

matéria orgânica dissolvida no suprimento de água clorada pode levar à formação de clorofórmio

3(CHC ) e outras espécies orgânicas cloradas tóxicas.

SPIRO, T. G.; STIGLIANI, W. M. Química ambiental. São Paulo: Pearson. 2009 (adaptado).

Visando eliminar da água o clorofórmio e outras moléculas orgânicas, o tratamento adequado é a

a) filtração, com o uso de filtros de carvão ativo. b) fluoretacão, pela adição de fluoreto de sódio. c) coagulação, pela adição de sulfato de alumínio. d) correção do pH, pela adição de carbonato de sódio. e) floculação, em tanques de concreto com a água em movimento.

EXERCÍCIOS DE CASA

1. Antes de chegar às nossas torneiras, a água que consumimos segue um longo trajeto e passa por várias

etapas de tratamento. É um conjunto de processos químicos e físicos que evitam qualquer tipo de

contaminação e transmissão de doenças. Assinale a alternativa que apresenta a ordem correta dessas

etapas no tratamento da água. a) Coagulação, decantação, filtração, floculação, desinfecção e fluoretação. b) Floculação, coagulação, filtração, decantação, fluoretação e desinfecção. c) Desinfecção, decantação, filtração, coagulação, floculação e fluoretação. d) Coagulação, floculação, decantação, filtração, desinfecção e fluoretação.

2. A quantidade de água doce disponível para o nosso uso é muito pequena, perto de 3% do volume total

de água existente. Os outros 97% são constituídos por água salgada. Desses e% de água doce, cerca

de 1% está acessível para a população de todo o planeta e o restante está na forma de gelo. Contudo,

boa parte da água acessível encontra-se poluída e deve ser tratada para o consumo humano.

As etapas envolvidas nas estações de tratamento da água das grandes metrópoles são

a) filtração e cloração, somente. b) decantação e filtração, somente. c) floculação e decantação, somente. d) sublimação, decantação e filtração. e) floculação, decantação, filtração e cloração.

3. Ano Internacional da Cooperação pela Água

e serviços relacionados a este recurso cada vez mais escasso no planeta.

Tratamento de Águas

Entres os grandes exploradores de fontes aquáticas estão as indústrias têxteis. Estas requerem grandes

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Q

uí.

quantidades de água, corantes, entre outros produtos. O processamento têxtil é um grande gerador

de dejetos poluidores de recursos hídricos. Urna técnica promissora para a minimização desse

problema é a eletrofloculação, que tem se mostrado eficiente tanto no processo de reciclagem da

água quanto do corante. A Fig. 1 mostra uma representação esquemática de um dispositivo dc

eletrofloculação e a estrutura química do corante índigo, bastante usado nas indústrias têxteis

Química Nova. vol.35. n.4. 2012)

O tratamento de águas provenientes de mananciais para consumo humano envolve diversos processos

para deixar a água potável. As etapas são: pré-cloração, pré-alcalinização, coagulação, floculação,

decantação, filtração, pós-alcalinização, desinfecção e fluoretação. Na etapa de coagulação é

adicionado sulfato de alumínio ou cloreto férrico para desestabilizar eletricamente as partículas de

sujeira para, em seguida, na etapa de floculação, permitir que estas partículas tornadas instáveis se

agreguem. Qual das alternativas abaixo apresenta a explicação correta para o fenômeno de floculação? a) Formação de mistura homogênea entre o solvente e o coloide. b) Precipitação de um coloide em meio aquoso. c) Processo de dissolução de um coloide em meio aquoso. d) Formação de agregados de partículas não dissolvidas no solvente. e) Processo de estabilização elétrica de um coloide em meio catiônico.

4. No tratamento de esgotos, o método utilizado para a remoção de poluentes depende das

características físicas, químicas e biológicas de seus constituintes. Na Região Metropolitana de São

Paulo, as grandes estações de tratamento de esgotos utilizam o método de lodos ativados, em que há

uma fase líquida e uma fase sólida. A figura representa as etapas de tratamento da fase líquida dos

esgotos.

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uí.

No tanque de aeração, o ar fornecido faz com que os micro-organismos ali presentes multipliquem-se

e alimentem-se de material orgânico, formando o lodo e diminuindo, assim, a carga poluidora do

esgoto. (http://site.sabesp.com.br. Adaptado.)

a) Tendo por base as propriedades físicas dos constituintes de esgotos, como ocorre a separação

desses constituintes nas grades e no decantador primário?

b) Por que a água proveniente do decantador secundário não pode ser considerada potável?

5. Garantir a qualidade de vida

Um dos desafios de uma cidade em expansão é conciliar o desenvolvimento econômico e social com

a preservação do ambiente. [...] O acesso universal aos serviços de água tratada, luz, saneamento

básico e coleta de esgoto é imprescindível. A mineira Uberlândia exibe um histórico de missões

cumpridas. A cidade tem o quarto melhor serviço de coleta e tratamento de esgoto do país, de acordo

com um levantamento do Instituto Trata Brasil. Cerca de 99% da população urbana é atendida e 100%

dos dejetos são tratados. A coleta e o tratamento de lixo são apontados como os melhores de Minas

Gerais. Todas as casas do município são servidas de água tratada nas Estações de Tratamento (ETA)

e energia elétrica. Apesar disso, as autoridades já planejam um novo sistema de captação de água

capaz de atender uma população de 3 milhões de pessoas cinco vezes a atual. A rede de saúde local,

a melhor do próspero Triângulo Mineiro, conta com nove hospitais e, obviamente, atrai pacientes de

toda a região.

Para reduzir a pressão sobre o serviço de saúde, a cidade está investindo na construção de mais um

hospital, com 258 leitos. Todos os 384 ônibus que circulam pelo município dispõem de elevadores

para o acesso de deficientes físicos. Nenhuma capital brasileira atingiu padrão semelhante. Revista Veja, 1º de setembro de 2010, p. 124-

Marcelo Sperandio. (Texto modificado).

A partir do texto e de seus conhecimentos em Química, responda o que se pede:

a) Explique um processo que ocorre no tratamento da água em Estações de Tratamento (ETA).

b) Aponte um benefício do tratamento do lixo e justifique sua resposta.

c) Destaque e explique uma vantagem ambiental para os rios e lagos do Triângulo Mineiro em

decorrência do tratamento do esgoto da cidade de Uberlândia.

6. Um efluente industrial contaminado por Cr6+ recebe um tratamento químico que consiste na sua

acidificação e na adição de ferro metálico. O ferro metálico e o ácido reagem entre si, dando origem

ao íon Fe2+. Este, por sua vez, reage com o Cr6+, levando à formação dos íons Fe3+ e Cr3+. Depois desse

passo do tratamento, o pH do efluente é aumentado por adição de uma base, o que leva à formação

dos correspondentes hidróxidos pouco solúveis dos íons metálicos presentes. Os hidróxidos sólidos

formados podem, assim, ser removidos da água.

a) Em relação ao tratamento químico completo do efluente industrial acima descrito, dê um exemplo

de reação em que não houve transferência de elétrons e um exemplo de reação em que houve

transferência de elétrons.

b) O resíduo sólido obtido ao final do processo de tratamento químico pode ser separado da água por

decantação ou por filtração. Desenhe dois esquemas para representar essas técnicas, incluindo

possíveis legendas.

7. Entre as substâncias usadas para o tratamento de água está o sulfato de alumínio que, em meio alcalino,

forma partículas em suspensão na água, às quais as impurezas presentes no meio aderem.

O método de separação comumente usado para retirar o sulfato de alumínio com as impurezas

aderidas é a

a) flotação. b) levigação. c) ventilação. d) peneiração. e) centrifugação.

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uí.

8. Em Bangladesh, mais da metade dos poços artesianos cuja água serve à população local está

contaminada com arsênio proveniente de minerais naturais e de pesticidas. O arsênio apresenta efeitos

tóxicos cumulativos. A ONU desenvolveu um kit para tratamento dessa água a fim de torná-la segura

para o consumo humano. O princípio desse kit é a remoção do arsênio por meio de uma reação de

precipitação com sais de ferro (III) que origina um sólido volumoso de textura gelatinosa. Disponível em: http://tc.iaea.org. Acesso em: 11 dez. 2012 (adaptado).

Com o uso desse kit, a população local pode remover o elemento tóxico por meio de

a) fervura. b) filtração. c) destilação. d) calcinação. e) evaporação.

9. Além do problema da escassez de água potável em alguns pontos do planeta, a sociedade também

enfrenta as dificuldades de tratamento da água disponível, cada vez mais poluída.

Uma das etapas desse tratamento envolve a adição de compostos químicos que possam facilitar a

retirada de partículas suspensas na água.

Os compostos adicionados reagem formando uma substância gelatinosa, hidróxido de alumínio, que

aglutina as partículas suspensas.

A seguir, temos a reação que representa o descrito:

2 2 4 3 4 33 Ca(OH) A (SO ) 3 CaSO 2 A (OH)

A etapa descrita é denominada

a) filtração. b) cloração. c) floculação. d) destilação. e) decantação.

QUESTÃO CONTEXTO

O lançamento de esgoto sem tratamento nos rios fez diminuir drasticamente a qualidade das águas fluviais

nos centros urbanos. Diga que tipos de contaminantes dão origem ao mau cheiro dos rios poluídos e diga de

que forma eles podem ser removidos do esgoto para que não persista a poluição nos rios.

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GABARITO

Exercícios de aula

1. c

Ocorre na etapa II a presença de sulfato de alumínio, formando flocos, que são partículas maiores e mais

densas que irão se depositar no fundo do recipiente, ou seja, irá decantar no recipiente III.

2. a

[A] Correta. A floculação é uma etapa do tratamento de água onde um composto químico, no caso o

sulfato de alumínio, aglutina os flocos de sujeira para promover a decantação e então ser removido.

[B] Incorreta. A filtração embora retenha pequenas partículas que tenham passado da fase da decantação,

existem ainda impurezas, como micro-organismos patogênicos que somente a etapa de desinfecção

é capaz de eliminar.

[C] Incorreta. O sulfato de alumínio é formado a partir de uma base fraca e de um ácido forte, sendo,

portanto, um sal com caráter ácido.

[D] Incorreta. A função do fluoretação é ajudar na prevenção de cáries dentárias.

[E] Incorreta. Depois da filtração a água ainda passa por outras etapas, dentre elas a cloração que é

responsável eliminar micro-organismos patogênicos presentes e a fluoretação.

3. c

Nas estações de tratamento a água que será consumida pela população precisa passar por uma série de

etapas que possibilite eliminar todos os seus poluentes.

Uma dessas etapas é a coagulação ou floculação, com o uso de hidróxido de cálcio, conforme a reação:

2 2 4 3 3 43Ca(OH) A (SO ) 2A (OH) 3CaSO .

O hidróxido de alumínio ( 3A (OH) ) obtido, que é uma substância insolúvel em água, permite reter em

sua superfície muitas das impurezas presentes na água.

Na etapa A, a adição de cal, nome vulgar do óxido de cálcio (CaO), tem o objetivo de corrigir o pH para

aumentar a eficiência no processo de floculação das partículas em suspensão. O cal reage com os íons

H+ para aumentar o pH do meio.

Na etapa D ocorre a adição hipoclorito de sódio (leigamente conhecido como cloro) para a desinfecção

da água.

4. a

A coagulação ou floculação é feita com o uso de hidróxido de cálcio, conforme a reação:

2 2 4 3 3 43Ca(OH) A (SO ) 2A (OH) 3CaSO

O hidróxido de alumínio 3(A (OH) ) obtido, que é uma substância insolúvel em água, permite reter em

sua superfície muitas das impurezas presentes na água.

5. c

São considerados processos de tratamento de água na ETA o arejamento e esterilização.

Arejamento: Ar é borbulhado na água para retirar substâncias que podem causar cheiro ruim como o gás

sulfídrico.

Esterilização: Após a etapa de filtração é feita a desinfecção da água, pois podem restar micro-

organismos causadores de doenças.

Observação:

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6. a

Visando eliminar da água o clorofórmio e outras moléculas orgânicas, o tratamento adequado é a

filtração, com o uso de filtros de carvão ativo ou ativado que absorve o clorofórmio e outras moléculas

orgânicas devido a sua alta porosidade.

Exercícios de casa

1. d

Antes de chegar às torneiras, a água passa por diferentes processos físico-químicos, afim de eliminar as

impurezas e os agentes patogênicos. Essas etapas consistem em:

- Coagulação: adiciona-se produtos químicos como sulfato de alumínio, para aglutinar ou aglomerar as

sujidades;

- Floculação: etapa onde a água é movimentada para que ocorra a aglutinação dos flocos e ganhem peso

para decantarem.

- Decantação: é o processo onde as partículas agora aglomeradas, são depositadas no fundo do tanque.

- Filtração: processo que separa os sólidos presentes.

- Desinfecção: nessa etapa usa-se cloro para eliminar micro-organismos patogênicos.

- Fluoretação: como última etapa do processo o flúor é adicionado a fim de evitar cáries dentárias.

2. e

As etapas envolvidas nas estações de tratamento da água das grandes metrópoles são: floculação,

decantação, filtração e cloração.

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3. d

Na floculação, os flocos, que foram gerados na coagulação, vão se agregando as partículas dissolvidas.

Após a floculação a água segue para os decantadores, onde a baixa velocidade faz com que os flocos

decantem formando assim o lodo químico.

4. a) Nas grades são retirados materiais sólidos como papel, plástico, madeira, etc. (peneiração). Porém, o

esgoto ainda não sofre tratamento nesta etapa.

No decantador primário ocorre a sedimentação das partículas mais densas.

b) No decantador secundário o material sólido que restou do decantador primário sedimenta, porém,

mesmo após a aeração (processo no qual o ar provoca a multiplicação de micro-organismos que se

alimentam do material orgânico) esta água ainda não sofreu desinfecção.

5. a) Entre as etapas de tratamento de água (ETA) destacam-se a:

Coagulação: o sulfato de alumínio é adicionado na sua forma natural (bruta) para promover a coagulação

das partículas sólidas que se encontram na água como, por exemplo, a argila.

Floculação: ocorre em tanques de concreto, movimentando-se a água para que as partículas sólidas se

aglutinam em flocos maiores.

Decantação: processo em que, por ação da gravidade, os flocos com as impurezas e partículas ficam

depositados no fundo dos tanques, separando-se da água.

Filtração: retirada de impurezas de tamanho pequeno pela passagem da água por filtros formados por

carvão, areia e pedras de diversos tamanhos.

Desinfecção: aplicação de cloro ou ozônio com a finalidade de eliminar micro-organismos causadores

de doenças.

Fluoretação: nessa etapa é adicionado flúor na água para prevenir a formação de cárie dentária em

crianças.

Correção de pH: cal hidratada ou carbonato de sódio é aplicado na água para corrigir o pH da água e

preservar a rede de encanamentos de distribuição.

b) O tratamento do lixo permite que parte dele seja reaproveitado, diminuindo assim a quantidade que

vai para os aterros. Além disso, diminui a possibilidade de contaminação do solo, dos rios e lençóis

freáticos.

c) O tratamento de esgoto impede ou diminui a contaminação de rios e lagos, preservando a qualidade

da água, o ecossistema ali presente e as condições gerais desses rios e lagos.

6. a) Exemplo de reação em que não houve transferência de elétrons (não houve alteração do Nox):

Reações de formação do 3Fe(OH) ou do 3Cr(OH) :

3

3

33

Fe (aq) 3OH (aq) Fe(OH) (s)

Cr (aq) 3OH (aq) Cr(OH) (s)

Exemplo de reação em que houve transferência de elétrons (alteração do Nox):

2

6 2 3 3

Fe(s) 2H (aq) H (g) Fe (aq)

Cr (aq) 3Fe (aq) 3Fe (aq) Cr (aq)

b) Teremos:

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Q

uí.

Observação: Na decantação a água pode ser retirada por sifonação.

7. a

Nas estações de tratamento a água que será consumida pela população precisa passar por uma série de

etapas que possibilite eliminar todos os seus poluentes.

Uma dessas etapas é a coagulação ou floculação, com o uso de hidróxido de cálcio, conforme a reação:

2 2 4 3 3 43Ca(OH) A (SO ) 2A (OH) 3CaSO

O hidróxido de alumínio 3(A (OH) ) obtido, que é uma substância insolúvel em água, permite reter em

sua superfície muitas das impurezas presentes na água (floculação). O método de separação comumente

usado para retirar o sulfato de alumínio com as impurezas aderidas é a flotação (faz-se uma agitação no

sistema e as impurezas retidas sobem à superfície da mistura heterogênea).

8. b

Como um sólido volumoso de textura gelatinosa é formado, das alternativas fornecidas, a filtração seria

o processo utilizado, já que separaria fase sólida de fase líquida.

9. c

A etapa descrita é denominada floculação, ou seja, o hidróxido de alumínio formado aglutina as partículas

em suspensão.

Questão Contexto

Os compostos orgânicos são os responsáveis pelo mau cheiro devido aos gases liberados durante a sua

decomposição. Estes compostos são tipicamente removidos nas ETEs nos tanques de aeração através da sua

decomposição pelo lodo ativado. Outra forma de remover contaminantes orgânicos é a filtração com

carbono ativado, muito eficiente para reter estes compostos. É tipicamente utilizada nas ETAs.

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Red.

Professor: Carolina Achutti

Monitor: Maria Paula Queiroga

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O texto dissertativo 07

mar

RESUMO

Definição

O texto dissertativo, encontrado na maioria dos grandes vestibulares, incluindo os estaduais, costuma ser o

mais focado e temido entre os vestibulandos. Dessa forma, mostraremos neste material a dissertação e suas

particularidades para as provas.

Segundo um dos mais importantes linguistas brasileiros da contemporaneidade, Luiz Antônio Marcuschi, o

texto dissertativo é um gênero textual, ou seja, apresenta um conjunto de ideias sobre determinado

assunto. Outra definição importante para este gênero é a desenvolvida pela Universidade Gama Filho (UGF),

em que se trata de um texto pelo qual é exposto uma opinião sobre um determinado assunto, sendo

composto por argumentos lógicos e tendem a convencer o leitor.

Dessa forma, entende-se por dissertar, expor uma ideia sobre certo assunto, muitas vezes já pré-estabelecido

pelas próprias provas vestibulares. Veremos abaixo uma apresentação mais aprofundada das características

da dissertação.

Interlocução no tipo dissertativo

Através da definição acima, um texto dissertativo se caracteriza por abordar um conjunto de ideias. Quando

em um vestibular, com a temática já pré-estabelecida, o vestibulando deve demonstrar sua capacidade

argumentativa e interpretativa para com o tema, de modo a desenvolver também seu repertório de

exemplificações (conhecimentos gerais), para trazer mais ênfase ao texto. Assim, esse gênero textual é,

basicamente, a defesa de uma ideia, a que podemos chamar de tese. Dessa forma, uma boa dissertação não

apenas expõe um tema, mas fala sobre ela, articula dados e defende um ponto de vista.

Deve-se atentar para o fato de que, apesar de toda ideia provir de uma visão de mundo, isto é, toda opinião

pressupor um sujeito opinião de alguém , o texto dissertativo tende a apagar marcas do enunciador. Na

pratica, isso significa apagar as marcas de 1ª pessoa do singular (eu) e haver uma cautela para a utilização de

1ª pessoa do plural (nós). Por exemplo:

I. Eu acredito que a intolerância religiosa deva ser combatida.

O leitor (corretor) irá entender como uma argumentação sem embasamento, ou seja, subjetiva, por não

haver comprovações nem motivos para o combate da intolerância religiosa, apenas uma crença do autor,

sem aprofundamento.

II. A intolerância religiosa é um problema para nós neste país.

Apesar de ser uma problemática pertinente, é necessário partir da ideia que o corretor pode não

compactuar da mesma interpretação de mundo que o autor, dessa forma, a interlocução não deve ocorrer

para que não sejam transpassadas opiniões sem fundamento.

O que ocorre é que, embora ambos os enunciados sejam a opinião de alguém sobre determinado assunto,

o vestibulando não pode ultrapassar às próprias ideias do corretor, tampouco não fundamentar sua opinião,

sendo necessário o embasamento para as argumentações. Assim, a interlocução com o leitor deve ser feita

através do desenvolvimento dos argumentos e da capacidade de convencimento sobre a tese.

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Introdução de um texto dissertativo

Como mencionado anteriormente, o texto dissertativo, sendo visado o argumentativo para os vestibulares,

possui a exposição de determinado assunto e/ou a apresentação de ideias e argumentos sobre o mesmo.

Fato que leva o vestibulando a iniciar seu texto a partir de uma tese, a problemática ou opinião levantada a

partir de uma temática. Exemplificando:

Suponhamos que o tema de uma redação seja a intolerância religiosa no Brasil, a tese é o recorte temático

que irá ser feito a partir das ideias sobre o assunto, que podem ser o legado da colonização como forma

de intolerância religiosa no Brasil, a persistência da intolerância religiosa no Brasil nos dias atuais, a difícil

representatividade das demais religiões que ocasionam a intolerância religiosa, entre outros. Neste

momento, o vestibulando utilizará a imaginação e o seu repertório sobre o assunto para trabalhar a tese.

Quando definida, a introdução é um dos mecanismos de chamar a atenção do leitor para o texto. Sendo

isso, é necessário cativar a leitura através de um repertório que traga a intertextualidade da tese com a

temática, fato que poderia ser alguma notícia da atualidade, alusão histórica, filmes, música, a noção de

mundo e cultura que o candidato disponibiliza para o texto.

Embasamento de opinião: desenvolvimento

Por ser objetivo, o texto dissertativo usa da função informativa (também chamada de referencial) da

linguagem. Afinal, uma dissertação não tem preocupações estéticas como a poesia, mas a preocupação de

transmitir uma mensagem clara. Por isso, ao construir uma redação dissertativa, deve-se desenvolver a sua

mensagem através de um embasamento opinativo sobre a tese, mencionada acima, que é a afirmação de

seus argumentos através de seu repertório ou da coletânea. Ou seja, apresentar a problemática e comprovar

que a mesma é verídica através dos conhecimentos gerais trazidos pelo próprio vestibulando ou

disponibilizado na prova.

Além disso, é imprescindível a escolha do autor de seus argumentos, uma vez que o seu desenvolvimento

deve procurar manter-se em uma linearidade, ou seja, sem contradições de ideias ou falta de coerência de

argumentos (como notícias falsas, citações errôneas ou dados incoerentes). Se vê, então, uma necessidade

de precisão sobre a escolha do que irá ser abordado, defendido ou criticado dentro do texto. Dessa forma,

para se aprofundar ainda mais na escrita de um texto dissertativo, deve-se estar atualizado sobre as notícias,

ciências sociais e outras competências de mundo que irão trazer a intertextualidade com seus

argumentos.

Lembre-se: Para o desenvolvimento, é recomendada a utilização de dois parágrafos, ou seja, duas estruturas

argumentativas no texto. É importante que o vestibulando tenha em mente a forma de ligar as argumentações

entre os parágrafos, fato que pode ser como uma progressão de ideias. A apresentação de termos conectivos

(Dessa forma; assim; então) se faz necessária para um aprofundamento da coerência e para uma linearidade

na hora da leitura.

Linguagem da dissertação: coesão e coerência

Por fim, a seleção lexical deve ser adequada: além de seguir a norma-padrão da língua, deve-se procurar

evitar gírias e ser coerente com o restante do texto, ou seja, atentar para usar as palavras em seu sentido

denotativo (literal), para alcançar a maior precisão. A escolha adequada de palavras e importante para evitar

ambiguidades ou interpretações que não foram pretendidas pelo produtor do texto.

Assim, uma dissertação deve ser coerente em sua capacidade semântica. Lembrando que, não há problema

em não utilizar palavras eruditas (muito rebuscadas), é necessário somente não desenvolver um texto

gramaticalmente errôneo.

Para se garantir uma maior abrangência no conhecimento sobre texto dissertativo, segue uma redação

modelo da prova Fuvest de 2010, comentada abaixo .

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Redação exemplar:

O (a) autor (a) do texto acima, conseguiu captar a ideia de um texto dissertativo, primeiramente a partir de

, relacionando com a efemeridade dos tempos e classes

sociais, dessa forma se estabelece uma vontade inicial do corretor em entender a quantidade significativa de

ideias.

Analisando os três parágrafos seguintes, percebe-se um grande repertório com o pensamento do sociólogo

Bauman e o termo literário apresentado no terceiro parágrafo, afim de relacionar suas duas linhas

argumentativas relativamente dispares na relação da ideia apresentada com a imagem da janela,

disponibilizada na coletânea.

Por fim, a síntese do texto ocorre com uma conclusão final do que é a construção de imagens para o ser

humano: a necessidade de uma criação de imagens irreais sobre uma sociedade cruel, efêmera e com

divergências sociais.