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53 AUXILIAR DE ALUNO(A): ____________________________________________________________________ BOA VISTA-RR

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AUXILIAR

DE

ALUNO(A): ____________________________________________________________________

BOA VISTA-RR

SUMARIO

MÓDULO I

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I. ÉTICA 1.1. Sociedade:1.2. Conceito de Ética1.3 . Moral1.4. Diferença entre Ética e Moral1.5 Ética Profissional1.6.Ética Profissional e Relações Sociais

II. RELAÇÕES INTERPESSOAIS2.1 . Relações Interpessoais e Qualidade de Vida no Trabalho2.2 . Competir ou cooperar?2.3 Necessidades interpessoais e processo grupal 2.4. Grupo operativo 2.5 Fatores que geram conflitos no trabalho 2.6 A vida na organização2.7 Cultura organizacional2.8 Comportamentos organizacionais2.9 Motivação 2.10 Comunicação2.11. Bases da comunicação2.12. Processo básico de comunicação2.13. Como melhorar a comunicação interpessoal

II1.PROMOÇÃO DO TRABALHO EM EQUIPE1.1.Deste Modo Não Há Como Falhar? 1.2.A Importância Do Cartão De Visita1.3 . Apresentações (Cumprimentos) 1.4. Fundamentos Da Administração De Conflitos1.5. Processo De Comunicação1.6. Elementos Da Comunicação1.7 . O Feedback 1.8. Dez Razões Para O Líder Receber Feedback1.9. Como Dar E Receber Feedback?1.10. Equipes: Como Crescer Com As Diferenças1.11. Entendendo O Trabalho Em Equipe1.12. As Fases Do Trabalho Em Equipe1.13.Os Dez Mandamentos Do Trabalho Em Equipe1.14 Inteligência Emocional: 1.15. Cooperativo Ou Competitivo: O Que O Mercado Espera De Você?1.16. Liderança e Motivação

IV. CARREIRA PROFISSIONAL E PESSOAL1. Premissas do Marketing Pessoal1.1 O que é. Marketing Pessoal?1.2.Os três pilares do Marketing Pessoal: imagem, visibilidade, credibilidade1.3.Empregabilidade: Postura em entrevista de emprego1.4.Apresentação Pessoal1.5. Planejamento de Carreira 1.6. Como Elaborar um bom currículo1.7 . Gestão Empreendedora1.8. Como Surgiu o Empreendedorismo

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1.9.Empreendedorismo: Perfil, Necessidades e Oportunidades de Negócios1.10. O Empreendedor 1.11. Perfil Empreendedor

V.Criação e Formatação de Planilhas Eletrônicas

1.Criação e Formatação de Planilhas Eletrônicas1.2.O que é uma Planilha Eletrônica?1.3 Endereço de uma Célula1.4.Características de formatação de planilha eletrônica1.5.Características e funções para geração de gráficos1.6.Gráficos Passo a Passo

INTRODUÇÃO

Na hora de pensar em abrir seu próprio negócio, independente do meio comercial onde se

pretenda atuar, o indivíduo deverá pensar em todos os setores que deverão compor esta nova

empresa, em todos os seus pequenos detalhes e mesmo que sendo necessário um mesmo

funcionário exercer mais de uma função. Dentre os setores mais importantes de uma companhia

com certeza se encontra a tesouraria, justamente por ser o setor responsável por todo o controle

financeiro da empresa – daí a importância de se contratar uma pessoa de extrema confiança e de

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experiência comprovada para exercer esta função.

A tesouraria de uma empresa pode funcionar em qualquer espaço, até mesmo fora do espaço

onde funciona todo o resto dos setores que compõem a companhia, porém é muito importante que

este local seja dedicado apenas para este fim e que igualmente seja um ambiente organizado e

limpo, a fim de poder facilitar não só o trabalho das pessoas que compõem este setor, mas também

evitar que devido à má organização e o desleixo dos funcionários, alguma conta se confunda – o

que poderia trazer reflexos irreversíveis à empresa. Alguns grandes nomes do setor comercial

chegam a preferir que a tesouraria não se encontre no mesmo prédio onde funciona seus negócios,

de modo a desviar a atenção de possíveis assaltantes.

Com tanta preocupação, é de se imaginar que as transações que ocorrem na tesouraria são de

extrema importância – e de fato o são. É neste espaço que é calculado e destinado todo o dinheiro

da empresa, dividindo-o em pagamentos de funcionários, compra de material e matéria prima e

investimentos para o crescimento da companhia, de modo que qualquer erro neste setor pode ser

fatal para o resto dos funcionários. Por este motivo as pessoas que trabalham com esta profissão são

pessoas responsáveis e de estrema confiança.

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ÉTICA E RELAÇÕES INTERPESSOAIS

Carga Horária: 20h

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1. ÉTICA

1.1. Sociedade:

O homem vive em sociedade, convive com outros homens e, portanto, cabe-lhe pensar e

responder à seguinte pergunta: “Como devo agir perante os outros?”. Trata-se de uma pergunta fácil

de ser formulada, mas difícil de ser respondida. Ora, esta é a questão central da Moral e da Ética.

1.2. Conceito de Ética

Se eu perguntar se você é ético, provavelmente dirá que sim! E, se eu perguntar a definição

de ética, saberá me responder?

Provavelmente não! Faz sentido? Não! Mas é natural, a maioria dos seres humanos são

éticos sem ter a mínima idéia do que significa ser ético. Isso ocorre porque a ética nos é

condicionada pela sociedade, você aprende desde pequeno com seus pais, na escola, com seus

amigos e normalmente não nota isso. Meus pais me orientavam sobre o que era certo ou errado, mas

pensando bem, acho que eu só aprendia ética depois que era castigado. Mas o que é mesmo ética?

A palavra Ética é originada do grego ethos, que significa modo de ser, caráter. Em

Filosofia, Ética significa o que é bom para o indivíduo e para a sociedade, e seu estudo contribui

para estabelecer a natureza de deveres no relacionamento

indivíduo - sociedade.

A ética está relacionada à opção, ao desejo de

realizar a vida, mantendo com os outros relações justas e

aceitáveis. Via de regra está fundamentada nas idéias de

bem e virtude, enquanto valores perseguidos por todo ser

humano e cujo alcance se traduz numa existência plena e

feliz.

A ética também estuda a responsabilidade do ato moral, ou seja, a decisão de agir numa

situação concreta é um problema prático-moral, mas investigar se a pessoa pôde escolher entre duas

ou mais alternativas de ação e agir de acordo com sua decisão é um problema teórico-ético, pois

verifica a liberdade ou o determinismo ao qual nossos atos estão sujeitos. Se o determinismo é total,

então não há mais espaço para a ética, pois se ela se refere às ações humanas e se essas ações estão

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totalmente determinadas de fora para dentro, não há qualquer espaço para a liberdade, para a

autodeterminação e, conseqüentemente, para a ética.

Sendo assim, a ética é construída por uma sociedade com base nos valores históricos e

culturais. Do ponto de vista da Filosofia, a Ética é uma ciência que estuda os valores e princípios

morais de uma sociedade e seus grupos.

Uma pessoa que não segue a ética da sociedade a qual pertence é chamado de antiético,

assim como o ato praticado.

LEIA O TEXTO ABAIXO:

Era uma vez uma moça que estava à espera do seu vôo, na sala de embarque de um grande

aeroporto. Como ela deveria esperar por muitas horas pelo seu vôo, resolveu comprar um livro para

matar o seu tempo. Comprou também um pacote de bolachas, sentou-se numa poltrona, na sala VIP

do aeroporto, para que pudesse descansar e ler em paz. Ao seu lado sentou-se um homem. Quando

ela pegou a 1ª bolacha, o homem também pegou uma. Ela se sentiu indignada, mas não disse nada.

Apenas pensou: Mas que cara de pau! Se eu estivesse mais disposta, lhe daria um soco no olho para

que ele nunca mais se esquecesse!! A cada bolacha que ela pegava o homem também pegava uma.

Aquilo a deixava tão indignada que não conseguia nem reagir. Quando restava apenas uma bolacha,

ela pensou: O que será que este abusado vai fazer agora?

Então o homem dividiu a ultima bolacha ao meio, deixando a outra metade para ela. Ah!!!

Aquilo era demais !!! Ela estava bufando de raiva! Então, ela pegou o seu livro e as suas coisas e se

dirigiu ao local de embarque. Quando ela se sentou confortavelmente numa poltrona já no interior

do avião olhou para dentro da bolsa para pegar uma bala e para sua surpresa, o pacote de bolachas

estava lá... Ainda intacto fechadinho!!! Ela sentiu tanta vergonha, só então ela percebeu que a

errada era ela, sempre tão distraída! Ela havia se esquecido que suas bolachas estavam guardadas,

dentro da sua bolsa... O homem havia dividido as bolachas dele sem se sentir indignado, nervoso ou

revoltado, enquanto ela tinha ficado muito transtornada, pensando estar dividindo as dela com ele. E

já não havia mais tempo para se explicar, nem pedir desculpas!

*Quantas vezes, em nossa vida, nós que estamos comendo as bolachas dos outros, e não

temos consciência disto? Antes de concluir, observe melhor!

Talvez as coisas não sejam exatamente como você pensa! Não pense o que não sabe sobre

as pessoas.

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"Existem quatro coisas na vida que não se recuperam: A pedra, depois de atirada. A palavra,

depois de proferida. A ocasião, depois de perdida e o tempo, depois de passado.

COMENTE SOBRE O QUE VOCÊ ACHOU DO TEXTO

1.3 . MORAL

Através do latim (ou no plural mores), que significa costumes, derivou-se a palavra

moral.Define-se Moral como um conjunto de normas, princípios, preceitos, costumes, valores que

norteiam o comportamento do indivíduo no seu grupo social. Moral e ética não devem ser

confundidos: enquanto a moral é normativa, a ética é teórica e busca explicar e justificar os

costumes de uma determinada sociedade, bem como fornecer subsídios para a solução de seus

dilemas mais comuns. Porém, deve-se deixar claro que etimologicamente "ética" e "moral" são

expressões sinônimas, sendo a primeira de origem grega, enquanto a segunda é sua tradução para o

latim.

O homem vive em sociedade, convive com outros homens e, portanto, cabe-lhe pensar e

responder à seguinte pergunta: “Como devo agir perante os outros?”. Trata-se de uma pergunta fácil

de ser formulada, mas difícil de ser respondida. Ora, esta é a questão central da Moral e da Ética.

Enfim, a ética é julgamento do caráter moral de uma determinada pessoa. Como Doutrina

Filosófica, a Ética é essencialmente especulativa e, a não ser quanto ao seu método analítico, jamais

será normativa, característica esta, exclusiva do seu objecto de estudo, a Moral. Portanto, a Ética

mostra o que era moralmente aceito na Grécia Antiga possibilitando uma comparação com o que é

moralmente aceito hoje na Europa, por exemplo, indicando através da comparação, mudanças no

comportamento humano e nas regras sociais e suas conseqüências, podendo daí, detectar problemas

e/ou indicar caminhos. Nesse sentido, a ética e a moral, corroboram para formar subjetividades, ou

seja, o modo como cada pessoa se constrói (pensa, age, fala, etc.); ou melhor, a experiência pessoal

tem seus atravessamentos na éticidade e moralidade como especificidades da formação dos

indivíduos.

A ética pode encontrar-se com a moral pois a suporta, na medida em que não existem

costumes ou hábitos sociais completamente separados de uma ética individual (a sociedade é um

produto de individualidades). Da ética individual se passa a um valor social, e deste, quando

devidamente enraizado numa sociedade, se passa à lei. Assim, pode-se afirmar, seguindo este

raciocínio, que não existe lei sem uma ética que lhe sirva de alicerce.

A moral pode então ser entendida como o conjunto das práticas cristalizadas pelos costumes

e convenções histórico-sociais. Cada sociedade tem sido caracterizada por seus conjuntos de

normas, valores e regras. São as prescrições e proibições do tipo "não matarás", "não roubarás", de

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cumprimento obrigatório. Muitas vezes essas práticas são até mesmo incompatíveis com os avanços

e conhecimentos das ciências naturais e sociais.

Alguns diferenciam ética e moral de vários modos:

1. Ética é princípio, moral são aspectos de condutas específicas;

2. Ética é permanente, moral é temporal;

3. Ética é universal, moral é cultural;

4. Ética é regra, moral é conduta da regra;

5. Ética é teoria, moral é prática.

Diante dos dilemas da vida, temos a tendência de conduzir nossas ações de forma quase que

instintiva, automática, fazendo uso de alguma "fórmula" ou "receita" presente em nosso meio

social, de normas que julgamos mais adequadas de serem cumpridas, por terem sido aceitas

intimamente e reconhecidas como válidas e obrigatórias. Fazemos uso de normas, praticamos

determinados atos e, muitas vezes, nos servimos de determinados argumentos para tomar decisões,

justificar nossas ações e nos sentirmos dentro da normalidade.

As normas de que estamos falando têm relação como o que chamamos de valores morais.

Tanto ética (caráter) como moral (costume) indicam um tipo de comportamento

propriamente humano que não é natural, o homem não nasce com ele como se fosse um instinto,

mas que é “adquirido ou conquistado por hábito” (VÁZQUEZ). Portanto, ética e moral, pela própria

etimologia, diz respeito a uma realidade humana que é construída histórica e socialmente a partir

das relações coletivas dos seres humanos nas sociedades onde nascem e vivem.

1.4. Diferença entre Ética e Moral

Em outro sentido, ainda, pode referir-se a uma distinção entre princípios que dão rumo ao

pensar sem, de antemão, prescrever formas precisas de conduta (ética) e regras precisas e fechadas

(moral).

Tanto ética como moral indicam um tipo de comportamento

propriamente humano que não é natural, o homem não nasce com ele

como se fosse um instinto, mas que é “adquirido ou conquistado por

hábito” (VÁZQUEZ). Portanto, ética e moral, pela própria

etimologia, diz respeito a uma realidade humana que é construída

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histórica e socialmente a partir das relações coletivas dos seres humanos nas sociedades onde

nascem e vivem.

TEXTO:

O Jovem e a Estrela do Mar 

Um homem sábio fazia um passeio pela praia, ao alvorecer, ao longe, avistou um rapaz que parecia

dançar ao longo das ondas. Ao se aproximar, percebeu que ele pegava estrelas do

mar na areia e as atirava suavemente de volta à água. Então o homem sábio perguntou:

- O que está fazendo?

- O sol está subindo e a maré baixando; se eu não as devolver ao mar, irão morrer.

- Mas, meu caro jovem, há quilômetros de praias cobertas de estrelas do mar... Você não vai

conseguir fazer qualquer diferença.

O jovem curvou-se, pegou mais uma estrela do mar e atirou-a de volta à água, além da arrebentação

das ondas e retrucou:

"FAZ DIFERENÇA PARA ESSA AÍ!"

"Todos somos dotados de capacidade para fazer diferença”.

Cada um de nós pode moldar seu próprio futuro.

Visão sem ação não passa de intenção.

Ação de visão é um passa tempo.

“Visão com ação pode mudar o mundo."

1.5 Ética Profissional

Quando se inicia esta reflexão?

Esta reflexão sobre as ações realizadas no exercício de uma profissão deve iniciar bem antes

da prática profissional.

A fase da escolha profissional, ainda durante a adolescência muitas vezes, já deve ser

permeada por esta reflexão. A escolha por uma profissão é optativa, mas ao escolhê-la, o conjunto

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de deveres profissionais passa a ser obrigatório. Geralmente, quando você é jovem, escolhe sua

carreira sem conhecer o conjunto de deveres que está prestes ao assumir tornando-se parte daquela

categoria que escolheu.

Toda a fase de formação profissional, o aprendizado das competências e habilidades

referentes à prática específica numa determinada área, deve incluir a reflexão, desde antes do início

dos estágios práticos. Ao completar a formação em nível superior, a pessoa faz um juramento, que

significa sua adesão e comprometimento com a categoria profissional onde formalmente ingressa.

Isto caracteriza o aspecto moral da chamada Ética Profissional, esta adesão voluntária a um

conjunto de regras estabelecidas como sendo as mais adequadas para o seu exercício.

Mas pode ser que você precise começar a trabalhar antes de estudar ou paralelamente aos

estudos, e inicia uma atividade profissional sem completar os estudos ou em área que nunca

estudou, aprendendo na prática. Isto não exime você da responsabilidade assumida ao iniciar esta

atividade! O fato de uma pessoa trabalhar numa área que não escolheu livremente, o fato de “pegar

o que apareceu” como emprego por precisar trabalhar, o fato de exercer atividade remunerada onde

não pretende seguir carreira, não isenta da responsabilidade de pertencer, mesmo que

temporariamente, a uma classe, e há deveres a cumprir.

Um jovem que, por exemplo, exerce a atividade de auxiliar de almoxarifado durante o dia e,

à noite, faz curso de programador de computadores, certamente estará pensando sobre seu futuro em

outra profissão, mas deve sempre refletir sobre sua prática atual.

Como é esta reflexão?

Algumas perguntas podem guiar a reflexão, até ela tornar-se um hábito incorporado ao dia-

a-dia.

Tomando-se o exemplo anterior, esta pessoa pode se perguntar sobre os deveres assumidos

ao aceitar o trabalho como auxiliar de almoxarifado, como está cumprindo suas responsabilidades, o

que esperam dela na atividade, o que ela deve fazer, e como deve fazer, mesmo quando não há outra

pessoa olhando ou conferindo.

Pode perguntar a si mesmo: Estou sendo bom profissional? Estou agindo adequadamente?

Realizo corretamente minha atividade?

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É fundamental ter sempre em mente que há uma série de atitudes que não estão descritas nos

códigos de todas as profissões, mas que são comuns a todas as atividades que uma pessoa pode

exercer.

Atitudes de generosidade e cooperação no trabalho em equipe, mesmo quando a atividade é

exercida solitariamente em uma sala, ela faz parte de um conjunto maior de atividades que

dependem do bom desempenho desta.

Uma postura pró-ativa, ou seja, não ficar restrito apenas às tarefas que foram dadas a você,

mas contribuir para o engrandecimento do trabalho, mesmo que ele seja temporário.

Se sua tarefa é varrer ruas, você pode se contentar em varrer ruas e juntar o lixo, mas você

pode também tirar o lixo que você vê que está prestes a cair na rua, podendo futuramente entupir

uma saída de escoamento e causando uma acumulação de água quando chover. Você pode atender

num balcão de informações respondendo estritamente o que lhe foi perguntado, de forma fria, e

estará cumprindo seu dever, mas se você mostrar-se mais disponível, talvez sorrir, ser agradável, a

maioria das pessoas que você atende também serão assim com você, e seu dia será muito melhor.

Muitas oportunidades de trabalho surgem onde menos se espera, desde que você esteja

aberto e receptivo, e que você se preocupe em ser um pouco melhor a cada dia, seja qual for sua

atividade profissional. E, se não surgir, outro trabalho, certamente sua vida será mais feliz, gostando

do que você faz e sem perder, nunca, a dimensão de que é preciso sempre continuar melhorando,

aprendendo, experimentando novas soluções, criando novas formas de exercer as atividades, aberto

a mudanças, nem que seja mudar, às vezes, pequenos detalhes, mas que podem fazer uma grande

diferença na sua realização profissional e pessoal. Isto tudo pode acontecer com a reflexão

incorporada a seu viver.

E isto é parte do que se chama empregabilidade: a capacidade que você pode ter de ser um

profissional que qualquer patrão desejaria ter entre seus empregados, um colaborador. Isto é ser um

profissional eticamente bom.

1.6.Ética Profissional e relações sociais

O varredor de rua que se preocupa em limpar o canal de escoamento de água da chuva, o

auxiliar de almoxarifado que verifica se não há umidade no local destinado para colocar caixas de

alimentos, o médico cirurgião que confere as suturas nos tecidos internos antes de completar a

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cirurgia, a atendente do asilo que se preocupa com a limpeza de uma senhora idosa após ir ao

banheiro, o contador que impede uma fraude ou desfalque, ou que não maquia o balanço de uma

empresa, o engenheiro que utiliza o material mais indicado para a construção de uma ponte, todos

estão agindo de forma eticamente correta em suas profissões, ao fazerem o que não é visto, ao

fazerem aquilo que, alguém descobrindo, não saberá quem fez, mas que estão preocupados, mais

do que com os deveres profissionais, com as PESSOAS.

As leis de cada profissão são elaboradas com o objetivo de proteger os profissionais, a

categoria como um todo e as pessoas que dependem daquele profissional, mas há muitos aspectos

não previstos especificamente e que fazem parte do comprometimento do profissional em ser

eticamente correto, aquele que, independente de receber elogios, faz A COISA CERTA.

1.7. Valores Éticos

São um conjunto de ações éticas que auxiliam gerentes e funcionários a tomar decisões de

acordo com os princípios da organização. Quando bem implementado, os valores éticos tendem a

especificar a maneira como a empresa administrará os negócios e consolidar relações com

fornecedores, clientes e outras pessoas envolvidas.

Esses valores devem ser absolutos - ou seja, você deve levar a sério o suficiente para anular

qualquer racionalização humana, a fraqueza, o ego, ou falhas pessoais. Quando tudo mais falhar,

você vai sempre olhar para estes valores fundamentais para guiá-lo.

Pense em como esses valores são transmitidos na sua organização e o que você pode fazer

para apoiá-los. Veja abaixo alguns dos principais:

Honestidade;

Integridade;

Responsabilidade;

Qualidade;

Respeito;

Trabalho em equipe;

Liderança;

2. RELAÇÕES INTERPESSOAIS

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A questão da comunicação entre as pessoas é hoje um aspecto que ganha destaque por sua

relevância na qualidade de vida. Não raras vezes, assistimos assustados episódios nos telejornais,

expondo situações corriqueiras, próprias do cotidiano , que terminam em ações violentas, chegando,

por vezes, às ultimas conseqüências. Do mesmo modo assistimos conflitos que envolvem até os

órgãos responsáveis, eles próprios, pela segurança.

Tudo isso vai delineando um formato social preocupante, onde o imediatismo, a intolerância

com a dificuldade, seja em que grau for, vão assumindo a tonalidade predominante nas relações

pessoais.

Isso nos remete à perguntas essenciais : o que foi que houve com a dádiva da fala? Em que

momento deixamos de utilizar recursos, que nos são próprios, para nos comportarmos de modo

irracional? Quando foi que a conversa, velha e boa conversa, saiu da pauta de nosso dia a dia

deixando um espaço sem regras, dentro da dinâmica social?

Se desejarmos uma sociedade diferente, teremos que mudar as pessoas; a maneira de pensar

e sentir, para que se possa alterar a conduta, já que são essas maneiras de ser que determinam o

comportamento do ser humano.

Sem dúvida a linguagem é a principal forma de comunicação e transmissão do

conhecimento, idéias, crenças e até emoções. Sua expressão no processo do relacionamento social é

determinante.

O convívio coletivo garante a saúde do grupo e enriquece, sobremaneira, o indivíduo que se

dispõe a dedicar-se na arte da conversa. Seja ela técnica, acadêmica, social, não importa, é a

conversa que cria o elo que ativa a “liga” da sociedade.

Quando falamos em comunicação interpessoal, podemos pensar em pontes. Criar pontes

entre os corações, me parece uma maneira simples de compreender a questão. Quanto mais pontes

criamos, mais opções teremos por onde transitar. Lembrando sempre que cada qual passeia pelas

pontes sem aprisionar ninguém em seu “território” e nem abandonar o seu em detrimento do outro.

Este ir e vir entre o coração das pessoas é, em verdade, a base do movimento social autêntico.

Quando as pessoas convivem dentro deste trânsito parece haver naturalmente harmonia e

entendimento. A conversa, é o meio do qual dispomos a nos fazer entender. Possui regras que

asseguram um bom desempenho, de modo a facilitar as relações interpessoais.

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Há todo um universo de comunicação entre as pessoas para ser explorado. E quanto mais

nos dedicarmos a ele, melhor será a relação entre as pessoas que, na atual conjuntura, parece estar

frágil e debilitada, esperando a interferência de todos nós.

Acredito que a paz é alicerçada no entendimento dos Homens, e para tanto, há que se

aperfeiçoar a arte de dialogar.

2.1 . Relações Interpessoais e Qualidade de Vida no Trabalho

Como se viu as pessoas são produtos do meio em que vivem, têm emoções, sentimentos e

agem de acordo com o conjunto que as cercam sejam o espaço físico ou social.

Como diz Bom Sucesso (1997) “A valorização do ser humano, a preocupação com

sentimentos e emoções, e com a qualidade de vida são fatores que fazem a diferença. O

trabalho é a forma como o homem, por um lado, interage e transforma o meio ambiente,

assegurando a sobrevivência, e, por outro, estabelece relações interpessoais, que

teoricamente serviriam para reforçar a sua identidade e o senso de contribuição. (p.36).”

2.2 . Competir ou cooperar?

A interação entre dois seres é sempre delicada, porém a abordagem pode ser o ponto

determinante do tipo de relação que será estabelecida. Não é incomum nos dias de hoje encontrar

pessoas que tentam sobrepujar seu parceiro ao invés de trabalhar em conjunto.

A sociedade atual cobra muito do indivíduo, as pessoas se sentem na obrigação de parecer

melhor que todos e isso acaba se estendendo ao seu próprio lar, de modo que muitas vezes a

unidade da relação é prejudicada por dois indivíduos tentando superar-se constantemente. É

proveitoso que haja o crescimento profissional e emocional dentro do relacionamento, o

amadurecimento e estímulo mútuo é imprescindível, porém isso se torna prejudicial no momento

em que o sucesso do outro começa a provocar inveja e não mais satisfação.

Questões como quem ganha mais, quem possui melhor cargo, quem é mais sociável,

acredito eu, não são relevantes para pessoas que realmente almejam o sucesso do relacionamento.

Uma relação envolve duas pessoas que apenas unidas com colaboração poderão alcançar objetivos

comuns.

2.3 Necessidades interpessoais e processo grupal

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Um grupo é composto de pessoas, mas não equivale à soma dos indivíduos, possuindo uma

realidade distinta e características peculiares. Neste são produzidos vários fenômenos psicossociais

a partir de ações que os favorecem. Participar de um grupo não significa ter as mesmas idéias, mas

participar de uma construção conjunta, consensual, pressupondo a necessidade de abertura às idéias

alheias e capacidade de aceitação.

Todo indivíduo chega a um grupo com necessidades interpessoais específicas e

identificadas, não consentindo em integrar-se até que certas necessidades fundamentais são

satisfeitas pelo grupo. Schutz (...) identifica três necessidades interpessoais básicas para esse

processo de integração: necessidade de inclusão, de controle e de afeição.

A necessidade de inclusão define-se pela ansiedade experimentada pelo membro novo de um

grupo quanto a se sentir aceito, integrado, valorizado por aqueles aos quais se junta. Esta é uma fase

importante para estabelecer confiança e sentimento de “pertencer”, resultando em aumento da

estima e confiança pessoal. Uma vez satisfeita esta necessidade de inclusão, a atenção do indivíduo

se dirige para a influência e o controle, consistindo na definição, pelo próprio indivíduo, de suas

responsabilidades no grupo e também as de cada um dos que o formam, ou seja, sentir-se

responsável por aquilo que constitui o grupo, suas estruturas, suas atividades, seus objetivos,

crescimento e progresso. Satisfeitas as primeiras necessidades, de inclusão e controle, o indivíduo

confronta-se com as necessidades emocionais, de afeição, que consiste em obter provas de ser

valorizado, estimado e respeitado pelo grupo, não apenas pelo que tem a oferecer, mas pelo que é,

como ser humano.

Grupo de aprendizagem – motivado pela necessidade de aprender com os demais, de

partilhar com os outros nossas idéias, sentimentos, de conseguir melhor entrosamento com as

pessoas e com o mundo que nos rodeia.

Objetivo = superação individual.

Ex: grupos de estudo, grupos de análise etc.

Grupo de ação – nasce da necessidade de colaboração com os outros nas decisões e no

planejamento de certos tipos de trabalho que não podem ser executados individualmente.

Objetivo = produtividade coletiva.

Ex: grupos de mutirão, campanhas humanitárias etc.

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De modo geral, os indivíduos entram em determinado grupo para satisfazer a duas classes

básicas de necessidade: de aprender e de atuar com os outros. Embora haja predominância de uma

ou outra necessidade, não é possível falar em grupos puros, seja de aprendizagem, seja de ação.

2.4. Grupo operativo

Pichon-Rivière desenvolveu uma abordagem de trabalho em grupo denominada “grupos

operativos”. Esse tipo de grupo caracteriza-se por estar centrado de forma explícita em uma tarefa

específica. O grupo operativo configura-se como um modo de intervenção, organização e resolução

de problemas grupais.

A técnica operatória (operativa) nasce, assim, para instrumentar a ação grupal e caracteriza-

se por estar centralizada na tarefa. O conjunto de integrantes do grupo aborda as dificuldades que se

apresentam em cada momento da tarefa, logrando situações de esclarecimento. Sejam quais foram

os objetivos propostos aos grupos (diagnóstico institucional, aprendizagem, planificação, criação

etc.), a finalidade é que seus integrantes aprendam a pensar em uma co-participação do objeto do

conhecimento, entendendo que pensamento e conhecimento não são fatos individuais, mas

produções sociais

Grupo de trabalho ou de tarefa

- ênfase na tarefa

- visa à solução de problemas

- preocupa-se com a execução

- tem objetivos e metas finais definidos

Um grupo de treinamento visa mudar as maneiras de agir, os processos, a prática de seus

membros, nunca realizar uma tarefa predeterminada, com objetivos estabelecidos e com a

perspectiva de uma execução.

Quando se fala de grupo de trabalho ou de tarefa, se refere a grupos pequenos e restritos,

destinados a resolver problemas ou a executar tarefas. Há neste tipo de grupo comportamentos,

atitudes, interações e motivações funcionais que o distinguem do grupo de formação. Para que o

grupo funcione com a competência necessária para executar a tarefa, é preciso que seus elementos

atinjam um mínimo de maturidade social, aptidão que os leve a se integrarem e capacidade de

desenvolver comportamentos de lealdade para com seus companheiros de equipe.

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Quaisquer que sejam os objetivos do grupo, ele não deve ser considerado um organismo

fechado em si, pois está inserido em um contexto social com o qual mantém ligações. O grupo

nunca pode esquecer a comunidade à qual está ligado, pois ela condiciona seu funcionamento e

traça parte de suas características.

Existe uma crença sobre o desempenho do grupo ser superior ao individual em muitas

tarefas, crença essa baseada na noção de que algo surge da interação entre as pessoas, possibilitando

que

as condições que produzem frustração combinam motivos e desejos em direção a um

objetivo, com incapacidade de perceber os meios para alcançar os objetivos. As reações

psicológicas às frustrações são geralmente manifestadas por raiva e agressividade. O medo e a

ansiedade são também reações à situação de frustração, e provocam um outro tipo de dificuldade: o

indivíduo sente que sua integridade psicológica, auto-estima e competência estão em risco e

canaliza suas energias para se proteger.

2.5 Fatores que geram conflitos no trabalho

Muitas condições diferentes no trabalho podem ser indicadas como fatores estressantes,

porém algumas delas são destacadas, como a ambigüidade e conflito de papéis. A ambigüidade do

papel indica até que ponto os funcionários têm certeza sobre quais são suas funções e

responsabilidades no trabalho, e o conflito de papel surge quando a pessoa experimenta uma

incompatibilidade quanto às demandas do trabalho ou entre o trabalho e outros aspectos de sua vida.

Resultados de pesquisas feitas sobre esses fatores mostraram que eles estavam associados a baixos

níveis de satisfação no trabalho e altos níveis de ansiedade/tensão.

Spector utiliza o termo estafa para se referir à situação de desgaste psicológico que um

funcionário pode experimentar, envolvendo baixa motivação, depressão e pouca energia e

entusiasmo no desempenho das funções, o que ocorre com freqüência com funcionários em trabalho

intenso com outras pessoas. Essa exaustão emocional, um sentimento de cansaço e fadiga no

trabalho, que pode evoluir para indiferença e hostilidade com relação aos outros, e baixa motivação

e baixo desempenho, basicamente corresponde ao que hoje é conhecido como burnout.

A maioria das pessoas aprendeu a reconhecer os períodos de estresse apenas por

desagradáveis sintomas físicos ou por um comportamento difícil de explicar. Quando a tensão ou

estresse se acumula e persiste por um longo período, tem-se a sensação desagradável de estar “sob

pressão”. As pessoas geralmente tornam-se irritadiças, contraproducentes, perturbando-se com

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coisas que geralmente não causavam incômodo (a “gota d'água”), desequilibrando-se com coisas

que “não dão certo”, e frequentemente culpando os outros pelos próprios erros.

O desempenho no trabalho está fundamentalmente ligado ao sistema de comunicação nele

existente. A administração moderna, de fato, privilegia a comunicação como um dos fatores mais

importantes para o bom andamento de uma organização. A intercomunicação de idéias, sugestões,

sentimentos, anseios e expectativas cria um ambiente favorável de influências recíprocas, neutraliza

resistências prejudiciais ao bom andamento do serviço, evita as distorções dos fatos, tão freqüentes

em estruturas empresariais rigidamente diretivas e, enfim, gera um clima saudável de crescimento

de todo o pessoal da empresa. Se houver no trabalho um clima de desconfiança, de insegurança e de

hostilidade, o fluxo de informações e de influências fica bloqueado.

Nos ambientes de difícil diálogo iniciam-se os desacertos dos modelos de mudança, os

conflitos e as resistências característicos da cultura da organização. As pessoas evitam conversar

sobre erros e problemas, preferem não ouvir críticas, tornando os processos, em

É preciso que haja uma relação entre atores comunicantes, que assumem posições

alternadas, ora como emissores, ora como receptores. Esta alternância de papéis é justificada pela

circularidade do processo de interação.

Tudo que fazemos na vida, seja no âmbito pessoal ou profissional, requer a interação entre os

indivíduos. Isso porque, vivemos em sociedade e se tornaria inviável o fato de vivermos

isoladamente, sem que necessitássemos manter contato com os outros.

As relações interpessoais sejam estabelecidas dentro de uma organização, faz-se necessário a

existência de um contato entre aqueles que nela trabalham, uma percepção entre e sobre os

indivíduos. A partir do momento em que percebemos o outro, não apenas em suas características

físicas, mas também em seus processos mais íntimos, passamos a nos relacionar com ele de forma

positiva ou negativa, baseados em preceitos éticos ou não.

O estabelecimento de um contato com o outro indivíduo torna-se então, uma questão de

fundamental importância no âmbito das relações interpessoais, isto por que o estabelecimento de

um contato empobrecido favorecerá a permanência de relações também empobrecidas e fracas , fato

que pode acarretar em emissões de comportamentos antiéticos e hostis para com os outros;

enquanto que bons contatos desencadearão, na grande maioria das vezes, relações baseadas em

mútuo respeito e cordialidade entre os funcionários.

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Dentro de uma organização, as relações estabelecidas entre os funcionários devem ser

mediadas da melhor forma possível. Boas relações trazem à tona, maior motivação, melhor

produtividade e, conseqüentemente, um ambiente de trabalho favorável.

Os relacionamentos estabelecidos e concretizados dentro das organizações podem assumir

diferentes formas e ser classificados da seguinte maneira: Relacionamento Vertical para cima;

Relacionamento Horizontal e Relacionamento Vertical para baixo.

O relacionamento vertical para cima, é compreendido através das relações entre os clientes

internos e seus superiores, os quais podem apresentar-se de formas variadas, dentre elas, como uma

pessoa generosa ou autoritária, um indivíduo afetuoso ou intolerante e assim por diante.

O relacionamento horizontal é compreendido através de um mesmo padrão hierárquico, ou

seja, é a interação entre os funcionários da empresa, os chamados “colegas de trabalho”. Os tipos

mais comuns são: o complexado, o fraterno, o presunçoso, o falador e o amargurado.

E por fim, o relacionamento Vertical para baixo, o qual compreende as relações interpessoais

estabelecidas com os subordinados, os quais freqüentemente se apresentam como relapsos,

bajuladores, revoltados, incapazes ou atenciosos.

A partir do exposto, torna-se importante ressaltar que em qualquer tipo de relação interpessoal

estabelecida com outros indivíduos, a humanização é uma questão de vital importância, isto é, o

respeito, a empatia, a cordialidade, a solidariedade, a mútua ajuda entre os indivíduos que compõem

o corpo técnico da organização, fazem-se necessários para que essas relações sejam consolidadas e

fortalecidas com caráter positivo, tornando assim o ambiente de trabalho, um local não mais de

discussões, mas sim um ambiente pacífico e tranqüilo, onde os funcionários possam estabelecer

laços de afetuosidade, fraternidade e principalmente onde, os comportamentos éticos sejam uma

constante.

2.6 A vida na organização

Ao introduzir-se na organização, o indivíduo está cheio de esperanças, tudo é novidade, o

interesse pelo trabalho é grande. No início, a pessoa faz planos, sonha com formas de se realizar,

idealizando uma carreira invejável, todavia, aos poucos, com o convívio adentro da mesma, vai

conhecendo uma realidade diferente, observando que será mais difícil do que imaginou concretizar

seus sonhos.

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As relações interpessoais começam a se corroer, as outras pessoas designam dificuldades, as

chefias começam a mostrar seu lado não apoiador como pareciam nos primeiros contatos, ao

apresentar -lhe o serviço a ser executado.

Desta forma, começam a surgir os obstáculos, atravessando o indivíduo uma fase de

perplexidade e insegurança, sem entender as comunicações, as linguagens usadas nas organizações,

revelando um fato cerce ante sobre sua vontade de trabalhar bem, de fazer coisas novas, de tomar

iniciativa e obter sucesso. Assim, o indivíduo percebe a complexidade conflitiva e frustrante da vida

na organização, diminuindo seu entusiasmo inicial.

Isto tudo ocorre, em virtude da qualidade de vida na organização atual deixar muito a desejar.

Nas organizações sociais é usado um modelo burocrático, onde o que predomina é o controle sobre

as pessoas. O programa de recompensa é o estimulador, o encorajador da competição nas relações

interpessoais, propiciando o comportamento de só “olhar para cima” e “parecer o melhor”, no

sentido de tentar ocupar uma posição de destaque.

... surge a dúvida: permanecer ou sair da organização? Como em qualquer relação

intrapessoal, este é um período de grande tensão, insatisfação e ansiedade, podendo ser

acompanhado de insônias, distúrbios gastrointestinais, entre outros sofrimentos.

Agora, depende do indivíduo que presenciar este tipo de situação, decidir qual deverá ser sua

postura a partir dos acontecimentos ocorridos, caso deseje continuar na empresa, se irá se acomodar

e obedecer aos padrões que regem o funcionamento interno, ou, se irá seguir as regras do jogo

(incluindo as menos nobres), a fim de alcançar sucesso pessoal e fazer carreira, mesmo que isto lhe

custe a abdicação de certos valores.

O meio de obter carreira envolve uma fase de tensão até a decisão. À distância entre as duas

opções abarca atitudes e valores, algo além da capacitação profissional. Desta forma, aproveitar a

oportunidade, ou criar a oportunidade depende mais de atributos pessoais do que de fatores

externos. Então, será necessário saber reconhecer uma oportunidade, para agir no momento certo

com atributos da personalidade e da dinâmica pessoal.

2.7 Culturas organizacionais

A vida dentro da Organização apresenta para o indivíduo momentos de luz e momentos

sombrios. Aquilo que permanece na claridade, geralmente é o que a organização e seus

componentes focalizam, acreditam e valorizam; já o lado sombrio, compreende aquilo que eles

ignoram e desvalorizam.

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A organização, apesar de não admitir, grande parte das vezes, acaba se entregando a sistemas

de valores diferentes daqueles que são sustentados dentro do ambiente de trabalho, aceitando a

competição, a mútua agressão e violência entre os funcionários; utilizando-se da coerção, através de

ameaças, punições e privações. Estes fatores, na realidade, apresentam-se como grandes

influenciadores para a não permanência da ética no estabelecimento das relações entre os indivíduos

que compõem a Organização e a partir daí, as relações podem se dar através da claridade ou da

escuridão.

A interação entre as pessoas dentro da organização pode também ser estudada a partir da

Cultura Organizacional estabelecida por ela uma vez que, a mesma é formada por pessoas e a

Cultura é caracterizada por um sistema de valores, crenças e comportamentos compartilhados, os

quais orientam a forma de agir dos seus componentes.

As organizações tendem a estabelecer e implantar a sua cultura, a partir da somatória de

habilidades apresentadas (técnicas, humanas, políticas e administrativas), e das cargas psicossociais,

as quais são provenientes de fatores humanos individuais, de relacionamentos grupais e das relações

interpessoais mantidas.

Ao se analisar as relações interpessoais na organização, verifica-se as características

culturais,posto que, as mesmas mostram o grau de formalidade e de informalidade existentes nos

ambientes organizacionais, ocasionando numa maior ou menor flexibilidade nas relações.

A cultura corporativa, como também é chamada a cultura organizacional, é capaz de fornecer

respostas para vários eventos que possam vir a ocorrer dentro da empresa e um exemplo disso é que

na grande maioria das vezes, oferece respostas que levam soluções para lidar com os

comportamentos considerados antiéticos ou para o caso das relações interpessoais serem conduzidas

de forma negativa.

O processo de integração interna, geralmente começa quando se estabelece uma única

identidade para o grupo, ou seja, quando cada conjunto e cada subcultura estabelecem uma única

definição de si mesmo; a partir da caracterização dos membros do grupo, este irá tomando as suas

características próprias, podendo a partir de então ser situado como rígido ou maleável, cheio de

oportunidades ou competitivo e assim por diante.

As subculturas são inevitáveis em qualquer organização, elas podem se dar de forma

harmônica ou gerar conflitos, trazendo, neste caso alguns problemas de integração de esforços

produtivos. As pessoas tendem a agrupar-se a partir de características individuais próximas, isto é, a

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partir do momento em que se assemelham, a facilidade é maior para que elas se tornem uma

subcultura.

É comum dentro das organizações, que os indivíduos estabeleçam aliança e lealdade com

aqueles que lhes são mais próximos, o fato de muitas vezes existirem amigos em comum entre os

funcionários, de se ter funcionários nascidos na mesma cidade, que já fizeram cursos juntos entre

outros exemplos, acabam formando as culturas de origem. Essas subculturas podem apresentar-se

como um impedimento para a integração com os demais.

Quando falamos em Cultura Organizacional, nos remetemos a alguns termos e elementos, os

quais são indispensáveis para o aprofundamento do assunto, para a definição do tipo de cultura

implantada e conseqüentemente para a forma como as relações interpessoais são estabelecidas.

As Organizações são cheias de histórias e narrativas de eventos que já ocorreram, os quais

podem acarretar em reforço dos comportamentos existentes e enfatizar o ajustamento destes

comportamentos no ambiente organizacional.

Geralmente, a cultura organizacional de uma empresa especifica o comportamento que seria

considerado adequado para que os indivíduos se enquadrem no sistema social da Organização; estes

elementos são conhecidos como regras e papéis culturais, os quais aparecem como forma de

controle diário e, de certa forma, influenciam nas relações mantidas entre os funcionários. A partir

destas regras, os indivíduos são recompensados ou punidos e dependendo da organização, a

violação de regras condizentes ao comportamento ético pode acarretar em sérias conseqüências.

A comunicação é um elemento importantíssimo quando se dá ênfase as relações interpessoais.

Sabemos que as pessoas interagem através da comunicação e por isso ela deve ser estabelecida da

forma mais clara possível para que não haja mal entendidos.

A precisão da linguagem torna-se uma solução plausível para os crônicos problemas de

comunicação. Muitas mensagens explícitas encerram outras implícitas, na maioria das vezes,

discordantes, as quais exigem habilidade para fugir do conteúdo aparente e decifrar o que está

contido mais profundamente no psicológico.

Os valores compartilhados dentro da organização, são elementos de vital importância, pois se

referem as noções compartilhadas daquilo que os indivíduos que a compõe têm do que é importante

ou acessível para o grupo a que pertencem.

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Dependendo da forma como esses valores são compartilhados, surgirão comportamentos

moralmente aceitos ou não, pois quando eles são compartilhados de forma total entre os indivíduos,

as chances de se cometer comportamentos antiéticos decai e conseqüentemente o clima de harmonia

entre os funcionários prevalece. Os valores geram uma identidade corporativa forte e acabam

melhorando o comprometimento coletivo.

Todavia, essa situação pode transformar-se numa arma obscura que acaba impedindo a

realização de mudanças.Quando uma cultura é fortemente estabelecida e mantida, a mudança torna-

se algo de difícil aceitação. As pessoas não estão acostumadas a lidar com elas, repensar seus

valores, suas crenças e atitudes e outro fator de grande influência, é que os indivíduos nem sempre

estão dispostos a mudar.

Não raro, isso acontece quando uma organização adquire outra e as culturas estabelecidas são

fortes o suficiente para gerar contraculturas. Estas contraculturas, referem se a grupos de pessoas

que vão de encontro com a cultura que se pretende estabelecer dentro da organização. Esse tipo de

comportamento, costuma ser prejudicial, uma vez que acaba impedindo a manutenção de boas

relações interpessoais com os novos membros da empresa.

Os objetos de transição são bastante importantes para a vida do individuo, eles ajudam a

diferenciar o que é típico do indivíduo e o que não é, ou seja , o eu do não-eu e ainda asseguram a

relação do indivíduo com o mundo. Quando corretamente usados e substituídos em tempo e de

maneira correta, os objetos de transição ajudam a realizar mudanças na vida pessoal e profissional.

Durante o decorrer de sua vida, o indivíduo passa por diversas mudanças e conseqüentemente

os objetos de transição aparecem e modificam-se respectivamente. O que era necessário e

importante para ele na infância, na adolescência vai perdendo o seu significado, e assim também os

objetos de transição coexistem na vida profissional, pois aquilo que ao, longo do tempo, acreditava-

se ser a forma correta de pensar e agir pode apresentar -se mais como uma atitude ritualística do que

verdadeira e eficaz.

O novo, o desconhecido e ainda a conseqüência que uma nova forma de comportar-se poderá

trazer, faz com que as mudanças sejam, na maior parte das vezes, repudiadas pelas pessoas. Essas

mudanças, geralmente, estão direta e inteiramente ligadas a questão de identidade e devido a tudo

isto, torna-se dificultoso abandonar um presente seguro para enfrentar um futuro incerto. Este fato

pode acarretar conflitos nos relacionamentos mantidos entre os indivíduos que compõem o corpo

organizacional, visto que a mudança, aliada aos sentimentos de ansiedade, medo e insegurança,

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podem trazer à tona comportamentos e atitudes inadequadas para com os demais, estremecendo

assim o bom entrosamento entre os funcionários.

Faz-se necessário, então que as mudanças sejam estabelecidas de forma racional e consciente,

para que assim elas, ao invés de solucionar os problemas existentes, não acabem gerando outros

problemas de ordem moral, no âmbito das relações interpessoais.

2.8. Comportamentos organizacionais

Para que a organização tenha um desenvolvimento saudável é importante o equilíbrio no

comportamento dos integrantes da mesma, nas suas ações e reações, sendo de deveras importância

tomarmos conhecimento primeiramente do que é comportamento por definição e posteriormente,

qual sua influencia nos conflitos que ocorrem dentro das organizações.

Entender o comportamento na organização é vital, uma vez que, o fator humano está

vinculado a toda tarefa realizada sendo um impulsionador do sistema organizacional e da sociedade

como um todo.

Então, ao considerar o processo de desenvolvimento organizacional, é importante desenvolver

nos dirigentes e subordinados a reflexão sobre os valores, normas, padrões estabelecidos e regras

presentes na organização. Este agrupamento está associado à educação no sentido de que os

indivíduos que fazem parte da organização deverão aprender a essência de suas condutas, dos

comportamentos e dos processos cognitivos e emocionais envolvidos em sua ação no contexto

sócio-profissional.

Existe um velho provérbio que diz: “As aparências enganam”, logo, é importante

compreender que não se pode trabalhar com dados invisíveis, sendo necessário conhecer os

aspectos aparentes e subjacentes do comportamento, e o que eles podem alterar nas ações e reações,

a fim de diminuir os conflitos nos agrupamentos organizacionais.

O comportamento individual retrata as reações inerentes ao indivíduo e suas condutas no

contexto organizacional. O comportamento grupal refere-se a gama de reações dos indivíduos que

compõem um grupo. Vale ressaltar, que as ações emergentes do comportamento grupal retratam as

várias influências decorrentes da dinâmica existente, incluindo as pessoas, a interação, o

sentimento, as atividades (tarefas), a comunicação e os objetivos.

Entretanto, o comportamento organizacional se diferencia dos dois outros citados acima, em

virtude, das manifestações emergentes no contexto das organizações, indicando os controles, o

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processo decisório e os esquemas técnico-administrativo assumidos num dado momento

organizacional. É de grande valia ter conhecimento que, embora estes comportamentos apresentem

definições distintas, são interdependentes.

A estrutura comportamental produz dois tipos de comportamento, o decisório e o oscilatório.

O primeiro citado anteriormente remete a movimentação de algo de um lugar para outro, enquanto o

segundo remete a movimentação de um lugar para outro, retornando a posição original.

Nas organizações observamos que muitas ações movimentam-se de um estado real (a situação

atual) para um estado deseja do (objetivos e aspirações). A ação é inicialmente gerada e, então

chega ao final, uma vez que o resultado desejado é atingido, ocorrendo um comportamento

decisório, ou seja, na organização as ações de cada pessoa contam e contribuem para a energia e

talento da empresa toda.

A grosso modo, pode-se exemplificar o comportamento decisório como o movimento de um

carro de brinquedo, que ao empurrarmos para onde acabar sua força, não retorna ao local inicial. Já

o comportamento oscilatório pode ser exemplificado por uma cadeira de embalo, que ao ser

empurrada vai para trás, mas retorna a posição inicial.

O sucesso muitas vezes é conduzido ao fracasso, e por isso, dá-se ênfase ao estudo do

comportamento nas organizações, ressaltando o mesmo como uma das mais valiosas possibilidades

e perspectivas para a implantação de programa de qualidade. Portanto, é importante fazer o

indivíduo repensar constantemente seus atos e atitudes, valores e crenças, a fim de contribuir para a

ética organizacional, respeitando as regras de interesse comum e interagindo saudavelmente nas

relações interpessoais.

2.9. Motivação

A motivação é um impulso básico que conduz o indivíduo a uma determinada atividade, tal

motivação surge de desejos internos de se conseguir algo. origina um estado energizador que

impulsiona o organismo à atividade iniciando, guiando e mantendo a conduta até que alguma meta

(objetivo, incentivo) seja conseguida ou a resposta seja bloqueada” .

A falta de motivação nos funcionários trará como conseqüência a indisciplina, podendo

comprometer a ação dos mesmos na execução das tarefas e em suas relações interpessoais.

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Neste sentido, fica clara a necessidade que o funcionário sente em ser motivado, uma vez que

investe com o seu trabalho dedicação e esforço pessoal, conhecimentos e habilidades, visando

recompensas que possam saciar suas necessidades individuais.

Segundo Chiavenato (1999), o salário é uma fonte relevante para a satisfação dos

funcionários, conceituando o mesmo como uma contraprestação pelo trabalho dedicado à empresa.

A remuneração é uma rede de recompensas quantificáveis, pela qual o empregado recebe o seu

salário. Existem três tipos: remuneração básica, na qual o salário é estabelecido a partir do tempo

que o trabalhador fica a disposição da empresa, podendo ser repassada em forma de salários

horistas ou mensalistas; incentivos salariais, os quais abrangem um sistema de comissões,

porcentagens e gratificações alcançadas pela produção efetuada. Um outro tipo é a remuneração

indireta, os chamados benefícios, onde o salário se dá por uma espécie de fusão entre os dois tipos

de remunerações citadas anteriormente, ou seja, o funcionário possui um salário pré-estabelecido,

podendo vir a ser alterado conforme a produção efetuada.

Um julgamento de valor de vital importância para a motivação de uma pessoa, é a avaliação

que ela faz de si própria, e é a isto que a auto-estima refere-se. A identificação, a imagem e a visão

que uma determinada pessoa tem de si mesma, muitas vezes dita o tipo de trabalho que ela escolhe

e as relações que, conseqüentemente, irá manter com os demais.

A auto impressão afeta o processo de pensar, de sentir, de achar, de comportar-se e relacionar-

se e a partir deste ponto os relacionamentos irão se estabelecer de forma superficial ou duradoura,

ética ou não.

A auto-estima é uma sensação de capacidade estabelecida no psiquismo humano, para

enfrentar os desafios e compõem-se de dois elementos: a sensação de auto-eficácia, que rege a

certeza da eficiência mental, representando a capacidade de fazer escolhas, discernindo entre o que

é certo e o que é errado, entre o moralmente aceito e o repugnável.

A sensação de auto-respeito, refere-se a questão do próprio indivíduo achar que o êxito, o

progresso, a realização e a felicidade cabem a ele . O auto-respeito liga-se a questão dos

relacionamentos, pelo simples fato de que no momento em que o individuo estabelece com o outro,

uma forte consciência do próprio valor, certamente despertará neste respeito e boa vontade, criando

assim alianças interpessoais positivas.

Encarar as relações humanas com uma atitude positiva e não arrogante em relação ao valor

que você dá a si mesmo é também uma grande vantagem: quem respeita a si mesmo inspira o

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respeito dos outros. A propensão a relacionamentos destrutivos (...) é uma conseqüência comum da

sensação de não ser digno de ser amado e de não ter valor como pessoa...

Não existe ninguém totalmente desprovido de auto-estima, ela é uma questão de grau e como

qualquer outro estado psicológico passa por flutuações.

Quando existe o auto-respeito, o indivíduo não tende a entrar em relacionamentos

antagônicos, não necessitando assim se mostrar mais forte e nem desejando, desta forma, sobrepor-

se e diminuir os demais. Pessoas com auto-estima positiva, costumam comunicar-se de maneira

franca e correta. Em contrapartida, quando a auto-estima é negativa, a comunicação tende a ser

vaga, tortuosa e insuficiente. Isto deixa claro que quanto maior o grau de auto-estima, maior

também será a disposição para estabelecer relacionamentos engrandecedores para ambos os lados e,

quanto menos elevado for esse grau, maior será a incapacidade de se estabelecer vínculos de forma

ética.

Além disso, uma auto-estima elevada atrai outra, enquanto que um indivíduo com baixa auto

estima, geralmente, vai procurar envolver-se com alguém que possua uma definição de si próprio

semelhante a dele, o que acaba sendo mais destrutivo; em muitos casos os opostos se atraem, porém

nesse caso, há uma exceção, pois dificilmente encontraremos uma pessoa com uma visão negativa

de si e infeliz por isso ao lado de alguém que se sente positivo e feliz.

Em toda organização existem indivíduos que perpassam confiança e indivíduos que provocam

desconfiança. Quem desperta confiança, geralmente é coerente e íntegro no seu pensamento,

valores e ações. Essa integridade é uma fonte e uma manifestação da auto-estima. Existe um elo que

interliga a auto-estima às atitudes que a originam, isto é, os comportamentos que geram a auto-

estima são também manifestados através dela. Em suma, constata-se que uma autoestima saudável

proporciona um ambiente de trabalho propicio e provido de comportamentos moralmente aceitos,

sendo desta forma um fator de vital importância para o aprendizado dos próprios indivíduos dentro

da Organização e para a permanência de boas relações interpessoais com os demais funcionários.

Quando as pessoas relacionam-se entre si, certamente existe, nesta relação uma comunicação

e a comunicação eficaz é de primordial importância para que não haja problemas no âmbito

organizacional, insatisfações, frustrações e conflitos nas relações interpessoais estabelecidas.

2.10. Comunicação

A comunicação é uma atividade que remete-se ao fato do compartilhamento de informações e

neste processo, necessariamente, deve existir um comunicador (emissor) e um receptor, ou seja é

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necessário que uma determinada pessoa dirija-se a outra com a intenção de influenciá-la de alguma

forma, em dada tarefa específica.

A comunicação pode assumir um caráter informativo, e neste caso, ela corresponde a

predominância da mensagem, ao invés da tentativa intencional de influenciar o comportamento do

outro. Assume um caráter estimulador, a partir do momento em que o emissor influencia o receptor,

mostrando a conveniência deste emitir um determinado comportamento, o qual irá conduzir a

efetivação das metas pretendidas, e ainda assume um caráter instrutor, quando a informação

influencia o comportamento derrotando os seus efeitos, neste caso a comunicação, geralmente, é

acompanhada por uma ordem a ser cumprida.

A comunicação estabelecida dentro de uma organização pode ainda assumir sistemas formais

ou sistemas informais. O sistema de comunicação formal, se caracteriza por só exigir do indivíduo

uma certa cautela nas suas colocações. As formalidades são, na maioria das vezes, um empecilho

para o bom entrosamento, enquanto que quando estas formalidades são postas de lado, o nível de

interação entre os membros da organização se acrescem, entretanto, é necessário ressaltar o fato de

que informalidade é algo bem diferente de inconveniência e por isso as pessoas precisam estar

atentas para os seus valores éticos, evitando desta forma a incoerência da comunicação.

As formalidades, geralmente, trazem a tona sentimentos de medo, inferioridade, ciúme,

despeito, raiva, fato que faz com que os indivíduos comprometam as boas relações entre si. A

comunicação não verbal, exprime de forma bastante consistente esses sentimentos, uma vez que ela

é estabelecida em forma de olhares, gestos suores, estremecimentos e tudo aquilo que não é

verbalmente dito.

Nota-se então, a necessidade da empatia, no que diz respeito a estes sistemas de comunicação,

todavia empatia não significa simpatia, e por isso é necessário saber diferenciar estas duas coisas. A

empatia é a capacidade de colocar-se no lugar do outro, saber ouvir e compreender as suas

necessidades e deficiências. Não trata-se de tentar viver as experiências de outra pessoa, e sim ser

compreensivo e cordial com as experiências vivenciadas por ela.

As técnicas persuasivas podem ser utilizadas em qualquer circunstância, tanto em sistemas de

comunicações formais como também nos sistemas de comunicações informais. Geralmente, as

pessoas que possuem o dom da persuasão, utilizam-se de argumentos consistentes para que assim

consigam influenciar os demais.

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Entretanto, existem aqueles indivíduos que utilizam-se da persuasão sem o intuito de

prejudicar os demais, e aqueles que a utilizam de maneira anti-ética, para conseguirem algo que lhes

traga benefício, e neste caso, as relações podem comprometer-se.

Literalmente nada acontece sem que haja prévia comunicação. Um grande número de

problemas pode ser ligado à falta de comunicação - saber qual é o problema já é ter meia solução.

Comunicar bem não é só transmitir ou só receber bem. COMUNICACÃO é troca de

ENTENDIMENTO, e ninguém entende ninguém sem considerar além das palavras, as emoções e

a situação em que fazemos a tentativa de tornar comuns conhecimentos, idéias, instruções ou

qualquer outra mensagem, seja ela verbal, escrita ou corporal.

2.11. Bases da comunicação

As recompensas das boas comunicações são grandes, mas difíceis são os meios de se obte-las,

para isto sempre esteja atento às bases para a boa comunicação, para que ocorra comunicação entre

duas pessoas (transmissor/receptor) é vital que se observem as seguintes regras: 

Saber Ouvir - Demonstre estar apto a ouvir informações mesmo que desagradáveis e

críticas, procurando vê-las de forma construtiva. Escute, ouça atentamente, demonstrando

interesse pelo que está sendo apresentado, não interrompa desnecessariamente.

Examine o ponto criticado - Seja humilde e examine o ponto criticado para dar crédito as

boas idéias e ao trabalho sincero. Ao receber criticas, procure extrair os aspectos positivos e

construtivos. Posteriormente analise e estabeleça procedimentos de ajuste e/ou correções.

Evite termos técnicos - Não use girías e evite termos técnicos que podem atrapalhar na

comunicação, se for imprescindível o seu uso, explique qual o significado dos termos

usados. Você pode estar falando com alguém que quer entender o que você está falando e

não consegue, provavelmente na proxima vez ele não lhe procurará. Use uma linguagem

que descreva a realidade.

Esclareça suas idéias - Esclareça suas idéias antes de transmiti-las, faça com que elas sejam

precisas. Analise se as suas idéias estão coerentes com o que se deseja transmitir.

Expresse o seu interesse - Entre frequentemente em contato com os seus funcionários e

escute. Expresse seu interesse pelos seus problemas e escute. Questione o interlocutor, peça

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detalhes.

Ações X Informações - Demonstre que ações são tomadas baseadas em informação, caso

contrário o pessoal pensará que não valeu a pena o tempo e o esforço dispendidos para

manter o fluxo de comunicação. Execute suas ações com base nas informações adquiridas e

validadas.

Suas ações apoiam o que você diz? - Suas ações refletem o que você pensa e diz para os

outros.

Procure ser objetivo- Seja objetivo, não faça rodeios, mesmo que a mensagem seja o que

as pessoas não gostariam de ouvir.

Que mensagem quero transmitir? - Trace qual é o objetivo da mensagem, o que você

deseja que os receptores da mensagem absorvam, qual é o verdadeiro propósito da

comunicação.

A quem vou me dirigir? - Antes de transmitir alguma informação procure conhecer qual

vai ser o público. A quem voce quer afetar e qual é o momento adequado. Se necessário,

prepare-se.

Consulte outras pessoas- Consulte outras pessoas para planejar as comunicações, peça

opiniões, lembre que aqueles que o ajudam a planejar, com certeza o apoiarão.

Como transmitir? - Como você deve transmitir a sua mensagem, esteja atento a sua

tonalidade de voz, da receptividade de quem ouve, bem como da linguagem que você irá

utilizar.

Suas ações - Esteja certo de suas ações apoiam aquilo que você diz, lembre que ações falam

mais alto do que palavras.

Entendimento - Procure não só ser compreendido como compreender, seja um bom ouvinte

não só para os significados explicitos mas também para os implícitos.

Compartilhe - Compartilhe tanta informação quanto for possível, isto trará ganhos para

todos os envolvidos.

"FEEDBACK" - O retorno de informações é importante para manter seus parceiros

atualizados nos processos e atividades de interesse comum, sempre retorne a informação,

mostre os resultados e ações consequentes de informação recebida anteriormente

2.12. Processo básico de comunicação

Uma mensagem pode ser transmitida de modo:

1. Verbal: a comunicação verbal é o modo de comunicação mais familiar e mais

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freqüentemente usado. Divide-se em:

a) Verbal-oral: refere-se a esforços de comunicação tais como dar instruções a um colega,

entrevistar um candidato a um emprego, informar alguma coisa a alguém, e assim por

diante.).

b) Verbal-escrita: refere-se a memorandos, relatórios por escrito, normas e procedimentos.

2. Simbólica: As pessoas cercam-se de vários símbolos, os quais podem comunicar muito a

outras pessoas. O lugar que moramos, as roupas que usamos, o carro que dirigimos, a

decoração do escritório e outras coisas mais expressam parte da nossa personalidade.

3. Não-verbal: A comunicação não-verbal, que se refere à transmissão de uma mensagem

por algum meio diverso da fala e da escrita, é uma das facetas mais interessantes da

comunicação. Incorpora coisas como o modo com que usamos o nosso corpo, os nossos

gestos e nossa voz para transmitir certas mensagens.

2.13. Como melhorar a comunicação interpessoal

a) Habilidades de Transmissão

1. Usar linguagem apropriada e direta (evitando o uso de jargão e termos eruditos quando

palavras simples forem suficientes).

2. Fornecer informações tão claras e completas quanto for possível.

3. Usar canais múltiplos para estimular vários sentidos do receptor (audição, visão etc.).

4. Usar comunicação face a face sempre que for possível.

b) Habilidades Auditivas

1. Escuta ativa. A chave para essa escuta ativa ou eficaz é a vontade e a capacidade de

escutar a mensagem inteira (verbal, simbólica e não-verbal), e responder apropriadamente ao

conteúdo e à intenção (sentimentos, emoções etc.) da mensagem. Como administrador, é

importante criar situações que ajudem as pessoas a falarem o que realmente querem dizer.

2. Empatia. A escuta ativa exige uma certa sensibilidade às pessoas com quem estamos

tentando nos comunicar. Em sua essência, empatia significa colocar-se na posição ou situação da

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outra pessoa, num esforço para entendê-la.

3. Reflexão. Uma das formas de se aplicar a escuta ativa é reformular sempre a mensagem

que tenha recebido. A chave é refletir sobre o que foi dito sem incluir um julgamento, apenas para

testar o seu entendimento da mensagem.

4. Feedback. Como a comunicação eficaz é um processo de troca bidirecional, o uso de

feedback é mais uma maneira de se reduzir falhas de comunicação e distorções.

c) Habilidades de Feedback

1. Assegurar-se de que quer ajudar (e não se mostrar superior).

2. No caso de feedback negativo, vá direto ao assunto; começar uma discussão com

questões periféricas e rodeios geralmente cria ansiedades ao invés de minimizá-las.

3. Descreva a situação de modo claro, evitando juízos de valor.

Exercícios de Ética e Relações Interpessoais

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I). RESPONDA:1. O que é Ética?2. Qual a diferença entre ética e moral?3. Conceitue ética profissional?4. O que é sociedade?5. Qual é o modo como cada pessoa se constrói na Ética?6. Um profissional ético é?7. O que são relações interpessoais?8. Cite dos dez (10) somente três (03) mandamentos do trabalho em equipe e justifique?

II). Complete a seguir:a) Escreva na lousa a palavra ética! Roubaram

o..................................................................!b) Ética é regra, ............... é ................................da regra;c) A ética também estuda a................................ do ato..............;d) A................................ é uma atividade que remete-se............do compartilhamento

de.........................................

III). Verifique cada situação se ( V ) verdadeiro e ( F ) falso:

( ) Na Sociedade o homem vive em sociedade, convive com outros homens;

( ) Ética é universal, moral é regra;

( ) A reflexão sobre as ações realizadas no exercício de uma profissão deve iniciar bem antes da prática profissional.

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PROMOÇÃO DO TRABALHO EM EQUIPE

Carga Horária: 20h

1.Promoção do Trabalho em Equipe

A idéia de se trabalhar em equipe surgiu no momento

que o homem percebeu que a soma dos conhecimentos e

habilidades individuais facilitariam o atingir dos objetivos. A

mudança constante das informações e a necessidade de um

maior conhecimento motivaram cada vez mais essa forma de

trabalho, ou seja, fazer com que um grupo, formado por

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pessoas diferentes, tenha objetivos comuns.

A verdade é que nem todas as empresas conseguem isso: transformar grupos de trabalho em equipes

vencedoras, pois, quando falamos em equipes de trabalho, estamos nos referindo ao somatório de

forças que vem do conhecimento e experiência, contudo, ao falarmos na formação dessa equipe,

começamos a mencionar pessoas.

Essa então é a grande sacada, porque pessoas são dotadas de sentimentos individuais,

expectativas únicas, sem falar nas crenças, valores e identidade que cada um vai formando no

decorrer da vida.

É fato que toda equipe necessita de um líder que seja capaz de orientar, mostrar caminhos e

gerar grandes resultados. Ele deverá ser dotado de características, não somente técnicas, mas

também comportamentais, como, por exemplo, ter carisma, humildade, sinceridade, ser preocupado

e compreensivo. É dele a missão de inspirar, em seus colaboradores, a motivação para a conquista.

O líder, portanto, é um modelo. Dessa forma, consegue envolver e comprometer as pessoas,

transmitindo-lhes sinergia, amizade, companheirismo e satisfação. É, dessa forma, que nasce um

time de vencedores, mantido, certamente, pela parceria de todos.

A Etiqueta Moderna, adaptada ao século XXI, nada tem de

parecida com a antiga, de regras rígidas de comportamento. Hoje, a

palavra refere-se muito mais à qualidade do relacionamento entre as

pessoas.

Na prática, funciona como um código de comportamento

globalizado. Atualmente, com toda a evolução tecnológica ao nosso

alcance, a comunicação nunca foi tão fácil: povos de diferentes

culturas, profissões, idades e interesses, interagindo com muito mais dinâmica e eficiência.

No entanto, toda essa facilidade de comunicação sem precisar sair da sala causou um efeito

contrário na comunicação “pessoal”, ao vivo: quando precisam participar de reuniões, eventos de

negócios, um simples encontro, as pessoas literalmente “perderam a prática” de como se faz.

A arte do convívio era dominada pela geração antiga, justamente pelo fato de que, na falta

da tecnologia atual, as pessoas acabavam se interagindo com mais freqüência. E sabiam conversar,

coisa que hoje, por incrível que pareça, pode não ser tão fácil para as novas gerações.

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Por isso, temos a Etiqueta Moderna como parâmetro: ela funciona como uma linguagem

comum a todos. É um conjunto de normas, identificáveis, que facilitam e permitem uma

comunicação mais fácil, segura e eficiente.

A Etiqueta ao contrário do que se imagina, não é um conjunto de normas rígidas e sem

sentido.

Ela tem como objetivo, ordenar uma conduta, baseado-se em princípios como:

Bom senso – é um conceito usado na argumentação que é estritamente ligado às noções de

Sabedoria e de Razoabilidade, e que define a capacidade média que uma pessoa possui, ou deveria

possuir, de adequar regras e costumes à determinadas realidades, e assim poder fazer bons

julgamentos e escolhas. Pode, assim, ser definido como a forma de "filosofar" espontânea do

homem comum, também chamada de "filosofia de vida", que supõe certa capacidade de

organização e independência de quem analisa a experiência de vida cotidiana.

Naturalidade – se a situação for muito nova ou desconhecida, se algo lhe parecer fora de contexto,

trazendo com isso uma certa insegurança, não hesite em perguntar, tirar dúvidas com pessoas em

quem você confia e tem afinidade, ninguém é obrigado a conhecer tudo sobre todas as coisas o

tempo todo.

Afetividade – A afetividade é um componente básico do conhecimento e está intimamente ligado

ao sensorial e ao intuitivo. É preciso incorporar a atenção ao bem estar das outras pessoas. Desta

forma não há como errar. No sentido de perceber se a outra pessoa está confortável, sendo bem

atendida. O homem contemporâneo, pela relação tão forte com os meios de comunicação e pela

solidão da cidade grande, é muito sensível às formas de comunicação que enfatizam os apelos

emocionais e afetivos mais do que os racionais. Esse tipo de gentileza em um mundo onde a pressa

e eficiência dominam a cena, pode fazer uma grande diferença.

1.1.Deste modo não há como falhar?

As chances diminuem sensivelmente. É claro que algumas situações pedem um

comportamento mais específico, e há momentos em que se faz necessário prestar mais atenção,

estar mais alerta para não cometer erros ou uma gafe.

Qual a utilidade prática da etiqueta?

Hoje ela é o diferencial em qualquer ambiente, tanto no social como no profissional.

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No plano social - alguém que cultive qualidades como cortesia, atenção e percepção tornam-se

muito mais atraente para a arte da boa convivência e do relacionamento.

No plano profissional - não basta ser expert em determinada área, requisito básico, esperado de

qualquer profissional. O que vai diferenciar dois profissionais da mesma área será justamente a

qualidade de transitar, se postar com elegância em qualquer ambiente, saber relacionar com pessoa

independente da hierarquia, dominando os diferentes códigos culturais, atravessando fronteiras,

facilitando assim a sua comunicação.

1.2.A importância do cartão de visita

O cartão de visita se faz necessário para pessoas que queiram causar uma boa impressão

social.

Ter o cartão de visitas é prático para quem faz contatos freqüentes e precisa ser lembrado e

encontrado.

Se você ainda não possui, seria interessante elaborar um modelo, você poderá anexar em seu

currículo, ou ainda entregar pessoalmente a pessoas que lhe interessem. Tenha sempre com você

algum cartão afinal nunca se sabe quando conheceremos uma pessoa interessante.

A troca de cartões sociais ou profissionais: Uso do cartão de visita

Primeiro: serão feitas as apresentações verbais e, em seguida, sugere-se a troca de cartões de visita.

O cartão de visitas profissional deve ser entregue antes do começo da reunião.

A quem cabe pagar a conta

Bons tempos aqueles em que o homem realmente era um verdadeiro cavalheiro. Mulher pagar

a conta nem pensar! Era muito vergonhoso!

Nos tempos atuais os costumes mudaram, pois a mulher lutou pela sua independência e por

igualdades com os homens, e isso gerou uma mudança nos costumes sociais.

No restaurante, no bar, ou até mesmo entre casais que moram juntos, o costume hoje é dividir

tudo na hora de pagar as contas. Mais importante, porém é que na hora de pagar a conta todos se

sintam bem.

Autocontrole

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- saber falar e saber ouvir;

Podemos perceber se uma pessoa é (ou está) confiante até mesmo pelo seu modo de falar.

Uma pessoa segura de si ouve, analisa, e depois responde. Pondera os assuntos a serem

discutidos, e não eleva jamais o seu tom de voz e nem sussurra.

Uma pessoa insegura não ouve, não deixa que a outra pessoa conclua o seu raciocínio,

interrompe aleatoriamente a frase de outrem, não fala em seu nome e troca de assuntos

constantemente.

Educando o tom de voz e gírias

Há pessoas que ao falarem não percebem, mas costumam falar alto demais enquanto se

expressam verbalmente. Se você tem este defeito, eduque-se. Pense antes de falar, fale pausada e

corretamente. Perceba o ambiente e com quem você está falando. Mas também não solte a voz

como se estivesse cochichando, atinja o meio termo. Dê equilíbrio à sua voz.

Você sabia que a voz que sai da nossa boca não é igual àquela que chega às pessoas que estão

nos ouvindo?

Exercício: ouça a própria voz. Tape um dos ouvidos e sinta as vibrações da sua própria voz. Você

ainda poderá usar um gravador.

Cante, solte a voz etc...

Agora, falando sobre gírias e jargões, evite-os principalmente em seu local de trabalho, ou se

você for participar de uma entrevista; além de causar uma má impressão, mostra pouco

conhecimento de vocabulário, ou mau uso do mesmo.

"Falando pausada e corretamente"

Após termos praticados e corrigido o tom de voz, colocando-o em sintonia e equilíbrio,

aprendamos agora sobre a regra do emissor e do receptor. Nem tudo o que falamos poderá ser

compreendido por quem nos ouve, caso a mensagem não seja clara e objetiva. Por isso, quando

conversamos, precisamos ter certeza de que a mensagem passada foi bem recebida e compreendida

como gostaríamos que fosse.

Vejamos um exemplo da brincadeira do telefone sem fio. Toda vez que contamos uma estória

ocorre o aumento, ou a diminuição, e o que é pior, a distorção completa e real do fato narrado.

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Para que isso não ocorra, toda vez, que explicamos algo precisamos conferir se o receptor

entendeu a mensagem por nós emitida.

Anfitrião, hostess – função

Como é bom receber os amigos para algumas horas de descontração. Mas mesmo que

recebendo para um encontro informal, você precisará tomar algumas precauções

• O bom anfitrião estará pronto, meia hora antes dos convidados começarem a chegar;

• Receberá os convidados, à porta e/ou se possível cumprimentará cada convidado à mesa;

• Tomará o cuidado de fazer as apresentações entre seus convidados, deixando-os à vontade;

Obs: Para o sucesso de um evento é bom levar em consideração a lista de convidados. Na hora de

formar a sua lista, misture pessoas de diversas áreas profissionais, mas que, porém tenham alguma

coisa em comum, tomando cuidado extra com os "ex-", os quais deverão pelo menos saber conviver

civilizadamente.

1.3 . APRESENTAÇÕES (Cumprimentos)

Quem é apresentado a quem?

A Hierarquia profissional

Na hierarquia profissional, as regras de etiqueta pessoal modificam-se devido às escalas de

valores sociais:

o chefe será cumprimentado pela secretária, e cabe a ele estender a mão ou não para

a mesma.

quando a secretária for mais velha que o seu chefe, o que valerá é a hierarquia

profissional.

quanto às apresentações verbais, valerá a regra: o funcionário será apresentado ao

patrão e nunca o oposto.

Quem estende a mão o homem ou a mulher?

Cabe à mulher estender a mão ao homem, mas caso o cavalheiro já o tenha feito, será de

extrema indelicadeza a mulher recusar sua mão estendida.(veja hierarquia profissional).

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Apresentações de casais

Nas apresentações entre casais, seguirá a ordem:

Os homens cumprimentam-se primeiramente, logo em seguida haverá as apresentações de

suas acompanhantes(caso necessário).

Em uma recepção, o casal que chega cumprimentará a pessoa ou o casal que recebe.

Exemplo:

"- Boa noite Sr. e Sra. Silveira, esta é Maria Eugênia, minha esposa".

Auto apresentação

Às vezes se faz necessária a auto-apresentação. Um exemplo: quando somos convidados para

uma recepção ou festa por terceiros, ou ainda quando nos é imputado representar um chefe entre

outros.

Caso você precise representar alguém, apresente-se da seguinte forma: "Meu nome é Gustavo,

estou representado a empresa TAL, vim no lugar do Sr. Marcus".

Senso de Oportunidade

Nem todo mundo sabe o significado de "senso de oportunidade".

Então, qual seria?

Tem gente que acredita que, estando frente a frente com uma pessoa importante, precisa tirar

algum proveito deste momento. Outras pessoas acreditam que o médico, o advogado, o dentista, são

profissionais que não têm hora para trabalhar, e que qualquer hora é hora. E muitas vezes uma

pessoa inconveniente chega a pedir uma consulta a um destes profissionais, em eventos sociais,

enfim, em qualquer lugar. Isso com certeza não é ter senso de oportunidade.

As oportunidades não surgem como um passo de mágica precisaram aprender a criá-las,

percebê-las. Dentro dos limites saudáveis, precisamos respeitar a individualidade do outro.

Precisamos ter sensibilidade, ser discretos e sensíveis. Ter oportunidade é avaliar as circunstâncias,

percebendo se o momento é favorável ou não ao que você deseja.

Saber falar, e quando calar é ter senso de oportunidade. Saber aproveitar os momentos, até

mesmo para uma troca de cartões de visita, por exemplo, é saber ter senso de oportunidade.

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1.4. Fundamentos da Administração de Conflitos

1. Procure  Soluções,  Não  Culpados. É evidente que todo problema ou conflito tem uma causa, e,

se você  procurar vai encontrar o culpado também. Mas, ao fazer isso, estará  também desviando

preciosa energia e tempo na caça às bruxas, em vez de  se  concentrar  na  solução  que, a rigor, é a 

única  saída  para  o desentendimento. Focalize sua atenção nos ganhos da solução e esqueça a

sessão de acusações mútuas. Olhe um nível acima,concentre  as pessoas  nas metas (é o que elas

mais deveriam ter em  comum),enfoque as convergências (não as divergências), comprometa as

pessoas  na  busca da melhor solução,encare isso de forma objetiva e também positiva. Só depois

fale a sós com o causador do incidente (se houver um e puder identificá-lo),  mostrando-lhe  a

inadequação  da atitude e os resultados disso. Grande parte das vezes uma conversa sincera,

respeitosa e objetiva evitará a repetição do ocorrido, desde que as causas sejam tratadas.

 

2. Analise  a  Situação.

Faça as seguintes perguntas: QUAL é  realmente  o problema?, QUEM está envolvido?, O

QUE aconteceu?, Desde QUANDO vem  ocorrendo?,ONDE aconteceu o desentendimento

(em que departamento, setor, área  geográfica  etc.)?, POR QUE ocorreu o conflito?,Poderia

ter sido evitado?

Busque  alternativas  de  solução. Aponte as  opções que  você julgar mais plausíveis para

resolver o conflito.

Escolha a melhor alternativa com base nas informações à sua     disposição

Implante e avalie. Ao  implantar a  solução, faça  acompanhamentos  periódicos para

detectar eventuais desvios de rotas, promovendo reuniões  com os envolvidos.Os passos b, c

e d poderão também ser realizados com os  envolvidos, desde que haja abertura e clima

propício para isso. 

 

3. Mantenha um Clima de Respeito. Ao dialogar com a(s) parte(s) envolvida (s), mantenha sempre

um clima de respeito e consideração pois essa será a plataforma que sustentará o entendimento.

Evite todo o tipo de sarcasmo, ironia  ou agressividade, pois funcionarão como  combustível  para

aumentar a fogueira.

 

4. Aperfeiçoe  a  Habilidade  de Ouvir  e  Falar. Não interrompa quando a outra pessoa estiver se

explicando,saiba ouvir e ouça  também as  entrelinhas, isto é, o  que ela não  está dizendo mas

insinuando  por gestos, tom de voz e postura. Assim descobrirá muito além das aparências. Faça

perguntas  que levem ao  esclarecimento do problema.Mesmo que em circunstâncias normais não se

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deva interromper quem fala, se a outra pessoa não consegue desenvolver seu pensamento,ou estiver

se desviando do assunto ou ainda se expressando com dificuldade, interrompa fazendo perguntas

objetivas que recoloquem o diálogo nos trilhos.Pergunte qual  é a  sugestão  da  outra  pessoa  para 

sanar o conflito.

 

5. Seja Construtivo ao Fazer uma Crítica. Evite a  armadilha da personalidade, usando  frases

diretas e acusativas do tipo: “Você só sabe  trabalhar para si e não ajuda  ninguém” ou “Você me 

prejudicou de  propósito”. As pessoas sentem-se acusadas e colocam-se na defensiva quando ouvem

frases como “Você fez isso” ou “Você errou aquilo”. Concentre-se no problema ou comportamento

e não na personalidade das pessoas. No primeiro exemplo anteriormente dado, uma outra forma de

abordagem  poderia ser: “Seu comportamento de  afastar-se do grupo trem trazido problemas

quanto ao cumprimento de prazos do setor”. No segundo exemplo, a frase poderia ser: “Sua atitude

acabou me prejudicando”. Evite também  críticas vagas ou  malfeitas do tipo:“Seu trabalho tem

deixado muito a desejar”. É algo muito impreciso: por isso fale de modo específico: “A

pontualidade é algo muito importante para mim, e o seu relatório foi concluído com dois dias de

atraso. Além disso, o item 5 não faz menção às novas datas estipulados  pelo cliente, conforme os 

dados  que lhe repassei anteriormente”. Da mesma forma, quando alguém lhe dirigir  críticas  vagas,

solicite  esclarecimentos “Você é muito negativo” ou “Seu trabalho está abaixo da média” não

dizem muito. Pergunte  então:“Onde o meu  comportamento  é negativo?” ou “Onde o meu trabalho

está abaixo da média? Eu gostaria de saber para melhorar”. 

 

6. Procure  a  Solução  Ganha-Ganha. O  ganha-perde  ou  perde-perde  são as  piores  formas de

solucionar  conflitos. Sempre restarão  alguns  estilhaços  doloridos, aguardando  a melhor hora 

para  o contra-ataque. Procure  a  relação ganha-ganha em  que  ambos os lados  saiam  ganhando,

sem impor ou  humilhar a outra parte. Os  conflitos não  são casuais. Eles ocorrem quando as

pessoas  sentem-se  frustradas  ou humilhadas, ignoradas, não  reconhecidas,

injustiçadas,inseguras,traídas ou algo assim.Por outra lado -felizmente– as pessoas todas evitam

conflitos e tornam-se  cooperativas sempre que percebem algo de vantajoso  para elas ou para o

grupo. As pessoas  cooperativas  são aquelas  que têm  algo a  ganhar  com  isso, e grande parte das

vezes não se trata de dinheiro. Elas podem querer, por  exemplo, segurança, estabilidade,

reconhecimento, promoção, crescimento pessoal, harmonia em equipe, desafios  profissionais,

elogio etc.Mostre, portanto,à outra parte o que ela tem a ganhar com a solução do conflito (ou o que

ela tem a  perder se perdurar) e terá dado um grande passo para a solução do desentendimento.

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7. Aja  Sempre  no  Sentido  de  Eliminar  Conflitos. Existem muitos métodos para eliminar

comportamentos de resistência. Você poderá utilizar um ou vários desses métodos para resolver

impasses com colegas ou subordinados:

Exemplo de Sucesso. Exemplifique como o mesmo problema  Foi enfrentado pela pessoa X

ou pelo Departamento A e que a solução foi  encontrada utilizando o mesmo processo a ser agora

adotado, provando, assim, sua eficiência.

Dê uma Garantia. Garanta que, se o novo layout, a nova tecnologia ou seja lá o que for, não

der certo dentro de um determinado prazo (quinze dias, um mês etc), então será adotado o sistema

antigo ou algum outro.

Faça uma Demonstração. Há resistências  quanto a um  novo equipamento ou um novo

sistema?Use-o ou faça-o você mesmo funcionar (ou alguma outra pessoa que entenda disso) e

mostre os resultados positivos.

Tente Simplesmente Ouvir. Ouça os argumentos da outra parte  amistosamente. Ao terminar

o que ela tem a dizer, experimente persuadi-la por  meio de uma  argumentação seqüenciada e

lógica.

 

8. Evite  Preconceitos. Preconceitos  são, talvez, os piores bloqueadores  na  administração de 

conflitos. Estão relacionados com valores e crenças  profundamente arraigados no íntimo das

pessoas. A própria palavra preconceito explica o  seu  significado: pré-conceito, isto é,  conceito

prévio. O conceito já está previamente embutido e cristalizado na mente da pessoa, atuando como

um clichê ou rótulo, sempre que determinado assunto é abordado. Suspende-se o julgamento (um

dos dons mais preciosos do ser humano) e aciona-se o  piloto automático, que passará então a

comandar os  pensamentos a respeito do  tema ou da situação  enfrentada. Os preconceitos  mais

comuns estão relacionados a  cor, religião,  sexo, nacionalidade, idade, ideologia política,deficiência

física e mental.É difícil  libertar-se  desses  estereótipos, mas  uma  das  melhores armas contra eles

é imbuir-se e  conscientizar-se de cada  caso é um  caso e cada pessoa é uma pessoa,e que o

problema deve ser administrado dentro de sua realidade única e específica, por mais parecido que

possa ser com casos semelhantes do passado. Toda pessoa é única (não existem  duas iguais, por

mais semelhanças que possam ter) e todo  conflito é singular, pois os fatores que o  originaram

nunca  são totalmente  idênticos e, se  o são, os desdobramentos poderão tomar rumos  inusitados.

Pense nisso da próxima vez em que tiver de solucionar um conflito sobre o qual você ache que já

sabe tudo a respeito por já ter enfrentado situações iguais e pessoas parecidas.

 

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9. Mantenha  a  Calma. Mantenha  a  calma, não reaja mal às más-notícias e, sobretudo, não se 

irrite  se alguém discordar de seu ponto de vista. Administrar conflitos significa também administrar

a si mesmo e ao seu humor.Ambigüidades, incertezas e atitudes  passionais fazem  parte do

processo conflitual, principalmente nos estágios mais agudos. Mantenha a cabeça fria e segure a

mão firme no leme, sem perder o controle da situação, e tenha uma atitude de tranqüilidade e

confiança. Devido a essa postura, os outros aceitarão sua liderança e passarão a confiar em você.

Escolha sempre o momento mais adequado para  tratar do assunto conflitante. Conserve o objeto da

discórdia exclusivamente entre os envolvidos, e abstenha-se de fazer propaganda, fofoca ou lançar

boatos a respeito. Se a situação estiver  muito confusa e os ânimos exaltados, às vezes é bom dar um

tempo, para que as cabeças  esfriem. Convoque uma reunião para mais tarde ou para o dia  seguinte

e, enquanto  isso, faça o seu dever de casa e analise bem a situação para estabelecer sua estratégia

de abordagem.

 

10. Quando  Estiver  Errado,  Reconheça  o  Erro. Isso não vai diminuí-lo ou torná-lo vulnerável,

como muitos supõem. Pelo contrário,você provocará o respeito dos outros por demonstrar que o seu

interesse não é provar  que você é perfeito ou infalível, mas sim buscar a melhor solução  para o

conflito, mesmo que, para isso, você tenha que admitir que cometeu um erro.

 

11. Não  Varra  os  Problemas  para  Debaixo  do  Tapete. Se  houver um conflito  enfrente-o,

usando  para isso a abordagem que melhor  se coadune com o momento. Não ignore a situação, nem

contemporize achando que o tempo sanará o desentendimento.O tempo quase  sempre só agravará 

a discórdia. Pode, no entanto, haver situações especiais em que é mais vantajoso não encarar o

conflito do que enfrentá-lo, pois a  relação custo- benefício seria desfavorável.Neste caso use o seu

bom senso para discernir quando fazê-lo.

1.5. Processo de Comunicação

A palavra comunicação vem do latim cummunis que traz a idéia de Comunhão. Tornar

comum, trocar opiniões, fazer saber; implica interação, troca de mensagens.

Mensagens é um processo de participação de experiências que modifica experiências, a disposição

mental das partes envolvidas.

Ação de pôr em comum tudo aquilo que, social, política ou existencialmente, não deve

permanecer isolado. Informação com feedback.

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Comunicação é o processo pelo qual os seres humanos trocam entre si informações. Nesta breve

definição temos já implicitamente presentes os elementos nucleares do ato comunicativo: o emissor,

o receptor ("seres humanos") e a ( ) mensagem ("informações"). De fato, em qualquer ato

comunicativo encontramos alguém que procura transmitir a outro uma informação.

Além desses três elementos nucleares, é costume considerar outros três: o código o canal e o

código, contexto. Nenhum ato comunicativo seria possível, na ausência de qualquer um desses

elementos.

é necessária a intervenção de, pelo menos, dois indivíduos, um que emita, outro que

receba;

algo tem que ser transmitido pelo emissor ao receptor;

para que o emissor e o receptor comuniquem é necessário que esteja disponível um

canal de comunicação;

a informação a transmitir tem q estar "traduzida" num ç que código conhecido, quer

pelo emissor, quer pelo receptor;

finalmente todo o ato comunicativo se realiza num determinado contexto e é

determinado por esse contexto.

O processo de comunicação O transmissor A mensagem é transmitida O receptor codifica

a decodifica a via meio de comunicação mensagem. O receptor fornece feedback para o

transmissor;

1.6. Elementos da Comunicação

Emissor - emite, codifica a mensagem

Receptor - recebe, decodifica a mensagem difícil

Mensagem - conteúdo transmitido pelo emissor

Código - conjunto de signos usado na transmissão e recepção da mensagem

Contexto - contexto relacionado a emissor e receptor

Canal - meio pelo qual circula a mensagem

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Por que a comunicação é tão importante?

Pesquisas revelam que um norte-americano comum gasta cerca de 70% do seu tempo ativo

ouvindo, falando, lendo e escrevendo, nessa ordem. Isto quer dizer que gasta-se de dez a onze

horas, por dia, todos os dias, em comportamentos de comunicação verbal. Quando se comunica com

alguém, o que deve ser levado em consideração?

Quem é a pessoa com quem você vai se comunicar?

O que você quer dizer?

Como você está transmitindo as informações?

Como você se certifica de que conseguiu convencer o receptor?

Efeito produzido quem?

Mensagem pela diz o sobre a audiência – que? Quem?

Análise pessoas atingidas do efeito pelos meios diz o que?

Em que em que canal?

Que iniciam canal?

Fatores e guiam o ato da para quem?

Análise de comunicação conteúdo qual e, com efeito?

Meios interpessoais ou de massa

PROBLEMAS DE COMUNICAÇÃO da parte do emissor

Incapacidade verbal;

falta de coerência;

uso de frases longas para impressionar;

acúmulo de detalhes irrelevantes;

ausência de espontaneidade;

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manifestação evidente de linguagem afetada;

uso de termos técnicos, gírias, regionalismos e desconhecidos pelos receptores;

excesso de adjetivos, advérbios e frases feitas.

PROBLEMAS DE COMUNICAÇÃO da parte do receptor

Nível de conhecimento insuficiente;

distração;

falta de disposição para entender;

níveis cultural, social, intelectual, econômico e , de escolaridade diferentes do

emissor;

Comunicação X Informação

Comunicação envolve interlocutores, troca de informações; começa quando a informação

acaba. O melhor sistema de informação, por si só, não garante comunicação.

ELEMENTOS / PROCESSOS

Emissor ou Remetente: Quem emite a mensagem;

Codificação: Processo de transformar o pensamento em forma simbólica;

Linguagem: Dinâmica mediadora entre os homens.

Tipos: falada e escrita ( (comunicação verbal), gestual, corporal, por símbolos, ícones

e sons ) (comunicação não verbal).

Meio, canal ou veículo: Suporte material que possibilita veicular uma mensagem a

um destinatário através do espaço e do tempo.

Exemplo : televisão carta, telefone, rádio etc. Mensagem: Sinônimo de conteúdo; o que está escrito

em um texto e o que é dito em um discurso; é o que se passa de significativo na comunicação entre

destinador e destinatário.

Decodificação: Processo pelo qual o receptor traduz os símbolos emitidos pelo emissor.

“Tradução” que vai depender do nível econômico, social, cultural e de escolaridade do receptor.

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Receptor ou Destinatário: Quem recebe a mensagem emitida pelo emissor. Resposta:

Reação do receptor após ter sido exposto à mensagem. Feedback: Resposta do receptor que chega

ao emissor Em outras palavras emissor. palavras, retorno da mensagem que foi enviada pelo

emissor.

Ruído: Tudo o que dificulta a comunicação interfere a transmissão e perturba a comunicação,

recepção ou compreensão da mensagem; tudo o que possibilita a perda de informação durante o

transporte da mensagem entre o emissor e o receptor.

As pessoas percebem e interpretam as coisas e situações conforme suas cargas de

experiência, conhecimento, crenças, valores, sentimentos valores sentimentos, condicionamentos e

vivência pessoal.

O que é a percepção?

Processo pelo qual indivíduos organizam e interpretam suas impressões sensoriais a

fim de dar sentido ao seu ambiente. Entretanto, o que alguém percebe pode ser

substancialmente diferente da realidade objetiva.

O comportamento das pessoas é baseado em suas percepções do que a realidade é, e

não na realidade em si.

Fatores que influenciam a percepção um número de fatores operam para moldar, e algumas

vezes distorcer, a percepção. São eles:

a) O próprio indivíduo, ou seja quem percebe; indivíduo, seja,

b) O alvo, ou seja, o objeto que é observado alvo, (percebido);

c) A situação, isto é, o contexto em que o objeto ou situação, evento é percebido.

O que percebe o indivíduo (b) A interpretação é influenciada pelas características pessoais

do indivíduo.

Atitudes: são pensamentos diferentes a respeito de algo e que implicam em interpretações

distintas que duas ou mais pessoas têm a respeito do mesmo objeto ou situação.

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Motivação: necessidades não atendidas levam a diversas maneiras de percepção. Interesse:

Interesse: como os interesses individuais variam consideravelmente, o que uma pessoa nota numa

situação pode diferir do que os outros percebem. Experiências passadas: percebem-se as coisas com

as quais se pode ser passadas:

Julgamento dos outros

A percepção e julgamento das ações de uma pessoa serão significativamente

influenciados pelas suposições que se faz sobre o estado interno dessa pessoa.

Percepção Seletiva: uma característica que faz uma Seletiva: pessoa sobressair

aumenta a probabilidade de que ela seja percebida.

Efeito de Halo: quando se tem uma impressão geral Halo: sobre um indivíduo com

base em uma única característica.

Julgamento dos outros

Efeitos de Contraste: avalia-se uma pessoa Contraste: avalia- freqüentemente em

comparação com outras que foram recentemente encontradas.

Projeção: tendência de atribuir as próprias Projeção: características a outras pessoas.

Estereótipo: julgamento de alguém com base Estereótipo: na percepção do grupo ao

qual esta pessoa p pertença.

1.7 . O FEEDBACK

Usando o Feedback

Poucas pessoas sabem como realmente são por dentro, como são seus temperamentos e

quais seus valores. Bem poucas fazem as perguntas: será que eu trabalho bem com as pessoas ou

sou um solitário? Quais são os meus valores? Qual é o meu objetivo? Onde é o meu lugar? Qual é a

minha contribuição para a sociedade?

Os líderes precisam dar feedback aos seus colaboradores. As pessoas precisam ter seu

desempenho reconhecido para se sentirem motivadas a se aperfeiçoar e estarem preparadas para

novos desafios. Procure fazer o reconhecimento em público e, quando for possível, que seja

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recompensado. A recompensa não precisa ser em dinheiro, pode vir na forma de prêmios, cartões,

placas, nomes no mural ou no jornal interno ou, ainda, em reuniões comemorativas.

Há muitos anos procurando conhecer-me e assim saber como poderia ser uma pessoa

melhor, fiz a mim mesma algumas perguntas: Quais são minhas características pessoais? O que eu

gosto? O que eu não gosto? Em que eu acredito? Foi preciso refletir muito para chegar às respostas,

mas valeu a pena.

Foi muito interessante, também, perceber que uma característica pessoal em determinada

situação pode ser uma virtude e, em outra situação, um defeito. Com isto, tenho trabalhado todas as

minhas características para crescer como profissional e melhorar como pessoa.

Grandes realizadores fizeram essas e outras perguntas a si próprios. Souberam dizer não

em algumas situações, quais eram os seus objetivos e, ainda, onde deveriam se situar. E agora,

temos que aprender a fazer a mesma coisa, o que não é difícil.

Peter Drucker disse que: “Cada vez que se realiza algo importante, deve-se escrever o que

se espera que aconteça. Quais são os resultados dessa decisão? As decisões mais importantes nas

organizações são as pessoais. Não conhecemos nossa capacidade, nem aquilo de que necessitamos

para melhorá-las. Temos de aprender onde nos situar e quais são nossas aptidões para extrair o

maior benefício disso”.

Se você for um líder de equipe, procure feedback dos membros da equipe. Pergunte se eles

sentem que você está fazendo o bastante, demais ou muito pouco. Solicitar da equipe um feedback

sobre seus comportamentos oferece um excelente modelo para os membros de sua equipe sobre

como ser receptivo ao feedback.

Caso você faça isso da maneira certa, faz com que receba o feedback mais preciso

possível. Os membros da equipe poderão lhe dizer, por exemplo: “Gostaria que você fizesse mais

isto”, ou “O que queria era que você fizesse menos aquilo”, ou ainda, “Eu queria que você

continuasse a fazer desta forma”.

Se você não tomar a iniciativa, pode acabar com apenas meio emprego. Num mundo em

mudanças, sua função é quase iniciativa pura: planejando melhorias, pesquisando tendências,

trabalhando junto aos fornecedores para antecipar problemas e assim por diante.

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Procure ir em frente. No fim das contas, quem você pensa que a organização vai querer

manter: as pessoas que só fazem aquilo que lhes é dito para fazer ou as pessoas que fazem mais do

que se espera? O novo papel exige uma mudança de mentalidade. Lembre-se: não espere que

alguém lhe diga o que fazer. A liderança é conquistada, não oferecida. Adote uma orientação de

longo prazo. Você precisa pensar em termos de tarefas que podem ser realizadas em semanas ou

meses.

Avalie regularmente o quanto você se sente desafiado pelo seu trabalho. Pense na história

da selva africana: “Todos os dias quando a gazela acorda, ela sabe que precisará ser mais veloz que

o leão, senão será morta. Todos os dias, quando o leão acorda, ele sabe que precisará correr mais do

que a gazela ou vai morrer de fome. Como pode ver, não importa se você é um leão ou uma gazela.

Quando seu dia começar, é bom você estar correndo”.

1.8. Dez Razões para o Líder receber Feedback

A presença do processo de feedback virou uma prática constante nas empresas que se

destacam no mercado e que desejam adotar uma Gestão de Pessoas que possibilita ao colaborador

saber o que se espera dele. Através do feedback é possível estimular os profissionais a

desenvolverem novas competências que agreguem valor estratégico ao negócio. Geralmente, o

processo é conduzido pelo gestor porque ele é quem está em constante contato com a equipe. Mas, e

quando a situação tomar outra vertente: a liderança recebe o feedback de sua performance? Será que

realmente é importante o líder também receber um retorno sobre suas atividades? A resposta é

afirmativa, pois todos que atuam no ambiente organizacional precisam acompanhar as tendências

globalizadas e, dessa forma, dar o melhor de si. Confira dez motivos para que os gestores também

tenham um feedback do seu próprio desempenho.

1 – Ao receber um feedback da sua atuação, o gestor passa a entender melhor o que os seus

liderados sentem quando têm um retorno da empresa em relação às suas performances individuais.

2 – Quem tem a oportunidade de ser o foco do feedback, compreende o processo em suas etapas e

resultados. Ficar apenas no papel de avaliador é bem mais fácil do que ser avaliado.

3 – A partir do momento em que o gestor tem uma avaliação do seu trabalho, ele identifica como

suas ações e seu comportamento impactam no desempenho individual e coletivo dos seus liderados.

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4 – Qualquer profissional necessita ter uma idéia clara do que a empresa espera dele, uma vez que

isso permite que sejam identificados seus pontos fortes, bem como os que precisam ser trabalhados.

Isso o remete ao desenvolvimento de competências sejam técnicas ou comportamentais.

5 – Quando um líder recebe uma devolutiva sobre sua gestão, se passa a entender o que a

organização espera dele e de que maneira é possível atender ou superar essas expectativas.

6 – Seja positivo ou considerado negativo o feedback recebido, a liderança tem oportunidade para

reavaliar posicionamentos adotados no seu dia a dia e quebrar paradigmas. Ou seja, abrir espaço a

novos recursos ou metodologias que podem aprimorar sua atuação.

7 – O feedback é um importante instrumento que estimula a pessoa a se manter longe da zona de

conforto – um dos principais responsáveis pela estagnação do profissional.

8 – Ao ter em mãos a avaliação da sua performance o líder pode traçar novas perspectivas para sua

carreira, inclusive em relação ao seu crescimento na empresa como também no que se refere à

própria empregabilidade em um mercado extremamente competitivo.

9 – Muitas pessoas que participam do processo de feedback, ao tomar conhecimento de seu

desempenho sentem-se estimuladas a superar desafios. Quando isso ocorre, muitos vão a buscar o

auto-desenvolvimento, além de ficar atento às oportunidades de desenvolvimento que a empresa

oferece através da área de TI.

10 – O feedback, quando bem conduzido, gera benefícios significativos no comportamento das

pessoas. Ao passar por um processo de avaliação do seu desempenho, há líderes que passam a

lembrar que não existem detentores da verdade. Diariamente, todos podem aprender algo em

comunhão com sua equipe. Isso, inclusive, estreita o relacionamento entre líder-liderados e,

geralmente, culmina em melhorias de desempenho.

1.9. Como dar e Receber Feedback?

Por uma questão cultural, o brasileiro e o latino-americano, via de regra, não estão prontos

para dar e receber feedback. Isso porque, em geral, o que deveria ser encarado como uma ação

estritamente profissional, é levado para o lado pessoal e pode significar temor, ameaça e até gerar

mágoas desnecessárias.

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Para torná-lo profissional, o ideal é a companhia começar a colocar em prática uma

avaliação de desempenho. Num primeiro momento pode ser a 180º, partindo do gestor para o

colaborador, e, após a maturação, passar a ser a 360º, permitindo o sentido inverso, com o

colaborador avaliando a performance de seus líderes e até, de maneira mais complexa, com outras

interfaces, entre os pares e com a participação de clientes, inclusive.

Dentro desse contexto e com essa cultura já permeando o dia a dia da empresa, surge o

momento de pensar o feedback. Ele pode ser aplicado no momento da avaliação ou ser constante,

quebrando as barreiras hierárquicas. Sendo de uma ou de outra forma, é comum surgirem dúvidas.

Para que gestores e colaboradores não errem e não sejam mal interpretados, o ideal é se orientar por

algumas regras básicas.

O primeiro passo é ter em mente que se trata de um momento importante. E que, portanto,

não cabe fazê-lo durante o café, almoço e, muito menos, em público. É preciso torná-lo formal,

marcando uma reunião, por exemplo, e reservando para isso, pelo menos, uma hora. Outro ponto

fundamental é que haja preparo e planejamento, com todos os pontos e fatos a serem citados

previamente anotados.

Para dar o feedback, o gestor deve abrir a conversa com os pontos fortes, detalhando o lado

positivo do profissional, qualidades e boas competências. Seguindo essa linha, cria-se um canal

mais aberto, desarmando o colaborador, ficando mais fácil expor, depois, os pontos a serem

desenvolvidos.

Ao chegar esse momento, o gestor deve mostrar como ele se sente tanto em relação aos

pontos fortes quanto aos fatores a desenvolver, se posicionando de maneira clara e buscando

argumentos baseados em fatos, sem procurar culpados ou fazer julgamentos.

Do outro lado, o colaborador deve estar aberto e preparado para receber as críticas

construtivas, sempre almejando o desenvolvimento da sua carreira e crescimento profissional.

Palestras, treinamentos, fóruns de debates entre outras ações internas prévias podem ajudar a equipe

a se conscientizar da importância desta ferramenta, encarando-a da forma mais profissional

possível.

O colaborador que se preparou para a reunião poderá até chegar à conclusão de que os

itens de melhoria já estavam na sua relação de prioridades. E se, por algum motivo, não concordar

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com a colocação, a orientação é se posicionar durante a conversa, apontando as razões, mas sem se

justificar, pois não é esse o objetivo do encontro.

Para quem o recebe, o mais importante, além das colocações pontuais, é entender que o

feedback é uma grande oportunidade para perceber que há alguém dentro da companhia interessado

no seu crescimento e aperfeiçoamento. Justamente por isso, ele deve ser encarado como algo

positivo, que contribui e agrega e não como um bicho de sete cabeças.

A partir disso, o colaborador pode solicitar orientações para ser mais assertivo, agendando,

inclusive, uma nova conversa para discutir as soluções e procedimentos a serem adotados.

De maneira geral, o feedback nada mais é, se comparado à vida pessoal, do que o

momento de “discutir o relacionamento”. Com ele é possível evitar atitudes extremas, revendo,

com calma, os processos e as condutas.

1.10. Equipes: Como Crescer com as Diferenças

Desafio dos líderes é conhecer as preferências pessoais dos liderados e, assim, transformar

diferenças em diversidade

No mundo corporativo atual, urgência e inovação são palavras de ordem. Atender com

rapidez e criatividade se tornou um pré-requisito para o sucesso de uma empresa. Sendo assim, o

papel do líder se torna cada vez mais decisivo para a conquista da eficiência e produtividade.

A necessidade de mudanças e a constante busca por novos

modelos que atendam as demandas emergentes fruta, de um

mercado cada vez mais exigente, requer que o líder saia do papel de

autoridade e comandante para exercer um papel de facilitador e

desenvolvedor de talentos.

A necessidade de se conhecer e obter o melhor de seus colaboradores tirou o líder de

ontem de sua cadeira e o colocou cada vez mais próximo de seus funcionários no mundo

corporativo atual. Relacionamento interpessoal, coaching (Treinador: treinar no intuito de instruir a

carreira profissional), comunicação tornaram-se palavras de ordem para o líder. Mas, por outro lado,

muitos gestores não têm tempo para conhecer os interesses e características pessoais de seus

funcionários, sendo que muitas vezes não têm nem mesmo habilidade para tal.

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Uma abordagem de comunicação utilizada pode ser eficaz com uma pessoa, mas

totalmente ineficaz com outra. E, apesar de o gestor acreditar estar fazendo o melhor na relação com

seu colaborador, acaba muitas vezes não obtendo o resultado esperado. Não basta saber fazer, é

preciso conhecer o colaborador. Muitas vezes interpretamos de modo errado a atitude de uma

pessoa simplesmente porque não conhecemos as suas preferências na forma de trabalhar, que são

justamente suas fortalezas.

Minimizar esse tipo de engano e conhecer as características psicológicas dos grupos é de

extrema importância, até mesmo para resolver crises dentro das equipes de trabalho geradas pelas

diversas versões de mundo que cada colaborador traz consigo. Mapear as diferenças pessoais serve

para complementar e ampliar a visão das empresas a respeito de seus recursos humanos, antecipar

soluções e diminuir os pontos cegos que são negligenciados pelas limitações existentes em todas as

pessoas.

A necessidade de se conhecer e obter o melhor de seus colaboradores tirou o líder de

ontem de sua cadeira e o colocou cada vez mais próximo de seus funcionários

Para ilustrar, vamos criar dois personagens fictícios, mas que são bem “reais” nas

corporações: a Kátia e o Carlos.

A primeira é uma profissional tímida, boa executora de tarefas e atenta aos detalhes. O

segundo é expansivo, desorganizado e com uma ótima visão do macro. Em uma equipe de trabalho

multidisciplinar em que os colegas sabem de suas características e as dos outros, essas

personalidades seriam consideradas complementares da seguinte forma: Carlos veria o todo do

projeto e como executá-lo, e Kátia o ajudaria percebendo os detalhes que não estariam bem

amarrados, as mudanças necessárias para que ele fique completo e auxiliaria na iniciativa de colocá-

lo em prática.

No exemplo acima, caso o líder e os colaboradores não possuam essa consciência em

relação a si e ao outro, essa ajuda na execução poderia ser interpretada de outras formas, gerando

assim desconfianças entre os colegas, o que derrubaria a produtividade do setor.

Por esse motivo, a gestão de equipes é a forma mais eficaz de conseguir motivação,

confiança e produtividade dos colaboradores. Para fazê-la de uma maneira eficaz.

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No mundo, mais de dois milhões de pessoas respondem a ferramenta por ano e, no Brasil,

já foram mais de 143 mil nos 15 anos em que está aqui. Desenvolvido com base na teoria dos tipos

psicológicos de Carl Gustav Jung, o instrumento identifica quatro preferências pessoais, com base

em funções e atitudes psicológicas, que somadas caracterizam o tipo psicológico do indivíduo. Ao

todo são 16 tipos.

Uma pesquisa com base neste método identificou que os brasileiros preferem, em sua

maioria, ambientes de abertura, interação, comunicação e sociabilidade. Um profissional com esta

preferência se sentiria mais motivado em profissões nas quais as chances de interagir e comunicar-

se são maiores. Claro que isso não significa que uma pessoa com essas preferências psicológicas

não possa trabalhar como programador, por exemplo.

Significa apenas que, para um gestor ter uma equipe heterogênea, ele precisa saber lidar

com as diferenças do seu grupo, de acordo com as preferências individuais. Para garantir o sucesso

de seu time e de cada indivíduo que o integra, o líder pode lançar mão de todos os recursos

disponíveis para o autoconhecimento e gestão de conflitos que possam auxiliá-lo em sua missão,

bem como auxiliar seus pares a seguirem o mesmo caminho.

Ao identificar as preferências pessoais de seus colaboradores e mapear a sua equipe, o líder

põe à prova toda a capacidade existente em seu grupo conseguindo o máximo de resultados dos

indivíduos que o compõe. Além disso, consegue minimizar a incidência de problemas que vão na

contramão das preferências pessoais de cada integrante e que geram o baixo desempenho. Pois

reduz significativamente o estresse e a desmotivação.

Ao conhecer e tomar decisões que agreguem valor às pessoas, o líder ampliará o

comprometimento e a dedicação de sua equipe. Afinal de contas, pesquisas nos mostram que o

salário não é o principal motivo pelo qual as pessoas permanecem em uma determinada corporação.

O ambiente de trabalho, incluindo o relacionamento com o líder e com os colegas, e a possibilidade

de desenvolvimento profissional são os grandes protagonistas do sucesso das pessoas em seus

meios de trabalho.

1.11. Entendendo o Trabalho em Equipe

É muito comum ouvirmos que no diálogo reside o segredo do trabalho em equipe. Do

diálogo emergem idéias e emoções; através dele as pessoas se aproximam e se consegue chegar a

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soluções e entendimentos. Sem querermos a cooperação de uma pessoa, precisamos cativá-la de

forma a despertar sua confiança. E só conseguimos isso por meio do diálogo, da conversa.

É importante ressaltar que os interruptores podem ter (e quase sempre têm!) formas

diferentes de entendimento. E é nesse ponto que uma “negociação” se faz necessária. O resultado

do trabalho em equipe depende da capacidade de negociação e de argumentação das pessoas

envolvidas, o que implica saber ouvir e ceder diante de razões bem fundamentadas, dados

convincentes, informações fidedignas e experiências referendadas.

No trabalho em equipe, o diálogo deve estar presente o tempo todo, porque, embora as metas

do grupo sejam comuns, as idéias nem sempre são convergentes. Pontos de vista diferentes podem

ocasionar animosidades e discussões e, muitas vezes, descamba para o terreno puramente pessoal.

Nesses casos, a conversa acaba gerando uns bate-bocas improdutivos, que só pode ser contornado

se os profissionais tiverem como meta estabelecer acordos, tendo como guia os objetivos da

empresa.

Em geral, ao trabalho em equipe visa ao ajustamento de interesses entre o que pretendemos

e o que os outros pretendem. Quando conseguimos estabelece acordos, podemos ter certeza de que

estamos melhorando nossa capacidade de relacionamento humano e, portanto, nossa competência

para trabalho em equipe. Mas não podemos esquecer de que os resultados do trabalho em equipe só

serão produtivos se todos do grupo tiverem um objetivo comum.

Vamos ver agora, sucintamente, alguns aspectos do trabalho em equipe:

Discutir exclusivamente idéias: um bom profissional busca idéias e discute idéias;

evita questões pessoais no trabalho em equipe e considera apenas propostas concretas.

Buscar um diálogo competente: os argumentos devem sempre ser apresentados de

maneira clara, para que possam ser entendidos e discutidos pelas partes.

Não temer o conflito: o bom profissional deve saber lidar com os conflitos e

administrá-los com firmeza e habilidade. Os conflitos acabam sempre acontecendo e isso é

saudável, desde que se saiba tirar deles o melhor proveito para o sucesso da negociação.

Conflitos não significam desavenças, mas diferentes pontos de vista.

Saber ceder: fazer concessões em nome do grupo é uma atitude natural dos que

trabalham em equipe. Desse modo, o profissional consegue também aceitação e aprovação

de todo o grupo.

Discordar construtivamente: críticas são sempre construídas quando feitas como

critério. Criticar é saudável, mas há pessoas que criticam tudo, por um simples prazer de

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destruir. Por outro lado, há pessoas que concordam com tudo só pára não terem o trabalho

de analisar o assunto; há outras ainda que não desejam se expor nem se comprometer. O

bom profissional sabe que críticas construtivas e propostas alternativas são sempre bem-

vindas no trabalho em equipe.

Construir idéias: uma idéia pode ser ampliada ou modificada através de discussões

e acordos e, assim ,resultar numa ação conjunta.

1.12. As Fases do Trabalho em Equipe

Abordagem: o profissional deve saber como encaminhar qualquer questão no

ambiente de trabalho, seja para sugerir mudanças, seja para criticar ou elogiar o serviço ou

os colegas. O profissional precisa aprender a apresentar sua idéia no momento certo, de

maneira a estabelecer relações pessoais construtivas.

Conversa: tendo conhecimento profundo da situação e dos objetivos que pretendem

alcançar numa conversa (numa reunião, num momento de decisão, na hora de resolver um

problema, etc...), o profissional deve apresentar um a argumentação que justifica suas

opiniões, idéias e sugestões. O profissional não pode cair na tentação de falar demais se

não tem o que dizer, tão pouco deve deixar de falar por receio de se expor ou de não

agradar.

Superação de objetos: nesta fase do trabalho em equipe, ocorre a avaliação das

sugestões e propostas apresentadas. Os parceiros de trabalho contrapõem argumentos e

posteriormente avaliam as sugestões e as propostas apresentadas.

Acordo: ultrapassada a fase dos debates entre os membros de uma equipe e

apresentação do ponto de vista de cada um, o profissional precisa ter espírito de corporação

de procurar chegar a um consenso com os colegas. Lembramos que consenso não implica,

necessariamente, unanimidade; ele leva em conta as posições de todas as partes

interessadas na conciliação das opiniões conflitantes.

Reabordagem: abrir possibilidades para um assunto ser reabordado pela equipe de

trabalho é acreditar na possibilidade de se chegar a um acordo, a um consenso.

A reabordagem confirma que o trabalho em equipe eficaz é o resultado do cultivo

permanente da idéia do “nós”. Ela pressupõem a possibilidade de rever posições ou

decisões tomadas, a partir do momento que um fato novo ou uma reflexão mais profunda

aponte para uma solução melhor.

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1.13. Os Dez Mandamentos do Trabalho em Equipe

1. Jamais subestimar os pontos de vista dos integrantes de sua equipe de trabalho;

2. Centrar sua atenção unicamente nas idéias.

3. Aprender a ouvir.

4. Buscar cooperação através do diálogo, da conversa.

5. Confiar em si mesmo e participar ativamente do trabalho em equipe, expondo suas idéias

com clareza.

6. Despertar a confiança dos demais integrantes da equipe.

7. Dominar as emoções fortes.

8. Aprender a ceder.

9.Manter uma postura ética nas relações com os integrantes da equipe.

10.Valorizar o acordo, o consenso.

Em tempo, lembramos as considerações sobre o trabalho em equipe apresentadas neste

capítulo são válidas para todos os profissionais – informais, autônomos ou aqueles que trabalham

em regime de cooperativas.

O trabalho em equipe não se dá apenas nas empresas que mantêm funcionários informais ou

autônomos, por exemplo, participam freqüentemente de reuniões com seus clientes, e muitas vezes,

integram grupos de trabalho dentro de uma empresa em caráter temporário, não necessariamente

como empregados dela. Sendo assim, é claro que esses profissionais precisam incorporar todas as

premissas que norteiam o trabalho em equipe.

As cooperativas de trabalho também exigem espírito de equipe dos associados. E não

poderia ser diferente, dada a natureza de uma organização que associa pessoas e não capital, que

divide lucros e prejuízos igualmente entre os associados, conforme a participação na produção.

Como donos do negócio, os associados são chamados a participar da gestão da cooperativa, a

começar pela elaboração de seu estatuto. Há casos em que os cooperados contribuem com uma

porcentagem do que recebem para manter as atividades administrativas e garantir os benefícios

coletivos similares aos obtidos através do vínculo empregatício. Enfim, numa cooperativa, é preciso

contar com o outro o tempo todo e estar sempre aberto a acordos.

Para espairecer vamos ter uma fábula de La Fontaine recriando por Monteiro Lobato.

Responda depois as três questões que seguem.

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O LOBO E O CORDEIRO

Estava o cordeiro a beber um córrego, quando apareceu um lobo esfomeado, de horrendo

aspecto.

- Que desaforo é esse de turvar a água que venho beber? – disse o monstro arreganhando os

dentes. – Espere, que vou castigar tamanha má – criação...

O cordeirinho, trêmulo de medo, respondeu com inocência:

- Como posso turvar a água que o senhor vai beber, se ela corre do senhor para mim?

Era verdade aquilo e o lobo atrapalhou-se com a resposta. Mas não deu o rabo a torcer.

- Além disso – inventou ele -, sei que você andou falando mal de mim no ano passado.

- Como poderia falar mal do senhor no ano passado, se nasci este ano?

Novamente confundido pela voz da inocência, o lobo insistiu:

- Se não foi você, foi seu irmão mais velho, o que dá no mesmo.

- Como poderia ser meu irmão mais velho, se sou filho único?

O lobo, furioso, vendo que com razões claras não convencia o pobrezinho, veio com uma

razão de lobo faminto:

- Pois se não foi seu irmão, foi seu pai ou seu avô!

E – nhoque! – sangrou-o no pescoço.

Contra força não há argumentos.

Agora responda:

1. Por que foi impossível o estabelecimento de um acordo entre o lobo e o cordeiro?

2. Em que o cordeiro é mais competente do que o lobo? E por que essa competência não o

ajudou a se defender do lobo?

3. Faça um comentário sobre a moral da história:

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Você já deve ter conhecido alguma pessoa parecida com esse lobo da fábula, não é mesmo?

“Lobos” e “cordeiros” andam espalhados por aí. Leia mais esta historinha, agora a de um lobo do

gênero humano:

TEXTO:

Um maestro, mostrando-se mal-humorado e mal-educado, inicia o ensaio de sua orquestra e

logo passa a distribuir grosserias a todos os músicos. Além de começar o ensaio antes da hora

marcada, passa a bronquear a cada novo andamento:

- Fulano, você está fora de compasso... Fulanos, atrasado, vão!...

De repente, o maestro grita:

- Assim é impossível. Primeiro violino, você está desafinado!

-Mas maestro, o primeiro violino,ainda não chegou:

-Avise-o, quando chegar – e rapidamente levantou a batuta, apontando para os violoncelos.

A pergunta é a seguinte: como o maestro poderia melhorar seu relacionamento com os

músicos de sua orquestra? Os dez mandamentos do trabalho em equipe podem ajudá-lo a

responder a questão.

1.14 Inteligência Emocional:

Caracteriza a maneira com que as pessoas lidam com suas emoções e com as emoções das

pessoas ao seu redor. É fazer com que as suas emoções trabalhem a seu favor, para conduzir seu

comportamento e seu raciocínio, aperfeiçoando os resultados.

Emoções:

Medo, alegria, tristeza, raiva, afeto.

ATIVIDADE: Assista o filme: A VIDA È BELA.

RESPONDA:

a) Como a personagem principal conseguiu fazer com que suas emoções trabalhassem a seu favor?

b) Na sua opinião ele tomou a atitude correta?

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c) O que você faria se estivesse no lugar dele?

d) Qual a lição que você consegui levar desse filme?

1.15. Cooperativo ou Competitivo: O que o mercado espera de você?

Uma das características mais presentes na chamada

geração Y, de uma forma geral, é a competitividade.

Herdamos dos nossos pais o desejo de não deixar passar as

oportunidades e buscar o sucesso profissional a todo custo,

nem que para isso outras pessoas tenham que ficar para trás.

A era dos concursos, interrompida este ano, foi o ápice da sanha competitiva dos

candidatos que almejam uma vaga de emprego estável, o famoso ‘lugar ao sol’. Na esfera privada,

no entanto, a característica profissional que mais vem sendo bem vista nos últimos anos é a

cooperatividade. O profissional desapegado, mais interessado no crescimento coletivo do que no

estabilidade social e profissional, semeador de um bom ambiente de trabalho e camarada de todos é

mais interessante para muitas empresas ou setores do que o enjoado que vê nos colegas potenciais

inimigos ou obstáculos a serem derrubados.

“Todos são concorrentes, mas isso não quer dizer que toda vez que alguém ganha, outro tem

que perder”, acredita Fábio Zungman, professor universitário e co-autor do livro “Criatividade sem

Segredos”. Para ele, o profissional mais atraente para o mercado de trabalho é aquele que sabe a

hora de competir e a hora de cooperar, sem ser tão desapegado ao ponto de se tornar ingênuo ou tão

perfeccionista que transforme isso numa obsessão.

Zugman relata que, atualmente, com a crescente especialização das atividades e

competências individuais, as empresas estão mais focadas no desempenho de equipes ou no valor

que um indivíduo pode agregar para uma organização. “Alguém que consegue bons resultados

para si, mas prejudica a equipe ou empresa onde trabalha, pode ter resultados bons a curto prazo,

porém, mais cedo ou mais tarde alguém perceberá o custo que essa pessoa exerce sobre a

organização. A competitividade é desejada, mas não a qualquer preço”.

1.16. Liderança e Motivação

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“O que mais preocupa não é o grito dos violentos,

dos corruptos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem

ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons.”

MARTIN LUTHER KING

Liderança

É o processo de conduzir um grupo de pessoas, transformando-o numa equipe que gera

resultados. É a habilidade de motivar e influenciar os liderados, de forma ética e positiva, para que

contribuam voluntariamente e com entusiasmo para alcançarem os objetivos da equipe e da

organização.

Assim, o líder diferencia-se do chefe, que é aquela pessoa encarregada por uma tarefa ou

atividade de uma organização e que, para tal, comanda um grupo de pessoas, tendo autoridade de

mandar e exigir obediência.

Para os gestores atuais, são necessárias não só as competências do chefe, mas

principalmente as do líder.

Teorias

Segundo Chiavenato a Teoria das Relações Humanas constatou a influência da liderança

sobre o comportamento das pessoas. Existem três principais teorias sobre a liderança:

Traços da personalidade. Segundo esta teoria o líder possui características marcantes

de personalidade que o qualificam para a função.

Estilos de liderança. Esta teoria aponta três estilos de liderança: autocrática,

democrática e liberal.

Situações de liderança (teoria Contingencial). Nesta teoria o líder pode assumir

diferentes padrões de liderança de acordo com a situação e para cada um dos membros da sua

equipe

Estilos de liderança

Liderança autocrática: Na Liderança autocrática o líder é focado apenas nas tarefas.

Este tipo de liderança também é chamado de liderança autoritária ou diretiva. O líder toma decisões

individuais, desconsiderando a opinião dos liderados.

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Liderança democrática: Chamada ainda de liderança participativa ou consultiva, este

tipo de liderança é voltado para as pessoas e há participação dos liderados no processo decisório.

Aqui as diretrizes são debatidas e decididas pelo grupo, estimulado e assistido pelo líder. O próprio

grupo esboça as providências para atingir o alvo solicitando aconselhamento técnico ao líder

quando necessário, passando este, a sugerir duas ou mais alternativas para o grupo escolher.

Liderança liberal ou Laissez faire: Laissez-faire é a contração da expressão em língua

francesa laissez faire, laissez aller, laissez passer, que significa literalmente "deixai fazer, deixai ir,

deixai passar". Neste tipo de liderança as pessoas têm mais liberdade na execução dos seus projetos,

indicando possivelmente uma equipe madura, auto dirigida e que não necessita de supervisão

constante. Por outro lado, a Liderança liberal também pode ser indício de uma liderança negligente

e fraca, onde o líder deixa passar falhas e erros sem corrigi-los.

A liderança é um tema importante para os gestores devido ao papel fundamental que os

líderes representam na eficácia do grupo e da organização. Os líderes são responsáveis pelo sucesso

ou fracasso da organização. Liderar não é uma tarefa simples. Pelo contrário. Liderança exige

paciência, disciplina, humildade, respeito e compromisso, pois a organização é um ente, dotado de

colaboradores dos mais diferentes tipos. Entre os desafios apresentados pelo ambiente mutável, as

organizações estão valorizando cada vez mais os gerentes que possuem habilidades de liderança.

Afinal, nascemos ou nos tornamos líderes?

Motivação

Motivação é um construtor e se refere ao direcionamento momentâneo do pensamento, da

atenção, da ação a um objetivo visto pelo indivíduo como positivo. Esse direcionamento ativa o

comportamento e engloba conceitos tão diversos como anseio, desejo, vontade, esforço, sonho,

esperança entre outros.

Principal Teoria da Motivação

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Abraham Maslow, psicólogo humanista, propôs uma classificação diferente das

necessidades. Para ele há cinco tipos de necessidades: necessidades fisiológicas, necessidades de

segurança íntima (física e psíquica), necessidades de amor e relacionamentos (participação), as

necessidades de estima (autoconfiança) e necessidades de autorrealização. Essa nova classificação

permitiu uma nova visão sobre o comportamento humano, que não busca apenas saciar

necessidades físicas, mas crescer e se desenvolver.

Maslow organizou as necessidades em uma pirâmide, colocando em sua base as

necessidades mais primitivas e básicas. O autor descreve uma diferença qualitativa entre as

necessidades básicas e mais elevadas: as primeiras são necessidades defectivas ou deficitárias, ou

seja, baseadas na falta e devem, assim, ser saciadas para evitar um estado indesejável, enquanto as

necessidades dos níveis mais altos da pirâmide são necessidades de crescimento. Estas

necessidades não buscam ser saciadas para se evitar algo indesejável, mas para se alcançar algo

mais desejável.

Pontos chaves para a liderança motivadora

Os líderes devem ser exemplos das qualidades esperadas ou requisitadas em seu grupo de

trabalho. Há muita diversidade no caráter e na personalidade dos lideres, mas eles tendem a serem

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entusiasmados, enérgicos, calmos na crise, calorosos e duros, porém justos. Conhecimento técnico e

profissional é um importante componente da autoridade, mas não é tudo. Há outra abordagem para

a liderança baseada em uma análise das necessidades presentes nos grupos de trabalho. Elas são:

Realizar a tarefa;

Ser mantida unida como uma unidade de trabalho;

Responder às necessidades individuais das pessoas.

As necessidades individuais nos ajudam a entender como as pessoas motivam a si mesmas.

A arte da liderança é trabalhar com esse processo natural e não contra ele.

CARREIRA PROFISSIONAL E PESSOAL

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Carga Horária: 32h

1. Premissas do Marketing Pessoal

1.1 O que é. Marketing Pessoal?

O modelo de sociedade em que vivemos dita padrões de competitividade extremamente

elevados em praticamente todas as áreas. Tanto em aspectos visuais, de comunicação e de

conhecimento, quanto em outros aparentemente

secundários, pequenas diferenças podem determinar o

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sucesso ou o fracasso. Talvez seja um modelo injusto, mas a realidade é que este é o modelo em que

transitamos.

O reconhecimento de competências e habilidades é fundamental para diferenciar e situar

um indivíduo no contexto social em que vive e determina, em grande parte, a maneira como ele

estará posicionado para o sucesso profissional e pessoal.

.....É fato que nem todos possuem as mesmas competências e habilidades. Porém, muitos

as possuem e, por uma série de fatores, elas não são facilmente reconhecíveis. E habilidades

descobertas geram uma grande desvantagem, especialmente quando a competição é acirrada. Todos

já se perguntaram: porque fulano de tal, sendo menos preparado, menos hábil, menos esforçado e

experiente, obteve sucesso pessoal ou profissional maior do que o nosso?

.....Talvez uma das respostas seja a prática do Marketing Pessoal.

Marketing Pessoal pode ser definido como uma estratégia individual para atrair e

desenvolver contatos e relacionamentos interessantes do ponto de vista pessoal e profissional, bem

como para dar visibilidade a características, habilidades e competências relevantes na perspectiva

da aceitação e do reconhecimento por parte de outros.

Foi-se o tempo em que marketing pessoal era um instrumento político, falso, visando

apenas uma conquista específica. Hoje, para avançar em meio à verdadeira selva social em que se

transformou o capitalismo, ele vem se tornando uma ferramenta cada vez mais necessária para

todos, do mais simples ao mais sofisticado.

Os elementos fundamentais, quando se atesta que o caminho do sucesso é a prática do

marketing pessoal, são:

- A qualidade do posicionamento emocional

para com os outros

- A comunicação interpessoal

- A montagem de uma rede relacionamentos

- O correto posicionamento da imagem

A prática de ações de apoio ajuda e incentivo

para com os demais.

Uma das premissas do marketing pessoal é justamente

saber dosar a exposição. De menos, você não será lembrado.

Aquela vaga tão sonhada ou a promoção que estava por vir, não chegará. É preciso que as pessoas

realmente saibam do seu potencial, das suas qualidades e qualificações. Ninguém quer ou vai

adivinhar, é preciso mostrar. Para isso é necessário criar estratégias de exposição. Saber estar nos

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lugares certos, participar dos eventos e reuniões mais estratégicos e, mais do que tudo, agir

naturalmente.

Agora, quando a exposição é demasiada cria-se um outro problema: o “mala”. Com tudo que

tem direito: sem alça, sem rodinhas, pesada e velha. Ninguém agüenta! Sabe aquele cidadão que

quando chega na rodinha do café todo mundo vai embora porque lembrou de alguma coisa pra

fazer? Na verdade, todos estavam é querendo fugir daquela pessoa chata que só conta vantagem, só

fala de si mesmo, que olha para o próprio umbigo o tempo todo. Mesmo quando não há a

oportunidade para falar ele resolve abrir a boca.

Para não ser taxado de mala é preciso tomar alguns cuidados. O primeiro é fazer uma auto-

análise profunda. Muitas vezes isso não é possível sozinho, pois a tendência é não enxergar o que

faz de errado. Se for o caso pergunte para um amigo próximo, uma pessoa de confiança ou a ajuda

de um profissional, um consultor de imagem. Avalie como está sua exposição. Faça o teste da

rodinha do café.

Em segundo lugar tenha em mente que cuidar da imagem pessoal é preciso observar. Veja

aquelas pessoas que são bem sucedidas. O que elas fazem? Como se comportam? Converse com

elas, sinta o que elas transmitem a você. Nunca copie, mas aprenda com elas.

E por último esteja aberto para as críticas. Ouça, reflita, filtre e mude sempre que

necessário. Vivemos um mundo de intensa transformação. Precisamos nos adaptar às mudanças do

mundo ou ficamos para trás. Transforme-se, seja melhor para si mesmo. Cuide da sua imagem, da

sua exposição e faça o marketing pessoal correto. Sucesso!

1.2.Os três pilares do Marketing Pessoal: imagem, visibilidade, credibilidade

Imagem:

Trabalhar a imagem não é apenas lapidar os aspectos externos, mas os internos também, ou

seja: a forma e o conteúdo. Quem trabalha só a forma, esquecendo-se do conteúdo, está esculpindo

uma máscara que cedo ou tarde cairá.

Uma pessoa que possua talento e competência suficiente para exercer a sua atividade, desde

que pratique e aperfeiçoe constantemente o seu Marketing Pessoal, pode chegar ao topo, elevando o

seu nível de notoriedade e imagem e ser recompensado por isso.

Essa tarefa exige paciência, disciplina, perseverança, auto-estima, determinação, crenças e valores

que norteiam as atitudes comportamentais para que faça o uso correto das habilidades criadas e

aperfeiçoadas.

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A leitura freqüente de revistas, jornais, bons livros, reportagens e outros também é de suma

importância no aperfeiçoamento do marketing pessoal, ser autodidata, claro que cursos de

reciclagem e especializações são essenciais na busca de conhecimento e informações diárias. O

talento e a determinação podem fazer a diferença e melhorar a marca.

Visibilidade e Credibilidade:

A construção de uma boa imagem pessoal e profissional está inerentemente relacionada

com dois conceitos básicos: a visibilidade e a credibilidade. A visibilidade significa que as pessoas

têm ou não uma boa imagem. É construída num processo, não pode ser imposta, sendo obtida como

resultado cumulativo de interações. É composta por comportamentos, hábitos, posturas, ética,

conhecimentos, habilidades e competência.

A credibilidade significa que uma boa imagem pessoal passa por transmitir confiança ao

cliente, a qual se vai mantendo ao longo do tempo, e que vem da consistência dos resultados com a

satisfação do cliente. Esta imagem pessoal e profissional é tanto mais importante, quanto maior for

o contacto direto com clientes, por exemplo em atividades de atendimento ao público.

  A nossa imagem pessoal é construída normalmente em três momentos distintos:  

A Primeira Impressão que é formada nos três primeiros segundos;

A Imagem Inicial que é formada nos primeiros contactos;

A Imagem propriamente dita, que é aquela imagem já formada que temos que manter

e melhorar.

 Em seguida iremos abordar algumas considerações sobre cada uma delas.

A Primeira Impressão

Normalmente sabe-se que “ninguém tem uma segunda oportunidade de causar uma

primeira boa impressão”. Estudos* atestam que são necessários somente 3 segundos, para a

formação da Primeira Impressão e nesses escassos segundos, os principais fatores que influenciam

na formação da imagem são:

A Visão (conjunto da imagem) do primeiro impacto com 45%;

O Tom da Voz com 25%;

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A Adequação das palavras utilizadas com 20%;

A Linguagem Corporal com 10%.

 (*Management Institute of Tecnology – EUA – Revista Venda Mais – Dez 2001)

O interlocutor é influenciado principalmente pela aparência e pelo vestuário. Assim, no

que diz respeito à aparência, o que mais chama a atenção além dos tradicionais traços de higiene

pessoal, é a expressão facial. Espera-se desta expressão nos três segundos iniciais que seja de um

sorriso que demonstre sinceridade. No conjunto que compõe a expressão facial, devemos ter uma

atenção especial no gênero feminino com os cabelos, que devem estar bem cuidados e penteados e

no gênero masculino, para além destes, com a face, que deve estar limpa e barbeada.

Relativamente ao vestuário, o ideal é que corresponda às expectativas do interlocutor dentro

dos seus conceitos de apresentação pessoal adequados ao contexto. Um profissional deve sempre

optar por peças de vestuário que não constituam um elemento de distração e não perturbem a

comunicação com os interlocutores.

Para facilitar na definição do vestuário ideal a usar na sua atividade profissional, sempre que

possível, é importante analisar antecipadamente as características dos seus interlocutores, o

ambiente e objetivo da sua empresa e os costumes locais. Caso não seja possível, o mais adequado é

usar a discrição e o “bom senso”. Se na sua empresa tiver de usar farda ou uniforme, estes deverão

estar sempre impecáveis.

Ainda sobre a aparência, sem entrar na linguagem corporal que será tratada mais à frente,

iremos falar sobre a postura. Assim, nos primeiros três segundos do primeiro impacto, é importante

ter em atenção a colocação da cabeça e tronco, que devem estar eretos. Não se deve manter a

curvatura dos ombros que denota cansaço ou mesmo desânimo. Por outro lado, se estiver na posição

de sentado, esta deve manter-se correta no assento, pois caso contrário, a primeira impressão que

causar será negativa.

No que diz respeito ao tom de voz, deverá utilizar um tom e velocidade da fala igual à do

seu interlocutor garantindo assim a necessária sintonia.

As palavras utilizadas devem ser adequadas, o que significa principalmente a atenção no uso

de palavras condizentes e pertinentes ao momento, sem erros de pronúncia, vícios de linguagem,

gírias, expressões que denotem intimidade, frases feitas sem originalidade, frases em tom de

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anedota, ou mesmo citar um volume enorme de informações para a qual o momento não é o

adequado. O momento pode ser sóbrio ou descontraído e a pessoa deve-se adequar a ele,

demonstrando já neste início de contacto, que a peça chave desse relacionamento profissional é a

pessoa do “cliente” e não a sua.

Relativamente à linguagem corporal incidimos especial atenção sobre o cumprimento social e o

contacto visual. O cumprimento na nossa cultura materializa-se com um “aperto de mão”, ato que

deve obedecer a algumas regras simples como:

- A mão deve ser fechada de forma firme e sem apertar;

- O braço não deve balançar mais do que três vezes e de forma natural, porém segura.

Como todo o contacto físico, o aperto de mão é revestido de interpretações e

conseqüentemente obriga-nos a alguns cuidados especiais, nomeadamente quanto à não invasão do

também denominado espaço pessoal, mantendo uma distância socialmente aceite do nosso

interlocutor (é normalmente tolerada a distância de dois antebraços).

No contacto visual, importantíssimo na formação da “primeira impressão”, se queremos de

fato iniciar um processo de conquista da credibilidade do cliente, o olhar deve ser direto nos olhos

do nosso interlocutor e ao mesmo tempo deve demonstrar segurança e seriedade, mas tendo cuidado

para não parecer demasiado intrusivo. Assim, os olhos são a “janela da alma”, e o nosso olhar deve

transmitir exatamente a nossa saudação sincera.

A Imagem Inicial

A Imagem Inicial é formada no decorrer dos primeiros contatos. Partindo da premissa que

causamos uma primeira impressão positiva, em seguida, no decorrer da primeira entrevista a nossa

principal preocupação é deixar no final uma Imagem inicial positiva sem prejuízo, no entanto, do

nosso relacionamento profissional.

Queremos que seja criada uma boa imagem pessoal e profissional, sem esquecer o nosso

objetivo específico para aquela visita.

Lembrando o que foi dito no início quanto à formação da imagem, aqui estão em jogo os nossos

comportamentos, hábitos, postura, ética, conhecimentos, habilidades e competência e o que temos é

que utilizá-los corretamente para conquistar a pretendida credibilidade e confiança junto do cliente.

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Existem, no entanto alguns conselhos que podem ser úteis na promoção desta imagem inicial

positiva, a saber:

- Comportamentos: para além das regras de etiqueta social obrigatórias, existem algumas sugestões

práticas que consideramos mais importantes neste momento.

Demonstre claramente desde o início o objetivo da sua visita.

Demonstre orgulho no que faz e/ou vende.

Mostre respeito pelo seu tempo e do cliente.

Seja educado, porém fique preparado para a marcação de outra visita ou uma

reclamação se não conseguir a “atenção seletiva” necessária.

- Hábitos: a maioria dos bons hábitos profissionais está relacionada com a educação

que recebemos e portanto, tal como nas regras de etiqueta, vamos apenas lembrar de

algumas situações consideradas críticas para a imagem profissional.

1. O cumprimento do horário de trabalho, ou seja, a assiduidade e pontualidade são

fundamentais para a formação de uma boa imagem profissional.

2. Outro hábito fundamental é o da comunicação personalizada, ou seja, usar desde a

apresentação, o nome do seu interlocutor sempre que possível.

3. Não interromper a pessoa que está a falar, por nenhum motivo.

Postura: deve ser amistosa, agradável, natural e cativante, apesar de comedida.

Ética: Tendo sempre como referência as normas éticas da sua atividade profissional, em

face a um cliente/ outro interlocutor, deve ter também em atenção aos seguintes conselhos:

1. Não falar mal da sua concorrência, pois será mais vantajoso salientar as vantagens da sua

empresa e se possível fazer com que o cliente descreva os pontos negativos das outras;

2. Não falar mal da concorrência do cliente, pois ainda não sabe de onde ele veio e nem vai

saber para onde vai ao futuro, cative um aliado, esteja ele onde estiver;

3. Ser ético respeitando as regras vigentes na empresa onde trabalha e incluindo e

principalmente nas informações consideradas confidenciais.

- Conhecimentos: principalmente se for um primeiro contacto, e no caso de ter como objetivo

conhecer o máximo possível do seu cliente, seja comedido em demonstrar excesso de

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conhecimentos, forneça informações na medida do necessário e do interesse do seu cliente, mas não

queira “aparecer” como o “sabe-tudo”, pois tal atitude pode interferir negativamente na sua imagem

e bloquear a concretização.

- Habilidades: é importante salientar não todas as suas habilidades, mas especificamente aquela

pela qual você normalmente se sobressai, que todos comentam ser uma virtude nos primeiros

contactos, o que em si cativa a pessoas. Essa habilidade é denominada de “fator único”. Descubra o

seu fator único e faça uso dele principalmente nesse momento.

- Competências: são um conjunto de conhecimentos, aptidões e atitudes que harmonicamente

desenvolvidas, produzem um resultado final esperado e desejado.

Finalmente e como objetivo essencial da construção da Imagem Inicial, mais do que “ser” é preciso

“parecer” competente. Assim, antes do estabelecimento do contacto deve estudar a mensagem que

quer transmitir, treinar e visualizar mentalmente os resultados pretendidos.

LEIA O TEXTO ABAIXO:

Era uma vez uma moça que estava à espera do seu vôo, na sala de embarque de um grande

aeroporto. Como ela deveria esperar por muitas horas pelo seu vôo, resolveu comprar um livro para

matar o seu tempo. Comprou também um pacote de bolachas, sentou-se numa poltrona, na sala VIP

do aeroporto, para que pudesse descansar e ler em paz. Ao seu lado sentou-se um homem. Quando

ela pegou a 1ª bolacha, o homem também pegou uma. Ela se sentiu indignada, mas não disse nada.

Apenas pensou: Mas que cara de pau! Se eu estivesse mais disposta, lhe daria um soco no olho para

que ele nunca mais se esquecesse!! A cada bolacha que ela pegava o homem também pegava uma.

Aquilo a deixava tão indignada que não conseguia nem reagir. Quando restava apenas uma bolacha,

ela pensou: O que será que este abusado vai fazer agora?

Então o homem dividiu a ultima bolacha ao meio, deixando a outra metade para ela. Ah!!!

Aquilo era demais !!! Ela estava bufando de raiva! Então, ela pegou o seu livro e as suas coisas e se

dirigiu ao local de embarque. Quando ela se sentou confortavelmente numa poltrona já no interior

do avião olhou para dentro da bolsa para pegar uma bala e para sua surpresa, o pacote de bolachas

estava lá... Ainda intacto fechadinho!!! Ela sentiu tanta vergonha, só então ela percebeu que a

errada era ela, sempre tão distraída! Ela havia se esquecido que suas bolachas estavam guardadas,

dentro da sua bolsa... O homem havia dividido as bolachas dele sem se sentir indignado, nervoso ou

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revoltado, enquanto ela tinha ficado muito transtornada, pensando estar dividindo as dela com ele. E

já não havia mais tempo para se explicar, nem pedir desculpas!

*Quantas vezes, em nossa vida, nós que estamos comendo as bolachas dos outros, e não

temos consciência disto? Antes de concluir, observe melhor!

Talvez as coisas não sejam exatamente como você pensa! Não pense o que não sabe sobre

as pessoas.

"Existem quatro coisas na vida que não se recuperam: A pedra, depois de atirada. A palavra,

depois de proferida. A ocasião, depois de perdida e o tempo, depois de passado.

COMENTE SOBRE O QUE VOCÊ ACHOU DO TEXTO

A manutenção da imagem

Uma vez que a imagem já esteja formada, devemos colocar periodicamente a nós próprios

as seguintes questões:

Será que eu sei realmente como o meu cliente me vê?

Estou realmente a cumprir com todas as minhas promessas?

Tenho feito efetivamente o suficiente pelos meus clientes?

Se respondermos sim a todas as questões acima referidas, não temos muito que nos

preocupar com a nossa imagem, ela está a ser mantida, no entanto...

Lembre-se que as indicações e referências relativas à sua empresa são influenciadas

principalmente pela sua imagem. De reter também que a imagem ideal do profissional é que uma

imagem de confiança perante o cliente.

Finalizando, lembramos que a Imagem Pessoal faz parte do seu Marketing Pessoal e que o

mesmo se faz com clareza de objetivos, integridade, posicionamento, comprometimento,

relacionamentos, conhecimento, imagem, auto-estima e motivação.

A melhoria da imagem pessoal deve ser contínua, pelo que se vai construindo com

progressivas e pequenas conquistas e não apenas com uma grande conquista.

1.3.Empregabilidade: Postura em entrevista de emprego

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DICAS

Antes e Durante a Entrevista

Não fume antes e nem durante uma entrevista;

Espere que o seu entrevistador lhe diga para e onde se sentar, e que o mesmo tenha a iniciativa

de cumprimentá-lo fisicamente (aperto de mãos);

Não coloque a sua bolsa ou pasta em cima da mesa do entrevistador (território PROIBIDO!!),

ampare as no seu colo. Isto vale para mãos, pés, etc. Não nos é dada tal liberdade em um primeiro

contato, neste tipo de situação social.

É de bom tom enviar uma mensagem de agradecimentos pela forma cordial que você foi

recebido. Você nunca sabe o dia de amanhã...

Como devo me vestir para a entrevista?

Apresentação: As roupas da entrevista, não devem revelar uma pessoa excessivamente vaidosa,

nem tampouco uma pessoa desleixada. Apresentar-se "bem vestido demais", pode ser tão

prejudicial, quanto não se preocupar com a roupa. O ideal é saber um pouco não apenas sobre o

segmento de atuação da empresa, mas também sobre o seu dia a dia. Uma roupa mais a vontade

estilo "casual day", pode até ficar bem para uma empresa de comunicação, agência de publicidade

ou redação de algum jornal ou revista. O ambiente nestas empresas costuma ser informal

(dependendo do cargo, é claro). Já se for uma empresa de consultoria, por exemplo, comparecer

para uma entrevista de usando calça jeans ou tênis (em qualquer situação), pode ser um pecado

mortal.

MULHERES:

1) Roupas: Os trajes mais indicados sempre são os clássicos vestidos (fechados), tailleurs e

terninhos (cuidado nos decotes). São variados tipos de roupas que bem combinados, com cores

(preferencialmente claras), padrões e texturas, darão excelente resultado. Quando o assunto é saia,

estas não podem ser muito curtas (três dedos acima do joelho no máximo). As cores brancas, beges,

pretas e cinza sempre caem bem. Evite cores e/ou estampas berrantes. Você pode comprometer sua

imagem e a entrevista. As mulheres têm o benefício da múltipla combinação. O importante é não

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abusar. Todo excesso faz mal. Uma calça ou saia, combinada com um blazer e com camisa branca

ou de cor clara é infalível.

2) Acessórios: Lenços, bolsas, colares, pulseiras, braceletes, brincos e tudo mais. PARE! Use o

bom senso. O seu visual tem que estar acima de tudo em harmonia. Combinando bem as roupas, e

acessórios de forma básica, é a garantia para não decepcionar.

3) Maquiagem: Para não dar a impressão que está indo a uma festa,(ou voltando de uma), adote um

visual leve e simples, sem nada que não pareça você mesma.

4) Calçados: A dica continua sendo: elegância e objetividade. Um salto muito alto, além de não ser

adequado, pode ser até um inimigo na hora da entrevista, podendo causar sustos indesejáveis.

Prefira sandálias fechadas, scarpins .

HOMENS:

1) Roupas formais: Os paletós cinzas e pretos, com "risca de giz" ou não. A cor da camisa deve ser

de preferência branca. A gravata, deve ser de cor única, tipo regimental ou com bolinhas (pequenas

brancas) Cuidado: nada de gravatas temáticas com Mickey ou Pateta por exemplo. Elas até chamam

a atenção, mas negativamente. Dica: por mais formal que seja o cargo, dispense na entrevista o

terno (com colete). Atualidade: paletó combinado com camisa e gravata em cores escuras.

2) Roupas informais: Dependendo do tipo de empresa ou cargo (informal), pode ser recomendável

usar blazer ou paletó azul, camisa azul (mais escuro do que claro) e calça sarja bege (de pregas).

Camisas listradas com gravatas lisas e vice-versa. Evitar: Camisetas, calças jeans, tênis, sapatos

mocassim sem meias, pulseiras ou correntes "chamativas". Aspecto Geral: Barba, cabelos e unhas

sempre muito bem cuidados.

Dicas Finais:

Jamais chegue atrasado. Conheça mais sobre a atuação da empresa e até mesmo sobre seus

concorrentes.  Caso perguntem, você estará preparado (a). Jamais tenha na boca goma de mascar.

Não fume! (mesmo que o entrevistador ofereça um cigarro). Não fale demais. Procure entrar no

ritmo do(a) entrevistador.  Por exemplo:Caso você sofra uma abrupta interferência ao responder a

primeira pergunta,   passe a responder rápida e diretamente a partir daí. Isso é entrar no ritmo. -

Tenha auto confiança: Controle sua ansiedade. Seja cortês, franco e objetivo nas respostas. Fale

francamente sobre suas experiências, habilidades e conhecimentos (Cuidado na forma de falar, não

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exagere!). Olhe nos olhos de seu interlocutor e procure sorrir (sinceramente)   mantendo o bom

humor. (Esteja preparado: um sorriso de volta não está garantido).

1.4.Apresentação Pessoal

A apresentação pessoal é a lapidação externa de indivíduo. Gostar de cuidar-se demonstra que

o indivíduo tem auto-estima, em outras palavras, ele se preocupa em mostrar uma aparência

saudável, limpa e bonita.

Aprenda a seguir como é importante cuidar do seu "visual" começando pela sua postura

corporal.

Postura corporal

O seu corpo fala! (equilíbrio)

Ao sentar-se, tente ficar sempre com as costas retas; as pernas podem ser cruzadas, mas dê

preferência a mantê-las paralelas.

Andando, mantenha um pé na frente do outro e com passadas curtas. Rebolar então, nem

pensar, e nada de corre-corre pelo escritório. Como diria já nas antigas aulas de postura corporal:

"Ande como se estivesse com um livro na cabeça; queixo de bailarina e olhos voltados para a linha

do horizonte".

Em pé, não fique descansando os pés/pernas, coloque-os em posição reta e paralelos, ou com

um pé na frente do outro; mantenha-se numa postura sempre reta, ombros erguidos, olhe as pessoas

nos olhos enquanto falar, e cuidado com cacoetes, não fique a estalar os dedos ou mordendo os

lábios ou outras manias variadas que só servem para mostrar insegurança, medo ou insatisfação.

Ao se abaixar, você não deverá levantar os quadris. Tenha elegância, fique na posição de

como se estivesse sentado (a), porém sem apoio.

TEXTO

Use a postura para conseguir o emprego desejado por Cristina Amorim

Você está na entrevista daquele emprego que procura há meses. Gostou da empresa, fala

tudo o que treinou em casa. Quando você já está certo que o lugar é seu, o entrevistador levanta-

se, agradece sua presença e o dispensa.

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Onde está o erro? O mais provável é que você não tenha prestado atenção em quem estava à

sua frente, ou seja, "ouvia", mas não "via". Isto quer dizer que você estava tão envolvido com o

discurso que esqueceu da sua postura.

A linguagem do corpo diz muito sobre como a pessoa está reagindo a uma situação. Você pode

ter pistas se o entrevistador está gostando ou não de você, e tentar reverter a situação. Por outro

lado, a linguagem do corpo é mais uma maneira de você passar sua mensagem: "me contrate!"

De acordo com o livro "O Corpo Fala: a Linguagem Silenciosa da Comunicação Não-Verbal"

(Ed. Vozes), o corpo humano é dividido em três partes: Águia (cabeça - controle), Leão (tórax -

emoção) e Boi (abdômen - desejos instintivos). Então, uma pessoa com a cabeça (controle) baixa,

curvada para a frente (tórax e abdômen reprimidos), passa uma imagem de submissão total. Ao

contrário, cabeça ereta e coluna reta mostram que você é uma pessoa segura de si.

Tendo isso em mente, alguns truques de postura podem ser úteis para obter aquela vaga tão

sonhada. Confira abaixo:

1. Ao cumprimentar alguém, se a mão dá um forte aperto, é sinal de que não há restrições. A

mão frouxa é sinal de que a pessoa tem medo de ser envolvida;

2. Ao sentar-se, não deixe a pasta ou a bolsa sobre o colo, "protegendo o boi". Significa que

você não está à vontade. Da mesma forma, se o entrevistador estiver com algo no colo, espere ele se

soltar para apresentar seus argumentos;

3. Pés em direção ao entrevistador indicam que você se interessa pela pessoa. Se eles estiverem

voltados para a porta, é a direção em que o corpo quer ir;

4. Com braços cruzados no peito, você não quer mudar a opinião e nem aceitar o que estão lhe

falando;

5. Puxar os cabelos significa que você busca uma grande idéia. Cotovelos apoiados fazem a

delimitação de espaço quando a pessoa sente-se invadida, intimidada;

6. Morder a caneta e mexer no queixo mostram que a pessoa está estimando a situação

proposta;

Além disso, as pessoas ainda costumam ter um desafio extra na

hora da entrevista: saber o que fazer com as mãos. Veja abaixo o

que a posição delas representa:

Na frente da boca: geralmente significam que a pessoa

deseja falar algo, mas não tem a oportunidade ou não

sabe ao certo o quê;

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2. Cruzadas para trás: sinais que não se concorda muito com o alvo da discussão;

3. Fechadas: mostra insegurança, como se agarrasse algo para não cair;

4. Abertas: concorda com a situação.

Observe as imagens:

A pessoa que possui os ombros caídos, os quadris

desencaixados e a postura cabisbaixa demonstram cansaço,

desmotivação e desânimo.

Agora observe a postura correta:

A pessoa que possui a postura correta, que apresenta quadris encaixados, coluna ereta,

ombros alinhados e a cabeça levemente erguida, demonstra motivação, vontade, energia e atenção.

Lembre-se: nosso corpo fala! A maneira como sentamos, andamos e gesticulamos expressas

as características da nossa personalidade e do nosso “estado de espírito” e isso será avaliado durante

o processo seletivo.

É possível refletir calma ou agitação, timidez ou desinibição, alegria ou depressão, confiança

ou medo, arrogância e muito mais.

1.5. Planejamento de Carreira

A cada dia torna-se mais importante para o profissional a condução de sua própria carreira.

Não é mais possível que apenas as empresas se preocupem com a carreira de cada colaborador, uma

vez que as competências de cada indivíduo devem ser desenvolvidas de acordo com a sinalização

do mercado e a aplicabilidade desses competências poderão ser colocadas em várias organizações.

É preciso criar e manter a empregabilidade. O desenvolvimento da especialidade (cursos de

graduação e pós-graduação) deve ser seguido por conhecimentos ecléticos que permitam a atuação

em várias atividades e frentes de trabalho, tanto técnico como gerencial.

Todo o esforço despendido para a obtenção de novos conhecimentos somente terá validade

quando estes puderem efetivamente ser utilizados nas atividades desenvolvidas pelo indivíduo.

Sendo assim, o planejamento e a gestão de carreira torna-se um fator preponderante na condução da

trajetória profissional e estimula o indivíduo a fazer uma análise de suas competências e

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principalmente a entender a si próprio, tornando mais fácil a condução de seus ideais, facilitando o

encontro do trabalho certo, e conseqüentemente aumentando seu nível de satisfação

1.6. COMO ELABORAR UM BOM CURRÍCULO:

Como fazer meu currículo? Esta é uma dúvida comum, e oferecer um bom modelo de

currículo que possa ser preenchido pelo candidato a um emprego ou estágio costuma ser uma boa

resposta.

Mas muitas pessoas em busca de uma vaga ou de uma oportunidade para entrevista caem em

uma armadilha comum: buscam sempre os mesmos modelos de currículo e assim parecem apenas

“mais um na multidão” desde a primeira vez em que o recrutador tem contato com suas

informações.

Vamos conhecê-las?

Elaborar um CURRÍCULO:

1- Identificação

Nome completo do profissional - preferencialmente no alto da página.

Endereço residencial completo - não esquecer de números como CEP,

Data de Nascimento 

Estado Civil 

Naturalidade 

Telefone com DDD. Caso não tenha telefone coloque o nome e o número para recados.

Celular

Email

Disponibilidade de Horário.

2-Objetivo profissional 

Escreva o cargo que pretende ocupar ou a área de atuação. 

Defina clara e resumidamente seu objetivo profissional (não ultrapasse uma linha). Lembre-se que todas as informações do seu currículo devem estar alinhadas com o objetivo profissional. Coloque o objetivo profissional e não objetivos particulares. Os itens de seu

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currículo que não estão alinhados com o objetivo devem ser menos enfatizados ou não incluídos. Exemplos: Auxiliar de escritório, representante de vendas, secretária executiva etc. Cuidado: Não mencione que trabalhou em vendas durante um período se seu objetivo é ser supervisor de departamento de recursos humanos. 

3-Escolaridade ou Formação Acadêmica

Nível de escolaridade que possui; nome do curso, data em que o terminou; escola ou universidade que freqüentou; média obtida (se esta for favorável).

4-Cursos de aperfeiçoamento

Os cursos de aperfeiçoamento, seminários, palestras, seminários, pós-graduação, especiais e técnicos devem ser relacionados colocando o mais recente primeiramente. 

Não relacione cursos em excesso ou fora do objetivo profissional. 

Não relacione cursos cuja tecnologia caiu em desuso. 

Relacione palestras e seminários relevantes.

Não relate todo seu histórico escolar. Coloque o último curso que concluiu. Ex.: se possui curso superior não é necessário relatar em que escola cursou o 2º grau etc.

5-Experiência profissional

Inicie pelos cargos mais recentes. 

Coloque somente os três últimos empregos ou os mais importantes para a vaga em aberto ou em relação ao seu objetivo profissional.

Indique Ano de entrada e saída, nome da empresa, o cargo ocupado

Para cada cargo faça uma breve descrição das atividades e realizações, grau de responsabilidade e resultados obtidos. Não se limite a dizer qual era o seu cargo e sim contar o que fez na prática pois isso é o que vai fazer a diferença. Este erro grande parte dos profissionais comete. Use verbos de ação: realizei, implantei, organizei etc. Destaque suas realizações que resultaram em benefício para a empresa. Exemplo: redução de custos, redução de despesas administrativas, melhor relacionamento com o mercado.

Aqueles que nunca tiveram emprego devem indicar: experiências de trabalho, remuneradas ou não, que tenham desenvolvido em tempo parcial ou sem vínculo empregatício. Indique estágios realizados (quando, onde e a função desempenhada) .

Não explique porque saiu dos empregos anteriores ou porque deseja sair do atual.

Não informe pretensão salarial ou último salário. Exceto se for solicitado pela empresa.

Identifique os diferenciais (incluindo bolsas de estudo, pesquisas, projetos de iniciação científica etc. . 

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Não coloque atividades que não estejam coerentes com seu objetivo. Exemplo: Você é candidato a uma vaga de Analista de Planejamento de Manufatura porém trabalhou em vendas durante um período. 

Se foi promovido várias vezes enfatize estes fatos. Exemplos:Gerente Comercial da Divisão Metais.Fui o responsável por vendas, marketing, exportação, importação, desenvolvimento de produtos e mercados e serviço de atendimento ao cliente. Vendas em 2000: US$ 54 milhões.Aumentei a participação de mercado de 5 % para 25 %.

6-Idiomas

Ao mencionar conhecimentos de línguas indique o nível que domina: fluente, regular, básico, falar e/ou escrever. Exemplo: Inglês - fluente - falar e escrever Inglês - básico - ler.Espanhol - regular - ler e falar

7-Informática

Informe nível de conhecimento - noções ou domínio em programação, ambientes, etc. 

Se souber usar a Internet coloque.

8-Viagens (optativa)

Cite viagens ao exterior (mesmo que seja por turismo comprovando que adquiriu vivência fora do país, assimilou novas culturas e aprimorou determinado idioma.

9-Outras atividades

Indique eventuais atividades desenvolvidas (atividades culturais, desportivas, sindicais e associativas .

CURRÍCULO CRONOLÓGICO

Características

A informação é apresentada em ordem cronológica (normalmente inversa) iniciando pela mais recente. 

Muito apreciado pelos profissionais de recrutamento devido à rapidez, objetividade de leitura, ser claro, bastante esquemático, objetivo, muito direto e fácil de analisar.

É o mais usado.

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Quando usar:

Deve ser usado por candidatos que descrevem uma história profissional sem interrupções, que evidencia um desenvolvimento harmonioso de carreira.

Candidatos que procuram um próximo passo em sua carreira profissional

Quando não usar

Se possuir pouca experiência profissional.

Quando necessitar esconder um aspecto menos favorável. 

Quando a última experiência profissional não é a mais relevante para o cargo pretendido. 

Quando houve muitas mudanças de emprego.

Quando houve muitas mudanças de carreira.

 

Exemplos de currículos cronológicos

O currículo abaixo é apresentado em uma página e representa um profissional jovem. Nomes de profissionais e empresas são fictícios.

Pedro Paulo ValenteRua Bonsucesso 12 - apto. 401 - Rio de Janeiro -RJ 

Tel: 7262 9874 (residência)99 85 87 66 (celular)

[email protected] Brasileiro, 28 anos, casado, um filho

Objetivo profissional: Representante de vendas

EscolaridadeSegundo grau - Colégio Plínio Santos

InformáticaConhecimentos como usuário: Excel, Word, Powerpoint, Outlook, Internet

Cursos de aperfeiçoamento1996: Curso de Técnicas de Vendas básico1995: Curso de Técnicas de negociaçãoDiversos seminários em Marketing e Gerencia de Vendas

Experiência profissionalDesde 1998 até presente: Empresa Brasil Comercial. - Representante de vendas - responsável pelos estados RJ, ES e MG

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Atribuições / realizações:

Iniciei o mercado do BR tendo alcançado uma fatia de mercado de 35% em seis meses.

Reconquistei um grande cliente no AM representando 25% das vendas no estado.

Aumentei em 30% as vendas no mercado do RR através de prospecção de novos

clientes.

CURRÍCULO FUNCIONALCaracterísticas:

O enfoque principal é a função em vez das empresas onde trabalhou.

A informação é agrupada pelas funções desempenhadas ou competências profissionais, independentemente da sua seqüência no tempo. 

A história / experiência profissional é dividida em conhecimentos específicos/administrativos, capacidade de comunicação, resolução de problemas e conhecimentos técnicos. Exemplo: "Durante o estágio na empresa x tive oportunidade de desenvolver a função Y, onde me foi dada a possibilidade de adquirir conhecimentos na área de ...". 

Ressalta os aspectos que considera mais adequados para a empresa ou cargo em questão. 

A relação cronológica dos empregadores só é apresentada no final.

Quando usar

Quando se termina o curso superior e se procura o primeiro emprego.

Quando desempregado, destaque as realizações anteriores e não a situação atual.

Quando o cargo requer amplos conhecimentos da sua experiência profissional e não qualificações específicas acumuladas.

Para jovens profissionais com história profissional curta.

Candidatos cujo currículo apresente interrupções de carreira nem sempre fáceis de explicar.

Profissionais que pretendem mudar de carreira.

Profissionais cuja função atual não é a mais representativa das suas competências e realizações profissionais.

Quando desejar destacar a atividade profissional e as competências obtidas a partir dela. 

Quando necessitar esconder determinados detalhes (Ex: média de curso baixa ou pouca experiência para o cargo a que se candidata. 

Quando desejar criar espaço para uma apresentação pessoal na qual poderá convencer um

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potencial empregador que valorize a ambição, a capacidade de crítica e a capacidade de expressão.

Desvantagens

Muitos especialistas de recrutamento e potenciais empregadores o considerarem com desconfiança pois o encaram como dissimulador de pontos fracos, esconder informações etc.

É muito subjetivo e pode causar diferentes interpretações.

É, geralmente, muito extenso o que exige uma maior atenção por parte do selecionador que, muitas vezes, não dispõe de tempo e ignora o currículo e o candidato.

Exemplo de um currículo Funcional:

Nomes de profissionais e empresas são fictícios.

Rui Diniz Ferreira

Avenida York, 1274 apto. 301, Rio de Janeiro - RJ BrasileiroTel: 2234 5432 (residência) Casado

9912 3456 (celular) 39 [email protected] 

Três filhos

OBJETIVO: Diretor administrativo / financeiro

FORMAÇÃO ACADÊMICA1981 / 82 - MBA- Harvard University1968 / 72 - Administração de empresas - PUC- Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

IDIOMASInglês - fluente - falado e escritoEspanhol - fluente - falado e escrito

EXPERIÊNCIA PROFISSIONALDesde 1972 atuo no departamento administrativo / financeiro em empresas multinacionais como Gessy Lever, Monsanto, Johnson & Johnson. Segue abaixo um detalhamento de realizações e atribuições.

ControladoriaImplantei softwares de Business Intelligence que possibilitaram desenvolver um novo budget ou forecast em 20 dias. Supervisionei a elaboração de vários budgets

TesourariaNa J&J atuei na redução de dias de cobrança tendo reduzido em 15 diasReduzi de 15 para 5 o número de bancos. Isto gerou redução significativa no trabalho diário da Contabilidade e Tesouraria com redução de mão de obra.

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ContabilidadeImplantei um novo Sistema de Contabilidade e um novo plano de contas que possibilitou a redução em dois dias no tempo de fechamento mensal.

Pg. 1 - Rui Diniz Ferreira

CURRÍCULO CRONOLÓGICO-FUNCIONALCaracterísticas:

Tenta conciliar o modelo cronológico com a flexibilidade e versatilidade do currículo funcional. Este formato é o mais apreciado pelos profissionais de recrutamento. 

Associa a ordem cronológica inversa das empresas com os cargos realçando a experiência funcional.

É o modelo mais forte e comunicativo.

Quando usar

Quando se encontrar no topo da carreira.

Quando se pretende mudar de empresa mas prosseguindo no mesmo ramo de atividade. 

Quando necessita privilegiar a situação atual.

Exemplo de currículo misto.

Nomes de profissionais e empresas são fictícios.

João Rezende Neves

Rua Doutor Pedro Quintanilha, n.º 5222666.090 - Rio de Janeiro - RJ

Tel: 2383 7937 (residência) 9182 3333 (celular)

OBJETIVO: AUXILIAR DE ESCRITÓRIO

ESCOLARIDADESegundo grau. - Colégio Plínio SantosRio de Janeiro - RJ

CURSOS DE APERFEIÇOAMENTOCurso de digitação - 1979Curso de auxiliar de escritório - 1979Curso de Controle de estoque - 1980

EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL09/82 - atual 

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John & Linus Empresa multinacional americana que comercializa produtos de consumo e produtos farmacêuticos.

Auxiliar de escritório (04/83 - atual)Digitador (09/82 - 04/83)

Como auxiliar de escritório executo todo serviço de controle de correspondência recebidas e enviadas, controlo todo o estoque de material de escritório através de planilhas em Excel, faço a digitação de contratos de vendas e consignação, executo conciliações bancárias etc

Minhas principais realizações e atividades foram:

Área de Controle de CorrespondênciaOrganizei o setor, introduzi formulários de controle para evitar perda de documentos.

Controle de estoque de material de escritórioDesenvolvi e implantei uma planilha Excel de controle de estoque. Identifiquei novos fornecedores e consegui uma redução de custo de 10%.

Digitação de contratosPadronizei os contratos com o Departamento Jurídico.Elaborei documentos em MS Word para agilizar a confecção de contratos com excelentes resultados para a empresa.

Conciliações bancáriasRecebi o serviço com conciliações atrasadas em três meses. Hoje toda a conciliação dos quatro bancos está rigorosamente em dia.

02/1980 - 09/1982Braun Chemicals Empresa multinacional americana fabricante de corantes, pigmentos, plásticos etc.

Digitador (1980/81)

Responsável por toda digitação dos pedidos de vendas da empresa. Fiz várias sugestões para agilização do serviço que foram aceitas e implantadas pelo departamento de informática da empresa. Estas sugestões possibilitaram maior agilidade e maior eficiência no atendimento aos clientes.

Minhas principais realizações foram:

Implantação de relatórios de acompanhamento diário de pedidos pendentes.Implantação de relatórios mensais de faturamento.Implantação de relatórios gerenciais do faturamento.

DADOS PESSOAIS

Brasileiro - casado - dois filhos

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1.7 . Gestão Empreendedora

  Um dos maiores desafios de uma organização é assegurar que seus profissionais saibam exercer sua autonomia e competência mesmo frente a circunstâncias de carências humanas, materiais e financeiras.

Esse programa quer ser a oportunidade para os profissionais da instituição refletirem sobre

as conseqüências nas equipes de uma postura de autonomia ou de dependência no exercício de suas

funções no cotidiano da empresa.

Mais do que isso quer ser uma oportunidade para se repensar suas crenças e valores para o

estabelecimento de uma gestão empreendedora na organização.

Característica marcante do empreendedor é a capacidade de identificar oportunidades. Na

maior parte das vezes, ele não espera que alguém lhe diga que esse ou aquele negócio é bom.

 

Quando identifica uma oportunidade, pesquisa o mercado e descobre

suas necessidades. Analisa também a concorrência, testa produtos e

serviços, e busca fornecedores que possam agregar vantagens ou

diferenciais ao seu projeto. Um bom planejamento, e uso dessas

estratégias, permitem que se desenvolvam negócios melhores que os

outros. 

Empreendedorismo: fator importante para o desenvolvimento de um país.

Empreendedorismo é o estudo voltado para o desenvolvimento de competências e

habilidades relacionadas à criação de um projeto (técnico, científico, empresarial). Tem

origem no termo empreender que significa realizar, fazer ou executar.

O empreendedor é aquele que apresenta determinadas habilidades e competência para criar,

abrir e gerir um negócio, gerando resultados positivos.

Segundo Chiavenato, citando Reynolds e Schumpeter , o empreendedorismo tem sua origem

na reflexão dos pensadores econômicos do século XVIII e XIX, conhecidos defensores do

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liberalismo econômico. Estes pensadores econômicos defendiam que, a ação da economia era

refletida pelas forças livres do mercado e da concorrência. E o empreendedorismo tem sido visto

como um engenho que direciona a inovação e promove o desenvolvimento econômico.

Empreendedor é um termo utilizado para qualificar principalmente o indivíduo que

apresenta de uma forma especial e inovadora de dedicação às atividades de idealização,

organização, administração e execução e que resulta na transformação de conhecimentos e bens

em novos produtos (mercadorias) ou serviços. Gerando um novo método de produção (ou serviço)

com o seu próprio conhecimento. É o inovador que modifica com suas atitudes qualquer área do

conhecimento humano ou também para designar o fundador de uma empresa ou entidade que foi

construída a partir de uma idéia ou projeto.

O empreendedorismo é um fenômeno cultural e econômico, e as soluções apresentam vários

estilos e os formatos de ver o mundo e os seus valores. Somente nas últimas décadas é que se

passou ensinar a ser empreendedor. Assim como é recente a percepção de que o empreendedor é um

dos elementos que dispara o processo de desenvolvimento de uma região ou nação.

Podemos citar como características do empreendedor:

- Criatividade

- Capacidade de organização e planejamento

- Responsabilidade

- Capacidade de liderança

- Habilidade para trabalhar em equipe

- Gosto pela área em que atua

- Visão de futuro e coragem para assumir riscos

- Interesse em buscar novas informações, soluções e inovações para o seu negócio

- Persistência (não desistir nas primeiras dificuldades encontradas)

- Saber ouvir as pessoas

- Facilidade de comunicação e expressão

O empreendedorismo é essencial para a geração de riquezas dentro de um país, romovendo o

crescimento econômico e melhorando as condições de vida da população. É também um fator

importantíssimo na geração de empregos e renda. 

1.8. Como Surgiu o Empreendedorismo

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Segundo Dolabela, apesar de popularizado através da importação do inglês, o

empreendedorismo vem de entrepreneur, palavra francesa que era usada no séc. 12 para designar

aquele que incentivava brigas.

No final do séc. 18, passou a indicar a pessoa que criava e conduzia projetos e

empreendimentos. Nessa época, o termo se referia a pessoas que compravam matérias primas e as

vendiam a terceiros, depois de processá-las, identificando, portanto, uma oportunidade de negócios

e assumindo riscos. Uma nova concepção que surgiu para o empreendedor é alguém que inova e é

agente de mudanças. Conceito este, que, é usado até os nossos dias.

Na tentativa de entender as razões que levam uma pessoa a empreender, vários estudiosos

buscaram respostas nos traços pessoais e nas atitudes do empreendedor. Muitos recorram aos

sistemas de valores para explicar o comportamento empreendedor. Foi encontrado na história a

razão para a existência de grandes civilizações.

A visão de Dornelas

Segundo Dornelas, não existe um único tipo de empreendedor ou um modelo padrão a ser

identificado. Várias pesquisas foram desenvolvidas com o objetivo de encontrar um estereótipo

universal, mas é difícil rotular e este fato demonstra que se tornar empreendedor é um

acontecimento que pode acontecer com qualquer pessoa. Segundo Dornelas, são definidos oito

tipos de empreendedores:

O Empreendedor Nato (Mitológico), que é geralmente os mais conhecidos e aclamados.

Normalmente são pessoas que começaram de baixo e criaram grandes empresas, ainda

jovens iniciaram a sua jornada de trabalho e adquirem habilidade de negociação e venda e

conseguem vencer. São visionários, otimistas, estão a frente de seu tempo e comprometem-

se 100% para realizar os seus sonhos.

O Empreendedor que Aprende (Inesperado), é um tipo comum de empreendedor. É uma

pessoa que encontrou uma oportunidade de negócio e tomou a decisão de mudar de vida

para se dedicar ao seu próprio negócio. Normalmente, antes de se tornar empreendedor

acreditava que não gostava de assumir riscos e geralmente demora algum tempo para tomar

a decisão de mudar de carreira, a não ser que seja por demissão ou em vias de ser demitido.

Tem que aprender a lidar com as novas situações e se envolver com todas as atividades de

um negócio.

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O Empreendedor Serial (Cria Novos Negócios), é o apaixonado não apenas pelas

empresas que desenvolve, mas principalmente pelo ato de empreender. Não se contenta em

criar uma empresa e ficar administrando-a até torná-la uma grande corporação. É dinâmica e

prefere os desafios de assumir a criação de novos empreendimentos para se manter

motivado. Sua habilidade maior é acreditar nas oportunidades e não descansar enquanto não

as implementar. Tem habilidade em montar equipes, motivar as pessoas e captar recursos

para iniciar novos empreendimentos.

O Empreendedor Corporativo, são geralmente executivos muito competentes, com

capacidade gerencial e conhecimento de ferramentas administrativas. Trabalham focados

nos resultados, assumem riscos e tem o desafio de lidar com a falta de autonomia própria

das grandes corporações. São hábeis comunicadores e vendedores de suas idéias,

desenvolvem seu networking dentro e fora da organização, também são ambiciosos e sabem

se auto promover.

Convencem pessoas a participarem de seu time e sabem reconhecer o empenho da equipe.

O Empreendedor Social, tem como missão de vida construir um mundo melhor para as

pessoas, normalmente envolve-se em causas

humanitárias com grande compromisso e tem o

desejo de criar oportunidades para os menos

favorecidos ou que necessitam de ter acesso a elas. São

um fenômeno mundial e tem um papel social

importante para suprir as lacunas deixadas pelo poder público, principalmente nos países

em desenvolvimento e sub-desenvolvidos.

O Empreendedor por Necessidade, é o que por falta de alternativa cria o seu próprio

negócio. Geralmente não tem acesso ao mercado de trabalho ou foi demitido. Está

envolvido em negócios informais, prestando serviços simples e com resultados de pouco

retorno financeiro. São vitimas do modelo capitalista atual, pois não possuem acesso a

recursos técnicos ou financeiros, à educação e as mínimas condições para empreender de

forma planejada e contribuir para o desenvolvimento econômico da nação. Suas

iniciativas empreendedoras são simples, pouco inovadora e geralmente não contribuem

com o pagamento de taxas e impostos.

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O Empreendedor Herdeiro (Sucessão familiar), é o que recebe desde cedo a missão

de manter o legado familiar. Seu desafio é multiplicar o patrimônio recebido e isto tem

se tornado cada vez mais difícil. Normalmente começam cedo na empresa familiar e

acabam assumindo cargos de direção ainda jovens. Usam a experiência e o

conhecimento da família com os negócios para administrar o empreendimento.

Mas existem diferenças entre eles, pois alguns são conservadores e não mexem na

estrutura ou na forma de funcionamento enquanto outros são ousados e tendem a mudar

o foco administrativo ou empresarial do negócio familiar.

O Empreendedor Normal (Planejado), é aquela pessoa que faz o que se espera dela

em determinada situação, busca minimizar os riscos, que se preocupa com os próximos

passos do negócio, que tem uma visão de futuro clara e que trabalha em função de

metas. É o mais completo do ponto de vista da definição de empreendedor e o que teria

como referência a ser seguida, mas que na prática ainda não representa uma quantidade

considerável de empreendedores.

Segundo Leite, nas qualidades pessoais de um empreendedor, entre muitas, destacam-se:

a) iniciativa;

b) visão;

c) coragem;

d) firmeza;

e) decisão;

f) atitude de respeito humano;

g) capacidade de organização e direção.

Traçar metas, atualizar conhecimentos ser inteligente, do ponto de vista emocional, conhecer

teorias de administração, de qualidade e gestão, são mudanças decorrentes da globalização e da

revolução da informação. O empreendedor deve focalizar o aprendizado nos quatro pilares da

educação: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser, e com isso,

ser capaz de tomar a decisão certa frente à concorrência existente. Novas habilidades vêm sendo

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exigidas dos profissionais para poderem enfrentar a globalização com responsabilidade,

competência e autonomia.

Buscam-se profissionais que desenvolveram novas habilidades e competências, com coragem de

arriscar-se e de aceitar novos valores, descobrindo e transpondo seus limites. O futuro é cheio de

incertezas, por isso, é preciso refletir sobre: habilidades pessoais e profissionais; criatividade;

memória; comunicação; como enfrentar este século. Diferenciar-se dos demais, revalidar seu

diploma pessoal e profissional, rever convicções, incorporar outros princípios, mudar paradigmas,

sobrepor idéias antigas às novas verdades, este é o perfil do profissional que, trocando informações,

dados e conhecimentos, poderá fazer parte do cenário das organizações que aprendem, das

organizações do futuro. São mudanças socioculturais e tecnológicas que fazem repensar hábitos e

atitudes frente às novas exigências do mercado.

Conquista-se a autonomia profissional quando se é perseverante, determinado, aprendiz, flexível

e quando se tem:

Positividade

Organização

Criatividade

Inovação

Foco

Essas qualidades ajudam a vencer a competitividade dos tempos modernos. Pela experiência

pode-se afirmar que a maioria das pessoas, se estimuladas, podem desenvolver habilidades

empreendedoras. Ouve-se e fala-se que o empreendedor precisa ter visão. Visão pessoal. Uma visão

que vem de dentro. A maioria das pessoas tem pouca noção da verdadeira visão, dos níveis de

significado. Metas e objetivos não são visão. Ser visionário é imaginar cenários futuros, utilizando-

se de imagens mentais. Ter visão é perceber possibilidades dentro do que parece ser impossível. É

ser alguém que anda, caminha ou viaja para inspirar pensamentos inovadores.

Esse enfoque se volta à disposição de assumir riscos e nem todas as pessoas têm esta mesma

disposição. Não foi feito para ser empreendedor quem precisa de uma vida regrada, horários certos,

salário garantido no fim do mês. O empreendedor assume riscos e seu sucesso está na “capacidade

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de conviver com eles e sobreviver a eles”. Gerber , apresenta algumas diferenças dos três

personagens que correspondem a papéis organizacionais, quais sejam:

a) o Empreendedor, que transforma a situação mais trivial em uma oportunidade excepcional,

é visionário, sonhador; o fogo que alimenta o futuro; vive no futuro, nunca no passado e

raramente no presente; nos negócios é o inovador, o grande estrategista, o criador de novos

métodos para penetrar nos novos mercados;

b) o Administrador, que é pragmático, vive no passado, almeja ordem, cria esquemas

extremamente organizados para tudo;

c) o Técnico, que é o executor, adora consertar coisas, vive no presente, fica satisfeito no

controle do fluxo de trabalho e é um individualista determinado.

É importante destacar no pensamento de Gerber, o fato dos três personagens estarem em

eterno conflito, sendo que ao menor descuido o técnico toma conta, matando o visionário, o

sonhador, o personagem criativo que está sempre lidando com o desconhecido. Os riscos fazem

parte de qualquer atividade, sendo necessário aprender a administrá-los, pois eles são um dos

fatores mais importantes que inibem o surgimento de novos empreendedores. Um outro fator

inibidor é o” capital social” que são valores e idéias que sublimemente nos foram incutidos por

nossos pais, professores, amigos e outros que influenciaram na nossa formação intelectual e que,

inconscientemente, orientam nossas vidas.

Dessa forma, um pai engenheiro desperta no filho o ideal de seguir a mesma carreira,

militares, pilotos, esportistas, até pessoas que raramente vão vislumbrar ou ter interesse numa

carreira de empreendedor exercem sua influência na formação das pessoas. É de se considerar,

porém, que a avaliação mais objetiva do preparo para empreender é a percepção que a pessoa tem

de si própria, refletindo na sua autoconfiança. Com o potencial empreendedor também isso

acontece. O que se aprende na escola, nas pesquisas, nas observações, vai se acumulando. O

preparar-se para ser empreendedor, portanto, inicia-se com o domínio que se tem sobre tarefas que

se fazem necessárias, o próprio desenvolvimento da capacidade de gerenciamento. O que falta, na

verdade, é motivação para uma tomada de decisão para se tornar um empreendedor.

Decisões tomadas no cotidiano são inúmeras. Os processos de decisão nem sempre são

simples, objetivos e eficientes como deveriam ser pois, se a intuição está de um lado; a análise

racional está do outro.

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Descrevem-se aqui os oito estilos de decisão, relatados por

Cohen:

Intuitivo: tenta projetar o futuro, com perspectiva ao médio e

do longo prazo, imaginando o impacto dessa ação.

O planejador: situa-se onde está e para onde se deseja ir,

com planejamento e tendo um processo de acompanhamento,

adequando à realidade sempre que for necessário.

O perspicaz: diz que além da percepção é necessário conhecimento.

O objetivo: sabe qual o problema a ser resolvido.

O cobrador: tem certeza das informações, vê a importância de medir e corrigir quando o

resultado não foi o decidido.

O mão –na–massa: envolve-se pessoal e diretamente, acredita em grupos para estudos

multidisciplinares.

O meticuloso: junta opiniões de amigos, especialistas, funcionários, tentando se convencer

da solução a encontrar.

O estrategista: decide cumprir sua estratégia de crescimento, tendo percepção do que

resolver. Diagnostica o problema para encontrar a solução e sua resolução com eficácia.

A decisão é de cada um. Interagir, refletir, deixar a cada um o momento de uma descoberta e

desenvolvendo habilidades específicas para o sucesso da sua escolha é de responsabilidade única e

exclusiva. As características comuns que se encontram no empreendedor que fez uma escolha, tanto

nas universidades como na sociedade, são difíceis para listar com precisão, porém diferentes autores

chegaram a algumas conclusões. Elas dizem respeito às necessidades, conhecimento, habilidades e

valores.

As necessidades que se referem a conhecimentos, Lezana (1995, p.78) assim elenca:

aspectos técnicos relacionados a negócios

experiência na área comercial

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escolaridade

formação complementar

experiência em organizações

vivência com situações novas.

As necessidades que se referem aos valores, argumenta que são os existenciais, estéticos,

intelectuais, morais e religiosos. É preciso, no entanto, ser registrado que, no contexto empresarial,

essas características podem se desenvolver e atuar de forma positiva ou negativa. É a personalidade

do empreendedor que fará o impacto decisivo para o sucesso.

Empreendedorismo e inovação para manter a competitividade

Acompanhar os processos de modernização e de crescimento do mercado requer um

constante investimento por parte de empresas, organizações e pessoas. Conhecimentos nas áreas de

marketing, finanças e recursos humanos devem estar sempre em atualização. As soft skills

(comunicação, responsabilidade social, ética, negociação, entre outras) devem estar sempre em

desenvolvimento.

Portanto, investir em empreendedorismo e inovação é o caminho mais seguro para se manter

competitivo. "Até mesmo os executivos que possuem um nível avançado de formação precisam se

manter atualizados", ressalta Alexander Damasceno.

É importante que as empresas agreguem novidades aos seus produtos e serviços e criem

novas soluções para o cliente. "Tudo muda e as empresas não podem ficar de fora", afirma

Damasceno.

que torna uma pessoa empreendedora?

Definir um empreendedor é uma tarefa praticamente impossível. Não existe um padrão,

uma definição que caiba para todas as pessoas consideradas empreendedoras. Porém, diversos

estudiosos consideram algumas características básicas.

Ter iniciativa e autoconfiança são características

bastante comuns entre os empreendedores. O que seriam deles

se não fossem corajosos e acreditassem em seus projetos mais

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que tudo? É preciso muita autoconfiança pra arregaçar as mangas e colocar a mão na massa.

Empreendedores não esperam que ninguém resolva os seus problemas. É por isso que estão

sempre criando soluções inovadoras.

A coragem é um ponto muito importante também, pois aceitar os riscos de empreender não

é pra qualquer um. Decisão e responsabilidade também são palavras que fazem parte do

vocabulário de quem deseja empreender. Não importa a decisão que se tome, a responsabilidade

deve ser assumida.

Além disto, principalmente no estágio inicial de uma empresa, é essencial agilidade e

rapidez na tomada destas decisões – além de decidir e executar, um bom empreendedor aprende

com seus erros ainda mais rapidamente, corrigindo-os quase em tempo real.

Nos dias de hoje, é muito difícil que alguém acredite em sua ideia ou produto logo de cara.

Por isso, o bom empreendedor é acima de tudo persistente e otimista. Não pode desanimar com o

primeiro não. Precisa seguir em frente e com certeza se seu projeto for realmente bom, mais cedo

ou mais tarde, ele terá sucesso!

1.9.Empreendedorismo: Perfil, Necessidades e Oportunidades de Negócios

Empreendedorismo e Empreendedor, duas variáveis que nos remete a um único caminho:

O do Sucesso. Entretanto para se chegar ao sucesso é preciso ter alguns diferenciais, que todos nós

possuímos, mas poucos sabem desenvolver.

É peculiaridades que fazem parte de todo ser humano: Criatividade, Persistência, Otimismo

entre tantos outros.

Para se caracterizar os passos que um empreendedor deve seguir para atingir o sucesso é

preciso antes de tudo diferenciar empreendedorismo de empreendedor, mesmo sabendo que ambos

caminham sempre juntos.

1.10. O Empreendedor

Toda pessoa que tem um sonho e deseja transformá-lo em

realidade, traçando objetivos, transpondo barreiras pode ser

considerada empreendedora criando algo novo ou transformando o

que já existe.

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O empreendedor é capaz de dedicar-se incansavelmente ao trabalho sem medir esforços

desenvolvendo-o com prazer. Além de criar, o empreendedor deve saber persuadir, mostrar que as

oportunidades identificadas trarão benefícios futuros ou imediatos para a organização, caso estiver

liderando uma, ou para o mercado se estiver criando algo novo.

O empreendedor identifica as oportunidades transformando-as em inovação, para isso ele

precisa seguir alguns passos que o conduzirá ao empreendedorismo.

1.11. Perfil Empreendedor

Muitos acreditam ter nascido com habilidades de empreendedor outros acreditam ter

desenvolvido-as por meio de técnicas, ou ainda, devido alguma necessidade que os motivou a

criação ou inovação de um empreendimento.

Fernando Dolabela no livro O segredo de Luísa, diz, que o sucesso não decorre tão

somente de determinadas características comportamentais, mas certamente se pode afirmar que um

conjunto de condições, presentes no individuo, contribuirá para o seu sucesso como empreendedor.

O autor apresenta, a seguir, as principais características dos empreendedores:

O empreendedor tem um “modelo”, uma pessoa que a influência;

Tem iniciativa, autonomia, autoconfiança, otimismo, necessidade de realização;

Trabalha sozinho;

Tem perseverança e tenacidade;

O fracasso é considerado um resultado como outro qualquer. O empreendedor

aprende com os resultados negativos, com os próprios erros;

Tem grande energia. É um trabalhador incansável. Ele é capaz de se dedicar

intensamente ao trabalho e sabe concentrar os seus esforços para alcançar resultados;

Sabe fixar metas e alcançá-las. Luta contra padrões impostos. Diferencia-se. Tem a

capacidade de ocupar um espaço não ocupado por outros no mercado, descobrir

nichos;

Tem forte intuição. Como no esporte o que importa não é o que se sabe, mas o que se

faz;

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Tem sempre alto comprometimento. Crê no que faz;

Cria situações para obter feedback sobre o seu comportamento e sabe utilizar e

controlar recursos;

É um sonhador realista. Embora racional, usa também a parte direita do cérebro;

É líder. Cria um sistema próprio de relações com empregados. É comparado a um

“líder de banda”, que dá liberdade a todos os músicos, extraindo deles o que têm de

melhor, mas conseguindo transformar o conjunto em algo harmônico, seguindo uma

partitura, um tema, um objetivo;

É orientado para resultados futuros e longo prazo;

Aceita dinheiro como uma das medidas de seu desempenho;

Tece “rede de relações” (contatos amizades) moderadas, mas utilizadas intensamente

como suporte para alcançar os seus objetivos. A rede de relações interna (com

sócios, colaboradores) é mais importante que a externa;

O empreendedor de sucesso conhece muito bem o ramo em que atua;

Cultiva a imaginação e aprende a definir visões;

Traduz seus pensamentos em ações;

Define o que deve aprender (a partir do não definido) para realizar as suas visões. É

pró-ativo diante daquilo que deve saber: Primeiramente define o que quer, a aonde

quer chegar, depois busca o conhecimento que lhe permitirá atingir o objetivo.

Preocupa-se em aprender a aprender, porque sabe que no seu dia a dia será

submetido a situações que exigem a constante apreensão de conhecimentos que não

estão nos livros. O empreendedor é um fixador de metas;

Cria um método próprio de aprendizagem. Aprende a partir do que faz. Emoção e

afeto são determinantes para explicar seu interesse. Aprende indefinidamente;

Tem capacidade de influenciar pessoas;

Assume riscos moderados, gosta de riscos, mas faz tudo para minimizá-los;

Tem alta tolerância a ambigüidade;

Mantêm alto nível de consciência do ambiente que vive usando-a para detectar

oportunidades de negócios.

Essas são características que alguns empreendedores conseguem desenvolver, outros

desenvolvem a penas algumas atingindo da mesma forma seus objetivos.

SONHE, IMAGINE, ANALISE E PONHA EM PRÁTICA…

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A profissão “empreendedor” não é fruto do nascimento ou herança genética, mas sim resultado de

trabalho, talento e de reserva econômica. É própria de uma sociedade

capitalista liberal e de sua ideologia de sucesso individual. Mas, afinal

qual é o tipo de pessoa que decide se tornar empreendedor? Quais são

suas características? Personalidade? O que a motiva? Fatores como

dificuldades do setor público, terceirização, o fim dos empregos. Surge

então uma carreira de risco, mas também de muito sucesso,

recompensas materiais elevadas, comparada a profissões burocráticas,

quando bem planejada e orientada. No entanto, apenas ambição, boa

vontade, coragem e satisfação imediata não garantem o sucesso na carreira. São necessárias

algumas características particulares. Mas, afinal, quais são os atributos pessoais e profissionais

necessários para ser empreendedor?

O empreendedor é, em sua grande maioria, motivado pela auto-realização, desejo de assumir

responsabilidades e independência, mas nem todos buscam somente a satisfação econômica.

Consideram irresistíveis os novos empreendimentos e estão sempre propondo novas idéias

das quais a criatividade e a imaginação fazem parte, sendo seguidas pela ação. Estão sempre

se auto-avaliando, se auto-criticando e controlando seus comportamentos em busca do auto-

desenvolvimento.

Para se tornar um empreendedor de sucesso, a pessoa precisa reunir imaginação,

determinação, habilidade de organizar, liderar pessoas e de conhecer tecnicamente etapas e

processos;

Diante de mudanças organizacionais, globalização, terceirização, avanço tecnológico,

competitividade, redução de custos, alterações nas relações de trabalho, empregabilidade,

oportunidades de negócio, qualidade no atendimento, criatividade;

e inovação, tem sido exigida uma constante aprendizagem visando a atualização e a

identificação de algumas características necessárias para ser empreendedor ou para se

manter no mercado.

Tanto se fala de mudanças…

Embora faça parte da natureza humana, a mudança não acontece como num passe de

mágica, em que basta nossa vontade para que tudo se transforme naquilo que queremos. É

preciso determinação, investimento de energia e a descoberta daquilo que podemos colher,

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sempre considerando os caminhos já percorridos. Assim sendo, é importante estar alerta e

aproveitar o momento.

Além dos benefícios que propiciam, as mudanças também levam muitos empresários a

perder o sono. Outros negociam patrimônios em troca da rotina, estabilidade ou garantias

pessoais, investimentos no exterior, etc.

Mas será que isso de que o País necessita?

Temos que destacar a importância do empreendedor na formação do País, onde a riqueza de

uma nação é medida por sua capacidade de produzir, tanto quantitativa como

qualitativamente.

Dessa forma, a abertura e a manutenção de negócios tornam-se fundamentais para o

desenvolvimento nacional.

Por esse motivo, acreditamos que o melhor recurso de que dispomos para solucionar os

graves problemas sócio-econômicos pelos quais o Brasil passa é a quebra dos paradigmas

(padrões de comportamento) e a liberação da criatividade dos empreendedores, por meio da

livre iniciativa na produção de bens e serviços. A criação e a inovação devem, portanto, ser

estimuladas em todos os funcionários, independentemente do nível hierárquico.

Surge, então, um grande desafio para os empresários brasileiros. Criar algo num país de

enlatados, importados e de economia recessiva será possível? Muitos profissionais saíram de

grandes organizações com recursos econômicos significativos e, por fim, resolveram montar

o seu próprio negócio, bem como outros deixaram o emprego para serem empresários, um

sonho de muitos brasileiros em razão do descontentamento diante da situação atual do

mercado de trabalho.

Outros herdaram o cargo, muitos estão sendo empresários, enquanto outros são empresário.

Cabe distinguir:

Estão empresários por determinação externa, herança, nomeações etc.

São empresários que possuem capacidade técnica e pessoal para tal situação.

Ser o próprio patrão implica mudanças, responsabilidades, assim como sofrer pressão da

sociedade, dos órgãos Mas será que é governamentais e dos funcionários. A dedicação ao

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trabalho aumenta significativamente, muitas vezes trabalhar mais de 8 horas, sem contar

com o salário garantido no final do mês e férias integrais.

Ser um grande executivo de uma empresa não significa ser um grande empresário. São

necessárias algumas características profissionais e pessoais fundamentais para ser um

empreendedor de sucesso.

Mas, afinal, quem é o empreendedor?

É aquele capaz de deixar todos os integrantes da empresa surpreendidos, sempre pronto para

trazer e gerir novas idéias, produtos, ou mudar tudo o que já existe. É um otimista que vive

no futuro, transformando crises e oportunidades e exercendo influência sobre as pessoas

para levá-las em direção às suas idéias. É aquele que cria algo novo ou inova o que já existe

e está sempre pesquisando. Busca novos negócios e oportunidades com a preocupação e a

melhora dos produtos ou serviços. Suas ações estão amparadas com base nas necessidades

do mercado.

Empreender é dar início a um sonho, executar sua idéia e consolidar um projeto.

EXERCÍCIO

1) O que é empreendedorismo?

2) Cite 5 (cinco) características de um empreendedor?

3) Segundo Dornela quais os tipos de empreendedores?

4) Qual a diferença de empreendedor e empreendedorismo?

5) Qual a importância do empreendedor para o desenvolvimento do País?

6) Você se acha um empreendedor? Explique sua resposta.

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CRIAÇÃO E FORMATAÇÃO DE PLANILHAS ELETRÔNICAS

Carga Horária: 8h

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1.Criação e Formatação de Planilhas Eletrônicas

Para entender melhor o que é uma planilha eletrônica, e quando devemos utilizar o

Microsoft Excel, considere-se a seguinte analogia:

Utiliza-se o Microsoft Excel para resolver um problema que, manualmente, poderia ser

resolvido utilizando os seguintes instrumentos:

Papel

Lápis

Borracha

Calculadora

1.2.O que é uma PLANILHA ELETRÔNICA?

Uma Planilha Eletrônica é um programa projetado para lhe permitir trabalhar com

números. É o correspondente hightech (alta tecnologia) de uma folha quadriculada ou uma

calculadora. Uma planilha é basicamente uma tabela de informações, exatamente como uma

planilha de papel. Numa planilha eletrônica, porém, há uma série de recursos adicionais. Além de,

obviamente, você poder alterar qualquer informação a qualquer momento sem ter de rabiscar a sua

planilha toda. Quaisquer dados que dependam das informações alteradas são automaticamente

recalculados.

Usa-se uma planilha eletrônica quando deseja-se criar tabelas com cálculos, fórmulas e

também os famosos gráficos. E, se depois que estiver tudo pronto, você resolver mudar alguma

coisa ou algum valor, com o Excel basta alterar, acrescentar ou apagar um número e todas as

informações.

São recalculados automaticamente, inclusive os gráficos são atualizados,

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Pastas de Trabalho e Planilhas

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No Excel, uma pasta de trabalho é o arquivo no qual você trabalha e armazena seus

dados. Pelo fato de cada pasta de trabalho poder conter diversas planilhas, você poderá organizar

vários tipos de informações relacionadas em um único arquivo.

Use as planilhas para listar e analisar os dados. Você pode inserir e editar dados em diversas

planilhas simultaneamente e realizar cálculos com base nos dados dessas planilhas. Ao criar um

gráfico, você pode colocá-lo na planilha com os seus dados relacionados ou em uma folha de

gráfico separada.

Uma folha de gráfico é uma planilha em uma pasta de trabalho que contém apenas um

gráfico.

As folhas de gráfico estão vinculadas a dados de planilha, e são atualizadas quando os dados

da planilha são alterados.

Os nomes das planilhas aparecem nas guias localizadas na parte inferior da janela da pasta

de trabalho (Plan1, Plan2...). Para mover-se entre as planilhas, clique nas guias das planilhas. O

nome da planilha ativa fica em negrito. Se você desejar trocar os nomes das planilhpasta, basta dar

um duplo clique sobre o nome atual (Plan1, Plan2...), apagá-lo e digitar o nome novo. Nunca

esquecendo que na hora de imprimir, o que estiver em planilhas diferentes, conseqüentemente ficará

em folhas separadas. Se você precisar de mais planilhas do que a quantidade que está aparecendo,

basta ir no menu Inserir e escolher a opção Planilha.

Agora vamos imaginar que se tenha uma pequena empresa, com 5 funcionários e deseja-se

automatizar o cálculo de impostos e salários. Este é um exemplo típico que pode, facilmente, ser

solucionado com a utilização de uma planilha do Excel. De uma maneira geral, utiliza-se o seguinte

critério: "Se a planilha que estou criando terá mais do que 5000 linhas, ou apresenta necessidade de

cálculos e pesquisas muito complexos, pode ser melhor solucionar o problema utilizando um banco

de dados ao invés de uma planilha do Excel." Nota: As orientações contidas neste texto são válidas

para qualquer versão do Microsoft Excel (5.0, 97, 2000, 2003 ou XP).

1.3 Endereço de uma Célula

Um endereço de célula é o nome da célula, e é formado pela combinação da letra da

coluna e o número da linha onde está localizada a célula.

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Célula Ativa

A Célula Ativa é onde está o cursor, ou seja, onde nós estamos no momento. E ela fica

com uma borda mais escura que as demais células.

Movendo-Se Pela Planilha

Para tornar ativa a célula A1, pressione a tecla Home do teclado

Para deslocar-se para cima e para baixo, dentro da planilha ativa, pressione as teclas

Page Up e Page Down

Para ir para uma célula específica, pressione a tecla de função F5, digite o endereço

da célula e pressione Enter

Para ir para a última coluna (IV), segure a tecla Ctrl e pressione a seta para a

esquerda, ao mesmo tempo

Para ir para a última linha (65536), segure a tecla Ctrl e pressione a seta para baixo,

ao mesmo tempo

Endereço de um INTERVALO de Células

A seleção de várias células é chamada de intervalo e este é identificado por um endereço

de intervalo. O endereço de um intervalo é obtido através da célula superior esquerda do intervalo,

dois pontos e a célula inferior direita deste intervalo.

O intervalo B4:C6, por exemplo, inclui as células: B4, B5, B6, C4, C5 e C6.

Pode-se entender como se os dois-pontos significasse a palavra “até”, então neste exemplo

lê se:

“de B4 até C6”. A Figura 2 a seguir, apresenta um exemplo de intervalo de células

selecionado.

O Endereço desteintervalo de células é:

(B4:C6)

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Obs.: A “primeira célula” do

intervalo parece que não está

marcada (selecionada), mas está.

É que ela não fica como as outras!!!

1.4.Características de formatação de planilha eletrônica

Formatando sua Planilha

Não esqueça que, se você não colocar bordas em suas tabelas do Excel, na hora de

imprimir terá uma decepção, pois essas linhas que aparecem são apenas na tela do computador,

Uma vez selecionado o intervalo, você pode realizar muitas operações com todas as células contidas nele: formatá-las, mudar seus alinhamentos, copiar ou movê-las, apagá-las, e assim por diante. O comando que você escolher é aplicado a todas as células do intervalo. Para desfazer a seleção, dê um clique em qualquer lugar fora do intervalo.

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assim como se desejar mudar a fonte (letra), tamanho, cor, negrito também terá que escolher de

acordo com seu desejo.

Então para formatar, tem que marcar (selecionar) o lugar onde você quer aplicar a

formatação e ir no menu Formatar, Células que a parecerá a seguinte janela para você escolher o

que quiser:

1.5.Características e funções para geração de gráficos

Relação das Principais Funções:

FUNÇÃO OBJETIVO EXEMPLO

=SOMA( ) Soma um intervalo de

células

=SOMA(A1:B5)

=MÉDIA( ) Calcula a média aritmética =MÉDIA(A1:B5)

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de um intervalo de célula

=MÁXIMO( ) Retorna o valor máximo do

intervalo

=MÁXIMO(A1:B5)

=MÍNIMO( ) Retorna o valor mínimo do

intervalo

=MÍNIMO(A1:B5)

=SE (teste;”valor_se_

V”;”valor_se_F”)

Retorna um valor se for falso

e outro se

for verdadeiro

1.6.Gráficos Passo a Passo

1) Marque na planilha o que você quer que apareça no gráfico, ou seja, tem que indicar para o

Excel sobre o que é o seu gráfico;

2) Clique no botão Assistente de Gráfico localizado na Barra de Ferramentas;

3) Agora é só seguir as 4 etapas que o Excel lhe oferece para a criação de gráficos (veja cada uma a

seguir).

=SE(A1<=6,0;”Parabéns!!!”;”Está em Recuperação...”)

Na etapa 1 escolhemos o tipo e o subtipo de gráfico da nossa preferência

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Para passar de uma etapa para outra clicamos no botãoAvançar ou Voltar

Na etapa 2 escolhemos aopção Linhas ou Colunas de acordo com nosso objetivo (pode-se clicar em cada uma delas e observar qual a mais adequada).

Na etapa 3 é ondetemos mais opções(“fichinhas”) paraescolher (Título, Eixos,Linhas de Grade,Legenda, Rótulos deDados, etc.)Vá clicando nas opçõese observando avisualização, até quefique exatamente comovocê deseja!

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ATENÇÃO: Para formatar um gráfico depois que estiver concluído: cada parte do gráfico tem um nome,

como por exemplo, Área do Gráfico, Legenda, Título do Gráfico, etc., dependendo de onde estiver a seta do mouse

aparecerá a indicação e, se você clicar com o “botão direito” do mouse aparecerá um menu com opções relacionadas

ao lugar onde clicou, aí basta refazer ou desfazer o que quiser!!!!

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICA

ALVES, S. Revigorando a Cultura da Empresa: Uma Abordagem Cultural da Mudança nas

Organizações na Era da Globalização. São Paulo: Makron Books, 1997.

AGUILAR, F. J. A Ética nas empresas; trad. Ruy Jungmann. Rio de janeiro: Jorge Zahar, 1996.

ÁVILA, F. B. de S.J. Pequena Enciclopédia de Moral e Civismo. Rio de Janeiro, M.E.C., 1967.

BATISTA, A. Tempo, Comunicação e Liberdade. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1971.

FRITZEN, Silvino José. Relações Humanas Interpessoais: nas convivências grupais e comunitárias.7 ed.

Petrópolis: Vozes, 1998.

LITTLEJOHN, S. Fundamentos teóricos da comunicação humana. Rio de Janeiro : Zahar, 1982.

*Fonte pesquisada e aprimorada

Postado por Luís Henrique Sampaio às 06:56

THESIS, São Paulo, ano II, v.4, p. 1-16, 2º Semestre, 2005.(PEREZ, C. & BAIRON, S. Comunicação & Marketing. São Paulo: Futura, 2002)

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(BEKIN, S. F. Conversando sobre Endomarketing. São Paulo Makron, 1995).; (SODRÉ, M. Reinventando

a cultura.Petrópolis (RJ): Vozes, 1996) Fonte: BEKIN, S. F. (1995) Conversando sobre Endomarketing. São

Paulo: Makron. Fonte: BEKIN S. F. Conversando sobre Endomarketing. São Paulo: Makron, 1995. BEKIN,

S F Endomarketing Makron 1995

Ronald Jean. O empreendedor: Fundamentos da Iniciativa Empresarial. São Paulo: McGraw – Hill, 1989.

DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: Transformando Idéias em Negócios. 8 ed. Rio de Janeiro, Campus, 2001.

Sites:

http://www.josedornelas.com.br/