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Victor Dubugras e a Estação Ferroviária de Mairinque :

a trajetória de um projeto

2018

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

INSTITUTO DE ARQUITETURA E URBANISMO

Victor Dubugras e a Estação Ferroviária de Mairinque:

a trajetória de um projeto

Amanda Bianco Mitre

São Carlos

2018

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

INSTITUTO DE ARQUITETURA E URBANISMO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO

Victor Dubugras e a Estação Ferroviária de Mairinque:

a trajetória de um projeto

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo do Instituto de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Arquitetura e Urbanismo, área de concentração em Teoria e História da Arquitetura e do Urbanismo.

Versão corrigida

Mestranda: Amanda Bianco Mitre

Orientadora: Profa. Dra. Telma de Barros Correia

São Carlos 2018

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AGRADECIMENTOS

Nunca fui boa em articular sentimentos na primeira pessoa. Em meu trabalho de graduação do

curso de Arquitetura e Urbanismo do IAU-USP lembro que afirmei que me sentia “uma pessoa muito

abençoada por ter tantas pessoas para agradecer que uma folha de papel não seria suficiente”. Naquele

momento, aquilo já me parecia suficiente, porque podia não conseguir expressar carinho com as

palavras, mas sempre tentei demonstrar em ações. E assim, presumi que as pessoas que eram importantes

para mim, teriam consciência de que estavam incluídas naquela breve frase.

Porém, alguns anos e muito aprendizado e crescimento depois, creio que alguns agradecimentos

são fundamentais:

Agradeço em primeiro lugar a minha família. Obrigada por todo apoio, carinho e compreensão

(até nos momentos em que não entendiam o motivo de tantas viagens para congressos e levantamentos).

Obrigada por serem meu porto seguro, ponto de equilíbrio, fonte de inspiração, exemplo e por me

incentivarem a ser livre para escolher meu caminho.

Ao Erian, meu melhor amigo, eterno namorado e revisor de crases e vírgulas. Obrigada pelo amor,

paciência, carinho, companheirismo e alegrias ao longo desses seis anos. Obrigada por viver todas as

minhas jornadas como se fossem suas.

As minhas queridas amigas de longa data Yara, Camila e Isabela, que cada uma de seu jeito,

foram responsáveis por muitas risadas e companheirismo. Sou afortunada em poder contar com três

mulheres tão fortes, sinceras e prontas para ajudar nos momentos em que as coisas ficam difíceis.

Aos amigos e amigas que a Graduação e o Mestrado me forneceram. Obrigada por todas as

conversas e discussões sobre pesquisas e o mundo acadêmico e por compartilharem, de forma tão sincera

e acolhedora, das minhas inquietações.

Ao Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo do Instituto de Arquitetura e

Urbanismo da Universidade de São Paulo, sua coordenação, funcionários e professores, por toda a ajuda,

prontidão e apoio.

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Aos professores Mônica Junqueira de Camargo e Givaldo Medeiros, pela participação no meu

Exame de Qualificação, pela leitura criteriosa do memorial e pelos valiosos conselhos e sugestões.

Aos funcionários da Biblioteca da FAU-USP, por me auxiliarem tão prontamente e permitir

minhas pesquisas pelos acervos de projetos do Dubugras.

Aos funcionários do CONDEPHAAT e do IPHAN, pela presteza e atenção quando precisei me

aventurar pelos arquivos de tombamento.

Aos colegas de Mairinque, José Figueiredo e Armando, por serem tão solícitos e gentis com uma

pessoa que eles não conheciam e que fazia muitas perguntas. Obrigada por, literalmente, abrirem a

Estação de Mairinque para minha visita e para meu trabalho.

À FAPESP, que por meio do processo 2015/02470-0, financiou e possibilitou a pesquisa, os

levantamentos de campo e em arquivos, participação em eventos e foram essenciais para o

enriquecimento e desenvolvimento do trabalho.

Finalmente, agradeço profundamente à querida professora Dra. Telma de Barros Correia, que

desde 2010 me orienta no sentido mais amplo da palavra. Obrigada pela confiança, incentivo, sabedoria

e pela valiosa oportunidade de trabalhar ao seu lado.

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… A viagem não acaba nunca. Só os viajantes acabam. E mesmo estes

podem prolongar-se em memória, em lembrança, em narrativa. Quando o

viajante se sentou na areia da praia e disse: ‘Não há mais que ver’, sabia

que não era assim. O fim duma viagem é apenas o começo doutra. É

preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu já, ver na

Primavera o que se vira no Verão, ver de dia o que se viu de noite, com

sol onde primeiramente a chuva caía, ver a seara verde, o fruto maduro,

a pedra que mudou de lugar, a sombra que aqui não estava. É preciso

voltar aos passos que foram dados, para os repetir, e para traçar caminhos

novos ao lado deles. É preciso recomeçar a viagem. Sempre. (José

Saramago, Viagem a Portugal, p.387)

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RESUMO

MITRE, Amanda Bianco. Victor Dubugras e a Estação Ferroviária de Mairinque: a trajetória de um projeto. Dissertação de Mestrado – Instituto de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2018.

Durante a segunda metade do século XIX e início do século XX, o intenso processo de industrialização

implicou em uma série de modificações na organização do espaço através de inovações técnicas e

estéticas associadas à emergente realidade urbana-industrial. Como consequência houve uma alteração

nos modos de pensar a arquitetura, com novos conceitos e práticas julgadas como melhor adequadas ao

mundo industrial. Esse panorama de transformações e experimentações formais e estéticas associou-se

na arquitetura, entre outras coisas, à difusão do art nouveau. A pesquisa estuda um dos principais

exemplares da tendência construído no Brasil: a Estação Ferroviária de Mairinque, projetada pelo

arquiteto francês Victor Dubugras (1868 - 1933). Investiga a trajetória do projeto – concepção

arquitetônica, arranjo dos espaços internos, implantação e detalhamento – e a trajetória do prédio

construído – intervenções realizadas, iniciativas de preservação e condições de conservação. Mostra

que os registros do desenvolvimento do projeto revelam tanto a constância de alguns procedimentos,

como também a manipulação e modificação de soluções determinantes para a aquisição de seu esmero

técnico e plástico. Verifica que apesar da preservação do arcabouço geral da construção, da efetivação

da proteção legal por diferentes esferas patrimoniais e das perspectivas de restauro, condicionantes

importantes do projeto arquitetônico e das relações do prédio com seu acesso e entorno foram alteradas.

Palavras-chave: Victor Dubugras – Projeto – Estação Ferroviária – Mairinque – Trajetória – Art

Nouveau.

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ABSTRACT

MITRE, Amanda Bianco. Victor Dubugras and the Mairinque Railroad Station: the trajectory of a design. Dissertação de Mestrado – Instituto de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2018.

During the second half of the nineteenth century and early twentieth century, the intense industrialization

process lead to a series of modifications in the organization of the space through technical and aesthetic

innovations associated with the emerging industrial reality. As consequence, there were changes in ways

of thinking about architecture, in a search for new concepts and practices that would be a better fit to

the industrial city scenario. This panorama of transformations and formal and aesthetic experimentation

was incorporated in architecture, among other things, through the Art Nouveau. The research studies of

one of the main examples of these trends Brazil: The Mairinque Railroad Station, design by the franco-

argentine architect Victor Dubugras (1868-1933). Investigates the trajectory of the design – architectural

conception, organization of the internal spaces, the site planning and the detailing – and the trajectory

of the building – interventions, conservation initiatives and conservation conditions. It shows that the

records of the design’s development reveal both the constancy of some procedures, as well as the

manipulation and modification of solutions that define the acquisition of technical and plastic

refinement. It verifies that despite the preservation of the general framework of construction, the

effective legal protection by different patrimonial spheres and the prospects of restoration, important

constraints of the architectural design and the relations of the building with its access and surroundings

have been altered.

Keywords: Victor Dubugras – Design – Railroad Station – Mairinque – Trajectory – Art Nouveau.

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LISTA DE FIGURAS E TABELAS

Figura 1: Victor Dubugras ..................................................................................................................... 39

Figura 2: Perspectiva de Dubugras para o grupo escolar de Botucatu .................................................. 45

Figura 3: Grupo Escolar de Piracicaba (1895). ...................................................................................... 46

Figura 4: Grupo Escolar de Espírito Santo do Pinhal (1895). ............................................................... 46

Figura 5: Grupo Escolar de Itapira (1896). ............................................................................................ 46

Figura 6: Câmara e Cadeia de Santa Bárbara d'Oeste (1896). .............................................................. 50

Figura 7: Câmara e Cadeia de Santa Bárbara d'Oeste (1896). .............................................................. 50

Figura 8: Residência de Victor Dubugras na Alameda Joaquim Eugênio de Lima (1897). .................. 50

Figura 9: Residência de Névio Barbosa (1914). .................................................................................... 53

Figura 10: Residência de Luiz Franco do Amaral (1915). ..................................................................... 53

Figura 11: Residência de Saturnino de Brito (1915). ............................................................................ 53

Figura 12: Residências (A) Adalberto Alves (1917), (B) Eugênio Gomes Duval (1918), (C) Davi Ribeiro

(1920), (D) Heitor Ferreira de Carvalho (1920). ................................................................................... 56

Figura 13: Largo da Memória (1919). ................................................................................................... 59

Figura 14: Construções para o Caminho do Mar (1922) - (A) Pouso da Maioridade, (B) Pouso de

Paranapiacaba, (C) Padrão de Lorena, (D) Cruzeiro Quinhentista. ....................................................... 60

Figura 15: Igreja Presbiteriana (1932) e Projeto de uma residência (1932), respectivamente. ............. 62

Figura 16: Residência de Cassio Prado (1912), Afonso Geribello (1912) e projeto para o Sanatório

Popular (1915), respectivamente. .......................................................................................................... 63

Figura 17: Vila Uchôa. Destaque para a entrada de automóvel e os elementos de inspiração Art Nouveau

(1902). .................................................................................................................................................... 71

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Figura 18: Vila Uchôa (1902). ............................................................................................................... 71

Figura 19: Vila Uchôa - hall (1902). ..................................................................................................... 72

Figura 20: Residência de Numa de Oliveira (1903). ............................................................................. 72

Figura 21: Vila Horácio Sabino (1903). ................................................................................................ 75

Figura 22: Vila Horácio Sabino. ............................................................................................................ 75

Figura 23: Vila Horácio Sabino, destaque para os pilares (1903). ........................................................ 76

Figura 24:Pilares da Maison Tassel e Edifício Béranger, respectivamente. .......................................... 76

Figura 25:Plantas da residência de Horácio Sabino (1903). .................................................................. 77

Figura 26: M. Medeiros (A), Cândido Rodrigues (B), Luiz Piza (C), Mário Rodrigues (D). ............... 78

Figura 27: Plantas da residência de Luiz Piza (1907). Destaque para om a sala de jantar projetada para

o exterior, em formas curvas e com amplas varandas circundando o cômodo (cômodo com legenda

número 18). ............................................................................................................................................ 79

Figura 28: Elevações da Villa do Dr. Horácio Rodrigues (1910). ......................................................... 81

Figura 29: Escola Pública de Martyrs (A), Escola de Artes de Glasgow (B) e Palácio Stoclet (C). ..... 81

Figura 30: Elevações das residências da Rua Augusta de João Dente (1912). ...................................... 82

Figura 31: Elevação dos edifícios Souza Queiroz e Pierre Duchen, respectivamente. .......................... 82

Figura 32: Elevações do projeto para a residência de Domiciano Campos (1911). .............................. 84

Figura 33: Residência de Domiciano Campos (1911), destaque para a marquise. ................................ 85

Figura 34: Residência de Maria Angélica de Barros (1913). ................................................................. 86

Figura 35: Desenho da Entrada de Metrô de Paris, de Guimard (1899) ................................................ 86

Figura 36: A expansão da cultura cafeeira no estado de São Paulo. ...................................................... 94

Figura 37: Linhas férreas na província de São Paulo até 1900. ............................................................. 97

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Figura 38: Estação de Frouard (distribuição da edificação e implantação). ........................................ 110

Figura 39: Esquemas de implantação para estações ferroviárias em conformidade com sua posição à

linha férrea. .......................................................................................................................................... 112

Figura 40: Estação de Sesenheim. ....................................................................................................... 115

Figura 41: Estação de Crown Street, construída na cidade Liverpool (1830). .................................... 116

Figura 42: Euston Station (1835-1839). ............................................................................................... 118

Figura 43: London Bridge Station. ...................................................................................................... 118

Figura 44: Crown Street Station .......................................................................................................... 118

Figura 45: implantação da estação de Broom Junction e fotografia da estação de Clough Fold. ....... 121

Figura 46: Acesso para a passagem subterrânea da Stacksteads Station e o prédio da estação na

plataforma, com destaque para o acesso coberto da estação no canto inferior direito da imagem (A e A’

respectivamente), Saltley Station com o viaduto ao fundo (B), Loughborough Central Station (C), Four

Oaks Station e o acesso pela passarela metálica (D e D’, respectivamente). ...................................... 122

Figura 47: Gare de l’Est. ...................................................................................................................... 124

Figura 48: Estação de King’s Cross. .................................................................................................... 124

Figura 49: Estação de Karlsruhe. ......................................................................................................... 126

Figura 50:Estação de Helsinki. ............................................................................................................ 126

Figura 51: Estação de Karlsplatz. ........................................................................................................ 126

Figura 52: Estação de Santos. .............................................................................................................. 129

Figura 53: Estação de Jundiaí. ............................................................................................................. 129

Figura 54: Estação de Campinas. ......................................................................................................... 129

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Figura 55: Estação de Cordeirópolis e as plataformas, onde se distingue a marcação do quiosque que

ficava no centro (A), quiosque de madeira (A’), o prédio da estação de Cachoeira Paulista (B) e a

implantação a estação entre as linhas férreas (B’). .............................................................................. 133

Figura 56: Estação de General Carneiro (A) com destaque para o ritmo de aberturas e os elementos

verticais na cobertura (A’), e estação de Entroncamento (B), com destaque para a grande cobertura com

contorno triangular (B’). ...................................................................................................................... 134

Figura 57: Estação da Luz (A) e Estação Júlio Prestes (B). ................................................................ 136

Figura 58: Antiga estação de Botucatu (A), novo edifício da estação de Botucatu (A’), antigo edifício

da estação de Sorocaba (B) e nova estação de Sorocaba (B’). ............................................................ 139

Figura 59: Esquema da implantação da Estação na plataforma e sua escadaria de acesso. ................ 146

Figura 60: Corte esquemático do acesso à Estação pela passagem subterrânea. ................................. 146

Figura 61: Diferença entre a composição usual das estações férreas e os volumes principais que formam

a Estação de Mairinque. ....................................................................................................................... 148

Figura 62: Esquema da composição do torreão. .................................................................................. 149

Figura 63: Esquema dos volumes secundários (buffet armazém de mercadorias, respectivamente). .. 150

Figura 64: Esquema da volumetria geral da Estação de Mairinque. .................................................... 151

Figura 65: Esquema simplificado da estrutura de sustentação da cobertura. ..................................... 152

Figura 66: Esquema de linhas verticais e horizontais. ......................................................................... 153

Figura 67: Foto da área do Buffet da estação em meados de 1910. Nessa fotografia é possível atestar a

regularidade e linearidade criada pelos pilares e condutores pluviais em contraposição a horizontalidade

dos bancos fixados nas paredes cegas e dos frisos nas colunas. .......................................................... 154

Figura 68: Quiosque alocado entre as plataformas da estação de Cordeirópolis e guichê central

localizado no volume intermediário da Estação de Mairinque, respectivamente ................................ 156

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Figura 69: Palácio Stoclet (A), Secession Haus (B), Estação de Helsinki (C) e Estação de Karlsplatz (D),

entrada do Gabinete do Telégrafo do Jornal “Die Zeit” (E), respectivamente. ................................... 159

Figura 70: Projeto de um teatro não construído (1901) de Charles Mackintosh. ................................ 160

Figura 71: Fotografia da estação projetada por Dubugras. Destaque para a estrutura de cobertura

aparente e os elementos de iluminação. ............................................................................................... 164

Figura 72: Nota do jornal Correio Paulistano acerca das obras da Estação de Mairinque. ................. 166

Figura 73: Estação de Mairinque em fotografia de 1908. .................................................................... 168

Figura 74: Estação de Mairinque em fotografia de 1911. .................................................................... 169

Figura 75: Primeiro estudo de Dubugras para a Estação (1906). ........................................................ 173

Figura 76: Segundo estudo de Dubugras para a Estação (1906). ........................................................ 179

Figura 77: Planta gerais dos diferentes pavimentos que compõe a Estação. ....................................... 183

Figura 78: Planta detalhada do Pavimento Térreo. .............................................................................. 185

Figura 79: Planta detalhada do Pavimento Superior. ........................................................................... 187

Figura 80: Planta detalhada da Cobertura. ........................................................................................... 189

Figura 81: Elevações e corte do projeto definitivo. ............................................................................. 191

Figura 82: Corte longitudinal esquemático do projeto definitivo da Estação. ..................................... 193

Figura 83: Diferentes curvaturas utilizadas no projeto em planta da Estação. .................................... 194

Figura 84: Diferenciação entre o projetado e o construído na face transversal da área central. .......... 195

Figura 85: Diferenciação entre o projetado e o construído na fachada da área do armazém. ............. 196

Figura 86: Desenvolvimento da elevação do projeto da Estação de Mairinque. ................................. 199

Figura 87: Desenvolvimento das plantas do projeto da Estação de Mairinque. .................................. 201

Figura 88: Desenvolvimento da setorização das funções do projeto da Estação de Mairinque. ......... 205

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Figura 89: Eixo central na evolução da Estação de Mairinque. ........................................................... 208

Figura 90:Estação de Varginha (MG) e estação de Campina Grande (PB). ........................................ 210

Figura 91: Fotografias antigas que compõe o arquivo de tombamento do CONDEPHAAT. ............. 219

Figura 92: Modelo da placa comemorativa. ........................................................................................ 221

Figura 93: Delimitação da poligonal de entorno (primeira e segunda proposta, respectivamente). .... 225

Figura 94: Isolamento da edificação. ................................................................................................... 229

Figura 95: Perda de percepção da construção. ..................................................................................... 229

Figura 96: Alterações ocasionadas pela pintura da volumetria. .......................................................... 231

Figura 97: Substituição do relógio e dos painéis ................................................................................. 232

Figura 98: Elementos enfatizados através de pinturas. ........................................................................ 233

Figura 99: Sucessivas intervenções nos condutores (A-D) e patologia nos pilares (E). ...................... 235

Figura 100:Janelas venezianas substituídas por janelas de vidro fixo. Destaque para as expressivas vigas

radiais. .................................................................................................................................................. 236

Figura 101:Portas e janelas de padrão distinto e inserida através de adaptações dos espaços(A e B) e

modificação de elementos originais (C). ............................................................................................. 237

Figura 102: Perda das características do espaço central. ..................................................................... 238

Figura 103: Intervenções nos ambientes e nas circulações. ................................................................. 241

Figura 104: Proposta de intervenção dos condutores da PLANART (1979). ...................................... 246

Figura 105: Memorial Descritivo do H2A-Arquitetura e Restauração. ............................................... 247

Figura 106: Plantas do primeiro lugar no concurso do Edital ProAC nº13/2014. ............................... 251

Figura 107: Perspectiva das pranchas do concurso (2014) e do memorial descritivo (2015),

respectivamente. ................................................................................................................................... 251

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Figura 108: Perspectiva isométrica primeiro lugar do concurso de restauro para a Estação de Mairinque.

.............................................................................................................................................................. 253

Figura 109: Implantação geral do segundo colocado com a indicação das inserções e modificações

gerais. ................................................................................................................................................... 254

Figura 110: Planta da Estação e sua integração com o restaurante (vagão e edifício de apoio). ......... 255

Tabela 1: Ferrovias em atividade na província de São Paulo ao fim do Império. ................................. 96

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LISTA DE ABREVIATURAS   ALL – América Latina Logística

CONDEPHAAT – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico

DEPROT – Departamento de Proteção do IPHAN

DID – Departamento de Identificação e Documentação do IPHAN

EFS – Estrada de Ferro Sorocabana

FEPASA – Ferrovia Paulista S.A

FERROBAN – Ferrovia Bandeirantes S.A

GCR – Great Central Railway

HASAA – Helena Ayoub Silva & Arquitetos Associados

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

PLANART – Planejamento e Arquitetura Ltda.

ProAC – Programa de Ação Cultural

RFFSA – Rede Ferroviária Federal S. A.

SEC – Secretaria da Cultura

SIAA – Shundi Iwamizu Arquitetos Associados

SOP – Superintendência de Obras Públicas do Estado de São Paulo

SPR – São Paulo Railway Company

TICCIH – The International Committee for the Conservation of Industrial Heritage

9ªSR/SP – 9ª Superintendência Regional do IPHAN

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 25

1 – O ARQUITETO 31

1.1. O PROJETISTA E A ESTAÇÃO 32

1.2. TRAJETÓRIA 39

1.3. ART NOUVEAU 64

2 – ARQUITETURA FERROVIÁRIA 89

2.1 A SOROCABANA 90

2.2 AS ESTAÇÕES 104

2.3 AS ESTAÇÕES NO BRASIL 127

3 – O PROJETO 141

3.1 O PROJETO E SUAS CIRCUNSTÂNCIAS 143

3.2 A TRAJETÓRIA DO PROJETO 170

4 – TOMBAMENTO, INTERVENÇÕES E RESTAURO 213

4.1 TOMBAMENTOS 214

4.2 INTERVENÇÕES 228

4.3 RESTAURO 243

5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS 257

6 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 265

7 – ANEXOS 281

7.1 QUADRO DE INTERVENÇÕES 282

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A arquitetura de Victor Dubugras revela muito da diversidade das vertentes arquitetônicas que se

difundiram no final do século XIX e início do XX nas áreas industrializadas do Brasil. Detentor de um

vocabulário extremamente singular, o arquiteto aliou, ao longo de sua carreira profissional, uma extensa

pesquisa formal e construtiva, transitando entre os estilos neogótico, Art Nouveau, neocolonial e

moderno. Em seus projetos, técnicas tradicionais eram empregadas de forma inovadora em soluções

integradas e sóbrias.

A escolha do tema da presente dissertação de mestrado foi conduzida pelo amplo campo de

possibilidades de uma pesquisa articulando o vasto universo da arquitetura ferroviária produzida no

Brasil, o ainda pouco estudado impacto do Art Nouveau no país e a instigante trajetória profissional do

arquiteto francês Victor Dubugras. Na tênue linha de confluência entre os temas, a Estação Ferroviária

de Mairinque foi eleita como objeto de pesquisa. O trabalho busca ampliar a compreensão do

desenvolvimento do projeto de arquitetura e da trajetória deste prédio ao longo de seus mais de cem

anos de existência.

Um dos objetivos da pesquisa é entender a partir de sua trajetória e formação, como o arquiteto

Victor Dubugras se aproxima do Art Nouveau e dos temas associados ao funcionalismo na arquitetura

e como os aplica no projeto da Estação Ferroviária de Mairinque em termos de concepção arquitetônica,

programa, arranjos dos espaços internos, detalhamento e implantação. Também, é sua intenção

compreender a elaboração do projeto da Estação Ferroviária de Mairinque, investigando seu

desenvolvimento das versões iniciais do projeto à definitiva. A partir da trajetória do prédio construído,

procura-se, ainda, verificar as intervenções nele realizadas, as iniciativas de preservação e suas

condições de conservação, buscando entender como o projeto inicial tem sido afetado por essas ações e

pela falta de outras.

O trabalho foi organizado em quatro capítulos, que constroem linhas de aproximação com os

objetivos estabelecidos. No primeiro capítulo (O Arquiteto), buscou-se apreender a arquitetura de Victor

Dubugras sob diferentes óticas. Seu primeiro item (O Projetista e a Estação) identifica leituras e

representações do arquiteto e da Estação Ferroviária de Mairinque pela historiografia da arquitetura

brasileira. Os itens seguintes (Trajetória e Art Nouveau) abordam a carreira profissional de Dubugras,

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o desenvolvimento de sua linguagem frente às vertentes arquitetônicas com as quais lidou e seus projetos

– sobretudo aqueles vinculados ao estilo Art Nouveau. Nesta parte, se busca avaliar criticamente

algumas concepções do arquiteto, suas aproximações com referenciais europeus e a presença de algumas

similaridades – em termos de soluções espaciais, linguagem e estruturação do programa – entre os

projetos.

Vários autores já se debruçaram na análise da extensa e relevante produção arquitetônica de

Dubugras, oferecendo contribuições fundamentais para a compreensão dessa obra. Entre estes autores

estão Flávio Motta (1957), Benedito Lima de Toledo (1985) e Nestor Goulart Reis Filho (1997, 2005)1,

em cujos estudos nos apoiamos para a compreensão da obra e da trajetória profissional do arquiteto.

O segundo capítulo (A Ferrovia) busca um aporte histórico acerca da implantação da ferrovia no

Brasil e das características da linguagem arquitetônica ferroviária no panorama europeu e nacional. Na

sua primeira parte (A Sorocabana) foram traçados vínculos entre as lavouras de café e a ferrovia,

apontando o papel fundamental do trem no processo de ocupação territorial paulista e estudando a

trajetória da Companhia Sorocabana e a inserção da Estação de Mairinque nesse contexto. Nos dois

itens seguintes (As Estações e As Estações no Brasil) buscou-se, em um primeiro momento,

compreender a formação e especialização da tipologia ferroviária através da análise de tratados

arquitetônicos contemporâneos ao período pesquisado e de exemplares edificados na Europa. Em

seguida, foi estudada a transposição desse arquétipo para o contexto nacional, observando-se os fatores

condicionantes e os processos de expansão e interpretação da linguagem. Como forma de

exemplificação, distinguiram-se os partidos arquitetônicos de estações ferroviárias de diferentes

Companhias brasileiras.

O terceiro capítulo (O Projeto) analisa a Estação Ferroviária de Mairinque. Sua primeira parte (O

Projeto e suas Circunstâncias) discorre sobre o projeto da Estação: implantação, composição

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volumétrica, uso da linguagem Art Nouveau, congruência com obras de variados arquitetos europeus do

período, características protomodernistas, soluções estruturais, etc.

A segunda parte do capítulo (A Trajetória do Projeto) explora o processo de constituição do

projeto da Estação, através de análises de estudos de Dubugras para a edificação presentes no acervo da

Biblioteca da FAU-USP e de desenhos do projeto final. Verificou-se que as experimentações testadas

nos estudos conduziram a soluções técnicas e formais que seriam refletidas no projeto final. Como parte

dos resultados das análises empreendidas neste capítulo, foi elaborada uma leitura da construção da

volumetria da Estação e das intervenções realizadas no prédio por meio de um vídeo (stop motion).

Convém indicar que a incorporação dessa metodologia foi muito proveitosa por sua didática e

dinamismo, inclusive pelas possibilidades de produção de desenhos que se converteram em essenciais

às análises realizadas.

O capítulo quatro (Tombamento, Intervenções e Restauro) debruça-se sobre a trajetória do prédio

construído. Trata dos impactos das modificações ou reparos realizados no prédio sobre sua forma

original, bem como das medidas de proteção legal no âmbito estadual e federal e de propostas de restauro

elaboradas.

A pesquisa envolveu estudos teóricos em obras de arquitetura, urbanismo, história e geografia.

Realizou levantamentos em arquivos públicos e bibliotecas junto a fontes primárias – projetos

arquitetônicos, materiais iconográficos, jornais, matérias em periódicos. Foram consultadas as

informações referentes aos processos de tombamento da Estação junto ao Conselho de Defesa do

Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico (CONDEPHAAT) (Processo n° 24383/86) e

ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) (Processo de Tombamento nº 1434-

T-98) nas sedes do Rio de Janeiro (Arquivo Noronha Santos) e São Paulo (9ª Superintendência Regional

do IPHAN em São Paulo)2. Também foram analisadas as informações presentes no “Relatório técnico

para as obras de recuperação da estação de Mairinque”, apresentado à Ferrovia Paulista S.A (FEPASA)

2 Os conteúdos de ambos os processos são similares, porém enquanto a Superintendência de São Paulo conserva alguns ofícios mais direcionados ao andamento dos estudos e um levantamento fotográfico mais extenso, o Arquivo Noronha Santos mantém um arquivo com trâmites mais amplos, abarcando desde a solicitação de tombamento até a inscrição da Estação no Livro de Tombo.

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pela empresa Planejamento e Arquitetura Ltda. (PLANART), por tratar-se de um dos poucos registros

encontrados que avalia as condições da Estação após o término da construção no começo do século XX.

Também se realizou um levantamento in loco da edificação na cidade de Mairinque onde, através de

mapeamentos e registros fotográficos, foram registradas as atuais características e estado de conservação

da Estação. As análises acerca do objeto de estudo se apoiaram neste material e em ensaios realizados

através de um vídeo e de um conjunto de desenhos.

A partir de seu tema, objeto e método, a pesquisa pretende oferecer uma contribuição

metodológica – explorando maneiras de leituras de um projeto – e à história da arquitetura da era

industrial – investigando a obra de Dubugras, a tipologia das estações ferroviárias e as soluções plásticas

e técnicas buscadas em um projeto peculiar.

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Victor Dubugras e a Estação Ferroviária de Mairinque: a trajetória de um projeto

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O arquiteto Victor Dubugras e seu projeto para a Estação Ferroviária de Mairinque estão inseridos

no contexto das transformações da arquitetura do final do século XIX e início do XX. As temáticas

abordadas neste trabalho foram trazidas pela imersão na obra do arquiteto e em seus escritos, trabalhadas

a partir do contexto no qual os conceitos aplicados foram gerados, investigando interlocuções,

adequações, aplicações e distanciamentos. Indagando sentidos externos e internos de sua obra.

A vasta, consistente e diversificada arquitetura praticada por Dubugras em solo brasileiro se

distinguiu por seu caráter experimental frente às novas possibilidades tipológicas, técnicas, construtivas

e estéticas.

Durante o período em iniciou sua carreira no Brasil, colaborando na SOP, os projetos de edifícios

de grupos escolares e de câmaras e cadeias atendiam aos programas de necessidades pré-estabelecidos

pelo órgão público. Conforme os parâmetros passíveis de modificação, eram marcados por uma

habilidosa articulação de volumetrias despojadas, ornatos vinculados a aspectos construtivos e fachadas

sem revestimentos. Uma postura comprometida com a experimentação perdurou por toda sua trajetória

profissional. Nos primeiros decênios do século XX, já consolidado em seu escritório próprio, uma série

de projetos possibilitaram a Dubugras uma maior desenvoltura compositiva e criativa, onde se

notabilizam diversas residências Art Nouveau para a burguesia paulistana e a encomenda de uma

pequena estação pela Companhia União Sorocabana Ituana.

Na Estação de Mairinque, uma de suas concepções mais expressivas, a sofisticação e

inteligibilidade das soluções projetuais apoia-se no harmonioso arranjo plástico e construtivo, que

articula demandas estéticas e funcionais.

Na historiografia da arquitetura brasileira há um grande esforço de identificação da Estação com

um ensaio de procedimentos arquitetônicos e materiais que posteriormente se vinculariam ao

Movimento Moderno.

Contudo, no decorrer do trabalho pôde-se verificar que a qualidade das escolhas projetuais

transcende à atribuição de inovação que lhe é tão destacada. Primeiro porque, apesar de soluções

plásticas e técnicas da Estação contrastarem com o padrão que ia se firmando nas pequenas estações

ferroviárias do interior, alguns recursos empregados são decorrentes da implantação em ilha. De fato,

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em razão da construção ser cercada por trilhos, a falta de definição de uma fachada principal e o

espelhamento das soluções volumétricas foram características frequentemente associadas a esse tipo de

estação, como observado nas edificações brasileiras de Cachoeira Paulista e General Carneiro e nas

inglesas de Four Oaks e Clough Fold. A indicação do acesso principal por meio de um túnel, embora

tenha sido pouco promovida em projetos de estações ferroviárias, mostrou-se operacionalmente eficaz

e também trouxe a possibilidade de se pensar na fachada transversal como tão relevante quando as

demais.

O prédio também se atrela fortemente ao processo de expansão das ferrovias pelo interior paulista

e incorpora diretrizes ferroviárias – quanto ao programa, setorização de atividades e distribuição de

fluxos – sem abdicar de respondê-las de um modo particular. Alguns procedimentos arquitetônicos e

técnicas construtivas – como a estrutura modular dos volumes laterais, a cobertura atirantada e o

emprego do concreto armado –, possuem um caráter pioneiro no Brasil e mostram ser solidários com a

localidade e as possibilidades de materiais disponíveis.

Igualmente determinante para o delineamento desse projeto foi o tratamento da linguagem

volumétrica, que possui sintonia tanto com as tendências arquitetônicas que haviam sido desenvolvidas

na Europa pela Sezession vienense e pelo Art Nouveau escocês, como com o que estava sendo concebido

pelo seu projetista no período. A Estação representou, nessa fase da carreira de Dubugras, um momento

de transição de orientação e de experimentação dentro das vertentes do Art Nouveau, demonstrando um

certo afastamento dos partidos mais orgânicos e dos volumes convexos utilizados em seus projetos

iniciais no estilo, e evidenciando, através do emprego de linhas austeras e formas lineares, algumas

orientações que seriam repetidas no decênio de 1910.

De resto, mais que apontar as inovações adotadas, interessa entender a lógica projetual que levou

a elas. A análise dos estudos realizados por Dubugras durante a realização do projeto da Estação,

presentes no acervo da FAU/USP, possibilitou uma leitura ampla e apurada de seu pensamento projetual

na elaboração da solução definitiva, demonstrando que as experimentações que transpassam a obra

trazem uma gama de nuances e complexidades que merecem serem incorporadas na leitura do resultado

final. Dentro dessa perspectiva, convém destacar a importância que a análise de desenhos adquiriu na

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Victor Dubugras e a Estação Ferroviária de Mairinque: a trajetória de um projeto

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pesquisa, uma vez que permitiu o reconhecimento e a análise da obra não somente a partir de associações

já estabelecidas, mas também de novas interpretações.

Foi possível identificar que o partido arquitetônico foi progressivamente apurado. Ao passo que

as linhas e proporções horizontais perderam expressão plástica para as verticais, a transposição dos

contornos arredondados dos volumes laterais para o pavimento superior e para a área interna do volume

central auferiu uma maior aproximação com o Art Nouveau, no sentido de propor um maior diálogo

entre as organizações externas e internas. Os torreões e a cobertura metálica mantiveram,

continuamente, a mesma orientação e arrojo formal, confirmando o papel relevante que têm na

composição.

Todos os desenhos manifestam clareza de entendimento das necessidades da tipologia e do

programa. Desde a primeira versão estudada, a organização das funções já se encontrava praticamente

definida e as elevações já expunham uma simetria imposta pela implantação. A definição das circulações

verticais e do pavimento superior, entretanto, foi profundamente reestruturada tanto no sentido de

compatibilização formal, quanto do ponto de vista organizacional.

O refinamento da orientação estética dos volumes laterais mostra que a reciprocidade das relações

entre cheios e vazios sempre esteve atrelada a uma coerência funcional interna. A evolução das plantas

evidencia que o ritmo das aberturas dos espaços sociais – buffet e sala das damas – foi mantido

consideravelmente mais intenso que o do espaço de serviço – armazém. Todavia, essa acentuada noção

de ritmo e simetria volumétrica materializou alguns contrastes nos desenhos do projeto definitivo, sendo

significativamente sentida na definição dos blocos secundários da elevação longitudinal: o rígido

espelhamento da relação entre aberturas e bancos se contrapõem ao esquema de aberturas ligado à

especialização dos ambientes – mais aberta no buffet que no armazém – exposto em planta.

Assim, de forma geral, o projeto da Estação expõe uma grande maestria na manipulação de suas

condicionantes, limitações e possibilidades. O prédio foi distinguido como excepcional desde sua

inauguração, como atestam as matérias publicadas no período pela Revista Polytechnica (1908) e pela

La Construction Moderne (1911). Trabalhos e pareceres posteriores reafirmaram essa condição.

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Projetos de estações posteriores, como as de Campina Grande e Varginha, certamente tomaram a

Estação como referência, evidenciando sua condição de projeto paradigmático.

Porém, na trajetória do prédio construído, apesar de seus traços gerais terem sido conservados,

uma série de intervenções pontuais e desarticuladas realizadas ao longo das décadas o desfiguraram e

prejudicaram a apreensão da concepção original. Ainda que as diferentes gestões e atividades

operacionais da Estação ao longo dos mais de cem anos de existência do prédio tenham alterado a

distribuição interna dos ambientes para sua adaptação, grande parte das intervenções realizadas não

partiu de necessidades operacionais da ferrovia. As alterações realizadas por troca de materiais e pinturas

de colorações diferentes na superfície inferior da volumetria, condutores pluviais, torreões, bancos e

esquadrias foram feitas de forma arbitrária e romperam o delicado equilíbrio e fluidez propostos por

Dubugras.

O reconhecimento patrimonial da Estação pelas instâncias governamentais – estadual e nacional

– se deu de forma relativamente tardia e com caráter emergencial, centrando as justificativas de

tombamento no uso precoce do concreto armado e na sua qualidade e particularidade dentro da produção

do projetista, de sua época e local. Condicionantes importantes do projeto arquitetônico e as relações do

prédio com o conjunto ferroviário circundante deixaram de ser sublinhadas.

Produzidas em distintos momentos e revelando diferentes formas de entendimento e interpretação

do bem, as quatro propostas de restauro da estação apresentam um rico arcabouço da maneira como

prédio foi abordado. As propostas iniciais voltaram-se mais a um reestabelecimento da construção ao

seu estado original, enquanto posteriormente passaram a integrar no escopo do trabalho as áreas

adjacentes em busca de uma nova relação com o contexto urbano onde se insere.

Após abordar uma obra que já foi objeto de atenção de notáveis historiadores de nossa arquitetura,

esta pesquisa buscou contribuir para este notável esforço de compreensão do excepcional projeto da

Estação de Mairinque, assim como lançar novas luzes sobre a instigante trajetória profissional do

arquiteto Dubugras. Está subjacente a esta pesquisa o incômodo com a situação atual da obra estudada

e o desejo de contribuir – através de informações, desenhos, fotos e análises – de alguma forma, para a

preservação da obra estudada e de toda a riqueza arquitetônica que ela traz.

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Fonte: PUJOL JUNIOR (1908, p.186)

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