88 - princypios fisiolygicos da acne e a utilizayyo de diferentes tipos de ycidos como forma de...

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1. Pós-graduanda em Fisioterapia Dermato-funcional – Faculdade Cambury 2. Doutorando da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, FAMERP, São José do Rio Preto, São Paulo, Brasil. Princípios Fisiológicos da ACNE e a utilização de diferentes tipos de ácidos como forma de Tratamento Ellen Jaime Dos Santos Sudo¹ e-mail: [email protected] Luís Ferreira Filho² e-mail: [email protected] Pós-Graduação em Fisioterapia Dermato-Funcional Faculdade Cambury Resumo A acne é a mais comum das doenças do folículo pilossebáceo da pele humana, causada por múltiplos fatores e que leva ao aparecimento de algumas lesões características. É uma doença extremamente comum que geralmente tem início na puberdade. Torna-se menos evidente no final da adolescência. Segundo dados americanos o acne afeta 80- 85% dos indivíduos com idades compreendidas entre os 12 e os 25 anos, caindo este número para 8% nos indivíduos entre os 25 e os 34 anos, e para 3% entre os 35 e os 44 anos. Atinge ambos os sexos, sendo geralmente mais grave nos homens e mais persistente nas mulheres. Apresenta uma menor incidência em asiáticos e negros. A acne tem habitualmente um efeito psicológico de curto prazo mais com potencialidade de se manter e que pode tornar-se grave. Não tratada a acne severa ou nódulo-quística pode dar origem a cicatrizes inestéticas ou mesmo desfigurantes, as quais são, por si próprias, difíceis de tratar. A utilização dos ácidos nas alterações estéticas tem tornado-se cada vez mais eficazes. Os Peelings químicos geram uma destruição controlada da epiderme, através da aplicação de agente cáusticos que tem função de posteriormente regenerar os tecidos. Diversos são as formas para o tratamento da acne, este trabalho enfatiza a utilização dos diversos tipos de ácidos responsáveis por esta renovação celular e a eficácia de cada um por suas extremas eficácias na eliminação das bactérias responsáveis pelas infecções cutâneas. Palavras-chave: Acne ; Tratamento; Peeling. 1.Introdução A acne é uma afecção dermatológica que atinge as unidades pilossebáceas de algumas áreas do corpo, sendo bastante frequente entre os adolescentes (80%) (MANFRINATO, 2009). A acne é a mais comum das doenças crônicas do folículo pilossebáceo da pele humana, causada por múltiplos fatores e que leva ao aparecimento de vários tipos de lesões. No entanto, Ribeiro (2010) sugere que apenas 10 a 20% dos portadores de acne precisam de tratamento medicamentoso, que divide-se em interno (via oral) e externo(via tópica). São vários os tipos de acne, entre elas destaca-se a acne da mulher adulta (tardia), acne cosmética, acne medicamentosa, sendo a mais comum é a acne vulgar que acomete jovens na idade da puberdade (BORELLI, 2004). Para Baumann (2004), a puberdade é caracterizada por ser uma fase que ocorrem picos hormonais intensos, com isso o corpo muda significativamente, podendo surgir lesões podendo surgir lesões de acne em algumas regiões do corpo, especialmente na face. De causa etiológica multifatorial a acne é uma afecção dermatológica que provoca alterações físicas e emocionais nos indivíduos acometidos em consequência do aspecto inestético que a pele passa apresentar em virtude da formação de comendões, pápulas, cisto, nódulos e pústulas que tendem a gerar cicatrizes escavadas, deprimidas e hipertróficas na pele (LIMA, 2006; MANFRINATO, 2009).

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Page 1: 88 - PrincYpios FisiolYgicos Da ACNE e a UtilizaYYo de Diferentes Tipos de Ycidos Como Forma de Tratamento

1. Pós-graduanda em Fisioterapia Dermato-funcional – Faculdade Cambury 2. Doutorando da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, FAMERP, São José do Rio Preto, São Paulo, Brasil.

Princípios Fisiológicos da ACNE e a utilização de diferentes tipos

de ácidos como forma de Tratamento

Ellen Jaime Dos Santos Sudo¹

e-mail: [email protected]

Luís Ferreira Filho²

e-mail: [email protected]

Pós-Graduação em Fisioterapia Dermato-Funcional – Faculdade Cambury

Resumo

A acne é a mais comum das doenças do folículo pilossebáceo da pele humana, causada

por múltiplos fatores e que leva ao aparecimento de algumas lesões características. É

uma doença extremamente comum que geralmente tem início na puberdade. Torna-se

menos evidente no final da adolescência. Segundo dados americanos o acne afeta 80-

85% dos indivíduos com idades compreendidas entre os 12 e os 25 anos, caindo este

número para 8% nos indivíduos entre os 25 e os 34 anos, e para 3% entre os 35 e os 44

anos. Atinge ambos os sexos, sendo geralmente mais grave nos homens e mais

persistente nas mulheres. Apresenta uma menor incidência em asiáticos e negros. A

acne tem habitualmente um efeito psicológico de curto prazo mais com potencialidade

de se manter e que pode tornar-se grave. Não tratada a acne severa ou nódulo-quística

pode dar origem a cicatrizes inestéticas ou mesmo desfigurantes, as quais são, por si

próprias, difíceis de tratar. A utilização dos ácidos nas alterações estéticas tem

tornado-se cada vez mais eficazes. Os Peelings químicos geram uma destruição

controlada da epiderme, através da aplicação de agente cáusticos que tem função de

posteriormente regenerar os tecidos. Diversos são as formas para o tratamento da

acne, este trabalho enfatiza a utilização dos diversos tipos de ácidos responsáveis por

esta renovação celular e a eficácia de cada um por suas extremas eficácias na

eliminação das bactérias responsáveis pelas infecções cutâneas.

Palavras-chave: Acne ; Tratamento; Peeling.

1.Introdução

A acne é uma afecção dermatológica que atinge as unidades pilossebáceas de

algumas áreas do corpo, sendo bastante frequente entre os adolescentes (80%)

(MANFRINATO, 2009).

A acne é a mais comum das doenças crônicas do folículo pilossebáceo da pele humana,

causada por múltiplos fatores e que leva ao aparecimento de vários tipos de lesões. No

entanto, Ribeiro (2010) sugere que apenas 10 a 20% dos portadores de acne precisam de

tratamento medicamentoso, que divide-se em interno (via oral) e externo(via tópica).

São vários os tipos de acne, entre elas destaca-se a acne da mulher adulta (tardia), acne

cosmética, acne medicamentosa, sendo a mais comum é a acne vulgar que acomete

jovens na idade da puberdade (BORELLI, 2004).

Para Baumann (2004), a puberdade é caracterizada por ser uma fase que ocorrem picos

hormonais intensos, com isso o corpo muda significativamente, podendo surgir lesões

podendo surgir lesões de acne em algumas regiões do corpo, especialmente na face.

De causa etiológica multifatorial a acne é uma afecção dermatológica que provoca

alterações físicas e emocionais nos indivíduos acometidos em consequência do aspecto

inestético que a pele passa apresentar em virtude da formação de comendões, pápulas,

cisto, nódulos e pústulas que tendem a gerar cicatrizes escavadas, deprimidas e

hipertróficas na pele (LIMA, 2006; MANFRINATO, 2009).

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Clinicamente a acne é classificada conforme a sua tipologia em vulgar,

hiperandrogênica, iatrogênica, cosmética, escoriado, neonatal, conglobata, fulminante,

comendônica, pápulo-pustuloso grave, nódulo-quisto e da mulher adulta (GIACHETTI,

2008; MANFRINATO, 2009).

Conforme o seu grau de acometimento ou evolução clínica os diferentes tipos de acne

podem ser classificados em acne não inflamatória ou comendoniana, de grau leve,

moderado ou grave (MANFRINATO, 2009).

A acne é a doença de pele mais observada pelos dermatologistas, atua nas glândulas

sebáceas e folículos pilosos gerando inflamação crônica. Em geral a acne acaba

quando a puberdade chega ao fim, mas também pode estender-se até a quarta década de

vida e em certos casos ter início na idade adulta (GARTNER, 2007). Pode acometer

regiões da face, tórax, pescoço e braços em razão da localização das glândulas sebáceas

(RIBEIRO, 2006). É uma alteração cutânea não contagiosa, benigna que inicia na

unidade pilossebáceas. As glândulas sebáceas estão localizadas na derme,

desembocando no folículo piloso através de ductos (DAL GOBBO, 2007). A acne é

classificada de duas formas: acne não inflamatória e a acne inflamatória. A acne não

inflamatória tem presença de comendões, sem quadro inflamatório, já a acne

inflamatória é classificada em cinco graus, de acordo com a intensidade, quantidade e

características das lesões: Grau I – Acne Comedogênica; Grau II – Acne Papúlo-

pustulosa; Grau III – Acne Nódulo-cística; Grau IV – Acne Conglobata; Grau V–Acne

fulminans (PIMENTEL, 2011).

Segundo Padova & Varottui (2007), o ácido salicílico é pouco solúvel em água e,

em solução alcoólica pode ser utilizado como peeling de forma superficial, em

concentração de 20% e 30%, sendo que, quando associado a outros tipos de ácidos

promove um melhor resultado. Apresenta ação queratolítica resultando em um rápido

rejuvenescimento do extrato germinativo da pele, não ocorrendo qualquer tipo de

inflamação ou degeneração do local tratado. Sua indicação para tratamento de acnes

comendônicas e pápulo-pastosas é frequente devido à grande capacidade em promover

turnover celular e ser de fácil uso.

Os estudos de Teixeira (2012)apontam que pacientes que estão em tratamento com

isotretinoína oral podem ser submetidos, concomitantemente, a procedimentos tópicos,

como Peelings físicos superficiais e químicos de baixa concentração, com bons

resultados terapêuticos.

Os Peelings químicos geram uma destruição controlada da epiderme e, ou derme,

através da aplicação de agentes cáusticos, com posterior regeneração dos tecidos

(BAGATIN, TEIXEIRA, 2008). Realizam uma renovação celular, obtendo-se assim um

refinamento na pele, agindo em diversas alterações estéticas dentre elas, atenuando

rugas superficiais, removendo comendões e reduzindo discromias (CARVALHO,

2006). O ácido mandélico é um Alfa-hidroxiácido (AHA) derivado do extrato de

amêndoas amargas e utilizado farmacologicamente em tratamentos de acne e

hiperpigmentações. Age no processo infeccioso da acne, combatendo e prevenindo a

formação de novas bactérias e acelerando o processo de cicatrização, cooperando para o

tratamento de sequelas eventuais (PIMENTEL, 2011). Dentre os Alfa-hidroxiácido

(AHA’S) é o que tem maior peso molecular, promove um efeito uniforme para a pele e

também atenua transtornos decorrentes da aplicação de ácidos. É benéfico para

tratamentos de hiperpigmentações, acne inflamatória não cística e no envelhecimento da

pele. Atua no processo infeccioso da acne, combatendo as bactérias, auxiliando na

prevenção de novas lesões e sendo um adjuvante no tratamento de possíveis sequelas

(JAHARA,2006).

O ácido salicílico é um ceratolítico e ajuda a reduzir os comendões. É usado em loções e

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sabonetes, geralmente em associação com outras terapias. Contudo pode ser irritante

causando eritema e descamação.

O ácido azelaíco tem efeito clareador nas hiper-pigmentações residuais em

concentrações de 15% a 20%, e tem eficácia comparável a alguns antibióticos (com

ação contra Streptococcus epidermidis e P. acnes); está indicado para acne

comendoniana e nas formas leves pápulo-pustulosas e pode ser usado na gestação. Uma

outra opção para o período da gestação é a nicotinamida tópica, um produto com leve

ação anti-inflamatória.

Okubo (2004) define que os AHAs fazem parte de um grupo de substâncias utilizadas

nessas categorias de peeling. São compostos derivados do leite (ácido lático), frutas

cítricas (ácido maléico e cítrico), uva (ácido tartárico) e cana-de-açúcar (ácido

glicólico), mas também podem ser de origem sintética. Diferenciam-se pelo tamanho da

molécula, sendo o ácido glicólico menor e, portanto, com maior poder de penetração na

pele. São eficientes no tratamento de rugas, desidratação, espessamento e pigmentação

irregular da pele.

2.Fundamentação Teórica

2.1 Pele

A pele é um dos maiores órgãos, que atinge 16% do peso corporal e desempenha

múltiplas funções. Ela recobre a superfície do corpo e é constituída por uma porção

epitelial de origem ectodérmica, a epiderme, e uma porção conjuntiva de origem

mesodérmica, a derme (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2008).

A pele é dividida entre epiderme, derme e hipoderme, sendo que na derme fica a

localização dos folículos pilossebáceos que dão uma invaginação profunda da epiderme

na derme. Além disso, são encontradas ainda na derme, além de folículo pilossebáceo,

as seguintes estruturas derivadas da epiderme: unhas, glândulas sebáceas e sudoríparas.

Figura 1: Estrutura da pele

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De acordo Moffat & Harris (2007), o sistema tegumentar é um dos maiores órgãos do

corpo humano, protegendo-o do ambiente externo, em especial de bactérias. Esse orgão

evita a perda de líquidos corporais, sintetiza vitamina D e ajuda na regulação da

temperatura corporal. O tegumento, também, tem outras funções como órgão excretor e

sensorial. A pele apresenta como um elemento de identificação de uma pessoa O

tegumento é um sistema de camadas composto pela epiderme, a derme e o tecido

subcutâneo. A epiderme é a camada mais delgada e externa da pele, composta das

camadas: estrato córneo (ceratinizada). A camada seguinte é conhecida como estrato

lúcido. Essa camada contém poucas camadas de ceratinócitos achatados e mortos. A

última camada é o estrato basal. A segunda camada da pele é a camada mais espessa do

que a anterior e é denominada derme. A derme é diferenciada em camada papilar e

camada reticular. A derme papilar auxilia a camada basal a formar a junção epiderme-

derme. O tecido subcutâneo, também conhecido como hipoderme, está abaixo da

epiderme e da derme e sustentando essas estruturas e é formado tecido adiposo, tecido

conectivo e tecido elástico. As estruturas microscópicas que compõe a pele são

numerosas, entre as quais se incluem os melanócitos. Os melanócitos são células

dendríticas que produzem a melanina e são encontrados na epiderme. Outro tipo de

célula da camada epidermal são as células de Langerhans. Estas células também são do

tipo dendrítico e auxiliam no desencadeamento da resposta imunológica se a pele sofrer

ruptura. Baumman (2004) salienta que o conhecimento das estruturas básicas da

epiderme capacita ainda mais o médico a melhorar a aparência da pele dos pacientes.

Assim, identifica-se a necessidade de conhecimento dessas importantes estruturas do

sistema tegumentar para o entendimento das reações e recuperação da pele lesionada.

2.2 Acne

Segundo Souza (2005) o acne é uma doença da unidade pilossebácea (composta pelo

folículo piloso e pela glândula sebácea), que possuí vários fatores capazes de serem

desencadeante, tornando-se muitas vezes difícil diagnosticar o que realmente ocasionou

seu surgimento, afeta normalmente áreas onde estas são maiores e mais numerosas

(face, tórax e dorso). Gomes (2006) define os graus da acne em:

Acne grau I: (Acne comedogênica - não inflamatória) Apresenta pele oleosa,

comendões abertos e comendões fechados.

Acne grau II: (Acne papulopustulosa inflamatória) Apresenta pele oleosa,

comendões abertos, comendões fechados, pápulas, pústulas, nódulos e cistos.

Acne grau III: (Acne nódulo-cística inflamatória) Apresenta pele oleosa, comendões

abertos e comendões fechados.

Acne grau IV: (Acne fulminante) Forma infecciosa e sistêmica da acne, de causa

desconhecida e inicio abrupto, que acomete predominantemente o sexo masculino.

Apesar de rara é devastadora e grave. A etiologia da acne fulminante não é a mesma

da acne vulgar, ou seja, não ocorre com o mesmo processo de obstrução do folículo

pilossebáceo, hipersecreção e fatores hormonais. Em alguns casos o individuo

acometido possui pápulas, pústulas e nódulos que evoluem para úlceras. Pode

também haver dores nas articulações e febre. O tratamento é exclusivo por médicos.

O evento patológico primário do acne consiste na obstrução da unidade pilossebácea

que dá origem ao microcomendão. Quando este aumenta de tamanho, e o orifício

folicular se dilata, surge o comendão aberto (ou ponto negro), que geralmente não

inflama. Quando o orifício não se dilata surge o comendão fechado (ou ponto branco), o

precursor das lesões inflamatórias. As paredes do folículo distendidas e inflamadas

(pápula) podem romper e espalhar o seu conteúdo para a derme provocando uma reação

inflamatória de corpo estranho (pústulas e nódulos).

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2.3 Hipersecreção sebácea

A acne acomete primariamente face, tórax anterior e dorso, áreas com grande

concentração de folículos pilossebáceos.

Por volta dos sete anos de idade, as glândulas sebáceas e o queratinócitos foliculares são

estimulados por hormônios androgênicos, implicando maior produção sebácea e

hiperqueratose folicular, com formação de microcomendões e, posteriormente lesões

inflamatórias. As células sebáceas e os queratinócitos possuem enzima como 5α

redutase, 3β- e 17β-hidroxiesteróide deidrogenase que são capazes de metabolizar os

androgênios.

Com o tempo, as células sebáceas se diferenciam e se rompem, liberando lipídios no

ducto sebáceo e folículo. De modo geral, a produção sebácea depende dos androgênios

circulantes e da resposta da unidade pilossebácea. Os lipídios sebáceos são regulados,

em parte, por receptores ativados por proliferadores de peroxissoma e por um fator de

transcrição denominado SREBP (Sterol Responsive Elemen Binding Protein).

As glândulas sebáceas, por sua vez, representam funções endócrinas independentes na

pele, com participação importante na maturação hormonal cutânea. Constituem órgão de

função neuroendocrinoinflamatória que coordenam e executam a resposta local ao

estresse.

2.4Peeling

Os Peelings são classificados em quatro grupos de acordo com o nível de profundidade

da necrose tecidual provocada pelo agente esfoliante.

a)Muito superficial: irão afinar ou remover o estrato córneo e não criam lesão

abaixo do estrato granuloso.

b)Superficial: produzem necrose de parte ou de toda epiderme em qualquer parte do

estrato granuloso até a camada de células basais.

c)Médio: produzem necrose da epiderme e de parte ou toda a derme papilar.

d)Profundo: produz necrose da epiderme e da derme papilar que se estende até a derme

reticular.

De acordo com Rotta (2008), esse tipo de tratamento tem várias aplicabilidades, dentre

elas: casos de rugas, melanoses, queratoses actínicas, melasma, hiperpigmentação pós-

inflamatória, acnes e suas sequelas, cicatrizes atróficas, estrias, queratose pilar e

para clareamento da pele. No entanto é contra-indicado nos casos de Fotoproteção

inadequada, gravidez, estresse ou escoriações neuróticas, uso de isotretinoína oral

há menos de seis meses, cicatrização deficiente ou formação de queloides, história de

hiperpigmentação pós-inflamatória permanente, dificuldade para compreender e seguir

orientações fornecidas.

O peeling superficial é geralmente epidérmico e não apresenta riscos de complicações

ao paciente. Pode ser utilizado em todos os tipos de pele e em qualquer área do corpo.

Okubo (2004) Utiliza-se também a solução de Jessner, combinação de resorcina, ácido

salicílico, ácido lático e etanol. O CO2 sólido, denominado gelo seco, é geralmente

utilizado em casos de acne. O TCA, entre as numerosas substâncias ativas, pode ser

empregado nas formulações, em concentrações de 10 a 35%, desencadeando Peelings

de média profundidade.

A resorcina e o ácido salicílico, bem como o ácido láctico são princípios ativos

empregados em formulações esfoliantes para a execução de Peelings químicos que

têm como objetivo produzir uma lesão controlada na pele. Estas substâncias são

utilizadas no tratamento das queratoses e rugas actínicas, discromias pigmentares,

acnes vulgar e rosácea.

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Algumas complicações podem ocorrer, em geral, essas estão relacionadas à indicação

incorreta do procedimento, orientações deficientes ou não obedecidas pelo doente e/

ou má técnica de aplicação, dentre estas podemos citar: carreamento do agente

para áreas não tratadas com risco de cicatrizes, diluição do agente pela lágrima,

conjuntivite e úlcera de córnea, escoriações levando a infecção e

hiperpigmentação, erupção acneiforme, hipopigmentação, linhas de demarcação,

dermatite de contato irritativa ou alérgica, eritema ou prurido persistente, cicatrizes

atróficas ou hipertróficas e efeitos tóxicos.

2.5 Alguns Ácidos

2.5.1 Ácidos a-hidróxi (AHA)

São ácidos derivados de frutos que ocorrem naturalmente, como os ácidos glicólico,

láctico, tartárico e glucónico. Estão indicados no tratamento do acne não-inflamatória, e

atuam através da diminuição da obstrução folicular. Existem numa grande variedade de

apresentações, e devem ser aplicados em camada fina em toda área a tratar. Deve-se

avisar os doentes que durante as primeiras duas semanas de tratamento pode ocorrer

agravamento do acne.

Encontram-se como AHAs: ácido glicólico, derivado da cana de açúcar, o lático

derivado do leite do e do mel, o cítrico derivado das frutas cítricas, o málico derivado da

maçã e das pêras e o mandélico derivado de um extrato amargo das amêndoas e o ácido

tartárico derivado do vinho e em uvas.

AHA são utilizados no tratamento da acne devido à capacidade dos mesmos em

diminuir a coesão dos corneócitos em baixas concentrações e provocar separação dos

queratinócitos e epidermólise em concentrações mais elevadas, o que fornece a razão

fundamental para seu uso em formulações tópicas.

2.5.2 Ácido azelaico

Encontra-se no trigo, centeio e cevada. Está indicado no tratamento do acne não-

inflamatório e inflamatório, pois possui propriedades comedolíticas e bactericidas. Atua

normalizando a queratinização folicular e reduzindo a concentracão de P. acnes na

unidade pilossebácea. Existe na concentração de 20%, sob a forma de creme.

O ácido azelaico pode ser aplicado isoladamente duas vezes por dia, ou uma vez por dia

(pela manhã) em associação com uma aplicação de tretinoína (pela tarde). É uma boa

opção para doentes com pele seca e/ou clara, pois é hidratante, não provoca

fotossensibilidade, causa uma irritação cutânea mínima e reduz a hiperpigmentação pós-

inflamatória. Deve-se ter cuidado nos doentes com pele escura, pois estes podem

desenvolver hipopigmentação. Deve-se advertir os doentes que nas primeiras semanas

de utilização pode ocorrer prurido, sensação de queimadura e de picada, que tendem a

desaparecer com a continuação do tratamento.

2.5.3 Ácido glicólico

O ácido glicólico pode ser usado na acne comedogênica, papulopustulosa e

nodulocística, sendo que no caso de acne Papúlo-pustulosa e nodulocística é preciso

mais números de aplicações.

Segundo Almeida (2007), o mecanismo de ação do ácido glicólico ainda não é

totalmente conhecido e ainda permanece em analise, mas há evidências de que o uso

tópico também promove uma diminuição sebácea. O ácido glicólico é um ativo eficaz

no tratamento da acne porque é capaz de diminuir a coesão dos corneócitos e provocar a

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separação dos queratinócitos, o que fornece a razão fundamental para o seu uso em

formulações tópicas.

Os Peelings químicos superficiais de altas concentrações de ácido glicólico, por

exemplo, causam, geralmente dentro de três a cinco minutos, o branqueamento das

pápulas, pústulas e comendões. Ocorre também epidermólise subcorneal que pode

conduzir ao descamamento espontâneo das pústulas com desprendimento dos

queratinócitos, revestimento do epitélio folicular e descida ao ducto da glândula sebácea

devido a mais rápida penetração do ácido através da fina epiderme e do extrato córneo

sobre a pústula.

2.5.4 Ácido salicílico

O ácido salicílico é um beta-hidroxiácido ou ácido 2-hidroxibenzóico, extraído do Salix

Alba (salgueiro branco) usado em concentração de no máximo 20% (PIMENTEL,

2006; RIBEIRO, 2010). A ação esfoliante deste ativo induz a esfoliação da camada

córnea provavelmente por dissolução das lamelas (cimento celular) e/ou ao aumento da

proteólise dos corneodesmossomas (RIBEIRO, 2010).

Os princípios do tratamento da acne com o peeling de ácido salicílico baseiam-se no

efeito queratolítico, bacteriostática, fungicida, antimicrobiano e anti-inflamatório,

visando à correção do defeito da queratinizarão folicular, redução da atividade sebácea,

diminuição da população bacteriana e dos processos inflamatórios. Apresenta

característica lipofílica, o que facilita sua penetração na unidade sebácea o que o torna

efetivo contra comendões e lesões (BORGES, 2006; LEONARDI,2006; ROTTA,

2008).

O cuidado diário utilizando cosméticos como sabonete, tônico-adstringente e gel anti-

acne, cuja composição contém o ácido salicílico de 1% a 2%, visam reduzir a

oleosidade, o eritema e a inflamação (LEONARDI, 2008).

2.5.5 Ácido mandélico

O ácido mandélico é um Alfa-hidroxiácido (AHA) derivado do extrato de amêndoas

amargas e utilizado farmacologicamente em tratamentos de acne e hiperpigmentações.

Age no processo infeccioso da acne, combatendo e prevenindo a formação de novas

bactérias e acelerando o processo de cicatrização, cooperando para o tratamento de

sequelas eventuais (PIMENTEL, 2011). Dentre os Alfa-hidroxiácidos (AHA’S) é o que

tem maior peso molecular, promove um efeito uniforme para a pele e também atenua

transtornos decorrentes da aplicação de ácidos. É benéfico para tratamentos de

hiperpigmentações, acne inflamatória não-cística e no envelhecimento da pele. Atua no

processo infeccioso da acne, combatendo as bactérias, auxiliando na prevenção de

novas lesões e sendo um adjuvante no tratamento de possíveis sequelas (JAHARA,

2006).

3. DIAGNÓSTICO

É basicamente clínico.

a) História clínica:

Idade inicial do aparecimento das lesões;

Uso de medicamentos;

Atividades e/ou exposição ocupacional;

Doenças dermatológicas prévias;

Em mulheres: ciclo menstrual;

Sinais de androgenização.

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b) Exame físico:

Tipo de lesão;

Extensão do envolvimento e gravidade;

Hirsutismo;

Acantose nigricans.

c) Exames laboratoriais: dosagens sanguíneas não são rotineiras, a não ser que haja

suspeita de doença metabólica ou neoplásica, como síndrome dos ovários policísticos,

hiperplasia adrenal congênita de início tardio e tumores adrenal e ovariano

4. Métodos

A pesquisa bibliográfica é decorrente de pesquisas anteriores, em documentos

impressos, com artigos, livros e teses. Utiliza-se de dados já trabalhados por outros

estudiosos. O pesquisador trabalha a partir das contribuições dos autores dos estudos

analíticos constantes dos textos (SEVERINO,2010). Fachim (2010) corrobora que a

pesquisa bibliográfica refere-se ao conjunto de conhecimentos humanos, reunidos em

uma obra e tem a finalidade de conduzir o leitor a um assunto. E, que toda obra deve ter

o respaldo desse tipo de pesquisa. O presente trabalho foi realizado no período de

janeiro a março de 2014. Assim, buscou-se investigar pelos livros, base de dados e

revistas especializadas informações publicadas sobre o tema. A busca dos artigos foi

realizada nas bases de dados eletrônicos como o Scientific Electronic Library Online –

Scielo e Biblioteca Virtual em Saúde - Bireme. A busca dos artigos ocorreu mediante os

seguintes descritores: Acne, fisiopatologia da acne, tratamentos e ácidos. Foram

previamente selecionados 20 artigos na língua portuguesa publicados no período de

2000 a 2014 e utilizou-se todos para a construção do referencial teórico, cujo conteúdo,

atendia os critérios de inclusão determinados para alcançar o objetivo estabelecido.

5. Resultados e Discussão

A acne não possui perfil epidemiológico universal, é aceito que sua prevalência varie

entre 35% e 90% nos adolescentes, com incidência de 79% a 95% entre os adolescentes

do Ocidente (MENESES; BOUZAS, 2009).

A acne atinge em geral os adolescentes, 60% das mulheres e 70% dos homens passam

por isso na puberdade. Ocorre mais cedo na população feminina, por volta dos 14 anos,

já na masculina costuma surgir em torno dos 16 anos; em geral regride espontaneamente

após os 20 anos de idade. Costuma ser mais intensa nos homens, porém mais persistente

nas mulheres, devido à alta frequência de distúrbios endócrinos (AZULAY; AZULAY,

2008).

Na antiguidade, o homem notava que após abrasões ou esfoliações a pele tinha o poder

de se renovar, através das camadas profundas da pele, conservando-se sã e com

aparência jovial (DAL GOBBO, 2007). Os Peelings químicos são antigos na história,

rapidamente evoluíram e dentro do limite de suas aplicações podem ser utilizados em

diversas circunstâncias (DEPREZ, 2009).

Os Peelings químicos fazem uso da ação química de suas substâncias

(PIMENTEL, 2011). Classifica-se Peelings químicos em superficiais, médios ou

profundos (SOUZA, 2008). O peeling superficial é utilizado para corrigir

superficialmente alterações da pele, agindo na epiderme (PIMENTEL, 2011).

Os Peelings químicos geram uma destruição controlada da epiderme e, ou derme,

através da aplicação de agentes cáusticos, com posterior regeneração dos tecidos

(BAGATIN, TEIXEIRA, 2008). Realizam uma renovação celular, obtendo-se assim um

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refinamento na pele, agindo em diversas alterações estéticas dentre elas, atenuando

rugas superficiais, removendo comendões e reduzindo discromias (CARVALHO,

2006).

Os estudos de Teixeira (2012) apontam que pacientes que estão em tratamento com

isotretinoína oral podem ser submetidos, concomitantemente, a procedimentos tópicos,

como peelings físicos superficiais e químicos de baixa concentração, com bons

resultados terapêuticos.

De acordo com Padova & Varotti (2007),o termo AHA ou Alpha Hidroxy Acids é

utilizado dermatologicamente como sendo o ácido glicólico e ácido láctico, mas

pode ser usado também como ácido málico, cítrico e tartárico. O ácido láctico em

concentração de 70% causa epidermólise, lentamente sendo convertido em ácido

pirúvico, enquanto que o ácido glicólico, em 70% causa o mesmo efeito em bem

menos tempo. Sua principal indicação é para acnes e rugas.

Segundo Padova & Varottui (2007), o ácido salicílico é pouco solúvel em água e, em

solução alcoólica pode ser utilizado como peeling de forma superficial, em

concentração de 20% e 30%, sendo que, quando associado a outros tipos de ácidos

promove um melhor resultado. Apresenta ação queratolítica resultando em um rápido

rejuvenescimento do extrato germinativo da pele, não ocorrendo qualquer tipo de

inflamação ou degeneração do local tratado. Sua indicação para tratamento de acnes

comendônicas e pápulo-pastosas é frequente devido à grande capacidade em promover

turnover celular e ser de fácil uso.

A resorcina e o ácido salicílico, bem como o ácido láctico são princípios ativos

empregados em formulações esfoliantes para a execução de peelings químicos que

têm como objetivo produzir uma lesão controlada na pele. Estas substâncias são

utilizadas no tratamento das queratoses e rugas actínicas, discromias pigmentares,

acnes vulgar e rosácea(GUERRA, GUIMARÃES,2013).

Os peelings químicos geram uma destruição controlada da epiderme e, ou derme,

através da aplicação de agentes cáusticos, com posterior regeneração dos tecidos

(BAGATIN, TEIXEIRA, 2008). Realizam uma renovação celular, obtendo-se assim um

refinamento na pele, agindo em diversas alterações estéticas dentre elas, atenuando

rugas superficiais, removendo comendões e reduzindo discromias (CARVALHO,

2006).

O ácido mandélico é um Alfa-hidroxiácido (AHA) derivado do extrato de amêndoas

amargas e utilizado farmacologicamente em tratamentos de acne e hiperpigmentações.

Age no processo infeccioso da acne, combatendo e prevenindo a formação de novas

bactérias e acelerando o processo de cicatrização, cooperando para o tratamento de

sequelas eventuais (PIMENTEL, 2011). Dentre os Alfa-hidroxiácidos (AHA’S) é o

que tem maior peso molecular, promove um efeito uniforme para a pele e também

atenua transtornos decorrentes da aplicação de ácidos. É benéfico para tratamentos

de hiperpigmentações, acne inflamatória não-cística e no envelhecimento da pele. Atua

no processo infeccioso da acne, combatendo as bactérias, auxiliando na prevenção

de novas lesões e sendo um adjuvante no tratamento de possíveis sequelas

(JAHARA, 2006).

A acne necessita de tratamento adequado, e que evite o agravamento da doença para as

formas mais graves, com possíveis cicatrizes o que podem resultar em alterações

psicossociais, com efeitos prejudiciais que comprometam a qualidade de vida dos

indivíduos. O tratamento da acne deve prevenir e tratar cicatrizes e manchas, e atuar na

prevenção da reincidência da acne (PIMENTEL, 2011). O estudo da pele é de grande

importância, favorecendo a avaliação dos motivos que levam ao surgimento de doenças

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de pele, com o propósito de prevenir, ou interferir de modo específico (LUDWIG et al,

2006).

De acordo com PIMENTEL(2011), aplicações de ácido mandélico podem favorecer

o tratamento da acne e também são de extrema eficácia na eliminação de

bactérias que causam outras infecções cutâneas. Os alfa-hidroxiácidos não apresentam

toxicidade para os melanócitos, assim sendo podem ser utilizados em todas as estações

do ano e em peles escuras desde que seja utilizada a proteção solar adequada e eficaz

(DEPREZ,2009).Os peelings superficiais repetidos e realizados com intervalos

pequenos de tempo geram bons resultados, sobretudo para tratamentos de manchas de

acne, já que proporcionam uma textura nova na pele (SOUZA, 2008).

A acne necessita de tratamento adequado, e que evite o agravamento da doença para as

formas mais graves, com possíveis cicatrizes o que podem resultar em alterações

psicossociais, com efeitos prejudiciais que comprometam a qualidade de vida dos

indivíduos. O tratamento da acne deve prevenir e tratar cicatrizes e manchas, e atuar na

prevenção da reincidência da acne (PIMENTEL, 2011). O estudo da pele é de grande

importância, favorecendo a avaliação dos motivos que levam ao surgimento de doenças

de pele, com o propósito de prevenir, ou interferir de modo específico (LUDWIG et al,

2006).

Nem todos os casos de acne terminam na adolescência podendo persistir até os quarenta

anos em média. A causa dessa patologia ainda é muito discutida, muitos estudos relatam

que o estresse é um dos grandes fatores de exacerbação. A acne não pode ser curada,

mas pode ser controlada (BRITO, 2010).

Considerações Finais

A acne é uma erupção polimorfa caracterizada pela presença de comendões, pápulas,

pústulas e lesões nodulocística, com grau variável de inflamação e cicatrizes, inicia-se

na adolescência e na maioria dos casos diminui após os vinte anos de idade. Esta pode

causar distúrbios emocionais, que consequentemente podem agravá-la. Se não for

tratada de maneira adequada pode evoluir para formas mais graves, com cicatrizes

profundas. Diversas opções terapêuticas estão disponíveis, desde os esfoliantes,

antibióticos tópicos e sistêmicos até a isotretinoína sistêmica. A opção terapêutica

depende da forma clínica da acne, sua gravidade e algumas características individuais.

O tratamento da acne incluí a prevenção dessas cicatrizes e o tratamento de possíveis

manchas. Os tratamentos químicos geram uma destruição controlada da epiderme e, ou

derme, através da aplicação de agentes cáusticos, com posterior regeneração dos

tecidos. São inúmeros os ácidos existentes para o tratamento da acne. Os peelings por

realizarem essa renovação celular, diminuir a secreção sebácea, agir no controle das

bactérias, ajudando na prevenção de novas lesões e tratando lesões presentes,

comprovam sua eficácia no e sua ação benéfica no tratamento da acne. Sendo de

escolha do profissional o tipo do ácido utilizado de acordo com a necessidade de cada

caso.

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