87107948 dicionario sanscrito completo

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1 A â a, até; indica um movimento até o Sujeito (puruº a); interiorização. Âbhâsa Ser entendido, percebido ou compreendido; brilhar, estar claro. Abhâva destruição, supressão, desaparecimento, ausência. Abhayam Destemido. Abhi Através ou por meio de algo, mediante ou de acordo com algo, a causa de algo. Abhibhava Subjugação, desaparecimento; o contrário de manifestação ou surgimento. (Cf. prâdurbhâva) Abhidharma (em sânscrito; em páli, abhidhamma) ‘Ensinamento especial’; é a terceira parte do cânon budista (veja Tripitaka). O Abhidharma representa a primeira compilação da filosofia e da psicologia budistas. Nele são apresentados em ordem sistemática os ensinamentos e as análises referentes aos fenômenos psicológicos e espirituais contidos nos discursos de Buda e de seus principais discípulos. O Abhidharma constitui a base dogmática do hinayana e do mahayana. Abhijâta Precioso, transparente. Abhimana Egoísmo; identificação com o corpo. Abhinandana Considerado pela tradição indiana como o 4 o . salvador Jaina Abhiniveoea Temor da morte, instinto de autopreservação, medo, sentimento de insegurança, ansiedade frente ao futuro; tendência a algo, apego à vida, vontade de viver. Abhinivisa Instinto Vital. Abhiseka (‘Unção, consagração’). Uma cerimônia de banho, especialmente par a coroação de um rei ou a instalação da forma da Deidade do Senhor. Processo fundamental para os métodos do vajrayana em que o mestre autoriza o discípulo a executar práticas especificas de meditação. Geralmente o abhiseka é acompanhado da leitura e prática da sadhana correspondente, o que autoriza o discípulo a ler e praticar o texto correspondente, assim como de um comentário verbal feito pelo mestre; esse comentário garante que a prática será executada da maneira adequada. Abhyantara Interior, interno. Abhyâsa Prática espiritual. Esforços repetidos e constantes, particularmente, para fazer a mente tornar-se firme. Abhyâsa yoga Abu Monte, templos Jainas. Acamana Purificação executada, sorvendo água e proferindo os nomes de Vishnu, antes de realizar os sacrifícios. Acarya Aquele que ensina através do exemplo pessoal; preceptor espiritual versado nas escrituras; guru. Acintya Doutrina do Senhor Caitanya de Inconcebível igualdade e diferença entre Deus e Suas energias, que está além da concepção material, além dos limites perceptivos e cognitivos dos sentidos, mente e intelecto materiais; capaz de ser entendido apenas mediante a cognição espiritual. Acintya-sakti A inconcebível energia do Senhor Supremo. Adharma Irreligião Adhikarin Discípulo

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1

A

â a, até; indica um movimento até o Sujeito (puruº a); interiorização.

Âbhâsa Ser entendido, percebido ou compreendido; brilhar, estar claro.

Abhâva destruição, supressão, desaparecimento, ausência.

Abhayam Destemido.

Abhi Através ou por meio de algo, mediante ou de acordo com algo, a

causa de algo.

Abhibhava Subjugação, desaparecimento; o contrário de manifestação ou

surgimento. (Cf. prâdurbhâva)

Abhidharma (em sânscrito; em páli,

abhidhamma)

‘Ensinamento especial’; é a terceira parte do cânon budista (veja Tripitaka). O Abhidharma representa a primeira compilação da filosofia e da psicologia budistas. Nele são apresentados em ordem sistemática os ensinamentos e as análises referentes aos fenômenos psicológicos e

espirituais contidos nos discursos de Buda e de seus principais discípulos. O Abhidharma constitui a base dogmática do hinayana e do mahayana.

Abhijâta Precioso, transparente.

Abhimana Egoísmo; identificação com o corpo.

Abhinandana Considerado pela tradição indiana como o 4o. salvador Jaina

Abhiniveoea Temor da morte, instinto de autopreservação, medo, sentimento de insegurança, ansiedade

frente ao futuro; tendência a algo, apego à vida, vontade de viver.

Abhinivisa Instinto Vital.

Abhiseka

(‘Unção, consagração’). Uma cerimônia de banho, especialmente par a coroação de um rei ou a instalação da forma da Deidade do Senhor. Processo fundamental para os métodos do

vajrayana em que o mestre autoriza o discípulo a executar práticas especificas de meditação. Geralmente o abhiseka é acompanhado da leitura e prática da sadhana correspondente, o que

autoriza o discípulo a ler e praticar o texto correspondente, assim como de um comentário verbal feito pelo mestre; esse comentário garante que a prática será executada da maneira

adequada.

Abhyantara Interior, interno.

Abhyâsa Prática espiritual. Esforços repetidos e constantes, particularmente, para fazer a mente tornar-se

firme.

Abhyâsa yoga

Abu Monte, templos Jainas.

Acamana Purificação executada, sorvendo água e proferindo os nomes de Vishnu, antes de realizar os

sacrifícios.

Acarya Aquele que ensina através do exemplo pessoal; preceptor espiritual versado nas escrituras;

guru.

Acintya

Doutrina do Senhor Caitanya de Inconcebível igualdade e diferença entre Deus e Suas energias, que está além da concepção material, além dos limites perceptivos e cognitivos dos

sentidos, mente e intelecto materiais; capaz de ser entendido apenas mediante a cognição espiritual.

Acintya-sakti A inconcebível energia do Senhor Supremo.

Adharma Irreligião

Adhikarin Discípulo

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Adi Samaj Tronco antigo do Brahmo Samaj que permaneceu sob a direção de Devendranath Tagore.

Aditi Deusa védica

Adhyatma Ramayana

Literalmente "interpretação espiritual da vida de Sri Rama; versão derivada do Ramayana, que interpreta o épico em termos do não-dualismo e enfatiza a natureza divina de Sri Rama...

Advaita Não dualista

Advaita Vedanta Vedanta monista (ver Vedanta).

Advayavajra Mestre Budista.

Ágama Divisões

Agni Semideus controlador do fogo.

Agnihotra Sacrificio

Ahankara Ego

Ahi Deus Védico

Ahimsa Não-violencia.

Aitareya Brahmana

Morrer em torno do poder Sagrado.

Ajatasatru Príncipe de Magadha.

Ajita 2o. Salvador Jaina.

Akarma Ação realizada abnegadamente para Deus e que, portanto, não acarreta nenhuma reação da lei

do karma.

Aná Moeda divisionária da Índia, correspondente a 1/16 da rúpia.

Ananda Pura bem-aventurança. Alegria absoluta.

Anandakumara Encarnação de Parsva.

Ananta 4o. Salvador Jaina.

Annapurna Um nome da Divina Mãe, consorte de Shiva. Ela é uma das duas divindades que reinam em

Benares.

Anumana Na epistemologia védica, o caminho de se adquirir conhecimento mediante o processo

indutivo.

Apastamba Mestre Bramanico.

Apsaras Ninfa Celeste.

Arati Cerimônia através da qual se oferecem incensos, música, toque de sinos e através de movimentos circulares, a luz (fogo) perante a(s) divindade(s) ou uma pessoa santa.

Arjuna Um dos cinco irmãos Pandavas e herói do Mahabharata. Amigo e discípulo de Sri Krishna, no

Bhagavad Gita ele representa o aspirante espiritual através de quem o Senhor ensina a humanidade.

Artha Desenvolvimento econômico. Vem em seguida a Dharma. e antecede kama no passo

progressivo rumo a Moksa.

Arupaloka Mundo espiritual budico.

Ashtavakra Samhita

Pequeno tratado sobre Advaita Vedanta, atribuído ao sábio Ashtavakra e apresentado em forma de um diálogo.

Asramas As quatro divisões de desenvolvimento do ciclo de vida humana (que visam a elevar-nos à

perfeição espiritual). Elas começam com brahmacarya , prosseguem para grhastha e vanaprastha e culmina em sannyasa.

Atman (Atma) O Espírito ou Ser, o aspecto imanente de Deus. O eu. Embora a palavra atma possa se referir,

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em deferentes contextos, ao corpo, à mente ou ao intelecto, em geral indica a lama ou espírito eterno e individual.

AUM Sílaba sagrada que representa o Absoluto Impessoal bem como o aspecto pessoal de Deus (ver

OM).

Avatar

Uma encarnação divina. De acordo com a crença hindu, Deus como Vishnu desce ao reino dos nomes e das formas em várias épocas para restabelecer as esquecidas verdades da religião e

para mostrar para a humanidade através de seu exemplo vivo como alcançar a auto-realização. O avatar não nasce em conseqüência de atos passados e tendências, como outras almas; seu

nascimento é o resultado da livre escolha. Ele é consciente de sua missão divina durante toda a sua existência. Ele mostra novos caminhos no campo da religião, os quais adapta às

necessidades da época. E ele é capaz de transmitir o conhecimento divino através do toque, do olhar ou do desejo. Entre aqueles largamente aceitos como avatares estão Rama, Krishna,

Buddha, Cristo e recentemente Ramakrishna.

B

Babu Tratamento respeitoso; Senhor. A palavra é usualmente colocada depois do primeiro nome; por

exemplo, Girish Babu.

Banyan Grande figueira indiana (Fícus bengalensis). De seus galhos brotam raízes aéreas que descem

ao solo e formam troncos adicionais.

Bel Ou bilva (Aegle marmelos): marmeleira-da-índia, também chamada marmelos-de-bengala -

árvore cujas folhas, consideradas sagradas, são usadas no culto; também designa o fruto dessa árvore.

Bétel ou bétele planta sarmentosa e aromática, cujas folhas e nozes são mascadas como estimulante e

digestivo.

Bhagavad Gita

"Canção do Senhor", é o Evangelho do hinduísmo. Datado entre o quinto e o segundo século A.C., o Gita, que compreende 18 capítulos, forma parte do Mahabharata. Na forma de diálogo entre Sri Krishna, a encarnação divina, e seu amigo e discípulo Arjuna, ensina como alcançar a

união com a Realidade Suprema através dos caminhos do conhecimento, da devoção, do trabalho não egoísta e da meditação.

Bhagavan (bhaga – opulência e van – possuidor). O Senhor; o Deus Pessoal, dotado dos seis atributos:

domínio, poder, glória, esplendor, sabedoria e renúncia. Mais propriamente Senhor.

Bhagavata - Escritura

Bhakta- Devoto.

Bhagavata Purana

O mesmo que Bhagavatam (Srimad-Bhagavatam).

Bhagavatam

As famosas escrituras devocionais hindu, atribuídas a Vyasa. O Bhagavatam ilustra as verdades religiosas com estórias de antigos santos da Índia, videntes e reis. Lidando em parte com a

Vida de Sri Krishna, a encarnação divina, é especialmente sagrada para os vaishnavas. Srimad-Bhagavatam – possivelmente: “Escrituras do Senhor”.

Bhakta Um devoto de Deus; o seguidor do caminho da Bhakti Yoga. O bhakta não tem que suprimir

suas emoções; ele as intensifica e as direciona para Deus.

Bhakti Devoção (a Deus) espiritual e abnegada.

Bhakti Yoga

O caminho da devoção; uma das quatro principais yogas, ou caminhos de união com Deus. Depois de cultivar intenso amor por um dos muitos aspectos de Deus como um ser pessoal - freqüentemente como uma encarnação divina - o adorador dissolve seu próprio ego no Ideal

Escolhido. A Bhakti Yoga é o mais natural caminho para a realização de Deus.

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Bharata Rei da antiga Índia. Este rei devia se mostrar muito devoto, pois quase toda a literatura

religiosa indiana o cita.....

Bharata-varsa Literalmente “a terra de Bharata”. O tradicional nome da Índia encontrado nas escrituras.

Bhava Estado de ser, sentimento, emoção; uma atitude assumida em relação a Deus na Bhakti Yoga;

êxtase (bhakti amadurecido).

Bhava Samadhi Um estado de êxtase que se atinge ao seguir o caminho da devoção. Neste estado, um traço do

ego permanece no adorador, permitindo-o desfrutar de Deus e do seu divino jogo - nas palavras de Sri Ramakrishna, “provar o açúcar ao invés de tornar-se açúcar”.

Bilva Ver bel.

Brahma

Na mitologia hindu, Brahma (Poder Absoluto) é o membro mestre da “tríade” de deuses, que inclui também Vishnu e Shiva. Na mitologia hindu mais recente, ele foi simbolizado como a suprema divindade eterna cuja essência vem do cosmos. Brahma é considerado o criador do

universo. Antes da existência do cosmos, Brahma era completamente solitário, introspectivo e contido. Chegou um momento em que ele se sentiu solitário e quis companhia. Ele então se dividiu e criou a deusa Shatarupa. Suas múltiplas formas cativaram Brahma, e ele desejou

possuí-la. Mas isto não aconteceu. Como todas as coisas materiais, Shatarupa transforaria-se em algo sempre que Brahma chegasse a ela. Ela se transformava em vaca, égua, cobra. Brahma então ia até ela transformando-se no macho correspondente: um búfalo, um cavalo, uma cobra. Assim todas as criaturas do cosmos, desde o menor inseto até o maior mamífero foram criados.

Brahma possuía cinco cabeças, assim ele poderia ver Shatarupa sempre que quisesse. Para restringir a gana de Brahma, Shiva cortou uma das cabeças de Brahma. Isto ajudou Brahma a ter mais senso, e ele pegou Saraswati, a deusa do conhecimento, como seu consolo. Com sua

ajuda, ele conseguiu controlar sua mente. Para a criação do universo, Brahma tornou-se conhecido como o senhor dos progenitores. Mas ele não é perfeito porque ele é responsável

pela distração da mente longe da alma e sua conseqüente fixação na carne.

Brahma-bhuta Estado de existência livre da contaminação material. A pessoa nesse estado se caracteriza pela

felicidade transcedental e se ocupa no serviço do Senhor Supremo.

Brahmachari Brahmacari

1. Continência em pensamento, palavra e ato. 2. Indivíduo devotado à continência e outras práticas religiosas em observância ao primeiro dos quatro estágios da vida de acordo com os

ensinamentos védicos. Celibatário, estudante dos Vedas, que vive sob a supervisão de um profissional espiritual..

Brahmacarya O primeiro dos quatro arsanas. Durante brahmacarya, os jovens estudantes (dos 5 aos 25 anos

de idade) praticam o celibato e estudam os Vedas sob a orientação de um guru.

Brahmajñana O transcendental conhecimento de Brahman.

Brahmajñani Brahmajñani - Aquele que alcançou o transcendental conhecimento de Brahman.

Brahman O Absoluto impessoal, Existência ou Deus, a Toda-Penetrante Realidade da filosofia Vedanta,

o qual assume diversos papéis tais como criador preservador e destruidor.

Brahmana Um integrante do mais elevado dos quatro varnas; pessoa espiritualmente treinada e

qualificada para agir como preceptor ou sacerdote.

Brahmanas As porções dos Vedas que fornecem informações elaboradas para a realização de sacrifícios

ritualísticos. (sacerdotes e preceptores).

Brahmo Samaj

Movimento de reforma religiosa e social do século 19 na Índia, dedicado à "adoração do Eterno, do Imperscrutável, do Imutável Ser, que é o Autor e Preservador do Universo".

Fundado por Raja Rammohan Roy e organizado por Devendranath Tagore, sua afiliação era aberta para todos, independente de credo, casta, cor e nacionalidade. Keshab Chandra Sem foi

seu mais famoso líder.

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Brahmos Membros do Brahmo Samaj.

Buddha

Literalmente "O Iluminado". 1. A palavra refere-se especificamente a Gautama Buddha, 567-483 A.C. Nascido como Príncipe Siddhartha, ele renunciou ao mundo para tornar-se um dos grandes mestres espirituais de todos os tempos, e fundador do Budismo. 2. O termo genérico pode referir-se a qualquer ser que tenha alcançado o Nirvana, e carregue certos traços físicos

característicos de ter atingido este estado.

C

Cabaça fruto amargo da cabaceira, que, quando esvaziado e seco, serve como cantil ou, quando cortado

ao meio, é usado como cuia, isto é, espécie de tigela.

Chakora pássaro mítico semelhante à perdiz, e que segundo as lendas antigas alimenta-se do néctar dos

raios da lua.

Chandi Escritura purânica que louva a Mãe Divina. Devi Mahatmyam.

Chapatis Chapatis - Pão indiano feito de farinha integral. Parece-se com a tortilla mexicana em tamanho

e forma.

Chaitanya

Chaitanya - Também conhecido como Nimai, Gaur, Gauranga e Krishna Chaitanya. Um grande santo e mestre espiritual, nascido em 1485, em Navadivip, Bengala, que mais tarde viveu em

Orissa. Um erudito brilhante, ele de repente renunciou ao mundo e tornou-se um ardente devoto de Sri Krishna, de quem (de acordo com os vaishnavas bengalis) era uma encarnação

parcial. Seu amor extático por Deus abarcou pecadores e santos, independente de casta e credo. Sri Chaitanya deu ênfase ao Bhakti Yoga como caminho para a realização de Deus e ao Japa

como prática espiritual.

Cit-sakti Energia espiritual da Verdade Absoluta que manifesta o mundo espiritual: Vaikuntha.

D

Dakshineswar

Uma aldeia às margens do Ganges (aproximadamente 9 km. ao norte de Calcutá, onde, na década de 1850 Rani Rasmani construiu um grupo de templos: o templo de Kali, 12 pequenos templos dedicados a Shiva, e o templo de Radhakanta. Ao norte dos templos de Shiva está o

quarto que Sri Ramakrishna ocupou durante um considerável período de sua vida.

Darshan Literalmente, "ver, experimentar"; apresentar os respeitos a um lugar sagrado ou pessoa numa

visita cerimonial; também as bênçãos ou purificação sentidas na presença do sagrado.

Daya Piedade, compaixão.

Deva Semideus.

Dharma

Ordinariamente traduzido como "religião", "dever" ou "justiça", dharma vem de dhri, que significa o poder de receptividade, e man, que significa vida. Assim dharma sugere "aquele que

sustenta", i.e. o alento. Aquele que sustenta a sociedade e a civilização. Religião da reta conduta. Reto viver. A qualidade ou natureza intrínseca de todas as coisas (incluindo o

universo físico). A ordem cósmica.

Durga

Literalmente, "A Incompreensível"; um dos nomes da Mãe Divina, consorte de Shiva. Sua forma de dez braços, montada num leão, representa seu grande poder. Ela destrói o demônio da ignorância, enquanto abençoa com o amor divino e o conhecimento aqueles que anseiam pela realização de Deus. Sua adoração é muito popular entre os hindus. Ela é chamada de muitos outros nomes, como Parvati, Ambika e Kali. Na forma de Parvati, ela é conhecida como a

divina esposa do deus Shiva e a mãe de seus filhos, Ganesha e Karttikeya.

Duryodhana O chefe dos filhos malvados de Dhrtarastra. Foi para estabelecê-lo como rei do mundo que os

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Kurus lutaram na Batalha de Kuruksetra.

Duskrtam Canalhas que não se rendem a Krishna.

Dvapara-yuga A terceira era do ciclo de uma maha-yuga. Ela dura mais de 800.000 anos.

E

Ekadasi Um dia especial para aumentar o recordar de Krishna, o qual os devotos observam duas vezes

por mês, jejuando, ouvindo e cantando as glórias do Senhor.

G

Galitahasta Em sânscrito, "as mãos derretidas".

Gandharvas Os cantores celestiais dos planetas celestiais.

Gandiva O nome do arco de Arjuna.

Ganesha

Ganesha - Ou Ganapati. Filho de Shiva e Parvati, representado com uma cabeça de elefante. Ganesha, deus da sabedoria, suporte do universo, remove os obstáculos, garantindo sucesso

tanto na vida espiritual quanto na vida material. É o deus do sucesso e superação de obstáculos, mas é também associado com a visão, aprendizado, prudência e força. Como deus do sucesso, seu nome é invocado no início de um evento importante. Como removedor de obstáculos, ele é

invocado ao começo de qualquer jornada, casamento, ritos religiosos, construção de casas, a escrita de um livro ou mesmo uma carta. Há dois mitos sobre seu nascimento e como ele se

veio a ter a cabeça de um elefante. Um mito relata que sua mãe, Parvati, deu à luz quando seu marido, Shiva, não estava em casa. Como Shiva foi a um retiro para meditação e não tinha previsão para voltar, Parvati determinou que Ganesha aguardasse e não deixasse ninguém entrar no quarto. Mas depois de algum tempo Shiva chegou e quando ele tentou entrar, a

criança se recusou a deixá-lo entrar. Isto irou Shiva, que cortou a cabeça da criança. A tempo de desfazer seu engano, Shiva prometeu a Parvati que se ela colocasse a cabeça de qualquer

pessoa ou cossa que atravessasse seu caminho rapidamente no dia seguinte, a criança voltaria a viver. A primeira personalidade que deve ter passado por ela provavelmente foi um elefante.

Shiva decepou sua cabeça e colocou-a no pescoço da criança ferida. Outra versão diz que Parvati foi presenteada com um lindo filho, e todos os deuses foram admirar o filho de Shiva e

Parvati. Todos se admirararm, exceto Shani, porque qualquer ser que ele olhasse seria queimado. Mas Parvati insistiu para que Shani olhasse e admirasse seu filho. Mas tão logo ele

o fez, a cabeça de Ganesha se queimou. Parvati acusou Shani de ter matado seu filho, mas Brahma interferiu, e disse-lhe de forma confortante que se a primeira cabeça disponível fosse

colocada em seus filho, ele estaria vivo novamente. Assim, Vishnu procurou e a primeira criatura que ele encontrou foi um elefante dormindo ao lado de um rio. Ele cortou sua cabeça e

fixou-a no corpo de Ganesha. De acordo com as escrituras, Ganesha é um ótimo escriba e aprendeu as escrituras na religião.

Gangá Ver Ganges.

Ganges ou Gangá O rio sagrado que corre por todo o universo, começando dos pés de lótus de Vishnu.

Recomenda-se que a pessoa se banhe no Ganges para purificação.

Garbhodakasayi Vishnu

A expansão Vishnu do Senhor Supremo que entra em cada universo para criar a diversidade.

Garuda Uma águia gigante que atua como carregador do senhor Vishnu.

Gayatri Uma vibração transcedental cantada pelas classes devidamente qualificadas dos duas vezes

nascidos, para a realização espiritual.

Gñana (Yoga) O caminho do conhecimento; uma das quatro principais yogas ou caminhos para a união com

Deus. Por meio da análise e rejeição de todos os fenômenos transitórios, pelo processo da eliminação, o aspirante espiritual finalmente alcança Brahman e realiza sua união com o

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aspecto impessoal de Deus Supremo.

Godasa Servo dos sentidos.

Goloka Um nome do planeta de Krishna.

Gopis Vaqueiras, as donzelas de Vrndavana cujo amor devocional puro por Krishna é narrado no

Bhagavata Purana e em trabalhos devocionais posteriores.

Gosvami Govinda

(go - sentido, svami - mestre) Mestre dos sentidos. Nome de Krishna. Aquele que dá prazer à terra, às vacas e aos sentidos.

Grhastha 1. O segundo dos quatro asramas. Como grhastha, vive uma vida de casado ou adota uma

ocupação, estando consciente de Deus e educa a família em consciência de Krishna.

Guerua Hábito clássico dos sannyasins, de cor ocre.

Guna

De acordo com a filosofia Samkhya, Prakriti (Natureza ou matéria), consiste de três gunas ou atributos - usualmente traduzidos como 'qualidades' - conhecidos por sattva (bondade), rajas

(paixão), e tamas (ignorância). Tamas é compreendida por inércia ou estupidez; rajas, por atividade ou agitação; sattva, por equilíbrio ou justiça.

Guna-Avataras Guna-avatar

As três deidades que presidem os três modos da natureza. O Senhor Vishnu está encarregado do modo da bondade (sattva), o Senhor Brahma controla o modo da paixão (rajas) e o senhor

Shiva preside o modo da ignorância (tamas).

Guru Mestre ou preceptor espiritual.

H

Hanuman O famoso devoto macaco que serviu ao Senhor Supremo em Sua encarnação como Senhor

Ramacandra e O auxiliou na derrota do demônio Ravana.

Hare Krishna O maha-mantra, ou o grande canto para a liberação. Krishna e Rama são nomes do Senhor, e Hare se refere à energia do Senhor. Estes nomes foram recomendados partircularmente para

serem cantados nesta era.

Haridasa Thakur Um grande devoto recomendado pelo Senhor Caitanya como namacarya (mestre do cantar dos

santos nomes).

Hatha-yoga Um sistema de exercícios corpóreos para ajudar a controlar os sentidos.

Hiranyakasipu Um grande ateísta morto por Krishna em Sua encarnação como Nrsimhadeva. O filho de

Hiranyakasipu foi o grande devoto Prahlada Maharaja.

Hrsikesa Um nome de Krishna, o senhor de todos os sentidos.

I Indra O principal sobrenome do reino celestial e a deidade que preside as chuvas.

Indraloka O planeta celestial onde Indra reside.

Iksvaku Um filho de Manu que recebeu o conhecimento do Bhagavad-Gita no passado.

Isavasya isa - o Senhor, vasya – controle. O conceito de que o Senhor possui e controla tudo que tudo

deve ser usado em Seu serviço.

Isvara Controlador; especificamente Bhagavan, o controlador supremo (paramesvara).

J

Janaka Um grande rei auto-realizado e sogro do Senhor Rama-candra.

Japa Ou japam. A prática da repetição de um dos Nomes de Deus, normalmente o próprio mantra

pessoal. Pode-se usar um rosário para contar o número necessário de repetições.

Jiva Alma ou espírito eterno e individual.

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Jñana Conhecimento. Jñana material não vai além do corpo material. Jñana transcedental faz

distinção entre matéria e espírito. Jñana perfeita é o conhecimento do corpo, da alma e do Senhor Supremo.

Jñana-kanda A divisão dos Vedas que lida com a especulação empírica em busca da verdade.

Jñana-yoga O processo predominantemente empírico de estabelecer o elo com o Supremo, que se executa

quando a pessoa ainda está apegada à especulação mental.

Jñani Uma pessoa que está ocupada no cultivo do conhecimento (especialmente através da

especulação filosófica). Ao alcançar a perfeição, um jñani se rende a Krishna.

K

Kabir O grande santo meio-hindu meio-muçulmano do século XV.

Kabir A Divina Mãe no papel da destruidora de toda a existência. Ela apaga o quadro e torna a

reiniciar o ciclo da criação. É mostrada levando um colar de crânios, dançando sobre o corpo inerte de Shiva, esta posição de Shiva representa Brahman, o Seu apoio.

Kali

No texto em que descrevo a história de Parvati, eu explico a transformação da mesma em outras divindades, incluindo-se Kali. Kali é a forma agressiva e tempestuosa de Parvati. Seu aparecimento é um mecanismo de defesa para uma situação extremamente difícil, que exige

uma personalidade sanguinária para sua resolução. Pode-se dizer que Kali é a deusa ideal para contrabalançar situações difíceis, períodos de transição abrupta, eras catastróficas e de crise espiritual e material. Sua representação reflete esse espírito cataclísmico: sangue, caveiras e

uma expressão demoníaca.

Kali-yuga

A presente era histórica (a quarta última de um ciclo de quatro eras que se repetem perpertuamente e que sofrem degradação progressiva). Kali-yuga caracteriza-se por um declínio progressivo do conhecimento espiritual e, por conseguinte, pela degradação da

civilização humana. Segundo a escatologia védica, já decorreram cerca de 5.000 de um total de 432.000 anos de Kali-yuga.

Kama Gozo dos sentidos. Vem em seguida a dharma e artha no caminho progressivo rumo a moksa.

Karma

Ação, obrigação. A lei do Karma usualmente entendida como a lei de causa e efeito no sentido pessoal: 'O que se semeia é o que se colherá.' Temos que suportar as conseqüências de todas as

nossas ações - se não imediatamente, então na próxima vida. Longe da déia de um Deus sentado em julgamento, somos responsáveis pelo nosso próprio destino. Se mal entendido, este conceito pode causar indiferença com relação ao sofrimento dos outros ou pode induzir a uma

conduta fatalista.

Karma-kanda A divisão dos Vedasque trata das divindades fruitivas realizadas por materialistas para que

obtenham purificação gradual e eleve-se à plataforma espiritual.

Karma-yoga O caminho da ação; uma das quatro principais yogas, ou caminhos de união com Deus.

Consiste oferecer cada ação como um serviço desinteressado a Deus.

Kirtan Música devocional, geralmente acompanhada por dança.

Krishna

“Suprema Personalidade de Deus”. Uma das mais veneradas Encarnações do hinduísmo. Sri Krishna aparece, sobretudo no Mahabharata, o poema épico que narra a história dos

descendentes do Rei Bharata (os Pandavas e Kauravas) para cantar a glória de Deus, e no Bhagavatam, ou Bhagavata Purana, Escritura devocional que ilustra as verdades religiosas com histórias de santos, videntes e reis da Índia antiga. Entre suas formas mais populares, estão as do Menino Krishna (Gopala), do jovem Krishna tocando sua flauta (o bem-amado amigo dos pastores e pastoras de Brindavan), e do Divino Mestre do Bhagavad Guita (amigo e condutor

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do carro de Arjuna), que finalmente se revela como o Ser Universal. Na história do Mahabharata, Krishna então ajuda Arjuna, servindo como seu condutor de carroça e seus

irmãos (os irmãos Pandava) em uma guerra para restaurar seu direito de reinar. Em uma noite antes da batalha maior, Krishna e Arjuna tiveram uma longa discussão a respeito da natureza

do dharma e do cosmos, que é preservado no Mahabharata como o Bhagavad Gita. No final da discussão, Krishna se revelou para Arjuna como Vishnu. As explicações de Krishna são

contadas nos templos Vishnu e no festival anual de Ras Lila.

Ksariya Integrante do segundo dos quatro varnas. Um guerreiro, estadista ou administrador público.

Kundalini

Kundalini - Lit. "serpente do poder". É a energia espiritual que permanece adormecida na base da coluna vertebral de todos os seres humanos. Quando desperta no aspirante espiritual e passa

através dos centros de consciência (chakras) no canal central da espinha, essa energia manifesta-se em experiências místicas e vários graus de iluminação (ver chakras).

L

Lakshmi A Mãe Divina como deusa da fortuna e esposa de Vishnu.

Lashmi

Deusa da saúde e prosperidade, tanto material quanto espiritual. A palavra LASHMI é derivada da palavra em sânscrito laksme, significando acerto. Dessa forma, Lashmi representa o acerto da vida, que inclui a prosperidade espiritual. Na mitologia hindu, a deusa Lashmi, também chamada Shri, é a esposa divina do deus Vishnu e fornece a ele a força para a manutenção e preservação da criação. Em suas imagens e gravuras, Lashmi é mostrada com quatro braços e quatro mãos. Ela veste roupas vermelhas com bordados dourados e repousa em uma lótus. Ela tem moedas

douradas e duas flores de lótus em suas mãos. Dois elefantes (algumas gravuras mostram quatro) são mostrados próximos à deusa. Este simbolismo segue o seguinte tema espiritual:Os quatro

braços representam as quatro direções no espaço e isto simboliza a onipresença e a onipotência da deusa. A cor vermelha simboliza atividade. Sua aplicação na vestimenta indica que Lashmi está sempre ocupada distribuindo saúde e prosperidade para seus devotos. O bordado dourado em seu vestido vermelho denota prosperidade. A flor de lótus significa que enquanto vivendo

neste mundo, deve-se desfrutar de sua saúde e força, mas sem se tornar obcecado por isso. Este ensinamento é análogo à lótus, que cresce na água mas não é molhada pela água.As quatro mãos simbolizam os quatro fins da vida humana: dharma (caminho correto), kama (desejos genuínos), artha (força e saúde), e moska (liberação do ciclo de nascimentos e mortes). As mãos da frente

representam a atividades no mundo físico e as mãos de trás indicam as atividades espirituais para alcançar a perfeição espiritual. Desde que o lado direito do corpo simboliza atividade, uma lótus na mão do lado direito de trás indica que deve-se fazer todas as atividades no mundo em acordo

com o dharma. Isto conduz a alma ao moska (liberação), que é simbolizado por uma lótus na mão da esquerda de trás de Lashmi. As moedas douradas caindo no chão vindas da mão esquerda da frente de Lashmi ilustram que ela provê saúde e prosperidade para seus devotos. Sua mão da

direita da frente é mostrada abençoando seus devotos. Os dois elefantes próximos à deusa simbolizam o nome e fama associados com a força material. A idéia mostrada aqui é que os

devotos não devem adquirir força apenas para ter nome e fama ou apenas para satisfazer seus desejos materiais, mas deve compartilhar isso com outros de forma a trazer alegria aos outros

além de si mesmo. Algumas figuras mostram quatro elefantes borrifando água de vales dourados até a deusa Lashmi. Os quatro elefantes nesta situação simbolizam o contínuo esforço próprio de

acordo com o próprio dharma e governado pela pureza, em busca da prosperidade material e espiritual. A deusa Lashmi é adorada freqüentemente em templos próprios de seus devotos. Uma

adoração especial é oferecida a ela anualmente no dia de Diwali, com rituais religiosos e coloridas cerimônias especialmente destinadas a ela.

Lilá LPassatempo.

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Lilavataras Inumeráveis encarnações como Matsya, Kurma, Rama e Nrsimha, que descendem para exibir

os passatempos espirituais da Personalidade de Deus no mundo material.

Loka Planeta celestial onde residem os semideuses. (Krishnaloka, Shivaloka, etc.).

Lokayatikas Uma classe de filósofos, similares aos budistas, que existiam quando o senhor Krishna falou o

Bhagavad-Gita e que aceitam que a vida é um produto de uma combinação de elementos materiais num estágio maduro

M

Madhusudana Um nome de Krishna, matador do demônio Madhu.

Mãe Divina

Durga, Kali (Kalika) ou Shakti. Aspecto dinâmico do Supremo, geralmente representado sob forma feminina. A Mãe aparece com diferentes nomes, como consorte divina de Brahma

(Sarasvati), Vishnu (Lakshmi) ou Shiva (Parvati). De acordo com os vishnuístas (vaishnavas) e shivaístas (shaivas), Ela não é independente do aspecto paterno do Supremo.

Mahabharata Épico do Hinduísmo - 100,000 versos. História dos irmãoes Pandavas e Kauravas. Um dos tratados (smriti) com assuntos sobre política, filosofia e espiritualidade. Creditado ao sábio

védico Vyasa.

Mahabhuta (maha - grande, bhuta - elemento) Os cinco grandes elementos materiais: terra,

água, fogo, ar e éter.

Maha-mantra O grande canto para a liberação: Hare Krishna, Hare Krishna, Krishna Krishna,

Hare Hare, Hare Rama, Hare Rama, Rama Rama, Hare Hare.

Mahatma

Mahatma significa “grande alma”. Pessoa de mente e visão amplas. Um líder considerado Mahatma em nossa época foi Gandhi (1869-1948) utilizou recursos espirituais como satya

(verdade) e ahimsa (não-violência) com os quais conquistou a independência para a India do jugo Britânico. Ele chamou seu método de Satyagraha: Insistência na verdade.

Mahat-tattva A energia material total.

Mantra Ou mantram. Prece, versículo sagrado, fórmula mística transmitida de mestre a discípulo e que serve como objeto de meditação. Nome particular de Deus q’ue o discípulo recebe do mestre

como seu Ideal Escolhido (Ishta), ao ser iniciado na vida espiritual.

Manu O semideus administrador que é o pai da humanidade.

Manu-samhita O tratado de leis da humanidade, escrito por Manu.

Manvantara-avataras

As encarnações de Manu, quatorze das quais aparecem em um dia de Brahma.

Maya Ilusão; energia do Supremo que deixa a entidade viva esquecida de sua verdadeira natureza

espiritual...

Mayavadi Impersonalista ou vacuista adepto da crença de que em última análise Deus não

tem forma ou personalidade. Moksa Liberar-se do ciclo de nascimentos e mortes do mundo material...

Mukti Liberação, liberdade da consciência material. Mukunda Nome de Krishna, o que dá liberação.

Muni Um sábio ou alma Auto-realizada. N

Naiskarma Ver Akarma.

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Nakula Um dos irmãos mais novos de Arjuna.

Nanda Maharaja

O pai adotivo do Senhor Krishna.

Narada Muni Um grande devoto do Senhor Supremo que pode viajar por qualquer lugar dos

mundos espiritual e material para pregar as glórias do Senhor.

Naradhama Aqueles que são social e politicamente desenvolvidos, mas não têm princípios

religiosos. O mais baixo da humanidade Narayana Um nome da forma pessoal da Verdade Absoluta; expansão de quatro braços de Sri-Krishna.

Nirguna (nir - sem, guna - qualidade) Que não possui atributos (quando aplicado a Deus,

refere-se à manifestação dos atributos materiais).

Nirmama Consciência de que nada nos pertence.

Nirvana O fim do processo de vida materialista. Nitya-baddha Eternamente condicionado.

Nrsimha Uma encarnação do Senhor Krishna na forma da metade leão, metade homem. O

Om tat sat As três sílabas transcendentais usadas pelos brahmanas para a satisfação do

Supremo quando cantam hinos védicos ou oferecem sacrifício. Elas indicam a Suprema Verdade Absoluta, a Personalidade de Deus.

Omkara Om, a sílaba transcedental que representa Krishna e que é vibrada pelos transcedentalistas para alcançar o Supremo quando se ocupam em sacrifícios, caridades e penitências.

P

Pancajaya A concha do Senhor Krishna. Pañca-

mahabhuta Os cinco elementos grosseiros: terra, água, fogo, ar e éter.

Panchavati

Pequeno bosque no qual se praticam disciplinas espirituais, composto de cinco árvores sagradas - uma ashvattha (ou pipal), um baniano, um bel (ou bilva), um amalaki e uma ashoka - plantadas em círculo, de acordo com as indicações das Escrituras, e com um altar no centro. O

panchavati do jardim de Dakshineswar foi plantado por Sri Ramakrishna e Hriday.

Pandavas Os cinco filhos do Rei Pandu: Yudhisthira, Arjuna, Bhima, Nakula e Sahadeva.

Pandu Irmão mais novo de Dhrtarastra que morreu jovem, deixando seus cinco filhos, os Pandavas, aos cuidados de Dhrtarastra.

Parabrahman O Espírito Supremo, o Senhor Supremo; Bhagavatan.

Parag-atma A alma, quando apegada ao gozo dos sentidos.

Paramahamsa "Grande cisne" (diz-se que o cisne é capaz de beber apenas o leite numa mistura de leite com água). Denominação respeitosa dada a um "liberto em vida"; dizia-se "o Paramahamsa" ou "o

Paramahamsa de Dakshineswar" para designar SR.

Paramatma A Suprema ou Hiperalma; a forma do Senhor Vishnu de quatro braços que acompanha as

entidades vivas presas ao ciclo de nascimentos e mortes no mundo material.

Parambrahman O Brahman Supremo, a Personalidade de Deus, Sri Krishna.

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Paramdhama Os planetas eternos do mundo espiritual.

Parampara A sucessão disciplinar através da qual se transmite o conhecimento espiritual.

Parantapah Um nome de Arjuna, castigador dos inimigos.

Para-prakrti A energia espiritual superior ou a natureza do Senhor. Parasara Muni Um grande sábio, o pai de Vyasadeva.

Parasurama Uma encarnação do Senhor Krishna que apareceu em tempos antigos para

aniquilar a classe guerreira quando esta se degradara. Partha-sarathi Krishna, o quadrigário de Arjuna (Partha).

Parvati

Filha do rei Himalaya e consorte de Shiva; uma manifestação da Mãe Divina. Divindade largamente idolatrada pelos hindus. É conhecida como cônjuge de Shiva e mãe de Ganesha. Por este motivo, aqui explicamos seu aparecimento e sua interação com eles. Parvati é uma das formas da deusa Shakti, especialmente criada para seduzir Shiva. Veja abaixo a história detalhada da criação de Parvati, desde o momento em que Shiva perdeu seu primeiro amor:Profundamente triste com a morte do primeiro amor de Shiva (Sati), ele se isolou em uma caverna escura no Himalaia. Enquanto isso, os demônios liderados por Taraka, vieram e expulsaram os deuses para fora do paraíso. Os deuses precisavam de um guerreiro que pudesse ajudá-los a restaurar a ordem celestial. "Apenas Shiva pode lutar como um guerreiro" disse Brahma. Mas Shiva, imerso na meditação, estava alheio aos problemas dos deuses. Sua meditação produziu grande força e energia. Sua mente estava cheia de bons conhecimentos e seu corpo tornou-se resplandecente de energia. Mas todo seu conhecimento e energia, dentro de seu ser, não podia ser usado para ninguém. Os deuses invocaram à deusa mãe, Shakti, para que encontrasse uma forma de contornar a situação. "Eu vou me enroscar ao redor de Shiva, e absorver seu conhecimento e energia para o bem do mundo e farei dele o pai de uma criança." disse Shakti. Shakti então encarnou como Parvati, determinada a retirar Shiva de dentro de sua caverna e fazer dele seu cônjuge. Todos os dias Parvati visitou a caverna de Shiva, limpou o chão, decorou-a com flores e ofereceu a ele frutas, esperando ganhar dele o amor. Mas Shiva nunca abriu seus olhos. Exausta, a deusa invocou Priti e Rati, deusas do amor e da longevidade. Essas deusas entraram na caverna de Shiva e a transformaram em um belo jardim cheio da fragrância de flores e com o som de abelhas. Guiada por Priti e Rati, Kama, o deus do desejo, assoprou e atirou flexas de desejo no coração de Shiva. Shiva ficou furoso. Ele abriu seu terceiro olho e liberou chamas de fúria que engoliram Kama e reduziram seu belo corpo a cinzas. A morte de Kama alarmou os deuses. "Sem a deusa do desejo, o homem não poderá abraçar a mulher e a vida cessará." "Eu devo encontrar outra forma de atingir o coração de Shiva. Quando Shiva se tornar meu cônjuge, Kama renascerá." disse Parvati. Parvati entrou na floresta e executou rigorosos tapas, não se vestindo para proteger seu corpo do clima rigoroso, não comendo nada, nem mesmo uma folha. Ao executar esses rigorosos

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procedimentos, Parvati ganhou a admiração das entidades da floresta, que a nomearam Aparna. Aparna tocou Shiva em sua capacidade de se excluir do mundo e dominar seus desejos físicos. A força de seus tapas acordaram Shiva de sua meditação. Ele caminhou para fora da caverna e aceitou Parvati como sua esposa. Shiva casou-se com Parvati na presença dos deuses, seguindo os rituais sagrados. Depois, levou-a para o local mais alto do cosmos, o monte Kailasa, o pivô do universo. Eles então se tornaram um e Kama pôde renascer. Parvati amoleceu o coração empedrado de Shiva com seu afeto. Juntos eles descobriram as alegrias da vida de casados. A deusa acordou Shiva para o mundo, despertando nele vários desejos. Em troca, ele revelou a ela os segredos dos Tantras e dos Vedas, que ele havia adquirido durante a meditação. Inspirado na beleza de Parvati, Shiva tornou-se o fomentador das artes, da dança e do teatro. Conforme o combinado com os deuses, Parvati deu a aura de Shiva para eles e disse: "Daqui vocês vão poder retirar o deus da guerra que vocês procuram." Os deuses deram a aura de Shiva para Svaha, cônjuge de Agni, a deusa do fogo. Incapaz de conservar a força da aura por muito tempo, Svaha deu a aura para Ganga, a deusa do rio, que refrigerou-a em suas águas congelantes, até que a aura de Shiva se transformasse em uma semente. Aranyani, a deusa da floresta, embebeu a semente divina no solo fértil da floresta, que cresceu e se transformou em uma criança robusta com seis cabeças e doze braços. As seis ninfas da floresta, chamadas Krittikas, encontraram esta bela criança em uma lotus. Tomadas de afeição materna, começaram a cuidar da criança. O filho de seis cabeças de Shiva, nascido de várias mães, tornou-se conhecido como Kartikeya. Parvati ensinou a Kartikeya a arte da guerra e transformou-o em um guerreiro celestial chamado Skanda. Skanda comandou os soldados celestiais, derrotou Taraka na batalha e restaurou o paraíso aos deuses. Skanda, guardiã do paraíso, destruiu muitos demônios que se opuseram ao reinado dos deuses. Mas ele não conseguiu derrotar o demônio Raktabija. Jamais o sangue deste demônio tocou o chão, pois quando ele jorrava, tranformava-se em milhares de novos demônios. Ele parecia indestrutível. Para ajudar seu filho em sua batalha para afugentar os três mundos do demônio, Parvati entrou no campo cósmico da batalha como a temida deusa Kali. Kali sugou o sangue que jorrava do demônio com sua longa língua antes que o sangue pudesse se transformar em novos demônios. Raktabija, sem poder se reproduzir, foi perdendo sua força. Então Skanda foi capaz de derrotar Rajtabija e todas as duas replicações com facilidade. Skanda agradeceu sua mãe por sua ajuda. Para celebrar sua vitória, Kali dançou muito no campo de batalha. Intoxicada pelo sangue de Raktabija, Kali correu pelos três mundos, destruindo tudo e todos os que estavam em seu caminho.

Pasandi Um ateísta que pensa que Deus e os semideuses estão no mesmo nível.

Patanjali Grande autoridade no sistema de ashtanga-yoga e autor do Yoga-sutra. Fundador da escola Yoga de filosofia e do método de meditação chamado Raja Yoga. É o autor dos Yoga-Sutras, texto clássico onde expõe este método.

Pavitram Puro

Pitrloka O planeta dos antepassados falecidos.

Prahlada Maharaja

Um grande devoto do Senhor Krishna que foi perseguido por seu pai ateísta mas que era sempre protegido pelo Senhor.

Prajapati 1 Um progenitor das entidades vivas; 2 O Senhor Brahma. Prakriti Natureza (lit. Aquilo que é predominado). Há duas praktis: apara-prakrti, a

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natureza material, e para-prakrti, a natureza espiritual (entidades vivas) - que são predominadas pela Suprema Personalidade de Deus.

Prana

O sopro vital, o qual sustenta a vida no corpo físico; a energia ou força primordial, da qual todas as outras forças físicas são manifestações. Nos livros de Yoga, prana é descrito como tendo cinco modificações, de acordo com suas cinco diferentes funções. Elas são: prana (a energia vital que controla a respiração), apana(a energia vital descendente resultante dos alimentos e bebidas não assimilados), samana (a energia vital que nutre a superfície do corpo), vyama (a energia vital que impregna o corpo inteiro), e udana (a energia vital pela qual o conteúdo estomacal é expelido pela boca). A palavra Prana é também atribuído à Alma Cósmica, dotada de atividade.

Pranava omkara

Veja Omkara.

Pranayama Controle do processo respiratório (uma das oito partes do sistema ashtanga yoga).

Prasada Alimento oferecido a Krishna, que se espiritualiza ao ser oferecido e que pode

purificar a entidade viva.

Prema Verdadeiro amor a Deus, o mais elevado estágio perfeccional da vida.

Pratyag-atma A alma, quando purificada do apego material.

Pratyahara Cessação das atividades sensoriais (uma das oito partes do sistema ashtanga-yoga).

Pratyaksa Na epistemologia védica, o caminho de se adquirir conhecimento mediante os sentidos

materiais; empirismo.

Princípios cósmicos

De acordo com a filosofia Samkhya, os vinte e quatro tattvas, ou princípios cósmicos, são: os cinco grandes elementos em suas formas sutis (éter, ar, fogo, água, terra); o ego, ou

"consciência do eu"; buddhi, ou inteligência; Avyakta, ou o Não-Manifestado (no qual sattva, rajas e tamas permanecem em estado indiferenciado); os cinco órgãos da ação (mãos, pés,

aparelho fonador, aparelho reprodutor, aparelho excretor); os cinco órgãos do conhecimento (olhos, ouvidos, nariz, língua, pele); manas, ou mente; e os cinco objetos dos sentidos (audição,

tato, visão, paladar, olfato). Todos eles pertencem à Prakriti (Natureza) e são distintos de Purusha (Consciência).

Prtha A esposa do rei Pandu, mãe dos Pandavas e tia do Senhor Krishna. Puranas Ver Bhagavatam

Purnam Completo.

Purusa Literalmente “o desfrutador”. 1. O supremo predominador ou desfrutador, i.e., Bhagavan. 2. A

jiva (ser vivo) individual como o predominador e desfrutador do corpo material.

Purusam Desfrutador supremo.

Purusavataras As expansões primárias Vishnu de Krishna que estão envolvidas na criação, manutenção e destruição do universo material.

R

Rajo-guna (Raja- paixão e guna – modo). O modo material da paixão, caracterizado pelas atividades

fruitivas e pelo de gozo dos sentidos..

Rakshasa Os "ogros" - demônios, cujo rei era Ravana, o qual havia raptado Sita, a esposa de Rama.

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Raja Yoga

Lit. "yoga real"; uma das quatro principais yogas ou caminhos para a união com Deus, sistematizada nos Yoga Sutras de Patânjali. A raja yoga é o caminho da meditação formal, um método de concentração da mente direcionada unicamente para a Realidade Última, até que a

absorção completa seja alcançada.

Rama

Ou Ramachandra. Uma das mais populares encarnações divinas do hinduísmo, rei de Ayodhya. Sua vida é narrada no Ramayana (o mais antigo poema épico sânscrito, escrito por volta de 500 a. C.): seu banimento de Ayodhya; a vida na floresta com sua fiel esposa, Sita; o rapto de Sita por Ravana; a guerra de Rama e seus aliados contra Ravana; a derrota de Ravana e a libertação de Sita; a difamação de Sita pelo povo de Ayodhya e sua expulsão do reino; a reabilitação de

Sita e sua subida aos céus, onde Rama a reencontra.

Ramakrishna Um dos mais recentes (1836-1886) profetas do Hinduísmo. Proclamou a unidade e a harmonia

entre os diferentes tipos de credos e movimentos religiosos. É considerado um Avatar dos tempos modernos.

Ramayana Um dos dois épicos do Hinduísmo. Relata a história de Rama e Sita - ideal masculino e

feminino. Escrito pelo sábio 'Valmiki' .

Rishi (Rsi) 1- Designação genérica para santo ou vidente. 2- Qualquer um dos antigos videntes hindus da

verdade espiritual, aos quais o conhecimento dos Vedas foi revelado.

Rudrakshas Sementes de uma árvore tropical da Ásia usadas para fazer rosários.

S

Sabda (Literalmente, “som”). Na epistemologia védica, o caminho de se adquirir conhecimento

mediante revelação das escrituras.

Sac-cid-ananda Eternidade, conhecimento e bem-aventurança, as qualidades espirituais do Senhor Supremo

(Bhagavatan) e das diminutas e eternas vivas (jivas).

Sadhu Santo.

Samhitas Seções dos Vedas que contem orações e hinos recitados para aplacar ou glorificar diversos

semideuses.

Sampradaya Sucessão disciplinar de gurus através da qual os ensinamentos védicos são preservados e

transmitidos de geração a geração.

Samsara A “roda” de repetidos nascimentos e mortes no mundo material, da qual o ser vivo pode

escapar através de diversas disciplinas espirituais.

Sannyasa O Quarto e último dos quatro asramas. Em sannyasa, renuncia-se a todos os laços familiares e

sociais e a pessoa dedica-se ao pleno avanço espiritual.

Sannyasin Ou sannyasi. (feminino: sannyasini). Monge que pronunciou os votos finais de renúncia

segundo os rituais hindus.

Sânscrito Antiga linguagem da India. Considerada como sendo a base de todos os idiomas Indo-

Europeus. Significa - polido.

Sarasvati A Mãe Divina como consorte de Brahma, deusa da sabedoria e patrona das artes e da música.

Sastras Escrituras reveladas (os Vedas).

Sattva-guna Modo da bondade..

Shaiva Ver shivaísta.

Shankara Ou Shankaracharya. (788-820 d.C.) Um dos maiores filósofos da Índia, grande expoente da

Vedanta Advaita.

Shakti Deus como Mãe do Universo; personificação da Energia Primordial, ou poder de Brahman. Ela

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é o aspecto dinâmico do Supremo, que cria, preserva e dissolve o Universo, em relação ao qual Shiva representa Brahman (o Absoluto transcendente ou aspecto paterno do Supremo). Há uma crença hindu de que a graça de Shakti, o poder manifestado de Deus, é necessário antes que o

aspecto transcendente de Deus seja revelado. V. Mãe Divina.

Shiva

Deus em Seu aspecto de Destruidor na Tríade hindu. Quando venerado como Ideal Escolhido (Ishta), Shiva é totalmente Deus, a Suprema Realidade. Em relação ao seu poder, ou seja, o aspecto feminino dinâmico e criador do Supremo (chamado Shakti, Parvati, Kali ou Durga,

etc.), Shiva é o Absoluto transcendente, ou o aspecto paterno. Entre seus vários Nomes contam-se: Mahadeva, Rudra, Shambhu, Shankara, Ishana, Vishvanath, Kedarnath. Seu símbolo é o linga (pilar de topo arredondado, geralmente de pedra, que representa uma

transição da forma antropomórfica para a concepção sem forma da divindade). Shiva também é representado como Nataraja (Shiva dançando num círculo de fogo); como Senhor do Universo,

cavalgando Nandi, o touro do dharma; como o yogui supremo, sentado absorto em eterna meditação. Shiva é venerado como o Guru de todos os gurus - destruidor da mundanidade,

doador da sabedoria e personificação da renúncia e da compaixão. V. Brahma e Vishnu.

Shivaísta Shaiva. Adorador de Shiva.

Siddhanta Literalmente Conclusão. Conclusão filosófica.

Siddis Poderes ou habilidades especiais alcançadas através da prática da yoga mística tais como a

habilidade de voar, andar na água, etc...

Sikh Lit. "discípulo". Há cerca de 18 milhões de sikhs na Índia, concentrados sobretudo no Punjab. Constituem um grupo religioso marcial, cuja doutrina foi estabelecida pelo Guru Nanak (1469-

1538), o qual buscou reunir o melhor do hinduísmo e do islamismo.

Sisya Estudante ou discípulo do guru.

Siva Ver Shiva

Smrti Textos suplementares aos Vedas, a saber, os Puranas, o Bhagavad-Gita e o Mahabharata.

Soma-rasa Uma bebida tomada pelos semideuses nos planetas celestiais para aumentar a longevidade e a

capacidade de prazer sensorial.

Sri Krishna Ver Krishna.

Sri-Bhagavatam Ver Bhagavatam.

Sruti Literalmente, “aquilo que é ouvido” [de Narayana, Deus]; os quatro Vedas: Rg, Sama, Yajur e

Atharva.

Sudra Integrante do último dos quatro varnas; um operário ou artesão.

Sutra Linha ou vínculo; aforismos, como os Yoga Sutras de Patanjali.

Svami (Literalmente “senhor dos sentidos”). Título dado aos sannyasis ou sannyasin.

Swami 1. Senhor, mestre, instrutor espiritual. A palavra Swami, título do monge hindu, pode ser usada

no lugar do nome ou precedendo o nome.

T

Tantra

Filosofia religiosa segundo a qual Shakti é geralmente a principal divindade venerada, e o universo é visto como o jogo divino de Shakti e Shiva. A palavra Tantra também se aplica a

qualquer Escritura identificada com a adoração de Shakti. O Tantra lida sobretudo com práticas espirituais e formas rituais de veneração, cujo objetivo é a libertação da ignorância e o

renascimento rumo ao conhecimento inequívoco de que a alma individual e o Supremo (Shiva-Shakti) são um. Além dos Shakta Tantra, existem os Tantras budistas e vaishnavas.

Tamo-guna Modo da ignorância.O modo material da ignorância, letargia e loucura.

Tattvas Ver princípios cósmicos.

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U

Upanishad

Escritura Sagrada que constitui a parte filosófica dos Vedas. Os Upanishads ensinam o conhecimento de Deus e relatam as experiências espirituais dos sábios da Índia antiga. Dos 108

Upanishads preservados, os dez principais são: Isha, Kena, Katha, Prasna, Mundaka, Mandukya, Chandogya, Brihadaranyaka, Aitareya e Taittiriya. Como encerram cada um dos

quatro Vedas, tornaram-se conhecidos como Vedanta, ou seja, o final (anta) dos Vedas.

Upanisad-kanda Divisão dos Vedas que prescreve adoração aos semideuses em troca de resultado em troca de

resultado frutivos materiais.

V

Vaikuntha (Literalmente, “sem ansiedade”). O eterno mundo espiritual, situado além do cosmo material.

Vaisnava Devoto ou adorador de Vishnu, Krishna ou outra forma de Bhagavan

Vaisya Integrante do terceiro dos quatro varnas; agricultor ou comerciante.

Vanaprastha O terceiro dos quatro asramas; a fase após grhastha. Na vida de vanaprastha a pessoa se

afasta das atividades familiares e sociais e viaja aos lugares sagrados de peregrinação a fim de preparar-se para última fase, sannyasa.

Varnas As quatro divisões sociais e ocupacionais da sociedade védica, a saber, brahmanas (sacerdotes

e preceptores), ksatriyas (guerreiros e administradores públicos), vaisyas (agricultores e comerciantes) e sudras (operários e artesãos).

Varnasrama-dharma

O antigo sistema védico em que se distribui a sociedade em quatro divisões sócio-ocupacionais e quatro divisões espirituais para que se promova a estabilidade social, econômica e política

bem como o bem-estar espiritual de todos os membros da sociedade.

Vedanta-sutra Tratado filosófico escrito por Vyasadeva, composto de aforismo que explicam o sentido

essencial dos Upanisads.

Vedas

A Escritura Sagrada mais antiga e mais importante dos hindus, considerada pelos ortodoxos como revelação direta e autoridade suprema em todas as questões religiosas. Há quatro Vedas:

Rig, Yajur, Sama e Atharva, cada qual consistindo de uma parte dedicada aos rituais, ou "trabalho", e outra dedicada ao "conhecimento". Cada parte ritual consiste de: 1- Samhitas (uma coleção de mantras ou hinos, muitos dos quais dirigidos a deidades como Indra ou Varuna); 2- Brahmanas (relacionados a detalhes de ritos sacrificiais e deveres e regras de conduta específicos); 3- Aranyakas (ou tratados da floresta, que destacam a interpretação

espiritual de ritos e cerimônias religiosos). Cada parte relativa ao conhecimento compreende Upanishads. A parte ritual é conhecida como karma kanda, e a filosófica como jñanakanda.

Vedanta

Lit. "final do Veda". Sistema religioso e filosófico desenvolvido a partir dos Upanishads, os ensinamentos finais dos Vedas. Nesse sentido, trata-se da base comum de todas as seitas

religiosas da Índia. Do ponto de vista estritamente filosófico, a Vedanta é um dos seis darshanas (sistemas do pensamento hindu ortodoxo) e baseia-se nos Vedanta Sutras. Com suas

várias interpretações (dualista, monista qualificada, pluralista, realista e monista), a Vedanta ensina que o objetivo da vida humana é realizar a Realidade Última, ou o Supremo, aqui e agora, por meio da prática espiritual. A palavra Vedanta pode referir-se exclusivamente ao

aspecto não-dualista da filosofia, a Vedanta advaita, que afirma que o universo multifacetado de nome e forma é uma interpretação errônea da Realidade Única, a qual é chamada Brahman

quando vista como transcendente e Atman quando considerada imanente. Uma vez que é onipresente essa Realidade deve estar dentro de cada criatura ou objeto; portanto, o homem é essencialmente divino. A experiência supraconsciente direta de sua identificação com Atman-

Brahman liberta o homem de todos os laços mundanos que ele superpôs à sua verdadeira natureza, e concede-lhe a perfeição espiritual e a paz eterna. A Vedanta aceita todos os grandes

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mestres espirituais e os aspectos pessoais ou impessoais de Supremo venerados pelas diferentes religiões, considerando-os como manifestações da Realidade Única. Por demonstrar a unidade essencial na origem de todas as religiões, a Vedanta serve como arcabouço filosófico dentro do

qual toda verdade espiritual pode ser expressa. As três principais escolas de pensamento da Vedanta (algumas das quais também se encontram em outras religiões) são: 1- Dvaita (dualista,

voltada para a adoração de Deus Pessoal ou adoração a qualquer Ideal Divino); 2- Vishishtadvaita (monismo qualificado, ou atenuado, ensina a imanência e transcendência de Deus: "Vivemos, movemo-nos e temos nossa existência em Deus"); 3- Advaita (literalmente:

não-dual, ou seja, monista; ensina a unidade espiritual; "Eu e Tu somos um"). Essas três concepções, que não são contraditórias entre si, constituem etapas sucessivas na realização espiritual, como Sri Ramakrishna destacou, sendo a terceira e última alcançada quando o

aspirante perde toda consciência de si na união com o Supremo. Para ilustrar as três atitudes, Sri Ramakrishna citava as palavras dirigidas a Sri Rama por Hanuman: "Quando me considero

como um ser físico, Tu és o Senhor e eu o servo. Quando me considero como um ser individual, Tu és o todo e eu uma das partes. E quando me realizo como o Atman, sou um

conTigo."

Vishnu

Lit. "o todo-penetrante". Divindade que forma a Trilogia hindu com Brahma e Shiva; Deus considerado sob seu aspecto protetor e conservador da criação. Como Ideal Escolhido dos

vaishnavas, Vishnu representa não só o aspecto conservador de Ishvara, mas o próprio Ishvara (Brahman unido a Maya, seu poder; Deus com atributos; Deus Pessoal). Entre as muitas formas de Vishnu, é familiar a de quatro braços, segurando o disco, a clava, a concha e o lótus. Outra forma é o shalagrama (pedra oval com certas marcas, de formação natural, encontrada no leito

de certos rios da Índia, sobretudo no Gandaki). Segundo a doutrina do avatar (encarnação divina), Vishnu aparece na terra quando necessário para o bem do mundo.

Vishnuísta Ou vaishnava. Seguidor do vaishnavismo: seita religiosa do hinduísmo, cujos membros seguem o caminho da devoção a Deus como Vishnu ou um dos avatares de Vishnu - especialmente Sri

Rama, Sri Krishna e, em Bengala, Sri Chaitanya.

Viveka Discriminação filosófica, discernimento.

Vyasadeva Um renomado sábio, cuja reputação é devida ao fato de ter organizado os Vedas na sua forma

atual. Também é considerado o autor do Mahabharata, dos dezoito Puranas e dos Brahma Sutras.

Y

Yajna Sacrificio ou realização de sacrificio..

Yoga

Ato de ligar. 1- União da alma individual com o Supremo. 2- O método pelo qual essa união é realizada (v. bhakti yoga, jñana yoga, karma yoga, raja yoga). 3- Um dos seis darshanas

(sistemas de filosofia ortodoxa hindu), compilado por Patânjali como Yoga Sutras. A yoga proporciona meios para se atingir a mais alta consciência e a libertação final dos laços do

mundo por meio do controle das ondas de pensamento da mente.

Yoga Sutras

Os Yoga Sutras, escritos por Patânjali, conformam o texto fundamental da doutrina Yoga, constan de 195 aforismos, ou frases curtas compostas de palavras técnicas muito precisas

seguindo estritas regras gramaticais. Tais aforismos em muitas ocasiões se enlaçam uns com os outros para expor una linha de pensamento coerente. O livro se divide em quatro capítulos, ou partes. Cada um deles tem um título (Samadhi - 51 aforismos, Sadhana - 55 aforismos, Vibhuti

- 55/56 aforismos e Kaivalya - 34 aforismos).

Yogui Aquele que pratica yoga. Feminino: yoguini.