83º aniversário - esmcastilho.pt · sável pelo nosso clube de teatro. a peça “joão e o pé...

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ESCOLA SECUNDÁRIA MARQUES DE CASTILHO ÁGUEDA ♦ ♦ ♦ UMA ESCOLA COM HISTÓRIA Edição nº. 9 – Março de 2010 TRIBOS URBANAS Gótico versus Black Metal » 12 BAILE DE FINALISTAS Sara Fernandes é Miss » 7 83º Aniversário Festa é festa!!! GRANDE ENTREVISTA Danças Ocultas » 4 OBRAS EM CASA » 6 PARLAMENTO DOS JOVENS (3º CEB) ESMC na final nacional » 8 QUADRO DE MÉRITO Quando o esforço compensa: os mais jovens distinguidos pelo mérito são exemplo a seguir. » 3 » 3 ÚLTIMA HORA Francisca Morgado, (8ºC) na final nacional das Olimpíadas da Matemática. » 10

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Escola sEcundária MarquEs dE castilho – águEda ♦ ♦ ♦ uMa Escola coM história

Edição nº. 9 – Março de 2010

TRIBOS URBANASGótico versus Black Metal

» 12

BAIle de FINAlISTASSara Fernandes é Miss

» 7

83ºAniversário

Festa é festa!!!

GRANde eNTRevISTA Danças Ocultas

» 4

OBRAS em CASA» 6

PARlAmeNTO dOS JOveNS (3º CeB)

ESMC na final nacional» 8

QUAdRO de méRITOQuando o esforço compensa: os mais jovens distinguidos

pelo mérito são exemplo a seguir.» 3

» 3

ÚlTImA HORA Francisca Morgado, (8ºC)

na final nacional das Olimpíadas da Matemática.

» 10

Página 2 infom@rques Edição nº. 9 – Março de 2010

O período que agora se inicia ficará marcado por um dos mais ambiciosos projectos educativos que a Escola já co-nheceu. Na verdade, 7 anos depois de ter eleito a Qualidade como pano de fundo do seu pensamento estratégico, a Escola Secundária Marques de Castilho assume o compromisso de enquadrar esse desafio de uma forma consequente. Um dos objec-tivos estratégicos subjacentes ao Projecto Educativo da Escola (“Um Compromisso com a Qualidade”), objectivo decorrente da necessidade de resolver problemas de “Or-ganização e Planeamento”, prende-se com a implementação de um sistema de Ges-tão da Qualidade e, subjacente a ele, com a consolidação de práticas sistemáticas de Auto-Avaliação da Escola. Neste sentido, foi criado um Observatório da Qualidade, estrutura que compreende duas equipas de trabalho, uma ligada à gestão dos pro-cessos, com preocupações imediatas de regulação da parte documental, e outra ligada à auto-avaliação da escola.

O trabalho que agora se inicia visa, em primeiro lugar, analisar a estrutura orga-nizacional da escola, incidindo sobre todos os documentos que orientam a sua activi-dade, de modo a verificar a sua conformi-dade com o Regulamento Interno, a clari-ficar o sistema de relações que suporta o funcionamento das estruturas intermédias e de topo e ainda a regular a actividade bu-rocrática da escola, redesenhando-a, sim-

plificando-a e tornando-a mais eficiente. Pretende-se, assim, codificar documentos, elaborar matrizes de responsabilidades so-bre esses documentos e uniformizar proce-dimentos, através da construção de fluxo-gramas de serviço. No fundo, pretende-se definir quem faz o quê, como, quando e onde, e ainda quem responde perante quem.

No que concerne ao segundo desafio, é bom lembrar que a escola há muito desen-volve algumas práticas de auto-avaliação, ainda que de forma dispersa e sem carác-ter sistemático. Nesse sentido e procu-rando contribuir para a “consolidação de uma cultura de avaliação e de melhoria contínua em todos os sectores da escola”, um outro objectivo estratégico do Projecto Educativo, a escola prepara-se para imple-mentar um modelo que é hoje reconhecido como uma poderosa ferramenta de auto-avaliação do desempenho organizacional para o sector público, que permite deter-minar com rigor os pontos fortes e os pon-tos críticos e definir planos sustentados de melhoria, com base no seu conhecimento intrínseco. Trata-se da CAF (Common As-sessment Framework, Estrutura Comum de Avaliação), uma adaptação do Modelo de Excelência da EFQM (European Foun-dation for Quality Management) adequa-do às características e especificidades de um organismo público, cuja ambição é a de delinear processos sustentados de Me-lhoria Contínua nas instituições educativas, contribuindo para o desenvolvimento de

uma Cultura de Qualidade e Excelência nas pessoas que diariamente contribuem para o sucesso desta escola.

O Modelo CAF contempla nove crité-rios (Critérios de Meios e Critérios de Re-sultados), cada um deles subdivididos em subcritérios, que correspondem aos aspec-tos globais focados em qualquer análise organizacional, permitindo assim a com-parabilidade entre organismos.

As principais características da CAF são as seguintes:

Facilita a auto-avaliação das organi-zações públicas com o objectivo de obter um diagnóstico e um plano de acções de melhoria;

Permite uma avaliação baseada em evi-dências através de um conjunto de crité-rios amplamente aceites no sector público dos países europeus;

Constitui um meio para criar entusias-mo entre colaboradores através do envol-vimento destes no processo de melhoria;

Gera oportunidades para promover e partilhar boas práticas entre diferentes sectores de uma organização e com outras organizações;

Constitui uma forma de medição do progresso ao longo do tempo através de auto-avaliações sistemáticas.

A equipa de auto-avaliação, liderada por Emília Batista, encontra-se já constituí-da e a trabalhar no sentido de operacio-nalizar o modelo.

F. Vitorino

FICHA TÉCNICAPublicação da responsabilidade do Clube de Jornalismo da Escola Secundária Marques de Castilho – ÁguedaCoordenação Geral: Gabinete de Comunicação e Imagem Coordenador do Clube de Jornalismo: Prof. José Carlos CarvalhoAssessora do Clube de Jornalismo: Susana SilvaEquipa da Secção de Jornalismo:Jornalistas: Alexandra Conceição(10ºA2), Ana Filipa Silva (9ºC), Beatriz Guerra (9ºC), Bárbara Tomaz (11ºC), Catarina Pimentel (8ºC), Filipa Cardoso (8ºC), Francisca Morgado (8ºC), Kateryna Andreyvna (9ºC), Luís Grilo (12ºC2) Marco Silva (12ºC1), Rita Alves (12ºC2), Ruben Almeida (8ºB), Salomé Silva (8ºC) Susana Mendes (10ºA2), Veronika Karó (10ºC)

Tempo de mudança

Volvidos 8 números de Infom@rques, foi nosso entendimento procu-rar novos rumos, ancorando a publica-ção da ESMC no conceito de “jornal de escola” sem, no entanto, esquecer que também é o “jornal da escola”.

Assim, centrámos a atenção nos acontecimentos vividos na escola, como o 83º aniversário, o Parlamento dos Jovens ou as obras de beneficia-ção, noticiados por alunos do Clube de Jornalismo, reunido semanalmente às 3ªs-feiras na sala 30 – a redacção, como lhe chamamos. Investimos também na formação de três jovens jornalistas que agora revelam o que aprenderam: é obrigatório parar no artigo da Bárbara Tomaz sobre duas tribos urbanas “re-presentadas” na escola, plenas da «car-ne e cor» essenciais a uma reportagem, como enfatizou José Vegar, jornalista veterano feito professor das “nossas meninas” por um dia. Quisemos ainda noticiar acontecimentos tão importan-tes para os nossos alunos como o baile de finalistas, momento de saltos altos, vestidos brilhantes, gravatas paternas, penteados e maquilhagens estudados ao pormenor, enfim a concretização de um sonho de uma noite de inverno com todo o glamour e o bling-bling que haviam planeado aulas a fio!

Na reportagem “Um dia com o pre-sidente”, na entrevista ao concertista Artur Fernandes, do Danças Ocultas, ou na divulgação de actividades da D’Orfeu, o Infom@rques vira-se para a comunidade e afirma-se como jornal da escola, atento ao pulsar da cidade.

Cientes que a mudança não nos as-susta mas que ser mudado nos aterrori-za, ainda assim arriscamos “experimen-tar [novas] coisas em conjunto” e “ten-tamos, essencialmente, seguir a nossa própria linha…”, receita de sucesso para o Danças Ocultas e, quem sabe, para o re-novado Infom@rques.

Teresa Rino

GESTÃO DA QUALIDADE E AUTO-AVALIAÇÃO

DA ESCOLA

Edição com o apoio da empresa Coraze (Oliveira de Azeméis)

Edição nº. 9 – Março de 2010 infom@rques Página 3

Aquela sexta feira foi, de facto, espe-cial! De manhã, a nossa tuna “Castilhaços” não deixou ninguém ficar indiferente ao aniversário desta Escola com uma histó-ria feita de muitas estórias, que é única na região: procurou aquela belíssima estátua de bronze, que mostra uma senhora esbel-ta e forte a soltar no ar as aves traquinas que, no fundo, são todos os alunos e deu espectáculo, com vozes, sons, risos, suores e afectos que já ninguém dispensa, nesta comunidade de mil e muitas almas!...

Antes, acontecera já a distribuição mas-siva de camisolas representativas da Mar-ques de Castilho, apelando a que todos – alunos, professores, funcionários, pais… – assumam com vontade a causa, por vezes exigente, dura, que é esta Escola…

Lá na Biblioteca Manuel Alegre – es-tamos em obras, é tempo de paciência e improvisos sem conta, olhando um futuro a transbordar de expectativas… –, aconte-ceu a festa da festa e houve emoções e arte pura à solta! O espectáculo lindo foi cres-cendo e ganhando matizes imprevistos, sempre sob a batuta rigorosa da apresenta-

dora de serviço, a Prof. Emília Batista, uma vila-realense que quase parece ter vivido sempre por dentro dos portões austeros da Castilho…

De início, foi a vez do Teatro de Som-bras da Escola mostrar a sua arte, sob a batuta da Prof. Regina Sampaio, respon-sável pelo nosso Clube de Teatro. A peça “João e o pé de feijão”, trabalho de alunos

da turma 8º A, mostrou que a imaginação e esforço dos nossos alunos não conhece fronteiras!...

Depois, Ana Sofia Mota e Beatriz Guerra, duas alunas exemplares que são, igualmente, artistas com grande potencial, interpretaram peças musicais de quali-dade, que prenderam a assistência até ao último som. Ainda viajando no mundo maravilhoso da arte musical, a Bárbara e o Marcos presentearam depois os pre-sentes com uma exibição de dança de tango muito aplaudida.

Ana Luísa, a voz extraordinária que “arrasou” no espectáculo de aniversá-rio do último ano lectivo, surgiu a can-tar “Big Spender”, para delícia dos seus muitos admiradores… e de quem não a conhecia ainda!

O Prof. Paulo Veiga trouxe também ao palco - tal como fizera na festa de aniversá-rio anterior… – um interessante grupo de dança acrobática, onde brilharam a elegân-cia e a arte das alunas Tatiana Henriques, Maria Zubareva, Ana Rodrigues, Sónia Gonçalves, Marlise Silva e Mónica Mar-

ques. Parabéns, miúdas!Foi, finalmente, tempo de premiar os

melhores alunos. Como se sabe, a Marques de Castilho não esquece nunca, na sua fes-ta de aniversário, os alunos do seu Quadro de Mérito e, para além disso, distingue pecuniariamente os seus melhores alunos com os prémios “Câmara Municipal de Águeda”, “ESMC” e “António Silva”, vi-sando incentivar aqueles que, com muito trabalho e capacidade, atingem níveis ex-celentes ao longo do ano lectivo. Esta ceri-mónia foi antecedida pela exibição de uma espectacular vídeo-reportagem sobre os alunos distinguidos, da responsabilidade do novo Gabinete de Imagem da ESMC, que prendeu a atenção do público e onde brilhou a arte de Ivo Tavares, conhecido fotógrafo profissional de Aveiro, que quis emprestar a sua enorme qualidade ao trabalho.

Concluímos sublinhando que, apesar das limitações impostas pelas obras de vulto que vão marcando o quotidiano da nossa Escola, este 83º aniversário foi mais uma exuberante demonstração das inicia-tivas maravilhosas que esta comunidade, quando motivada, consegue concretizar.

C. C.

Festa é festa!!!

hEPta7º Ciclo Experimental29 Março a 1 Abril 2010Ciclo dedicado à Multimédia ____________________________________

Campo de Férias – criação de curtas-metragens em 4 dias!guião | story board | filmagens | edição | recursos técnicos(telemóveis, máquinas fotográficas)

Inscrições abertas 9 - 16 anos29 Março a 1 Abril 2010 | das 9h às 17h | Espaço d’Orfeu 20€ normal | gratuito Alunos EMtrad’(inclui almoço)

Mais informações e inscrições: [email protected]

Página 4 infom@rques Edição nº. 9 – Março de 2010

Nascido com claras influências do am-biente escolar da Marques de Castilho, o grupo Danças Ocultas encontra-se hoje firmado no panorama musical português onde é único na qualidade genuína dos sons que se soltam das suas concertinas (quase) mágicas. Falar do grupo de Águe-da é, igualmente, lembrar a saudosa pro-fessora Lélia Cal, antiga presidente do Conselho Directivo da Escola e mãe de um dos seus músicos, também ela uma apaixonada pela concertina enquanto instrumento de características populares. É também falar do magnífico alfobre que sempre foi o ambiente musical da região em que vivemos… A realidade é que os seus antigos bailes de aldeia, as suas ban-das de música, os seus grupos folclóricos estão fortemente presentes nos sons dos Danças Ocultas, oferecendo-lhe matizes extraordinários! É o povo de Águeda, na sua essência, que vive nos acordes dos quatro músicos, são os seus risos, cheiros e dores que eles procuram por dentro das suas concertinas!...

Numa noite fria de Fevereiro, pouco passava das 21.30h, começou a nossa pe-quena aventura na Casa do Rio, sede do Danças Ocultas, ali no coração de Águe-da, com o Artur Fernandes a liderar a marcha escadaria acima até uma peque-na e acolhedora sala, um espaço que tem tanto de bonito, como de familiar. Porque os restantes elementos do Danças Ocul-tas se encontram espalhados pelo país – o grupo é amador…-, foi com o Artur que tivemos uma conversa agradável, noite dentro… Sobretudo, quisemos saber da sua história…

Artur Fernandes - Estávamos mais ou

menos em 88/89, eu dava aulas de con-certina, eram os meus primeiros alunos… Entretanto, houve necessidade de prepa-rar tecnicamente o Filipe Miguel e o Filipe Cal para uma digressão ao Canadá, com o Cancioneiro Infantil. Aproveitei essa opor-tunidade, chamei também o Francisco e, para além dessa preparação, começámos a experimentar coisas em conjunto. O objec-tivo era tentar abordar o instrumento con-certina de uma forma diferente do que era habitual. Começou tudo desta forma mui-to descontraída!... Durante cerca de quatro anos, fomos tentando fazer coisas dife-rentes e sem reportório escrito, fazíamos transcrições de música clássica, até surgir um contacto com músicos dos Madredeus, na altura, com o Rodrigo Leão, que foi meu colega da tropa… Depois, conheci o Gabriel Gomes, que era o acordeonista dos Madredeus e fui-lhe mostrando o que an-dávamos a fazer. Em 1994, começámos a gravar o nosso primeiro disco, com a pro-dução do Gabriel. Foi o nosso arranque e, nessa altura, mudámos o nome para Dan-ças Ocultas…

Ou seja, os Madredeus marcaram o grupo…

A. F. - Há várias fases: numa primeira, o reportório que está no primeiro disco, há claramente uma influência de outros músicos, que tocam o instrumento a nível internacional; da minha formação, por um lado clássica mas, por outro, da minha for-mação inicial de música tradicional e, diga-mos, deu-se a síntese de todas estas influ-ências. Isto porque o primeiro reportório foi composto por mim e era apresentado aos outros, muito simplesmente “tu tocas isto, tu tocas aquilo”... A partir daí, do pri-

meiro disco, foi-se incentivando composi-ções em oficina, em conjunto. No segundo disco e nos seguintes, já há mais influên-cias de cada um de nós. Nos grupos, por exemplo, de música pop, é normal ouvir-se “eu sigo mais uma linha dos Nirvana ou dos Oasis, etc”. No nosso caso, o Danças Ocultas é um projecto tão específico, que é único, não tentamos seguir linha nenhuma e tentamos, essencialmente, seguir a nossa própria linha…

O Danças Ocultas tem, então, diferen-tes influências musicais…

A. F. – Sem dúvida! Nós próprios te-mos dificuldade em responder, se as pes-soas perguntam que tipo de música faze-mos… Não conseguimos explicar, é qual-quer coisa que tem um bocadinho do que é uma formação de música de Câmara, por exemplo um quarteto de cordas ou de uma formação do tipo quarteto de saxo-fones ou de uma formação com um único instrumento. Por outro lado, há a influên-cia do instrumento em si e que está muito

ancorado na música tradicional. Há ainda uma certa postura mais descontraída, qua-se que pop, e isto permitiu-nos ter estado no festival Vilar de Mouros, em 96, que é um festival pop/rock, no Festival dos Ca-puchos, que é um festival de música clássi-ca, ou num festival em San Sebastián, que é um festival de música contemporânea ou ainda nos festivais de acordeão, em Viena, Paris, Torres Vedras… Portanto, esta plas-ticidade é exactamente o que procuramos, porque se nos fecharmos numa “caixinha”, isso já não é tão interessante...

Procuram atingir, portanto, diferentes públicos?

A. F. - O nosso público-alvo é um públi-co que está disponível para descobrir coi-

sas novas, portanto curioso. Isso permite-me lembrar um facto que temos constata-do: a oferta cultural na Europa Central tem um nível desmesuradamente superior ao que temos em Portugal! Mesmo em cá, há regiões onde há bastante mais oferta cultu-ral do que noutras. A intensidade da oferta cultural é tão grande na Holanda, Bélgica, Áustria, França etc. - em que os centros culturais de cidades de cem mil habitantes têm programações do tipo quarenta con-certos por mês, obviamente com diferen-tes salas e isto há já há trinta ou quarenta anos… -, que levou a uma fidelização de público. Isto é, ele procura as salas porque acredita naquela programação e, portanto, está sempre disponível para ver coisas no-vas… Aqui em Portugal, na maioria dos casos, para o público procurar uma coisa nova só se alguém nos diz “é pá, vem ver este concerto, que eu já vi e é muito bom!”... Quando as pessoas nos vêem, afastam logo algum preconceito, pensam que, afinal, a música portuguesa não é só fado…

O Danças Ocultas assume-se então como um rosto de mudança na oferta cul-tural no nosso país…

Não içamos essa bandeira!... (risos) Sen-timos que nos enquadramos nas diversas propostas artísticas actuais que tentam apresentar qualquer coisa de novo, mas, por outro lado, exigimos um equilíbrio no nosso trabalho de vinte anos! Uma coisa que é muito natural nos vossos colegas jor-nalistas é começarem a perguntar: “Então, o que é que há de novo neste álbum? ”. A resposta é que nós tocamos este instru-mento, a concertina, não vamos agora to-car saxofone… e, portanto, as cambiantes que vamos introduzindo são a nível téc-nico, ou seja, em vez de usar este acorde,

Entrevista a Artur Fernandes, concertista do Danças Ocultas

Concerto de Vilar de Mouros foi momento alto

Edição nº. 9 – Março de 2010 infom@rques Página 5

usar outro, coisas muito técnicas de que a maior parte das pessoas não se apercebe… Elas continuam a ouvir apenas o timbre da concertina, mas nós sentimos que há uma viragem vertiginosa do “Pulsar” para o “Tarab” e não só porque o primeiro está cheio de convidados e o “Tarab” não… O tipo de linguagem musical é, neste último, completamente diferente! Obviamente que as pessoas não sentem essa diferença, porque lhes falta um pouco de formação musical…

Foi aluno e professor na Marques de Castilho. Que estórias recorda desses tempos, sem dúvida inesquecíveis?

Muitas! Por exemplo: Estava no 11º ano e, na época, formei com uns colegas um grupo de música popular, os Terra a Ter-ra!... Era então normal levar para a Escola a minha concertina ou um cavaquinho, qualquer coisa… Entretanto, ia haver uma aula de Contabilidade e os meus colegas desafiaram-me: “Não és homem, nem és nada, se não entras a tocar pela sala dentro!...”. Entrei a tocar o cavaqui-nho, com o pessoal atrás a bater palmas e a professora ordenou que parasse de to-car, mas continuei… depois de ela pedir mais umas quantas vezes que parasse, eu, quando acabei, disse-lhe: “A profes-sora não sabia que a música ainda não tinha acabado? Agora é que acabou!” Mandou-me para a rua e arrastou comi-go uma parte da turma, porque “…tam-bém faziam parte da orquestra”.

Sobre a experiência de ter dado au-las: tinha acabado a tropa, estava a fazer poucas disciplinas no Conservatório e tinha algum tempo livre. Surgiu a hipó-tese de concorrer a nível de escola para Geografia e essa experiência serviu para eu tirar uma conclusão: não queria dar aulas a quem não quisesse aprender! Foi uma experiência mais ou menos doloro-sa, porque queria que os alunos mostras-

sem algum entusiasmo!... Custou-me um pouco esse tempo, mas serviu para eu encontrar o meu rumo…

Ainda outro episódio: vinha de dar uma aula e estava a caminho da Sala dos Professores, bem-disposto, a assobiar. Vem atrás de mim uma professora de His-tória: “Ó Artur, o que é isso? Então, a as-sobiar? Já viu que mau exemplo está a dar aos alunos?”. Fiquei surpreso… Respondi-lhe que, pelo contrário, era um excelente exemplo, um sinal de que estava feliz! E que bom seria se todos sentissem vontade de assobiar!... Esta experiência alertou-me para uma questão: nem sempre temos o mesmo nível de leitura para determinado tipo de comportamentos…

E quanto aos maiores momentos do Danças Ocultas, …

É difícil responder… O primeiro gran-de deslumbramento dos quatro foi estar em estúdio a gravar o primeiro disco, contando com a colaboração de pessoas que eram referências na música nacional da altura, o Gabriel Lopes, o Tó Pinheiro da Silva - que gravou quase toda a gente em Portugal…-, além do disco ser editado pela EMI, que era a principal editora do país. Depois, quando vimos pela primeira vez o disco nas lojas e as entrevistas nos jornais… Tudo isso fez parte do primeiro grande deslumbramento. O segundo foi no concerto de Vilar de Mouros, no palco principal, antes dos Tindersticks e dos The Stone Roses e com milhares de pessoas com os braços no ar… Houve outros momen-tos muito altos, um dos quais em Outubro passado, tocámos no Concert House, em Viena, a grande sala de referência de con-certos a nível mundial! E, termos tocado várias vezes com salas cheias, dá para uma pessoa tremer!…

Rita Alves Luís Grilo

Uma instituição importante para toda a nossa vasta região, como é a Escola Secundária Marques de Cas-tilho - a antiga Escola Industrial e Comercial de Águeda -, tem a obri-gação indeclinável de saber cuidar e orgulhar-se do seu passado, que é único. É precisamente esse passado que lhe dá uma personalidade dife-rente de qualquer outra e que sem-pre lhe oferece vantagem, quando abordamos, por exemplo, o tecido empresarial da região, no sentido de ser envolvido em diferentes iniciati-vas da Escola.

Nós, Clube de Jornalismo, temos consciência plena desta realidade. Por isso mesmo, noticiámos com entusiasmo, na nossa edição de Fe-vereiro de 2009, que conseguíramos encontrar, com algum esforço, a edi-ção nº 4 do jornal “Botaréu”, o pri-meiro jornal que a nossa Escola teve. E – garantimos então… - tudo iría-mos fazer para conseguir os três nú-meros anteriores em falta, dotando a comunidade escolar de documentos interessantes para o estudo da histó-ria da Escola e do concelho.

Numa manhã chuvosa da última semana, fomos até Aguada de Baixo, onde o Padre Manuel Armando, an-tigo professor de Religião e Moral da Escola e responsável do “Botaréu”,

nos esperava, garantindo ter os pre-ciosos números em falta nos seus ar-quivos de jornalista amador. E assim aconteceu…

Hoje, a Biblioteca da Marques de Castilho dispõe de todos os núme-ros do mítico “Botaréu”, onde é pos-sível apreciarmos notícias curiosas, envolvendo o quotidiano da Escola nos anos sessenta. Valeu a pena o es-forço feito!

C.C.

Jornal “Botaréu” ressurge no tempo

O Centro Novas Oportunidades realiza o acolhimento e encaminhamento de adultos maiores de 18 anos tendo em vista a certificação escolar, de nível básico ou secundário. Desenvolve também Processos de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC), com o auxílio de uma equipa de profissionais qualificados, para obtenção da mesma certificação.

Estamos à sua EspEra!Valide o que aprendeu no Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária

Marques de Castilho.Aceite este desafio e mude a sua vida!

E s c o l a S e c u n d á r i a M a rq u e s d e C a s t i l h o

Página 6 Edição nº. 9 – Março de 2010

No passado dia 25 de Novembro, par-te importante do colectivo do “Infom@rques” teve o privilégio de visitar de-moradamente as obras da Escola Nova, após vários contactos com a empresa Parque Escolar, responsável nacional pelo empreendimento.

Não obstante a tarde chuvosa e fria de Outono, a visita viria a mostrar-se do maior interesse. Recebidos pelos técnicos responsáveis pelos diferentes aspectos das grandiosas obras em curso – engenharia civil, segurança no traba-lho, electricidade, som, etc. -, os jorna-listas puderam apreciar com detalhe a enorme transformação que decorre no espaço envolvido, a qual terá ainda duas outras fases muito importantes, a da actual zona do bar e a das oficinas.

Impressionantes foram, sobretudo, a qualidade que foi possível apreciar na sala de aula-modelo, a grandeza da futura biblioteca multimédia, a luz de que algumas salas desfrutam – por exemplo, os laboratórios, virados para um futuro jardim interior… - e as di-mensões grandiosas de algumas inter-venções de engenharia…

Caros leitores: podem crer, vale a pena esperar para ver!

C. C.

A Escola em notícias

Tal como noticiámos na nossa edição de Maio passado, a nossa Escola partici-pou no concurso “Comunica-te” de 2009, uma iniciativa da Câmara Municipal que tinha como grande objectivo o apoio con-creto às actividades de jornalismo das dife-rentes Escolas do 2º, 3º Ciclo e Secundárias do concelho de Águeda.

Porque o “Infom@rques” tem caracte-rísticas gráficas e conteúdos diferentes das que marcam os tradicionais jornais de Es-cola, o júri do concurso entendeu premiar três outros jornais escolares do concelho. Já

no que refere à outra vertente do concur-so – os trabalhos de vídeo-reportagem – a Marques de Castilho conseguiu o primei-ro lugar com alguma facilidade. Como de-vem estar lembrados, o trabalho a concur-so “Escola com Vida” abordava a riquís-sima história da nossa Escola, através de conversas com três gerações diferentes de alunos – os dos anos quarenta, os dos anos setenta e os actuais… - em que era mostra-da a imagem que retêm da sua passagem pela nossa Escola. Este vídeo resultou do trabalho dos alunos do Clube de Jornalis-mo Adriana Rocha, Alexandra Conceição, Verónika Karó, Susana Mendes e António Tondela e do antigo aluno António Espe-ranço, responsável pela gravação e monta-gem dos materiais recolhidos.

Como consequência dessa vitória no curso de vídeo-reportagem, a ESMC este-ve representada, no passado dia 3 de Fe-vereiro, na iniciativa “Um dia com o Pre-sidente”, através da nossa colega jornalista Susana Mendes, que teve oportunidade de acompanhar todos os passos desse dia do Dr. Gil Nadais, actual Presidente da Câ-mara Municipal de Águeda, daí retirando informações e experiências que, com certe-za, nunca irá esquecer.

C.C.

Um Dia com o Presidente

QUERIDO, MUDEI A ESCOLA!

Infom@rques visitou a escola nova

Edição nº. 9 – Março de 2010 Página 7

Na passada noite de 12 de Fevereiro de 2010, a «Quinta dos Três Pinheiros» foi mais uma vez o espaço escolhido para a realização do baile de finalistas da ESMC. Alunos da Marques de Castilho, especial-mente finalistas e pré-finalistas, seus fa-miliares e amigos, juntaram-se para uma noite de dança, recepção dos diplomas e eleição do Mister e Miss Finalistas e Pré-Finalistas, tendo sido eleita a aluna Maria Miguel Resende, do 11º B como Miss Pré-

Finalista, Luís Henrique, do 11º A2 como Mister Pré-Finalista e Sara Figueiredo e Ricardo Abrantes, do 12º A2, como Miss e Mister Finalistas, respectivamente. Am-bas vestidas de preto mas em estilos di-ferentes – Maria Miguel apresentava-se num clássico black dress, enquanto Sara escolhera um vestido vintage – exultaram de alegria pela escolha do Júri.

A festa iniciara-se com o tradicional jantar que decorreu animadamente numa

das salas da Discoteca reservada para o efeito. Aqui proliferavam pais orgulho-sos, finalistas animados e um punhado de professores. Porta afora, esperava-os o palco, Gonçalo Rei e a sua bonita com-panheira da Comissão de Finalistas; na-quele estrado reuniram-se turmas intei-ras para receber os respectivos diplomas de finalistas e pré-finalistas e muitas das caras conhecidas da nossa escola que se apresentaram para a (difícil) eleição dos

príncipes e princesas da noite. Na pista de dança a animação foi

grande e as nossas objectivas captaram caras bonitas, peripécias e momentos especiais. A equipa da ESMC. Brilho registou o evento e aguarda por muitos mais Bailes de Finalistas da nossa Esco-la como o deste ano.

Ana Filipa Silva, Beatriz Guerra, Filipa Cardoso e Francisca Morgado

Bling-bling Party

Página 8 infom@rques Edição nº. 9 – Março de 2010

O programa parlamento dos jovens tem o objectivo de promover a educação para a cidadania e o interesse dos jovens pelo debate de temas da actualidade. O tema deste ano é “Educação sexual nas Escolas”.

1º Período, aulas de Formação CívicaQuando a DT sumariou, no início de

uma aula no já longínquo mês Outubro, “Educação Sexual na Escola: necessida-de da existência de uma disciplina”, le-vantou-se o burburinho: “P’ra quê, pro-fessora? Nós já sabemos tudo!”. “Tudo mesmo?”, quis saber a DT. A resposta dos meus colegas veio pronta: “O que não sabemos perguntamos uns aos ou-tros ou vamos à internet, não é um profe ou um médico que nunca vimos que nos vai explicar!!!”. Mas a DT é insistente e provocadora e, ao fim de alguns pod-casts e artigos de revistas ficámos con-vencidos: há muito para aprender e nós queremos saber muitas coisas, daquelas que nenhum folheto do Centro de Saúde nos diz, o que nós tínhamos era receio de perguntar certas coisas como “A mastur-bação faz mal à saúde?” ou “Não perce-bo por que motivo inventaram o preser-vativo com sabor, não faz sentido...”. E as respostas vieram e as perguntas tam-bém, com naturalidade, sem stress!

11 de Janeiro de 2010Deputada Paula Cardoso esclarece

dúvidas dos “aprendizes de deputa-

dos” do Parlamento dos JovensNo passado dia 11 de Janeiro, pe-

las 10 horas, a deputada Paula Cardo-so visitou a nossa escola a fim de nos proporcionar uma palestra, no âmbito do Parlamento dos Jovens, com o tema “Educação Sexual”.

Foi na cantina onde a Dr. Paula deu a conhecer um pouco mais aos alunos so-bre o funcionamento da Assembleia da República bem como a sua perspectiva do que deve ser a educação sexual nas escolas. Respondeu a dúvidas, sobretu-do vindas de alunas, sobre gravidez na adolescência e direitos das jovens mães à manutenção dos seus filhos, implicações e complicações de ser mãe adolescente e ainda sobre início da vida sexual activa.

11 a 15 de Janeiro de 2010Campanha EleitoralQuatro listas (umas mais do que ou-

tras) espalham cartazes e folhetos pela escola propondo medidas para imple-mentação da Educação Sexual nas Esco-las. O objectivo é angariar votos e através deles, eleger deputados para a sessão es-colar do Parlamento dos Jovens.

18 de Janeiro de 2010Eleições para o Parlamento dos Jo-

vensAs campanhas das quatro listas (A,

B, C e D) tinham decorrido durante toda a semana anterior. No dia 18 de Janeiro o bar transformou-se em secção de voto

para que os alunos do ensino básico vo-tassem na sua lista favorita. A votação decorreu até às 14 horas do mesmo dia e logo de seguida fez-se o escrutínio para apurar os resultados. A lista vencedo-ra foi a lista A (9ºA), seguida da lista B (9ºB), depois a lista C (9ºC) e por fim a lista D (8ºC).

20 de Janeiro de 2010Sessão EscolarOs deputados das quatro listas jun-

taram-se no dia 20 de Janeiro para apre-sentar as suas medidas e argumentar em sua defesa. Cada “cabeça de lista”, agora chefe do seu grupo parlamentar, tentava persuadir os senhores deputa-dos ali presentes que as propostas que apresentavam eram melhores do que as dos outros grupos. A discussão foi acesa e renhida, obrigando os grupos parlamentares a cedências, fusões de medidas e alianças.

As 3 medidas mais votadas na sessão escolar e que consti-tuem a base do Pro-jecto de Recomenda-ção da ESMC à sessão distrital do Parlamen-to dos Jovens são:

- Formação para Pais e Encarregados de Educação dada por técnicos espe-cializados em várias áreas, desde a medi-cina à psicologia;

- Apostar num “programa” nacional de educação sexual que garanta o respei-to pelas diferentes opções sexuais, que trate temas do inte-resse de todos e pro-mova a não discrimi-nação em função da orientação sexual, em

todos os graus de ensino;- Pressionar o governo para que regu-

lamente a Lei Nº60/2009, de modo a que as escolas a implementem de forma mais assertiva.

Escolhidas as medidas, procedeu-se à eleição dos deputados para representar a escola Marques de Castilho na sessão dis-trital tendo sido escolhidos os senhores de-putados Telma Gomes (9ºC), Pedro Marçal (9ºB) e Dalila Figueiredo (9ºA).

27 de Janeiro de 2010“A Hora da Educação Sexual” Devido ao interesse que os jovens

deputados mostraram em relação ao tema da Educação Sexual, a escola en-tendeu abrir uma das actividades do Parlamento dos Jovens do ensino básico a alunos do ensino secundário (10ºA1, 10ºA2, 10ºB e 10ºC): a palestra com o Dr. Quintino Aires e a radialista Raquel Bulha. Foi no passado dia 27 de Janeiro, novamente no refeitório desta escola, que decorreu a sessão, tendo os dois pa-lestrantes abordado vários temas como a sexualidade humana, sexualidade na adolescência, afectos e sexualidade, as DST, a gravidez na adolescência, os me-dos e os preconceitos.

9 de Março de 2010Sessão Distrital do Parlamento dos

Jovens do 3º CEBEste ano Águeda e o Cine-Teatro São

Pedro são os anfitriões da Sessão Distri-tal de Aveiro. 111 onze deputados de 37 escolas do distrito de Aveiro vão dispu-tar os 10 lugares para deputado à Sessão Nacional na Assembleia da República. Força Telma! Força Marçal! Força Dali-la! A ESMC está convosco!

Ana Filipa Silva e Beatriz Guerra (9ºC)

Diário de Bordo do Parlamento dos Jovens 3º CEB 2010

Numa prestação excelente, a ESMC viu o seu projecto de recomendação ser o segundo mais votado , entre 37 Esco-las, na sessão distrital do Parlamento dos Jovens e ser ainda a segunda Escola mais votada.. Telma Gomes foi eleita porta-voz suplente do distrito de Avei-ro. A final nacional será na Assembleia da República, nos dias 28 e 29 de Maio.

Edição nº. 9 – Março de 2010 infom@rques Página 9

O fim de tarde do dia 15 de Janeiro de 2010 foi, para mais 103 Adultos do nosso Centro, 78 de Básico e 25 de Se-cundário, um momento de Glória.

Embora o sonho já tivesse sido con-cretizado algum tempo antes, este foi o momento em que, publicamente, viram reconhecido o seu esforço e o seu méri-to, recebendo o mágico documento que comprovará, oficialmente, o seu novo grau académico, o DIPLOMA.

O momento teve início com uma bre-ve alocução do Sr. Director, Dr. Francis-co Vitorino, que expressou o seu gosto em partilhar com os presentes a alegria daquele momento, salientando os benefí-cios de todo o investimento que cada um possa fazer no sentido de mais formação e melhor qualificação, quer no contex-to pessoal, quer profissional. De forma simples e breve explicou os motivos que levaram a Escola Marques de Castilho a apostar na criação do seu Centro Novas Oportunidades. Era uma necessidade que se impunha a uma Escola que se quer actual e atenta às solicitações de todos os públicos, oferecendo respostas para as suas necessidades e anseios, no contexto de uma sociedade em constante transformação. O Dr. Francisco termi-nou a sua intervenção felicitando todos os Adultos e incentivando-os a continuar o seu processo formativo.

Numa sentida homenagem a dois Adultos, a Sílvia Antunes e o Luís Ro-drigues, cuja morte extemporânea im-pediu que tivessem terminado os seus processos e estivessem ali também a re-ceber os seus Diplomas, a Coordenado-ra propôs um minuto de silêncio.

A festa continuou com o momen-to mais simbólico em que cada Adulto recebeu, das mãos da sua Profissional, o respectivo Diploma e Dossier, prova cabal do trabalho desenvolvido.

Não menos simbólico, foi o momento de convívio descontraído e bem dispos-to, saboreando uma fatia de bolo e bebe-ricando uma taça de espumante, como convém a qualquer comemoração.

Isabel Simões − CNO ESMCastilho

Centro Novas Oportunidades lança Info_CeNtrO

O dia 15 de Janeiro foi também o dia escolhido para o lançamento da 1ª edi-ção do Info_CeNtrO, o Boletim Infor-mativo do CNO.

O Info_CeNtrO não é um jornal es-colar mas será, certamente, um espaço informativo que tem como objectivo dar a conhecer à comunidade escolar e não escolar de Águeda, o trabalho desenvolvido e a desenvolver por este Centro Novas Oportunidades. Pretende esclarecer sobre que “Novas Oportuni-dades” têm os Adultos, mais jovens ou menos jovens, que, por vicissitudes várias da vida, não concluíram, em devido tem-

po, os seus percursos escolares, incenti-vando-os a retomá-los, melhorando e au-mentando as suas qualificações pessoais e profissionais.

Não é só a voz da Equipa Técnico-pedagógica que queremos fazer ouvir mas sim, e sobretudo, a de Empresários, Directores de Instituições e sobretudo de Formandos, que, ao longo do ainda cur-to tempo de vida do Centro, têm estado connosco envolvidos nos processos de formação, partilhando saberes e aprendi-zagens, numa perspectiva de enriqueci-mento mútuo.

Gostaríamos que os seus testemunhos fossem a força motivadora para muitos mais, aos quais, por vezes, falta apenas um pequeno nada para dar o primeiro passo.

Isabel Simões − CNO ESMCastilho

Noite Cultural

Naquela noite de 29 de Janeiro, a chuva foi condescendente e manteve-se pacata, de pantufas, à lareira, dando-nos a trégua necessária para um salti-nho ao Porto, a «imbicta», onde tivemos oportunidade – nova oportunidade – de assistir a um espectáculo inesquecível.

Aquela «Casa do Lago», em que se cruzam emoções e gerações, é um espe-lho onde podemos rever as nossas inco-erências e os nossos conflitos interiores. Ali podemos encontrar a serenidade de quem soube aproveitar a lição da vida para continuar a viver em harmonia, com respeito pelo espaço de cada um, da sua personalidade, e a encontrar o caminho para a convivência em família, para a partilha.

Na vida também há histórias que acabam bem, saibamos nós ler os sinais e dialogar, respeitar, compreender, to-lerar.

Mas esta viagem foi também um es-paço de convívio e de reencontro.

Inesperadamente, encontrei muita gente conhecida, o que me encheu de prazer (eu ia dizer orgulho) porque é minha convicção que as pessoas que não calçam as pantufas e resolvem arre-gaçar as mangas e valorizar-se, são pes-soas de GRANDE QUALIDADE.

Um capital destes, constituído por pessoas que estão dispostas a trabalhar para melhorar, não pode ser desperdi-çado. É necessário dar continuidade a este trabalho e manter sempre aberta a janela por onde vão entrando estímulos para uma constante evolução.”

Fernando Veiga – Certificado 12º ano RVCC

A Concretização do Sonho

Página 10 infom@rques Edição nº. 9 – Março de 2010

Decorreu no dia 28 de Janeiro uma sessão informativa sobre a Cidadania Europeia, destinada às turmas do 11ºG e 11ºI. Esta sessão realizou-se no âmbi-to de disciplina de Área de Integração e contou com a presença do Dr. Victor Reis, docente na Escola Secundária Má-rio Sacramento e formador do Centro de Informação Europeia Jacques Delors. Para além de terem sido dados a conhe-cer alguns dos direitos que todos temos pelo facto de sermos cidadãos europeus, o formador abordou sumariamente o processo de construção europeia – des-de o Tratado de Paris, assinado em 1951 e que instituiu a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA) - e algumas das instituições europeias (tais como o Parlamento Europeu, a Comissão Euro-peia ou o Conselho da União Europeia), procurando mostrar as funções dessas instituições comparando-as com as que existem em Portugal. Por isso, não foi apenas uma aula sobre a Cidadania Eu-ropeia, foi verdadeiramente uma opor-tunidade para ficar a saber um pouco mais acerca da realidade da União Eu-ropeia, que veio alterar tanto a realida-de nacional e o nosso modo de vida, embora não tenhamos, de uma maneira

geral, plena consciência disso.De entre os direitos que foram insti-

tuídos com o Tratado de Maastricht, em 1992, destacamos os seguintes: direito à livre circulação de pessoas (isto é, po-der viajar, trabalhar, residir ou estudar noutro país da União Europeia); direito à protecção diplomática em países ter-ceiros; direito de voto e de elegibilidade tanto nas eleições autárquicas como nas eleições para o Parlamento Europeu ou o direito de petição ao Parlamento Eu-ropeu, usando a minha língua materna.

Para mais informações, consulta http://www.aprendereuropa.pt/

Susana Silva

Durante o mês de Dezembro do passa-do ano foi realizada uma actividade que teve dois grandes objectivos: por um lado, a recolha de bens (roupa, brinquedos e alimentos) para serem distribuídos a insti-tuições que trabalham com famílias caren-ciadas, por outro, envolver os alunos nos problemas sociais da comunidade, sensibi-lizando-os para a necessidade de desenvol-ver um espírito de cidadania e solidarieda-de, que, acreditamos, todos temos.

Assim, no dia 23 de Dezembro foram entregues ao Centro Social dos Pioneiros da Mourisca e ao Centro Social e Paroquial de Re-cardães vários sacos de roupa, bem como de brinquedos e de bens alimentares, re-

colha que ficara a cargo dos 8º e 9º anos, respectivamente.

No dia 28 de Dezembro, foram entre-gues ao Centro Social e Paroquial da Borralha o contributo da ESMC, desta vez angaria-do por parte do 7º ano de escolaridade.

Tanto as turmas do ensino básico, que divulgaram e operacionalizaram a campa-nha, como a restante comunidade escolar estão de parabéns por terem tornado esta iniciativa possível, possibilitando maior conforto e alegria aos que dela beneficia-ram. Bem-haja, ESMC!

Filipa Cardoso e Francisca Morgado (8ºC)

Castilho Solidária

Pouco passava das dez da manhã, quando no dia 19 de Dezembro de 2009, um grupo composto por quatro membros da nossa escola chegou à ca-pital, a fim de aí realizarem um curso de jornalismo para não profissionais.

O grupo, constituído pela profes-sora Teresa Rino e por três alunas de diferentes níveis de escolaridade, inte-gra o Clube de Jornalismo da ESMC, e para que pudessem aprender ou com-plementar alguns conhecimentos acer-ca desta profissão, marcaram presença num curso conduzido por José Vegar, jornalista profissional desde 1989 e co-autor do livro “O Inimigo sem Rosto.

Fraude e Corrupção em Portugal” com a procuradora Maria José Morgado.

O curso teve lugar numa das salas da «escreverescrever», uma espécie de esco-la especializada apenas em cursos relacio-nados com todo o tipo de escrita, literária ou não literária, e onde durante seis horas este grupo da Marques aprendeu e elabo-rou diferentes tipos de textos jornalísticos como a reportagem, a notícia ou a entre-vista.

Já passava das onze da noite quando o grupo chegou ao local de onde tinham par-tido, o portão da Marques Castilho.

Bárbara Tomaz, 11ºC

CLUBE DE JORNALISMO DA ESMC NO CHIADO

É UMA CASA EUROPEIA, COM

CERTEzA…Falar sobre a união europeia

Aprender mais sobre a união europeia

“Parem as rotativas!”, apeteceu dizer quando, pela manhã, chegou a notícia que Francisca Morgado, aluna do 8ºC da ESMC e nossa companheira de re-dacção, havia sido apurada para a Final Nacional das XXVIII Olimpíadas de Ma-temática, a realizarem-se em Évora de 25 a 28 de Março próximo.

O feito da nossa Francisca é notável, honra o nome da escola e dos seus pro-fessores, da equipa que a preparou para esta importante competição, faz jus à de-dicação dos seus pais, a quem também fe-licitamos, e vem confirmar que é possível ser-se aluno de excelência e participante activo na vida da escola.

Parabéns, Francisca! e não te desejamos sorte para a Final porque sabemos que os teus conhecimentos, perspicácia e rapidez não são fruto do acaso, mas do teu labo-rioso estudo que concilias com esse sorriso

claro. Bem-hajas, miúda, por tudo o que és e fazes na ESMC!

Teresa Rino

Francisca Morgado apurada para a Final Nacional das Olimpíadas

Portuguesas da Matemática

Edição nº. 9 – Março de 2010 infom@rques Página 11

Para pensar...

Neste texto de opinião vou abor-dar a leitura do livro da escrito-ra juvenil com mais sucesso no planeta, a britâ-nica J.K.Rowling, autora da saga

que tem como personagem principal o jovem mago com dotes extraordinários Harry Potter.

J.K.Rowling tem uma escrita atraente para adolescentes, linguagem acessível e enriquecedora, um ritmo alucinante, histórias fantásticas e, por isso, Harry Potter e os Talismãs aa Morte é um livro muito bom. Este livro fala-nos do momento decisivo para Harry Potter, o confronto final com Lord Voldemort, já que nenhum poderá sobreviver enquan-to o outro for vivo! Eu, é claro, torci até ao fim pelo jovem herói mas não vou di-zer quem é o grande vencedor. Por isso, malta, não enlatem a vossa capacidade de leitura, satisfaçam a vossa curiosida-de e admitam: este livro é muito bom!

Bruno Almeida, 8º B

HARRY POTTER E OS TALISMÃS

DA MORTE Ritinha faz anos A Ritinha fazia anos e convidou to-

dos os amigos para o seu aniversário, e disse:

- Quando chegarem a minha casa tocam à campainha com a testa! Ficou tudo intrigado...

- Com a testa?! Porquê? - Com certeza que não estão a pen-

sar vir de mãos a abanar, pois não?

Espelho meu… A mulher vê-se ao espelho e diz ao

marido: - Estou tão feia, tão gorda e tão mal

feitinha. Preciso de um elogio... E o marido responde: - Tens muito boa visão..

Mendigo Um tipo parou no semáforo. Nessa altura, apareceu logo um mi-

údo a pensar que ia sacar umas moe-das:

- Por favor, pode dar-me umas moedinhas para eu comprar uma san-des???

Ao que replicou imediatamente o tipo:

- Não, porque já são sete da noite, e depois não jantas!!!

Sudoku

Anedotas

Sopa de letras

K U R I S U M A S U M O N C C E R S F TE J Y U N T D R J S N E W H I L L V Z IN A T A L A T A H U T N R R K A O D Z RE M B T K L R C D H V I X I F T M C A JT G T S C C V O C I S Z B S J A A S J AP S J K K J H A D M V E T T P N A Y U TB O C X S J N L E Z L A N M C B Q B K TX R J M Y H Z N Q M E E N A C C X R L WN C P L I C Y Q W G B N M S S Q M S R CK J V E K J H C Y W L L I T Z E S K S FY A W F X X N W Q J Ó X G E T B M X U EI S A M S I R K O J J R M M Q Q O N D MC I H B E B Q U O A J Y D W D R Z M X TL X L I P C L X U X M A X E E O N S P IN U F V N E I L V B E M Y R R F B M Y KA T J W X M U U C E O Z Q V K G I U A HD U T L E O N E Y Q W Z Y H U F W E Q KA K H H J U G B J Q E J I M O T V R L YL Z M K Z G R A T K A V C C F I E P G UE M D R Z W X A I D P S F T D Y A D Q Q

Sabes como se diz NATAL noutras línguas?Então vem descobri-las nesta sopa de letras (Pode estar

na horizontal, vertical ou diagonal). Trouve le chemin!

FRANCÊS

INGLÊS

Recipe for Love

1 cup of understanding3 cups of careA lot of trustA pinch of attraction2 cups freedom

The love recipe isn’t very hard. Mix every single ingredient in a red bowl, cal-led heart and mix everything until you feel your heart beating faster. That will increa-se the temperature and love will be done in a few minutes. After that the only thing that you need to do is enjoy it and keep the ingredients because they’re all needed.

Catarina Vitorino, Inês Gonçalves

Diogo Costa, 9ºC

Recipe for Family

For a good family you must have a tablespoon of understanding, with a huge bowl of love, along with a fork of patience all mixed in a blender.

This mixtures turns into a juice in which you must add ice cubes of forgiveness.

José Eduardo Soraia, 9ºC

Página 12 Edição nº. 9 – Março de 2010

A azáfama de um fotógrafo profissio-nal a tentar dar resposta a todos os alunos do quadro de mérito, e a excitação destes querendo mostrar algo mais de si do que apenas o seu lado de jovens estudiosos, era o ambiente vivido na nossa escola no dia 30 de Dezembro de 2009. Numa es-cola supostamente em férias, a confusão e o caos estavam instalados: salas de aula transformadas em estúdios fotográficos e alunos a tornarem-se modelos por um dia. Por entre fotógrafo e fotografados, fui ao encontro de um casal que não passa des-percebido na comunidade escolar.

A Sofia e o Yehor são Gótica e Black Metal, respectivamente, e para que pudesse saber um pouco mais sobre estes dois esti-los de vida, tinha-me deslocado até à escola para falar com eles, adiando os preparativos da comemoração do ano novo. Pessoas cal-mas mas desconfortáveis no meio de todo aquele ambiente atribulado, foi a primeira impressão com que fiquei. Logo de segui-da, reparei nos olhares das pessoas à sua volta, não olhares hostis mas sim de curiosi-dade. E para acabar com a dúvida comum, escrevi esta reportagem, e no fim encontrei a resposta para a pergunta: “Serão o Gótico e o Black Metal tribos iguais?”.

Já tinha escurecido lá fora quando nos sentámos na sala 26 para a nossa conversa. Vestidos como habitualmente os vemos, impacientes e com ar de quem queria que aquilo acabasse rapidamente, Sofia e Yehor responderam sem hesitações a to-das as perguntas que lhes fiz, revelando dominarem muito bem os assuntos dos quais estavam a falar.

Enquanto Sofia desde pequena se veste de preto, e apesar de já com 8 anos Yehor ouvir música pesada, foi apenas com 15

anos que este descobriu que os seus gos-tos e os seus pontos de vista faziam parte de uma subcultura chamada Black Metal, daí ele afirmar que “não foi uma escolha qualquer”. Pergunto ao Yehor como é que ele definiria o Black Metal e ele, de pronto, respondeu ser “um estilo musical bastante pesado e agressivo, que faz propaganda a Satanás e ao satanismo”.

Quanto à ligação destes dois estilos com qualquer tipo de religião, os meus convidados estão de acordo que ela não existe. Os olhos negros de Sofia confir-mam que “esse não é um assunto pelo qual se interesse”, enquanto Yehor, im-passível nos gestos e na expressão, se mostra mais radical, “a maior parte dos metaleiros são satânicos. Não vou dizer que faço parte deles mas sim, sou anti-cristianismo.”, sublinha convicto.

Na investigação que fizera para me pre-parar para esta entrevista, descobrira dois

aspectos bastante intrigantes relacionados com o Black Metal - o primeiro foi o facto dos membros desta tribo urbana utilizarem pseudónimos obscuros e o segundo foi o corpse paint, algo que fazem por pura(?) diversão. Ambos os factos Yehor confir-mou serem verdadeiros e prontamente os explicou: “regra geral os membros das bandas mais conhecidas, mas até mesmo pessoas como eu que apenas gostam de ouvir a sua música, inventam ou copiam nomes já existentes, obscuros, sinistros até, chegando mesmo a haver quem crie uma personagem que diz fazer parte de si”. E como tiram prazer do corpse paint?, interro-gava-me. Nada mais simples nas palavras de Yehor, “é uma pintura na cara. Corpse significa “cadáver” e paint “pintar”, é uma forma de demonstrar o seu lado mais obs-curo.”. Pura diversão?!

Visto serem duas tribos minoritárias, às quais a nossa pequena cidade de Águe-da não está habituada, tinha de perguntar a ambos como fora a reacção de familiares e amigos a estas suas opções. O metro e noventa de Yehor vestido de negro inte-gral relativiza a reacção dos seus pais que “apenas não gostam muito dos meus pier-cings mas como só na cara tenho onze” já aceitaram a sua maneira de estar na vida. “Por vezes estou em casa sem fazer nada e começo a fazer corpse paint, eles aparecem e ficam surpresos mas penso que acham piada.”. Por seu lado, Sofia conta que os seus familiares lhe perguntavam se ela não podia usar “roupas mais coloridas” e sapatos mais femininos (pergunto eu) mas que acabaram por aceitar.

Se a envergadura esguia de Yehor e a fragilidade morena de Sofia são alvo de muitos olhares até na escola que frequen-tam desde o 7º ano, como será a reacção da comunidade? Sentem-se discriminados devido às suas escolhas? Sofia garante que não e que os seus amigos sempre a acei-taram, até porque eles gostam bastante da companhia de alguém com um estilo dife-rente. Yehor também não se sente discri-minado, mas “o que se passa é que, porque as pessoas não entendem certas atitudes minhas, ficam com medo”. E acrescenta como exemplo que, “quando ando pela rua à noite com corpse paint na cara e se al-guém me encontra, essa pessoa tem sem-pre tendência para não gostar e para me rejeitar, ou por exemplo quando passo nos corredores da escola e porque estou a usar um pentagrama ou um crucifixo, ouço

logo chamarem-me ‘satânico’”, factos que aparentemente não o incomodam pois de seguida disse-me: “sou mesmo assim, não me importo com os outros”.

Para finalizar, perguntei-lhes se adop-tariam este modo de vida pela vida fora ou se seria apenas uma fase, ao que Sofia res-pondeu sucinta e com determinação “não é uma fase, vou continuar assim”; já Yehor alongou-se um pouco mais explicando que “o Black Metal é apenas um género musi-cal e as pessoas que o seguem são chama-das metal head, ou seja, cabeça metálica. No meu caso, descobri isto – a tribo - do nada e acho que pode perfeitamente desaparecer porque faço o que gosto e se algum dia dei-xar de gostar, mudo. Isto não é um vício, faço-o porque gosto. Aproveito as coisas que tenho e se estou a gostar disto agora provavelmente posso passar a minha vida assim, posso ir mais além e tornar-me tal-vez, mais satânico, não sei! Para já estou bem assim como estou.”

A noite já tinha entrado há muito pelos portões da ESMC, o rebuliço da sessão fo-tográfica do Quadro de Mérito já acalmara e a funcionária de serviço ansiava por apa-gar as luzes. Sofia e Yehor afastaram-se, abraçados; eu rebobinava a fita do grava-dor como aliás já rebobinara a minha opi-nião sobre o gótico e o black metal enquan-to tribos humanas.

Bárbara Tomaz, 11º CFotos de Ivo Tavares.net

TRIBOS URBANAS

A ESCOLHA DE SOFIA YEHOR, O METALEIRO NEGRO

Gótico X Black Metal