reforma do arrendamento urbano aprovado o regime de ... · julho † 2ª quinzena ano 83º † 2015...

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Contrato nº 594655 DE11562011GRC Diretor-adjunto: Miguel Peixoto de Sousa Diretor: Peixoto de Sousa 4,00 euros (IVA incl.) JULHO • 2ª QUINZENA ANO 83º • 2015 • N o 14 O regime do subsídio de renda a atribuir aos arren- datários com contratos de arrendamento para habitação, celebrados antes de 18 de novembro de 1990, em pro- cesso de atualização de renda, bem como o regime de Reforma do arrendamento urbano Aprovado o regime de subsídio de renda para os contratos antigos NESTE NÚMERO • IRS - alterações ao Código (Lei nº 67/2015, de 6.7) • IRS - deduções à coleta em 2015 • Imposto sobre veículos - redução do imposto para famílias numerosas (Continua na pág. 523) SUMÁRIO Legislação Lei n.º 67/2015, de 6.7 (IRS - deduções à coleta - Despesas de saúde e despesas com Creches - Alterações ao Código do IRS) ................................................... 533 Lei n.º 68/2015, de 8.7 (Imposto sobre Veículos - aquisição de automóveis ligeiros de passageiros com lotação superior a cinco lugares - Isenção de 50% do ISV para as famílias numerosas - alteração ao Código do ISV) ................................. 541 Port. n.º 201-A/2015, de 10.7 (IRS - Benefícios fiscais - juros e amortizações de habitação permanente, prémios de seguros comparticipações em despesas de saúde, planos de poupança reforma (PPR) e fundos de pensões e regimes complementares - declaração Modelo n.º 37) ................................................. 534 a 536 Port. n.º 201-B/2015, de 10.7 (IRS - Deduções à coleta - Comunicação à AT das despesas de saúde, educação e encargos com lares - Declarações Modelo 45, Modelo 46 e Modelo 47) ................................ 537 a 540 Resoluções Administrativas e Informações Vinculativas IRS: encargos e despesas dedutíveis em 2015 - reforma do IRS - esclarecimentos práticos ......................... 527 IVA: obrigatoriedade de emissão de fatura em operações isentas; marcação de consultas médicas realizada através de “site” – intermediação.. 530 e 531 Obrigações fiscais do mês e inf. diversas...... 518 a 528 Trabalho e Segurança Social Informações Diversas, Jurisprudência do Trabalho e Regulamentação do Trabalho ......................... 542 a 546 Sumários do Diário da República............................ 548 determinação do rendimento anual bruto corrigido foi aprovado em Conselho de Ministros de 25 de junho. Trata-se da medida que já se encontrava prevista na reforma do arrendamento promovida em 2012, que define o regime de subsídio de renda a atribuir aos arrendatários habitacionais (anteriores a 1990), após o período transitório de 5 anos estipulado no Novo Regime do Arrendamento Urbano (NRAU) ou após o período de faseamento de renda de 10 anos, estabelecido na versão originária do NRAU, e cujos arrendatários invocaram, no âmbito do processo de atualização da renda, rendimentos do agregado familiar inferiores a 5 retribuições mínimas nacionais garantidas. Os arrendatários ficam sujeitos a um regime espe- cial se invocarem perante o senhorio, no processo de

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Page 1: Reforma do arrendamento urbano Aprovado o regime de ... · JULHO † 2ª QUINZENA ANO 83º † 2015 † No 14 O regime do subsídio de renda a atribuir aos arren-datários com contratos

Contrato nº 594655DE11562011GRC

Diretor-adjunto:Miguel Peixoto de Sousa

Diretor:Peixoto de Sousa

4,00 euros (IVA incl.)

JULHO • 2ª QUINZENA ANO 83º • 2015 • No 14

O regime do subsídio de renda a atribuir aos arren-datários com contratos de arrendamento para habitação, celebrados antes de 18 de novembro de 1990, em pro-cesso de atualização de renda, bem como o regime de

Reforma do arrendamento urbano

Aprovado o regime de subsídio de renda para os contratos antigos

NESTE NÚMERO • IRS - alterações ao Código (Lei nº 67/2015, de 6.7)• IRS - deduções à coleta em 2015• Imposto sobre veículos - redução do imposto para famílias numerosas

(Continua na pág. 523)

SUMÁRIOLegislaçãoLei n.º 67/2015, de 6.7 (IRS - deduções à coleta - Despesas

de saúde e despesas com Creches - Alterações ao Código do IRS) ................................................... 533Lei n.º 68/2015, de 8.7 (Imposto sobre Veículos - aquisição de automóveis ligeiros de passageiros com lotação superior a cinco lugares - Isenção de 50% do ISV para as famílias numerosas - alteração ao Código do ISV) ................................. 541Port. n.º 201-A/2015, de 10.7 (IRS - Benefícios fi scais - juros e amortizações de habitação permanente, prémios de seguros comparticipações em despesas de saúde, planos de poupança reforma (PPR) e fundos

de pensões e regimes complementares - declaração Modelo n.º 37) ................................................. 534 a 536Port. n.º 201-B/2015, de 10.7 (IRS - Deduções à coleta - Comunicação à AT das despesas de saúde, educação e encargos com lares - Declarações Modelo 45, Modelo 46 e Modelo 47) ................................ 537 a 540Resoluções Administrativas e Informações VinculativasIRS: encargos e despesas dedutíveis em 2015 - reforma do IRS - esclarecimentos práticos ......................... 527IVA: obrigatoriedade de emissão de fatura em operações isentas; marcação de consultas médicas realizada através de “site” – intermediação .. 530 e 531Obrigações fi scais do mês e inf. diversas ...... 518 a 528Trabalho e Segurança SocialInformações Diversas, Jurisprudência do Trabalho e Regulamentação do Trabalho ......................... 542 a 546Sumários do Diário da República ............................ 548

determinação do rendimento anual bruto corrigido foi aprovado em Conselho de Ministros de 25 de junho.

Trata-se da medida que já se encontrava prevista na reforma do arrendamento promovida em 2012, que defi ne o regime de subsídio de renda a atribuir aos arrendatários habitacionais (anteriores a 1990), após o período transitório de 5 anos estipulado no Novo Regime do Arrendamento Urbano (NRAU) ou após o período de faseamento de renda de 10 anos, estabelecido na versão originária do NRAU, e cujos arrendatários invocaram, no âmbito do processo de atualização da renda, rendimentos do agregado familiar inferiores a 5 retribuições mínimas nacionais garantidas.

Os arrendatários fi cam sujeitos a um regime espe-cial se invocarem perante o senhorio, no processo de

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Boletim do Contribuinte518JULHO 2015 - Nº 14

I R S (Até ao dia 20 de agosto)– Entrega do imposto retido no mês de julho pelas en-

tidades que disponham ou devam dispor de contabilidade organizada sobre os rendimentos de capitais, prediais e comissões pela intermediação na realização de quaisquer contratos, bem como do imposto retido pela aplicação das taxas liberatórias previstas no art. 71º.

– Entrega do imposto retido no mês de julho sobre as remunerações do trabalho dependente, independente e pensões, com exceção das de alimentos. (Categorias A, B e H, respetivamente).

I R C (Até ao dia 20 de agosto)– Entrega das importâncias retidas no mês de julho por

retenção na fonte de IRC, nos termos do art. 88º do CIRC.

I V A – Entrega do imposto liquidado no mês de junho pelos

contribuintes de periodicidade mensal do regime normal. (Até ao dia 10 de agosto)

– Entrega do imposto liquidado no 2º trimestre pelos contribuintes de periodicidade trimestral do regime normal. (Até ao dia 17 de agosto)

– Regime dos pequenos retalhistas. Pagamento do im-posto apurado relativo ao 2º trimestre de 2015. A obrigação do envio da declaração periódica do imposto subsiste caso no período em referência não haja operações tributáveis. (Até ao dia 20 de agosto)

IMPOSTO ÚNICO DE CIRCULAÇÃO (Até ao dia 31 de agosto)

– Liquidação, por transmissão eletrónica de dados, e pagamen-to do Imposto Único de Circulação – IUC – relativo aos veículos cujo aniversário da matrícula ocorra no mês de agosto.

SEGURANÇA SOCIAL (De 11 a 20 de agosto)– Pagamento de contribuições e quotizações referentes ao

mês de julho de 2015.

IMPOSTO DO SELO (Até ao dia 20 de agosto)– Entrega por meio de guia do imposto arrecadado no

mês de julho.

IRSDeclaração Modelo 11

Entrega, até ao dia 17 de agosto, da Declaração Modelo 11, por transmissão eletrónica de dados, pelos notários e outros funcionários ou entidades que desempenhem funções notariais, bem como as entidades ou profi ssionais com competência para autenticar documentos particulares que titulem atos ou contratos sujeitos a registo predial, ou que intervenham em operações previstas nas alíneas b), f) e g) do nº 1 do artigo 10º, das relações dos atos praticados no mês anterior, suscetíveis de produzir rendimentos.

IRSDeclaração mensal de remunerações

Entrega, até ao dia 10 de agosto, da Declaração Mensal de Remunerações, por transmissão eletrónica de dados, pelas entidades devedoras de rendimentos do trabalho dependente sujeitos a IRS, ainda que dele isentos, bem como os que se encontrem excluídos de tributação, nos termos dos artigos 2.º e 12.º do Código do IRS, para comunicação daqueles rendimen-tos e respetivas retenções de imposto, das deduções efetuadas relativamente a contribuições obrigatórias para regimes de proteção social e subsistemas legais de saúde e a quotizações sindicais, relativas ao mês anterior.

IVADeclaração periódica

Envio da Declaração Periódica do IVA, até ao dia 10 de agosto, por transmissão eletrónica de dados, acompanhada dos anexos que se mostrem devidos, pelos contribuintes do regime normal mensal, relativa às operações efetuadas em junho.

Entrega da Declaração Periódica do IVA, até ao dia 17 de agosto, por transmissão eletrónica de dados, acompanhada dos anexos que se mostrem devidos, pelos contribuintes do regime normal trimestral, relativa às operações efetuadas no 2º trimestre.

IVADeclaração recapitulativa

Entrega, até ao dia 20 de agosto, da declaração recapi-tulativa por transmissão eletrónica de dados, pelos sujeitos passivos do regime normal mensal que tenham efetuado transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de

OBRIGAÇÕESEM AGOSTO

PAGAMENTOSEM AGOSTO

IRS e IRC

O 1º pagamento por conta do imposto relativo a 2105 decorre para os sujeitos passivos de IRS até ao dia 20 de julho, e para os sujeitos passivos de IRC até ao dia 31 de julho.

(Cfr. Pagamentos e Obrigações respeitantes ao mês de julho no último número do Boletim do Contribuinte, pág. 482 e 483)

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Boletim do Contribuinte 519JULHO 2015 - Nº 14

serviços noutros Estados-membros, no mês anterior, quando tais operações sejam aí localizadas nos termos do artº 6º do CIVA.

Entrega, até ao dia 20 de agosto, pelos sujeitos passivos do regime normal trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens a incluir na declaração tenha, no tri-mestre em curso (ou em qualquer mês do trimestre), excedido o montante de € 50.000.

Entrega, até ao dia 20 de agosto, da declaração recapitula-tiva por transmissão eletrónica de dados, pelos sujeitos passivos isentos ao abrigo do artº 53º, que tenham efetuado prestações de serviços noutros Estados-membros, no mês anterior, quando tais operações sejam aí localizadas nos termos do artº 6º do CIVA.

IVAPequenos retalhistas

Os pequenos retalhistas, sujeitos ao regime de tributação previsto no art. 60º do CIVA, deverão proceder, até ao dia 20, à entrega da declaração Modelo P2 ou da guia Modelo 1074, consoante haja ou não imposto a pagar, relativa ao 2º trimestre.

IVAPedido de restituição

Entrega, até ao dia 31 de agosto, por transmissão eletrónica de dados, do pedido de restituição do IVA pelos sujeitos passivos cujo imposto suportado, no ano civil anterior ou no próprio ano, noutro Estado-membro ou país terceiro (neste caso em suporte de papel), quando o montante a reembolsar for superior a € 400 e respeitante a um período de três meses consecutivos ou, se período inferior, desde que termine em 31 de dezembro do ano civil imediatamente anterior e o valor não seja inferior a € 50, tal como refere o Decreto-Lei nº 186/2009, de 12 de agosto.

IVAComunicação eletrónica das faturas

Comunicação, até ao dia 25 de agosto, por transmissão eletrónica de dados, dos elementos das faturas emitidas no mês anterior pelas pessoas singulares ou coletivas que tenham sede, estabelecimento estável ou domicílio fi scal em território português e que aqui pratiquem operações sujeitas a IVA.

IMTComunicação dos notários e conservadores

Os notários e outros funcionários ou entidades que desem-penhem funções notariais, bem como as entidades e profi ssio-nais com competência para autenticar documentos particulares que titulem atos ou contratos sujeitos a registo predial, devem

submeter, até ao dia 15 de cada mês, à Autoridade Tribitária, os seguintes elementos:

a) Em suporte eletrónico (Modelo11), uma relação dos atos ou contratos sujeitos a IMT, ou dele isentos, efetuados no mês antecedente;

b) Cópia das procurações que confi ram poderes de alienação de bens imóveis em que por renúncia ao direito de revo-gação ou cláusula de natureza semelhante o representado deixe de poder revogar a procuração, bem como dos respetivos substabelecimentos, referentes ao mês anterior;

c) Cópia das escrituras ou documentos particulares auten-ticados de divisões de coisa comum e de partilhas de que façam parte bens imóveis.

IMICâmaras Municipais

Envio, até ao dia 31 de agosto, pelas câmaras munici-pais, por transmissão eletrónica, dos elementos relativos à constituição, aprovação, alteração ou receção, ocorridas no mês anterior:

- alvarás de loteamento, licenças de construção, plantas de arquitetura das construções correspondentes às telas fi nais, licenças de demolição e de obras, pedidos de vistorias, datas de conclusão de edifícios e seus me-lhoramentos ou da sua ocupação, bem como todos os elementos necessários à avaliação dos prédios;

- plantas dos aglomerados urbanos à escala disponível donde conste a toponímia;

- comunicações prévias de instalação, modifi cação ou encerramento de estabelecimentos previstos no n.º 1 do artigo 2.º do Dec-Lei n.º 48//2011, de 1 de abril, efetuadas nos termos daquele diploma;

- licenças de funcionamento de estabelecimentos afetos a atividades industriais.

OBRIGAÇÕESEM AGOSTO

ArrendamentoRecibos de renda eletrónicos

Encontram-se obrigados a emitir recibos de renda ele-trónicos os senhorios que obtiverem rendimentos prediais (categoria F), pelas rendas recebidas ou colocadas à dispo-sição e não tenham optado pela sua tributação no âmbito de uma atividade empresarial (categoria B).

Esta obrigação entrou em vigor em maio (Portaria n.º 98-A/2015, de 31 de março de 2015, transcrita no Bol. do Contribuinte, 2015, pág. 258), mas os senhorios podem continuar a passar recibos em papel até novembro sem pagar coima. Isto é, apesar da portaria supra referida ter efeitos a partir de maio, o Governo deu mais tempo aos senhorios para se adaptarem à nova realidade. Assim, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais assinou um despacho que dita que os senhorios podem continuar a passar recibos de quitação em papel até novembro sem pagar coimas.

Relembramos que os senhorios deverão passar os reci-bos eletrónicos dos meses compreendidos entre janeiro e outubro, em conjunto com o recibo de novembro.

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INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte520JULHO 2015 - Nº 14

IRSContribuintes vão ter de validar faturas de saúde com IVA a 23% desde janeiro

As faturas da farmácia com produtos com IVA a 23% emi-tidas desde o início do ano, até 6 de julho (data da publicação da Lei nº 67/2015), e que tenham sido consideradas no campo das despesas gerais e familiares vão ser recuperadas pela AT e fi carão pendentes no portal das fi nanças, cabendo aos contribuintes estarem atentos ao e-Fatura e validar essas despesas, ou seja, basta indicar que a receita existe e guardá-la para uma eventual inspeção das fi nanças.

Relembramos, que a reforma do IRS operada pela Lei nº 82-E/2014, de 31.12 , em vigor desde janeiro, alterou a forma como eram vistas as despesas de saúde com IVA à taxa nor-mal (23%). Estas deixaram de ser consideradas nas despesas

com saúde e passaram a ser englobadas na nova rubrica das despesas gerais familiares (onde se podem incluir despesas com supermercados, roupa, sapatos, luz, água, entre outras).

Colocava-se a questão se o contribuinte deveria pedir fatu-ras separadas na farmácia quando comprasse produtos com IVA a 23% sem receita médica. Ora, em face da lei supra referida e posterior esclarecimento da Autoridade Tributária expressa no Ofício Circulado nº 20179/2015, de 10.7, o contribuinte já não precisa de pedir uma fatura separada para os produtos a 23% e para os quais não tenha receita médica.

A separação entre os 6% e os 23% será automática e caberá ao contribuinte visitar a página do e-fatura para validar as faturas e dizer quais é que têm uma receita associada e quais não têm. Consoante um ou outro caso, a despesa é encami-nhada para as deduções de saúde ou para as deduções gerais e familiares.

Em relação às faturas dos hospitais e centros de saúde, estas só terão de aparecer no portal em janeiro ou fevereiro do próximo ano, uma vez que as instituições só estão obrigadas a enviar as faturas ao Fisco até ao fi nal do mês de fevereiro do ano seguinte (artigo 127º do Código do IRS).

( Cfr. Lei nº 67/2015, de 6.7, pág. 533 e Of. Circ nº 20179/2015, de 10.7, na pág. 527 e seguintes deste número)

IRSNova Declaração modelo 37

Foi publicada a Portaria n.º 201-A/2015, de 10 de julho, que aprova a declaração Modelo 37, introduzindo algumas alterações face à versão anterior aprovada pela Portaria nº 413/2012, de 17.12 (transcrita no boletim do Contribuinte, 2013, pág. 25) .

As alterações resultam da reforma da tributação das pes-soas singulares, aprovada pela Lei nº 82-E/2014, de 31.12, designadamente em matéria de deduções à coleta, passando a ser exigida a comunicação dos seguintes encargos:

• Despesas de saúde dedutíveis à coleta na parte compar-ticipada;

• Despesas de saúde realizadas noutro Estado Membro da União Europeia ou Espaço Económico Europeu na parte comparticipada e não comparticipada;

• Outras despesas de saúde relacionadas com a aquisição de bens e serviços justifi cados através de receita médica, na parte comparticipada;

• Outras despesas de saúde, na parte comparticipada e não comparticipada, relacionadas com a aquisição de bens e serviços justifi cados através de receita médica, realizadas noutro Estado Membro da União Europeia ou Espaço Económico Europeu;

• Copagamentos respeitantes a despesas de saúde; e • Despesas de saúde não elegíveis para efeitos de dedução

à coleta de IRS, na parte comparticipada e não com-participada.

A Port. nº 201-A/20125, de 10.7, é reproduzida na pág. 534 deste número juntamente com a declaração mod. 37 e respetivas instruções de preenchimento.

Juros de mora comerciaisTaxas para o 2º semestre

De acordo com o Aviso nº 7758/2015, publicado na 2ª série do DR de 14.7, da Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF), as taxas supletivas de juros de mora comerciais, a vigorar no 2º semestre de 2015, são as seguintes:

• 7,05%, relativamente a créditos de que sejam titula-res empresas comerciais, singulares ou coletivas, nos termos do parág. 3º do art. 102º do Código Comercial;

• 8,05%, relativamente a créditos de que sejam titula-res empresas comerciais, singulares ou coletivas, nos termos do parág. 5º do art. 102º do Código Comercial, tratando-se de transações comerciais sujeitas ao Decreto-Lei nº 62/2013, de 10.5 (es-tabelece medidas contra os atrasos no pagamento de transações comerciais).

Refi ra-se que, relativamente ao 1º semestre de 2015, estas taxas não sofreram entretanto qualquer alteração.

Importa ter presente que o Decreto-Lei nº 62/2013, em vigor desde 1 de julho de 2013, aplica-se a todas as transações comerciais, quer as estabelecidas entre empresas, incluindo profi ssionais liberais, quer entre empresas e entidades públicas, apenas não se aplicando às transações com os consumidores, aos juros relativos a outros pagamentos (como os efetuados em matéria de cheques e letras, ou a título de indemnização por perdas e danos efetuados ou não por seguradoras) e às operações de crédito bancário.

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INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte 521JULHO 2015 - Nº 14

Açores Novas taxas de IVA em vigor desde 1 de julho

Taxa reduzida e intermédia

Encontram-se em vigor desde o passado dia 1 de julho as novas taxas de IVA, a aplicar nas operações realizadas na Região Autónoma dos Açores, relativamente a bens e serviços sujeitos a taxa reduzida e intermédia (listas I e II anexas ao Código do IVA).

De acordo com a Lei nº 63-A/2015, de 30.6 (transcrita no último número do Bol. do Contribuinte, pág. 499), passaram a ser aplicadas taxas de 4% e 9% (que eram de 5% e 10%) nas transmissões de bens e prestações de serviços sujeitos à taxa reduzida e intermédia, respetivamente, enquanto a taxa normal se mantém nos 18%.

Refi ra-se que o Of.-Circ. nº 30171/2015, de 30.6, da área de Gestão Tributária – IVA, da Autoridade Tributária – AT (Bol. do Contrib., 2015, pág. 491), procedeu ao esclarecimento de even-tuais dúvidas que possam surgir sobre a determinação da taxa em vigor no momento em que ocorre a exigibilidade do imposto.

Taxas de IVA em vigor no território nacional desde 1.7.2015

Taxa reduzida

Taxa intermédia

Taxa normal

Continente 6% 13% 23%R. A. Açores 4% 9% 18%R. A. Madeira 5% 12% 22%

Código do Imposto sobre Veículos Famílias numerosas vão benefi ciar da redução

do imposto a partir de 2016Alterações ao Código do ISV

No Diário da República de 8 de julho foi publicada a Lei n.º 68/2015 que altera o Código do Imposto sobre Veículos (ISV) introduzindo uma isenção de 50 % em sede de imposto sobre veículos para as famílias numerosas. Todavia, esta alteração só entrará em vigor a partir de 1 de janeiro de 2016.

Quem pode requerer a isenção?A isenção pode ser requerida por agregados familiares que

tenham mais de 3 dependentes a cargo, bem como famílias que tenham apenas 3 dependentes a cargo desde que 2 deles (pelo menos) tenham idade inferior a 8 anos.

Para efeito do reconhecimento da isenção, qual o con-ceito de agregado familiar?

Considera-se agregado familiar:- Os cônjuges não separados judicialmente de pessoas e

bens e os seus dependentes; - Cada um dos cônjuges ou ex -cônjuges, respetivamente,

nos casos de separação judicial de pessoas e bens ou de declaração de nulidade, anulação ou dissolução do casamento, e os dependentes a seu cargo;

- O pai ou a mãe solteiros e os dependentes a seu cargo; - O adotante solteiro e os dependentes a seu cargo. Dependentes são:- Os fi lhos, adotados e enteados, menores não emancipa-

dos, bem como os menores sob tutela; - Os fi lhos, adotados e enteados, maiores, bem como aque-

les que até à maioridade estiveram sujeitos à tutela de qualquer dos sujeitos a quem incumbe a direção do agregado familiar, que, não tendo mais de 25 anos nem auferindo anualmente rendimentos superiores ao valor da retribuição mínima mensal garantida, tenham frequentado no ano a que o imposto respeita o 11.º ou 12.º anos de escolaridade, estabelecimento de ensino médio ou superior;

- Os fi lhos, adotados, enteados e os sujeitos a tutela, maio-res, inaptos para o trabalho e para angariar meios de subsistência, quando não aufiram rendimentos superiores ao salário mínimo nacional mais elevado.

A que tipo de veículos é aplicável a redução?Os veículos sobre os quais pode haver isenção de 50% do

ISV terão que cumulativamente ser veículos de passageiros com lotação de mais de 5 lugares e ter emissões específi cas de CO2 iguais ou inferiores a 150 g/km.

Existe limite máximo de isenção?Sim. O valor máximo da isenção nunca poderá ser superior

a €7800.

A partir de quando pode ser requerida a isenção?A isenção poderá ser requerida para os veículos a adquirir

a partir do 1 de Janeiro de 2016.

Lei dos BaldiosAprovada regulamentação

O Conselho de Ministros aprovou a nova regulamen-tação da Lei dos Baldios - Lei nº 68/93, de 4.9 -, nomea-damente no que se refere aos equipamentos comunitários, aplicação das receitas, transferência da administração em regime de associação e da compensação devida no seu termo, e ainda à identifi cação e extinção por ausência de uso, fruição e administração.

O diploma aprovado concretiza alterações introduzidas pela Lei dos Baldios para reforço da sua gestão susten-tável e transparente, constituindo-se como princípios de aproveitamento e de fruição dos recursos dos baldios pelas respetivas comunidades locais, no respeito pelos usos e costumes tradicionais e das deliberações dos compartes, e em garantia, também, da manutenção desses recursos em proveito das futuras gerações.

É ainda estipulado um dever de comunicação que permitirá dar destino às verbas até agora cativas, resultantes de processos vindos do passado relacionados com situações de expropriação de áreas de baldio ou de incerteza quanto à titularidade das suas receitas.

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INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte522JULHO 2015 - Nº 14

IRS e IVAAlterações ao Orçamento da Região Autónoma

do Açores

O Decreto Legislativo Regional nº 15/2015/A, de 3.6, em vigor desde 4 de junho, alterou o regime fi scal aplicável à Re-gião Autónoma dos Açores, constante do Decreto Legislativo Regional nº 2/99/A, de 20.1 (arts. 4º e 7º, referentes a IRS e IVA, respetivamente), visando “um desagravamento fi scal das famílias e da economia açorianas”.

IRSAssim, relativamente a IRS, de acordo com o Dec. Legisl.

Regional nº 15/2015/A, às taxas nacionais do imposto, em vigor em cada ano, são aplicadas reduções de:

• 30%, para os rendimentos coletáveis correspondentes ao primeiro escalão, 25% para o segundo escalão e 20% para os restantes escalões;

• 20% nas restantes taxas de retenção e taxas de tributação autónoma.

Deve ter-se presente que o primeiro escalão das taxas do IRS abrange os rendimentos até 7000 euros anuais e a taxa nacional é de 14,5%. O segundo escalão engloba os rendimentos entre 7000 e 20 mil euros anuais e tem uma taxa de IRS no continente de 28,5%.

Importa referir que na versão anterior do art. 4º do Decreto Legislativo Regional nº 2/99/A, de 20.1, às taxas nacionais do IRS aplicava-se uma redução de 20%.

IVAÀs taxas nacionais do IVA, são aplicadas as seguintes

reduções, efetuando-se o arredondamento para a unidade superior ou inferior se da aplicação da percentagem resultar uma parcela fracionária superior ou igual a 0,5 ou inferior a este valor, respetivamente:

- para as importações, transmissões de bens e prestações de serviços constantes das listas I (taxa reduzida de 6%) e II (taxa intermédia de 13%) anexa ao Código do IVA, uma redução de 30%, passando para 4% e 9%, respetivamente;

- para as restantes importações, transmissões de bens e prestações de serviços (taxa normal de 23%), uma redução de 20%, mantendo-se em 18%.

Anteriormente, o art. 7º do Dec. Legisl. Regional nº 2/99/A determinava uma redução de 30% em todas as taxas de IVA aplicadas ao continente.

Na sequência da aprovação do respetivo decreto legislativo regional pela Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, foi entretanto aprovada a Lei nº 63-A/2015, de 30.6 (publicada na pág. 499 do último número do Boletim do Contribuinte) que fi xa novas taxas de IVA a vigorar na Região Autónoma dos Açores a partir do dia 1 do corrente mês de julho.

Atividade da construção tem novas regras

A Lei nº 41/2015, de 3.6, estabeleceu o novo regime jurídico aplicável ao exercício da atividade da construção (obras públicas ou particulares), em conformidade com o Decreto-Lei nº 92/2010, de 26.7, que transpôs a Diretiva nº 2006/123/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 12.12.2006, relativa aos serviços no mercado interno.

O novo regime legal aplicável ao exercício da atividade da construção (“Lei dos Alvarás”) entra em vigor no próxi-mo dia 3 de julho, e procede à revogação do Decreto-Lei nº 12/2004, de 9.1, que previa o regime jurídico de ingresso e permanência na atividade da construção.

Alterações mais relevantesDas principais alterações introduzidas pelo novo diploma,

salienta-se:- a diferenciação dos requisitos necessários para o exer-

cício da atividade da construção consoante se trate de obras públicas ou de obras particulares, uma vez que o alvará de empreiteiro de obras particulares deixa de depender de requisitos de capacidade téc-nica e de relacionar categorias ou subcategorias de obras e trabalhos. Em ambos os casos, mantêm-se as nove classes de escalão de valores das obras que as empresas de construção estão habilitadas a executar;

- os alvarás e certifi cados passam a ser válidos por tempo indeterminado, sem prejuízo de o IMPIC - Instituto dos Mercados Públicos, do Imobiliário e da Cons-trução (atual InCI) continuar a realizar o controlo ofi cioso anual do cumprimento dos requisitos;

- relativamente aos atuais títulos de registo, determina--se que os novos certifi cados de empreiteiro de obras públicas e de obras particulares passam a habilitar a execução de obras cujo valor não exceda 20% do limite fi xado para a classe 1 (ou seja, e de acordo com as classes em vigor, 33 200 euros, em vez de 16 600 euros), prevendo-se, no caso das obras públicas, 20 subcategorias de trabalhos;

- os alvarás e os títulos de registo emitidos ao abrigo do Decreto-Lei nº 12/2004 que se encontrem válidos em 3 de julho de 2015 passam a ter validade indeterminada no tempo, sem necessidade de qualquer formalismo adicional, enquanto alvarás ou certifi cados de emprei-teiro de obras públicas;

- uma vez que no novo regime desaparece a classifi cação de empreiteiro geral, até novembro de 2015 (120 dias após a data de entrada em vigor da nova lei) as em-presas detentoras da classifi cação de empreiteiro geral podem requerer ao IMPIC a elevação da classe das subcategorias determinantes da referida classifi cação à classe detida nessa mesma classifi cação, alteração que terá lugar desde que preenchidos os respetivos requisitos.

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INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte 523JULHO 2015 - Nº 14

Estratégia Nacional para a Habitação (2015-2031)

A Resolução do Conselho de Ministros nº 48/2015, de 15.7, aprovou a Estratégia Nacional para a Habitação (ENH) para o período de 2015-2031, tendo criado a Comissão Nacional da Habitação (CNH).

Composta por medidas concretas, específi cas, enumerando também as entidades competentes e os indicadores de monito-rização da sua implantação, esta Estratégia está estruturada em três pilares: a reabilitação urbana, o arrendamento habitacional e a qualifi cação dos alojamentos.

Segundo o mesmo diploma, compete à Comissão Nacio-nal da Habitação acompanhar a implementação da Estratégia Nacional para a Habitação, através da análise da evolução dos indicadores e metas estabelecidos, bem como apresentar ao membro do Governo responsável pela área de habitação relatórios anuais de execução, com a identifi cação dos pro-gressos alcançados, eventuais constrangimentos e propostas de resolução.

Estabelece-se, ainda, que a CNH, sem prejuízo de poder reunir em secções especializadas para outras matérias, funcio-

Como comunicar com a Autoridade Tributária e Aduaneira

Para comunicar com a AT, através do Portal das Finanças, pode solicitar a respetiva senha de acesso em www.portaldasfi nancas.gov.pt através da opção “Novo utilizador”, no lado direito do ecrã do computador, e preencher o formulário de adesão com os seus dados pessoais, nos termos que lhe são solicitados.

Pode, também, autorizar a AT a proceder ao envio de mensagens facultativas e de apoio ao cumprimento voluntário, através de SMS e de e-mail. Este serviço é totalmente gratuito, de caráter pessoal e confi dencial. No entanto, para que nos seja possível prestá-lo de forma segura, necessitamos que fi abilize o seu e-mail e o seu número de telemóvel.

Logo que o pedido da senha é efetuado, são disponi-bilizados automaticamente dois códigos:

• para fi abilização de telemóvel, por SMS;• para fi abilização de e-mail, por correio eletrónico.Estes códigos só podem ser confi rmados no Portal das

Finanças em Cidadãos >Outros Serviços > Confi rmação de Contactos após a receção da senha de acesso ao Portal das Finanças, que é enviada pelo correio, em envelope--mensagem, para o domicílio fi scal.

na em secção especializada no domínio do arrendamento, como Comissão de Acompanhamento do Arrendamento Urbano.

Fica revogado o Despacho nº 3050/2013, de 26.2 (2ª série do DR), de 24 de junho, pelo qual foi criada a Comissão de Monitorização da Reforma do Arrendamento Urbano.

Aprovado o regime de subsídio de renda para os contratos antigos

(Continuação da pág. 517)

atualização da renda, uma idade igual ou superior a 65 anos, uma defi ciência com grau de incapacidade igual ou superior a 60% ou uma situação de debilidade económica, correspondente a um rendimento anual inferior a 5 retri-buições mínimas nacionais garantidas.

Perante tais situações a lei garante que os contratos não podem ser denunciados pelo senhorio, fi xando-se, agora, o apoio social de que estes arrendatários podem benefi ciar, no fi nal do referido período transitório, sendo que o primeiro destes ocorrerá em 2017.

O subsídio de renda poderá assumir duas modalidades, que dependem da opção do arrendatário:

- um subsídio para o arrendamento em vigor, o qual permitirá aos arrendatários manter o contrato de arrendamento e a sua residência atual;

- ou, em alternativa, um subsídio para um novo contrato de arrendamento.

Este subsídio corresponde ao valor do diferencial entre a nova renda e a renda que pode ser suportada pelo arren-datário com base no seu rendimento.

De referir que este subsídio não é atribuído aos arren-datários que sejam proprietários de outra habitação no mesmo concelho, ou em concelho limítrofe ou, ainda, na mesma área metropolitana do locado, desde que o imóvel seja adequado a satisfazer o fi m habitacional do agregado e não constitua residência permanente de terceiros.

Como se referiu, o subsídio de renda entra em vigor em 2017, altura em que termina o período transitório. Nessa altura, os candidatos devem dirigir-se à Segurança Social e requisitar o subsídio de renda.

Segundo o Governo, o maior impacto da medida acon-tecerá no ano de 2019, devendo ascender a 51 milhões de euros. O Governo garantiu, ainda, não haver qualquer limitação temporal ou de valor na atribuição do subsídio, que vai cobrir a diferença entre a nova renda e o valor que pode ser suportado pelos arrendatários incluídos no regime especial, no caso de contratos celebrados antes de 1990.

Assim, por exemplo, um casal com um fi lho, com rendi-mento de 2000 euros e com uma renda no regime transitório de 509 euros, numa casa com um valor de mercado (de renda) de 700 euros, irá receber um subsídio de 190 euros.

Com a criação do subsídio de renda fi ca concluída a re-forma do arrendamento. Os proprietários podem actualizar as rendas através de um processo de negociação com os in-quilinos e se não existir acordo para essa atualização, a actual lei prevê que o aumento da renda corresponda a 1/15 avos do Valor Patrimonial Tributário do arrendado em questão.

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INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte524JULHO 2015 - Nº 14

Madeira Incentivos à Valorização e Qualifi cação

Empresarial

Foi recentemente publicado o Sistema de Incentivos à Valorização e Qualificação Empresarial da Região Autónoma da Madeira, designado “Valorizar 2020”, cofi nanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) no âmbito do Programa Operacional da Região Autónoma da Madeira 2014-2020.

Este sistema de incentivos aplica-se às empresas (PME e não PME) e tem como objetivo promover a qualifi cação das estratégias empresariais e desenvolver ações voca-cionadas para a melhoria da capacidade competitiva das empresas de forma a consolidar o crescimento económico e acrescentar valor aos processos e aos bens e serviços.

As entidades benefi ciárias dos incentivos previstos no “Valorizar 2020” são empresas de qualquer natureza e sob qualquer forma jurídica.

Os projetos podem assumir uma das seguintes moda-lidades de candidatura:

- projeto individual - apresentado a título individual por uma empresa;

- projeto simplifi cado (Vale Inovação) - a candidatura assume a modalidade de projeto individual limita-do a PME e segue um regime simplifi cado;

- projeto estruturante regional (PER) - apresentado a título individual por uma empresa e segue um regime especial de negociação.

O apoio a conceder no âmbito deste sistema reveste a forma de incentivo reembolsável, com o limite de 1 milhão de euros, com exceção dos projetos do setor do turismo em que o limite é de 1 milhão e 500 mil euros.

As candidaturas são apresentadas, regra geral, no âmbito de um procedimento contínuo e são submetidas através de formulário eletrónico, disponível na platafor-ma eletrónica Balcão 2020, em www.portugal2020.pt/Balcao2020/

As informações relativas aos processos dos benefi ci-ários são, preferencialmente, disponibilizadas através da área reservada do benefi ciário no referido Balcão 2020, salvo quando tal não seja possível, caso em que deverá ser entregue por outra via.

Revisão do Regulamento das Férias e Turnos Judiciais

No passado dia 8 de junho foi aprovada a revisão ao Re-gulamento das Férias e Turnos Judiciais.

De acordo com o Regulamento 315/2015, esta revisão surge pela necessidade de adaptar o actual regulamento à reorganização dos tribunais judiciais, em especial, à nova reorganização territorial.

Com esta revisão esclarece-se a situação de férias aprovadas para o período de férias judiciais de Natal necessariamente em momento anterior ao da determinação dos respetivos turnos.

Quanto a este regime, estabelece-se que se consideram integrados na comarca os tribunais de competência territorial alargada que nela tenham sede.

Procede-se à alteração do regime de prestação de serviço de turno pelos juízes do quadro complementar, evitando que sejam afetos a turno diverso do constante do mapa inicialmente aprovado, mesmo que destacados em data posterior.

Aperfeiçoa-se o regime de inclusão dos tribunais de com-petência territorial alargada nos turnos das comarcas onde têm sede e explicitam-se situações de audição prévia dos juízes.

No que concerne à escolha do período de férias e de turno judicial, estabelece-se agora que na falta de acordo, a escolha é efetuada segundo a ordem de antiguidade do juiz na função e das preferências que forem concedidas por lei, sem prejuízo do gozo de férias já aprovadas.

Acresce que aos cônjuges ou pessoas que vivam há mais de dois anos em condições análogas e que, sendo juízes, exerçam em simultâneo funções no Supremo Tribunal de Justiça, na mesma Relação ou na mesma comarca, incluindo os tribunais de competência territorial alargada que aí tenham sede, é dada preferência na marcação de férias em períodos coincidentes.

No que se refere à organização do serviço de turno, é designado o número de juízes necessário à realização do serviço previsível, segundo indicação fundamentada do juiz presidente do tribunal judicial de comarca, respeitando, sempre que possível, o princípio da especialização, sem prejuízo do agrupamento de secções por conveniência de serviço, desig-nadamente em razão do número de juízes ou da complexidade do serviço de turno das jurisdições.

Incentivos do Estado à comunicação social

Prorrogado prazo para candidaturas

A Portaria nº 206-A/2015, de 14.7, prorrogou o prazo para apresentação das candidaturas previstas no regime de incenti-vos do Estado à comunicação social de âmbito regional e local até ao dia 31 de julho do ano corrente.

Tendo em consideração, por um lado, que o novo regime de incentivos, constante do Decreto-Lei nº 23/2015, de 6.2,

veio trazer um conjunto de importantes alterações face ao regime anteriormente em vigor, o que exige dos órgãos de comunicação social um esforço adicional na preparação das suas candidaturas, e, por outro, sendo indispensável no pri-meiro ano de vigência do novo regime, assegurar aos órgãos de comunicação social interessados todas as condições para preparação e apresentação das suas candidaturas, concluiu-se ser conveniente prorrogar o período de candidaturas.

Importa ter presente que a Portaria nº 179/2015, de 16.6, aprovou o regulamento dos incentivos do Estado à comu-nicação social, tendo fi xado inicialmente que o período de candidaturas teria a duração de 20 dias, contados do dia 17.6.

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INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte 525JULHO 2015 - Nº 14

Transmissão gratuita de bens Participação do imposto do selo

Artºs 26º e 28º do Código do Imposto do Selo

Nas transmissões gratuitas, quem são os sujeitos pas-sivos do imposto do selo?

Nas transmissões gratuitas, são sujeitos passivos do im-posto as pessoas singulares para quem se transmitam os bens, sem prejuízo das seguintes regras:

a) Nas sucessões por morte, o imposto é devido pela heran-ça, representada pelo cabeça de casal e pelos legatários;

b) Nas demais transmissões gratuitas, incluindo as aquisi-ções por usucapião, o imposto é devido pelos respetivos benefi ciários (donatários ou usucapientes).

Qual o serviço de fi nanças competente para receber a participação do Imposto do Selo sobre as Transmissões Gratuitas de bens (ISTG)?

Nos termos do art.º 26.º n.º 3 do Código do Imposto do Selo (CIS), qualquer serviço de fi nanças ou outro local previsto em lei especial.

Qual o prazo para apresentar a participação do imposto do selo?

Até ao fi nal do 3.º mês seguinte ao do nascimento da obrigação tributária.

Os prazos são improrrogáveis, salvo alegando-se e pro-vando-se motivo justifi cado, caso em que o chefe de fi nanças pode conceder um adiamento até ao limite máximo de 60 dias.

Quem tem a obrigação de apresentar a participação do imposto do selo?

Nas transmissões por morte, compete ao cabeça de casal, deferindo-se pela ordem seguinte:

• Cônjuge sobrevivo;• Testamenteiro;• Parentes que sejam herdeiros legais (preferem os mais

próximos em grau);• Herdeiros testamentários;• De entre os herdeiros legais do mesmo grau de pa-

rentesco ou de entre os herdeiros testamentários, preferem os que viviam há mais de um ano com o(a) falecido(a);

• Em igualdade de circunstâncias o herdeiro mais velho.Noutras transmissões gratuitas compete ao benefi ciário:• Donatário;• Usucapiente.

Como faço a participação de óbito/doação/usucapião?Deve apresentar, quando aplicável, devidamente preenchi-

dos e assinados, os seguintes impressos:Mod 1– Indicar a origem da transmissão (óbito/doação/usucapião)

e a respetiva data e local;

– Identifi car o autor da herança/liberalidade e os herdeiros/ benefi ciários/legatários.

Anexo I – Relação de bens• Tipo 1 – Descrever todos os imóveis rústicos e urbanos em

propriedade plena que estejam em nome do falecido, que foram doados ou adquiridos por usucapião (inclui bens próprios, comuns ou não partilhados);

• Tipo 2 – Imóveis em usufruto/nua propriedade/sepulturas/jazigos/ direito real de habitação periódica/ servidões.

• Tipo 3 – Bens móveis sujeitos a registo:i. Automóveis e motos;ii. Barcos;iii. Aeronaves;iv. Espingardas e pistolas.

NOTA: Valor de mercado - considera-se valor de mercado o que corresponder à diferença entre o valor de aquisição e o produto desse valor pelo coefi ciente de desvalorização constante de tabela aprovada por portaria do Ministro das Finanças (Portaria n.º 383/2003, de 14 de Maio).

• Tipo 3 – Outros bens móveis:i. Ouro de investimento, objetos de arte;ii. Direitos de autor;iii. Contas bancárias (juntar documento do banco com

demonstração dos movimentos realizados nos últimos 60 dias).

• Tipo 4 – Outros bens móveis:i. Quotas em sociedades comerciais (juntar extrato

do último balanço assinado por quem represente a sociedade para determinação do valor da quota) - Circular n.º 11/2007, de 18 de outubro – DSIMT;

ii. Estabelecimentos comerciais sem contabilidade - O valor tributável é o atribuído pelo cabeça de casal em inventário adrede realizado, donde conste o montante das existências, do imobilizado, créditos e outros direitos conexos ou o valor do trespasse (o que produzir maior valor);

iii. Estabelecimentos afetos a profi ssões liberais sem contabilidade ou participações de pessoas singula-res em sociedades sujeitas ao regime de transpa-rência fi scal - O valor do trespasse declarado pelo cabeça de casal ou o determinado pela Autoridade Tributária e Aduaneira de conformidade com o disposto no art.º 16.º do CIS.

• Tipo 5 – Outros bens móveis:i. Ações cotadas em bolsa;ii. Títulos de participação;iii. Certifi cados da dívida pública;

NOTA: Exige-se certidão passada pela Comissão do Merca-do de Valores Mobiliários ou pelo Instituto de Gestão do Crédito Público - IGCP, E.P.E. atual Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, conforme os casos, da cotação das ações, títulos ou certifi cados de dívida pública e de outros valores mobiliários, nos últimos 6 meses.

iv. Ações não cotadas em bolsa:• Até € 500 valor nominal;• > €500€ - Avaliação pela Autoridade Tributária e

Aduaneira, com base no último balanço.NOTA: Exige-se certidão comprovativa da falta de cotação ofi cial

das ações, passada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, contendo sempre a indicação do respetivo valor nominal.

(Continua na pág. seguinte)

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INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte526JULHO 2015 - Nº 14

• Tipo 6 – Passivo:Encargos existentes à data do óbito: hipotecas, pe-

nhores, etc.; encargos instituídos na transmissão; rendas, pensões; e impostos cujo facto tributário tenha ocorrido até àquela data.

NOTA: Exigem-se documentos necessários para comprovar o passivo identifi cação dos benefi ciários dos encargos.

• Anexo II• Tipo 1

a. Anexo para liquidação (herança);b. Identifi cação dos herdeiros (número de identifi cação

fi scal - NIF);c. Quota parte na herança;d. Verbas transmitidas sem encargos;e. Verbas transmitidas com ónus ou encargos;f. Tipo de herdeiro – ISENTO (cônjuge, ascendentes e

descendentes, e unidos de facto, nas transmissões após 01-01-2009) – SUJEITO - outros.

• Tipo 2a. Anexo para liquidação (legados/doação/usucapião);b. Identifi cação dos legatários, donatários ou usuca-

pientes.Onde se consideram situados os bens?Consideram-se bens situados em território nacional:• Os direitos sobre bens móveis e imóveis aí situados;• Os bens móveis registados ou sujeitos a registo, matrícula

ou inscrição em território nacional;• Os direitos de crédito ou direitos patrimoniais sobre pes-

soas singulares ou coletivas quando o seu devedor tiver residência, sede, direção efetiva ou estabelecimento estável em território nacional, e desde que aí tenha domicílio o adquirente;

• As participações sociais quando a sociedade participada tenha a sua sede, direção efetiva ou estabelecimento estável em território nacional, desde que o adquirente tenha domicílio neste território;

• Os valores monetários depositados em instituições com sede, direção efetiva ou estabelecimento estável em território nacional, ou, não se tratando de valores monetários depositados, o autor da transmissão tenha domicílio, sede, direção efetiva ou estabelecimento estável neste território;

• Os direitos de propriedade industrial, direitos de autor e direitos conexos registados ou sujeitos a registo em território nacional.

NOTA: Consideram-se domiciliadas em território nacional as pessoas referidas no artigo 16.º do Código do IRS.

Que documentos devo juntar à participação do imposto do selo?

Deve juntar certidão de óbito, NIF e BI ou cartão do ci-dadão do autor da sucessão ou da liberalidade, NIF e BI ou

cartão do cidadão dos herdeiros ou benefi ciários, testamento ou escritura de doação ou justifi cação.

É obrigatório participar o falecimento do autor da sucessão?

Sim. Os benefi ciários de transmissões gratuitas estão obrigados a prestar as declarações e proceder à relação dos bens e direitos.

Apenas é obrigatório participar o falecimento do autor da sucessão quando esta envolva transmissão de bens.

A transmissão gratuita de bens de uso pessoal ou domés-tico (v.g. mobílias, loiças, electrodomésticos), está sujeita a imposto do selo?

Não. Com efeito, excluem-se da tributação:• O abono de família em dívida à morte do titular, os cré-

ditos provenientes de seguros de vida e as pensões e subsídios atribuídos, ainda que a título de subsídio por morte, por sistemas de segurança social;

• Valores aplicados em fundos de poupança-reforma, fundos de poupança-educação, fundos de poupança--reforma/educação, fundos de poupança-ações, fundos de pensões ou fundos de investimento mobiliário e imobiliário;

• Donativos efetuados nos termos da Lei do Mecenato;• Donativos conforme os usos sociais, de bens ou valores

não incluídos nos pontos anteriores, até ao montante de € 500;

• Transmissões a favor de sujeitos passivos de imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas, ainda que dele isentas;

• Bens de uso pessoal ou doméstico.Para efeitos da alínea e) do art.º 6.º do CIS, netos e avós

benefi ciam de isenção?Sim.

Existe obrigação de declarar valores monetários?Sim, existe obrigação de declarar valores monetários, ainda

que objeto de depósito em contas bancárias, exceto no caso de doações a favor de benefi ciários isentos.

Posso relacionar encargos e dívidas?Sim. Ao valor da transmissão de bens deduz-se o montante

dos encargos e dívidas constituídos a favor do autor da herança até à data da abertura da sucessão mediante atos ou contratos que onerem os bens relacionados, bem como dos impostos cujo facto tributário tenha ocorrido até àquela data.

Qual a taxa aplicável à transmissão gratuita de bens?• Verba 1.1 – 0,8% - Doações;• Verba 1.2 – 10% - Transmissões “mortis causa”, doações

e usucapião.NOTA: Na verba 1 pode haver acumulação de taxas {v.g. na

doação de imóveis as taxas das verbas 1.1 e 1.2 são cumulativas (0,8%+10%)}.

Quem benefi cia de isenção de imposto do selo?O cônjuge ou unido de facto, descendentes e ascendentes,

nas transmissões gratuitas de que forem benefi ciários, em relação à verba 1.2. O benefício para os unidos de facto só se aplica às transmissões ocorridas após 01/01/2009.

(Fonte: Portal das Finanças www.portaldasfi nancas.gov.pt)

(Continuação da pág. anterior)

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Boletim do Contribuinte 527JULHO 2015 - Nº 14

RESOLUÇÕESADMINISTRATIVAS

(Continua na pág. seguinte)

Reforma do IRS 2015Perguntas frequentes (FAQ)

A Lei nº 67/2015, de 6 de julho, veio introduzir alterações ao Código do IRS, designadamente alargando o âmbito da dedução das despesas de saúde e clarifi cando as relativas a despesas com creches. Assim, considerando estas alterações e respetiva operacionalização no sistema e-fatura, bem como as dúvidas que têm vindo a ser suscitadas em matéria de deduções à coleta em IRS, procede-se à divulgação das FAQ que constam do documento em anexo.

(Ofício Circulado nº 20 179/2015, de 10.7.2015, do Gabinete da Subdiretora-geral do IR e das Relações Internacionais da AT)

N.R. A Lei nº 67/2015, de 6.7, é publicado na pág. 533 deste número.A referida lei introduz alterações diretas nos artigos 78º-C, 78º-D

e 78º-F do Código do IRS.

DEDUÇÕES À COLETA EM IRS

SAÚDE

1 - Quais são as despesas de saúde que podem ser consi-deradas para efeitos de dedução à coleta em IRS?

Podem ser deduzidos à coleta do IRS os valores supor-tados por qualquer membro do agregado familiar a título de despesas de saúde que respeitem a prestações de serviços e aquisições de bens isentas de IVA ou tributadas à taxa reduzida, bem como despesas de saúde tributadas à taxa normal desde que justifi cadas por receita médica, que constem de faturas comunicadas à Autoridade Tributária e Aduaneira e cujos emitentes estejam enquadrados, de acordo com a Classifi cação Portuguesa das Atividades Económicas (CAE), nos seguintes setores de atividade:

i) Seção Q, classe 86 – Atividade de saúde humana;ii) Seção G, classe 47730 – Comércio a retalho de produtos

farmacêuticos, em estabelecimentos especializados;iii) Seção G, classe 47740 – Comércio a retalho de pro-

dutos médicos e ortopédicos, em estabelecimentos especializados; e

iv) Seção G, classe 47782 – Comércio a retalho de material ótico em estabelecimentos especializados.

Estão também abrangidas nos setores de atividade antes referidos as atividades equivalentes previstas na tabela a que se refere o artigo 151.º do Código do IRS, que constam de faturas, faturas-recibo ou recibos emitidos por profi ssionais liberais, a saber:

i) 1010: Psicologia;ii) 5010: Enfermeiros;iii) 5012: Fisioterapeutas;iv) 5015: Terapeutas da fala;v) 5019: Outros técnicos paramédicos;vi) 7010 a 7024: Médicos e dentistas

Podem ainda ser deduzidos a título de despesas de saúde os prémios de seguros de saúde ou contribuições pagas a associações mutualistas ou a instituições sem fi ns lucrativos que tenham por objeto a prestação de cuidados de saúde que, em qualquer dos casos, cubram exclusivamente os riscos de saúde relativamente ao sujeito passivo ou aos seus dependentes.

2 – As despesas com a aquisição de armações de óculos podem ser deduzidas em sede de IRS como despesas de saúde?

Estas despesas são dedutíveis em sede de IRS enquanto despesas de saúde desde que estejam justifi cadas por receita médica e sejam adquiridas num estabelecimento integrado num dos setores de atividade de saúde considerados para efeitos de dedução à coleta do IRS, nos termos do artigo 78.º-C do Código do IRS, e cujas faturas tenham sido comunicadas à AT.

3 - Tenho despesas de saúde relativas a cremes corpo-rais, com IVA à taxa normal, e que foram adquiridos num estabelecimento farmacêutico. Essas despesas são dedutíveis em sede de IRS?

Estas despesas relativas a bens tributados à taxa normal de IVA, efetuadas em estabelecimentos farmacêuticos, são aceites para efeitos de dedução enquanto despesas de saúde em sede de IRS quando justifi cadas por receita médica.

4 – Tenho uma fatura com despesas de saúde relativas a bens ou prestações de serviços sujeitas à taxa normal do IVA que estão justifi cadas por receita médica. Como devo proceder? E se apenas parte da despesa sujeita à taxa normal de IVA estiver justifi cada com receita médica?

No portal das fi nanças, deve selecionar a fatura que corresponde a essas despesas e escolher a opção “associar receita” e de seguida indicar o valor das despesas sujeitas à taxa normal de IVA que está justifi cado por receita médica. Este valor será considerado para efeitos da dedução relativa a despesas de saúde.

A parte das despesas que não está justifi cada por receita médica será considerada para efeitos da dedução relativa às despesas gerais familiares.

5 – Tenho uma fatura com despesas de saúde relativas a bens tributados em IVA à taxa reduzida e a bens tributados à taxa normal. Tendo a fatura sido comunicada pelo emitente, que está integrado num dos setores de atividade de saúde considerados para efeitos de dedução à coleta do IRS, estas despesas são automaticamente consideradas para efeitos de dedução no meu IRS ou preciso de as comunicar no Portal das Finanças na minha página pessoal do sistema e-fatura?

Tendo a fatura sido comunicada à AT pelo agente económico com o CAE integrado num dos setores de atividade de saúde considerados para efeitos de dedução à coleta do IRS, a parte do valor da fatura referente a bens sujeitos à taxa reduzida do IVA é automaticamente considerada nas despesas de saúde do consumidor.

Quanto à parte relativa a bens sujeitos à taxa normal do IVA, as mesmas serão consideradas como despesas de saúde se o contribuinte indicar que estão justifi cadas por receita mé-dica, devendo, para este efeito, selecionar a fatura, no Portal das Finanças, escolher a opção “associar receita” e indicar o valor dos bens à taxa normal de IVA que está justifi cado por receita médica.

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528 Boletim do Contribuinte

RESOLUÇÕESADMINISTRATIVAS

JULHO 2015 - Nº 14

(Continuação da pág. anterior)

6 - Tenho uma fatura emitida por uma farmácia relativa a bens sujeitos à taxa normal do IVA cuja aquisição não está justifi cada por receita médica. O que acontece a essa fatura?

Como o emitente da fatura tem um CAE integrado num dos setores de atividade de saúde, a fatura fi cará pendente, a aguardar uma eventual associação de receita médica. Neste caso, o consumidor deve indicar que não tem receita médica e automaticamente essa despesa será considerada para efeitos da dedução relativa às despesas gerais familiares.

Caso no fi nal do prazo para associação da receita (15 de fevereiro do ano seguinte àquele a que respeita a despesa) a fatura ainda continue pendente, a mesma será automaticamente considerada para efeitos da dedução relativa às despesas gerais familiares.

7 – Verifi quei que, relativamente a uma fatura com des-pesas de saúde à taxa de 23%, me enganei na indicação do valor que está justifi cado por receita médica. Como posso corrigir esta situação?

Neste caso o consumidor deverá aceder ao sistema e-fatura no Portal das Finanças e selecionar a fatura em causa, devendo escolher a opção “associar receita” e depois a opção “alterar” e proceder à correção do valor que se encontra justifi cado por receita médica.

8 - As despesas com a aquisição de produtos específi cos para celíacos são consideradas despesas de saúde?

Estas despesas serão aceites como despesas de saúde desde que os produtos sejam adquiridos num dos setores de atividade respeitantes a estas despesas, sejam devidamente justifi cadas por receita médica e a respetiva fatura seja comunicada no Portal das Finanças.

9 - Como deverei proceder no caso de uma despesa de saúde reembolsada ou comparticipada pela ADSE ou por um seguro de saúde?

O consumidor não terá de fazer nada nestes casos. O sistema informático procederá automaticamente à dedução do montante que tenha sido reembolsado ou comparticipado, procedendo ao apuramento e indicação do montante efetivamente suportado pelo benefi ciário.

10 - Efetuei uma despesa de saúde num estabelecimento que tem dois CAE específi cos e fi cou pendente no sistema e-fatura. Que devo fazer?

Neste caso incumbe ao consumidor indicar qual o setor de atividade a que respeita aquela despesa. Para as despesas de saúde com taxa normal de IVA é necessário que seja detentor de uma receita médica e confi rme tal facto no sistema e-fatura, selecionando a opção “associar receita” e de seguida indicar o valor correspondente. Neste caso, esta despesa será consi-derada para efeitos da dedução relativa a despesas de saúde. Caso não o faça, a despesa será considerada pela AT como despesa geral familiar.

EDUCAÇÃO

11 - Quais são as despesas de educação e formação que podem ser consideradas para efeitos de dedução à coleta?

Podem ser deduzidos à coleta do IRS os valores suportados por qualquer membro do agregado familiar que respeitem a prestações de serviços e aquisições de bens isentas de IVA ou tributadas à taxa reduzida, que constem de faturas comunicadas à Autoridade Tributária e Aduaneira e cujos emitentes este-jam enquadrados, de acordo com a Classifi cação Portuguesa das Atividades Económicas (CAE), nos seguintes setores de atividade:

i) Seção P, classe 85 – Educação;ii) Seção G, classe 47610 – Comércio a retalho de livros,

em estabelecimentos especializados; eiii) Seção G, classe 88910 - Atividades de cuidados para

crianças, sem alojamento.Estão também abrangidas nos setores de atividade antes

referidos as atividades equivalentes previstas na tabela a que se refere o artigo 151.º do Código do IRS, que constam de faturas, faturas-recibo ou recibos emitidos por profi ssionais liberais, a saber:

i) 1312 Amas;ii) 8010 Explicadores;iii) 8011 Formadores; eiv) 8012 Professores.Estas despesas de educação e formação devem corresponder

a encargos com o pagamento de creches, jardins-de-infância, lactários, escolas, estabelecimentos de ensino e outros serviços de educação, bem como manuais e livros escolares, associados à frequência de estabelecimentos de ensino integrados no sistema nacional de educação ou reconhecidos como tendo fi ns análogos pelos ministérios competentes, ou por entidades reconhecidas pelos ministérios que tutelam a área da formação profi ssional e, relativamente a estas últimas, na parte em que não tenham sido consideradas como encargo da categoria B.

12 - O meu dependente tem explicações de matemática prestadas por um profi ssional liberal. Posso deduzir este encargo no IRS?

Sim. Considerando que os explicadores constam da tabela prevista no artigo 151.º do Código do IRS, com o código 8010, pode deduzir essa despesa desde que a correspondente fatura, fatura-recibo ou recibo seja comunicada através do sistema e-fatura no Portal das Finanças.

13 - Posso deduzir as despesas realizadas com a ama do meu fi lho?

Sim. Pode deduzir essa despesa desde que a ama esteja registada com a atividade de cuidados para crianças, sem alo-jamento (Seção G, Classe 88910 ou atividade equivalente da lista do artigo 151.º do Código do IRS, código 1312 - Amas) e a correspondente fatura, fatura-recibo ou recibo seja comu-nicada à AT através do Portal das Finanças.

14 - O meu fi lho frequenta um estabelecimento público de ensino superior para o qual pago anualmente as respetivas propinas. Como vão ser comunicadas estas despesas?

Os estabelecimentos de ensino público, embora estejam dispensados de emitir fatura, estão obrigados a comunicar à AT os valores das propinas e demais encargos considerados dedutíveis, até ao fi m do mês de janeiro do ano seguinte àquele em que ocorreu o respetivo pagamento. Assim, estas despesas

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Boletim do Contribuinte 529JULHO 2015 - Nº 14

RESOLUÇÕESADMINISTRATIVAS

serão consideradas como despesas de educação para efeitos da dedução à coleta do IRS

LARES

15 - As despesas com lares são consideradas no IRS?As despesas com lares abrangem encargos com apoio domi-

ciliário, lares e instituições de apoio à terceira idade relativos ao sujeito passivo, bem como encargos com lares e residências autónomas para pessoas com defi ciência, seus dependentes, ascendentes e colaterais até ao 3.º grau que não possuam ren-dimentos superiores à retribuição mínima mensal garantida.

Estas importâncias devem constar de faturas que titulem prestações de serviços e aquisições de bens isentas ou tributa-das à taxa reduzida de IVA e comunicadas à AT nos seguintes setores de atividade:

i) Seção Q, classe 873 – Atividades de apoio social para pessoas idosas e com defi ciência, com alojamento; e

ii) Seção Q, classe 8810 – Atividades de apoio social para pessoas idosas e com defi ciência, sem alojamento.

DEDUÇÃO POR EXIGÊNCIA DE FATURA

16 - Quais são as despesas que benefi ciam da dedução no IRS do IVA suportado?

Esta dedução abrange os valores de IVA suportados pelo agregado familiar e relativos a prestações de serviços comu-nicadas à AT nos seguintes setores de atividade:

i) Seção G, classe 4520 – Manutenção e reparação de veículos automóveis;

ii) Seção G, classe 45402 – Manutenção e reparação de motociclos, de suas peças e acessórios;

iii) Seção I – Alojamento, restauração e similares;iv) Seção S, classe 9602 – Atividades de salões de cabe-

leireiro e institutos de beleza;v) As atividades equivalentes que constem da tabela pre-

vista no artigo 151.º do Código do IRS (código 1325 – esteticistas, manicuras e pedicuras).

IMÓVEIS

18 - Fiz um contrato de arrendamento de um imóvel para minha habitação permanente, cujo senhorio me passa os recibos de renda manuais. Como poderei, no Portal das Finanças, consultar os montantes das rendas que paguei?

Caso o senhorio se encontre obrigado ou tenha optado pela emissão do recibo de renda eletrónico, o inquilino pode-rá proceder à consulta do valor dos recibos emitidos em seu nome através do sistema e-fatura no Portal das Finanças. Estes recibos podem também ser consultados através do sistema e arrendamento no mesmo Portal.

Quando o senhorio não se encontre obrigado pelo dever de emissão do recibo de renda eletrónico, deve o mesmo comunicar à AT, até 31 de janeiro do ano seguinte, as rendas

recebidas, podendo o inquilino, posteriormente, proceder à respetiva consulta no Portal das Finanças.

OUTRAS

19 - Quando posso auferir de deduções à coleta do IRS a título de pensões de alimentos?

Esta dedução abrange encargos com pensões de alimentos a que o contribuinte esteja obrigado por sentença judicial ou por acordo homologado nos termos da lei civil, salvo nos casos em que o seu benefi ciário faça parte do mesmo agregado familiar para efeitos fi scais ou relativamente ao qual estejam previstas outras deduções à coleta.

20 - Se o agente económico emitir fatura com uma despesa elegível para dedução à coleta mas não tiver atividade aberta no setor correto, como devo agir?

Nestes casos o consumidor deverá contactar a AT através do sistema e-balcão (https://www.portaldasfi nancas.gov.pt/pf/html/eBalcao.html) ou do Centro de Atendimento Telefónico (707 206 707), reportando esse facto. A AT contactará o agente económico para que este atualize os seus dados de atividade e, dessa forma, fi que assegurado que a despesa constante da fatura será considerada para efeitos da correspondente dedução à coleta em IRS.

Para dúvidas adicionais sobre o sistema e-fatura, poderá consultar as FAQ disponibilizadas no Portal das Finanças através do link:

http://info.portaldasfi nancas.gov.pt/pt/apoio_contribuinte/questoes_frequentes/

Limites das deduções à coleta

As deduções à coleta são deduções feitas ao total do ren-dimento líquido. Na prática, as deduções à coleta resumem-se a subtrações à coleta de IRS, tendo como fi nalidades ajustar o imposto à situação familiar de cada contribuinte. Apesar das deduções possíveis no IRS, não é permitido ultrapassar os seguintes limites globais de dedução:

Rendimento coletável Limite Benefícios

FiscaisAté 7000€ sem limite sem limiteDe mais de 7000€ até 20.000€ 1250€ 100€De mais de 20.000€ até 40.000€ 1000€ 80€De mais de 40.000€ até 80.000€ 500€ 60€Mais de 80.000€ 0€ 0€

Exemplo:Um agregado familiar cujo rendimento global seja de

25.000 euros, possua despesas de educação no valor de € 2000, despesas de saúde no valor de €1500 e despesas gerais familiares no valor de €4000.

O montante total das deduções à coleta é de 1325 eu-ros. Todavia como existe limites em função do montante do rendimento global, este agregado familiar só vai poder deduzir 1000 euros (cfr tabela).

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530 Boletim do Contribuinte

INFORMAÇÕESVINCULATIVAS

JULHO 2015 - Nº 14

IVAObrigatoriedade de emissão de fatura

em operações isentas

FICHA DOUTRINÁRIADiploma: CIVAArtigo: n.º 20 do art. 29.ºAssunto: Faturas – Obrigatoriedade de emissão de fatura

relativamente a operações isentas de IVAProcesso: nº 8235, por despacho de 2015-05-26, do SDG do

IVA, por delegação do Director-Geral da Autoridade Tributária e Aduaneira - AT.

Conteúdo: Tendo por referência o pedido de informação vincu-lativa solicitada, ao abrigo do art° 68° da Lei Geral Tributária (LGT), presta-se a seguinte informação.

A presente informação vinculativa prende-se com as dúvidas relativas aos documentos de suporte dos rendimentos isentos (quotas) de Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA).

SITUAÇÃO APRESENTADA 1. Face às regras de faturação, estabelecidas pela

Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro (Orçamento de Estado para 2013), nomeadamente, a obriga-toriedade da emissão de “fatura” a que se refere a alínea b) do n.º 1 do artigo 29.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado (CIVA), em 2013-01-02, a requerente apresentou um pedido de informação vinculativa (PIV 4525), onde ques-tionava a obrigatoriedade da emissão de fatura relativamente aos rendimentos isentos (quotas).

2. Por despacho de 2013-03-12 (comunicado à requerente através do ofi cio n.º 19 965, de 2013-03-19), foi sancionado o entendimento que “(…) 20. A emissão do “Aviso de recibo de quotas”, ainda que emitido por programa certifi cado, é um documento meramente informativo para o sócio. Não titula qualquer operação. 21. A requerente, por via das operações que pratica, é considerada um sujeito passivo misto, pelo que a dispensa de faturação, prevista no nº 3 do artº 29º do CIVA, não tem, nem tinha, aplicação no caso em apre-ço. 22. Pela realização de operações isentas que não conferem o direito à dedução ou tributadas que conferem aquele direito, está obrigada, nos termos da alínea b) do nº 1 do artº 29º do CIVA, a proceder à emissão da respetiva fatura ou de uma fatura simplifi cada caso se encontrem reunidos os pressupostos para a sua emissão nos termos do artº 40º do CIVA. 23. Relativamente às questões sobre a comunicação eletrónica dos elementos

das faturas, informa-se que tal assunto extravasa o âmbito de competência da Área Tributária - IVA.”.

3. Face às alterações legislativas às normas do CIVA, nomeadamente ao artigo 29.º, pretende a requerente ser esclarecida se “(…) continua obri-gada, nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 29.º do CIVA, a proceder à emissão da respetiva fatura (…)” para as operações isentas de imposto (quotas), ou, não o sendo, pode voltar a utilizar um documento que desenvolveu internamente num programa específi co que “(…) emite avisos de recibo, aquando da liquidação do montante devido por cada associado (quota), e o correspondente recibo aquando do recebimento (…)”. Informa, ainda que “(o)”s rendimentos e as cobranças eram integradas manualmente no programa de contabilidade certifi cado “Primavera”.

NORMAS LEGAIS 4. Em 2013-07-24, foi publicada a Lei n.º 51/2013,

que procedeu à primeira alteração à Lei do OE 2013, cuja entrada em vigor ocorreu no dia seguinte à sua publicação, que aditou ao artigo 29.º do CIVA, o n.º 20, com a seguinte redação: “20 - A obrigação referida na alínea b) do n.º 1 pode ser cumprida mediante a emissão de outros documentos pelas pessoas coletivas de direito público, organismos sem fi nalidade lucrativa e instituições particulares de solidariedade social, relativamente às transmissões de bens e prestações de serviços ao abrigo do artigo 9”.

5. Deste modo, desde 25 de julho de 2013, os sujeitos passivos classifi cados em sede de IVA como mistos, isto é, os que realizam dois tipos de operações (tributadas, que conferem o direito à dedução, e isentas de imposto, que não confe-rem o direito à dedução), que pela sua natureza jurídica sejam: i) os organismos sem fi nalidade lucrativa, assim defi nidos pelo artigo 10.º do CIVA; ii) pessoas coletivas de direito público; iii) IPSS, podem, relativamente às operações isentas realizadas ao abrigo do artigo 9.º do CIVA, cumprir a obrigação de faturação a que se refere a alínea b) do n.º 1 do artigo 29.º do citado diploma legal mediante a emissão de outros documentos, diferentes da “fatura”, mantendo-se, no entanto, a obrigatoriedade da emissão de “fatura” para as operações tributadas.

ANÁLISE 6. Em sistema de registo de contribuintes é uma

associação de direito privado, registada pelas ativi-dades de: “Atividades de organizações económicas e patronais” - CAE 94110; “Outras atividades de saúde humana, N.E”.

7. Em sede de IVA é sujeito passivo misto, en-quadrado no regime normal de tributação, com periodicidade mensal por opção, que utiliza, para efeitos do exercício do direito à dedução, o método da afetação real.

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Boletim do Contribuinte 531

INFORMAÇÕESVINCULATIVAS

JULHO 2015 - Nº 14

8. Do artigo 1.º dos “Estatutos” da requerente constata-se que é uma associação de direito pri-vado e utilidade pública constituída nos termos do Decreto-Lei n.º 215-C/75. Contudo, não consta da lista ofi cial das “Entidades de utilidade pública declarada” do site da Presidência de Conselho de Ministros, a que se refere o artigo 8.º do re-gime jurídico que regula o reconhecimento das pessoas coletivas de utilidade pública, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 460/77, de 7 de novembro (republicado pelo Decreto-Lei n.º 391/2007, de 13 de dezembro), também não é uma IPSS.

9. Contudo, caso a requerente seja reconhecida como organismo sem fi nalidade lucrativa, de acordo com defi nição prevista no artigo 10.º do CIVA, isto é: i) Em caso algum distribua lucros e os seus corpos gerentes não tenham, por si ou por interposta pessoa, algum interesse direto ou indi-reto nos resultados da exploração; ii) Disponha de escrituração que abranja todas as suas atividades e a ponha à disposição dos serviços fi scais, designa-damente para comprovação do referido na alínea anterior; iii) Pratique preços homologados pelas autoridades públicas ou, para as operações não suscetíveis de homologação, preços inferiores aos exigidos para análogas operações pelas empresas comerciais sujeitas ao imposto; IV) Não entre em concorrência direta com sujeitos passivos do imposto, relativamente às operações isentas, nomeadamente nas quotas cobradas aos sócios [alínea 19) do artigo 9.º do CIVA], pode cumprir a obrigação de faturação a que se refere a alínea b) do n.º 1 do artigo 29.º, mediante a emissão de outros documentos, diferentes da “fatura”.

10. Poderá, assim, se reunir os pressupostos do artigo 10.º do CIVA, utilizar o documento que designa por “Aviso de recibo de quotas”, ou outro, para titular as operações isentas de imposto.

11. De referir que, relativamente às operações tri-butadas, persiste a obrigação da emissão “fatura” [alínea b) do n.º 1 do artigo 29.º do CIVA], por cada transmissão de bens ou prestação de servi-ços, bem como pelos pagamentos que lhe sejam efetuados antes da data da transmissão de bens ou da prestação de serviços, ou seja, para estas operações a requerente está obrigada a emitir, no prazo do n.º 1 do artigo 36.º do CIVA, uma “fatura” ou uma “fatura simplifi cada”, com os requisitos do n.º 5 do artigo 36.º ou do n.º 2 do artigo 40.º respetivamente do citado diploma legal.

CONCLUSÃO 12. A requerente é um sujeito passivo misto, pelo

que, reunidas as condições referidas no ponto 9 do presente pedido de informação vinculativa,

relativamente às operações isentas de imposto, nomeadamente as quotas pagas pelos seus sócios, pode, de acordo com o estipulado no n.º 20 do artigo 29.º do CIVA, emitir documentos diferentes da “fatura” para titular estas operações.

13. Relativamente às operações tributadas que conferem o direito à dedução, mantém a obrigação da emissão da fatura nos termos do n.º 1 do artigo 29.º do CIVA.

IVAMarcação de consultas médicas realizada

através de “site” – intermediação

FICHA DOUTRINÁRIADiploma: CIVAArtigo: 18ºAssunto: Taxas – Serviço prestado através dum “site”,

relativamente à marcação de consultas médicas, exames, análises clínicas, fi sioterapia, cirurgias e outros..

Processo: nº 8312, por despacho de 2015-05-21, do SDG do IVA, por delegação do Diretor Geral da Autoridade Tributária e Aduaneira - AT.

Conteúdo: Tendo por referência o pedido de informação vinculativa solicitada, ao abrigo do art° 68° da Lei Geral Tributária (LGT), presta-se a seguinte informação.

O presente pedido de informação vinculativa prende-se com a possibilidade de a requerente be-nefi ciar, nos serviços que disponibiliza, da isenção prevista na alínea 2) do artigo 9.º do Código do IVA (CIVA).

DESCRIÇÃO DOS FACTOS 1. A requerente encontra-se registada com a ativi-

dade de “Comércio a retalho por correspondência ou via internet” - CAE 47910. Em sede de IVA encontra-se enquadrada no regime de tributação, com periodicidade trimestral.

2. No âmbito da atividade que exerce, refere servir de intermediária de serviços na área da saúde, pos-sibilitando, através do seu “site”, a aquisição por parte dos utentes, de consultas da especialidade, exames, análises clínicas, fi sioterapia, cirurgias e outros, a valores de convenção, sem pagamento de qualquer mensalidade, anuidade ou cartão.

3. Para o efeito, disponibiliza no seu “site” infor-mação sobre os serviços, bem como a rede dos prestadores de serviços disponíveis.

4. Por consulta ao “site” da requerente, verifi ca--se que, para além dos serviços de intermediação na área da saúde convencional, que se encontram designados por “xxx”, disponibiliza, também, a intermediação na área das terapêuticas não conven-cionais, designada por “yyy”, bem como na área do “bem estar pessoal” (massagens, tratamentos e outros) designada por “ppp”.

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532 Boletim do Contribuinte

INFORMAÇÕESVINCULATIVAS

JULHO 2015 - Nº 14

5. Para adquirir o serviço pretendido e que se en-contra disponibilizado no “site” da requerente, o utente tem de efetuar previamente o pagamento, através do multibanco ou do seu homebanking e recebe, no telemóvel ou no e-mail, o código cor-respondente ao serviço escolhido. O utente deve depois marcar diretamente o serviço em qualquer clínica ou hospital da rede, devendo apresentar, aquando da efetivação da consulta, o código que lhe foi atribuído.

6. Após efetuar o pagamento, o utente tem 14 dias para solicitar junto da requerente a devolução do montante pago, caso verifi que que não tem pos-sibilidade de usufruir do serviço que adquiriu. O utente tem, também, três meses para poder utilizar o serviço que adquiriu; ou seja, a marcação dos serviços pelo utente pode ocorrer durante esse período de três meses após o pagamento, numa das entidades da rede de parceiros da requerente.

7. De acordo com o que refere no pedido, exempli-fi cando, por uma consulta da especialidade na área da medicina convencional, o utente paga € ..,00 à requerente e, por sua vez, esta paga ao prestador do serviço de saúde € 36,00, fi cando com uma comissão de € ..,00, dos quais paga € 0,... de taxa à empresa que faz intermediação com os pagamentos multibanco.

8. Os serviços são, assim, faturados pela requerente ao utente, enquanto os prestadores de serviços de saúde lhe faturam a si os serviços médicos sem IVA.

9. Tendo em conta os serviços que disponibiliza na área da saúde, a requerente vem solicitar esclare-cimento sobre a possibilidade de poder benefi ciar da isenção prevista na alínea 2) do artigo 9.º do CIVA.

ANÁLISE DA SITUAÇÃO E CONCLUSÃO 10. A alínea 2) do artigo 9.º do CIVA isenta de

imposto “As prestações de serviços médicos e sanitários e as operações com elas estreitamente conexas efetuadas por estabelecimentos hospita-lares, clínicas, dispensários e similares”.

11. A citada norma legal transpõe para a ordem jurídica interna a alínea b) do n.º 1 do artigo 132.º da Diretiva 2006/112/CE do Conselho, de 28 de novembro (Diretiva IVA), que prevê que os Estados-membros devem isentar “A hospitalização e a assistência médica, e bem assim as operações com elas estreitamente relacionadas, asseguradas por organismos de direito público ou, em condi-ções sociais análogos às que vigoram para estes últimos, por estabelecimentos hospitalares, centros

de assistência médica e de diagnóstico e outros estabelecimentos da mesma natureza devidamente reconhecidos”, conjugado com a alínea 7) da parte B do Anexo X da mesma Diretiva, que prevê que Portugal possa aplicar a isenção às operações efetuadas pelos estabelecimentos hospitalares não referidos na alínea b) do n.º 1 do artigo 132.º.

12. A isenção prevista na alínea 2) do artigo 9.º do CIVA integra, assim, os serviços médicos e sanitários e as operações com eles estreitamente conexas, efetuados no âmbito hospitalar (elemento objetivo da norma), por estabelecimentos hospita-lares, clínicas, dispensários e similares (elemento subjetivo). Ou seja, isenta as prestações de servi-ços de assistência efetuadas no meio hospitalar, pelas entidades referidas, incluindo as operações estreitamente conexas, pressupondo que, a par dos serviços de assistência médica, também possam proporcionar, quando necessário, a possibilidade de internamento.

13. Por sua vez, e no que respeita ao conceito de prestações de serviços médicos, importa referir o Acórdão do Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE), de 14 de setembro de 2000, Processo 384/98, que considera como tais as que consistam em prestar assistência a pessoas, diagnosticando e tratando uma doença ou qualquer anomalia de saúde.

14. Tal signifi ca que as prestações de serviços que não tenham tal objetivo terapêutico, ou que não sejam estritamente conexas com o mesmo, estão excluídas do âmbito de aplicação da isenção pre-vista na alínea 2) do artigo 9.º do CIVA.

15. Os serviços prestados pela requerente não consistem em serviços de assistência médica ou hospitalização, nem operações estreitamente rela-cionadas. Com efeito, tais serviços serão prestados pelos seus parceiros aderentes.

16. A atividade exercida pela requerente consiste na mera disponibilização do direito de usufruir de um serviço prestado por uma entidade terceira (podendo, eventualmente, o serviço prestado por esta, benefi ciar da isenção em apreço). Trata-se, face ao conceito residual de prestação de servi-ços enunciado no n.º 1 do artigo 4.º do CIVA, da realização de operações sujeitas a imposto e dele não isentas.

17. De facto, e embora a aquisição do direito à consulta de saúde pretendida vise assegurar ao adquirente a possibilidade de, no prazo de 3 meses, proceder à sua marcação numa clínica ou hospital pertencente à rede, a eventualidade de a mesma não ser utilizada não anula a operação efetuada pela requerente.

18. Assim, os serviços prestados pela requerente, ainda que eventualmente relacionados com cuida-dos de saúde, estão afastados do campo de aplicação da isenção prevista na alínea 2) do artigo 9.º do CIVA, confi gurando operações sujeitas a imposto e dele não isentas, passíveis de tributação à taxa normal prevista no artigo 18.º do CIVA.

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Boletim do Contribuinte 533JULHO 2015 - Nº 14

LEGISLAÇÃO

IRSDeduções à coleta

Despesas de saúde e despesas com creches

Alterações ao Código do IRS

Lei n.º 67/2015de 6 de julho

(in DR nº 119, I série, de 06.07.2015)

A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte:

ARTIGO 1.ºObjeto

A presente lei altera o Código do Imposto sobre o Rendi-mento das Pessoas Singulares, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 442-A/88, de 30 de novembro, alargando o âmbito da dedução das despesas de saúde e clarifi cando as deduções relativas a despesas com creches.

ARTIGO 2.ºAlteração ao Código do Imposto sobre o Rendimento

das Pessoas Singulares

Os artigos 78.º-C, 78.º-D e 78.º-F do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares, adiante designado por Código do IRS, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 442-A/88, de 30 de novembro, passam a ter a seguinte redação:

«ARTIGO 78.º-C[...]

1 - ........................................................................................a) ........................................................................................

i) ...................................................................................ii) ...................................................................................iii) ..................................................................................iv) Secção G, Classe 47782 - Comércio a retalho de ma-

terial ótico em estabelecimentos especializados;b) ........................................................................................c) ........................................................................................d) Que conste de faturas que titulem prestações de serviços

e aquisições de bens, tributados à taxa normal de IVA, comunicadas à Autoridade Tributária e Aduaneira nos termos do Decreto-Lei n.º 197/2012, de 24 de agosto, ou emitidas no Portal das Finanças, nos termos da Portaria n.º 426-B/2012, de 28 de dezembro, pelos emitentes que estejam enquadrados nos setores de atividade referidos na alínea a), desde que devidamente justifi cados através de receita médica.

2 - .........................................................................................3 - .........................................................................................

4 - .........................................................................................5 - .........................................................................................6 - .........................................................................................7 - Para efeitos do disposto na alínea d) do n.º 1 os sujeitos

passivos estão obrigados a indicar no Portal das Finanças quais as faturas que titulam aquisições devidamente justifi cadas através de receita médica.

8 - Nas atividades previstas na alínea a) do n.º 1 consideram--se abrangidas as atividades equivalentes previstas na tabela a que se refere o artigo 151.º

ARTIGO 78.º-D[...]

1 - .........................................................................................a) ........................................................................................

i) ...................................................................................ii) ...................................................................................iii) Secção G, Classe 88910 - Atividades de cuidados

para crianças, sem alojamento;b) ........................................................................................

2 - .........................................................................................3 - .........................................................................................4 - .........................................................................................5 - .........................................................................................6 - .........................................................................................7 - .........................................................................................8 - .........................................................................................9 - Nas atividades previstas na alínea a) do n.º 1 consideram-

-se abrangidas as atividades equivalentes previstas na tabela a que se refere o artigo 151.º

ARTIGO 78.º-F[...]

1 - .........................................................................................2 - .........................................................................................3 - .........................................................................................4 - Nas atividades previstas no n.º 1 consideram-se abrangidas

as atividades equivalentes previstas na tabela a que se refere o artigo 151.º.»

ARTIGO 3.ºDisposição transitória

Na execução das alterações legislativas previstas no artigo 2.º da presente lei, a Autoridade Tributária e Aduaneira deve colaborar com os contribuintes, prestando informação públi-ca, regular e sistemática sobre os seus direitos e obrigações e a assistência necessária ao cumprimento dos seus deveres acessórios.

ARTIGO 4.ºProdução de efeitos

As alterações efetuadas pelo artigo 2.º da presente lei pro-duzem efeitos a 1 de janeiro de 2015, tendo caráter clarifi cador e interpretativo.

N.R. Na página 527 e seguintes deste número são prestados diversos esclarecimentos quanto às alterações resultantes da Lei nº 67/2015, bem como quanto a outras questões suscitadas no âmbito da reforma do IRS e das novas regras relativas às deduções à coleta em IRS, regras estas aplicáveis em 2015 e cujas declarações de ren-dimentos devem ser apresentadas em 2016.

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Boletim do Contribuinte534JULHO 2015 - Nº 14

LEGISLAÇÃO

IRS Benefícios fi scais

Juros e amortizações de habitação permanente, prémios de seguros

comparticipações em despesas de saúde, planos de poupança reforma (PPR)

e fundos de pensões e regimes complementares

Declaração Modelo n.º 37

Portaria n.º 201-A/2015de 10 de julho

(in DR nº 133, I série, 1º Suplemento, de 10.07.2015)

A Lei n.º 82 -E/2014 (1), de 31 de dezembro, em vigor a partir de 1 de janeiro de 2015, veio proceder à reforma da tributação das pessoas singulares, introduzindo alterações profundas no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS), aprovado pelo Decreto -Lei n.º 442 -A/88, de 30 de novembro, e bem assim ao Estatuto dos Benefícios Fiscais (EBF), designadamente em matéria de deduções à coleta em sede deste imposto, as quais passaram maiorita-riamente a ser calculadas pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) com base na informação que lhe é transmitida por entidades terceiras.

Torna -se assim necessário proceder a ajustamentos à declaração Modelo 37 a que se refere o artigo 127.º do Código do IRS, bem como ao texto das respetivas instruções de preenchimento.

Assim:Manda o Governo, pelo Secretário de Estado dos Assuntos

Fiscais, nos termos do disposto no artigo 8.º do Decreto-Lei n.º 442 -A/88, de 30 de novembro, o seguinte:

ARTIGO 1.ºObjeto

É aprovada a declaração modelo 37 e respetivas instruções de preenchimento, anexas à presente portaria, a utilizar pelas entidades referidas no n.º 1 do artigo 127.º do Código do Im-posto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares.

ARTIGO 2.ºCumprimento da obrigação

1 - A declaração a que se refere o artigo anterior deve ser apresentada por transmissão eletrónica de dados, devendo as entidades observar os seguintes procedimentos:

a) Efetuar o registo, caso ainda não disponham de senha de acesso, através da página «Declarações eletrónicas», no endereço www.portaldasfi nancas.gov.pt;

b) Possuir um fi cheiro com as caraterísticas e estrutura de informação, a disponibilizar no mesmo endereço;

c) Efetuar o envio de acordo com os procedimentos indi-cados na mesma página.

2 - A declaração considera -se apresentada na data em que é submetida, sem prejuízo da possibilidade de correção de eventuais erros no prazo de 30 dias.

3 - Findo o prazo referido no número anterior sem que se mostrem corrigidos os erros detetados, a declaração é consi-derada sem efeito.

ARTIGO 3.ºProdução de efeitos

A declaração a que se refere o artigo 1.º deve ser utilizada pelas entidades referidas no n.º 1 do artigo 127.º do Código do IRS por referência aos anos fi scais de 2015 e seguintes.

ARTIGO 4.ºNorma revogatória

São revogadas as Portarias n.º 311 -C/2011(2), de 27 de dezembro, e n.º 413/2012(3), de 17 de dezembro.

N.R. 1 – Relembramos que o Código do IRS 2015, na versão alterada e republicada pela Lei nº 82-E/2014, de 31.12, foi oportu-namente distribuído aos assinantes em formato de livro de bolso.

2 – A Port. nº 311-C/20111, de 27.12, tinha aprovado o anterior modelo 37 e respetivas instruções de preenchimento

3 – A Port. nº 413/2012, de 17.12, transcrita no Bol. do Contri-buinte, 2013, pág. 59, aprovou novas instruções de preenchimento relativas à declaração modelo 37.

3 – Quanto a algumas das medidas resultantes da reforma do IRS em 2015 sugerimos a leitura dos esclarecimentos prestado pela Autoridade Tributária e Aduaneira-AT, publicados no Boletim do Contribuinte, 2015, pág. 369, com respostas práticas a questões relacionadas com o sistema e-fatura e despesas dedutíveis à coleta; a opção pelo regime simplifi cado da categoria B; a emissão de recibo de rendas através do Portal das Finanças e ainda sobre o conceito de residência parcial (requisitos e regime aplicável aos residentes não habituais).

4 – Ver, na página 537 e seguintes deste número, a Portaria nº 201-B/2015, de 10 de Julho, que aprova novos modelos de declarações mod. 45, 46 e 47, para efeitos de comunicação à AT das despesas de saúde, formação e de encargos com lares, bem como as respetivas instruções de preenchimento.

Edição prática que faculta um conjunto de ferra-mentas que lhe permitem assegurar de forma mais efi -ciente a garantia da defesa dos seus direitos, bem como o cumprimento de obriga-ções ou deveres contratuais que decorrem da vida em sociedade.

Autor António Soares da Rocha

Páginas 352 PVP €18.90

R. Gonçalo Cristóvão, 14, r/c • 4000-263 PORTO

http://livraria.vidaeconomica.pt

[email protected] 223 399 400

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Boletim do Contribuinte 535JULHO 2015 - Nº 14

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Boletim do Contribuinte536JULHO 2015 - Nº 14

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Boletim do Contribuinte 537JULHO 2015 - Nº 14

LEGISLAÇÃO

IRSDeduções à coleta

Comunicação à AT das despesas de saúde, educação e encargos com lares

Declarações Modelo 45, Modelo 46 e Modelo 47

Portaria n.º 201-B/2015de 10 de julho

(in DR nº 133, I série, 1º suplemento, de 10.07.2015)

A Lei n.º 82-E/2014, de 31 de dezembro, em vigor a partir de 1 de janeiro de 2015, veio proceder à reforma de tributação das pessoas singulares, introduzindo alterações no Código do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares (IRS), apro-vado pelo Decreto-Lei n.º 442-A/88, de 30 de novembro, com destaque para as alterações efetuadas ao regime das deduções à coleta consagradas nos artigos 78.º e seguintes, designadamen-te, as deduções por despesas de saúde, educação e formação e encargos com lares.

O Código do IRS passou a determinar que os estabeleci-mentos públicos de saúde que recebam importâncias relativas às taxas moderadoras pagas pelos sujeitos passivos, bem como as entidades dispensadas da emissão de fatura, fatura-recibo ou recibo, cujos montantes são considerados dedutíveis para efeitos do art. 78.º-C do Código do IRS, estão obrigadas a comunicar esses valores através de modelo ofi cial a aprovar por portaria de membro do Governo responsável pela área das fi nanças.

De igual modo, no âmbito das despesas de educação e for-mação, os estabelecimentos públicos que recebam o valor das propinas e demais encargos, bem como as entidades que efetuam prestações de serviços e vendas de bens, quando dispensadas da emissão de fatura, fatura-recibo ou recibo, passaram a estar obrigados a comunicar à AT os montantes suportados pelos sujeitos passivos considerados dedutíveis nos termos do artigo 78.º-D do Código do IRS.

Por fi m, no âmbito dos encargos com lares, também os es-tabelecimentos públicos, bem como as entidades que efetuam prestações de serviços e vendas de bens dispensadas de emissão de fatura, fatura-recibo ou recibo, passaram a estar obrigados a comunicar à AT os montantes, suportados pelos sujeitos passivos de IRS, considerados dedutíveis nos termos do artigo 84.º do Código do IRS.

A presente portaria tem, assim, por objetivo proceder à apro-vação das declarações de comunicação de despesas de saúde, das despesas de educação e formação e dos encargos com lares, para cumprimento das obrigações previstas, respetivamente, nos n.os 2 e 3 do artigo 78.º-C do Código do IRS, nos n.os 5 e 6 do artigo 78.º-D do Código do IRS e nos n.os 3 e 4 do artigo 84.º do Código do IRS, para efeitos de determinação dos montantes suportados pelos sujeitos passivos deste imposto.

Assim: Manda o Governo, pelo Secretário de Estado dos Assuntos

Fiscais, nos termos do artigo 8.º do Decreto-Lei n.º 442-A/88, de 30 de novembro, o seguinte:

ARTIGO 1.º Objeto

São aprovados os seguintes modelos ofi ciais e respetivas instruções de preenchimento, que se publicam em anexo à presente portaria, da qual fazem parte integrante:

a) A declaração modelo 45 e respetivas instruções de pre-enchimento, a que se referem os n.os 2 e 3 do artigo 78.º-C do Código do IRS, que constam do anexo I;

b) A declaração modelo 46 e respetivas instruções de pre-enchimento, a que se referem os n.os 5 e 6 do artigo 78.º-D do Código do IRS, que constam do anexo II;

c) A declaração modelo 47 e respetivas instruções de preen-chimento, a que se referem os n.os 3 e 4 do artigo 84.º do Código do IRS, que constam do anexo III.

ARTIGO 2.ºCumprimento da obrigação

1 - As declarações a que se refere o artigo anterior devem ser apresentadas por transmissão eletrónica de dados até ao fi m do mês de janeiro do ano seguinte àquele em que ocorreu o respetivo pagamento, pelas seguintes entidades:

a) A declaração modelo 45 deve ser entregue pelas enti-dades a que se referem os n.os 2 e 3 do artigo 78.º-C do Código do IRS;

b) A declaração modelo 46 deve ser entregue pelas enti-dades a que se referem os n.os 5 e 6 do artigo 78.º-D;

c) A declaração modelo 47 deve ser entregue pelas enti-dades a que se referem os n.os 3 e 4 do artigo 84.º do Código do IRS.

2 - O cumprimento por transmissão eletrónica de dados das obrigações previstas na presente portaria é efetuado no Portal das Finanças, devendo aquelas entidades respeitar os seguintes procedimentos:

a) Efetuar o registo, caso ainda não disponham de senha de acesso, através da página “Declarações eletrónicas”, no endereço www.portaldasfi nancas.gov.pt;

b) Efetuar o envio de acordo com os procedimentos indi-cados na mesma página.

3 - A declaração considera-se apresentada na data em que é submetida, sem prejuízo da possibilidade de correção de eventuais erros no prazo de 30 dias.

4 - Findo o prazo referido no número anterior sem que se mostrem corrigidos os erros detetados, a declaração é consi-derada sem efeito.

ARTIGO 3.º Produção de efeitos

As declarações a que se refere o artigo primeiro devem ser utilizadas pelas entidades referidas no artigo anterior por referência aos anos fi scais de 2015 e seguintes.

N.R. 1 – Chama-se a atenção dos interessados para a Lei nº 67/2015, de 6.7, publicada na pág. 533 deste número e que introduz alterações aos artigos 78º-C, 78º-D e 78º-F do Código do IRS.

2 – Ainda sobre este assunto ver os esclarecimentos práticos publicados na pág. 527 deste número.

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Boletim do Contribuinte538JULHO

2015 - Nº 14COMUNICAÇÃO DE DESPESAS DE SAÚDE

(n.ºs 2 e 3 do art.º 78.º-C do CIRS)

DECLARAÇÃOMODELO 45

I R S

01

01 01 02

01

NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO FISCALDO DECLARANTE

NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO FISCAL DO TOC TIPO DE DECLARAÇÃO

SERVIÇO DE FINANÇAS DA ÁREA DO DOMICÍLIO FISCAL

IDENTIFICAÇÃO DAS DESPESAS E DOS SEUS TITULARES

2

5 6

01

ANO31

02 0301

4

1

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NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO FISCAL VALOR DA DESPESA NATUREZADA DESPESA

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Primeira Substituição

INDICAÇÕES GERAIS

A declaração Modelo 45 – COMUNICAÇÃO DE DESPESAS DE SAÚDE destina-se a dar cumprimento à obrigação pre-vista nos nºs 2 e 3 do artigo 78.º-C do Código do IRS, para efeitos de determinação do montante suportado a título de despesas de saúde relativamente a prestações de serviços e transmissões de bens cujas faturas não foram já comunicadas à AT ou emitidas no Portal das Finanças.

QUEM DEVE APRESENTAR A DECLARAÇÃOEsta declaração deve ser apresentada:

1. Pelos estabelecimentos públicos de saúde;2. Pelas entidades prestadoras de cuidados de saúde conven-cionadas com o Serviço Nacional de Saúde, por referência às taxas moderadoras por elas cobradas;3. Pelas entidades que não estejam obrigadas a cumprir as obrigações previstas na subalínea i) da alínea b) do n.º 6 do artigo 78.º do Código do IRS, isto é, que não estejam obrigadas à emissão de fatura, fatura-recibo ou recibo, nos termos do Código do IVA, ou da alínea a) do n.º 1 do artigo 115.º do Código do IRS, exceto quando tais entidades emitam e comuniquem faturas (n.º 3 do artigo 78.º - C do Código do IRS) e estejam enquadradas, de acordo com a Classificação Portuguesa das Atividades Económicas, revisão 3 (CAE – Rev.3), aprovada pelo Decreto-Lei n.º 381/2007, de 14 de novembro, nos seguintes setores de atividade:i) Secção Q, classe 86 – Atividade de saúde humana;ii) Secção G, classe 47730 – Comércio a retalho de produtos

farmacêuticos, em estabelecimentos especializados;iii) Secção G, classe 47740 – Comércio a retalho de produtos

médicos e ortopédicos, em estabelecimentos especial-izados;

iv) Secção G, classe 47782 – Comércio a retalho de material ótico em estabelecimentos especializados.

Os estabelecimentos públicos de saúde que, durante o ano a que a declaração respeita, tenham emitido e comunicado faturas, nos termos do Decreto-Lei n.º 197/2012, de 24 de agosto, estão dispensados do envio desta declaração.

QUANDO DEVE SER APRESENTADA A DECLARAÇÃODeve ser apresentada obrigatoriamente por transmissão eletrónica de dados até ao fim do mês de janeiro de cada ano, relativamente às despesas referentes ao ano anterior.

QUADROS 1 a 3 – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO PASSIVONo quadro 1 deve ser indicado o código do serviço de finan-ças da área do domicílio fiscal do sujeito passivo obrigado à entrega da declaração.No quadro 2 deve ser indicado o número de identificação fiscal (NIF) do sujeito passivo obrigado à entrega da declaração.No quadro 3 deve ser indicado o ano a que a declaração respeita.

QUADRO 4 – IDENTIFICAÇÃO DAS DESPESAS E DOS SEUS TITULARES

Campo 1 – Número de identificação fiscalNeste campo deve indicar o NIF do adquirente dos serviços ou dos bens transmitidos, nos termos do artigo 78.º-C do Código do IRS.

Campo 2 – Valor da despesaDeve indicar o montante suportado pelo adquirente identifi-cado através do NIF indicado no campo 1 a título de despesas de saúde, nos termos do artigo 78.º-C do Código do IRS.

Campo 3 – Natureza da despesaA natureza da despesa, enquadrável no artigo 78.º-C do Código do IRS, deve ser identificada de acordo com os seguintes códigos:01 - Taxas moderadoras;02 - Prestações de serviços e transmissões de bens, isentos

de IVA ou tributados à taxa reduzida;03 - Prestações de serviços e transmissões de bens, tributados

à taxa normal de IVA, devidamente justificados através de receita médica.

QUADRO 5 – NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO FISCAL DO TOCEste quadro deve ser preenchido quando a entidade se encontre legalmente obrigada a possuir Técnico Oficial de Contas (TOC), caso em que deve indicar-se o respetivo NIF.

QUADRO 6 – TIPO DE DECLARAÇÃONeste quadro deve ser assinalado o campo 1 caso se trate da primeira declaração do ano, ou assinalado o campo 2 caso se trate de uma declaração que substitui a anteriormente apresentada.No caso de se tratar de declaração de substituição, esta deve conter toda a informação, como se de uma primeira declara-ção se tratasse, visto que os dados nela indicados substituem integralmente os da declaração anterior.

INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO

DECLARAÇÃO MODELO 45

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Boletim do Contribuinte539

JULHO 2015 - Nº 14

INDICAÇÕES GERAIS

A declaração Modelo 46 – COMUNICAÇÃO DE DESPESAS DE FORMAÇÃO E EDUCAÇÃO destina-se a dar cumpri-mento à obrigação prevista nos nºs 5 e 6 do artigo 78.º-D do Código do IRS, para efeitos de determinação do mon-tante suportado a título de despesas de formação e educa-ção relativamente a prestações de serviços e transmissões de bens cujas faturas não foram já comunicadas à AT ou emitidas no Portal das Finanças.Consideram-se despesas de educação e formação (n.º 2 do artigo 78.º-D do Código do IRS), os encargos com o pagamento de:a) Creches;b) Jardins-de-infância;c) Lactários;d) Escolas;e) Estabelecimentos de ensino, f) Outros serviços de educação, desde que as respectivas

prestações de serviços tenham sido realizadas por esta-belecimentos de ensino integrados no sistema nacional de educação ou reconhecidos como tendo fins análo-gos pelos ministérios competentes, ou por entidades reconhecidas pelos ministérios que tutelam a área da formação profissional (n.º 3 do artigo 78.º- D do Có-digo do IRS);

g) Manuas e livros escolares.

QUEM DEVE APRESENTAR A DECLARAÇÃOEsta declaração deve ser apresentada pelas entidades que reúnam as condições mencionadas no n.º 3 do artigo 78.º-D do Código do IRS e tenham efetuado prestações de serviços e transmissões de bens abrangidas pelo n.º 2 do referido artigo, desde que sejam:1. Estabelecimentos públicos que recebam propinas e de-mais encargos considerados despesas de educação e for-mação;2. Entidades que não estejam obrigadas a cumprir as obrigações previstas na subalínea i) da alínea b) do n.º 6 do artigo 78.º do Código do IRS, isto é, que não estejam obrigadas à emissão de fatura, fatura-recibo ou recibo, nos termos do Código do IVA, ou da alínea a) do n.º 1 do artigo 115.º do Código do IRS, exceto quando tais entidades emi-tam e comuniquem faturas (n.º 6 do artigo 78.º-D do Có-digo do IRS) e estejam enquadradas, de acordo com a Clas-sificação Portuguesa das Atividades Económicas, revisão 3 (CAE – Rev.3), aprovada pelo Decreto-Lei n.º 381/2007, de 14 de novembro, nos seguintes setores de atividade:i) Secção P, classe 85 – Educação;ii) Secção G, classe 47610 – Comércio a retalho de livros,

em estabelecimentos especializados;iii) Secção G, classe 88910 – Atividades de cuidados para

crianças sem alojamento.Os estabelecimentos públicos que, durante o ano a que a declaração respeita, tenham emitido e comunicado fa-turas, nos termos do Decreto-Lei n.º 197/2012, de 24 de agosto, estão dispensados do envio desta declaração.

QUANDO DEVE SER APRESENTADA A DECLARAÇÃODeve ser apresentada obrigatoriamente por transmissão eletrónica de dados até ao fim do mês de janeiro de cada ano, relativamente às despesas referentes ao ano anterior.

QUADROS 1 a 3 – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO PASSIVONo quadro 1 deve ser indicado o código do serviço de fi-nanças da área do domicílio fiscal do sujeito passivo obri-gado à entrega da declaração.No quadro 2 deve ser indicado o número de identificação fiscal (NIF) do sujeito passivo obrigado à entrega da de-claração.No quadro 3 deve ser indicado o ano a que a declaração respeita.

QUADRO 4 – IDENTIFICAÇÃO DAS DESPESAS E DOS SEUS TITULARES

Campo 1 – Número de identificação fiscalNeste campo deve indicar o NIF do adquirente dos serviços ou dos bens transmitidos, nos termos do artigo 78.º-D do Código do IRS.

Campo 2 – Valor da despesaDeve indicar o montante suportado pelo adquirente identi-ficado pelo NIF indicado no campo 1, a título de despesas de formação ou educação, nos termos do artigo 78.º-D do Código do IRS.

Campo 3 – Natureza da despesaA natureza da despesa, enquadrável no artigo 78.º-D do Código do IRS, deve ser identificada de acordo com os se-guintes códigos:01 - Propinas e demais encargos recebidos por estabeleci-

mentos públicos;02 - Educação - Prestações de serviços e transmissões de

bens, isentos de IVA ou tributados à taxa reduzida;03 - Formação - Prestações de serviços e transmissões de

bens, isentos de IVA ou tributados à taxa reduzida.

QUADRO 5 – NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO FISCAL DO TOCEste quadro deve ser preenchido quando a entidade se encontre legalmente obrigada a possuir Técnico Oficial de Contas (TOC), caso em que deve indicar-se o respetivo NIF.

QUADRO 6 – TIPO DE DECLARAÇÃONeste quadro deve ser assinalado o campo 1 caso se trate da primeira declaração do ano, ou assinalado o campo 2, caso se trate de uma declaração que substitui a anterior-mente apresentada.No caso de se tratar de declaração de substituição, esta deve conter toda a informação como se de uma primeira declaração se tratasse, visto que os dados nela indicados substituem integralmente os da declaração anterior.

INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO

DECLARAÇÃO MODELO 46COMUNICAÇÃO DE DESPESASDE FORMAÇÃO E EDUCAÇÃO

(n.ºs 5 e 6 do art.º 78.º-D do CIRS)

DECLARAÇÃOMODELO 46

I R S

01

01 01 02

01

NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO FISCALDO DECLARANTE

NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO FISCAL DO TOC TIPO DE DECLARAÇÃO

SERVIÇO DE FINANÇAS DA ÁREA DO DOMICÍLIO FISCAL

IDENTIFICAÇÃO DAS DESPESAS E DOS SEUS TITULARES

2

5 6

01

ANO31

02 0301

4

1

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NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO FISCAL VALOR DA DESPESA NATUREZADA DESPESA

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Primeira Substituição

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Boletim do Contribuinte540JULHO

2015 - Nº 14

INDICAÇÕES GERAIS

A declaração Modelo 47 – COMUNICAÇÃO DE ENCARGOS COM LARES destina-se a dar cumprimento à obrigação pre-vista nos nºs 3 e 4 do artigo 84.º do Código do IRS, para efeitos de determinação do montante suportado a título de encargos com lares relativamente a prestações de serviços e transmissões de bens cujas faturas não foram já comunica-das à AT ou emitidas no Portal das Finanças.Os encargos com lares (n.º 2 do artigo 84.º, do Código do IRS) incluem:

1. Encargos com apoio domiciliário, lares e instituições de apoio à terceira idade dos sujeitos passivos de IRS, bem como com ascendentes e colaterais até ao 3.º grau que não possuam rendimentos superiores à retribuição mínima men-sal garantida;

2. Encargos com lares e residências autónomas para depen-dentes deficientes.

QUEM DEVE APRESENTAR A DECLARAÇÃO

Esta declaração deve ser apresentada:

1. Pelos Estabelecimentos públicos que recebam valores relativos a encargos com lares;

2. Pelas entidades que não estejam obrigadas a cumprir as obrigações previstas na subalínea i) da alínea b) do n.º 6 do artigo 78.º do Código do IRS, isto é, que não estejam obriga-das à emissão de fatura, fatura-recibo ou recibo, nos termos do Código do IVA, ou da alínea a) do n.º 1 do artigo 115.º do Código do IRS, exceto quando tais entidades emitam e comuniquem faturas (n.º 4 do artigo 84.º do Código do IRS) e estejam enquadradas, de acordo com a Classificação Por-tuguesa das Atividades Económicas, revisão 3 (CAE – Rev.3), aprovada pelo Decreto-Lei n.º 381/2007, de 14 de novem-bro, nos seguintes setores de atividade:i) Secção Q, classe 873 – Atividades de apoio social para pes-

soas idosas e com deficiência, com alojamento;ii) Secção Q, classe 8810 – Atividades de apoio social para

pessoas idosas e com deficiência, sem alojamento;

Os estabelecimentos públicos que, durante o ano a que a declaração respeita, tenham emitido e comunicado faturas, nos termos do Decreto-Lei n.º 197/2012, de 24 de agosto, estão dispensados do envio desta declaração.

QUANDO DEVE SER APRESENTADA A DECLARAÇÃOA declaração deve ser apresentada obrigatoriamente por transmissão eletrónica de dados até ao fim do mês de ja-neiro de cada ano, relativamente aos encargos referentes ao ano anterior.

QUADROS 1 a 3 – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO PASSIVONo quadro 1 deve ser indicado o código do serviço de finan-ças da área do domicílio fiscal do sujeito passivo obrigado à entrega da declaração.

No quadro 2 deve ser indicado o número de identificação fiscal (NIF) do sujeito passivo obrigado à entrega da decla-ração.

No quadro 3 deve ser indicado o ano a que a declaração respeita.

QUADRO 4 – IDENTIFICAÇÃO DOS SUJEITOS PASSIVOS E DOS ENCARGOS SUPORTADOSCampo 1 – Número de identificação fiscalNeste campo deve indicar o NIF do adquirente dos serviços ou dos bens transmitidos, nos termos do artigo 84.º do Có-digo do IRS.

Campo 2 – Valor do encargoDeve indicar o montante suportado pelo adquirente identi-ficado através do NIF indicado no campo 1, a título de en-cargos com apoio domiciliário, lares, instituições de apoio à terceira idade e residências autónomas, nos termos do artigo 84.º do Código do IRS.

QUADRO 5 – NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO FISCAL DO TOCEste quadro deve ser preenchido quando a entidade se encontre legalmente obrigada a possuir Técnico Oficial de Contas (TOC), caso em que deve indicar-se o respetivo NIF.

QUADRO 6 – TIPO DE DECLARAÇÃONeste quadro deve ser assinalado o campo 1 caso se trate da primeira declaração do ano, ou assinalado o campo 2, caso se trate de uma declaração que substitui a anteriormente apresentada.No caso de se tratar de declaração de substituição, esta deve conter toda a informação, como se de uma primeira decla-ração se tratasse, visto que os dados nela indicados sub-stituem integralmente os da declaração anterior.

INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO

DECLARAÇÃO MODELO 47

COMUNICAÇÃO DE ENCARGOSCOM LARES

(n.ºs 3 e 4 do art.º 84.º do CIRS)

DECLARAÇÃOMODELO 47

I R S

01

01 01 02

01

NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO FISCALDO DECLARANTE

NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO FISCAL DO TOC TIPO DE DECLARAÇÃO

SERVIÇO DE FINANÇAS DA ÁREA DO DOMICÍLIO FISCAL

IDENTIFICAÇÃO DOS SUJEITOS PASSIVOS E DOS ENCARGOS SUPORTADOS

2

5 6

01

ANO31

0202 0101

4

1 25

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NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO FISCAL

NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO FISCALVALOR DO ENCARGO VALOR DO ENCARGO

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Primeira Substituição

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Boletim do Contribuinte 541JULHO 2015 - Nº 14

LEGISLAÇÃO

Imposto sobre VeículosAquisição de automóveis ligeiros

de passageiros com lotação superior a cinco lugares

Isenção de 50% do ISV para as famílias numerosas

Alteração ao Código do ISV

Lei n.º 68/2015de 8 de julho

(in DR nº 131, I série, de 08.07.2015)

A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte:

ARTIGO 1.ºObjeto

A presente lei altera o Código do Imposto sobre Veículos, aprovado pela Lei n.º 22-A/2007, de 29 de junho, introduzindo uma isenção de 50 % em sede de imposto sobre veículos na aquisição de automóveis ligeiros de passageiros com lotação superior a cinco lugares por sujeitos passivos que compro-vadamente tenham mais de três dependentes a seu cargo, ou, tendo três dependentes a seu cargo, pelo menos dois com idade inferior a 8 anos.

ARTIGO 2.ºAlteração ao Código do Imposto sobre Veículos

O artigo 45.º do Código do Imposto sobre Veículos, apro-vado pela Lei n.º 22-A/2007, de 29 de junho, passa a ter a seguinte redação:

«ARTIGO 45.º[...]

1 - ........................................................................................2 - ........................................................................................a) ........................................................................................b) Antes de apresentado o pedido de introdução no con-

sumo ou pago o imposto pelo operador registado, nos casos a que se referem os artigos 51.º a 54.º e 57.º-A, po-dendo o pedido ser apresentado no prazo de 30 dias após a atribuição de matrícula quando se dê a transformação de veículos que constitua facto gerador do imposto.

3 - ........................................................................................4 - ........................................................................................5 - No caso previsto no artigo 57.º-A, o benefício apenas é

reconhecido a um veículo por agregado familiar.6 - (Anterior n.º 5.)7 - (Anterior n.º 6.)»

ARTIGO 3.ºAditamento ao Código do Imposto sobre Veículos

É aditada à Secção II do Capítulo VI do Código do Imposto sobre Veículos, aprovado pela Lei n.º 22-A/2007, de 29 de junho, a Subsecção II-A com a epígrafe «Famílias numerosas», composta pelos artigos 57.º-A e 57.º-B, com a seguinte redação:

«SUBSECÇÃO II-AFamílias numerosas

ARTIGO 57.º-AConteúdo da isenção

1 - São objeto de uma isenção correspondente a 50 % do montante do imposto sobre veículos na aquisição de automóveis ligeiros de passageiros com lotação superior a cinco lugares:

a) Os agregados familiares que comprovadamente tenham mais de três dependentes a cargo;

b) Os agregados familiares que comprovadamente tenham três dependentes a seu cargo e em que pelo menos dois tenham idade inferior a 8 anos.

2 - Para efeitos do disposto no número anterior, só são con-siderados os automóveis ligeiros de passageiros com emissões específi cas de CO(índice 2) iguais ou inferi-ores a 150 g/km, não podendo a isenção ultrapassar o montante de (euro) 7800.

3 - O reconhecimento da isenção prevista no n.º 1 depende de pedido dirigido à Autoridade Tributária e Aduaneira.

ARTIGO 57.º-BCondições relativas aos agregados familiares

1 - Para efeitos do reconhecimento da isenção prevista no artigo anterior, considera-se agregado familiar os agregados constituídos por uma das seguintes situações:

a) Os cônjuges não separados judicialmente de pessoas e bens e os seus dependentes;

b) Cada um dos cônjuges ou ex-cônjuges, respetivamente, nos casos de separação judicial de pessoas e bens ou de declaração de nulidade, anulação ou dissolução do casamento, e os dependentes a seu cargo;

c) O pai ou a mãe solteiros e os dependentes a seu cargo;d) O adotante solteiro e os dependentes a seu cargo.

2 - Para efeitos do disposto no número anterior, e desde que devidamente identifi cados pelo número fi scal de contribuinte na declaração de rendimentos, consideram-se dependentes:

a) Os fi lhos, adotados e enteados, menores não emancipa-dos, bem como os menores sob tutela;

b) Os fi lhos, adotados e enteados, maiores, bem como aqueles que até à maioridade estiveram sujeitos à tutela de qual-quer dos sujeitos a quem incumbe a direção do agregado familiar, que, não tendo mais de 25 anos nem auferindo anualmente rendimentos superiores ao valor da retribuição mínima mensal garantida, tenham frequentado no ano a que o imposto respeita o 11.º ou 12.º anos de escolaridade, estabelecimento de ensino médio ou superior;

c) Os fi lhos, adotados, enteados e os sujeitos a tutela, maio-res, inaptos para o trabalho e para angariar meios de subsistência, quando não aufi ram rendimentos superi-ores ao salário mínimo nacional mais elevado.»

ARTIGO 4.ºProdução de efeitos

As alterações efetuadas pelo artigo 3.º da presente lei produzem efeitos a partir de 1 de janeiro de 2016.

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Boletim do Contribuinte542

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALJULHO 2015 - Nº 14

Desde 8 de julho, nos acordos de pagamento prestacional, relativamente a dívidas de pessoas coletivas, pode ser au-torizado o pagamento até 150 prestações.

Nos termos da nova redação do art. 13º do Decreto-Lei nº 42/2001, de 9.2 (secções de processo executivo da segurança social), o número máximo de prestações foi alargado de 120 para 150 desde que, cumulativamente, se verifi -quem as seguintes condições:

- a dívida em execução exceda 500 unidades de conta no momento da autorização;

- o executado preste garantia idónea ou requeira a sua isenção e a mesma seja concedida;

- se demonstre notória difi culdade fi nanceira e previsíveis consequên-cias económicas.

Aplicação aos acordos a decorrerDe acordo com o Decreto-Lei nº

128/2015, de 7.7, a possibilidade de re-querer o pagamento até 150 prestações, tratando-se de dívida de pessoa coletiva, aplica-se aos acordos prestacionais atual-mente em curso, mediante a apresentação pelo interessado de requerimento fun-damentado, sujeito a decisão do órgão

pelo qual correm termos os respetivos processos de execução fi scal.

Quanto aos restantes limites de pres-tações autorizadas previstos na lei, no caso de pessoas coletivas, é de:

- 36 prestações quando a dívida exe-quenda é inferior a 5100 euros (50 unidades de conta);

- 60 prestações quando a dívida exequenda exceder 5100 euros (50 unidades de conta).

• Pessoas singularesTratando-se de pessoas singulares

(trabalhadores independentes), o número de prestações mensais pode atingir:

- 60 prestações;- 150 prestações, desde que, cumu-

lativamente:• a dívida exequenda exceda 5100

euros (50 unidades de conta) no momento da autorização;

• o executado preste garantia idónea ou requeira a sua isenção e a mesma seja concedida.

Apresentação de garantiaCaso apresente uma garantia real ou

garantia bancária, o interessado bene-fi ciará de uma redução de 50% na taxa de juro a partir da data da constituição da garantia.

Fórmula de cálculo do valor da garantia:Valor da garantia = (capital em dívida à data do pedido de pagamento em presta-ções + juros em dívida à data do pedido de pagamento em prestações e calculados nos últimos 5 anos + custas em dívida) + 25% da soma destes valores.

Valor da prestação mensalO valor da prestação é constituído por

uma parcela fi xa, o valor de capital em dí-vida a dividir pelo número de prestações aprovadas e uma parcela variável, o valor dos juros de mora em falta, atualizados mensalmente, a dividir pelo número de prestações aprovadas.

Quando a dívida é paga em presta-ções, o prazo máximo de contagem de juros de mora é de 8 anos.

Fórmula de cálculo do valor da pres-tação mensal:Valor prestação = (valor do capital em dí-vida/nº de prestações aprovadas) + (valor juros de mora atualizado mensalmente/nº de prestações aprovadas)

Prazo para requerer pagamento em prestações

Desde o conhecimento da dívida através da citação, até à publicação do anúncio de venda de bens (no âmbito do processo de penhora).

(Decreto-Lei nº 42/2001, de 9.2 – criação das secções de processo executivo do sistema de solidariedade e segurança social e regras especiais daquele processo).

DÍVIDAS À SEGURANÇA SOCIAL DAS PESSOAS COLETIVAS

Número de prestações alargado para 150

A Portaria nº 200/2015, de 10.7, procedeu à atualização das normas do Programa Formação-Algarve, cons-tante da Portaria nº 297/2012, de 28.9, concretizando a edição para o período 2015/2016.

Nos termos da nova portaria, são destinatários daquele Programa os trabalhadores dos empregadores can-didatos, que se encontrem vinculados através de contrato de trabalho a termo certo ou a termo incerto, cujo prazo de duração termine entre 1 de setembro e 30 de novembro de 2015.

PROGRAMA FORMAÇÃO-ALGARVERegras da edição para o período 2015/2016

A atribuição do apoio fi nanceiro ao empregador depende da verifi cação, até 1 de dezembro de 2015, de um dos se-guintes requisitos, relativamente a cada trabalhador objeto do apoio:

- a renovação dos contratos de traba-lho a termo certo dos trabalhadores abrangidos pelo Programa por um prazo mínimo de 12 meses, poden-do, para este efeito, ser aplicável o regime de renovação extraordi-nária previsto no art. 2º da Lei nº 76/2013, de 7.11;

- a conversão de contrato de trabalho a termo certo ou a termo incerto em contrato de trabalho sem termo.

A formação deve decorrer no perío-do compreendido entre 1 de outubro de 2015 e 31 de maio de 2016.

A duração total dos percursos de formação varia entre 300 e 600 horas e decorre durante o período normal de trabalho.

No caso de a formação ser realizada, total ou parcialmente, fora do período normal de trabalho, o trabalhador tem direito a uma redução equivalente do tempo de trabalho.

As regras da Portaria nº 200/2015 aplicam-se apenas às candidaturas apre-sentadas a partir de 11 de julho de 2015.

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Boletim do Contribuinte 543

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALJULHO 2015 - Nº 14

Nas situações de desemprego de lon-ga duração devidamente comprovadas e após esgotado o período de atribuição dos subsídios de desemprego ou social de desemprego inicial, a idade de acesso à pensão de velhice pode ser antecipada para os:

• 57 anos se, à data do desemprego, o benefi ciário tiver:- 22 anos civis com registo de remu-

nerações e- idade igual ou superior a 52 anos.

Neste caso, ao cálculo da pensão de velhice é aplicada uma taxa de redução, por referência ao período de antecipação, até aos 62 anos de idade.

• 62 anos se o benefi ciário tiver:- o prazo de garantia exigido para a

pensão e

- idade igual ou superior a 57 anos, à data do desemprego.

Os beneficiários nestas condições podem optar pelo regime supra referido (antecipação para os 57 anos), desde que, à data do desemprego, tenham, pelo menos, 22 anos com registo de remunerações.

Nas situações em que o desemprego decorra de cessação do contrato de traba-lho por acordo, ao montante da pensão de velhice é aplicada uma redução adicional que será anulada quando o benefi ciário (pensionista) atingir 65 anos de idade.

O subsídio social de desemprego pode ser prolongado até à idade de aces-so à pensão de velhice antecipada, se o benefi ciário, à data do:

SITUAÇÕES DE DESEMPREGOAntecipação da idade da reforma

- desemprego, tiver idade igual ou superior a 52 anos;

- prolongamento, preencher as con-dições de atribuição do subsídio social de desemprego (condição de recursos).

Cálculo do valor da pensãoPara simular o cálculo da pensão de

velhice, seja ou não antecipada (bem como para saber qual será o valor da pensão num ano futuro), pode utilizar--se o simulador de cálculo de pensões disponibilizado no Portal da Segurança Social (www.seg-social.pt), no menu “Simulações”, selecionar “Pensões”, ou o serviço on-line Segurança Social Direta com acesso no site da Segurança Social.

Nota: na simulação é aplicada a fórmula geral de cálculo de pensão, não estando contempladas situações especiais de cálculo, como por exemplo as de pensão unifi cada.

(Decreto-Lei nº 220/2006, de 3.11, arts. 57º a 59º)

O pagamento dos valores devidos à Segurança Social, no caso de pagamento voluntário e/ou pagamento de docu-mentos previamente emitidos, pode ser realizado nas Tesourarias do Sistema de Segurança Social, nos seguintes termos:

- até 150 euros, se efetuado em nu-merário;

- sem qualquer limite quanto ao seu montante se o pagamento for rea-lizado através de cheque visado, cheque bancário, cheque emitido pela Agência de Gestão da Tesou-raria e da Dívida Pública (IGCP) ou terminal de pagamento automático, quando disponível.

Ficam excluídos os valores devidos não abrangidos pelo meio de pagamento Multibanco (pensões, rendas, comparti-cipações de estabelecimentos integrados

e outros), sendo nestes casos admissível o pagamento sem limite de valor, inde-pendentemente do meio utilizado.

Cheque: requisitos a observar• todos os cheques devem ser emiti-

dos à ordem do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social;

• apenas podem ser aceites cheques a sacar sobre instituições de crédito a operar em território nacional;

• somente podem ser aceites cheques com data de emissão do próprio dia ou dos dois dias úteis imediatamen-te anteriores;

• o registo de cheques recebidos por via postal deve considerar como data de cobrança a data de entrada dos valores nos serviços da Segu-rança Social responsáveis pela re-ceção da correspondência, devendo a data de emissão corresponder à

data do registo nos CTT ou aos dois dias úteis imediatamente anteriores;

• deverá ser sempre garantida a verificação da regularidade de preenchimento dos cheques, de acordo com as regras gerais sobre o cheque, difundidas pelo Banco de Portugal, qualquer que seja o canal de recebimento;

• para efeitos de apuramento do limi-te do valor do cheque, devem ser considerados os valores em débito e respetivos juros.

Cheque visado ou cheque bancárioO uso de cheque visado ou cheque

bancário é sempre obrigatório, tratando--se de:

- resgate de cheques incobráveis, independentemente da natureza do pagamento;

- utilização de um único cheque para pagamento de contribuições de mais do que um contribuinte;

- utilização de um único cheque para pagamento de reposições de mais do que um benefi ciário.

(Despacho nº 15283/2013, de 22.11 - 2ª série do DR; Decreto Regulamentar nº 1-A/2011, de 3.1, art. 75º)

SEGURANÇA SOCIALRegras de pagamento de contribuições, quotizações

e juros de mora

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Boletim do Contribuinte544JULHO 2015 - Nº 14

JURISPRUDÊNCIATRABALHO

Conceito de retribuiçãoPrestações excluídas

1. Considerando a lei como retribuição (art. 258º do Có-digo do Trabalho) a prestação a que o trabalhador tem direito em contrapartida do seu trabalho – nela se compreendendo, além da retribuição base, as prestações regulares e periódicas feitas, direta ou indiretamente, em dinheiro ou em espécie –, não cabem na dimensão normativa da previsão, mesmo na perspetiva de prestações indiretas, as contribuições feitas pelo empregador a um fundo de pensões (que, além de não serem feitas ao trabalhador, sempre teriam de assumir feição de contrapartida da prestação do trabalho).

2. Não assume natureza retributiva o prémio de produ-tividade cuja atribuição estava dependente da avaliação da produtividade e do desempenho profi ssional dos trabalhadores, num ciclo temporal anual, excluída estando, em função desses fatores, a antecipada garantia do direito ao seu pagamento.

3. Resultando provado que a utilização da viatura de ser-viço, em termos de uso total, constituía mera tolerância ou liberalidade do empregador, não pode concluir-se pela sua natureza retributiva.

4. Estabelecido pelo empregador um limite mensal para a utilização do telemóvel e da internet – limite esse estipulado para cobrir, em regra, as necessidades atinentes ao exercício da sua atividade profi ssional, suportando o trabalhador o respetivo pagamento se excedido o plafond pré-determinado – não pode concluir-se pelo carácter retributivo dessas prestações.

5. O subsídio de alimentação, embora assuma, na maioria dos casos, natureza regular e periódica, só é considerado retri-buição na parte que exceda os montantes normalmente pagos a esse título, sendo mister para o efeito, por isso, a alegação e prova, por banda do trabalhador, de que o mesmo excedia os valores que normalmente eram pagos a esse título.

(Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça, de 26 de maio de 2015, pu-blicado no número de junho/2015, da revista Trabalho & Segurança Social e disponível em www.dgsi.pt)

InsolventeLegitimidade para impugnação

do despedimento

1. O trabalhador que pretenda impugnar o despedimento e que tenha entretanto sido declarado insolvente, tem legiti-midade para, por si, intentar a ação.

2. Pode valorar-se o depoimento de parte do trabalhador pe-dido por um dos réus na sua contestação própria, depoimento que confessa que não foi contratado por esse réu, na medida em que essa confi ssão não é favorável aos interesses do trabalhador, inde-pendentemente de não ser favorável aos interesses do outro réu.

3. Na ação de impugnação do despedimento, “despediu verbalmente” corresponde a uma conclusão de direito, a extrair

dos factos respetivos a ela conducentes, devendo a mesma dar-se por não escrita e eliminar-se do rol dos factos provados.

(Acórdão do Tribunal da Relação do Porto, de 13 de abril de 2015, publicado no número de maio/2015, da revista Trabalho & Segurança Social e disponível em www.dgsi.pt)

Horário de trabalhoAlteração unilateral

1. Competindo ao empregador defi nir, no âmbito do seu poder de direção, os horários de trabalho dos trabalhadores ao seu serviço, dentro dos condicionalismos legais, a sua alteração só não pode ser unilateralmente determinada nos casos em que os horários tenham sido individualmente acordados.

2. Estando demonstrado que a empregadora, no decurso da negociação do AE (acordo de empresa), manifestou a intenção de proceder à alteração dos horários de trabalho após a entrada em vigor desse AE, e visto o acordado teor da sua cláusula 40.ª, nada obsta à alteração dos horários em causa, implementada, em conformidade, pela empregadora.

3. É irrelevante, neste âmbito, a circunstância de a empre-gadora ter permitido, em períodos anteriores à negociação e publicação do referido AE, que os trabalhadores cumprissem tempos de trabalho inferiores aos ali estabelecidos, porquanto o uso da empregadora cede perante o negociado no AE.

(Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça, de 16 de junho de 2015, pu-blicado no número de julho/2015, da revista Trabalho & Segurança Social e disponível em www.dgsi.pt)

Contrato de trabalho a termoContratos sucessivos

1. A sucessão de contratos a termo é regulada no Código do Trabalho de 2009 de modo a impedir uma espiral da contra-tação a termo, pretendendo o legislador evitar que a cessação dum contrato de duração limitada seja seguida duma nova contratação a termo, seja do mesmo ou doutro trabalhador, implicando esta violação a conversão do contrato em contrato de duração indeterminada, conforme advém do art. 147º, nº 1, al. d), do mesmo diploma.

2. Face ao disposto no nº 1 do art. 143º do CT, a proibição de celebração de sucessivos contratos a termo depende da existência dos seguintes requisitos:

a) que a cessação do primeiro contrato seja devida a razões não imputáveis ao trabalhador;

b) inexistência dum período de espera correspondente a um terço da duração do contrato anterior;

c) esta proibição só vale para as situações em que se pretende o preenchimento do mesmo posto de trabalho.

3. Afetar um trabalhador a um determinado posto de tra-balho signifi ca encarregá-lo da realização de um conjunto de tarefas que, mercê do processo de divisão e organização de trabalho, foram, em dado momento, autonomizadas no seio da organização produtiva, não bastando o exercício das mesmas funções para que se possa concluir pela existência do mesmo posto de trabalho, pois a ideia de individualização do posto de trabalho (um posto, um homem) liga-o às funções prestadas por um trabalhador num determinado contexto organizativo e numa concreta estrutura hierárquica em que esteja inserido. (...)

(Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça, de 26 de maio de 2015, dis-ponível em www.dgsi.pt)

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Boletim do Contribuinte 545JULHO 2015 - Nº 14

Formação Vida Económicasetembro/outubro

Ana Rita Bessa (Dep. Formação) Vida Económica - Editorial SA. Tlf: 223 399 427/00 | Fax: 222 058 098Email: [email protected]

Porto• Finanças para Não Financeiros

16 e 17 Setembro

• Regime Jurídico da Formação

Profissional

21 de Setembro

• Contabilidade Analítica e de Gestão

- O essencial

21 e 22 Setembro

• O Essencial do Balanced Scorecard

28 Setembro

• Como Recuperar e Relançar uma

Empresa em termos Económicos

e Financeiros

05 e 6 de Outubro

• Investimento Privado em Angola:

O Fim do “Regime” de 1 Milhão

20 Outubro

• Controlo de Gestão nas PME’s

- Uma abordagem prática

22 e 23 Outubro

Lisboa• Regime Jurídico da Formação

Profissional

11 de Setembro

• Contabilidade Geral

18 Setembro

• Contabilidade Analítica e Gestão

- O essencial

24 e 25 Setembro

• Essencial do Balanced Scorecard

29 Setembro

• O Controlo de Gestão nas PME’s

- Uma abordagem prática

08 e 9 Outubro

• Investimento Privado em Angola:

O Fim do “Regime” de 1 Milhão

08 Outubro

• Finanças para Não Financeiros

15 e 16 Outubro

• Processamento Salarial

26 e 27 Outubro

Page 30: Reforma do arrendamento urbano Aprovado o regime de ... · JULHO † 2ª QUINZENA ANO 83º † 2015 † No 14 O regime do subsídio de renda a atribuir aos arren-datários com contratos

JULHO 2015 - Nº 14

Boletim do Contribuinte546

REGULAMENTAÇÃO DO TRABALHO

Compilação de sumários do Boletim do Trabalho e Emprego, 1ª Série, nº 25 e 26, de 2015

Adegas Cooperativas- Contrato coletivo entre a ADCP - Associação

das Adegas Cooperativas de Portugal e a Federação dos Sindicatos da Indústria e Serviços - FETESE - Alteração salarial e outras

(Bol. do TE, nº 25, de 8.7.2015)Agricultura

- Acordo coletivo entre a Associação de Re-gantes e Beneficiários do Vale do Sorraia e outras e o Sindicato da Agricultura, Alimentação e Florestas - SETAA - Alteração salarial e outras

(Bol. do TE, nº 26, de 15.7.2015)Banca

- Acordo coletivo entre o Banco Comercial Português, SA e outros e a Federação dos Sindi-catos Independentes da Banca - FSIB – Alteração

(Bol. do TE, nº 25, de 8.7.2015)Combustíveis

- Acordo de empresa entre a Petróleos de Por-tugal - PETROGAL, SA e a Federação de Sindicatos da Indústria, Energia e Transportes - COFESINT e outros - Alteração salarial e outras

(Bol. do TE, nº 25, de 8.7.2015)- Portaria de extensão do contrato coletivo

entre a Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis - ANAREC e a FEPCES - Federação Portuguesa dos Sindicatos do Comércio, Escritó-rios e Serviços e outras

(Bol. do TE, nº 26, de 15.7.2015)- Acordo de empresa entre a Petróleos de

Portugal - PETROGAL, SA e a Federação dos Sin-dicatos da Indústria e Serviços - FETESE e outros - Alteração salarial e outras

(Bol. do TE, nº 26, de 15.7.2015)Comércio, Escritórios e Serviços - Portaria de extensão do contrato coletivo

entre a Associação Comercial do Distrito de Aveiro (ACA) e o CESP - Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal e outro

(Bol. do TE, nº 25, de 8.7.2015)- Portaria de extensão das alterações do

contrato coletivo entre a Associação do Comér-cio e Serviços do Distrito de Setúbal e outra e o CESP - Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal e outro

(Bol. do TE, nº 26, de 15.7.2015)Conservas de Peixe

- Portaria de extensão das alterações do contrato coletivo entre a Associação Nacional dos Industriais de Conservas de Peixe (ANICP) e

a FESAHT - Federação dos Sindicatos da Agricul-tura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal e outros

(Bol. do TE, nº 26, de 15.7.2015)Imprensa

- Contrato coletivo entre a AIND - Associação Portuguesa de Imprensa e a Federação dos Sindi-catos da Indústria e Serviços - FETESE - Integração em níveis de qualificação

(Bol. do TE, nº 26, de 15.7.2015)Industriais de Bolachas

- Contrato coletivo entre a AIBA - Associação dos Industriais de Bolachas e Afins e a FESAHT - Federação dos Sindicatos da Agricultura, Alimen-tação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (pessoal fabril, de apoio e manutenção) - Alteração salarial e outras e texto consolidado

(Bol. do TE, nº 25, de 8.7.2015)- Contrato coletivo entre a AIBA - Associação

dos Industriais de Bolachas e Afins e a Federação de Sindicatos da Indústria, Energia e Transportes - COFESINT (pessoal fabril, de apoio e manutenção) - Alteração salarial e outras e texto consolidado

(Bol. do TE, nº 25, de 8.7.2015)Industriais de Calçado

- Portaria de extensão do contrato coletivo e suas alterações entre a Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes e Artigos de Pele e Seus Sucedâneos - APICCAPS e a Federação de Sindicatos da Indústria, Energia e Transportes - COFESINT e outra, e das alterações do contrato coletivo entre a mesma associação de empregado-res e a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores Têxteis, Lanifícios, Vestuário, Calçado e Peles de Portugal - FESETE

(Bol. do TE, nº 26, de 15.7.2015)Industriais de Tripas

- Contrato coletivo entre a ITA - Associação Portuguesa dos Industriais de Tripas e Afins e a FESAHT - Federação dos Sindicatos da Agricul-tura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal - Integração em níveis de qualificação

(Bol. do TE, nº 26, de 15.7.2015)

Siglase

Abreviaturas

Feder. - FederaçãoAssoc. - AssociaçãoSind. - SindicatoInd. - IndústriaDist. - DistritoCT - Comissão Técnica

CCT - Contrato Coletivo de TrabalhoACT - Acordo Coletivo de TrabalhoPRT - Port. de Regulamentação de TrabalhoPE - Port. de ExtensãoAE - Acordo de Empresas

- Contrato coletivo entre a ITA - Associação Portuguesa dos Industriais de Tripas e Afins e o Sindicato do Comércio, Escritórios, Serviços, Alimentação, Hotelaria e Turismo (SinCESAHT) - Integração em níveis de qualificação

(Bol. do TE, nº 26, de 15.7.2015)Papel e Cartão

- Contrato coletivo entre a Associação Portu-guesa de Fabricantes de Papel e Cartão (FAPEL) e a Federação dos Sindicatos da Indústria e Serviços - FETESE - Alteração salarial

(Bol. do TE, nº 26, de 15.7.2015)Produtos Alimentares

- Aviso de projeto de portaria de extensão das alterações do contrato coletivo entre a Associa-ção dos Distribuidores de Produtos Alimentares (ADIPA) e outras e a Federação dos Sindicatos da Indústria e Serviços – FETESE

(Bol. do TE, nº 26, de 15.7.2015)Produtos Químicos e Farmacêuticos- Aviso de projeto de portaria de extensão dos

contratos coletivos e alterações em vigor entre a GROQUIFAR - Associação de Grossistas de Pro-dutos Químicos e Farmacêuticos e a Federação de Sindicatos da Indústria, Energia e Transportes – COFESINT e outra, e entre a mesma associação de empregadores e a Federação dos Sindicatos da Indústria e Serviços - FETESE (comércio por grosso de produtos químicos para a indústria ou agricultura)

(Bol. do TE, nº 26, de 15.7.2015)- Aviso de projeto de portaria de extensão

do contrato coletivo e alterações em vigor entre a GROQUIFAR - Associação de Grossistas de Produtos Químicos e Farmacêuticos e a FEPCES - Federação Portuguesa dos Sindicatos do Comércio, Escritórios e Serviços e outra (comércio por grosso de produtos químicos para indústria ou agricultura)

(Bol. do TE, nº 26, de 15.7.2015)Transportes Aéreos

- Acordo de empresa entre a TAP - Trans-portes Aéreos Portugueses, SA e o Sindicato dos Técnicos de Manutenção de Aeronaves - SITEMA - Alteração (integração de protocolo)

(Bol. do TE, nº 26, de 15.7.2015)Transportes Ferroviários

- Acordo de adesão entre a Rede Ferroviária Nacional - REFER, EPE e o FENTCOP - Sindicato Nacional dos Transportes, Comunicações e Obras Públicas ao acordo de empresa entre a mesma empresa e o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário

(Bol. do TE, nº 25, de 8.7.2015)

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Código da Insolvência e da Recuperação de EmpresasAnotado 4ª EdiçãoUma obra que se impõe por força da publicação do Decreto-Lei n.º 26/2015, de 6 de Fevereiro em virtude das alterações introduzidas ao Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas e ao Decreto-Lei nº 178/2012, de 3 de Agosto, que aprovou o SIREVE.

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Page 31: Reforma do arrendamento urbano Aprovado o regime de ... · JULHO † 2ª QUINZENA ANO 83º † 2015 † No 14 O regime do subsídio de renda a atribuir aos arren-datários com contratos

Boletim do Contribuinte 547JULHO 2015 - Nº 14

1.ª SÉRIE - DIÁRIO DA REPÚBLICA - JULHO/2015

COMPILAÇÃO DE SUMÁRIOS - 1ª QUINZENA (De 1 a 14 de julho de 2015)

Dec. Legisl. Reg. n.º 5/2015/M, de 10.7 - Se-gunda alteração ao Dec. Legisl. Reg. da Madeira n.º 25/2013/M, de 17 de julho, que regula os concursos para seleção e recrutamento do pessoal docente da educação, dos ensinos básico e secundário e do pessoal docente especializado em educação e ensino especial na Região Autónoma da MadeiraEuro - Mecanismo Europeu de Estabilidade

Aviso n.º 49/2015, de 1.7 - Torna público que o Secretário-geral do Conselho da União Europeia notificou, pelas notas n.º SGS14/03897, de 28 de fevereiro de 2014, e n.º SGS15/01817, de 12 de fevereiro de 2015, a adesão, respetivamente, da República da Letónia e da República da Lituânia ao Tratado que cria o Mecanismo Europeu de Estabili-dade entre o Reino da Bélgica, a República Federal da Alemanha, a República da Estónia, a Irlanda, a República Helénica, o Reino de Espanha, a República Francesa, a República Italiana, a República de Chipre, o Grão-Ducado do Luxemburgo, Malta, o Reino dos Países Baixos, a República da Áustria, a República Portuguesa, a República da Eslovénia, a República da Eslováquia e a República da Finlândia, assinado em Bruxelas em 2 de fevereiro de 2012Habitação

Res. Cons. Min. n.º 48/2015, de 15.7 - Aprova a Estratégia Nacional para a Habitação para o pe-ríodo de 2015-2031

Port. n.º 208/2015, de 15.7 - Aprova os Es-tatutos do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, I. P., e revoga a Port. n.º 324/2012, de 16 de outubroImposto sobre veículos

Lei n.º 68/2015 (1), de 8.7 - Altera o Código do Imposto sobre Veículos, aprovado pela Lei n.º 22-A/2007, de 29 de junho, introduzindo uma isenção de 50 % em sede de imposto sobre veículos para as famílias numerosas

Dec. Regul. Reg. n.º 5/2015/M, de 8.7 - Apro-va a orgânica da Secretaria Regional de Agricultura e PescasIncentivos - sistema de gestão e controlo dos fundos europeus

Res. Cons. Min. n.º 46/2015, de 9.7 - Aprova o sistema de gestão e controlo dos fundos europeus do Quadro Financeiro Plurianual 2014-2020 no domínio dos assuntos internosInstituições financeiras

Lei n.º 66/2015, de 6.7 - Terceira alteração ao DL n.º 27-C/2000, de 10 de março, trigésima sexta alteração ao Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo DL n.º 298/92, de 31 de dezembro, quinta alteração ao DL n.º 454/91, de 28 de dezembro, simplificando e padronizando o comissionamento de contas de depósito à ordem, e primeira alteração à Lei n.º 23-A/2015, de 26 de marçoIRS

Lei n.º 67/2015(1), de 6.7 - Altera o Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares, aprovado pelo DL n.º 442-A/88, de 30 de novembro, alargando o âmbito da dedução das despesas de saúde e clarificando as relativas a despesas com creches

Port. n.º 201-A/2015(1), de 10.7 – (Supl.) - Aprova a declaração Modelo n.º 37 - Juros e Amortizações de Habitação Permanente, prémios

de Seguros comparticipações em despesas de saúde, planos de Poupança Reforma (PPR) e Fundos de Pensões e Regimes Complementares - e respetivas instruções de preenchimento

Port. n.º 201-B/2015(1), de 10.7 – (Supl.) - Aprova as declarações modelo 45 (comunicação de despesas de saúde), modelo 46 (comunicação de despesas de educação e formação), modelo 47 (comu-nicação de encargos com lares) e respetivas instruções de preenchimento, previstas no Código do IRSLiteracia financeira

Res. Assemb. Rep. n.º 75/2015, de 3.7 - Re-comenda ao Governo a implementação de medidas urgentes que conduzam ao aumento da literacia financeira no curto prazoNavegação marítima

Dec. Pres. Rep. n.º 50/2015, de 8.7 - Ratifica o Protocolo de 2005 Relativo à Convenção para a Supressão de Atos Ilícitos contra a Segurança da Navegação Marítima, adotado em Londres em 14 de outubro de 2005

Res. Assemb. Rep. n.º 77/2015, de 8.7 - Apro-va o Protocolo de 2005 relativo à Convenção para a Supressão de Atos Ilícitos contra a Segurança da Navegação Marítima, adotado em Londres, em 14 de outubro de 2005Ordenamento da orla costeira e regime san-cionatório

DL n.º 132/2015, de 9.7 - Procede à primeira alteração ao DL n.º 159/2012, de 24 de julho, que regula a elaboração e a implementação dos planos de ordenamento da orla costeira e estabelece o regime sancionatório aplicável às infrações praticadas na orla costeira, no que respeita ao acesso, circulação e permanência indevidos em zonas interditas e respetiva sinalizaçãoOrganismos de Investimento Coletivo

DL n.º 124/2015, de 7.7 - Consagra medi-das nacionais para a transposição da Diretiva n.º 2011/61/UE, de 8 de junho, da Dir. n.º 2013/14/UE, de 21 de maio, da Dir. n.º 2014/51/UE, de 16 de abril, e da Dir. n.º 2003/71/CE, de 4 de novembro, todas do PE e do Conselho, alterando--se respetivamente o regime jurídico dos fundos de pensões, aprovado pelo DL n.º 12/2006, de 20 de janeiro, o Código dos Valores Mobiliários, em matéria de prospeto a publicar em caso de oferta pública de valores mobiliários ou da sua admissão à negociação, e o Regime Geral dos Organismos de Investimento Coletivo no âmbito da prestação das atividades transfronteiriças dos gestores de organismo de investimento alternativosProteção de Crianças e Jovens

Res. Assemb. Rep. n.º 73/2015, de 2.7 - Reco-menda ao Governo medidas a acolher na alteração da lei que regula as Comissões de Proteção de Crianças e Jovens, bem como na alteração dos normativos legais constantes do Código Civil rela-tivos à adoção e à criação de um regime jurídico do processo de adoçãoProteção dos idosos

Res. Assemb. Rep. n.º 70/2015, de 1.7 - Re-comenda a adoção de medidas de promoção dos direitos das pessoas idosas e de proteção relativa-mente a formas de violência, solidão e abusoSupervisão financeira

Res. Assemb. Rep. n.º 72/2015, de 2.7 - Re-comenda ao Governo a implementação de medidas

que promovam e garantam uma eficiente colabo-ração e articulação entre as várias entidades de supervisão financeira - Banco de Portugal, Comissão do Mercado de Valores Mobiliários e Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de PensõesTrabalho e Segurança Social

Port. n.º 198/2015, de 6.7 - Fixa o número máximo de estagiários a selecionar anualmente e estabelece os prazos das candidaturas e a data de início dos estágios no âmbito do Programa de Está-gios Profissionais na Administração Pública Central

DL n.º 128/2015, de 7.7 - Procede à oitava alteração ao DL n.º 42/2001, de 9 de fevereiro, que cria as secções de processo executivo do sistema de solidariedade e segurança social, define as regras especiais daquele processo e adequa a organização e a competência dos tribunais administrativos e tributários

Port. n.º 200/2015, de 10.7 - Terceira altera-ção à Port. n.º 297/2012, de 28 de setembro, que cria o Programa Formação-AlgarveTransportes

Res. Assemb. Rep. n.º 84/2015, de 9.7 - Trans-porte por ferryboat entre o continente e a MadeiraTransporte marítimo – Convenção de Atenas

Decreto n.º 13/2015, de 14.7 - Aprova, para adesão, o Protocolo de 2002 à Convenção de Atenas sobre o Transporte Marítimo de Passageiros e suas Bagagens por Mar, adotado em Londres, em 1 de novembro de 2002União Europeia

Res. Assemb. Rep. n.º 91/2015, de 14.7 - Apreciação do Relatório sobre Portugal na União Europeia 2014Valores mobiliários

DL n.º 124/2015, de 7.7 - Consagra medi-das nacionais para a transposição da Diretiva n.º 2011/61/UE, de 8 de junho, da Diretiva n.º 2013/14/UE, de 21 de maio, da Diretiva n.º 2014/51/UE, de 16 de abril, e da Diretiva n.º 2003/71/CE, de 4 de novembro, todas do Parlamento Europeu e do Conselho, alterando-se respetivamente o regime jurídico dos fundos de pensões, aprovado pelo DL n.º 12/2006, de 20 de janeiro, o Código dos Valores Mobiliários, em matéria de prospeto a publicar em caso de oferta pública de valores mobiliários ou da sua admissão à negociação, e o Regime Geral dos Organismos de Investimento Coletivo no âmbito da prestação das atividades transfronteiriças dos gestores de organismo de investimento alternativosVeículos a GPL

Port. n.º 196-B/2015, de 2.7 – (Supl.) - Apro-va os modelos de vinhetas/dísticos identificadores, bem como anotação da conformidade da instalação, dos veículos que utilizam gás de petróleo liquefeito (GPL) ou gás natural comprimido (GNC) ou gás natural liquefeito (GNL) como combustívelZona Franca da Madeira

Lei n.º 64/2015(2), de 1.7 - Aprova o novo regime especial aplicável às entidades licenciadas na Zona Franca da Madeira a partir de 1 de janeiro de 2015, e altera o Estatuto dos Benefícios Fiscais, aprovado pelo DL n.º 215/89, de 1 de Julho

(Continuação da pág. 548)

1 - Transcrito neste número.2 - Publicado no último número.

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JULHO 2015 - Nº 14

Boletim do Contribuinte548

R. Gonçalo Cristóvão, 14, r/c - 4000-263 PortoTelf. 223 399 400 • Fax 222 058 098

www.boletimdocontribuinte.ptImpressão: Uniarte Gráfica, S.A.Nº de registo na DGCS 100 299

Depósito Legal nº 33 444/89

Boletim do ContribuinteEditor: João Carlos Peixoto de Sousa

Proprietário: Vida Económica - Editorial, S.A.

1.ª SÉRIE - DIÁRIO DA REPÚBLICA - JULHO/2015

COMPILAÇÃO DE SUMÁRIOS - 1ª QUINZENA (De 1 a 14 de julho de 2015)

Administração PúblicaPort. n.º 198/2015, de 6.7 - Fixa o número

máximo de estagiários a selecionar anualmente e estabelece os prazos das candidaturas e a data de início dos estágios no âmbito do Programa de Está-gios Profissionais na Administração Pública CentralAgricultura

Dec. Legisl. Reg. n.º 4/2015/M, de 1.7 - Define as condições de aplicação do Programa de Desenvolvimento Rural para a Região Autónoma da Madeira - PRODERAM 2020

Port. n.º 199/2015, de 6.7 - Estabelece o regime de aplicação do apoio 6.2.2, «Restabeleci-mento do potencial produtivo», inserido na ação n.º 6.2, «Prevenção e restabelecimento do poten-cial produtivo», da medida n.º 6, «Gestão do risco e restabelecimento do potencial produtivo», do Programa de Desenvolvimento Rural do Continente

Port. n.º 201/2015, de 10.7 - Estabelece o regime de aplicação da operação n.º 3.4.2, «Melhoria da eficiência dos regadios existentes», inserido na ação n.º 3.4, «Infraestruturas coletivas», da medida n.º 3, «Valorização da produção agrícola», integrada na área n.º 2, «Competitividade e organização da produção», do Programa de Desenvolvimento Rural do ContinenteAgricultura e florestas - Proteção fitossanitária

DL n.º 123/2015, de 3.7 - Procede à primeira alteração ao DL n.º 95/2011, de 8 de agosto, que estabelece medidas extraordinárias de proteção fitossanitária indispensáveis ao controlo do ne-mátodo da madeira do pinheiro, conformando-o com as Decisões de Execução nºs 2012/535/UE, da Comissão, de 26.9.2012, e 2015/226/UE, da Comissão, de 11.2.2015Águas residuais urbanas

DL n.º 133/2015, de 13.7 - Procede à sétima alteração ao DL n.º 152/97, de 19.6, que transpôs a Diretiva n.º 91/271/CEE, do Conselho, de 21.5, rela-tivamente ao tratamento de águas residuais urbanasAmbiente

Aviso n.º 50/2015, de 3.7 - Torna público que a República Portuguesa depositou, de acordo com o disposto no n.º 4 do artigo 14.º da Convenção sobre a Avaliação dos Impactes Ambientais Num Contexto Transfronteiras, o seu instrumento de ratificação da Emenda adotada pela Decisão II/14 na Segunda Conferência das Partes, realizada em Sófia, na Bulgária, em 27.2.2001

Res. Cons. Min. n.º 45/2015, de 7.7 - Aprova a Política Nacional de Arquitetura e PaisagemApicultura

DL n.º 126/2015, de 7.7 - Transpõe a Dire-tiva n.º 2014/63/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15.5.2014, que altera a Diretiva n.º 2001/110/CE, de 20.12, relativa ao mel, e procede à primeira alteração ao DL n.º 214/2003, de 18.9

Res. Assemb. Rep. n.º 74/2015, de 3.7 - Re-comenda ao Governo a implementação de medidas de proteção e apoio à atividade apícolaBenefícios fiscais - Zona franca da Madeira

Lei n.º 64/2015(2), de 1.7 - Aprova o novo regime especial aplicável às entidades licenciadas na Zona Franca da Madeira a partir de 1 de janeiro de 2015, e altera o Estatuto dos Benefícios Fiscais, aprovado pelo DL n.º 215/89, de 1.7Comércio de bens e tecnologias de dupla utilização

DL n.º 130/2015, de 9.7 - No uso da autoriza-ção legislativa concedida pela Lei n.º 82-B/2014, de

31.12, adota as medidas necessárias à aplicação do Regulamento (CE) n.º 428/2009, do Conselho, de 5 de maio, e da Ação Comum n.º 2000/401/PESC, do Conselho, de 22 de junho, relativos ao regime de controlo das exportações, transferências, cor-retagem, trânsito e assistência técnica de produtos de dupla utilizaçãoContratos coletivos do trabalho

Port. n.º 196/2015, de 1.7 - Determina a extensão do contrato coletivo entre a ACA - Associação Comercial do Distrito de Aveiro e o CESP - Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal e outro

Port. n.º 203/2015, de 13.7 - Determina a extensão das alterações do contrato coletivo entre a ANICP - Associação Nacional dos Industriais de Conservas de Peixe e a FESAHT - Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal e outros

Port. n.º 205/2015, de 14.7 - Determina a extensão do contrato coletivo e suas alterações entre a APICCAPS - Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes e Artigos de Pele e Seus Sucedâneos e a COFESINT - Federação de Sindicatos da Indústria, Energia e Transportes e outra, e das alterações do contrato coletivo entre a mesma associação de empregadores e a FESETE

Port. n.º 206/2015, de 14.7 - Determina a ex-tensão do contrato coletivo entre a ANAREC - Asso-ciação Nacional de Revendedores de Combustíveis e a FEPCES - Federação Portuguesa dos Sindicatos do Comércio, Escritórios e Serviços e outrasCooperação

Dec. Pres. Rep. n.º 51/2015, de 8.7 - Ratifica a Convenção entre a República Portuguesa e a República da Tunísia de Cooperação no Domínio da Defesa, assinada a 18.1.013, em Tunes aprovada pela Resol. da Assembl. da Rep. nº 78/2015, de 8.7

Dec. Pres. Rep. n.º 52/2015, de 8.7 - Ratifica o Acordo de Cooperação Marítima entre a República Portuguesa e o Governo da República da Turquia, assinado em Ancara, em 23.10.2014 aprovado pela Resolução da Ass. da República nº 79/2015, de 8.7

Dec. Pres. Rep. n.º 53/2015, de 8.7 - Ratifica o Acordo de Cooperação entre a República Portu-guesa e a República de Moçambique no Domínio da Autoridade e Segurança Aquática, assinado na Cidade de Maputo, em 6.7.2012 aprovado pela Res. da Assembleia da República nº 80/2015, de 8.7

Dec. Pres. Rep. n.º 54/2015, de 10.7 - Ratifica o Protocolo de Revisão do Acordo Quadro de Co-operação entre Portugal e a Região Administrativa Especial de Macau da República Popular da China, assinado em Macau, em 17 de maio de 2014 apro-vado pela Res. Assemb. Rep. n.º 85/2015, de 10.7

Res. Assemb. Rep. n.º 77/2015, de 8.7 - Apro-va o Protocolo de 2005 relativo à Convenção para a Supressão de Atos Ilícitos contra a Segurança da

Navegação Marítima, adotado em Londres, em 14 de outubro de 2005Defesa do consumidor – contas à ordem

Lei n.º 66/2015, de 6.7 - Terceira alteração ao DL n.º 27-C/2000, de 10.3, trigésima sexta alteração ao Regime Geral das Instituições de Crédito e Socie-dades Financeiras, aprovado pelo DL n.º 298/92, de 31.12, quinta alteração ao DL n.º 454/91, de 28.12, simplificando e padronizando o comissionamento de contas de depósito à ordem, e primeira alteração à Lei n.º 23-A/2015, de 26.3Dia Nacional da Gastronomia Portuguesa

Res. Assemb. Rep. n.º 83/2015, de 9.7 - Institui o Dia Nacional da Gastronomia PortuguesaEnergias renováveis

Port. n.º 202/2015, de 13.7 - Estabelece o regime remuneratório aplicável à produção de energia renovável de fonte ou localização oceânica por centros eletroprodutores com recurso a tecno-logias em fase de experimentação ou pré-comercialEnsino

Lei n.º 65/2015, de 3.7 - Primeira alteração à Lei n.º 85/2009, de 27 de agosto, estabelecendo a universalidade da educação pré-escolar para as crianças a partir dos 4 anos de idade

Res. Assemb. Rep. n.º 71/2015, de 1.7 - Reco-menda ao Governo a tomada de medidas relaciona-das com a aplicação das disposições transitórias do Estatuto da Carreira do Pessoal Docente do Ensino Superior Politécnico

Port. n.º 197-A/2015, de 3.6 – (2º Supl.) - Aprova o Regulamento Geral dos Concursos Insti-tucionais para Ingresso nos Cursos Ministrados em Estabelecimentos de Ensino Superior Privado para a Matrícula e Inscrição no Ano Letivo de 2015-2016

Port. n.º 197-B/2015, de 3.6 – (2º Supl.) - Aprova o Regulamento do Concurso Nacional de Acesso e Ingresso no Ensino Superior Público para a Matrícula e Inscrição no Ano Letivo de 2015-2016.DL n.º 125/2015, de 7.7 - Procede à configuração do sistema de ensino não superior de matriz militar, à definição das atribuições, das competências e da estrutura orgânica da Direção de Educação do Exér-cito e à aprovação do Estatuto dos Estabelecimentos Militares de Ensino não Superior do Exército

DL n.º 127/2015, de 7.7 - Aprova as regras a que obedece a constituição e o funcionamento dos Centros de Formação de Associação de Escolas

Port. n.º 201-C/2015, de 10.7 – (Supl.) - Re-gula o ensino de alunos com 15 ou mais anos de idade, com currículo específico individual (CEI), em processo de transição para a vida pós-escolar, nos termos e para os efeitos conjugados dos artigos 14.º e 21.º do DL n.º 3/2008, de 7.1, na sua redação atual, e da Lei n.º 85/2009, de 27.8, regulada pelo DL n.º 176/2012, de 2.8 e revoga a Port. n.º 275-A/2012, de 11.9

Res. Cons. Min. n.º 47/2015, de 14.7 - De-termina a elaboração do Plano de Ação Bienal para a Internacionalização do Ensino Superior Português

Res. Assemb. Rep. n.º 75/2015, de 3.7 - Re-comenda ao Governo a implementação de medidas urgentes que conduzam ao aumento da literacia financeira no curto prazo

(Continua na pág. 547)