8 serie energia e ondas

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Coordenadoria de Educação III CADERNO DE APOIO PEDAGÓGICO 2010 Ciências – Professor(a) 9°Ano

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III CADERNO DE APOIO PEDAGÓGICO

2010

Ciências – Professor(a)9°Ano

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9º ANO/ 2010

Coordenadoria de Educação

III Caderno

Eduardo PaesPrefeito da Cidade do Rio de Janeiro

Profª Claudia CostinSecretária Municipal de Educação

Profª Regina Helena Diniz BomenySubsecretária de Ensino

Profª Maria de Nazareth Machado de Barros VasconcellosCoordenadora de Educação

Profª Maria Socorro Ramos de SouzaProfª Maria de Fátima Cunha

Coordenação

Prof. Dr. Franklin David Rumjanek Consultor de Ciências

Profª Inês Maria Mauad Andrade CanaliniProfª Sandra Radicetti de Siqueira Rodrigues

Elaboração e Diagramação

Profª Leila Cunha de OliveiraRevisão e Diagramação

Prof. Mauricio Mendes PintoCriação de layout

Caderno do(a) Professor(a)

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III Caderno

CADERNO DE APOIO PEDAGÓGICO – CIÊNCIASPrezado (a) Professor (a),

Este caderno,como o anterior, foi elaborado para que você tenha mais um instrumento de apoio às suas aulas. Utilize-o de maneira complementar ao seu planejamento, para que seus(as) alunos(as) aprimorem os conhecimentos adquiridos, melhorem a capacidade de interpretação de um texto científico, reflitam e discutam sobre os temas.

A Física é, em muitos aspectos, a mais básica de todas as ciências naturais . Ela tem uma abrangência notável, envolvendo investigações que vão desde a estrutura elementar da matéria até a origem e evolução do Universo e, por isso, é importante que os alunos se familiarizem, ainda mais, com a presença e importância da Física no cotidiano. Procuramos facilitar ao máximo o seu trabalho, separando os assuntos por fichas temáticas numeradas:

Usando uns poucos princípios físicos, podemos explicar uma grande quantidade de fenômenos naturais presentes no cotidiano, e que estão à nossa volta. Tão importante quanto conhecer os princípios fundamentais da Física é saber como chegamos a eles, e porque acreditamos neles. Não basta ter conhecimento científico sobre a natureza; também énecessário entender como a ciência funciona, pois só assim as características e limites deste saber podem ser avaliados. O estudo da Física coloca os alunos frente a situações concretas que podem ajudá-los a compreender a natureza da ciência e do conhecimento científico. Eles têm a oportunidade de verificar como é fundamental para a aceitação de uma teoria científica que esta seja consistente com evidências experimentais. Isso lhes permitirá distinguir melhor entre ciência e pseudociência.

Além dos debates que possam surgir entre os alunos, as fichas podem ser usadas para trabalhos em grupo, facilitando a troca de conhecimentos entre eles(as) e reforçando o aprendizado adquirido em aula. Antes de cada ficha a ser trabalhada, colocamos as habilidades que seus (as) alunos(as) devem desenvolver durante as atividades apresentadas.

Esperamos que esse material facilite o seu trabalho e contribua para a aprendizagem dos seus(suas) alunos(as)

Ficha 1 – Termologia Ficha 4 – Ondas: Características e classificação Ficha 7 – Luz Ficha 2 – Escalas Termométricas Ficha 5 – Som: Ondas sonoras Ficha 8 – Eletricidade Ficha 3 – Propagação de Calor Ficha 6 – Ondas Eletromagnéticas Ficha 9 – MagnetismoFicha 10 –Justiça Ambiental Ficha 11 – Pequenas Ações, Grandes Resultados.

"...uma das condições fundamentais é tornar possível o que parece não ser possível. A gente tem que lutar para tornar possível o que ainda não é possível. Isso faz parte da tarefa histórica de redesenhar e reconstruir o mundo." (Paulo Freire)

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TERMOLOGIATrabalhando com os conceitos de calor, temperatura e

equilíbrio térmico.

Sabemos que é muito difícil, para os nossos(as) alunos(as), diferenciar temperatura de calor. Ao estabelecermos que a sensação de calor que sentimos não condiz com a temperatura real de um corpo, ou do ambiente em que nos encontramos, podemos evitar que continuem a obter medidas errôneas através dos sentidos, como o tato, e passem a utilizar o termômetro para medi-la. A experiência das mãos em cubas com água quente e gelada e, posteriormente, juntas em água fria, facilita bastante a compreensão do fenômeno.

Fazê-los(as) compreender que a temperatura é “a medida do nível de agitação térmica, o movimento das partículas, ou a medida do nível da energia térmica por partícula de um corpo ou um sistema físico”, e que o calor é a “transferência da energia térmica de um corpo ou sistema físico de temperatura mais alta para outro de temperatura mais baixa”, não é fácil. Por isso a experimentação, na medida do possível, deve ser realizada. Aproveite para relembrar que o calor é uma forma de energia que não é destruída e sim transferida.

Outra confusão feita por eles(as), é quanto à noção de quente e frio. Ao compreenderem que eles dependem do movimento das partículas e da quantidade de energia desprendida em forma de calor; que quente é presença de calor, devido à grande agitação das partículas; que frio é a ausência de calor, devido à baixa agitação das partículas e que a transferência de calor se faz do corpo de maior temperatura para o de menor temperatura, ficará mais fácil entender como se processa o equilíbrio térmico entre dois corpos de temperaturas diferentes. Desse modo, fazemos que compreendam que expressões do cotidiano, como “o casaco esquenta o corpo” e “o gelo esfria a água”, estão fisicamente incorretas, mas são popularmente aceitas.

Procuramos distribuir nessas três primeiras fichas os conceitos de calor, temperatura, equilíbrio térmico, substâncias termométricas, grandezas e escalas termométricas, termômetros, transmissão de calor e materiais bons e maus condutores de calor. Esperamos, assim, auxiliá-lo(a) a cristalizar essas noções e que seus(suas) alunos(as) possam aplicá-las corretamente no seu dia a dia.

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TERMOLOGIATrabalhando com os conceitos de calor, temperatura e

equilíbrio térmico.

HABILIDADES

• Reconhecer que temperatura e calor são conceitos físicos diferentes. • Reconhecer que o calor é uma forma de energia e que pode ser transferido de um corpo ou ambiente para outro.• Diferenciar os termos quente e frio, de uso popular, do seu conceito físico. • Relacionar o conceito de temperatura ao sentido do tato.• Observar que temperatura e calor são diretamente proporcionais.• Relacionar um evento a uma consequência. • Explicar a ocorrência de um evento. • Considerar o mesmo evento em momentos diversos. • Fazer reflexões e emitir opiniões. • Interagir com o grupo na resolução de situações do cotidiano. • Relembrar conhecimentos adquiridos anteriormente.

ENTENDENDO AS ATIVIDADES

Trabalhando com os conceitos de calor, temperatura e equilíbrio térmico.

Atividades 1 e 2 – ao fazerem em grupo, seus(as) alunos(as) terão a oportunidade de repensar, refletir e discutir o que aprenderam em aula e tirar suas conclusões, em separado.

Atividades 3, 4, 5 e 6 – ótima oportunidade para fazê-los(as) observar que vários conceitos errados, de uso popular, podem ser revertidos. Faça com que a frases erradas do exercício 3 sejam reescritas, corretamente, utilizando os conceitos físicos apropriados.

Atividades 7 e 8 – as noções de quente e frio deverão ser consolidadas; os termos esquentar e resfriar devem ser discutidos, mostrando que são utilizados erroneamente, pois o equilíbrio térmico éo estado a ser atingido.

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ESCALAS TERMOMÉTRICAS

As escalas termométricas são mecanismos utilizados para medir a temperatura dos corpos. Temperatura é uma grandeza física que mede o grau de agitação das moléculas de um corpo, indicando o seu estado térmico, ou seja, quanto maior a agitação das partículas que compõem o corpo, maior será a temperatura dele. As escalas surgiram da necessidade de

quantificar o quanto um corpo está quente ou frio, e da necessidade de melhorar as medidas das temperaturas.

Uma escala termométrica é um conjunto de valores numéricos onde cada valor está associado a certa temperatura. Ela éconstituída por um conjunto de valores arbitrários, um mesmo estado térmico pode ser representado em escalas

termométricas diversas (Celsius, Fahrenheit...).

Os valores numéricos de uma escala termométrica são obtidos a partir de dois valores atribuídos previamente a dois estados térmicos de referência, bem definidos, denominados pontos fixos.

Ponto fixo: estado térmico bem definido, utilizado como referência na elaboração de uma escala termométrica. São adotados como pontos fixos os estados térmicos correspondentes ao gelo, sob pressão normal, e a água em ebulição, sobre pressão normal. Conhecidos como ponto de gelo e ponto de vapor, respectivamente, constituem os pontos fixos

fundamentais.

Existem vários tipos de escalas, das quais as mais conhecidas são a escala Celsius, escala Kelvin e escala Fahrenheit. Escala Celsius - A Escala Celsius é a mais comum entre todas, foi criada em 1742 pelo astrônomo sueco Anders Celsius. Ele estabeleceu pontos fixos da sua escala como sendo os pontos de fusão do gelo e de ebulição da água, ou seja, 0°para

o ponto de fusão de gelo e 100°para o ponto de ebulição da água.

Escala Fahrenheit - Daniel Gabriel Fahrenheit, o inventor do termômetro de mercúrio, foi o inventor dessa escala por volta dos anos de 1742. Ele, em seus estudos, obteve uma temperatura de 32°F para uma mistura de água e gelo, e uma

temperatura de 212°F para a água fervente. Assim, na escala Fahrenheit, a água vira gelo a uma temperatura de 32°F e ferve a uma temperatura de 212°F. É a escala mais utilizada nos países de língua inglesa.

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ESCALAS TERMOMÉTRICASHABILIDADES

• Reconhecer que o equilíbrio térmico é conseguido quando os corpos em contato atingem a mesma temperatura. • Reconhecer que o termômetro é o aparelho usado para medir a temperatura dos corpos ou do ambiente em que nos encontramos.• Observar que os pontos fixos das escalas termométricas têm como referência os pontos de fusão e de vapor(ebulição) da água.• Reconhecer a existência e a aplicabilidade das duas escalas termométricas usadas: Celsius e Fahrenheit. • Trabalhar com escalas termométricas, fazendo a sua leitura corretamente.• Transformar uma escala termométrica em outra, com o auxílio de fórmulas matemáticas.• Relacionar um evento a uma consequência. • Explicar a ocorrência de um evento. • Considerar o mesmo evento em momentos diversos. • Fazer reflexões e emitir opiniões. • Interagir com o grupo na resolução de situações do cotidiano. • Relembrar conhecimentos adquiridos anteriormente.

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ESCALAS TERMOMÉTRICAS

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Conhecendo o termômetro de

mercúrio. Como medir a temperatura quando não é possível medir diretamente a energia de agitação das moléculas de um corpo? Para fazer essa medição, utilizamos outro corpo que sofre alterações mensuráveis em suas propriedades físicas quando

colocado em contato com o primeiro corpo. Esse é chamado de TERMÔMETRO.

Repare que não mencionamos no caderno do aluno a escala

Kelvin, para que não haja maior dificuldade na hora de relacionar

as duas escalas!

ENTENDENDO AS ATIVIDADES Escalas termométricasAtividades 1, 2 e 3 – um bom momento para reforçar que o tato ou outros artifícios não são confiáveis para medir a temperatura dos corpos ou do ambiente em que estamos; que o termômetro é o único instrumento que mede a temperatura e não o calor. Entender os conceitos de grandeza e substância termométrica.

Atividade 4 – faça com que tenham alguns termômetros (clínico, de ar e de água) disponíveis, para poderem observar a sua escala e treinar a sua leitura. Peça que meçam a sua temperatura e a dos colegas e comparem-nas. Tenha água líquida em diferentes temperaturas e gelo, para que possam medi-las e consigam observar as temperaturas de fusão e ebulição. Que possam medir a temperatura ambiente e relacioná-la com a sensação térmica ambiental.

Atividade 5 – reforce a necessidade de saberem converter as escalas Celsius e Fahrenheit uma na outra, pois são usadas em países diferentes e poderão necessitar desse conhecimento, em algum momento de sua vida.

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ESCALAS TERMOMÉTRICAS

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RELACIONANDO AS ESCALAS TERMOMÉTRICAS MAIS USADAS.Como escalas Celsius e Fahrenheit são bastante utilizadas, é preciso saber fazer uma conversão entre essas escalas, ou seja, pegar uma temperatura na escala Celsius e passar para a escala Fahrenheit, ou vice-versa.Primeiro, vamos fazer a conversão entre as escalas Celsius e Fahrenheit.Para ficar mais fácil, vamos pegar como parâmetros dois pontos, o ponto de fusão e ebulição da água. Na escala Celsius, o ponto de fusão é 0°C, na Fahrenheit é 32°F, e o ponto e ebulição é 100°C e 212°F.

Imagine esses dois termômetros medindo a temperatura de um mesmo objeto. A altura do mercúrio não depende da escala e sim do estado térmico do material que estamos medindo, isso quer dizer que eles ficarão na mesma altura, porque os mercúrios dentro dos termômetros estão em equilíbrio térmico com o material cuja temperatura ele estámedindo. A diferença é que no termômetro Fahrenheit há 180 unidades (212-32=180) entre o ponto de fusão e ebulição da água, e no termômetro Celsius há 100 unidades (100-0=100).

Importante!!!Repare que o

termômetro do aluno é diferente,

não possui Tc e Tf, para facilitar a

compreensão dos conceitos e melhor entendimento do

funcionamento das escalas.

Então, vamos pegar a altura do mercúrio na figura do

termômetro Celsius e chamaremos de Tc, no termômetro Fahrenheit

chamaremos de Tf. Então podemos dizer que

Tc-0 = Tf-32,não é certo, já que a diferença

da altura é a mesma. Vamos calcular.Essa equação quer dizer que a

altura que o mercúrio está do ponto de fusão da água é a

mesma para as duas escalas, o que muda é o número de

unidades que a escala tem entre a altura do mercúrio e o

ponto de fusão.

Da relação ao lado,

podemos obter:

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HABILIDADES

• Reconhecer que o calor se propaga de um corpo de maior temperatura para outro de menor temperatura. • Observar que as transferências de calor podem ser feitas de três maneiras diferentes: por condução, convecção e irradiação. • Reconhecer que a transferência de calor por condução ocorre nos sólidos.• Reconhecer que a transferência de calor por convecção ocorre nos líquidos e gases.• Reconhecer que a transferência de calor por irradiação ocorre no vácuo e em certos meios materiais. • Reconhecer que, no termômetro clínico, a transferência de calor por condução se faz do corpo para o metal do aparelho, que entram em equilíbrio térmico, registrando a temperatura.• Identificar corpos bons e maus condutores de calor e saber utilizá-los, quando necessário.• Relacionar um evento a uma consequência. • Explicar a ocorrência de um evento. • Considerar o mesmo evento em momentos diversos. • Fazer reflexões e emitir opiniões. • Interagir com o grupo na resolução de situações do cotidiano. • Relembrar conhecimentos adquiridos anteriormente.

PROPAGAÇÃO OU TRANSFERÊNCIA DE CALOR

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Entendendo as atividadesPropagação ou Transferência de Calor

Atividade1 – Mostrar através do preenchimento das lacunas a compreensão dos conceitos de propagação de calor.Aproveite para pedir que deem exemplos cotidianos sobre esses tipos de transferência de calor. Sinalize a importância de se evitar tomar sol entre 10h e 15h, sem a devida proteção, devido à irradiação dos raios infravermelhos, que queimam e podem causar câncer de pele.

Atividade 2 - Explicar que os metais são bons condutores de calor por condução e o mercúrio, por ser um metal líquido, apresenta maior condutividade. Aproveite para informar que orifícios corporais também são utilizados para medir a temperatura do corpo, evitando que sofra a interferência da temperatura ambiental também.

Atividade 3 – Compreensão e conhecimento de materiais que não conduzem o calor, os chamados – ISOLANTES TÉRMICOS – água, gelo, ar, lã, isopor, vidro, borracha, madeira, serragem e algumas aplicações de isolantes térmicos:Exemplo1: Os iglus, embora feitos de gelo, impedem a condução de calor para o meio externo, elevando, assim, sua

temperatura interna.Exemplo 2: Os pássaros eriçam suas penas para armazenar o ar entre elas. Protegendo-se, assim, do frio.Exemplo 3: As roupas de lã são um exemplo de isolante térmico; o ar que fica retido entre suas fibras dificulta a condução de calor. Os pelos dos animais e a serragem também são bons isolantes térmicos porque retêm ar.

Propagação ou Transferência de calorAo trabalhar os conceitos básicos de propagação de Calor, utilize,

sempre que possível, exemplos concretos que facilitem a compreensão do aluno(a), antes de realizar algumas das atividades iniciais.

É importante que não se perca de vista que resulta da própria definição de Calor, que cada modo de propagação é referente a um estado físico

da matéria. No estudo do calor, alertar para os efeitos positivos e negativos da irradiação solar. Usar o texto como agente interdisciplinar

no estudo da física.

Importante saber diferenciar bons e maus condutores

de calor, substâncias

inflamáveis e com calor específico

baixo!Como exemplo,

temos as areias do deserto!!

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Propagação ou Transferência de calor

Condução - Para explicar a propagação de energia térmica por condução, vamos pegar um exemplo bem simples: imaginem uma barra de ferro em temperatura ambiente, segure-a em uma de suas pontas, aproxime a outra a uma chama de fogo. A barra não ficará quente de uma vez, irá aquecer primeiro a ponta mais próxima da chama; depois de um tempo, a barra estará na mesma temperatura que a chama. Na condução a energia térmica passa de partícula por partícula, essas permanecem em suas posições de equilíbrio. Ocorre principalmente entre os sólidos.

Calor é uma energia térmica que se propaga de um corpo com maior temperatura para um de menor temperatura . Essa propagação ocorre de três maneiras: condução, convecção e irradiação.

Convecção - É a propagação de calor com transporte de matéria. Ocorre somente nos líquidos e gases.

Exemplo1: Água no fogo.A água quente na parte inferior,

menos densa, sobe, enquanto a água fria

na parte superior, mais densa, desce.Esse movimento de água quente eágua fria, chamado de corrente de

convecção, faz com que a água seaqueça como um todo.

Exemplo2: Geladeira.Para facilitar o resfriamento da geladeira,o congelador deve ser colocado na parte

superior da mesma. Assim, o ar friopróximo ao congelador, mais denso,

desce,enquanto o ar quente na parte inferior,

menosdenso, sobe (corrente de convecção).

Irradiação - O melhor exemplo de irradiação é o aquecimento da Terra pelo Sol. O Sol aquece a Terra pelo processo de irradiação, principalmente pelos raios infravermelhos, chamados de ondas de calor, que éum tipo de transmissão de energia térmica que ocorre através de ondas eletromagnéticas.

Exemplo:A estufa de plantas é

feita de vidro, que é transparenteà energia radiante do Sol e opacoàs ondas de calor emitidas pelosobjetos dentro da estufa. Assim, ointerior da estufa se mantém a umatemperatura maior do que o exterior.

Exemplo: metais -> condutores térmicos.

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Propor que os alunos façam a leitura do texto e, em seguida, respondam às perguntas do teste de sondagem. Nesta etapa objetiva, além da explicitação das concepções dos estudantes, há a interpretação de um texto da literatura brasileira que veicula conhecimentos da Física, como estratégia de ensino que articula a linguagem literária com a científica. Abrir a discussão sobre as respostas dos alunos, corrigindo-as quando necessário. Sistematizar o conteúdo sobre irradiação térmica, relacionando-o com exemplos práticos, tais como: garrafa térmica, estufa de plantas e efeito estufa.

“No dia seguinte, a temperatura caiu muito, e, como Pedrinho aparecesse todo encolhido, Dona Benta começou perguntando: – Qual a razão de estar você com as mãos no bolso, Pedrinho? – Por causa do frio, vovó. – Ou, melhor, para que o calor que você sente nas mãos não se perca. E sabe por que o calor se perde? Porque irradia. É interessante esse fenômeno da irradiação. O calor segue sempre em linha reta, e no vácuo (...). Todo o calor que temos na Terra vem do grande foco de calor chamado Sol. Mas o que nos vale é que ele vem e vai. Se o calor que vem do Sol ficasse acumulado na Terra, morreríamos assados. O calor que o Sol nos manda de dia, perde-se de noite no espaço. E perde-se por meio de irradiação. O calor do Sol (...) vem aquecer a superfície da Terra. Mas aquece-a desigualmente, porque certas substâncias, como o ar e o vidro, são menos aquecíveis que as outras. O vidro deixa-se atravessar sem aquecer-se, o ar também (...). Os objetos escuros absorvem muito mais calor do que as coisas brancas ou claras. – Por isso, nas cidades quentes, como Santos e Rio de Janeiro, todo mundo anda vestido de branco, como que nem pombinhos – observou Emília.”

Propagação de Calor ou Transferência: Irradiação Térmica.Transmissão do calor sob a forma de ondas eletromagnéticas denominadas radiação térmica ou infravermelha.

Atividade interdisciplinar!!

Trabalhe com seus alunos este texto sobre irradiação

térmica!!

1) Se você fosse Dona Benta, como explicaria o fato de Pedrinho estar com as mãos no bolso devido àbaixa temperatura?

3) A partir da leitura do texto, explique com suas palavras o que vem a ser o processo de transmissão do calor por irradiação.

Leia o texto a seguir : Como o calor vai de um ponto para outro

2) Dona Benta explica que “todo calor que temos na Terra vem do grande foco chamado Sol”. Cientificamente esta explicação está correta? Justifique sua resposta.

Faça com que seus alunos discutam com os colegas o conteúdo do texto e respondam às perguntas.

Extraído de Lobato, Monteiro. Serões de Dona Benta e História das Invenções. São Paulo: Editora Brasiliense, 1995. fotosdahora.com.br

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Page 14: 8 Serie Energia e Ondas

Fale para seus alunos (as) que o som é uma onda, assim como a luz. Os sinais de rádio e televisão também são transmitidos através do espaço por ondas. Isso tudo sem falarmos das ondas em líquidos, aquelas no mar ou em uma piscina.

Ao falarmos para os(as) nossos(as) alunos(as) sobre o conceito de onda, como sendo “um conjunto de perturbações que se propaga no espaço ou em um meio material”, devemos explicar que se trata de um tipo de movimento diferente, que é o transporte da energia e não o da matéria.

Ondas no mar, ondas no lago, ondas nas cordas, facilmente visíveis; ondas sonoras, ondas luminosas, ondas de calor, percebidas pelos nossos sentidos, podem ser exemplos práticos que facilitam a compreensão do conceito. Agitar um lápis, movimentar as mãos rapidamente, são movimentos que provocam perturbação no ar ao redor e são facilmente compreensíveis.

HABILIDADES • Reconhecer que as ondas são perturbações que se propagam no espaço ou em meios materiais. • Perceber que as ondas transmitem energia e não matéria.• Diferenciar ondas mecânicas de eletromagnéticas.• Identificar as características físicas de uma onda e sua aplicabilidade. • Reconhecer os diferentes tipos de ondas mecânicas e seu comportamento, nos diferentes meios materiais em que se propagam.• Relacionar a propagação do som em meios materiais com o efeito dominó. • Relacionar um evento a uma consequência. • Explicar a ocorrência de um evento. • Considerar o mesmo evento em momentos diversos. • Fazer reflexões e emitir opiniões. • Interagir com o grupo na resolução de situações do cotidiano. • Relembrar conhecimentos adquiridos anteriormente.

ONDAS: CARACTERÍSTICAS E CLASSIFICAÇÃO

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Entendendo as atividadesOndas – Conhecendo o significado de

onda.Atividades 1 e 2 – compreensão do conceito de onda e identificação dos tipos de ondas quanto à sua natureza.

Atividade 3 – aplicação do conceito de frequência, sua unidade e utilidade.

Atividade 4 – utilize um dominó para mostrar esse efeito e fazer com que entendam melhor o significado de propagação da energia, somente, facilitando, assim, a sua resolução.

Atividade 5 – peça que façam em grupo, para analisarem, discutirem e resolverem o desafio.

Atividades 6, 7 e 8 – o ideal é que possam fazer a experiência em grupos, para observarem o fenômeno, perceberem o sentido horizontal da propagação da onda, como a rolha se comporta e conseguirem tirar suas conclusões e responderem às perguntas.

Ao classificar as ondas, quanto à sua natureza, em mecânicas e eletromagnéticas, procure realizar algumas experiências bem simples, para facilitar a compreensão:- ondas mecânicas: que precisam de um meio material para se propagar.• Ondas no lago - utilize um copo com água e um lápis para movimentá-la.• Ondas na corda - um pedaço de barbante longo, que deve ser segurado por um(a) aluno(a) e sacudido por outro(a).• Onda em mola - fixar uma mola, esticá-la e soltá-la. • Ondas sonoras - bater palmas; vibrar uma régua fixa.- ondas eletromagnéticas: que se propagam no vácuo, ou em meios materiais, como é o caso da luz e das radiações. Com relação às características físicas da onda – comprimento de onda, frequência e velocidade de propagação – utilize as figuras das pranchas para facilitar a compreensão.

Onda, ou pulso de onda, é qualquer perturbação que se propaga através de um

meio e, durante a propagação, transmite energia aos pontos do meio.

ONDAS: CARACTERÍSTICAS E CLASSIFICAÇÃO

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Page 16: 8 Serie Energia e Ondas

ONDA É a manifestação de um

fenômeno físico no qual uma fonte perturbadora fornece

energia a um sistema e essa energia desloca-se através dos pontos deste sistema.

Observemos a propagação de um impulso em uma corda:

ONDAS: CARACTERÍSTICAS E CLASSIFICAÇÃO

A onda NÃO se movimenta, mas SIM a energia

fornecida pela fonte perturbadora, neste caso,

pela mão.Como é um movimento, é onda

mecânica; e, em linha reta, é onda mecânica

longitudinal.

Explique aos seus alunos(as) que o movimento ondulatório é uma forma de transferência de energia. Explique de maneira simples, sem falar ainda nos elementos da onda. Deixe que os alunos (as) assimilem primeiro o conceito:

ao deixar cair uma pequena gota d’água em uma superfície líquida em repouso, você observa que a perturbação provocada na superfície se transmite a outros pontos. Como esses pontos adquirem movimento, podemos concluir que lhes foi

transferida uma certa quantidade de energia.Considere uma corda esticada: provocando uma oscilação na mesma, a perturbação se propaga na corda, transportando

energia e quantidade de movimento.Observe as explicações sobre o exemplo da corda, abaixo.

Lembre-se! A amplitude e a frequência de uma onda dependem do movimento que dáorigem a essa onda (nos desenhos, o movimento das mãos que vibram a corda).

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Page 17: 8 Serie Energia e Ondas

ONDAS: ELEMENTOS DE UMA ONDA

. Cristas: os pontos mais altos de uma onda são as cristas.• Vale: os pontos mais baixos de uma onda formam os vales. • Amplitude: é a distância da posição da corda em repouso a uma crista ou a um vale.• Comprimento de onda: (é a distância entre duas cristas sucessivas ou dois vales sucessivos. Simbolizamos o comprimento de onda pela letra grega lambda. (λ) • Período: (T) é o tempo gasto para produzir uma oscilação completa (um ciclo), ou seja, é o tempo em que a fonte gera um ciclo de subida e um de descida.• Frequência: (ƒ) número de oscilações completas (ciclos) geradas por unidade de tempo (minuto, segundo etc.).

Relacionando período e frequênciaSe uma fonte produz um vale e uma crista a cada dois segundos, o intervalo de tempo para um ciclo completo é 2 segundos; portanto, o período é 2s. Nesse caso, quantas oscilações completas (uma crista mais um vale) são geradas a cada segundo?A resposta é meia oscilação, ou meio ciclo, gerada a cada 1s.Portanto, o número de oscilações por segundo ou frequência é 0,5 oscilação em um segundo. Assim, se denominarmos o período de T, e a frequência de f, no nosso exemplo, teremos T = 2s e f = 0,5 ciclo por segundo.

A velocidade de uma onda depende do meio em que ela se propaga.Por exemplo, as ondas eletromagnéticas se propagam no vácuo com

a velocidade de 300 000 km em um único segundo! Em um mesmo meio de propagação, as ondas de maior comprimento terão a menor frequência, e as de ondas de maior frequência terão o

menor comprimento de onda.

NA LINGUAGEM MATEMÁTICA:

Como sabemos, sendo o período o tempo necessário para ser produzido um ciclo completo, e comprimento de onda a largura de uma crista mais

um vale, podemos concluir que a onda percorre um comprimento de onda em um período.

Vamos relacionar a velocidade de propagação das ondas com elementos das ondas que já vimos: frequência e

período.

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SOM: ONDAS SONORAS

O som, como nós o conhecemos, é o principal meio de comunicação de muitos animais e dos seres humanos. É o produto da propagação das ondas sonoras em meios materiais e não se propaga no vácuo, que é o melhor isolante acústico que existe. Produzido de várias formas diferentes, nos põe em contato com a natureza silvestre, mais silenciosa (canto dos pássaros, murmúrio da água corrente, farfalhar das folhas pela brisa) e com o ambiente urbano, cada vez mais barulhento, produto da nossa civilização. A vibração de uma corda (violão, piano), a transformação da energia elétrica em sonora (telefone, buzina de carro, rádio), o atrito entre dois corpos (uma mão na outra, lixa na madeira, sapato no cimento) ou o choque entre dois objetos (a mão na mesa, a tampa na panela), são exemplos de formas de produção de sons ou fontes sonoras.

As ondas sonoras são ondas de natureza mecânica, do tipo longitudinal e de classificação tridimensional. • Natureza mecânica – necessita de um meio material elástico para se propagar, como os sólidos, líquidos e gases (ar atmosférico).• Tipo longitudinal – a direção de vibração das partículas é no mesmo sentido que a direção de propagação da onda.• Classificação tridimensional – propagam-se nas três dimensões do espaço ao nosso redor, isto é, em todas as direções.

Como ouvimos os sons ao nosso redor: Ao se propagarem, as ondas sonoras, emitidas por uma fonte, causam uma perturbação nas moléculas do ar ao seu redor, que, ao se movimentarem (vibrarem) longitudinalmente, fazem o mesmo com as moléculas mais próximas, e assim por diante. Ao chegarem a nossa orelha, o movimento de frequência das ondas sonoras emitidas pela fonte são transmitidas ao cérebro, que registra a sensação fisiológica (auditiva) chamada som.

Como falamos: O som é obtido quando o ar expirado dos pulmões faz as cordas vocais vibrarem. Essa vibração produz, inicialmente, uma compressão das moléculas do ar na região próxima a elas que logo depois se soltam, transmitindo a vibração para as moléculas ao seu redor. Com isso, as moléculas de ar dessa região começam a vibrar longitudinalmente, transmitindo a perturbação para as moléculas vizinhas, que, por sua vez, ‘passam-na’ para as posteriores, e assim por diante. Essa vibração faz com que as moléculas de ar batam nas paredes da laringe, faringe e cavidades bucal e nasal, modulando a voz. As palavras são produzidas com a articulação da língua sobre os dentes, lábios e palato, articulando os fonemas, juntamente com o ar que sai das narinas.

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HABILIDADES

• Reconhecer que as ondas sonoras são perturbações que se propagam somente em meios materiais (ar, sólidos e líquidos) e não no vácuo. • Perceber que as ondas sonoras são ondas mecânicas, longitudinais, que transmitem energia e não matéria.• Perceber que o som é conseguido através da vibração das moléculas do meio material em que se encontram e da sua propagação para as moléculas vizinhas. • Perceber que a voz é produto de vibrações das cordas vocais seguidas de perturbações no ar expirado.• Identificar os diferentes tipos de ondas sonoras e suas frequências.• Perceber que a audição humana é limitada, em relação a outros animais.• Perceber que a velocidade de propagação do som varia, de acordo com o meio em que se encontra.• Reconhecer que a nossa orelha suporta um nível de intensidade sonora e que a poluição sonora é prejudicial à nossa audição e à nossa saúde.• Reconhecer que o sonar e as ondas ultrassônicas são aplicações do eco, consequência da reflexão do som.• Perceber que durante a ressonância a amplitude da vibração natural dos objetos aumenta gradativamente, quando em presença de outra fonte sonora, podendo levar a sua ruptura.• Relacionar um evento a uma consequência. • Explicar a ocorrência de um evento. • Considerar o mesmo evento em momentos diversos. • Fazer reflexões e emitir opiniões.• Interagir com o grupo na resolução de situações do cotidiano. • Relembrar conhecimentos adquiridos anteriormente.

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SOM: ONDAS SONORAS

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Entendendo as atividades

Atividades 1 e 2 – deixe-os(as) fazerem sozinhos. Aproveite para que relembrem a fisiologia da produção da voz e da fala, onde fenômenos como vibração e propagação ocorrem. Atividade 3 – caso não consigam responder, explique que sons agudos têm maior frequência, e os sons graves, menor frequência. Que no caso da voz humana, essa variação depende da espessura das cordas vocais.Atividade 4 – peça que batam palmas. Após lerem a explicação, atentamente, que tentem chegar a uma conclusão, sozinhos. Tire as dúvidas necessárias.Atividade 5 – peça que façam em dupla e que apresentem as suas conclusões, chamando a atenção para o comportamento dos animais, em relação aos sons inaudíveis para nós: infrassom e ultrassom.Atividades 6, 7 e 8 – emissão e recepção do som em meios materiais, com humor, para entenderem o que ocorre na natureza. Atividade 9 – trabalhando com fórmulas. Não esqueça de reforçar que a velocidade do som é diferente na terra, água e ar, porque as moléculas se encontram mais próximas ou afastadas, em cada um dos casos. Atividades 10 – aplicação do conhecimento da velocidade do som em meios diferentes. Aproveite para explorar outros exemplos.Atividades 11 – aplicação do conhecimento da velocidade em meio diferentes, bom para reforçar por que vemos o raio e, sódepois de algum tempo, ouvimos o som do trovão.

Durante as tempestades violentas, as nuvens

carregam-se intensamente de eletricidade.

Saltam, então, faíscas gigantescas dessas

nuvens para a Terra, ou entre duas nuvens

próximas que tenham cargas de sinais

opostos. Essas faíscas são os RAIOS. Essa

descarga elétrica arranca elétrons das

moléculas dos constituintes do ar, isto é,

ioniza essas moléculas. Quando se dá a

ionização, que nesse caso é muito violenta, se

produz LUZ. Essa luz é O RELÂMPAGO. A

descarga aquece muito o ar por onde passa, e

provoca uma dilatação rápida desse ar. Essa

dilatação rápida produz um som forte, que é o

TROVÃO.

Entendendo raio, trovão e relâmpago!

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Entendendo as atividades

Atividade 12 – explique que a orelha humana é capaz de diferenciar algumas qualidades do som, como a altura (agudo e grave), a intensidade(forte e fraco) e o timbre(ouvir a mesma nota musical emitida por dois instrumentos diferentes); que a intensidade é medida em dB e que depende da energia que a onda sonora transfere para a nossa orelha. Atividade 13 – peça que façam em grupo e discutam os prejuízos da exposição prolongada a sons muito altos, e,ainda, que apresentem as causas da poluição sonora onde vivem e como evitá-la.Atividade 14 – aproveite para reforçar o conceito de reflexão (bate e

volta). Peça que descubram porque o eco não se produz na sala de aula. Reforce a explicação, mostrando que a distância entre a fonte emissora e o anteparo é menor que 17m e a presença de várias fontes refletoras, como os corpos das pessoas e objetos, impedem a sua produção.Atividade 15 – aproveite para apresentar outras aplicações do sonar, como na exploração de petróleo no mar.Atividade 16 – peça que façam uma pesquisa sobre o uso do ultrassom na navegação, medicina e indústria de materiais.Atividade 17 – utilize um copo de vidro bem fino e bata uma colher em sua borda para fazê-lo vibrar. Uma corda de um violão, bem esticada, também serve. Peça que levem um instrumento de corda e que passem o dedo em sua extensão para fazê-la vibrar. Explique que vozes agudas podem provocar o fenômeno da ressonância e até quebrarem um copo, caso vibrem com a mesma frequência, por um determinado tempo.

Sons muito altos, como: buzinas, turbinas de avião, trânsito intenso, britadeira,

motosserra, música muito alta ou ainda o que produzimos; gritos, falar alto, batucadas, interferem na saúde das pessoas, causando distúrbios, como: irritabilidade, insônia, dor de ouvido

e até surdez.

Som: Ondas sonoras

Deixe que seus alunos discutam os efeitos sonoros ouvidos pelos animais e que não conseguimos captar. Permita, ainda, que troquem ideias sobre os efeitos sonoros cinematográficos e os confrontem com a realidade científica. Aproveite a curiosidade dos alunos para transmitir conceitos mais

complexos, como frequencia, período e comprimento de onda.

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Qualidades do somA orelha humana é capaz de diferenciar algumas qualidades do som, como a altura (agudo e grave), a intensidade (forte e fraco) e o timbre (ouvir a mesma nota musical emitida por dois instrumentos diferentes).

Altura – permite distinguir um som grave de um agudo. Depende apenas da sua frequência: agudo (o do violino, voz fina ou aguda), maior frequência; grave (o do baixo, voz grossa ou grave), menor frequência. Som alto é o de alta frequência, agudo; som baixo é o de baixa frequência, grave. A voz masculina émais grave do que a feminina e costuma-se dizer que a voz das mulheres émais fina que a dos homens.

Intensidade - é medida em dB(decibel) e depende da energia que a onda sonora transfere para a nossa orelha, permitindo que possamos distinguir um som forte de um fraco. Depende da amplitude da onda (vibração): quanto maior a amplitude, maior o som; quanto menor a amplitude, menor o som. Diminui àmedida que o som se propaga: quanto mais próximo da fonte, maior é o som; quanto mais distante, menor é o som. A unidade SI do nível de intensidade sonora é o bel(B); a mais comum é o decibel(dB), que vale 0,1dB (1décimo do bel).

Timbre – é a qualidade que permite diferenciar dois sons de mesma altura emesma intensidade, emitidos por fontes sonoras diferentes, como um piano e um violino, isto é, a sua origem.Cada pessoa tem um tipo de voz único, devido à constituição própria do aparelho fonador de cada pessoa. Por isso, sabemos distinguir a voz de nossos familiares e amigos, da voz de outras pessoas. Um bebê, desde muito cedo, reconhece a voz da mãe e da de outras mulheres, através dessa qualidade do som.

Aproveite para explicar que, em Física, som alto e baixo estão

relacionados com a altura (agudo e grave). O som alto é o

agudo, isto é, o de alta frequência. O som baixo é o de

baixa frequência, grave. No cotidiano, usamos os termos som alto e baixo, erradamente, para

nos referirmos ao volume alto ou baixo do som, emitido por um aparelho sonoro. Controlar o

volume sonoro, em Física, significa regular a intensidade do

som (mais forte ou mais fraco).

SOM: ONDAS SONORAS

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Poluição sonora e seus prejuízos.A poluição sonora afeta a cabeça, o estômago, o coração e até causa problemas em fetos. O excesso de ruído pode provocar irritabilidade, insônia, dor de ouvido, estresse, distúrbios mentais, úlceras gástricas, problemas cardíacos e, atémesmo, problemas no feto em formação. Quando exposto, diariamente, a ruídos acima de 75dB, o ser humano, em poucos anos, sofre mudanças em seu organismo, como: dilatação das pupilas, palpitação cardíaca, dificuldades na digestão, elevação na pressão arterial, desestabilidade emocional, alteração na secreção de vários hormônios e alterações no ciclo menstrual em mulheres. Segundo a OMS(Organização Mundial de Saude), o limite máximo de exposição ao ruído, para que um ser humano viva bem, deve ser de 55dB. Isso se justifica, porque o nervo auditivo humano não é muito resistente à exposição prolongada a ruídos elevados. Pessoas submetidas a ruídos constantes, acima de 85dB, por oito horas, começam a apresentar perdas auditivas.

Termômetro do ruído:

Nível de intensidade Fonte sonora Efeitos 130dB motor a jato(a 33 metros) Limite da dor120 a 90dB britadeira, motosserra, perfurador,

tráfego de caminhões pesados, show de rock (110dB perto das caixas de som), metrô (95dB dentro do vagão)

Risco de perda da sensibilidade auditiva

80 a 70dB rua com trânsito intenso, automóvel em movimento (a 5m), aspirador de pó

Nível de irritação

60 a 5dB conversa em tom normal, música em volume baixo, murmúrio, roçar das folhas

Aceitável

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SOM: ONDAS SONORAS

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Eco – é o som detectado após a reflexão do som em um obstáculo. O eco possui a mesma altura e o mesmo timbre do som emitido, porém sua intensidade fica reduzida.Nossas orelhas só conseguem perceber dois sons em sequência, se o intervalo de tempo entre eles for, de no mínimo, 0,1s. Se o intervalo de tempo for menor do que 0,1s ouviremos um som só. Já que o som no ar, a 15°C, percorre 340m em 1s, então gastará 0,1s para percorrer 34m (10 vezes menos). Assim. para que possamos perceber o eco, é necessário que o obstáculo esteja a uma distância mínima de 17m da fonte sonora: 17m para o som ir e 17m para voltar, em 0,1s. Quanto mais distante o obstáculo estiver, mais tempo levaremos para ouvir o eco.

Aplicações do eco: estudo das rochas, previsão de terremotos, estudo dos relevos oceânicos, detecção de corpos mergulhados na água (navios submersos), cardumes de peixes, medicina diagnóstica, por exemplo.

Reverberação – é o eco que se mistura ao som original, quando as ondas sonoras se refletem nas paredes, teto, chão, móveis e até nas pessoas presentes. Produz efeitos sonoros característicos, devido às múltiplas reflexões que reforçam e prolongam o som original. Ocorre em teatros, salas de concerto e igrejas. Para evitar esse problema, são usados materiais especiais (espuma, veludo, isopor, cortiça) que absorvam as ondas sonoras, impedindo a sua reflexão.

Sonar – aparelho que usa a reflexão do som ou eco para mapear o relevo dos fundos oceânicos, corpos que estejam debaixo d’água (recifes de corais, submarinos, navios submersos) e até cardumes de peixes. Para saber a profundidade, o sonar emite um som, enquanto se registra o tempo decorrido para que o do eco produzido por ele retorne até o navio.

Ondas ultrassônicas – usadas em medicina diagnóstica, nos aparelhos de ultrassonografia. Usa-se a reflexão do som, do mesmo modo que o sonar, sendo que o eco produzido no interior do órgão estudado permite obter a anatomia da estrutura interna do corpo. Sua vantagem é que não prejudica as células vivas, como os raios X, sendo a sua utilização mais segura, inclusive para feitos em desenvolvimento.

Mistérios do Som

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SOM: ONDAS SONORAS

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Ressonância – é um fenômeno pelo qual um objeto começa a vibrar, com amplitudes maiores do que as normais, ao receber uma energiaexterna de frequência igual à sua. Geralmente essa frequência corresponde a uma nota musical. A maioria dos objetos vibra quando uma onda sonora o atinge, proveniente de uma fonte. Se a ressonância tiver uma duração maior do que suporta o objeto, ele pode quebrar. É o que acontece com taças de cristal. Se a exposição ao som for demorada, a taça pode estilhaçar.Por isso, pontes, edifícios, túneis e outras obras de grandes proporções devem ser construídas para evitar que o fenômeno da ressonância, causado pelos ruídos urbanos, venha a causar fraturas em sua estrutura.

Efeito Dopler – é o fenômeno pelo qual um observador percebe uma frequência diferente daquela emitida por uma fonte, devido ao movimento relativo entre eles (observador e a fonte sonora).É o que acontece quando uma ambulância, com sua sirene ligada, passa por um observador (parado ou não). Enquanto a ambulância se aproxima, a frequência por ele percebida é maior do que a real (mais aguda); mas, à medida que ela se afasta, a frequência percebida é menor (mais grave).O efeito dopler é usado na medicina para observar o fluxo

sanguíneo em artérias e veias de órgão vitais.

Mistérios do Som (continuação)

Um alto falante grande pode movimentar um grande volume de ar

e, assim, produzir sons muito intensos ou fortes. Os fones de ouvido, que

são constituídos de dois alto falantes, não produzem sons com muita energia, pois são usados muito

próximos aos tímpanos. Mas podem produzir energia suficiente para

causar danos às orelhas, se a música ouvida estiver muito alta, o que pode vir a causar uma surdez parcial. Se

nós ouvimos a música de alguém com fones de ouvido, é porque ela está

muito alta para quem a está ouvindo.

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SOM: ONDAS SONORAS

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ONDAS ELETROMAGNÉTICAS

ONDAS ELETROMAGNÉTICAS

Resultante das reações de fusão nuclear que ocorrem no interior do Sol, nossa fonte natural no Universo, a energia radiante que chega até a Terra, vem, principalmente, como luz visível, raios ultravioleta, raios infravermelhos e outras radiações (ondas de rádio micro-ondas, raios X, raios gama).

Viajando pelo espaço a 300.000km/s, em forma de ondas eletromagnéticas, essas radiações transportam energia e não precisam de um meio para se propagar, diferindo umas das outras por suas frequências. Cada uma delas ocupa uma determinada faixa de frequências, dentro do conjunto de ondas eletromagnéticas, denominado de espectro eletromagnético.

Parte dessa energia é absorvida pela atmosfera, solo e oceanos, contribuindo para o aquecimento do planeta, o ciclo da água e a manutenção da vida.

As ondas eletromagnéticas são ondastransversais que se propagam através do espaço, transportando energia e, assim, criando um campo eletromagnético. Não necessitam de um meio material para sua propagação, propagando-se em meios “transparentes” e no vácuo.

Vale recordar:essas ondas transversais

são provenientes de alterações energéticas sofridas pelos elétrons.

Quando um elétron de um átomo ganha energia, ele

salta para um nível de maior energia da sua eletrosfera.

Para atingir a estabilidade, o elétron, logo em seguida, volta para o seu nível de

energia original, emitindo a energia que recebeu na

forma de energia luminosa ou outro tipo de onda

eletromagnética.

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Tipos de ondas eletromagnéticas: Entendo o espectro eletromagnéticoO espectro eletromagnético nos mostra os tipos de ondas eletromagnéticas, que são classificadas pela sua frequência de

oscilação ou pelo seu comprimento de onda. As ondas de menor frequência são as ondas de rádio e as de maior frequência são as que correspondem à radiação gama.

Entre esses dois extremos do espectro eletromagnético existem outros tipos de ondas como as microondas, a radiação infravermelha, a luz visível, o raio ultravioleta e o raio X. Veja a figura abaixo:

http://www.iped.com.br/sie/uploads/20914.jpg

Atenção!!!!Use a tabela de

conversão das unidades do comprimento de onda em relação ao

metro.

Importante!!!Repare que usamos um espectro eletromagnético um pouco mais complicado que aquele do caderno do aluno.

Este lhe dará uma melhor compreensão do espectro e você terá mais informações para responder às perguntas de seus alunos.

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ONDAS ELETROMAGNÉTICAS

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Page 28: 8 Serie Energia e Ondas

ONDAS ELETROMAGNÉTICAS: OS TIPOS DE ONDAS ELETROMAGNÉTICAS

Ondas de rádio:são as que possuem a menor frequência e, consequentemente, os

maiores comprimentos de onda: de 10 m a 10 km. São amplamente empregadas nas transmissões de rádio (AM e FM), TV, comunicação

via rádio transmissor, telefone sem fio e telefone celular.Essas ondas foram geradas pela primeira vez pelo físico alemão

Heinrich Rudolf Hertz, cujo experimento foi aperfeiçoado mais tarde pelo italiano Marconi, que deu inicio à radiotelegrafia (daí se origina a palavra rádio) ou o telégrafo sem fios. Mais tarde, desenvolveu-se a

transmissão de mensagens sonoras que originou o rádio, tão popular desde a década de 1930.

Micro-ondas:são ondas cujo comprimento vai 1010m até1013m. Essas ondas têm por característica

atravessar a ionosfera e por isso são amplamente utilizadas nas transmissões de radar e comunicação via satélite. O exemplo muito comum da sua utilização é o forno de micro-ondas. Quando ligado, esse aparelho

emite ondas que irão fazer vibrar as moléculas de água dos alimentos ocasionando um

aumento de sua temperatura e, consequentemente, o seu cozimento.

Radiação infravermelha: é composta de ondas de comprimento entre 1013m (1mm) e 1016m. Invisível, emitida por corpos aquecidos. Pode ser detectada por meio de células fotoelétricas, possui

muitas aplicações. É emitida por corpos aquecidos, e é através dela que recebemos o calor que vem do sol. Não há a necessidade que um corpo esteja extremamente

aquecido para emitir essa radiação. Por exemplo, o nosso corpo, que normalmente apresenta a temperatura entre 36oC e 37oC, também emite esse tipo de radiação. Isso

explica o uso de lentes infravermelhas para a visão noturna, pois ela é capaz de detectar essas ondas que são emitidas naturalmente pelo corpo humano. É importante lembrar que, além de ser emitida por corpos aquecidos, como fornos e fogões, quando absorvida por outros objetos, é responsável pelo seu aquecimento. É responsável pela

vermelhidão da pele e queimaduras, quando exposta, por muito tempo, entre 10h e 14h, quando sua emissão é mais intensa.

OBS: O aquecimento das águas dos oceanos contribui para a formação das correntes marítimas, auxiliando na distribuição do calor pela Terra. O aquecimento dos continentes e da

superfície dos mares auxilia na formação dos ventos e no ciclo da água.

Radiação visível: está representada pela menor faixa do espectro eletromagnético e nós a

percebemos sob forma de luz. O comprimento de

onda dessa radiação vai de 7.10-7 m, que

corresponde à cor vermelha, até 4.10-7 m, que corresponde à cor violeta. Utilizada por lâmpadas, máquinas

fotográficas, filmadoras, velas e fogueiras.

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Radiação ultravioleta:é uma radiação além da cor violeta, por isso, assim

como a radiação infravermelha, não é possível detectá-la com os nossos olhos. O seu comprimento de onda vai de 4.10-7 m podendo ir até a 10-9 m. É importante na produção de melanina, o pigmento que bronzeia a pele, e na transformação da pró-vitamina D, existente na pele, em vitamina D ativa. São usados para desinfetar objetos. O excesso de exposição a esse tipo de radiação pode provocar queimaduras e até câncer de pele, como tem sido amplamente divulgado pelos meios de comunicação, daí a necessidade de proteção do corpo, com chapéu e camiseta, e dos olhos com óculos escuros, principalmente entre 10h e 14h, quando a sua emissão é mais intensa. A maior parte dessa radiação éabsorvida pela camada de ozônio da estratosfera.

Raios X:são capazes de atravessar o corpo humano; durante a travessia, o feixe sofre um certo enfraquecimento. Ele provoca a iluminação de certos sais minerais. O uso do raio X tem sido uma importante ferramenta de diagnóstico e terapia. Os raios X são absorvidos pelos ossos enquanto passam facilmente pelos outros tecidos. Em 1895, Wilhelm Konrad von Röntgen descobre acidentalmente os raios X quando estudava válvulas de raios catódicos. Verificou que algo acontecia fora da válvula e fazia brilhar no escuro focos fluorescentes. Eram raios capazes de impressionar chapas fotográficas através de papel preto. Produziam fotografias que revelavam moedas nos bolsos e os ossos das mãos. Estes raios desconhecidos são chamados simplesmente de "x".

Radiação gama: os raios gama são produzidos naturalmente pelos núcleos atômicos durante as suas transformações radiativas naturais. O seu comprimento de onda é menor que 10-12m. Essa radiação tem como propriedade ionizar átomos e apresenta grande poder de penetração. Para a sua absorção, e proteção do corpo humano exposto a ela, émuito comum o uso de grossas paredes de chumbo nos ambientes onde os aparelhos de radioterapia se encontram e nos reatores das usinas nucleares. A exposição prolongada a esses raios pode causar câncer, jáque esses raios provocam mutações, como nos acidentes em usinas nucleares, explosões nucleares e exposição a materiais radioativos. Usados em tratamento de câncer e doenças de pele.

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ONDAS ELETROMAGNÉTICAS: OS TIPOS DE ONDAS ELETROMAGNÉTICAS

Page 30: 8 Serie Energia e Ondas

ONDAS ELETROMAGNÉTICAS

HABILIDADES

• Reconhecer que o Sol é a nossa matriz energética e que nos transmite a sua energia, resultante das reações de fusão nuclear que ocorrem em seu interior, através de ondas eletromagnéticas.• Reconhecer que as ondas eletromagnéticas são ondas transversais, capazes de se propagar em meios materiais e no vácuo (ausência de matéria), e que somente transportam energia.• Perceber que, ao se propagarem através do espaço, as ondas eletromagnéticas criam um campo eletromagnético a sua volta, resultante de alterações energéticas sofridas pelos elétrons.• Identificar fontes naturais e artificiais produtoras de ondas eletromagnéticas, suas utilidades e prejuízos aos seres vivos.• Perceber que o espectro eletromagnético é composto de vários tipos de ondas e que suas aplicações são importantes para a humanidade.• Reconhecer que todas as radiações se propagam no espaço, como ondas eletromagnéticas, viajando com a velocidade igual a da luz, a 300.000km/s.• Relacionar um evento a uma consequência. • Explicar a ocorrência de um evento. • Considerar o mesmo evento em momentos diversos. • Fazer reflexões e emitir opiniões. • Interagir com o grupo na resolução de situações do cotidiano. • Relembrar conhecimentos adquiridos anteriormente.

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Page 31: 8 Serie Energia e Ondas

Ondas Eletromagnéticas

Entendendo as atividades

Atividade 1 – permitir que os(as) alunos(as) compreendam mais facilmente o conceito e as fontes de ondas eletromagnéticas.

Atividade 2 – deixe-os(as) discutirem em grupo para chegarem até o conceito de campo magnético.

Atividade 3 – permita que revejam conceitos anteriores sobre ondas, se familiarizem com os elementos de uma onda eletromagnética e suas fórmulas.

Atividade 4 – um teste para exercitar os conhecimentos adquiridos.

Atividade 5 – peça que observem detalhadamente o espectro eletromagnético, a frequência e o comprimento das ondas eletromagnéticas em cada região e as suas formas de detecção: energia, comprimento de onda ou frequência.

Atividade 6 – importante para que possam perceber que as radiações de alta frequência podem ser prejudiciais à nossa saúde e como devemos nos proteger de seu uso abusivo.

Prejuízo à saúde de algumas radiações eletromagnéticas:-Diminuição da produção da melatonina, provoca insônia, perda parcial da memória. - Perda parcial da visão, fadiga e estresse, diminuição hormonal, depressão e ansiedade.- Alteração do fluxo de cálcio no corpo humano.- Afeta o sistema imunológico.- Diminuição da produção de insulina.

As fontes artificiais de ondas eletromagnéticas são aquelas produzidas pelos seres humanos: forno de micro-ondas, aparelhos de raios X e cristalografia(raios X), bronzeamento artificial(ultravioleta), medicina nuclear e reatores nucleares(raios gama), radar(micro-ondas), rádio e TV(ondas de rádio), binóculo noturno, torradeira e forno (infravermelho), lâmpada e vela(luz visível).

Fontes Naturais e Fontes Artificiaisde Ondas Eletromagnéticas.

São consideradas fontes naturais, de produção de ondas eletromagnéticas, os corpos que são capazes de emitir luz e outras radiações, por si mesmos, como, por exemplo: • Sol e outras estrelas – luz visível, ultravioleta e infravermelho.• Pulsar – raios gama.• Quasares e Júpiter – ondas de rádio. . Coroa solar – raios X.• Nuvens de poeira e radiação cósmica – ondas de rádio e infravermelho.• Planetas – infravermelho.

. Buraco negro – raios X e gama.

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Page 32: 8 Serie Energia e Ondas

Tentar definir exatamente a natureza da luz significa entrar em uma das maiores discussões da História da Física, a dualidade onda-partícula da luz.

Isaac Newton acreditava que a luz era composta de pequenas partículas emitidas pelos corpos. E, na explicação para a existência das várias cores, ele supunha que o tamanho e a forma dessas partículas causavam sensações de cores diferentes

nos olhos das pessoas. Um argumento que Newton adotava para se opor aos defensores da natureza ondulatória da luz é que, ao contrário das ondas do mar, a

luz não tinha a capacidade de contornar objetos. Várias teorias foram sendo propostas, entretanto, quando as evidências apontavam para o modelo ondulatório como explicação para a natureza da luz, surge o efeito

fotoelétrico, com os estudos de Albert Einstein. Naquela época era conhecido o fato de que a luz, ao incidir em determinados

metais, “arrancava” elétrons de suas superfícies. Einstein percebeu que a energia com a qual os elétrons saíam não dependia da “quantidade” de luz que caía sobre

a placa de metal. Assim, uma lâmpada vermelha muito intensa poderia não conseguir arrancar elétrons do metal, enquanto que uma luz violeta, de baixa

intensidade, conseguiria. O ponto crucial era então o comprimento de onda. Para Einstein, a energia se

manifesta apenas em quantidades que são sempre um múltiplo de certa quantidade muito pequena de energia (um “pacotinho de energia”) para explicar o

efeito fotoelétrico. Desse modo, a energia luminosa também vem em pequenas porções, em

pequenos pacotes, os chamados quanta de energia. E quem carrega essa energia é uma partícula chamada de fóton. Einstein propôs que na realidade a luz se

comporta ora como partícula ora como onda. Talvez seja essa dupla natureza da luz o que fez com que as discussões se prolongassem por tantos anos.

Partícula e onda. Eis o que é a luz!

LUZ – NATUREZA DA LUZ.

Um pouquinho de história: A natureza da Luz

http://ideiasfervilhantes.files.wordpress.com

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LUZ – CONCEITO, FONTES E ESPECTRO VISÍVEL

A luz é uma radiação eletromagnética, capaz de provocar sensação visual num observador normal. Transporta uma energia, a energia radiante, que é capaz de sensibilizar as células de nossa retina e provocar a sensação de visão. Compreende os comprimentos de onda do espectro de luz visível, a luz branca, situados entre 7,5.1014m(violeta, alta frequência), e 4,5.1014m(vermelho, baixa frequência), que são as sete cores do arco-íris – vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta – e suas inúmeras variações.

É fundamental para a realização da fotossíntese, e a transferência dessa energia, através das cadeias alimentares, para todos os seres vivos, permite a sobrevivência e a manutenção dos ecossistemas aquáticos e terrestres. Transforma-se em calor, aquecendo o ar, a água e o solo, permitindo a manutenção da vida.

Todo corpo capaz de emitir luz é uma fonte de luz. Os objetos enviam aos nossos olhos uma luz que nos permite enxergá-los. Os corpos negros não emitem luz alguma, daí a nossa dificuldade em enxergá-los. Com pouca luz não percebemos as cores dos objetos, mas percebemos o seu contorno, enxergando variações de cinza e a cor negra.

Fontes de propagação da Luz.Fonte de luz primária – emite luz própria. Não necessita de outros corpos para que propague luz. São denominados corpos luminosos. Ex.: Sol, estrelas, lâmpada, vela, fogueira, palito de fósforo, lanterna, farol, semáforo, vaga-lume e outros.Fonte de luz secundária - não emite luz própria. Reflete a luz proveniente de outra fonte. São denominados corpos iluminados. Ex.: Lua, planetas, árvore, nuvens, parede, espelho, objetos metálicos, vidro, olhos dos animais, plástico, madeira e outros.

A luz visível é uma radiação eletromagnética, assim como o ultravioleta e o infravermelho. Cada cor tem um determinado comprimento de onda, medido em nanômetros (nm). Por exemplo, a cor vermelha tem comprimento de onda de 700 nm.

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Propagação da Luz: é a maneira como a luz se comporta ao atingir meios diferentes.

Tipos de Meios:Transparentes: São meios que permitem a passagem quase total dos raios de luz, de forma regular, em linha reta. São chamados de corpos transparentes. Os objetos podem ser vistos, com nitidez, através deles.Ex.: vidro liso, ar, água em pouca quantidade, vácuo. Translúcidos: são meios que permitem a passagem apenas parcial dos raios de luz e, geralmente, de forma irregular. São chamados de corpos translúcidos. Os objetos não são vistos com nitidez.Ex.: vidro fosco, vidro martelado, “box”de banheiro, papel vegetal. Opacos: são meios que não permitem a passagem da luz, quando colocados atrás deles. São denominados corpos opacos.

Propriedades da luzReflexão: é o fenômeno que consiste no fato da luz voltar a se

propagar no meio de origem, isto é, se reflete após incidir na superfície de separação deste meio com outro. É usada na fabricação de fibras óticas, raios laser e hologramas.Ex.: a luz da Lua, as cores e os objetos que vemos, a cor branca, cores claras, a nossa imagem num espelho.

Tipos de reflexão:Reflexão regular – ocorre em superfícies muito lisas, como

espelhos, vidro, água parada, cristais. Permite que vejamos imagens refletidas.

Reflexão difusa – ocorre nas superfícies não totalmente lisas, como paredes, pele, papel, madeira. Permite que enxerguemos os objetos iluminados, mas não imagens refletidas.

Refração: É o fenômeno que consiste no fato de a luz passar de um meio para outro diferente. É o que acontece quando um feixe luminoso incide obliquamente sobre a água. Ao propagar-se com velocidades diferentes em meios diferentes – do ar para a água – o feixe luminoso muda de direção, sofrendo um desvio, e a percepção visual fica alterada. Isso acontece quando observamos o fundo deuma piscina, a partir da sua borda, e ela nos parece mais rasa do que é na realidade.

Absorção: É o fenômeno que consiste no fato da luz nem voltar ao meio de origem, nem passar para outro meio. A luz é uma forma de energia e sua absorção ocasiona aquecimento, pois é transformada em calor.Ex.: roupas e objetos de cor escura esquentam porque absorvem asradiações infravermelhas; a água dos oceanos também.

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LUZ – CONCEITO, FONTES E ESPECTRO VISÍVEL

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LUZ – A COR DAS COISAS E O ARCO- ÍRIS

A cor das coisas:Sabemos que para enxergarmos a cor de um objeto, ela deve atingir o olho humano,

impressionar a retina e ser interpretada pelo cérebro, que nos dá a sensação visual dessa cor.

A cor que um corpo apresenta, por reflexão, é determinada pelo tipo de luz que ele reflete. Assim, por exemplo, um corpo, ao ser iluminado pela luz azul, apresenta-se azul, porque reflete a luz azul e absorve as demais. Um corpo iluminado pela luz branca apresenta-se

branco, porque reflete as luzes de todas as cores. Quando essas cores se misturam, obtemos uma variedade de cores a que estamos acostumados. A cor preta é conseguida quando há absorção total de todas as cores. É considerada, portanto, ausência de cor.

Cores claras refletem a maior parte da luz, diminuindo a sua absorção e, consequentemente, a temperatura de onde se encontram. Cores escuras absorvem a maior parte da luz e, assim,

a temperatura.A sensação visual da cor branca também pode ser obtida pela incidência simultânea das

luzes vermelha, verde e azul. Quando duas dessas três luzes coloridas atingem simultaneamente o olho humano, elas causam sensações diferentes das que provocam

quando em separado.

A TV colorida, o visor dos celulares e

os monitores de computador funcionam

utilizando filetes iluminados nessas três cores básicas,

(amarelo, magenta e ciano) que se

combinam, produzindo uma

grande quantidade de cores diferentes.

Todos os filetes acesos produzem a

cor branca, apagados os pretos.

A luz branca e o arco- íris Na formação do arco-íris, a luz é duplamente refratada, isto é, muda de meio duas

vezes: ao sair do ar e entrar em uma gota de água e ao sair dela para o ar. As luzes de comprimentos de onda diferentes sofrem sempre um desvio, na sua trajetória, ao mudar de meio. A que sofre menor desvio em sua trajetória inicial é a vermelha, e a que sofre

maior desvio é a violeta. O disco de Newton é um ótimo experimento para demonstrar a

decomposição da luz branca. Utilize uma aula para que construam o aparelho e realizem o experimento em conjunto.

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AS CORES PIGMENTOS E LUZ

As cores-pigmento primárias são ciano, amarelo e magenta. Da mistura dessas cores, em proporções variadas, resultam teoricamente todas as demais cores obtidas por pigmentos. Assim que tomamos o primeiro contato com as cores-pigmento primárias, o magenta (uma cor rosada) nos causa estranhamento, pois o senso comum costuma definir vermelho como primária. No entanto, o vermelho é formado pela mistura de magenta e

amarelo, e não pode ser por isso cor primária, enquanto o magenta não pode ser produzido a partir de nenhuma mistura de outras cores, e por isso é primária.

As cores-luz são vermelho, verde e azul. Da mistura de luzes dessas cores em intensidades variadas, resultam todas as demais cores obtidas por luzes. A imagem da tela de um monitor (de TV ou de computador) é constituída de pontos (pixels) tripartidos com faixas de cada uma das cores-luz primárias. Uma área da imagem em amarelo,

por exemplo, é formada pelos pixels em que as faixas vermelha e verde estão acesas e a faixa azul apagada.

CuriosidadeO que faz com que nós possamos enxergar as cores são

duas partes específicas do olho, chamadas cones e bastonetes, localizados atrás do globo ocular.

Ambos os sistemas estão presentes na vida cotidiana; o sistema cor-pigmento é fundamental para a pintura, por

exemplo. Já o sistema de cor-luz é utilizado em monitores e televisões em geral.

Cor-luz é o termo que especifica a cor formada pela emissão direta de uma fonte luminosa.Cor-pigmento é o termo que especifica a cor produzida pelo processo seletivo de reflexão e absorção da luz efetuado por um objeto iluminado. A cor transmitida por um objeto é, portanto, resultado da seleção da

luz por sua superfície pigmentada. A cor resultante desse processo corresponde à soma dos raios refletidos pelo objeto.

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LUZ

HABILIDADES • Reconhecer que a luz é uma radiação eletromagnética, emitida pelo Sol, que se propaga em meios materiais e no vácuo. • Reconhecer que a luz transporta uma energia, a energia radiante, que é capaz de sensibilizar as células de nossa retina e provocar a sensação de visão.• Perceber que todo corpo capaz de emitir luz é uma fonte de luz e que os corpos negros não emitem luz. • Identificar fontes primárias e fontes secundárias de luz.• Identificar as propriedades da luz e reconhecê-la nos eventos do cotidiano.• Reconhecer que existem meios materiais que permitem ou não a passagem da luz e aplicá-los no seu dia a dia.• Reconhecer que o olho humano só é capaz de perceber a frequência do espectro eletromagnético, compreendida na faixa da luz visível. • Relacionar as ondas eletromagnéticas de alta e baixa frequência, com as do espectro visível.• Identificar as sete cores fundamentais do arco-íris que compõem a luz branca.• Perceber que a cor distinguida pelo olho humano é o resultado da reflexão de um comprimento de onda do espectro visível e a absorção das demais. • Perceber que a cor branca é o resultado da reflexão de todas as cores do espectro luminoso e que a cor negra é o resultado da sua absorção. • Explicar a formação do arco-íris.• Diferenciar as cores primárias de luz, das cores primárias dos pigmentos dos corantes e as cores resultantes de suas misturas.• Construir um disco de Newton, fazê-lo funcionar e explicar o fenômeno observado.• Relacionar um evento a uma consequência. • Explicar a ocorrência de um evento e considerar o mesmo evento em momentos diversos. • Fazer reflexões e emitir opiniões. • Interagir com o grupo na resolução de situações do cotidiano. • Relembrar conhecimentos adquiridos anteriormente.

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Entendendo as atividades

Atividade 1 – uma maneira de fazer com seus(suas) alunos(as), em grupo, sejam capazes de questionar e chegar a alguma conclusão sobre os fenômenos que ocorrem ao seu redor. Um bom momento para trabalhar, com a turma dividida, na sala de leitura e de informática e obter informações de fontes de consulta diferentes.Atividades 2, 3 e 4 – aplicação dos conceitos de luz, energia radiante e impressão visual.Atividades 5 e 6 – fazer com que diferenciem as fontes primárias e secundárias de luz.Atividade 7 – após a sua conclusão, dê alguns exemplos do cotidiano, como por exemplo: a importância de não mergulhar sem saber a profundidade de uma piscina, lago, rio ou mar; usar roupas claras no verão e não roupas escuras; usar bicicletas com olho de gato a noite ou coletes de cores fluorescentes.Atividade 8 – permite que relacionem as ondas sonoras e eletromagnéticas, em relação aos meios em que se propagam.Atividade 9 – reconhecimento dos meios de propagação da luz. Na letra d, o reconhecimento da relação entre os conhecimentos adquiridos sobre ondas sonoras.Atividade 10 – consolidando o conceito de luz visível. Peça que façam em grupo e que revejam os conhecimentos adquiridos sobre ondas eletromagnéticas e suas frequências, percebendo que a luz visível faz parte do espectro, que sua frequência está compreendida entre valores que permitem que o olho humano perceba as cores dentro dessa faixa.Atividade 11 – permite compreender melhor como percebemos as cores do espectro luminoso, sua frequência e as radiações invisíveis de alta e baixa frequência.Atividade 12 – o objetivo é que eles(elas) possam ser capazes de perceber que para vermos um objeto e sua cor, ele deve ser iluminado por uma fonte, impressionar nossa retina e ser interpretado pelo nosso cérebro. Atividade 13 – ler, com atenção, a explicação sobre “A cor das coisas”, para realizar essa atividade. Após concluírem, peça que reescrevam as justificativas falsas, para reforçarem o aprendizado.Atividade 14 – importante na aplicação das propriedades da luz e sua aplicabilidade ambiental na economia de energia.Atividade 15 – compreensão da formação do arco-íris e revisão do estudo sobre o espectro eletromagnético, já estudado. Ao pesquisarem sobre as cores e os pigmentos, possam perceber as diferenças existentes entre a obtenção da variedade de cores naturais e daquelas conseguidas pelas tintas, que usam corantes artificiais.

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LUZ

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ELETRICIDADEA eletricidade sempre existiu no Universo. Como é um fenômeno natural, está presente nos relâmpagos, no nosso sistema nervoso, nas batidas do coração, na parte externa do nosso corpo e em muitos objetos.

No mundo de hoje é praticamente impossível as pessoas viverem sem a eletricidade. A vida moderna, cercada de aparelhos elétricos, torna a sociedade extremamente dependente de seu uso. Sem luz

elétrica fica difícil sobreviver e os meios de obtê-la requerem tecnologia e o uso de recursos naturais renováveis ou não, que geralmente causam grandes impactos ambientais.

A eletricidade é conseguida por meio do movimento dos elétrons através dos corpos condutores.A parte da Física que estuda a propriedade e o comportamento das cargas elétricas acumuladas nos

corpos, em repouso, é a Eletrostática. A que estuda o deslocamento das cargas elétricas em movimento, através dos corpos condutores, é a Eletrodinâmica.

Todo livro didático de ciências do 9º Ano inicia o conteúdo Eletricidade pelo estudo da Eletrostática, que conta com vários exemplos no nosso cotidiano. Resolvemos, então, priorizar o estudo da Eletrodinâmica, por ser mais difícil,

para os professores de Ciências, encontrarem, para o ensino fundamental, um material específico e com

exercícios.

EletrodinâmicaPodemos dizer que a eletrodinâmica é simplesmente a parte da eletricidade que estuda as cargas elétricas em movimento.O movimento de cargas elétricas é

facilmente obtido nos materiais que chamamos de condutores.Os condutores de eletricidade apresentam grande quantidade de elétrons livres,

que se encontram nos orbitais mais externos do átomo. Por esse motivo, apresentam uma ligação fraca com o núcleo, possuindo relativa liberdade de

movimentação.

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ELETRICIDADE : CONDUTORES, ISOLANTES ELÉTRICOS E CARGA ELÉTRICA

Condutores e isolantes elétricosCondutores: são os materiais em que os portadores de carga elétrica têm grande liberdade de movimento. Espalham-se rapidamente em direção às superfícies, fenômeno entendido como repulsão das cargas elétricas de mesmo sinal (positivas ou negativas). Podem ser de dois tipos:•Eletrônicos – os portadores de carga são os elétrons livres (elétrons que deixam os átomos nos quais orbitam e movem-se pelos espaços interatômicos).Ex.: metais (fios e cabos de aparelhos elétricos) e grafite (eletrodos para fornos elétricos).• Iônicos – os portadores de cargas são os íons(átomos ou grupos de átomos que receberam ou perderam elétrons). Ex.: gases ionizados e soluções eletrolíticas (ácidos, bases, e sais em solução).Isolantes elétricos ou dielétricos:são os materiais em que os portadores de carga elétrica

não encontram facilidade de movimento, mantendo-se nas regiões em que se localizam. São os chamados materiais isolantes, usados para recobrir fios, cabos e aparelhos elétricos.Ex.: ar atmosférico, água pura, vidro, cerâmica, plástico, borracha, mica, ebonite (substância dura, negra, resultante da vulcanização da borracha).

Carga elétricaÉ a propriedade que as partículas elementares,

prótons e elétrons, possuem, de natureza elétrica, que lhes permite se atraírem,

mutuamente, isto é, que seu movimento seja ordenado.

Obedece aos seguintes princípios:• Principio da atração e repulsão (Terceira Lei de Newton): cargas de sinais opostos se atraem

e de mesmo sinal se repelem. • Princípio da conservação das cargas elétricas: a quantidade de cargas elétricas

positivas e negativas, de um sistema eletricamente isolado (um corpo neutro), é

constante.

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Corpo eletrizadoÉ aquele, que, após ser atritado por outros corpos, o

número de cargas positivas (prótons) torna-se diferente do número de cargas negativas (elétrons), adquirindo eletricidade estática. Neste caso, as cargas elétricas se acumulam e não se movimentam, permitindo atrair corpos leves.Por atrito: ao serem atritados (esfregados) um no outro, ocorre uma troca de elétrons entre eles, ficando um positivo e o outro negativo.Ex.: atritando um bastão de vidro num pedaço de lã, o vidro fica eletrizado positivamente e a lã, negativamente.

Por contato: quando um corpo neutro é posto em contato com um outro carregado positivamente ou negativamente, adquire a carga elétrica correspondente a esse corpo.

Por indução: ao se aproximar um corpo condutor neutro (o induzido) de um corpo eletrizado negativamente (o indutor), seus elétrons se afastam e a região próxima ao corpo eletrizado fica positiva. Ligando-se o induzido por meio de um fio-terra à Terra, esses elétrons afastados escoam para a Terra. Desligando-se o contato com a Terra, ainda em presença do indutor e afastando-se em seguida o indutor, o induzido mantém-se carregado positivamente, concluindo a sua eletrização.

ELETRICIDADE – CORPO ELETRIZADO E TIPOS DE ELETRIZAÇÃO

Alguns materiais têm a tendência de adquirir mais carga elétrica positiva ou negativa quando atritados uns com os

outros, como a sequência a seguir:-Tendência para adquirir carga elétrica positiva:

-borracha rígida > algodão > seda > lã > vidro.-Tendência a adquirir carga elétrica negativa:

- vidro > lã > seda > algodão > borracha rígida.

Indução

Atrito

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Page 42: 8 Serie Energia e Ondas

Campo elétrico:pode ser entendido como sendo uma entidade física

que transmite a todo o espaço a informação da existência de um corpo eletrizado. Se conectarmos as extremidades A e B de um condutor de cobre(fio de cobre) aos pólos A e B da pilha, os elétrons livres do condutor adquirem movimento ordenado,

originando uma corrente elétrica.

Corrente elétrica:é formada por elétrons livres em movimento

organizado. A energia elétrica transportada pela corrente nada mais é do que a energia cinética dos elétrons. Assim, nos circuitos elétricos, a energia

cinética dos elétrons livres pode transformar-se em energia luminosa ou em energia cinética dos

motores, por exemplo.

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ELETRICIDADE – CAMPO ELÉTRICO

Pilhas: Ao percorrer o circuito, do polo negativo da pilha até o polo positivo, os elétrons livres perdem totalmente a energia que transportavam. E sem a reposição dessa energia não seria possível a permanência de uma corrente elétrica. A função de uma pilha é, portanto, fornecer a energia necessária aos elétrons livres do fio, para que eles permaneçam

em movimento. Dentro da pilha, os elétrons adquirem energia ao serem levados do polo positivo ao negativo. Ao chegarem ao polo negativo, movimentam-se novamente pela parte externa do circuito até alcançarem o polo

positivo, e assim sucessivamente. Ao levarem certo número de elétrons do polo positivo para o negativo, a pilha cede a eles uma certa quantidade de energia.O valor da energia que esses elétrons recebem, dividido pela

quantidade de carga que eles têm, é a tensão elétrica existente entre os polos da pilha.

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ELETRICIDADE - CIRCUITOS ELÉTRICOS, FONTES E GERADORES DE ELETRICIDADE

Conhecendo um circuito elétrico O circuito elétrico é um caminho fechado, percorrido pela corrente elétrica, quando este é ligado a uma fonte geradora de carga elétrica, para alimentar um consumidor que transforma energia elétrica em outra. Em qualquer pilha AA (fonte), dá para ver que há duas extremidades, uma marcada com um sinal de mais (+) e outra marcada com o sinalde menos (-). Os elétrons estão agrupados na extremidade negativa da pilha, e podem fluir para a extremidade positiva, com o auxílio de um fio. Se conectarmos um fio diretamente entre os terminais positivo e negativo de uma pilha, duas coisas irão acontecer: os elétrons irão fluir do lado negativo da pilha até o lado positivo o mais rápido que puderem; a pilha irá descarregar bem rápido (em questão de minutos) e é por isso, normalmente, que você conecta algum tipo de carga no meio do fio. Essa carga, um consumidor, pode ser um motor, uma lâmpada ou um rádio.Está formado o circuito elétrico!

Geradores Elétricos

. Mecânicos – transformam a energia mecânica (potencial + elétrica) em energia elétrica, que é distribuída para consumo geral, como os dínamos e alternadores.

Ex.: geradores das usinas hidrelétricas. • Químicos – transformam energia química em elétrica.

Ex.: pilhas voltaicas (soluções ácidas ou salinas), pilhas secas (cloreto de zinco, dióxido de manganês e carvão em pó), as mais comuns, e baterias.

circuito elétrico

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GERADOR ELÉTRICO: é um dispositivo que transforma alguma modalidade de energia em energia potencial elétrica. Podem ser mecânicos e químicos.CORRENTE ELÉTRICA: é o movimento ordenado de cargas elétricas por um meio condutor produzido pela ação de uma força eletromotriz. A corrente elétrica só pode circular entre dois condutores – um deles pode ser a Terra – entre os quais exista uma diferença de tensão (voltagem). A corrente passa quando um ponto de um dos condutores está ligado a um ponto do outro, como no caso dos fios e da pilha.INTENSIDADE DE CORRENTE ELÉTRICA: é a quantidade de carga elétrica que atravessa uma seção reta de um condutor, na unidade de tempo. Sua unidade é o ampér (A) e o instrumento usado para medi-la é o amperímetro. POTÊNCIA ELÉTRICA: é a taxa com a qual a energia elétrica é convertida em outra forma, como em energia mecânica, calor ou luz. Uma carga que se move através de um condutor gasta energia. Isso pode resultar no aquecimento do circuito. É medida em Volts (V).TENSÃO ELÉTRICA: uma ddp (diferença de potencial elétrico), tensão elétrica ou voltagem pode ser entendida como tudo aquilo que é capaz de organizar o movimento de elétrons livres ao longo de um condutor. A unidade utilizada é o volt(V). O voltímetro é o aparelho usado para medir a diferença de potencial de um circuito elétrico. Nas cidades, como o Rio de Janeiro, e nos Estados Unidos, a tensão da corrente elétrica distribuída às casas é de 110V. Em outras cidades do Brasil, pode ser 110V, 127V ou 220V. Na maioria dos países da Europa, é de 220V. Pilhas, baterias, transformadores e tomadas, são elementos capazes de oferecer ddp ou voltagem. RESISTÊNCIA ELÉTRICA: é a capacidade que um fio condutor tem de oferecer certa resistência à passagem da corrente elétrica. Fios finos oferecem menos resistência à passagem da corrente elétrica, do que fios mais grossos. Quanto maior a resistência do condutor num circuito, maior deve ser a ddp para fazerem as cargas fluírem. A unidade de grandeza é o ohm (Ω), que mede a oposição a essa resistência. Essa grandeza varia com a natureza, as dimensões e a temperatura do resistor. RESISTORES: são dispositivos que têm resistência elétrica. São usados em circuitos eletrônicos de rádio, televisão e computadores, cuja função exclusiva é diminuir a intensidade da corrente elétrica, convertendo a energia elétrica em energia térmica, por isso aquecem. Alguns resistores têm aplicação prática, como a “resistência” do ferro de passar roupas, dos aquecedores, da torradeira e do secador de cabelos; o filamento de tungstênio da lâmpada incandescente; os fios na forma espiral dos chuveiros elétricos.

ELETRICIDADE - TIPOS DE CIRCUITOS ELÉTRICOS

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HABILIDADES • Reconhecer que a eletricidade é o resultado do movimento dos elétrons através dos corpos condutores. • Perceber que a velocidade dos elétrons não é a mesma nas ondas eletromagnéticas e nos circuitos elétricos. • Identificar os materiais condutores de eletricidade dos que são isolantes elétricos e suas aplicações.• Reconhecer no uso doméstico da eletricidade a dependência que o ser humano tem dela, no seu dia a dia.• Perceber que o nosso corpo é um bom condutor de eletricidade.• Reconhecer que determinadas atitudes do dia a dia, podem ser responsáveis por acidentes com a eletricidade, como choques, e saber como preveni-los.• Interpretar as informações contidas nas instruções de aparelhos eletroeletrônicos, para que saibam usá-los corretamente, evitando danos ao próprio e à sua saúde.• Identificar geradores elétricos e sua utilidade para as atividades humanas.• Perceber o funcionamento de um circuito elétrico simples e ser capaz de construi-lo.• Diferenciar fusível de disjuntor e reconhecer sua importância e aplicabilidade. • Reconhecer a diferença entre resistor e resistência.• Distinguir a utilidade dos resistores nos aparelhos eletrônicos e elétricos.• Discutir a importância do uso adequado e consciente da energia elétrica no dia a dia, a sua sustentabilidade e as formas de obtê-la.• Fazer um paralelo entre as transformações energéticas e sua aplicabilidade.• Analisar o funcionamento de circuitos elétricos em série e em paralelo. • Relacionar um evento a uma consequência e explicar a ocorrência de um evento. • Considerar o mesmo evento em momentos diversos, fazer reflexões e emitir opiniões. • Interagir com o grupo na resolução de situações do cotidiano. • Relembrar conhecimentos adquiridos anteriormente.

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Entendendo as atividades

Atividade 1 – reconhecimento do uso doméstico da eletricidade e da sua necessidade para a vida moderna. Atividade 2, 3 e 4 – permite que os(as) alunos(as) descubram, no dia a dia, os aparelhos e materiais que conduzem eletricidade dos que a isolam, podendo utilizá-los com melhor aproveitamento.Atividades 5 e 6 – fazem com que percebam como os elétrons se comportam num condutor, como um fio metálico, e que a sua velocidade é muito inferior à da luz. Atividade 7 – relacionar condutores e isolantes, quanto à sua capacidade de condução da energia elétrica. Atividade 8 – importante para os cuidados que devem ser tomados ao utilizarem aparelhos elétricos ou interruptores, com as mãos molhadas, pois nosso corpo conduz a corrente elétrica em direção ao solo. Importante ressaltar que os chuveiros devem ser bem instalados e seus fios bem isolados, para não recebermos choques ao tomar banho; que o uso de sapatos com sola de borracha isola os nossos pés do solo. Atividade 9, 10,11 e 12 – passo a passo no entendimento do funcionamento de um circuito elétrico. Peça que façam em grupo, para que possam discutir cada uma das perguntas, lendo com calma as explicações dadas na prancha, deixando para respondê-las na atividade 14.Atividade 13 – interpretação do esquema após os conceitos explorados na atividade anterior. Atividade14 – conclusão do entendimento e apropriação dos conceitos das atividades de 9 a 12.

Atenção ao fazer os exercícios! Explique que a “mágica” da eletricidade não está relacionada à

velocidade dos elétrons, e sim à disponibilidade de elétrons livres ao longo do fio condutor!

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Entendendo as atividades – Eletricidade (continuação)Atividade 15 – a importância de ler atentamente um folheto explicativo, saber interpretar as informações contidas nele, para que possam, seguindo corretamente as instruções dos aparelhos eletroeletrônicos, adquiridos por eles(as), usá-los corretamente, evitando danos ao próprio aparelho e à sua saúde.Atividade 16 – importância da ddp na perda energética, por aquecimento dos fios condutores.Atividade 17 – peça que leiam, atentamente, o texto e o relacionem com o que acontece conosco, no nosso dia a dia, jáque o nosso corpo é um bom condutor de eletricidade.Atividade 18 - identificação e entendimento do que são geradores elétricos.Atividades 19 e 20 - perceber o funcionamento de um circuito elétrico.Atividade 21 – ao reconhecer a diferença entre resistor e resistência, poderão distinguir a utilidade dos resistores usados nos aparelhos elétricos e eletrônicos que fazem parte da vida moderna.Atividade 22 – ao analisar o funcionamento de um circuito elétrico em série, os alunos(as) poderão, em grupo, discutir o porquê de uma das lâmpadas de um enfeite de Natal apagar, e as outras permanecem acesas, enquanto que numa gambiarra improvisada, se o mesmo acontece, todas apagam.Atividade 23 – possibilita a discussão da importância da economia de energia elétrica no dia a dia, a sua sustentabilidade e as formas de obtê-la.Atividade 24 – fazê-los relembrar que as transformações energéticas e sua aplicabilidade fazem parte do nosso cotidiano e estão presentes na natureza.

Não esqueça de explicar por que eu não morro eletrocutado no texto Eletricidade!

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ELETRICIDADE

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As civilizações antigas conheciam a magnetita, mineral que atrai o ferro. Até o início do século XVII, tais fenômenos não haviam sido estudados de forma sistemática, o que foi feito pela primeira vez por William Gilbert, médico particular da rainha Elizabeth I da Inglaterra, que se interessou pela natureza dos fenômenos magnéticos da matéria e descreveu corretamente a Terra como um gigantesco ímã, cujos polos magnéticos coincidem de modo aproximado com os de seu eixo de rotação em seu livro De magnete (1600. Sobre os ímãs), onde enunciou as propriedades fundamentais dos imãs e descobriu o campo magnético terrestre utilizando bússolas rudimentares.

MAGNETISMO

Magnetismo é o fenômeno físico que consiste nas forças de atração e repulsão exercidas por certos metais, como o ferro-doce, o cobalto e o níquel, devido à presença de cargas elétricas em movimento. Dá-se

também esse nome à disciplina da física que estuda a origem e as manifestações de tais fenômenos magnéticos.

Fundamentos físicosTradicionalmente, em física, estudam-se dois tipos de fontes de fenômenos magnéticos: os ímãs e as cargas livres nos condutores, que

transmitem uma corrente elétrica. Denomina-se campo magnético à perturbação sofrida pelo

espaço próximo a uma dessas fontes magnéticas. A detecção de um campo magnético

em um meio é feita pela influência que exerce sobre uma bússola ou carga elétrica em

movimento.

Tipos de magnetismoA física considera a existência de três tipos de material, segundo seu comportamento em presença de campos magnéticos: (1) substâncias ferromagnéticas, como o

ferro, o cobalto, o níquel e as ligas, minerais e derivados desses elementos, que ficam permanentemente

imantadas ainda que se retire o agente do campo; (2) substâncias que apresentam uma imantação temporária

e tênue, que desaparece ao eliminar-se o campo; (3) substâncias que são repelidas pelos ímãs de forma

indiscriminada.

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O Magnetismo da TerraProfessor(a), admitindo que já tenha trabalhado minimamente

rotação da Terra, é possível levar para a sala de aula um globo terrestre. Evidencie o eixo imaginário de rotação e os polos geográficos (polo norte e polo sul). Próximo a eles estão também os polos magnéticos da Terra! Lembre-se de que estão próximos e não exatamente no mesmo local, além disso, a localização dos polos magnéticos se altera com o tempo. O globo terrestre poderáfacilitar o entendimento dessas questões.

Pois bem, são nos polos, assim como nas extremidades de um imã em que a atração magnética é maior.E de onde vem esse magnetismo??O magnetismo terrestre éatribuído a enormes correntes elétricas que circulam no núcleo do planeta, que é constituído de ferro e níquel no estado líquido, devido às altas temperaturas (a circulação gera correntes elétricas).

Esse magnetismo é importante?CURIOSIDADE - Devido à ação do campo magnético da Terra, alguns animais parecem ter um radar natural de orientação. Aves migratórias e tartarugas marinhas, por exemplo, utilizam informações magnéticas para encontrar seu caminho.

**Professor, uma hipótese sobre como os animais detectam o campo magnético é a presença de um mineral magnético chamado magnetita no cérebro de algumas espécies. Essas partículas provavelmente reagem ao campo magnético e ativam nervos, enviando informações direcionais ao cérebro do animal.

Nos polos , assim como nas extremidades de um imã, a atração magnética é maior. No equador,

repare que a bússola fica quase horizontal!

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Magnetismo terrestreO campo magnético terrestre, detectável por

uma simples bússola, possui duas peculiaridades: sua irregularidade, dependente da latitude, e sua mudança gradual no tempo, consequência da variação contínua do eixo magnético. Segundo a teoria dinâmico-magnética, a origem do magnetismo terrestre está nas correntes elétricas do núcleo metálico do planeta, e sua variabilidade indica que esse núcleo encontra-se em movimento, de modo que os rios de metal fundido assumem o papel de espirais condutoras que criam campos magnéticos.

CONCLUSÃO DA EXPERIÊNCIACONSTRUÇÃO DE UMA BÚSSOLA

Ao flutuar livremente na água, com pouco atrito, a agulha cederá facilmente à influência do campo magnético da Terra e se alinhará com ele. Quando a agulha parar de balançar, ela ficará numa posição paralela à de uma bússola comum. Para determinar qual extremidade é a Norte e qual é a Sul, utilize a orientação pelo nascer (ou pôr) do Sol.

É importante lembrar que uma bússola não aponta para os polos geográficos da Terra. Para determinar a direção dos polos verdadeiros (geográficos) é preciso conhecer o erro que a bússola apresenta no local onde você a utiliza, que varia com o tempo. Em Uberlândia, essa diferença é de cerca de 19 graus (em 2007). Para corrigir a bússola, você deve ficar de frente para a posição Norte apontada por ela e girar seu corpo 19 graus para a direita (no sentido do Leste). Após esse procedimento, você estará de frente para o Polo Norte (o verdadeiro), em alinhamento com a rosa-dos-ventos local.

http://www.silvestre.eng.br/astronomia/astrodicas/bussola/bussola1.jpg

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HABILIDADES

• Conceituar Magnetismo e sua origem.• Relacionar as propriedades do Magnetismo.• Diferenciar os tipos de imãs em permanentes e temporários.• Reconhecer que os metais são substâncias ferromagnéticas.• Explicar a razão de alguns metais possuíram atração e outros não.• Mostrar que campo magnético é toda a área de ação do imã.• Reconhecer linha de indução como meio de mapeamento de um campo magnético. • Entender a razão de a Terra ser comparada ao imã gigante.• Analisar o magnetismo terrestre.• Experimentar a função da bússola.• Explicar a ocorrência de um evento.• Considerar o mesmo evento em momentos diversos.• Fazer reflexões e emitir opiniões.• Interagir com o grupo na resolução de situações do cotidiano.

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Entendendo as atividades

Atividade 1, 2, 3, 4, 5 e 6 – leitura e compreensão da origem do magnetismo seguido de um questionamento sobre o conceito de magnetismo. Aproveite para dar alguns exemplos de imãs no nosso cotidiano que permitam a melhor visualização da ação do imã. Atividade 7, 8, 9, 10 e 11 – faça-os compreender a diferença entre imã permanente e temporário com os dados fornecidos. Estimule-os (as) a responderem cada item sobre propriedades dos imãs, lendo atentamente o que se pede sobre os conteúdos recém-aprendidos.Atividade 12 – faça com que seus (suas) alunos (as) reflitam e justifiquem cada uma das afirmativas. Aproveite para que deem a sua opinião a respeito.Atividade 13 e 14 – perguntas objetivas sobre os conceitos e propriedades do imã.Atividade 15, 16 , 17 e 18 – faça-os compreender que campo magnético é toda a área de ação do imã e que linha de indução deve ser compreendido como meio de mapeamento de um campo magnético. Ao responder às perguntas os (as), fixaram a compreensão dos conceitos.Atividade 19 e 20 – faça-os compreender a razão de a Terra ser comparada ao imã gigante. Analisar o magnetismo terrestre relacionando-o com o núcleo terrestre e os elementos químicos que o formam. Atividade 21 – Faça-os analisarem as situações descritas. Incentive-os à observação, análise e conclusão. Se achar conveniente, peça que realizem os exemplos anteriores em sala. Faça com que seus(suas) alunos(as) reflitam e justifiquem cada uma das afirmativas sobre Magnetismo. Atividade 22 – Estimule a criatividade, proponha que a atividade seja realizada, para que possam discutir e analisar, através da construção, de maneira simples, o mecanismo de uma bússola.

Use o apelo da magia que existe sobre o magnetismo

para atrair a atenção de seus alunos!

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Ao final deste caderno aparecem algumas fichas que não foram incorporadas ao caderno dos alunos.

Estas fichas constam neste caderno para contemplar as discussões sobre temáticas ambientais, que integram os conteúdos das orientações curriculares de 4º bimestre. Entretanto, para além de apresentar temas como efeito estufa e aquecimento global, energia nuclear etc, que provavelmente jáforam trabalhados em alguma instância com os alunos ao longo dos anos letivos, optou-se por sugerir a abordagem de Justiça Ambiental como estratégia de trabalho. Outros conceitos, relacionados ao meio ambiente, vêm sendo cunhados, garantindo uma linguagem que se adequa aos locais e problemáticas específicas. É o caso do termo “racismo ambiental”, por exemplo, criado nos EUA para chamar atenção ao fato de que as populações negras são as mais expostas aos desequilíbrios e impactos sofridos pelo meio ambiente naquele país.

A seguir encontram-se sugestões de atividades com alunos, apresentando os conceitosteóricos para a atualização sobre o tema.

TRABALHANDO COM JUSTIÇA AMBIENTAL

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JUSTIÇA AMBIENTAL: CONCEITO, ORIGEM, PRESENÇA NO BRASIL

O conceito de Justiça Ambiental refere-se ao tratamento justo e ao envolvimento pleno de todos os

grupos sociais, independente de sua origem ou renda nas decisões sobre o acesso, ocupação e uso dos recursos

naturais em seus territórios.

O conceito de Justiça Ambiental vem da experiência inicial dos movimentos sociais dos Estados Unidos e do clamor dos seus cidadãos pobres e etnias socialmente discriminadas e vulnerabilizadas, quanto à sua maior exposição a riscos ambientais, por habitarem nas vizinhanças de depósitos de lixos químicos e radioativos ou de indústrias com efluentes poluentes. Como definiu Robert Bullard, Justiça Ambiental é “a busca do tratamento justo e do envolvimento significativo de todas as pessoas, independentemente de sua raça, cor, origem ou renda no que diz respeito à elaboração, desenvolvimento, implementação e reforço de políticas, leis e regulações ambientais. Por tratamento justo entenda-se que nenhum grupo de pessoas, incluindo-se aí grupos étnicos, raciais ou de classe, deva suportar uma parcela desproporcional das consequências ambientais negativas, resultantes de operações industriais, comerciais e municipais, da execução de políticas e programas federais, estaduais, locais ou tribais, bem como das consequências resultantes da ausência ou omissão destas políticas".

(Bullard, 2000, discurso na Mercer University)

Por Justiça Ambiental entenda-se o conjunto de princípios que asseguram que nenhum grupo de pessoas, sejam grupos étnicos, raciais ou de classe, suporte uma parcela desproporcional das consequências ambientais negativas de operações econômicas, de políticas e programas federais, estaduais e locais, bem como resultantes da ausência ou

omissão de tais políticas. Complementarmente, entende-se por Injustiça Ambiental o mecanismo pelo qual sociedades desiguais destinam a maior carga dos danos ambientais do desenvolvimento a grupos sociais de trabalhadores, populações de baixa renda, grupos raciais discriminados, populações marginalizadas e mais vulneráveis.

De onde vem o conceito de Justiça Ambiental?

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1 ― Os recursos ambientais como bens coletivos, para o presente e para o futuro, cujos modos de apropriação e gestão devem ser objeto de debate público e de controle social.2 ― Os direitos das populações do campo e da cidade a uma proteção ambiental equânime contra a discriminação sócio-territorial e a desigualdade ambiental.3 ― Garantias à saúde coletiva, através do acesso equânime aos recursos ambientais, de sua preservação, e do combate à poluição, à degradação ambiental, à contaminação e à intoxicação química ― que atingem especialmente as populações que vivem e trabalham nas áreas de influência dos empreendimentos industriais e agrícolas.4 ― Os direitos dos atingidos pelas mudanças climáticas, exigindo que as políticas de mitigação e adaptação priorizem a assistência aos grupos diretamente afetados.5 ― A valorização das diferentes formas de viver e produzir nos territórios, reconhecendo a contribuição que grupos indígenas, comunidades tradicionais, agroextrativistas e agricultores familiares dão à conservação dos ecossistemas.6 ― O direito a ambientes culturalmente específicos às comunidades tradicionais.7 ― A alteração radical do atual padrão de produção e de consumo.

O Colóquio Internacional sobre Justiça Ambiental, Trabalho e Cidadania, realizado na Universidade Federal Fluminense, em 2001, onde Representantes de movimentos sociais, sindicatos de trabalhadores, ONGs, entidades ambientalistas, organizações de afrodescendentes, organizações indígenas e pesquisadores universitários, do Brasil, Estados Unidos, Chile e Uruguai, reuniram-se para discutir sobre Justiça Ambiental e na ocasião foi criada a Rede Brasileira de Justiça Ambiental .

DECLARAÇÃO DE LANÇAMENTO DA REDE BRASILEIRA DE JUSTIÇA AMBIENTAL

JUSTIÇA AMBIENTAL NO BRASIL

A temática da Justiça Ambiental nos interessa face às extremas desigualdades da sociedade brasileira. No Brasil, o tema da justiça ambiental é ainda incipiente e de difícil compreensão, pois a primeira suposição éde que se trata de alguma vara especializada em disputas diversas sobre o meio ambiente. Os casos de

exposição a riscos químicos são pouco conhecidos e divulgados, à exceção do Estado de São Paulo, tendendo a se tornarem problemas crônicos, sem solução. Acrescente-se também que, dado ao nosso

amplo leque de agudas desigualdades sociais, a exposição desigual aos riscos químicos fica aparentemente obscurecida e dissimulada pela extrema pobreza e as péssimas condições gerais de vida a

ela associadas.

http://benitesjuridico.files.wordpress.com

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O conceito de Justiça Ambiental refere-se ao tratamento justo e ao envolvimento pleno de todos os grupos sociais, independente de sua origem ou renda nas decisões sobre o acesso,

ocupação e uso dos recursos naturais em seus territórios.

DESAFIOS ATUAIS: CONHECENDO O CONCEITO DE JUSTIÇA AMBIENTAL

No Brasil, as grandes metrópoles promovem e concentram as mais variadas e ousadas construções, não obedecendo às leis ambientais, no entanto, não são todos os cidadãos que se beneficiam das riquezas trazidas por essas transformações, haja vista o

processo de enfavelamento nas grandes cidades.

Identifique, entre o texto e os trechos das canções, as críticas pelo direito à moradia e pela Justiça Ambiental.

Trecho IErgueu no patamar quatro paredes mágicasTijolo com tijolo num desenho lógicoSeus olhos embotados de cimento e tráfegoSentou pra descansar como se fosse um príncipeComeu feijão com arroz como se fosse o máximoBebeu e soluçou como se fosse máquina(Construção, Chico Buarque)

Trecho IIEra uma casa veiaUm palacete assobradadoFoi aqui, seu moço,Que eu, Mato Grosso e o JocaConstruímos nossa malocaMas um diaNois nem pode se alembráVeio os home cas ferramentasO dono mandou derrubá(Saudosa Maloca, Adoniran Barbosa)

Trecho IIIComo é que faz pra lavar a roupa?Vai na fonte, vai na fonteComo é que faz pra raiar o dia?No horizonte, no horizonteEste lugar é uma maravilhaMas como é que faz pra sair da ilha?Pela ponte, pela ponte(A Ponte, Lenine)

1.Vamos ver o que você entendeu sobre o conceito de Justiça Ambiental. Leia o texto e os trechos de músicas brasileiras.

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Leia o artigo 7º da Declaração Universal dos Direitos da Água.

“Art. 7º - A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com

consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente

disponíveis.”

2. Agora, relacione o uso da água com a aplicação de Justiça Ambiental.

3.Quem é o causador da “doença do planeta”mencionada nos quadrinhos? Explique.

Relacionando Justiça Ambiental com outras intervenções dos seres humanos ao meio ambiente.

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Leia o artigo 7º da Declaração Universal dos Direitos da Água.

A importância da noção de Justiça Ambiental decorre da constatação de que a crescente escassez de recursos naturais e de que

a desestabilização dos ecossistemas afetam de modo desigual, e muitas vezes injusto, diferentes grupos sociais ou áreas

geográficas.

Relacionando Justiça Ambiental com outras intervenções dos seres humanos ao meio ambiente.

5. Veja a charge abaixo e explique o que você entende por Racismo Ambiental.

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HABILIDADES

• Conceituar Justiça Ambiental.• Conhecer a legislação brasileira referente ao Direito Ambiental.• Refletir sobre as situações do cotidiano e a necessidade de utilização da Justiça Ambiental.• Desenvolver o espírito crítico em relação às divulgações pela mídia dos acontecimentos de Injustiça Ambiental. • Reconhecer que a interferência humana gera situações de conflito entre grupos étnicos e sociais diferentes, quando feita sem os devidos cuidados e respeito pelas Leis Ambientais. • Relacionar os diversos tipos de conflitos da ação dos seres humanos entre si e com a Natureza. • Analisar a ação dos seres humanos como geradoras de Conflito Ambiental. • Explicar a ocorrência de um evento. • Considerar o mesmo evento em momentos diversos. • Fazer reflexões e emitir opiniões.• Interagir com o grupo na resolução de situações do cotidiano.

O relacionamento entre sociedade e natureza reflete, em maior ou menor grau, assimetrias políticas, sociais e econômicas, as quais são específicas de um determinado momento histórico e de uma dada configuração espacial (tanto no âmbito local e regional, quanto entre países e continentes, como por exemplo, no caso do efeito estufa). Com um pouco de atenção, não é difícil perceber que as múltiplas formas de degradação ambiental acontecem, predominantemente, onde vivem as populações de menor renda, comunidades negras e grupos indígenas. Mesmo assim, existe uma carência generalizada de análises que nos permitam compreender como o desequilíbrio de poder influi na origem e multiplicação dos impactos ambientais.

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Entendendo as atividades - Justiça Ambiental

Atividade 1 – Leitura e compreensão do conceito. Permite que os alunos (as) compreendam mais facilmente o conceito de Justiça Ambiental através dos exemplos encontrados no texto e trechos de músicas brasileiras. Aproveite para dar alguns exemplos que permitam a melhor visualização dessas alterações (Injustiça Ambiental) percebidas no ambiente.

Atividade 2 – Permita que revejam conceitos anteriores sobre desperdício de água e os relacione com as Injustiças Ambientais relativas à escassez e acesso àágua em favelas e comunidades.

Atividade 3 –Faça com que observem e reconheçam, nos diversos tipos de mídia, nesta atividade, a charge, a importância do planeta como Gaia, um ser vivo, nossa casa. Procure sempre ouvir suas respostas e debatê-las para que possam assimilar melhor essas noções.

Atividade 4 – Leitura e compreensão do conceito. Aproveite para dar alguns exemplos que permitam a melhor visualização dessas alterações percebidas no ambiente.

Atividade 5 – Estimule a sua criatividade, fazendo com que reconheçam, na charge, a verdadeira intenção da propaganda.

Ética e racismo ambiental

O conceito “racismo ambiental” se refere a

qualquer política, prática ou diretiva, que afete ou prejudique, de formas

diferentes, voluntária ou involuntariamente, a pessoas, grupos ou

comunidades por motivos de raça ou cor.

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O que é sustentabilidade?Sustentabilidade é um conceito sistêmico, relacionado com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana.Propõe-se a ser um meio de configurar a civilização e atividade humanas, de tal forma que a

sociedade, os seus membros e as suas economias possam preencher as suas necessidades e expressar o seu maior potencial no presente, e ao mesmo tempo preservar a biodiversidade e os ecossistemas naturais, planejando e agindo de forma a atingir pró-eficiência na manutenção indefinida desses ideais.A sustentabilidade abrange vários níveis de organização, desde a vizinhança local até o planeta

inteiro.

I – Ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meio ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente assegurado e

protegido, tendo em vista o uso coletivo.

II – Racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar .

III – Planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais.

IV – Proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas.

V – Controle e zoneamento das atividades, potencial ou efetivamente, poluidoras.

VI – Incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologia orientada para o uso racional e a proteção dos recursos ambientais.

VII – Acompanhamento do estado da qualidade ambiental.

VIII – Recuperação de áreas degradadas.

IX – Proteção de áreas ameaçadas de degradação.

X – Educação ambiental a todos os níveis do ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la para a defesa ativa do meio ambiente.

O direito ao meio ambiente saudável é também considerado como um direito constitucional fundamental.

O direito ambiental fundamenta-se em diversos princípios tais como: acesso equitativo aos recursos naturais, prevenção, reparação,

qualidade, participação popular e publicidade. Mais especificamente estes princípios se especializam nos seguintes mandamentos.

Princípios do Direito Ambiental e Política Ambiental

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PEQUENAS AÇÕES, GRANDES RESULTADOS

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Você sabe o que é sustentabilidade? Segundo o Relatório Brundtland, de 1987, “é suprir as necessidades da geração presente sem afetar a habilidade das gerações futuras de suprir as suas”. Queremos que você não só aplique seus conhecimentos como também reflita sobre práticas ecológicas simples e cotidianas que você pode incorporar à sua rotina, transformando significativamente a sociedade e o ambiente. Em outras palavras, queremos que você se torne um cidadão ecoprático.

PEQUENAS AÇÕES, GRANDES RESULTADOS

3. Reúna-se com seus colegas para discussão e criação de regras e ações locais, na sua comunidade ou mesmo na sua rua, para melhoria do ambiente em que vivem, visando ao

bem-estar e à qualidade de vida para todos.

1. Você já ouviu falar em Agenda 21? Pesquise sobre a importância que ela tem para a sustentabilidade do planeta.

racismo4.jpg

2.Observe a charge ao lado e explique a fala do pinguim: “eu não tenho onde cair morto”. Depois, debata com seus colegas e

pense o que aqui, no Brasil, na sua escola,você pode fazer para evitar o aquecimento global. Reúna cinco ações assertivas.

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Esse texto permite-nos refletir sobre a necessidade de revisão do atual modelo de desenvolvimento econômico, mesmo considerando as soluções técnicas que já foram encontradas, na tentativa de superar os problemas advindos do esgotamento dos recursos naturais.

PEQUENAS AÇÕES, GRANDES RESULTADOS

5. Comente com seus colegas e tente explicar os dois textos abaixo, sobre meio ambiente e sustentabilidade:

a)O esgotamento das reservas naturais não ocorre somente pelo consumo, mas

também pela forma inadequada de consumo.

b) Relatórios internacionais, entre eles o do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente... afirmam que já foi ultrapassado o limite da sustentabilidade planetária em matéria de recursos naturais, de energia, de ocupação de solos

e exploração do mar etc... já estamos mais de 20% além da capacidade de reposição da biosfera, com o déficit aumentando ano a ano....

NOVAES, Washington. Uma nova estratégia. Disponível em: <www.riomaisdez.gov.br>.

4. Apenas quando você tiver cortado a última árvore, pescado o último peixe e poluído o último rio, vai descobrir que não pode comer dinheiro.

Fala de um ancião americano citada em Vandana Shiva, Ecodesenvolvimento, 1989.

a) Relacione o desenvolvimento econômico com a preservação dos recursos naturais.

b) Qual é a diferença entre conservação e preservação dos ecossistemas naturais?

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Os princípios mencionados na prancha anterior estão consolidados no art. 225 e parágrafos da Constituição Federal e na Lei 6938/81, que estabelece os objetivos da Política Nacional de Meio Ambiente e tem sua execução regulamentada pelo

Decreto 99.274/90.Ecologia é a parte da biologia que estuda a relação dos seres vivos entre si e a destes com o espaço que lhes

envolve. É o estudo da casa dos seres vivos. O estudo de seu ambiente. Para efeitos jurídicos, o art. 3º, I , da Lei nº6.938/ 81, conceitua o meio ambiente como “o conjunto de condições, leis, influência e interações de ordem física,

química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”.

PEQUENAS AÇÕES, GRANDES RESULTADOS

A Agenda 21 é um plano de ação para ser adotado global, nacional e localmente, por organizações do sistema das Nações Unidas, governos e pela sociedade civil, em

todas as áreas em que a ação humana impacta o meio ambiente.

A Agenda 21 foi um dos principais resultados da conferência Eco-92 ou Rio-92, ocorrida no Rio de Janeiro, Brasil, em 1992. É um documento que estabeleceu a

importância de cada país a se comprometer a refletir, global e localmente, sobre a forma pela qual governos, empresas, organizações não governamentais e todos os setores da sociedade poderiam cooperar no estudo de soluções para os problemas

sócio-ambientais.

As ações prioritárias da Agenda 21 brasileira são os programas de inclusão social(com o acesso de toda a população à educação, saúde e distribuição de renda), a sustentabilidade urbana e rural, a preservação dos recursos naturais e minerais e a ética política para o planejamento rumo ao desenvolvimento sustentável. Mas o mais importante ponto dessas ações prioritárias, segundo este estudo, é o planejamento de sistemas de produção e consumo sustentáveis contra a cultura do desperdício.

agenda21b.jpg

alhama.org

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HABILIDADES

• Conceituar Sustentabilidade.• Conhecer a legislação brasileira referente ao Direito Ambiental. • Refletir sobre as situações do cotidiano e a utilização das Leis Ambiental e Agenda 21. • Desenvolver o espírito crítico em relação às divulgações pela mídia dos acontecimentos geradores de conflitos em desacordo à sustentabilidade do planeta. • Reconhecer que a interferência humana gera situações de conflito entre grupos étnicos e sociais diferentes, quando feita sem os devidos cuidados e respeito pelas leis ambientais. • Relacionar os diversos tipos de conflitos da ação dos seres humanos e sua permanência no planeta.• Explicar a ocorrência de um evento.• Considerar o mesmo evento em momentos diversos.• Fazer reflexões e emitir opiniões.• Interagir com o grupo na resolução de situações do cotidiano.• Perceber a interdisciplinaridade com Geografia e História.

PEQUENAS AÇÕES, GRANDES RESULTADOS

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http://files.nireblog.com/blogs4/preserveoqueenosso/files/m

eio_ambiente.jpg

PEQUENAS AÇÕES, GRANDES RESULTADOS

Entendendo as atividades

Atividade 1 – A pesquisa permite que os alunos(as) compreendam mais facilmente a importância da AGENDA 21. Apresente a possibilidade da pesquisa sobre o tema da sustentabilidade como exemplos de ação local e global.

Atividade 2 – permita que revejam conceitos anteriores sobre aquecimento global, agora com foco na sustentabilidade do planeta.

Atividade 3 – Estimule a sua criatividade. Proponha que a atividade seja realizada, para que possam discutir e criar ações positivas que minimizem os problemas e fazendo com que reconheçam a possibilidade real de um planeta verde onde haja bem estar e qualidade de vida para todos.Faça com que observem e reconheçam, nos diversos tipos de mídia, nesta atividade, a charge, a importância do planeta como Gaia, um ser vivo, nossa casa. Procure sempre ouvir suas respostas e debatê-las para que possam assimilar melhor essas noções.

Atividade 4 e 5 – após caracterizarem Desenvolvimento Sustentável, mostre que a exploração sustentável dos recursos florestais (madeira, látex, alimentos, remédios, utensílios, turismo) contribui para a economia da região, a manutenção da cultura dos povos da floresta (indígenas, ribeirinhos, seringueiros) e sua permanência no local. Leitura e compreensão de alguns exemplos que permitem a melhor visualização dessas alterações percebidas no ambiente.

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