8. então, existe um remédio! como ele é aplicado?...

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Cristo 8. Então, existe um remédio! Como ele é aplicado? Introdução: Vamos começar esta parte explicando fazendo uma relação simples entre os últimos capítulos e este atual. Estamos numa ascendência de pensamento, ou seja, Deus criou o mundo bom e perfeito (Gênesis 1:31), todavia o pecado perverteu toda a ordem perfeita da Criação (Romanos 3:23). Cristo é a solução para essa perversão (Romanos 5:17). Então, o nosso trabalho tem sido, neste exato momento, analisar um pouco mais sobre o que Jesus fez, faz e fará para conter os efeitos/punições do pecado na vida da raça humana. Neste capítulo, por exemplo, queremos analisar como o antídoto é inoculado em nós. Já que o pecado, herdado de Adão, contaminou toda a humanidade, a ação de Jesus, através de sua graça, reverte esta ação. O mal e o pecado entraram na raça humana através de Adão, mas a salvação dos efeitos/punições do pecado advém através da substituição de Cristo, na cruz. Lá, ele pagou pelos pecados e, durante sua vida, cumpriu toda a Lei de Deus (Mateus 5:17). A relevância deste capítulo está mais do que na tomada de consciência do que Jesus efetivamente fez, mas em como isso é aplicado em nossas vidas. Muitos ficam confusos, porque são convidados, através de uma oração sincera, a “aceitar Jesus”. E o que isso significa em minha vida? No que isso muda minha relação com Deus? No que isso muda o meu interior e exterior? Como essa mudança acontece? Para começar essa caminhada precisamos pensar numa continuação do capítulo anterior. Jesus, depois de sua humilhação, foi exaltado. Você precisa ter em mente que Jesus, como seu substituto, foi humilhado em

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Cristo

8. Então, existe um remédio! Como ele é aplicado?

Introdução:

Vamos começar esta parte explicando fazendo uma relação simples

entre os últimos capítulos e este atual. Estamos numa ascendência de

pensamento, ou seja, Deus criou o mundo bom e perfeito (Gênesis

1:31), todavia o pecado perverteu toda a ordem perfeita da Criação

(Romanos 3:23). Cristo é a solução para essa perversão (Romanos 5:17).

Então, o nosso trabalho tem sido, neste exato momento, analisar um

pouco mais sobre o que Jesus fez, faz e fará para conter os

efeitos/punições do pecado na vida da raça humana.

Neste capítulo, por exemplo, queremos analisar como o antídoto é

inoculado em nós. Já que o pecado, herdado de Adão, contaminou toda

a humanidade, a ação de Jesus, através de sua graça, reverte esta ação.

O mal e o pecado entraram na raça humana através de Adão, mas a

salvação dos efeitos/punições do pecado advém através da substituição

de Cristo, na cruz. Lá, ele pagou pelos pecados e, durante sua vida,

cumpriu toda a Lei de Deus (Mateus 5:17).

A relevância deste capítulo está mais do que na tomada de consciência

do que Jesus efetivamente fez, mas em como isso é aplicado em nossas

vidas. Muitos ficam confusos, porque são convidados, através de uma

oração sincera, a “aceitar Jesus”. E o que isso significa em minha vida?

No que isso muda minha relação com Deus? No que isso muda o meu

interior e exterior? Como essa mudança acontece?

Para começar essa caminhada precisamos pensar numa continuação do

capítulo anterior. Jesus, depois de sua humilhação, foi exaltado. Você

precisa ter em mente que Jesus, como seu substituto, foi humilhado em

seu lugar e exaltado em seu lugar. ou seja, a humilhação de Jesus foi a

minha humilhação e sua exaltação é a minha exaltação.

Vamos pensar um pouco. Primeiro, vamos ao processo de humilhação:

encarnação, morte, sofrimento e ficar morto por três dias. Isso é

aplicado, por substituição a nós. Ou seja, Jesus encarnou para ser

homem, porque o homem pecou. Sofreu como homem, porque o pecado

trouxe sofrimento, mas ele não pecou em nenhum momento. Jesus

cumpriu o “Pacto das Obras” – obedeceu a Lei de Deus até o fim. A

morte, sepultamento e ficar morto por três dias já fazem parte do

cumprimento da punição do pecado. Adão deveria voltar para o pó,

porque havia sido formado do pó. E aconteceu isso com Jesus. Jesus foi

humilhado em nosso lugar.

No caso da exaltação é semelhante. Jesus ressuscitou, como

ressuscitaremos um dia. Jesus subiu aos céus, como subiremos um

dia. Jesus foi glorificado, ou seja, recebeu um novo corpo, como

receberemos um dia – um corpo cheio de glória. E Jesus tornou-se Rei.

Nós não seremos reis, porque Cristo é Rei, mas receberemos a herança

compartilhada com Cristo, porque viveremos eternamente com o Pai.

Assim a exaltação de Cristo é aplicada a nós.

Mas, como essa aplicação acontece em cada indivíduo?

Em primeiro lugar, você precisa se lembrar de que Jesus, quando subiu

aos céus, derramou o Espírito Santo – falaremos mais dele no próximo

capítulo.

E eu pedirei ao Pai, e ele lhes dará outro Conselheiro para estar com

vocês para sempre, o Espírito da verdade. O mundo não pode recebê-lo,

porque não o vê nem o conhece. Mas vocês o conhecem, pois ele vive com

vocês e estará em vocês. (João 14:16-17)

É perceptível que o Espírito procede do Pai e do Filho. Sua obra é estar

conosco. Mas, muito mais do que isso, o Espírito veio viver em nós.

Estas premissas precisam ficar muito claras em sua mente:

O Espírito veio do Pai e do Filho.

O Espírito veio viver em nós.

O Espírito não veio viver em todos, mas em alguns – aqueles

que o conhecem.

Outro dado importante precisa ser considerado aqui.

Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo. Do

pecado, porque os homens não crêem em mim; da justiça, porque vou

para o Pai, e vocês não me verão mais; e do juízo, porque o príncipe deste

mundo já está condenado. Tenho ainda muito que lhes dizer, mas vocês

não o podem suportar agora. Mas quando o Espírito da verdade vier, ele

os guiará a toda a verdade. Não falará de si mesmo; falará apenas o que

ouvir, e lhes anunciará o que está por vir. Ele me glorificará, porque

receberá do que é meu e o tornará conhecido a vocês. (João 16:8-14)

Este texto, um pouco mais longo, pode nos ajudar um pouco mais em

nosso raciocínio. Outras premissas precisam ficar mais claras:

O Espírito convence o homem do pecado, da justiça e do juízo;

O Espírito ficou responsável pela comunicação de muitas coisas

que Jesus, ainda, não havia feito;

O papel do Espírito é glorificar a Cristo, ou seja, continuar sua

obra. O papel do Espírito é aplicar a obra de Cristo na vida das

pessoas.

Eu sei que parece muita informação, mas vamos tentar juntar tudo e

construir um pensamento inicial – uma premissa básica:

“Jesus completou sua obra de substituição, ou seja, substituiu Adão.

Quando foi exaltado, derramou o Espírito, que também vem do Pai. O

Espírito falaria o que Jesus, ainda não havia falado, por isso inspirou o

apóstolos na produção da Escritura. Além do mais, o Espírito vem

convencer o homem de que Jesus é o substituto e que o homem precisa

voltar, através de Cristo para Deus. então, quando esse convencimento

acontece, o homem volta para Deus e começa uma nova vida, que terá

seu ápice na glória eterna, com Cristo Jesus ”.

Eu sei que parece informação demais. Todavia, o que queremos realçar

neste início é como o Espírito Santo é aquele que continua a obra de

Jesus. Na Teologia falamos que o Espírito realiza a salvação subjetiva.

Se Jesus realizou a salvação objetiva, ou seja, realizou, efetivamente, na

história, a salvação pagando a punição do pecado e cumprindo o que o

“Pacto de Obras” preceituava, o Espírito é aquele que convence o

homem daquilo que Cristo fez – subjetivo. Toda a obra de Jesus é

aplicada pelo Espírito Santo.

O que passamos, a partir de agora, a ver é como o Espírito aplica a obra

de Cristo em nossas vidas. A Teologia chama isso de Ordo Salutis ou

Ordem da Salvação. A Ordo Salutis “descreve o processo pelo qual a

obra da salvação, realizada em Cristo, é concretizada subjetivamente

nos corações e vida dos pecadores. Visa descrever, em sua ordem lógica

e também em sua inter-relação, os vários movimentos do Espírito Santo

na aplicação da obra da redenção. A ênfase não recai no que o homem

faz, ao apropriar-se da graça de Deus, mas no que Deus faz, ao aplica-

la”.1

1. O Chamado Geral e Externo ou Vocação Geral e Externa:

1 Berkhof, Louis. Teologia Sistemática. Editora Cultura Cristã. São Paulo, 2007. Página 383.

A palavra vocação, por si só, já define um chamamento. Quero dizer que

para que alguém se achegue a Cristo, em primeiro lugar, precisa ser

chamado. Vamos entender um pouco disso:

Visto que, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por meio da

sabedoria humana, agradou a Deus salvar aqueles que crêem por meio

da loucura da pregação. (1 Coríntios 1:21)

Consequentemente, a fé vem por ouvir a mensagem, e a mensagem é

ouvida mediante a palavra de Cristo. (Romanos 10:17)

Para que alguém conheça a salvação, necessariamente, precisa ouvir a

pregação. Por pregação, não estamos falando somente daquilo que se

faz nos púlpitos das igrejas aos domingos à noite. Não é somente isso!

Em 1ª Coríntios 1:21 a expressão utilizada é κηρύγματος (kerigmatos),

que significa proclamação. Seria “aquilo que é proclamado por um

arauto ou clamador público; uma proclamação por arauto. No Novo

Testamento, mensagem ou proclamação dos arautos de Deus ou

Cristo”.2

Essa proclamação é feita por um κηρυξ (kerux). E quem seria este? O

“kerux” é um “arauto ou mensageiro investido com autoridade pública,

que levavam as mensagens oficiais dos reis, magistrados, príncipes,

comandantes militares, ou que entregavam uma intimação pública ou

ordem, e desempenhavam várias outras obrigações. No Novo

Testamento, é um embaixador de Deus, e arauto ou proclamador da

palavra divina”.3

Dito isto, é preciso começar a definir os termos. Quando dizemos que é

preciso haver um chamamento geral, estamos dizendo que todas as

2 STRONG, J., in Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de Strong, Sociedade Bíblica do Brasil 2002.

3 STRONG, J., in Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de Strong, Sociedade Bíblica do Brasil 2002.

pessoas precisam ser chamadas. E este chamamento é feito através da

pregação da palavra de Deus. Quem deve ser chamado? Todos!

E disse-lhes: "Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as

pessoas”. (Marcos 16:15)

A Expressão utilizada por Jesus é: uma vez que vocês foram

(πορευθέντες), dentro de toda a criação (εἰς τὸν κόσμον ἅπαντα), preguem,

proclamem o Evangelho4 (κηρύξατε τὸ εὐαγγέλιον) para todos os seres

criados (πάσῃ τῇ κτίσει).

Os discípulos de Jesus são chamados para pregar o Evangelho para

todas as pessoas contidas na Criação. Essa é a chamada geral. E ela é

externa, porque alcança, simplesmente, os ouvidos. Necessariamente,

não atinge o coração. Não gera, necessariamente, transformação da

natureza humana. É externa. Trata-se de um chamamento com a oferta

de salvação em Cristo, pela fé, a fim de que seus pecados sejam

perdoados.

E quais são os elementos desse chamamento? Simples!

O Evangelho é o primeiro elemento! Este Evangelho é uma

palavra “normalmente usada num contexto militar, o evangelho é

o relato de um mensageiro nomeado que chega ao campo de

batalha. Por isso, o Novo Testamento faz referência aos ofícios de

apóstolos (representante oficial), pregador e evangelista,

descrevendo s ministros como arautos, embaixadores e

testemunhas. O trabalho deles é entender corretamente a história

e depois relatá-la, garantindo que a mensagem seja entregue

(pregação) [...] O resultado é uma igreja, embaixada do Deus

Trino, no meio dessa era de infortúnios, com todo o povo de Deus

dando testemunho dos atos poderosos de Deus”.5 O primeiro

elemento consiste em apresentar aquilo que Jesus fez.

O segundo elemento é um convite ao arrependimento e fé. Ou

seja, o homem, ao olhar para Cristo, percebe que é pecador. O

Espírito o convenceu. Ele, por sua vez, confiado na força de Cristo

– fé, se achega a Deus.

Por isso, uma promessa de perdão e salvação deve ser o último

elemento. Aquele que, através de Cristo se achega a Deus, é

abraçado por ele.

2. O Chamado que dá Certo ou Vocação Eficaz:

"Pois muitos são chamados, mas poucos são escolhidos".

Mateus 22:14

Se o Chamado Geral e Externo é para todos e consiste na pregação do

Evangelho (o que Jesus fez), que possui uma chamada para o

arrependimento e fé, além de uma promessa de perdão e salvação, o

que seria “O Chamado que dá Certo”?

Em primeiro lugar, um deriva do outro e é impossível termos um

chamado interno sem um chamado externo. É necessário haver a

proclamação para haver a conversão. É interessante como Bavinck

coloca: “A Escritura e a experiência testificam, porém, que todas essas

ações do chamado externo nem sempre e nem em todos os casos levam

a pessoa a uma fé sincera e à salvação”.6

Então, vamos pensar um pouco sobre esse chamado interno. Através da

pregação o Espírito Santo aplica as verdades eternas ao pecador ouvinte

(1ª Co 1:23-24; 1ª Pe 2:9). É uma espécie de chamado que, segundo

5 Horton, Michael. Cristianismo sem Cristo. São Paulo – SP: Cultura Cristã, 2010. Página 88.

6 Bavinck, Herman. Dogmática Reformada: volume 4. Editora Cultura Cristã. São Paulo, 2012. Página 41.

Atos 13:48, possui eficiência. E, por fim, é irresistível e imutável (Rm

11:29). Aquele que ouve a voz do Espírito, não consegue voltar atrás,

porque se entrega à cruz de Cristo e não consegue voltar atrás.

Aqui começamos aplicar um pouco o conceito de graça, como favor

imerecido. O homem, descendente de Adão, é inimigo de Deus. Por isso,

a ação do Espírito Santo é trazer este homem para Deus novamente,

através da pregação da Palavra. Foi isso que aconteceu com Lídia, no

livro de Atos:

Uma das que ouviam era uma mulher temente a Deus chamada Lídia,

vendedora de tecido de púrpura, da cidade de Tiatira. O Senhor abriu

seu coração para atender à mensagem de Paulo. (Atos 16:14)

Enquanto ela ouvia a pregação, o Senhor abriu o coração dela para que

ela compreendesse e viesse até o Senhor.

Não podemos nos esquecer que Satanás cegou muitas pessoas (2ª Co

4:4-6). O homem é totalmente depravado, ou seja, completamente

entregue ao pecado (Rm 3:23). Então, não consegue vir a Deus. Por

isso, o chamado que dá certo é a ação de Deus, através da Palavra,

operada pelo Espírito, em que o pecador é, de maneira irresistível,

atraído até Jesus.

3. A Reabilitação ou Regeneração:

Essas duas palavras acima á sugerem o que queremos falar. “Re” quer

dizer novamente; “habilitação” está ligado a habilitar ou ficar apto para;

“generação” vem de gerar, que quer dizer fazer novamente. Este ponto

tratará de como o homem é feito novamente. Como ele é habilitado para

a nova vida.

Em João 3:3, o Senhor Jesus diz:

"Digo-lhe a verdade: Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de

novo". (João 3:3)

É preciso que uma nova natureza seja implantada no homem. Primeiro,

ele ouve a pregação do Evangelho. Depois o Espírito Santo aplica essa

mensagem irresistivelmente e, após isso, o homem é regenerado. O que

seria essa regeneração?

Segundo Berkhof, a regeneração “é uma obra criadora de Deus e,

portanto, é uma obra que o homem é puramente passivo, e na qual não

há lugar para cooperação humana [...] produz uma nova vida, em

virtude da qual, o homem, vivificado com Cristo, participa da vida

ressurreta e pode ser chamado de nova criatura”.7

4. A mudança de rumo ou Conversão:

Uma vez que o homem é transformado por Deus em uma Nova Criatura,

o próximo passo é a mudança de rumo ou conversão. E o que significa

isso? A conversão é dividida em duas partes: arrependimento e fé. A

Palavra foi pregada, o Espírito aplicou a Palavra e o homem nasceu

novamente. A partir de agora, ele está apto para responder a Deus.

A primeira resposta do homem a Deus é arrependimento. O Espírito o

convence de que este homem é pecador e não gosta de Deus. A

vergonha do pecado é o que toma conta do homem. O pecado incomoda.

E o que seria este arrependimento? O homem toma consciência de que

erra; pede perdão a Deus; e começa a caminhar na direção correta.

Todavia, ele percebe que é insuficiente para os padrões do Senhor, por

isso precisa de um substituto. Então, conscientemente, Jesus entra na

questão. A fé é em Cristo. Fé no substituto. Fé na obra de Cristo. Fé que

7 Berkhof, Louis. Teologia Sistemática. Editora Cultura Cristã. São Paulo, 2007. Página 429.

Jesus morreu e ressuscitou em seu lugar. Isso é conversão. E esse é o

conceito de graça mais maravilhoso. Cristo é colocado em nosso lugar e

nós tomamos consciência disso.

5. Justificação:

A justificação ficou muito famosa na Reforma Protestante. Embora seja

uma doutrina antiga, ficou muito esquecida na cristandade. Quando

Lutero levantou essa doutrina, ainda no século XVI d.C, a conjuntura

era terrível. A Igreja Católica Apostólica Romana cobrava pelo perdão de

pecados e por lugares no céu. A salvação, então, dependia da igreja e

das obras humanas.

Mas, quando lemos Romanos, percebemos alguns textos chave:

Porque no evangelho é revelada a justiça de Deus, uma justiça que do

princípio ao fim é pela fé, como está escrito: "O justo viverá pela fé".

(Romanos 1:17)

Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso

Senhor Jesus Cristo, por meio de quem obtivemos acesso pela fé a esta

graça na qual agora estamos firmes; e nos gloriamos na esperança da

glória de Deus. (Romanos 5:1-2)

Portanto, agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus,

porque por meio de Cristo Jesus a lei do Espírito de vida me libertou da

lei do pecado e da morte. (Romanos 8:1-2)

Diante desses textos, o que seria a justificação? Nas palavras de Paulo,

a justiça de Deus foi aplicada na cruz. Jesus morreu pelos nossos

pecados, a fim de que a ira de Deus fosse satisfeita. A fé é o que coloca

Jesus em nosso lugar. Crer! Simplesmente, crer!

Quando cremos em Cristo, Deus, do alto do trono de sua glória, aceita a

condenação de Cristo em nosso lugar. Ao invés de eu e você morrermos,

quem morreu foi Cristo. Por isso, a condenação, que era nossa, foi

colocada em Jesus. Então, não há condenação para aqueles que estão

em Jesus.

Sendo assim, justificação é um ato que acontece no tribunal de Deus.

Deus nos declara justificados, porque alguém pagou a dívida em nosso

lugar. Alguém cumpriu a lei em nosso lugar. Por isso, somos livres.

Somos justificados no tribunal eterno.

6. Santificação:

A santificação precisa ser dividida em duas partes:

à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo

Jesus e chamados para serem santos, juntamente com todos os que,

em toda parte, invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor

deles e nosso:

(1ª Coríntios 1:2)

Nas palavras do Paulo, os crentes foram santificados em Cristo, mas

precisam se santificar. Significa que a santificação é pontual, mas é

progressiva, também. Em primeiro lugar, perceba que a palavra “santo”

significa “separado”. Só Deus é santo. Então, a santificação é o caráter

de Deus sendo implantado em nós, produzindo melhores

relacionamentos entre nós e Deus; nós e a criação; nós e os outros; nós

e nós mesmos.

Quando dizemos que esta santificação é pontual, queremos dizer que,

na cruz, Jesus nos fez santos. Ou seja, a santidade de Cristo é

imputada em nós, ou seja, quando Deus nos vê, olha o nosso substituto

em nosso lugar. Todavia, diariamente, sou convocado a lutar contra

minha carne. Sou chamado para o embate entre os meus desejos e a

vontade Deus. Ser santo significa morrer para sim mesmo e viver para

Deus. é submeter toda sua vida à vontade de Deus.

Santificação é o seguinte: o que Deus quer de mim? Para que eu fui

criado? Então, em resposta ao amor de Deus, me submeto à Palavra da

verdade. Corro para ser como ele é. Odeio o pecado. Não gosto do

pecado. Ele me incomoda. Fico triste quando peco. Mas, busco, com o

auxílio do Espírito, ser como meu Senhor.

7. A firmeza dos crentes ou perseverança dos santos:

Estou convencido de que aquele que começou boa obra em vocês, vai

completá-la até o dia de Cristo Jesus. (Filipenses 1:6)

A salvação não pode ser perdida. Uma vez salvo, salvo para sempre. A

perseverança dos santos ou firmeza dos crentes quer dizer que Deus

perseverará nos seus filhos até o dia da volta de Cristo Jesus. Aqueles

que ouviram o Evangelho e nasceram de novo, serão levados por Deus

até o final, a fim de viverem com ele em glória.

Cristo

9. Mas, quem é esse ajudador?

Cristo

10. Ele constituiu um povo?

Cristo

11. E quais garantias nós temos?

Cristo

12. Para onde vamos?

Cristo

13. Se liga aí que é hora da revisão!