8. desenvolvimento urbano brasileiro: o o crescimento das ... · cidade de guarulhos. considerando...

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8. Desenvolvimento urbano 8. Desenvolvimento urbano 8. Desenvolvimento urbano 8. Desenvolvimento urbano brasileiro: brasileiro: brasileiro: brasileiro: o o o o crescimento das crescimento das crescimento das crescimento das cidades, a cidades, a cidades, a cidades, a infraestrutura urbana infraestrutura urbana infraestrutura urbana infraestrutura urbana , , , , os os os os serviços serviços serviços serviços públicos públicos públicos públicos INSTITUTO DE GESTÃO, ECONOMIA E POLÍTICAS PÚBLICAS – IGEPP, APO/ESAF 2015 PROF. BERNARDO ALVES FURTADO 9/11/2015

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8. Desenvolvimento urbano 8. Desenvolvimento urbano 8. Desenvolvimento urbano 8. Desenvolvimento urbano brasileiro: brasileiro: brasileiro: brasileiro: o o o o crescimento das crescimento das crescimento das crescimento das cidades, a cidades, a cidades, a cidades, a infraestrutura urbanainfraestrutura urbanainfraestrutura urbanainfraestrutura urbana, , , , os os os os serviços serviços serviços serviços públicospúblicospúblicospúblicosINSTITUTO DE GESTÃO, ECONOMIA E POLÍTICAS PÚBLICAS – IGEPP, APO/ESAF 2015

PROF. BERNARDO ALVES FURTADO 9/11/2015

Proposta aula1. Questões discursivas derivadas dos temas (ordem)

i. Mobilidade urbana

ii. Política habitacional (MCMV)

iii. Demografia (urbanização, conurbação, federalismo, metrópoles)

iv. Recursos hídricos (crise)

v. Vulnerabilidade social e inserção urbana

2. Para cada questão: panorama◦ Cobertura conceitual dos temas, de acordo com a questão

◦ Ênfase nas grandes diretrizes

I. Demografia (recente e séc.XX)

Evolução da População no Brasil

-5.000.000

5.000.000

15.000.000

25.000.000

35.000.000

45.000.000

55.000.000

65.000.000

75.000.000

85.000.000

Urbana Rural Total Urbana Rural Total Urbana Rural Total Urbana Rural Total Urbana Rural Total

Centro-oeste Norte Nordeste Sul Sudeste

1991

1996

2000

2010

Fonte: IPEA Data

Evolução da População no Brasil

Região População 1991 1996 2000 2010Variação 1991-2010

Quantidade Percentual

Centro-oeste

Urbana 7.663.122 8.864.936 10.092.976 12.482.963 4.819.841 62,9%

Rural 1.764.479 1.635.643 1.543.752 1.575.131 -189.348 -10,7%

Total 9.427.601 10.500.579 11.636.728 14.058.094 4.630.493 49,1%

Norte

Urbana 5.922.574 7.039.085 9.014.365 11.664.509 5.741.935 96,9%

Rural 4.107.982 4.249.174 3.886.339 4.199.945 91.963 2,2%

Total 10.030.556 11.288.259 12.900.704 15.864.454 5.833.898 58,2%

Nordeste

Urbana 25.776.279 29.191.749 32.975.425 38.819.594 13.043.315 50,6%

Rural 16.721.261 15.575.102 14.766.286 14.254.288 -2.466.973 -14,8%

Total 42.497.540 44.766.851 47.741.711 53.073.882 10.576.342 24,9%

Sul

Urbana 16.403.032 18.157.097 20.321.999 23.260.896 6.857.864 41,8%

Rural 5.726.345 5.356.639 4.785.617 4.125.995 -1.600.350 -27,9%

Total 22.129.377 23.513.736 25.107.616 27.386.891 5.257.514 23,8%

Sudeste

Urbana 55.225.983 59.823.964 65.549.194 74.696.178 19.470.195 35,3%

Rural 7.514.418 7.176.774 6.863.217 5.668.232 -1.846.186 -24,6%

Total 62.740.401 67.000.738 72.412.411 80.364.410 17.624.009 28,1%

Todas as Regiões

Urbana 110.990.990 123.076.831 137.953.959 160.924.140 49.933.150 45,0%

Rural 35.834.485 33.993.332 31.845.211 29.823.591 -6.010.894 -16,8%

Total 146.825.475 157.070.163 169.799.170 190.747.731 43.922.256 29,9%

Fonte: IPEA Data

Disponível em: http://esa.un.org/unpd/wup/Country-Profiles/

Disponível em: http://esa.un.org/unpd/wup/Country-Profiles/

Disponível em: http://esa.un.org/unpd/wup/Country-Profiles/

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Questão Discursiva 3Processo de urbanização conecta divisas entre municípios América Economia Beatriz Santos 27 de outubro de 2015

... Para eles, a tendência das médias concentrações é atrair cada vez mais população em busca de trabalho, que residirá nos municípios centrais ou do seu entorno. Os geógrafos do IBGE acreditam que, quanto mais elevado o dinamismo econômico, maior o potencial de atrair habitantes, que buscam “por amenidades locacionais na escolha da moradia. Não podemos esquecer, porém, que tudo isso está atrelado ao seu poder de compra, o que, muitas vezes, leva à distribuição perto de eixos viários, onde o custo de deslocamento geralmente é menor, ou em municípios em que o preço do imóvel é mais barato”, afirmam. O diretor de gestão urbana da Secretaria de Desenvolvimento Urbano de Guarulhos, Plínio Soares dos Santos, diz que um dos principais impactos é a sobrecarga do sistema viário, pelo intenso fluxo de veículos e de transporte coletivo e de carga. Ele explica que as recentes alterações feitas no Plano Diretor de São Paulo devem trazer reflexos no território metropolitano, em particular na cidade de Guarulhos.

Considerando a ilustração acima acerca do processo de crescimento urbano recente, responda os itens:

1. Faça um panorama geral do crescimento urbano brasileiro recente, listando regiões e portes de cidades com ganhos e perdas mais expressivos de população.

2. Associe as possíveis consequências de ganhar ou perder população, do ponto de vista municipal.

Taxa geométrica média de crescimento ao ano 2000-2010

1,17% A projeção inicial do IBGE era 1,3

1950 2,39

1960 2,99

1970 2,89

1980 2,48

1990 1,93

2000 1,64

2010 1,17

Dinâmica populacionalMunicípios litorâneos e cidades médias, entre 100 e500 mil habitantes cresceram a taxas maiores, respectivamente 1,36% a.a. e 1,50% a.a.

Especialmente, periferias metropolitanas

A região Norte e o estado do Mato Grosso também cresceram a taxaselevadas.

O Estado do Rio Grande do Sul e o interior de Minas Gerais e do Nordeste cresceram a taxas bem menores que a média nacional.

Confirma-se, portanto, uma dinâmica de mais intenso crescimento populacional nas periferias das metrópoles, cidades médias, fronteira agrícola e litoral, a despeito do interior dos estados

Consequências 1. Aumento da pobreza, violência

2. Precariedade das construções, transporte, saneamento, habitação

3. Aumento preços imóveis

4. No longo prazo, se o dinamismo econômico permanece e há adequada utilização de recursos financeiros, é possível melhoria da qualidade de vida. Não necessariamente de forma equitativa.

Questão Discursiva 1Rio corre contra o tempo para melhorar mobilidade urbana nos Jogos – Sede olímpica investe em projetos como BRTs e expansão do metrô

Vinicius Vaccaro 23/03/2015

Há quase dois anos, o carioca Leandro de Almeida Aquino Corrêa mantém o mesmo ritual nas noites de domingo a quinta-feira. Apara a barba, separa o terno que será trajado no dia seguinte e ajusta o despertador para soar às 5h15min. ... Morador da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, em uma região próxima ao Parque Olímpico em obras, o advogado de 37 anos sabe que precisa sair antes das 6h, a fim de vencer em uma hora e 15 minutos o percurso de 38 quilômetros até o escritório, na Avenida Rio Branco, no Centro. Se perder o horário, Corrêa levará o dobro do tempo para chegar ao trabalho, pois dificilmente escapará da teia de engarrafamentos na região ...

Considerando a ilustração acima acerca dos problemas da mobilidade urbana contemporânea, responda os itens:

1. Explicite os conceitos e fundamente a argumentação, listando as principais premissas para otimização da mobilidade urbana contemporânea no Brasil.

2. Liste ainda os prejuízos decorrentes das dificuldades de mobilidade urbana

Conceitos e premissasBásico

1. Transporte individual x transporte de massa1. externalidade negativa (direito ao espaço público)

2. não-contribuição no custo do pagamento transporte público

2. Financiamento1. subsídios

2. quem, de fato, paga o sistema

3. envelhecimento da população (gratuidade)

Subjacente

1. Políticas de desenvolvimento urbano e sistemas de mobilidade (análise setorial, ao invés de análise integrada)

Prejuízos1. Perda de competitividade, produtividade

1. horas de lazer e cansaço excessivo

2. portanto, mobilidade vinculada à produção

2. Stress, acidentes, custo financeiro

em profundidade

Município, Metrópole1. 5.570 municípios. CF 88: ente federado. Competências locais

2. Art. 30. Compete aos Municípios:1. I - legislar sobre assuntos de interesse local;

2. V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial;

3. VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação pré-escolar e de ensino fundamental;

4. VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação infantil e de ensino fundamental; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)

5. VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da população;

6. VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano;

7. IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual.

Recursos municipais1. ISS

2. IPTU/ITBI

3. FPM

4. cota-parte do ICMS

Finanças públicas metropolitanas

Fontes de financiamento (via Carlos Henrique Ribeiro de CArvalho Ipea)

Fontes II - CHRB/IPEA

Sugestões para a ‘solução’ da mobilidade urbana

Sugestões II. Organizando o raciocínio

I. Otimização

II. Transporte Público

III. Redução

IV. Restrição

+ informaçõesQuanto menor a renda maior o tempo gasto em deslocamentos (associar à questão social)

Vale-transporte 1987 obrigatório ◦ subsídio direto do empregador ao sistema – e representa

50% da receita. Mas, limita-se aos trabalhadores formais.

Tarifas, gratuidades e subsídios. Não-focalizado

Tarifa única, tarifação por zonas

Questão Discursiva 2Minha Casa, Minha Vida reproduz injustiça social, conclui pesquisa Thiago Guimarães Da BBC Brasil em Londres 22 outubro 2015

Esse (casa própria) é um sonho que acompanha a humanidade desde o início dos tempos, um local onde você se protege e constrói seu futuro e sua vida", disse Dilma no mês passado ao entregar casas do programa, numa referência recorrente em discursos da presidente.

Uma pesquisa recente, contudo, investigou como essas novas moradias impactam os meios de subsistência dos beneficiários, e descobriu que nem sempre o programa é sinônimo de progresso e estabilidade econômica, como prega a narrativa oficial.

Ao entrevistar moradores de cinco comunidades do Rio, todas na mira de remoções ou já reassentadas em condomínios do MCMV, a socióloga Melissa Fernández Arrigoitia, da LSE (London School ofEconomics), encontrou pessoas em novas dificuldades financeiras – seja pelas contas adicionais a pagar, pela distância do antigo trabalho ou pelas novas despesas com transporte.

Considerando a ilustração acima acerca do programa principal da Política Habitacional brasileira, responda os itens:

1. Explicite os conceitos e fundamente a argumentação, situando o programa MCMV na política habitacional recente, listando vantagens e desvantagens do programa.

2. Relacione ainda a inserção urbana da oferta habitacional e o direito à cidade

Política habitacional recente1. BNH (1964-86) 'foi o único em que o país teve,

de fato, uma Política Nacional de Habitação' Bonduki

1. FONTE FINANCIAMENTO Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS)

2. Significativa, porém, muito aquém das necessidades

3. 'desastre, do ponto de vista arquitetônico e urbanístico, da intervenção ... [com] grandes conjuntos na periferia das cidades, ... verdadeiros bairros dormitórios'

Desestruturação de 85 ... 20037 ministérios/secretarias diferentes

Até 2003. Ministério das Cidades◦ Estatuto das Cidades 2001

◦ órgão coordenador, gestor e formulador da Política Nacional de Desenvolvimento Urbano (CAIXA/MF operadora)

◦ aumento gradativo unidades construídas a partir 2005

◦ Desenvolvimento PlanHab

Estatuto das CidadesDiretrizes

I – garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infra-estrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações;

IX – justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo de urbanização.

XI – recuperação dos investimentos do Poder Público de que tenha resultado a valorização de imóveis urbanos;

PMCMV (MCidades/IPEA, 2014)Surge em 2009 como estratégia para aumentar o 'acesso das famílias de baixa renda à casa própria'.

Ao mesmo tempo,..., o PMCMV visava à geração de emprego e renda, através do investimento no setor da construção civil.

subsídios elevados para ... famílias com renda mensal de até R$ 1.600,00 ... na chamada Faixa 1 do PMCMV.

redução de taxas de juros, para famílias com renda mensal de até R$ 3.275,00 (Faixa 2).

condições favoráveis de acesso ao imóvel para famílias com renda mensal de até R$ 5.000,00 (Faixa 3).

Meta: construção de 1 milhão de moradias (483 mil FAIXA I)

Meta Fase II: 2,6 milhões de moradias

até junho 2014: 3,6 milhões, com 46% FAIXA I

FOCALIZAÇÃOFOCALIZAÇÃOFOCALIZAÇÃOFOCALIZAÇÃOPrevista no Plano Nacional de Habitação. Efetiva no MCMV

Função socialsocialsocialsocial da propriedadeArt 5 (dos direitos fundamentais)

◦ XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;

Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, ..., tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes.

§ 1º O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana.

§ 2º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.

I - parcelamento ou edificação compulsórios;

II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;

III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.

Art. 183. Usucapião - exceto em imóveis públicos.

PLANO DIRETORPLANO DIRETORPLANO DIRETORPLANO DIRETORPlano Diretor como instrumento de ‘promoção do

direito à cidade’

Da regulamentação a sua prática...◦ Falha: definição conceitos e parâmetros

◦ Demarcação territorial *

◦ Prazos implementação e operacionalização

Direito à moradia? Inexistência de estratégias socioterritoriais

Cidades sustentáveis? Sem estratégia de política de saneamento ambiental...

Instrumentos política urbanaNa Constituição Federal de 1988I. parcelamento ou edificação compulsórios;II. imposto sobre a propriedade predial e

territorial urbana progressivo no tempo;III. desapropriação com pagamento mediante

títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.

Instrumento: outorga onerosaoutorga onerosaoutorga onerosaoutorga onerosa"A outorga onerosa (OO), conforme o EC, compreende o Direito de Construir e a Alteração de Uso. Ou seja, é prevista pelo regulamento jurídico a possibilidade de o poder público municipal outorgar, onerosamente ou não, a construção acima de um determinado patamar ou a alteração de uso de um imóvel para uma utilização, a princípio, não prevista na legislação de uso do solo" TD/IPEA 1943

Instrumento: Operações Urbanas Consorciadas"As operações urbanas consorciadas (OUCs) constituem uma plataforma territorial de intervenção, uma forma de atuar sobre o espaço urbano orientado a um projeto de cidade." TD/IPEA 1943

Direito urbanístico (Victor C.P.) Especulação/dinâmica urbana“este benefício [as obras públicas] incorpora-se ao preço dos imóveis, mas é financiado pelo conjunto dos cidadãos”

Incentivo para proprietários em áreas deterioradas investirem?

Dado que o investimento vai valorizar os imóveis vizinhos

“... Para estender essas redes até uma área ocupada, é preciso atravessar outras áreas ainda não ocupadas, acarretando sua valorização”

Entendimento da dinâmica ônus (pagamento taxas e impostos) e bônus (oferta serviços públicos) espacialmente distribuídos, mediado pelo preço do acesso a cidade.

Resumindo...Vantagens:

1. Produção unidades, retomada política habitacional

2. Focalização

3. Dinamização econômica

Desvantagens:

1. Inserção urbana (e suas consequências)

Direito à cidade

1. Garante habitação, mas não moradia, no sentido de habitação com acesso pleno à cidade (mobilidade, trabalho, vínculos sociais)

Questão Discursiva 421/10/2015 do G1 em MG Caeté decreta situação de emergência por causa da crise hídrica

Nível baixo do Ribeiro Bonito compromete o abastecimento na cidade. Está proibido molhar calçadas com água potável e até encher piscinas. O prefeito de Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, decretou situação de emergência por causa da crise hídrica. "Considerando a diminuição da vazão do manancial Ribeiro Bonito em decorrência da estiagem prolongada, que tem reduzido significativamente a vazão de captação de água bruta direcionada à Estação de Tratamento de Água da Vila das Flores, com comprometimento do abastecimento público da cidade de Caeté", diz o documento.

Considerando a ilustração acima acerca do processo de gerenciamento dos recursos hídricos, responda os itens:

1. Discorra sobre as competências e responsabilidades dos entes federativos em relação à gestão dos recursos hídricos.

2. Identifique a unidade básica de gestão dos recursos hídricos e as dificuldades decorrentes quando a unidade básica ultrapassa os limites municipais.

PLANASA I (Maria Jose Salles, 2008)

Plano Nacional de Saneamento - PLANASA (1969) ... estruturado nacionalmente nos moldes autoritários e centralizadores do regime militar (1964-1985), ... redefinidas as principais orientações da política nacional e transformadas na Lei do Saneamento de nº 11.445/ 2005, ... em fase de regulamentação, ainda em julgamento pelo STF, da definição da titularidade dos serviços. PLANASA responsável por grande salto na cobertura de saneamento no país, ... incapaz de universalizar o acesso aos serviços, ... a partir de 1995, apesar de contribuírem para ampliar os níveis de cobertura ... Nos anos noventa ... grande expectativa na construção do marco regulatório como solução para os entraves de ordem político-institucional e/ou restrições financeiras que impediam a universalização desses serviços ...

PLANASA IITradicionalmente, oferta de água pelas companhias estaduais (CAESB, COPASA), embora alguns municípios tenham abastecimento próprio.

A partir da CF 88 novas negociações companhias e municípios. Contratos longos (20 anos)

situação não totalmente resolvida

Política Nacional de Recursos Hídricos LEI Nº 9.433, 1997

Art. 1º fundamentos:

I. a água é um bem de domínio público;II. a água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico ;III. em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos

hídricos é o consumo humano e a dessedentação deanimais;

IV. a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o usomúltiplo das águas;

V. a bacia hidrográfica é a unidade territorial para implementação daPolítica Nacional de Recursos Hídricos e atuação do SistemaNacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos;

VI. a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contarcom a participação do Poder Público, dos usuários e dascomunidades.

Bacia hidrográfica"A bacia hidrográfica é a unidade básica físico-territorial de planejamento e gerenciamento dos recursos hídricos"

"... Granell-pérez (2004), a bacia hidrográfica ou bacia de drenagem é constituída pelo conjunto de superfícies que, através de canais e tributários, drenam água da chuva, sedimentos e substâncias dissolvidas para um canal principal" (Amaral Rocha, s.d.)

Política Nacional de Recursos Hídricosinclui-se a adoção do instrumento de cobrança pelo uso da água e pela poluição gerada, segundo os princípios do usuário-pagador e do poluidor-pagador

a cobrança pelo uso da água não é taxa, menos ainda um imposto e não se fundamenta em um sistema de arrecadação, pois tem como objetivos primeiros:

reconhecer a água como bem econômico e dar ao usuário uma indicação de seu real valor; e,

incentivar a racionalização do uso da água.

Portanto, a cobrança pelo uso dos recursos hídricos é um instrumento de gestão.

Saneamento básico inclui:abastecimento de água:◦captação, adução, elevação, tratamento, reservação e distribuição

esgotamento sanitário

limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos

drenagem urbana e manejo das águas pluviais

Nadalin et. al. p. 229As altas densidades que decorrem da aglomeração de população em espaços metropolitanos exigem soluções compatíveis de saneamento, ... são grandes as chances de ocorrer contaminação de fontes de água pela disposição inadequada do esgoto sanitário e dos resíduos sólidos.

A ... disponibilidade de recursos hídricos vê-se comprometida pela enorme demanda que, frequentemente, chega a ser superior à sua oferta, situação que já é particularmente grave em Recife e São Paulo, ..., e que exige, muitas vezes, a captação de água distante dos locais de consumo – neste sentido, o Atlas ... , da Agência Nacional de Águas (ANA, 2010), lista catorze RMs que requerem novos mananciais, além da Ride do Distrito Federal.

Funções públicas de interesse comum conceito antigo, presente (14) no Estatuto das Metrópoles (janeiro, 2015)

Art. 5o As leis complementares estaduais ... definirão ...:

II – os campos funcionais ou funções públicas de interesse comum que justificam a instituição da unidade territorial urbana;

ou seja, para dado arranjo (metropolitano) quais são as funções públicas de interesse comum:

◦ mobilidade

◦ habitação

◦ saneamento ambiental

◦ resíduos

◦ meio ambiente?

Lei Federal dos Consórcios Públicos - 2005 CONSÓRCIO PÚBLICO é uma pessoa jurídica criada por lei com a finalidade de executar a gestão associada de serviços públicos, onde os entes consorciados, que podem ser a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no todo em parte, destinarão pessoal e bens essenciais à execução dos serviços transferidos.

Princípios colaboração federativa (organizado por Huanderson Ritchelly Rocha Lopes)

1. coordenação federativa1. atuação conjunta compulsória

2. cooperação federativa1. atuação conjunta voluntária

A cooperação é apenas uma das formas de articulação federativa.

Os consórcios públicos são apenas uma das formas de cooperação federativa. SEMPRE VOLUNTÁRIO

*Comuns na área da saúde e aquisição de equipamentos

cont... (HRRL)Finalidades dos consórcios públicos - alguns exemplos

1. Compras conjuntas (de uma licitação vários contratos).

2. Agência reguladora regional.

3. Escola de Governo Regional.

4. Compartilhamento de equipamentos e de pessoal técnico.

5. Serviços conjuntos de abastecimento de água e esgotamento sanitário.

6. Unidades de saúde consorciais (hospitais, centros clínicos, etc).

7. Destinação final de resíduos sólidos

+ argumentosEspecialmente para caso de serviços públicos em rede, tais como mobilidade, saneamento

◦ monopólio natural

◦ economias de escala

◦ planejamento

◦ subsídios, balanço financeiro

Resumindo...1. Competência local, descentralizada.

Historicamente, estadual. Necessidade de compatibilizar competências

2. Bacia hidrográfica. Necessidade de cooperação federativa

Questão Discursiva 5Brasil reduziu vulnerabilidade social em áreas urbanas em 10 anos Por Rodrigo Gomes

Estudo ... mostra que o Brasil reduziu a vulnerabilidade social nas regiões metropolitanas brasileiras, no comparativo 2000-2010.

Em 2000, 13 das 16 regiões pesquisadas tinham índices de alta a muito alta vulnerabilidade social. Em 2010, somente a Região Metropolitana de Manaus tem índice de vulnerabilidade considerado alto. Apesar disso, a redução do risco social nessa região foi 25,9% em dez anos.

O [Atlas] considera três análises de condições de vida para estabelecimento do índice de vulnerabilidade: infraestrutura urbana, que analisa o acesso ao saneamento básico e à coleta de lixo e o tempo gasto no trajeto casa-trabalho; capital humano, que avalia mortalidade infantil, acesso à escola e maternidade precoce; e renda e trabalho, que observa empregabilidade, renda familiar e formalidade da ocupação.

Considerando a ilustração acima acerca vulnerabilidade social em áreas urbanas, responda os itens:

1. Discorra sobre as possibilidades de atuação do município na melhoria das condições de vida de seus habitantes, à luz das suas competências

2. Faça o contraponto em relação às dificuldades de atuação do município em áreas que fogem a sua competência

Glaeser: Is there anythinggreener than blacktop?‘Lower densities inevitably mean more travel...’ p. 201

‘Remaining rural means poverty and attendantcurses’

‘... If we wanted to reduce emissions by our land-development policies, more Americans should livein denser, more urban environment’ p. 210

Glaeser: Flat world, tall city: TriumphTriumphTriumphTriumph ofofofof thethethethe citycitycitycity‘Humans are an intensely social species that excels... In producing things together’ p. 247

‘... Cities achieve much more than isolated humans’

‘Cities enable collaboration...’

‘Ideas flow readily...’

‘Cities make it easier to watch and listen and learn’.

‘Cities make us more human’

Exercício 1(APO-ESAF 2009/2010) B

1 - Com relação aos aspectos demográficos da sociedade brasileira, não é correto afirmar que:

a) o declínio na taxa de mortalidade da população, a partir de 1940, deveu-se, especialmente, aos progressos na saúde pública, particularmente no que tange ao controle das doenças epidêmicas.

b) o principal fluxo migratório que caracterizou a economia brasileira, durante o século XX, foi o chamado êxodo urbano.

c) os indicadores da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD-2008), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, demonstraram que, no país, prevalecem expressivas desigualdades educacionais entre ricos e pobres, brancos e não brancos, áreas urbanas e rurais e diferentes regiões.

d) em decorrência do processo de crescimento populacional, apesar da pequena queda observada no grau de pobreza, o número de pobres aumentou cerca de 13 milhões, passando do total de 41 milhões, em 1977, para 53 milhões em 1999, aproximadamente.

e) o índice de envelhecimento da população, segundo o IBGE, passou de 6,4% em1960 para 16,8% em 2000.

Exercício 2(Esaf AFRF – 2014 ) B

28 – Sobre a Política Urbana, Agrícola, Fundiária e da Reforma Agrária, é correto afirmar que:

a) é facultado ao Município, mediante lei específica incluída no Plano Diretor, exigir, nos termos de lei federal, do proprietário do solo urbano, não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, da adoção de algumas medidas impositivas.

Resumindo...1. Competência MUNICIPAL

2. MCMV. Financiamento, mas pouca inserção urbana. FOCALIZAÇÃO

3. Demografia. Crescimento. Urbano, esvaziamento rural. Exceto N, CO. Periferias.

4. Recursos hídricos. Titularidade

Referências principais

◦ Desafios da mobilidade urbana no Brasil. In O Desafio da mobilidade urbana. Câmara dos Deputados, Centro de Estudos e Debates Estratégicos, Consultoria Legislativa; Benedet, Ronaldo (relator); Oliveira, Antônia Maria de Fátima (coord.) ... [ et al]. 2015. http://bd.camara.leg.br/bd/handle/bdcamara/25220

◦ Furtado, B. et al. Território Metropolitano, Políticas Municipais. 2013. http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=19461&catid=336

◦ Atlas da vulnerabilidade social http://ivs.ipea.gov.br/ivs/