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CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA TRF-1ª REGIÃO AULA 0 www.pontodosconcursos.com.br 2 LÍNGUA PORTUGUESA E O CONCURSO DO TRF-1ª REGIÃO Muitos concursos de Tribunais têm sido elaborados pela Fundação Carlos Chagas (FCC): TRT-4ª Região/2011, TRT-14ª Região/2011, TRT-24ª Região/2010, TRT-12ª Região/2010, TCM-CE/2010, TCE-GO/2009 e TCE-CE/2008, por exemplo. A lista é extensa, e basta você acessar o sítio da instituição (http://www.concursosfcc.com.br/) para comprovar o que estou falando. O conteúdo programático que a Fundação estabeleceu para o seu concurso e que estudaremos é o que se segue: Ortografia oficial. Acentuação gráfica. Flexão nominal e verbal. Pronomes: emprego, formas de tratamento e colocação. Emprego de tempos e modos verbais. Vozes do verbo. Concordância nominal e verbal. Regência nominal e verbal. Ocorrência de crase. Pontuação. Redação (confronto e reconhecimento de frases corretas e incorretas). Intelecção de texto. No concurso do TRF-1ª Região, a prova de Língua Portuguesa para integra o grupo CONHECIMENTOS BÁSICOS, o qual conterá 20 QUESTÕES para ANALISTA e 25 para TÉCNICO, todas com PESO 1. Nossa disciplina deverá ser a principal do grupo, com o maior número de questões. A importância do estudo dos aspectos gramaticais é acentuada porque ainda haverá prova discursiva para Analista, a qual também será avaliada quanto ao domínio da modalidade escrita da Língua Portuguesa. Portanto você tem bons motivos para se empenhar em nossas aulas. O CURSO QUE PROPONHO Este curso destina-se aos futuros servidores do TRF-1ª Região, é de exercícios comentados e está estruturado da seguinte forma:

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www.pontodosconcursos.com.br 2

LÍNGUA PORTUGUESA E O CONCURSO DO TRF-1ª REGIÃO

Muitos concursos de Tribunais têm sido elaborados pela Fundação

Carlos Chagas (FCC): TRT-4ª Região/2011, TRT-14ª Região/2011, TRT-24ª

Região/2010, TRT-12ª Região/2010, TCM-CE/2010, TCE-GO/2009 e

TCE-CE/2008, por exemplo. A lista é extensa, e basta você acessar o sítio da

instituição (http://www.concursosfcc.com.br/) para comprovar o que estou

falando.

O conteúdo programático que a Fundação estabeleceu para o seu

concurso e que estudaremos é o que se segue:

Ortografia oficial. Acentuação gráfica. Flexão nominal e verbal. Pronomes:

emprego, formas de tratamento e colocação. Emprego de tempos e modos

verbais. Vozes do verbo. Concordância nominal e verbal. Regência nominal e

verbal. Ocorrência de crase. Pontuação. Redação (confronto e reconhecimento

de frases corretas e incorretas). Intelecção de texto.

No concurso do TRF-1ª Região, a prova de Língua Portuguesa para

integra o grupo CONHECIMENTOS BÁSICOS, o qual conterá 20 QUESTÕES

para ANALISTA e 25 para TÉCNICO, todas com PESO 1. Nossa disciplina

deverá ser a principal do grupo, com o maior número de questões. A

importância do estudo dos aspectos gramaticais é acentuada porque ainda

haverá prova discursiva para Analista, a qual também será avaliada quanto

ao domínio da modalidade escrita da Língua Portuguesa. Portanto você tem

bons motivos para se empenhar em nossas aulas.

O CURSO QUE PROPONHO

Este curso destina-se aos futuros servidores do TRF-1ª Região, é

de exercícios comentados e está estruturado da seguinte forma:

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Aula Assunto

0 Apresentações (pessoal e do curso)

Resolução da prova TRE-AM/ANALISTA JUDICIÁRIO/2010

1

Ortografia oficial.

Acentuação gráfica.

Flexão nominal.

2

Flexão verbal (emprego de tempos e modos verbais; vozes do

verbo)

Pronomes: emprego, formas de tratamento e colocação.

3 Concordância nominal e verbal.

4 Regência nominal e verbal.

Ocorrência de crase.

5

Pontuação.

Redação (confronto e reconhecimento de frases corretas e

incorretas).

Intelecção de texto.

Durante as aulas, você terá a oportunidade de revisar a teoria

gramatical por meio dos exercícios comentados de provas anteriores.

Oferecerei a você explicações relevantes e objetivas sobre os assuntos

importantes do ponto de vista da FCC.

Entenda que, para ser aprovado em concurso público, você

não precisa saber tudo sobre todos os assuntos; mas sim saber o que a banca

examinadora normalmente exige dos candidatos em cada assunto. E como eu

só me preocupo com uma disciplina (você tem que se preocupar com várias ao

mesmo tempo), julgo que levo vantagem sobre você na identificação do que a

FCC cobra em matéria de Língua Portuguesa.

Esclareço que, ao abordar assuntos possíveis de serem cobrados e

que normalmente não aparecem nas provas da Fundação (flexão nominal,

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por exemplo) poderei utilizar questões de outras bancas para tratá-los

adequadamente.

Ao término de cada aula, as questões utilizadas serão transcritas

sem os respectivos comentários na última parte do material, para que o aluno

tenha a oportunidade de fazer, ao longo da semana, uma revisão do conteúdo

estudado. Na sequência estará o gabarito delas.

“ESQUENTANDO OS MOTORES”

Deixo aqui breves comentários sobre uma prova elaborada pela

FCC em 2010. Nas aulas (e nos fóruns), as explicações serão

aprofundadas.

Aproveite a oportunidade para avaliar o seu conhecimento sobre

alguns pontos do conteúdo programático e identificar desde já aqueles que

merecem mais a sua atenção.

Espero que tudo o incentive a adquirir este curso e a prestar os

exames para o Tribunal. As provas estão previstas para 27/3/2011.

FCC/TRE-AM/ANALISTA JUDICIÁRIO/2010

CONHECIMENTOS BÁSICOS

Atenção: As questões de números 1 a 10 referem-se ao texto seguinte.

Entre a cruz e a caldeirinha

“Quantas divisões tem o Papa?”, teria dito Stalin quando alguém

lhe sugeriu que talvez valesse a pena ser mais tolerante com os católicos

soviéticos, a fim de ganhar a simpatia de Pio XI. Efetivamente, além de

um punhado de multicoloridos guardas suíços, o poder papal não é

palpável. Ainda assim, como bem observa o escritor Elias Canetti, “perto

da Igreja, todos os poderosos do mundo parecem diletantes”.

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Há estatísticas controvertidas sobre esse poder eclesiástico. Ao

mesmo tempo que uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas indica que,

a cada geração, cai o número de católicos no Brasil, outra, da mesma

instituição, revela que, para os brasileiros, a única instituição

democrática que funciona é a Igreja Católica, com créditos muito

superiores aos dados à classe política. Daí os sentimentos mistos que

acompanharam a visita do papa Bento XVI ao Brasil.

“O Brasil é estratégico para a Igreja Católica. Está sendo preparada

uma Concordata entre o Vaticano e o nosso país. Nela, todo o

relacionamento entre as duas formas de poder (religioso e civil) será

revisado. Tudo o que depender da Igreja será feito no sentido de

conseguir concessões vantajosas para o seu pastoreio, inclusive com

repercussões no direito comum interno ao Brasil (pesquisas com células-

tronco, por exemplo, aborto, e outras questões árduas)”, avalia o filósofo

Roberto Romano. E prossegue: “Não são incomuns atos religiosos que

são usados para fins políticos ou diplomáticos da Igreja. Quem olha o

Cristo Redentor, no Rio, dificilmente saberá que a estátua significa a

consagração do Brasil à soberania espiritual da Igreja, algo que

corresponde à política eclesiástica de denúncia do laicismo, do

modernismo e da democracia liberal.

A educadora da USP Roseli Fischman, no artigo “Ameaça ao Estado

laico”, avisa que a Concordata poderá incluir o retorno do ensino

religioso às escolas públicas. “O súbito chamamento do MEC para tratar

do ensino religioso tem repercussão quanto à violação de direitos, em

particular de minorias religiosas e dos que têm praticado todas as formas

de consciência e crença neste país, desde a República”, acredita a

pesquisadora. Por sua vez, o professor de Teologia da PUC-SP Luiz Felipe

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Pondé responde assim àquela famosa pergunta de Stalin: “Quem precisa

de divisões tendo como exército a eternidade?”

(Adaptado de Carlos Haag, Pesquisa FAPESP n. 134, 2007)

1. A expressão entre a cruz e a caldeirinha indica uma opção muito difícil de

se fazer. Justifica-se, assim, sua utilização como título de um texto que,

tratando da atuação da Igreja, enfatiza a dificuldade de se considerar em

separado

(A) a ingerência eclesiástica nas atividades comerciais e nas diplomáticas.

(B) a instância do poder espiritual e o campo das posições políticas.

(C) o crescente prestígio do ensino religioso e a decadência do ensino laico.

(D) os efetivos militares à disposição do Papa e a força do pontificado.

(E) as denúncias papais do laicismo e os valores da democracia liberal.

Comentário – O texto ressalta a influência da Igreja nas áreas espiritual e

religiosa, o que pode ser depreendido, sobretudo, da leitura do terceiro

parágrafo. A preparação de uma “Concordata” – tratado diplomático público e

solene que o Vaticano celebra com outro(s) Estado(s) para regular relações

mútuas e matérias de interesse comum – pressupõe o interesse da Igreja na

manutenção de sua influência. A avaliação do filósofo Roberto Romano

corrobora a ideia de que é mesmo difícil separar o poder espiritual da Igreja

das posições políticas. Segundo Romano, um ícone da influência eclesiástica na

área política é o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. Conforme avisa a

educadora Roseli Fischman, a instituição do ensino religioso nas escolas

públicas tem reflexos no direito alheio e pode ameaçar o “Estado laico”, uma

característica política do país.

Resposta – B

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2. Atente para as seguintes afirmações:

I. As frases de Stalin e de Elias Canetti, citadas no 1º parágrafo, revelam

critérios e posições distintas na avaliação de uma mesma questão.

II. Na Concordata (referida no 3º parágrafo), a Igreja pretende valer-se de

dispositivos constitucionais que lhe atribuem plena autonomia legislativa.

III. A educadora Roseli Fischman propõe (4º parágrafo) que o ensino religioso

privilegie, sob a gestão direta do MEC, minorias que professem outra fé

que não a católica.

Em relação ao texto, está correto APENAS o que se afirma em

(A) I.

(B) II.

(C) III.

(D) I e II.

(E) II e III.

Comentário – Item I – ao se referirem à Igreja Católica e ao poder dela,

Stalin demonstra que a entende como unidades de um exército que reúne

efetivos e recursos de todas as armas; mas Elias Canetti explica que o poder

da Igreja é de ordem espiritual, e não bélico ou humano. Item certo.

Item II – “conseguir concessões vantajosas para o seu

pastoreio” não significa pretender “plena autonomia legislativa”. Item errado.

Item III – dizer que a pesquisadora Roseli Fischman propõe

algum privilégio é extrapolar o que foi dito no texto. Ela apenas avisa que a

atitude do MEC significa uma violação de direitos; a educadora não se

posiciona contraria ou favoravelmente a alguma profissão de fé. Item errado.

Resposta – A

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3. Considerado o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um

segmento em:

(A) o poder papal não é palpável = o Papa não dispõe de poder considerável.

(B) parecem diletantes = arvoram-se em militantes.

(C) com créditos muito superiores = de muito maior confiabilidade.

(D) repercussões no direito comum interno = efeitos sobre o direito canônico.

(E) denúncia do laicismo = condenação dos ateus.

Comentário – Alternativa A: literalmente, não ser palpável significa não ser

evidente, claro; no contexto, a expressão exprime que o poder do Papa é

espiritual.

Alternativa B: parecer diletante é o mesmo que parecer

imaturo, amador em questões de ordem intelectual ou espiritual.

Alternativa D: no texto, o segmento “inclusive com

repercussões no direito comum interno ao Brasil” revela que esse direito (o

direito comum) difere do direito canônico (aquele que segue ou está de acordo

com os princípios de fé e disciplina da Igreja), traduzido no contexto pela

expressão “seu pastoreio”.

Alternativa E: por “denúncia do laicismo” podemos entender

o apontamento de doutrina contrária à influência religiosa nas instituições

sociais, o nada tem a ver com a condenação dos ateus.

Resposta – C

4. Ao se referir ao poder da Igreja, Elias Canetti e Luis Felipe Pondé

(A) admitem que ele vem enfraquecendo consideravelmente ao longo dos

últimos anos.

(B) consideram que, na atualidade, ele só se manterá o mesmo caso seja

amparado por governos fortes.

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(C) afirmam que nunca ele esteve tão bem constituído quanto agora, armado

da fé para se aliar aos fortes.

(D) lembram que a energia de um papado não provém da instituição

eclesiástica, mas da autoridade moral do Papa.

(E) advertem que ele não depende da força militar, uma vez que se afirma

historicamente como poder espiritual.

Comentário – Tanto o escritor quanto o professor advertem que o poder da

Igreja Católica, que tem no Papa a sua maior representação, independe de

força física ou de um exército militar, pois a força dela é de ordem espiritual.

Esse entendimento pode ser confirmado nas seguintes palavras: “o poder

papal não é palpável” (Elias Canetti) e “Quem precisa de divisões tendo como

exército a eternidade?” (Luiz Felipe Pondé).

Resposta – E

5. Na frase Quem precisa de divisões tendo como exército a eternidade?, o

segmento sublinhado pode ser substituído, sem prejuízo para o sentido e

a correção, por

(A) ao ter no exército sua eternidade?

(B) fazendo do exército sua eternidade?

(C) contando na eternidade com o exército?

(D) dispondo da eternidade como exército?

(E) provendo o exército assim como a eternidade?

Comentário – Se você reordenar o trecho sublinhado, perceberá que a

questão é fácil de ser resolvida: “tendo a eternidade como exército?”. Percebeu

que a “coisa” tida ou da qual se dispõe é a “eternidade” e não o “exército”? É a

“eternidade” caracterizada como “exército”; é ela o alvo do que se declara, e

não o “exército”.

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Resposta – D

6. As normas de concordância verbal estão plenamente respeitadas na frase:

(A) Deve-se firmar alguns acordos entre o Vaticano e o Brasil durante as

discussões da Concordata.

(B) Nunca chegou a preocupar Stalin, naturalmente, os guardas suíços que

constituem a segurança do Vaticano.

(C) Ao se deterem na estátua Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, os olhos de

um turista não verão o que de fato ela consagra.

(D) As concessões vantajosas que pretendem obter, nas discussões da

Concordata, a Igreja Católica, dizem respeito a questões polêmicas.

(E) Muitas repercussões passarão a haver no direito interno, caso a

Concordata consagre os acordos que constituem o principal interesse da

Igreja.

Comentário – Alternativa A: a FCC considerou que a expressão “Deve-se

firmar” constitui uma locução verbal na voz ativa sintética. Sendo assim, a

verbo auxiliar “Deve” teria que se flexionar na terceira pessoa do plural

(“Devem-se firmar”) para concordar com o núcleo do sujeito simples:

“acordos”. Entretanto, é licito também interpretar a construção como voz

passiva formada:

a) quer com o verbo auxiliar “Deve” (locução verbal: “Devem-se firmar”;

sujeito paciente: “alguns acordos...”);

b) quer com o verbo principal “Deve” – e nesse caso a locução verbal

inexiste; o verbo “firmar” integra o sujeito oracional “firmar alguns acordos...”;

o verbo principal concorda no singular.

É isso o que nos ensina, por exemplo, Domingos Paschoal

Cegalla (Novíssima gramática da língua portuguesa – 48. ed. rev. – São Paulo:

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Companhia Editora Nacional – 2008 – páginas 461 e 462). Mas parece que a

FCC ignorou tal ensinamento e se distanciou também da Esaf, por exemplo,

que já anulou duas questões semelhantes e pelo mesmo motivo (questão 9 da

prova 1 do gabarito 1 do concurso para o cargo de EPPGG do MPOG/2009;

questão 13 da prova 1 do gabarito 2 do concurso para o cargo de analista da

Receita Federal/2009 – elaboramos recurso contra o último gabarito e

obtivemos êxito).

Alternativa B: reordene os termos da frase e perceba a

discordância entre sujeito e verbo: “Naturalmente, os guardas suíços que

constituem a segurança do Vaticano nunca chegou a preocupar Stalin”. O

verbo deveria ser flexionado na terceira pessoa do plural: chegaram.

Alternativa D: o sujeito da forma verbal “pretendem” é o

termo “a Igreja Católica”, o que obriga o verbo a se flexionar na terceira

pessoa do singular: pretende.

Alternativa E: no sentido de existir, ocorrer, acontecer, o

verbo haver é impessoal e se mantém na terceira pessoa do singular. Como

verbo principal de uma locução, sua impessoalidade é transmitida ao seu verbo

auxiliar, que se mantém na terceira pessoa do singular: “passará a haver”.

Resposta – C

7. Está correta a flexão de todas as formas verbais da frase

(A) Tudo o que advir como poder da Igreja tem correspondência com o plano

simbólico e espiritual.

(B) O poder civil e a esfera religiosa nem sempre conviram quanto à busca de

um sereno estabelecimento de acordos.

(C) Ao longo da História, nações e igrejas muitas vezes se absteram de buscar

a convergência de seus interesses.

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(D) A pergunta de Stalin proveu de sua convicção quanto ao que torna de fato

competitivo um país beligerante.

(E) Ciente da fragilidade militar da Igreja, o ditador não se conteve e interveio

na História com a famosa frase.

Comentário – Alternativa A: “Tudo o que advém...” (presente do indicativo

do verbo advir, derivado do verbo vir).

Alternativa B: “...nem sempre convieram...” (pretérito

perfeito do indicativo do verbo convir, derivado do verbo vir).

Alternativa C: “...muitas vezes se abstiveram...” (pretérito

perfeito do indicativo do verbo abster, derivado do verbo ter).

Alternativa D: “...proveio de sua convicção...” (pretérito

perfeito do indicativo do verbo provir, derivado do verbo vir).

Alternativa E: as formas “conteve” e “interveio”, ambas

conjugadas no pretérito perfeito do indicativo, estão corretamente flexionadas,

pois derivam, respectivamente, dos verbos ter e vir.

Resposta – E

8. A frase que admite transposição para a voz passiva é:

(A) Perto da Igreja, todos os poderosos do mundo parecem diletantes.

(B) A Concordata poderá incluir o retorno do ensino religioso.

(C) Há estatísticas controvertidas sobre esse poder eclesiástico.

(D) Não são incomuns atos religiosos com finalidade política.

(E) O Brasil é um país estratégico para a Igreja Católica.

Comentário – Como regra geral, a admissão de voz passiva é pertinente a

verbos transitivos diretos. A dica, então, é procurar um entre as alternativas.

Você deve ter encontrado dois: “poderá incluir” (na locução, analise o verbo

principal, o último) e “Há” (no sentido de existir). Como o verbo haver no

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sentido de existir não admite sujeito e toda voz passiva possui sujeito, o verbo

haver não nos serve. Resta a alternativa B: O retorno do ensino religioso

poderá ser incluído pela Concordata.

Resposta – B

9. Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto.

(A) Deve de ser preocupante para os católicos, que eles venham caindo de

número nas estatísticas, em conformidade com a Fundação Getúlio

Vargas.

(B) Mau-grado seu desempenho nas estatísticas da FGV, esta mesma

instituição considera que a Igreja tem mais prestígio que outras classes.

(C) A mesma Fundação em que se abona o papel da Igreja como democrática,

é também a instituição em que avalia seu decréscimo de fiéis.

(D) Não obstante esteja decrescendo o número de fiéis, a Igreja, segundo a

Fundação Getúlio Vargas, é prestigiada como instituição democrática.

(E) A FGV, em pesquisas atinentes da Igreja Católica, chegou a resultados

algo controversos, seja pelo prestígio, seja pela contingência do seus fiéis.

Comentário – Alternativa A: o verbo dever não rege a preposição de,

portanto são incorretas frases como: *Ele deve de vir mais tarde e *Devem de

ser duas horas. Também é errada a expressão *deve de ser. Registre-se que,

com o verbo ter, o uso da preposição de é legítimo: tem de fazer, tem de ser.

A vírgula após “católicos” causou separação indevida entre o predicado e o

sujeito (oracional) “que eles venham caindo de número nas estatísticas”. A

forma verbal “venham” (presente do subjuntivo) deveria ser conjugada no

presente do indicativo, pois o fato é real e não hipotético.

Alternativa B: a palavra “grado” significa “vontade”.

“Malgrado”, numa só palavra e com “l”, tem valor semântico concessivo,

significa “apesar de” e não varia: “Malgrado os meus esforços, não cheguei a

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tempo”. “Mau grado”, em duas palavras e com “u”, significa “contra a

vontade”: “De mau grado respondeu às perguntas”.

Alternativa C: no segmento “é também a instituição em que

avalia seu decréscimo de fiéis” faltou o pronome apassivador se, a exemplo do

que segmento anterior. Note: “é também a instituição em que se avalia seu

decréscimo de fiéis” = “é também a instituição em que seu decréscimo de fiéis

é avaliado”.

Alternativa E: o adjetivo “atinente” rege preposição a e não

de (“atinentes à Igreja Católica”). Ainda que pareça estranho para muitos, a

expressão “resultados algo controversos” está correta. Nela, o vocábulo “algo”

é advérbio (= um pouco, um tanto) e intensifica o significado do adjetivo

“controversos”. Já na locução “do seus fiéis”, há um erro de concordância: o

artigo “o” (do = de + o) não foi pluralizado para harmonizar-se com o

substantivo “fiéis”.

Resposta – D

10. Está adequada a correlação entre tempos e modos verbais na frase:

(A) Se o Papa dispusesse de inúmeras e bem armadas divisões, talvez Stalin

reconsiderasse sua decisão e buscasse angariar a simpatia de Pio XI.

(B) Como alguém lhe perguntou se não é o caso de ganhar a simpatia de Pio

XI, Stalin lhe respondera que ignorava com quantas divisões conta o

Papa.

(C) Caso o Brasil não fosse um país estratégico para a Igreja, a Concordata

não se revestirá da importância que lhe atribuíram os eclesiásticos.

(D) São tão delicadas as questões a serem discutidas na Concordata que será

bem possível que levassem muito tempo para desdobrar todos os

aspectos.

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(E) Roberto Romano lembra-nos de que já houve, na História, atos religiosos

que acabassem por atender a uma finalidade política que é prevista.

Comentário – Na aula específica, explicarei melhor o que é correlação verbal

e darei alguns exemplos. Por enquanto veja as correções abaixo e compare-as

com as formas propostas pela banca examinadora.

Alternativa B: como a pergunta surge antes da resposta,

natural é que o tempo verbal daquela seja o pretérito mais-que-perfeito e

desta, o pretérito perfeito: “Como alguém lhe perguntara (...) Stalin lhe

respondeu (...)”. Na sequência: “se não era”; “contava o Papa”.

Alternativa C: “Caso o Brasil não fosse (...) não se revestiria

(...)”.

Alternativa D: “(...) será bem possível que levem muito

tempo (...)”.

Alternativa E: “(...) já houve, na História, atos religiosos que

acabaram por atender a uma finalidade política que era prevista”.

Resposta – A

Muito bem, por enquanto é só. Aguardo você na próxima aula, em

que estudaremos outros assuntos. Antes disso, procure resolver sozinho as

questões apresentadas aqui.

Fique com Deus e um abraço.

Professor Albert Iglésia

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QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS

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CONHECIMENTOS BÁSICOS

Atenção: As questões de números 1 a 10 referem-se ao texto seguinte.

Entre a cruz e a caldeirinha

“Quantas divisões tem o Papa?”, teria dito Stalin quando alguém

lhe sugeriu que talvez valesse a pena ser mais tolerante com os católicos

soviéticos, a fim de ganhar a simpatia de Pio XI. Efetivamente, além de

um punhado de multicoloridos guardas suíços, o poder papal não é

palpável. Ainda assim, como bem observa o escritor Elias Canetti, “perto

da Igreja, todos os poderosos do mundo parecem diletantes”.

Há estatísticas controvertidas sobre esse poder eclesiástico. Ao

mesmo tempo que uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas indica que,

a cada geração, cai o número de católicos no Brasil, outra, da mesma

instituição, revela que, para os brasileiros, a única instituição

democrática que funciona é a Igreja Católica, com créditos muito

superiores aos dados à classe política. Daí os sentimentos mistos que

acompanharam a visita do papa Bento XVI ao Brasil.

“O Brasil é estratégico para a Igreja Católica. Está sendo preparada

uma Concordata entre o Vaticano e o nosso país. Nela, todo o

relacionamento entre as duas formas de poder (religioso e civil) será

revisado. Tudo o que depender da Igreja será feito no sentido de

conseguir concessões vantajosas para o seu pastoreio, inclusive com

repercussões no direito comum interno ao Brasil (pesquisas com células-

tronco, por exemplo, aborto, e outras questões árduas)”, avalia o filósofo

Roberto Romano. E prossegue: “Não são incomuns atos religiosos que

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são usados para fins políticos ou diplomáticos da Igreja. Quem olha o

Cristo Redentor, no Rio, dificilmente saberá que a estátua significa a

consagração do Brasil à soberania espiritual da Igreja, algo que

corresponde à política eclesiástica de denúncia do laicismo, do

modernismo e da democracia liberal.

A educadora da USP Roseli Fischman, no artigo “Ameaça ao Estado

laico”, avisa que a Concordata poderá incluir o retorno do ensino

religioso às escolas públicas. “O súbito chamamento do MEC para tratar

do ensino religioso tem repercussão quanto à violação de direitos, em

particular de minorias religiosas e dos que têm praticado todas as formas

de consciência e crença neste país, desde a República”, acredita a

pesquisadora. Por sua vez, o professor de Teologia da PUC-SP Luiz Felipe

Pondé responde assim àquela famosa pergunta de Stalin: “Quem precisa

de divisões tendo como exército a eternidade?”

(Adaptado de Carlos Haag, Pesquisa FAPESP n. 134, 2007)

1. A expressão entre a cruz e a caldeirinha indica uma opção muito difícil de

se fazer. Justifica-se, assim, sua utilização como título de um texto que,

tratando da atuação da Igreja, enfatiza a dificuldade de se considerar em

separado

(A) a ingerência eclesiástica nas atividades comerciais e nas diplomáticas.

(B) a instância do poder espiritual e o campo das posições políticas.

(C) o crescente prestígio do ensino religioso e a decadência do ensino laico.

(D) os efetivos militares à disposição do Papa e a força do pontificado.

(E) as denúncias papais do laicismo e os valores da democracia liberal.

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2. Atente para as seguintes afirmações:

I. As frases de Stalin e de Elias Canetti, citadas no 1º parágrafo, revelam

critérios e posições distintas na avaliação de uma mesma questão.

II. Na Concordata (referida no 3º parágrafo), a Igreja pretende valer-se de

dispositivos constitucionais que lhe atribuem plena autonomia legislativa.

III. A educadora Roseli Fischman propõe (4º parágrafo) que o ensino religioso

privilegie, sob a gestão direta do MEC, minorias que professem outra fé

que não a católica.

Em relação ao texto, está correto APENAS o que se afirma em

(A) I.

(B) II.

(C) III.

(D) I e II.

(E) II e III.

3. Considerado o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um

segmento em:

(A) o poder papal não é palpável = o Papa não dispõe de poder considerável.

(B) parecem diletantes = arvoram-se em militantes.

(C) com créditos muito superiores = de muito maior confiabilidade.

(D) repercussões no direito comum interno = efeitos sobre o direito canônico.

(E) denúncia do laicismo = condenação dos ateus.

4. Ao se referir ao poder da Igreja, Elias Canetti e Luis Felipe Pondé

(A) admitem que ele vem enfraquecendo consideravelmente ao longo dos

últimos anos.

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(B) consideram que, na atualidade, ele só se manterá o mesmo caso seja

amparado por governos fortes.

(C) afirmam que nunca ele esteve tão bem constituído quanto agora, armado

da fé para se aliar aos fortes.

(D) lembram que a energia de um papado não provém da instituição

eclesiástica, mas da autoridade moral do Papa.

(E) advertem que ele não depende da força militar, uma vez que se afirma

historicamente como poder espiritual.

5. Na frase Quem precisa de divisões tendo como exército a eternidade?, o

segmento sublinhado pode ser substituído, sem prejuízo para o sentido e

a correção, por

(A) ao ter no exército sua eternidade?

(B) fazendo do exército sua eternidade?

(C) contando na eternidade com o exército?

(D) dispondo da eternidade como exército?

(E) provendo o exército assim como a eternidade?

6. As normas de concordância verbal estão plenamente respeitadas na frase:

(A) Deve-se firmar alguns acordos entre o Vaticano e o Brasil durante as

discussões da Concordata.

(B) Nunca chegou a preocupar Stalin, naturalmente, os guardas suíços que

constituem a segurança do Vaticano.

(C) Ao se deterem na estátua Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, os olhos de

um turista não verão o que de fato ela consagra.

(D) As concessões vantajosas que pretendem obter, nas discussões da

Concordata, a Igreja Católica, dizem respeito a questões polêmicas.

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(E) Muitas repercussões passarão a haver no direito interno, caso a

Concordata consagre os acordos que constituem o principal interesse da

Igreja.

7. Está correta a flexão de todas as formas verbais da frase:

(A) Tudo o que advir como poder da Igreja tem correspondência com o plano

simbólico e espiritual.

(B) O poder civil e a esfera religiosa nem sempre conviram quanto à busca de

um sereno estabelecimento de acordos.

(C) Ao longo da História, nações e igrejas muitas vezes se absteram de buscar

a convergência de seus interesses.

(D) A pergunta de Stalin proveu de sua convicção quanto ao que torna de fato

competitivo um país beligerante.

(E) Ciente da fragilidade militar da Igreja, o ditador não se conteve e interveio

na História com a famosa frase.

8. A frase que admite transposição para a voz passiva é:

(A) Perto da Igreja, todos os poderosos do mundo parecem diletantes.

(B) A Concordata poderá incluir o retorno do ensino religioso.

(C) Há estatísticas controvertidas sobre esse poder eclesiástico.

(D) Não são incomuns atos religiosos com finalidade política.

(E) O Brasil é um país estratégico para a Igreja Católica.

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9. Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto.

(A) Deve de ser preocupante para os católicos, que eles venham caindo de

número nas estatísticas, em conformidade com a Fundação Getúlio

Vargas.

(B) Mau-grado seu desempenho nas estatísticas da FGV, esta mesma

instituição considera que a Igreja tem mais prestígio que outras classes.

(C) A mesma Fundação em que se abona o papel da Igreja como democrática,

é também a instituição em que avalia seu decréscimo de fiéis.

(D) Não obstante esteja decrescendo o número de fiéis, a Igreja, segundo a

Fundação Getúlio Vargas, é prestigiada como instituição democrática.

(E) A FGV, em pesquisas atinentes da Igreja Católica, chegou a resultados

algo controversos, seja pelo prestígio, seja pela contingência do seus fiéis.

10. Está adequada a correlação entre tempos e modos verbais na frase:

(A) Se o Papa dispusesse de inúmeras e bem armadas divisões, talvez Stalin

reconsiderasse sua decisão e buscasse angariar a simpatia de Pio XI.

(B) Como alguém lhe perguntou se não é o caso de ganhar a simpatia de Pio

XI, Stalin lhe respondera que ignorava com quantas divisões conta o

Papa.

(C) Caso o Brasil não fosse um país estratégico para a Igreja, a Concordata

não se revestirá da importância que lhe atribuíram os eclesiásticos.

(D) São tão delicadas as questões a serem discutidas na Concordata que será

bem possível que levassem muito tempo para desdobrar todos os

aspectos.

(E) Roberto Romano lembra-nos de que já houve, na História, atos religiosos

que acabassem por atender a uma finalidade política que é prevista.

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GABARITO

1. B

2. A

3. C

4. E

5. D

6. C

7. E

8. B

9. D

10. A

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Olá! Novamente quero dar-lhe as boas-vindas e incentivá-lo(a) a

se manter firme e constante na preparação para a conquista de uma vaga do

concurso para o TRF-1ª Região.

Os exercícios da aula de hoje, abrangem três assuntos que

frequentemente a FCC inclui no conteúdo programático da disciplina Língua

Portuguesa: ortografia oficial, acentuação gráfica e flexão nominal.

Apesar disso, é fato que as provas trazem poucas questões sobre esses

tópicos, principalmente sobre flexão nominal (se você tiver aí uma bateria de

questões da FCC que trate de flexão nominal, envie-a para o meu endereço

eletrônico).

Tentarei ser o mais objetivo possível em minhas explicações, pois o

curso é de exercícios. Aqui, a intenção é direcioná-lo ao que, de acordo com a

tendência da banca, pode aparecer na sua prova e possibilitá-lo a fazer uma

revisão do conteúdo teórico.

As questões comentadas nesta aula estão transcritas na última

parte deste material sem os respectivos comentários, para que você tenha a

oportunidade de resolvê-las e, assim, revisar a matéria.

Vamos, então, ao primeiro tópico desta aula.

ORTOGRAFIA

1. (FCC/2009/TRT 16ª Região/Técnico Judciário) A frase em que há palavras

escritas de modo INCORRETO é:

a) A aridez que sempre caracterizou as paisagens do Nordeste brasileiro

aparece agora, para assombro de todos, na região Sul, comprometendo as

safras de grãos.

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b) Alguns estudiosos reagem com sensatez às recentes explicações,

considerando se o papel da bomba biótica é realmente crucial na

circulação do ar.

c) Se for comprovada a correção da nova teoria, a preservação das florestas

torna-se essencial para garantir a qualidade de vida em todo o planeta.

d) O desmatamento indescriminado, que reduz os índices de chuvas e altera

o ciclo das águas, pode transformar um continente em um estenso e

inabitável deserto.

e) Com ventos mais próximos ao mar, o ar úmido resultante da evaporação

da água do oceano é puxado para o continente, distribuindo a chuva ao

redor do planeta.

Comentário – A alternativa D apresenta dois problemas. A palavra

“indescriminado” deve ser grafada assim: indiscriminado (= sem controle, sem

ordem, sem critério, descontrolado, desordenado, desregrado). Veja outro

exemplo da aplicação dessa palavra: Ministério Público quer reprimir o uso

indiscriminado de agrotóxicos na capital e no interior de Sergipe. O segundo

erro está na grafia do vocábulo “estenso”, que deve ser escrito com x: extenso

(= que tem (grande) extensão, amplo, espaçoso, vasto). Veja outra aplicação

desse palavra: planície extensa.

Gabarito – D

2. (FCC/2009/PGE-RJ/TÉCNICO ASSISTENTE DE PROCURADORIA) Todas as

palavras estão escritas corretamente na frase (não estão sendo

consideradas as alterações que passaram a vigorar recentemente):

(A) Intervensões governamentais massiças e até agora sem precedentes não

conseguiram conter os impactos da crise financeira em diversos países.

(B) A permanência e a gravidade dos desdobramentos da crise financeira

deicham dúvidas e originam expeculações em todo o mundo.

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(C) A ganância por lucros cada vez maiores fez com que os riscos dos

investimentos crecessem esponencialmente no mercado financeiro.

(D) A excessiva circulação de instrumentos financeiros imbutia imenço

potencial de perigos redundando, como se viu, em enormes prejuízos.

(E) O êxito das resoluções tomadas em outros países depende de um maior

controle das instituições financeiras, o que atinge interesses múltiplos e

provoca resistência.

Comentário – Alternativa A: as palavras “Intervensões” e “massiças” estão

erradas. A primeira grafa-se com Ç no lugar do “s”: intervenções; a segunda,

com C no lugar do “ss": maciças.

Alternativa B: note o uso incorreto do dígrafo “ch” após o

ditongo “ei” na palavra “deicham”. Vamos corrigi-la: deixam (com X). Com S

no lugar do “x” é a correta forma de escrever o substantivo especulações.

Alternativa C: há aqui dois erros sequenciais: “crecessem

esponencialmente”, percebeu? No verbo, faltou a letra “s” para compor o

dígrafo SC: crescessem. No advérbio, o “s” deve dar lugar ao X:

exponencialmente.

Alternativa D: outra sequência de erros: “imbutia imenço”. O

verbo é escrito com E inicial: embutia. Já o adjetivo é grafado com S no lugar

do “ç”: imenso.

Alternativa E: sem erros ortográficos. Observe a forma correta

de grafar a palavra “êxito”: com X, e não com Z.

Gabarito – E

3. (FCC/2004/TRT 22ª Região (PI)/Analista Judiciário) Quanto à ortografia,

está inteiramente correto o que se lê em:

a) Nós não nos insurjimos contra esse despropositado aparato de leis porque

não temos quaisquer convicções quanto aos nossos fundamentos morais.

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b) A lengalenga de leis, em que se vão transformando nossos códigos, opõe-

se à concisão das normas que vijem de modo implícito na sociedade

sudanesa.

Comentário – Grafa-se com G o verbo insurgir (= rebelar(-se) contra a

ordem estabelecida, ou seu(s) representante(s); revoltar(-se); insubordinar(-

se); revolucionar(-se)). Em suas flexões, tal letra deverá ser mantida, exceto

diatne de A ou O: nós nos insurjamos; eu me insurjo.

Recomendação semelhante vale também para o verbo viger

(= vigorar). Tradicionalmente considerado verbo defectivo, tem ocorrido,

todavia, também no presente do subjuntivo: ...para que a lei vija...

Gabarito – Itens errados.

4. (FCC/2008/TRF 5ª Região/Analista Judiciário) Todas as palavras estão

corretamente grafadas na frase:

Algumas pessoas não admitem hesitação ou abstensão, quando nos

inquirem: você se arroula entre os pessimistas ou entre os otimistas?

Comentário – A grafia correta é abstenção (= ação ou resultado de

abster-se). Por derivar de uma palavra que possui T no radical, deve ser

escrita com Ç. Também não está certa a palavra “arroula”. A forma adequada

é “arrola” (= incluir em uma lista).

Gabarito – Item errado.

5. (FCC/2003/TRT 21ª Região (RN)/Técnico Judiciário) Está correta a grafia

de todas as palavras da frase:

As pesquizas que o antropólogo emprendeu são conclusivas, quando se

consideram os dados que foram comparados.

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Comentário – Na palavra “pesquizas”, o Z deve dar lugar ao S: pesquisas.

Além disso, a grafia correta é empreendeu (= pôs em prática; realizou), com

EE.

Gabarito – Item errado.

6. (FCC/2004/TRT 22ª Região (PI)/Analista Judiciário) Quanto à ortografia,

está inteiramente correto o que se lê em:

a) Não terão sido expatriados esses cinco mil jovens sudaneses? Por vezes, a

palavra refugiados é utilizada de maneira meio eufêmica.

b) Países do primeiro mundo acabam catalizando migrações em massa. Do

ponto de vista da população local, essas levas de migrantes quase nunca

são bem-vindas.

Comentário – O erro da alternativa B encontra-se na palavra “catalizando”.

Ela deriva de catálise (= combinação entre certos elementos, de modo a

provocar um processo de mudança), já com S. As palavras derivadas devem

manter essa letra.

Gabarito – A

7. (FCC/2004/TRE-PE/Técnico Judiciário) Encontram-se palavras escritas de

modo INCORRETO na frase:

a) A população brasileira não dispensa a farinha de mandioca, sempre

presente em seus hábitos alimentares, como, por exemplo, no saboroso

pirão.

b) Com a raiz da mandioca preparam-se diversos pratos deliciozos (salgados

e doces) que caracterizam a cosinha brasileira.

c) A produção da farinha de mandioca exige a participação de toda a

comunidade, num esforço único, objetivando rapidez e quantidade.

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d) A obtenção da farinha segue métodos tradicionais, num manuseio

bastante rústico, desde a confecção dos equipamentos necessários.

e) A assimilação de costumes indígenas foi um dos recursos utilizados pelos

portugueses na adaptação às condições hostis da vida na colônia.

Comentário – O sufixo OSO grafa-se com S: deliciosos. Além desse

problema, há a escrita errônea da forma correta cozinha, com Z, que tem

como correlatas as palavras cozinhar e cozer. Esta não deve ser confundida

com coser (= costurar)

Gabarito – B

8. (FCC/2005/TRT 3ª Região (MG)/Analista Judiciário) Estão corretos o

emprego e a grafia de todas as palavras da frase:

É costume discriminar-se os jovens, e a razão maior está em serem

jovens, e não em alguns de seus hábitos que fossem em si mesmos

pernisciosos.

Comentário – Não existe o primeiro S utilizado na palavra “pernisciosos”. A

grafia correta é perniciosos (= que podem causar dano moral, intelectual

etc.). Adianto que há um problema de concordância verbal no segmento “É

costume discriminar-se os jovens”. O infinitivo verbal "discriminar", por estar

na voz reflexiva, deve se flexionar no plural para concordar com o sujeito "os

jovens": "É costume discriminarem-se os jovens" (ou "É costume os jovens se

discriminarem").

Gabarito – Item errado.

9. (FCC/2008/TRT 18ª Região (GO)/Analista Judiciário) Está correta a grafia

de todas as palavras da frase:

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Tentou convencer o jovem a desligar a engenhoca, mas não obteve

sucesso nessa tentativa de dissuazão.

Comentário – A palavra “dissuazão” escrita com Z constitui erro. Ela deve ser

grafada com S (“dissuasão”) e deriva de “dissuadir” (= convencer alguém a

mudar de opinião ou desistir de uma intenção).

Gabarito – Item errado.

10. (FCC/2008/TRF-5ª Região/Analista Judiciário – Informática) Há

ocorrências de incorreção ortográfica na frase:

(A) Quando o poder econômico influi nas decisões governamentais, acaba por

reservar-se privilégios inconcebíveis.

(B) Mão-de-obra ociosa ou paralizada pode decorrer de uma incidiosa e

frustrante concentração do poder econômico.

(C) Embora tenha sido escrito há tantas décadas, o texto de Einstein mantém-

se atualíssimo, dissipando assim uma possível alegação de anacronismo.

(D) Os empreendimentos econômicos não podem obliterar os aspectos sociais

intrínsecos a toda e qualquer mobilização de capital.

(E) A arrogância inescrupulosa de alguns capitalistas presunçosos impede que

haja não apenas distribuição das riquezas, mas acesso às informações.

Comentário – É importante notar quando a questão foi elaborada: 2008, ano

em que o novo Acordo Ortográfico não estava em vigor e a palavra

mão-de-obra (conjunto de trabalhadores de uma região, país etc.) era escrita

com hífen. A regra geral para palavras compostas é que se deve empregar o

hífen APENAS SE OS SEUS ELEMENTOS FORMADORES (palavras que formam o

composto) PERDERAM SUA SIGNIFICAÇÃO INDIVIDUAL para que a palavra

composta adquirisse um significado único. Observe os exemplos seguintes.

Abaixo assinado x abaixo-assinado

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Mesa redonda x mesa-redonda

testa de ferro x testa-de-ferro

Sem o hífen, as palavras mantêm seu significado individual.

Abaixo assinado – indivíduo que subscreve, que assina abaixo de

um texto ou reivindicação.

Mesa redonda – é uma mesa de formato redondo.

Nas palavras compostas, nas quais o hífen é usado, repare que OS

ELEMENTOS FORMADORES PERDEM SUA SIGNIFICAÇÃO INDIVIDUAL para que

a palavra composta formada adquira um significado completamente novo.

Abaixo-assinado – é o documento que normalmente contém um

texto ou reivindicação assinada por várias

pessoas.

Mesa-redonda – é uma reunião destinada a debater determinado

assunto.

Com a vigência do novo sistema ortográfico (a partir de 1º de

janeiro de 2009), a regra geral sofreu alteração: hífen foi eliminado dos

compostos com elemento de ligação e mantido nos COMPOSTOS SEM

ELEMENTO DE LIGAÇÃO (de, da, do etc.) em que o primeiro termo é um

substantivo, adjetivo, numeral ou verbo. Exemplos:

abaixo-assinado, amor-perfeito, água-marinha, ano-luz, arco-íris,

beija-flor, decreto-lei, joão-ninguém, médico-cirurgião,

mesa-redonda, tenente-coronel, tio-avô, zé-povinho,

afro-brasileiro, azul-escuro, amor-perfeito, boa-fé, guarda-costas,

guarda-noturno, má-fé, mato-grossense, norte-americano,

sempre-viva, sobrinha-neta, sócio-econômico, sul-africano,

verbo-nominal, primeiro-ministro, segundo-sargento,

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segunda-feira, conta-gotas, guarda-chuva, vaga-lume,

porta-aviões, porta-retrato, porta-moedas etc.

Consequentemente, a palavra mão de obra passou a ser escrita

sem hífen. Mas esse não é o problema da questão, que foi aplicada em 2008.

As palavras paralisada (que guarda relação com paralisia, com S) e

insidiosa são escritas com S no lugar do “z” (“paralizada”) e do “c”

(“incidiosa.”).

Gabarito – B

11. (FCC/2009/PGE-RJ/TÉCNICO SUPERIOR – ADMINISTRADOR) É adequado

o emprego e correta a grafia de todas as palavras da frase:

(A) Os poetas românticos eram obsecados por imagens que, figurando a

distância, expressavam com ela a gososa inatingibilidade de um ideal.

(B) É prazeroso o reconhecimento de uma pessoa que, surgindo longínqua,

parece então mais próxima que nunca – paradoxo pleno de poesia.

(C) A abstensão da proximidade de alguém não impede, segundo o cronista,

que nossa afetividade aflore e haja para promover uma aproximação.

(D) Nenhuma distância dilui o afeto, pelo contrário: o reconhecimento da

amada longeva avisinha-a de nós, fá-la mais próxima que nunca.

(E) O cronista ratifica o que diz um velho provérbio: a distância que os olhos

acusam não exclue a proximidade que o nosso coração promove.

Comentário – Alternativa A: grafa-se com C no lugar do “s” o adjetivo

obcecados (que está com a consciência obscurecida; paralisado do intelecto;

cego de entendimento); já a palavra gozosa (em que há gozo, prazer,

satisfação) deve ser escrita com Z no lugar do primeiro “s”.

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Alternativa B: não há erro ou inadequação aqui. Destaque

para o acréscimo do sufixo OSO ao substantivo prazer, o que derivou ou

adjetivo “prazeroso”.

Alternativa C: deve ser escrito com Ç em vez do segundo “s”

o vocábulo abstenção (ação ou efeito de privar a si mesmo de algo – comida,

bebida, hábito ou vício etc.); além desse, outro erro sutil: o verbo agir deve

ser escrito sem “h”, mesmo conjugado no presente do subjuntivo: aja. Com

“h” (“...que nossa afetividade aflore e haja...”), a referência é ao verbo haver,

que não se adéqua ao sentido da frase.

Alternativa D: o verbo avizinhar (fazer ficar mais perto ou

chegar mais perto – física, espacial, temporal ou moralmente) é grafado com Z

em vez de “s”.

Alternativa E: emprega-se a letra I na sílaba final de formas

conjugadas dos verbos terminados em –UIR (diminui; influi, influis; possui,

possuis, instiui ; exclui etc.).

Gabarito – B

12. (FCC/2010/TRE-RS/TÉCNICO JUDUCIÁRIO – PROGRAMAÇÃO DE

SISTEMAS) A palavra em destaque está adequadamente empregada na

seguinte frase:

(A) Esse é o produto anticético mais poderoso já utilizado no hospital.

(B) Temendo que sua fala fosse caçada, evitou agressões.

(C) Esse estrato social é o mais afetado quando há chuvas torrenciais.

(D) A correta emersão dos pães no caldo é que vai garantir o sucesso da

receita.

(E) O ilícito tráfego de influências que praticava o levou ao banco dos réus.

Comentário – Foram cometidos vários erros ortográficos.

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Na alternativa A, a grafia correta da palavra sublinhada é

antisséptico – produto que impede a contaminação e combate a infecção

(diz-se de medicamento). Anticéptico (com p) indica aquele que é adversário

dos cépticos ou do cepticismo, isto é, doutrina dos que examinam e duvidam;

estado dos que duvidam ou afetam duvidar de tudo; descrença.

Em B, “caçada” com “ç” significa ação ou resultado de caçar,

procurar com grande empenho, perseguição. Eis a forma adequada: cassada –

revogação, anulação (mandato, licença, direitos políticos etc.); impedimento

da continuidade ou da realização de algo; proibição.

Na alternativa C, a palavra foi corretamente escrita e

empregada adequadamente na frase; ela significa grupo ou camada social de

uma população, definido em relação ao nível de renda, educação etc. Extrato

com “x” pode expressar o produto de uma extração, aquilo que se extraiu;

pequeno trecho extraído de um texto maior, para ilustração ou exemplificação;

registro pormenorizado de operações bancárias realizadas em um determinado

período.

Na alternativa D, deveria ter sido utilizada a palavra imersão

para indicar a ação ou o resultado de imergir(-se), de mergulhar(-se) em um

líquido (imersão de um submarino). Emersão é a ação ou o resultado de

emergir, vir à tona (emersão do submarino), antônimo de imersão.

Em E, a palavra adequada é tráfico, comércio ilegal e

clandestino. Tráfego é o mesmo que movimentação ou fluxo de veículos;

trânsito.

Gabarito – C

13. (FCC/2003/TRT 21ª Região (RN)/Técnico Judiciário) Está correta a grafia

de todas as palavras da frase:

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a) Quem imagina que o progresso só trás vantagens ficará frustado quando

perceber os dezajustes que ele pode provocar.

b) É com muita espontaniedade que passamos a gosar dos benefícios do

progresso, sem nos preocuparmos com as suas conseqüências.

Comentário – Na primeira alternativa, a forma verbal “trás” deriva do verbo

trazer, escrito com Z; ela não deve ser confundida com o advérbio atrás (=

às costas ou na retaguarda; em posição anterior ou inferior). O adjetivo

“frustado” grafa-se corretamente assim: frustrado, com o segundo R.

Também o substantivo “desajustes” está escirto erradamente. Eis a forma

certa: desajustes (= audência de encaixe entre duas coisas; falta de

coincidência ou de coerência entre fatos, opiniões, ideias, objetivos etc.), com

S no lugar do Z.

Na segudna alternativa, os erros repousam nas palavras

“espontaniedade” e “gosar”. Na primeira houve a mudança de posição da letra

I, repare: espontaneidade (= caráter ou qualidade do que é espontâneo,

natural, sem afetação; naturalidade). Na segunda o S deve dar lugar ao Z:

gozo (= possuir ou usufruir coisas boas, prazerosas ou úteis; desfrutar; fruir).

Gabarito – Itens errados.

14. (FCC/2003/TRE-AC/Técnico Judiciário) Encontram-se palavras escritas de

modo INCORRETO na frase:

a) Hábitos arraigados na população, como o das queimadas antes do plantio,

oferecem alto risco à floresta.

b) O acesso aos dados do INPE mostra um aumento considerável na

devastação da floresta amazônica.

c) Uma fiscalização eficás de toda a região amazônica exigiria um continjente

maior de funcionários.

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d) O Brasil goza do privilégio de dispor de uma área florestal imensa e

importante para o equilíbrio ecológico.

e) Seriam necessárias vultosas quantias para evitar a extinção de espécies

animais e vegetais que constituem a riqueza da Amazônia.

Comentário – Grafa-se com Z final o vocábulo eficaz. Oxítonas terminadas

em AZ não recebem acento (as finalizadas em AS sim). Também está

incorreta a palavra “continjente”. Eis a grafia certa: contingente (= conjunto

de pessoas formado para executar determinada tarefa).

Gabarito – C

15. (FCC/2004/TRT 22ª Região (PI)/Analista Judiciário) Quanto à ortografia,

está inteiramente correto o que se lê em:

O autor do texto deplora nossos códigos casuísticos. Ele manifesta clara

preferência pela primasia dos valores morais comuns, e não das

obrigações regulamentadas.

Comentário – A palavra primazia (= importância maior de uma pessoa ou

coisa em relação a outra; preferência; prioridade; privilégio) é escrita com Z e

nã com S; deriva de primaz, também com Z.

Gabarito – Item errado.

16. (FCC/2005/TRT 3ª Região (MG)/Analista Judiciário) Estão corretos o

emprego e a grafia de todas as palavras da frase:

A encorporação de um novo léxico é uma das conseqüências de todo

amplo avanço tecnológico, já que este indus à criação ou recriação de

palavras para nomear novos referentes.

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Comentário – Grafa-se com Z o verbo induzir (= levar alguém a agir ou

pensar de determinada forma). Suas flexões também serão escritas com Z:

induz.

Além disso, a palavra correta, no contexto, é incorporação

(= inclusão, anexação, agregação).

Gabarito – Item errado.

17. (FCC/2008/TRF 5ª Região/Analista Judiciário) Todas as palavras estão

corretamente grafadas na frase:

As sensações espectantes produzem, entre os mais pessimistas, muito

temor, e entre os otimistas, uma gososa, deleitosa ansiedade.

Comentário – Em “espectantes” o examinador trocou o X pelo primeiro S. Eis

a grafia certa do adjetivo: expectante (= que espera, ansiosa e atentamente;

que está na expectativa ou que a demonstra). Além disso, há um problema na

grafia do adjeitvo “gososa”. O certo é gozosa (= em que há gozo, prazer,

satisfação) com Z, pois ele deriva de gozo, também com Z. Houve quem

pensasse, equivocadamente, se tratar da palavra gostosa, caso em que a

letra T estaria ausente.

Gabarito – Item errado.

18. (FCC/2003/TRE-AM/Técnico Judiciário) Há palavras escritas de modo

INCORRETO na frase:

a) O grande desafio, na Amazônia, será o de explorar as imensas riquezas da

região, inclusive os recursos minerais, sem precisar exterminar a floresta.

b) É imprescindível conciliar interesses de proprietários e a exploração

sustentada da floresta, em benefício do meio ambiente.

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c) Dificilmente a cultura da soja terá, no cerrado amazônico, o mesmo

sucesso econômico que obteve na região do Centro-Oeste.

d) Nos projetos que buscam soluções para a Amazônia deve ser considerada

a enorme diversidade ecológica e social dessa região.

e) O escesso de humidade, resultado do intenso regime de chuvas na

Amazônia, prejudica o desenvolvimento da agricultura na região.

Comentário – Encontram-se na última opção as incorreções: “escesso” e

“humidade”. Compare-as com as formas corretas: excesso e umidade.

Gabarito – E.

19. (FCC/2008/TRT 18ª Região (GO)/Analista Judiciário) Está correta a grafia

de todas as palavras da frase:

a) Por que não se institue a determinação de por um fim ao abuso dos ruídos

no interior de um ônibus?

b) É difícil explicar o porquê de tanta gente sentir-se extasiada diante das

iniqüidades de um filme violento.

Comentário – Na primeira alternativa, a expressão “Por que” está correta,

pois integra uma frase interrogativa. Mas o vocábuo “institue” está grafado

erradamente. Emprega-se a letra I na sílaba final de formas dos verbos

terminados em –UIR (diminui, diminuis, influi, influis, possui, possuis, instiui

etc.). Igualmente errada está a grafia do verbo “por” sem o acento circunflexo

(pôr). É o acento que o diferencia da preposição por – o novo Acordo mantev e

esse acento diferencial.

Na segunda alternativa, a expressão “porquê” (= motivo) está

correta; note o artigo que a antecede. Destaque ainda para as corretas grafias

de “extasiada” (de êxtase = estado de arrebatamento causado por um prazer

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muito forte ou por uma grande admiração) e “iniqüidade”, com trema. O novo

Acordo Ortográfico aboliu o trema.

Gabarito – B

OBSERVAÇÃO – Para confirmar o que disse a respeito da

sílaba final dos verbos termindos em –UIR, veja outras questões envovlendo

esse conhecimento.

20. (FCC/2003/TRT 21ª Região (RN)/Técnico Judiciário) Está correta a grafia

de todas as palavras da frase:

a) O que mais influe no aumento da pressão arterial é a vida cedentária que

os caboclos passam a levar.

b) A obsessão pelo progresso leva os mais ingênuos a acharem que toda

novidade constitui, em si mesma, uma vantagem.

Comentário – Os erros da alternativa A são: “influe” – o correto é influi, que

deriva de influir – e “cedentária” – o correto é sedentária (que está quase

sempre sentado; que não exercita o corpo e o conserva inativo), com S.

Nota-se o emprego correto da forma verbal “constitui”, que

deriva de constituir.

Gabarito – B

21. (FCC/2005/TRT 3ª Região (MG)/Analista Judiciário) Estão corretos o

emprego e a grafia de todas as palavras da frase:

Um pequeno glossário, capaz de elucidar a nova terminologia da

informática, contribui muito para afastar os percalços do caminho dos

usuários iniciantes, aturdidos com tanta novidade.

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Comentário – Destaque para a flexão do verbo contribuir: “contribui”, com I

final.

Gabarito – Item certo.

22. (FCC/2010/TRE-RS/TÉCNICO JUDUCIÁRIO – PROGRAMAÇÃO DE SIS-

TEMAS) A lacuna que deve ser preenchida pela forma grafada como na

piada −

Por quê −, ou pela forma por quê, para que esteja em conformidade com

o padrão culto escrito, é a da frase:

(A) Eu não sei o . .... de sua indecisão.

(B) . .... foi tão inábil na condução do problema?

(C) Ele está tão apreensivo . ....?

(D) Decidiu-se somente ontem . .... dependia de consulta à família.

(E) A razão . .... partiu sem avisar ainda é desconhecida.

Comentário – Como o examinador indicou a grafia separada e com acento, o

melhor a fazermos é encontrar uma lacuna no final de uma pergunta. Ela só

aparece na letra C, na frase Ele está tão apreensivo por quê? Veja agora a

grafia correta referente às outras lacunas:

- alternativa A: porquê (substantivo). Note que o vocábulo está

antecedido do artigo “o”.

- alternativa B: Por que (pronome interrogativo). A expressão

encontra-se numa frase interrogativa, mas no início dela.

- alternativa D: porque (conjunção). Quando se tratar de uma

explicação, justificativa, causa ou razão, a expressão é escrita sem separação,

como um vocábulo apenas.

- alternativa E: por que (preposição + pronome relativo).

Observe que é possível a substituição por pela qual.

G

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23. (FCC/2010/TCM-CE/ACE) Está clara e correta a redação deste livre

comentário sobre o texto:

Sendo também ele próprio funcionário público e escritor, Carlos

Drummond de Andrade escreveu uma crônica aonde fala de tal caso.

Comentário – Não precisamos do texto para analisar o item. Basta perceber

que a expressão “aonde” foi usada erroneamente. Não existe verbo de

movimento que exija a preposição “a”.

Gabarito – Item errado.

24. (FCC/2010/TCE-SP/Agente da Fiscalização Financeira) Está clara e correta

a redação deste livre comentário sobre o texto:

Estão nos destinos extraordinários toda a argúcia das fábulas populares,

aonde as reviravoltas simbolizam igualmente transtornos sociais.

Comentário – Aqui também não precisamos do texto para analisar o item.

Basta perceber de novo que a expressão “aonde” foi usada erroneamente. Não

existe verbo de movimento que exija a preposição “a”. Além disso, o sujeito da

forma verbal “Estão” é o termo “toda a argúcia das fábulas populares”, cujo

núcleo é o substantivo singular “argúcia” (= perspicácia, sagacidade,

arguemento astucioso, matreiro). Isso obriga o verbo a se flexionar na terceira

pessoa do singular: “Está”.

Gabarito – Item errado.

25. (FCC/2008/TRT 18ª Região (GO)/Analista Judiciário) Está correta a grafia

de todas as palavras da frase:

Que temos nós a haver com o relatório que deixou frustado aquele

executivo?

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Comentário – Aqui há dois problemas. O verbo haver pode assumir os

seguintes significados: ter, possuir, alcançar, conseguir, obter, receber.

Portanto, seu emprego na expressão “temos nós a haver” configura

redundância, impropriedade, em virtude de já existir nela o verbo ter. A

expressã correta é “temos nós a ver”. Também apresenta problema em sua

grafia a palavra “frustado”. O correto é frustrado (= que se decepcionou,

desapontou, desiludiu), com o segundo R.

Gabarito – Item errado.

26. (FCC/2009/TRT 7ª Região (CE)/Analista Judiciário – adaptada) Julgue a

assertiva seguinte.

Traduz-se corretamente o sentido do segmento destacado em:

a) Contra o trabalho infantil alinham-se = vão ao encontro do trabalho

infantil.

Comentário – A expressão “ao encontro de” exprime a ideia de

favorabilidade, concordância. O sentido do segmento inicial é de oposição,

marcada pela preposição “Contra”.

Gabarito – Item errado.

“Não se trata de ir contra a necessidade do uso de conceitos específicos,

de não reconhecer a vantagem de se empregar um termo técnico em vez

de um termo impreciso, de abolir, em suma, o vocabulário especializado

(...)”.

27. (FCC/2010/DPE-SP/Agente de Defensoria) Na construção Não se trata de

ir contra (...), de não reconhecer (...), de abolir (3º parágrafo), os

elementos sublinhados têm, na ordem dada, o sentido de

a) contrariar - desconhecer - procrastinar

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b) ir ao encontro - ignorar - suspender

c) contradizer - desmerecer - extinguir

d) contraditar - discordar - reprimir

e) ir de encontro - rejeitar - suprimir

Comentário – Se você ficou com dúvidas, quanto aos significados das

expressões, sugiro resolver a questão eliminando as mais fáceis. Ao encontro

de exprime favorabilidade, concordância, o que altera o sentido do texto.

Elimine a alternativa B. Abolir pode significar extinguir, suprimir, eliminar,

deixar de lado, abandonar; mas não procrastinar (= deixar para depois, adiar,

postergar) ou reprimir (= conter, refrear, coibir, controlar). Elimine as

alternativas A e D. Finalmente, desmerecer significa menosprezar, depreciar –

por isso não serve como sinônimo de “não reconhecer”. Elimine a alternativa

C.

Gabarito – E

28. (FCC/2010/TRF 4ª Região/Analista Judiciário) A informação negativa do

segmento chefes de estado tentando, em vão, aparar arestas deve-se,

sobretudo, ao elemento sublinhado. O mesmo ocorre em:

, que esperavam obter ajuda (...) a) A tese foi rechaçada pelos emergentes

b) (...) não se dispunham a cumprir sequer metas modestas.

c) (...) mesmo assim sem estabelecer compromissos obrigatórios (...)

. d) (...) inconformados por terem sido escanteados nas conversas finais

e) O resultado final foi um documento político genérico (...)

Comentário – Ao utilizar a expressão “sobretudo”, a banca indicou que quer

como resposta aquela em que há ênfase do sentido negativo. Note, na

segunda alternativa, o elemento de negação “não” anteposto à palvra “sequer”

(= ao menos).

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Gabarito – B

ACENTUAÇÃO GRÁFICA

A partir de agora, vamos mudar o foco da aula para falarmos sobre

acentuação gráfica, que também é mais um tópico do programa.

29. (FCC/2008/TRF 5ª Região/Analista Judiciário) Todas as palavras estão

corretamente grafadas na frase:

a) Ela não crê em rixa, mas em complementaridade entre o pessimismo e o

otimismo, admitindo, assim, flexibilização das sensações humanas.

b) Em tese, não se deve previlegiar o otimismo ou o pessimismo; esses

humores não reinvindicam, por si mesmos, nenhuma hegemonia.

Comentário – Na primeira alterntiva, destaque para o acento circunflexo na

forma verbal “crê”: monossílaba tônica terminada em E. Cuidado com aquelas

palavrinhas que são escritas com consoante “muda”: abdicar, absoluto,

adjetivo, admirar, afta, enigma, eclipse, digno, impugnar, maligno, optar,

decepção, aptidão, rapto, réptil, repugnar, substancia.

Os problemas surgem na segunda opção. Observe as grafias

corretas das palavras privilegiar e reivindicam (ausência do primeiro N).

Gabarito – A

30. (FCC/2004/TRE-PE/Técnico Judiciário) As palavras que recebem acento

gráfico pela mesma razão que o justifica em vários, são

a) estômago e provável.

b) ocorrência e predatório.

c) influência e insaciável.

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d) marítimas e também.

e) número e até.

Comentário – Recebe acento a palavra vários por ser uma paroxítona

terminada em ditongo oral, assim como ocorrência e predatório.

Gabarito – B

31. (FCC/2005/TRT 3ª Região (MG)/Analista Judiciário) Estão corretos o

emprego e a grafia de todas as palavras da frase:

a) Os maus-entendidos são fatais quando ainda não se tem destreza numa

nova linguagem, quando ainda não se está familiarizado com um novo

vocabulario.

b) Muita gente letrada e idosa aderiu ao uso do computador, considerando-o

não um sinal do apocalípse, mas uma ferramenta revolucionária na

execução de tarefas, um instrumento útil para qualquer pesquizador.

Comentário – O substantivo mal-entendido grafa-se com l e não com “u”;

seu plural é mal-entendidos. Além disso, a palavra “vocabulario” deve

receber acento agudo (vocabulário), por ser paroxítona terminada em

ditongo.

Repare a palavra “apocalípse”, com acento agudo. Palavra

paróxitona (a-po-ca-lip-se) terminada por E não recebe acento. A palvra

pesquisador deriva de pesquisa, com S, que deverá ser mantido nas

palavras derivadas.

Gabarito – Itens errados.

32. (FCC/2010/TRE-RS/TÉCNICO JUDUCIÁRIO – PROGRAMAÇÃO DE

SISTEMAS) A frase totalmente correta do ponto de vista da grafia e/ou da

acentuação é:

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(A) É o caso de se por em discussão se ele realmente crê na veracidade dos

dados.

(B) Referiu-se àquilo que todos esperavam − sua ascensão na empresa −,

com um misto de humildade e prepotência.

(C) Enquanto construimos esta ala, eles constroem a reservada aos aparelhos

de rejuvenecimento.

(D) Ele é sempre muito cortês, mas não pode evitar que sua ogeriza à ela

transpareça.

(E) Assinou o cheque, mas ninguém advinha o valor registrado, porisso foi

devolvido pelo banco.

Comentário – Alternativa A: incorreta. O verbo pôr grafa-se com acento

circunflexo para ser diferenciado da preposição por.

Alternativa B: correta. Destaque para o acento circunflexo do

vocábulo “prepotência”, justificado por ser uma paroxítona terminada em

ditongo oral.

Alternativa C: incorreta. A forma verbal “construimos” deve

receber acento agudo no “i”, pois esta letra constitui a sílaba tônica da palavra,

representa a segunda vogal do hiato que forma com a vogal “u” e está sozinha

na sílaba: construímos. Além disso, faltou um s na palavra “rejuvenecimento”:

rejuvenescimento.

Alternativa D: incorreta. A grafia correta da palavra é com j:

ojeriza, e não com g, como foi escrita. Além disso, não se emprega acento

grave indicativo de crase antes de pronome pessoal, seja do caso reto, seja do

caso oblíquo. O certo, então, é: a ela.

Alternativa E: incorreta. Escreve-se separadamente a

conjunção conclusiva por isso.

Gabarito – B

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33. (FCC/2008/TRF 5ª Região/Analista Judiciário) Todas as palavras estão

corretamente grafadas na frase:

O autor do texto se apoia na tese segundo a qual não se deve descriminar

em definitivo entre o pessimismo e o otimismo.

Comentário – Em primeiro lugar, frise-se que a prova foi aplicada em 2008,

momento alheio à vigência do novo Acordo Ortográfico. Portanto, a grafia

correta para a terceira pessoa do singular do presente do indicativo do verbo

apoiar(-se) era apóia(-se) ditongo ÓI aberto e tônico. A partir de 2009 e até

31/12/2012, as duas formas estão corretas.

O outro problema do item diz respeito ao emprego de

“descriminar” (= considerar ou declarar inocente; tirar a culpa; absolver;

inocentar). Percebe-se sem dificuldade que a informação do período não

comporta esse significado, mas sim o de discrimimar (= perceber distinções

em alguma coisa ou entre coisas diversas; diferençar; discernir; distinguir).

Gabarito – Item errado.

34. (FCC/2008/TRT 18ª Região (GO)/Analista Judiciário) Está correta a grafia

de todas as palavras da frase:

Muitos se deixam embalar por um mixto de torpor e devaneio, quando se

entretém à janela do ônibus.

Comentário – A palavra “mixto” (com X) não existe. O correto é “misto” (=

que resulta da mistura de dois ou mais elementos diversos (salada mista,

método misto; com S). Além dela, a palavra “entretém” apresenta problema.

Como se refere à terceira pessoa do plural (“Muitos”), o acento adequado é o

circunflexo (^).

Gabarito – Item errado.

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35. (FCC/2007/TRT-23ª Região/Técnico Judiciário) ...a humanidade precisaria

migrar para os pólos... (início do texto). A mesma norma gramatical que

justifica o acento gráfico no vocábulo grifado acima também está presente

na palavra grifada em:

a) O mais provável ponto de partida da espécie humana está na África,

continente que foi habitado pelo homem de Neandertal.

b) Múmias encontradas na Rússia foram datadas de 28000 anos atrás e, por

suas vestimentas, comprovam a existência de rituais fúnebres.

c) A descoberta de provas arqueológicas que atestam a evolução da espécie

humana não pára, trazendo sempre novas luzes sobre o assunto.

d) O homem da Idade do Gelo usava sapatos, fato que é possível comprovar,

pois os dedos menores dos pés dos esqueletos encontrados estão

encolhidos.

e) Instrumentos musicais feitos há 32.000 anos evidenciam o fascínio que a

música sempre exerceu sobre o homem, em toda a sua história.

Comentário – É a palavra “pára” que recebe acento diferencial, assim como

“pólo”. Repise-se que a FCC (e as demais bancas também) não deverá mais

elaborar uma questão desse tipo. Fica aqui, porém, o registro de que ainda

hoje as duas grafias são válidas, em virtude do período de transição entre as

duas regras ortográficas. Então, nada de dizer, por enquanto, que as formas

“pólo” e “pára” estão erradas. Elas ainda podem ser usadas.

Gabarito – C

36. (FCC/2010/TRE-RS/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) A frase

em que a palavra destacada está empregada de modo equivocado é:

(A) Inerme diante da ofensiva tão violenta, não lhe restou nada a fazer senão

render-se.

(B) Há quem proscreva construções linguísticas de cunho popular.

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(C) Fui informado do diferimento da reunião em que o fato seria analisado.

(D) A descriminalização de algumas drogas é questão polêmica.

(E) A flagrância do perfume inebriava a todos os convidados.

Comentário – Alternativa A: a palavra “Inerme” foi empregada

adequadamente e significa que não tem meios de se defender.

Alternativa B: a palavra “proscreva” foi empregada

adequadamente e significa proíba, condene.

Alternativa C: a palavra “diferimento” foi empregada

adequadamente e significa adiamento.

Alternativa D: a palavra “descriminalização” foi empregada

adequadamente e significa ato ou efeito de descriminalizar, anular a

criminalidade de um ato.

Alternativa E: a palavra “flagrância” exprime a condição

daquilo que é flagrante, o momento em que ocorre um flagrante e não foi

adequadamente empregada na frase. Em seu lugar, deveria ser usada a

palavra fragrância, que significa cheiro agradável das flores, plantas, perfumes

etc. (fragrância de morango, fragrância de rosas); aroma.

Gabarito – E

37. (FCC/TRF-2R/ANALISTA JUDICIÁRIO-ÁREA ADMINISTRATIVA/2007) A

frase em que a grafia e a acentuação estão em conformidade com as

prescrições da norma padrão da Língua Portuguesa é:

(A) Ao se estender esse viez interpretativo, correm o risco de por tudo à

perder, na medida em que será alterada a estratégia da pesquisa

previamente adotada.

(B) Sua pretenção ao consenso esvaiu-se quase que de repente, quando

notou que entorno de si as pessoas mais pareciam descansar que

dispostas à debates.

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(C) Tomou como ultrage a displicência com que foi recebido, advinhando que

o mal-estar que impregnava o ambiente era mais que uma questão

eminentemente pessoal.

(D) Estava atrás de um acessório que o despensasse de promover a limpeza

do aparelho e sua conseqüente manutenção depois de cada utilização,

mas não pôde achá-lo por alí.

(E) Quando se considera a par do tema, ajuíza sem medo, mas, ao se

compreender insipiente, pára tudo e pede aos especialistas que o

catequizem no assunto para não passar por néscio.

Comentário – Alternativa A: errada. A palavra viés (tendência, linha de

raciocínio) grafa-se com s e recebe acento por ser monossílaba terminada em

e(s). O correto é a perder, sem acento grave porque antes de verbo a crase é

proibida.

Alternativa B: errada. A palavra pretensão deriva de

pretender. Usa-se s nas palavras derivadas daquelas que possuem D, RT ou

RG no seu radical: iludir – ilusão, defender – defesa; divertir – diversão,

inverter – inversão; imergir – imersão, submergir – submersão. O substantivo

entorno (um só vocábulo) significa o que está ao redor de uma casa, de um

lugar, de uma população etc. A locução em torno (expressão escrita

separadamente) tem caráter adverbial e exprime circunstância de lugar. Além

disso, o acneto grave indicativo de crase jamais ocorre na estrutura singular

+ plural: a debates.

Alternativa C: errada. O substnativo ultraje é escrito com j:

as palavras de origem latina recem essa letra (jeito, hoje, majestade, injetar,

objeto, ultraje). O verbo adivinhar não possui o d “mudo”; ele recebe a letra

i, assim como seus derivados.

Alternativa D: errada. Não confunda despensa (divisão da

casa, estabelecimento etc. em que se guardam mantimentos) com dispensa

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(permissão para não realizar ou cumprir um dever ou obrigação;

desobrigação).

Alternativa E: certa. Deve chamar sua atenção as seguintes

locuções ou palavras:

– a par / ao par

a par = estar ciente.

Ex. “Ele está a par de tudo”

ao par = título ou moeda de valor idêntico:

Ex. “O câmbio está ao par”

– incipiente: que está no começo (estudo incipiente);

inicial; principiante.

– insipiente: tolo, néscio, simplório (Era um rapaz tímido,

bobo, insipiente.).

– o verbo catequizar é escrito com z. (acréscimo do

sufixo izar formador de verbo)

– o substantivo catequese é escrito com s (acréscimo do

sufixo grego ese).

Gabarito – E

FLEXÃO NOMINAL

Aqui está o ponto que eu considero crítico em nossa aula. Como

anunciei no início, esse assunto não é frequente nas provas da FCC – nem nas

de outras bancas –, pelo menos foi o que pude deduzir depois de analisar

cerca de trinta provas de nível superior da Carlos Chagas aplicadas nos ultimos

quatro anos. Eis a razão pela qual suplico a você que me envie, se as tiver,

questões recentes da FCC que tratam desse ponto do seu programa. Prefiro

“calçar as sandálias da humildade” a enganá-lo.

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Mas nada de desespero. Veja as coisas por outro ângulo. Se as

questões não são frequentes, esse é um ponto do programa que, apesar de

figurar normalmente no edital, não tem peso significativo.

Entretatno, para cumprir o nosso programa, vamos analisar

algumas questões sobre o assunto. Para o seu exercício, a maior parte das

questões é de outra banca examinadora, que tem um pouquinho de tradição

na abordagem desse tópico.

38. (FUNDATEC/EMATER-RS/Economista/2008) Julgue as informações que se

seguem.

I. Ao se pluralizar a palavra equação na frase A equação contém os

ingredientes do sucesso. (l. 03), apenas duas outras palavras deveriam

sofrer ajustes para fins de concordância.

II. Se, em Era um empresário ausente do campo e presente nas grandes

capitais, onde esbanjava suas riquezas. (l. 06-07), substituíssemos a

palavra empresário por administradora, ocorreria apenas uma outra

alteração no período.

Comentário – É importante reescrever as passagens já com as alterações

sugeridas e compará-las como a forma original.

I – As equações contêm os ingredientes do sucesso.

II – Era uma administradora ausente do campo e presente

nas grandes capitais, onde esbanjava suas riquezas.

Em I, sofreram modificações de número o artigo A > As (de

singular a plural) e o verbo contém > contêm (notem a substituição do

acento agudo pelo circunflexo, que indica a terceira pessoa do plural: elas).

Em II, a mudança ocorreu no gênero do artigo: um > uma. Tudo isso foi feito

para preservar a harmonia com os substantivos equação > equações e

empresário > administradora.

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O artigo inclui-se no conjunto das classes gramaticais

variáveis; sofre flexão de gênero e número, de acordo com o substantivo que

acompanha, como se percebe neste exercício.

Gabarito – Itens certos.

39. (FUNDATEC/2007/Pref. de Caxias do Sul/Economista) Considere a

seguinte proposta de alteração em palavra do texto e assinale com V, se

for verdadeira, ou com F, se falsa.

( ) Se a palavra jornais (linha 11) fosse substituída por revista, apenas

três alterações seriam necessárias para manter a correção gramatical do

período em que está inserida.

11 (...) Os jornais ficaram mais estreitos para economizar papel, mas também porque

12 diminuiu a área para expansão dos nossos cotovelos. (...)

Comentário – Como estamos novamente às voltas com substituição de

palavras do texto original, minha orientação é que você reescreva a passagem

já com as alterações propostas e faça a comparação.

11 (...) A revista ficou mais estreita para economizar papel, mas também porque

12 diminuiu a área para expansão dos nossos cotovelos. (...)

Dessa forma fica claro que realmente são apenas três

alterações necessárias: a do artigo (Os > A), a do verbo (ficaram > ficou) e

a do adjetivo (estreitos > estreita).

O artigo, conforme comentário à questão anterior,

flexiona-se em gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural)

para manter a harmonia com o substantivo a que se refere (revista).

Sobre a flexão do verbo, o comentário ficará para a aula

específica, uma vez que o propósito agora é tratar da flexão nominal.

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Já a flexão do adjetivo merece uma explicação mais

detalhada. Note que ele flexionou-se em gênero e número (estreitos >

estreita) em razão do novo substantivo: revista. Portanto a flexão do gênero

do adjetivo orienta-se pelo gênero do substantivo, procedendo-se às

alterações necessárias (adjetivos biformes):

aluno estudioso (masculino)

aluna estudiosa (feminino)

Todavia, há aqueles que têm somente uma forma

(uniformes) para relacionar-se com os substantivos:

aluno inteligente (masculino)

aluna inteligente (feminino)

Alguns adjetivos também merecem nossa atenção. São eles:

Masculino Feminino

Ateu Ateia

Plebeu Plebeia

Sandeu Sandia

Judeu Judia

Réu Ré

Motor Motriz

Gerador Geratriz

incolor, bicolor, tricolor, maior,

menor, superior, inferior, anterior,

posterior

Invariáveis

Uma observação ainda deve ser feita sobre a flexão dos

adjetivos. Se a palavra for um substantivo exercendo papel de adjetivo, ela

ficará invariável: colisões monstro, sapatos cinza, calças rosa, blusas vinho

etc.

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Gabarito – Item verdadeiro.

40. (FUNDATEC/Pref. de São Leopoldo/Procurador/2005) Considere as

seguintes propostas de alteração de palavras em períodos do texto.

I. Troca da palavra motivos (linha 14) por razão.

II. Substituição da palavra mulheres (linha 16) por garota.

Quais outras palavras dos períodos em que estão inseridas deveriam

obrigatoriamente sofrer alterações para fins de concordância,

respectivamente, nos casos I e II?

a) 1 – 4.

b) 2 – 5.

c) 3 – 4.

d) 3 – 5.

e) 4 – 6.

13 (...) Em seguida, os pesquisadores entrevistaram homens e mulheres separadamente,

14 para que se identificassem os principais motivos de stress em cada grupo.

16 (...) "As mulheres acham que precisam se esforçar mais e fazer várias coisas ao mesmo

17 tempo para provar que são tão capazes quanto os homens", diz a psicóloga gaúcha Ana Maria Rossi,

18 coordenadora da pesquisa. (...)

Comentário – Pronto para reescrever as passagens?

13 (...) Em seguida, os pesquisadores entrevistaram homens e mulheres separadamente,

14 para que se identificasse a principal razão de stress em cada grupo.

16 (...) "A garota acha que precisa se esforçar mais e fazer várias coisas ao mesmo

17 tempo para provar que é tão capaz quanto os homens", diz a psicóloga gaúcha Ana Maria Rossi,

18 coordenadora da pesquisa. (...)

Em que pesem as flexões verbais também apontadas, chamo

a sua atenção para as modificações sofridas pelos artigos e adjetivos. Na linha

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14, a substituição de motivos (masculino e plural) por razão (feminino e

singular) acarretou também as seguintes alterações de gênero e número: os

principais > a principal. Semelhantemente, nas linhas 16 e 17, o artigo A e

o adjetivo capaz flexionam-se em número para manter a harmonia do período

com o substantivo a que se referem (garota).

Gabarito – O comando da questão, repare, requer a identificação das demais

palavras que sofreram alterações. Elas estão indicadas pela cor vermelha aqui

no nosso comentário. Agora repare que em nenhuma alternativa existe a

especificação delas, mas sim o número correspondente à quantidade de

modificações. No item I, foram feitas mais três alterações; no item II, cinco.

Sinceramente, se eu estivesse naquele concurso, marcaria sem hesitar a

alternativa D, que foi o gabarito oficial. Creio, porém, que melhor seria a

anulação da questão, mas isso não ocorreu. E é isso mesmo que, às vezes,

acontece em concurso público: o candidato deve escolher a melhor resposta

(ou “a menos errada”) entre as alternativas, pois a banca examinadora

(qualquer que seja ela) nem sempre se rende aos recursos interpostos.

41. (FUNDATEC/Petrobras/Economista/2004) Considere as seguintes

afirmações sobre a flexão de número de substantivos e adjetivos retirados

do texto.

I. O vocábulo profissionais (linha 04) foi formado pelo mesmo processo que

formaria o plural de trivial (linha 09) e desleal (linha 11).

II. O plural das palavras invisível (linha 10) e difícil (linha 24) não é

formado pelo mesmo processo.

III. Pluralizam-se as palavras vulgar (linha 12) e feliz (linha 17) da mesma

maneira.

Quais estão corretas?

a. Apenas a I.

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b. Apenas a II.

c. Apenas a I e a III.

d. Apenas a II e a III.

e. A I, a II e a III.

Comentário – Tratou-se aqui do plural (flexão de número) de substantivos e

adjetivos simples. O plural destes obedece às regras daqueles, assim:

1 – Terminados em VOGAL, DITONGO, TRITONGO ou HIATO, acrescenta-se S:

Ex.: manga – mangas, história – histórias, economia – economias

2 – Terminados em ÃO, faz-se o plural de três formas:

2.1 – Mudando a terminação por ÕES:

Ex.: balão – balões, coração – corações, vulcão – vulcões, peão – peões,

leão – leões, etc.

2.2 – Mudando a terminação por ÃES:

Ex.: alemão – alemães, cão – cães, capelão – capelães, escrivão –

escrivães, tabelião – tabeliães, etc.

2.3 – Acrescentando-se S à terminação:

Ex.: cidadão – cidadãos, acórdão – acórdãos, cristão – cristãos, cortesão –

cortesãos, bênção – bênçãos, etc.

Obs.: Há palavras que possuem mais de um plural: alazão – alazães –

alazões, anão – anãos – anões, charlatão – charlatães – charlatões,

castelão – castelãos – castelões, guardião – guardiães – guardiões, vulcão

– vulcãos – vulcões, alão – alães – alãos – alões, aldeão – aldeães –

aldeões – aldeãos, ancião – anciãos – anciões – anciães, ermitão –

ermitãos – ermitões – ermitães, vilão – vilãos – vilões – vilães, etc.

3 – Terminados em AL, EL, OL ou UL, substitui-se o L por IS:

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Ex.: carnaval – carnavais, jornal – jornais, papel – papéis, sol – sóis, lençol

– lençóis, taful – tafuis, paul – pauis, etc.

Exceções: mal – males, cônsul – cônsules.

4 – Se terminarem por IL, o plural será feito de dois modos:

4.1 – Se for tônico, troca-se o L por S: ardil – ardis, barril – barris, funil –

funis, etc.

4.2 – Se for átono, troca-se a terminação por EIS: difícil – difíceis, fácil –

fáceis, fóssil – fósseis, etc.

Obs.: As palavras RÉPTIL e PROJÉTIL, como paroxítonas, fazem o plural

RÉPTEIS e PROJÉTEIS; como oxítonas, REPTIL e PROJETIL, fazem REPTIS e

PROJETIS.

5 – Terminados em R ou Z, acrescenta-se ES:

Ex.: mar – mares, rapaz – rapazes, açúcar – açúcares, raiz – raízes, etc.

Obs.: Caráter tem o plural caracteres.

6 – Terminados por S, faz-se o plural assim:

6.1 – Se forem paroxítonos, ficam invariáveis: o atlas – os atlas, o lápis – os

lápis, o oásis – os oásis, etc.

6.2 – Se forem oxítonos ou monossílabos, acrescenta-se ES: ás – ases, gás –

gases, revés – reveses, etc.

Exceções: cais – invariável, cós – invariável (ou coses).

7 – Terminados por M, troca-se essa letra por NS:

Ex.: bem – bens, homem – homens, jardim – jardins, etc.

8 – Terminados por N, acrescenta-se S ou ES:

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Ex.: gérmen – germens (ou gérmenes), hífen – hifens (ou hífenes), pólen –

polens (ou pólenes), etc.

Gabarito – Alternativa E.

42. (FCC/TRE-RS/TÉCNICO JUDUCIÁRIO – PROGRAMAÇÃO DE

SISTEMAS/2010) Considerada a flexão, a frase que está em total

concordância com o padrão culto escrito é:

(A) Os tabeliões reúnem-se sempre às quinta-feiras.

(B) Nos últimos botas-foras, houve grande confusão, pois a agência de

turismo não reteu os que não possuíam ingresso.

(C) Na delegacia, não tinha ainda reavido os documentos que perdera, quando

entrou o rapaz considerado a testemunha mais importante de famoso

crime.

(D) Se não se conterem roubos de obras-primas, gerações futuras serão

privadas de grandes realizações do espírito humano.

(E) Os lusos-africanos ostentavam no braço fitinhas verde-amarela

Comentário – Alternativa A: incorreta. O plural de tabelião é tabeliães. Além

disso, o plural de quinta-feira é quintas-feiras, com os dois elementos indo

para o plural. Eis a regra:

Pluralizam-se os dois elementos dos substantivos compostos quando, unidos

por hífen, ocorre numeral + substantivo: segundas-feiras;

primeiros-tenentes.

Alternativa B: incorreta. O substantivo composto bota-fora é

invariável; a ideia de plural pode ser indicada pelo artigo: os bota-fora. Eis a

regra:

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Os dois elementos do composto ficam invariáveis quando há verbo +

advérbio: os pisa-mansinho.

Além disso, o pretérito perfeito do indicativo do verbo RETER

conjugado na terceira pessoa do singular é RETEVE (eu retive, tu retiveste, ele

reteve, nós retivemos, vós retivestes, eles retiveram). Registre-se que, como o

verbo TER, se conjugam todos os seus derivados: abster-se, ater-se, conter,

deter, entreter, manter, obter, reter, suster. Basta antepor-lhes o prefixo.

Alternativa C: correta. O destaque fica por conta da flexão do

verbo REAVER no particípio: “reavido”. Ele é conjugado como o verbo haver,

mas só possui as formas que têm a letra “v”. Exemplo: reavemos, reaveis

(presente do indicativo); não existem as formas reei, reás, reá, reão.

Alternativa D: incorreta. O erro está na conjugação do verbo

conter. Ele deriva do verbo ter, que assume a forma tiverem na terceira

pessoa do futuro do subjuntivo. Portanto a flexão correta do verbo conter – no

mesmo tempo, modo, número e pessoa – é contiverem. Merece nosso

comentário o plural do substantivo composto obra-prima:

obras-primas, com os dois elementos indo para o plural. Eis a regra:

Pluralizam-se os dois elementos, unidos por hífen, quando ocorre substantivo

+ adjetivo: amores-perfeitos, carros-fortes, cachorros-quentes, guardas-civis,

capitães-mores.

Alternativa E: incorreta. Quando o composto é formado por

dois adjetivos, somente o último elemento toma a flexão do plural: cabelos

castanho-escuros, saudades doce-amargas, ciências político-sociais, conflitos

russo-americanos, lenços verde-claros, hábitos grã-finos, clínicas

médico-cirúrgicas, jogos infanto-juvenis. Assim sendo, o correto é “Os luso-

africanos” e “fitinhas verde-amarelas”.

Gabarito – C

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São essas as poucas questões sobre flexão nominal que julguei

conveniente extrair de provas anteriores.

É pouco provável que a FCC cobre algo sobre esse tópico de forma

diferente da que foi demonstrada nesta aula.

Sugiro que você dê ênfase à flexão verbal e a outros assuntos

(emprego de conjunções e pronomes, por exemplo).

Fique com Deus e até a próxima aula.

Professor Albert Iglésia

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QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS

1. (FCC/2009/TRT 16ª Região/Técnico Judciário) A frase em que há palavras

escritas de modo INCORRETO é:

a) A aridez que sempre caracterizou as paisagens do Nordeste brasileiro

aparece agora, para assombro de todos, na região Sul, comprometendo as

safras de grãos.

b) Alguns estudiosos reagem com sensatez às recentes explicações,

considerando se o papel da bomba biótica é realmente crucial na

circulação do ar.

c) Se for comprovada a correção da nova teoria, a preservação das florestas

torna-se essencial para garantir a qualidade de vida em todo o planeta.

d) O desmatamento indescriminado, que reduz os índices de chuvas e altera

o ciclo das águas, pode transformar um continente em um estenso e

inabitável deserto.

e) Com ventos mais próximos ao mar, o ar úmido resultante da evaporação

da água do oceano é puxado para o continente, distribuindo a chuva ao

redor do planeta.

2. (FCC/2009/PGE-RJ/TÉCNICO ASSISTENTE DE PROCURADORIA) Todas as

palavras estão escritas corretamente na frase (não estão sendo

consideradas as alterações que passaram a vigorar recentemente):

(A) Intervensões governamentais massiças e até agora sem precedentes não

conseguiram conter os impactos da crise financeira em diversos países.

(B) A permanência e a gravidade dos desdobramentos da crise financeira

deicham dúvidas e originam expeculações em todo o mundo.

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(C) A ganância por lucros cada vez maiores fez com que os riscos dos

investimentos crecessem esponencialmente no mercado financeiro.

(D) A excessiva circulação de instrumentos financeiros imbutia imenço

potencial de perigos redundando, como se viu, em enormes prejuízos.

(E) O êxito das resoluções tomadas em outros países depende de um maior

controle das instituições financeiras, o que atinge interesses múltiplos e

provoca resistência.

3. (FCC/2004/TRT 22ª Região (PI)/Analista Judiciário) Quanto à ortografia,

está inteiramente correto o que se lê em:

a) Nós não nos insurjimos contra esse despropositado aparato de leis porque

não temos quaisquer convicções quanto aos nossos fundamentos morais.

b) A lengalenga de leis, em que se vão transformando nossos códigos, opõe-

se à concisão das normas que vijem de modo implícito na sociedade

sudanesa.

4. (FCC/2008/TRF 5ª Região/Analista Judiciário) Todas as palavras estão

corretamente grafadas na frase:

Algumas pessoas não admitem hesitação ou abstensão, quando nos

inquirem: você se arroula entre os pessimistas ou entre os otimistas?

5. (FCC/2003/TRT 21ª Região (RN)/Técnico Judiciário) Está correta a grafia

de todas as palavras da frase:

As pesquizas que o antropólogo emprendeu são conclusivas, quando se

consideram os dados que foram comparados.

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6. (FCC/2004/TRT 22ª Região (PI)/Analista Judiciário) Quanto à ortografia,

está inteiramente correto o que se lê em:

a) Não terão sido expatriados esses cinco mil jovens sudaneses? Por vezes, a

palavra refugiados é utilizada de maneira meio eufêmica.

b) Países do primeiro mundo acabam catalizando migrações em massa. Do

ponto de vista da população local, essas levas de migrantes quase nunca

são bem-vindas.

7. (FCC/2004/TRE-PE/Técnico Judiciário) Encontram-se palavras escritas de

modo INCORRETO na frase:

a) A população brasileira não dispensa a farinha de mandioca, sempre

presente em seus hábitos alimentares, como, por exemplo, no saboroso

pirão.

b) Com a raiz da mandioca preparam-se diversos pratos deliciozos (salgados

e doces) que caracterizam a cosinha brasileira.

c) A produção da farinha de mandioca exige a participação de toda a

comunidade, num esforço único, objetivando rapidez e quantidade.

d) A obtenção da farinha segue métodos tradicionais, num manuseio

bastante rústico, desde a confecção dos equipamentos necessários.

e) A assimilação de costumes indígenas foi um dos recursos utilizados pelos

portugueses na adaptação às condições hostis da vida na colônia.

8. (FCC/2005/TRT 3ª Região (MG)/Analista Judiciário) Estão corretos o

emprego e a grafia de todas as palavras da frase:

É costume discriminar-se os jovens, e a razão maior está em serem

jovens, e não em alguns de seus hábitos que fossem em si mesmos

pernisciosos.

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9. (FCC/2008/TRT 18ª Região (GO)/Analista Judiciário) Está correta a grafia

de todas as palavras da frase:

Tentou convencer o jovem a desligar a engenhoca, mas não obteve

sucesso nessa tentativa de dissuazão.

10. (FCC/2008/TRF-5ª Região/Analista Judiciário – Informática) Há

ocorrências de incorreção ortográfica na frase:

(A) Quando o poder econômico influi nas decisões governamentais, acaba por

reservar-se privilégios inconcebíveis.

(B) Mão-de-obra ociosa ou paralizada pode decorrer de uma incidiosa e

frustrante concentração do poder econômico.

(C) Embora tenha sido escrito há tantas décadas, o texto de Einstein mantém-

se atualíssimo, dissipando assim uma possível alegação de anacronismo.

(D) Os empreendimentos econômicos não podem obliterar os aspectos sociais

intrínsecos a toda e qualquer mobilização de capital.

(E) A arrogância inescrupulosa de alguns capitalistas presunçosos impede que

haja não apenas distribuição das riquezas, mas acesso às informações.

11. (FCC/2009/PGE-RJ/TÉCNICO SUPERIOR – ADMINISTRADOR) É adequado

o emprego e correta a grafia de todas as palavras da frase:

(A) Os poetas românticos eram obsecados por imagens que, figurando a

distância, expressavam com ela a gososa inatingibilidade de um ideal.

(B) É prazeroso o reconhecimento de uma pessoa que, surgindo longínqua,

parece então mais próxima que nunca – paradoxo pleno de poesia.

(C) A abstensão da proximidade de alguém não impede, segundo o cronista,

que nossa afetividade aflore e haja para promover uma aproximação.

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(D) Nenhuma distância dilui o afeto, pelo contrário: o reconhecimento da

amada longeva avisinha-a de nós, fá-la mais próxima que nunca.

(E) O cronista ratifica o que diz um velho provérbio: a distância que os olhos

acusam não exclue a proximidade que o nosso coração promove.

12. (FCC/2010/TRE-RS/TÉCNICO JUDUCIÁRIO – PROGRAMAÇÃO DE

SISTEMAS) A palavra em destaque está adequadamente empregada na

seguinte frase:

(A) Esse é o produto anticético mais poderoso já utilizado no hospital.

(B) Temendo que sua fala fosse caçada, evitou agressões.

(C) Esse estrato social é o mais afetado quando há chuvas torrenciais.

(D) A correta emersão dos pães no caldo é que vai garantir o sucesso da

receita.

(E) O ilícito tráfego de influências que praticava o levou ao banco dos réus.

13. (FCC/2003/TRT 21ª Região (RN)/Técnico Judiciário) Está correta a grafia

de todas as palavras da frase:

a) Quem imagina que o progresso só trás vantagens ficará frustado quando

perceber os dezajustes que ele pode provocar.

b) É com muita espontaniedade que passamos a gosar dos benefícios do

progresso, sem nos preocuparmos com as suas conseqüências.

14. (FCC/2003/TRE-AC/Técnico Judiciário) Encontram-se palavras escritas de

modo INCORRETO na frase:

a) Hábitos arraigados na população, como o das queimadas antes do plantio,

oferecem alto risco à floresta.

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b) O acesso aos dados do INPE mostra um aumento considerável na

devastação da floresta amazônica.

c) Uma fiscalização eficás de toda a região amazônica exigiria um continjente

maior de funcionários.

d) O Brasil goza do privilégio de dispor de uma área florestal imensa e

importante para o equilíbrio ecológico.

e) Seriam necessárias vultosas quantias para evitar a extinção de espécies

animais e vegetais que constituem a riqueza da Amazônia.

15. (FCC/2004/TRT 22ª Região (PI)/Analista Judiciário) Quanto à ortografia,

está inteiramente correto o que se lê em:

O autor do texto deplora nossos códigos casuísticos. Ele manifesta clara

preferência pela primasia dos valores morais comuns, e não das

obrigações regulamentadas.

16. (FCC/2005/TRT 3ª Região (MG)/Analista Judiciário) Estão corretos o

emprego e a grafia de todas as palavras da frase:

A encorporação de um novo léxico é uma das conseqüências de todo

amplo avanço tecnológico, já que este indus à criação ou recriação de

palavras para nomear novos referentes.

17. (FCC/2008/TRF 5ª Região/Analista Judiciário) Todas as palavras estão

corretamente grafadas na frase:

As sensações espectantes produzem, entre os mais pessimistas, muito

temor, e entre os otimistas, uma gososa, deleitosa ansiedade.

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18. (FCC/2003/TRE-AM/Técnico Judiciário) Há palavras escritas de modo

INCORRETO na frase:

a) O grande desafio, na Amazônia, será o de explorar as imensas riquezas da

região, inclusive os recursos minerais, sem precisar exterminar a floresta.

b) É imprescindível conciliar interesses de proprietários e a exploração

sustentada da floresta, em benefício do meio ambiente.

c) Dificilmente a cultura da soja terá, no cerrado amazônico, o mesmo

sucesso econômico que obteve na região do Centro-Oeste.

d) Nos projetos que buscam soluções para a Amazônia deve ser considerada

a enorme diversidade ecológica e social dessa região.

e) O escesso de humidade, resultado do intenso regime de chuvas na

Amazônia, prejudica o desenvolvimento da agricultura na região.

19. (FCC/2008/TRT 18ª Região (GO)/Analista Judiciário) Está correta a grafia

de todas as palavras da frase:

a) Por que não se institue a determinação de por um fim ao abuso dos ruídos

no interior de um ônibus?

b) É difícil explicar o porquê de tanta gente sentir-se extasiada diante das

iniqüidades de um filme violento.

20. (FCC/2003/TRT 21ª Região (RN)/Técnico Judiciário) Está correta a grafia

de todas as palavras da frase:

a) O que mais influe no aumento da pressão arterial é a vida cedentária que

os caboclos passam a levar.

b) A obsessão pelo progresso leva os mais ingênuos a acharem que toda

novidade constitui, em si mesma, uma vantagem.

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21. (FCC/2005/TRT 3ª Região (MG)/Analista Judiciário) Estão corretos o

emprego e a grafia de todas as palavras da frase:

Um pequeno glossário, capaz de elucidar a nova terminologia da informát-

ica, contribui muito para afastar os percalços do caminho dos usuários ini-

ciantes, aturdidos com tanta novidade.

22. (FCC/2010/TRE-RS/TÉCNICO JUDUCIÁRIO – PROGRAMAÇÃO DE SIS-

TEMAS) A lacuna que deve ser preenchida pela forma grafada como na

piada −

Por quê −, ou pela forma por quê, para que esteja em conformidade com

o padrão culto escrito, é a da frase:

(A) Eu não sei o ...... de sua indecisão.

(B) . .... foi tão inábil na condução do problema?

(C) Ele está tão apreensivo . ....?

(D) Decidiu-se somente ontem . .... dependia de consulta à família.

(E) A razão . .... partiu sem avisar ainda é desconhecida.

23. (FCC/2010/TCM-CE/ACE) Está clara e correta a redação deste livre

comentário sobre o texto:

Sendo também ele próprio funcionário público e escritor, Carlos

Drummond de Andrade escreveu uma crônica aonde fala de tal caso.

24. (FCC/2010/TCE-SP/Agente da Fiscalização Financeira) Está clara e correta

a redação deste livre comentário sobre o texto:

Estão nos destinos extraordinários toda a argúcia das fábulas populares,

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25. (FCC/2008/TRT 18ª Região (GO)/Analista Judiciário) Está correta a grafia

de todas as palavras da frase:

Que temos nós a haver com o relatório que deixou frustado aquele

executivo?

26. (FCC/2009/TRT 7ª Região (CE)/Analista Judiciário – adaptada) Julgue a

assertiva seguinte.

Traduz-se corretamente o sentido do segmento destacado em:

a) Contra o trabalho infantil alinham-se = vão ao encontro do trabalho

infantil.

“Não se trata de ir contra a necessidade do uso de conceitos específicos,

de não reconhecer a vantagem de se empregar um termo técnico em vez

de um termo impreciso, de abolir, em suma, o vocabulário especializado

(...).”

27. (FCC/2010/DPE-SP/Agente de Defensoria) Na construção Não se trata de

ir contra (...), de não reconhecer (...), de abolir (3º parágrafo), os

elementos sublinhados têm, na ordem dada, o sentido de

a) contrariar - desconhecer - procrastinar

b) ir ao encontro - ignorar - suspender

c) contradizer - desmerecer - extinguir

d) contraditar - discordar - reprimir

e) ir de encontro - rejeitar - suprimir

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28. (FCC/2010/TRF 4ª Região/Analista Judiciário) A informação negativa do

segmento chefes de estado tentando, em vão, aparar arestas deve-se,

sobretudo, ao elemento sublinhado. O mesmo ocorre em:

, que esperavam obter ajuda (...) a) A tese foi rechaçada pelos emergentes

b) (...) não se dispunham a cumprir sequer metas modestas.

c) (...) mesmo assim sem estabelecer compromissos obrigatórios (...)

. d) (...) inconformados por terem sido escanteados nas conversas finais

e) O resultado final foi um documento político genérico (...)

29. (FCC/2008/TRF 5ª Região/Analista Judiciário) Todas as palavras estão

corretamente grafadas na frase:

a) Ela não crê em rixa, mas em complementaridade entre o pessimismo e o

otimismo, admitindo, assim, flexibilização das sensações humanas.

b) Em tese, não se deve previlegiar o otimismo ou o pessimismo; esses

humores não reinvindicam, por si mesmos, nenhuma hegemonia.

30. (FCC/2004/TRE-PE/Técnico Judiciário) As palavras que recebem acento

gráfico pela mesma razão que o justifica em vários, são

a) estômago e provável.

b) ocorrência e predatório.

c) influência e insaciável.

d) marítimas e também.

e) número e até.

31. (FCC/2005/TRT 3ª Região (MG)/Analista Judiciário) Estão corretos o

emprego e a grafia de todas as palavras da frase:

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a) Os maus-entendidos são fatais quando ainda não se tem destreza numa

nova linguagem, quando ainda não se está familiarizado com um novo

vocabulario.

b) Muita gente letrada e idosa aderiu ao uso do computador, considerando-o

não um sinal do apocalípse, mas uma ferramenta revolucionária na

execução de tarefas, um instrumento útil para qualquer pesquizador.

32. (FCC/2010/TRE-RS/TÉCNICO JUDUCIÁRIO – PROGRAMAÇÃO DE

SISTEMAS) A frase totalmente correta do ponto de vista da grafia e/ou da

acentuação é:

(A) É o caso de se por em discussão se ele realmente crê na veracidade dos

dados.

(B) Referiu-se àquilo que todos esperavam − sua ascensão na empresa −,

com um misto de humildade e prepotência.

(C) Enquanto construimos esta ala, eles constroem a reservada aos aparelhos

de rejuvenecimento.

(D) Ele é sempre muito cortês, mas não pode evitar que sua ogeriza à ela

transpareça.

(E) Assinou o cheque, mas ninguém advinha o valor registrado, porisso foi

devolvido pelo banco.

33. (FCC/2008/TRF 5ª Região/Analista Judiciário) Todas as palavras estão

corretamente grafadas na frase:

O autor do texto se apoia na tese segundo a qual não se deve descriminar

em definitivo entre o pessimismo e o otimismo.

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34. (FCC/2008/TRT 18ª Região (GO)/Analista Judiciário) Está correta a grafia

de todas as palavras da frase:

Muitos se deixam embalar por um mixto de torpor e devaneio, quando se

entretém à janela do ônibus.

35. (FCC/2007/TRT-23ª Região/Técnico Judiciário) ...a humanidade precisaria

migrar para os pólos... (início do texto). A mesma norma gramatical que

justifica o acento gráfico no vocábulo grifado acima também está presente

na palavra grifada em:

a) O mais provável ponto de partida da espécie humana está na África,

continente que foi habitado pelo homem de Neandertal.

b) Múmias encontradas na Rússia foram datadas de 28000 anos atrás e, por

suas vestimentas, comprovam a existência de rituais fúnebres.

c) A descoberta de provas arqueológicas que atestam a evolução da espécie

humana não pára, trazendo sempre novas luzes sobre o assunto.

d) O homem da Idade do Gelo usava sapatos, fato que é possível comprovar,

pois os dedos menores dos pés dos esqueletos encontrados estão

encolhidos.

e) Instrumentos musicais feitos há 32.000 anos evidenciam o fascínio que a

música sempre exerceu sobre o homem, em toda a sua história.

36. (FCC/2010/TRE-RS/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) A frase

em que a palavra destacada está empregada de modo equivocado é:

(A) Inerme diante da ofensiva tão violenta, não lhe restou nada a fazer senão

render-se.

(B) Há quem proscreva construções linguísticas de cunho popular.

(C) Fui informado do diferimento da reunião em que o fato seria analisado.

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(D) A descriminalização de algumas drogas é questão polêmica.

(E) A flagrância do perfume inebriava a todos os convidados.

37. (FCC/TRF-2R/ANALISTA JUDICIÁRIO-ÁREA ADMINISTRATIVA/2007) A

frase em que a grafia e a acentuação estão em conformidade com as

prescrições da norma padrão da Língua Portuguesa é:

(A) Ao se estender esse viez interpretativo, correm o risco de por tudo à

perder, na medida em que será alterada a estratégia da pesquisa

previamente adotada.

(B) Sua pretenção ao consenso esvaiu-se quase que de repente, quando

notou que entorno de si as pessoas mais pareciam descansar que

dispostas à debates.

(C) Tomou como ultrage a displicência com que foi recebido, advinhando que

o mal-estar que impregnava o ambiente era mais que uma questão

eminentemente pessoal.

(D) Estava atrás de um acessório que o despensasse de promover a limpeza

do aparelho e sua conseqüente manutenção depois de cada utilização,

mas não pôde achá-lo por alí.

(E) Quando se considera a par do tema, ajuíza sem medo, mas, ao se

compreender insipiente, pára tudo e pede aos especialistas que o

catequizem no assunto para não passar por néscio.

38. (FUNDATEC/EMATER-RS/Economista/2008) Julgue as informações que se

seguem.

I. Ao se pluralizar a palavra equação na frase A equação contém os

ingredientes do sucesso. (l. 03), apenas duas outras palavras deveriam

sofrer ajustes para fins de concordância.

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II. Se, em Era um empresário ausente do campo e presente nas grandes

capitais, onde esbanjava suas riquezas. (l. 06-07), substituíssemos a

palavra empresário por administradora, ocorreria apenas uma outra

alteração no período.

39. (FUNDATEC/2007/Pref. de Caxias do Sul/Economista) Considere a

seguinte proposta de alteração em palavra do texto e assinale com V, se

for verdadeira, ou com F, se falsa.

( ) Se a palavra jornais (linha 11) fosse substituída por revista, apenas

três alterações seriam necessárias para manter a correção gramatical do

período em que está inserida.

11 (...) Os jornais ficaram mais estreitos para economizar papel, mas também porque

12 diminuiu a área para expansão dos nossos cotovelos. (...)

40. (FUNDATEC/Pref. de São Leopoldo/Procurador/2005) Considere as

seguintes propostas de alteração de palavras em períodos do texto.

I. Troca da palavra motivos (linha 14) por razão.

II. Substituição da palavra mulheres (linha 16) por garota.

Quais outras palavras dos períodos em que estão inseridas deveriam

obrigatoriamente sofrer alterações para fins de concordância,

respectivamente, nos casos I e II?

a) 1 – 4.

b) 2 – 5.

c) 3 – 4.

d) 3 – 5.

e) 4 – 6.

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13 (...) Em seguida, os pesquisadores entrevistaram homens e mulheres separadamente,

14 para que se identificassem os principais motivos de stress em cada grupo.

16 (...) "As mulheres acham que precisam se esforçar mais e fazer várias coisas ao mesmo

17 tempo para provar que são tão capazes quanto os homens", diz a psicóloga gaúcha Ana Maria Rossi,

18 coordenadora da pesquisa. (...)

41. (FUNDATEC/Petrobras/Economista/2004) Considere as seguintes

afirmações sobre a flexão de número de substantivos e adjetivos retirados

do texto.

I. O vocábulo profissionais (linha 04) foi formado pelo mesmo processo que

formaria o plural de trivial (linha 09) e desleal (linha 11).

II. O plural das palavras invisível (linha 10) e difícil (linha 24) não é

formado pelo mesmo processo.

III. Pluralizam-se as palavras vulgar (linha 12) e feliz (linha 17) da mesma

maneira.

Quais estão corretas?

a) Apenas a I.

b) Apenas a II.

c) Apenas a I e a III.

d) Apenas a II e a III.

e) A I, a II e a III.

42. (FCC/TRE-RS/TÉCNICO JUDUCIÁRIO – PROGRAMAÇÃO DE

SISTEMAS/2010) Considerada a flexão, a frase que está em total

concordância com o padrão culto escrito é:

(A) Os tabeliões reúnem-se sempre às quinta-feiras.

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(B) Nos últimos botas-foras, houve grande confusão, pois a agência de

turismo não reteu os que não possuíam ingresso.

(C) Na delegacia, não tinha ainda reavido os documentos que perdera, quando

entrou o rapaz considerado a testemunha mais importante de famoso

crime.

(D) Se não se conterem roubos de obras-primas, gerações futuras serão

privadas de grandes realizações do espírito humano.

(E) Os lusos-africanos ostentavam no braço fitinhas verde-amarela

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GABARITO

1. D

2. E

3. Itens errados

4. Item errado

5. Item errado

6. A

7. B

8. Item errado

9. Item errado

10. B

11. B

12. C

13. Itens errados

14. C

15. Item errado

16. Item errado

17. Item errado

18. E

19. B

20. B

21. Item certo

22. C

23. Item errado

24. Item errado

25. Item errado

26. Item errado

27. E

28. B

29. A

30. B

31. Itens errados

32. B

33. Item errado

34. Item errado

35. C

36. E

37. E

38. Itens certos

39. Item verdadeiro

40. D (leia a ressalva)

41. E

42. C

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Olá, prezado aluno!

Hoje nos ocuparemos com os seguintes tópicos, que merecem

atenção porque surgem frequentemente nas provas da FCC:

a) verbo (emprego de tempos e modos; vozes) e

b) pronome (emprego, formas de tratamento e colocação).

Vamos, então, aos exercícios.

1. (FCC/TRT 16ª Região/Analista Judiciário/2009) Verifica-se correta

transposição de uma para outra voz verbal no seguinte caso:

(A) os livros continuam em minha biblioteca (3º parágrafo) = os livros têm

continuado em minha biblioteca.

(B) podemos acessar os mesmos conteúdos = os mesmos conteúdos podem

ser acessados.

(C) dedicou-se à questão (1º parágrafo) = a ela foi dedicada.

(D) se realizam estudos (1º parágrafo) = estudos sejam realizados.

(E) Gravei (...) obras primas (3º parágrafo) = tinham sido gravadas obras

primas.

Comentário – Alternativa A: não houve mudança de voz, mas sim de tempo

verbal: do presente do indicativo para o pretérito perfeito composto do

indicativo.

Alternativa B: aqui está o gabarito. O objeto direto “os

mesmos conteúdos” assumiu a função de sujeito-paciente. A locução verbal

“podemos acessar” abrigou o verbo auxiliar “ser” para formar a voz passiva

analítica ou verbal. Note que ele assume a forma do verbo principal da voz

ativa (“acessar”, infinitivo).

Alternativa C: a passagem alude ao segmento “Um congresso

recente, em Veneza, dedicou-se à questão”. Em outras palavras, “Um

congresso recente, em Veneza, foi dedicado à questão”. Nas duas formas, o

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verbo está na voz passiva (sintética e analítica, respectivamente). Na

transformação posposta pela banca examinadora, continua a voz passiva,

agora com as seguintes mudanças: de “à questão” para “a ela”; de “dedicado”

para “dedicada”.

Alternativa D: note que a voz passiva continua, apenas deixou

de ser sintética ou pronominal para ser verbal ou analítica.

Alternativa E: apesar de constituir uma voz passiva, a segunda

sentença não respeita o tempo verbal de “Gravei” (pretérito perfeito do

indicativo). O verbo auxiliar ser foi empregado no pretérito mais-que-perfeito

composto do indicativo.

Gabarito – B

2. (FCC/TRT 7ª Região/Analista Judiciário/2009) Transpondo para a voz

passiva a construção Darcy Ribeiro (...) não admitiria a alternativa, a

forma verbal resultante será

(A) teria sido admitida.

(B) seria admitida.

(C) teria admitido.

(D) fora admitida.

(E) haveria de admitir.

Comentário – Em que tempo e modo está o verbo na voz ativa? Futuro do

pretérito simples do indicativo. Então, na voz passiva (verbal ou analítica),

ele ficará no particípio; seu auxiliar (ser, estar, ficar) assumirá o tempo e o

modo dele. Na alternativa A, o verbo ser está conjugado no futuro do pretérito

composto do indicativo. Na alternativa B, no futuro do pretérito simples do

indicativo. Na alternativa C, o verbo admitir continua na voz ativa; apenas foi

conjugado no futuro do pretérito composto do indicativo. Na alternativa D, o

verbo auxiliar está no pretérito mais-que-perfeito simples do indicativo. Na

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alternativa E, a locução verbal caracteriza voz ativa (note que o verbo

principal, “admitir”, não está no particípio, mas sim no infinitivo).

Gabarito – B

3. (FCC/TRE-AM/Analista Judiciário/2010) A frase que admite transposição

para a voz passiva é:

(A) Perto da Igreja, todos os poderosos do mundo parecem diletantes.

(B) A Concordata poderá incluir o retorno do ensino religioso.

(C) Há estatísticas controvertidas sobre esse poder eclesiástico.

(D) Não são incomuns atos religiosos com finalidade política.

(E) O Brasil é um país estratégico para a Igreja Católica.

Comentário – A voz passiva é formada, a rigor, a partir de um verbo

transitivo direto. É na segunda alternativa que encontramos essa condição, ao

nos depararmos com o verbo “incluir” (verbo principal da locução verbal

“poderá incluir”). Veja a transformação: “O retorno do ensino religioso poderá

ser incluído pela Concordata”.

Nas letras A, D e E, os verbos são de ligação, o que impede a

transposição para a voz passiva.

E o que dizer da opção C? O verbo haver, no sentido de existir,

não possui sujeito e é transitivo direto. O termo “estatísticas controvertidas

sobre esse poder eclesiástico” é seu objeto direto. Considerando que o objeto

direto torna-se sujeito do verbo na transposição de voz ativa para voz passiva

e que o verbo haver não tem sujeito (é impessoal), impossível se torna a

transposição requerida pela banca examinadora.

Gabarito – B

4. (FCC/PGE-RJ/Administrador/2009) NÃO admite transposição para a voz

passiva o seguinte segmento do texto:

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(A) (...) faz uma disfarçada paráfrase da matéria (...)

(B) (...) deve escrever e enviar um pequeno texto para um jornal (...)

(C) Talvez para não perder a oportunidade (...)

(D) (...) jamais deixam de ser tão somente cronistas.

(E) (...) esse E maiúsculo, que o identifica como um dos maiores autores da

nossa literatura.

Comentário – A voz passiva necessita de um VTD para se concretizar. Nas

alternativas A, B, C e E, os verbos “faz”, “escrever e enviar”, “perder” e

“identifica” são transitivos diretos. Já na letra D, o verbo principal “ser” é de

ligação.

Gabarito – D

5. (FCC/TCE-SP/Ag. de Fiscaliz. Financ./2010) A forma verbal da voz passiva

correspondente exatamente à construção:

(A) Se examinarmos as fábulas populares é: Se as fábulas populares

forem por nós examinadas.

(B) um jovem a conduza é: fosse por um jovem conduzida.

(C) exprimem o desejo popular é: têm expressado o desejo popular.

(D) representam apenas uma ilusão miraculosa é: estão apenas

representando uma ilusão miraculosa.

(E) deve reconquistar seu reino é: terá reconquistado seu reino.

Comentário – Na alternativa A, o sujeito “nós” (oculto na voz ativa) assume o

lugar do agente na voz passiva, aquele que vai examinar as fábulas populares.

O objeto direto “fábulas populares” transformou-se no sujeito-paciente, que

sofrerá a ação de ser examinada. A forma verbal “examinarmos” (futuro do

subjuntivo) adquiriu forma nominal de particípio. Além disso, o verbo auxiliar

(ser) flexionou-se corretamente no mesmo tempo e modo (futuro do

subjuntivo) do verbo “examinarmos”. A correspondência está perfeita!

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Gabarito – A

6. (FCC/Def. Púb.-SP/Agente/2010) Há alteração de voz verbal e de

sentido na passagem da construção

(A) Sua gestão ficou marcada para Sua gestão restou marcada.

(B) É uma peça de estilo raro para Trata-se de uma obra de linguagem

incomum.

(C) (...) que a tornam indevassável para que a fazem incompreensível.

(D) (...) devem expor à luz (...) a mensagem para precisam revelar (...) o

comunicado.

(E) O exemplo de Graciliano diz tudo para tudo é dito como exemplo para

Graciliano.

Comentário – Na última alternativa, temos: “O exemplo de Graciliano” =

sujeito-agente; “diz” = verbo transitivo direto (VTD); “tudo” = objeto direto

(OD). Estão aqui todas as condições para que haja mudança de voz ativa para

passiva. Veja como ficou: “tudo” = sujeito-paciente; “é dito”= locução verbal

indicativa de voz passiva analítica (o verbo principal fica no particípio e o verbo

auxiliar assume o tempo e o modo do verbo da voz ativa – presente do

indicativo). Tudo muito bem, tudo muito bom; mas... o sujeito que deveria

transformar-se no agente da passiva não existe aqui!!! Semanticamente, o

exemplo de Graciliano deixou de ser o agente causador da ação de dizer.

“Graciliano” assume o papel de receptor daquilo que é dito como exemplo.

Gabarito – E

7. (FCC/Metrô-SP/Advogado Trainee/2010) Transpondo-se para a voz

passiva a construção Mais tarde vim a entender a tradução completa, a

forma verbal resultante será:

(A) veio a ser entendida.

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(B) teria entendido.

(C) fora entendida.

(D) terá sido entendida.

(E) tê-la-ia entendido.

Comentário – O foco está na forma verbal “vim a entender” (o primeiro verbo

é auxiliar; o último, principal). Na voz passiva analítica (formada com locução

verbal), o verbo principal da voz ativa assume a forma nominal conhecida

como particípio: entendida (no feminino para concordar com “a tradução

completa”). Com apenas um passo, podemos descartar as letras B e E. Com o

próximo passo, liquidaremos a questão. A voz passiva analítica é construída

com os auxiliares ser e estar frequentemente; aqui damos lugar ao primeiro

(ser), que deve assumir a forma do verbo principal da voz ativa, ou seja, ser

empregado no infinitivo: ser. Pronto, despreze as letras C e D. Sobrou-nos a

locução verbal veio a ser entendia, em que o verbo auxiliar veio assumiu o

tempo e o modo do auxiliar “vim”: pretérito perfeito do indicativo.

Gabarito – A

8. (FCC/DNOCS/Administrador/2010) O poder econômico expansivo dos

meios de comunicação aboliu as manifestações da cultura popular e as

reduziu a folclore para turistas.

Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, as formas verbais

resultantes serão:

(A) aboliram-se e têm sido reduzidas.

(B) têm sido abolidas e reduziram-se.

(C) vêm abolindo-as e vêm reduzindo-as.

(D) estão abolindo e estão reduzindo.

(E) foram abolidas e foram reduzidas.

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Comentário – Já que o a banca focalizou as formas verbais, você deve

concentra-se nelas: “aboliu” e “reduziu”.

Elas estão conjugadas no pretérito perfeito simples do

indicativo, e estão no singular porque concordam em número e pessoa com o

sujeito “O poder econômico expansivo dos meios de comunicação”.

Na voz passiva analítica (ou verbal), o esses verbos

assumem a forma nominal conhecida como particípio: abolidas e reduzidas

(o feminino plural é necessário para concordar com o substantivo

“manifestações”).

Em toda voz passiva analítica (ou verbal), o verbo auxiliar

(ser, estar, ficar etc.) se flexiona no mesmo tempo e modo do verbo principal

da voz ativa. Aqui, o verbo ser entrou em cena: foram – pretérito perfeito

simples do indicativo (a terceira pessoa do plural justifica-se porque concorda

com o sujeito paciente “as manifestações da cultura popular”.

Veja como ficaria o trecho na voz passiva: As manifestações

da cultura popular foram abolidas e [foram] reduzidas a folclore para

turistas pelo poder econômico expansivo dos meios de comunicação.

Gabarito – E

9. (FCC/TRE-AM/Analista Judiciário/2010) Está correta a flexão de todas as

formas verbais da frase:

(A) Tudo o que advir como poder da Igreja tem correspondência com o plano

simbólico e espiritual.

(B) O poder civil e a esfera religiosa nem sempre conviram quanto à busca de

um sereno estabelecimento de acordos.

(C) Ao longo da História, nações e igrejas muitas vezes se absteram de buscar

a convergência de seus interesses.

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(D) A pergunta de Stalin proveu de sua convicção quanto ao que torna de fato

competitivo um país beligerante.

(E) Ciente da fragilidade militar da Igreja, o ditador não se conteve e interveio

na História com a famosa frase.

Comentário – Alternativa A: o verbo advir deriva do verbo vir e deve ser

conjugado como ele. Para que seja mantida a correlação verbal com a forma

“tem”, é preciso que o primeiro verbo seja conjugado na terceira pessoa do

singular presente do indicativo: “Tudo o que advém (...) tem...”.

Alternativa B: está em cena agora o verbo convir, que

também é ocnjugado como o verbo vir. Na terceira pessoa do plural do

pretérito perfeito do indicativo, deve ser assim conjugado: “O poder civil e a

esfera religiosa [eles] nem sempre convieram...”.

Alternativa C: o verbo abster (como manter, deter, conter

etc.) deriva do verbo ter e segue o modelo dele. Na terceira pessoa do plural

do pretérito perfeito do indicativo, dever ser conjugado da seguinte forma:

“...nações e igrejas [elas] se abstiveram...”

Alternativa D: como o sentido aqui é originar-se, o verbo

adequado é o provir, que também é conjugado conforme o verbo vir. Na

terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo, a forma correta

é: “A pergunta de Stalin [ela] proveio...”.

Alternativa E: atente para o fato de que o verbo conter (que

foi conjugado no pretérito perfeito do indicativo) deriva de ter, conforme está

dito no comentário da letra C.

Gabarito – E

10. (FCC/TRT 7ª Região/Analista Judiciário/2009) Quanto ao emprego das

formas verbais e ao tratamento pessoal, está plenamente correta a frase:

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(A) Vai, junta-te àquele grupo de manifestantes e depois dize-me o que

achaste.

(B) Ide, juntem-se àquele grupo de manifestantes e depois dizei-me o que

achastes.

(C) Queremos que Vossas Senhorias vos junteis àquele grupo de

manifestantes e depois digai-nos o que acharam.

(D) Queremos que Suas Excelências juntai-vos àquele grupo de manifestantes

e depois dizei-nos o que achásseis.

(E) Senhores, vão juntar-se àquele grupo de manifestantes e depois dizei-nos

o que acharam.

Comentário – A tabela abaixo é muito útil. Ela o ajudará a entender a

formação do imperativo.

Presente do Indicativo Imperativo Afirmativo Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo eu cant-o eu cant-e tu cant-a-s (- s) cant-a tu tu cant-e-s não cant-e-s tu ele cant-a cant-e você ele cant-e não cant-e você nós cant-a-mos cant-e-mos nós nós cant-e-mos não cant-e-mos nós vós cant-a-is (- s) cant-a-i vós vós cant-e-is não cant-e-is vós eles cant-a-m cant-e-m vocês eles cant-e-m não cant-e-m vocês

Alternativa B: “Ide” = segunda pessoa do plural (vós) do

imperativo afirmativo do verbo ir; “juntem” = terceira pessoa do plural

(eles/vocês) do imperativo afirmativo do verbo jantar; “dize” = segunda

pessoa do plural (vós) do imperativo afirmativo do verbo dizer; “achastes” =

segunda pessoa do plural (vós) do pretérito perfeito do verbo achar. Não foi

respeitada a uniformidade de tratamento entre as pessoas gramaticais. Eis a

correção: “Ide, juntai-vos àquele grupo de manifestantes e depois me dizei o

que achastes”.

Alternativa C: pronome de tratamento leva o verbo e o

pronome que se relacionam com ele para a terceira pessoa. Eis a correção:

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“Queremos que Vossas Senhorias se juntem àquele grupo de manifestantes e

depois nos digam o que acharam”.

Alternativa D: novamente, o fio condutor será o pronome de

tratamento: “Queremos que Suas Excelências juntem-se àquele grupo de

manifestantes e depois nos digam o que acharam”.

Alternativa E: “Senhores, vão juntar-se àquele grupo de

manifestantes e depois nos digam o que acharam”.

Gabarito – A

11. (FCC/TRT 3ª Região/Analista Judiciário/2009) Deixando de lado o debate

técnico sobre tal conceito, tomemos uma definição mínima ... (3º

parágrafo)

O verbo cuja flexão é idêntica à do grifado acima está também grifado na

frase:

, todos, que nossos valorosos jogadores se consagrem (A) Esperemos

campeões nesta temporada.

(B) Sabemos agora que a decisão final do campeonato se transformará em

uma grande festa.

, nós, torcedores, visitar as dependências do clube ainda (C) Pretendemos

antes das reformas.

(D) Queremos que alguns dos troféus conquistados pelo clube fiquem

expostos ao público.

, embora constrangidos, que os jogadores não fizeram hoje (E) Reconhecemos

uma boa partida.

Comentário – A forma “tomemos” (do verbo tomar) está flexionada na

primeira pessoa do plural do modo imperativo (afirmativo). Semelhantemente,

na primeira alternativa, o verbo esperar também foi flexionado na primeira

pessoa do plural do modo imperativo (afirmativo).

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Nas outras opções, os verbos estão flexionados no presente

do indicativo.

Gabarito – A

12. (FCC/Assembleia Legislativa-SP/ Agente Legislativo de Serviços Técnicos e

Administrativos/2010) Os verbos grifados estão corretamente flexionados

na frase:

(A) Após a catástrofe climática que se abateu sobre a região, os responsáveis

propuseram a liberação dos recursos necessários para sua reconstrução.

(B) Em vários países, autoridades se disporam a elaborar projetos que

prevessem a exploração sustentável do meio ambiente.

(C) Os consumidores se absteram de comprar produtos de empresas que não

consideram a sustentabilidade do planeta.

(D) A constatação de que a vida humana estaria comprometida deteu a

exploração descontrolada daquela área de mata nativa.

(E) Com a alteração climática sobreviu o excesso de chuvas que destruiu

cidades inteiras com os alagamentos.

Comentário – Já está claro que a FCC tenta confundir os candidatos com o

emprego dos verbos derivados de ter, ver, vir e pôr? Fique atento.

Alternativa A: está tudo certo. O detalhe interessante é o uso

do verbo propor (derivado de pôr) flexionado na terceira pessoa do plural do

pretérito perfeito do indicativo: “propuseram”. Para você não ter dúvidas,

conjugue, primeiramente, o verbo pôr e, em seguida, adicione o elemento

pro-: eu (pro)pus, tu (pro)puseste, ele (pro)pôs, nós (pro)pusemos, vós

(pro)pusestes, eles (pro)puseram. Siga essa orientação nas demais opções.

Alternativa B: errada. O verbo dispor-se (outro derivado de

pôr) foi mal flexionado na terceira pessoa do plural do pretérito perfeito do

indicativo: eu me dispus, tu te dispuseste, ele se dispôs, nós nos dispusemos,

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vós vos dispusestes, eles se dispuseram. Há ainda outro erro: o verbo

prever (derivado de ver) conjugado na terceira pessoa do plural do pretérito

imperfeito do subjuntivo: eu previsse, tu previsses, ele previsse, nós

prevíssemos, vós prevísseis, eles previssem.

Alternativa C: o erro encontra-se na conjugação do verbo

abster-se (derivado de ter) na terceira pessoa do plural do pretérito perfeito do

indicativo: eu me abstive, tu te abstiveste, ele se absteve, nós nos

abstivemos, vós vos abstivestes, eles se abstiveram.

Alternativa D: eis o erro da sentença: má conjugação do verbo

deter (outro derivado de ter) na terceira pessoa do singular do pretérito

perfeito do indicativo: eu detive, tu detiveste, ele deteve, nós detivemos, vós

detivestes, eles detiveram.

Alternativa E: o erro está na flexão do verbo sobrevir (derivado

de vir) na terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo: eu

sobrevim, tu sobrevieste, ele sobreveio, nós sobreviemos, vós sobreviestes,

eles sobrevieram.

Gabarito – A

13. (FCC/DNOCS/Administrador/2010) É preciso corrigir uma forma verbal

flexionada na frase:

(A) O e-mail interveio de tal forma em nossa vida que ninguém imagina viver

sem se valer dele a todo momento.

(B) Se uma mensagem eletrônica contiver algum vírus, o usuário incauto será

prejudicado, ao abri-la.

(C) Caso não nos disponhamos a receber todo e qualquer e-mail, será preciso

que nos munamos de algum filtro oferecido pela Internet.

(D) Se uma mensagem provier de um desconhecido, será preciso submetê-la

a um antivírus específico.

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(E) Ele se precaveio e instalou em seu computador um poderoso antivírus,

para evitar que algum e-mail o contaminasse.

Comentário – O problema está na conjugação do verbo precaver, que é

defectivo (não se usa nas formas rizotônicas). Ele, a rigor, não é derivado de

ver nem de vir. Portanto são errôneas as formas: precavejo, precavês,

precavenho, precavéns, precavém, precavêm, precavenha, precavenham. Nas

formas em que é defectivo, podemos utilizar os verbos acautelar, cuidar,

prevenir. Em vez de “ele que se precavenha”, diga “que ele se previna” ou

“que ele se acautele”, por exemplo. Frequentemente, esse verbo é empregado

como reflexivo: precavemo-nos, precavia-me, precavei-vos etc. Eis a

conjugação dele no pretérito perfeito do indicativo: precavi, precaveste,

precaveu, precavemos, precavestes, precaveram.

Gabarito – E

14. (FCC/TRT 16ª Região/Analista Judiciário/2009) Está adequada a

correlação entre tempos e modos verbais na frase:

(A) O autor nos lembra que as velhas fitas cassetes, com o uso constante,

enrolavam-se e mascavam-se, o que logo as tinha tornado obsoletas.

(B) Caso fosse outro o tema do congresso realizado em Veneza, o autor,

amante dos livros, provavelmente não o havia tomado para comentar.

(C) Terá sido uma surpresa para muita gente inteirar-se do fato de que,

antigamente, livros se confeccionarão com papel feito de trapos.

(D) Talvez a ninguém ocorresse, antes de ler esse texto, que a durabilidade

dos velhos livros pudesse ser reconhecidamente superior à dos novos

suportes.

(E) A cada vez que surge um novo suporte de informações, ter-se-ia a

impressão de que ele se revelasse o mais seguro e mais duradouro.

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Comentário – Alternativa A: o uso do pretérito-mais-que-perfeito composto

do indicativo (“tinha tornado”) causou incorreção ao período. O correto é

“tornava” (pretérito imperfeito do indicativo).

Alternativa B: o uso do pretérito-mais-que-perfeito composto

do indicativo (“havia tomado”) causou incorreção ao período. O correto é

“tomaria” (futuro do pretérito do indicativo).

Alternativa C: no lugar de “confeccionarão” (futuro do

presente do indicativo), use “confeccionavam” (pretérito imperfeito do

indicativo). Em vez de “Terá sido” (futuro do presente composto do indicativo),

use “Tem sido” (pretérito perfeito composto do indicativo). A primeira forma

serve para expressar: I) um fato futuro que se consumará antes de outro

(Antes que o caçador chegue lá, a onça já terá fugido.) e II) dúvida, incerteza,

relativamente à efetivação de um fato no passado (Terá chegado às mãos de

Vera a minha carta?). Nenhuma dessas condições é verificada no período, que

traduz um fato passado repetido, ou que ele se prolonga até o presente.

Alternativa E: eis a correção: “A cada vez que surge um novo

suporte de informações, tem-se [presente do indicativo] a impressão de que

ele se revela [presente do indicativo] o mais seguro e mais duradouro.

Gabarito – D

15. (FCC/TRE-AM/Analista Judiciário/2010) Está adequada a correlação entre

tempos e modos verbais na frase:

(A) Se o Papa dispusesse de inúmeras e bem armadas divisões, talvez Stalin

reconsiderasse sua decisão e buscasse angariar a simpatia de Pio XI.

(B) Como alguém lhe perguntou se não é o caso de ganhar a simpatia de Pio

XI, Stalin lhe respondera que ignorava com quantas divisões conta o

Papa.

(C) Caso o Brasil não fosse um país estratégico para a Igreja, a Concordata

não se revestirá da importância que lhe atribuíram os eclesiásticos.

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(D) São tão delicadas as questões a serem discutidas na Concordata que será

bem possível que levassem muito tempo para desdobrar todos os

aspectos.

(E) Roberto Romano lembra-nos de que já houve, na História, atos religiosos

que acabassem por atender a uma finalidade política que é prevista.

Comentário – Alternativa B: a pergunta deve ocorrer antes da resposta:

“Como alguém lhe perguntara [pretérito-mais-que-perfeito do indicativo] se

não era o caso de ganhar a simpatia de Pio XI, Stalin lhe respondeu [pretérito

perfeito do indicativo] que ignorava com quantas divisões contava o Papa.

Alternativa C: o erro está no emprego do futuro do presente do

indicativo: “revestirá”. O correto é “revestiria” (futuro do pretérito do

indicativo).

Alternativa D: “...será bem possível que levem [presente do

subjuntivo] ...”.

Alternativa E: “...atos religiosos que acabaram por atender a

uma finalidade política que era prevista”.

Gabarito – A

16. (FCC/TCE-SP/Ag. de Fiscal. Financ./2010) Está adequada a correlação

entre tempos e modos verbais na frase:

(A) Se examinássemos as fábulas populares, haveremos de verificar que elas

representem dois tipos de transformação social.

(B) Era comum que pobres guardadores de porcos fossem, na verdade,

príncipes que haviam sido despojados de seu poder.

(C) Havia ainda os jovens pastores que nada possuíssem desde o nascimento,

mas acabassem conseguindo casar-se e tornavam-se reis.

(D) Um príncipe que se houvera disfarçado de pobre será a prova de que todo

pobre fosse um príncipe disfarçado.

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(E) Quando cavaleiros vierem a triunfar sobre seus inimigos, ter-se-ia

restaurado uma sociedade que seja mais justa.

Comentário – Alternativa A: “Se examinássemos [pretérito imperfeito do

subjuntivo] as fábulas populares, haveríamos [futuro do pretérito do

indicativo] de verificar que elas representam [presente do indicativo] dois tipos

de transformação social”.

Alternativa C: “Havia ainda os jovens pastores que nada

possuíam [pretérito imperfeito do indicativo] desde o nascimento, mas

acabavam [pretérito imperfeito do indicativo] conseguindo casar-se e

tornavam-se reis”.

Alternativa D: “Um príncipe que se houvesse [pretérito

imperfeito do subjuntivo] disfarçado de pobre seria [futuro do pretérito do

indicativo] a prova de que todo pobre era [pretérito imperfeito do indicativo]

um príncipe disfarçado”.

Alternativa E: “Quando cavaleiros vinham [pretérito

imperfeito do indicativo] a triunfar sobre seus inimigos, tinha-se [pretérito

imperfeito do indicativo] restaurada uma sociedade que era [pretérito

imperfeito do indicativo] mais justa.

Gabarito – B

17. (FCC/TRT 7ª Região/Analista Judiciário/2009) Trabalho infantil? Há quem

considere o trabalho infantil uma excrescência social, mas há também

quem veja no trabalho infantil uma saída para muitas crianças, porque

atribui ao trabalho infantil a vantagem de representar a inserção dos

menores carentes.

Evitam-se as viciosas repetições do texto acima substituindo-se os

elementos sublinhados, na ordem dada, por:

(A) lhe considere - lhe veja - lhe atribui

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(B) a ele considere - nele veja - atribui-no

(C) o considere - nele veja - lhe atribui

(D) o considere - lhe veja - o atribui

(E) lhe considere - o veja - lhe atribui

Comentário – O sentido do verbo “considere” transitivo diretamente até o

complemento “o trabalho infantil” (= OD). Então, o pronome oblíquo o é o

adequado para substituir o termo “o trabalho infantil”. Você só tem duas

alternativas: C e D. Se, por um acaso, há dúvida quanto ao segundo segmento

sublinhado, ela deve ser eliminada logo em seguida. O verbo “atribui” é

bitransitivo (pede dois complementos). Seu objeto direto (complemento sem

preposição) é o termo “a vantagem de representar a inserção dos menores

carentes”. O que sobrou? O objeto indireto: “ao trabalho infantil”, que deve ser

substituído pelo pronome oblíquo lhe. A questão está faturada!

Gabarito – C

18. (FCC/TRT 3ª Região/Analista Judiciário/2009) É forçoso contatar os índios

com delicadeza, para poupar os índios de um contato talvez mais brutal,

em que exploradores submetessem os índios a toda ordem de

humilhação, tornando os índios vítimas da supremacia das armas do

branco.

Evitam-se as viciosas repetições do trecho acima substituindo-se os

segmentos sublinhados, na ordem dada, por:

(A) poupá-los - os submetessem - tornando-os

(B) poupá-los - lhes submetessem - os tornando

(C) poupar-lhes - os submetessem - tornando-lhes

(D) os poupar - submetessem-nos - lhes tornando

(E) poupar a eles - os submetessem - tornando-lhes

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Comentário – Todos os verbos e termos sublinhados constituem VTD + OD

(poupar quem? / submeter quem? / tornar quem?). Perceba que o significado

deles transita diretamente (sem preposição) até o complemento. Logo, o

pronome oblíquo o é o adequado para a substituição.

Gabarito – A

19. (FCC/TRT 7ª Região/Analista Judiciário/2009) Regulamentados por lei o

horário máximo e as condições mínimas de adequação ao universo da

criança, as empresas seriam encorajadas a admitir, treinar e a ajudar a

desenvolver os pequenos trabalhadores, facilitando-lhes, inclusive, o

acesso a uma educação suplementar: cursos profissionalizantes, estágios,

atualizações etc.

Considerando-se a redação do texto acima, é correto afirmar que na

expressão facilitando-lhes, o pronome sublinhado refere-se tanto a

empresas como a pequenos trabalhadores.

Comentário – O pronome substituio termo personativo “pequenos

trabalhadores”

Gabarito – Item errado

20. (FCC/TRT 16ª Região/Analista Judiciário/2009) Há, registre-se, iniciativas

culturais com o fito de fixar o que sobra de autêntico no mundo caipira.

(3º parágrafo)

Atente para as seguintes afirmações, referentes à frase acima:

A expressão com o fito de fixar pode ser corretamente substituída por

cuja finalidade é conservar.

Comentário – Sugiro que você reescreva a passagem: Há, registre-se,

iniciativas culturais cuja finalidade é conservar o que sobra de autêntico no

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mundo caipira. Inicialmente, a expressão “com o fito de fixar” caracteriza e

exprime a finalidade das iniciativas culturais que tendem a manter o que sobra

de autêntico no mundo caipira. O pronome relativo cuja relaciona o

antecedente “iniciativas culturais” ao consequente “finalidade” (finalidade das

iniciativas culturais), estrutura que também serve para exprimir o propósito

daquelas iniciativas culturais.

Gabarito – Item certo.

21. (FCC/TRT 16ª Região/ Analista Judiciário/2009) Está correto o emprego de

ambos os elementos sublinhados em:

(A) Enfraquecida, a cultura caipira cujos valores tanta gente se encantou,

cede lugar às modas citadinas, de que quase todos tomam como

parâmetro.

(B) A moda sempre existiu, sempre haverá quem a adote, assim como

sempre haverá quem não lhe poupe o aspecto de superficialidade.

(C) A moda, cujos os valores são sempre efêmeros, define as maneiras de

vestir e pensar de que se comprazem os citadinos.

(D) Vive-se num tempo onde as mudanças são tão rápidas que fica difícil

acompanhar-lhes em sua velocidade.

(E) Os modos de ser com que se apropria a gente da cidade são os que lhes

parecem mais civilizados.

Comentário – Alternativa A: faça-se a seguinte pergunta: “Tanta gente se

encantou com quê?” Eis a resposta: com os valores da cultura caipira. O

pronome relativo “cujos” estabelece corretamente essa relação de

posse/dependência entre “cultura caipira” e “valores”. O problema é que a

preposição com não figura antes dele. Pergunte-se agora: “Quase todos

tomam como parâmetro o quê?” Eis a resposta: “as modas citadinas”. Notou a

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algum termo exigindo preposição “de”? Eu também não! Portanto, ela está

sobrando no período.

Alternativa B: o pronome oblíquo átono “a” retoma o termo

“moda” e serve ao verbo “adote” como objeto direto. O pronome oblíquo átono

“lhe” tem valor de possessivo e aponta também para “moda”: “...sempre

haverá quem não lhe poupe o aspecto de superficialidade” = “...quem não

poupe seu aspecto de superficialidade” (o aspecto de superficialidade da

moda).

Alternativa C: o pronome “cujo” repele artigos.

Alternativa D: troque o relativo “onde”, que indica lugar, por

“em que”. O verbo “acompanhar” é VTD e pede OD, função que o pronome

lhe(s) não pode exercer. Em seu lugar, use a forma “la” (= acompanhar + a >

acompanhá-la).

Alternativa E: pergunte-se novamente: “Apropria-se de quê?

Percebe a preposição de? Então, troque-a pela preposição “com”.O “lhes” está

inadequado: ao retomar o termo “gente da cidade”, deve ser escrito “lhe” (= a

ela), no singular.

Gabarito – B

22. (FCC/TRT 16ª Região/Analista Judiciário/2009) A ocorrência de

ambiguidade e falta de clareza faz necessária uma revisão da seguinte

frase:

(A) Conquanto ele nos haja dado uma resposta inconclusiva e protelado a

decisão, há quem creia que nos satisfará o desfecho deste caso.

(B) Inconformados com a resposta insatisfatória que nos deu, reiteramos o

pedido para que ele não deixe de tomar as providências que o caso

requer.

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(C) Ele deu uma resposta insatisfatória à providência que lhe solicitamos, em

razão da qual será preciso insistir em que não venha a repeti-la.

(D) Caso não sejam tomadas as providências cabíveis, seremos obrigados a

comunicar à Direção o menoscabo com que está sendo tratado este caso.

(E) Causa-nos revolta, a todos, o pouco interesse que ele vem demonstrando

na condução desse processo – razão pela qual há quem peça a demissão

dele.

Comentário – Por conter elementos (“resposta insatisfatória” e “providência

que lhe solicitamos”) que podem ser igualmente retomados pelos elementos

coesivos “a qual” (pronome relativo) e “la" (pronome oblíquo), a terceira opção

merece uma revisão. Eis uma proposta de correção: Em razão da resposta

insatisfatória dada à providência que lhe solicitamos, será preciso insistir para

que ele não a repita.

Gabarito – C

23. (FCC/TRT 7ª Região/Analista Judiciário/2009) Pode-se substituir, sem

prejuízo para a correção e o sentido do texto, o segmento sublinhado em

(A) grupo que abrange os sete países mais ricos por onde se abarcam.

(B) sob a direção de Capanna o movimento (...) foi declaradamente stalinista

por em cuja direção.

Comentário – Alternativa A: não é possível a substituição. O pronome relativo

onde substitui termo que expressa lugar; ele se equivale a o lugar em que.

Alternativa B: não é possível a troca. A expressão sublinhada

exprime a circusntância do “movimento” ao ser declarado “stalinista”. O

pronome relativo cujo (e variações) não se presta a esse papel, antes

estabelece uma relação de posse/dependência entre os termos antecedente e

consequente, o que não se verifica na passagem.

Gabarito – Itens errados.

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24. (FCC/TRT 7ª Região/Analista Judiciário) Está correto o emprego do

elemento sublinhado na frase:

(A) As ruas de Gênova, aonde se fixaram grupos de manifestantes, ganharam

uma nova animação.

(B) Os restos de esperanças socialistas, por cujas o autor já demonstrara

simpatia, misturam-se a outras convicções.

(C) Os impulsos missionários, de que o autor não se mostra carente, poderiam

levá-lo a combater a fome do mundo.

Comentário – Alternativa A: o relativo onde substitui o locativo “ruas de

Gênova” (grupos de manifestantes se fixaram nas ruas de Gênova), mas não

existe nenhum verbo de movimento (ou outro termo) que exija a preposição

que se aglutinou a ele.

Alternativa B: descarte logo esta opção. O pronome cujo

repele artigo antes e depois dele, deve concordar em gênero e número com o

termo consequente e só pode ser usado para indicar posse/dependência entre

os termos que relaciona. Eis a correção: “...pelos quais o autor já demosntrara

simpatia...” (o autor já demonstrara simpatia pelos restos de esperanças

socialistas).

Alternativa C: o relativo “que” substitui o antecedente

“impulsos missionários”; a preposição “de” é exigida pela regência do termo

“carente” (carente de quê?). Veja: o autor não se mostra carente de impulsos

missionários.

Gabarito – C

25. (FCC/Def. Púb.-SP/Agente/2010) Está plenamente adequado o emprego

do elemento sublinhado na frase:

Ao final do período aonde Graciliano ocupou o cargo de prefeito, compôs

um primoroso relatório.

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Comentário – Só se justifica a preposição “a” combinada com o pronome

relativo “onde” mediante um tremo regente que a exija, o que não se verifica

no período. Além disso, foi dito acima que esse pronome deve substituir termo

que designa lugar. Em vez de “aonde”, use em que.

Gabarito – Item errado.

26. (FCC/TRT 16ª Região/Analista Judiciário/2009) Quanto ao emprego das

formas de tratamento, está correta a seguinte construção:

(A) Sempre contaremos com os préstimos com que Vossa Senhoria nos tem

honrado, razão pela qual, antecipadamente, deixamos-lhe aqui nosso

profundo reconhecimento.

(B) Vimos comunicar a Vossa Excelência que já se encontra à vossa

disposição o relatório que nos incumbiste de providenciar há cerca de uma

semana.

(C) Diga a Vossa Senhoria que estamos à espera de suas providências, das

quais não nos cabe tratar com seu adjunto – grande, embora, seja a

consideração, meu caro senhor, que lhe dispensamos.

(D) Esperamos que Vossa Senhoria sejais capaz de atender aos nossos

reclamos, ao nosso ver justos e precisados de toda a vossa atenção.

(E) Se preferires, adiaremos o simpósio para que não nos privemos de sua

coordenação, Excelência, bem como das sugestões que certamente tereis

a nos oferecer.

Comentário – Alternativa B: pronome de tratamento leva o verbo e os demais

pronomes a ele relacionados para a terceira pessoa. Em vez de “incumbiste”

(segunda pessoa do singular), use incumbiu; no lugar de “vossa disposição”,

use sua disposição.

Alternativa C: ao falar da pessoa, e não com a pessoa, use a

forma Sua Senhoria, e não “Vossa Senhoria”.

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Alternativa D: em vez de “sejais” (segunda pessoa do plural),

escreva seja. Altere “vossa atenção” para sua atenção.

Alternativa E: “preferires” corresponde à segunda pessoa do

singular. O correto é preferir. No lugar de “tereis” (segunda pessoa do plural),

utilize terá.

Gabarito – A

27. (FCC/PGE-RJ/Administrador/2009) Está INADEQUADO o emprego de um

pronome em:

(A) Se Vossa Excelência pretende emitir a autorização, afianço-lhe que

recorrerei de sua decisão.

(B) Ele não viu por que autorizar, num caso como aquele, a quebra do sigilo

telefônico.

(C) Não lhe pareceu necessário explicar a ninguém o por quê de haver dado

aquela autorização.

(D) Ele chamou para si toda a responsabilidade pela quebra do sigilo

telefônico.

(E) Não me peças que concorde com tua posição só porque és mais versado

em assuntos jurídicos.

Comentário – Um erro clássico foi inserido nesta questão: o uso dos porquês.

Precedido de artigo, grafa-se corretamente porquê (= motivo), junto e com

acento.

Gabarito – C

28. (FCC/TRT-16ª Região/Analista Judiciário – Tecnologia da

Informação/2009) Quanto ao emprego das formas de tratamento, está

correta a seguinte construção:

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(A) Se preferires, adiaremos o simpósio para que não nos privemos de sua

coordenação, Excelência, bem como das sugestões que certamente tereis

a nos oferecer.

(B) Sempre contaremos com os préstimos com que Vossa Senhoria nos tem

honrado, razão pela qual, antecipadamente, deixamos-lhe aqui nosso

profundo reconhecimento.

(C) Vimos comunicar a Vossa Excelência que já se encontra à vossa

disposição o relatório que nos incumbiste de providenciar há cerca de uma

semana.

(D) Diga a Vossa Senhoria que estamos à espera de suas providências, das

quais não nos cabe tratar com seu adjunto – grande, embora, seja a

consideração, meu caro senhor, que lhe dispensamos.

(E) Esperamos que Vossa Senhoria sejais capaz de atender aos nossos

reclamos, ao nosso ver justos e precisados de toda a vossa atenção.

Comentário – Considerando as orientações abaixo sobre o uso das formas de

tratamento, apenas a alternativa B está correta. O verbo “tem” e o pronome

“lhe”, que estão associados ao tratamento “Vossa Senhoria”, são formas

representativas da terceira pessoa do singular.

a) Vossa Excelência fez um belo discurso.(para dirigir-se à pessoa, ainda

que por meio de correspondências)

Sua Excelência fez um belo discurso. (para falar da pessoa)

b) Vossa Excelência apresentará seus projetos? (o verbo e o pronome

possessivo correspondem à terceira pessoa)

Gabarito – B

29. (FCC/MPE-SE/Analista Contábil/2009) A teoria unificada é uma velha

obsessão humana, buscam a teoria unificada tanto os físicos como os

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teólogos, todos veem a teoria unificada como a meta final do

conhecimento, todos atribuem à teoria unificada a virtude de uma

totalização definitiva.

Evitam-se as viciosas repetições do texto acima substituindo-se os

segmentos sublinhados por, respectivamente,

(A) a buscam - veem-na - a atribuem

(B) buscam-lhe - veem-na - lhe atribuem

(C) buscam-na - veem-lhe - atribuem-lhe

(D) a buscam - veem-na - atribuem-na

(E) buscam-na - a veem - lhe atribuem

Comentário – Observe como a FCC explora o emprego dos pronomes oblíquos

o, a e lhe como complementos verbais. Você já sabe que os primeiros

funcionam como objeto direto e o último como objeto indireto. Já que os

termos sublinhados exercem, respectivamente, as funções de objeto direto,

objeto direto e objeto indireto dos verbos “buscam”, “veem” e “atribuem”, a

resposta deve apresentar, nesta ordem, os pronomes a, a e lhe. Apenas a

opção E contém a sequência. Mas fique de olho para alguns detalhes:

– buscam-na: o verbo termina em som nasal (am) e isso faz

surgir a forma na.

– o pronome oblíquo a ocupa posição proclítica (a veem)

porque está atraído pelo pronome indefinido “todos”.

– aplica-se ao pronome oblíquo lhe (lhe atribuem) a mesma

regra mencionada acima.

Veja abaixo uma questão semelhante que caiu no mesmo ano.

Gabarito – E

30. (FCC/PGE-RJ/Administrador/2009) Crônicas? Muita gente está habituada a

ler crônicas, mas nem todos concedem às crônicas um valor equivalente

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ao de outros gêneros; alegam faltar às crônicas a altitude de um romance,

e deixam de reconhecer as crônicas como vias de acesso imediato à

poesia do dia-a-dia.

Evitam-se as viciosas repetições do texto acima substituindo-se os

segmentos sublinhados, na ordem dada, por:

(A) as ler − concedem-lhes − lhes faltar − reconhecer- lhes

(B) as ler − lhes concedem − faltar-lhes − lhes reconhecer

(C) lê-las − lhes concedem − faltar-lhes – reconhece-las

(D) ler a elas − as concedem − lhes faltar − reconhecê-las

(E) lê-las − concedem-nas − faltar a elas − as reconhecer

Comentário – Na sequência, temos: objeto direto (“crônicas”), objeto indireto

(“às crônicas”), objeto indireto de novo (“às crônicas”) e objeto direto (“as

crônicas”). Logo, os pronomes oblíquos a serem empregados são: as, lhes,

lhes e as. Só a letra C apresenta a sequência correta. Veja agora os detalhes:

– lê-las: ao se juntar a verbos terminados em R, S ou Z, o

pronome oblíquo a (e o também) recebe a consoante l e os tais verbos perdem

as referidas consoantes.

– lhes concedem: a posição proclítica do pronome oblíquo

deve-se à atração exercida pelo pronome indefinido “todos”.

– reconhecê-las: aplica-se a este caso o que foi dito a respeito

da forma lê-las.

Gabarito – C

Por hoje é só. Se tiver dúvidas, use o fórum.

Fique com Deus e até a próxima aula.

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QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS

1. (FCC/TRT 16ª Região/Analista Judiciário/2009) Verifica-se correta

transposição de uma para outra voz verbal no seguinte caso:

(A) os livros continuam em minha biblioteca (3o parágrafo) = os livros têm

continuado em minha biblioteca.

(B) podemos acessar os mesmos conteúdos = os mesmos conteúdos podem

ser acessados.

(C) dedicou-se à questão (1o parágrafo) = a ela foi dedicada.

(D) se realizam estudos (1o parágrafo) = estudos sejam realizados.

(E) Gravei (...) obras primas (3o parágrafo) = tinham sido gravadas obras

primas.

2. (FCC/TRT 7ª Região/Analista Judiciário/2009) Transpondo para a voz

passiva a construção Darcy Ribeiro (...) não admitiria a alternativa, a

forma verbal resultante será

(A) teria sido admitida.

(B) seria admitida.

(C) teria admitido.

(D) fora admitida.

(E) haveria de admitir.

3. (FCC/TRE-AM/Analista Judiciário/2010) A frase que admite transposição

para a voz passiva é:

(A) Perto da Igreja, todos os poderosos do mundo parecem diletantes.

(B) A Concordata poderá incluir o retorno do ensino religioso.

(C) Há estatísticas controvertidas sobre esse poder eclesiástico.

(D) Não são incomuns atos religiosos com finalidade política.

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(E) O Brasil é um país estratégico para a Igreja Católica.

4. (FCC/PGE-RJ/Administrador/2009) NÃO admite transposição para a voz

passiva o seguinte segmento do texto:

(A) (...) faz uma disfarçada paráfrase da matéria (...)

(B) (...) deve escrever e enviar um pequeno texto para um jornal (...)

(C) Talvez para não perder a oportunidade (...)

(D) (...) jamais deixam de ser tão somente cronistas.

(E) (...) esse E maiúsculo, que o identifica como um dos maiores autores da

nossa literatura.

5. (FCC/TCE-SP/Ag. de Fiscaliz. Financ./2010) A forma verbal da voz passiva

correspondente exatamente à construção:

(A) Se examinarmos as fábulas populares é: Se as fábulas populares

forem por nós examinadas.

(B) um jovem a conduza é: fosse por um jovem conduzida.

(C) exprimem o desejo popular é: têm expressado o desejo popular.

(D) representam apenas uma ilusão miraculosa é: estão apenas

representando uma ilusão miraculosa.

(E) deve reconquistar seu reino é: terá reconquistado seu reino.

6. (FCC/Def. Púb.-SP/Agente/2010) Há alteração de voz verbal e de

sentido na passagem da construção

(A) Sua gestão ficou marcada para Sua gestão restou marcada.

(B) É uma peça de estilo raro para Trata-se de uma obra de linguagem

incomum.

(C) (...) que a tornam indevassável para que a fazem incompreensível.

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(D) (...) devem expor à luz (...) a mensagem para precisam revelar (...) o

comunicado.

(E) O exemplo de Graciliano diz tudo para tudo é dito como exemplo para

Graciliano.

7. (FCC/Metrô-SP/Advogado Trainee/2010) Transpondo-se para a voz

passiva a construção Mais tarde vim a entender a tradução completa, a

forma verbal resultante será:

(A) veio a ser entendida.

(B) teria entendido.

(C) fora entendida.

(D) terá sido entendida.

(E) tê-la-ia entendido.

8. (FCC/DNOCS/Administrador/2010) O poder econômico expansivo dos

meios de comunicação aboliu as manifestações da cultura popular e as

reduziu a folclore para turistas.

Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, as formas verbais

resultantes serão:

(A) aboliram-se e têm sido reduzidas.

(B) têm sido abolidas e reduziram-se.

(C) vêm abolindo-as e vêm reduzindo-as.

(D) estão abolindo e estão reduzindo.

(E) foram abolidas e foram reduzidas.

9. (FCC/TRE-AM/Analista Judiciário/2010) Está correta a flexão de todas as

formas verbais da frase:

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(A) Tudo o que advir como poder da Igreja tem correspondência com o plano

simbólico e espiritual.

(B) O poder civil e a esfera religiosa nem sempre conviram quanto à busca de

um sereno estabelecimento de acordos.

(C) Ao longo da História, nações e igrejas muitas vezes se absteram de buscar

a convergência de seus interesses.

(D) A pergunta de Stalin proveu de sua convicção quanto ao que torna de fato

competitivo um país beligerante.

(E) Ciente da fragilidade militar da Igreja, o ditador não se conteve e interveio

na História com a famosa frase.

10. (FCC/TRT 7ª Região/Analista Judiciário/2009) Quanto ao emprego das

formas verbais e ao tratamento pessoal, está plenamente correta a frase:

(A) Vai, junta-te àquele grupo de manifestantes e depois dize-me o que

achaste.

(B) Ide, juntem-se àquele grupo de manifestantes e depois dizei-me o que

achastes.

(C) Queremos que Vossas Senhorias vos junteis àquele grupo de

manifestantes e depois digai-nos o que acharam.

(D) Queremos que Suas Excelências juntai-vos àquele grupo de manifestantes

e depois dizei-nos o que achásseis.

(E) Senhores, vão juntar-se àquele grupo de manifestantes e depois dizei-nos

o que acharam.

11. (FCC/TRT 3ª Região/Analista Judiciário/2009) Deixando de lado o debate

técnico sobre tal conceito, tomemos uma definição mínima ... (3º

parágrafo)

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O verbo cuja flexão é idêntica à do grifado acima está também grifado na

frase:

, todos, que nossos valorosos jogadores se consagrem (A) Esperemos

campeões nesta temporada.

(B) Sabemos agora que a decisão final do campeonato se transformará em

uma grande festa.

, nós, torcedores, visitar as dependências do clube ainda (C) Pretendemos

antes das reformas.

(D) Queremos que alguns dos troféus conquistados pelo clube fiquem

expostos ao público.

, embora constrangidos, que os jogadores não fizeram hoje (E) Reconhecemos

uma boa partida.

12. (FCC/Assembleia Legislativa-SP/ Agente Legislativo de Serviços Técnicos e

Administrativos/2010) Os verbos grifados estão corretamente flexionados

na frase:

(A) Após a catástrofe climática que se abateu sobre a região, os responsáveis

propuseram a liberação dos recursos necessários para sua reconstrução.

(B) Em vários países, autoridades se disporam a elaborar projetos que

prevessem a exploração sustentável do meio ambiente.

(C) Os consumidores se absteram de comprar produtos de empresas que não

consideram a sustentabilidade do planeta.

(D) A constatação de que a vida humana estaria comprometida deteu a

exploração descontrolada daquela área de mata nativa.

(E) Com a alteração climática sobreviu o excesso de chuvas que destruiu

cidades inteiras com os alagamentos.

13. (FCC/DNOCS/Administrador/2010) É preciso corrigir uma forma verbal

flexionada na frase:

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(A) O e-mail interveio de tal forma em nossa vida que ninguém imagina viver

sem se valer dele a todo momento.

(B) Se uma mensagem eletrônica contiver algum vírus, o usuário incauto será

prejudicado, ao abri-la.

(C) Caso não nos disponhamos a receber todo e qualquer e-mail, será preciso

que nos munamos de algum filtro oferecido pela Internet.

(D) Se uma mensagem provier de um desconhecido, será preciso submetê-la

a um antivírus específico.

(E) Ele se precaveio e instalou em seu computador um poderoso antivírus,

para evitar que algum e-mail o contaminasse.

14. (FCC/TRT 16ª Região/Analista Judiciário/2009) Está adequada a correlação

entre tempos e modos verbais na frase:

(A) O autor nos lembra que as velhas fitas cassetes, com o uso constante,

enrolavam-se e mascavam-se, o que logo as tinha tornado obsoletas.

(B) Caso fosse outro o tema do congresso realizado em Veneza, o autor,

amante dos livros, provavelmente não o havia tomado para comentar.

(C) Terá sido uma surpresa para muita gente inteirar-se do fato de que,

antigamente, livros se confeccionarão com papel feito de trapos.

(D) Talvez a ninguém ocorresse, antes de ler esse texto, que a durabilidade

dos velhos livros pudesse ser reconhecidamente superior à dos novos

suportes.

(E) A cada vez que surge um novo suporte de informações, ter-se-ia a

impressão de que ele se revelasse o mais seguro e mais duradouro.

15. (FCC/TRE-AM/Analista Judiciário/2010) Está adequada a correlação entre

tempos e modos verbais na frase:

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(A) Se o Papa dispusesse de inúmeras e bem armadas divisões, talvez Stalin

reconsiderasse sua decisão e buscasse angariar a simpatia de Pio XI.

(B) Como alguém lhe perguntou se não é o caso de ganhar a simpatia de Pio

XI, Stalin lhe respondera que ignorava com quantas divisões conta o Papa.

(C) Caso o Brasil não fosse um país estratégico para a Igreja, a Concordata

não se revestirá da importância que lhe atribuíram os eclesiásticos.

(D) São tão delicadas as questões a serem discutidas na Concordata que será

bem possível que levassem muito tempo para desdobrar todos os

aspectos.

(E) Roberto Romano lembra-nos de que já houve, na História, atos religiosos

que acabassem por atender a uma finalidade política que é prevista.

16. (FCC/TCE-SP/Ag. de Fiscal. Financ./2010) Está adequada a correlação

entre tempos e modos verbais na frase:

(A) Se examinássemos as fábulas populares, haveremos de verificar que elas

representem dois tipos de transformação social.

(B) Era comum que pobres guardadores de porcos fossem, na verdade,

príncipes que haviam sido despojados de seu poder.

(C) Havia ainda os jovens pastores que nada possuíssem desde o nascimento,

mas acabassem conseguindo casar-se e tornavam-se reis.

(D) Um príncipe que se houvera disfarçado de pobre será a prova de que todo

pobre fosse um príncipe disfarçado.

(E) Quando cavaleiros vierem a triunfar sobre seus inimigos, ter-se-ia

restaurado uma sociedade que seja mais justa.

17. (FCC/TRT 7ª Região/Analista Judiciário/2009) Trabalho infantil? Há quem

considere o trabalho infantil uma excrescência social, mas há também

quem veja no trabalho infantil uma saída para muitas crianças, porque

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atribui ao trabalho infantil a vantagem de representar a inserção dos

menores carentes.

Evitam-se as viciosas repetições do texto acima substituindo-se os

elementos sublinhados, na ordem dada, por:

(A) lhe considere - lhe veja - lhe atribui

(B) a ele considere - nele veja - atribui-no

(C) o considere - nele veja - lhe atribui

(D) o considere - lhe veja - o atribui

(E) lhe considere - o veja - lhe atribui

18. (FCC/TRT 3ª Região/Analista Judiciário/2009) É forçoso contatar os índios

com delicadeza, para poupar os índios de um contato talvez mais brutal,

em que exploradores submetessem os índios a toda ordem de humilhação,

tornando os índios vítimas da supremacia das armas do branco.

Evitam-se as viciosas repetições do trecho acima substituindo-se os

segmentos sublinhados, na ordem dada, por:

(A) poupá-los - os submetessem - tornando-os

(B) poupá-los - lhes submetessem - os tornando

(C) poupar-lhes - os submetessem - tornando-lhes

(D) os poupar - submetessem-nos - lhes tornando

(E) poupar a eles - os submetessem - tornando-lhes

19. (FCC/TRT 7ª Região/Analista Judiciário/2009) Regulamentados por lei o

horário máximo e as condições mínimas de adequação ao universo da

criança, as empresas seriam encorajadas a admitir, treinar e a ajudar a

desenvolver os pequenos trabalhadores, facilitando-lhes, inclusive, o

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acesso a uma educação suplementar: cursos profissionalizantes, estágios,

atualizações etc.

Considerando-se a redação do texto acima, é correto afirmar que na

expressão facilitando-lhes, o pronome sublinhado refere-se tanto a

empresas como a pequenos trabalhadores.

20. (FCC/TRT 16ª Região/Analista Judiciário/2009) Há, registre-se, iniciativas

culturais com o fito de fixar o que sobra de autêntico no mundo caipira.

(3º parágrafo)

Atente para as seguintes afirmações, referentes à frase acima:

A expressão com o fito de fixar pode ser corretamente substituída por

cuja finalidade é conservar.

21. (FCC/TRT 16ª Região/ Analista Judiciário/2009) Está correto o emprego de

ambos os elementos sublinhados em:

(A) Enfraquecida, a cultura caipira cujos valores tanta gente se encantou,

cede lugar às modas citadinas, de que quase todos tomam como

parâmetro.

(B) A moda sempre existiu, sempre haverá quem a adote, assim como sempre

haverá quem não lhe poupe o aspecto de superficialidade.

(C) A moda, cujos os valores são sempre efêmeros, define as maneiras de

vestir e pensar de que se comprazem os citadinos.

(D) Vive-se num tempo onde as mudanças são tão rápidas que fica difícil

acompanhar-lhes em sua velocidade.

(E) Os modos de ser com que se apropria a gente da cidade são os que lhes

parecem mais civilizados.

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22. (FCC/TRT 16ª Região/Analista Judiciário/2009) A ocorrência de

ambiguidade e falta de clareza faz necessária uma revisão da seguinte

frase:

(A) Conquanto ele nos haja dado uma resposta inconclusiva e protelado a

decisão, há quem creia que nos satisfará o desfecho deste caso.

(B) Inconformados com a resposta insatisfatória que nos deu, reiteramos o

pedido para que ele não deixe de tomar as providências que o caso

requer.

(C) Ele deu uma resposta insatisfatória à providência que lhe solicitamos, em

razão da qual será preciso insistir em que não venha a repeti-la.

(D) Caso não sejam tomadas as providências cabíveis, seremos obrigados a

comunicar à Direção o menoscabo com que está sendo tratado este caso.

(E) Causa-nos revolta, a todos, o pouco interesse que ele vem demonstrando

na condução desse processo – razão pela qual há quem peça a demissão

dele.

23. (FCC/TRT 7ª Região/Analista Judiciário/2009) Pode-se substituir, sem

prejuízo para a correção e o sentido do texto, o segmento sublinhado em

(A) grupo que abrange os sete países mais ricos por onde se abarcam.

(B) sob a direção de Capanna o movimento (...) foi declaradamente stalinista

por em cuja direção.

24. (FCC/TRT 7ª Região/Analista Judiciário) Está correto o emprego do

elemento sublinhado na frase:

(A) As ruas de Gênova, aonde se fixaram grupos de manifestantes, ganharam

uma nova animação.

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(B) Os restos de esperanças socialistas, por cujas o autor já demonstrara

simpatia, misturam-se a outras convicções.

(C) Os impulsos missionários, de que o autor não se mostra carente, poderiam

levá-lo a combater a fome do mundo.

25. (FCC/Def. Púb.-SP/Agente/2010) Está plenamente adequado o emprego

do elemento sublinhado na frase:

Ao final do período aonde Graciliano ocupou o cargo de prefeito, compôs

um primoroso relatório.

26. (FCC/TRT 16ª Região/Analista Judiciário/2009) Quanto ao emprego das

formas de tratamento, está correta a seguinte construção:

(A) Sempre contaremos com os préstimos com que Vossa Senhoria nos tem

honrado, razão pela qual, antecipadamente, deixamos-lhe aqui nosso

profundo reconhecimento.

(B) Vimos comunicar a Vossa Excelência que já se encontra à vossa disposição

o relatório que nos incumbiste de providenciar há cerca de uma semana.

(C) Diga a Vossa Senhoria que estamos à espera de suas providências, das

quais não nos cabe tratar com seu adjunto – grande, embora, seja a

consideração, meu caro senhor, que lhe dispensamos.

(D) Esperamos que Vossa Senhoria sejais capaz de atender aos nossos

reclamos, ao nosso ver justos e precisados de toda a vossa atenção.

(E) Se preferires, adiaremos o simpósio para que não nos privemos de sua

coordenação, Excelência, bem como das sugestões que certamente tereis

a nos oferecer.

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27. (FCC/PGE-RJ/Administrador/2009) Está INADEQUADO o emprego de um

pronome em:

(A) Se Vossa Excelência pretende emitir a autorização, afianço-lhe que

recorrerei de sua decisão.

(B) Ele não viu por que autorizar, num caso como aquele, a quebra do sigilo

telefônico.

(C) Não lhe pareceu necessário explicar a ninguém o por quê de haver dado

aquela autorização.

(D) Ele chamou para si toda a responsabilidade pela quebra do sigilo

telefônico.

(E) Não me peças que concorde com tua posição só porque és mais versado

em assuntos jurídicos.

28. (FCC/TRT-16ª Região/Analista Judiciário – Tecnologia da

Informação/2009) Quanto ao emprego das formas de tratamento, está

correta a seguinte construção:

(A) Se preferires, adiaremos o simpósio para que não nos privemos de sua

coordenação, Excelência, bem como das sugestões que certamente tereis

a nos oferecer.

(B) Sempre contaremos com os préstimos com que Vossa Senhoria nos tem

honrado, razão pela qual, antecipadamente, deixamos-lhe aqui nosso

profundo reconhecimento.

(C) Vimos comunicar a Vossa Excelência que já se encontra à vossa

disposição o relatório que nos incumbiste de providenciar há cerca de uma

semana.

(D) Diga a Vossa Senhoria que estamos à espera de suas providências, das

quais não nos cabe tratar com seu adjunto – grande, embora, seja a

consideração, meu caro senhor, que lhe dispensamos.

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(E) Esperamos que Vossa Senhoria sejais capaz de atender aos nossos

reclamos, ao nosso ver justos e precisados de toda a vossa atenção.

29. (FCC/MPE-SE/Analista Contábil/2009) A teoria unificada é uma velha

obsessão humana, buscam a teoria unificada tanto os físicos como os

teólogos, todos veem a teoria unificada como a meta final do

conhecimento, todos atribuem à teoria unificada a virtude de uma

totalização definitiva.

Evitam-se as viciosas repetições do texto acima substituindo-se os

segmentos sublinhados por, respectivamente,

(A) a buscam - veem-na - a atribuem

(B) buscam-lhe - veem-na - lhe atribuem

(C) buscam-na - veem-lhe - atribuem-lhe

(D) a buscam - veem-na - atribuem-na

(E) buscam-na - a veem - lhe atribuem

30. (FCC/PGE-RJ/Administrador/2009) Crônicas? Muita gente está habituada a

ler crônicas, mas nem todos concedem às crônicas um valor equivalente

ao de outros gêneros; alegam faltar às crônicas a altitude de um romance,

e deixam de reconhecer as crônicas como vias de acesso imediato à

poesia do dia-a-dia.

Evitam-se as viciosas repetições do texto acima substituindo- se os

segmentos sublinhados, na ordem dada, por:

(A) as ler − concedem-lhes − lhes faltar − reconhecer- lhes

(B) as ler − lhes concedem − faltar-lhes − lhes reconhecer

(C) lê-las − lhes concedem − faltar-lhes – reconhece-las

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(D) ler a elas − as concedem − lhes faltar − reconhecê-las

(E) lê-las − concedem-nas − faltar a elas − as reconhecer

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GABARITO

1) B

2) B

3) B

4) D

5) A

6) E

7) A

8) E

9) E

10) A

11) A

12) A

13) E

14) D

15) A

16) B

17) C

18) A

19) Item errado

20) Item certo

21) B

22) C

23) Itens errados

24) C

25) Item errado

26) A

27) C

28) B

29) E

30) C

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Olá, prezado aluno!

Hoje, a aula é sobre sintaxe de concordância. Essa expressão

pomposa nada mais significa do que a relação estabelecida – a rigor – entre

o verbo da oração e o sujeito dela; e entre o artigo, o adjetivo, o numeral

adjetivo, o pronome adjetivo e o substantivo ao qual se referem. O primeiro

tipo de relação é mais conhecido nos manuais de gramática e nas salas de

aula como concordância verbal; o segundo, como concordância nominal.

Existem muitas regras específicas, detalhes, exceções

envolvendo esse assunto. Aqui, abordarei os casos que recentemente

apareceram em provas da FCC e que, segundo a experiência, poderão surgir

na sua prova.

1. (FCC/2009/TJ-PI/Analista Judiciário) As normas de concordância verbal

encontram-se plenamente observadas na frase:

a) Jogar dados com o Universo, segundo Einstein, não estariam nos

hábitos e procedimentos de Deus.

b) Parece não caber aos jovens operadores das bolsas outra coisa senão

fazer apostas em riquezas puramente virtuais.

c) A metafísica dos jovens operadores, diferentemente das antigas

religiões, não contam com hierarquias e valores tradicionais.

d) O que movem os jovens semideuses das bolsas de valores são as

apostas em arriscadas especulações financeiras.

e) Aos que apostam tudo no mercado financeiro caberiam refletir sobre os

efeitos sociais de suas operações.

Comentário – Alternativa A: item errado. Se o sujeito for oracional

(“Jogar dados com o Universo”), o verbo da oração principal ficará no

singular (estaria). Veja outros exemplos:

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sujeito

sujeito

Falta fazer quatro linhas.

Urge que tomemos uma atitude radical.

Alternativa B: item certo. Chamo sua atenção para o verbo

parecer, que pode relacionar-se de duas maneiras distintas com o infinitivo:

Os dias parecem voar. a forma verbal parecem é verbo

auxiliar de voar; Os dias é o sujeito da oração.

Os dias parece voarem. aqui houve uma inversão da ordem

dos termos: Parece voarem os dias. Neste caso, o verbo

parece é o verbo da oração principal, cujo sujeito é a oração

subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo voarem

os dias. Se desenvolvermos essa oração, teremos: Parece que

os dias voam.

ATENÇÃO! Quando a construção for feita no singular, as duas análises

são possíveis.

O dia parece voar. não sabemos se aqui o verbo parece é

auxiliar do verbo voar, ficando no singular por concordar com o sujeito O

dia, ou se a ordem está invertida: Parece o dia voar, sendo a oração o dia

voar sujeito do verbo Parece.

Alternativa C: item errado. A regra geral de concordância

verbal estabelece que o verbo e o núcleo do sujeito de uma oração

concordam em número e pessoa: “A metafísica dos jovens operadores (...)

não conta...”. Veja outros exemplos:

"O outono é mais estação da alma..." (C. D. A.)

"Todas estavam ainda verdes." (C. D. A.)

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Alternativa D: item errado. Se o sujeito for o pronome

relativo que (sujeito sintático), o verbo concordará com o antecedente

(sujeito semântico): “O que move os jovens...”. Veja outros exemplos.

Fui eu que cheguei por último.

Foste tu que chegaste por último.

Alternativa E: item errado. Aqui vale a mesma regra da

alternativa A, pois é mais um caso de sujeito oracional. Experimente

reorganizar o período na forma direta (primeiro o sujeito, depois o verbo e

por último o objeto): “Refletir sobre os efeitos sociais de suas operações

caberia aos que apostam tudo no mercado financeiro”.

Resposta – B

2. (FCC/2009/TRT 4ª REGIÃO/Analista Judiciário) As normas de

concordância verbal estão plenamente observadas na frase:

a) Sem o concurso do poder público não se implanta políticas de

segurança e não se impede a deterioração do espaço urbano.

b) Não deixaram de haver experimentos bem sucedidos, apesar de a

comunidade acadêmica ter acusado falta de comprovação da teoria.

c) Logo se verificaram que medidas semelhantes foram tomadas por

outros países, como a Inglaterra, a Holanda e a África do Sul.

d) O que se conclui das experiências relatadas é que cabe aos poderes

públicos tomar iniciativas que nos levem a respeitar o espaço urbano.

e) O fato de haver desordem e sujeira no espaço urbano acabam por

incitar o cidadão a reagir como um contraventor ou pequeno criminoso.

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Comentário – Alternativa A: item errado. Trata-se de um caso de

concordância verbal envolvendo voz passiva sintética (aquela formada por

VTD + SE): “não se implanta políticas de segurança”. A partir dos exemplos

abaixo, leia o que diz a regra:

Dá-se aula. (com verbos transitivos diretos ou transitivos diretos

e indiretos, o SE é pronome apassivador e o verbo da oração –

“dá” – deve concordar com o sujeito – “aula”)

Dão-se aulas aos alunos. (pluralizando-se o sujeito – “aulas” –, o

verbo deve flexionar-se também no plural – “Dão”; e o “se”

continua como pronome apassivador)

Eis a construção correta: “não se implantam políticas de

segurança”. Para facilitar o seu entendimento, sugiro trocar a ordem dos

termos e transformar a passiva sintética em passiva analítica (construída

com locução verbal): “políticas de segurança não são implantadas”.

Alternativa B: item errado. O problema agora é a locução

“deixaram de haver” (o primeiro é o auxiliar; o segundo é o principal e

determina o tipo de concordância). Muito cuidado com o uso de verbos

impessoais, pois eles não possuem sujeito e ficam na terceira pessoa do

singular. Quando constituírem o verbo principal de uma locução, a

impessoalidade deles será transmitida ao auxiliar, que permanecerá na

terceira pessoa do singular, como nos exemplos abaixo.

Choveu muito.

Deve nevar muito naquelas regiões.

Aqui faz verões terríveis.

Deve fazer dez anos que eles chegaram.

Há anos não o vejo.

Ia para dez anos que não o via.

Verbos que indicamfenômenos naturais

Verbos que indicamtempo decorrido

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Já passava de dez horas.

Poderá haver alunos reprovados.

Eis a correção da alternativa: “Não deixou de haver

experimentos...”. Frise-se que o termo “experimentos” constitui o objeto

direto do verbo haver. Se fosse usado o verbo existir, o mesmo termo

exerceria a função de sujeito, com o qual teria que ser feita a concordância

em número e pessoa: Não deixaram de existir experimentos...

Alternativa C: item errado. Você percebeu a malícia da

banca examinadora? A estrutura “se verificaram” (VTD + SE) indica voz

passiva sintética. Mas agora o sujeito do verbo é a oração subsequente

“que medidas semelhantes foram tomadas...”. Repetindo: com sujeito

oracional, o verbo da oração principal fica na terceira pessoa do singular. Eis

a correção: “...se verificou que medidas semelhantes foram tomadas...”.

Vou lhe dar uma dica: substitua toda a oração que funciona como sujeito

pelo pronome ISSO, assim: “...se verificou ISSO...”. Não ficou bom? Então

coloque os termos na ordem direta (primeiro o sujeito, depois o verbo):

“...ISSO se verificou...”.

Alternativa E: item errado. Mais uma vez a FCC explorou a

concordância verbal envolvendo sujeito oracional. Você já sabe que,

nesses casos, o verbo da oração principal deve ficar na terceira pessoa do

singular. Eis a correção: “O fato de haver desordem e sujeira no espaço

urbano acaba...”. Aqui também vale a dica anterior: “ISSO acaba...”

Resposta – D

3. (FCC/2010/TRE-AL/Analista Judiciário – Contabilidade) Estão

inteiramente respeitadas as normas de concordância verbal em:

Verbo “haver” com sentidode “existir”, “acontecer”,“ocorrer”.

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(A) Quando às coisas se preferem a imagem delas, privilegia-se o

espetáculo das aparências.

(B) As palavras do filósofo Feurbach, um pensador já tão distante de nós,

mantém-se como um preciso diagnóstico.

(C) O que resultam de tantas imagens dominantes são a identificação dos

indivíduos com algo exterior a eles.

(D) Já não se distingue nos gestos dos indivíduos algo que de fato os

identifique como autênticos sujeitos.

(E) Cabem-nos, a todos nós, buscar preservar valores como a verdade e a

transparência, ameaçados de desaparição.

Comentário – Alternativa A: o verbo preferir, que é bitransitivo (quem

prefere prefere uma coisa a outra), foi usado em uma construção de voz

passiva (notou o pronome apassivador “se”?). Nesse tipo de voz, o que era

objeto direto (“a imagem delas”) funciona como sujeito – observe que o

núcleo dele (“imagem”) está no singular. Portanto, a forma verbal

“preferem” foi erroneamente flexionada no plural. Eis a correção: Quando às

coisas se prefere a imagem delas...

Alternativa B: a forma verbal “mantém” deveria receber

acento circunflexo em vez de acento agudo (mantêm), pois o sujeito dele

corresponde à terceira pessoa do plural: “As palavras do filósofo Feurbach”

(= Elas).

Alternativa C: quando o pronome relativo que funciona

como sujeito, a concordância verbal se dá com o termo antecedente. Então,

tanto o verbo resultar quanto o verbo ser deveriam ser flexionados na

terceira pessoa do singular para concordar com o pronome demonstrativo

“O” (= Aquele). Veja: O que resulta de tantas imagens dominantes é...

Alternativa D: aqui não há problemas, tudo está de acordo

com as normas de concordância verbal. Merece comentário o verbo

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distinguir, flexionado na voz passiva sintética (observou o pronome “se”?) e

na terceira pessoa do singular, em concordância com o termo “algo”. Se

você achar melhor, reordene os termos e transforme a construção em voz

passiva analítica para analisar com mais facilidade: Algo que de fato os

identifique como autênticos sujeitos já não é distinguido nos gestos dos

indivíduos.

Alternativa E: o sujeito do verbo caber é a oração

subordinada substantiva “buscar preservar valores como a verdade e a

transparência, ameaçados de desaparição”. Quando o sujeito é oracional, o

verbo da oração principal (“Cabem”) se mantém na terceira pessoa do

singular: Cabe...

Resposta – D

4. (FCC/2010/TRT-9ª Região/Analista Judiciário – Área

Administrativa/2010) Está adequada a concordância verbal nesta

construção:

a) nem negligência, nem incúria: a combinação letal do medo e da

ganância trouxeram-nos até aqui.

b) dizem muito, sobre nós e nossa espécie, o que nos fez chegar até aqui?

c) diante do inimigo, real ou virtual, lançam-se mão dos recursos

nucleares.

d) são cada vez mais difíceis considerar como permanentes as fronteiras

entre os Estados.

e) repousa nas providências que levem a Estados sem fronteiras a

expectativa de que sobrevivamos.

Comentário – Alternativa A: não existe harmonia entre o núcleo do sujeito

(“combinação”) e o verbo da oração (“trouxeram”). O primeiro está na

terceira pessoa do singular; o segundo, na terceira pessoa do plural.

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Alternativa B: a estratégia da banca para enganar os

candidatos agora foi antecipar o verbo “dizem” ao pronome relativo “o” (=

aquilo), com o qual deveria concordar, flexionando-se na terceira pessoa do

singular: diz.

Alternativa C: pergunte a si mesmo o que é lançado diante

do inimigo? Eis a resposta: “mão dos recursos nucleares”. Pois é, mais uma

vez estamos diante de um verbo (lançar) flexionado na voz passiva

sintética, cujo sujeito tem como núcleo o termo “mão”, no singular.

Portanto, também o verbo deve ser empregado no singular: lança.

Alternativa D: você já se perguntou o que é cada vez mais

difícil? A resposta, que constitui o sujeito do verbo ser, aponta para a

oração iniciada pela forma verbal “considerar”. Sendo, pois, o sujeito

oracional, o verbo da oração principal deve ser usado na terceira pessoa do

plural: é. Além disso, o adjetivo “difíceis” deveria se manter no singular: é

cada vez mais difícil...; mas isso é um caso de concordância nominal.

Alternativa E: tudo em perfeita concordância. Note que o

núcleo do sujeito da forma verbal “repousa” é o substantivo singular

“expectativa”. Estrategicamente, a FCC (e outras bancas também) costuma

afastar sujeito e verbo antecipando este e intercalando entre eles outros

termos. Com isso ela espera distrair o candidato, fazendo-o desviar-se do

verdadeiro sujeito. Mas aqui a concordância foi respeitada.

Resposta – E

5. (FCC/2009/TRT 3ª Região/Analista Judiciário) A concordância verbal e

nominal está inteiramente correta na frase:

a) São vários os animais que representam clubes, à maneira de totens,

como demonstração das qualidades que é inerente a todos os seus

membros.

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b) O nome dos clubes de futebol devem ser significativos para a

comunidade e costumam homenagear países, continentes e atividades

profissionais.

c) O escudo dos clubes, usado na bandeira e na camisa dos jogadores,

constitui o sinal de reconhecimento para o grupo social que se

estabelece em seu entorno.

d) O orgulho de pertencer a um clube se estende a qualquer objetos

relacionados a ele, como bandei ras, camisas, bonés, que os identifica.

e) No brasão de um clube ressalta as cores, impressa nos uniformes dos

atletas, que vai desempenhar papel central na identidade comunitária.

Comentário – Alternativa A: item errado. Voltamos ao caso em que o

pronome relativo “que” é sujeito (sintático) de verbo:

“...demonstração das qualidades que é inerente a todos...”. Em casos assim,

o verbo da oração adjetiva deve concordar com o antecedente dele (sujeito

semântico): “...qualidades que são...”.

Além disso, há um problema de concordância nominal.

Conforme a regra geral de concordância nominal, o artigo, o adjetivo, o

pronome adjetivo e o numeral adjetivo concordam com o substantivo a que

se referem em gênero e número.

O aluno discreto não viu aquela moça com duas alianças.

Portanto, a concordância correta é “...qualidades que são

inerentes...”.

Alternativa B: item errado. Repare como as regras gerais

de concordâncias verbal e nominal foram transgredidas:

“O NOME dos clubes de futebol DEVEM ser

SIGNIFICATIVOS”.

Art. Adj. Pron.Adj.

Num.Adj.

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O verbo deixou de concordar com o núcleo do sujeito, que

está no singular, e o adjetivo não se manteve no singular, como está o

substantivo. Eis a correção: “O nome dos clubes de futebol deve ser

significativo”.

Alternativa D: item errado. Existem aqui alguns problemas.

Vamos por parte.

“qualquer objetos” – Lembra-se da regra geral de

concordância nominal? Pois é, o pronome adjetivo deve ir para o plural,

porque no plural está o substantivo a que ele se refere: quaisquer objetos.

“que os identifica” – O vocábulo “que” é pronome relativo.

Sua função sintática é de sujeito do verbo identificar. Este deve concordar

como o sujeito semântico, ou seja, com o termo retomado pelo relativo:

“objetos”. Eis a concordância verbal correta: “que [= objetos] os

identificam”.

No mesmo segmento aparece outro erro de concordância,

mas agora é entre o pronome oblíquo “os” e o substantivo “clube”, termo

retomado pelo processo de coesão anafórica. Eis a correção: “que o [=

clube] identificam”. Em outras palavras, é o mesmo que dizer: objetos

identificam o clube.

Alternativa E: item errado. Mais uma infração às normas

gerais de concordância verbal. O verbo deve concordar com o núcleo do

sujeito em número e pessoa, assim: ressaltam as cores (= as cores

ressaltam). Creio que houve ainda desrespeito à concordância no uso da

locução verbal “vai desempenhar” (note o verbo auxiliar no singular). Parece

que o pronome relativo “que” retoma o substantivo “atletas” ou o

subsntantivo “cores”. Qualquer que seja o verdadeiro termo substituído, o

verbo deve concordar com o antecedente do pronome relativo. Eis a

correçaõ: “...que vão desempenhar papel central...”. Além disso, responda-

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me: o que está impresso nos uniformes dos atletas? As cores!!!. Logo, o

correto é “[cores] impressas nos uniformes dos atletas”.

Resposta – C

6. (FCC/2009/TJ-SE/Analista Judiciário) As normas de concordância verbal

encontram-se plenamente respeitadas na frase:

a) A muitas pessoas costumam convencer a ideia de que as invenções se

devem tão-somente a um lampejo de genialidade.

b) Ocorreram, tanto na antiga Florença como no moderno Vale do Silício,

segundo os termos do texto, uma tradição de inovação.

c) Seria melhor se não continuassem a prevalecer, em nossos dias, a

anacrônica visão dos românticos sobre a inovação.

d) A identificação de tradições de inovação exemplifica- se, no texto, com

os casos de Florença e do Vale do Silício.

e) Não se poderiam imaginar que prensas de vinicultura viessem a

inspirar, decisivamente, a invenção da imprensa.

Comentário – Alternativa A: item errado. A tática da FCC foi embaralhar as

peças do quebra-cabeça. Ela fez um arranjo sintático de modo a disfarçar o

verdadeiro núcleo do sujeito. Para você identificá-lo corretamente, proponho

a seguinte reescritura: “A IDEIA de que as invenções se devem tão-

somente a um lampejo de genialidade COSTUMAM convencer a muitas

pessoas”. Notou agora a desarmonia entre o núcleo do sujeito e o verbo?

Este deve ser flexionado na terceira pessoa do singular: costuma.

Alternativa B: item errado. A FCC continua distanciando o

verbo do verdadeiro núcleo do sujeito – e como se isso não bastasse, a

banca ainda inverte a ordem dos termos; tudo para dificultar a sua análise.

Observe: “Uma TRADIÇÃO de inovação OCORRERAM tanto na antiga

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Florença como no moderno Vale do Silício, segundo os termos do texto”. O

que achou? O verbo ocorrer deve ser utilizado na terceira pessoa do

singular: “Uma TRADIÇÃO de inovação OCORREU”.

Alternativa C: item errado. Experimente a seguinte

reescritura; “Seria melhor se a ANACRÔNICA visão dos românticos sobre a

inovação não CONTINUASSEM a prevalecer em nossos dias”. A

identificação do erro foi facilitada? Note que até aqui estamos falando da

regra geral de concordância entre verbo e sujeito, os quais devem concordar

em número e pessoa.

Alternativa E: item errado. Preste bastante atenção neste

comentário. Em construções do tipo PODER/DEVER + SE + INFINITIVO,

é lícito considerar o SE como pronome apassivador e interpretar a

construção como voz passiva formada:

a) quer com o verbo auxiliar poder (locução verbal:

“poderiam imaginar”; sujeito paciente: “que prensas de vinicultura viessem”

= ISSO);

b) quer com o verbo principal poder (nesse caso, a

locução verbal inexiste, e o verbo “imaginar” integra o sujeito.).

É isso o que nos ensina, por exemplo, Domingos Paschoal

Cegalla (Novíssima gramática da língua portuguesa – 48. ed. rev. – São

Paulo: Companhia Editora Nacional – 2008 – páginas 461 e 462.

Qualquer que seja o caso considerado, o sujeito é

oracional, o que obriga o verbo poder a flexionar-se na terceira pessoa do

singular: poderia.

Resposta – D

7. (FCC/2009/TRT 7ª Região/Analista Judiciário) Há um deslize na

concordância verbal da seguinte frase:

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a) Será que cabe apenas aos governantes tomar medidas que impeçam a

exploração profissional dos menores?

b) Destacam-se, entre os argumentos já levantados contra o trabalho

infantil, os que defendeu Darcy Ribeiro.

c) Aos que não desejam alinhar-se contra o trabalho infantil resta

combater em nome dos ideais de Darcy Ribeiro.

d) Sempre haverá, por esta ou aquela razão, os que defendem a inserção

das crianças pobres no mercado de trabalho.

e) Não se devem abrir às crianças, sejam elas pobres ou não, a opção

entre estudar ou trabalhar.

Comentário – Alternativa A: item certo. É mais um caso de sujeito

oracional, em que o verbo da oração principal deve flexionar-se na terceira

pessoa do plural. Note: “...TOMAR medidas que impeçam a exploração

profissional dos menores CABE apenas aos governantes?

Alternativa B: item certo. Teve gente que deslizou aqui.

Espero que não tenha sido esse o seu caso. A construção “Destacam-se”

(VTD + SE) caracteriza voz passiva sintética ou pronominal. O verbo

destacar concorda com o sujeito-paciente: “os” (= aqueles, pronome

demonstrativo). Sempre que tiver dúvidas quanto a passividade de uma

construção sintética, experimente transformá-la em analítica: “Entre os

argumentos já levantados contra o trabalho infantil, são destacados os [=

aqueles]que...”. Melhorou? Creio que sim. Agora volte sua atenção para a

forma verbal “defendeu”. Que termo funciona como sujeito dele? Eis a

resposta: “Darcy Ribeiro”. Aconteceu que a banca empregou o sujeito depois

do verbo, só para distraí-lo. Leia a mesma informação escrita de forma um

pouquinho diferente: “Entre os argumentos já levantados contra o trabalho

infantil, destacam-se os [= aqueles] que Darcy Ribeiro defendeu”.

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Alternativa C: item certo. Perceba que a FCC segue

tratando de sujeito oracional e invertendo a ordem dos termos:

“COMBATER em nome dos ideais de Darcy Ribeiro RESTA aos que não

desejam alinhar-se contra o trabalho infantil”. Basta você se perguntar o

que resta aos que não desejam alinhar-se contra o trabalho infantil. A

resposta será o sujeito.

Alternativa D: item certo. Destaque para a utilização do

verbo haver como impessoal, visto que, semanticamente, equivale-se ao

verbo existir. Se este fosse empregado pela FCC, a concordância assim

ficaria: “Sempre existirão (...) os [= aqueles] que...”.

Alternativa E: item errado. Você ainda se lembra do que eu

disse sobre a alternativa E da questão 4 (PODER/DEVER + SE +

INFINITIVO)? Compare com este caso e constate a construção passiva. E

mais: ou você considera “devem abrir” como locução verbal e “opção” como

núcleo do sujeito simples, ou considera o verbo “devem” como verbo

principal e a oração iniciada pelo verbo “abrir” como sujeito dele. Nas duas

hipóteses válidas, o verbo dever precisa estar no singular – quer porque

concorda com “opção” (núcleo do sujeito), quer porque o sujeito é oracional.

Resposta – E

8. (FCC/2010/DNOCS/Agente Administrativo) A concordância verbal e

nominal está inteiramente correta na frase:

a) Chegou ao fim as campanhas voltadas para a reciclagem de materiais

nas cidades escolhidas no projeto-piloto.

b) A conscientização dos moradores daquela área contaminada pelos

resíduos tóxicos acabaram surtindo bons resultados.

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c) Muitos consumidores se mostram engajados na luta pela

sustentabilidade e traduzem seu compromisso em tudo aquilo que

compram.

d) Atitudes firmes e claras voltadas para a sustentabilidade na exploração

dos recursos da natureza deve trazer lucros promissores para as

empresas.

e) Deveria ser divulgado claramente os princípios que norteiam as

atividades empresariais, como diretriz para orientar os consumidores

Comentário – Alternativa A: item errado. Pergunte-se o que chegou ao fim.

Resposta: “As campanhas...”. Pronto! Está identificado o sujeito do verbo

chegar, que deve ir para o plural em concordância com ele: “CHEGARAM

ao fim as CAMPANHAS...”.

Alternativa B: item errado. A FCC insiste em distanciar o

verdadeiro núcleo do sujeito do verbo correspondente. Repare: “A

CONSCIENTIZAÇÃO dos moradores daquela área contaminada pelos

resíduos tóxicos ACABARAM surtindo bons resultados”. Assim não é

possível! O verbo acabar precisa se manter na terceira pessoa do singular:

acabou. Observe que o examinador tratou de colocar ao lado do verbo uma

expressão também no plural (“resíduos tóxicos”). Fique atento!

Alternativa C: item certo. Está perfeita a concordância entre

verbo e o núcleo do sujeito. Repare: “Muitos CONSUMIDORES se

MOSTRAM engajados na luta pela sustentabilidade e TRADUZEM seu

compromisso em tudo aquilo que COMPRAM”.

Alternativa D: item errado. Fique de olho na locução verbal

“deve trazer”. Pergunte-se agora o que deve trazer lucros promissores para

as empresas. Eis a resposta: “Atitudes firmes e claras voltadas para a

sustentabilidade na exploração dos recursos da natureza”. Está aí o sujeito,

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cujo núcleo é o termo plural “Atitudes”. Logo o verbo auxiliar da locução

apontada deve flexionar-se na terceira pessoa do plural: devem.

Chamo a sua atenção para a concordância nominal entre o

substantivo “Atitudes” (feminino plural) e o adjetivo-particípio “voltadas”.

Por ser uma das formas nominais do verbo e poder se comportar como um

adjetivo, o particípio flexiona-se em gênero e número para concordar

com o substantivo a que se refere. É possível os verbos no particípio

surgirem acompanhados de outros verbos (auxiliares), formando com eles

uma locução verbal. Nesses casos, os verbos auxiliares (ser, estar, haver,

ter, ficar) flexionam-se em pessoa, número, tempo e modo. Exemplos:

Fica autorizado as visitas diurnas às praias desta região.

(inadequado)

Ficam autorizadas as visitas diurnas às praias desta região.

(adequado)

– sujeito: as visitas diurnas

– núcleo do sujeito: visitas

– visitas: substantivo feminina plural

Foram corrigidos o valor das moedas locais. (inadequado)

Foi corrigido o valor das moedas locais. (adequado)

– sujeito: o valor das moedas locais

– núcleo do sujeito: valor

– valor: substantivo masculino singular

Alternativa E: Depois do que já foi explicado, não é difícil

perceber que a concordância correta deve ser assim indicada: “DEVERIAM

ser DIVULGADOS claramente os PRINCÍPIOS...”.

Resposta – C

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9. (FCC/2010/TCM-PA/Técnico de Controle Externo) As normas de

concordância verbal estão plenamente observadas na frase:

a) Vejam-se que os intentos de formação de uma sociedade monorracial

redundam em sentimento de intolerância com a diversidade étnica.

b) Devem-se à rigidez da formação histórica dos Estados Unidos os

conflitos dramáticos de consciência dos indivíduos.

c) Nos Estados Unidos, conferem-se aos grupos e aos indivíduos o

intolerável arbítrio das discriminações sociais.

d) Corresponde ao duro modelo bíblico do povo eleito as brutalidades com

que são tratados os estranhos.

e) Não se permitem juízos e comportamentos mais flexíveis quem se

formou na mais rigorosa ordem legal e religiosa.

Comentário – Como a FCC gosta de explorar a concordância envolvendo

voz passiva sintética e sujeito oracional! Repare:

Alternativa A: “Vejam-se” (VTD + SE) = voz passiva

sintética. Sujeito-paciente = “que os intentos de formação de uma sociedade

monorracial redundam...” (= ISSO). Compare: Vejam-se ISSO ou ISSO

sejam visto. Notou a falta de harmonia entre sujeito e verbo? Vamos corrigir

tudo: Veja-se que os intentos de formação de uma sociedade monorracial

redundam... (Veja-se ISSO ou ISSO seja visto).

Alternativa B: item correto: Vamos mudar a voz passiva

sintética para a voz passiva analítica: Os CONFLITOS dramáticos de

consciência dos indivíduos SÃO DEVIDOS à rigidez da formação histórica

dos Estados Unidos.

Alternativa C: item errado. Mantenha o mesmo raciocínio

para proceder à correção: Nos Estados Unidos, o intolerável ARBÍTRIO das

discriminações sociais É CONFERIDO aos grupos e aos indivíduos.

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Alternativa D: item errado. O núcleo do sujeito é um termo

singular. A FCC o distanciou do verbo correspondente e inverteu a ordem

dos termos. Perceba a correção: As BRUTALIDADES com que são tratados

os estranhos CORRESPONDEM ao duro modelo bíblico do povo eleito.

Alternativa E: item errado. Note a perfeita concordância

entre o verdadeiro núcleo do sujeito e o verbo correspondente: QUEM se

formou na mais rigorosa ordem legal e religiosa não se PERMITE juízos e

comportamentos mais flexíveis.

Diante da insistência da FCC em explorar casos de

concordância envolvendo voz passiva sintética (VTD + SE), cumpre

ressaltar a diferença que ocorre quando se está diante de voz ativa com

índice de indeterminação do sujeito (caso em que o verbo será

conjugado na terceira pessoa do singular).

Precisa-se de professores. (agora, o vocábulo “SE”

acompanha verbo transitivo indireto – “Precisa” – e, por

isso, denomina-se índice de indeterminação do sujeito, o

que força o verbo a ficar na terceira pessoa do singular,

situação que se repete com verbos intransitivos, de ligação

e verbo transitivo direto + SE + preposição)

Resposta – B

10. (FCC/2010/TRE-AL/Técnico Judiciário) A concordância verbal e nominal

está inteiramente correta na frase:

a) A sociedade deve reconhecer os princípios e valores que determinam as

escolhas dos governantes, para conferir legitimidade a suas decisões.

b) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes devem ser embasados na

percepção dos valores e princípios que regem a prática política.

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c) Eleições livres e diretas é garantia de um verdadeiro regime

democrático, em que se respeita tanto as liberdades individuais quanto

as coletivas.

d) As instituições fundamentais de um regime democrático não pode estar

subordinado às ordens indiscriminadas de um único poder central.

e) O interesse de todos os cidadãos estão voltados para o momento

eleitoral, que expõem as diferentes opiniões existentes na sociedade.

Comentário – Alternativa A: item certo. Chamo a sua atenção para a

concordância verbal envolvendo o pronome relativo QUE, sujeito sintático

do verbo “determinam”. Nesse caso, a concordância deve ser feita com o

antecedente do relativo (“os princípios e valores”). Não vá confundir esse

caso com aquele em que o sujeito é o pronome relativo QUEM, situação

que faculta a concordância tanto com o antecedente quanto com o próprio

pronome relativo – no último caso, o verbo fica na terceira pessoa do plural.

Veja alguns exemplos.

Fui eu quem cheguei por último.

Fui eu quem chegou por último.

Alternativa B: item errado. Por constituir casos já discutidos

nesta aula, passarei a indicar diretamente a correção: “A CONFIANÇA dos

cidadãos em seus dirigentes DEVE ser EMBASADA...”

Alternativa C: item errado. Existem dois problemas aqui.

Veja o primeiro: “ELEIÇÕES livres e diretas É garantia...”. Em muitas

situações, o verbo SER deixa de concordar com o sujeito para concordar

com o predicativo; em outras, pode concordar com um ou com outro, de

acordo com o termo que se quer enfatizar:

a) O termo que indica pessoa tem precedência sobre coisa/objeto.

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Maria era as esperanças de todos.

O mundo são os homens.

b) O pronome pessoal tem precedência sobre o nome.

Os culpados éramos nós.

“O Estado sou eu”.

c) O pronome pessoal ou nome têm precedência sobre qualquer outro

pronome.

Quem és tu?

Tudo são flores.

ATENÇÃO! No segundo caso, quando o sujeito é representado pelos

pronomes tudo, nada, isto, isso, aquilo, considera-se possível também a

concordância com o pronome.

Tudo é flores.

d) O plural tem precedência sobre o singular.

A casa eram umas folhas.

A sua paixão eram filmes de terror.

ATENÇÃO! Modernamente, já se aceita a concordância com o sujeito,

quando este é representado coisa/objeto.

A casa era umas folhas.

Aquele amor é cacos de um passado.

e) O verbo SER mantém-se na terceira pessoa do singular nas

expressões que indicam preço, valor, medida, peso.

Dois quilos é pouco.

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Vinte mil cruzeiros é demais.

Três metros é mais do que preciso.

f) Nas indicações de distância, horas e datas, o verbo SER concordará

com estas.

Da Tijuca à Barra são oito quilômetros.

Era uma hora e cinquenta e nove segundos.

Hoje são 21 de maio.

Voltando para o caso concreto, a concordância adequada é

a seguinte: “ELEIÇÕES livres e diretas SÃO garantia...”.

Eis o outro problema: “...em que se RESPEITA tanto as

LIBERDADES individuais quanto as [LIBERDADES] coletivas”. A voz é

passiva sintética (VTD + SE), e o sujeito é composto (possui mais de um

núcleo) e está posposto ao verbo. Leia o que diz a gramática sobre as

possibilidades de concordância com sujeito composto:

a) representado por pessoas gramaticais diferentes a

primeira pessoa (NÓS) prevalecerá sobre as demais, e a segunda (VÓS) terá

preferência sobre a terceira (ELES).

Eu, tu e os cidadãos (Nós) saímos.

Tu e os cidadãos (Vós) saístes. (norma culta)

Tu e os cidadãos (Vocês) saíram. (norma popular – ocorre

que os pronomes TU e VÓS, no falar do português do Brasil,

são frequentemente substituídos por VOCÊ e VOCÊS, o que

leva o verbo para a terceira pessoa)

b) anteposto ao verbo o verbo ficará sempre no plural

(concordância rígida ou gramatical).

Pai e filho conversaram longamente.

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As imagens e o som não estavam adequados.

c) posposto ao verbo o verbo poderá ficar no plural

(concordância rígida ou gramatical) ou concordará com o núcleo mais

próximo (concordância atrativa).

Caíram uma flor e duas folhas. (ou “Caiu”, para concordar

apenas com “uma flor”)

Saiu o ancião e seus amigos. (ou “Saíram”, para concordar com

todos os núcleos)

Saíste tu e Pedro. (ou “Saístes”, para concordar com todos os

núcleos; ou “Saíram”, de acordo com a norma popular)

ATENÇÃO! Quando há reciprocidade, no entanto, a concordância é feita

no plural.

Agrediram-se o deputado e o senador.

Ofenderam-se o jogador e o árbitro.

Volte agora para a alternativa que a FCC apresentou. Como

o núcleo mais próximo do sujeito composto está no plural, não há saída, o

verbo deve mesmo ficar no plural: “...em que se RESPEITAM tanto as

LIBERDADES individuais quanto as [LIBERDADES] coletivas”.

Alternativa D: item errado. Eis a correção: “As

INSTITUIÇÕES fundamentais de um regime democrático não PODEM estar

SUBORDINADAS...”.

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Alternativa E: item errado. A concordância correta é a seguinte:

“O INTERESSE de todos os cidadãos ESTÁ VOLTADO para o MOMENTO

eleitoral, que EXPÕE...”

Resposta – A

11. (FCC/2010/TRE-AL/Analista Judiciário) O verbo indicado entre parênteses

deverá flexionar-se numa forma do plural para preencher corretamente

a lacuna da frase:

a) . .... (haver) de se dar a conhecer, em algum dia do futuro, crianças

semelhantes às de tempos passados?

b) Crianças como as de hoje, ao que se sabe, jamais . .... (haver), tão

absortas e imobilizadas em seus afazeres.

c) Até quando se . .... (verificar), em relação às nossas crianças, tamanha

incongruência nos valores e nas expectativas educacionais?

d) Quase todo prazer que hoje às crianças se . .... (reservar) por longas

horas diárias, está associado à tecnologia.

e) ...... (caber) aos pais e professores, sobretudo, proporcionar às crianças

espaço e tempo para as necessárias atividades físicas.

Comentário – Quero que você compare o emprego do verbo haver nas

alternativas A e B. No primeiro caso, ele é mero auxiliar, integra o

encadeamento verbal “Hão de se dar a conhecer”, não “manda” em nada, é

mero coadjuvante; portanto deve se flexionar para concordar com o sujeito

“crianças”. No segundo, ele é impessoal, fica na terceira pessoa do singular

(haverá), já que se equivale ao verbo existir.

Alternativa C: temos aqui outro caso de voz passiva sintética

(VTD + SE). O núcleo do sujeito é o termo “incongruência” (no singular), o

que impõe ao verbo a flexão em terceira pessoa do singular: verificará.

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sujeito

sujeito

Alternativa D: leia o período escrito na ordem direta

(primeiro o sujeito, depois o verbo): “Quase todo PRAZER que hoje se

RESERVA às crianças por longas horas diárias está associado à tecnologia”.

Alternativa E: faça aquela perguntinha básica ao verbo: “O

que cabe aos pais e professores?”, e depois responda: “proporcionar às

crianças espaço e tempo...”. Já percebeu que o sujeito é oracional e que o

verbo deve ficar na terceira pessoa do singular?

Resposta – A

É impressionante como a FCC gosta da concordância com

verbo na voz passiva sintética e sujeito oracional. Mas já que ela mesma nos

trouxe o verbo caber, quero aproveitar a oportunidade para falar de verbos

unipessoais. Eles possuem sujeito, ficando na terceira pessoa do

singular ou do plural; os principais são acontecer, bastar, caber, constar,

convir, faltar, importar, interessar, ocorrer, parecer, restar, urgir, etc.

Basta uma reflexão.

Faltam apenas quatro linhas.

12. (FCC/2009/TJ-AP/Analista Judiciário) A frase em que há incorreção

quanto à concordância verbal é:

a) Não espantarão as atrocidades do nosso mundo a quem já conhece as

crueldades de que um homem é capaz.

b) Nenhum de nós se obrigará a viver num campo de prisioneiros da

Sibéria para poder avaliar quão bárbaro é este nosso mundo.

c) Costumam chocar os pensamentos correntes todo aquele que esteja

interessado em promover sua marca de originalidade.

d) Assiste-se a tantos tristes espetáculos neste mundo que muitos passam

a difundir uma visão inteiramente desesperançada de tudo.

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e) Interessou ao autor explorar os drásticos contrastes que há entre os

que moram em Beverly Hills e os que vivem em Darfur.

Comentário – Alternativa A: item certo. Basta reordenar os termos que a

análise fica mais fácil: “As ATROCIDADES do nosso mundo não

ESPANTARÃO a QUEM já CONHECE as crueldades de que um HOMEM É

capaz”.

Alternativa B: item certo. E agora apresento uma nova

regrinha interessante. Pronome indefinido, interrogativo ou

demonstrativo + de (dentre) nós, vós ou vocês o verbo concorda

com o pronome (sujeito); mas, se este estiver no plural, o verbo poderá

concordar com o pronome pessoal.

Algum dentre vós sairá antes?

Quais de nós sairão (sairemos) antes?

Falo com aqueles dentre vós que trabalham (trabalhais).

Alternativa C: item errado. Vamos reescrever a passagem

na ordem direta e já com a devida correção: “Todo AQUELE que esteja

interessado em promover sua marca de originalidade COSTUMA chocar os

pensamentos correntes”.

Alternativa D: item certo. Eu avisei que VTD + SE indica voz

passiva sintética e que VTI + SE constitui voz ativa com índice de

indeterminação do sujeito e verbo na terceira pessoa do singular. É

isso o que ocorreu: “Assiste-se a tantos tristes espetáculos...”. O termo

“tantos tristes espetáculo” é o objeto indireto do verbo assistir, que é

transitivo indireto no sentido de ver, presenciar.

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Alternativa E: item certo. Novamente a FCC explorou a

concordância com sujeito oracional: “EXPLORAR os drásticos contrastes

que há entre os que moram em Beverly Hills e os que vivem em Darfur

INTERESSOU ao autor”. Note ainda o emprego do verbo haver com

sentido de existir, o que o torna impessoal e o obriga a ficar na terceira

pessoa do singular. Por fim, perceba a concordância dos verbos “moram” e

“vivem” com o antecedente do pronome relativo “que”: “os” (= aqueles).

Você já deve estar cansado de casos como esses. Mas é isso

o que a FCC está explorando atualmente nas suas provas. Eu não inventei

nenhuma dessas questões. São todas de provas recentíssimas. Então, fique

de olho bem aberto!!!

Resposta – C

13. (FCC/2010/TRE-AM/Técnico Judiciário) A frase em que a concordância

está em total conformidade com o padrão culto escrito é:

a) Tintas e pincéis novos estavam sendo usados pela artista novata, ainda

que os últimos não lhes pertencessem.

b) Debateram sobre a utilidade de vários acessórios e concluíram que

muitos não eram, de fato, nada acessível.

c) O produto derramado atingiu muitas árvores, mas não as

comprometeram de modo irreversível.

d) As mais vultosas doações para o programa de emergência já haviam

sido feitas, por isso as expectativas de que a arrecadação fosse muito

mais alta não tinha fundamento.

e) São muitos os aspectos do documento que merecem detida análise do

advogado, mas tudo indica que não haverá alterações significativas.

Comentário – Alternativa A: item errado. Eis que surge um caso novo de

concordância nominal. Preste atenção no segmento “Tintas e pincéis novos

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estavam sendo usados pela artista novata”, principalmente nos elementos

sublinhados. Agora vamos à norma gramatical. Quando o adjetivo se

refere a mais de um substantivo, verifica-se o seguinte:

1. Substantivos do mesmo gênero o adjetivo ficará

neste gênero e no plural; poderá, ainda, concordar com o núcleo mais

próximo.

Caderno e livro bons. (ou bom)

Casa e cadeira lindas. (ou linda)

2. Substantivos de gêneros diferentes o adjetivo

ficará no masculino e no plural; poderá, ainda, concordar com o núcleo mais

próximo.

Caderno e casa bons. (ou boa)

Gravata e terno lindos. (ou lindo)

3. Substantivos antepostos adjetivo no plural ou no

singular, conforme exemplos vistos até agora.

4. Substantivos pospostos a concordância mais

notável será a atrativa.

Tratava-se de inoportuno momento e lugar.

Tratava-se de inoportuna ocasião e lugar.

O erro, portanto, não está no segmento indicado. Está neste

aqui: “ainda que os últimos não lhes pertencessem”, pois o pronome “lhes”

retoma “artista novata”, no SINGULAR. Substitua, pois, o “lhes” por lhe.

Alternativa B: o adjetivo “acessível” refere-se ao substantivo

“acessórios”, no plural, e com ele deve concordar em número: acessíveis.

Alternativa C: o sujeito da forma verbal “comprometeram” é

o termo “O produto derramado” (= ele), cujo núcleo é o substantivo singular

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“produto”. Isso deve fazer com que o verbo seja flexionado na terceira

pessoa do singular: comprometeu.

Alternativa D: o que não tinha fundamento? “As

expectativas”. Logo, o verbo deve também ser flexionado no plural: tinham.

Resposta – E

14. (FCC/2010/TRE-AM/Técnico Judiciário) A concordância verbal e nominal

está inteiramente correta na frase:

a) Os caboclos da região, que vivem na floresta e dela retiram seu

sustento, sabem que é importante res- peitar todas as formas de vida

que nela se encontram.

b) Existe, na mitologia de vários povos, duendes com diversos poderes

mágicos que encarna, sobretudo, o espírito da floresta.

c) É sempre relatado às crianças indígenas os feitos valorosos de ilustres

guerreiros, como forma de manter as tradições da tribo.

d) O repositório de lendas brasileiras de origem indígena variam muito,

mas mostram, particularmente, uma explicação para os fenômenos da

natureza.

e) Quando se tratam de questões de sobrevivência na mata fechada, é

necessário a presença de guias habituados às dificuldades da região.

Comentário – Alternativa B: item errado. O verbo existir é pessoal, possui

sujeito com o qual deve concordar: “Existem (...) duendes...”. Além disso, o

sujeito sintático do verbo encarnar é o pronome relativo “que”, o qual obriga

o verbo a concordar com o sujeito semântico: “...que [= duendes]

encarnam...”.

Alternativa C: item errado. Já se perguntou o que é sempre

relatado às crianças? A resposta é o sujeito do verbo: “os FEITOS valorosos

de ilustres guerreiros”. O núcleo no plural leva o verbo ser a se flexionar no

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plural: SÃO. O particípio deve concordar em gênero e número com o

substantivo ao qual se refere: RELATADOS.

Alternativa D: item errado. Eis a correção: “O

REPOSITÓRIO de lendas brasileiras de origem indígena VARIA muito, mas

MOSTRA, particularmente, uma explicação para os fenômenos da natureza.

Alternativa E: item errado. O verbo tratar-se é transitivo

indireto. Com o pronome “se” (VTI + SE) ele forma estrutura de voz ativa

com sujeito indeterminado. O verbo deve, pois, ficar na terceira pessoa do

singular: “Quando se trata...”. O termo que lhe segue é seu objeto indireto,

com o qual não deve haver concordância. Além disso, há um problema de

concordância nominal ainda não abordado aqui. Fique atento para a

explicação abaixo:

É bom, é necessário, é preciso, é permitido, é proibido

quando o sujeito dessas expressões estiver determinado

(por artigos, pronomes ou numerais adjetivos), a

concordância será feita normalmente; se, entretanto, não

existir determinante, a expressão ficará invariável.

É proibida a entrada.

É proibido entrada.

Água é bom para a saúde.

Esta água é boa para a saúde.

Eis a correção da passagem: “...é necessária a presença...”.

Resposta – A

15. (FCC/2008/TRT 18ª Região/Analista Judiciário) É importante que você

possa contar com minha amizade; confie nela, que eu não o

decepcionarei.

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A frase acima permanecerá correta no caso de substituirmos os

elementos sublinhados, respectivamente, por:

a) tu possas - confies - te

b) Vossa Excelência podeis - confiei - vos

c) tu possas - confia - te

d) vós possais - confiem - vos

e) Sua Senhoria podeis - confiai - vos

Comentário – Nesse tipo de questão, você deve manter a uniformidade de

tratamento. Se você decidir usar o tratamento referente à terceira pessoa,

deve ir até o final. Caso prefira a segunda pessoa, deve, igualmente,

mantê-la até o final.

Alternativa A: item errado. A segunda pessoa (do singular e

do plural) do imperativo afirmativo deriva da segunda pessoa do presente do

indicativo sem a desinência –S: confias > confia tu; confiais > confiai vós.

Descarte também a alternativa D.

Alternativa B: item errado. Com pronome de tratamento, o

verbo concordará sempre na terceira pessoa do singular ou do plural.

Vossa Excelência é muito digno.

Vossas Senhorias são muito exigentes.

Descarte também a alternativa E.

Resposta – C

16. (FCC/2009/TRT 7ª Região/Técnico Judiciário) A concordância verbal e

nominal está inteiramente correta na frase:

Dados obtidos pela ONU atesta que cerca de dois terços das pessoas

que não dispõe de água de qualidade mínima para suas necessidades

vivem com menos de dois dólares por dia.

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Comentário – O primeiro erro de concordância já é bem conhecido:

“DADOS obtidos pela ONU ATESTAM...”. O segundo requer uma pequena

explicação, pois trata de quantidade aproximada. Quando houver uma

quantidade aproximada (perto de..., cerca de..., coisa de..., mais de...,

menos de..., etc) seguida de substantivo, o verbo obrigatoriamente

concordará com o substantivo.

Cerca de dois mil candidatos passaram no concurso.

(concordância rígida ou gramatical)

ATENÇÃO! Com a expressão mais de um, devemos ter mais cuidado. O

verbo só vai para o plural quando há ideia de reciprocidade ou quando a

expressão surge repetida.

Mais de uma máquina estava parada.

Mais de um casal se agrediram.

Mais de uma flor, mais de uma folha foram arrancadas.

Eis a correção: “...cerca de dois terços das pessoas que

não DISPÕEM...”.

Resposta – Item errado.

17. (FCC/2009/TRT 7ª Região/Técnico Judiciário) A concordância verbal e

nominal está inteiramente correta na frase:

Alguns países optam por importar alimentos como forma de economizar

água, que vem neles embutidos, já que a agricultura é que demandam

enormes quantidades desse líquido.

Comentário – O quem vem embutido neles (nos alimentos)? Água.

Portanto a concordância correta é “que vem neles embutida”. Eis o outro

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sujeito composto aposto resumitivo

apostoresumitivo

sujeito composto

erro: “...a AGRICULTURA é que DEMANDAM...”. O verbo deve ser

flexionado na terceira pessoa do singular: demanda.

Resposta – Item errado.

Quero aproveitar o surgimento da expressão de realce É

QUE para expor a você o que dizem Cunha e Cintra sobre comportamento

dela:

“A locução é que é invariável e vem sempre colocada entre

o sujeito da oração e o verbo a que ele se refere. Assim:

‘José é que trabalhou, mas os irmãos é que se

aproveitaram do seu esforço.’.”

18. (FCC/2006/Banco do Brasil/Escriturário) As normas de concordância

verbal estão plenamente atendidas na frase:

Ficar em casa, divertir-se, jogar alguma coisa, nada disso lhes

apeteciam.

Comentário – Se o sujeito composto for resumido por um aposto (pronome

indefinido), o verbo concordará com o aposto resumitivo.

Alunos, professores, diretores, ninguém chegava a um acordo.

Pelé, Garrincha, Didi, todos foram campeões mundiais.

Eis a correção: “...NADA disso lhes APETECIA.

Resposta – Item errado.

19. (FCC/2006/TRT 24ª Região/Técnico Judiciário) A concordância está

correta na frase:

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Romarias religiosas e festas folclóricas serve como atração a grande

parte de turistas, que deseja visitar a região Centro-Oeste do Brasil.

Comentário – O erro está na falta de concordância entre o verbo “serve” e

os núcleos do sujeito composto “Romarias” e “festas”. O verbo deve ir para

o plural: servem.

Chamo sua atenção para a concordância envolvendo

expressão partitiva. Quando o sujeito é formado por uma expressão

partitiva (parte de..., metade de..., o grosso de..., a maioria de..., a

maior parte de..., grande número de..., etc.) seguida de substantivo ou

pronome no plural, o verbo pode ficar no singular ou no plural.

A maioria das crianças não mente. (conc. rígida ou gramatical)

A maioria das crianças não mentem. (conc. atrativa)

Resposta – Item errado

20. (FCC/2010/TRF 4ª Região/Analista Judiciário) Ao se reconstruir uma

frase do texto, houve deslize quanto à concordância verbal em:

a) Sequer foi possível, na COP-15, estabelecer um financiamento para os

países pobres a quem coubesse adotar políticas de mitigação das

emissões.

b) Se todos esperávamos um bom acordo na COP-15, frustrou-nos o que

dela acabou resultando.

c) Acabou culminando num final dramático, naquele 18 de dezembro de

2009, o período de duas semanas de acaloradas discussões.

d) Às nações pobres propôs-se uma ajuda de US$ 30 bilhões, medida a

que não deu aval nenhum dos países insatisfeitos com as conversas

finais.

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e) Deveram-se às manobras de desconversas, na definição das tarefas dos

países, o impasse final das negociações entabuladas em Copenhague.

Comentário – Quando o assunto é concordância, uma estratégia do

examinador é pospor o sujeito ao verbo. Aquele normalmente é uma

expressão longa e com termos no plural. Isso a banca faz tentando desviar

sua atenção do verdadeiro núcleo do sujeito. Isso ocorre, por exemplo, nas

alternativas A, C, D e E.

Alternativa A: o sujeito do verbo “foi” é a oração seguinte,

cujo núcleo é o termo “estabelecer”. Já comentei aqui este caso: o verbo da

oração principal permanece na terceira pessoa do singular quando o sujeito

for oracional. Item certo.

Alternativa B: entre o sujeito “todos” (terceira pessoa do

plural) e o verbo “esperávamos” (primeira pessoa do plural) houve

concordância ideológica (de pessoa). Em sua fala, o locutor indica que se

inclui entre os que esperavam o tal acordo. Item certo.

Alternativa C: repare que o sujeito da locução “Acabou

culminando” está no final do período e é uma expressão longa: “o período

de duas semanas de acaloradas discussões”. Como o núcleo dele é o termo

“período” (substantivo masculino singular), a concordância está perfeita.

Alternativa D: o sujeito do verbo “propôs-se” é a expressão

“uma ajuda de US$ 30 bilhões”, cujo núcleo é o termo “ajuda”; por isso o

verbo está no singular. Item certo.

Alternativa E: o erro caracterizou-se pela flexão do verbo

dever no plural, quando – na realidade – o núcleo do sujeito é o termo

“impasse”. Confirma-se, com isso, que você precisa estar atento aos casos

de sujeito posposto ao verbo.

Resposta – E

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21. (FCC/2010/TRF 4ª Região/Analista Judiciário) O verbo indicado entre

parênteses deverá adotar uma forma do plural para preencher de modo

correto a lacuna da frase:

a) Quaisquer que sejam as técnicas, não lhes . .... (caber) determinar por

si mesmas o sentido que ganhará sua aplicação.

b) Muito do que se . .... (prever) nos usos de uma nova técnica depende,

para realizar-se, do que se chama “vontade política”.

c) Nenhuma das vantagens que . .... (oferecer) a tecnologia mais ousada

é capaz de satisfazer as aspirações humanas.

d) Quando não se . .... (reconhecer) nas ciências o bem que elas nos

trazem, as saídas místicas surgem como solução.

e) Orson Welles talvez não imaginasse o risco da tragédia que . ....

(poder) provocar as dramatizações de sua transmissão radiofônica.

Comentário – Notou que a FCC exige que o verbo se flexione no plural?

Pois então temos que encontrar um sujeito cujo núcleo é um termo o plural.

Alternativa A: o sujeito do verbo caber é oracional

(“determinar...”). Você já deve estar cansado de me ouvir dizer que o sujeito

oracional impõe ao verbo principal a flexão no singular, não é

mesmo?

Alternativa B: o sujeito do verbo prever é o pronome re-

lativo “que”. O verbo em negrito deve, então, concordar com o antecedente

do relativo. Mas cadê esse antecedente? É o pronome demonstrativo “o” (=

aquilo), que se contraiu com a preposição “de” (do = de + o). Como ele está

no singular, o verbo em negrito também se flexiona no singular.

Alternativa C: agora a concordância do verbo leva em conta

a expressão “Nenhuma das vantagens”. Fica no singular o verbo cujo sujeito

é formado por pronome indefinido singular + de + pronome ou nome

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plural (“algum de nós”, “nenhum de nós”, “cada um de vocês”, “qual das

cidades”, “algum dentre vocês”, “nenhum dos candidatos”, “cada um dos

agricultores”). Veja outro exemplo: “Nenhuma das jogadas do time

adversário levou perigo ao goleiro do Brasil”.

Alternativa D: quando apassivado pelo pronome apassivador

se, o verbo concordará normalmente com o sujeito: “Quando não se

reconhece (...) o bem” = “Quando não é reconhecido (...) o bem”.

Alternativa E: muito cuidado – eu já disse – com a

posposição do sujeito ao verbo. A expressão “as dramatizações de sua

transmissão radiofônica” é o sujeito da locução “podem provocar”, a qual

concorda com o núcleo “dramatizações”. Veja a reescritura na ordem direta:

“que as dramatizações de sua transmissão radiofônica podem provocar”.

Resposta – E

22. (FCC/2010/TCM-CE/ACE) As normas de concordância verbal estão

plenamente observadas na frase:

a) Cabem a nós, zelosos fiscais das repartições públicas, determinar se

nossos funcionários devem ou não produzir literatura?

b) Não se costumam reconhecer nos funcionários-escritores talento

artístico, quando são pegos a escrever literatura na repartição.

c) São injustas as razões pelas quais se maldizem, costumeiramente, a

atividade literária de um funcionário público.

d) Como a um funcionário não se oferecem a fome e o fausto, ele se

aproveita dessa condição para desenvolver seu imaginário.

e) Dão uma bela resposta às obrigações não escolhidas, de que é feito o

nosso mundo, o talento dos escritores-funcionários.

Comentário – A essa altura, você já percebeu que as últimas questões

sobre concordância verbal vêm se repetindo: sujeito posposto ao verbo;

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verbo apassivado; sujeito oracional. Mudam-se as expressões, os períodos;

mas mantém-se o mesmo tipo de abordagem.

Alternativa A: apresenta sujeito oracional (“determinar”) e

posposto ao verbo “Cabem”, que deveria se flexionar na terceira pessoa do

singular: “Cabe”.

Alternativa B: “talento artístico” é o sujeito da locução “se

costumam reconhecer” (indicativa de voz passiva sintética). Como o sujeito

está na terceira pessoa do singular, assim deveria ser flexionado o verbo

auxiliar: “costuma”. Veja, agora, a correspondente voz passiva analítica:

“Não costuma ser reconhecido (...) talento artístico”.

Alternativa C: o núcleo do sujeito do verbo apassivado

“maldizem” é o termo “atividade”, com o qual deve haver concordância no

singular. Veja a correspondente voz passiva analítica: “pelas quais é maldita

(...)a atividade literária de um funcionário público”.

Alternativa D: a forma verbal “oferecem” (apassivada por

meio do pronome se) está em perfeita concordância com os núcleos do

sujeito composto “a fome e o fausto” (= luxo, pompa, ostentação,

magnificência).

Alternativa E: novamente o sujeito veio posposto ao verbo.

O examinador sabe que tal estrutura dificulta a correta identificação do

sujeito. Para complicar um pouquinho mais a sua vida, ele ainda utiliza

várias expressões no plural. Cuidado! A dica é reescrever a passagem na

ordem direta: “O talento dos escritores-funcionários dá...”. Percebeu a

correção?

Resposta – D

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23. (FCC/2010/TCE-SP/Agente de Fiscalização Financeira) Para

cumprimento das normas de concordância verbal, será necessário

CORRIGIR a frase:

a) Atribui-se aos esquemas de construção das fábulas populares a

capacidade de representarem profundos anseios coletivos.

b) Reserva-se a pobres camponeses, nas fábulas populares, a

possibilidade de virem a se tornar membros da realeza.

c) Aos desejos populares de ascensão social correspondem, em algumas

das fábulas analisadas, a transformação de pobres em príncipes.

d) Prosperam no fundo do inconsciente coletivo incontáveis imagens, pelas

quais se traduzem aspirações de poder e de justiça.

e) Não cabe aos leitores abastados avaliar, em quem é pobre, a sensatez

ou o descalabro das expectativas alimentadas.

Comentário – Na terceira alternativa, o termo “transformação” (núcleo do

sujeito simples “a transformação de pobres em príncipes”) obriga o verbo

corresponder a se flexionar na terceira pessoa do singular: “corresponde”.

Resposta – C

24. (FCC/2010/Pref. São Paulo/EAOFP) As normas de concordância verbal

estão plenamente observadas na frase:

a) Não deveriam caber aos jovens estudantes o peso das

responsabilidades políticas que o autor a eles pretende atribuir.

b) É fatal que venham a decepcionar-se com os jovens todo aquele que os

vê como sujeitos políticos já inteiramente constituídos.

c) O embate a que se costumam lançar os jovens estudantes são quase

sempre marcados por uma natural imaturidade política.

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d) Não se devem confiar a um jovem os atributos políticos que mesmo ao

político mais experiente costumam faltar.

e) Creio que nenhuma referência a autores como Nelson Rodrigues ou

Maquiavel poderão trazer alento aos jovens idealistas.

Comentário – Alternativa A: o verbo auxiliar da locução “deveriam caber”

correto estaria se fosse flexionado na terceira pessoa do singular, para

concordar com o termo “peso”, núcleo do sujeito.

Alternativa B: o erro existente aqui se caracteriza pela falta

de concordância entre a forma verbal “venham” (terceira pessoa do plural) e

o sujeito “todo aquele” (terceira pessoa do singular).

Alternativa C: o primeiro erro diz respeito à forma verbal

“costumam”. Note que ele está apassivado pelo pronome se e possui como

sujeito a oração iniciada pelo verbo “lançar”. Leia-se: “costuma-se lançar os

jovens estudantes ao embate”. Já disse repetidas vezes que o sujeito

oracional leva o verbo principal para o singular. O segundo erro: a forma

verbal “são” deve flexionar-se no singular em virtude do termo “embate”,

sua referência para efeitos de concordância. Maliciosamente, o examinador o

colocou ao lado da expressão plural “jovens estudantes”. Além disso, o

particípio “marcados”, no plural, não concorda com o termo “embate”, que é

marcado “por uma natural imaturidade política”.

Alternativa E: o verbo auxiliar da locução “poderão trazer”

deve concordar no singular com o termo “referência”, núcleo do sujeito.

Resposta – D

25. (FCC/2010/TRT-20ª Região/Técnico Judiciário – Tecnologia da

Informação) A concordância verbal e nominal está inteiramente correta

em:

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a) Como foi criado mecanismos de proteção aos mercados das nações

mais ricas, a concorrência entre os produtores tornaram-se mais fortes

nas últimas décadas.

b) Como se tratavam de produtos de reconhecida qualidade, a presença

dos exportadores brasileiros ampliaram-se consideravelmente nos

últimos anos.

c) A conquista de novos mercados pelos exportadores brasileiros não

ocorreram tranquilamente, devido aos mecanismos de proteção criados

em algumas nações.

d) As exportações de produtos brasileiros para o mercado externo

resultaram de várias medidas que se tomaram nas áreas política e

empresarial.

e) A produtividade necessária para possibilitar iguais condições de

competitividade nos mercados internacionais garantem a oferta de

alimentos no mercado interno.

Comentário – Alternativa A: a intenção foi construir a voz passiva analítica

do verbo criar, que se realiza por meio da seguinte estrutura: VERBO

AUXILIAR + VERBO PRINCIPAL (no particípio). Nesse caso, o verbo auxiliar

deve se flexionar em número e pessoa (foram) para concordar com o sujeito

(mecanismos de proteção...), e o particípio deve se flexionar em gênero e

número (criados) para concordar com o substantivo (mecanismos) a que se

refere.

Alternativa B: já analisamos aqui a estrutura formada pelo

verbo transitivo indireto tratar e o pronome se, que serve como índice de

indeterminação do sujeito. Em casos de VTI + SE, o verbo mantém-se na

terceira pessoa do singular (tratava). Em “ampliaram-se”, o verbo ampliar

está flexionado na voz passiva sintética. Assim, possui sujeito (“a presença

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dos exportadores brasileiros”), com o qual deve concordar na terceira

pessoa do singular: ampliou-se.

Alternativa C: pergunte-se o que não ocorreu

tranquilamente. A resposta (“A conquista de novos mercados pelos

exportadores brasileiros”) é o sujeito da forma verbal “ocorreram”. Como o

núcleo do sujeito (“conquista”) está no singular, no singular deve ficar

também o verbo ocorrer: ocorreu.

Alternativa D: tudo certinho, como mandam as regras de

concordância nominal e verbal. O destaque fica por conta da expressão

“áreas política e empresarial”, em que um substantivo (“áreas”) é

modificado por dois adjetivos (“política e empresarial”). Quando um

substantivo é modificado por dois ou mais adjetivos no singular,

podem ser usadas as seguintes construções:

– A língua italiana e a francesa. (subentende-se língua

antes de “francesa”).

– As línguas italiana e francesa. (com a pluralização do

substantivo, dispensa-se a repetição do artigo.

Alternativa E: o verbo garantir precisa ser flexionado na

terceira pessoa do singular (garante) para concordar com o núcleo do sujeito

(“produtividade”).

Resposta – D

Essas questões resumem muito bem o que a FCC está cobrando

atualmente quando o assunto é concordância.

Meu intuito nesta aula não foi derramar sobre você uma

avalanche de informações “desnecessárias”, mas sim orientá-lo(a) quanto à

tendência da FCC, banca que elaborará a sua prova.

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Adiante estão as questões sem os respectivos comentários, para

que você tenha a oportunidade de revisar o conteúdo por meio dos

exercícios propostos. O gabarito vem logo depois.

Fique com Deus e bons estudos!

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QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS

1. (FCC/2009/TJ-PI/Analista Judiciário) As normas de concordância verbal

encontram-se plenamente observadas na frase:

a) Jogar dados com o Universo, segundo Einstein, não estariam nos

hábitos e procedimentos de Deus.

b) Parece não caber aos jovens operadores das bolsas outra coisa senão

fazer apostas em riquezas puramente virtuais.

c) A metafísica dos jovens operadores, diferentemente das antigas

religiões, não contam com hierarquias e valores tradicionais.

d) O que movem os jovens semideuses das bolsas de valores são as

apostas em arriscadas especulações financeiras.

e) Aos que apostam tudo no mercado financeiro caberiam refletir sobre os

efeitos sociais de suas operações.

2. (FCC/2009/TRT 4ª REGIÃO/Analista Judiciário) As normas de

concordância verbal estão plenamente observadas na frase:

a) Sem o concurso do poder público não se implanta políticas de

segurança e não se impede a deterioração do espaço urbano.

b) Não deixaram de haver experimentos bem sucedidos, apesar de a

comunidade acadêmica ter acusado falta de comprovação da teoria.

c) Logo se verificaram que medidas semelhantes foram tomadas por

outros países, como a Inglaterra, a Holanda e a África do Sul.

d) O que se conclui das experiências relatadas é que cabe aos poderes

públicos tomar iniciativas que nos levem a respeitar o espaço urbano.

e) O fato de haver desordem e sujeira no espaço urbano acabam por

incitar o cidadão a reagir como um contraventor ou pequeno criminoso.

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3. (FCC/2010/TRE-AL/Analista Judiciário – Contabilidade) Estão

inteiramente respeitadas as normas de concordância verbal em:

a) Quando às coisas se preferem a imagem delas, privilegia-se o

espetáculo das aparências.

b) As palavras do filósofo Feurbach, um pensador já tão distante de nós,

mantém-se como um preciso diagnóstico.

c) O que resultam de tantas imagens dominantes são a identificação dos

indivíduos com algo exterior a eles.

d) Já não se distingue nos gestos dos indivíduos algo que de fato os

identifique como autênticos sujeitos.

e) Cabem-nos, a todos nós, buscar preservar valores como a verdade e a

transparência, ameaçados de desaparição.

4. (FCC/2010/TRT-9ª Região/Analista Judiciário – Área

Administrativa/2010) Está adequada a concordância verbal nesta

construção:

a) nem negligência, nem incúria: a combinação letal do medo e da

ganância trouxeram-nos até aqui.

b) dizem muito, sobre nós e nossa espécie, o que nos fez chegar até aqui?

c) diante do inimigo, real ou virtual, lançam-se mão dos recursos

nucleares.

d) são cada vez mais difíceis considerar como permanentes as fronteiras

entre os Estados.

e) repousa nas providências que levem a Estados sem fronteiras a

expectativa de que sobrevivamos.

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5. (FCC/2009/TRT 3ª Região/Analista Judiciário) A concordância verbal e

nominal está inteiramente correta na frase:

a) São vários os animais que representam clubes, à maneira de totens,

como demonstração das qualidades que é inerente a todos os seus

membros.

b) O nome dos clubes de futebol devem ser significativos para a

comunidade e costumam homenagear países, continentes e atividades

profissionais.

c) O escudo dos clubes, usado na bandeira e na camisa dos jogadores,

constitui o sinal de reconhecimento para o grupo social que se

estabelece em seu entorno.

d) O orgulho de pertencer a um clube se estende a qualquer objetos

relacionados a ele, como bandei ras, camisas, bonés, que os identifica.

e) No brasão de um clube ressalta as cores, impressa nos uniformes dos

atletas, que vai desempenhar papel central na identidade comunitária.

6. (FCC/2009/TJ-SE/Analista Judiciário) As normas de concordância verbal

encontram-se plenamente respeitadas na frase:

a) A muitas pessoas costumam convencer a ideia de que as invenções se

devem tão-somente a um lampejo de genialidade.

b) Ocorreram, tanto na antiga Florença como no moderno Vale do Silício,

segundo os termos do texto, uma tradição de inovação.

c) Seria melhor se não continuassem a prevalecer, em nossos dias, a

anacrônica visão dos românticos sobre a inovação.

d) A identificação de tradições de inovação exemplifica- se, no texto, com

os casos de Florença e do Vale do Silício.

e) Não se poderiam imaginar que prensas de vinicultura viessem a

inspirar, decisivamente, a invenção da imprensa.

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7. (FCC/2009/TRT 7ª Região/Analista Judiciário) Há um deslize na

concordância verbal da seguinte frase:

a) Será que cabe apenas aos governantes tomar medidas que impeçam a

exploração profissional dos menores?

b) Destacam-se, entre os argumentos já levantados contra o trabalho

infantil, os que defendeu Darcy Ribeiro.

c) Aos que não desejam alinhar-se contra o trabalho infantil resta

combater em nome dos ideais de Darcy Ribeiro.

d) Sempre haverá, por esta ou aquela razão, os que defendem a inserção

das crianças pobres no mercado de trabalho.

e) Não se devem abrir às crianças, sejam elas pobres ou não, a opção

entre estudar ou trabalhar.

8. (FCC/2010/DNOCS/Agente Administrativo) A concordância verbal e

nominal está inteiramente correta na frase:

a) Chegou ao fim as campanhas voltadas para a reciclagem de materiais

nas cidades escolhidas no projeto-piloto.

b) A conscientização dos moradores daquela área contaminada pelos

resíduos tóxicos acabaram surtindo bons resultados.

c) Muitos consumidores se mostram engajados na luta pela

sustentabilidade e traduzem seu compromisso em tudo aquilo que

compram.

d) Atitudes firmes e claras voltadas para a sustentabilidade na exploração

dos recursos da natureza deve trazer lucros promissores para as

empresas.

e) Deveria ser divulgado claramente os princípios que norteiam as

atividades empresariais, como diretriz para orientar os consumidores

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9. (FCC/2010/TCM-PA/Técnico de Controle Externo) As normas de

concordância verbal estão plenamente observadas na frase:

a) Vejam-se que os intentos de formação de uma sociedade monorracial

redundam em sentimento de intolerância com a diversidade étnica.

b) Devem-se à rigidez da formação histórica dos Estados Unidos os

conflitos dramáticos de consciência dos indivíduos.

c) Nos Estados Unidos, conferem-se aos grupos e aos indivíduos o

intolerável arbítrio das discriminações sociais.

d) Corresponde ao duro modelo bíblico do povo eleito as brutalidades com

que são tratados os estranhos.

e) Não se permitem juízos e comportamentos mais flexíveis quem se

formou na mais rigorosa ordem legal e religiosa.

10. (FCC/2010/TRE-AL/Técnico Judiciário) A concordância verbal e nominal

está inteiramente correta na frase:

a) A sociedade deve reconhecer os princípios e valores que determinam as

escolhas dos governantes, para conferir legitimidade a suas decisões.

b) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes devem ser embasados na

percepção dos valores e princípios que regem a prática política.

c) Eleições livres e diretas é garantia de um verdadeiro regime

democrático, em que se respeita tanto as liberdades individuais quanto

as coletivas.

d) As instituições fundamentais de um regime democrático não pode estar

subordinado às ordens indiscriminadas de um único poder central.

e) O interesse de todos os cidadãos estão voltados para o momento

eleitoral, que expõem as diferentes opiniões existentes na sociedade.

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11. (FCC/2010/TRE-AL/Analista Judiciário) O verbo indicado entre parênteses

deverá flexionar-se numa forma do plural para preencher corretamente

a lacuna da frase:

a) ...... (haver) de se dar a conhecer, em algum dia do futuro, crianças

semelhantes às de tempos passados?

b) Crianças como as de hoje, ao que se sabe, jamais . .... (haver), tão

absortas e imobilizadas em seus afazeres.

c) Até quando se ...... (verificar), em relação às nossas crianças, tamanha

incongruência nos valores e nas expectativas educacionais?

d) Quase todo prazer que hoje às crianças se . .... (reservar) por longas

horas diárias, está associado à tecnologia.

e) ...... (caber) aos pais e professores, sobretudo, proporcionar às crianças

espaço e tempo para as necessárias atividades físicas.

12. (FCC/2009/TJ-AP/Analista Judiciário) A frase em que há incorreção

quanto à concordância verbal é:

a) Não espantarão as atrocidades do nosso mundo a quem já conhece as

crueldades de que um homem é capaz.

b) Nenhum de nós se obrigará a viver num campo de prisioneiros da

Sibéria para poder avaliar quão bárbaro é este nosso mundo.

c) Costumam chocar os pensamentos correntes todo aquele que esteja

interessado em promover sua marca de originalidade.

d) Assiste-se a tantos tristes espetáculos neste mundo que muitos passam

a difundir uma visão inteiramente desesperançada de tudo.

e) Interessou ao autor explorar os drásticos contrastes que há entre os

que moram em Beverly Hills e os que vivem em Darfur.

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13. (FCC/2010/TRE-AM/Técnico Judiciário) A frase em que a concordância

está em total conformidade com o padrão culto escrito é:

a) Tintas e pincéis novos estavam sendo usados pela artista novata, ainda

que os últimos não lhes pertencessem.

b) Debateram sobre a utilidade de vários acessórios e concluíram que

muitos não eram, de fato, nada acessível.

c) O produto derramado atingiu muitas árvores, mas não as

comprometeram de modo irreversível.

d) As mais vultosas doações para o programa de emergência já haviam

sido feitas, por isso as expectativas de que a arrecadação fosse muito

mais alta não tinha fundamento.

e) São muitos os aspectos do documento que merecem detida análise do

advogado, mas tudo indica que não haverá alterações significativas.

14. (FCC/2010/TRE-AM/Técnico Judiciário) A concordância verbal e nominal

está inteiramente correta na frase:

a) Os caboclos da região, que vivem na floresta e dela retiram seu

sustento, sabem que é importante res- peitar todas as formas de vida

que nela se encontram.

b) Existe, na mitologia de vários povos, duendes com diversos poderes

mágicos que encarna, sobretudo, o espírito da floresta.

c) É sempre relatado às crianças indígenas os feitos valorosos de ilustres

guerreiros, como forma de manter as tradições da tribo.

d) O repositório de lendas brasileiras de origem indígena variam muito,

mas mostram, particularmente, uma explicação para os fenômenos da

natureza.

e) Quando se tratam de questões de sobrevivência na mata fechada, é

necessário a presença de guias habituados às dificuldades da região.

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15. (FCC/2008/TRT 18ª Região/Analista Judiciário) É importante que você

possa contar com minha amizade; confie nela, que eu não o

decepcionarei.

A frase acima permanecerá correta no caso de substituirmos os

elementos sublinhados, respectivamente, por:

a) tu possas - confies - te

b) Vossa Excelência podeis - confiei - vos

c) tu possas - confia - te

d) vós possais - confiem - vos

e) Sua Senhoria podeis - confiai - vos

16. (FCC/2009/TRT 7ª Região/Técnico Judiciário) A concordância verbal e

nominal está inteiramente correta na frase:

Dados obtidos pela ONU atesta que cerca de dois terços das pessoas

que não dispõe de água de qualidade mínima para suas necessidades

vivem com menos de dois dólares por dia.

17. (FCC/2009/TRT 7ª Região/Técnico Judiciário) A concordância verbal e

nominal está inteiramente correta na frase:

Alguns países optam por importar alimentos como forma de economizar

água, que vem neles embutidos, já que a agricultura é que demandam

enormes quantidades desse líquido.

18. (FCC/2006/Banco do Brasil/Escriturário) As normas de concordância

verbal estão plenamente atendidas na frase:

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Ficar em casa, divertir-se, jogar alguma coisa, nada disso lhes

apeteciam.

19. (FCC/2006/TRT 24ª Região/Técnico Judiciário) A concordância está

correta na frase:

Romarias religiosas e festas folclóricas serve como atração a grande

parte de turistas, que deseja visitar a região Centro-Oeste do Brasil.

20. (FCC/2010/TRF 4ª Região/Analista Judiciário) Ao se reconstruir uma

frase do texto, houve deslize quanto à concordância verbal em:

a) Sequer foi possível, na COP-15, estabelecer um financiamento para os

países pobres a quem coubesse adotar políticas de mitigação das

emissões.

b) Se todos esperávamos um bom acordo na COP-15, frustrou-nos o que

dela acabou resultando.

c) Acabou culminando num final dramático, naquele 18 de dezembro de

2009, o período de duas semanas de acaloradas discussões.

d) Às nações pobres propôs-se uma ajuda de US$ 30 bilhões, medida a

que não deu aval nenhum dos países insatisfeitos com as conversas

finais.

e) Deveram-se às manobras de desconversas, na definição das tarefas dos

países, o impasse final das negociações entabuladas em Copenhague.

21. (FCC/2010/TRF 4ª Região/Analista Judiciário) O verbo indicado entre

parênteses deverá adotar uma forma do plural para preencher de modo

correto a lacuna da frase:

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a) Quaisquer que sejam as técnicas, não lhes . .... (caber) determinar por

si mesmas o sentido que ganhará sua aplicação.

b) Muito do que se . .... (prever) nos usos de uma nova técnica depende,

para realizar-se, do que se chama “vontade política”.

c) Nenhuma das vantagens que . .... (oferecer) a tecnologia mais ousada

é capaz de satisfazer as aspirações humanas.

d) Quando não se . .... (reconhecer) nas ciências o bem que elas nos

trazem, as saídas místicas surgem como solução.

e) Orson Welles talvez não imaginasse o risco da tragédia que . ....

(poder) provocar as dramatizações de sua transmissão radiofônica.

22. (FCC/2010/TCM-CE/ACE) As normas de concordância verbal estão

plenamente observadas na frase:

a) Cabem a nós, zelosos fiscais das repartições públicas, determinar se

nossos funcionários devem ou não produzir literatura?

b) Não se costumam reconhecer nos funcionários-escritores talento

artístico, quando são pegos a escrever literatura na repartição.

c) São injustas as razões pelas quais se maldizem, costumeiramente, a

atividade literária de um funcionário público.

d) Como a um funcionário não se oferecem a fome e o fausto, ele se

aproveita dessa condição para desenvolver seu imaginário.

e) Dão uma bela resposta às obrigações não escolhidas, de que é feito o

nosso mundo, o talento dos escritores-funcionários.

23. (FCC/2010/TCE-SP/Agente de Fiscalização Financeira) Para cumprimento

das normas de concordância verbal, será necessário CORRIGIR a frase:

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a) Atribui-se aos esquemas de construção das fábulas populares a

capacidade de representarem profundos anseios coletivos.

b) Reserva-se a pobres camponeses, nas fábulas populares, a

possibilidade de virem a se tornar membros da realeza.

c) Aos desejos populares de ascensão social correspondem, em algumas

das fábulas analisadas, a transformação de pobres em príncipes.

d) Prosperam no fundo do inconsciente coletivo incontáveis imagens, pelas

quais se traduzem aspirações de poder e de justiça.

e) Não cabe aos leitores abastados avaliar, em quem é pobre, a sensatez

ou o descalabro das expectativas alimentadas.

24. (FCC/2010/Pref. São Paulo/EAOFP) As normas de concordância verbal

estão plenamente observadas na frase:

a) Não deveriam caber aos jovens estudantes o peso das

responsabilidades políticas que o autor a eles pretende atribuir.

b) É fatal que venham a decepcionar-se com os jovens todo aquele que os

vê como sujeitos políticos já inteiramente constituídos.

c) O embate a que se costumam lançar os jovens estudantes são quase

sempre marcados por uma natural imaturidade política.

d) Não se devem confiar a um jovem os atributos políticos que mesmo ao

político mais experiente costumam faltar.

e) Creio que nenhuma referência a autores como Nelson Rodrigues ou

Maquiavel poderão trazer alento aos jovens idealistas.

25. (FCC/2010/TRT-20ª Região/Técnico Judiciário – Tecnologia da

Informação) A concordância verbal e nominal está inteiramente correta

em:

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a) Como foi criado mecanismos de proteção aos mercados das nações

mais ricas, a concorrência entre os produtores tornaram-se mais fortes

nas últimas décadas.

b) Como se tratavam de produtos de reconhecida qualidade, a presença

dos exportadores brasileiros ampliaram-se consideravelmente nos

últimos anos.

c) A conquista de novos mercados pelos exportadores brasileiros não

ocorreram tranquilamente, devido aos mecanismos de proteção criados

em algumas nações.

d) As exportações de produtos brasileiros para o mercado externo

resultaram de várias medidas que se tomaram nas áreas política e

empresarial.

e) A produtividade necessária para possibilitar iguais condições de

competitividade nos mercados internacionais garantem a oferta de

alimentos no mercado interno.

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GABARITO

1. B

2. D

3. D

4. E

5. C

6. D

7. E

8. C

9. B

10. A

11. A

12. C

13. E

14. A

15. C

16. Item errado

17. Item errado

18. Item errado

19. Item errado

20. E

21. E

22. D

23. C

24. D

25. D

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Na aula de hoje, os exercícios tratam, primeiramente, dos

regimes de alguns nomes e verbos. Em outras palavras, você estudará

regência nominal e verbal. Em seguida, as questões versam sobre regras

de ocorrência de crase, fenômeno linguístico que consiste na pronúncia de

vogais idênticas e sequenciais em uma mesma sílaba.

REGÊNCIA NOMINAL

1. (FCC/TRT 7ª Região/Analista Judiciário/2009) Está correto o emprego

do elemento sublinhado na frase:

Os impulsos missionários, de que o autor não se mostra carente,

poderiam levá-lo a combater a fome do mundo.

Comentário – O pronome relativo “que” substitui o termo antecedente

“impulsos missionários”. Esse termo, por sua vez, completa o sentido do

nome transitivo “carente” (carente de quê?). Percebeu a relação entre o

nome carente (de algo) e o verbo carecer (de algo)? Escrita de outra

forma, a oração adjetiva fica assim: “o autor não se mostra carente de

impulsos missionários”.

Resposta – Item certo

2. (FCC/TRT 7ª Região/Técnico Judiciário/2009) A busca por explicações

para os diversos matizes da personalidade... (início do texto)

A mesma regência assinalada acima NÃO está caracterizada na

expressão:

a) a influência dos hábitos e do estilo de vida.

b) na formação da personalidade.

c) produto apenas do ambiente.

d) uma reação à série de barbaridades.

e) em vários países da Europa.

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Comentário – O sentido do substantivo “busca” é satisfeito com a

introdução de um complemento obrigatoriamente preposicionado (“por

explicações”). Procure, dentre as opções, qual alternativa tem um nome que

não exige um complemento preposicionado para encerrar o seu significado.

Alternativa A: o substantivo INFLUÊNCIA exige a

preposição DE ( dos hábitos... do estilo).

Alternativa B: o substantivo FORMAÇÃO exige a preposição

DE (da personalidade).

Alternativa C: o substantivo PRODUTO exige a preposição

DE (do ambiente).

Alternativa D: o substantivo REAÇÃO exige a preposição A

(a + a série = à série).

Alternativa E: o substantivo PAÍSES não exige

complemento, pois possui sentido completo, o termo “da Europa” é seu

adjunto nominal. Portanto aqui está a resposta procurada.

Resposta – E

Atenção especial deve ser dada aos nomes que regem

preposição A, por possibilitarem a ocorrência de crase.

3. (FCC/TJ-PI/Analista Judiciário/2009) Está correto o emprego do

elemento sublinhado na frase:

a) Os operadores controlam um capital especulativo, em cujos

rendimentos representam uma incógnita.

b) São impulsos eletrônicos, sobre os quais há pouco ou nenhum controle,

que comandam as operações das bolsas.

c) Os operadores das bolsas preferem apostar do que investir dinheiro em

empreendimentos mais produtivos.

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d) A idade dos operadores das bolsas sugere o ímpeto de que as

operações de investimento são executadas.

e) Os adeptos da física quântica julgam que o acaso é também um

princípio, do qual o comportamento da matéria não é alheio.

Comentário – Na alternativa B, o pronome relativo “os quais” substitui o

termo “impulsos eletrônicos”, o qual complementa o sentido do nome

transitivo “controle”, o que justifica a presença da preposição “sobre”: ...há

pouco ou nenhum controle sobre os impulsos eletrônicos (= os

quais).

Alternativa A: não há justificativa para o uso da preposição

“em” diante do pronome relativo “cujo” que estabelece uma relação de

posse/dependência entre os termos “capital especulativo” (antecedente) e

“rendimentos” (consequente). Observe: ...rendimentos do capital

especulativo representam uma incógnita.

Alternativa C: por enquanto, aceite que o verbo preferir

não admite elementos de comparação nem de intensificação, como a

expressão “do que” empregada antes do verbo “investir”. Esse verbo rege

preposição a (preferir uma coisa a outra): “Os operadores das bolsas

preferem apostar a investir dinheiro...”. Mais à frente voltarei a falar desse

verbo.

Alternativa D: veja a correção, que requer a troca da

preposição: “...sugere o ímpeto com que as operações de investimento são

executadas”.

Alternativa E: fique de olho no segmento “...do qual o

comportamento da matéria não é alheio”. O pronome relativo “o qual” é o

complemento do nome “alheio” e substitui o antecedente “princípio”. Ocorre

que a regência nominal de “alheio” requer a preposição a e não de, como foi

utilizada: “...ao qual o comportamento da matéria não é alheio”.

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Resposta – B

4. (FCC/TRT 4ª REGIÃO/Analista Judiciário/2009) Está correto o emprego

do elemento sublinhado na frase:

A produção e difusão de imagens constituem operações em que hoje

todos têm fácil acesso.

Comentário – O substantivo “acesso” é transitivo, rege preposição a e não

“em”, tem seu significado complementado pelo pronome relativo “que”,

substituto semântico do antecedente “operações” (...hoje todos têm fácil

acesso a operações).

Resposta – Item errado.

5. (FCC/TRT 3ª Região/Analista Judiciário/2009) Está correto o emprego

do elemento sublinhado na frase:

Cláudio realizou várias aproximações de cujos riscos era consciente.

Comentário – O adjetivo “consciente” requer um complemento regido pela

preposição “de” (consciente de quê?). Parte desse complemento é retomado

pelo pronome relativo “cujos” (riscos de aproximações). Isso justifica a

preposição diante dele: “[Cláudio] era consciente dos riscos de

aproximações”.

Resposta – Item certo.

6. (Cespe/IRBr/Diplomata/2009)

O que é o que é?

1 Se recebo um presente dado com carinho por pessoa

de quem não gosto — como se chama o que sinto? Uma

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pessoa de quem não se gosta mais e que não gosta mais da

4 gente — como se chama essa mágoa e esse rancor? Estar

ocupado, e de repente parar por ter sido tomado por uma

desocupação beata, milagrosa, sorridente e idiota — como se

7 chama o que se sentiu? O único modo de chamar é perguntar:

como se chama? Até hoje só consegui nomear com a própria

pergunta. Qual é o nome? e é este o nome.

Clarice Lispector. A descoberta do mundo.Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p. 199.

No título do texto, as duas ocorrências da forma verbal “é” são

sintaticamente equivalentes.

Comentário – Não é possível responder à questão sem antes perceber que

a distinção entre as duas ocorrências da forma verbal ”é” leva em conta

conhecimentos sobre transitividade verbal.

Perceba, preliminarmente, que o título do texto é composto

por duas orações:

(1) O que é o...

(2) ...que é?

Notoriamente, trata-se de um período composto por

subordinação. A primeira oração é a principal; a segunda, subordinada. Esta

– reparem bem – é introduzida pelo pronome relativo “que”. Portanto, é

uma oração subordinada adjetiva.

O verbo da primeira oração (“é”) liga o predicativo “o” (pronome

demonstrativo substantivo) ao sujeito “que”. Em uma análise semântico-

-sintática, portanto, ele ocorre como verbo de ligação, copulativo, não

nocional. O mesmo verbo, na segunda oração, não faz esse tipo de “ponte”.

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Ressalte-se que nela nem existe adjetivo, substantivo ou pronome

substantivo desempenhando a função de predicativo do sujeito. Em (2), o

verbo é tomado como intransitivo, nocional.

Que fique bem claro que a classificação de um verbo em

transitivo direto, transitivo indireto, bitransitivo, intransitivo e de ligação

depende do seu uso efetivo na frase. Havendo variação de sentido, é

possível haver também variação de regência.

Resposta – Item errado.

Veja agora algumas recentes questões da FCC sobre regência

verbal.

7. (FCC/TRE-AL/Técnico Judiciário/2010) ... a sua capacidade de encarnar

valores e princípios...

A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento que o grifado

acima é:

a) Mas ela contribui para a formação da própria essência da democracia ...

b) Afinal, a democracia repousa sobre a ficção ...

c) O consentimento de todos seria a única garantia indiscutível ...

d) ... mais as sociedades produzem conflitos ...

e) ... e necessitam de lideranças ...

Comentário – O verbo “encarnar” teve seu sentido complementado por um

termo (“valores e princípios”) sem preposição. É, pois, verbo transitivo

direto (VTD).

Observe que os verbos “contribui” (contribui para quê?),

“repousa” (repousa sobre o quê?) e “necessitam” (necessitam de quê?)

reclamam complementos regidos por preposição. Eles são transitivos

indiretos.

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Na alternativa C, o verbo “seria” funciona como o elo entre o

sujeito (“o consentimento de todos”) e o seu predicativo (“garantia”). E,

pois, um verbo de ligação.

Resposta – D

8. (FCC/TRE-AM/Técnico Judiciário/2010) ... a Amazônia representa mais

da metade do território brasileiro ... (2º parágrafo).

A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento exigido pelo

verbo grifado acima é:

a) Essa visão mudou bastante nas últimas duas décadas...

b) O vapor de água (...) responde por 60% das chuvas...

c) ... que caem nas regiões Norte, Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil.

d) ... pois o destino da região depende muito mais de seus habitantes.

e) ... porque terão orgulho de sua riqueza natural, única no mundo.

Comentário – Estamos diante de outro verbo cujo sentido é

complementado por um termo sem preposição: “mais da metade do

território brasileiro”. Portanto o verbo representar também é um VTD.

A mesma regência é notada no emprego do verbo ter na

alternativa E (ter o quê?). O termo “orgulho de sua riqueza natural” é seu

objeto direto.

Nas alternativas A e C, notamos verbos intransitivos

(“mudou” e “caem”). Nas alternativas B e D, há verbos transitivos indiretos

(“responder por” e “depende (...) de”).

Resposta – E

9. (FCC/TRF 4ª Região/Analista Judiciário/2010) Houve muitas discussões

sobre medidas para se minimizar o aquecimento global, já que todos

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consideram o aquecimento global uma questão crucial para a

humanidade, embora poucos tomem medidas concretas para reduzir o

aquecimento global, não havendo sequer consenso quanto às verbas

necessárias para mitigar os efeitos do aquecimento global.

Evitam-se as viciosas repetições do período acima substituindo-se os

elementos sublinhados, na ordem dada, por:

a) consideram-lhe - o reduzir - mitigar-lhe seus efeitos

b) lhe consideram - reduzi-lo - mitigá-los aos efeitos

c) o consideram - reduzi-lo - mitigar-lhe os efeitos

d) consideram-no - reduzir-lhe - mitigar-lhes os efeitos

e) o consideram - reduzir-lhe - mitigar-lhe os efeitos

Comentário – A “chave” para resolver esta questão é saber qual a regência

dos verbos envolvidos. Como transitivos diretos, as formas verbais

“consideram” e “reduzir” reclamam objeto direto, função que é

desempenhada pelo termo “o aquecimento global”. Quando completam

verbos, os pronomes oblíquos o(s) e a(s) funcionam como objetos

diretos; já o pronome lhe(s) funciona como objeto indireto. Perceba que

somente na alternativa C os sentidos desses verbos são complementados

pelo pronome oblíquo adequado: “o”. Registre-se que, quando um verbo

termina por -R, -S ou –Z (como o verbo “reduzir”, por exemplo), a

consoante final desaparece e os pronomes oblíquos o(s) e a(s) recebem a

letra l (“reduzi-lo”).

Tenha cuidado com o complemento do verbo “mitigar”,

também transitivo direto (mitigar algo). O pronome oblíquo “lhe” que se liga

a ele por meio do hífen funciona sintaticamente como adjunto adnominal

do termo “os efeitos”. Semanticamente, equivale à expressão “do

aquecimento global” e denota ideia de posse, como no exemplo a seguir:

Cortou-me os cabelos = Cortou meus cabelos.

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Resposta – C

10. (FCC/TRE-AL/Técnico Judiciário/2010) ... encarregadas de fazer com que

as rotinas administrativas essenciais à vida em comum sejam realizadas

com certa eficiência e autonomia. (final do texto)

A expressão grifada acima preenche corretamente a lacuna da frase:

a) Muitos políticos duvidavam ...... fosse possível chegar a um consenso

naquela questão.

b) A prática política ...... os idealistas sonhavam mostrou-se ineficaz

diante de tantos conflitos.

c) O regime democrático, ...... são respeitadas as liberdades individuais,

foi finalmente restabelecido naquele país.

d) Esperava-se apenas a publicação oficial das normas . ..... se marcasse a

data das eleições.

e) Nem sempre, em um regime democrático, são tomadas as decisões

..... a maioria espera.

Comentário – Analise com cuidado a segunda alternativa. Nela há uma

oração principal (“A prática política mostrou-se ineficaz diante de tantos con-

flitos”) e uma subordinada adjetiva restritiva (“...os idealista sonhavam”). A

gora me responda: os idealistas sonhavam com quê? Eles sonhavam com a

prática política , termo que deve ser retomado pelo pro-

nome relativo que e regido pela proposição com. Observe: “A prática polít-

ica com que os idealistas sonhavam mostrou-se ineficaz diante de tantos

conflitos”.

As outras opções devem ser assim preenchidas:

A: “...de que...”;

C: “...em que...”;

D: “...para que...”;

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E: “...que...”.

Resposta – B

11. (FCC/TJ-AP/Analista Judiciário/2010) Está correto o emprego de ambos

os elementos sublinhados na frase:

a) Otário é você, que confia de que Obama faça um governo competente,

de cujo não há ainda qualquer indício.

b) Prefira-se morar em Beverly Hills do que morar em Darfur; a esta

região falta tudo o que aquela não falta.

c) Esses doutores, de cujo pessimismo todos conhecem, estão sempre

aplicados com a difusão fascinada dos horrores.

d) É como se a barbárie e a crueldade, às quais esses doutores assistem

com indiferença, fossem fenômenos cujo horror devesse ser

naturalizado.

e) O autor está convicto que tais doutores representam um radical

pessimismo, de cujo parecem orgulhar-se de ostentar.

Comentário – É importante notar as construções sintáticas que envolvem

pronome relativo e verbos (ou nomes) que pedem complemento

preposicionado. As preposições, além de terem que corresponder ao regime

do verbo (ou nome), devem ser empregadas antes do pronome relativo.

Alternativa A: o verbo confiar repele a preposição “de”

(confiar em quê?). Ressalte-se que a preposição pode ser dispensada

quando o complemento verbal for uma oração: “...confia que Obama

faça...”. A preposição “de” que antecede o relativo “cujo” está bem

empregada, pois é reclamada pela regência do no nome “indício” (indício de

quê?). Mas o relativo “cujo” não é apropriado, visto que não estabelece

relação de posse/dependência entre termos antecedente e consequente.

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Alternativa B: vamos aproveitar e verificar o regime do

verbo preferir.

VTDI (seu complemento indireto é regido pela preposição

A): Prefiro cinema a televisão. Prefiro o cinema à (a + a)

televisão. (CERTO). Prefiro mais cinema do (de + o) que

televisão. (ERRADO).

Obs.: O significado de PREFERIR não admite gradações

(mais... que; menos... que; tanto... quanto). Além disso, a preposição que

rege seu complemento indireto é, obrigatoriamente, A.

Observe ainda a ausência da preposição A antes do relativo

“aquela”: “...a esta região falta tudo o [= aquilo] que [a] aquela não falta.”

(o verbo faltar aqui é bitransitivo: algo falta a alguém/algo). A fusão da

preposição A com o A inicial do pronome relativo aquela origina o

fenômeno linguístico conhecido como crase, a qual é indicada pelo acento

grave: àquela.

Alternativa C: “...de cujo pessimismo todos conhecem...”. O

verbo conhecer é VTD (conhecer algo/alguém), o que desautoriza o emprego

da preposição “de” antes do pronome relativo “cujo”.

Alternativa D: vamos conferir os regimes do verbo assistir.

a) Transitivo indireto com sentido de VER, OBSERVAR;

seu complemento é regido pela preposição A: Assistimos

ao final do campeonato.

b) Transitivo indireto com sentido de COMPETIR, CABER,

TER DIREITO; seu complemento também é regido pela

preposição A: Não assiste ao professor reclamar tanto.

c) Transitivo direto ou transitivo indireto (neste caso,

exige preposição A) com sentido de SOCORRER,

PRESTAR ASSISTÊNCIA: O médico assistiu a vítima.

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Igualmente correta estaria a construção: O médico assis-

tiu à vítima. Reparem o acento grave indicativo de crase

(fusão da preposição A com o artigo feminino A(S) que

antecede substantivo de mesmo gênero gramatical).

d) Intransitivo com sentido de MORAR, RESIDIR: Há cinco

anos resido em Brasília. Observem a presença da pre-

posição “em” exigida pelo verbo e que introduz o adjunto

adverbial de lugar (não confundam esse termo com ob-

jeto indireto).

Conclui-se, assim, que no segmento “...às quais esses doutores

assistem [= ver, presenciar, observar]...” existe a presença da preposição

“a” empregada diante do pronome relativo “as quais”, o que originou a forma

“às quais”.

Repare também que após o pronome relativo “cujo” não

existe termo que exige preposição.

Alternativa E: no segmento “...está convicto que tais

doutores...”, faltou a preposição de (convicto de quê?). Por fim, no trecho

“...de cujo parecem orgulhar-se de ostentar...” não há motivo para o

emprego da preposição “de” e do pronome relativo “cujo”.

Resposta – D

12. (FCC/TRE-AM/Técnico Judiciário/2010) O funcionário . ... o chefe se

dirigiu era a pessoa ...... todos confiavam.

a) para quem - em que

b) em que - com quem

c) por quem - de que

d) a quem - em quem

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e) de quem - a quem

Comentário – Aos poucos você vai percebendo que a FCC gosta de explorar

casos de regência que envolvem o emprego de pronomes relativos.

Responda-me: quem se dirige, dirige-se a quem? Mais

uma: quem confia, confia em quem? Pronto, assim fica fácil perceber que as

preposições adequadas são, respectivamente, a e em.

Resposta – D

13. (FCC/TRT 18ª Região/Técnico Judiciário/2010) Pensam em novas

formas de suprimento de energia ... (3º parágrafo)

O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima

está na frase:

a) Durante milênios convivemos com a convicção...

b) Há outros ângulos do problema...

c) ... que entopem as caixas de recepção de mensagens no mundo ...

d) ... que a própria ONU criou diretrizes mundiais ...

e) ... se haverá um limite para a internet ...

Comentário – O verbo pensar foi utilizado como transitivo indireto (atente

para a preposição “em” que introduz o seu complemento – objeto indireto).

Regência semelhante possui o verbo conviver (conviver com...), na

alternativa A. Nas outras alternativas, os verbos são transitivos diretos.

Aprenda um pouco mais:

CRER/ACREDITAR/PENSAR

a) VTI (EM) Creio em você. // Acredito em você. //

Penso em você.

b) VTD = objeto direto oracional Creio que seremos

aprovados. // Acredito que seremos aprovados. // Penso

que seremos aprovados.

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Resposta – A

14. (FCC/TRT 18ª Região/Técnico Judiciário/2010) Ganhos maiores também

resultam em novos hábitos ... (início do 4º parágrafo)

O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima

está na frase:

a) A agricultura brasileira pode produzir mais ...

b) ... que diminuíram depois de episódios de seca ...

c) ... foi o aumento do uso do milho nos EUA para a produção de etanol.

d) ... os exportadores têm obtido ganhos comerciais significativos.

e) ... para se ajustar às novas conjunturas.

Comentário – Já conseguiu identificar a regência do verbo grifado? Veja:

ganhos maiores resultam em quê? O complemento do significado do verbo é

regido por preposição, pois resultar é um VTI, assim como ajustar (para se

ajustar a quê?).

Nas alternativas A e B, os verbos são intransitivos.

Cuidado com a alternativa C, pois o termo preposicionado

“do uso” complementa um nome (“aumento”) e não um verbo.

Na alternativa D, o verbo obter foi usado como transitivo

direto.

Resposta – E

15. (FCC/TJ-PI/Técnico Judiciário/2010) O Código de Defesa do Consumidor

(CDC) atingiu sua maioridade plena em março de 2009 ... (início do

texto)

O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima

está na frase:

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a) ... serviu de inspiração para muitos países na construção de suas leis.

b) ... que tanto os consumidores quanto as empresas estão mais

conscientes e seletivos ...

c) ... que a sociedade brasileira conta com mecanismos jurídicos

adequados ...

d) ... para aprimorar seu canal de comunicação com a clientela.

e) ... pois ele é fonte de sustentabilidade para a sobrevivência de qualquer

fornecedor.

Comentário – Convenhamos: é ou não é uma questão fácil? O verbo

sublinhado é transitivo direto (atingiu o quê?); seu complemento (“sua

maioridade plena”) é um objeto direto. Na letra D, o verbo “aprimorar”

também é VTD.

Nas alternativas A e C, os verbos são VTI (“serviu de” e

“conta com”). Nas letras B e E, eles são VL (“estão” e “é”).

Resposta – D

16. (FCC/TRT 3ª Região/Analista Judiciário/2010) ... que prevalece no

conhecimento do torcedor comum sobre os dados históricos. (3º

parágrafo)

A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento que o grifado

acima é:

a) ... que homogeneíza todos os indivíduos.

b) ... o sentimento tribal é muito forte ...

c) ... acompanha o indivíduo por toda vida ...

d) ... que (...) participam no rito das danças guerreiras.

e) ... e estão espalhados por vários locais.

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Comentário – O verbo prevalecer (= exceder em importância; levar

vantagem; vencer, preponderar, predominar) foi utilizado como transitivo

indireto. Igual regência tem o verbo participar (= ter ou tomar parte

de/em).

Nas demais opções, os verbos são transitivos diretos (A e

C) e de ligação (B e E).

Resposta – D

17. (FCC/TJ-SE/Analista Judiciário/2009) Invenções? Sempre houve

invenções, assim como sempre houve quem interpretasse as invenções

como lampejos de gênio, porém é mais sensato que não se atribuam às

invenções características milagrosas.

Evitam-se as viciosas repetições do texto acima substituindo-se os

elementos sublinhados, na ordem dada, por:

a) houve elas ? lhes interpretasse ? não se as atribuam

b) houve-as ? as interpretasse ? não atribuam-se-lhes

c) houve estas ? lhes interpretasse ? não lhes atribuam

d) as houve ? intepretasse-lhes ? se não lhes atribuam

e) as houve ? as interpretasse ? não se lhes atribuam

Comentário – Boa questão, pois conjugou regência verbal com colocação

pronominal.

Os pronomes oblíquos átonos o(s) e a(s), como

complementos de verbos, só funcionam como objetos diretos. Já o pronome

lhe(s) funciona como objeto indireto.

O verbo “houve” é transitivo direto e o termo “invenções” é

seu objeto direto; o verbo “interpretasse” é transitivo direto e o termo “as

invenções” é seu objeto direto. O pronome oblíquo utilizado na substituição

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só pode ser mesmo o pronome “as”, que, no texto, é atraído pelo advérbio

“Sempre” e pelo pronome indefinido “quem”. Pronto, a questão está morta:

letra E.

Registre-se que o verbo “atribuam” é bitransitivo; os termos

“às invenções” e “características milagrosas” são, respectivamente, objeto

indireto e objeto direto.

Resposta – E

18. (FCC/TRT 7ª Região/Técnico Judiciário/2009) Órgãos públicos,

entidades não-governamentais e até mesmo internautas engajados

aderiram à novidade ... (1º parágrafo)

A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento que o do

grifado acima é:

a) ... que o governo havia fraudado as votações.

b) ... e, cada vez mais, interagem com as chamadas redes sociais.

c) Alguns movimentos ecológicos nasceram em redes...

d) Seu sucesso impulsiona o debate sobre o uso de redes sociais na

internet ...

e) ... intensificando contato direto com eles.

Comentário – O verbo aderir foi empregado como transitivo indireto

(aderir a quê?). O termo “à novidade” é o seu objeto indireto. Caso

semelhante ocorre com o verbo interagir(com quem/o quê?), na alternativa

B.

Nas alternativas A, D e E, os verbos são transitivos diretos:

fraudar algo; impulsionar algo; intensificar algo.

Na alternativa C, o verbo nascer dá a falsa impressão de

ser transitivo indireto. Cuidado, pois o termo que o acompanha (“em redes”)

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funciona sintaticamente como um adjunto adverbial de lugar, apesar de ser

regido por uma preposição (“em”). Aliás, fique atento com os verbos abaixo,

que também são intransitivos e podem apresentar adjuntos adverbiais

regidos por uma preposição:

MORAR/RESIDIR/SITUAR (vberbos estáticos, de permanência)

VI (prep. EM): Ela reside na (em + a) rua Dr. Nilo Peçanha. (CERTO) /

Ela reside à (a + a) rua Dr. Nilo Peçanha. (ERRADO)

IR/CHEGAR (verbos dinâmicos, de movimento)

VI (não admitem prep. EM com ADV. LUGAR) Vou à praia. // Cheguei

ao Brasil. (certo)

Vou na praia. // Cheguei no Brasil. (errado)

Resposta – B

19. (FCC/TRE-PI/Analista Judiciário/2009) Esta tradição trabalha a ação

política como uma ação estratégica ... (1º parágrafo)

A frase em que o verbo exige o mesmo tipo de complemento que o

grifado acima é:

a) ... que identifica no predomínio do conflito o cerne dos fatos políticos.

b) Neste contexto, política é guerra ...

c) Recorrendo a metáforas do reino animal ...

d) ... que obedece aos consagrados preceitos do "não matar" e do "não

mentir" ...

e) ... que a fraude é mais importante do que a força ...

Comentário – A FCC usou o verbo trabalhar como transitivo direto

(trabalhar algo). Com a mesma regência foi utilizado o verbo identificar, na

alternativa A: “identifica (...) o cerne dos fatos políticos”.

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Nas alternativas B e E, os verbos de ligação unem os

respectivos sujeitos (“política” e “fraude”) aos seus predicativos (“guerra” e

“importante”).

Nas alternativas C e D, os verbos “Recorrendo” e

“obedece” são transitivos indiretos e regem preposição a.

Frise-se que o verbo desobedecer segue a regência do

verbo obedecer: VTI (prep. A): Obedeço a meu pai. Não desobedeça a seus

pais.

Resposta – A

20. (FCC/TCM-CE/ACE/2010) Está clara e correta a redação deste livre

comentário sobre o texto:

a) O fato de haver tanta rotina numa repartição não implica de que um

funcionário não deixe de cumprir seu ofício de escritor criativo.

b) O cronista sugere que mesmo o tédio que marca a vida de uma

repartição pública pode ser um impulso para a criação literária.

Comentário – Fique de olho na regência do verbo implicar que surge na

primeira alternativa, pois há um erro. Para você entender, leia o que se

segue sobre as possíveis regências que esse verbo pode assumir.

I. VTD = acarretar, trazer consequência Teu nervosismo

implicou a tua reprovação.

II. VTI (com) = contender Ela implica muito com o seu

irmão.

III. VTI (em) = pronominal Implicou-se em situações

delicadas.

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Na alternativa A, o sentido do verbo implicar é o que

consta no item I; portanto é descabido o emprego da preposição “de” após

ele.

Resposta – B

21. (FCC/TCE-SP/Ag. da Fiscaliz. Financ./2010) Está plenamente adequado

o emprego do elemento sublinhado na frase:

a) Os dois tipos de transformação social com que o autor se refere no

texto correspondem a aspirações populares.

b) A convicção quanto a um direito subtraído é tamanha que há pobres em

cuja crença é a de recuperarem o poder perdido.

c) Ao autor não interessaram tanto as fábulas em si mesmas, mas os

recados profundos, de que se mostrou um sensível intérprete.

Comentário – Em se tratando de regência (nominal ou verbal), não basta

empregar ou não uma preposição; é preciso empregar, se for o caso, a

preposição adequada. Além disso, quando o termo regido for um pronome

relativo – e isso requer de você muita atenção –, a preposição deverá ser

empregada antes dele. Veja os esquemas abaixo.

“com que o autor se refere” (quem se refere se refere a

algo/alguém)

Note, acima, que a preposição exigida pela forma verbal é a

preposição a; o termo regido é o pronome relativo “que” (substituto da

expressão “os dois tipos de transformação social”.

“há pobres em cuja crença é a de recuperarem o poder

perdido”

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Após o relativo “cuja” (que articula os termos “pobres” e

“crença” numa relação de posse/dependência: crença dos pobres), não há

nem verbo, nem nome que exija a preposição “em" empregada antes do

relativo.

“mas os recados profundos, de que se mostrou um sensível

intérprete”

Agora, o nome “intérprete” rege um complemento por meio

da preposição “de” (intérprete de quê?). Esse complemento é o pronome

relativo “que”, substituto da expressão “os recados profundos”.

Resposta – C

22. (FCC/TRT-9ª Região/Técnico Administrativo/2010) “...o manuscrito em

que informavam sobre disputas de gladiadores...”

A expressão pronominal grifada acima preenche corretamente a lacuna

da frase:

(A) Em pequenas cidades, um jornal é o veículo ____ contam os moradores

para obter informações locais.

(B) Seria necessário considerar os avanços da tecnologia ____ os

tradicionais jornais se adaptem às necessidades de um mundo

moderno.

(C) O grupo controlador de um jornal é sempre aquele ____ se exige

especialmente compromisso com a ética e a verdade.

(D) As manchetes, ____ atraem leitores, nem sempre apontam para fatos

verdadeiramente relevantes para a maioria.

(E) O editorial trata de questões ____ são expostas as linhas de

pensamento e a posição crítica do corpo diretivo de um jornal.

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Comentário – Alternativa A: a forma verbal “contam” pede a preposição

com para reger seu complemento (quem conta conta com algo); este é

representado pelo pronome relativo “que”. Portanto a expressão pronominal

adequada é com que: ... jornal é o veículo com que contam os

moradores...

Alternativa B: aqui a ideia é de finalidade, por isso a

preposição a ser empregada é para: ...considerar os avanços da tecnologia

para que os tradicionais jornais se adaptem...

Alternativa C: agora o verbo exigir pediu preposição de

(exigir algo de alguém).

Alternativa D: diferentemente dos casos anteriores, o verbo

atrair (quem atrai atrai algo) não reclama preposição para reger seu

complemento. Então, basta o emprego do pronome relativo que: As

manchetes, que atraem leitores...

Alternativa E: se você se perguntar onde ou em que lugar

são expostas as linhas de pensamento e a posição crítica do corpo diretivo

de um jornal, perceberá facilmente a necessidade da preposição “em” para

dar coesão ao segmento: O editorial trata de questões em que são

expostas...

Resposta – E

23. (FCC/TRE-AC/Técnico Administrativo/2010) ...A República, em que

todos se tornaram juridicamente brancos, sucedeu a monarquia...

A expressão pronominal grifada acima completa corretamente a lacuna

da frase:

(A) As cenas de alegria, ____ torcedores agitavam bandeiras, ficaram

gravadas na memória de todos.

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(B) Apesar dos esforços para a conquista do título ____ todos sonhavam, a

equipe foi eliminada do torneio.

(C) A vitória naquele jogo, importante ____ a equipe disputasse o título de

campeã, tornou-se o objetivo maior do técnico.

(D) Diante das expressivas vitórias no campeonato, nenhum jogador entrava

em campo ____ fosse aplaudido pela torcida.

(E) Os jogadores ____ todos se lembram são aqueles que trouxeram

grandes alegrias para a torcida.

Comentário – Alternativa A: você concorda que podemos reescrever a

oração adjetiva da seguinte maneira: torcedores agitavam bandeiras nas

cenas de alegria? Sim, é isso mesmo! Observe que a preposição em (“nas”

= em + as) surge regendo o termo “cenas de alegria”. Este termo é

representado pelo pronome relativo que no trecho proposto pelo

examinador: As cenas de alegria, em que torcedores agitavam bandeiras...

Esta é a opção correta.

Alternativa B: o verbo sonhar requer a preposição com

(quem sonha sonha com algo): ...para a conquista do título com que todos

sonhavam...

Alternativa C: a vitória era importante para quê? Perceba

que é a preposição para (e não a preposição em) que dá coesão ao

segmento e, quanto ao sentido, imprime ideia de finalidade. Então, o

preenchimento da lacuna deve ser feito da seguinte forma: ...importante

para que a equipe disputasse o título de campeã...

Alternativa D: agora a preposição adequada é sem (ideia

de ausência, falta): ...nenhum jogador entrava em campo sem que fosse

aplaudido pela torcida.

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Alternativa E: quem se lembra se lembra de, não é

mesmo? Logo, é a preposição de que deve reger o complemento verbal, que

é retomado pelo pronome relativo: Os jogadores de que todos se lembram...

Resposta – A

CRASE

Como regra geral, toda vez que um termo regente (seja nome,

seja verbo) exigir preposição A e o termo regido vier determinado pelo

artigo feminino A(S), a crase surgirá e deverá ser indicada pelo acento

grave (`), como no exemplo acima. Analisemos algumas questões de

provas.

24. (FCC/DNOCS/Agente Administrativo/2010) Muitos consumidores não se

mostram atentos ...... necessidade de sustentabilidade do ecossistema

e não chegam . .... boicotar empresas poluentes; outros se queixam de

falta de tempo para se dedicarem . .... alguma causa que defenda o

meio ambiente.

As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas,

respectivamente, por

a) à - a - a

b) à - a - à

c) à - à - a

d) a - a - à

e) a - à - à

Comentário – Primeira lacuna: o termo regente “atentos” é um nome trans-

itivo que exige complemento regido pela preposição a; o termo regido é um

substantivo feminino que admite o artigo a. Estando satisfeitas as

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condições para a ocorrência da crase, ela deve ocorrer: à. Vou lhe dar uma

dica de ouro: troque a palavra feminina por uma masculina; se você usa

ao(s) para o masculino, use à(s) para o feminino. Observe: “...atentos

ao necessitado...” > “...atentos à necessidade...”.

Segunda lacuna: a crase não ocorre antes verbo

(“boicotar”): Começou a chover. O “a” é somente preposição.

Terceira lacuna: a crase não ocorre antes de pronomes

indefinidos (“alguma”): Ofereci um presente a alguém desta sala. O

“a” é apenas preposição.

Resposta – A

25. (FCC/TRE-AM/Técnico Judiciário/2010) Sem nada perguntar . ....

ninguém, o rapaz dirigiu-se . .... um canto da sala, ...... espera de ser

chamado pela atendente.

a) a - a - a

b) a - a - à

c) a - à - à

d) à - à - a

e) à - a - a

Comentário – Primeira lacuna: a crase não ocorre antes de pronomes

indefinidos (“ninguém”). O “a” é apenas preposição.

Segunda lacuna: a crase não ocorre antes de artigo

indefinido (“um”): Concedeu a bolsa de estudos a uma menina pobre.

Você deve comparar o caso anterior com o caso seguinte, que

constitui uma locução adverbial feminina e obriga o surgimento do acento

grave indicativo de crase: Todos, à uma , aplaudiram a decisão do professor.

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Terceira lacuna: como anunciado, o acento indicativo de

crase deve ser utilizado nas locuções adverbiais femininas,

independentemente da relação entre termo regente e termo regido: Sairás

às pressas.

Resposta – B

26. (FCC/TRT 18ª Região/Técnico Judiciário/2008) ... poluição equivalente à

de 455.000 carros rodando normalmente durante um ano.

(3º parágrafo) O emprego do sinal de crase no período acima pressupõe

a presença de um pronome que substitui a expressão:

a) a carros.

b) a poluição.

c) a fabricação e reciclagem.

d) a gases do efeito estufa.

e) a toneladas de dióxido de carbono.

Comentário – A crase não ocorre antes de palavras masculinas:

Comprou a prazo. / Dei aquela calça a este homem. Assim sendo, descarte

imediatamente as alternativas A e D.

A crase também não ocorre quando o A precede

palavras femininas no plural: Respondeu a cartas pouco elogiosas. Aqui,

existe apenas a preposição a, em decorrência da regência da forma verbal

“Respondeu”. A ausência do artigo feminino plural (as) precedendo o

substantivo “cartas” amplia, generaliza, indetermina o alcance semântico

dele. Em resumo, é o seguinte: nunca use crase na seguinte estrutura:

singular (“a”) + plural (“cartas”). Descarte a opção E.

A alternativa C traz uma proposta que torna a passagem

incoerente (é ilógico pensar em fabricação e reciclagem de 455.000 carros

rodando normalmente).

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Restou a segunda opção: “...equivalente a + a poluição...”

Resposta – B

27. (FCC/TRT 2ª REGIÃO/Analista Judiciário/2009) Atente para as seguintes

frases:

I. Não é possível estabelecer à medida que distancia um notório tímido de

um notório extrovertido.

II. Não assiste às pessoas extrovertidas o privilégio exclusivo de se

fazerem notar; também as tímidas chamam a atenção.

III. Ainda que com isso não se sintam à vontade, os tímidos costumam

captar a atenção de todos.

Justifica-se o uso do sinal de crase SOMENTE em

a) II e III.

b) I e II.

c) I e III.

d) I.

e) III.

Comentário – Item I: o verbo “estabelecer” é transitivo direto. A expressão

“a medida” é o seu objeto direto. Como não existe a exigência da preposição

a, a crase não tem vez.

Notou a maldade da FCC? Ela quis que você raciocinasse em

função da locução conjuntiva “à medida que” (indica proporcionalidade).

Nas locuções conjuntivas femininas o acento grave é obrigatório: À

medida que estudo, mais aprendo. / À proporção que vocês estudam, mais

se aproximam da aprovação.

Item II: o verbo “assiste” (termo regente) no sentido de

cabe é transitivo indireto e rege preposição a. O termo regido “as pessoas

extrovertidas” admite o artigo feminino. Use a dica que eu lhe dei: troque a

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expressão por uma palavra masculina: “...assiste aos homens...”. Então,

lembrou-se da dica de ouro?

Item III: constitui uma locução adverbial feminina, em

que o surgimento do acento grave indicativo de crase é obrigatório. Res-

posta – A

28. (FCC/TRT 7ª Região/Técnico Judiciário/2009) Pela internet, um grupo

de jovens universitários buscou a melhor formar de ajudar ...... vítimas

de enchentes em Santa Catarina, e um deles foi ...... Itapema, disposto

.... colaborar na reconstrução da cidade.

As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas,

respectivamente, por:

a) as - a - à

b) as - a - a

c) às - à - a

d) as - à - à

e) às - a - à

Comentário – Primeira lacuna: o verbo “ajudar” (termo regente) é transitivo

direto; seu complemento (“vítimas”) não é regido por preposição. O vocábulo

“as” é apenas artigo.

Segunda lacuna: com nome de lugar, a crase ocorrerá se

você puder aplicar a seguinte dica: vai A e volta da, crase há. Por outro

lado, não haverá crase se a dica que dei não se concretizar: vai A e volta

DE, crase para que?. Agora aplique esse ensinamento no caso concreto: vai

a Itapema, volta de Itapema. Conclui-se que não há crase.

Terceira lacuna: não há crase antes de verbo, conforme já

foi falado aqui.

Resposta – B

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29. (FCC/TRT 15ª Região/Técnico Judiciário/2009)

A frase inteiramente correta quanto ao emprego ou ausência do sinal de

crase é:

a) O ensino permanente deve oferecer às pessoas os meios de superar

obstáculos, para atingir os objetivos a que se propõem.

b) Apesar da obrigatoriedade de crianças entre 7 e 14 anos irem a escola,

boa parte delas é incapaz de escrever um bilhete à um amigo.

c) Atender a todas as crianças, tornando-as capacitadas à uma vida digna

e confortável, deve ser o objetivo maior de uma escola.

d) Uma educação de qualidade oferece à qualquer pessoa as condições

essenciais à entrada ou à permanência no mercado de trabalho.

e) A medida que se avança na melhoria do sistema de ensino, é possível

oferecer boas condições de trabalho à muitas pessoas.

Comentário – Alternativa A: em “oferecer às pessoas”, o verbo é

bitransitivo e pediu a preposição a para reger o objeto indireto; o

substantivo “pessoas” admitiu o artigo as.

Preciso comentar a passagem “a que se propõem”. É

necessário ter cuidado com os pronomes relativos QUE e A QUAL. Em

relação ao primeiro, a crase ocorrerá se o termo anterior a ele (seja verbo,

seja nome) reger preposição A e o termo seguinte for um dos pronomes

demonstrativos A(S), AQUELA(S), AQUELE(S), AQUILO

Dirigi-me às que estavam de serviço na recepção.

Perceba que existe a contração da preposição A, exigida

pelo verbo DIRIGIR-SE, com o pronome demonstrativo AS (= aquelas).

Sou favorável à que chegou primeiro.

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Em relação ao pronome relativo A QUAL, a crase surgirá

se o termo posterior a ele reger preposição A, que deverá ocupar posição

imediatamente anterior ao pronome, contraindo-se com o A inicial que o

integra.

A festa à qual nos dirigimos começará agora.

Alternativa B: no segmento “irem a escola”, é possível não

empregar a crase, por atribuir ao substantivo “escola” valor semântico

indefinido: Cristo não fazia jus a morte tão humilhante. No segmento

“escrever um bilhete à um amigo”, a crase não existe, visto que se está

diante de artigo indefinido.

Alternativa C: também no segmento “capacitadas à uma

vida digna”, a crase não ocorre, pois o vocábulo “uma” é artigo indefinido.

Alternativa D: em “oferece à qualquer pessoa”, a crase

também não existe, pois o pronome “qualquer” é indefinido.

Alternativa E: a locução conjuntiva feminina “a medida

que” deve receber o acento grave: à medida que. Além desse erro, há

outro: nunca use crase na seguinte estrutura: singular (“a”) + plural

(“muitas”): a muitas.

Resposta – A

30. (FCC/TRE-PI/Técnico Judiciário/2009) Está correto o emprego ou a

ausência do sinal de crase na frase:

a) Consumidores menos abastados, com menor poder de negociação,

submetem-se as exigências dos credores a fim de obterem crédito.

b) Lado a lado com as conquistas econômicas, os estratos sociais mais

baixos ascenderam a uma classe social superior.

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c) Os produtos destinados à classes sociais de maior poder aquisitivo

estão a disposição da classe C, por conta do crédito fácil.

d) O poder público busca atender, à todo momento, com medidas

pertinentes, as necessidades das classes mais desfavorecidas.

e) A mídia estampa de maneira persuasiva e à qualquer hora produtos

destinados à uma classe emergente cada vez maior.

Comentário – Alternativa A: o verbo submeter-se (termo regente) requer

preposição a para reger seu complemento; o substantivo “exigências” admiti

o artigo as. Estando satisfeitas as condições para a ocorrência da crase, o

acento grave deve ser empregado: “submetem-se às exigências”.

Alternativa B: construção correta. Em “Lado a lado”, a crase

não ocorre porque a preposição a se encontra entre palavras idênticas.

Veja outro exemplo: Perdeu o gol cara a cara com o goleiro. A crase

também não ocorre antes de artigo indefinido: “ascenderam a uma

classe social superior”.

Alternativa C: nunca use crase na seguinte estrutura:

singular + plural; repare o erro: “destinados à classes sociais”. Já no

segmento “a disposição da classe C” faltou o acento grave, que ocorre

obrigatoriamente nas locuções prepositivas femininas. Veja outros

exemplos: Vivia às expensas do (de + o) tio. / A polícia saiu à procura da

(de + a) quadrilha.

Alternativas D e E: a crase não ocorre diante de palavra

masculina nem de sentido indefinido: “à todo momento”; “à qualquer

hora”; “destinados à uma classe emergente”.

Resposta – B

31. (FCC/TRE-PI/Analista Judiciário/2009) A frase inteiramente correta,

considerando-se a presença ou a ausência do sinal de crase, é:

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a) A mentira, mesmo justificada por certas circunstâncias, pode ser

desmascarada à qualquer momento, à vista dos fatos apresentados.

b) Submetida a avaliação da opinião popular, a política deve pautar-se

pela lisura e pela veracidade voltadas para à resolução de conflitos.

c) Quanto a defesa da ética, ela é sempre necessária, à fim de que a ação

política seja vista como verdadeira representação da vontade popular.

d) Os governados, como preceituam as normas democráticas, têm direito

a informações exatas e submetidas à verdade dos fatos.

e) A verdade dos fatos políticos está subordinada, segundo pensadores, à

uma lógica particular, à depender dos objetivos do momento.

Comentário – Alternativa A: a crase não ocorre diante de palavra de

sentido indefinido: “desmascarada à qualquer momento”. Por outro lado,

está bem empregado o acento grave no segmento “à vista dos fatos

apresentados”, por se tratar de uma locução prepositiva feminina: “à

vista de”.

Alternativa B: lembra-se daquela dica de ouro? Vamos

aplicá-la ao caso seguinte: “Submetida a avaliação” > “Submetida ao

avaliador”. Pronto, está constatada a ocorrência da crase, que não foi

indicada pela FCC.

Analise agora a próxima construção: “voltadas para à

resolução”. A crase não ocorre com outra preposição que não seja a ou

até. Veja outros exemplos: Ele o esperava desde as oito horas. / O trabalho

ficará pronto após as seis horas. Quando o a (artigo) vem precedido pela

preposição até, a crase é facultativa.

Correu até a (à) árvore.

Se pensarmos na frase Correu até o poste, por exemplo,

perceberemos que a preposição a (“...até ao poste”) não foi empregada

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comcomitantemente à preposição “até”. Daí vem a alegação de que o

emprego da preposição a é facultativo em casos semelhantes.

Alternativa C: aplique a dica de ouro no segmento

“Quanto a defesa” “Quanto ao defensor”. Se você usa ao(s) para o

masculino, deve usar à(s) para o feminino: “Quanto à defesa”. Já a locução

prepositiva “à fim de” não recebe crase, pois a base é uma palavra

masculina “[o] fim”. Que fique bem claro que, com as locuções

prepositivas, conjuntivas e adverbiais, a crase só ocorre se a base for

uma palavra feminina: à vista/a prazo – à medida que/a não ser que – à

procura de/a propósito de.

Alternativa E: em “subordinada (...) à uma lógica

particular”, o acento grave não deve ser empregado, pois a crase não ocorre

diante de palavra de sentido indefinido (“uma” = artigo indefinido). A

crase também não ocorre diante de verbo; perceba o erro: “à depender dos

objetivos do momento”.

Resposta – D

32. (FCC/TCE-SP/Auxiliar de Fiscalização Financeira/2010) A alimentação

diária, ____ base de feijão com arroz, fornece ____ população brasileira

os nutrientes necessários ____ uma boa saúde.

As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas,

respectivamente, por:

(A) a - à - à

(B) à - a - a

(C) à - à - a

(D) a - a - à

(E) à - à – à

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Comentário – A base da locução prepositiva à base de é o substantivo

feminino base, o que justifica o emprego do acento grave. Elimine as letras

A e D.

O verbo fornecer foi usado como bitransitivo (fornecer algo

a alguém). Como seu objeto indireto (“a população”) é regido pela

preposição a e se faz acompanhar pelo artigo feminino a, a crase (fusão de

sons iguais) surge naturalmente: ...fornece à população... Na dúvida, troque

o substantivo feminino “população” por um substantivo masculino: ...fornece

ao povo... Se você usa ao para o masculino, deve usar à para o

feminino. Elimine a letra B.

Por fim, não ocorre crase com palavra de sentido

indefinido – “uma” é artigo indefinido. Elimine a letra E.

Resposta – C

33. (FCC/TRF 5ª Região/Analista Judiciário/2008) Há rigorosa observância

das normas que determinam o uso do sinal de crase em:

a) A medida que afere o otimismo pode também avaliar o pessimismo,

pois àquela ou à esta sensação corresponde alguma dose de idealismo.

b) O texto não nos leva à paradoxos gratuitos, mas à necessidade de

reconhecer uma intersecção entre o otimismo e o pessimismo.

c) Cabe às pessoas decidir, à cada experiência, se lhes convém entregar-

se à determinada sensação, a determinado humor.

d) O otimismo não fica à léguas do pessimismo; tendem ambos à

convergir, conforme comprovam nossas próprias experiências.

e) Não assiste às ciências positivas o direito de aspirar à definição cabal da

fronteira entre o pessimismo e o otimismo.

Comentário – Alternativa A: a locução feminina conjuntiva à medida

que deve receber o acento grave. Observe que a FCC não o empregou. Em

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relação ao segmento que surge depois da vírgula, melhor é reescrevê-lo na

ordem direta: “pois alguma dose de idealismo corresponde àquela ou à esta

sensação”. Realmente, o verbo “corresponde” requer preposição a para

reger seus complementos (corresponde a quê?). Essa preposição, ao se unir

ao a inicial do pronome demonstrativo “aquela”, dá origem ao fenômeno

linguístico conhecido como crase: “àquela’. Todavia, a crase não ocorre

antes dos pronomes demonstrativos esta, essa. Veja outro exemplo:

Chegamos a esta cidade há cinco anos.

Alternativa B: eu já disse aqui que a crase não ocorre na

estrutura singular + plural. Perceba o erro da FCC: “à paradoxos”. Mesmo

que você tivesse se esquecido desse ensinamento, bastaria perceber que a

palavra “paradoxos” é masculina, o que também impede a ocorrência da

crase.

Quanto ao último caso, preste atenção no que vou lhe dizer.

Antes de nomes masculinos, a crase só irá ocorrer se pudermos subentender

as expressões moda de, maneira de:

Cortou cabelo à (maneira de) príncipe Danilo.

Usava sapatos à (moda de) Luís XV.

Alternativa C: não há crase antes de palavras de sentido

indefinido: “à cada experiência”, esse é um dos erros da terceira opção. O

outro é o uso do acento grave no segmento “entregar-se à determinada

sensação, a determinado humor”. Essa veio de graça!!! Repare que, logo a

seguir, a banca utilizou uma expressão masculina sem a ocorrência de ao.

Bem, se não ocorreu ao para o masculino, também não deveria ter ocorrido

à para o feminino.

Alternativa D: “à léguas” não há crase na estrutura

singular + plural. Ela também não ocorre antes de verbo: “à convergir”.

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Não é raro as bancas usarem a expressão a partir de com crase: “à partir

de”. Cuidado!!! O acento grave não deve ser usado.

Resposta – E

34. (FCC/TRT-20ª Região/Técnico em Informática/2010) Exportadores

brasileiros lançaram-se ____ conquista de vários mercados

internacionais, após ____ modernização do setor agropecuário, que

passou a oferecer ____ esses mercados produtos de qualidade

reconhecida.

As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas,

respectivamente, por

(A) à - a - a

(B) à - a - à

(C) a - a - à

(D) a - à - à

(E) à - à – a

Comentário – Para preencher a primeira lacuna, utilize o artifício de

substituir a palavra feminina “conquista” por uma de gênero masculino:

lançaram-se ao projeto. Se você usa ao para o masculino, deve usar à

para o feminino. Despreze as letras C e D.

Na segunda lacuna, a crase não tem vez. A crase, quando

ocorre, é a fusão entre a e a. No segmento “após a”, a preposição “após”

afasta essa possibilidade. Elimine a opção E.

Na última lacuna, a crase é proibida também. Não existe

crase antes dos demonstrativos esse, este, isto e variações. A letra B

também não serve como resposta.

Resposta – A

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35. (ESAF/ANA/Analista e Especialista/2009) Em relação ao texto abaixo,

assinale a opção incorreta.

O tratamento de esgotos é fundamental para qualquer

programa de despoluição das águas. Em grande parte

das situações, a viabilidade econômica das estações

de tratamento de esgotos (ETE) é reconhecidamente

5 reduzida, em razão dos altos investimentos iniciais

necessários à sua construção e, em alguns casos,

dos altos custos operacionais. (...)

(http://www.ana.gov.br/prodes/prodes.asp)

O emprego do sinal indicativo de crase em “à sua construção”(ℓ.6) é

opcional porque é opcional a presença de artigo definido singular

feminino antes de “sua”.

Comentário – Pronomes possessivos podem mesmo prescindir de artigo.

Um caso típico, por exemplo, é a expressão “a minha mão”, que pode ser

pronunciada sem o artigo: “minha mão”. Portanto a crase diante de

pronome possessivo pode não ocorrer. Mas aqui devemos tomar bastante

cuidado e distinguir pronome possessivo adjetivo de pronome

possessivo substantivo. O primeiro sempre acompanha o substantivo; o

segundo o substitui. Veja:

Aquele caderno é parecido com o meu

No segundo caso, o artigo surge e a crase,

consequentemente, é obrigatória. Compare:

Sou favorável a nossa proposta e não à sua.

Resposta – Item certo.

Subst. Pron. Subst. Pron. Adjet.

Subst. Pron. Subst. Pron. Adjet.

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36. (FCC/TRT-9ª Região /Técnico Administrativo/2010) A erupção de um

vulcão provocou perdas _____ economia europeia bem superiores ____

trazidas pelos atentados terroristas de 2001, fato que obrigou a ONU

____ criar um plano internacional de redução dos riscos de acidentes.

As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas,

respectivamente, por:

(A) a - aquelas - a

(B) a - àquelas - à

(C) à - aquelas - a

(D) à - aquelas - à

(E) à - àquelas - a

Comentário – Na primeira lacuna, a crase decorre da fusão entre a

preposição a exigida pelo verbo “provocou” (provocou algo a alguém) e o

artigo feminino a que acompanha o substantivo “economia”: a + a = à.

Você já pode desprezar as alternativas A e B.

Na segunda lacuna, a crase surge porque o adjetivo

“superiores” exige a preposição a para reger seu complemento nominal

(superiores a quê?) e esta se funde ao a inicial do pronome demonstrativo

“aquelas”: a + aquelas= àquelas. Pronto, elimine as alternativas C e D.

Finalmente, vamos analisar a última sentença. Como o

complemento indireto do verbo obrigar (obrigar alguém a fazer algo) é

constituído por verbo, a crase não tem vez diante dele.

Resposta – E

Chegamos ao final desta aula. Espero que ela tenha sido

produtiva para você. Com um pouco mais de calma, tente refazer cada

exercício proposto aqui. Se as dúvidas persistirem, escreva-me.

Fique com Deus e bons estudos!

Professor Albert Iglésia

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QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS

1. (FCC/TRT 7ª Região/Analista Judiciário/2009) Está correto o emprego

do elemento sublinhado na frase:

Os impulsos missionários, de que o autor não se mostra carente,

poderiam levá-lo a combater a fome do mundo.

2. (FCC/TRT 7ª Região/Técnico Judiciário/2009) A busca por explicações

para os diversos matizes da personalidade ... (início do texto)

A mesma regência assinalada acima NÃO está caracterizada na

expressão:

a) a influência dos hábitos e do estilo de vida.

b) na formação da personalidade.

c) produto apenas do ambiente.

d) uma reação à série de barbaridades.

e) em vários países da Europa.

3. (FCC/TJ-PI/Analista Judiciário/2009) Está correto o emprego do

elemento sublinhado na frase:

a) Os operadores controlam um capital especulativo, em cujos

rendimentos representam uma incógnita.

b) São impulsos eletrônicos, sobre os quais há pouco ou nenhum controle,

que comandam as operações das bolsas.

c) Os operadores das bolsas preferem apostar do que investir dinheiro em

empreendimentos mais produtivos.

d) A idade dos operadores das bolsas sugere o ímpeto de que as

operações de investimento são executadas.

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e) Os adeptos da física quântica julgam que o acaso é também um

princípio, do qual o comportamento da matéria não é alheio.

4. (FCC/TRT 4ª REGIÃO/Analista Judiciário/2009) Está correto o emprego

do elemento sublinhado na frase:

A produção e difusão de imagens constituem operações em que hoje

todos têm fácil acesso.

5. (FCC/TRT 3ª Região/Analista Judiciário/2009) Está correto o emprego

do elemento sublinhado na frase:

Cláudio realizou várias aproximações de cujos riscos era consciente.

6. (Cespe/IRBr/Diplomata/2009)

O que é o que é?

1 Se recebo um presente dado com carinho por pessoa

de quem não gosto — como se chama o que sinto? Uma

pessoa de quem não se gosta mais e que não gosta mais da

4 gente — como se chama essa mágoa e esse rancor? Estar

ocupado, e de repente parar por ter sido tomado por uma

desocupação beata, milagrosa, sorridente e idiota — como se

7 chama o que se sentiu? O único modo de chamar é perguntar:

como se chama? Até hoje só consegui nomear com a própria

pergunta. Qual é o nome? e é este o nome.

Clarice Lispector. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p. 199.

No título do texto, as duas ocorrências da forma verbal “é” são

sintaticamente equivalentes.

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7. (FCC/TRE-AL/Técnico Judiciário/2010) ... a sua capacidade de encarnar

valores e princípios...

A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento que o grifado

acima é:

a) Mas ela contribui para a formação da própria essência da democracia ...

b) Afinal, a democracia repousa sobre a ficção ...

c) O consentimento de todos seria a única garantia indiscutível ...

d) ... mais as sociedades produzem conflitos ...

e) ... e necessitam de lideranças ...

8. (FCC/TRE-AM/Técnico Judiciário/2010) ... a Amazônia representa mais

da metade do território brasileiro ... (2º parágrafo).

A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento exigido pelo

verbo grifado acima é:

a) Essa visão mudou bastante nas últimas duas décadas ...

b) O vapor de água (...) responde por 60% das chuvas...

c) ... que caem nas regiões Norte, Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil.

d) ... pois o destino da região depende muito mais de seus habitantes.

e) ... porque terão orgulho de sua riqueza natural, única no mundo.

9. (FCC/TRF 4ª Região/Analista Judiciário/2010) Houve muitas discussões

sobre medidas para se minimizar o aquecimento global, já que todos

consideram o aquecimento global uma questão crucial para a

humanidade, embora poucos tomem medidas concretas para reduzir o

aquecimento global, não havendo sequer consenso quanto às verbas

necessárias para mitigar os efeitos do aquecimento global.

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Evitam-se as viciosas repetições do período acima substituindo-se os

elementos sublinhados, na ordem dada, por:

a) consideram-lhe - o reduzir - mitigar-lhe seus efeitos

b) lhe consideram - reduzi-lo - mitigá-los aos efeitos

c) o consideram - reduzi-lo - mitigar-lhe os efeitos

d) consideram-no - reduzir-lhe - mitigar-lhes os efeitos

e) o consideram - reduzir-lhe - mitigar-lhe os efeitos

10. (FCC/TRE-AL/Técnico Judiciário/2010) ... encarregadas de fazer com que

as rotinas administrativas essenciais à vida em comum sejam realizadas

com certa eficiência e autonomia. (final do texto)

A expressão grifada acima preenche corretamente a lacuna da frase:

a) Muitos políticos duvidavam . .... fosse possível chegar a um consenso

naquela questão.

b) A prática política . .... os idealistas sonhavam mostrou-se ineficaz

diante de tantos conflitos.

c) O regime democrático, . .... são respeitadas as liberdades individuais,

foi finalmente restabelecido naquele país.

d) Esperava-se apenas a publicação oficial das normas . ..... se marcasse a

data das eleições.

e) Nem sempre, em um regime democrático, são tomadas as decisões

..... a maioria espera.

11. (FCC/TJ-AP/Analista Judiciário/2009) Está correto o emprego de ambos

os elementos sublinhados na frase:

a) Otário é você, que confia de que Obama faça um governo competente,

de cujo não há ainda qualquer indício.

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b) Prefira-se morar em Beverly Hills do que morar em Darfur; a esta

região falta tudo o que aquela não falta.

c) Esses doutores, de cujo pessimismo todos conhecem, estão sempre

aplicados com a difusão fascinada dos horrores.

d) É como se a barbárie e a crueldade, às quais esses doutores assistem

com indiferença, fossem fenômenos cujo horror devesse ser

naturalizado.

e) O autor está convicto que tais doutores representam um radical

pessimismo, de cujo parecem orgulhar-se de ostentar.

12. (FCC/TRE-AM/Técnico Judiciário/2010) O funcionário . ... o chefe se

dirigiu era a pessoa ...... todos confiavam.

a) para quem - em que

b) em que - com quem

c) por quem - de que

d) a quem - em quem

e) de quem - a quem

13. (FCC/TRT 18ª Região/Técnico Judiciário/2008) Pensam em novas

formas de suprimento de energia ... (3º parágrafo)

O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima

está na frase:

a) Durante milênios convivemos com a convicção...

b) Há outros ângulos do problema ...

c) ... que entopem as caixas de recepção de mensagens no mundo ...

d) ... que a própria ONU criou diretrizes mundiais ...

e) ... se haverá um limite para a internet ...

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14. (FCC/TRT 18ª Região/Técnico Judiciário/2008) Ganhos maiores também

resultam em novos hábitos ... (início do 4º parágrafo)

O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima

está na frase:

a) A agricultura brasileira pode produzir mais ...

b) ... que diminuíram depois de episódios de seca ...

c) ... foi o aumento do uso do milho nos EUA para a produção de etanol.

d) ... os exportadores têm obtido ganhos comerciais significativos.

e) ... para se ajustar às novas conjunturas.

15. (FCC/TJ-PI/Técnico Judiciário/2009) O Código de Defesa do Consumidor

(CDC) atingiu sua maioridade plena em março de 2009 ... (início do

texto)

O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima

está na frase:

a) ... serviu de inspiração para muitos países na construção de suas leis.

b) ... que tanto os consumidores quanto as empresas estão mais

conscientes e seletivos ...

c) ... que a sociedade brasileira conta com mecanismos jurídicos

adequados ...

d) ... para aprimorar seu canal de comunicação com a clientela.

e) ... pois ele é fonte de sustentabilidade para a sobrevivência de qualquer

fornecedor.

16. (FCC/TRT 3ª Região/Analista Judiciário/2009) ... que prevalece no

conhecimento do torcedor comum sobre os dados históricos. (3º

parágrafo)

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A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento que o grifado

acima é:

a) ... que homogeneíza todos os indivíduos.

b) ... o sentimento tribal é muito forte ...

c) ... acompanha o indivíduo por toda vida ...

d) ... que (...) participam no rito das danças guerreiras.

e) ... e estão espalhados por vários locais.

17. (FCC/TJ-SE/Analista Judiciário/2009) Invenções? Sempre houve

invenções, assim como sempre houve quem interpretasse as invenções

como lampejos de gênio, porém é mais sensato que não se atribuam às

invenções características milagrosas.

Evitam-se as viciosas repetições do texto acima substituindo-se os

elementos sublinhados, na ordem dada, por:

a) houve elas ? lhes interpretasse ? não se as atribuam

b) houve-as ? as interpretasse ? não atribuam-se-lhes

c) houve estas ? lhes interpretasse ? não lhes atribuam

d) as houve ? intepretasse-lhes ? se não lhes atribuam

e) as houve ? as interpretasse ? não se lhes atribuam

18. (FCC/TRT 7ª Região/Técnico Judiciário/2009) Órgãos públicos,

entidades não-governamentais e até mesmo internautas engajados

aderiram à novidade ... (1º parágrafo)

A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento que o do

grifado acima é:

a) ... que o governo havia fraudado as votações.

b) ... e, cada vez mais, interagem com as chamadas redes sociais.

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c) Alguns movimentos ecológicos nasceram em redes...

d) Seu sucesso impulsiona o debate sobre o uso de redes sociais na

internet ...

e) ... intensificando contato direto com eles.

19. (FCC/TRE-PI/Analista Judiciário/2009) Esta tradição trabalha a ação

política como uma ação estratégica ... (1º parágrafo)

A frase em que o verbo exige o mesmo tipo de complemento que o

grifado acima é:

a) ... que identifica no predomínio do conflito o cerne dos fatos políticos.

b) Neste contexto, política é guerra ...

c) Recorrendo a metáforas do reino animal ...

d) ... que obedece aos consagrados preceitos do "não matar" e do "não

mentir" ...

e) ... que a fraude é mais importante do que a força ...

20. (FCC/TCM-CE/ACE/2010) Está clara e correta a redação deste livre

comentário sobre o texto:

a) O fato de haver tanta rotina numa repartição não implica de que um

funcionário não deixe de cumprir seu ofício de escritor criativo.

b) O cronista sugere que mesmo o tédio que marca a vida de uma

repartição pública pode ser um impulso para a criação literária.

21. (FCC/TCE-SP/Ag. da Fiscaliz. Financ./2010) Está plenamente adequado

o emprego do elemento sublinhado na frase:

a) Os dois tipos de transformação social com que o autor se refere no

texto correspondem a aspirações populares.

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b) A convicção quanto a um direito subtraído é tamanha que há pobres em

cuja crença é a de recuperarem o poder perdido.

c) Ao autor não interessaram tanto as fábulas em si mesmas, mas os

recados profundos, de que se mostrou um sensível intérprete.

22. (FCC/TRT-9ª Região/Técnico Administrativo/2010) “...o manuscrito em

que informavam sobre disputas de gladiadores...”

A expressão pronominal grifada acima preenche corretamente a lacuna

da frase:

(A) Em pequenas cidades, um jornal é o veículo ____ contam os moradores

para obter informações locais.

(B) Seria necessário considerar os avanços da tecnologia ____ os

tradicionais jornais se adaptem às necessidades de um mundo

moderno.

(C) O grupo controlador de um jornal é sempre aquele ____ se exige

especialmente compromisso com a ética e a verdade.

(D) As manchetes, ____ atraem leitores, nem sempre apontam para fatos

verdadeiramente relevantes para a maioria.

(E) O editorial trata de questões ____ são expostas as linhas de

pensamento e a posição crítica do corpo diretivo de um jornal.

23. (FCC/TRE-AC/Técnico Administrativo/2010) ...A República, em que

todos se tornaram juridicamente brancos, sucedeu a monarquia...

A expressão pronominal grifada acima completa corretamente a lacuna

da frase:

(A) As cenas de alegria, ____ torcedores agitavam bandeiras, ficaram

gravadas na memória de todos.

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(B) Apesar dos esforços para a conquista do título ____ todos sonhavam, a

equipe foi eliminada do torneio.

(C) A vitória naquele jogo, importante ____ a equipe disputasse o título de

campeã, tornou-se o objetivo maior do técnico.

(D) Diante das expressivas vitórias no campeonato, nenhum jogador entrava

em campo ____ fosse aplaudido pela torcida.

(E) Os jogadores ____ todos se lembram são aqueles que trouxeram

grandes alegrias para a torcida.

24. (FCC/DNOCS/Agente Administrativo/2010) Muitos consumidores não se

mostram atentos ...... necessidade de sustentabilidade do ecossistema

e não chegam . .... boicotar empresas poluentes; outros se queixam de

falta de tempo para se dedicarem . .... alguma causa que defenda o

meio ambiente.

As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas,

respectivamente, por

a) à - a - a

b) à - a - à

c) à - à - a

d) a - a - à

e) a - à - à

25. (FCC/TRE-AM/Técnico Judiciário/2010) Sem nada perguntar . ....

ninguém, o rapaz dirigiu-se . .... um canto da sala, ...... espera de ser

chamado pela atendente.

a) a - a - a

b) a - a - à

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c) a - à - à

d) à - à - a

e) à - a - a

26. (FCC/TRT 18ª Região/Técnico Judiciário/2008) ... poluição equivalente à

de 455.000 carros rodando normalmente durante um ano.

(3º parágrafo) O emprego do sinal de crase no período acima pressupõe

a presença de um pronome que substitui a expressão:

a) a carros.

b) a poluição.

c) a fabricação e reciclagem.

d) a gases do efeito estufa.

e) a toneladas de dióxido de carbono.

27. (FCC/TRT 2ª REGIÃO/Analista Judiciário/2009) Atente para as seguintes

frases:

I. Não é possível estabelecer à medida que distancia um notório tímido de

um notório extrovertido.

II. Não assiste às pessoas extrovertidas o privilégio exclusivo de se

fazerem notar; também as tímidas chamam a atenção.

III. Ainda que com isso não se sintam à vontade, os tímidos costumam

captar a atenção de todos.

Justifica-se o uso do sinal de crase SOMENTE em

a) II e III.

b) I e II.

c) I e III.

d) I.

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e) III.

28. (FCC/TRT 7ª Região/Técnico Judiciário/2009) Pela internet, um grupo

de jovens universitários buscou a melhor formar de ajudar ...... vítimas

de enchentes em Santa Catarina, e um deles foi ...... Itapema, disposto

.... colaborar na reconstrução da cidade.

As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas,

respectivamente, por:

a) as - a - à

b) as - a - a

c) às - à - a

d) as - à - à

e) às - a - à

29. (FCC/TRT 15ª Região/Técnico Judiciário/2009) A frase inteiramente

correta quanto ao emprego ou ausência do sinal de crase é:

a) O ensino permanente deve oferecer às pessoas os meios de superar

obstáculos, para atingir os objetivos a que se propõem.

b) Apesar da obrigatoriedade de crianças entre 7 e 14 anos irem a escola,

boa parte delas é incapaz de escrever um bilhete à um amigo.

c) Atender a todas as crianças, tornando-as capacitadas à uma vida digna

e confortável, deve ser o objetivo maior de uma escola.

d) Uma educação de qualidade oferece à qualquer pessoa as condições

essenciais à entrada ou à permanência no mercado de trabalho.

e) A medida que se avança na melhoria do sistema de ensino, é possível

oferecer boas condições de trabalho à muitas pessoas.

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30. (FCC/TRE-PI/Técnico Judiciário/2009) Está correto o emprego ou a

ausência do sinal de crase na frase:

a) Consumidores menos abastados, com menor poder de negociação,

submetem-se as exigências dos credores a fim de obterem crédito.

b) Lado a lado com as conquistas econômicas, os estratos sociais mais

baixos ascenderam a uma classe social superior.

c) Os produtos destinados à classes sociais de maior poder aquisitivo

estão a disposição da classe C, por conta do crédito fácil.

d) O poder público busca atender, à todo momento, com medidas

pertinentes, as necessidades das classes mais desfavorecidas.

e) A mídia estampa de maneira persuasiva e à qualquer hora produtos

destinados à uma classe emergente cada vez maior.

31. (FCC/TRE-PI/Analista Judiciário/2009) A frase inteiramente correta,

considerando-se a presença ou a ausência do sinal de crase, é:

a) A mentira, mesmo justificada por certas circunstâncias, pode ser

desmascarada à qualquer momento, à vista dos fatos apresentados.

b) Submetida a avaliação da opinião popular, a política deve pautar-se

pela lisura e pela veracidade voltadas para à resolução de conflitos.

c) Quanto a defesa da ética, ela é sempre necessária, à fim de que a ação

política seja vista como verdadeira representação da vontade popular.

d) Os governados, como preceituam as normas democráticas, têm direito

a informações exatas e submetidas à verdade dos fatos.

e) A verdade dos fatos políticos está subordinada, segundo pensadores, à

uma lógica particular, à depender dos objetivos do momento.

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32. (FCC/TCE-SP/Auxiliar de Fiscalização Financeira/2010) A alimentação

diária, ____ base de feijão com arroz, fornece ____ população brasileira

os nutrientes necessários ____ uma boa saúde.

As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas,

respectivamente, por:

(A) a - à - à

(B) à - a - a

(C) à - à - a

(D) a - a - à

(E) à - à – à

33. (FCC/TRF 5ª Região/Analista Judiciário/2008) Há rigorosa observância

das normas que determinam o uso do sinal de crase em:

a) A medida que afere o otimismo pode também avaliar o pessimismo,

pois àquela ou à esta sensação corresponde alguma dose de idealismo.

b) O texto não nos leva à paradoxos gratuitos, mas à necessidade de

reconhecer uma intersecção entre o otimismo e o pessimismo.

c) Cabe às pessoas decidir, à cada experiência, se lhes convém entregar-

se à determinada sensação, a determinado humor.

d) O otimismo não fica à léguas do pessimismo; tendem ambos à

convergir, conforme comprovam nossas próprias experiências.

e) Não assiste às ciências positivas o direito de aspirar à definição cabal da

fronteira entre o pessimismo e o otimismo.

34. (FCC/TRT-20ª Região/Técnico em Informática/2010) Exportadores

brasileiros lançaram-se ____ conquista de vários mercados

internacionais, após ____ modernização do setor agropecuário, que

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passou a oferecer ____ esses mercados produtos de qualidade

reconhecida.

As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas,

respectivamente, por

(A) à - a - a

(B) à - a - à

(C) a - a - à

(D) a - à - à

(E) à - à – a

35. (ESAF/ANA/Analista e Especialista/2009) Em relação ao texto abaixo,

assinale a opção incorreta.

O tratamento de esgotos é fundamental para qualquer

programa de despoluição das águas. Em grande parte

das situações, a viabilidade econômica das estações

de tratamento de esgotos (ETE) é reconhecidamente

5 reduzida, em razão dos altos investimentos iniciais

necessários à sua construção e, em alguns casos,

dos altos custos operacionais. (...)

(http://www.ana.gov.br/prodes/prodes.asp)

O emprego do sinal indicativo de crase em “à sua construção”(ℓ.6) é

opcional porque é opcional a presença de artigo definido singular

feminino antes de “sua”.

36. (FCC/TRT-9ª Região /Técnico Administrativo/2010) A erupção de um

vulcão provocou perdas _____ economia europeia bem superiores ____

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trazidas pelos atentados terroristas de 2001, fato que obrigou a ONU

____ criar um plano internacional de redução dos riscos de acidentes.

As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas,

respectivamente, por:

(A) a - aquelas - a

(B) a - àquelas - à

(C) à - aquelas - a

(D) à - aquelas - à

(E) à - àquelas - a

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GABARITO

1. Item certo

2. E

3. B

4. Item errado

5. Item certo

6. Item errado

7. D

8. E

9. C

10. B

11. D

12. D

13. A

14. E

15. D

16. D

17. E

18. B

19. A

20. B

21. C

22. E

23. A

24. A

25. B

26. B

27. A

28. B

29. A

30. B

31. D

32. C

33. E

34. A

35. Item certo

36. E

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Olá, prezado aluno!

Após a aula de hoje, nosso curso estará finalizado. Mas agora eu

preciso apontar para você o que a Carlos Chagas poderá exigir na prova ao

tratar de pontuação, redação (confronto e reconhecimento de frases corretas

e incorretas) e intelecção de texto.

Torno a fazer a mesma recomendação: mantenha uma gramática

com você, para revisão da parte teórica no caso de dúvida. Lembre-se de que

este é um curso de exercícios.

PONTUAÇÃO

Ainda que a vírgula seja o sinal com a maior frequência (e isso

justifica a ênfase que darei a ela), neste material você encontrará questões

sobre outros sinais de pontuação.

1. (FCC/2009/TER-PI/Analista Judiciário) Considere o emprego de sinais de

pontuação no trecho abaixo e julgue a assertiva seguinte.

Esta tradição trabalha a ação política como uma ação estratégica que

requer, sem idealismos, uma praxiologia, vendo na realidade resistência e

no poder, hostilidade.

Comentário – De acordo com o contexto, a primeira e a segunda vírgula

isolam segmento de natureza adverbial (“sem idealismos”) intercalado entre o

verbo (“requer”) e o seu objeto direto (“uma praxiologia”); a terceira vírgula

separa oração subordinada adverbial reduzida de gerúndio; a última vírgula

substitui a forma verbal “vendo”. Essa vírgula é conhecida como vicária. Veja

outro exemplo:

No mar há os peixes; no céu, as estrelas... A vírgula substitui a forma verbal “há”

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Resposta – Item certo.

2. (FCC/2010/TCE-SP/Agente da Fiscalização Financeira) Está plenamente

adequada a pontuação em:

Simplórias? Não o são, certamente, essas fábulas, das quais o autor

revelou, para surpresa nossa, uma significação mais profunda.

Comentário – O ponto de interrogação foi usado adequadamente em uma

frase interrogativa direta. Cuidado para não confundir frase com oração.

Aquela necessariamente não precisa de verbo, ao contrário desta. Note ainda

que eu disse “frase interrogativa direta”, pois há frases interrogativas

indiretas, em que o ponto de interrogação é dispensável: Ele perguntou que

horas são.

Chamo a sua atenção para o fato de as duas primeiras

vírgulas estarem isolando adjunto adverbial (“certamente”) que surgiu entre o

sujeito (“esses fábulas”) e o verbo (“são”). Aqui você deve admitir certa

flexibilidade e avaliar criteriosamente as demais alternativas da questão, pois

há muitos gramáticos e escritores que não a empregam quando o termo é

curto; todos, porém, são unânimes em empregar a vírgula quando o adjunto

adverbial for uma oração.

As duas últimas vírgulas têm a mesma função, pois isolam

termo de natureza adverbial que se intercalou entre o verbo “revelou” e o

complemento “uma significação mais profunda”.

Por fim, a vírgula depois de “fábulas” (a terceira) foi

empregada para separar oração (subordinada adjetiva) de natureza

explicativa. Os termos de natureza explicativa – na forma de oração ou não –

vêm destacados por vírgula, travessão ou parênteses.

Resposta – Item certo.

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3. (FCC/2010/DPE-SP/Agente de Defensoria) A pontuação está inteiramente

correta em:

a) Quando prefeito de Palmeira dos Índios Graciliano, nem todos o sabem,

escreveu a propósito de sua gestão, um relatório que se tornou

memorável.

b) Ao caracterizar várias linguagens, correspondentes a vários ofícios, o

autor não deixou de se valer da ironia, essa arma habitual dos céticos.

Comentário – Alternativa A: existem problemas de pontuação aqui. Deveria

haver uma vírgula antes de “Graciliano”, para separar a oração subordinada

adverbial temporal antecipada “Quando prefeito de Palmeira dos Índios,...”.

Além disso, outra vírgula deveria ser utilizada logo após o verbo “escreveu”,

para marcar o isolamento de expressão intercalada entre o verbo e o seu

objeto: “um relatório...”.

Alternativa B: a primeira vírgula marca a antecipação de

oração subordinada de caráter adverbial; a segunda serve para isolar termo de

natureza explicativa; a terceira tem a mesma função, já que a expressão “essa

arma habitual dos céticos” é aposto do substantivo “ironia”.

Resposta – B.

4. (FCC/2010/DPE-SP/Agente de Defensoria) A pontuação está inteiramente

correta:

O autor do texto, até onde se pode avaliar não investe contra a linguagem

técnica se esta é produtiva, mas contra excessos que a tornam ineficaz.

Comentário – É importante perceber que a intercalação de orações deve ser

evidenciada por duas vírgulas, uma antes e outra depois: Creio, disse ele, que

esse é um caso perdido. A falta de uma delas traz prejuízo ao período.

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predicado sujeito

predicado sujeito

sujeito predicado

No caso do item sob análise, a vírgula antes da oração

intercalada acabou causando indevida separação entre o sujeito “O autor do

texto” e o predicado “não investe...”.

Que fique bem claro que não se usa vírgula entre sujeito e

predicado (mesmo quando o sujeito é muito longo ou vem depois do

predicado):

destruíram meu jardim. Ex.: Os pequenos filhotes de vira-lata

Obs.: a intercalação de termos entre o sujeito e o verbo deve ser

marcada por vírgulas, uma antes e outra depois.

, ontem à tarde, decidiram aceitar o projeto do Ex.: Os deputados

presidente da República.

Resposta – Item errado.

5. (FCC/2010/TCE-SP/Agente da Fiscalização Financeira) Está plenamente

adequada a pontuação em:

As fábulas populares são simplórias? Ora elas significam muito mais do

que aparentam, tal como o provou, esse texto de Ítalo Calvino.

Comentário – Quem é o sujeito do verbo “provou”? O termo que o segue:

“esse texto de Ítalo Calvino”. Sendo assim, a vírgula que os separa não foi

utilizada adequadamente. Lembre-se de que entre sujeito e predicado não se

usa vírgula (mesmo quando o sujeito é muito longo ou vem depois do

predicado):

Os pequenos filhotes de vira-lata destruíram meu jardim.

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Em virtude da acentuada pausa que há entre a expressão

“Ora” (que não deve ser analisada como termo da oração seguinte, mas sim

como elemento do discurso) e o termo “elas”, convém o emprego de uma

vírgula entre ambos: “Ora, elas significam...”.

Resposta – Item errado.

6. (FCC/2010/DPE-SP/Agente de Defensoria) A pontuação está inteiramente

correta em:

A ética rigorosa que Graciliano revela na escritura dos romances, está

também nesse relatório de prefeito muito autocrítico e enxuto.

Comentário – Apesar da extensão do sujeito (“A ética rigorosa que Graciliano

revela na escritura dos romances”), a vírgula não deve separá-lo do predicado,

como aconteceu aqui.

Resposta – Item errado.

7. (FCC/2010/TCE-SP/Agente da Fiscalização Financeira) Está plenamente

adequada a pontuação em:

a) Simplórias, pois sim... As fábulas, na verdade são prenhes de profunda

significação, exigindo muita atenção e senso interpretativo, dos leitores.

b) Há quem julgue, essas fábulas, simplórias; mas atente-se bem, para seu

sentido profundo, e teremos inevitavelmente, grandes surpresas.

Comentário – Dois problemas estão presentes na primeira alternativa. Repare

que o sujeito “As fábulas” ficou isolado do predicado pela vírgula. Se a

intenção foi isolar o temo “na verdade”, que se intercalou entre o sujeito e o

verbo “são”, deveria haver uma vírgula depois desse termo: “As fábulas, na

verdade, são...”.

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verbo OD OI

O outro equívoco ocorreu no isolamento do termo “dos

leitores”, visto que ele complementa o sentido do verbo “exigindo” (algo de

alguém). Entre o verbo e seu complemento (OD ou OI) não pode haver

vírgula:

o presenteEntreguei ao aniversariante.

Em B, surgiu um verbo transobjetivo (aquele cujo significado

requer algo além do objeto para ser satisfeito. Esse “algo” é conhecido como

predicativo do objeto (lembra?). As duas vírgulas iniciais isolaram

erroneamente o objeto do verbo e aquele do seu predicativo. Eis a correção:

“Há quem julgue essas fábulas simplórias...”. O ponto e vírgula, que indica

uma pausa maior do que a vírgula e menor do que o ponto, foi utilizado para

acentuar o contraste entre os segmentos. A terceira vírgula está errada

também, pois separa o complemento do verbo atentar (quem atenta... atenta

para algo). A última vírgula causa problema semelhante, pois o termo

“grandes surpresas” funciona como objeto direto da forma verbal “teremos”.

Resposta – Itens errados.

8. (FCC/2010/TCE-SP/Agente da Fiscalização Financeira) Está plenamente

adequada a pontuação em:

Sim, há quem julgue simplórias, as fábulas populares, mas basta

atentarmos para elas e veremos o quanto são capazes, de nos revelar.

Comentário – Outra vez o objeto direto (“as fábulas populares”) foi isolado

erroneamente do verbo (“julgue”) pela vírgula. Além disso, a vírgula também

causou separação indevida entre o nome “capazes” e o seu complemento: “de

nos revelar”. Não pode existir vírgula entre o nome e seu adjunto ou

complemento:

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nome

adjunto adnominal

nome complemento nominal

Or. Sub. Adj. Restritiva

A todos os presentes informamos os novos valores

dos produtos que vendemos.

Não há necessidade de tanta estupidez.

Resposta – Item errado.

9. (FCC/2010/DPE-SP/Agente de Defensoria) A pontuação está inteiramente

correta em:

A retórica entendida como arte do discurso, pode ser eficaz ou inútil,

dependendo dos propósitos e do talento, de quem a manipula.

Comentário – A primeira vírgula separa indevidamente o sujeito “A retórica”

do predicado “pode ser...”. É possível concertar o trecho inserindo uma vírgula

imediatamente após o vocábulo “retórica”, para isolar adequadamente a

oração “entendida como arte do discurso” (subordinada adjetiva explicativa

reduzida de particípio).

A última vírgula isolou erradamente a oração (note que o

segmento se constrói em torno do verbo manipular) que restringe o alcance

semântico dos substantivos “propósitos” e “talento”. Vírgula não é empregada

pra separar termos ou orações de natureza restritiva:

Os alunos que estudam obtêm êxito.

Resposta – Item errado.

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10. (FCC/2009/TRT 3ª Região/Analista Judiciário) Está plenamente adequada

a pontuação da seguinte frase:

a) Faltariam a esses novos manifestantes, projetos de sociedade, na opinião

do antigo líder estudantil milanez, Mario Capanna, até hoje lembrado, por

suas posições stalinistas.

b) Ex-líder estudantil, conhecido por suas posições políticas inflexíveis, Mario

Capanna fez vários pronunciamentos, a maioria desabonadores, sobre as

manifestações desses jovens.

Comentário – Alternativa A: não deve ser mais difícil para você notar que a

primeira vírgula separa incorretamente o sujeito “projetos de sociedade” do

verbo correspondente: “Faltariam”. Atenção especial deve ser dispensada à

vírgula que separa a expressão “antigo líder estudantil milanez” do termo

“Mario Capanna”. Esse termo é um aposto restritivo, e não um aposto de

natureza explicativa (de qual líder se está falando?). Todo termo de natureza

restritiva não deve ser separado do termo a que se refere por meio da

vírgula. Além disso, a última vírgula isolou erroneamente o termo “por suas

posições stalinisas”, complemento do particípio “lembrado” (forma nominal do

verbo lembrar).

Alternativa B: aqui, as vírgulas separam adequadamente

termos e orações de natureza explicativa, ora antecipados, ora intercalados.

Resposta – B

11. (FCC/2009/TER-PI/Analista Judiciário) Considere o emprego de sinais de

pontuação no trecho abaixo e julgue a assertiva seguinte.

O Talmude equipara a mentira à pior forma de roubo: "Existem sete

classes de ladrões e a primeira é a daqueles que roubam a mente de seus

semelhantes através de palavras mentirosas."

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equipara a mentira à pior forma de roubo: − os dois-pontos indicam

intervenção de novo interlocutor no contexto.

Comentário – Por meio da pontuação (note as aspas, que indicam discurso

direto), o autor do texto introduz o discurso do personagem do Talmude. Não

se esqueça de que o sinal de dois pontos é normalmente usado

a) antes de uma citação.

Disse Jesus: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida;

ninguém vem ao Pai senão por mim”. (João 14:6)

b) para introduzir a fala de uma personagem, no discurso

direto.

Sempre que o professor entra em sala ele diz:

– Essa moleza vai acabar.

Resposta – Item certo.

12. (FCC/2009/TRT 7ª Região/Analista Judiciário) Regulamentados por lei o

horário máximo e as condições mínimas de adequação ao universo da

criança, as empresas seriam encorajadas a admitir, treinar e a ajudar a

desenvolver os pequenos trabalhadores, facilitando-lhes, inclusive, o

acesso a uma educação suplementar: cursos profissionalizantes, estágios,

atualizações etc.

Considerando-se a redação do texto acima, é correto afirmar que:

a) o sinal de dois-pontos abre uma enumeração de elementos que

particularizam o sentido de educação suplementar.

b) seria imprescindível o emprego de uma vírgula depois do vocábulo

atualizações.

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Comentário – Alternativa A: os termos após os dois-pontos constituem uma

enumeração e exemplificam o que são cursos profissionalizantes. Dessa forma,

o sinal de dois-pontos cumpre outra função que lhe é típica: introduzir uma

enumeração. Veja outro exemplo:

A dupla articulação da linguagem caracteriza-se: a) pela

combinação e b) pela comutação.

Alternativa B: esclareça-se que “etc.” (et cetera) é uma

expressão latina que significa e outras coisas. A rigor, o uso dele deveria

impedir a vírgula, porque não faz muito sentido usá-la se pensarmos na

tradução literal da expressão: “cursos profissionalizantes, estágios,

atualizações e outras coisas”. A ausência da vírgula é também uma forma de

evitar a poluição visual. Todavia, é comum ver esse termo precedido de

vírgula: “cursos profissionalizantes, estágios, atualizações, etc.”. Assim já

escreveram consagrados professores e escritores. Conclui-se de tudo isso que

a vírgula antes do “etc.” em enumerações é, usualmente, facultativa.

Resposta – A

13. (FCC/2009/TRT 16ª Região/Analista Judiciário) Há justificativa para esta

seguinte alteração de pontuação, proposta para o segmento final do

primeiro parágrafo:

“...o citadino diz que ela é caipira, querendo dizer que é atrasada e

portanto meio ridícula.”

a) o citadino diz que ela é caipira querendo dizer que é atrasada; e portanto,

meio ridícula.

b) o citadino diz que ela é caipira, querendo dizer, que é atrasada, e,

portanto, meio ridícula.

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c) o citadino diz que ela é caipira, querendo dizer que é atrasada e, portanto,

meio ridícula.

d) o citadino diz: que ela é caipira, querendo dizer: que é atrasada, e

portanto meio ridícula.

e) o citadino diz que ela é caipira querendo dizer: que é atrasada, e

portanto, meio ridícula.

Comentário – Esta questão serve para enfatizar que as relações

sujeito–predicado e verbo–complemento não podem ser “quebradas” pela

pontuação.

Dito isso, observe a letra C. Nela, a primeira vírgula foi

mantida, a qual separa a oração subordinada adverbial concessiva reduzida de

gerúndio. Por estar na ordem direta (primeiro a principal e depois a

subordinada), a vírgula não é necessária. A conjunção conclusiva “portanto”

veio isolada pelas vírgulas para marcar sua intercalação. Isso é possível

sempre que ela surgir fora da sua posição natural: o início do segmento.

Resposta – C

14. (FCC/2009/TER-PI/Analista Judiciário) Considere o emprego de sinais de

pontuação no trecho abaixo e julgue a assertiva seguinte.

Recorrendo a metáforas do reino animal, Maquiavel aponta que o príncipe

precisa ter, ao mesmo tempo, no exercício realista do poder, a força do

leão e a astúcia ardilosa da raposa. Raposa, leão, assim como camaleão,

serpente, polvo – metáforas que frequentemente são utilizadas na

descrição de políticos – não podem, com propriedade, caracterizar o ser

humano moral que obedece aos consagrados preceitos do "não matar" e

do "não mentir", como lembra Norberto Bobbio.

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– metáforas que frequentemente são utilizadas na descrição de políticos −

os travessões isolam segmento explicativo.

Comentário – O segmento esclarece o uso dos termos anteriormente

enumerados (“Raposa, leão, assim como camaleão, serpente, polvo”). Sendo

assim, pode vir entre vírgulas, parênteses ou travessões. O enunciador

preferiu os últimos. Travessões também servem para isolar expressões ou

frases explicativas, intercaladas, de caráter elucidativo.

Mesmo com o tempo revoltoso – chovia, parava, chovia,

parava outra vez... – a claridade devia ser suficiente p’ra

mulher ter avistado mais alguma coisa. (Mário Palmério)

Resposta – Item certo.

Pouco comentado nos manuais de gramática é o uso de

travessões para isolar orações ou palavras em substituição à vírgula. O

primeiro caso é facilmente entendido por meio dos exemplos abaixo:

“Acresce que chovia – peneirava – uma chuvinha miúda,

triste e constante...” (Machado de Assis);

“O obelisco aponta aos mortais as coisas mais altas: o céu, a

Lua, o Sol, as estrelas – Deus.” (Manuel Bandeira).

Mas o segundo requer uma explicação melhor, por isso me

proponho a comentá-lo com mais detealhes. Leia tudo com atenção.

A substituição de vírgulas por travessões confere

modernidade ao texto, além de deixá-lo mais claro. Veja:

1) E aquelas que ainda não tiveram a sua oportunidade – a

sua hora e sua vez, como diria mestre Rosa – ficam num desespero de

"aparecer", de "vencer", de "ser alguém". (Ser alguém, Rachel de Queiroz)

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2) Hoje é dia de falar das sogras, essas santas senhoras tão

mal compreendidas neste mundo de Deus. Acredite em tudo o que você

sempre ouviu falar de mal delas, que são perigosas; a melhor política, já que

não se pode matá-la – ainda –, é a distância. (Danuza Leão. Sogra X Sogra)

3) Ironia das ironias, o CMN (Conselho Monetário Nacional)

decidiu, alguns dias antes da semana do consumidor – comemora-se neste 15

de março o Dia Internacional do Consumidor –, reduzir o rendimento das

cadernetas de poupança e, por tabela, do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo

de Serviço). (Maria Inês Dolci. Balas perdidas contra o consumido. In: Folha,

13/32007)

4) Primeiro, partindo do fato de que os êxitos da medicina

estão eliminando infecções que são das causas mais freqüentes de mortes – e

com isso alongam a vida média das pessoas –, coloca-se esta questão: a

contrapartida da vida mais longa costuma ser a convivência com doenças

crônicas, degenerativas e/ou desabilitantes; O que é mesmo a morte? E a

vida? (Washington Novaes. In: Estadão, 1/2/2008)

Você deve ter observado que, nos exemplos 3 e 4, há vírgula

após o travessão. Por quê? Experimente tirar o que está entre os travessões.

Você perceberá que a vírgula é obrigatória. Vamos analisar o terceiro exemplo

dado.

3) ...o CMN (Conselho Monetário Nacional) decidiu, alguns

dias antes da semana do consumidor, reduzir... as vírgulas isolam adjunto

adverbial de tempo intercalado entre o verbo e o seu complemento (Decidiu o

quê? Decidiu reduzir...). É por isso que elas não podem sair do texto, mesmo

com a inserção dos travessões. Estes isolam oração intercalada como se

fossem parênteses – é por isso que são necessários dois. Observe novamente:

Ironia das ironias, o CMN (Conselho Monetário Nacional) decidiu, alguns dias

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antes da semana do consumidor – comemora-se neste 15 de março o Dia

Internacional do Consumidor –, reduzir...

REDAÇÃO (confronto e reconhecimento de frases corretas eincorretas)

Entramos na segunda parte desta aula. Nela, não trataremos das

modalidades de redação, mais conhecidas como narração, dissertação e

descrição. A FCC não vai mandar você redigir nenhum texto. Esse tema

também nada tem a ver com redação oficial – essa matéria nem está no seu

programa. Afinal, o que a FCC vai exigir? Nada mais, nada menos do que

aquilo que já foi anunciado: confronto e reconhecimento de frases corretas e

incorretas. Em outras palavras, você deve identificar os erros de construção de

frases. Para isso, deve lançar mão de tudo o que nós já estudamos aqui:

regras de acentuação, ortografia, pontuação, concordância, regência,

ocorrência da crase etc. Esta parte, então, não acrescentará quase nada ao

que você já sabe, mas servirá como uma espécie de revisão. Por isso não me

prolongarei nela.

15. (FCC/2010/DNOCS/Contador) Está clara e correta a redação deste livre

comentário sobre o texto:

a) Ao se comparar a carta com o e-mail, os aspectos que a diferença é mais

patente, segundo a autora, são o suporte, a temporalidade e a

privatização da correspondência.

b) Pretextando a liberdade de acesso da informação, muitos abusam dos

e-mails, enviando-os à quem deles não pretende saber o teor nem tomar

conhecimento.

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c) Há quem, como a autora, imagine que o e-mail possa acabar sendo o

responsável por um novo alento para uma forma de correspondência

como a carta.

d) Fica até difícil de imaginar o quanto as pessoas gastavam o tempo na

preparação das cartas, desde o rascunho até o envio das mesmas, cuja

duração era de dias.

e) Desde que foi inventado o telefone, a rapidez das comunicações se

impuseram de tal modo que, por conseguinte, a morosidade das cartas

passou a ser indesejável.

Comentário – Neste tipo de questão, qualquer problema de construção de

frase é suficiente para invalidar o item. Encontrando apenas um deslize,

marque-o.

Alternativa A: houve omissão da preposição “em” antes do

relativo “que”: “os aspectos em que a diferença é mais patente”. Isso

configura erro de regência.

Alternativa B: item errado. Em “liberdade de acesso da

informação”, o vocábulo “da” faz do termo “informação” o agente do “acesso”

ou a origem dele, quando na verdade “informação” é o alvo ou o objeto do

“acesso”. Em outras palavras, a “informação” não acessa nada, mas é

acessada. Eis a forma correta: “liberdade de acesso à informação”. Além disso,

não é possível empregar acento grave indicativo de crase antes do relativo

“quem”.

Alternativa C: item correto, coerente, coeso.

Alternativa D: o deslocamento de “cuja duração era de dias”

para o final do período dá a entender que o envio das cartas dura dias, o que é

incoerente. Na verdade, o que demorava dias era a preparação delas.

Portanto, a expressão que indiquei deveria ser utilizada imediatamente após a

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vírgula que segue o substantivo “cartas”: “...na preparação das cartas, cuja

duração era de dias,...”.

Alternativa E: não há concordância entre o sujeito “a rapidez

das comunicações” e a forma verbal “impuseram”. O núcleo do primeiro está

no singular, o que obriga o verbo a se flexionar também o singular: “impôs”.

Resposta – C

16. (FCC/2010/TRE-AL/Analista Judiciário)

(...) as crianças, seres naturalmente carregados de energia e vitalidade,

estão vivendo longas horas diárias de concentração solitária e de

imobilidade.

Pode-se reconstruir com correção e coerência a frase acima, começando

por As crianças estão vivendo longas horas diárias de concentração

solitária e de imobilidade e complementando com

a) em que pesem os seres naturais, imbuídos de energia e de vitalidade.

b) não obstante sejam naturalmente providas de muita energia e vitalidade.

c) porquanto constituem-se como seres de natural energia e vitalidade.

d) ainda quando seres incutidos de energia e vitalidade em sua natureza.

e) mesmo quando se mostram atreladas a muita energia e força vital.

Comentário – O segmento entre vírgulas fornece à frase a ideia de contraste.

Dentre as alternativas, a mesma ideia é verificada na alternativa B, por meio

do uso da locução “não obstante”. Nas demais opções, há alteração na

coerência original da informação.

Resposta – B

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17. (FCC/2010/TRE-AM/Analista Judiciário) Está clara e correta a redação

deste livre comentário sobre o texto.

a) Deve de ser preocupante para os católicos, que eles venham caindo de

número nas estatísticas, em conformidade com a Fundação Getúlio

Vargas.

b) Mau-grado seu desempenho nas estatísticas da FGV, esta mesma

instituição considera que a Igreja tem mais prestígio que outras classes.

c) A mesma Fundação em que se abona o papel da Igreja como democrática,

é também a instituição em que avalia seu decréscimo de fiéis.

d) Não obstante esteja decrescendo o número de fiéis, a Igreja, segundo a

Fundação Getúlio Vargas, é prestigiada como instituição democrática.

e) A FGV, em pesquisas atinentes da Igreja Católica, chegou a resultados

algo controversos, seja pelo prestígio, seja pela contingência do seus fiéis.

Comentário – Alternativa A: a locução correta é deve ser; a preposição de

está sobrando. A vírgula também separou o sujeito (oracional) “que eles

venham...” do verbo correspondente (“Deve ser”).

Alternativa B: a escrita correta é malgrado, preposição que

equivale a não obstante, apesar de: Efetuou a compra, malgrado os conselhos

em contrário que recebeu.

Alternativa C: no trecho “A mesma Fundação em que se

abona” estão sobrando a preposição “em” e o pronome “se’. A vírgula separou

o sujeito “A mesma fundação que...” do verbo correspondente: “é”. Chega,

passe para a próxima, pois esta já está faturada!

Alternativa E: há um problema de regência nominal que

invalida o enunciado: “pesquisas atinentes da Igreja Católica”. O adjetivo

atinente (= que diz respeito a; que concerne a) rege preposição a e não de.

Resposta – D

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18. (FCC/2010/TCE-SP/Agente de Fiscalização Financeira) Está clara e correta

a redação deste livre comentário sobre o texto:

a) O escritor Ítalo Calvino manifesta uma grande acuidade na leitura das

fábulas populares, interpretando-as em suas estruturas profundas.

b) Tendo em vista uma leitura mais acurada do texto, se perceberá de que

as simplórias fábulas populares podem até deixar de sê-las.

c) Não há pessoa pobre em cuja aspiração acabe sendo uma forma de

compensar sua condição, imaginando-se um nobre disfarçado.

d) Estão nos destinos extraordinários toda a argúcia das fábulas populares,

aonde as reviravoltas simbolizam igualmente transtornos sociais.

e) É engenhosa a sensação de um direito subtraído, uma vez que assim se

pode aspirar a ser reconstituído, promovendo-se a propalada justiça.

Comentário – Alternativa B: pronome oblíquo átono não deve iniciar oração,

como ficou caracterizado no segmento “se percebera”. Além disso, o verbo

perceber é transitivo direto (quem percebe... percebe algo/alguém). Não há

razão para o uso da preposição de. Lembre-se de que qualquer erro invalida a

opção.

Alternativa C: a preposição “em” antes do relativo “cuja” não

foi solicitada por nenhum termo regente; Ela está sobrando.

Alternativa D: quem é o sujeito da forma verbal “Estão”? O

termo “toda a argúcia das fábulas populares”, cujo núcleo está no singular:

“argúcia” (= perspicácia; sagacidade; habilidade, sutileza na argumentação).

Portanto não houve concordância entre eles.

Alternativa E: texto obscuro, truncado (repare que o

enunciado requer uma redação clara); a tentativa de construir voz passiva

sintética com o verbo “aspirar” é impossível, por ser ele transitivo indireto no

sentido de almejar.

Resposta – A

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19. (FCC/2010/DPE-SP/Agente de Defensoria) Está clara e correta a redação

deste livre comentário sobre o texto:

a) Muito leitor curioso não deixará de pesquisar o famoso relatório de que

trata o texto, providência de que não se arrependerá.

b) Aos leitores curiosos caberão promover pesquisas para encontrar esse

relatório, com o qual certamente não se deverão frustrar.

c) Espera-se que os leitores habituais de Graciliano invidem todos os seus

esforços no sentido de ler o relatório, cujo o valor é inestimável.

d) É tão primoroso esse relatório que os leitores de Graciliano romancista

acharão nele motivos para ainda mais orgulhar-se do mesmo.

e) Sendo pouco comum admirar-se um relatório de prefeito, verão os leitores

de Graciliano que não se trata aqui deste caso, muito ao contrário.

Comentário – Alternativa B: o sujeito do verbo caber é a oração “promover

pesquisas”, o que obriga o verbo a se flexionar na teceria pessoa do singular:

caberá.

Alternativa C: agrafia do verbo envidar (= aplicar com afinco

ou empenho) está errada com “i” inicial, repare: “invidem”. Também não é

correto usar artigo imediatamente depois do relativo cujo: “cujo o valor é

inestimável”.

Alternativa D: construção confusa, ambígua. Perceba:

“acharão nele” – no autor relatório ou em Graciliano romancista? Outra:

“orgulhar-se do mesmo” – do relatório ou de Graciliano?

Alternativa E: o erro de regência invalida a opção. Quem

admira... admira algo/alguém (VTD); mas quem se admira... admira-se com

algo/alguém (VTI).

Resposta – A

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20. (FCC/2009/TJ-AP/Analista Judiciário) Está clara e correta a redação deste

livre comentário sobre o texto:

a) Marcelo Coelho, jornalista, não hesitou a contrapor-se com seus colegas

de imprensa, nos quais surpreende uma dose exagerada de pessimismo,

com o qual não haveria remissão possível.

b) Provavelmente Marcelo Coelho já se havia sentido alvo de mofa ou de

zombaria, por parte de colegas seus, que julgando ele um ingênuo,

elegiam-se ao mesmo tempo enquanto mestres do pessimismo.

c) O autor do texto promoveu uma espécie de diagnóstico, daqueles que, na

imprensa, optando na estratégia do pessimismo veem nela a reação

saudável de quem não seja necessariamente ingênuo.

d) A indiferença da Amazônia, bem como considerar admissível que crianças

sejam bombardeadas, não são ingenuidades, para o autor, mas

demonstração de quem não concorda com a barbárie.

e) O autor do texto não hesita em alinhar-se entre aqueles que, embora

cientes dos horrores deste mundo, cultivam a expectativa de uma vida

melhor, anunciada por fatos promissores.

Comentário – Alternativa A: quem se contrapõe... contrapõe-se a

algo/alguém. Notou a regência correta? Contrapor-se com caracteriza erro de

regência. Descarte esta opção.

Alternativa B: as vírgulas isolam erroneamente a expressão

“por parte de colega seus”, que restringe o alcance semântico de “alvo de

mofa ou de zombaria”. Preciso seguir adiante? Creio que não.

Alternativa C: “optando na estratégia” é construção

indevida. A preposição adequada é por (pela).

Alternativa D: “A indiferença da Amazônia, bem como

considerar admissível que crianças sejam bombardeadas, não são

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ingenuidades” caracteriza uma quebra brusca da ideia que estava em

desenvolvimento, e também transgride normas de paralelismo sintático.

Resposta – E

21. (FCC/TRT-9ª Região/Técnico Judiciário/Tecnologia da informação/2010) A

afirmativa escrita de modo inteiramente claro e correto é:

(A) Com a navegabilidade do Oceano Ártico, vai ficar esposto a quantidade de

riquesas que existe nessa região.

(B) A opção pela nova rota, conhecida como Passagem Nordeste, que

economizou distâncias, também reduziu o consumo de combustível.

(C) Para se fazer com segurança a travessia de mares gelados prescisa haver

muito cuidado e precalção contra os perigos que surgem.

(D) Não se deve extranhar a cobissa de alguns países para explorar os

recursos naturais que vão ser encontrados no Ártico.

(E) Para percorrer a rota que é feita abitualmente as embarcações estão

sugeitas aos riscos permanentes trazidos por placas de gelo.

Comentário – O grande problema nesta questão diz respeito à grafia de

algumas palavras.

Alternativa A: em vez de “esposto” (com s), escreva exposta

– com x e no feminino, por concordar com o substantivo “quantidade”. Em vez

de “ruqiesas”, escreva riquezas – com z, porque é um substantivo abstrato

derivado de adjetivo (rico).

Alternativa B: não há problema algum aqui. Esta é a opção

que representa o gabarito.

Alternativa C: faltou uma vírgula para separar a oração

adverbial antecipada “Para se fazer com segurança a travessia de mares

gelados”. Em vez de “prescisa” – com s –, escreva precisa – sem s (forma do

verbo precisar). Em vez de “precalção”, escreva precaução – com u.

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Alternativa D: “extranhar” com x é dose pra leão. Escreva

corretamente estranhar (com s). Em vez de “cobissa” (com ss), escreva

cobiça (com ç).

Alternativa E: faltou uma vírgula para marcar a antecipação

da oração adverbial “Para percorrer a rota que é feita abitualmente”. Mas não

é só isso: escreva habitualmente em vez de “abitualmente” e sujeitas em

vez de “sugeitas”.

Resposta – B

Creio que você já entendeu o que a Carlos Chagas cobrará na

prova do Tribunal ao abordar este assunto. Poderíamos fazer uma infinidade

de exercícios sobre ele, mas não haveria nada de novo. E eu volto a frisar:

aqui, qualquer problema invalida a alternativa. Durante a prova, não “brigue”

com a questão, não tente fazer aquela mirabolante análise sintática, pois o

tempo é precioso para você. Ache logo um erro apenas e siga em frente.

INTELECÇÃO DE TEXTO

Administração da linguagem

Nosso grande escritor Graciliano Ramos foi, como se sabe, prefeito

da cidade alagoana de Palmeira dos Índios. Sua gestão ficou marcada

não exatamente por atos administrativos ou decisões políticas, mas pelo

relatório que o prefeito deixou, terminado o mandato. A redação desse

relatório é primorosa, pela concisão, objetividade e clareza (hoje

diríamos: transparência), qualidades que vêm coerentemente

combinadas com a honestidade absoluta dos dados e da autoavaliação –

rigorosíssima, sem qualquer complacência – que faz o prefeito. Com toda

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justiça, esse relatório costuma integrar sucessivas edições da obra de

Graciliano. É uma peça de estilo raro e de espírito público incomum.

Tudo isso faz pensar na relação que se costuma promover entre

linguagens e ofícios. Diz-se que há o “economês”, jargão misterioso dos

economistas, o “politiquês”, estilo evasivo dos políticos, o “acadêmico”,

com o cheiro de mofo dos baús da velha retórica etc. etc. E há, por

vezes, a linguagem processual, vazada em arcaísmos, latinismos e

tecnicalidades que a tornam indevassável para um leigo. Há mesmo

casos em que se pode suspeitar de estarem os litigantes praticando –

data venia – um vernáculo estrito, reservado aos iniciados, espécie de

senha para especialistas.

Não se trata de ir contra a necessidade do uso de conceitos

específicos, de não reconhecer a vantagem de se empregar um termo

técnico em vez de um termo impreciso, de abolir, em suma, o

vocabulário especializado; trata-se, sim, de evitar o exagero das

linguagens opacas, cifradas, que pedem “tradução” para a própria língua

a que presumivelmente pertencem. O exemplo de Graciliano diz tudo:

quando o propósito da comunicação é honesto, quando se quer clareza e

objetividade no que se escreve, as palavras devem expor à luz, e não

mascarar, a mensagem produzida. No caso desse honrado prefeito

alagoano, a ética rigorosa do escritor e a ética irrepreensível do

administrador eram a mesma ética, assentada sobre os princípios da

honestidade e do respeito para com o outro.

(Tarcísio Viegas, inédito)

22. (FCC/2010/DPE-SP/Agente de Defensoria) O autor do texto comenta o

relatório do prefeito Graciliano Ramos para ilustrar a

a) superioridade de uma linguagem técnica sobre a não especializada.

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b) necessidade de combinar clareza de propósito e objetividade na

comunicação.

c) possibilidade de sanar um problema de expressão pela confissão honesta.

d) viabilidade de uma boa administração pública afirmada em boa retórica.

e) vantagem que leva um grande escritor sobre um simples administrador.

Comentário – Desde o título, o autor lança luz sobre a linguagem e não

exatamente sobre a administração do político Graciliano. Isso torna a

alternativa D desprezível. A expressão “honrado prefeito alagoano”

contrapõe-se à ideia de “um simples administrador” contida na alternativa E.

Descarte-a também. Já no parágrafo introdutório, o autor enfatiza qualidades

do relatório escrito por Graciliano: “concisão, objetividade e clareza”. No

desenvolvimento do texto, o autor critica a linguagem de certas categorias por

causa da obscuridade, do tecnicismo, do esvaziamento de significado etc. Ao

concluir o texto, o autor volta a ressaltar o exemplo de Graciliano: “quando o

propósito da comunicação é honesto, quando se quer clareza e objetividade no

que se escreve, as palavras devem expor à luz, e não mascarar, a mensagem

produzida”.

Resposta – B

23. (FCC/2010/DPE-SP/Agente de Defensoria) Atente para as seguintes

afirmações:

I. No 1º parágrafo, afirma-se que a administração do prefeito Graciliano

Ramos foi discutível sob vários aspectos, mas seu estilo de governar

revelou-se inatacável.

II. No 2º parágrafo, uma estreita relação entre linguagens e ofícios é dada

como inevitável, apesar de indesejável, pois os diferentes jargões

correspondem a diferentes necessidades da língua.

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III. No 3º parágrafo, busca-se distinguir a real eficácia de uma linguagem

técnica do obscurecimento de uma mensagem, provocado pelo abuso de

tecnicalidades.

Em relação ao texto, está correto APENAS o que se afirma em

a) I.

b) II.

c) III.

d) I e II.

e) II e III.

Comentário – Item I: a administração de Graciliano não é colocada sob

suspeita no primeiro parágrafo. Nele, ao se referir ao relatório de Graciliano, o

autor enfatiza a “honestidade absoluta dos dados e da autoavaliação –

rigorosíssima, sem qualquer complacência – que faz o prefeito”.

Item II: a referência a essa relação é em tom de crítica e

sugere e sugere que os jargões sejam evitados, o que se comprova em toda a

linha argumentativa do texto.

Resposta – C

24. (FCC/2010/DPE-SP/Agente de Defensoria) Há mesmo casos em que se

pode suspeitar de estarem os litigantes praticando – data venia – um

vernáculo estrito (...)

Nessa passagem do texto, o autor

a) vale-se de uma linguagem que em si mesma ilustra o caso que está

condenando.

b) mostra-se plenamente eficaz na demonstração do que seja estilo conciso.

c) parodia a linguagem dos leigos, quando comentam a dos especialistas.

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d) vale-se de um estilo que contradiz a prática habitual dos registros

públicos.

e) mostra-se contundente na apreciação das vantagens da retórica.

Comentário – Ironicamente, o autor se vale de uma linguagem que condena

para exemplificar um tipo de comunicação obscura, ineficaz.

Resposta – A

25. (FCC/2010/DPE-SP/Agente de Defensoria) Considerando-se o contexto,

traduz-se adequadamente o sentido de um segmento em:

a) sem qualquer complacência (1º parágrafo) = destituído de intolerância.

b) jargão misterioso (2º parágrafo) = regionalismo infuso.

c) vazada em arcaísmos (2º parágrafo) = rompida por modismos.

d) a que presumivelmente pertencem (3º parágrafo) = que se imagina

integrarem.

e) assentada sobre os princípios (3º parágrafo) = reprimida com base nos

fundamentos.

Comentário – Não tente resolver esse tipo de questão, muito comum nas

provas da FCC, diretamente nas alternativas. Vá ao texto e veja se a nova

expressão é coerente.

Alternativa A: são expressões antônimas. Ausência

complacência caracteriza um ser intolerante, e não um ser destituído dela.

Item errado.

Alternativa B: no texto, “jargão misterioso” refere-se

ironicamente, pejorativamente à linguagem de uma categoria profissional:

economista; nada tem a ver com certa região e muito menos com as

qualidades, virtudes ou capacidades adquiridas sem que haja qualquer esforço

intencional, geralmente infundidas no ser humano pela graça de Deus (ciência

infusa, virtude infusa).

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Alternativa C: a palavra arcaísmo indica estilo antiquado,

antigo, forma em desuso de falar ou de escrever; modismo, ao contrário, serve

para indicar aquilo que está na moda, modo de falar típico de um grupo, lugar

que em dado momento passa a ter grande uso.

Alternativa E: o uso do verbo assentar indica que a ética

estava firmada, fundamentada, significado bem diferente é o do verbo

reprimir: conter, refrear, sujeitar.

Resposta – D

26. (ESAF/ANA/Analista e Especialista/2009) Assinale a opção correta em

relação ao texto.

O Programa Nacional de Desenvolvimento dos

Recursos Hídricos – PROÁGUA Nacional é um

programa do Governo Brasileiro financiado pelo Banco

Mundial. O Programa originou-se da exitosa experiência

5 do PROÁGUA / Semiárido e mantém sua missão

estruturante, com ênfase no fortalecimento institucional

de todos os atores envolvidos com a gestão dos recursos

hídricos no Brasil e na implantação de infraestruturas

hídricas viáveis do ponto de vista técnico, financeiro,

10 econômico, ambiental e social, promovendo, assim, o

uso racional dos recursos hídricos.

(http://proagua.ana.gov.br/proagua)

a) O PROÁGUA/Semiárido é um dos subprojetos derivados do

PROÁGUA/Nacional.

b) A expressão “sua missão estruturante”(ℓ.5 e 6) refere-se a “Banco

Mundial”(ℓ.3 e 4).

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c) A ênfase no fortalecimento institucional de todos os atores envolvidos com

a gestão de recursos hídricos é exclusiva do PROÁGUA/Semiárido.

d) Tanto o PROÁGUA/Semiárido como o PROÁGUA/Nacional promovem o uso

racional dos recursos hídricos.

e) A implantação de infraestruturas hídricas viáveis do ponto de vista técnico,

financeiro, econômico, ambiental e social é exclusiva do

PROÁGUA/Nacional.

Comentário – Alternativa A: não foi o PROÁGUA/Semiárido que se derivou do

PROÁGUA/Nacional, mas sim o contrário. Isso pode ser comprovado na

seguinte passagem: “O Programa originou-se da exitosa experiência do

PROÁGUA / Semiárido” (l. 4 e 5).

Alternativa B: a expressão destacada retoma a missão do

PROÁGUA/Semiárido. O valor semântico do verbo “mantém” exprime a noção

de algo pré-existente. Em outras palavras, é o mesmo que dizer que a missão

do PROÁGUA/Semiárido foi mantida pelo programa derivado

PROÁGUA/Nacional.

Alternativa C: essa ênfase integra a missão dos programas

originário (PROÁGUA/Semiárido) e derivado (PROÁGUA/Nacional). Como a

missão foi mantida, a ênfase dela é a mesma.

Alternativa D: já que a missão e a ênfase dela foram mantidas,

é correto dizer que o uso racional dos recursos hídricos é promovido pelos dois

programas, conforme consta nas linhas 10 e 11 do texto.

Alternativa E: não há essa exclusividade. Os dois programas

compartilham a implantação de infraestruturas hídricas. O segundo período do

texto é muito claro ao dizer que ela também constitui a ênfase da missão dos

dois programas.

Resposta – D

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27. (ESAF/ANA/Analista e Especialista/2009) Em relação ao texto, assinale a

opção correta.

O Rio Paraíba do Sul tem cerca de 2/3 de suas águas

retiradas do seu leito por uma obra de transposição

em Santa Cecília (RJ). Essas águas são utilizadas

para gerar energia elétrica e para abastecer a Região

5 Metropolitana do Rio de Janeiro (cerca de 8 milhões de

pessoas). Havia conflitos pelo uso dessas águas entre

as diferentes regiões. Também nesse caso, a ação

da ANA se pautou por definir um arcabouço técnico e

institucional, estabelecendo regras de operação para o

10 reservatório e de vazão mínima a ser liberada a jusante

(rio abaixo), em determinadas épocas do ano, de forma

a compatibilizar os usos. (José Machado

http://www.ana.gov.br/SalaImprensa/artigos/ set.2008.pdf)

a) A substituição de “cerca de”(ℓ.1) por acerca de mantém a correção

gramatical do período.

b) A eliminação de “para” antes de “abastecer”(ℓ.4) prejudica a correção

gramatical do período.

c) A palavra “arcabouço”(ℓ.8) está sendo empregada com o sentido de

estrutura, esquema.

d) A substituição de “se pautou”(ℓ.8) por se orientou prejudica a correção

gramatical do período.

e) A palavra “jusante”(ℓ.10) tem o mesmo significado de montante.

Comentário – Alternativa A: você já sabe a diferença entre essas expressões

e sabe também que é impossível a substituição de uma por outra.

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Alternativa B: reescreva a passagem sem a preposição: “Essas

águas são utilizadas para gerar energia elétrica e abastecer a Região

Metropolitana do Rio de Janeiro (cerca de 8 milhões depessoas).” Notou

alguma incorreção? Pois é, não há! Como os segmentos sublinhados estão

coordenados e em estruturas paralelas (perceba que as orações são iniciadas

por verbos no infinitivo), a retirada da segunda preposição “para” não

prejudica a correção gramatical.

Alternativa D: não há problemas na substituição, quer em

relação ao sentido (nortear-se), quer em relação à correção gramatical

(permanece o emprego da preposição “por”).

Alternativa E: A expressão “a jusante” significa em direção ao

lado em que vaza a maré, ou para onde corre um curso de água.

Resposta – C

28. (ESAF/ANA/Analista e Especialista/2009) Assinale a opção em que o

trecho do texto está reescrito de forma gramaticalmente errada.

Os fundamentos da Lei n. 9.433/97, conhecida como

Lei das Águas, resultaram de décadas de discussões e

basearam-se nas experiências adotadas pelas unidades

federadas desde a década de 70, além de estarem

5 sintonizados com os discursos dos mais significativos

fóruns internacionais. Esses fundamentos estabelecem

que a água é um bem de domínio público e um recurso

natural limitado, dotado de valor econômico. Além disso,

apregoam que, em situações de escassez, a água deve

10 ser usada prioritariamente para o consumo humano e a

dessedentação de animais; que sua gestão deve sempre

proporcionar o uso múltiplo; que a bacia hidrográfica é

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a unidade territorial para a implementação da Política

Nacional de Recursos Hídricos; e que essa gestão deve

15 ser descentralizada e contar com a participação do

Poder Público, dos usuários e das comunidades.

(Adaptado de http://www.ana.gov.br/SalaImprensa/artigos )

a) Asseveram ainda que a gestão hídrica deve ser descentralizada e contar

com a participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades, e

que a bacia hidrográfica é a unidade territorial para a implementação da

Política Nacional de Recursos Hídricos.(ℓ. 12,a 16)

b) Estão sintonizados com os discursos dos mais significativos fóruns

internacionais.(ℓ.4, 5 e 6)

c) Esses fundamentos estabelecem que a água é um bem de domínio público,

dotado de valor econômico, e um recurso natural limitado.(ℓ.6, 7 e 8)

d) Apregoam também que a gestão da água deve sempre proporcionar o uso

múltiplo e que, em situações de escassez, a água deve ser usada

prioritariamente para o consumo humano e a dessedentação de animais.(ℓ.

9, 10 e 11)

e) Os fundamentos da lei conhecida como Lei das Águas (Lei n. 9.433/97),

basearam-se nas experiências adotadas pelas unidades federadas desde a

década de 70 e resultou de décadas de discussões.(ℓ. 1, 2, 3 e 4)

Comentário – Na última alternativa há dois problemas. Repare que o núcleo

do sujeito da forma verbal “resultou” é o termo “fundamentos”, no plural. Isso

é suficiente para que o verbo também vá para o plural: resultaram.

O outro problema diz respeito à pontuação. Basicamente, a

vírgula não deve separar nem o sujeito do verbo (como aconteceu na

tentativa de parafrasear o texto), nem este do seu objeto (direto ou

indireto).

Resposta – E

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Chegamos ao final do curso. Deixo registrado aqui o meu

agradecimento a você, a quem desejo sucesso.

Fique com Deus e bons estudos!

Professor Albert Iglésia

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QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS

1. (FCC/2009/TER-PI/Analista Judiciário) Considere o emprego de sinais de

pontuação no trecho abaixo e julgue as assertivas seguintes.

Esta tradição trabalha a ação política como uma ação estratégica que

requer, sem idealismos, uma praxiologia, vendo na realidade resistência e

no poder, hostilidade.

2. (FCC/2010/TCE-SP/Agente da Fiscalização Financeira) Está plenamente

adequada a pontuação em:

Simplórias? Não o são, certamente, essas fábulas, das quais o autor

revelou, para surpresa nossa, uma significação mais profunda.

3. (FCC/2010/DPE-SP/Agente de Defensoria) A pontuação está inteiramente

correta em:

a) Quando prefeito de Palmeira dos Índios Graciliano, nem todos o sabem,

escreveu a propósito de sua gestão, um relatório que se tornou

memorável.

b) Ao caracterizar várias linguagens, correspondentes a vários ofícios, o

autor não deixou de se valer da ironia, essa arma habitual dos céticos.

4. (FCC/2010/DPE-SP/Agente de Defensoria) A pontuação está inteiramente

correta em:

O autor do texto, até onde se pode avaliar não investe contra a linguagem

técnica se esta é produtiva, mas contra excessos que a tornam ineficaz.

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5. (FCC/2010/TCE-SP/Agente da Fiscalização Financeira) Está plenamente

adequada a pontuação em:

As fábulas populares são simplórias? Ora elas significam muito mais do

que aparentam, tal como o provou, esse texto de Ítalo Calvino.

6. (FCC/2010/DPE-SP/Agente de Defensoria) A pontuação está inteiramente

correta em:

A ética rigorosa que Graciliano revela na escritura dos romances, está

também nesse relatório de prefeito muito autocrítico e enxuto.

7. (FCC/2010/TCE-SP/Agente da Fiscalização Financeira) Está plenamente

adequada a pontuação em:

a) Simplórias, pois sim... As fábulas, na verdade são prenhes de profunda

significação, exigindo muita atenção e senso interpretativo, dos leitores.

b) Há quem julgue, essas fábulas, simplórias; mas atente-se bem, para seu

sentido profundo, e teremos inevitavelmente, grandes surpresas.

8. (FCC/2010/TCE-SP/Agente da Fiscalização Financeira) Está plenamente

adequada a pontuação em:

Sim, há quem julgue simplórias, as fábulas populares, mas basta

atentarmos para elas e veremos o quanto são capazes, de nos revelar.

9. (FCC/2010/DPE-SP/Agente de Defensoria) A pontuação está inteiramente

correta em:

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A retórica entendida como arte do discurso, pode ser eficaz ou inútil,

dependendo dos propósitos e do talento, de quem a manipula.

10. (FCC/2009/TRT 3ª Região/Analista Judiciário) Está plenamente adequada

a pontuação da seguinte frase:

a) Faltariam a esses novos manifestantes, projetos de sociedade, na opinião

do antigo líder estudantil milanez, Mario Capanna, até hoje lembrado, por

suas posições stalinistas.

b) Ex-líder estudantil, conhecido por suas posições políticas inflexíveis, Mario

Capanna fez vários pronunciamentos, a maioria desabonadores, sobre as

manifestações desses jovens.

11. (FCC/2009/TER-PI/Analista Judiciário) Considere o emprego de sinais de

pontuação no trecho abaixo e julgue a assertiva seguinte.

O Talmude equipara a mentira à pior forma de roubo: "Existem sete

classes de ladrões e a primeira é a daqueles que roubam a mente de seus

semelhantes através de palavras mentirosas."

equipara a mentira à pior forma de roubo: − os dois-pontos indicam

intervenção de novo interlocutor no contexto.

12. (FCC/2009/TRT 7ª Região/Analista Judiciário) Regulamentados por lei o

horário máximo e as condições mínimas de adequação ao universo da

criança, as empresas seriam encorajadas a admitir, treinar e a ajudar a

desenvolver os pequenos trabalhadores, facilitando-lhes, inclusive, o

acesso a uma educação suplementar: cursos profissionalizantes, estágios,

atualizações etc.

Considerando-se a redação do texto acima, é correto afirmar que:

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a) o sinal de dois-pontos abre uma enumeração de elementos que

particularizam o sentido de educação suplementar.

b) seria imprescindível o emprego de uma vírgula depois do vocábulo

atualizações.

13. (FCC/2009/TRT 16ª Região/Analista Judiciário) Há justificativa para esta

seguinte alteração de pontuação, proposta para o segmento final do

primeiro parágrafo:

“...o citadino diz que ela é caipira, querendo dizer que é atrasada e

portanto meio ridícula.”

a) o citadino diz que ela é caipira querendo dizer que é atrasada; e portanto,

meio ridícula.

b) o citadino diz que ela é caipira, querendo dizer, que é atrasada, e,

portanto, meio ridícula.

c) o citadino diz que ela é caipira, querendo dizer que é atrasada e, portanto,

meio ridícula.

d) o citadino diz: que ela é caipira, querendo dizer: que é atrasada, e

portanto meio ridícula.

e) o citadino diz que ela é caipira querendo dizer: que é atrasada, e

portanto, meio ridícula.

14. (FCC/2009/TER-PI/Analista Judiciário) Considere o emprego de sinais de

pontuação no trecho abaixo e julgue as assertivas seguintes.

Recorrendo a metáforas do reino animal, Maquiavel aponta que o príncipe

precisa ter, ao mesmo tempo, no exercício realista do poder, a força do

leão e a astúcia ardilosa da raposa. Raposa, leão, assim como camaleão,

serpente, polvo – metáforas que frequentemente são utilizadas na

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descrição de políticos – não podem, com propriedade, caracterizar o ser

humano moral que obedece aos consagrados preceitos do "não matar" e

do "não mentir", como lembra Norberto Bobbio.

– metáforas que frequentemente são utilizadas na descrição de políticos −

os travessões isolam segmento explicativo.

15. (FCC/2010/DNOCS/Contador ) Está clara e correta a redação deste livre

comentário sobre o texto:

a) Ao se comparar a carta com o e-mail, os aspectos que a diferença é mais

patente, segundo a autora, são o suporte, a temporalidade e a

privatização da correspondência.

b) Pretextando a liberdade de acesso da informação, muitos abusam dos

e-mails, enviando-os à quem deles não pretende saber o teor nem tomar

conhecimento.

c) Há quem, como a autora, imagine que o e-mail possa acabar sendo o

responsável por um novo alento para uma forma de correspondência

como a carta.

d) Fica até difícil de imaginar o quanto as pessoas gastavam o tempo na

preparação das cartas, desde o rascunho até o envio das mesmas, cuja

duração era de dias.

e) Desde que foi inventado o telefone, a rapidez das comunicações se

impuseram de tal modo que, por conseguinte, a morosidade das cartas

passou a ser indesejável.

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16. (FCC/2010/TRE-AL/Analista Judiciário)

(...) as crianças, seres naturalmente carregados de energia e vitalidade,

estão vivendo longas horas diárias de concentração solitária e de

imobilidade.

Pode-se reconstruir com correção e coerência a frase acima, começando

por As crianças estão vivendo longas horas diárias de concentração

solitária e de imobilidade e complementando com

a) em que pesem os seres naturais, imbuídos de energia e de vitalidade.

b) não obstante sejam naturalmente providas de muita energia e vitalidade.

c) porquanto constituem-se como seres de natural energia e vitalidade.

d) ainda quando seres incutidos de energia e vitalidade em sua natureza.

e) mesmo quando se mostram atreladas a muita energia e força vital.

17. (FCC/2010/TRE-AM/Analista Judiciário) Está clara e correta a redação

deste livre comentário sobre o texto.

a) Deve de ser preocupante para os católicos, que eles venham caindo de

número nas estatísticas, em conformidade com a Fundação Getúlio

Vargas.

b) Mau-grado seu desempenho nas estatísticas da FGV, esta mesma

instituição considera que a Igreja tem mais prestígio que outras classes.

c) A mesma Fundação em que se abona o papel da Igreja como democrática,

é também a instituição em que avalia seu decréscimo de fiéis.

d) Não obstante esteja decrescendo o número de fiéis, a Igreja, segundo a

Fundação Getúlio Vargas, é prestigiada como instituição democrática.

e) A FGV, em pesquisas atinentes da Igreja Católica, chegou a resultados

algo controversos, seja pelo prestígio, seja pela contingência do seus fiéis.

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18. (FCC/2010/TCE-SP/Agente de Fiscalização Financeira) Está clara e correta

a redação deste livre comentário sobre o texto:

a) O escritor Ítalo Calvino manifesta uma grande acuidade na leitura das

fábulas populares, interpretando-as em suas estruturas profundas.

b) Tendo em vista uma leitura mais acurada do texto, se perceberá de que

as simplórias fábulas populares podem até deixar de sê-las.

c) Não há pessoa pobre em cuja aspiração acabe sendo uma forma de

compensar sua condição, imaginando-se um nobre disfarçado.

d) Estão nos destinos extraordinários toda a argúcia das fábulas populares,

aonde as reviravoltas simbolizam igualmente transtornos sociais.

e) É engenhosa a sensação de um direito subtraído, uma vez que assim se

pode aspirar a ser reconstituído, promovendo-se a propalada justiça.

19. (FCC/2010/DPE-SP/Agente de Defensoria) Está clara e correta a redação

deste livre comentário sobre o texto:

a) Muito leitor curioso não deixará de pesquisar o famoso relatório de que

trata o texto, providência de que não se arrependerá.

b) Aos leitores curiosos caberão promover pesquisas para encontrar esse

relatório, com o qual certamente não se deverão frustrar.

c) Espera-se que os leitores habituais de Graciliano invidem todos os seus

esforços no sentido de ler o relatório, cujo o valor é inestimável.

d) É tão primoroso esse relatório que os leitores de Graciliano romancista

acharão nele motivos para ainda mais orgulhar-se do mesmo.

e) Sendo pouco comum admirar-se um relatório de prefeito, verão os leitores

de Graciliano que não se trata aqui deste caso, muito ao contrário.

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20. (FCC/2009/TJ-AP/Analista Judiciário) Está clara e correta a redação deste

livre comentário sobre o texto:

a) Marcelo Coelho, jornalista, não hesitou a contrapor-se com seus colegas

de imprensa, nos quais surpreende uma dose exagerada de pessimismo,

com o qual não haveria remissão possível.

b) Provavelmente Marcelo Coelho já se havia sentido alvo de mofa ou de

zombaria, por parte de colegas seus, que julgando ele um ingênuo,

elegiam-se ao mesmo tempo enquanto mestres do pessimismo.

c) O autor do texto promoveu uma espécie de diagnóstico, daqueles que, na

imprensa, optando na estratégia do pessimismo veem nela a reação

saudável de quem não seja necessariamente ingênuo.

d) A indiferença da Amazônia, bem como considerar admissível que crianças

sejam bombardeadas, não são ingenuidades, para o autor, mas

demonstração de quem não concorda com a barbárie.

e) O autor do texto não hesita em alinhar-se entre aqueles que, embora

cientes dos horrores deste mundo, cultivam a expectativa de uma vida

melhor, anunciada por fatos promissores.

21. (FCC/TRT-9ª Região/Técnico Judiciário/Tecnologia da informação/2010) A

afirmativa escrita de modo inteiramente claro e correto é:

(A) Com a navegabilidade do Oceano Ártico, vai ficar esposto a quantidade de

riquesas que existe nessa região.

(B) A opção pela nova rota, conhecida como Passagem Nordeste, que

economizou distâncias, também reduziu o consumo de combustível.

(C) Para se fazer com segurança a travessia de mares gelados prescisa haver

muito cuidado e precalção contra os perigos que surgem.

(D) Não se deve extranhar a cobissa de alguns países para explorar os

recursos naturais que vão ser encontrados no Ártico.

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(E) Para percorrer a rota que é feita abitualmente as embarcações estão

sugeitas aos riscos permanentes trazidos por placas de gelo.

Administração da linguagem

Nosso grande escritor Graciliano Ramos foi, como se sabe, prefeito

da cidade alagoana de Palmeira dos Índios. Sua gestão ficou marcada

não exatamente por atos administrativos ou decisões políticas, mas pelo

relatório que o prefeito deixou, terminado o mandato. A redação desse

relatório é primorosa, pela concisão, objetividade e clareza (hoje

diríamos: transparência), qualidades que vêm coerentemente

combinadas com a honestidade absoluta dos dados e da autoavaliação –

rigorosíssima, sem qualquer complacência – que faz o prefeito. Com toda

justiça, esse relatório costuma integrar sucessivas edições da obra de

Graciliano. É uma peça de estilo raro e de espírito público incomum.

Tudo isso faz pensar na relação que se costuma promover entre

linguagens e ofícios. Diz-se que há o “economês”, jargão misterioso dos

economistas, o “politiquês”, estilo evasivo dos políticos, o “acadêmico”,

com o cheiro de mofo dos baús da velha retórica etc. etc. E há, por

vezes, a linguagem processual, vazada em arcaísmos, latinismos e

tecnicalidades que a tornam indevassável para um leigo. Há mesmo

casos em que se pode suspeitar de estarem os litigantes praticando –

data venia – um vernáculo estrito, reservado aos iniciados, espécie de

senha para especialistas.

Não se trata de ir contra a necessidade do uso de conceitos

específicos, de não reconhecer a vantagem de se empregar um termo

técnico em vez de um termo impreciso, de abolir, em suma, o

vocabulário especializado; trata-se, sim, de evitar o exagero das

linguagens opacas, cifradas, que pedem “tradução” para a própria língua

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a que presumivelmente pertencem. O exemplo de Graciliano diz tudo:

quando o propósito da comunicação é honesto, quando se quer clareza e

objetividade no que se escreve, as palavras devem expor à luz, e não

mascarar, a mensagem produzida. No caso desse honrado prefeito

alagoano, a ética rigorosa do escritor e a ética irrepreensível do

administrador eram a mesma ética, assentada sobre os princípios da

honestidade e do respeito para com o outro.

(Tarcísio Viegas, inédito)

22. (FCC/2010/DPE-SP/Agente de Defensoria) O autor do texto comenta o

relatório do prefeito Graciliano Ramos para ilustrar a

a) superioridade de uma linguagem técnica sobre a não especializada.

b) necessidade de combinar clareza de propósito e objetividade na

comunicação.

c) possibilidade de sanar um problema de expressão pela confissão honesta.

d) viabilidade de uma boa administração pública afirmada em boa retórica.

e) vantagem que leva um grande escritor sobre um simples administrador.

23. (FCC/2010/DPE-SP/Agente de Defensoria) Atente para as seguintes

afirmações:

I. No 1º parágrafo, afirma-se que a administração do prefeito Graciliano

Ramos foi discutível sob vários aspectos, mas seu estilo de governar

revelou-se inatacável.

II. No 2º parágrafo, uma estreita relação entre linguagens e ofícios é dada

como inevitável, apesar de indesejável, pois os diferentes jargões

correspondem a diferentes necessidades da língua.

III. No 3º parágrafo, busca-se distinguir a real eficácia de uma linguagem

técnica do obscurecimento de uma mensagem, provocado pelo abuso de

tecnicalidades.

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Em relação ao texto, está correto APENAS o que se afirma em

a) I.

b) II.

c) III.

d) I e II.

e) II e III.

24. (FCC/2010/DPE-SP/Agente de Defensoria) Há mesmo casos em que se

pode suspeitar de estarem os litigantes praticando – data venia – um

vernáculo estrito (...)

Nessa passagem do texto, o autor

a) vale-se de uma linguagem que em si mesma ilustra o caso que está

condenando.

b) mostra-se plenamente eficaz na demonstração do que seja estilo conciso.

c) parodia a linguagem dos leigos, quando comentam a dos especialistas.

d) vale-se de um estilo que contradiz a prática habitual dos registros

públicos.

e) mostra-se contundente na apreciação das vantagens da retórica.

25. (FCC/2010/DPE-SP/Agente de Defensoria) Considerando-se o contexto,

traduz-se adequadamente o sentido de um segmento em:

a) sem qualquer complacência (1º parágrafo) = destituído de intolerância.

b) jargão misterioso (2º parágrafo) = regionalismo infuso.

c) vazada em arcaísmos (2º parágrafo) = rompida por modismos.

d) a que presumivelmente pertencem (3º parágrafo) = que se imagina

integrarem.

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e) assentada sobre os princípios (3º parágrafo) = reprimida com base nos

fundamentos.

26. (ESAF/ANA/Analista e Especialista/2009) Assinale a opção correta em

relação ao texto.

O Programa Nacional de Desenvolvimento dos

Recursos Hídricos – PROÁGUA Nacional é um

programa do Governo Brasileiro financiado pelo Banco

Mundial. O Programa originou-se da exitosa experiência

5 do PROÁGUA / Semiárido e mantém sua missão

estruturante, com ênfase no fortalecimento institucional

de todos os atores envolvidos com a gestão dos recursos

hídricos no Brasil e na implantação de infraestruturas

hídricas viáveis do ponto de vista técnico, financeiro,

10 econômico, ambiental e social, promovendo, assim, o

uso racional dos recursos hídricos.

(http://proagua.ana.gov.br/proagua)

a) O PROÁGUA/Semiárido é um dos subprojetos derivados do

PROÁGUA/Nacional.

b) A expressão “sua missão estruturante”(ℓ.5 e 6) refere-se a “Banco

Mundial”(ℓ.3 e 4).

c) A ênfase no fortalecimento institucional de todos os atores envolvidos com

a gestão de recursos hídricos é exclusiva do PROÁGUA/Semiárido.

d) Tanto o PROÁGUA/Semiárido como o PROÁGUA/Nacional promovem o uso

racional dos recursos hídricos.

e) A implantação de infraestruturas hídricas viáveis do ponto de vista técnico,

financeiro, econômico, ambiental e social é exclusiva do

PROÁGUA/Nacional.

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27. (ESAF/ANA/Analista e Especialista/2009) Em relação ao texto, assinale a

opção correta.

O Rio Paraíba do Sul tem cerca de 2/3 de suas águas

retiradas do seu leito por uma obra de transposição

em Santa Cecília (RJ). Essas águas são utilizadas

para gerar energia elétrica e para abastecer a Região

5 Metropolitana do Rio de Janeiro (cerca de 8 milhões de

pessoas). Havia conflitos pelo uso dessas águas entre

as diferentes regiões. Também nesse caso, a ação

da ANA se pautou por definir um arcabouço técnico e

institucional, estabelecendo regras de operação para o

10 reservatório e de vazão mínima a ser liberada a jusante

(rio abaixo), em determinadas épocas do ano, de forma

a compatibilizar os usos. (José Machado

http://www.ana.gov.br/SalaImprensa/artigos/ set.2008.pdf)

a) A substituição de “cerca de”(ℓ.1) por acerca de mantém a correção

gramatical do período.

b) A eliminação de “para” antes de “abastecer”(ℓ.4) prejudica a correção

gramatical do período.

c) A palavra “arcabouço”(ℓ.8) está sendo empregada com o sentido de

estrutura, esquema.

d) A substituição de “se pautou”(ℓ.8) por se orientou prejudica a correção

gramatical do período.

e) A palavra “jusante”(ℓ.10) tem o mesmo significado de montante.

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28. (ESAF/ANA/Analista e Especialista/2009) Assinale a opção em que o

trecho do texto está reescrito de forma gramaticalmente errada.

Os fundamentos da Lei n. 9.433/97, conhecida como

Lei das Águas, resultaram de décadas de discussões e

basearam-se nas experiências adotadas pelas unidades

federadas desde a década de 70, além de estarem

5 sintonizados com os discursos dos mais significativos

fóruns internacionais. Esses fundamentos estabelecem

que a água é um bem de domínio público e um recurso

natural limitado, dotado de valor econômico. Além disso,

apregoam que, em situações de escassez, a água deve

10 ser usada prioritariamente para o consumo humano e a

dessedentação de animais; que sua gestão deve sempre

proporcionar o uso múltiplo; que a bacia hidrográfica é

a unidade territorial para a implementação da Política

Nacional de Recursos Hídricos; e que essa gestão deve

15 ser descentralizada e contar com a participação do

Poder Público, dos usuários e das comunidades.

(Adaptado de http://www.ana.gov.br/SalaImprensa/artigos )

a) Asseveram ainda que a gestão hídrica deve ser descentralizada e contar

com a participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades, e

que a bacia hidrográfica é a unidade territorial para a implementação da

Política Nacional de Recursos Hídricos.(ℓ. 12,a 16)

b) Estão sintonizados com os discursos dos mais significativos fóruns

internacionais.(ℓ.4, 5 e 6)

c) Esses fundamentos estabelecem que a água é um bem de domínio público,

dotado de valor econômico, e um recurso natural limitado.(ℓ.6, 7 e 8)

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d) Apregoam também que a gestão da água deve sempre proporcionar o uso

múltiplo e que, em situações de escassez, a água deve ser usada

prioritariamente para o consumo humano e a dessedentação de animais.(ℓ.

9, 10 e 11)

e) Os fundamentos da lei conhecida como Lei das Águas (Lei n. 9.433/97),

basearam-se nas experiências adotadas pelas unidades federadas desde a

década de 70 e resultou de décadas de discussões.(ℓ. 1, 2, 3 e 4)

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GABARITO

1. Item certo

2. Item certo

3. B

4. Item errado

5. Item errado

6. Item errado

7. Itens errados

8. Item errado

9. Item errado

10. B

11. Item certo

12. A

13. C

14. Item certo

15. C

16. B

17. D

18. A

19. A

20. E

21. B

22. B

23. C

24. A

25. D

26. D

27. C

28. E