7 fontes de direito
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Noções Gerais de Direito
1.º Semestre
Ano Lectivo 2010/2011
Patrícia Anjos Azevedo(Grupo de Direito)
ESG / IPCA
As Fontes de Direito – noção
Vários sentidos para o conceito de fontes de Direito:
Sociológico: designa as circunstâncias que presidiram à formação
de determinadas normas;
Histórico ou Instrumental: significa os diplomas legislativos em que
se contêm normas jurídicas (CC, Código Administrativo);
Político: refere-se aos órgãos encarregados da produção de
normas jurídicas;
Filosófico: encara o fundamento da obrigatoriedade das normas
jurídicas.
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As Fontes de Direito – noção
Mais importante:
sentido técnico-jurídico: modos de formação e revelação do
direito objectivo, das normas jurídicas.
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As Fontes de Direito –
aproximação
1. A Lei – norma jurídica directamente imposta por órgão
competente;
2. O Costume – norma resultante duma prática social constante
acompanhada da convicção da sua obrigatoriedade;
3. A Jurisprudência – conjunto de orientações seguidas pelos
tribunais (ou outros organismos) no julgamento dos casos
concretos da vida real;
4. A Doutrina – actividade de estudo teórico do Direito que
formula juízos sobre a adequada regulamentação das relações
sociais;
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As Fontes de Direito –
aproximação
5. A Equidade – tomar em consideração as circunstâncias
especiais dos casos concretos; é a chamada justiça do caso
concreto;
6. Os Princípios Gerais do Direito – não têm consagração legal
entre nós.
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Classificação das
Fontes de Direito
Lei e Costume – Fontes directas e imediatas do Direito
(actuam ao nível da formação do Direito)
Doutrina e Jurisprudência – Fontes mediatas ou indirectas
(actuam como modos de revelação do Direito)
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A Lei
A única fonte imediata de Direito, entre nós. Vale de per si, sem necessidade de outros factores.
Entendida como o Direito positivado, emanado (votado, deliberado e promulgado) pelos órgãos competentes (maxime, Assembleia da República e Governo).
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A lei – os diferentes tipos de leis
O Estado goza de três poderes distintos. São eles: poder
legislativo; poder executivo (administrativo/governativo);
poder judicial.
Do exercício do poder legislativo emerge a lei, entendida como
norma jurídica imposta na sociedade, por um órgão
competente para tal – o Estado.
Contudo, o termo lei pode designar diferentes realidades:
Pode significar o mesmo que ordenamento jurídico (cfr. art.º 13.º
da CRP).
Pode significar o mesmo que acto legislativo (lei ou decreto-lei) –
cfr. art.º 103.º, n.º 3 da CRP.8
A lei – os diferentes tipos de leis
Pode significar o mesmo que acto da Assembleia da República –
cfr. art.º 18.º, n.º 2 da CRP.
Pode ainda significar o mesmo que norma jurídica – cfr. art.º
205.º, n.º 1 da CRP.
Além disso, pode também assumir sentidos diversos:
Lei em sentido amplo e lei em sentido restrito
Lei em sentido material e lei em sentido formal
Lei constitucional e lei ordinária
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Lei em sentido amplo e
lei em sentido restrito
Lei em sentido amplo – integra todos os diplomas, de carácter
geral e imperativo, provenientes de órgãos estaduais
competentes (A.R., Governo, Assembleias Legislativas
Regionais, Assembleias Municipais, Assembleias de
Freguesia), ou seja, leis, decretos-lei, regulamentos, posturas,
portarias e decretos legislativos regionais. Em suma, a lei em
sentido amplo abrange todos os diplomas que consagrem
normas jurídicas.
Lei em sentido restrito – é a lei propriamente dita, fruto do
exercício do poder legislativo pela A.R. (Lei), pelo Governo (DL)
ou pelas Assembleias Legislativas Regionais (decreto
legislativo regional).
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Lei em sentido material e
lei em sentido formal
A primeira é todo o acto normativo proveniente de um órgão
estadual competente, ainda que não esteja no exercício da
função legislativa, abrangendo leis, decretos-lei, decretos
regionais, regulamentos, portarias, decretos regulamentares,
despachos normativos, etc. Aqui atende-se à matéria contida
no diploma.
A segunda é aquela que se reveste das formas destinadas, por
excelência, ao exercício da função legislativa do Estado, como
as leis constitucionais, as leis ordinárias e os decretos-lei. O
que releva é o elemento formal do documento, ou seja, o modo
como ele surge no ordenamento jurídico.
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Lei constitucional e
lei ordinária
A Constituição da República Portuguesa (CRP) é
comummente designada como sendo a “Lei Fundamental”,
pois aí encontram-se consagrados e protegidos os direitos,
garantias e deveres fundamentais do cidadão, estabelecendo-
se também as regras de organização e funcionamento dos
órgãos estaduais superiores, nomeadamente dos que exercem
o poder legislativo.
É também a Constituição que estabelece as regras para a
criação dos demais actos do Estado, designadamente das leis
que não poderão dispor contra os preceitos constitucionais, sob
pena de serem declaradas inconstitucionais.
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Lei constitucional e
lei ordinária
No caso português, a lei constitucional é a lei que visa alterar
a CRP (lei de revisão), não indicando a lei constitucional
quaisquer outros actos normativos que exijam forma de lei
constitucional.
A lei ordinária é o diploma emanado por qualquer órgão
estadual no exercício do poder legislativo.
As normas jurídicas contidas nas leis ordinárias que contrariem
preceitos constitucionais não podem ser aplicadas pelos
Tribunais ou outros aplicadores do Direito, uma vez que são
inconstitucionais.
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Processo legislativo comum (Leis)
e processo de elaboração de um
Decreto-Lei
Estas matérias serão estudadas, em pormenor, mais à frente…
Para já ocupemo-nos das classificações/arrumações principais
dos conceitos.
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A Lei (classificações)
Solenes:
Leis constitucionais;
Leis ordinárias: leis e decretos-leis;
Decretos legislativos regionais.
Comuns:
Leis emanadas dos órgãos centrais do Estado (decreto do
Presidente da República, decreto regulamentar do Governo);
Leis elaboradas pelos órgãos locais do Estado (regulamentos
dos Governos Civis);
Leis das RA;
Leis das Autarquias.
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A Lei (hierarquia)
critério da superioridade - leis de grau de hierarquia inferior
não podem contrariar leis de hierarquia superior;
critério da posterioridade - a lei mais recente revoga a mais
antiga;
regra da especialidade - lei especial que prevalece sobre a
lei geral.
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Esquema da hierarquia
Constituição
Tratados e convenções Internacionais
Leis/Decretos-Leis
Decretos legislativos regionais
Decretos regulamentares
Portarias
Regulamentos das autarquias locais
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Técnicas legislativas
Partes gerais – destinam-se a evitar repetições, pois aqui estão
fixadas as disposições normativas comuns às várias matérias a
regular (ex: matéria sobre a capacidade para contratar – 217.º
e ss CC).
Remissões – expediente técnico-legislativo que se destina a
evitar repetições, através das quais o legislador, em vez de
regular directamente a questão de direito, remete para outras
normas jurídicas (art. 678.º - 139.º CC).
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Técnicas legislativas
Ficções legais – o legislador estabelece que o facto ou situação
a regular é igual ou equiparável a um outro para o qual já se
encontra regulado um regime jurídico na lei. A lei atribui a um
facto as consequências jurídicas de outro.
Definições legais – não são normas perfeitas nem autónomas,
pois não têm hipótese nem estatuição. Constituem partes de
normas que hão-de integrar outras disposições legais (ex: 202.º
e ss CC).
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Técnicas legislativas
Presunções legais – art. 349.º CC – são as ilações que a lei ou o
julgador tiram de um facto conhecido para firmar um facto
desconhecido. Podem ser inilidíveis (não admitem prova em contrário –
ex: 1260.º, n.º 3 e 243.º, n.º 3 CC) ou ilidíveis (admitem prova em
contrário – ex: 1260.º, n.º 2 CC).
Conceitos indeterminados – são conceitos abstractos que vão permitir
a individualização da solução no caso concreto, adaptando a norma em
causa, quer à complexidade da matéria a regular, quer às
particularidades do caso (ex: Boa fé, justa causa, bom pai de família,
bons costumes).
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O costume – notas e noção
Noção: Observância geral, constante e uniforme de uma regra
de conduta social, acompanhada da convicção da sua
obrigatoriedade jurídica por parte da opinião comum.
Foi a principal fonte de Direito até ao Séc. XVIII.
Hoje, a Lei civil abre uma pequena porta aos usos – artigo 3º do C.C.
Assim, os usos são entre nós fonte apenas mediata de Direito, na medida em que apenas valem por remissão da própria Lei, quando esta o autorize (ex.: art. 1122º do C.C.)
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Costume vs Usos
Costume – repetição de práticas + convicção da sua
obrigatoriedade por parte da comunidade.
O costume é constituído por dois elementos:
- O elemento natural (corpus) – que se traduz na prática reiterada
e habitual, com uma certa duração, de determinado padrão de
conduta em que está implícita uma norma;
- O elemento psicológico (animus) – que se traduz na convicção de
se estar a obedecer a uma regra geral, abstracta e obrigatória,
assumida e praticada pela comunidade.
Usos (e o seu valor) – repetição de práticas,
independentemente da convicção da sua obrigatoriedade.
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O costume e
a sua relação com a lei
Secundum legem: a norma que a interpretação retira do
costume tem o mesmo sentido da norma extraída da lei
(costume confirmativo);
Praeter legem: a norma do costume disciplina matérias que a
lei não previu (costume integrativo);
Contra legem: a norma que o costume oferece está em
oposição à norma legal.
Nota: No ordenamento jurídico português, o costume não se
revela como fonte imediata do Direito, mas sim como fonte
mediata, pois é a lei que define se o costume é válido ou não, não
sendo admissível no nosso ordenamento qualquer costume contra
legem.26
A jurisprudência
Conjunto de decisões proferidas pelos tribunais sobre as
causas submetidas à sua apreciação.
São as soluções dadas aos casos concretos pelos órgãos com
competência para administrar a Justiça (as decisões dos
Tribunais – maxime sentenças e acórdãos).
Confronto com o ordenamento jurídico anglo-saxónico (noção
de precedente vinculativo vs precedente meramente indicativo -
caso do nosso sistema e dos restantes sistemas
continentais…)
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A jurisprudência
Diz-se que a jurisprudência “é perigosa”, mas muito importante:
as leis não prevêem tudo (lacunas); “é retroactiva”; em
“sistemas continentais” como o português não se aplica a
“regra do precedente”; “governo dos juízes que criam Direito” e
“não são eleitos democraticamente”;
Assentos: a anterior redacção do art. 2º do CC dizia que “nos
casos declarados na lei, podem os tribunais fixar, por meio de
assentos doutrina com força obrigatória geral”; eram, pois,
fonte do Direito; Ac. do TC (Tribunal Constitucional) nº 810/93,
de 7/12 julgou os assentos inconstitucionais; Ac. TC nº 743/96,
de 28/5 julgou-os inconstitucionais com “força obrigatória geral”
(FOG); com as alterações legislativas do CPC (Código de
Processo Civil) e CPP (Código de Processo Penal), o STJ
(Supremo Tribunal de Justiça) deixou de poder fazer
“assentos”;
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A jurisprudência
A Lei tem vindo a criar mecanismos que ultrapassem o desaparecimento dos “Assentos”:
- “Recurso para uniformização de jurisprudência” e “recurso no interesse da unidade do Direito”: art.s 437º e ss e 447º e ss do CPP;
- “Revista ampliada” e “agravo ampliado”: art.s 732º-A, 732º-B e 762º/3 do CPC;
- “Recurso para uniformização de jurisprudência”: art. 152º do CPTA;
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A jurisprudência
No caso de conflitos entre decisões dos Tribunais superiores,
cabe recurso para “uniformização de jurisprudência”, mas a
decisão que resolver o conflito só vale no caso concreto em
que o conflito foi suscitado, embora os tribunais que não sigam
a orientação perfilhada no acórdão que decidiu o conflito – e
que antes se designava por “assento” e agora por “Acórdão de
uniformização de jurisprudência” (AUJ) – devem fundamentar
as divergências relativas à jurisprudência fixada (v.g. 445º do
CPP e 732.º-A do CPC: a publicação é feita no DR, I Série);
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A doutrina
Opiniões e pareceres dos jurisconsultos e estudiosos do Direito.
São apenas “argumentos de autoridade”, tão mais valiosos quanto maior for o reconhecimento do jurista.
Porém, não vinculam o juiz.
Assim, e por esta razão, muitos autores não incluem a doutrina nas fontes de Direito.
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A equidade
Traduz-se em o juiz tomar em consideração as circunstâncias
especiais de cada caso concreto, e não aplicar a norma geral
na sua rigidez e inflexibilidade.
“Justiça do caso concreto”.
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A equidade – art.º 4.º do C.Civil
Artigo 4.º
Os tribunais só podem resolver segundo a equidade:
a) Quando haja disposição legal que o permita;
b) Quando haja acordo das partes e a relação jurídica não seja
indisponível;
c) Quando as partes tenham previamente convencionado o
recurso à equidade, nos termos aplicáveis à cláusula
compromissória.
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Fontes internacionais
As fontes internacionais têm cada vez maior importância em
Portugal sobretudo devido ao facto de existir uma integração na
União Europeia.
Tratado internacional (convenção, pacto ou carta): é o
acordo de vontades entre Estados soberanos em que são
fixadas regras obrigatórias para as matérias que abrange,
sendo normativa, é “tratado normativo;
A sua aprovação cabe à Assembleia da República (AR): art.º s
161º i e 197º/1 alínea c CRP; a ratificação dos tratados
compete ao Presidente da República: art. 135º b da CRP;
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Fontes internacionais
O Direito comunitário (UE) sofre de dualidade: tratados
constitutivos (Direito comunitário primário); actos comunitários
(actos praticados pelos órgãos da UE com base nos tratados
ou Direito comunitário derivado);
http://eur-lex.europa.eu/pt/index.htm
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Fontes internacionais
Regulamento: é da competência do Conselho e/ou da
Comissão; tem carácter geral, é obrigatório e directamente
aplicável em todos os Estados-membros.
Directiva: é elaborada pelo Conselho e/ou Comissão; tem
como destinatários os Estados-membros, os quais devem,
dentro de certo prazo, tomar as disposições necessárias para
realizar os objectivos da directiva; a directiva deixa aos Estados
o encargo de a converterem em normas da ordem interna –
transposição.
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Fontes internacionais – algumas
notas
O direito internacional é o conjunto das normas adequadas a
solucionar os eventuais conflitos existentes entre os Estados ou
outras entidades internacionais, tais como as organizações
internacionais (direito internacional público);
…e também entre os indivíduos pertencentes a diferentes
Estados (direito internacional privado).
O direito internacional público faz parte integrante do
Direito interno de muitos Estados, tal como acontece em
Portugal – cfr. art.º 8.º da CRP.
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Fontes internacionais – algumas
notas
O direito internacional privado terá como objectivo a resolução
dos problemas emergentes de relações de privados, mas que
se encontrem em conexão com vários ordenamentos jurídicos.
Cada Estado deverá assim possuir normas para designar qual
a lei aplicável às situações em conflito, que são as
denominadas normas de conflitos – entre nós previstas nos
art.ºs 25.º a 65.º do C. Civil.
O direito comparado é também muito importante, ajudando a
interpretar as normas e a aperfeiçoar as mesmas quando
necessário.
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Fontes internacionais – algumas
notas
No que respeita o direito comunitário – ou seja, a ordem
jurídica das Comunidades, destinada a ser integrada nos
Estados-Membros –, importa distinguir:
Direito comunitário originário – integrado pelos tratados
constitutivos das comunidades europeias, pelos tratados que
procedem aos sucessivos alargamentos e pelos tratados de
revisão dos tratados institutivos.
Direito comunitário derivado – corresponde às normas
emanadas com base nos tratados, a fim de garantir a sua
aplicação. Assim, o direito comunitário derivado será o Direito
criado pelos órgãos comunitários, como sejam os regulamentos, as
directivas, as decisões, as recomendações e os pareceres.
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Fontes internacionais – algumas
notas
Regulamentos são normas de carácter geral, obrigatórias em
todos os seus elementos, e directamente aplicáveis em todos
os Estados-Membros.
A aplicabilidade directa significa que não é necessário
qualquer acto de recepção por parte dos vários
ordenamentos jurídicos, vigorando a partir da data neles
(regulamentos) prevista ou, se nada for estipulado, no 20.º dia
seguinte ao da sua publicação no jornal oficial das
comunidades.
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Fontes internacionais – algumas
notas
As directivas são normas que vinculam os Estados-Membros
destinatários apenas quanto aos resultados a alcançar,
deixando por isso às instâncias nacionais autonomia para
decidir a escolha das formas e dos meios para esse efeito.
Assim, a directiva necessitará de ser transposta para que
vigore nos respectivos Estados-Membros.
O objectivo destes actos será uma tendencial harmonização e
uniformização das legislações dos vários Estados-Membros, só
produzindo efeitos depois de a estes notificadas.
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Fontes internacionais – algumas
notas Para além dos regulamentos e das directivas, podem ainda
ser adoptadas decisões e formuladas recomendações e
pareceres.
As decisões podem dirigir-se a Estados, empresas e
indivíduos, sendo obrigatórias em todos os seus elementos,
mas apenas vinculando os seus destinatários;
As recomendações e os pareceres não têm carácter
vinculativo;
As recomendações são actos da Comissão dirigidos ao
Conselho ou aos Estados-Membros, sugerindo determinado
tipo de actuações, ao passo que os pareceres podem provir
dos mais variados órgãos comunitários, revestindo os mais
variados propósitos.
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Fontes internacionais – algumas
notas
Um dos princípios a reter no âmbito comunitário é o princípio
da sua aplicabilidade directa, salientando-se também o
princípio do primado do direito comunitário.
Este último princípio significa que o direito comunitário
prevalece sobre qualquer norma de direito interno.
O princípio da subsidiariedade foi expressamente introduzido
no Tratado da CE pelo Tratado de Maastricht (ou Tratado da
UE), significando que as comunidades só devem intervir
quando os efeitos que pretendam atingir não possam ser
alcançados ao nível dos Estados-Membros, pois entende-se
que as decisões devam ser preferencialmente tomadas o mais
próximo possível dos cidadãos.
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O processo legislativo de
formação dos regulamentos e das
directivas
Para o desempenho das suas atribuições, o Parlamento
Europeu, em conjunto com o Conselho e a Comissão, poderá
adoptar regulamentos e directivas.
O processo legislativo comunitário será, em princípio,
triangular: assim a Comissão apresenta uma proposta e o
Conselho, em cooperação com o Parlamento Europeu, decide.
Poderá ainda ser um processo quadrangular, quando se exige
para determinadas matérias a consulta ao comité económico e
social ou ao comité das regiões, o que complexifica o processo.
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O processo legislativo de
formação dos regulamentos e das
directivas Em termos muito simplificados, o poder de iniciativa legislativa
pertence à Comissão, o poder de decisão pertence ao
Conselho e o poder de controlo democrático dos actos
pertence ao Parlamento Europeu.
A faculdade de emitir pareceres compete aos comités
referenciados no diapositivo anterior.
A adopção dos actos legislativos comunitários poderá revestir
várias formas (processo de consulta, processo de cooperação
institucional simples, processo de co-decisão, processo de
parecer favorável), consoante as matérias versadas.
Vejamos, esquematicamente, o processo mais simples – o
de consulta.45
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As Fontes de Direito – Conclusões
Fonte imediata e propriamente dita: Lei (art. 1.ºCC)
Fontes mediatas: Usos (art. 3.º CC) e Equidade (art. 4.º CC)
Não são verdadeiras fontes, apenas revelações e influências:
Jurisprudência e Doutrina
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