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7º Aniversário da ADASCA ANO V, Edição nº 14 - Publicação Trimestral: Janeiro/ Fevereiro e Março de 2014 Preço de Apoio: 1,00€ N. DL: 335394/ 13 Director: Joaquim M. C. Carlos Rua Camilo Castelo Branco, 145 | 3830-582 Gafanha da Nazaré | Tel. 234 368 051 - Fax 234 368 052 - [email protected] mercis publicidade e marketing, lda. - Impressão Digital - Serigrafia - Vinil - Brindes Publicitários - Design Gráfico

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Page 1: 7º Aniversário da ADASCA 14.pdf · A “Intenção sem acção é ilusão” escreveu Lair Ribeiro. O projecto que motivou a fundação da ADASCA há sete anos, bem podia ter ficado

7º Aniversário daADASCA

ANO V, Edição nº 14 - Publicação Trimestral: Janeiro/ Fevereiro e Março de 2014 Preço de Apoio: 1,00€N. DL: 335394/ 13 Director: Joaquim M. C. Carlos

Rua Camilo Castelo Branco, 145 | 3830-582 Gafanha da Nazaré | Tel. 234 368 051 - Fax 234 368 052 - [email protected]

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De acordo com a Lei de Imprensa em vigor a que esta publicação está sujeita, torna-se público o Estatuto Editorial pelo qual a TRIBUNA DA ADASCA se orienta em toda a sua actividade de comunicação e informação, para a promoção da dádiva de sangue entre outras áreas de interesse jornalístico. Assim:

1 – A TRIBUNA DA ADASCA, é uma publicação trimestral, imparcial em matéria política e religiosa, que visa informar com rigor e transparência, a sociedade no seu geral para a máxima importância da dádiva de sangue, não remunerada a favor da comunidade doente.

2 – A TRIBUNA DA ADASCA, assume o respeito integral pelos princípios Deontológicos e da Ética jornalística, c o m o o s d e m a i s d i r e i t o s democráticos consagrados na C o n s t i t u i ç ã o d a Re p ú b l i c a Portuguesa e os vigentes na Lei da Imprensa de modo a atingir os objectivos que se propõe na área da sensibilização comunitária para a dádiva de sangue.

3 – A TRIBUNA DA ADASCA, como órgão de comunicação social sem fins lucrat ivos , será d i s t r ibu ida gratuitamente aos sócios da ADASCA, dependendo do apoio financeiro de pessoas singulares ou empresas que a ela se queiram associar, através de patrocínios nos termos a acordar.

4 – A TRIBUNA DA ADASCA, é um orgão de informação aberto à participação de todos os dadores de sangue, especialistas das diversas áreas da

saúde, no sentido de promover um debate construtivo de ideias entre outros assuntos considerados pertinentes para a dádiva de sangue.

5 – A TRIBUNA DA ADASCA, é um sinal positivo dos tempos que correm, apesar da evolução das ciências médicas, em que a dádiva de sangue continua a ser imprescindivel para fins terapeuticos.

6 – A TRIBUNA DA ADASCA, através da publicação dos artigos de opinião, reportagens, entrevistas e afins, tem como objectivo incrementar uma cultura responsavel para a dádiva de s a n g u e , s e m d i s t i n ç ã o d e nacionalidades ou credos, como ainda defender os direitos dos dadores associados da ADASCA.

Estatuto Editorial daTribuna da ADASCAEstatuto Editorial daTribuna da ADASCA

Ficha Técnica da TRIBUNA DA ADASCA

TRIBUNA Nº. 14

ANO V * Edição Trimestral

Janeiro, Fevereiro e Março

DIRETOR/ ADMINISTRADOR:

Joaquim M. C. Carlos

C.P. TE-Nº. 525

CORPO REDATORIAL:

Direção da ADASCA

Arquivo da ADASCA e Diversos

FOTOGRAFIA:

Registo na ERC Nº. 125948

N. DL: 335394/ 11

ISSN 2182/ 3049

Associação de Dadores de Sangue do

Concelho de Aveiro - ADASCA

N.I.P.C.: 507 949 145

Rua de Ovar

Rua de Ovar

Mercado Municipal de Santiago, Loja G

Mercado Municipal de Santiago, Loja F

3810-145 Aveiro

3810-145 Aveiro

Contacto: 964 470 432

E-mail: [email protected]

Site: www.adasca.pt

PAGINAÇÃO E IMPRESSÃO:

Mercis - Publicidade e marketing, Lda.

Rua Camilo Castelo Branco, 145

3830-582 Gafanha da Nazaré

Telefone: 234 368 051 - Email: [email protected]

Tiragem: 1.000 Exemplares/ Trimestral

Distribuição Gratuita aos sócios da ADASCA

Preço de Apoio: 1,00€

POLÍTICA EDITORIAL:

Os artigos são da inteira responsabilidade dos

respetivos autores, cabendo ao Diretor a

decisão final da publicação dos mesmos em

conformidade com a lei da imprensa em vigo, e

de acordo com o Estatuto Editorial que rege

este orgão de informação para a promoção da

dádiva de sangue.

Autoriza-se a transcrição de artigos desde que

seja mencionada a sua fonte de origem, ou

solicitada por escrito, caso contrário ocorre-se

na prát ica de plágio que é punida

criminalmente.

PROPRIEDADE/ EDIÇÃO:

SEDE/ REDAÇÃO:

POSTO FIXO:

2 TRIBUNA DA ADASCA

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Vive-se hoje numa fase de história, na qual a impotência das soluções humanas serve resignadamente a facção representativa da ousadia e do atrevimento, da parcialidade e do favoritismo, da dignidade medíocre e empurrada, com uma pobreza de sentimentos e uma esterilidade de raciocínios, em que a verdade sempre se subverte e a mentira se enfeita.A generalidade dos factos é um breviário aberto, no qual a moral adormecida, de hoje, gravou a adulteração dos costumes, a corrupção da vida e a penúria humana, por desconhecerem o seu lema edificante e eterno.Tudo, hoje, se procura saturar de obscenidade, de lascívia e de indiferença. O liberalismo foi o maior apóstolo e propagandista de tão fecundas influências. O mundo ainda o respira, fervorosamente, com a maior das esperanças através dos poros da sua ambição e criou a liberdade da indiferença, em nome do Indivíduo. Sinais dos tempos.O mundo vive magramente entre o desprestígio e a derrota, cumulado num cenário trágico, de juízo final, lançado por si mesmo às trevas, como se há mu i to já se desinteressasse da sua salvação; prostrado, jurou apagar com ódio tantos e tão seguros caminhos da sua verdadeira história; insocial, ergueu monstruosamente a contradição entre a vida do homem

e a vida, entre a sua ética e a ética, esmolando, impudicamente, a sua coroa de louros, apenas perseguido pelas derradeiras energias dos costumes e dos povos, que ainda estoicamente refutam esta tirania. Sinais dos tempos.Em nome da liberdade, da igualdade e da fraternidade o «homo lupus homini» domina visceralmente.Aparecem ideias de morte como razões concludentes, de sistemas capazes. Ostentam-se símbolos para justificações recalcadas e viciosas… Desconhecem-se quais os direitos e os deveres inerentes às condições do homem. Ignora-se que a primeira condição para que um sistema social funcione é que ele possa moralmente funcionar. Ignora-se que numa sociedade cada um deve ter a possibilidade de agir e deve deixar aos outros esta mesma possibilidade: nessa possibilidade de agir, por si, encontrar-se-ão os direitos; nessa possibilidade de agir, para outrem, sairão os deveres.Submissa, intelectualmente, aos filisteus duma cultura espectacular e deliquescente, a época é, pois, de combate a todas as fórmulas consistentes. Negativista e u t i l i t á r i a c o n s e g u i u a transformação do homem numa classificação mecânica das suas faculdades económicas: é, tantas vezes, a família, que vive

teatralmente de ofertas sonoras e com um capital injusto!... é tantas vezes, o governo que escraviza, insensível, com a sua riqueza estadual o custo da vida e as formas de viver! Sinais dos tempos.Juraram-se as forças ocultas contra a razão das coisas… destruíram-se as razões contra a força dos direitos…Por razões, que são fáceis de discernir, Rousseau é ainda, a garantia do novo sistema social que serve a imaginação dos cansados, pela vitória sobre a confiança, adulterando a justiça e a caridade. Os homens não têm necessidade de mestres para duvidar, logo uma plêiade de livres pensadores pôs, em evidencia, a sua razão prática para idolatrar o homem natural, o homem deificado. Porque a um absoluto se opõe outro absoluto há que portanto, protestar contra a mentira e libertar a realidade de todas as ficções liberativas, manda a verdade que assim seja. Sinais dos tempos. Bom ano para todos os leitores.

3 TRIBUNA DA ADASCA

Joaquim CarlosDirector da Tribuna da ADASCA

Editorial Sinais dos Tempos Sinais dos Tempos

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Dia 8 de Fevereiro 2014Dia 8 de Fevereiro 2014

Quando preparava esta mensagem, alusiva ao 7º. Aniversário da ADASCA, única Associação de Dadores de Sangue do Concelho de Aveiro, legalmente constituída conforme o Diário da República, 2ª. Série—Nº. 110—8 de Junho de 2007 li com emoção o seguinte: “Certifico que, por escritura de 7 de Fevereiro de 2007, iniciada a fl. 143 do livro de notas para escrituras diversas nº. 39-G do Cartório Notarial de Aveiro, a cargo da notária Maria Deolinda de Almeida Rolo, foi constituída uma associação com a denominação em epígrafe, com sede na freguesia da Glória, concelho de Aveiro, (…) e o seu objecto consiste na assistência médica e social a dadores e ex-dadores de sangue, a promoção de campanhas de sensibilização para novos dadores e promover campanhas de colheitas de sangue.

Fazendo uma curta avaliação dos sete anos que decorreram, fico com a sensação de que, quase nada foi feito, quando na verdade podíamos ter ido mais além se tivéssemos mais apoios, tendo em conta a sua natureza pública e social. Sete anos de satisfações e insatisfações, de vitórias e derrotas, de encontros e desencontros, acção e inacção, motivação e desmotivação, a lista seria longa, na medida em que cada um vive os acontecimentos de forma diferente e assim somos vistos, sempre com o sentimento da marginalização a que o ministério da saúde nos votou, quando decidiu retirar a isenção das taxas moderadoras aos dadores de sangue nos hospitais, principal causa que motivou a quebra de dádivas a nível nacional, em particular no Concelho de Aveiro. A publicação do Decreto-Lei N.º 113/2011, de 29 de novembro vai ficar sempre na nossa memória pelas piores razões.

Nós por

cá...

4 TRIBUNA DA ADASCA

7º Aniversário da ADASCA7º Aniversário da ADASCA

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5 TRIBUNA DA ADASCA

A “Intenção sem acção é ilusão” escreveu Lair Ribeiro. O projecto que motivou a fundação da ADASCA há sete anos, bem podia ter ficado pela intenção, seria mais um que não passaria do papel, mas, isso não aconteceu. Essa era a previsão de algumas pessoas desta cidade. Tanta dedicação, com sacrifícios financeiros, pessoais e familiares a ADASCA está firme como uma rocha, ainda que as tempestades surjam de tempos a tempos, aliás, tornou-se cobiçada.

Sem pretender ser exaustivo na apresentação dos resultados obtidos nos decorridos 7 anos de existência, nem o momento é o indicado, a título de informação a ADASCA no ano transacto realizou cerca de 90 brigadas, destas resultaram cerca de 2789 inscrições, 2164 dádivas aprovadas, 625 suspensões temporárias, representando a ADASCA nesta data cerca de 3376 dadores associados de pleno direito.

“Toda acção humana, quer se torne positiva ou negativa, precisa depender de motivação” na opinião de Dalai Lama. O que notamos é que a desmotivação e a indiferença andam por ai de mãos dadas. A Direcção da ADASCA tem sido atingida por estes dois sentimentos demolidores, até pela forma como nos sentimos desconsiderados, julgamos que somos dignos de mais respeito considerando que todos somos voluntários.

“Para criar inimigos não é necessário declarar guerra, basta dizer o que pensa” Martin Luther King. Ora nem mais: O ministério da saúde e por sua vez o IPST tem feito de nós bonecos articulados e sujeitos à sua obediência.

A ADASCA foi confrontada com cancelamento de duas sessões de colheitas de sangue, agendadas para os dias 11 e 25 de Janeiro no seu Posto Fixo, com a justificação de que havia componentes sanguíneos a mais em stok, quando na verdade a principal causa estava relacionada com a falta de recursos humanos.

Com o universo de dadores associados, a ADASCA bem podia ter em cada sessão de colheitas na ordem de 50 a 60 presenças no seu Posto Fixo, o que verificamos é triste: “retiraram-nos as isenções das taxas moderadoras nos hospitais, nunca mais dou sangue”. Famílias inteiras deixaram de comparecer, o que nos deixa contristados.

Os responsáveis directivos do IPST não dialogam com as associações, apenas nos transmitem ordens, como de funcionários se tratasse. Vivemos num autismo completo. Corro o risco de dizer que o IPST está a deixar muito a desejar, não agrada aos dadores de sangue nem às associações, tudo funciona de candeias às avessas. Existem dirigentes associativos com medo de falar do que não concordam com receio de perderem os apoios financeiros. Este paradigma não serve uma causa que todos dizem defender.

Com a retirada das isenções das taxas moderadoras nos hospitais aos dadores de sangue, o ministério da saúde

destruiu todo um trabalho que levou dezenas de anos a construir. Sobre esta destruição da parte da direcção do IPST nem uma tomada de posição, aliás, pelo que nos é dado saber até concorda. Por fim, a forma como tem vindo a ser comemorado o Dia Nacional do Dador de Sangue e por sua vez o Dia Mundial do Dador de Sangue, colocou ainda mais à distância destes eventos os dadores e as suas associações, o que provocou ainda mais o sentimento de marginalização.

A falta de auto-suficiência de sangue em Portugal, deve-se unicamente ao ministério da saúde e por sua vez ao IPST, que nada fazem para alterar a situação, ora isto deixa-nos desmotivados, com a agravante de sermos rotulados de terroristas de sangue, como se pôde ouvir no dia 08 Abril de 2012 em declarações pelo Dr. Hélder Trindade na RTP. Não podemos fazer um exercício de hipocrisia para agradar a quem quer que seja, porque a realidade é delicada e devia incomodar a todos os que tem responsabilidades nesta área.

Lamentamos que os responsáveis directos da destruição que tem vindo a ser executada, tenham optado pela decisão mais fácil: delegar em outrem a sua presença, deixando-nos a falar para o “boneco”, este é o respeito que merecemos.

Joaquim Carlos

Presidente da Direcção da ADASCA

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6 TRIBUNA DA ADASCA

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7 TRIBUNA DA ADASCA

A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte:

Artigo 1.º - ObjetoA presente lei aprova o Estatuto do Dador de Sangue.

Artigo 2.º - Princípios gerais1 — Compete ao Estado assegurar a todos os cidadãos o acesso à utilização terapêutica do sangue, seus componentes e derivados, bem como garantir os meios necessários à sua correta obtenção, preparação, conservação, fracionamento, distribuição e utilização.2 — É dever cívico de todo o cidadão saudável contribuir para a satisfação das necessidades de sangue da comunidade, nomeadamente através da dádiva.3 — É proibida toda e qualquer comercialização do sangue humano.

Artigo 3.º - Dador de sangue1 — Entende -se por dador de sangue aquele que, depois de aceite clinicamente, doa benevolamente e de forma voluntária parte do seu sangue para fins terapêuticos.2 — Candidato a dador é aquele que se apresente num serviço de sangue e declare ser sua vontade doar sangue.3 — Pode dar sangue aquele que cumpra os critérios de elegibilidade, previamente definidos por portaria do Ministério da Saúde.4 — Ao dador de sangue é atribuído um cartão nacional de dador, a regulamentar por portaria do Ministério da Saúde.

Artigo 4.º - Dádiva de sangue1 — A dádiva de sangue é um ato cívico, voluntário, benévolo e não remunerado.Dador de Sangue2 — A dádiva é considerada regular quando efetuada, no mínimo, duas vezes por ano.3 — O carácter das doações, nomeadamente a sua regularidade, definição de unidade de sangue, intervalos das dádivas e outros aspetos relacionados com a dádiva, deve atender aos critérios definidos pelo organismo público responsável, de modo a garantir a disponibilidade e acessibilidade de sangue e componentes sanguíneos de qualidade, seguros e

eficazes.4 — Compete aos serviços de sangue garantir que os dadores de sangue cumprem todos os critérios de elegibilidade.

Artigo 5.º - Deveres do dador de sangue1 — O dador de sangue deve observar as normas técnicas e científicas previamente estabelecidas, tendo em vista a defesa da sua saúde e a do doente recetor.2 — O dador de sangue deve colaborar com os serviços de sangue, em particular através do cumprimento dos seguintes pressupostos:a) O consentimento para a dádiva de sangue deve ser formalizado por escrito, através do preenchimento do modelo aprovado pelo organismo público responsável;b) O dador de sangue deve prestar aos serviços de sangue as informações solicitadas pelo organismo público responsável, respondendo com verdade, consciência e responsabilidade; c) O dador de sangue encontra -se subordinado a rigorosos critérios de elegibilidade, tendo em vista a preservação da sua saúde e a proteção do recetor de quaisquer riscos de infeção ou contágio.

Artigo 6.º -1 — O dador ou candidato a dador tem direito:a) Ao respeito e salvaguarda da sua integridade física e mental;b) A receber informação precisa, compreensível e completa sobre todos os aspetos relevantes relacionados com a dádiva de sangue;c) A não ser objeto de discriminação;d) À confidencialidade e à proteção dos seus dados pessoais, nos termos da Constituição da República Portuguesa e da legislação em vigor;e) Ao reconhecimento público;f) À isenção das taxas moderadoras no acesso às prestações do Serviço Nacional de Saúde (SNS), nos termos da legislação em vigor;g) A ausentar -se das suas atividades profissionais, a fim de dar sangue, pelo tempo considerado necessário para o efeito, sem quaisquer perdas de direitos ou regalias do trabalhador dador;h) Ao seguro do dador;i) À acessibilidade gratuita ao estacionamento dos estabelecimentos do SNS, aquando da dádiva de sangue.2 — Não perde os direitos consagrados no número anterior o dador que:a) Esteja impedido definitivamente, por razões clínicas, ou por limite de idade e tenha efetuado o mínimo de 10 dádivas, nos últimos cinco anos;b) Por razões clínicas devidamente comprovadas, ou por motivos que lhe não sejam imputáveis, venha a encontrar-se temporariamente impedido da dádiva, e

Direitos do dador de sangue

Estatuto do Dador de SangueEstatuto do Dador de SangueLei n.º 37/2012 de 27 de Agosto Estatuto do Dador de SangueLei n.º 37/2012 de 27 de Agosto Estatuto do Dador de Sangue

I I

Instituto Portuguêsdo Sangue e daTransplantação, IP

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8 TRIBUNA DA ADASCA

5 — As associações de dadores de sangue colaboram com as entidades oficiais nas campanhas de promoção da dádiva e colheita de sangue, bem como na definição de políticas, medidas legislativas e planos de actividades relacionados com a dádiva de sangue.6 — As associações de dadores de sangue são livres de se agrupar ou filiar em uniões, federações ou confederações, de âmbito local, regional, nacional ou internacional, com fins análogos.

Artigo 9.º -1 — Ao dador de sangue é assegurada a livre visita a doentes internados nos estabelecimentos hospitalares do SNS, durante o período estabelecido para o efeito.2 — Excecionalmente, a visita pode ser autorizada fora do horário estabelecido e pelo período de tempo definido pelo estabelecimento hospitalar.

Artigo 10.º - RegulamentaçãoA presente lei é regulamentada pelo Ministério da Saúde no prazo de 90 dias após a sua publicação.

Artigo 11.º - Entrada em vigorA presente lei entra em vigor no dia seguinte à sua publicação.

Aprovada em 25 de Julho de 2012.A Presidente da Assembleia da República, Maria da

Assunção A. Esteves.Promulgada em 10 de agosto de 2012.

Publique-se.O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA.

Referendada em 17 de agosto de 2012.O Primeiro -Ministro, Pedro Passos Coelho.(Diário da República, 1.ª série — N.º 165 —

27 de agosto de 2012)

Visitas a doentes internados

últimos cinco anos.3 — Para a avaliação da elegibilidade do dador, os serviços de sangue dispõem de local que garanta a privacidade da entrevista.4 — Perde o direito aos benefícios o dador que interrompa, sem motivo justificado e por mais de 24 meses, a dádiva de sangue.

Artigo 7.º -1 — O dador está autorizado a ausentar -se da sua actividade profissional pelo tempo necessário à dádiva de sangue.2 — Para efeitos do número anterior, a ausência do dador é justificada pelo organismo público responsável.3 — O dador considera -se convocado desde que decorrido o intervalo mínimo fixado entre as dádivas.4 — O médico pode determinar, em cada dádiva, o alargamento do período até à retoma da atividade normal, quando a situação clínica assim o exija, desde que devidamente justificado.5 — O disposto no presente artigo não implica a perda de quaisquer direitos ou regalias do dador.

Artigo 8.º - Associações de dadores de sangue1 — O Estado reconhece a importância das associações de dadores de sangue.2 — Consideram -se associações de dadores de sangue as organizações que tenham como objeto a promoção altruísta e desinteressada da dádiva de sangue, estimulando esta prática entre os cidadãos.3 — Os dadores de sangue podem livre e voluntariamente constituir-se em associações de dadores de sangue.4 — As associações de dadores de sangue são parceiros privilegiados na promoção dos direitos e deveres dos dadores de sangue, na dinamização da dádiva de sangue e na informação e esclarecimento de dúvidas sobre a dádiva de sangue.

Ausência das atividades profissionais

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9 TRIBUNA DA ADASCA

João Marques AlmeidaProduções Artísticas

Nacionais e Internacionais

Telms: 914889442 - 919546447 | Rua Pêra Jorge, nº. 45 - Mamodeiro | 3810-747 Aveiro

Gestos Simples que Salvam VidasGestos Simples que Salvam Vidas

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10 TRIBUNA DA ADASCA

Sangue é vida que se doa, Numa terna e grata prova; Do amor de uma pessoa Que pratica a Boa-Nova...

Sangue, viçoso e vermelho, Fonte de vida que aquece... Brota do corpo, aparece Nos vasos do nosso aparelho... Nome, que a lenda fez velho, Na falta que alto se entoa... Bate no peito, apregoa Dádivas deste alimento... Vida, é sangue em movimento, Sangue é vida que se doa...

Brinda Bíblias etéreas, Como nobre sacrifício... Faz-se sinal do ofício Correndo pelas artérias... Soletra as letras mais sérias No coração, que renova O plasma, que se comprova, Como um contrato de amor... Quando o seu nome é "Dador", Numa terna e grata prova...

Décimas dedicadas a todos os "Dadores de Sangue", que doam um pouco da sua vida em prol de outras vidas mais necessitadas...

Poesia ao Dador de sangue

Dá-se um sinal de união, Nos capilares de quem sente O corpo sofrido e carente Dos gestos de compaixão... Actos, que são o que são, Na compaixão que ressoa... Sangue; esperança que voa, No laço que é transmitido... Tal como brinde oferecido Do amor de uma pessoa...

Aurícula de paz e de fé... Primor de quem dá o que tem... Pratica os caminhos do bem, Na dádiva de ser o que é... Sangue de vida e que até, Serve argumento que trova... O gesto que alto se louva; Saber repartir com os seus... Como um agente de Deus, Que pratica a Boa-Nova...

António Prates

Obrigado ao seu autor!

Página da Poesia...Página da Poesia...

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11 TRIBUNA DA ADASCA

Mapa de Colheitas de Sangue para 2014Onde posso doar sangue em Aveiro?

ASSOCIAÇÃO DE DADORES DE SANGUE DO CONCELHO DE AVEIROASSOCIAÇÃO DE DADORES DE SANGUE DO CONCELHO DE AVEIROASSOCIAÇÃO DE DADORES DE SANGUE DO CONCELHO DE AVEIRO

[email protected] | Telem. 964 470 432 | Blog: aveiro123-portaaberta.blogspot.com

www.adasca.pt

MARÇO

ABRIL

MAIO

JUNHO

- Quartas-feiras, dias 5 e 19 das 16:00 horas às 20:00 horas - Posto Fixo da ADASCA- Sexta-feira, dias 14 e 28 das 9:00 horas às 13:00 horas - Posto Fixo da ADASCA

- Sábados, dias 8 e 22 das 9:00 horas às 13:00 horas - Posto Fixo da ADASCA

- Quartas-feiras, dias 2, 16 e 30 das 16:00 horas às 20:00 horas - Posto Fixo da ADASCA- Sexta-feira, dias 11 e 25 das 9:00 horas às 13:00 horas - Posto Fixo da ADASCA

- Sábados, dias 5 e 19 das 9:00 horas às 13:00 horas - Posto Fixo da ADASCA- Quinta-feira, dia 10 das 9:00 horas às 13:00 horas - PT Inovação de Aveiro

- Quartas-feiras, dias 14 e 28 das 16:00 horas às 20:00 horas - Posto Fixo da ADASCA- Sexta-feira, dias 9 e 23 das 9:00 horas às 13:00 horas - Posto Fixo da ADASCA

- Sábados, dias 3, 17 e 31 das 9:00 horas às 13:00 horas - Posto Fixo da ADASCA- Domingo, dia 11 das 9:00 horas às 13:00 horas - Salão de Cacia

- Quartas-feiras, dias 4, 18 e 25 das 16:00 horas às 20:00 horas - Posto Fixo da ADASCA- Sexta-feira, dias 13 e 27 das 9:00 horas às 13:00 horas - Posto Fixo da ADASCA

- Sábados, dias 7 e 21 das 9:00 horas às 13:00 horas - Posto Fixo da ADASCA

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A Pastelaria Veneza conta com 51 anos de existência, sendo uma das mais antigas da

cidade de Aveiro, sempre com a preocupação de bem servir os clientes

com esmero e qualidade.

A Pastelaria Veneza conta com 51 anos de existência, sendo uma das mais antigas da

cidade de Aveiro, sempre com a preocupação de bem servir os clientes

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