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RELA TÓRIO DE ESTÁGIO M 2016-17 REALIZADO NO ÂMBITO DO MESTRADO INTEGRADO EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS Farmácia Saúde Marta Sofia Gonçalves da Silva

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RELAT ÓRI OD E EST Á GI O

M 2016- 17

REALIZADO NO ÂMBITO DO MESTRADO INTEGRADO

EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS

Farmácia Saúde

Marta Sofia Gonçalves da Silva

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I

Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto

Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas

Relatório de Estágio Profissionalizante

Farmácia Saúde

Maio de 2017 a Agosto de 2017

Marta Sofia Gonçalves da Silva

Orientador: Dr.(a) Alexandra Nobre Moreira

_____________________

Tutor FFUP: Prof. Doutor (a) Maria Beatriz Vasques Neves Quinaz Garcia Guerra Junqueiro

_____ ________________________

Setembro de 2017

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Relatório de Estágio em Farmácia Comunitária - Farmácia Saúde

II

DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE

Eu, Marta Sofia Gonçalves da Silva, abaixo assinado, nº 201207610, aluna do Mestrado Integrado em Ciências

Farmacêuticas da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, declaro ter atuado com absoluta integridade

na elaboração deste documento.

Nesse sentido, confirmo que NÃO incorri em plágio (ato pelo qual um indivíduo, mesmo por omissão, assume

a autoria de um determinado trabalho intelectual ou partes dele).

Mais declaro que todas as frases que retirei de trabalhos anteriores pertencentes a outros autores foram

referenciadas ou redigidas com novas palavras, tendo neste caso colocado a citação da fonte bibliográfica.

Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, de de 2017.

Assinatura: ___________________________________________

(Marta Sofia Gonçalves da Silva)

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Relatório de Estágio em Farmácia Comunitária - Farmácia Saúde

III

ÍNDICE

DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE ......................................................................................................... II

ÍNDICE ......................................................................................................................................................... III

AGRADECIMENTOS .................................................................................................................................. V

RESUMO ...................................................................................................................................................... VI

ÍNDICE DE ABREVIATURAS ................................................................................................................. VII

ÍNDICE DE FIGURAS ............................................................................................................................. VIII

ÍNDICE DE TABELAS ............................................................................................................................... IX

PARTE I- ESTÁGIO NA FARMÁCIA SAÚDE ......................................................................................... 1

1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 1

2. APRESENTAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DA FARMÁCIA SAÚDE ................................................ 1

2.1. Localização e horário de funcionamento ................................................................................................. 1

2.2. Espaço físico e funcional ......................................................................................................................... 1

2.3. Recursos humanos ................................................................................................................................... 3

2.4. Caraterização dos utentes ........................................................................................................................ 3

3. GESTÃO DA FARMÁCIA .................................................................................................................. 4

3.1. Sistema informático ................................................................................................................................. 4

3.2. Gestão de stocks ...................................................................................................................................... 4

3.3. Aquisição de produtos ............................................................................................................................. 4

4. ENCOMENDAS E APROVISIONAMENTO .................................................................................... 4

4.1. Realização de Encomendas ..................................................................................................................... 4

4.2. Receção e conferência de encomendas .................................................................................................... 5

4.3. Marcação de preços ................................................................................................................................. 6

4.4. Armazenamento ...................................................................................................................................... 6

4.5. Propriedade de utente e reservados ......................................................................................................... 6

4.6. Empréstimo a farmácias .......................................................................................................................... 7

4.7. Controlo dos prazos de validade e Devoluções ....................................................................................... 7

5. DISPENSA DE MEDICAMENTOS .................................................................................................... 8

5.1. Medicamentos sujeitos a receita médica ................................................................................................. 8

5.2. A receita médica ...................................................................................................................................... 9

5.3. Dispensa e aconselhamento farmacêutico ............................................................................................... 9

5.4. Regime de comparticipação de medicamentos ...................................................................................... 10

5.5. Medicamentos genéricos ....................................................................................................................... 11

5.6. Medicamentos psicotrópicos e estupefacientes ..................................................................................... 11

5.7. Conferência de receituário e faturação .................................................................................................. 11

5.8. Medicamentos não sujeitos a receita médica e automedicação ............................................................. 12

6. DISPENSA DE OUTROS PRODUTOS FARMACÊUTICOS ....................................................... 12

6.1. Medicamentos e produtos manipulados ................................................................................................ 12

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Relatório de Estágio em Farmácia Comunitária - Farmácia Saúde

IV

6.2. Medicamentos e produtos veterinários .................................................................................................. 13

6.3. Produtos cosméticos e de higiene corporal ............................................................................................ 13

6.4. Produtos de puericultura ........................................................................................................................ 13

6.5. Produtos fitoterápicos ............................................................................................................................ 14

6.6. Suplementos alimentares ....................................................................................................................... 14

6.7. Produtos dietéticos e de alimentação especial ....................................................................................... 14

6.8. Medicamentos e produtos homeopáticos ............................................................................................... 14

6.9. Dispositivos médicos ............................................................................................................................. 15

7. CASOS PRÀTICOS ............................................................................................................................ 15

8. SERVIÇOS PRESTADOS PELA FARMÁCIA ............................................................................... 16

8.1. Pressão arterial e pulsação ..................................................................................................................... 16

8.2. Determinação de parâmetros bioquímicos ............................................................................................ 17

8.3. Outros serviços ...................................................................................................................................... 17

9. GESTÃO DE RESÍDUOS .................................................................................................................. 17

10. FORMAÇÕES ................................................................................................................................ 17

PARTE II- PROJETOS DESENVOLVIDOS ........................................................................................... 18

1. INTERVENÇÃO DO FARMACÊUTICO COMUNITÁRIO NA UTILIZAÇÃO ADEQUADA

DE ANTIBIÓTICOS ................................................................................................................................... 18

1.1. Enquadramento...................................................................................................................................... 18

1.2. Introdução ............................................................................................................................................. 18

1.3. Objetivo ................................................................................................................................................. 24

1.4. Metodologia .......................................................................................................................................... 24

1.5. Discussão e conclusão ........................................................................................................................... 24

2. INTERVENÇÃO DO FARMACÊUTICA NA COMUNIDADE ESCOLAR-OBESIDADE ....... 25

2.1. Enquadramento...................................................................................................................................... 25

2.2. Introdução ............................................................................................................................................. 26

2.3. Objetivo ................................................................................................................................................. 31

2.4. Metodologia .......................................................................................................................................... 31

2.5. Discussão e Conclusão .......................................................................................................................... 31

3. ESTUDOS DE CASO: A IMPORTÂNCIA DA INTERVENÇÃO DO FARMACÊUTICO

COMUNITÁRIO ......................................................................................................................................... 32

3.1. Enquadramento...................................................................................................................................... 32

3.2. Introdução ............................................................................................................................................. 33

4. OUTRAS ACTIVIDADES REALIZADAS NA FARMÁCIA SAÚDE .......................................... 39

BIBLIOGRAFIA .......................................................................................................................................... 41

ANEXOS ....................................................................................................................................................... 47

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Relatório de Estágio em Farmácia Comunitária - Farmácia Saúde

V

AGRADECIMENTOS

Gostaria de deixar o meu sincero OBRIGADO:

À Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto e a todos os professores, pelos ensinamentos e

experiências partilhadas que, sem dúvida, me permitiram a construção de bases sólidas para uma aprendizagem

que continua para toda a vida. A toda a comissão de Estágios pela dedicação e profissionalismo com que realizam

o seu trabalho.

A toda a equipa de profissionais da Farmácia Saúde pela forma carinhosa como me receberam, pela

paciência e generosidade e pela disponibilidade demonstrada para me ajudar e ensinar. Proporcionaram-me uma

experiência incrível a todos os níveis, que me tornou uma profissional mais responsável, confiante e preparada

para enfrentar os futuros desafios que a vida me reserva.

Á minha tutora da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, a Professora Beatriz Quinaz por

todo o apoio e ajuda durante o meu estágio e pelas suas valiosas dicas na elaboração do presente relatório.

Por último, quero agradecer à minha família por terem sido sempre uma fonte de motivação.

Principalmente aos meus pais. Não há palavras para descrever a quão lhes estou agradecida por tudo aquilo que

fizeram e fazem, diariamente, por mim. O meu muito obrigado por toda a confiança, paciência, dedicação que

depositaram em mim ao longo de todos estes anos. Mas, acima de tudo, obrigado por serem o exemplo de que

com trabalho e dedicação tudo se alcança. É graças a vocês e aos valores que me transmitiram, que sou, hoje,

uma pessoa melhor e que tento melhorar a cada dia.

E aos meus amigos que comigo partilharam estes anos e que os tornaram, sem dúvida alguma,

inesquecíveis. Obrigado por todos os sorrisos, risos, lágrimas, palavras de consolo, ensinamentos… Obrigado

pela vossa constante presença.

A, todos, muito OBRIGADO!

Marta Silva

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Relatório de Estágio em Farmácia Comunitária - Farmácia Saúde

VI

RESUMO

O estágio profissionalizante em Farmácia Comunitária representa o primeiro contacto com o exercício

da profissão. Uma etapa de consolidação de todos os conhecimentos adquiridos ao longo do curso. Para além da

aplicação de conhecimentos teóricos, o estágio curricular permitiu-me desenvolver a componente social e

humana associada ao exercício da profissão farmacêutica. Realizei o meu estágio curricular com duração de 4

meses (Maio-Agosto) na Farmácia Saúde, onde fui recebida por uma equipa de profissionais com forte sentido

de responsabilidade social e profissional que me ensinaram com rigor as várias atividades que integram o

exercício de farmacêutico.

O relatório encontra-se dividido em duas partes. Na primeira parte encontram-se sumariadas as

atividades realizadas durante os quatro meses de estágio curricular na Farmácia Saúde, as aptidões e

conhecimentos adquiridos bem como a caraterização do funcionamento da farmácia comunitária e o papel do

farmacêutico.

Na segunda parte encontram-se descritos os temas que desenvolvi no meu estágio no âmbito da

valorização da atividade farmacêutica. Para cada tema planeado é apresentado o seu enquadramento, a

fundamentação teórica e a forma como foram desenvolvidos.

O primeiro tema abordado é referente à intervenção do farmacêutico comunitário na utilização adequada

de antibióticos. A ideia deste tema surgiu porque fui frequentemente confrontada com utentes que mostravam

um grande desconhecimento quanto ao uso e eficácia dos antibióticos, assim como da atual problemática

associada à resistência a estes medicamentos, fruto da sua utilização excessiva e muitas vezes inadequada.

Intervi, promovendo o uso adequado dos antibióticos, através da transmissão oral e escrita de informação,

contribuindo para o combate à resistência bacteriana.

O segundo tema abordado diz respeito à obesidade. A obesidade é uma doença crónica cuja prevalência

tem aumentado nos últimos anos e que constitui um sério problema de saúde pública da atualidade. Neste âmbito,

tive a oportunidade de me deslocar a uma centro social e realizar uma breve apresentação para crianças e

respetivos pais/encarregados de educação, abordando o conceito de obesidade, as comorbilidades a ela

associadas e hábitos de vida saudáveis que devem ser adotados no sentido de prevenir e combater esta doença.

A ideia do terceiro tema abordado no relatório é resultado do tempo que passei no atendimento ao

balcão, onde me deparei com situações de utentes polimedicados com problemas na conciliação da informação

que garante o correto uso dos medicamentos e com situações de uso indiscriminado e inadequado de

medicamentos. Estas situações obrigaram-me a recorrer por diversas vezes à ajuda dos profissionais da Farmácia

Saúde e a desenvolver estratégias e capacidades de comunicação que me permitissem ultrapassar as dificuldades.

Relato ainda algumas das atividades desenvolvidas na Farmácia Saúde durante o meu período de estágio

e onde considero que tive uma participação ativa importante e que contribuíram para adquirir conhecimentos e

competências úteis para o futuro da minha atividade profissional.

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Relatório de Estágio em Farmácia Comunitária - Farmácia Saúde

VII

ÍNDICE DE ABREVIATURAS

BPF - Boas Práticas de Fabrico

DCI – Designação Comum Internacional

PVF – Preço de Venda à Farmácia

PVP – Preço de Venda a Público

CNP – Código Nacional Português

ANF – Associação Nacional de Farmácias

AFP- Associação de Farmácias de Portugal

CCF – Centro de Conferência de Faturas

SNS – Sistema Nacional de Saúde

PNV – Programa Nacional de Vacinação

IVA – Imposto de Valor Acrescentado

MG – Medicamento Genérico

MSR – Medicamento Sujeito a Receita Médica

MNSRM – Medicamento Não Sujeito a Receita Médica

MNSRM-EF – Medicamento Não Sujeito a Receita Médica Exclusivo de Farmácia

PA – Pressão Arterial

SAMS – Serviços de Assistência Médico Social do Sindicato dos Bancários

INFARMED - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I. P.

OMS – Organização Mundial de Saúde

ONU – Organização das Nações Unidas

IMC – Índice de Massa Corporal

HTA – Hipertensão Arterial

DM – Diabetes Mellitus

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Relatório de Estágio em Farmácia Comunitária - Farmácia Saúde

VIII

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1. Mecanismo de ação dos diversos antibióticos ……………………………………………………….. 19

Figura 2. Gráfico representativo do tempo entre a descoberta e o desenvolvimento de resistências aos

antibióticos …………………………………………………………………………………………………….. 19

Figura 3. Previsão de mortalidade anual atribuível à resistência a antibióticos em 2050 ……………………… 20

Figura 4. Mecanismo de resistência bacteriana aos antimicrobianos ………………………………………….. 21

Figura 5. Consumo de antibióticos em Portugal (DDD/1000 habitantes/dia) …………………………………. 22

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Relatório de Estágio em Farmácia Comunitária - Farmácia Saúde

IX

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1. Classificação da obesidade no adulto em função do IMC e risco de comorbilidades...…………….. 27

Tabela 2. Circunferência da cintura e risco de complicações metabólicas …………………………………… 28

Tabela 3. Comorbilidades associadas à obesidade ……………………………………..……………………… 29

Tabela 4. Categorias e exemplos de constituintes encontrados em suplementos alimentares para a perda de peso

…………………………………………………………………………………………………………………. 31

Tabela 5. Resumo da medicação atual do utente em questão …………………………………....…………….. 35

Tabela 6. Serviços disponíveis na Feira da Saúde ………… …………………………………....…………….. 39

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1

PARTE I- ESTÁGIO NA FARMÁCIA SAÚDE

1. INTRODUÇÃO

O farmacêutico, à semelhança de outros profissionais de saúde, possui uma profissão ao serviço da

comunidade. Este facto é particularmente evidente na farmácia comunitária, por ser a área de atividade do

farmacêutico onde há uma maior proximidade ao utente, o que requer maior cuidado, deontologia e exigência.

A promoção da saúde na população pelos farmacêuticos ao nível das farmácias comunitárias afirma-se cada

vez mais como sendo um ato imprescindível e de grande impacto no sistema de saúde. Desta forma, o ato de

dispensa do medicamento compreende atividades tais como: educação e aconselhamento do doente, garantindo

que o este tem uma atitude responsável, consciente e informada perante o medicamento.

No final de cinco anos de um ciclo de estudos no Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas através de

formação que constitui a base da minha construção enquanto farmacêutica, chega a hora em que todo o

conhecimento e competências adquiridas são postas à prova, pela realização de um estágio curricular em

Farmácia Comunitária. Encarei este desafio com bastante entusiasmo, primeiro porque se trata de uma etapa de

constante aprendizagem e aplicação de conhecimentos, e, em segundo lugar porque permite entender a realidade

e a importância da Farmácia Comunitária, tornando o farmacêutico não apenas um especialista do medicamento,

mas também um agente de saúde pública por excelência, cujo objetivo final é sempre o doente.

Realizei o meu estágio na Farmácia Saúde, onde toda a equipa de profissionais me proporcionou um estágio

bastante enriquecedor e de contínua aprendizagem.

Com este relatório pretendo descrever as diferentes tarefas quotidianas de uma farmácia comunitária, todas

as atividades por mim realizadas e sintetizar todo o conhecimento que me foi transmitido pela equipa de

profissionais da Farmácia Saúde.

2. APRESENTAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DA FARMÁCIA SAÚDE

2.1. LOCALIZAÇÃO E HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO

A Farmácia Saúde encontra-se aberta ao público desde 13 de Abril de 1938. Em 1982 foi adquirida pela Dr.ª

Maria Margarida Barros Nobre Moreira, que assumiu a sua direção técnica até aos dias de hoje.

Situada na Avenida dos Combatentes da Grande Guerra, número 689, freguesia de Paranhos, cidade do

Porto, a sua localização privilegiada junto ao metro dos Combatentes permite um fácil acesso por parte dos

utentes. É facilmente identificada não só pela sua designação comercial “logotipo” com o seu nome, como pela

“cruz verde” que se acende sempre que a farmácia está em funcionamento tornando-se visível e ao alcance de

todos os transeuntes.

A farmácia Saúde encontra-se aberta ao público de segunda a sexta-feira das 9:00h às 19:15h e sábado das

9:00h às 13:00h. Para além deste horário de funcionamento regular, quando a farmácia se encontra destacada

como farmácia de serviço, esta mantém-se em funcionamento ininterruptamente, desde a hora de abertura até à

hora que encerra no dia seguinte. A partir das 24:00h os utentes não acedem ao interior da farmácia, sendo o

serviço assegurado pelo postigo que garante a segurança do profissional designado a realizar esse serviço.

2.2. ESPAÇO FÍSICO E FUNCIONAL

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Relatório de Estágio em Farmácia Comunitária - Farmácia Saúde

2

De acordo com as Boas Práticas Farmacêuticas (BPF) e com o artigo 29º do D.L. n.º 307/2007, de 31 de

agosto, a Farmácia Saúde dispõe de instalações que garantem a segurança, conservação e preparação dos

medicamentos, mas também a acessibilidade, comodidade e privacidade dos utentes e do respetivo pessoal [1].

Assim, no que diz respeito à organização da farmácia, esta está dividida em zonas distintas: zona de

atendimento aos utentes, zona de receção de encomendas, armazém, gabinete para atendimento diferenciado,

laboratório e duas instalações sanitárias.

A zona de atendimento aos utentes é uma divisão ampla, devidamente iluminada e ventilada com mobiliário

simples e funcional e com cinco postos de atendimento. Um destes postos situa-se mais próximo da entrada e é

utilizado essencialmente para aconselhamento de produtos cosméticos. Os restantes possuem uma distância

suficiente para garantir a privacidade dos utentes, tendo cada um, um computador, uma impressora, um leitor

ótico de código de barras e um terminal multibanco. Para que o atendimento seja ordeiro e organizado existe um

sistema de senhas. A complementar a zona de atendimento encontram-se vários expositores e lineares com

produtos de cosmética e higiene corporal, capilares, buco-dentários e puericultura de marcas como: Caudalie®,

Lierac®, Filorga®, Vichy®, Roche-Posay®, Avène®, Uriage®, A-Derma®, Klorane®, René Furterer®,

Phyto®, ISDIN®, Chico® entre outras, divididos por marca e devidamente sinalizados. Os produtos expostos

variam consoante a altura do ano e a sua exposição deve cativar o cliente, dando-se destaque a campanhas

promocionais realizadas pelos laboratórios.

Fora do alcance dos utentes, nas prateleiras que se encontram atrás dos postos de atendimento estão expostos

produtos de venda livre para vários fins, nomeadamente: suplementos alimentares, medicamentos não sujeitos a

receita médica (MNSRM), produtos dietéticos e produtos veterinários, que vão sendo adaptados à sazonalidade,

à quantidade existente e à necessidade de escoamento. Na área de atendimento existe ainda um televisor, algumas

cadeiras de espera e uma máquina automática para medição da pressão arterial (PA) e outra para medição do

peso e altura com determinação do índice de massa corporal, acessíveis a toda a comunidade. Também nesta

zona encontra-se o gabinete de atendimento personalizado, no qual se realizam os serviços de saúde

complementares, nomeadamente determinação dos parâmetros bioquímicos e fisiológicos e a administração de

medicamentos e vacinas não incluídas no Programa Nacional de Vacinação (PNV). Este espaço permite, sempre

que necessário, um diálogo mais confidencial e reservado entre o farmacêutico e o utente e, ocasionalmente,

permite a realização de rastreios e de consultas de nutrição.

A área de receção de encomendas, como o nome indica é o local da Farmácia onde se dá a confirmação e a

receção de encomendas que chegam à Farmácia Saúde oriundas dos vários fornecedores. Para auxiliar esta tarefa,

existe um computador, uma impressora de etiquetas e um leitor ótico de código de barras. É também aqui que se

situa a impressora da Farmácia, que é crucial para a atividade diária da mesma.

Após a receção das encomendas, segue-se o armazenamento dos medicamentos e produtos farmacêuticos.

Este tem em conta a sua forma farmacêutica e a sua dosagem, sendo estes organizados por ordem alfabética de

designação comum internacional (DCI) ou nome comercial. O armazenamento deve garantir que os produtos

que chegam primeiro à farmácia e/ou cujo prazo de validade seja mais curto sejam primeiramente expedidos.

A Farmácia Saúde possui um sistema de gavetas deslizantes, onde são armazenados os comprimidos e

cápsulas, os colírios, os produtos destinados a aplicação auricular e nasal, os medicamentos para uso retal e

vaginal, os injetáveis, os produtos de protoloco da Diabetes, as soluções orais, os xaropes e suspensões orais, as

ampolas, os pós e granulados, as preparações para uso cutâneo e os suplementos alimentares. Devido à sua

elevada rotação, medicamentos como o Ben-uron®/Paracetamol, as benzodiazepinas: Lexotan® e Lorenin® e a

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Relatório de Estágio em Farmácia Comunitária - Farmácia Saúde

3

Aspirina® possuem uma gaveta exclusiva. Para além disso, existem também prateleiras que contêm papas e

leites, dispositivos médicos e alguns excessos de produtos das gavetas deslizantes, todos eles devidamente

separados e sinalizados.

O laboratório da Farmácia Saúde destina-se à preparação de medicamentos manipulados. Por esse motivo,

o material de laboratório, as substâncias ativas e as matérias-primas encontram-se aqui armazenados. É também

aqui que se encontra o cofre com os psicotrópicos e os estupefacientes e o frigorífico destinado ao

armazenamento de produtos termolábeis, como vacinas, insulinas, colírios e injetáveis.

A manutenção do bom estado de conservação dos medicamentos e dos produtos farmacêuticos é também

uma obrigatoriedade, pelo que existe na Farmácia Saúde um sistema de registo de temperatura e humidade.

2.3. RECURSOS HUMANOS

Para que a Farmácia tenha um desempenho e funcionamento diário exemplar é necessário que na sua

composição existam profissionais com funções e responsabilidades distintas, que trabalhem para o mesmo

objetivo de forma integrada, proporcionando um bom atendimento e prestação de cuidados ao utente. Como

anteriormente mencionado, a Farmácia Saúde é propriedade da Dr.ª Maria Margarida Barros Nobre Moreira, que

ocupa também o cargo de Diretora-Técnica. Nesta equipa de profissionais fazem também parte mais 4

farmacêuticos, 2 Técnicos de Farmácia, 1 Técnica Auxiliar de Farmácia e 2 Responsáveis pela limpeza da

farmácia. Cada um dos seus profissionais possui um conjunto de tarefas específicas que são executadas com

rigor e profissionalismo, de modo a garantir a eficácia, eficiência, segurança e qualidade do circuito do

medicamento, demonstrando todos uma grande preocupação ao nível do acompanhamento do utente, educando-

o, aconselhando-o e esclarecendo de forma clara todas as suas dúvidas.

2.4. CARATERIZAÇÃO DOS UTENTES

A Farmácia Saúde encontra-se localizada numa zona residencial, que é também uma zona de passagem para

as pessoas apanharem os transportes públicos, o que faz com que o tipo de utentes que se dirigem à farmácia seja

um grupo muito heterogéneo, contudo o número de utentes habituais é significativamente superior ao número de

utentes esporádicos. A faixa etária é muito diversificada sendo a população idosa que se destaca pela maior

frequência na farmácia.

Os utentes são a principal razão pela qual a equipa desta Farmácia trabalha com grande profissionalismo e

entusiasmo, esforçando-se para esclarecer pontos relativos à medicação prescrita, promover o uso racional dos

medicamentos, a adesão à terapêutica e aconselhar relativamente aos produtos mais indicados. Desta forma, o

receituário e as solicitações que se observam são de carácter diverso, originando uma dispensa variável em

termos de especialidades farmacêuticas.

Dada a fidelização dos utentes habituais, a Farmácia Saúde possuí no sistema informático a "ficha de

cliente", na qual constam: os dados pessoais do utente, o registo de toda a medicação que o utente faz e fez e

poderão também ainda ser anotados aspetos relevantes ao atendimento, como por exemplo o registo de alguma

doença ou alergia a determinadas substâncias. Esta ficha permite auxiliar o farmacêutico no atendimento,

personalizando-o e proporcionando a todos os profissionais da farmácia o acesso à mesma informação referente

ao utente em questão, aumentando a relação de confiança entre o utente e o profissional de saúde.

A Farmácia Saúde apresenta um cartão de fidelização, que possibilita o acesso a descontos, atraindo

desta forma os clientes e fidelizando-os à farmácia. Os clientes que possuem este cartão ganham pontos na

compra de medicamentos não sujeitos a receita médica (MNSRM), produtos de cosmética e higiene corporal e

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posteriormente podem descontá-los numa das compras seguintes. O sistema informático implementado na

farmácia permite a visualização dos pontos que o cliente possui e permite o seu desconto no momento da venda.

3. GESTÃO DA FARMÁCIA

3.1. SISTEMA INFORMÁTICO

A gestão aliada à informatização constitui um meio essencial para qualquer sistema organizado e, com os

avanços da tecnologia houve a necessidade por parte das farmácias comunitárias de recorrerem à mesma,

tornando o seu funcionamento mais rápido e eficiente.

O sistema informático adotado na Farmácia Saúde como ferramenta de trabalho é o programa

4DigitalCare®. O 4DigitalCare® encontra-se instalado em todos os computadores da farmácia e é uma

ferramenta de trabalho muito útil na execução de grande parte das tarefas diárias, sendo uma ferramenta essencial

para o bom funcionamento da farmácia e fulcral no desempenho das funções do farmacêutico comunitário. A

sua instalação veio agilizar o atendimento ao público, o acesso ao histórico de vendas, o registo dos utentes da

farmácia, a receção de encomendas, a realização de devoluções, a gestão de produtos e stocks, o agendamento

de serviços da Farmácia, a realização de reservas e o controlo dos prazos de validade.

3.2. GESTÃO DE STOCKS

A correta e organizada gestão de stocks, a qual normalmente está a cargo de um farmacêutico responsável,

é uma das mais importantes premissas para a sustentabilidade de uma farmácia. Uma gestão de stocks eficaz

pressupõe a existência de todos os produtos farmacêuticos em quantidade adequada às necessidades da farmácia

com o menor custo e no menor tempo possível, evitando situações de rutura ou excesso de stock, de forma a

poder satisfazer as necessidades dos utentes.

O sistema informático é uma ferramenta muito útil neste contexto, permitindo definir um stock mínimo e

um stock máximo para cada produto de forma a evitar a retenção do produto e, simultaneamente, evitar a rutura

de stock.

É a gestão em tempo real dos stocks da farmácia que permite que a farmácia colmate as suas faltas para ter

o produto disponível para o utente sempre que necessário.

3.3. AQUISIÇÃO DE PRODUTOS

A aquisição de qualquer produto depende de vários critérios, nomeadamente da rotatividade, da sazonalidade

e do preço de custo, tendo em vista a rentabilização de stocks. O aprovisionamento de matérias-

primas/medicamentos/produtos farmacêuticos pode ser feito a distribuidores grossistas/ armazenistas e

diretamente aos laboratórios ou seus representantes legais. A seleção de fornecedores é feita tendo em conta

diversos fatores, nomeadamente preço, bonificações, descontos, prazos de entregas, entre outros.

Como a Farmácia saúde é uma start-up do Grupo Holon, que é uma rede nacional de farmácias,

independentes e autónomas que partilham uma mesma marca, imagem e forma de estar e ser Farmácia, beneficia,

essencialmente, das vantagens comerciais de compra dos produtos do portefólio do Grupo, conseguindo

bonificações nos produtos, com os quais trabalha habitualmente, sem o empate de capital que a compra direta

aos laboratórios implica.

4. ENCOMENDAS E APROVISIONAMENTO

4.1. REALIZAÇÃO DE ENCOMENDAS

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A Farmácia Saúde trabalha com cinco distribuidores grossistas, o principal é a OCP Portugal, seguindo-se

a Empifarma, Cooprofar, Alliance Healthcare e Udifar. Os distribuidores grossistas são os principais

fornecedores das farmácias pois comercializam uma vasta gama de produtos e oferecem um serviço rápido e

efetivo. Não é dada exclusividade a um fornecedor, para que exista um termo de comparação constante das

condições oferecidas e para que seja mais fácil suprir as necessidades do utente no caso de um produto estar

esgotado.

Sempre que um produto se encontra abaixo do stock mínimo estabelecido pela farmácia, o sistema

informático propõe-no, automaticamente, para encomenda. A cada produto está associado um fornecedor pré-

definido, mas caso haja vantagens comerciais esse fornecedor pode ser alterado por outro. A encomenda é, assim,

automaticamente, gerada, sendo criteriosamente analisada e validada por um farmacêutico responsável. Nesta

validação é tido em conta a rotatividade do produto, a sazonalidade, o número de vendas, as campanhas

publicitárias alusivas ao mesmo, o espaço disponível na farmácia para o seu armazenamento, o tempo de entrega

e as vantagens financeiras inerentes, de que são exemplo bonificações, prazos de pagamento alargados ou

descontos diretos.

Além das encomendas diárias, que têm como principal objetivo repor o stock pelo menos nivelado ao stock

mínimo para que disponibilidade de produtos esteja sempre assegurada, existem situações de pedidos pontuais,

quando o produto não existe na farmácia ou é de entrega urgente, o que implica a comunicação via telefone com

o respetivo fornecedor ou através do 4DigitalCare® (encomendas instantâneas), sendo entregues no horário de

entrega mais próximo.

O facto de os fornecedores permitirem a realização de encomendas ao longo do dia, via telefónica ou gadjet

(via informática), de produtos que não se encontram em stock ou na encomenda diária permite suprir os pedidos

dos utentes no próprio dia.

Realizam-se encomendas diretas ao laboratório ou seus representantes quando os laboratórios oferecem

condições especiais economicamente vantajosas para a farmácia, nestas compras as quantidades são

padronizadas e geralmente, elevadas, por este motivo a farmácia só tem interesse em adquirir o produto se este

for escoado facilmente e vendido em grandes quantidades, porém o aprovisionamento é mais demorado.

4.2. RECEÇÃO E CONFERÊNCIA DE ENCOMENDAS

Tal como a elaboração da encomenda, a sua receção e respetiva conferência são passos de extrema

importância na boa gestão e racionalização dos medicamentos.

A receção das encomendas e a respetiva confirmação são efetuadas logo após a sua entrega por parte dos

fornecedores. Estes fazem-se acompanhar dos respetivos produtos encomendados, devidamente acondicionados

em contentores específicos ("banheiras"), em caixas de cartão ou em contentores térmicos, no caso dos produtos

que necessitam de conservação a temperaturas entre os 2- 8ºC. Cada encomenda vem acompanhada da respetiva

guia de remessa ou fatura e respetivo duplicado, na qual constam as seguintes informações: identificação da

farmácia e do fornecedor; número da fatura; designação individual de cada produto e Código Nacional Português

(CNP); quantidades pedidas e enviadas; preço de venda à farmácia (PVF), imposto sobre o valor acrescentado

(IVA) e preço de venda ao público (PVP), se aplicável; eventuais bonificações; e valor total da encomenda. No

caso de existirem encomendas de psicotrópicos ou estupefacientes, as faturas são ainda acompanhadas pelas

guias de requisição destes produtos, com um número correspondente, devidamente assinada e autenticada.

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É possível iniciar a receção das encomendas através do 4DigitalCare®, fazendo a leitura do código de barras

de cada produto, que pode ser o CNP, código atribuído pela associação Nacional de Farmácias (ANF), ou por

um código interno atribuído aleatoriamente pelo sistema informático, no caso de o produto não ter nenhum CNP

atribuído.

Todos os parâmetros da fatura são verificados, bem como o estado de conservação dos produtos adquiridos.

Os produtos de frio, psicotrópicos e estupefacientes são os primeiros a serem rececionados, conferidos e

armazenados. No final da introdução de todos os produtos entregues confirma-se se o valor faturado e o número

total de unidades coincidem com o valor que o 4DigitalCare® exibe. Depois de confrontados os dados, a

encomenda é finalizada com a introdução do número da fatura e a data da mesma, sendo o documento arquivado.

Durante a conferência das encomendas, se se detetar inconformidades, estas são comunicadas ao fornecedor

sob forma de reclamação.

É ainda necessário ter em atenção os produtos que são retirados do mercado ou cujo CNP é alterado, pois

nesses casos é necessário aceder à ficha do produto e colocar o stock mínimo e máximo a zero ou inativar o

produto para que o sistema informático não o volte a pedir.

A receção e verificação de encomendas constituíram a primeira fase do meu estágio, que me permitiu o

contacto inicial com todos os produtos disponíveis na farmácia e a relação com nomes comerciais, essencial para

me integrar na dinâmica da gestão de stocks e, posteriormente, no atendimento ao público.

4.3. MARCAÇÃO DE PREÇOS

Alguns MNSRM, bem como outros produtos de saúde tais como os produtos de cosmética, higiene oral,

puericultura, fitoterápicos, dietéticos, leites e farinhas, dispositivos médicos, alguns medicamentos de

veterinárias, entre outros, são produtos em que o PVP não se encontra discriminado na cartonagem, sendo

necessária a sua marcação. Assim sendo, é a farmácia que define o PVP, tendo em conta a margem de lucro que

se pretende para a farmácia, que varia consoante o tipo de produto, o custo da aquisição e o IVA. O

4DigitalCare® faz o cálculo automático do PVP, após introdução do preço de custo e da margem que

pretendemos. As etiquetas que irão marcar esses produtos são impressas e nelas podemos encontrar o código de

barras, a designação do produto, o preço, o IVA e o código CNP.

4.4. ARMAZENAMENTO

Após a receção e conferência da encomenda, procede-se ao armazenamento dos produtos que deverá

obedecer a determinadas condições de conservação, nomeadamente temperatura, iluminação e humidade, de

forma a garantir a qualidade dos produtos. Por outro lado, uma boa organização dos produtos torna o atendimento

mais rápido e eficaz.

A par da receção e conferência de encomendas, o armazenamento foi uma das primeiras tarefas que

desenvolvi durante o meu estágio. Esta fase foi de extrema importância pois permitiu-me conhecer a organização

da Farmácia Saúde e dos produtos garantindo, mais tarde, um atendimento mais eficiente ao utente.

4.5. PROPRIEDADE DE UTENTE E RESERVADOS

Por vezes, os utentes podem solicitar um produto/medicamento que a farmácia não possui ou um

produto/medicamento que a farmácia não possui naquele momento por apresentar baixa rotatividade e a sua

venda não ser garantida ou ainda solicitar um produto/medicamento que já foi vendido nesse dia. Nestes casos,

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e se utente assim o entender, procede-se a um pedido imediato, por telefone ou por gadget, para garantir que o

produto/medicamento em causa chega com a maior rapidez possível.

De modo a facilitar a organização da farmácia faz-se uma reserva, informaticamente, recorrendo às

potencialidades do programa 4DigitalCare®, para que seja mais fácil quer a arrumação após a chegada do

produto, quer a sua procura quando o utente o for levantar. Aquando da realização da reserva é emitido um

documento, o qual é entregue ao utente e que serve de comprovativo, onde consta o nome do utente e respetivo

número de cliente (quando aplicável), a designação do produto e número de embalagens e a indicação se o

produto se encontra pago ou não e o qual terá que apresentar quando for levantar o produto à farmácia. Caso o

utente deixe o produto pago este é ”propriedade de utente” e é colocado na gaveta dos produtos “pagos”, se, por

outro lado o produto não se encontra pago é guardado numa prateleira destinada para o efeito. Juntamente com

estes produtos é colocado um documento idêntico ao entregue ao utente no qual consta a informação adicional

de que a reserva se encontra satisfeita, este documento é emitido aquando da satisfação da reserva, ou seja

aquando da receção do produto. Sempre que a reserva é satisfeita é enviada uma mensagem ao utente dando a

indicação de que o produto já se encontra disponível.

Durante o período de estágio tive a oportunidade de realizar muitas vezes a separação dos produtos

reservados colocando-os em local próprio devidamente identificados e organizados. Esta tarefa é extremamente

importante na medida em que minimiza a ocorrência de equívocos e garante a entrega do produto ao utente assim

que solicitado.

4.6. EMPRÉSTIMO A FARMÁCIAS

Sempre que um determinado medicamento ou produto de saúde é necessário com urgência e não se encontra

disponível na farmácia e no mercado ou a sua entrega é demorada pode recorrer-se aos empréstimos entre

farmácias. A devolução é feita com um medicamento igual ou com o mesmo princípio ativo e de valor

aproximado.

Geralmente, na Farmácia Saúde recorremos às farmácias que se localizam mais próximas, de forma, a mais

rapidamente conseguirmos o produto pretendido.

4.7. CONTROLO DOS PRAZOS DE VALIDADE E DEVOLUÇÕES

É o controlo dos prazos de validade dos medicamentos e produtos de saúde que permite assegurar o princípio

mais importante da cedência de medicamentos e produtos de saúde, que é sua dispensa em condições adequadas

de utilização – a qualidade, segurança e eficácia. O desempenho desta função é de extrema importância para a

gestão e bom funcionamento da farmácia no âmbito da segurança dos medicamentos. Um correto controlo evita

ruturas de stock e perdas financeiras para a farmácia.

Este controlo pode ser efetuado em dois momentos: diariamente quando é rececionada um nova

encomenda e periodicamente quando é impressa a listagem para controlo dos prazos de validade de todos os

produtos na farmácia. Aquando da receção das encomendas, todos os prazos de validade ficam registados no

sistema informático 4DigitalCare®, que no fim de cada mês, emite uma lista dos produtos cujo prazo de validade

expira dentro de quatro meses. Com o auxílio desta lista, todos os produtos que se encontram nesta situação, são

recolhidos e colocados numa prateleira para o efeito, de forma a se encontrarem à vista de todos e, quando

possível, serem dispensados ao utente em tempo útil. Quando esta dispensa não é possível, um mês antes do fim

da validade, são devolvidos ao fornecedor juntamente com uma nota de devolução.

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A referência destes produtos permite que quando a devolução é aceite seja emitida uma nota de crédito à

farmácia, a qual será regularizada, pelo que o valor desse produto não se perde, evitando uma quebra. Quando a

devolução não é aceite é efetuada a quebra do produto no stock, o que representa um prejuízo direto para a

farmácia.

As devoluções são feitas, por motivo de prazo de validade, mas também, sempre que, o produto não

chega conforme, é pedido indevidamente, um produto faturado não é enviado ou quando é gerada uma circular

de retirada de produtos do mercado pelo INFARMED.

O 4DigitalCare® permite a gestão de devoluções, sendo que a nota de devolução deve conter a

identificação da farmácia, nome comercial do produto e respetivo código, a quantidade do produto e o motivo

da devolução. O produto é devolvido com dois exemplares da nota de devolução, ficando um terceira cópia

arquivada na farmácia.

No caso do não envio de um produto faturado deve proceder-se ao contacto, via telefónica, do

fornecedor e proceder à reclamação, que terá um número associado. Neste caso, o fornecedor aceitando a

devolução pode regularizá-la através da emissão de uma nota de crédito desse produto, que é enviada

posteriormente, ou, pode solicitar-se o envio do produto em falta, que é enviado faturado na encomenda seguinte.

No que diz respeito aos estupefacientes e psicotrópicos e aos produtos de frio o processo é o mesmo, no

entanto os produtos do frio a devolver devem ser retirados para um contentor que garanta o mesmo circuito de

frio e os psicotrópicos e estupefacientes devem ser armazenados à parte de todos os outros.

5. DISPENSA DE MEDICAMENTOS

A dispensa de medicamentos é a atividade mais importante do ato profissional do farmacêutico ao nível da

Farmácia Comunitária, quer pela sua versatilidade e complexidade, mas também pela responsabilidade que o

farmacêutico assume, pois no decorrer da dispensa é possível proceder à avaliação do benefício/risco e promover

o uso racional do medicamento.

A farmácia, devido à situação socioeconómica atual e dado que o farmacêutico se encontra sempre

disponível para atender e fazer o aconselhamento gratuitamente, é a primeira escolha do utente para tentar

resolver os seus problemas de saúde. Para nós, farmacêuticos, este momento é gratificante, já que os utentes

depositam em nós muita confiança. Na altura da dispensa é muito importante o esclarecimento de todas as

dúvidas, a educação e o aconselhamento do utente, porque acima de tudo deve estar o seu bem-estar do mesmo

e a promoção do uso racional do medicamento.

De acordo com o Decreto-Lei nº 176/2006, de 30 de agosto, os medicamentos de uso humano podem ser

classificados em medicamentos sujeitos a receita médica (MSRM) e MNSRM [2].

5.1. MEDICAMENTOS SUJEITOS A RECEITA MÉDICA

Segundo o decreto de lei nº 176/2006, de 30 de agosto, MSRM é qualquer medicamento que de forma direta

ou indireta, constitua risco para a saúde do indivíduo mesmo quando utilizado de acordo com as indicações

médicas ou que possa apresentar risco para a saúde do indivíduo, de forma direta ou indireta, se usado em grande

quantidade e/ou para um fim terapêutico distinto daquele a que se destina [2]. Pode também ser qualquer

medicamento que possua substâncias com atividades ou reações adversas que devam ser acompanhadas ou

qualquer medicamento que se destine a administração por via parentérica. Todos estes motivos justificam a

necessidade destes medicamentos serem de venda exclusiva em farmácias e dispensados apenas se apresentada

uma receita médica válida por parte do utente.

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Os MSRM podem ainda ser subdivididos em: medicamentos de receita médica não renovável

(destinados a tratamentos de curta duração, com validade de 30 dias), medicamentos de receita médica renovável

(destinam-se a determinadas doenças ou a tratamentos prolongados; podem ser adquiridos sem necessidade de

nova prescrição médica; a receita é composta por três vias e tem a validade de 6 meses), medicamentos sujeitos

a receita médica especial (medicamentos que contenham substâncias estupefacientes ou psicotrópicas, ou

medicamentos que possam criar toxicodependência em casos de uso anormal) e medicamentos de receita médica

restrita (medicamentos de utilização reservada a certos meios especializados, como os medicamentos de uso

exclusivo hospitalar ou em ambulatório e medicamentos destinados a patologias cujo diagnóstico é efetuado

apenas em meio hospitalar).

5.2. A RECEITA MÉDICA

A aquisição de MSRM deverá realizar-se, impreterivelmente, mediante a apresentação de prescrição

eletrónica ou manual. Independentemente do tipo de prescrição efetuada (manual ou eletrónica), a prescrição de

fármacos deverá ser efetuada pela sua DCI, a fim de uniformizar e racionalizar a utilização dos fármacos.

Atualmente, as prescrições eletrónicas são as mais prescritas pelos profissionais de saúde e podem ser

materializadas ou desmaterializadas, as quais são eletronicamente acessíveis e interpretáveis. Estas visam elevar

a segurança no processo de prescrição e dispensa, facilitar a comunicação entre os diversos profissionais de saúde

e agilizar processos.

Quando as receitas são prescritas manualmente estas só podem possuir uma via, cuja validade são 30 dias,

e requerem uma justificação: “a) Falência do sistema informático; b) Inadaptação fundamentada do prescritor,

previamente confirmada e validada anualmente pela respetiva Ordem profissional; c) Prescrição no domicílio;

d) Outras situações até um máximo de 40 receitas médicas por mês.” Estas prescrições manuais apresentam

especificidades relativamente à receita eletrónica, na medida em que não podem conter qualquer rasura ou

caligrafia diferente e não podem ser prescritas com canetas diferentes ou a lápis. Em caso de se verificar alguma

situação destas, as receitas não deverão ser aceites na farmácia, uma vez que a prescrição não será válida e,

portanto, não será sujeita a comparticipação.

Para a receita, eletrónica ou manual, ser aceite na farmácia é necessário que a mesma obedeça a um conjunto

de normas, estabelecidas nos artigos 9º e 11º, respetivamente, da Portaria n.º137-A/2012 de 11 de Maio [3].

5.3. DISPENSA E ACONSELHAMENTO FARMACÊUTICO

No que respeita á dispensa de medicamentos, o farmacêutico tem a responsabilidade de validar a receita, ou

seja, certificar-se se a prescrição obedece às normas estabelecidas, bem como verificar possíveis interações

medicamentosas, contraindicações, alergias e intolerâncias e se a posologia é adequada ao utente.

Durante a dispensa, o utente deve ser informado de quais os medicamentos disponíveis na farmácia com a

mesma substância ativa, forma farmacêutica, apresentação e dosagem do medicamento prescrito, bem como

sobre aqueles que são comparticipados pelo Sistema Nacional de Saúde (SNS) e o que tem o preço mais baixo

disponível no mercado. Ou seja, dentro do mesmo grupo homogéneo (medicamentos com a mesma substância

ativa, forma farmacêutica e dosagem) a farmácia deve ter pelo menos três dos cinco preços mais baixos de cada

grupo homogéneo, devendo dispensar o de menor preço, salvo se for outra a opção do doente.

Portanto, os medicamentos podem ser prescritos de duas formas distintas, por:

→ DCI: em que o utente pode optar por qualquer medicamento que apresente o mesmo CNPEM (o que

corresponde à mesma DCI, forma farmacêutica, dosagem e tamanho de embalagem similares ao prescrito):

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→ Nome comercial ou do titular: neste caso o médico pode indicar, na receita, as justificações técnicas que

impedem a substituição do medicamento prescrito com denominação comercial, nomeadamente: “Exceção a) -

“Medicamento com margem ou índice terapêutico estreito”; “Exceção b) - Reação adversa prévia”; “Exceção c)

- Continuidade de tratamento superior a 28 dias”. Neste caso, o utente pode optar por medicamentos similares

ao prescrito, desde que sejam do mesmo preço ou de preço inferior.

Posteriormente à seleção do medicamento ou produto farmacêutico cabe ao farmacêutico fornecer todas

as informações ao utente para uma adequada utilização, esclarecendo dúvidas sobre a posologia, oralmente e por

escrito, colocando, sempre que necessário, etiquetas autocolantes nas caixas dos medicamentos com a posologia,

bem como possíveis reações adversas, e condições especiais de armazenamento.

5.4. REGIME DE COMPARTICIPAÇÃO DE MEDICAMENTOS

A comparticipação é a fração do preço de um MSRM que é financiada pelo SNS ou por outras entidades

com quem tenham estabelecido acordos, nomeadamente Serviços de Assistência Médico Social do Sindicato dos

Bancários (SAMS), trabalhadores dos correios, EDP (Energias de Portugal), entre outros. Portanto existem

utentes que beneficiam da comparticipação simultânea de dois organismos (SNS e outro), usufruindo assim de

um sistema de complementaridade de entidades.

Os utentes que beneficiam de um regime de complementaridade devem apresentar o seu cartão de

beneficiário para poderem usufruir da comparticipação da entidade do cartão, sendo o valor a comparticipar

distribuído entre a entidade primária (SNS) e a entidade secundária (como por exemplo o SAMS). É necessário

realizar uma cópia do cartão que identifica a beneficiação e anexar à cópia da receita original, por forma a faturar

nos respetivos organismos de comparticipação.

A comparticipação do regime geral é assegurada pelo estado, que garante o pagamento de uma

percentagem do PVP dos medicamentos consoante vários escalões. A comparticipação dos mesmos varia de

acordo com a utilização do medicamento, a indicação terapêutica, o consumo acrescido para doentes que sofram

de determinadas patologias e também com a entidade prescritora. No escalão A, a comparticipação é de 90%, no

B é de 69%, no C é de 37% e no D é de 15% [4], [5].

Relativamente ao regime de comparticipação especial, este destina-se aos beneficiários, ou seja, aos

pensionistas cujo rendimento "não exceda catorze vezes a retribuição mínima mensal garantida", bem como, ao

tratamento de determinadas patologias ou grupos especiais de utentes. Quando este é aplicado a beneficiários

pensionistas, consta na receita a sigla “R”, “RO” ou “RT” [6]. Por outro lado, quando este se refere a doenças

específicas, a receita deve conter a letra “O” e no campo referente à designação do medicamento sujeito a

comparticipação, a indicação da portaria, despacho ou decreto de lei associado. O regime especial compreende

comparticipação acrescida de 5% ao escalão A e 15% aos restantes escalões [7].

Existem ainda os protocolos para a Diabetes, em que a comparticipação do estado é de 85% para as

tiras-teste e de 100% para as agulhas, lancetas e seringas, para que exista um maior acesso aos mesmos por parte

dos doentes [8].

Os medicamentos dispensados são registados no 4DigitalCare®, de acordo com a comparticipação

correspondente, o utente paga a percentagem que não é comparticipada. No verso da receita são impressas as

informações referentes ao ato de dispensa e é emitida uma fatura. A grande maioria das receitas com que

contactei na Farmácia Saúde são comparticipados exclusivamente pelo SNS. No entanto, durante o meu estágio

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tive contacto com diversas outras entidades de comparticipação, como o SAMS, a CGD, os CTT ou a SAVIDA

e ainda seguros particulares de saúde.

5.5. MEDICAMENTOS GENÉRICOS

Os medicamentos genéricos (MG) possuem a mesma substância ativa, forma farmacêutica, dosagem e

indicação terapêutica que o medicamento de marca ou original utilizado como referência [9]. Desta forma, estes

possuem a mesma eficácia e segurança que o medicamento original, com a vantagem de que são mais

económicos, o que constitui uma vantagem para o acesso a medicamentos por parte das classes mais

desfavorecidas.

Durante o meu estágio, quase todos os dias, fui questionada sobre os MG. Muitos utentes questionam-se

sobre a sua eficácia e segurança, achando que o seu preço reduzido se deve a falta de qualidade. Assim, sempre

que me deparei com esta situação, tentei esclarecer o utente para que a sua escolha fosse feita de forma mais

elucidada.

Outra situação bastante comum e que requer a atenção do farmacêutico é a toma duplicada de medicamentos

genéricos semelhantes, por acharem tratar-se de medicamentos distintos e a troca de medicamentos entre os

casais. Este tipo de confusões pode colocar a saúde do utente em risco, pelo que é importante esclarecer sempre

o utente relativamente à sua medicação. Durante o meu estágio tentei sempre prestar toda a informação

necessária, quer de forma verbal quer escrita, para que se minimizem estas situações.

5.6. MEDICAMENTOS PSICOTRÓPICOS E ESTUPEFACIENTES

Os psicotrópicos e os estupefacientes, por atuarem no sistema nervoso central, são sujeitos a um controlo

muito rigoroso, na medida em que induzem dependência e habituação, podendo estar associados a atos ilícitos.

Estes medicamentos encontram-se discriminados no decreto de lei nº 15/93, de 22 de janeiro [10]. Desta forma,

estes possuem um circuito especial, necessitando de um tratamento distinto dos restantes medicamentos

comercializados na Farmácia. A nível nacional, cabe ao INFARMED a fiscalização deste circuito.

Para esse efeito, a Farmácia envia para o mesmo o registo de entradas e saídas destas substâncias.

Quando chegam à Farmácia, estes medicamentos são acompanhados do documento de requisição

especial de psicotrópicos e estupefacientes, emitido pelo fornecedor. O original do mesmo é preenchido pelo

Farmacêutico Responsável e enviado ao fornecedor e o duplicado permanece arquivado na Farmácia. O seu

armazenamento é feito num local distinto, fisicamente separado dos restantes medicamentos. Na Farmácia Saúde

estes são guardados num cofre reservado para o efeito, no laboratório da Farmácia.

Relativamente à prescrição médica destes medicamentos, esta deve ser feita numa receita isolada, num

máximo de quatro embalagens, tendo a receita uma validade de 30 dias. No ato da dispensa, o farmacêutico deve

validar a receita e recolher a identificação do médico prescritor, do adquirente e do utente a que se destina. No

fim do atendimento é impresso um talão destinado a ser armazenado.

Durante o meu estágio tive oportunidade de efetuar a receção e a dispensa destes medicamentos e de

acompanhar o procedimento de envio dos dados anteriormente referidos.

5.7. CONFERÊNCIA DE RECEITUÁRIO E FATURAÇÃO

Ao longo do mês todo o receituário é devidamente organizado e corrigido de forma a simplificar o envio

das receitas para as entidades de comparticipação, para que a Farmácia possa ser restituída do valor de

comparticipação.

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Na Farmácia Saúde, as receitas são primeiramente conferidas duplamente para maximizar a deteção de

possíveis erros. Posteriormente, as receitas são organizadas de acordo com o organismo de comparticipação e

são “picadas” no sistema informático, para perfazer lotes de 30 receitas. Quando cada lote fica concluído, o

mesmo é fechado e é impresso o respetivo “verbete de identificação de lote”. As receitas e os seus verbetes, a

relação dos lotes correspondentes a cada entidade e a fatura global em três exemplares são enviados, até ao dia

10 do mês seguinte, para o centro de conferência de faturas (CCF) ou para a associação de Farmácias de Portugal

(AFP). Para a CCF é enviado todo o receituário do SNS e para a AFP é enviado todo o receituário das restantes

entidades. Posteriormente, a CCF envia à Farmácia o comprovativo da receção do receituário e as notas de

devolução do receituário com irregularidades. Sempre que é possível, estas receitas são corrigidas e colocadas

na faturação do mês seguinte.

Durante o meu estágio tive oportunidade de participar na conferência e correção de receituário e de ajudar

a fechar os lotes das diversas entidades.

5.8. MEDICAMENTOS NÃO SUJEITOS A RECEITA MÉDICA E AUTOMEDICAÇÃO

Os medicamentos que não se enquadram na definição de MSRM são definidos como MNSRM e podem ser

vendidos nas Farmácias ou noutros locais de venda autorizados, não necessitando de receita médica [11]. Existe

ainda uma lista de medicamentos que apenas podem ser dispensados em farmácias- Medicamentos Não Sujeitos

a Receita Médica Exclusivos de Farmácia (MNSRM-EF).

Estes medicamentos não são comparticipados e possuem um regime de preço livre, sendo o mesmo

determinado pelo local de venda.

Os MNSRM são os principais produtos de indicação e aconselhamento farmacêutico. A automedicação está

indicada nas situações presentes no despacho nº 17690/2007, de 23 de julho [11]. Esta pode ser definida como o

uso de MNSRM de forma responsável, no alívio e tratamento de problemas de saúde menores e sem gravidade,

com acompanhamento ou aconselhamento facultativo de um profissional de saúde.

A utilização de MNSRM e a automedicação são prática corrente, sendo cada vez maior o número de utentes

que os solicitam. No entanto, apesar de serem classificados como mais seguros, estes, necessitam igualmente de

acompanhamento para evitar o seu uso indevido por parte dos utentes. Por esse motivo, o farmacêutico possui

aqui uma grande área de intervenção, devendo orientar a utilização destes medicamentos, avaliando a pertinência

do seu uso tendo em conta a duração e a intensidade dos sintomas do indivíduo. Para além disso, o farmacêutico

deve instruir o utente quanto ao modo de administração, à frequência da toma e à duração do tratamento e pode

e deve complementar o atendimento com medidas não farmacológicas adjuvantes ao tratamento. Em última

instância, o farmacêutico deve promover o uso seguro e racional dos medicamentos.

Este ponto foi o mais difícil do meu estágio, tendo pedido por várias vezes ajuda à equipa da Farmácia

Saúde. No entanto, foi também bastante gratificante consolidar os conhecimentos adquiridos na faculdade e

acrescentar outros inerentes à prática da profissão. Fui-me deparando com várias situações de uso indiscriminado

e inadequado de medicamentos. Em todas as situações que surgiram, procurei alertar para que em caso de

persistência ou agravamento dos sintomas o utente deveria dirigir-se ao médico.

6. DISPENSA DE OUTROS PRODUTOS FARMACÊUTICOS

6.1. MEDICAMENTOS E PRODUTOS MANIPULADOS

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13

Segundo a portaria n.º 594/2004, de 2 de junho, os medicamentos manipulados podem ser definidos como

uma fórmula magistral ou preparado oficinal que é preparado e dispensado sob o controlo de um farmacêutico

[12]. Estes são usados quando é necessária a adaptação de uma formulação existente às necessidades e

particularidades do utente, ou quando não existe nenhuma formulação disponível para o efeito. Esta portaria

contém ainda as boas práticas de preparação de medicamentos manipulados, que devem ser aplicadas durante

todo o processo.

A reconstituição de suspensões também constitui um serviço de manipulação e sempre que surge uma

prescrição contendo uma suspensão, este serviço é sempre oferecido ao utente pois é de todo o interesse que a

reconstituição deste tipo de preparações seja feita na farmácia porque em casa as pessoas não têm fácil acesso a

água purificada (que diminui a probabilidade de desenvolvimento de microrganismos em relação à água

canalizada ou engarrafada) e não conseguem por vezes aferir o volume com exatidão. A reconstituição

normalmente implica os seguintes procedimentos: agitar o frasco até soltar bem o pó do fundo; adicionar água

purificada em quantidade adequada, que pode variar de medicamento para medicamento; rolhar e agitar

energicamente até obter uma suspensão uniforme; juntar mais água até ao traço de referência e agitar novamente.

Na Farmácia Saúde a preparação de manipulados é efetuada de forma muito esporádica, sendo os

manipulados solicitados preparados por farmácia externas. Durante o meu estágio tive a oportunidade de realizar

dois manipulados (em anexo) e diversas reconstituições de suspensões.

6.2. MEDICAMENTOS E PRODUTOS VETERINÁRIOS

Segundo o decreto de lei nº 148/2008 de 29 de julho, os medicamentos veterinários são aqueles que têm

capacidade curativa ou preventiva de doenças ou dos seus sintomas nos animais [13]. Estes incluem também as

substâncias ativas passíveis de serem usadas para instituir um diagnóstico médico-veterinário ou aqueles que

exercem uma ação farmacológica, imunológica ou metabólica para retificar ou alterar funções fisiológicas.

A Farmácia Saúde possui uma pequena gama de medicamentos e produtos veterinários, tendo

essencialmente desparasitantes internos e externos, pílulas, antieméticos e produtos de higiene. Estes estão

armazenados num local distinto dos medicamentos de uso humano. Para além disso, as embalagens destes

produtos têm a indicação de “Produto veterinário” num fundo verde, para minimizar a possibilidade de erros.

6.3. PRODUTOS COSMÉTICOS E DE HIGIENE CORPORAL

Segundo o decreto de lei nº 115/2009, de 19 de maio, os produtos cosméticos e de higiene corpora (PCHC)

são destinados a ser aplicados à superfície do corpo, com o intuito exclusivo ou principal, de limpar, perfumar,

alterar o aspeto, proteger e conservar a superfície do mesmo, ou corrigir os seus odores corporais [14].

O interesse por parte das pessoas relativamente a estes produtos tem vindo a crescer e consequentemente a

oferta é cada vez maior, como tal cabe ao farmacêutico estar bem informado de forma a aconselhar correta e

eficazmente o utente que o aborda.

A Farmácia Saúde tem uma grande diversidade de marcas comerciais, organizadas por gamas, pelo que no

meu estágio tive oportunidade de contactar, aconselhar e dispensar vários destes produtos, tendo necessitado da

ajuda da equipa de forma a melhorar o meu atendimento. Isto porque existem várias marcas com linhas muito

extensas no mercado, o que dificulta a seleção do produto mais adequado às necessidades do utente.

6.4. PRODUTOS DE PUERICULTURA

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14

Segundo o decreto de lei nº 10/2007, de 18 de janeiro, estes produtos são aqueles que se destinam a

auxiliar o sono, a serenidade, a alimentação, a higiene e a sucção por parte das crianças [15]. Neste grupo

encontram-se, por exemplo, as tetinas para os biberões, as chupetas, as escovas de dentes.

6.5. PRODUTOS FITOTERÁPICOS

De acordo com o decreto de lei n.º 176/2006, os produtos fitoterápicos são medicamentos à base de

plantas que possuem como substância ativa, uma ou mais substâncias ou preparações derivadas de plantas ou a

associação de uma ou mais preparações à base de plantas [16]. Estas são utilizadas para prevenir ou auxiliar o

tratamento de algumas doenças. No entanto, o seu uso indiscriminado pode apresentar riscos para o utente. Desta

forma, o farmacêutico tem um papel crucial na sua dispensa, devendo informar corretamente o utente.

Durante o estágio tive a oportunidade de contactar com estes produtos, sendo os mais solicitados: os laxantes, os

calmantes e os adjuvantes do sono.

6.6. SUPLEMENTOS ALIMENTARES

Segundo o decreto de lei nº136/2003, os suplementos alimentares são “géneros alimentícios que se destinam

a complementar e ou suplementar o regime alimentar normal e que constituem fontes concentradas de

determinadas substâncias nutrientes ou outras com efeito nutricional ou fisiológico” [17].

Na Farmácia Saúde é muito elevada a procura de suplementos alimentares, principalmente para a fadiga,

para a insónia, para a concentração e memória, para emagrecimento, para regulação do trânsito intestinal, para

reforço do sistema imunitário e multivitamínicos. Desta forma, tive oportunidade de trabalhar com vários

suplementos alimentares. É de realçar a importância de elucidar o utente que os suplementos não substituem uma

alimentação equilibrada e que a sua toma deve ser complementada com a prática de um estilo de vida saudável.

6.7. PRODUTOS DIETÉTICOS E DE ALIMENTAÇÃO ESPECIAL

Os produtos para alimentação especial são aqueles que, como o nome indica, possuem uma composição

especial ou foram sujeitos a um processo de fabrico especial, sendo adequados às necessidades nutricionais

especiais de determinados utentes [18]. São utilizados por pessoas que tenham alguma alteração no processo de

assimilação ou cujo metabolismo se encontre alterado e a lactentes ou crianças entre 1 a 3 anos de idade em bom

estado de saúde.

A Farmácia Saúde tem ao dispor dos utentes uma grande diversidade de produtos para este fim. No caso de

latentes ou crianças tem disponível uma vasta variedade de leites, papas, farinhas e boiões adaptados às diferentes

etapas do desenvolvimento e às necessidades particulares dos bebés e das crianças. Para adultos existem produtos

com valor energético baixo ou reduzido, destinados ao controlo de peso e suplementos nutritivos hiperproteicos

e hiperenergéticos.

Durante o meu estágio, dispensei vários produtos desta classe, como os leites e as papas para lactentes e

produtos de alimentação hiperproteicos e/ou hipercalóricos para a alimentação de doentes oncológicos, o que

permitiu reconhecer a importância do farmacêutico ter conhecimento dos produtos para alimentação especial por

forma a responder às necessidades da população.

6.8. MEDICAMENTOS E PRODUTOS HOMEOPÁTICOS

A homeopatia baseia-se na cura pelo semelhante e assenta em três princípios base, a globalidade, a similitude

e as altas diluições. De acordo com o decreto de lei n.º 176/2006, o medicamento homeopático é um

“medicamento obtido a partir de substâncias denominadas stocks ou matérias-primas homeopáticas, de acordo

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15

com um processo de fabrico descrito na farmacopeia europeia ou, na sua falta, em farmacopeia utilizada de modo

oficial num Estado Membro, e que pode conter vários princípios” [19].

No decorrer do meu estágio tive a oportunidade de dispensar alguns produtos desta classe, sendo notável

que se trata de uma área em ascensão dada a crescente procura por parte dos utentes deste tipo de produtos.

6.9. DISPOSITIVOS MÉDICOS

Segundo o Decreto-Lei n.º 273/95, de 23 de Outubro, um dispositivo médico é definido como um “aparelho,

equipamento, material ou artigo utilizado isoladamente ou combinado, incluindo os suportes lógicos necessários

para o seu bom funcionamento, destinado pelo fabricante para ser usado no corpo humano para fins de

diagnóstico, prevenção, monitorização, tratamento ou atenuação de uma doença, diagnóstico, monitorização,

tratamento ou atenuação ou compensação de uma lesão ou deficiência, investigação, substituição ou modificação

da anatomia ou de um processo fisiológico e controlo da conceção” [20].

Na Farmácia Saúde pode encontrar-se uma gama variada de dispositivos médicos nomeadamente: ligaduras,

material de penso, fraldas, meias de compressão e de descanso, tampões para ouvidos, sacos coletores de urina,

preservativos, aparelhos de medição da pressão arterial, entre outros. Durante o estágio tive oportunidade de

contactar com estes produtos, o que me permitiu aprofundar os meus conhecimentos sobre os dispositivos

médicos.

7. CASOS PRÀTICOS

Aproveito ainda para destacar alguns casos que considerei pertinentes e onde pude intervir de forma positiva.

Uma utente solicitou-me uma caixa de Ben-u-ron® 500mg e uma caixa de Antigripinne®. Quando a

questionei se eram para a mesma pessoa e se a mesma era hipertensa, a senhora revelou-me que os ia tomar

simultaneamente e que era hipertensa. Desta forma, alertei-a para o facto de o Antigripinne® não ser aconselhado

em hipertensos por possuir cafeína e para o facto de ser perigoso a sua administração concomitante com o Ben-

u-ron® 500mg, por ambos possuírem o mesmo princípio ativo, o paracetamol. Posto isto, recomendei à senhora

a toma de Griponal® por ser um antigripal sem cafeína e desaconselhei a toma concomitante de Ben-u-ron®

500mg.

Uma utente dirigiu-se à Farmácia referindo sentir alguns sintomas de uma infeção urinária, pedindo-me um

antibiótico para aliviar os sintomas. Comecei por lhe explicar que os antibióticos são MSRM e que a toma

indiscriminada dos mesmos conduz à emergência de resistências. Posteriormente, questionei-a sobre a duração

e a intensidade dos sintomas, tendo a mesma explicado que ainda eram subtis, mas que tinha medo que se

agravassem. Assim, aconselhei-a a utilizar o Prevecist® ou Holonprotect Uriflash® na dose de tratamento, dado

que em estádios iniciais os mesmos conseguem resolver muitas vezes o problema. Alertei ainda para a ingestão

de quantidades abundantes de água e a consulta do médico em caso de agravamento dos sintomas.

Uma utente dirige-se à Farmácia referindo sentir um formigueiro ao redor do olho. Na zona onde referia

sentir formigueiro apresentava umas pequenas bolhas contendo um líquido transparente. Tendo em consideração

o aspeto das bolhas e a zona afetada suspeitamos tratar-se de “herpes zoster”, pelo que, aconselha-mos a utente

a dirigir-se ao hospital o mais rápido possível. Passados uns dias a utente voltou a dirigir-se à farmácia

apresentava, agora, manchas vermelhas e pequenas bolhas contendo um líquido transparente à volta do olho,

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mencionou que sentia ardor e dor, o que lhe causava um desconforto intenso. Tinha-lhe sido diagnosticado

“zona”. Como se tratava de uma cliente habitual tive a oportunidade de acompanhar a evolução do caso.

Uma jovem solicita a pílula do dia seguinte. Quando questionada relativamente ao tempo decorrido desde a

relação sexual e ao uso de outros métodos contracetivos (preservativo), a jovem respondeu que não utilizou

qualquer meio de contraceção e que a relação sexual tinha ocorrido nesse mesmo dia. Questionei-a, ainda, quando

tinha sido a sua última menstruação e se já tinha recorrido a este tipo de contraceção de emergência

anteriormente. A jovem referiu que já tinha recorrido a este tipo de contraceção há cerca de um ano e que a sua

última menstruação tinha sido há mais de uma semana. Uma vez que a utente se encontra no seu período fértil

e, segundo a lei atual, este meio de contraceção deve ser dispensado quando solicitado, foi dispensada a

Norlevo® (levonorgestrel 1,5 mg). Aconselhei-a a tomar o mais rápido possível e a repetir imediatamente a

toma, caso vomitar nas primeiras três horas após a toma do comprimido. Alertei-a, ainda, para possíveis efeitos

secundários: tonturas, dor de cabeça, náuseas, dor abdominal, tensão mamária, atraso da menstruação,

menstruação abundante, hemorragia, fadiga, diarreia ou vómitos e informei-a que o medicamento não tem efeito

no caso de já estar grávida e que após a toma deve usar métodos contracetivos adicionais de barreira, como o

preservativo, até sete dias depois da toma. Se ocorrer um atraso na menstruação superior a cinco dias deve realizar

um teste de gravidez.

Utente, com cerca de 60 anos queixa-se de dificuldade em dormir. Quando o questionei sobre a duração

dessa perturbação e alterações na rotina, o senhor respondeu que já durava há cerca de 4 dias e que não tinha

alterado nada na sua rotina. Questionei-o, ainda, sobre a toma de medicação, o utente mencionou que toma

losartan para a tensão e que mais recentemente tinha iniciado a toma de Fluimucil®, em comprimidos

efervescentes, para a expetoração, por indicação farmacêutica. Após alguma conversa com o utente apercebi-me

de que a tosse durante a noite poderia ser a causa a dificuldade em dormir apresentada pelo mesmo. Aconselhei-

o a alterar a toma do Fluimucil® para a noite, em vez de tomar de manhã como estava a fazer, e a ingerir muita

água ao longo do dia para ajudar a fluidificar as secreções. Disse-lhe para elevar ligeiramente a cabeceira da

cama caso a tosse se manifestar durante a noite e dificultar o sono e se não verificar melhorias para voltar a

contactar-nos ou a recorrer ao seu médico.

8. SERVIÇOS PRESTADOS PELA FARMÁCIA

Cada vez mais a Farmácia é reconhecida como um espaço de promoção de saúde e não apenas como um

local de venda de medicamentos. Nesse sentido, a Farmácia saúde tem disponível um conjunto alargado de

serviços disponíveis para os seus utentes.

Durante o meu estágio efetuei a medição de todos os parâmetros que a seguir descrevo, prestei

aconselhamento farmacêutico e acompanhei a evolução dos utentes.

8.1. PRESSÃO ARTERIAL E PULSAÇÃO

Este é o serviço farmacêutico mais requisitado na Farmácia saúde e é utilizado por hipertensos para

monitorização da terapêutica, após intervenções cirúrgicas, por solicitação médica ou apenas por despiste.

Ao longo do estágio tive oportunidade de acompanhar diferentes utentes que se encontravam nestas

situações. Antes da medição propriamente dita, tentei sempre perceber o motivo pelo qual a realizavam, se

tomavam alguma medicação, se efetuavam a medição com regularidade e como costumavam estar os valores em

medições anteriores. Para além disso, tentava perceber se o utente tinha efetuado algum tipo de atividade física

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na última hora, se tinha fumado ou se tinha ingerido bebidas energéticas, na medida em que estes

comportamentos podem influenciar o valor obtido.

A determinação é feita usando um esfigmomanómetro. Após a medição, tentei prestar o aconselhamento

mais adequado a cada situação. Foram vários os utentes que possuíam valores de tensão arterial acima dos valores

de referência. Nestes casos, tentei sugerir medidas não farmacológicas adjuvantes, como a redução do consumo

de sal, a prática de exercício físico, a cessação tabágica e a medição regular deste parâmetro. Quando os valores

se mantinham anormalmente elevados por vários dias, aconselhava o utente a procurar ajuda médica juntamente

com os valores previamente obtidos, para que este pudesse instituir a terapêutica mais adequada.

8.2. DETERMINAÇÃO DE PARÂMETROS BIOQUÍMICOS

A glicemia, o colesterol e os triglicerídeos são serviços muito requisitados pelos utentes, na medida em que

permitem a monitorização da terapêutica de forma fiável, em poucos minutos. As restantes determinações são

menos requisitadas, mas ainda assim tive oportunidade de as efetuar durante o meu estágio.

Na Farmácia Saúde, estas medições são realizadas através do equipamento CR3000, que exige a utilização

de cuvetes diferentes para cada um dos parâmetros a medir, capilares e enzimas. Quando os valores se

encontravam acima dos de referência, aconselhei a adoção de medidas não farmacológicas ou a procura do

médico, consoante a gravidade da situação.

8.3. OUTROS SERVIÇOS

Para além dos serviços anteriormente mencionados, a Farmácia Saúde assegura a dispensa e administração

de vacinas, que não façam parte do Plano Nacional de Vacinação, para além disso são realizadas, semanalmente,

consultas de nutrição e rastreios.

9. GESTÃO DE RESÍDUOS

A VALORMED é uma sociedade sem fins lucrativos que tem a responsabilidade da gestão dos resíduos de

embalagens vazias e medicamentos fora de uso e que resulta da colaboração entre a indústria farmacêutica,

distribuidores e farmácias.

A Farmácia Saúde, tal como muitas farmácias portuguesas, colabora com a VALORMED e disponibiliza os

contentores de cartão próprios da VALORMED para os utentes depositarem as embalagens vazias e os

medicamentos fora de uso. Quando o contentor está cheio é selado e recolhido por um dos fornecedores da

farmácia. O contentor tem uma ficha que é preenchida em triplicado, onde constam o número de registo,

identificação da farmácia, rubrica do operador e da pessoa responsável pelo seu transporte, sendo que um dos

triplicados fica arquivado na farmácia e os outros seguem com o contentor.

10. FORMAÇÕES

Um dos deveres do farmacêutico é manter-se informado e atualizado em relação aos diversos produtos

existentes no mercado, o que se consegue frequentado formações que visam potenciar as competências técnicas

dos formados para um melhor acompanhamento dos seus utentes. Durante o meu estágio curricular tive a

oportunidade de frequentar as seguintes formações: EXPANSIENSE TRAINING (Mustela; A-Cerumen;

®AKILEÏNE; ECRINAL®; Moustidose; Marimer) realizado no dia 26 de Maio, na Secção Regional do Norte

da Ordem dos Farmacêuticos; Lançamento da nova gama Skin Complex + da MARTI DERM® - Realizada no

AC HOTELS MARRIOT

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PARTE II- PROJETOS DESENVOLVIDOS

1. INTERVENÇÃO DO FARMACÊUTICO COMUNITÁRIO NA UTILIZAÇÃO

ADEQUADA DE ANTIBIÓTICOS

1.1. ENQUADRAMENTO

A partir do momento em que iniciei o atendimento ao balcão na Farmácia Saúde percebi que existe uma

elevada procura de antibióticos por parte dos utentes, que se dirigem, primeiramente, à farmácia com a intenção

de os adquirir sem prescrição médica, para além disso, é visível uma grande falta de conhecimento por parte da

população relativamente ao uso e eficácia destes medicamentos. Fui, frequentemente, confrontada com utentes

que me questionavam sobre o que tratam, como devem ser tomados e durante quanto tempo devem der tomados

os antibióticos, a possibilidade de utilizar antibióticos sobrantes de tratamentos anteriores e ainda a possibilidade

de os tomar com álcool.

Passo a citar algumas das situações com as quais me deparei e que espelham o anteriormente citado:

→ Um senhor refere que “está com muita tosse” e com “alguma irritação na garganta”. Traz consigo uma

caixa vazia de Azitromicina ToLife® 500 mg, 3 comprimidos, solicitando o mesmo e referindo que o médico

tinha prescrito à sua esposa há algum tempo e que lhe tinham feito muito bem.

→ Uma senhora dirige-se à Farmácia referindo sentir alguns sintomas de uma infeção urinária e pede um

antibiótico para alivio os sintomas, sem prescrição médica.

→ Um senhor dirige-se à farmácia com uma receita médica de Clavamox DT®. Aquando da dispensa do

antibiótico questiona-me se pode tomar juntamente com álcool.

Tendo, eu, conhecimento da problemática, bem atual, associada ao uso excessivo e muitas vezes

inadequado dos antibióticos, decidi intervir de uma forma educativa junto da população através do

desenvolvimento do projeto que exponho em seguida.

1.2. INTRODUÇÃO

Os antibióticos ou antibacterianos são substâncias químicas, naturais ou sintéticas, com capacidade de

impedir a multiplicação bacteriana (bacteriostático) ou de as destruir (bactericidas), desejavelmente sem qualquer

tipo de efeitos tóxicos para o homem [20].

Os primeiros antibióticos eram substâncias produzidas por diversas espécies de microrganismos que

impediam o desenvolvimento de outros microorganismos. Desde a descoberta da primeira substância com

atividade bactericida, a Penicilina, na primeira metade do século XX, que os antibióticos têm sido amplamente

prescritos para a profilaxia e tratamento de doenças infeciosas em todo o mundo. A sua utilização tem sido

vantajosa e quando prescritos e tomados corretamente apresentam enormes benefícios para o paciente [21].

A classificação mais comum dos antibióticos baseia-se no seu mecanismo de ação. Em termos gerais, os

principais mecanismos de ação dos antibióticos disponíveis no mercado são (figura 1):

→ Inibição da síntese da parede celular;

→ Inibição da síntese proteica nos ribossomas;

→ Inibição da síntese ou dano da membrana celular;

→ Alteração na síntese dos ácidos nucleicos;

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19

→ Alteração de metabolismos celulares [22-25].

O uso excessivo e muitas vezes inadequado dos antibióticos ao longo dos anos promoveu a emergência

e proliferação de bactérias resistentes a cada uma destas classes de antibióticos, sendo que algumas são capazes

de desenvolver simultaneamente resistências a diferentes classes de antibióticos tornando-se multirresistentes

[26-28]. A resistência aos antibióticos é a capacidade das bactérias combaterem a ação de um ou mais

antibióticos. Os primeiros casos de resistências bacterianas surgiram na década de 1940, logo após a introdução

no mercado das penicilinas e das sulfonamidas (Figura 2) [20].

Embora o aparecimento de resistências seja uma consequência natural da utilização destes fármacos, o

seu uso desregrado tem acelerado e agravado essa tendência, existindo uma correlação muito clara entre um

maior consumo de antibióticos e níveis mais elevados de resistência microbiana [27], [29], [30].

Inibidores da Parede

Celular

Inibidores da

Membrana Celular

Inibidores da Síntese

Proteica

Inibidores da Síntese

de Ácidos Nucleicos

Inibidores dos Processos

Metabólicos

Β-Lactâmicos

Glicopeptídeos

Polimixinas

Daptomicina

Aminoglicosídeos Tetraciclina

Cloranfenicol

Macrólidos

Nitroimidazólicos

Quinolonas

Sulfonamidas

Trimetropim

Figura 1. Representação esquemática dos principais mecanismos de ação dos diversos antibióticos. (Adaptado de [22])

Tempo para desenvolver

Resistência ao Antibiótico

Descoberta do Antibiótico

Figura 2. Timeline do desenvolvimento de resistência aos antibióticos. (Adaptado de [20])

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20

A emergência de resistências aos antimicrobianos tem sido associada, não só, ao uso inadequado de

medicamentos antimicrobianos, mas também à incapacidade de diagnóstico, à vigilância inadequada, a

programas de prevenção e combate às infeções deficitários ou inexistente, à falta de medicamentos e à falta de

regulamentação ou de medidas de implementação e controlo da regulamentação existente para assegurar o

adequado uso de medicamentos antimicrobianos [32].

Como consequência têm emergido estirpes microbianas resistentes à generalidade dos antibióticos, o

que constitui um problema de importância crescente à escala mundial, sendo considerado pela Organização

Mundial de Saúde (OMS) uma ameaça à saúde pública, prevendo-se, que já no decorrer do século XXI, infeções

outrora facilmente tratáveis passarão a ser mortais. Projeções internacionais estimam que se nada for feito, mais

efetivo do que até agora, por volta de 2050 morrerão anualmente cerca de 390 000 pessoas na Europa e 10

milhões em todo o mundo, consequência direta das resistências aos antimicrobianos (figura 3) [34].

Muitos estudos têm demonstrado que as infeções por bactérias resistentes aos antibióticos têm

consequências clínicas e económicas graves, custos elevados para a sociedade e consequências nefastas para a

saúde, como a diminuição da eficácia do tratamento, o aumento da gravidade das doenças, o prolongamento das

doenças, o crescimento do número de hospitalizações, o aumento dos custos para a saúde e o aumento da

morbilidade e mortalidade [30], [32-34].

Têm sido apontados vários fatores que podem levar à prescrição inadequada de antibióticos, destacando-

se a incerteza no diagnóstico, a pressão exercida sobre os médicos por parte dos doentes e/ou seus familiares, e

a existência de muitas consultas por dia, o que dificulta a precisão do diagnóstico e da terapêutica e aumenta a

prescrição de antibióticos pelos médicos. Para além disso, existem níveis elevados de não adesão à terapêutica

por parte dos doentes, em que, os doentes tomam doses diferentes ou por períodos diferentes do prescrito, a par

de um nível elevado de automedicação em que os doentes utilizam frequentemente antibióticos de tratamentos

anteriores ou obtidos na farmácia sem prescrição médica [29], [32-34].

A prática de automedicação entre a população resulta de características culturais, crenças e

conhecimentos sobre os antibióticos, o que pode ser constatado quando se observa que grande parte da população

desconhece que os antibióticos apenas atuam nas infeções bacterianas, consumindo antibióticos para tratar

infeções virais como a gripe [29], [35-39]. É, ainda, de salientar que o uso inadequado de antibióticos em

Figura 3. Previsão de mortalidade anual atribuível à resistência a antibióticos em 2050. (Adaptado de [34])

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atividades como a pecuária, veterinária e a zootecnia têm, também, um papel relevante na emergência e

disseminação da resistência bacteriana aos antibióticos [28-30].

Os quatro principais mecanismos de resistência bacteriana aos antibióticos são (Figura 4):

→ Redução da permeabilidade celular;

→ Bombas de efluxo;

→Modificação ou destruição enzimática do antibiótico;

→ Alteração nas moléculas alvo dos antibióticos [27].

Redução da permeabilidade celular

As bactérias Gram ̵ possuem, ao contrário das bactérias Gram +, membrana celular externa contendo na

sua composição proteínas, denominadas porinas, que estabelecem canais específicos pelos quais substâncias e

elementos como os antibióticos, podem passar para o interior da célula. Assim, alterações genéticas nestas

proteínas diminuem a entrada de fármaco para o interior das bactérias promovendo a resistência aos antibióticos

(Ex: Resistência da bactéria Pseudomonas aeruginosa [P.aeruginosa] ao imipenem) [27], [40].

Bombas de efluxo

As bombas de efluxo são proteínas presentes nas membranas que, promovem o efluxo, isto é, o

transporte ativo do antibiótico do meio intracelular para o meio extracelular, observando-se uma diminuição da

concentração do fármaco no interior da célula (Ex: Resistência da família das enterobacteriáceas às tetraciclinas)

[27], [41].

Modificação ou destruição enzimática do antibiótico

Muitas bactérias têm a capacidade de inativar os antibióticos através da produção de enzimas

responsáveis pela sua degradação ou inativação. (Ex: Destruição dos agentes β-lactâmicos pelas enzimas β-

lactamases) [27], [42].

Antibiótico ↓ Uptake de fármaco por

ALTERAÇÃO DA

PERMEABILIDADE DA

MEMBRANA

INATIVAÇÃO

ENZIMÁTICA DO

FÁRMACO

MODIFICAÇÃO DO

SÍTIO DE AÇÃO

Excreção de fármaco

pela ATIVAÇÃO DE

BOMBAS DE EFLUXO

Figura 4. Representação Esquemática dos Principais Mecanismos de Resistência Bacteriana. (Adaptado de [28])

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Alteração nas moléculas alvo dos antibióticos

Alterações genética do alvo original, isto é, do local de ligação do antibiótico à bactéria, resultado da

aquisição de genes ou de uma mutação, impossibilita a ligação do fármaco ao local de ação (Ex: Resistência da

bactéria Staphylococcus aureus [S.aureus] à meticilina) [27], [43].

A dificuldade de tratamento de infeções provocadas por bactérias resistentes aos antibióticos

disponíveis no mercado parece ser um problema sem resolução nos próximos tempos, uma vez que não se tem

verificado grande investimento por parte da indústria farmacêutica para desenvolver novos antibióticos capazes

de combater as infeções provocadas pelos microrganismos multirresistentes aos antibióticos atualmente

existentes [27], [28]. Durante 70 anos (1930-1990), as bactérias e as infeções por elas provocadas eram

controladas pela descoberta de novos antibióticos [29]. Atualmente a ausência de novos antibióticos torna o

controlo das resistências bacterianas aos antibióticos, resultado da utilização excessiva e errónea destes

medicamentos, ao longo de décadas, um dos grandes desafios no presente século [28], [29].

O European Center for Disease Control and Prevention (ECDC) estima que, aproximadamente, 25 000

europeus morrem, todos os anos, consequência direta da multirresistência das bactérias aos antibióticos. E de

acordo com U.S. Center for disease Control and Prevention (CDC), um número similar de mortes ocorre,

também, nos EUA [27].

Assim, é urgente a intervenção coordenada de todas as partes envolvidas nesta questão de forma a ser

criado um plano de ação global para o uso racional de antibióticos [44], [45]. Governos e indivíduos devem

tomar medidas para retardar o processo de resistência das bactérias. O desenvolvimento de novas abordagens

para lidar com resistência das bactérias, o que inclui novos antibióticos, mas também estudos que contribuam

para a criação de formas mais ágeis de diagnóstico, que ajudem a entender como as bactérias se tornam resistentes

aos antibióticos e qual a influência do comportamento humano nessa resistência deve ser incentivado.

Se não forem tomadas medidas para melhorar os esforços de prevenir infeções e mudar a forma como

produzimos, prescrevemos e usamos os antibióticos as infeções comuns e os ferimentos simples tratáveis há

décadas podem levar, novamente, à morte [46], [47].

Figura 5. Passado e presente da descoberta e resistência aos antibióticos. (Adaptado de [29])

Presente

Passado

Antibióticos

Resistência

Resistência

Antibióticos

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Consumo de antibióticos em Portugal

Em linha com a preocupante tendência mundial, Portugal também regista um aumento das resistências

aos antibióticos. O aumento do uso de antibióticos em humanos e animais e a evolução e adaptação dos próprios

microrganismos são as principais causas apontadas para o surgimento destas resistências [48].

Em 2014, os antibióticos constituíam o subgrupo terapêutico do grupo dos anti-infeciosos mais

consumidos em Portugal Continental, correspondendo a 70,5% do total dos anti-infeciosos utilizados em meio

ambulatório e hospitalar (Figura 5) [48].

Segundo dados do Centro Europeu de Prevenção e controlo de Doenças (ECDC), a média de consumo

de antibióticos em Portugal, em 2015, foi de 21,25 Doses Diárias Definidas por 1000 Habitantes Dia (DHD),

apesar deste valor se encontrar abaixo da média dos países analisados, com 22,4 DHD, é ainda considerado

elevado (Figura 6). Refletindo uma aumento de 4,6% do consumo de antibióticos em Portugal relativamente ao

ano de 2014 [49].

Segundo dados do ECDC a classe de antibióticos mais utilizada em Portugal corresponde às associações

de penicilinas com inibidores das beta-lactamases, classe constituída por fármacos como a associação de

amoxicilina com ácido clavulânico e os grupos menos utilizados são as tetraciclinas e a associação de

sulfonamidas e trimetoprim [49].

Figura 5. Evolução da utilização de medicamentos Anti-infeciosos no SNS [48]. DHD – Doses Diárias Definidas por 1000 Habitantes Dia.

Figura 6. Utilização de antibióticos em ambulatório na Europa [49]. DHD – Doses Diárias Definidas por 1000 Habitantes Dia.

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Os crescentes níveis de bactérias resistentes a antibióticos, que ameaçam a atual e futura eficácia destes

medicamentos, podem ser combatidos encorajando a utilização racional e adequada dos antibióticos, com

implementação de medidas, como as listadas a seguir:

→ Sensibilizar os profissionais de saúde para a problemática, promovendo uma correta higienização

das mãos, materiais e ambiente e ainda uma correta vacinação;

→ Assegurar o controlo dos antibióticos utilizados em veterinária;

→ Controlar as infeções em centros de saúde;

→ Vacinação;

→ Promover o uso racional de antibióticos, prescrevendo-os apenas quando é estritamente necessário;

→ Sensibilizar a população em geral, através de campanhas de informação;

→ Promover a investigação de novos antibióticos pela indústria farmacêutica [48], [50], [51].

1.3. OBJETIVO

Este projeto teve como objetivo sensibilizar a população em geral através da transmissão de informação,

que promove o uso correto dos antibióticos e alertar para as consequências graves que o uso inadequado destes

medicamentos pode ter, de forma a assegurar um uso correto e responsável dos mesmos.

Pretendeu-se ainda demonstrar a importância da intervenção do Farmacêutico Comunitário ao nível do uso

adequado do antibiótico através da transmissão aos utentes das informações essenciais para a correta

administração dos antibióticos prescritos contribuindo desta forma para a eficácia e segurança dos mesmos.

1.4. METODOLOGIA

De forma a transmitir a informação pretendida foi elaborado um panfleto informativo (em anexo), que foi

distribuído aos utentes da Farmácia Saúde durante o mês de Junho.

De forma a perceber os conhecimentos da população quanto ao uso correto dos antibióticos foi realizado,

oralmente, um questionário (em anexo) a todos os utentes que se dirigiram à Farmácia a solicitar antibióticos,

durante esse período.

1.5. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO

Com o desenvolvimento deste projeto, através da realização do questionário, apercebi-me que existe uma

grande lacuna no que diz respeito ao conhecimento da população em geral relativamente ao uso dos antibióticos

e aos perigos que advêm do seu uso inadequado por parte dos utilizadores e prescritores. Numa farmácia

comunitária, somos, quase diariamente, abordados por utentes que solicitam antibióticos sem qualquer prescrição

médica e muitas vezes para tratar outros tipos de etiologias patogénicas, que não infeções causadas por bactérias.

O farmacêutico comunitário, enquanto profissional de saúde e especialista do medicamento, deve ter

consciência de que os antibióticos constituem um benefício de enorme importância para a saúde e sobrevivência

das pessoas, contudo, que o seu uso excessivo, nomeadamente em situações nas quais não trazem nenhuma

vantagem, tem diminuído a sua eficácia a níveis preocupantes, revelando-se já ineficazes em alguns casos.

Inverter a tendência para o agravamento deste problema é já uma exigência, não só, dos profissionais de

saúde, mas de toda a comunidade. Para tal, é importante que o cidadão seja chamado ao centro do problema, de

forma a ser parte integrante na implementação de soluções. Desta forma é muito importante o desenvolvimento

de intervenções que melhorem os níveis de conhecimento da população, atualmente existentes. É aqui, na

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educação e consciencialização da população, que nós, enquanto Farmacêuticos podemos desempenhar um papel

relevante, permitindo ao utente a tomada de decisões informadas sobre a sua própria saúde e promovendo atitudes

que previnam o aumento das resistências aos antibióticos.

O combate aquela que é já apelidada como “ a maior ameaça à Medicina Moderna” pela Organização das

Nações Unidas (ONU), pode ter início nas atitudes do Farmacêutico Comunitário, que se deve recusar a dispensar

antibióticos sem receita médica e que deve ter uma intervenção educativa ativa e multifacetada junto da

comunidade com o intuito de otimizar o uso dos antibióticos, de forma a torná-los o mais eficazes possíveis e

reduzindo, desta forma, a resistência bacteriana.

E foi precisamente com esse intuito, que surgiu a realização desta atividade. Os panfletos elaborados foram

expostos nos balcões de atendimento da Farmácia Saúde ao alcance de toda a população. A transmissão de

informação escrita, através da distribuição de panfletos informativos, é, muitas vezes, insuficiente para captar a

atenção do utente, sobretudo quando se trata de utentes idosos, pelo que me preocupei, sempre, em estabelecer

um diálogo com o mesmo, personalizando e clarificando a informação que pretendia transmitir. Esta intervenção

teve um impacto bastante positivo nos utentes da Farmácia Saúde, que se mostraram interessados sobre o tema

e recetivos à informação.

A realização deste género de atividades apresenta vantagens, quer para a população, na medida em que

permite aumentar a sua literacia relativamente a este tema e a toma de decisões informada sobre a utilização dos

antibióticos, quer para a Farmácia, que revela esforço e empenho na utilização racional de antibióticos e

preocupação para com a população ao desenvolver ações de “combate” aquela que é uma das grandes ameaças

à saúde pública na atualidade com consequências, potencialmente, “desastrosas” no futuro. Para mim, enquanto

futura farmacêutica, o desenvolvimento desta atividade permitiu-me adquirir conhecimentos científicos,

aumentar a proximidade e melhorar a minha capacidade de comunicação com os utentes. Permitiu-me, ainda, ter

a perceção da importância do Farmacêutico Comunitário ter um papel ativo na promoção do uso adequado dos

antibióticos, não só com a realização deste tipo de companhas de sensibilização, mas durante o exercício diário

da sua atividade profissional, evitando o uso de antibióticos sempre que não seja necessário, evitando o consumo

por mais tempo que o recomendado e desincentivando o consumo por iniciativa própria

2. INTERVENÇÃO DO FARMACÊUTICA NA COMUNIDADE ESCOLAR-

OBESIDADE

2.1. ENQUADRAMENTO

A prevalência mundial da obesidade, bem como a sua severidade é tão elevada que foi considerada pela

OMS a epidemia silenciosa do século XXI [52].

Os números preocupantes estão, entre outras causas, ligados a hábitos de vida mais sedentários e à

transformação dos hábitos alimentares, ocorrida ao longo das últimas décadas, que tem favorecido o consumo

de cereais refinados, açúcares e gorduras saturadas, em detrimento da tradicional alimentação mediterrânica, rica

em cereais integrais, peixe, vegetais, fruta e azeite [53].

Trata-se de uma doença crónica multifatorial que atinge homens e mulheres de todas as raças e idades sendo,

depois do tabagismo, a segunda causa de morte passível de prevenção, constituindo um importante problema de

saúde pública [53]. O combate a este flagelo exige uma estratégia concertada, que inclua promoção de hábitos

alimentares saudáveis e de vida mais ativa [52].

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Durante o meu período de estágio na Farmácia Saúde apercebi-me de que a obesidade afeta fortemente a

qualidade de vida, favorecendo o aparecimento de doenças como a diabetes mellitus tipo 2 (DM Tipo 2), a

hipertensão arterial (HTA) ou a dislipidémia e leva a um aumento significativo do risco cardiovascular [53].

Estes fatores e, ainda, as questões estéticas, fazem com que sejamos frequentemente abordados por pessoas que

pretendem perder peso e que para isso recorrem, frequentemente, a suplementos alimentares dietéticos.

É um dever do farmacêutico estar atento e informado sobre os problemas de saúde que assolam a atualidade

e disponível para desenvolver estratégias de formação que compreendam ações de natureza informativa,

pedagógica e formativa dirigida à população geral e que visam a sua maior habilitação e capacitação para a

gestão da sua saúde. Foi, precisamente, com este intuito, que desenvolvi o projeto que exponho em seguida.

2.2. INTRODUÇÃO

Segundo a OMS, a obesidade é definida como uma doença em que o excesso de gordura corporal acumulada

pode atingir graus capazes de afetar a saúde. Resulta de sucessivos balanços energéticos positivos, em que a

quantidade de energia ingerida é superior à quantidade de energia dispendida, o que leva a um aumento de peso

gradual e persistente [54].

Os mecanismos que determinam este desequilíbrio entre a energia ingerida e a energia gasta são complexos

e envolvem vários núcleos no Sistema Nervoso Central (nomeadamente hipotálamo) mas também o tubo

digestivo e o tecido adiposo, ambos com capacidade de receber e fornecer informação reguladora, sobre a forma

de hormonas, neurotransmissores e outras substâncias de ação autócrina e parácrina. A obesidade é o resultado

da interação de fatores genéticos, metabólicos, ambientais e comportamentais e não deles individualmente [54].

A complexidade e redundância destes mecanismos reguladores ainda não está completamente esclarecida,

o que tem constituído uma barreira ao estabelecimento de terapias eficazes para combater a obesidade, facto que

está, necessariamente, ligado à progressão desta doença [52].

Apesar dos progressos que se têm verificado, a prevalência da obesidade continua a aumentar de forma

acentuada, apresentando-se já superior à da desnutrição e das doenças infeciosas. A obesidade e o excesso de

peso constituem a quinta causa de morte, em termos mundiais, sendo responsáveis pela morte de pelo menos 2,8

milhões de adultos, todos os anos [54].

Tão ou mais preocupante que os valores observados em adultos são os dados da obesidade infantil que temos

disponíveis. Globalmente, estima-se que 42 milhões de crianças com idades inferiores a 5 anos tenham excesso

de peso ou obesidade, o que representa um aumento de cerca de 11milhões nos últimos 15 anos [55].

Em Portugal, a obesidade infantil é também uma realidade preocupante, sendo que, as crianças portuguesas

eram, em 2014, das mais obesas da Europa [55]. As estatísticas mostram que, a nível nacional, 35% das crianças

com idades compreendidas entre os 6 e os 8 anos possuíam uma corpulência excessiva, isto é, um índice de

massa corporal elevado para a idade e sexo, e que, mais de 14% das crianças tinham obesidade. Os mesmos

dados mostram ainda que, na população, entre os 10 e os 18 anos de idade, a prevalência de excesso de peso é

superior a 30% e da obesidade ronda os 8% [56].

Inquestionavelmente, este flagelo social degrada a qualidade de vida de crianças/adolescentes, encurtando-

lhes a expectativa de vida pela panóplia de complicações que lhe estão associadas. A obesidade na infância, não

só, tem repercussões a curto e médio prazo na saúde física e mental, como também predispõe à obesidade adulta

com o consequente desenvolvimento de comorbilidades, a ela associadas [55].

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De destacar o número de pessoas que vivem com DM tipo 2, número que tem vindo a aumentar, de 108

milhões em 1980 para 422 milhões em 2014, prevendo-se que a doença tenha sido responsável por 1,5 milhões

de mortes só em 2012 [54].

A elevada probabilidade que hoje reconhecemos existir de uma criança obesa vir a ser um adulto obeso torna

a questão da obesidade em crianças e adolescentes num problema de especial relevância. Pelo que, se não se

tomarem medidas drásticas para prevenir e tratar a obesidade, prevê-se que, até 2050, 70 milhões de crianças

estarão acima do peso ideal ou terão obesidade e consequentemente teremos uma geração de adultos com

problemas de saúde graves e com uma esperança média de vida reduzida [55], [57].

Diagnóstico da obesidade

Os critérios de diagnóstico desta patologia são diferentes e dependem da etapa do ciclo de vida em que a

pessoa se encontra [52].

Na pessoa adulta, o diagnóstico de pré-obesidade e de obesidade faz-se através do cálculo do índice de massa

corporal (IMC), existindo uma boa correlação entre este índice e a massa gorda corporal [52], [53], [57].

Í𝑛𝑑𝑖𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜𝑟𝑎𝑙 = 𝑃𝑒𝑠𝑜 (𝑘𝑔) / 𝐴𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎2 (𝑚)

Trata-se de uma forma rápida e simples de dizer se um indivíduo adulto tem baixo peso, peso normal ou

excesso de peso, sendo usado internacionalmente para classificar a obesidade (Tabela 1). Estes valores são

independentes da idade e iguais para ambos os sexos [57].

Segundo a OMS, considera-se que há [53], [57], [58]:

→ Excesso de peso quando o IMC é ≥ 25,0;

→ Obesidade quando o IMC é ≥ 30,0.

A obesidade é classificada em três classes [52], [56]:

→ Classe I (IMC 30,0 – 34,9)

→ Classe II (IMC 35,0 – 39,9)

→ Classe III (IMC ≥ 40,0

A determinação do IMC em crianças e adolescentes é problemático devido às caraterísticas dinâmicas dos

processos de crescimento e maturação, que ocorrem durante estas idades e que tornam difícil o diagnóstico de

excesso de peso e de obesidade, não existindo um critério consensual. Assim, nestas idades o valor do IMC deve

ser percentilado, tendo como base tabelas de referência [52], [54].

CLASSIFICAÇÃO IMC (Kg/m2) RISCO DE COMORBILIDADES

Baixo Peso <18,5 Baixo

Variação Normal 18,5 – 24,9 Médio

Pré-Obesidade 25,0 – 29,9 Aumentado

Obesidade Classe I 30,0 – 34,9 Moderado

Obesidade Classe II 35,0 – 39,9 Grave

Obesidade Classe III ≥40,0 Muito Grave

Tabela 1. Classificação da obesidade no adulto em função do IMC e risco de comorbilidades (Adaptado de [52]).

Excesso de peso

Ou

Obesidade

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→ Valores de IMC iguais ou superiores ao percentil 85 e inferiores ao percentil 95 permitem fazer o

diagnóstico de pré-obesidade;

→ Valores de IMC iguais ou superiores ao percentil 95 permitem diagnosticar a obesidade [52], [53],

[57].

Juntamente com o IMC um aspeto importante na avaliação do obeso adulto é a distribuição da gordura

corporal. Isto é, se o tecido adiposo:

→ Se acumula na metade superior do corpo, sobretudo no abdómen, diz-se que a obesidade é androide,

abdominal ou visceral, mais frequente no homem obeso;

→ Se acumula, sobretudo, na metade inferior do corpo, particularmente na região glútea e coxas, diz-

se que é do tipo ginóide, sendo típica da mulher obesa [52], [53], [57].

Esta identificação é extremamente importante, dado estar demonstrado, que é a obesidade visceral, e

não a gordura total do organismo, que tem um pior prognóstico e que está mais associada a vários distúrbios

metabólicos, tais como dislipidémias, HTA, doença cardíaca, intolerância à glucose [55], [57].

Esta determinação é uma mais-valia, dado que os indivíduos obesos apresentam diferenças tanto na

quantidade de gordura como na sua distribuição corporal, estando as doenças associadas à obesidade mais

relacionadas com a distribuição morfológica da gordura [52].

A medida usada na avaliação da obesidade abdominal e consequentemente na avaliação do risco de

ocorrência de certas doenças é o perímetro da cintura. Na prática clínica, esta medição faz-se utilizando uma fita

métrica, no ponto médio entre o rebordo inferior da costela e a crista ilíaca. A classificação dos níveis de risco

de complicações associadas à obesidade, através da determinação do perímetro da cintura encontram-se

expressos na tabela 2 [57].

A obesidade como fator de risco

A obesidade por si só é uma doença, mas ela constitui, ainda, fator de risco para o desenvolvimento de

problemas saúde, que vão desde queixas não-fatais mas debilitantes que têm efeitos adversos na qualidade de

vida ao aumento do risco de morte prematura. As comorbilidades da obesidade incluem alterações nos sistemas

endócrino, cardiovascular, hepatobiliar, gastrointestinal, respiratório, ortopédico e dermatológico (Tabela 3)

[54], [57].

Finalmente, os problemas psicossociais, também, são frequentes na população obesa, nomeadamente a

baixa autoestima, a insatisfação com a imagem corporal, a dificuldade de aceitabilidade social e graves

dificuldades de relacionamento e em encontrar trabalho, que são causa do aumento da patologia depressiva e do

risco de suicídio [57].

CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA (cm)

Risco de Complicações Metabólicas Homem Mulher

Aumentado ≥ 94 ≥ 80

Muito aumentado ≥ 102 ≥ 88

Tabela 2. Circunferência da cintura e risco de complicações metabólicas [57].

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Tratamento

O sucesso do tratamento da obesidade está dependente da precocidade do diagnóstico, mas também

duma intervenção eficaz numa “situação de risco de obesidade”. O melhor caminho pra prevenir e tratar o

excesso de peso e a obesidade é cumprir uma alimentação saudável e praticar exercício físico com regularidade

[52], [53], [55].

Uma alimentação equilibrada pressupõe seguir as proporções recomendadas pela roda dos alimentos,

restringindo o consumo de alimentos ricos em açúcares e gorduras e privilegiando o consumo de frutas e

hortícolas e comer a cada 3 a 4 horas [52].

O exercício físico não só aumenta o gasto energético, tendo portanto uma ação direta na composição

corporal (reduz as reservas de tecido adiposo total e intra-abdominal, e aumenta a massa muscular), como

também tem uma ação não desvalorizável no bem-estar geral. Sem dúvida que crianças/adolescentes ativos têm

maior possibilidade de se tornarem adultos saudáveis [52], [55].

De salientar que a abordagem deverá ter sempre um carácter multidisciplinar, sendo imprescindível o

envolvimento ativo de toda a família. Quando se trata de crianças, os pais devem assumir a responsabilidade de

implementar correções na alimentação dos seus filhos e encorajar a prática de atividade física regular [65].

Podem, ainda, ser consideradas abordagens ao combate da obesidade o tratamento de stress, melhorar a

autoestima e o aconselhamento específico [65].

Se a intervenção ao nível do estilo de vida não se mostrar suficiente ou for impraticável, pode recorrer-

se a terapia farmacológica como co-adjuvante das medidas gerais [66].

COMORBILIDADES ASSOCIADAS À OBESIDADE

SISTEMA CARDIOVASCULAR Aterosclerose/ Dislipidémia

Hipertensão arterial

SISTEMA ENDÓCRINO

Resistência à insulina

Diabetes Mellitus tipo 2

Hiperandroginismo

SISTEMA GASTROINTESTINAL

Refluxo gastroesofágico

Adenocarcinoma do esófago e do estômago

Esofagite erosiva

SISTEMA DERMATOLÓGICO Estrias

Hirsutismo

SISTEMA RESPIRATÓRIO Síndrome de apneia obstrutiva do sono

SISTEMA HEPATOBILIAR Litíase Biliar

Esteatohepatite

SISTEMA OSTEORTICULAR Osteoartrose

PSICOSSOCIAIS

Depressão

Baixa autoestima

Distúrbios alimentares

Tabela 3. Comorbilidades associadas à obesidade [54] [57-62].

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A intervenção farmacológica na obesidade é recomendada em obesos de alto risco em que as mudanças

de estilo de vida não foram eficazes na redução de peso, em doentes com IMC ≥ 30 e em doentes com IMC≥27,

na presença de pelo menos uma comorbilidades relacionada com o peso, como a DM tipo 2, a dislipidémia, a

HTA ou a apneia obstrutiva do sono [56]. Não sendo desejável a utilização de fármacos em pessoas que,

simplesmente, pretendem perder peso [66].

Em Portugal, são duas as opções farmacológicas para tratar a obesidade aprovadas pelo INFARMED:

→ Orlistato, que atua impedindo a digestão da gordura, proveniente da comida ingerida, pelas lípases

(enzimas do sistema digestivo) e consequentemente reduzindo a sua absorção, uma vez que, a gordura não

digerida não pode ser absorvida, sendo eliminada pelo organismo.

→ Liraglutida, que atua no hipotálamo, mais especificamente, nos centros que controlam a fome e a

saciedade, regularizando o apetite, gerando uma menor ingestão de alimentos com a consequente perda de peso

[66], [67].

As alternativas farmacológicas para o tratamento da obesidade disponíveis no mercado são poucas e as

existentes muitas vezes não apresentam os efeitos necessários, estando associadas a significativos efeitos

secundários [66]. Assim, face às poucas alternativas farmacológicas e ao esforço necessário para manter uma

alimentação equilibrada e a prática de exercício físico, os suplementos alimentares surgem como a “cura

milagrosa”. Produtos não sujeitos a receita médica que promovem a perda de pesa, que alegam ser naturais e por

isso inócuos e seguros, e que prometem resultados rápidos e extremamente satisfatórios [68].

Quando falamos em suplementos alimentares referimo-nos a produtos com um custo elevado,

constituídos por múltiplos componentes, frequentemente mais de 10 em cada suplemento, que garantem a

obtenção de resultados extravagantes com a sua toma e com grande investimento em termos de publicidade e

divulgação em vários meios [69].

Os dados científicos que existem relativamente a estes produtos são insuficientes e muitas vezes

contraditórios, não sendo possível assegurar a sua eficácia e segurança. O facto de muitas vezes serem usados

em combinação torna ainda mais difícil obter a sua efetividade e inocuidade. Adicionalmente, faltam dados de

controlo de qualidade das substâncias usadas na preparação destes produtos [70].

De salientar que mesmo que as substâncias de forma individual sejam seguros, a combinação com outros

ingredientes numa mesma formulação pode não o ser [71].

A falta de legislação e controlo destes produtos potencia que sejam realizadas alegações que induzem o

consumidor em erro e incentivam a sua utilização [70].

Como resultado disto desenvolvem-se efeitos adversos provocados pelos suplementos alimentares e que

podem ser fortemente potenciados quando as pessoas os combinam com medicamentos. Nestas situações para

além de uma potenciação dos efeitos adversos pode verificar-se ainda uma redução na eficácia dos medicamentos

[70-72].

Na tabela 4 são apresentados alguns exemplos de constituintes encontrados em suplementos alimentares

para a perda de peso.

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ESTIMULANTES/ ENERGÉTICOS/ AGENTES QUE

AUMENTAM A TERMOGÉNESE

Cafeína

Ginseng

Guaraná

Piruvato

MODELADORES DO METABOLISMO DA GORDURA E

HIDRATOS DE CARBONO

Chá verde

Crómio na forma de Picolinato de Crómio

Piruvato

SUPRESSORES DO APETITE OU PROMOTORES DA

SACIEDADE Fibras solúveis

MODELADORES DE STRESS ASSOCIADOS AO ATO DE

COMER E BEBER

Ginkgo Biloba

Hipericão

LAXANTES Sementes de linhaça

Cáscara-sagrada

Sene

DIURÉTICOS Salsa

Dente de Leão

Chá de Java

2.3. OBJETIVO

Este projeto visa incentivar bons hábitos alimentares e estilos de vida saudáveis, contribuindo assim para

atingir valores biométricos normais: peso, IMC e perímetro abdominal. Contribuir para a implementação de uma

dieta saudável, transversal a toda a família. Participar ativamente na diminuição da prevalência da obesidade em

Portugal e garantir o papel do Farmacêutico Comunitário como parceiro elegível no combate à obesidade em

Portugal, dado que é um profissional de saúde com competências nesta área.

2.4. METODOLOGIA

Este projeto consistiu numa apresentação (em anexo) oral, dinâmica e interativa, entre “futura farmacêutica”,

alunos e encarregados de educação, com apoio informático. O público-alvo desta ação foram 20 crianças entre

4 e os 8 anos e respetivos encarregados de educação. Esta atividade decorreu no Centro Social da Sé do Porto,

dia 11 de Julho pelas 16.00h. Para além da apresentação foi elaborado um folheto informativo (em anexo)

dirigido aos encarregados de educação onde constam os principais problemas de saúde associados à obesidade e

algumas medidas de prevenção da mesma.

2.5. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO

A obesidade tem hoje em dia proporções epidémicas pelo que é necessário apostar na sua prevenção e no

desenvolvimento de medidas que ajudem a travar este “assassino” silencioso.

O Farmacêutico devido ao lugar privilegiado que ocupa junto da população pode e deve, desempenhar um

papel fulcral ao nível da prevenção e educação para a saúde sobre esta temática. Incentivar atitudes simples como

a determinação do IMC e a avaliação do risco cardiovascular podem despertar atitudes no utente que melhorem

a sua qualidade de vida e previnam o aparecimento de comorbilidades [53]. O farmacêutico deve, ainda, estar

sempre disponível para informar que apesar de demorado e difícil de manter a longo prazo, o método mais

indicado para perder peso passa pela adoção de uma dieta saudável aliada à prática de exercício físico, evitando,

Tabela 4. Categorias e exemplos de constituintes encontrados em suplementos alimentares para perda

de peso [71], [72].

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assim, a ocorrência de desistências [52]. Esta foi a informação que transmiti a todos os utentes que me abordavam

sobre esta temática e que requeriam suplementos alimentares diatéticos, durante o período de atendimento ao

balcão na Farmácia Saúde.

Com a apresentação que realizei e que demorou, aproximadamente, 30 minutos, tentei transmitir, utilizando

um vocabulário simples e de fácil compreensão para os pais/encarregados de educação e para as crianças,

conhecimentos sobre alimentação saudável, consciencializar os pais/familiares para a importância da correção

do comportamento alimentar, designadamente número e horário das refeições. Responsabilizar os pais pela

cultura alimentar da criança, que engloba a definição de regras e a promoção de um estilo de vida salutar. Educar

as crianças a adotar e manter uma alimentação saudável ao longo da vida, sem um caráter rígido e obsessivo,

mas sim flexível e adaptável às diversas situações (férias, festas…). Alertar as crianças e encarregados de

educação sobre as repercussões das suas atitudes alimentares e comportamentais na saúde a curto/médio e longo

prazo.

O público-alvo mostrou-se interessado e preocupado com o tema, expondo as suas dúvidas sempre que estas

surgiam. Com as intervenções das crianças e dos pais/encarregados de educação consegui perceber que na

generalidade apresentam um estilo de vida sedentário e uma alimentação desequilibrada, consumindo de forma

frequente alimentos processados como fast food, que foi justificado pelo ritmo de vida acelerado e pela falta de

tempo para cozinhar e praticar exercício.

Penso que o desenvolvimento deste trabalho foi uma mais-valia quer para a população quer para a Farmácia,

na medida em que permitiu o estabelecimento de uma relação de proximidade entre a Farmácia e a população e

demonstrou que existe preocupação por parte dos Farmacêuticos com as questões de saúde pública. Permitiu,

ainda, dar a conhecer a Farmácia Saúde e o serviço de qualidade prestado pela mesma. Para mim, enquanto futura

farmacêutica esta atividade representou um incremento à minha vivência profissional e pessoal.

Acredito que são projetos como este que distinguem e motivam as Farmácias a continuar a desempenhar um

papel ativo na comunidade onde estão inseridas.

3. ESTUDOS DE CASO: A IMPORTÂNCIA DA INTERVENÇÃO DO

FARMACÊUTICO COMUNITÁRIO

3.1. ENQUADRAMENTO

O atendimento ao balcão foi, sem dúvida, a atividade mais difícil e desafiante que realizei durante o estágio

curricular na Farmácia Saúde. Contudo, foi também a mais gratificante, porque me permitiu consolidar os

conhecimentos adquiridos na faculdade, acrescentar outros inerentes à prática da profissão e coloca-los à

disposição do utente. Foi quando iniciei o atendimento ao balcão que tive a perceção da real responsabilidade

inerente à prática da atividade farmacêutica, que não se limita, à dispensa do medicamento.

No exercício da sua atividade profissional o Farmacêutico Comunitário é, quase, diariamente confrontado

com situações de utentes polimedicados, que apresentam sérias dificuldades na conciliação da informação que

garante o correto uso do medicamento, isto é, na dose, na quantidade e no horário certo. Muitos destes utentes

são idosos, que apresentam capacidades auditivas e visuais diminuídas, o que limita a correta interpretação das

indicações médicas e farmacêuticas que lhe são transmitidas. É, também, frequente o confronto com situações

de uso indiscriminado e inadequado de fármacos.

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Assim, o Farmacêutico Comunitário como profissional de saúde, de grande proximidade à população,

assume-se como o principal responsável por promover o correto e seguro uso do medicamento. Desempenhando

um papel preponderante no combate às causas responsáveis pelos erros na administração da medicação e pela

não adesão à terapêutica, como o esquecimento, as confusões com os medicamentos genéricos e as dificuldades

na perceção e retenção das indicações dadas pelos profissionais de saúde.

Durante o atendimento ao balcão deparei-me com diversos casos como os anteriormente mencionados e que

me obrigaram a desenvolver estratégias para ultrapassar as dificuldades e garantir que o utente recebia de forma

clara e objetiva toda a informação necessária, para tal recorri, por diversas vezes, à ajuda dos profissionais da

Farmácia Saúde.

Por considerar extremamente relevante a intervenção do Farmacêutico Comunitário no diagnóstico ativo ao

balcão, desmistificação de efeitos adversos e avaliação da adesão à terapêutica, decidi abordar este tema no meu

relatório, dando enfâse a duas situações reais, que ocorreram durante o meu estágio.

3.2. INTRODUÇÃO

A profissão Farmacêutica surgiu em Portugal no século XIII, sendo os farmacêuticos designados

inicialmente por boticários. O Farmacêutico é um profissional de saúde altamente especializado no medicamento,

desempenhando um papel de destaque em todas as fases do seu circuito, desde a sua produção à dispensa e

respetiva toma pelo cidadão. Intervém ainda enquanto especialista em análises clínicas, proporcionando o acesso

a resultados laboratoriais de qualidade, assim como à sua validação biopatológica e respetiva interpretação. A

nível nacional, a profissão apresenta um perfil demográfico maioritariamente feminino e bastante jovem, sendo

que 68% dos farmacêuticos têm uma idade inferior a 45 anos e 41% tem menos de 35 anos [74].

Em Portugal, o Farmacêutico Comunitário ou de oficina é um farmacêutico inscrito na Ordem dos

Farmacêuticos que exerce a sua atividade profissional nas farmácias comunitárias, também designadas de

farmácias de oficina [75].

Até ao início do século passado, o Farmacêutico Comunitário exercia o clássico papel do boticário, sendo

responsável pela execução das prescrições enviadas pelos médicos, sendo que a relação de proximidade com o

utente era praticamente inexistente [76], [77].

Com a industrialização do medicamento, este papel mais tradicional do farmacêutico começou a desaparecer

à medida que as prescrições das fórmulas magistrais por parte dos médicos passam a dar lugar a um nome

comercial, correspondente à fórmula outrora prescrita [76], [77].

Assim, o papel do farmacêutico comunitário evoluiu, de um produtor e dispensador de medicamentos

manipulados, para dispensador de produtos e medicamentos industriais, e hoje, de forma gradual, de dispensador

de medicamentos para um prestador de cuidados de saúde especializados e focados no doente, assim como na

disponibilização de informação [77]. Assim, cada vez mais, o Farmacêutico Comunitário assume um papel

relevante na prestação de cuidados de saúde. Além das funções enquanto especialista do medicamento, o

farmacêutico assume um lugar de destaque no aconselhamento aos utentes e no acompanhamento

farmacoterapeutico, desde a advertência para interações medicamentosas, contraindicações e reações adversas

até à seleção do fármaco mais adequado para cada pessoa, sendo que, neste caso, assume-se também de extrema

importância o estabelecimento de contacto com outros profissionais de saúde, como o médico prescritor [78-80].

O Farmacêutico Comunitário é um profissional de saúde de grande proximidade ao utente, pelo que é função

deste sensibilizar a população para a adoção de estilos de vida saudáveis, providenciando rastreios, aconselhando

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dobre estilos de vida saudáveis e outros serviços como a determinação do colesterol e da glicemia, medição da

PA, testes de gravidez, entre outros; Alertar para a utilização racional do medicamento e identificar sinais de

alerta para despiste precoce de patologias [80] [81].

É facilmente percetível que, hoje em dia, o conjunto de serviços prestados pelos Farmacêuticos nas farmácias

comunitárias não se resume à dispensa do medicamento, o farmacêutico trabalha de forma a garantir o apoio ao

doente, desenvolvendo mecanismos que permitam aos doentes retirar o maior benefício das suas terapêuticas,

melhorando o resultado dos seus tratamentos [82].

Quando se tratam de problemas menores, o Farmacêutico tem um papel preponderante como conselheiro,

promovendo uma automedicação responsável, dando aconselhamento sobre terapêuticas não farmacológicas,

dispensando MNSRM e referenciando, sempre que necessário, os utentes para outros profissionais de saúde [84].

O conhecimento do Farmacêutico deve estar sempre à disposição dos utentes e dos profissionais de saúde

que dela beneficiem, como médicos ou enfermeiros. Da interação e partilha de informação entre os diferentes

profissionais de saúde pode resultar enormes benefícios para o utente dado que proporciona um cuidado de saúde

mais completo e menos sujeito a erros [83].

Caso1- Paciente idoso, crónico e polimedicado em tratamento após diagnóstico de cancro.

Apresentação inicial do caso:

Homem de 74 anos, pessoa idosa e polimedicada. Foi-lhe diagnosticado recentemente cancro. Dirige-

se à Farmácia com uma prescrição médica contendo:

→ Durogesic® 25 µg/h (Janssen Farmacêutica Portugal, Lda.)

→ Sevredol® 10 mg (Mundipharma Farmacêutica Lda.)

→ Zaldiar® 37,5mg/ 325mg (Grünenthal, S.A.)

Aquando da dispensa dos medicamentos o utente revelou-se confuso, demonstrando um

desconhecimento generalizado da própria doença, bem como, do uso e eficácia dos medicamentos que lhe

acabam de ser prescritos. Desconhecia o efeito pretendido com a medicação, assim como o modo como a devia

tomar – dose, quantidade e hora.

O Durogesic® contém como substância ativa o fentanilo, que pertence a um grupo de medicamentos

potentes no alívio da dor, denominados opióides [84].

O Sevredol® 10 mg contém como componente ativo, a morfina, que pertence a um grupo de

medicamentos chamados analgésicos potentes [85].

O Zaldiar® 37,5mg/ 325mg é uma associação de dois analgésicos, o paracetamol e o tramadol, que

atuam em conjunto para aliviar a dor [86].

Todos os medicamentos que constam na prescrição médica destinam-se ao tratamento da dor moderada

a intensa [84-86].

Demonstrava, ainda, grande preocupação com a possível interação entre a medicação que ia iniciar e a

medicação que já tomava. Como se tratava de um utente habitual da farmácia, recorrendo às potencialidades do

programa informático 4DigitalCare®, acedemos à “ficha de cliente” na qual consta o registo de toda a medicação

que o utente fez e faz (tabela 5).

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Descrição e avaliação do caso:

Para além de cancro, este paciente apresenta PA elevada (hipertensão), que lhe foi diagnosticada há

alguns anos, e para a qual já se encontra medicado com uma associação de Candesartan 16 mg/ Hidroclorotiazida

12,5 mg. Este medicamento contém duas substâncias ativas: o Candesartan Cilexetil e a Hidroclorotiazida, que

atuam em conjunto para reduzir a tensão arterial [87].

→ O Candesartan Cilexetil pertence a um grupo de medicamentos denominados de antagonistas dos

recetores da angiotensina II. Atua induzindo o relaxamento e a dilatação dos vasos sanguíneos. Esta ação ajuda

a diminuir a tensão arterial [87].

→ A Hidroclorotiazida pertence a um grupo de medicamentos denominados de diuréticos

(medicamentos que aumentam a produção de urina). Estes ajudam o corpo a eliminar água e sais, como o sódio,

na urina. Esta ação ajuda a diminuir a tensão arterial [87].

Esta associação é prescrita pelo médico quando o tratamento com uma das substâncias ativas

anteriormente mencionadas, isoladamente, não controlou de forma adequada a tensão arterial [87].

Como medida preventiva toma Aspirina GR® 100mg (Bayer Portugal, Lda.). Este medicamento contém

ácido acetilsalicílico que, possui, entre outras, a capacidade de reduzir a agregação das plaquetas, um dos

componentes do sangue, fundamental para a formação dos coágulos sanguíneos. Este mecanismo de ação permite

uma ação benéfica em situações em que existe risco de formação de coágulos (trombos) nos vasos sanguíneos,

como acontece em certas doenças cardiovasculares [88].

Toma também Omeprazol 10mg. Medicamento pertencente a um grupo de medicamentos chamados

‘inibidores da bomba de protões”. Atuam reduzindo a quantidade de ácido que é produzida pelo estômago. Na

presente situação é usado com o intuito de prevenir a formação de úlceras, dada a toma regular de AINEs [89].

O Valium® 10mg possui como substância ativa o diazepam, pertencente a um grupo de medicamentos

denominados de ansiolíticos, sedativos e hipnóticos. O Valium® 10mg está indicado no tratamento da ansiedade,

tensão e outros distúrbios físicos ou sintomáticos associados à ansiedade. Pode também ser utilizado no

tratamento da ansiedade ou excitação associada a desordens psiquiátricas ou se a ansiedade for a base de uma

desordem funcional. É útil como adjuvante na diminuição do espasmo muscular reflexo devido a trauma local.

Pode também ser usado para combater espasticidade resultante de ferimentos na coluna vertebral ou nos

interneurónios da supra-espinal tais como paralisia cerebral e paraplegia, assim como na atetose e na síndrome

MEDICAMENTO PROBLEMA DE SAÚDE

Zilpen ® 75mg/ 650mg (Tecnimede - Sociedade Técnico-Medicinal, S.A.)

Dor

Primperan® 10mg

(Sanofi - Produtos Farmacêuticos, Lda.) Distúrbios na Motilidade Gastrointestinal

Candesartan 16mg/ Hidroclorotiazida 12,5 mg Hipertensão Arterial

Omeprazol 10mg Problemas Gástricos

Valium® 10mg

(Roche Farmacêutica Química, Lda.) Ansiedade

Aspirina GR® 100mg

(Bayer Portugal, Lda.) Risco cardiovascular

Tabela 5. Resumo da medicação atual do utente em questão.

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do homem rígido [90]. No utente em questão com a toma deste medicamento pretende-se diminuir a ansiedade

que diz sentir e a qual lhe provoca dificuldade em adormecer.

Mais recentemente iniciou a toma de Primperan®, um antiemético. Contém uma substância ativa

chamada “metoclopramida”. Atua numa parte do cérebro que impede a sensação de enjoo (náuseas ou vómitos).

Apesar do utente não saber precisar o motivo que o levou a iniciar a toma deste medicamento, tendo em

consideração a sua situação atual, deve relacionar-se com o início dos tratamentos de quimioterapia, sendo usado

com o objetivo de prevenir náuseas e vómitos tardios que possam ocorrer após estes [91].

Por fim o Zilpen®. Este medicamento é uma associação de dois analgésicos, o paracetamol e o tramadol,

que atuam em conjunto para aliviar a dor. Estando indicado no tratamento da dor moderada a intensa [92].

Intervenção:

Tendo em consideração toda a informação recolhida relativamente aos problemas de saúde apresentados

pelo utente e respetiva farmacoterapia, assim como todas as dúvidas apresentadas pelo mesmo, foram efetuadas

algumas intervenções no sentido de melhorar a compreensão do utente relativamente à sua condição clínica e ao

tratamento que lhe foi prescrito, assim como, garantir a adesão ao mesmo.

Com o intuito de alcançar melhores resultados no aconselhamento ao paciente, adicionalmente à

informação oral foi-lhe dada informação escrita de forma a reforçar a comunicação e a ter a certeza de que o

paciente sabe como utilizar os seus medicamentos. Assim, foi elaborada um “Guia de Medicamentos” (em

anexo), que consiste numa ficha informativa personalizada que se entregou ao doente e que inclui a lista de todos

os fármacos que o utente está a tomar, assim como as respetivas posologias e horas de toma. O objetivo principal

foi permitir ao doente obter informação sobre a sua medicação em qualquer altura, evitando erros involuntários

e facilitando o cumprimento da terapêutica.

Desaconselhamos a toma do Zilpen® concomitantemente com o Zaldiar® e alertamos o utente para a

necessidade de falar com o seu médico de família sobre a possibilidade de suspender definitivamente o

tratamento com o mesmo, dado que vai iniciar o tratamento com Zaldiar® que apresenta a mesma composição

qualitativa em substâncias ativas, paracetamol e tramadol e o controlo da dor deve ser assegurado com os

medicamentos prescritos na receita médica e cuja toma vai iniciar.

Tendo em conta que se trata de um doente hipertenso deveriam ser-lhe recomendadas modificações do

estilo de vida com eficácia demonstrada na redução da pressão arterial, nomeadamente:

→ Perda de peso;

→ Diminuição do consumo de álcool: menos de 30g/dia nos homens e de 20g/dia nas mulheres;

→ Redução da ingestão de sódio (menos de 6g de sal por dia);

→ Exercício físico moderado aeróbico (andar, correr, nadar, dançar, ciclismo, etc.) praticado de forma

regular e gradual, durante 30-45 minutos por dia, na maioria dos dias da semana;

→ Dieta DASH (Dietary Approaches to stop Hypertension): rica em potássio e cálcio. Que privilegia o

consumo de frutas, vegetais e peixe, e a diminuição da ingestão total de gordura e, sobretudo, das gorduras

saturadas.

→ Supressão do consumo de tabaco. [93-95].

Contudo, tendo em consideração a idade avançada do utente e a sua condição clínica foi-lhe apenas

aconselhado a ter atenção com a quantidade de sódio ingerida e a adoção de uma dieta alimentar equilibrada e

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saudável em que privilegie o consumo de frutas e vegetais em detrimento dos alimentos ricos em gorduras,

sobretudo as saturadas.

Conclusão:

A intervenção realizada centrou-se na explicação, ao utente, sobre a importância de compreender a sua

patologia e a necessidade de respeitar o tratamento; Compreender a função de cada um dos seus medicamentos

e como utilizá-los. Foi possível observar que após a nossa intervenção, o utente se mostrou muito mais seguro e

confortável relativamente ao seu tratamento e revelou sentir-se mais capacitado para o realizar corretamente.

Cada paciente deve ser reconhecido como ser humano único, com problemas de saúde, contexto social

e necessidades específicas. Não existem manuais para se estabelecer um aconselhamento farmacêutico efetivo e

embora o conteúdo básico a ser focado deva abranger a discussão sobre as enfermidades apresentadas, o seu

tratamento e hábitos de vida saudáveis, o atendimento deve ser personalizado e o aconselhamento diferenciado

e adaptado ao utente em questão. Durante o aconselhamento, o utente deve receber informações objetivas como

dose, duração do tratamento, forma de administração, possíveis reações adversas e informação mais específica

como o porquê da utilização, os benefícios do seu uso e os riscos da não utilização.

Enquanto Farmacêuticos não nos devemos limitar à dispensa do medicamento, mas fazer um

acompanhamento contínuo dos utentes, ajudando-os a gerir a sua condição com o objetivo de melhorar os efeitos

terapêuticos, reduzir a possibilidade de ocorrência de efeitos adversos e toxicidade, melhorando assim a

qualidade de vida. Isto só é possível através do estabelecimento de uma relação de confiança com o

Farmacêutico-Utente.

A intervenção realizada representou uma mais-valia quer para o utente, quer para a Farmácia, reforçando

a relação de proximidade e confiança Farmácia-Utente e demonstrando o profissionalismo e cuidado dos

profissionais da Farmácia no atendimento prestado aos seus utentes. Para mim, foi extremamente gratificante a

nível profissional, mas sobretudo a nível pessoal, ter a noção do impacto que este pequeno ato teve no utente.

Acredito piamente que são intervenções e atitudes como estas que nos diferenciam enquanto Farmacêuticos e

que nos motivam a desempenhar um papel ativo na comunidade.

Caso 2- Reencaminhamento para as urgências num caso de dor gástrica.

Apresentação inicial do caso:

Utente de 66 anos dirige-se à Farmácia e solicita “algo para o estômago”, mencionando que podia ser

Rennie Digestif® 680 mg/ 80 mg (Bayer Portugal, Lda.).

Descrição do caso e avaliação:

Mulher dirige-se à Farmácia e refere sentir dor estomacal, mas indica uma zona ligeiramente superior

(zona do esterno). Dá indicação que dor já dura a alguns dias, e que não é uma dor contínua. Refere ainda que se

intensifica com a prática de exercício físico, como, por exemplo, quando sobe escadas e que melhora com o

repouso. Quando questionada, menciona não sentir nenhuma melhoria aquando da ingestão de alimentos.

Perante a descrição da dor efetuada pela utente e a localização indicada pela mesma, desconfiamos não

se tratar de um problema de saúde relacionado com o estômago, uma vez que o desconforto gástrico deveria

piorar com o repouso devido ao aumento da secreção gástrica e melhorar com a ingestão de alimentos, que

provocariam uma diminuição da acidez e não o contrário, como é descrito pela utente.

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Assim, com base na descrição da sintomatologia sentida pela utente – dor que se intensifica com a

prática de exercício físico e que melhora com a inatividade física aliada à localização da dor indicada pela mesma

(região esternal) suspeitamos tratar-se de um problema de saúde cardíaco.

Era, ainda notório, que de uma forma geral a utente não se sentia bem, mostrando-se preocupada e

ansiosa.

Intervenção:

Através da análise da informação a que tivemos acesso, informamos a utente de que a sintomatologia

que apresentava não era compatível com um quadro de patologia gástrica e que, como tal, o Rennie Digestif®

ou qualquer outro medicamento com a mesma ação terapêutica não surtiriam qualquer efeito no alívio da mesma.

Alertamos ainda para a probabilidade de se tratar de um problema de saúde a nível cardíaco e aconselhamos a

utente a dirigir-se ao hospital o mais depressa possível, a fim de apurar a situação.

Resultado:

Infelizmente, não obtivemos nenhum feedback por parte desta utente, pelo que não sabemos o desfecho

desta situação.

Conclusão:

Trata-se de um caso específico em que, não sabemos o que poderia acontecer se a utente em questão

tivesse solicitado diretamente Rennie Disgestif®, em vez de solicitar “algo para o estômago” e de descrever o

que sentia. Muito provavelmente ter-lhe-ia sido dado o Rennie Digestif® sem levantar grandes questões, dado

que se trata de um MNSRM de uso habitual e com poucos problemas associados à sua toma [96].

Apesar de não conseguirmos apurar o real problema desta utente, podemos afirmar que no caso de se

tratar de um problema de saúde cardíaco, a dispensa do medicamento iria retardar a ida ao hospital e

consequentemente o diagnóstico, levando a um agravamento da situação clínica, com um desfecho

potencialmente fatal.

Esta é uma das situações em que é percetível a importância do atendimento farmacêutico ser um

processo interativo, que permita a recolha de dados adicionais para garantir que o utente recebe o tratamento que

lhe é mais adequado.

Apesar de ser um caso sem um desfecho concreto, relato-o, porque o considero um exemplo claro de

como o farmacêutico não se pode limitar ao papel de mero dispensador de medicamentos, mas sim ter uma

atitude interventiva junto da população, o que exige do mesmo uma postura e escuta diferenciada perante o

utente, para que seja capaz de identificar as necessidades, analisar a situação e tomar decisões. É importante que

o Farmacêutico, através das suas ações, no quotidiano das farmácias comunitárias transforme as situações de

automedicação dos utentes, em situações de dispensa de fármacos informadas, melhorando a qualidade do

atendimento proporcionado ao utente e consequentemente a qualidade de vida.

Fica evidente que não se pode tratar de um trabalho isolado, mas sim de um trabalho em que todos os

profissionais de saúde responsáveis pelo cuidado do utente, assim, como o próprio utente intervêm.

O Farmacêutico deve demonstrar competências e atitudes que envolvem comunicação e colaboração,

além de visibilidade, responsabilidade, acessibilidade e compromisso com a confidencialidade e orientação ao

paciente.

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4. OUTRAS ACTIVIDADES REALIZADAS NA FARMÁCIA SAÚDE

Durante o meu período de estágio curricular, para além das atividades por mim planeadas tive a oportunidade

de me envolver e contribuir no planeamento e desenvolvimento de atividades planeadas pelos profissionais da

Farmácia Saúde. Estas atividades constituíram verdadeiros momentos de aprendizagem e permitiram que

desenvolvesse competências que considero serem uma mais-valia no exercício futuro da minha atividade

profissional.

Para além dos conhecimentos teóricos tive a oportunidade de perceber o que é fazer parte de uma equipa de

profissionais que trabalham para o mesmo objetivo, de forma a proporcionar uma prestação de cuidados de saúde

com qualidade ao utente, com a toda a dedicação e responsabilidade que lhe estão inerentes.

Em seguida refiro algumas destas atividades.

1. Feira da Saúde

A Feira da Saúde foi uma atividade organizada pelas farmácias Alírio de Barros, Holon Amial, Farmácia Sá

e Saúde. Teve lugar no Jardim do Covelo, no dia 27 de Maio, entre as 09.30h e as 18.00h.

Esta atividade tinha como objetivo promover a qualidade de vida e o bem-estar, onde o utente pode ter

acesso a um aconselhamento farmacêutico especializado e realizar diversos rastreios.

A Farmácia Saúde, onde realizei o meu estágio, assim como as restantes Farmácias envolvidas nesta

atividade fazem parte do Grupo Holon.

O Grupo Holon é uma rede nacional de farmácias, independentes e autónomas que partilham uma mesma

marca, imagem e forma de estar e de ser Farmácia. O principal objetivo do grupo Holon passa por otimizar a

forma como as Farmácias desenvolvem a sua atividade no dia-a-dia, nomeadamente o nível de serviço prestado

ao utente. Nas Farmácias Holon privilegia-se um atendimento competente, especializado e personalizado a cada

utente. Pertencer ao grupo pressupõe ser uma Farmácia moderna, profissional, completa, que sabe dar resposta

positiva às necessidades do utente e da comunidade onde se insere em termos de informação, produtos e serviços

de saúde e bem-estar; Ter uma equipa de profissionais qualificados, especializados e dedicados; Ser veículo de

formação e educação para a saúde; Ser ética, social e ambientalmente responsável [97].

Estagiar numa Farmácia pertencente ao Grupo Holon permitiu-me ter um contacto mais direto com este

conceito. E é precisamente inserida neste conceito de “Farmácias Holon” que surge esta atividade: Feira da

Saúde.

Avaliação do Risco

Cardiovascular

→ Colesterol

→ Pressão arterial

→ Peso e perímetro abdominal

Intervenção Farmacêutica → Cessação Tabágica

→ PIM/ Aconselhamento ao viajante

Rastreios → Podologia/pé diabético

→ Nutrição

→ Dermofarmácia

Espaços Interativos → Produtos Holon

→ Espaço Kids

Tabela 6. Serviços disponíveis na Feira da Saúde.

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A participação nesta atividade permitiu-me, para além, do desenvolvimento de competências teóricas e

práticas nos serviços prestados, estabelecer uma relação de maior confiança com os profissionais da Farmácia

Saúde, com os restantes profissionais envolvidos, assim como com os próprios utentes.

Tive ainda a oportunidade de ficar a conhecer de uma forma mais detalhada os Produtos de Holon, uma

gama variada de produtos, que vão desde a nutrição, ótica, sexualidade, produtos biológicos até dispositivos

médicos entre outros, desenvolvidos a pensar no saúde e bem-estar dos utentes. Estes produtos são objeto de um

extenso processo de investigação e desenvolvimento para garantir a maior eficácia e a máxima segurança [98].

As Feiras de Saúde, organizadas por diversas entidades, constituem oportunidades de esclarecimento

da comunidade sobre a importância de determinantes de saúde no bem-estar da população e fomentar a qualidade

de vida dos cidadãos. Na minha opinião a realização de atividades como esta constituem uma mais-valia na

medida em que aumentam a proximidade e a relação de confiança Utente-Farmacêutico, possibilitam ao

farmacêutico o exercício da sua atividade profissional e a prestação de cuidados de saúde num ambiente mais

informal e descontraído e permitem ao utente o benefício de uma atenção e cuidado por parte de uma equipa

profissional multidisciplinar.

2. Implementação do Sistema Kaizen

Durante o meu estágio tive ainda a oportunidade de me familiarizar com o sistema Kaizen, que começava a

ser implementado na Farmácia Saúde. Kaizen significa mudar (Kai) melhor (Zen). A filosofia Kaizen tem como

mote: “Hoje melhor do que ontem; amanhã melhor do que hoje”. Este modelo de gestão nasceu no Japão depois

da II Guerra Mundial, para a reconstrução da atividade económica e industrial, espalhando-se, posteriormente,

por todo o mundo. Baseia-se, fundamentalmente, em cinco conceitos: organização, produtividade, melhoria

contínua, eficiência operacional e algoritmos e é aplicado a diferentes setores de atividade como a banca e a

indústria automóvel, com resultados evidentes na rentabilidade e produtividade [99].

É um modelo de gestão dotado de ferramentas que se adaptam perfeitamente às farmácias, contudo que

obrigam a mudança de hábitos e rotinas e que centra a mudança nas pessoas e para as pessoas. Obriga a um

envolvimento de todas as pessoas, todos os dias e em todas as áreas que vão desde questões logísticas, passando

pela organização do espaço, até à identificação e eliminação de desperdícios [100].

O período do meu estágio coincidiu com o processo de implementação deste sistema na Farmácia Saúde

pelo que tive a oportunidade de desenvolver algumas tarefas e constatar algumas das vantagens do mesmo:

→ Organizar os medicamentos em stock por laboratórios de Genéricos em prateleiras devidamente

identificadas com etiquetas e destinadas para o efeito, existindo uma prateleira destinada, unicamente, ao

armazenamento de medicamentos de marca, de forma a facilitar a procura por um determinado fármaco/produto

de saúde e, assim, maximizar a redução do tempo e de espera do utente. Este tipo de organização facilita a procura

pelos medicamentos, disponibilizando ao farmacêutico mais tempo para o aconselhamento ao utente.

→ Transferência de alguns dos medicamentos com menos rotação na farmácia para uma prateleira

devidamente identificada e destinada para o efeito, agilizando o processo de localização dos mesmos.

A implementação deste sistema permite à farmácia um funcionamento organizado, com objetivos e metas

bem definidos.

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195/2006, de 3 de Outubro, e modifica o regime de formação do preço dos medicamentos sujeitos a receita

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6 de Novembro, que estabelece um código comunitário relativo aos medicamentos para uso humano, bem como

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de 25 de Junho, e 2004/24/CE e 2004/27/CE, ambas do Parlamento Europeu e do Conselho, de 31 de Março, e

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comunitário relativo aos medicamentos veterinários, e a Diretiva n.º 2006/130/CE, da Comissão, de 11 de

Dezembro, que determina os critérios de isenção da receita veterinária para determinados medicamentos

veterinários aplicáveis a animais produtores de alimentos, e revoga os Decretos-Leis n.os 146/97, de 11 de Junho,

184/97, de 26 de Julho, 232/99, de 24 de Junho, 245/2000, de 29 de Setembro, 185/2004, de 29 de Julho, e

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transpondo para a ordem jurídica interna as Diretivas n.os 2008/88/CE, de 23 de Setembro, 2008/123/CE, de 18

de Dezembro, e 2009/6/CE, de 4 de Fevereiro, todas da Comissão, que alteram a Diretiva n.º 76/768/CEE, do

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ANEXOS

Anexo 1 – Cronograma das atividades desenvolvidas durante o estágio curricular na Farmácia Saúde.

Anexo 2 – Manipulados preparados durante o estágio curricular na Farmácia Saúde

Ao longo do estágio tive a oportunidade de preparar 2 manipulados. Esta preparação foi realizada de

acordo com as instruções médicas que constavam na prescrição.

Os manipulados preparados são os a seguir mencionados:

→ 450 mg de Dexeryl® (Pierre-Fabre) com 90 mg de Cutivate® 0,005% creme (Propionato de fluticasona)

→ 15 mg de Fucidine® 20mg/g com 15 mg de Flunutrac® (Isdin) 0,5mg/g com 15 mg de Cetomacrogol creme

No final da preparação, acondicionei os manipulados em embalagens próprias, de acordo com a sua

forma farmacêutica, e criei um rótulo, onde consta a identificação da farmácia, a identificação da Diretora

Técnica, a fórmula do medicamento, a menção a FSA, data de preparação, prazo de validade, PVP e indicação

de “uso externo”.

MAIO JUNHO JULHO AGOSTO

Conferência, receção e armazenamento de encomendas

Gestão de reservas e devoluções

Medição de PA e de parâmetros bioquímicos; Testes de gravidez

Organização e conferência de receituário

Gestão de validades

Atendimento ao público

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Anexo 3 – Inquérito sobre o uso correto dos antibióticos, realizado, oralmente, aos utentes da Farmácia Saúde

que solicitaram antibióticos durante o mês de Junho. Este inquérito foi realizado no âmbito da atividade:

Intervenção do Farmacêutico Comunitário na utilização de Antibióticos.

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49

Anexo 4 – Panfleto informativo que tem como objetivo sensibilizar a população para o uso racional dos

Antibióticos. Este panfleto foi realizado no âmbito da atividade: Intervenção do Farmacêutico Comunitário na

utilização de Antibióticos.

→ Exterior do panfleto

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→ Interior do panfleto

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51

Anexo 5- Panfleto informativo que tem como objetivo sensibilizar para a problemática da Obesidade Infantil e

a necessidade de adotar hábitos saudáveis para a prevenir ou combater. Este panfleto foi realizado no âmbito da

atividade: Intervenção do Farmacêutico Comunitário na Comunidade Escolar – Obesidade (em cima).

Panfleto de divulgação do workshop realizado no Centro Social da Sé do Porto no âmbito da atividade:

Intervenção do Farmacêutico Comunitário na Comunidade Escolar – Obesidade (em baixo).

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52

Anexo 6 – Slides da apresentação realizada no Centro Social da Sé do Porto sobre a problemática da obesidade

infantil no âmbito da atividade: Intervenção do Farmacêutico Comunitário na Comunidade Escolar – Obesidade.

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Anexo 7 – “Guia de Medicamentos”

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59

Anexo 8 – Panfleto de divulgação da atividade: Feira da Saúde

Anexo 9 - Passaporte da atividade: Feira da Saúde

→ Exterior do Passaporte

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→ Interior do Passaporte

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RELAT ÓRI OD E EST Á GI O

M 2016- 17

REALIZADO NO ÂMBITO DO MESTRADO INTEGRADO

EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS

Hospital de Barcelona

Marta Sofia Gonçalves da Silva

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Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto

Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas

Relatório de Estágio Profissionalizante

Hospital de Barcelona

Janeiro de 2017 a Abril de 2017

Marta Sofia Gonçalves da Silva

Orientador: Dr.(a) Carmen Lacasa

____ _________________

Mês de entrega e ano (ex: Maio de 2017)

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Informe de Farmacia Hospitalaria – Hospital de Barcelona

I

Declaración de Integridad

Yo, Marta Sofia Gonçalves da Silva, abajo asignado, nº 201207610, aluno del Máster Integrado

en Ciencias Farmacéuticas da Facultad de Farmacia da Universidad do Porto, declaro haber actuado con

absoluta integridad en la elaboración de este documento.

En ese sentido, confirmo que NO he incurrido en plagio (acto pelo cual un individuo, mismo por

omisión, asume la autoría de un determinado trabajo intelectual o partes de él).

Más declaro que todas las frases que he retirado de trabajos anteriores pertenecientes a otros

autores fueran referenciadas o redactadas con nuevas palabras, tiendo en este caso colocado la citación de

la fuente bibliográfica.

Facultad de Farmacia de la Universidad de Porto, de de 2017.

Asignatura: ___________________________________________

(Marta Sofia Gonçalves da Silva)

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Informe de Farmacia Hospitalaria – Hospital de Barcelona

II

Agradecimientos

Expreso mi agradecimiento a todos los que hizo posible este informe, entre ellos a la comisión de

Erasmus de la Facultad de Farmacia de la Universidad de Porto, así como a la comisión de prácticas, por

todo el trabajo por elles desarrollado.

Agradezco también a Facultad de Farmacia de la Universidad de Barcelona por la forma como me

han recibido y tratado durante todo el periodo que ahí he permanecido. Lo más sincero agradecimiento a

todos los profesionales del Hospital de Barcelona, en particular, a los que trabajan en la Farmacia y con

quien contacté de una forma más directa, por me proporcionaren una experiencia increíble a todos los

niveles que permitió que me tornase una profesional más competente y responsable.

Por fin, agradezco a todos los colegas de la Facultad de Farmacia de la Universidad de Barcelona

que hicieron prácticas conmigo en el Hospital de Barcelona y que me integraran rápidamente en la equipa

y me ayudaran durante todo el periodo de prácticas, tornando todo mucho más fácil.

Además, agradezco a toda mi familia, principalmente, a mis padres que me han permitido vivir

esta experiencia, que tanto me ha hecho crecer, no solo de una forma profesional, mas, también personal,

sentido me ahora mucho más capaz de enfrentar los desafíos futuras que la vida me reserva.

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Informe de Farmacia Hospitalaria – Hospital de Barcelona

III

Resumo

De forma oficial se define la Farmacia Hospitalaria como una especialización farmacéutica que se

ocupa de servir a la población en sus necesidades farmacoterapéuticas, a través de la selección, adquisición,

preparación, control, dispensación, información de medicamentos y otras actividades orientadas a conseguir

una utilización apropiada, segura y coste-efectiva de los medicamentos y productos sanitarios, en beneficio

de los pacientes atendidos en el hospital y su ámbito de influencia [1].

El papel del farmacéutico hospitalario es contribuir para la mejora de la salud del paciente a partir

de la dispensación y/o seguimiento farmacoterapéutico mediante una atención farmacéutica especializada

que añada valor al proceso asistencial en un marco de asistencia integral y continua [2].

El principal aporte de la Farmacia Hospitalaria hacia el paciente, la sociedad y el sistema de salud,

consiste en mejorar los resultados en salud para los pacientes a través de la provisión de un tratamiento

farmacoterapéutico individualizado, atendiendo a las características propias del medicamento y del

paciente, optimizando la efectividad y la eficiencia de los tratamientos y la seguridad en su uso,

proporcionando toda la información necesaria, y favoreciendo la continuidad asistencial interniveles del

paciente [1].

En el final de grado tuve la oportunidad de hacer prácticas tuteladas en el Hospital de Barcelona

durante tres meses, o que me he permitido contactar con la realidad de un Farmacia Hospitalaria así como

comprender lo papel del farmacéutico en todas las actividades desarrolladas en un Hospital. Con este

informe pretendo describir, un una primera parte y de una forma resumida, las actividades desarrolladas

en una Farmacia Hospitalaria, y en una segunda parte, las proyectos que tuve oportunidad de desenvolver

durante mis prácticas tuteladas.

Además, refiero todas las reuniones y sesiones que he tido oportunidad de participar y que mucho

contribuirán para la adquisición de nuevos conocimientos sobre temas diversificados.

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Informe de Farmacia Hospitalaria – Hospital de Barcelona

IV

Índice

Declaración de Integridad .............................................................................................................. I

Agradecimientos ........................................................................................................................... II

Resumo ......................................................................................................................................... III

Abreviaturas ................................................................................................................................. VI

Índice de Figuras ......................................................................................................................... VII

Parte 1 – DESCRIPCIÓN DE LAS ACTIVIDADES DESARROLLADAS EN LAS PRÁCTICAS DE

FARMACIA HOSPITALARIA ....................................................................................................... 1

1. Organización y Gestión de Servicios Farmacéuticos ............................................................. 1

2. Selección, Adquisición y Almacenamiento de Productos Farmacéuticos ............................. 1

Sistemas y criterios de adquisición ........................................................................................... 1

Recepción y conferencia de productos adquiridos ................................................................... 2

Almacenamiento de productos ................................................................................................. 3

Gestión de stocks y fechas de caducidad .................................................................................. 4

3. Sistemas de distribución de fármacos ................................................................................... 5

Distribución clásica .................................................................................................................... 5

Reposición de stock por niveles ................................................................................................ 5

Distribución personalizada ........................................................................................................ 5

Sistema de distribución individual diaria de dosis unitaria ....................................................... 6

Distribución de medicamentos a pacientes en ambulatorio .................................................... 6

Fármacos de control especial: ................................................................................................... 6

Reenvaso de medicamentos ..................................................................................................... 9

4. Producción y control de medicamentos ............................................................................... 9

Producción de formas farmacéuticas estériles: ........................................................................ 9

Fármacos citotóxicos ............................................................................................................... 10

Preparaciones extemporáneas estériles ................................................................................. 11

Nutriciones parenterales ......................................................................................................... 12

Preparación de formas farmacéuticas no estériles ................................................................. 12

Concepto integrado de aseguramiento de calidad ................................................................. 13

5. Otras actividades de Farmacia Clínica e información sobre los medicamentos ................. 13

Conciliación terapéutica y validación farmacéutica ................................................................ 13

Farmacovigilancia .................................................................................................................... 14

Errores de medicación ............................................................................................................ 16

Participación del farmacéutico en ensayos clínicos ................................................................ 16

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Informe de Farmacia Hospitalaria – Hospital de Barcelona

V

Nutrición artificial:................................................................................................................... 17

Farmacocinética clínica: monitorización de fármacos en la práctica clínica .......................... 17

Comités técnicos existentes en el hospital y sus actividades ................................................. 18

Respuestas a las solicitudes de información sobre medicamentos, aplicadas a situaciones

clínicas ..................................................................................................................................... 18

Consulta de libros básicos y especializados, publicaciones periódicas, "Índices de

denominación", bases de datos e Internet ............................................................................. 18

PARTE 2 – PRESENTACIÓN DE LOS TEMAS DESARROLLADOS EN LAS PRÁCTICAS TUTELADAS

DE FARMACIA HOSPITALARIA ................................................................................................ 19

Conclusión ................................................................................................................................... 20

Referencias .................................................................................................................................. 21

Anexos ......................................................................................................................................... 22

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Informe de Farmacia Hospitalaria – Hospital de Barcelona

VI

Abreviaturas

AEMPS – Agencia Española De Medicamentos Y Productos Sanitarios

PF – Productos Farmacéuticos

SCIAS – Instalaciones Asistenciales Sanitarias

SF – Servicios Farmacéuticos

EM – Error De Medicación

ESPOQ – Eina Suport Procés Oncològic De Quimioterapia

FEDRA - Farmacovigilancia Española, Datos De Reacciones Adversas

FH – Farmacia Hospitalaria

ICO – Instituto Catalán De Oncología

NPT – Nutrición parenteral

PRM – Problemas Relacionados Con El Medicamento

RAM – Reacción Adversa A Medicamento

SCFC – Sociedad Catalana De Farmacia Clínica

SDIDDU – Sistema De Distribución Individual Diaria De Dosis Unitaria

SEFV-H – Sistema Español De Farmacovigilancia De Medicamentos De Uso Humano

SHD – Servicio Hospital De Día

TSI – Tarjeta Sanitaria Individual

UFPE – Unidad De Atención Farmacéutica A Pacientes Externos

SM - Servicio de Microbiología

SIHB – Sistema de Información del Hospital de Barcelona

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Informe de Farmacia Hospitalaria – Hospital de Barcelona

VII

Índice de Figuras

Figura 1- Instalaciones del SCIAS Hospital de Barcelona……………………………………………….. 1

Figura 2- Etiqueta de la preparación de un citostático…………………………………………………... 11

Figura 3- Esquema representativo de la Conciliación Farmacéutica y Validación Farmacéutica………. 14

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1

Parte 1 – DESCRIPCIÓN DE LAS ACTIVIDADES DESARROLLADAS EN LAS

PRÁCTICAS DE FARMACIA HOSPITALARIA

1. Organización y Gestión de Servicios Farmacéuticos

El Hospital de Barcelona (Figura 1) es un hospital situado en Avinguda Diagonal, Barcelona,

España. Este hospital es propiedad de la Instalaciones Asistenciales Sanitarias (SCIAS) y es esta empresa

la responsable por su gestión. El SCIAS Hospital de Barcelona inició su actividad el 12 de junio de 1989,

fue concebido como una organización hospitalaria, hasta entonces concepto privativo de la oferta pública.

La misión del hospital es atender a los asegurados de Asistencia Sanitaria Colegial y a los médicos

que estos han escogido libremente, en régimen de hospitalización, urgencias o cirugía ambulatoria. Se trata

de un hospital cooperativo general de pacientes agudos que atiende a una población 197.000 usuarios.

Supone un 12,2% de la población de la ciudad y un 6,1% de su área metropolitana.

Los Servicios Farmacéuticos (SF) del SCIAS Hospital de Barcelona se encuentran ubicados en la

planta -1 y están integrados en los servicios de soporte y prestación de cuidados, contemplando la

adquisición y distribución de medicamentos y otros productos farmacéuticos (PF) en la forma clásica o en

dosis unitaria y en régimen ambulatorio, siendo responsables de la farmacotecnia y ensayos clínicos.

Adicionalmente, este servicio interactúa con otros equipos de salud, por integración en comisiones

técnicas, colaboración en la prescripción y preparación de la nutrición parenteral, prestación de cuidados

farmacéuticos y farmacovigilancia y por asegurar la divulgación de la información sobre el medicamento.

El equipo de los SF es liderado por la Dra. Carmen Lacasa siendo constituida por farmacéuticos,

técnicos, asistentes operacionales y asistentes técnicos (en anexo).

Figura 1. Instalaciones del SCIAS Hospital de Barcelona

2. Selección, Adquisición y Almacenamiento de Productos Farmacéuticos

Sistemas y criterios de adquisición

En Hospital de Barcelona es el responsable de compras que detecta la necesidad de compra de los

medicamentos activos según Guía Farmacológica del centro y archivo maestro de medicamentos del

aplicativo Sistema de Información del Hospital de Barcelona (SIHB). Son detectadas teniendo como

referencia el stock mínimo calculado por el programa informático. Esta propuesta generada

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Informe de Farmacia Hospitalaria – Hospital de Barcelona

2

informáticamente, se revisa y modifica en función de las existencias con el fin de mantener el stock sin que

se vea afectado el suministro a las diferentes unidades de consumo del hospital.

Una vez modificada y revisada, se hacen los pedidos (es necesario comprobar que el proveedor al

que se desea comprar está incluido en la lista de proveedores aprobados). En caso negativo, se solicita el

alta en la Unidad de Tramitación Económica que asigna un código interno de proveedor y posteriormente

se da de alta a los aplicativos de gestión de compras). Este indica medicamentos y cantidades a comprar

según criterios, fija los criterios de cálculo de los stocks mínimos y máximos, realiza seguimiento de los

pedidos y evaluación de los proveedores, elabora y tramita las peticiones de pedido según propuesta y / o

según stocks mínimos y máximos preestablecidos, archivar la documentación necesaria, realiza control

documental, las reclamaciones convenientes así como las tareas administrativas necesarias.

El farmacéutico identifica las necesidades de compra de medicamentos extranjeros de uso

individualizado, de medicamentos de uso compasivo y valida y autoriza la compra de medicamentos de

nueva incorporación. Los técnicos de farmacia y/o farmacéuticos identifican las necesidades de compra de

materias primas y realizan el control documental, cualitativo y cuantitativo del material recibido.

Una excepción es la adquisición de citostáticos: los pedidos no se hacen directamente a los

laboratorios productores sino que semanalmente se pide la medicación en el Instituto Catalán de Oncología

(ICO). Esta se almacena en nevera o en un armario específico para citostáticos.

Otra excepción es cuando se prescribe una medicación habitual del paciente que no esté incluida

en la Guía Farmacoterapéutica del Hospital y el paciente no aporta esa medicación de casa ni se puede

substituir por un equivalente terapéutico durante el ingreso al hospital. Así el Servicio de Farmacia (SF)

comprará el medicamento., dado que la dispensación de medicamentos no incluidos en guía es muy

puntual, no seguirán el circuito de compra habitual. El que se hace es identificar los medicamentos como

no-guía y verificar la disposición de stock en los cajetines de los medicamentos fuera-guía de la zona de

dosis unitaria. Si no hay, se procederá a su compra al mayorista correspondiente. Mediante la página web

IOFNet, se puede comprobar si la Federación Farmacéutica, un mayorista, dispone del medicamento y

realizar el pedido.

Recepción y conferencia de productos adquiridos

La administración del servicio es quien realiza los pedidos de medicamentos a los laboratorios

farmacéuticos y éstos los hacen llegar al servicio de farmacia mediante los distribuidores.

Una vez llegan, se comprueba la existencia de un pedido pendiente y que la dirección de entrega

del pedido es la correcta. En caso afirmativo, se verifica que todo está correcto (los productos suministrados

coincidan con el albarán del proveedor, el estado físico de los envases esté en buenas condiciones,

rechazando aquellos que presenten daños o roturas tanto en el acondicionamiento primario como en el

secundario, en el caso de que exista, que el precinto de seguridad esté intacto, la caducidad sea suficiente,

etc), se anota la incidencia en el albarán del transportista y en el albarán del laboratorio y ambos se firman

con el sello "Conforme salvado el examen". Después, los medicamentos son clasificados en un almacén

por condiciones de almacenamiento.

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Informe de Farmacia Hospitalaria – Hospital de Barcelona

3

Almacenamiento de productos

Con la organización y custodia de medicamentos se busca garantizar la adquisición de los

medicamentos y productos sanitarios necesarios para asegurar la asistencia farmacéutica a la población,

controlar la observación de las normas de correcta conservación en condiciones de temperatura, humedad

y limpieza y garantizar la integridad y calidad de los productos adquiridos y custodiados.

En el almacenamiento debe evitarse que los productos se encuentren en contacto directo con suelo,

paredes y techos y la exposición a focos de luz o calor directo; las farmacias están obligadas a mantener

unas condiciones de temperatura, entre los 20ºC - 30ºC (registros de temperatura del local habrán de hacerse

diariamente, de forma manual o informática, utilizando termómetros calibrados) y cuando los sistemas son

automatizados o robotizados seguirán para ello las indicaciones que indique el fabricante.

La zona de almacenamiento, custodia y conservación de medicamentos y productos sanitarios debe

estar diseñada de forma que en ella se puedan colocar por los diferentes productos, debidamente separados

y clasificados según su naturaleza, con el fin de evitar que se causen confusiones y errores. Además, el

diseño de la zona de almacenamiento debe permitir una localización fácil y rápida de los productos y

proporcionar el máximo aprovechamiento del espacio disponible.

Los medicamentos termolábiles se almacenarán en el frigorífico, entre 2-8ºC colocados sin tocar

en las paredes del mismo. Su almacenamiento debe hacerse con la mayor diligencia para evitar romper la

cadena de frío; deberá contarse con los sistemas de registro de temperaturas y se llevará a cabo un registro

diario de las temperaturas máxima y mínima del frigorífico.

Los estupefacientes deben almacenarse separados del resto de los medicamentos en un armario de

seguridad o caja fuerte, en un lugar al que no puedan acceder personas ajenas y estarán bajo la

responsabilidad del Farmacéutico; su entrada se debe anotar en el Libro de Contabilidad de Estupefacientes

o sistema de registro equivalente. Lo mismo se pasa con medicamentos para ensayos clínicos.

En caso de que un medicamento necesite un tipo de recepción, manipulación y/o conservación

especial, habrá que tener en cuenta las siguientes consideraciones: termolábiles - priorizar la recepción y

almacenamiento y comprobar que no ha perdido la cadena de frío; estupefaciente, materia prima

estupefaciente o psicotrópica - recepción y almacenamiento inmediato por la persona designada; etc.

A farmacia hospitalaria tiene diferentes sistemas de almacenamiento y es muy importante dejar en

primero lugar los medicamentos con menor caducidad en todos los sistemas.

De una forma resumida en el SCIAS Hospital de Barcelona se organizan y custodian les

medicamentos de la siguiente manera: Tiene una zona de dosis unitarias dispuesta en forma de U. Ahí los

medicamentos no están etiquetados, pero contienen el nombre y dosis del medicamento, el lote y la

caducidad (si no es así, se reenvasa). Es con estos medicamentos que se prepararán una vez al día los carros

de las diferentes plantas del hospital. En esta zona está el tubo neumático a través del cual el personal del

Servicio puede hacer llegar a las diferentes plantas del centro la mediación urgente o que ha sufrido cambios

después del envío de los carros de dosis unitarias. Los medicamentos que no suelen pedir en las órdenes

médicas, pero que salen de vez en cuando, por ejemplo porque forman parte de la medicación crónica del

paciente, también se encuentran en estas estanterías de medicamentos no incluidos en la Guía

Farmacoterapéutica del Hospital.

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Informe de Farmacia Hospitalaria – Hospital de Barcelona

4

Existe un almacén dentro del SF donde se custodian todos los medicamentos, a excepción de

aquellos que se encuentran en otras zonas específicas (fluidoterapia, inflamables). En este espacio los

medicamentos se encuentran organizados en diferentes estanterías y ordenados alfabéticamente por el

nombre del principio activo. Cada estantería está señalizada con un código constituido por una letra y dos

cifras numéricas, en cada una de ellas hay varias zonas o cajones para cada medicamento que están

marcados con el nombre y un código interno del medicamento que contienen. Ahí las unidades de

medicamentos se encontram etiquetadas una por una. Es con estos medicamentos que se prepararan las

dotaciones de las diferentes plantas del hospital. También podemos encontrar en este almacén cajas de

medicamentos para ir reponiendo aquellos que se van acabando de la zona de dosis unitarias. Contiene

también una zona con neveras para almacenar fármacos termolábiles, un armario que contiene solamente

los apósitos y un armario con cajas fuertes para custodiar los estupefacientes. Estos últimos sólo pueden

ser manipulados por el personal autorizado (farmacéuticos titulados) y el armario que los contiene se debe

mantener siempre cerrado con llave. Todavía, se pueden encontrar en este almacén los diferentes

componentes para la preparación de nutriciones parenterales, así como algunos medicamentos citostáticos

usados en la preparación de las quimioterapias.

Tiene una zona de fluidoterapia donde se almacenan todas las soluciones intravenosas (como los

salinos isotónicos). Estas son mayoritariamente utilizadas en la preparación de las dotaciones de las

diferentes plantas, y, como tal tienen que ir todas debidamente etiquetadas, por lo que al lado de cada

producto se encuentran las etiquetas que le corresponden. Cuando se acaban, se reponen con los del almacén

externo al SF donde se encontram organizados en pallets y dentro de cajas adecuadamente etiquetadas. Esta

zona se encuentra organizada de manera similar al almacén (con estanterías señalizadas contiendo

diferentes cajones marcados con el nombre y también con el código interno del medicamento o producto

que contienen).

Organizar e custodiar puede parecer básico, pero es esencial para el funcionamiento de todo el

hospital.

En anexo se puedes encontrar fotos de este espacio.

Gestión de stocks y fechas de caducidad

El almacén de farmacia esta informatizado a través del sistema informático SIHB, cuando se

introduce un artículo, se registra en el programa, el lote y la caducidad.

La gestión del stock se realiza de forma automática recorriendo al SIHB. Cuando un producto se

encuentra por debajo del stock mínimo registrado en su ficha, el sistema propone un pedido para reponer

el stock hasta alcanzar el nivel máximo del stock. Así el sistema informático genera una propuesta de

pedido, de todos aquellos productos que se encuentran abajo del stock mínimo establecido y el personal

administrativo revisa la propuesta y la valida. Después los pedidos validados se cursan de manera

automática a todos los proveedores.

En el caso poco probable de que se produjera una rotura de stock se procede a la solicitud urgente

mayorista, prestamos de otro centro o propuesta de sustitución por un equivalente terapéutico.

Se dispone también de stocks periféricos en todas las unidades de hospitalización.

Los stocks se articulan en armarios específicos con etiqueta identificativa que recoge toda la

información del producto (ubicación, nº de unidades, descripción del producto). Se pactan con los

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Informe de Farmacia Hospitalaria – Hospital de Barcelona

5

responsables de las unidades, tanto en dotación como en las cantidades. Esta información se introduce en

el sistema para poder hacer las lecturas de reposición mediante lector de código de barras y la reposición la

realiza el personal auxiliar del servicio de farmacia que en los días definidos registra las diferencias con el

apoyo del lector de código de barras.

Cuanto al controlo de fechas de caducidad, es el SIHB que genera un listado del stock de los

medicamentos con una caducidad registrada prevista de menos de un mes. Una vez al año también se quita

un registro manual de caducidades de los medicamentos presentes en los botiquines de las plantas. Se

procede a comprobar, en el momento de su reposición en los stocks periféricos, la presencia de los

medicamentos incluidos en el listado y proceder a su retirada. Se hay medicamentos caducados, el técnico

tiene que registrarlos, proceder a su retirada, con posterior reposición en el mismo día. El mismo con los

medicamento en los dos carruseles de farmacia (vertical/horizontal).

Cuando el producto caducado es susceptible de devolverse al laboratorio, la retirada del stock de

Farmacia se realiza a través del procedimiento contable de devolución al laboratorio. Este procedimiento

asigna un número que es el que sirve de control para contabilidad y genera un documento que se archiva

junto al resto de regularizaciones y retiradas por caducidad no devueltas al laboratorio. Cuando no se puede

devolver, se deposita en los contenedores específicos, segundo el Procedimiento de Residuos.

3. Sistemas de distribución de fármacos

Distribución clásica

Este tipo de distribución tiene por base una solicitud presentada por la enfermería y solo se hace

en situaciones excepcionales, ya que casi toda la distribución es hecha por stocks nivelados o por Sistema

de Distribución de Medicamentos en Dosis Unitaria (SDIDDU). Es el caso, por ejemplo, de una rotura

repentina de stock en la plantas.

Reposición de stock por niveles

Consiste en la reposición de un stock nivelado y establecido previamente entre los SF y los

Servicios Clínicos, en un determinado servicio clínico, de modo a facilitar los procedimientos inherentes à

administración de medicamentos e à gestión por parte da FH.

Así, en cada unidad de hospitalización (plantas) y servicio, hay varios medicamentos que permiten

el abastecimiento de medicación cuando el SF está cerrado (fines de semana, festivos) o cuando hay

administraciones urgentes o no previstas.

Estos stocks son controlados mayoritariamente por los técnicos de farmacia, con una periodicidad

previamente establecida con base en las necesidades e características de cada servicio. Son eses que se

encargan de controlar que haya los mínimos (puede ser diario o no, de acuerdo con cada servicio).

Distribución personalizada

Consiste en distribuir la medicación por paciente e para un periodo de tiempo previamente

definido. Es el que pasa con los estupefacientes, las quimioterapias y con las nutriciones parenterales, por

ejemplo.

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Sistema de distribución individual diaria de dosis unitaria

En la actualidad, el sistema más utilizado para organizar y custodiar los medicamentos de pacientes

ingresados en un servicio de farmacia hospitalaria es el SDIDDU.

Este sistema implica que:

→ Todos los medicamentos dispensados siempre deben estar identificados en el momento de la

administración (nombre, lote y caducidad), lo que permite reducir peligros potenciales para el paciente. En

caso de que una unidad de envase comercial no contenga esta información, el servicio de farmacia es el

encargado de reenvasarlo y etiquetarlo para que cumpla estas condiciones;

→ La medicación diaria de cada paciente, pautada por órdenes médicas, sale de forma rutinaria cada 24

horas del servicio de farmacia para ir a las diferentes unidades de hospitalización (ordenada por paciente y

en carros, correctamente identificados);

→ Toda la medicación es validada por un farmacéutico mediante software informático antes de ser

dispensada con el objetivo de reducir posibles errores de medicación.

Una vez validados, el programa genera orden de llenar el carrusel vertical (Kardex®). En los

cajones siempre deberá haber dosis unitarias, por tanto, si es necesario se deberá hacer el reenvasado y

etiquetado previo. De referir que es el carrusel de almacén general que suministra los medicamentos a los

cajones de Kardex®.

Se utiliza el SDIDDU en todo, menos en los estupefacientes, que se utiliza la distribución

personalizada.

Distribución de medicamentos a pacientes en ambulatorio

Una de las funciones que se han desarrollado más en los últimos años dentro del Servicio de

Farmacia, es la dispensación de medicamentos a pacientes no hospitalizados. La finalidad de la

dispensación ambulatoria es proporcionar atención farmacéutica a pacientes externos que necesiten

medicación hospitalaria, de uso compasivo, extranjero o de determinadas fórmulas magistrales.

El paciente arriba a la farmacia ambulatoria prescripción de la orden médica y el farmacéutico es

responsable por la pautar recorriendo al sistema HSPfarma. La dispensación se realiza directamente al

paciente y el farmacéutico es responsable por su seguimiento. En caso de que el paciente inicie un nuevo

tratamiento el farmacéutico debe explicarle con claridad el tratamiento a llevar a cabo y resolver las dubas

que el paciente tiene. Mientras que si el paciente bien recoger la continuación del tratamiento, lo que se

hace es observar los últimos valores bioquímicos y hematológicos para asegurar la eficacia del tratamiento.

Fármacos de control especial:

→ Estupefacientes y psicotrópicos

Con un circuito aparte y diferenciado, están los estupefacientes. Es el RD 1675/2012, de 14 de

diciembre, que regula las recetas oficiales y los requisitos especiales de prescripción y dispensación de

estupefacientes para uso humano [3].

La adquisición de estupefacientes es responsabilidad del SF, así como disponer en todo momento

de la cantidad adecuada para cubrir las necesidades del colectivo al que atiende. Hay un responsable que

realiza periódicamente el recuento de los estupefacientes y detecta, en función del inventario y la previsión

de consumo mensual, la necesidad de compra. Para la adquisición a entidades de distribución, se utiliza el

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"Val Oficial de Estupefacientes": este documento se obtiene al Departamento de Sanidad y Seguridad

Social, Delegación Territorial de Barcelona, Sección de Inspección de Asistencia Sanitaria. Cada "vale"

sirve para una especialidad, se debe llenar el "vale" y la matriz que quedará como ha comprobante de la

solicitud y para verificar la recepción del pedido. Cuanto al registro en el Libro Oficial de Contabilidad de

Estupefacientes Informatizado ese se hace automáticamente cuando se genera la entrada del albarán de

proveedor.

Los estupefacientes se almacenan en la caja fuerte del SF. En las unidades de hospitalización los

estupefacientes se guardan bajo llave, en un espacio destinado a su almacenamiento.

La dispensación se realiza con una ficha de control con matriz numerada: la matriz de la ficha

permanece en el Servicio de Farmacia y la ficha de control a las unidades de hospitalización, quirófano o

urgencias, y en las dos debe constar la fecha y el nombre del auxiliar de farmacia que realiza la dispensación,

los datos y unidades del medicamento dispensado y estará firmada por el auxiliar sanitario que la recibe.

Para la reposición de una ficha completa, se le adjuntarán las hojas de control de estupefacientes

informatizados individualizados por la administración de cada dosis. Se deben guardar los envases

utilizados, que conjuntamente con la ficha con las hojas individuales cumplimentadas se devolverá al

Servicio de Farmacia para su reposición. Todos los movimientos de estupefacientes, entradas y salidas, son

anotadas por el técnico de farmacia en la hoja de control interno.

El jefe de servicio es responsable por la custodia de estupefacientes, pero son los técnicos de la

farmacia que se encargan de preparar esta medicación (solo en situaciones en que haya algún cambio

requerirá la intervención del farmacéutico). Así, todos los días se recogen las fichas de control de

estupefacientes de las diferentes áreas asistenciales que se encuentren correctamente cumplimentadas y se

hará la reposición del fármacos consumidos. Generalmente hay stock en las plantas, pero en caso de que

no haya stock de mórficos, el coordinador o supervisor de la planta podrá ir a buscar el Servicio de

Farmacia. En este caso la cartulina será por un único paciente y, una vez finalizado el tratamiento, se

devolverá la documentación.

El farmacéutico debe registrar todas las entradas, salidas. Se realiza un control quincenal de

existencias en las unidades de hospitalización con la responsable del proceso de hospitalización de

Enfermería y un control de existencias una vez al mes, con registro de las entradas para adquisición y por

devolución, así como las salidas para dispensación, rotura o caducidad

Sobre los psicotrópicos, no hay distribución diferenciada ni control especial. Su control es igual al

de los otros medicamentos, llegando al paciente por SDIDDU o por distribución en la planta de

hospitalización.

→ Medicamentos fuera de guía

En SCIAS Hospital de Barcelona hay la Guía de Farmacoterapéutica elaborada por la Comisión

de farmacoterapéutica. Ese es un listado de toda la medicación usada en la práctica asistencial.

La incorporación de medicamentos en esta guía tiene repercusiones clínicas, organizativas y

económicas, y por lo tanto es necesario que venga precedida de una evaluación basada en criterios de

evidencia, siendo la evaluación final de la responsabilidad de la Comisión de Farmacia y Terapéutica.

Cuando se prescribe una medicación habitual del paciente que no está incluida en la guía del

hospital, el prescriptor deberá informar si el paciente aporta la medicación. En caso afirmativo el paciente

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tomará su medicación que llevará de casa (la medicación no se envía con los carros de Farmacia). En caso

negativo el SF valorará la sustitución, siempre que sea posible, por un equivalente terapéutico durante el

ingreso al hospital. Es aquí que entra el “Programa de intercambio terapéutico”, un documento consensuado

para la prescripción y dispensación de fármacos considerados equivalentes terapéuticos, en función de la

información científica disponible. Si el médico considera que en un paciente determinado no se debe

realizar alguna de las actuaciones que se proponen, se debe especificar para que Farmacia esté al corriente.

En ese último caso, el SF comprará el medicamento y este llega al paciente con el resto de su medicación,

generalmente por SDIDDU.

→ Citotóxicos

A los pacientes con un tratamiento oncológico se les puede administrar la medicación citostática

en tres modalidades diferentes: hospitalización, en servicio ambulatorio o Servicio Hospital de Día (SHD)

y servicio a domicilio. Dependerá del estado general del paciente, otras patologías que pueda tener y del

tipo de medicación que debe recibir.

Generalmente son distribuidos en SHD (medicación endovenosa) o en ambulatorio (medicación

oral), tiendo por eso dos locales de almacenamiento distintos: servicio de farmacia e ambulatorio,

respetivamente.

Los citotóxicos se encuentran en ambos los casos en armarios específicos, localizados en la pre-

cámara de la unidad de preparación en caso de la farmacia, o en nevera, si se requiera. La pre-medicación

como sueros y antieméticos está disponible en el stock de hospital de día.

De referir que solo hay producción de quimioterapias para o SHD después de la validación y orden

farmacéutica, y dispensación en ambulatorio después de la primera visita de atención farmacéutica.

→ Medicamentos para ensayos clínicos

Después de haber aprobación de un ensayo por el Comité de Investigación Clínica del CSI, se da

conocimiento al SH.

La medicación de un ensayo sigue un circuito diferenciado del resto de medicación, empezando

luego por la entrada/contabilidad de la medicación. El farmacéutico verifica el buen estado del

medicamento y se asegura que es el correcto, bien como la variación de temperatura durante el transporte.

La entrada en la farmacia es hecha segundo el dossier de cada ensayo clínico.

Para controlo de stock se llenan los formularios de entradas y salidas de medicación que se

acuerden con el promotor del ensayo.

El almacenamiento de los medicamentos, perfectamente identificado por el código interno del

ensayo, se hace en armario cerrado y completamente separado de los medicamentos de uso habitual en el

hospital. En el caso de los medicamentos que precisen refrigeración (2° a 8°C), están en una nevera,

igualmente identificados y separados del resto de la medicación del hospital. En este caso, se tiene especial

cuidado con los registros de control de las temperaturas, para aquellos ensayos que pidan comprobantes de

temperatura.

Cuanto a la entrega de la medicación, es hecha a través de una receta interna y esta se guarda en

el archivo correspondiente del protocolo, apuntando siempre el lote y la caducidad.

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La documentación correspondiente a un ensayo clínico se guarda dentro del SF, y una vez el

ensayo haya finalizado, el archivo de farmacia se unirá al del investigador principal y en servicio de

farmacia sólo se guardará una nota de archivo donde se indique que los dos archivos se han unificado y que

se guardarán según la normativa legal.

Reenvaso de medicamentos

Para una correcta distribución tornase necesario reenvasar medicamentos. Eso porque es esencial

que estén bien identificados con su nombre, dosis, lote y caducidad, el que no pasa en cada unidad de un

blíster o de un bottle. Así es necesario ponerse el producto (en mayúsculas: MARCA COMERCIAL + XX

+ MG), principio activo, dosis, el envase (diferenciar entre capsulas y comprimidos), las fechas de

caducidad y envasado, el lote y el código nacional.

Es para la unidosis y los stocks de planta que se usa más. También puede ser necesario reenvasar

medicación de ambulatorio, por ejemplo cuando se prevé un cambio de tratamiento, pero es muy poco

frecuente.

4. Producción y control de medicamentos

Producción de formas farmacéuticas estériles:

La unidad de producción dispone de dos áreas de trabajo distintas: la unidad de preparación de

citotóxicos y la unidad de preparación de otras mesclas intravenosas y intravitreas, teniendo ambas

vestuario y zona limpia propia, y una zona semi-limpia compartida. Todas las zonas disponen de una unidad

de impulsión y una unidad de expulsión de aire estéril, permitiendo la renovación del aire y manteniendo

diferencias de presión, esencial para garantizar la seguridad de la preparación y del manipulador. Se

mantiene presión positiva en el interior cuando se quiere evitar la entrada de aire no filtrado a fin de no

contaminar las preparaciones. Ya la presión negativa es utilizada cuando se quiere proteger el manipulador

y de los demás trabajadores ya que no permite fugas de aire para el exterior, evitando así la diseminación

de cualquier tipo de substancia peligrosa.

La zona semi-limpia (pre-cámara) sirve para la preparación de todo el material necesario para la

elaboración del preparado estéril, por ejemplo la desinfección externa de los envases de medicamentos y

materiales. El acceso a esta zona es restringido y mantiene una presión positiva respecto al exterior. Aquí

está ubicado un armario con los medicamentos citotóxicos que se van a reconstituir. También es esta a zona

donde el personal puede lavarse las manos y poner la ropa de protección adecuada: bata estéril de un solo

uso, gorro, guantes estériles, mascarilla y calcetines de laboratorio (vestuarios). El personal sanitario

siempre debe utilizar indumentaria adecuada para su protección, pero también para evitar la contaminación

de las preparaciones. La diferencia más grande entre la indumentaria para trabajar en las dos unidades es el

tipo de mascarilla que se usa, siendo las mascarillas de protección respiratoria de la máxima protección

(categoría FFP3) en la unidad de citotóxicos.

Cuanto a las zonas limpias (cámaras), ambas tienen superficies con material de fácil limpieza,

limpieza que se hace siempre antes y después de usarla, con gases humedecidas con alcohol etílico de 70º.

Las cabinas de seguridad biológica (CSB) recomendadas para la manipulación de citostáticos son

de clases II o III, segundo indica la norma UNE/EN/12469 [4].

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En la zona limpia A está ubicada la cabina de flujo laminar vertical (CFVL que asegura una alta

protección al operador, al medio ambiente y en la muestra. La CFLV es el elemento básico que permite

trabajar en un medio adecuado para la preparación de las mezclas de citostáticos ya que la corriente de aire

elimina las partículas dispersas después de un proceso de microfiltración por filtros HEPA 1:10000 (sólo

permiten el paso de 10.000 partículas por metro cúbico. La zona limpia se encuentra en depresión respecto

a la pre-cámara, depresión creada por la unidad de expulsión de aire estéril y por la cabina de citostáticos

que coge el aire de la habitación, impidiendo la salida de aire para la pre-cámara. Allí es donde se realiza

la reconstitución de los medicamentos citostáticos.

La zona limpia B se encuentra la cabina de flujo laminar horizontal (CFLH) para la elaboración

de preparados estériles, como las nutriciones parenteral y las preparaciones intravitreas. La CFLH provee

un área limpia clase 100, que es aquella en la que se controla y limita la cantidad de partículas (100

partículas de tamaño mayor o igual a 0,5 micrómetros por litro de aire), la que en condiciones óptimas debe

estar situada en un ambiente clase B que, de acuerdo con la clasificación de la Organización Mundial de

Salud (OMS) sobre áreas estériles limita las partículas a un máximo de 35.000 que es de 0,5-5 micras, y en

un máximo de 5 microorganismos permitidos por metro cúbico. El sistema de flujo laminar horizontal

permite trabajar en condiciones de esterilidad y ausencia de partículas mediante el principio de barrido

continuo de la zona de trabajo, garantizando la total protección del producto. Esta cabina ofrece protección

al producto pero no a los usuarios ni al ambiente, por lo que no debe ser utilizada para la manipulación de

materiales de riesgo biológico. Esta zona se encuentra en presión positiva en el interior respecto a la pre-

cámara y vestuario.

Lo operador se encarga de reconstituir los fármacos bien como hacer el control microbiológico,

de generar y revisar listados y etiquetas, preparar bandejas individuales con toda la medicación de un

paciente, entrada de la medicación en cabina, empaquetar los tratamientos y realizar el control gravimétrico

en caso de los citotóxicos (previo y posterior a la preparación del citostático).

Fármacos citotóxicos

Cuando la medicación citostática es intravenosa, se tiene que prepararla, pero antes de la

producción de las quimioterapias, se visitará con el médico que prescribe el protocolo que confirmará que

el estado de la paciente es correcto para recibir la quimioterapia y este la validará. Posteriormente, el

farmacéutico comprobará que lo que el médico ha prescrito es correcto. La validación de la prescripción

por parte del farmacéutico supone realizar una serie de comprobaciones que asegurarán que el tratamiento

prescrito es correcto en todos los niveles: datos del paciente, protocolo prescrito, dosis, condiciones de

preparación, estabilidad, condiciones de administración, etc.

Una vez que el tratamiento está validado, se puede imprimir la hoja de preparación y las etiquetas

identificativas. A partir de aquí el técnico deberá localizar la medicación y el material fungible y elaborar

el tratamiento individualizado. La reconstitución de citostáticos se realiza en los servicios de farmacia de

los hospitales con el objetivo de disminuir el riesgo de contaminación asociado al manejo y otros posibles

errores que puedan presentarse en la prescripción, preparación y administración. La finalidad es proteger a

los pacientes, personal de la salud y medio ambiente.

En SCIAS Hospital de Barcelona se ha implantado un sistema - ISISH que garantiza la

trazabilidad de los citostáticos, desde su preparación en la cabina de seguridad biológica hasta que se

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administra a los pacientes. El sistema realiza peticiones desde la precabina de preparación al almacén de

farmacia controlando las existencias, los lotes y las caducidades. En la preparación, el técnico, que se

identifica con etiqueta de código de barras, se apoya en un sistema de voz que le permite concentrarse de

forma exclusiva en la preparación de la dosis del medicamento. El programa controla las dosis por

gravimetría, determinando la dosis exacta del citostático, comparando el peso de la bolsa de diluyente antes

e después de la incorporación de la dosis. La pesada se realiza en una balanza conectada al sistema, si el

peso es incorrecto, el operador no puede continuar [5].

Terminada la preparación se imprimen las etiquetas de forma automática. La etiqueta contiene el

código de barras único que identifica la preparación y los datos del paciente (Figura 2) [5].

Figura 2. Etiqueta de la preparación de un citostático [5].

Una vez terminada la preparación en la cabina, se realiza el control de calidad antes de que el

preparado salga de la farmacia al hospital de día, verificando que el proceso de elaboración se ha realizado

correctamente y coincide con la prescripción. En el control se realiza la lectura de los códigos de las

etiquetas impresas en la cabina para cada preparado, un control gravimétrico y se indica si algún preparado

necesita protección de luz o temperatura. Por último se agrupan los preparados por paciente, generando una

bolsa para cada paciente y condiciones de conservación. Estas bolsas serán enviadas al hospital de día. En

el hospital de día se emite una pulsera identificativa de cada paciente que incluye sus datos demográficos.

Se realiza la preparación de la premedicación que también se etiqueta, identificando la preparación y el

paciente [5].

De notar que se quedan excluidas de la manipulación de citostáticos todas aquellas personas que

presenten alergia a los agentes citostáticos y/o patología dermatológica importantes, mujeres con historia

de abortos en edad fértil o con voluntad de reproducción, personas que trabajen con radiaciones ionizantes

debido al efecto sinérgico entre ambos agentes, personal que haya recibido tratamientos

citostáticos/inmunosupresores e inmunodeprimidos, embarazadas y madres lactantes, etc [6].

De referir también que hay cuidados especiales/protocolos para la limpieza de cabinas, derrames

(dentro y fuera de la cámara), normas de trabajo en la cabina, normas para la colocación de la indumentaria,

exposición accidental, etc [6].

Preparaciones extemporáneas estériles

Cuanto a la producción de preparaciones extemporáneas estériles, en SCIAS Hospital de

Barcelona se hacen inyectables, colirios, etc. Cabe al farmacéutico la validación y después se puede

imprimir la hoja de preparación y las etiquetas identificativas. A partir de aquí el técnico deberá localizar

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la medicación y el material fungible y elaborar el tratamiento individualizado. La preparación se realiza en

los servicios de farmacia de los hospitales con el objetivo de disminuir el riesgo de contaminación de la

preparación asociado al manejo y otros posibles errores que puedan presentarse en la prescripción,

preparación y administración.

Los viales se fraccionan en jeringas precargadas en condiciones estériles, en CFLH, variando el

volumen con el medicamento. Siempre se envía una jeringa de cada lote en el Laboratorio para hacer el

control microbiológico. Hay que tener en cuenta su conservación en la nevera, protegidas de la luz hasta

que sean transportadas.

Nutriciones parenterales

Después de la validación farmacéutica de la prescripción médica de nutrición parenteral (NPT), el

técnico puede empezar a producirla.

Ese es responsable de editar la hoja de preparación (y firmarla en final) y las etiquetas de los

pacientes con NPT, localizar la medicación y preparar el material fungible, limpiar el material que no tenga

embalaje estéril (se sumergirá en una bandeja de acero inoxidable en alcohol de 70º) y elaborar las

preparaciones estériles segundo la normativa de trabajo.

En SCIAS Hospital de Barcelona las bolsas de nutrición parenteral son bolsas tricamerales

Smofkabiven® (con o sin electrólitos) o Clinimix® (sin lípidos) y apenas se añaden vitaminas y

oligoelementos, caso sea necesario.

Es muy importante enviar a microbiología las muestras para hacer el control microbiológico,

empaquetar, etiquetar y garantizar las normas de conservación del producto terminado.

Preparación de formas farmacéuticas no estériles

En el Hospital de Barcelona hay una zona de preparación de formas farmacéuticas no estériles. El

farmacéutico emite una orden de preparación y imprime los rótulos de identificación de cada una de las

preparaciones e el operador procede a la preparación.

En la zona de producción de no estériles se pueden hacer preparaciones de diferentes formas

farmacéuticas, como soluciones, suspensiones, lociones, cremes y pomadas que pueden tener como destino

las diferentes unidades hospitalarias. Durante la preparación se debe registrar la orden de preparación, la

cantidad de materias primas usado, bien como el lote, la origen y el plazo de validad y los cálculos

efectuados. A lo manipulado obtenido se atribuí un número de lote y una validad de acordó con la

metodología establecida en el sector.

Lo farmacéutico responsable hace el débito de todas las materias primas utilizadas en el sistema

informático, gestionando el stock de producción de no estériles. Los manipulados no estériles preparados

son introducidos en el sistema informático. Es también de la responsabilidad de lo farmacéutico de servicio

de esta unidad la verificación de los plazos de validad de los manipulados en stock. Se hay manipulados

con el plazo de validad cerca del fin hay que preparar más para reposición del stock e retirar los respetivos

manipulados.

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Concepto integrado de aseguramiento de calidad

Desde el Servicio de Farmacia se elaboran diariamente NPT y también preparaciones

extemporáneas estériles. Estos preparados estériles requieren controles microbiológicos para garantizar su

esterilidad.

De las preparaciones mencionadas anteriormente, se envían para analizar en Laboratorio de

Microbiología una muestra de NPT al azar (1ml) de cada 20 preparaciones hechas y una jeringa de la

preparación extemporánea estéril con la periodicidad correspondiente. Deberá adjuntarse también una

petición de control microbiológico que debe ser llenada por los técnicos en su preparación.

Cuanto a los medicamentos citotóxicos, estos son preparados para ser administrados en el SHD y

están sujetos a un control especial, el gravimétrico y toda su preparación se hace con lectura de código de

barras.

Además de todos esos controles, se apunta siempre el lote y la caducidad de todo el que se usa

para que haya rastreabilidad y sea fácil saber lo que puede tener sido mal hecho en caso de un error.

5. Otras actividades de Farmacia Clínica e información sobre los medicamentos

Conciliación terapéutica y validación farmacéutica

La conciliación de la medicación es el proceso formal y estandarizado de obtener la lista completa

de la medicación previa de un paciente, compararla con la prescripción activa, y analizar y resolver las

discrepancias encontradas. Es necesario realizar la conciliación de la medicación en el momento del ingreso

y del alta hospitalaria, y en general siempre que se produzca un cambio de responsabilidad que implique

una actualización del tratamiento, con el objetivo de eliminar los errores derivados de los fallos en la

comunicación del tratamiento farmacológico del paciente [7].

Los cambios que se pueden realizar incluyen añadir, cambiar o suspender algún medicamento,

segundo un procedimiento formal y protocolizado. Cabe destacar que en ningún caso se trata de evaluar la

práctica médica, ni se cuestiona las decisiones clínicas individuales, sino detectar y corregir posibles errores

de medicación que habrían pasado inadvertidos [7].

De destacar que dentro de las discrepancias podemos diferenciar: no discrepancias (inicio de

medicación justificada por la situación clínica), discrepancias justificadas que no requieren aclaración

(decisión médica o sustitución terapéutica) o discrepancias que requieren aclaración (omisión de

medicamento, inicio de medicación, cambio de dosis, vía o frecuencia sin justificación clínica

documentada, duplicidad terapéutica, etc). La medicación que debe ser conciliada es la siguiente:

medicamentos de prescripción médica. En caso de cirugía programada también deben recogerse las

recomendaciones sobre la medicación que el paciente recibió en la visita preoperatoria; La automedicación

y plantas medicinales que toma el paciente de forma habitual y continuada [7].

En este hospital, los farmacéuticos del Servicio son responsables de realizar de manera diaria el

seguimiento farmacoterapéutico de todos los pacientes del hospital que tengan nueva medicación prescrita

(validación del orden médica), ponerse en contacto con el médico prescriptor, ya sea verbalmente o

mediante comunicación escrita para solucionar los PRM detectados y clasificar todas las intervenciones

farmacéuticas realizadas en SIHB para proceder a su explotación mensual.

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Este proceso consta de las siguientes etapas:

→ Elaboración de la lista de medicación previa del paciente;

→ Revisión de la lista de medicación activa prescrita;

→ Comparación y detección de discrepancias aparentemente no justificadas que requieren aclaración;

→ Aclaración con el prescriptor;

→ Documentación de los cambios realizados;

→ Elaboración de una lista de «medicación conciliada»;

→ Comunicación de la lista conciliada.

En el Hospital de Barcelona, existe un circuito que se adapta a las necesidades del centro diseñado

según los recursos disponibles, grado de informatización de la historia clínica y del proceso de uso de la

medicación. Los farmacéuticos validan las órdenes médicas de la conciliación de la medicación y sale por

las impresoras de las plantas una lista de la medicación con la acción terapéutica de cada medicamento que

se entrega al paciente mientras está ingresado y siempre que se producen cambios en la misma. En esta

hoja consta el nombre del medicamento, la dosis y la indicación terapéutica en un lenguaje que pueda

entender el enfermo. Cualquier modificación que se haga en la receta se comunica al paciente mediante

esta hoja. Con este sistema de conciliación se ha visto una gran reducción de los errores de medicación (se

encontró menos omisiones, menos duplicados y menos errores de dosis o interacciones) (Figura 3).

Figura 3. Esquema representativo de la Conciliación Terapéutica y Validación Farmacéutica.

El papel del farmacéutico en la conciliación de la medicación es muy importante y además el

farmacéutico (persona responsable pela validación de la medicación en la hora del alta) puede explicar y

dar consejos farmacéuticos al enfermo o lo que se ve reflejado en la satisfacción del paciente del servicio

sanitario que recibe proporcionando seguridad y salud a los pacientes.

Farmacovigilancia

La OMS define “farmacovigilancia” como la ciencia y las actividades relativas a la detección,

evaluación, comprensión y prevención de las reacciones adversas de los medicamentos o cualquier otro

problema relacionado con ellos. Así, farmacovigilancia es un término que engloba todos los procesos

necesarios para controlar y evaluar las reacciones adversas a los medicamentos y es esencial para que los

sistemas de reglamentación farmacéutica, la práctica clínica y los programas de salud pública resulten

eficaces. Se entiende por reacción adversa a medicamento (RAM) una reacción a un medicamento que no

se esperaba o deseaba, no solo incluye efectos nocivos e involuntarios derivados del uso de un medicamento

en dosis normales, como también, efectos relacionados con errores de medicación y usos al margen de los

términos de la autorización de comercialización, incluidos el uso equivocado, la sobredosis y el abuso del

medicamento [8], [9].

En España existe un sistema de farmacovigilancia para facilitar la recogida de información sobre

los efectos adversos que pueden ocasionar los medicamentos. Este sistema es denominado Sistema Español

de Farmacovigilancia de medicamentos de uso Humano (SEFV-H), que está integrado dentro del Programa

Arribada de la orden médica

Revisión de la prescripción mécica

Conciliación de la medicación

Revisión periódoca de la evolución del

pcienteConciliación al alta

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Internacional de Farmacovigilancia de la Organización Mundial de Salud y tiene como objetivo principal

reunir los casos de sospecha de RAM, que identifican los profesionales sanitarios o los ciudadanos [9].

La Agencia Española de Medicamentos y Productos Sanitarios (AEMPS) actúa de coordinador del

SEFV-H a través de la División de Farmacoepidemiología y Farmacovigilancia. En cada Comunidad

Autónoma existe un centro de farmacovigilancia encargado de evaluar y registrar en una base de datos

común (FEDRA - Farmacovigilancia Española, Datos de Reacciones Adversas) los efectos adversos que

se sospecha que pueden ser debidos a algún medicamento. En Cataluña, quien se encarga de esta tarea es

la Fundación Instituto Catalán de Farmacología (Servicio de Farmacología Clínica del Hospital

Universitario Vall d'Hebron) [10].

Para hacer llegar las notificaciones, tanto profesionales sanitarios como ciudadanos (desde julio

de 2012) pueden hacer llegar sus sospechas de reacciones adversas a medicamentos directamente a través

del formulario “Tarjeta Amarilla”, que consiste en un formulario descriptivo de la sospecha, junto con los

datos del episodio o a través de los laboratorios farmacéuticos titulares de los medicamentos. Los

ciudadanos también pueden comunicar sospechas de RAM a través de un formulario electrónico en Internet,

como vía complementaria a la comunicación del paciente al médico, farmacéutico, enfermero. Este sistema

a través del portal www.notificaRAM.es permite notificar las sospechas de RAM a los ciudadanos, y

también a los profesionales sanitarios, posibilitándoles una nueva vía de comunicación como complemento

de las ya existentes [10].

De referir que es esencial que se notifiquen todas las sospechas de reacciones en pacientes tratados

con fármacos de reciente introducción en terapéutica (comercializado hace menos de 5 años; identificados

con un triángulo negro junto al nombre en el envase), desconocidas o inesperadas y as que sean mortales,

que amenazan la vida del paciente, que provoquen ingreso en el hospital o que alarguen la estancia

hospitalaria, así como las malformaciones congénitas y los efectos irreversibles.

La prevención, detección y notificación de RAMs es un indicador de calidad asistencial muy

importante dentro del ámbito hospitalario y en él están implicados activamente todos los profesionales

sanitarios. En SCIAS Hospital de Barcelona hay un circuito de notificación y la responsabilidad de alcanzar

este procedimiento es de profesionales sanitarios que están en contacto con el paciente y su medicación:

personal médico, enfermería y farmacéutico; el farmacéutico y el notificador son los responsable de buscar

la relación de causalidad e el notificador es responsable de registrar en la historia clínica la sospecha de

RAM (registro en el Servicio de Farmacia de la sospecha de RAM, siguiendo el formato de sistema de

notificación espontánea de la “tarjeta amarilla'” y en su caso, de la contestación a la 'tarjeta amarilla' por

parte del centro de farmacovigilancia).

De referir que cuando las reacciones adversas son prevenibles en la administración de

medicamentos es necesario definir fármacos susceptibles de poder prevenir RAMs con medidas concretas,

definir dentro de la ficha de mantenimiento de estos fármacos el plan de prevención específico, utilizando

como herramienta el programa informático de prescripción de medicación y, cada vez que un fármaco

susceptible es prescrito, activar el plan correspondiente de prevención.

En la práctica no son frecuentes las tarjetas amarillas o en algunos casos no se dan a conocer el

Servicio de Farmacia pues lo hace directamente el personal médico o de enfermería.

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Errores de medicación

Un error de medicación (EM) es cualquier incidente previsible que puede causar daño al paciente

u ocasionar una utilización inapropiada del medicamento, cuando se encuentra bajo control del personal

sanitario o del mismo paciente. Estos incidentes pueden estar relacionados con la práctica profesional, con

los productos, con los procedimientos o con los sistemas, incluyendo fallos en la prescripción,

comunicación, etiquetado, envasado, denominación, preparación, dispensación, distribución,

administración, educación, seguimiento y utilización [11].

Así, es imprescindible la implantación de estrategias dirigidas a la prevención de los errores. Sin

embargo, el proceso de utilización de medicamentos es complexo y las estrategias dirigidas a hacer un uso

más seguro necesitan un enfoque multidisciplinario que implique a todos los profesionales sanitarios, las

autoridades sanitarias, la industria farmacéutica y también los pacientes.

En el SCIAS Hospital de Barcelona el método utilizado para detectar errores de medicación es el

método por observación. Las observaciones son realizadas por personas independientes y el número de

observaciones debe ser una muestra estadísticamente representativa del número de administraciones de

medicamentos que se realizan en un centro sanitario. Cada observación se registra en una ficha diseñada

con ese objetivo (en anexo) y posteriormente el observador compara la administración del medicamento

con la orden médica original detectando error se hay discrepancia. Este método tiene la ventaja de que

puede revisarse el circuito completo de utilización de medicamentos (prescripción, validación de la

prescripción, dispensación y administración). El método de observación de administración de

medicamentos mejoro el proceso de utilización de medicamentos. La implicación del personal del centro

en el estudio de errores de medicación influye de forma positiva en la aplicación de las medidas correctoras

estimulando a su cumplimiento al resto de compañeros. Así la experiencia desarrollada en el Hospital de

Barcelona puede ser útil a otros hospitales [12].

Participación del farmacéutico en ensayos clínicos

Cuando hay aprobación de un ensayo, el Comité de Investigación Clínica del CSI pone en

conocimiento del Servicio de Farmacia. De referir que existe una base de datos en la que se registran todos

los ensayos clínicos que hayan sido aprobados por el Comité y que se utilice medicamentos. Los ensayos

clínicos se numeran según el código interno que hace el Comité y los dossiers se guardan en armario cerrado

en el servicio de farmacia. Así mismo, en la base de datos se podrán anotar aquellas instrucciones que se

consideren más relevantes para el seguimiento y control de la medicación del ensayo [13], [14].

Los ensayos clínicos, una vez han sido aprobados por el Comité correspondiente, no se ponen en

marcha hasta que el promotor del mismo se pone en contacto con las partes participantes (investigador

principal, servicio de farmacia) y con lo se conoce como "Visita de apertura", da todas las instrucciones

necesarias a cada una de las partes [13].

El laboratorio promotor pone en conocimiento del SF el inicio de un ensayo clínico y se acuerda

una primera reunión donde se procederá a:

→ Facilitar el dossier del ensayo clínico;

→ Autorizaciones administrativas;

→ Procedimiento de trabajo del ensayo;

→ Calendario de entrega de medicación y solicitud de reposición [13].

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En el servicio de farmacia, se diferencian dos grandes grupos de ensayos: ensayos con medicación

que no es necesario almacenar ni manipular en el SF y ensayos con medicación que hay que almacenar y /

o manipular en el SF de farmacia.

En el caso del primer grupo, los trámites que hay que hacer y únicos que requiere el promotor, es

el control de recepción de la medicación y registro de entrega al investigador principal.

En el caso de los ensayos comprendidos en el segundo grupo, además de llevar los registros de

movimiento de medicación que pida el promotor, será necesario establecer para cada caso los

procedimientos de entrega de medicación al paciente, o al personal de farmacia para su manipulación (caso

de los citostáticos u otros medicamentos que precisen algún tipo de acondicionamiento en el servicio de

farmacia).

En todo caso siempre se tratará de un registro de entradas y salidas, a veces individualizado por

paciente.

Nutrición artificial:

La nutrición artificial se clasifica en enteral o parenteral (vía central o periférica). Su escoja

depende de las necesidades de cada paciente que varían de acuerdo con el género, peso, altura, clearance

de creatinina, patología presentada, etc [15].

En la NPT, cabe al farmacéutico la validación de la prescripción médica, revisar los datos del

paciente y la indicación de la nutrición (verificar si la vía de administración es la más correcta, si la bolsa

es adecuada para las necesidades diarias del paciente y se es o no necesario añadir algo más, consonante

las analíticas) y realizar las comprobaciones que aseguran que el tratamiento prescrito cumple todos los

requisitos de composición y estabilidad.

Cuanto a la nutrición enteral, poco papel tiene el farmacéutico ya que todo es revisado y validado

por los dietistas. El que hace más es la selección de productos para compra, en conjunto con los dietistas.

Farmacocinética clínica: monitorización de fármacos en la práctica clínica

La monitorización terapéutica de fármacos es una herramienta con demostrada efectividad para

mejorar los resultados clínicos de los pacientes, minimizando la toxicidad y maximizando la efectividad de

los tratamientos. Además de usarla en aquellos fármacos con estrecho margen terapéutico o con perfil de

efectos adversos dosis-dependientes, podría favorecer en la individualización de los tratamientos. Eso

porque se sabe que para un determinado medicamento hay la dosis con la que se tiene la mayor respuesta

farmacológica y la mínima toxicidad, pero hay también algunos pacientes que se escapan al

comportamiento poblacional. Así, reconociendo en qué etapa de la farmacocinética el paciente tiene

alternaciones y cuáles son sus los parámetros farmacocinéticos individuales (volumen de distribución,

clearance, área bajo la curva, etc.), sería posible interpretar las concentraciones plasmáticas medidas para

conseguir la respuesta terapéutica esperada con una dosis específica [16].

Se hace la monitorización para reducir la oto y nefro toxicidad de algunos fármacos, pero también

para realizar un uso racional y efectivo para el control de la infección en los pacientes.

El que se determina la concentración en vale (30 minutos antes de la administración) para averiguar

la eficacia del fármaco, comparando esa concentración con parámetros poblacionales estandarizados.

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Después la dosis administrada al paciente es ajustada conforme el vale obtenido y el estado general del

paciente.

Comités técnicos existentes en el hospital y sus actividades

→ Comité Infecciosas

→ Comité Nutrición

→ Comité Farmacia

→ Comité Ética e investigación Clínica

Respuestas a las solicitudes de información sobre medicamentos, aplicadas a situaciones clínicas

Generalmente las solicitudes de información sobre medicamentos, llamadas “Consultas

farmacéuticas”, son hechas por médicos y enfermería, llegando al servicio de farmacia por teléfono o email,

siendo las respuestas dadas por la misma vía.

Las más frecuentes están relacionadas con dosis, la propia administración del fármaco (si se puede

o no triturar la medicación, si puede ser administrada por sonda) y su estabilidad, presencia o no en la guía

terapéutica del hospital, interacciones farmacológicas, problemas de suministro (valoración de alternativas)

o ajuste de dosis (insuficiencia renal, fármacos con margen terapéutico estrecho).

Consulta de libros básicos y especializados, publicaciones periódicas, "Índices de denominación",

bases de datos e Internet

En el servicio de farmacia si usan diferentes fuentes de información.

Los libros más utilizados son las Guías de Terapéutica Antimicrobiana y de Administración

Parenteral.

Publicaciones periódicas de revistas como la revista de SEFH que es enviada por email,

mensualmente.

La mayoría son páginas de internet (bases de dados) porque son muy prácticas y se pueden

consultar en cualquier parte. Son ejemplos:

CedimCat (Centro de información de medicamentos de Cataluña), CatSalut (Proveedor público de servicios

sanitarios de Cataluña), CIMA (Centro de Información online de Medicamentos de la AEMPS), Up to date

(recurso de ayuda para la toma de decisiones clínicas relacionadas con el tratamiento de enfermedades

concretas), PubMed, Micromedex (www.micromedex.com; compatibilidad de fármacos mesclados e

información de dosis, administración y cinética), Medimecum (información básica de medicamentos), HEP

Drugs Interacions (www.hep-druginteractions.org), GESIDA (www.gesida-seimc.org; grupo de estudio del

SIDA), HIV Drug Interaction (www.hiv-druginteractions.org), Memorial Sloan Kettering Cancer Center

(www.mskcc.org), entre otros.

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PARTE 2 – PRESENTACIÓN DE LOS TEMAS DESARROLLADOS EN LAS

PRÁCTICAS TUTELADAS DE FARMACIA HOSPITALARIA

En la facultad de Farmacia de la universidad de Barcelona, las prácticas son diferentes de las que

se hacen en Portugal, habiendo un seguimiento más grande de los estudiantes durante esta etapa, llamándose

por esa razón “Prácticas Tuteladas”.

Tal como en Portugal, son una oportunidad de aplicación de los conocimientos adquiridos a lo

largo de los estudios de grado y, además, una oportunidad para adquirir nuevos conocimientos, habilidades

y actitudes que, desde una perspectiva global de la profesión, permiten al estudiante adquirir competencias

profesionales de excelencia en la vertiente asistencial, en farmacia comunitaria o de hospital.

Promueven acciones que conllevan al desarrollo de servicios profesionales de excelencia,

orientados a la educación, la prevención y al uso efectivo y seguro de los medicamentos en los pacientes

pero también a la práctica colaborativa con los otros profesionales sanitarios.

Se busca el aprendizaje en la acción: "saber" (conocimientos), "saber hacer" (habilidades) y "saber

estar" (actitudes o comportamientos), adquiriendo así competencias profesionales y transversales. Para eso

en las Prácticas Tuteladas se incluyen actividades en el centro receptor como actividades lectivas a la

Facultad en la modalidad de seminarios y talleres experimentales, preparación de trabajos y trabajo personal

del alumno (8 memorias y 2 actividades de educación a población).

Tuve la oportunidad de participar en 2 seminarios (10 horas) sobre el funcionamiento de las

prácticas tuteladas y el papel del farmacéutico como profesional de salud.

Por solo haber hecho 3 meses solo me fue solicitado que hiciera 4 de las 8 actividades de

aprendizaje autónomo, o sea 2 memorias Formativas Reflexivas (MFR) y 2 Memorias de Farmacia Práctica

(MFP). Para ayudar a concretizarlas aún estuve en 2 tutorías en Hospital Universitario de la Vall d'Hebron,

Barcelona, donde se han discutido y comentado los temas de las memorias (en anexo) y el funcionamiento

de las farmacias en diferentes hospitales.

Pienso que el seguimiento/tutorías y la redacción de las memorias me he ayudado mucho a

comprender el funcionamiento de la farmacia y todo el que está relacionado con ella ya que para hacerlas

tuve que buscar, seleccionar y organizar información sobre temas que podría tener olvidado.

En SCIAS Hospital de Barcelona tuve la oportunidad de realizar diferentes tareas que me

permitirán percibir el funcionamiento de una Farmacia de Hospital y desarrollar competencias muy útiles

para mi futuro profesional (en anexo).

Durante mis prácticas en SCIAS Hospital de Barcelona también he participado en conferencias:

→ Febrero: Revisión de los grupos farmacológicos: C04-C07 Metformina – Vidagliptina. Carmen Lacasa

→ Marzo: Genitourinario y Hormonas sexuales, grupo G y Hormonas excluidas hormonas sexuales e

insulinas, Grupo H. Ana Ayestarán. Propuesta de inclusión transtuzumab etamsina. Mar Montes.

He subido a dos de las plantas del Hospital para hacer las observaciones de errores de medicación

que posteriormente compare con la orden médica original. Además, mencionar que tuve la oportunidad de

participar en el infarma 2017 (encuentro Europeo de Farmacia), que se ha realizado en Barcelona en Fira

Gran Via, a 21, 22 y 23 de Marzo. La participación en estas conferencias me ha dado la oportunidad de

actualizar los conocimientos en áreas específicas y establecer nuevas relaciones profesionales.

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Conclusión

Con la realización de las prácticas en los servicios Farmacéuticos del Hospital de Barcelona

contacté y asimilé la responsabilidad de hacer parte de la equipa de los servicios Farmacéuticos de un

hospital.

La organización e funcionamiento de un Hospital están dependientes del trabajo integrado de una

equipa multidisciplinar, donde cada profesional de salud tiene su papel, da cual hace el Farmacéutico hace

parte. O Farmacéutico es uno de los elementos esenciales de esa equipa, que reúne, diariamente, esfuerzos

para atender a toda la comunidad hospitalaria en el ámbito de los productos farmacéuticos. La actuación

del farmacéutico engloba todo lo que concierne al medicamento, desde su selección, adquisición e gestión

racional, pasando pela validación de prescripciones, producción y preparación de medicamentos con rigor

y seguranza, distribución de forma eficaz y, muy importante, participando activamente en la educación de

los enfermos, orientándolos para el uso racional del medicamento, de forma a atingir la eficacia terapéutica

ideal con el mínimo de efectos adversos.

Las prácticas en los servicios farmacéuticos del Hospital me han permitido la familiarización con

grupos farmacoterapéuticos inexistentes en la farmacia de calle y la observación de la intervención

farmacéutica en diferentes situaciones que es decisiva para la calidad de los cuidados de salud prestados.

Lo farmacéutico hospitalario tiene que actualizarse, constantemente, dado que están siempre a emerger

nuevas enfermedades y, consecuentemente, nuevos medicamentos.

Lo farmacéutico hospitalario puede integrarse en diferentes equipas multidisciplinares, o que le

permite hacer un atendimiento personalizado y más próximo de los profesionales de salud y de los

enfermos.

Estos tres meses de prácticas permitirán-me adquirir un bagaje de conocimientos que con certeza

se tornarán una más valía no ejercicio futuro de mi profesión.

O facto de tener hecho mis prácticas en el extranjero me permito desarrollar mis competencias en

la lenguaje española y me proporciono un crecimiento, no solo, a nivel profesional mas también a nivel

personal.

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Referencias

[1] Sociedad Española de Farmacia Hospitalaria. El valor de la farmacia hospitalaria. Madrid: SEFH.

[2] Vicedo B T, Tecno G. Papel del farmacéutico de hospital en las nuevas tecnologías en el sector sanitario.

Elsevier España. 2010; 34 (2): 56-68.

[3] AEMPS. Regulan las recetas oficiales y los requisitos especiales de prescripción y dispensación de

estupefacientes para uso humano y veterinario. RD 1675/2012, de 14 de diciembre. Disponible en:

https://www.aemps.gob.es/legislacion/espana/medicamentosUsoHumano/estupefacientesPsicotropos.htm.

[Accedido en: 20 de Marzo de 2017].

[4] CTN UNE SCM. Criterios de funcionamiento para las cabinas de seguridad microbiológica. Norma

UNE-EN 12469:2001. Disponible en: http://standards.nsf.org/. [Accedido a 20 de Marzo de 2017].

[5] Montes M, Espases M, Lacasa C. Trazabilidad en la preparación y administración de antineoplásicos

en el Hospital de Barcelona. SCIAS Hospital de Barcelona. 2016. Barcelona.

[6] Núnez I, Arrieta E, Lisart F, Silva A, Cutillas J, Arenas M, Cabrera E. Citostáticos. Guía de utilización.

Planas M, eds. Medicamentos Citostáticos. 4º edición eletrónica. RAÍZ, TG., S.L. Gamonal, 19. 28031,

Madrid, 1-350.

[7] SEFH. Documento de Consenso en Terminología y Clasificación en Conciliación de la Medicación.

Mayo. 2009.

[8] Organización Mundial de la Salud. Conceptos básicos en farmacovigilancia Disponible en:

http://www.paho.org/hq/index. [Accedido a: 20 de Marzo de 2017].

[9] Fundació Institut Català. Farmacovigilancia en Europa: ¿protege realmente a los pacientes?. 2017.

Disponible en: https://www.icf.uab.cat/. [Accedido a 20 de Marzo de 2107],

[10] Agencia Española de Medicamentos y Productos Sanitarias. Disponible en:

https://www.aemps.gob.es/. [Accedido a: 22 de Marzo de 2017.

[11] Otero MJ, Martín R, Robles MD, Codina C. Errores de Medicación. Disponible en:

https://www.sefh.es/bibliotecavirtual/fhtomo1/cap214.pdf. [Accedido a 21 de Marzo de 2017].

[12] Andreu C, Miquel M, Lacasa C. Detección de Errores de Medicación en Hospitales por el Método de

Observación.

[13] Real Decreto 223/2004, de 6 de febrero, por el que se regulan los ensayos clínicos con medicamentos

[Anexo II.3, pág 165]. Disponible en: http://www.agemed.es/actividad/invClinica/ensayosClinicos.htm.

[Accedido a 21 de Marzo de 2017].

[14] - Normas de Buena Práctica Clínica de la Unión Europea vigentes: Orden SCO/256/2007, de 5 de

febrero, por la que se establecen los principios y las directrices detalladas de buena práctica clínica y los

requisitos para autorizar la fabricación o importación de medicamentos en investigación de uso humano.

Disponible en: https://www.boe.es/buscar/doc. [Accedido a 21 de Marzo de 2017].

[15] SENP. Protocolos para la prescripción de nutrición parenteral y enteral. Disponible en:

https://www.senpe.com/documentacion/consenso/senpe_consenso_prescripcion_3.pdf. [Accedido a 21 de

Marzo de 2017].

[16] Calvo M. V, García M. J, Fernández M. M. Farmacocinética Clínica. Disponible en:

https://www.sefh.es/bibliotecavirtual/fhtomo1/cap212.pdf . [Accedido a 21 de Marzo de 2017].

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Anexos

Anexo 1 – Servicio de Farmacia y Dietética

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Anexo 2 - Fotos de la Farmacia Hospitalaria del Hospital de Barcelona

Zona de dosis unitaria dispuesta en forma de U.

Almacén dentro de SF.

Estanterías donde se almacenan los medicamentos ordenados alfabéticamente por el nombre del

principio activo.

Zona con neveras para almacenar fármacos termolábiles.

Armario con cajas fuertes para custodiar los estupefacientes.

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Zona de preparación de formas farmacéuticas no estériles.

Zona de preparación de formas farmacéuticas estériles.

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Anexo 3 - Detección de errores de medicación en hospitales por el método de observación.

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Anexo 4 - Resume de las tareas realizadas en mis prácticas tuteladas en Hospital de Barcelona.

Prácticas tuteladas estudiantes de 5º Curso de Farmacia – Hospital de Barcelona

Distribución de medicamentos

Dosis unitaria

→ Preparación/modificación carro dosis unitaria

→ Revisión, cierre y reparto de dosis unitaria

→ Dispensación urgente

→ Control de calidad de dispensación urgente

Dotación de planta

→ Etiquetado

→ Proceso de consumo, preparación, incidencias

→ Control de Calidad de preparación

Información de medicamentos

Información al paciente

→ Elaboración de fichas de información

→ Elaboración de informes

Información al personal sanitario

→ Respuesta a consultas (libros, bases de datos, etc.)

→ Colaboración realización informes Comisiones Farmacia/Infecciones

→ Asistencia a una reunión de la comisión de Farmacia

→ Asistencia a reunión GPEM

Farmacocinética clínica

→ Ajuste de dosis

Farmacotecnia

→ Reenvasado de medicamentos

→ Fórmulas magistrales y normalizadas

→ Fórmulas estériles (cabina de flujo laminar): citostáticos, parenterales…

→ Mantenimiento de fichas de farmacotecnia

→ Control de calidad de materias primas, cálculos y preparación

Adquisición de medicamentos

→ Generación de pedidos

→ Recepción de medicamentos

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Anexo 5 – Trabajos realizados durante mis prácticas tuteladas en el Hospital de Barcelona

inseridos en el plan de trabajos de la Facultad de Farmacia de Barcelona

→ 1a Memoria formativa – reflexiva orientada a competencias profesionales - Organización y custodia de

medicamentos de dispensación con receta médica/orden médica.

→ 2a Memoria formativa - reflexiva orientada a competencias profesionales - Gestión de les alertes

farmacèutiques

→ Memoria Farmacia Práctica Curs 2016-17 - Farmacovigilancia

→ Memoria Farmacia Práctica Curs 2016-17 - Citostáticos

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Facultat de Farmàcia i Ciències de l’Alimentació

Av. Joan XXIII, s/n 08028 Barcelona

Unitat Docent d’Estades en Pràctiques Tutelades

1a Memòria formativa – reflexiva orientada a competències professionals

Titol de l’activitat formativa: Organización y custodia de medicamentos de dispensación con

receta médica/orden médica.

Què has après?

Con la organización y custodia de medicamentos se busca la correcta conservación en condiciones de

temperatura, humedad y limpieza, garantía de la integridad y calidad de los productos adquiridos y

custodiados y garantía de la adquisición de los medicamentos y productos sanitarios necesarios para

asegurar la asistencia farmacéutica.

En el Hospital de Barcelona donde estoy realizando mis Practicas Tuteladas organizan y custodian les

medicamentos con receta médica/orden médica de la siguiente manera:

→ Tiene una zona de dosis unitarias dispuesta en forma de U. Ahí los medicamentos no están

etiquetados, pero contienen el nombre y dosis del medicamento, el lote y la caducidad (si no es así,

se reenvasa). Es con estos medicamentos que se prepararán una vez al día los carros de las

diferentes plantas del hospital. En esta zona está el tubo neumático a través del cual el personal del

Servicio puede hacer llegar a las diferentes plantas del centro la mediación urgente o que ha sufrido

cambios después del envío de los carros de dosis unitarias. Los medicamentos que no suelen pedir

en las órdenes médicas, pero que salen de vez en cuando, por ejemplo porque forman parte de la

medicación crónica del paciente, también se encuentran en estas estanterías de medicamentos no

incluidos en la Guía Farmacoterapéutica del Hospital.

→ Existe un almacén dentro del Servicio de Farmacia donde se custodian todos los medicamentos, a

excepción de aquellos que se encuentran en otras zonas específicas (fluidoterapia, inflamables). En

este espacio los medicamentos se encuentran organizados en diferentes estanterías y ordenados

alfabéticamente por el nombre del principio activo. Cada estantería está señalizada con un código

constituido por una letra y dos cifras numéricas, en cada una de ellas hay varias zonas o cajones

para cada medicamento que están marcados con el nombre y un código interno del medicamento

que contienen. Ahí las unidades de medicamentos se encontram etiquetadas una por una. Es con

estos medicamentos que se prepararan las dotaciones de las diferentes plantas del hospital.

También podemos encontrar en este almacén cajas de medicamentos para ir reponiendo aquellos

que se van acabando de la zona de dosis unitarias. Contiene también una zona con neveras para

almacenar fármacos termolábiles, un armario que contiene solamente los apósitos y un armario con

cajas fuertes para custodiar los estupefacientes. Estos últimos sólo pueden ser manipulados por el

personal autorizado (farmacéuticos titulados) y el armario que los contiene se debe mantener

siempre cerrado con llave. Todavía, se pueden encontrar en este almacén los diferentes

componentes para la preparación de nutriciones parenterales, así como algunos medicamentos

citostáticos usados en la preparación de las quimioterapias.

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→ Tiene una zona de fluidoterapia donde se almacenan todas las soluciones intravenosas (como los

salinos isotónicos). Estas son mayoritariamente utilizadas en la preparación de las dotaciones de las

diferentes plantas, y, como tal tienen que ir todas debidamente etiquetadas, por lo que al lado de

cada producto se encuentran las etiquetas que le corresponden. Cuando se acaban, se reponen con

los del almacén externo al Servicio de Farmacia donde se encontram organizados en pallets y

dentro de cajas adecuadamente etiquetadas. Esta zona se encuentra organizada de manera similar

al almacén (con estanterías señalizadas contiendo diferentes cajones marcados con el nombre y

también con el código interno del medicamento o producto que contienen).

→ Hay un Laboratorio de Farmacotecnia que se divide en dos zonas: Zona limpia: donde se preparan

las fórmulas magistrales no estériles, donde se hace le reenvasado de las unidades de

medicamentos y se almacena las diferentes fórmulas magistrales (también las estériles) en la nevera

o en armarios debidamente etiquetadas y envasadas que se han preparado, a la espera de ser

dispensadas y una zona aséptica: consta de la precámara (área que hay antes de entrar en las dos

cámaras con cabinas de flujo laminar). Es en estas cámaras donde se preparan las fórmulas

estériles, nutriciones parenterales y citostáticos.

→ Farmacia revisa los carros de Emergencia Médica de cada planta que son 24 en total que

contienen los medicamentos y otros dispositivos necesarios en caso de emergencias médicas.

Com ho has aplicat?

He podido ver los diferentes circuitos de la medicación y como la dispensación se adecua a las

características del fármaco y paciente. He participado en la preparación/modificación de los carros de

dosis unitarias que constan de diferentes cajones debidamente identificados que deben incluir toda la

medicación de cada paciente para las siguientes 24 horas. Los medicamentos usados en la preparación

de los carros de dosis unitarias se cogen de la zona de unidosis. Después de preparados los carros, se

revisa el 100% de los cajones antes de subirlos a planta por la tarde. Además también he aprendido a

preparar las dotaciones de varias plantas. Este proceso consiste en leer las etiquetas de todos los

productos que es necesario reponer en cada planta, sacar el listado y colocar lo que es necesario en

bolsas debidamente identificadas. Los medicamentos se toman del almacén y las soluciones

intravenosas de la zona de fluidoterapia, todo convenientemente etiquetado. He etiquetado

medicamentos dentro del almacén incluyendo los estupefacientes, y he repuesto las dosis unitarias de la

zona de unidosis (cortar y reenvasar comprimidos). Tuve también la oportunidad de aprender a preparar

varias fórmulas magistrales en la zona de Farmacotecnia y fórmulas estériles y nutriciones parenterales

en la cámara con cabina de flujo laminar horizontal. Finalmente, he visto como al llegar la orden médica,

el farmacéutico mira que todo está correcto, que no hay contraindicaciones de medicación, interacciones

o otros errores y pauta la medicación, en caso de haber algún error, el farmacéutico se encarga de

llamar y de hablar con la enfermera o con el médico para resolver el error.

Quines reflexions has fet?

He observado como está organizado el servicio y también acciones que tienen como objetivo reducir la

incidencia de errores (como la revisión de los carros y el etiquetado especial de los medicamentos de

alto riesgo) es muy importante para tener todo el circuito más controlado. Creo que el Servicio de

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Farmacia de Hospital de Barcelona está muy bien organizado, hay un correcto aprovechamiento del

espacio de que se dispone. Cada tipo de producto tiene su lugar asignado y señalizado, disminuyendo

así las posibilidades de ocurrencia de errores. El personal responsable por desempeñar la preparación

de los carros y la reposición de botiquines de planta tiene una gran responsabilidad en este Servicio de

Farmacia Hospitalaria, dado que carecen de equipos automáticos. Así, creo que una eficaz organización

y custodia de los medicamentos es fundamental para tener un buen control del proceso de preparación

de la medicación, tanto carros de dosis unitarias, como las dotaciones de planta. También me he

percibido que la organización y custodia de medicamentos en la farmacia hospitalaria en España es

similar con la de Portugal.

Quines competències professionals estàs adquirint?

1.- Identificar y describir

Considero que esta experiencia me está aportando capacidades para poder describir con más detalle el

funcionamiento del Servicio, con y personal.

Nivell 2.- Explicar/interpretar

Soy capaz de interpretar cómo llegan los medicamentos a la farmacia hospitalaria, así como explicar la

importancia de la división del Servicio en diferentes zonas. También he entendido cómo están

ordenados y custodiados los medicamentos con el objetivo de garantizar la integridad y calidad de los

mismos y permitir una localización fácil y rápida proporcionando el máximo aprovechamiento del espacio

disponible.

Nivell 3.- Aplicar la gestión del conocimiento para resolver

Soy capaz de entender el porqué de este sistema y organización, e incluso emitir juicios y proponer

mejoras para el servicio.

Nivell 4.- Analizar y relacionar

Soy capaz de tener una visión crítica sobre la forma como se hace la organización y custodia de los

medicamentos. Y soy capaz de analizar si la organización y optimización de los recursos es la mejor.

Nivell 5.- Elaborar material

Creo que ahora sería capaz de elaborar esquemas que describan los diferentes circuitos de

dispensación y custodia o que comparen diferentes formas de gestionar los medicamentos.

Nivell 6.- Emitir informes

Creo que el hecho de venir desde fuera me ayuda a ver más objetivamente los pros y contras del

sistema de organización y que se podría reflejar en informes que puedan ayudar al servicio.

Nom i cognoms: Marta Sofia Gonçalves da Silva

e-mail: [email protected]

Farmacéutico Tutor: Carmen Lacasa Signatura:

Data: 20/03/2017 Segell

FC/FH:

Profesor Asociad: Marian March Pujol

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Facultat de Farmàcia i Ciències de l’Alimentació

Av. Joan XXIII, s/n 08028 Barcelona

Unitat Docent d’Estades en Pràctiques Tutelades

2a Memòria formativa - reflexiva orientada a competències professionals

Titol de l’activitat formativa: Gestió de les alertes farmacèutiques

Què has après?

Las alertas farmacéuticas son un caso particular de la farmacovigilancia y puede definirse la alerta

farmacéutica como un procedimiento de urgencia que se realiza con el objeto de la protección de la salud

pública, cuando se detecta un posible defecto o alteración de la calidad o seguridad de un medicamento o

producto sanitario. La Agencia Española del Medicamento y productos sanitarios (AEMPS), del Ministerio de

Sanidad, Servicios Sociales e Igualdad (MSSSI), es el organismo encargado de emisión de las diversas Alertas

Farmacéuticas. La AEMPS dispone de un sistema para la comunicación por parte de la industria farmacéutica,

autoridades sanitarias o particulares, de cualquier defecto de calidad que se observe en los medicamentos de uso

humano, los productos sanitarios, los implantes y los aparatos de electromedicina comercializados. Tras el

análisis de las comunicaciones, así como de la información adicional que proceda, cuando es preciso se emite

una orden de retirada de los lotes afectados por el problema de calidad. La información de estas alertas va

dirigida, en general, a los agentes de la cadena de distribución y dispensación de medicamentos y productos

citados (almacenes farmacéuticos mayoristas, oficinas de farmacia y servicios farmacéuticos).

El servicio de farmacia (en el hospital) tiene como función la transmisión de las alertas farmacéuticas de

medicamentos o productos sanitarios. Además la farmacia es la responsable de coordinar las actuaciones en el

centro y ejecutar las medidas necesarias que han sido transmitidas por la AEMPS. Normalmente, las alertas

farmacéuticas se comunican directamente por correo electrónico al jefe del servicio de farmacia, que es

responsable por reenviar la información a los farmacéuticos encargados de avisar los técnicos y los responsables

por hacer las compras. También podemos consultar comunicaciones de alertas farmacéuticos en la página oficial

de la AEMPS o en la página Gencat (Generalitat de Cataluña) dentro del apartado Seguridad y Avisos de

medicamentos y otros productos citados. A veces las alertas son enviados directamente por el laboratorio al

servicio de farmacia, pero esta no es una manera oficial de comunicar las alertas Estas alertas farmacéuticas

pueden ser: de calidad, de seguridad, sobre medicamentos ilegales, desabastecimiento y otros. Cuando una

alerta farmacéutica es detectado por el jefe de servicio de farmacia, este tiene la responsabilidad de comunicar la

información a todo el personal, avisar los técnicos que revisen los medicamentos o productos sanitarios afectados

por la alerta y los responsable por hacer las compras que deben gestionar que estos medicamentos o productos

sanitarios se devuelvan de acordó con o que la alerta comunica. También informa a los médicos si son alertas de

reacciones adversas de medicamentos. Los farmacéuticos son los responsable de coordinar, seguir, controlar y

cerrar el caso de la alerta o de una posible retirada.

Si el lote afectado por la alerta farmacéutica (medicamento o producto sanitario) está presente en el almacén de

la farmacia o en las unidades de hospitalización (UH) debe ser inmediatamente retirado y devuelto al laboratorio,

haciendo las gestiones correspondientes.

Com ho has aplicat?

(habilitats)

Para la elaboración de esta memoria reflexiva y para darme cuenta de cómo todo esto sistema de Gestión das

Alertas Farmacéuticas funciona tuve que consultar las páginas de la AEMPS y del Departamento de Salud

donde he podido observar cual es el papel de estas instituciones en la protección para la salud y la garantía de un

servicio seguro y de calidad para el paciente. En bajo presento un ejemplo de una notificación de una Alerta

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Farmacéutico referente a medicación:

Retirada del mercado de todas las unidades distribuidas de los lotes 5K87A, 5JK5F, 5JK7F, 5JK6A y 6EV3E de

ARAVA de 10 mg Comprimidos Recubiertos con Película por error en la dosis indicada en el texto en braille que

figura en la caja de algunas unidades de los citados lotes (de manera que pone ARAVA 20mg donde debería

poner ARAVA 10 mg) y devolución al laboratorio por las cauces habituales.

Además, también he aprendido que después de recibir una Alerta Farmacéutica sobre una retirada de un lote de

un medicamento, los técnicos de farmacia tienen que revisar todos los sitios donde podía estar este fármaco afín

de proceder con la retirada y posterior retorno al laboratorio.

Quines reflexions has fet?

(gestió de coneixements)

Las alertas farmacéuticas son muy importantes para la salud de los pacientes y en general para el sistema

sanitario. En muchos casos pueden servir para mejorar por ejemplo el proceso de elaboración si se trata de una

alerta de calidad y incorporar medidas preventivas para que no vuelva a pasar. En mi opinión es correcto que

todas las alertas farmacéuticas tengan que pasar primero por la AEMPS, después por el organismo

correspondiente en cada Comunidad Autónoma y que per último llegue al farmacéutico/a del servicio de farmacia.

He podido observar que las incidencias son más comunes de lo que yo imaginaba así como la presencia de

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medicamentos ilegales en el mercado, así creo que el control de estos y el papel de la AEMPS en la lucha contra

este tipo de productos son de gran importancia. Estar actualizado y proporcionar la información a otros miembros

del servicio es muy importante para garantizar un correcto uso de los medicamentos. También soy capaz de

entender la importancia del farmacéutico, que tiene una actitud resolutiva muy importante en todo este proceso de

gestión de las alertas farmacéuticas. Además el farmacéutico tiene que tener la capacidad de filtrar la

información, es decir, escoger cual es la información importante y que quiere recibir y depreciar la que no interesa

para agilizar el trabajo. Finalmente, creo que es de extrema importancia que haga una buena comunicación entre

todos los profesionales de salud envueltos en este proceso para que juntos formen un equipo capaz de resolver

de forma eficaz los problemas que surjan.

Quines competències professionals estàs adquirint?

(capacitació)

Nivell 1.- Identificar i descriure

Considero que soy capaz de identificar e describir las alertas farmacéuticas, a forma como llegan a los

farmacéuticos, quien son los responsables, cuales las diferentes tipos de alertas farmacéuticas y su respectiva

importancia.

Nivell 2.- Explicar/interpretar

Soy capaz de explicar cuál es la relevancia y necesidad de las alertas farmacéuticas (que son las mismas

independientemente del país donde se pasan), el circuito de las alertas y las instituciones encargadas por su

gestión. Además soy capaz de entender que la transmisión a la populación de la información relacionada con los

potenciales riesgos y defectos de los medicamentos que pueden poner en riesgo su salud es muy importante, una

vez que ni todos los productos que salen do mercado llegan al consumidor en la mejor condición.

Nivell 3.- Aplicar la gestió del coneixement per resoldre

Con los conocimientos adquiridos soy capaz de entender la importancia del farmacéutico en este circuito, que es

la persona responsable por pensar en soluciones para resolver los problemas cuando estos surgen.

Nivell 4.- Analitzar i relacionar

He podido observar y relacionar las similitudes y diferencias entre los circuitos de las alertas de servicio de

farmacia en Portugal y en España. Es interesante que AEMPS emita estas alertas y que haya una autoridad a

nivel autonómico que si responsabiliza por la difusión de las retiradas, por ejemplo. Me parece correcto que todas

las alertas tengan que pasar primero por la AEMPS, después por el organismo correspondiente en cada

Comunidad Autónoma y al final que llegue al farmacéutico de Hospital o de oficina de farmacia.

Nivell 5.- Elaborar materials

Con lo conocimiento adquirido sería capaz de elaborar un protocolo o esquema sobre las alertas farmacéuticas.

Nivell 6.- Emetre informes

Con toda la información que he adquirido y e con un poco más de investigación y estudio sobre el tema y sobre la

reglamentación de medicamentos en España, sería capazde emitir conclusiones y propuestas de mejora sobre la

gestión y la aplicación del protocolo de alertas.

Nom i cognoms: Marta Sofia Gonçalves da Silva

e-mail: [email protected]

Farmacèutic Tutor: Carmen Lacasa Signatura:

Data: 20/04/2017 Segell FC/FH:

Professor Associat: Marian March Pujol

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Facultat de Farmàcia i Ciències de l’Alimentació

Av. Joan XXIII, s/n 08028 Barcelona

Unitat Docent d’Estades en Pràctiques Tutelades

Memòria Farmàcia Pràctica Curs 2016-17

Estades en Pràctiques Tutelades Dra. Marian March i Pujol

Coordinadora

Nom i cognoms de l’alumne: Marta Sofia Gonçalves da Silva UCD: Barcelona nord Professor Associat: Marian March Pujol Torn: B (Erasmus Porto)

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3.1.- FARMACOVIGILÀNCIA La OMS define “farmacovigilancia” como la ciencia y las actividades relativas a la

detección, evaluación, comprensión y prevención de las reacciones adversas de los

medicamentos o cualquier otro problema relacionado con ellos. Así, farmacovigilancia es

un término que engloba todos los procesos necesarios para controlar y evaluar las

reacciones adversas a los medicamentos y es esencial para que los sistemas de

reglamentación farmacéutica, la práctica clínica y los programas de salud pública resulten

eficaces. Se entiende por reacción adversa a medicamento (RAM) una reacción a un

medicamento que no se esperaba o deseaba, no solo incluye efectos nocivos e

involuntarios derivados del uso de un medicamento en dosis normales, como también,

efectos relacionados con errores de medicación y usos al margen de los términos de la

autorización de comercialización, incluidos el uso equivocado, la sobredosis y el abuso del

medicamento.

En España existe un sistema de farmacovigilancia para facilitar la recogida de información

sobre los efectos adversos que pueden ocasionar los medicamentos. Este sistema es

denominado Sistema Español de Farmacovigilancia de medicamentos de uso Humano

(SEFV-H) y tiene como objetivo principal reunir los casos de sospecha de RAM, que

identifican los profesionales sanitarios o los ciudadanos. En cada Comunidad Autónoma

existe un centro de farmacovigilancia, encargado de evaluar y registrar en una base de

datos común, denominada FEDRA, estos efectos adversos que se sospecha que pueden

ser debidos al medicamento. La Agencia Española de Medicamentos y Productos

Sanitarios actúa de coordinador del SEFV-H a través de la División de

Farmacoepidemiología y Farmacovigilancia. En Cataluña, quien se encarga de esta tarea

es la Fundación Instituto Catalán de Farmacología. Para hacer llegar las notificaciones,

tanto profesionales sanitarios como ciudadanos pueden hacer llegar sus sospechas de

reacciones adversas a medicamentos directamente a través del formulario “Tarjeta

Amarilla”, que consiste en un formulario descriptivo de la sospecha, junto con los datos

del episodio o a través de los laboratorios farmacéuticos titulares de los medicamentos.

Los ciudadanos también pueden comunicar sospechas de RAM a través de un formulario

electrónico en Internet, como vía complementaria a la comunicación del paciente al

médico, farmacéutico, enfermero. Este sistema a través del portal www.notificaRAM.es

permite notificar las sospechas de RAM a los ciudadanos, y también a los profesionales

sanitarios, posibilitándoles una nueva vía de comunicación como complemento de las ya

existentes.

Principalmente debe ser notificado:

→ Medicamentos y vacunas sujetos a seguimiento adicional (triángulo negro);

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→ Sospechas de reacciones adversas graves identificadas con cualquier

medicamento, aunque la reacción sea bien conocida. Se entiende como grave

aquellas situaciones que: provoquen la muerte; amenacen la vida del paciente;

provoquen su hospitalización, o la prolonguen; ocasionen incapacidad laboral o

escolar; induzcan defectos congénitos o sean clínicamente relevantes.

→ Aunque no haya seguridad de la gravedad de la reacción, esta debe ser notificada

de igual modo.

3.a.- Fes una simulació d’una notificació de reacció adversa mitjançant la targeta groga que s’hagués pogut dur a terme al teu centre recepto.

Un ejemplo de una posible notificación online a mi centro receptor, el Hospital de

Barcelona, sería el siguiente:

Sexo: Masculino

Edad: 63 años

Estado clínico: Erupción a la región abdominal, también presentaba un exantema

maculopapular no pruriginoso visible.

Después de varias pruebas que permitieron descartar otras causas metabólicas, tóxicas y

infecciosas, el médico llegó a la conclusión que el cuadro de erupción a la región

abdominal y exantema maculopapular no pruriginoso visible debe estar relacionado con la

alteración neurotóxica secundaria al clindamicina (antibiótico que combate las bacterias

en el cuerpo se utiliza para tratar las infecciones causadas por bacterias) por la relación

temporal y porque es un fármaco que puede producir erupciones cutáneas.

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3.b.- Davant d’una notificació de farmacovigilància descriu quin procediment es segueix al teu centre receptor.

En este hospital hay definido un circuito de notificación y tanto farmacéuticos, médicos

como enfermeras pueden ser notificadores. Ante una notificación de farmacovigilancia se

debe:

DOCUMENTAR detalladamente en el curso clínico de Enfermería cuáles fueron los

signos y síntomas que considere pueda estar relacionados con la administración del

medicamento y su relación temporal, así como las medidas que se han tomado. Describir

el evento resumiendo toda la información clínica relevante.

COMUNICAR la sospecha a Farmacia mediante envío por fax de la copia del curso clínico

donde se haya documentado la reacción. La hoja debe estar identificada con una etiqueta

del paciente y “sospecha de RAM”. Esta comunicación también puede ser efectuada por

teléfono a la farmacéutica que la registrará. La comunicación la podrán hacer médicos,

enfermeros o farmacéuticos.

NOTIFICAR siempre la sospecha el médico.

A continuación el grupo que se encarga de investigar a fondo la sospecha de RAM

recogerá toda la información necesaria para poder hacer una valoración de la reacción

(severidad, imputabilidad...). Una vez se hay valoración, la reacción se incluirá en el

registro de RAM del Hospital y se comunicará. Si se considera oportuno, como en el caso

de RAM poco descritas y/o con un alto nivel de gravedad comunicar siempre al Centro de

Farmacovigilancia de Cataluña (mediante la "Tarjeta Amarilla") en su página web:

http://www. icf.uab.es y se puede llamar al centro de farmacovigilancia: 934283029, de

esta manera todos pueden beneficiar de la información.

Si la RAM no es grave y ya es conocida sólo se registrará en el Servicio de Farmacia.

Resumen de qué notificar:

Sospecha de una RAM?

Es una reacción grave?

Es un medicamento nuevo

o el paciente es niño?

No está seguro de notificar?

SI

NO

NO

Notifique al SEFV-H

Notifique al SEFV-H

Notifique al SEFV-H

SI

SI

SI

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3.c.- Qualifica/puntua la possible RAM que has trobat seguint l’algoritme de Naranjo. Per realizar la análisis de la causalidad entre la administración de un medicamento y la

generación de una RAM se utiliza el Algoritmo de Naranjo. Este algoritmo utiliza 10 diez

preguntas que se responden con SI o NO o SE DESCONOCE. A estas respuestas se les

asignan puntos cuya suma corresponde al grado de causalidad, que será su puntuación.

Puntuación:

Definida: 9 o más puntos; Probable: entre 5 y 8 puntos; Posible: entre 1 y 4 puntos; Débil:

0 o inferior.

SI NO NS Punts 1. Existeixen notificacions concloents sobre la reacció?

+1

0 0

+1

2. Es va produir la reacció adversa desprès d’administrar-se el fàrmac sospitós.

+2

-1

0

+2

3. Va millorar la reacció adversa desprès de suspendre l’administració del fàrmac o desprès d’administrar un antagonista específic?

+1

0

0

+1

4. Va reaparèixer la reacció adversa desprès de la re-administració del fàrmac?

+2

-1

0

0

5. Existeixen causes alternatives (diferents del fàrmac) que podrien haver causat la reacció per ella mateixa?

-1

+2

0

+2

6. Va reaparèixer la reacció adversa desprès d’administrar placebo?

-1

+1

0

+1

7. Es va detectar el fàrmac en sang (o en altres fluids) en concentracions tòxiques?

+1

0

0

0

8. Va ser la reacció més greu al augmentar la dosis o menys al disminuir-la?

+1

0

0

0

9. El pacient va tenir alguna reacció similar causada per el mateix fàrmac o un altre smeblant en qualsevol exposició anterior?

+1

0

0

0

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Segundo el Algoritmo de Naranjo nuestra posible RAM obtiene una puntuación de 8, per

tanto, es clasificada como una RAM probable. Así podemos afirmar que el exantema

maculopapular es una probable reacción adversa al medicamento Clindamicina.

Los puntos fuertes de este sistema de notificaciones de sospechas de reacciones

adverses a medicamentos (mediante la tarjeta amarilla) es ayudar a monitorizar la

seguridad de los medicamentos y las vacunas que están en el mercado y asegurar una

mejor seguridad de los pacientes frente a la medicación.

3.2.- PREVENCIÓ D’ERRORS DE MEDICACIÓ

3.d.- Complimentar t res exemples de not if icació d’errors de

medicació al teu centre receptor fent servir la plantilla que trobareu a la web

http://www.errorsmedicacio.org a l’apartat Notificacions/Organisme o individu

no registrat al programa.

Algunos ejemplos de errores de medicación en mi hospital receptor son:

ERROR DE MEDICACIÓN 1

10. Es va confirmar la reacció adversa per qualsevol tipus d’evidència objectiva?

+1

0

0

+1

Puntuació final

8

Descripción del’ error: Paciente con pauta a domicilio de 2 y 3 mg alternos de

ACENOCUMAROL vía oral. Desde urgencias se le prescribió 1 mg pauta fija diaria. El

INR de control 1,2

Gravedad: El paciente requiere observación, pero no se ha producido lesión

Sitio: Hospital → Urgencias

Medicamento implicado: SINTROM 4 MG (20 comprimidos)

Causes: Prescripción médica incorrecta

En caso de haberse evitado el error, indique quién y cómo se ha evitado: La

farmacéutica ha detectado el error antes de validar la prescripción del médico.

Prevención: Avisar durante la visita que el paciente de alguna forma continua con

síntomas y la posología correspondiente. Se habla con el médico de Urgencias.

Personal notificador: Farmacéutico

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ERROR DE MEDICACIÓN 2

ERROR DE MEDICACIÓN 3

En la notificación deberá constar:

→ Información general

→ Matriz de riesgos

→ Tipo de incidente

Descripción del’ error: Dispensación de DARBEPOETINA 300 μg en vez de

FILGRASTIM 300 μg

Gravedad: Alargamiento do periodo de hospitalización y producción de una lesión

temporal

Sitio: Hospital → Farmácia

Medicamento implicado: DARBEPOETINA 300 μg

Causes: Dispensación incorrecta

En caso de haberse evitado el error, indique quién y cómo se ha evitado: El

paciente ha detectado el error antes de iniciar la medicación

Prevención: Revisar las dispensaciones a pacientes ambulatorios

Personal notificador: Farmacéutico

Descripción del’ error: Una paciente inicia tratamiento con Harvoni® y en la primera

visita de atención farmacéutica, al revisar el tratamiento que tomaba de base, se le

comenta que reduzca a la mitad la dosis de Enalapril. En la siguiente visita sucesiva,

al cabo de un mes, se detecta que la paciente no entendió las indicaciones y ha

suspendido del todo las dosis de Enalapril. Como consecuencia tiene las medidas de

presión arterial altas.

Gravedad: El paciente requiere observación, pero no se ha producido lesión

Sitio: Hospital → Farmácia

Medicamento implicado: Medicamento 1: HARVONI 90mg/400mg comprimidos

recubiertos con película; Medicamento 2: ENALAPRIL CINFA 20 mg comprimidos

EFG

Causes: Error de comunicación y falta de información

En caso de haberse evitado el error, indique quién y cómo se ha evitado: La

farmacéutica ha detectado el error y se ha corregido indicando al paciente que retome

la dosis correcta y asegurándose de que ha entendido cómo debía resolverlo.

Prevención: Revisar las dispensaciones a pacientes ambulatorios

Personal notificador: Farmacéutico

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→ Factores contribuyentes

→ Propuesta de medidas de mejora

→ Factores atenuantes

3.e.- A partir dels exemples anteriors, quins consells o recomanacions donaries als pacients per tal de que aquests contribuïssin en la prevenció dels errors de medicació associats a una administració incorrecta del medicament?

Los errores de medicación y sus consecuencias negativas, los acontecimientos adversos

por medicamentos, constituyen un grave problema de salud pública, cuya prevención

precisa la participación y el esfuerzo de todos. Así son necesarias estrategias con un

enfoque multidisciplinario, que implique a todos los profesionales sanitarios, las

autoridades sanitarias, la industria farmacéutica y también los pacientes.

Es muy importante la notificación de los errores de medicación que han ocurrido, así

como errores potenciales que han sido detectados antes de llegaren al paciente o errores

que se considere que es posible que se produzcan. Pueden ser errores de orígenes muy

diversas como errores en la prescripción, errores de etiquetado, mala comunicación o

otros. En los tres ejemplos que se presentan antes se puede ver errores de medicación

así como posibles maneras de evitarlas. Otros ejemplos de posibles maneras de reducir

los errores derivados de la utilización de medicamentos y sus consecuencias son:

→ Disponer de información clínica sobre el paciente e información precisa sobre

el medicamento;

→ Realizar la prescripción en un lugar que favorezca la concentración del

prescriptor (controlar las condiciones de trabajo: Luminosidad, estrés, carga de

trabajo, interrupciones…);

→ Escribir la prescripción de manera completa y con letra clara;

→ Utilizar el Sistema Internacional de Unidades para expresar la dosis de

fármaco;

→ Favorecer la continuidad de tratamiento con la especialidad médica prescrita

inicialmente y mantener actualizada la historia farmacoterapéutica;

→ Evitar las prescripciones verbales;

→ Implantar sistemas de prescripción electrónica;

→ Utilizar protocolos de práctica clínica;

→ Colaboración de los diferentes profesionales sanitarios: Medico (prescripción),

farmacéutico (validación), enfermera (administración);

→ Informar de los fallos para mejorar el proceso: NOTIFICAR;

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→ Crear un grupo de trabajo interdisciplinar que comunique los errores

producidos, los analice y aplique medidas de mejora, difundiéndolas al resto de

personal sanitario del Hospital.

→ Informar y educar al paciente (Paciente, medicamento, dosis, hora y vía

correcta);

En particular al paciente se le recomendaría lo siguiente:

Paciente hospitalizado:

→ Confirmar con enfermería que la medicación crónica que toma en casa, es la

misma que le administran durante la hospitalización;

→ Observar que el medicamento esté bien identificado;

→ Informar de posibles alergias a fármacos, productos fitoterapéuticos que

toma…

Pacientes ambulatorios:

→ Solicitar información del fármaco prescrito, así como del uso adecuado del

mismo;

→ Informar de posibles alergias a fármacos, productos fitoterapéuticos que toma;

→ Confirmar que la medicación prescrita por el médico es la misma que se le

dispensa a la farmacia ambulatoria.

Todas estas recomendaciones pueden ayudar a disminuir los errores asociados a la

medicación y aumentar la seguranza.

3. f. Conciliació de la medicació seguint els procediments del

servei de farmàcia d’hospital - Explica i interpreta el protocol - Aplica el protocol i extreu-ne reflexions - Analitza i relaciona la pràctica amb el protocol - Elabora el material educatiu que consideris necessari pel pacient - Emet un informe relatant els punts forts i febles d’aquest servei

La conciliación de la medicación se define como un proceso formal consistente en

comparar la medicación habitual del paciente con la medicación prescrita después de una

transición asistencial o de un traslado dentro del propio nivel asistencial, con el objetivo de

analizar y resolver las discrepancias detectadas. Las discrepancias encontradas se deben

comentar con el prescriptor para valorar su justificación y, si se requiere, se deben

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corregir. Los cambios realizados se deben documentar y comunicar adecuadamente al

siguiente responsable sanitario del paciente y al propio paciente. El objetivo de la

conciliación es disminuir los errores de medicación a lo largo de toda la atención sanitaria,

y en concreto en los puntos de transición (ingreso y alta hospitalaria y traslados dentro del

hospital) garantizando que los pacientes reciben todos los medicamentos necesarios que

estaban tomando previamente, con la dosis, la vía y la frecuencia correctas y adecuadas

a la actual situación del paciente y/o a la nueva prescripción realizada en otro punto del

sistema sanitario (hospital, urgencias, consultas externas, atención primaria…).

El proceso de conciliación no tiene como objetivo juzgar la práctica médica ni cuestionar

las decisiones clínicas individuales, sino detectar y corregir los posibles errores de

conciliación que habrían podido pasar inadvertidos. Esto proceso se centra en los

pacientes mayores o los que toman más medicamentos, en los que tienen

hospitalizaciones frecuentes, o los que utilizan medicamentos de riesgo o, en los que

tienen patologías que requieren cambios de medicación frecuentes.

Los medicamentos que se deben conciliar son todos los de prescripción (incluido los

hospitalarios de dispensación ambulatoria, los administrados en el hospital de día, los de

prescripción privada, los de ensayo clínico u otros usos especiales), la automedicación y

los que no precisan prescripción. También se incluirán plantas medicinales y

medicamentos homeopáticos.

En el Hospital de Barcelona, existe un circuito que se adapta a las necesidades del

centro diseñado según los recursos disponibles, grado de informatización de la historia

clínica y del proceso de uso de la medicación. Las farmacéuticas validan las órdenes

médicas de la conciliación de la medicación y sale por las impresoras de las plantas una

lista de la medicación con la acción terapéutica de cada medicamento que se entrega al

paciente mientras está ingresado y siempre que se producen cambios en la misma. En

esta hoja consta el nombre del medicamento, la dosis y la indicación terapéutica en un

lenguaje que pueda entender el enfermo. Cualquier modificación que se haga en la receta

se comunica al paciente mediante esta hoja. Con este sistema de conciliación se ha visto

una gran reducción de los errores de medicación (se encontró menos omisiones, menos

duplicados y menos errores de dosis o interacciones).

El papel del farmacéutico en la conciliación de la medicación es muy importante y además

el farmacéutico (persona responsable pela validación de la medicación en la hora del alta)

puede explicar y dar consejos farmacéuticos al enfermo o lo que se ve reflejado en la

satisfacción del paciente del servicio sanitario que recibe.

Desde mi punto de vista la conciliación de la medicación es una herramienta muy

importante para proporcionar seguridad y salud a los pacientes.

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Facultat de Farmàcia i Ciències de l’Alimentació

Av. Joan XXIII, s/n 08028 Barcelona

Unitat Docent d’Estades en Pràctiques Tutelades

Memòria Farmàcia Pràctica Curs 2016-17

Estades en Pràctiques Tutelades Dra. Marian March i Pujol

Coordinadora

Nom i cognoms de l’alumne: Marta Sofia Gonçalves da Silva UCD: Barcelona nord Professor Associat: Marian March Pujol Torn: B (Erasmus Porto)

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Aquesta memòria contempla el lliurament mensual d’una activitat d’aprenentatge en el centre receptor relacionada amb les funcions pròpies i específiques del farmacèutic per tal de garantir l’assoliment de les competències específiques de la professió de farmacèutic.

2.a) - Citostàtics

La quimioterapia consiste en la administración de medicamentos citotóxicos por vía oral,

intravenosa, tópica o intramuscular entre otros. Estas vías de administración pueden ser utilizadas

independientemente o combinadas entre ellas. La más utilizada es la vía intravenosa, ya que

permite una rápida distribución del medicamento por la sangre. Es de referir que a mayoría de los

fármacos citostáticos no se pueden administrar por vía oral, porque pueden dañar el

revestimiento gástrico o porque serían menos efectivos debido a la acción de los diferentes

enzimas y secreciones gastrointestinales. Los citostáticos son fármacos capaces de inhibir el

crecimiento desordenado de las células, alterar la división celular y destruir células que se

multiplican rápidamente. Se pueden definir fármacos citostáticos como aquellas sustancias

capaces de inhibir o impedir la evolución de la neoplasia, restringiendo la maduración y

proliferación de células malignas, actuando sobre fases específicas del ciclo celular y por ello son

activas frente a células que se encuentran en proceso de división. Este mecanismo hace que, a su

vez, el efecto citotóxico no se limita solo a las células malignas sino que ejercen también su acción

sobre los tejidos de proliferación rápida, como piel, mucosas, medula ósea, intestino y otros. Los

medicamentos citostáticos son un grupo heterogéneo de sustancias de distinta naturaleza

química, que se utilizan para el tratamiento de enfermedades neoplásicas, como terapia única o

asociados a otras medidas como son la cirugía, radioterapia, inmunoterapia o hormonoterapia.

A los pacientes con un tratamiento oncológico se les puede administrar la medicación citostática

en tres modalidades diferentes: Hospitalización, en Hospital de Día. Todo dependerá del estado

general del paciente, otras patologías que pueda tener y del tipo de medicación que debe recibir.

Una orden médica de citostáticos debe incluir:

→ Datos de identificación del paciente, servicio y unidad de hospitalización;

→ Número del ciclo;

→ Citostáticos que forman parte del esquema (se utilizan nombres genéricos);

→ Dosis de cada citostático (se aconseja redondear números enteros, o con un solo decimal en

función del rango de dosis que utilizamos para cada citostático);

→ Especificación de los días de administración de cada medicamento;

→ Especificación de la vía de administración y de la duración para cada medicamento;

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→ Inclusión la medicación coadyuvante necesaria, incluyendo la hidratación, antieméticos,

factores estimulantes y otros;

→ Identificación del prescriptor mediante firma y número de colegiado.

La primera prescripción y cada vez que se cambie el protocolo deberá indicarse todavía:

diagnóstico y estadio, peso, talla y superficie corporal calculada, identificación y descripción del

protocolo quimioterapéutico indicando las dosis por superficie corporal (m2) o bien por Kg de

peso, orden de administración, periodicidad y el número de ciclos previstos y se necesario el

motivo del cambio de tratamiento.

Las prescripciones de citostáticos deben ajustarse a las indicaciones aprobadas por la Agencia

Española de Medicamentos y Productos Sanitarios (AEMPS) y en las resoluciones de la Comisión

de Farmacia y Terapéutica.

En el Hospital de Barcelona se ha implantado un sistema que garantiza la trazabilidad de los

citostáticos en un hospital general de pacientes agudos, durante todo el proceso, desde su

preparación en la cabina de seguridad biológica hasta que se administra a los pacientes. Todas las

áreas están conectadas en el mismo programa disponiendo las personas implicadas con acceso en

diferente grado según su nivel profesional.

El proceso completo se divide en cuatro etapas (figura 1):

Figura 1 – Etapas del proceso.

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El sistema realiza peticiones desde la precabina de preparación al almacén de farmacia

controlando las existencias, los lotes y las caducidades.

La producción de citostáticos se realiza en los servicios de farmacia de los hospitales, bajo

condiciones establecidas con el objetivo de disminuir el riesgo de contaminación asociado al

manejo y otros posibles errores que puedan presentarse en la prescripción, preparación y

administración. La finalidad es proteger a los pacientes, personal sanitario y medio ambiente. El

personal sanitario responsable de la preparación de los medicamentos citostáticos debe tener

especial cuidado para evitar la exposición y asegurar un manejo seguro de los mismos utilizando

de forma adecuada los equipos de protección (calzas, gorro, mascarilla, bata y guantes dobles).

Los citostáticos son preparados en una cabina de flujo laminar vertical de seguridad biológica clase

II, por lo que ofrece una alta protección al operador, al producto y al medio ambiente. En la

farmacia del Hospital de Barcelona, en esta etapa, el técnico, que se identifica con etiqueta código

de barras, se apoya en un sistema de voz que le permite concentrarse de forma exclusiva en la

preparación de la dosis del medicamento. El programa controla las dosis por gravimetría

determinando la dosis exacta del citostático comparando el peso de la bolsa del diluyente antes y

después de la incorporación de la dosis. La pesada se realiza en una balanza que está conectada al

sistema: si el peso es incorrecto, el operador no puede continuar. Gracias a la gravimetría se

aseguran los volúmenes exactos de diluyente y fármaco. Terminada la preparación se imprimen

las etiquetas de forma automática. La etiqueta contiene el código de barras único que identifica la

preparación y los datos del paciente (figura 2).

Figure 2 – Etapas del proceso. Figura 2 – Etiqueta de la preparación de un citostático.

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Es de extrema importancia que el personal que manipula estos fármacos, tenga muy presentes los

procedimientos a realizar en caso de derrame accidental para actuar eficazmente (necesario kit de

derrame) así como las normas de actuación en caso de exposición accidental en caso de contacto

de lo medicamento citostático con la persona.

Una vez terminada la preparación en la cabina y antes de que el preparado salga de la farmacia al

hospital de día se realiza el control de calidad, verificando que el proceso de elaboración se ha

realizado correctamente y coincide con la prescripción. En el control se realiza la lectura de los

códigos de las etiquetas impresas en la cabina para cada preparado, un control gravimétrico y se

indica si algún preparado necesita protección de luz o temperatura. Por último se agrupan los

preparados por paciente, generando una bolsa para cada paciente y condiciones de conservación.

Estas bolsas serán enviadas al hospital de día.

La dispensación y distribución de los medicamentos citostáticos preparados es de la

responsabilidad del farmacéutico. Los citostáticos se entregan verificando el nombre del paciente,

numero de habitación y servicio. Cada día se retira el listado global de los pacientes que reciben

tratamiento y los medicamentos citostáticos preparados y luego se archiva en una carpeta. Estos

listados funcionan como un control de dispensación. Además, el farmacéutico debe informar al

paciente sobre el medicamento que dispensa. En mi centro hospitalario, por ejemplo, se da

información en folletos en papel sobre la administración y posibles efectos adversos.

Por último tenemos la administración en Hospital de Día por el personal de enfermería, que

deben comprobar, antes de administrar los medicamentos, que la etiqueta corresponde al

paciente y que los citostáticos preparados coincidan con el protocolo médico en cuanto al

medicamento, dosis, volumen y vía de administración. En el hospital de día del Hospital de

Barcelona se emite una pulsera identificativa de cada paciente que incluye sus datos

demográficos. Se realiza la preparación de la premedicación que también se etiqueta,

identificando la preparación y el paciente. La enfermera, identificada con su etiqueta de código de

barras, realiza una cuádruple comprobación con una PDA: Lee su tarjeta identificativa, la pulsera

del paciente, la etiqueta del box y por último la preparación. Solo cuando la coincidencia es total

se procede a administrar cada bolsa. Es obligatorio el uso de guantes estériles para manipular los

medicamentos en el momento de la conexión de los sistemas, a la vez de purgar y de administrar

el citostático. Otras medidas de protección son el uso de gafas, bata mangas con puño cerrado y

mascarilla de alta protección. No se puede mezclar ningún otro medicamento en el envase que

contiene los citostáticos. Después de finalizar la administración de cada preparación, se vuelve a

leer su código de barras. La PDA informará a la enfermera del siguiente preparado a administrar y

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se vuelve a confirmar mediante la lectura del código de barras. Cuando ya se han administrado

todos los medicamentos, se cierra el proceso y se libera el box.

Este programa implementado en el Hospital de Barcelona no solo genera una trazabilidad activa o

prospectiva, sino que, gracias al registro y documentación de todo el proceso, se realizan los

trazados del lote de los medicamentos utilizados en cada paciente. Esto se aplicará en casos de

alertas del fabricante y autoridades sanitarias para poner en marcha las medidas de seguridad

correspondientes (trazabilidad pasiva o retrospectiva).

INFORMACIÓN A LOS PACIENTES SOBRE CITOSTÁTICOS

El servicio de farmacia del Hospital de Barcelona tiene establecido, cuando se hace la dispensación

ambulatoria de medicamentos citostáticos entregar una hoja informativa al paciente contiendo:

→ Cómo tomar el medicamento;

→ Precauciones, interacciones, efectos adversos, advertencias y otros.

En cima es posible observar un ejemplo de una hoja informativa correspondiente a la

CAPECITABINA (Figura 3).

Figura 3 – Hoja informativa - Capecitabina.

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INTERVENCIÓ FARMACÈUTICA

Los farmacéuticos tienen un papel fundamental a en la asistencia oncológica ya que se encargan

de verificar la prescripción pautada por el oncólogo y de dispensar la quimioterapia. Existen otros

trabajos y objetivos que pueden ser llevados a cabo por parte del farmacéutico, todo dependerá

de la estructura del Servicio de Farmacia, de la formación de los profesionales implicados y de la

complejidad del hospital. Así el farmacéutico:

→ Puede transmitir a los pacientes oncológicos una atención farmacéutica que incluya la

prevención y el tratamiento de la enfermedad;

→ Asistir las necesidades especiales de pacientes oncológicos ambulatorios;

→ Diseñar, recomendar y monitorizar la farmacoterapia y la inmunoterapia específicas para

pacientes con enfermedades neoplásicas;

→ Aconsejar los pacientes sobre el uso apropiado de los medicamentos, sobre sus interacciones

con otros fármacos y su toxicidad;

→ Proporcionar información sobre medicamentos citostáticos en fase de investigación;

→ Preparar y presentar actividades interdisciplinarias educativas sobre temas relacionados con la

farmacia oncológica a los profesionales del equipo;

→ Participar en grupos de profesionales para desarrollar, implementar, monitorear y analizar

protocolos de investigación para la terapia oncológica, etc.

El farmacéutico hospitalario está cada día más integrado en los equipos multidisciplinarios que

atienden al paciente oncológico. Esta integración permite participar junto con el resto del equipo

en las decisiones de cuidados del paciente, realizar atención farmacéutica con ellos y conseguir el

mayor beneficio clínico en un entorno de sostenibilidad. En el Hospital de Barcelona las

farmacéuticas especialistas participan en las reuniones del Comité de Oncología con oncólogos,

internistas, cirujanos y directivos.

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CASO PRÁCTICO

En bajo expongo el formato que tiene una hoja de tratamiento (la prescripción) en el Hospital de

Día del Hospital de Barcelona, así como la hoja con el protocolo interno del centro para la

preparación de la quimioterapia (figura 4).

El ejemplo presentado se trata de un cancro de NEO COLON estadio III.

Se pueden ver los diferentes apartados mencionados anteriormente y que deben constar en una

orden medica correspondiente a medicamentos citostáticos para que esta sea válida.

En el principio de la hoja tenemos los dados personales:

v

Figura 4 – Hoja de tratamiento (prescripción) y hoja con el protocolo interno.

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→ Nombre del paciente;

→ Fecha de nacimiento;

→ Médico y número de colegiado;

→ Teléfonos de contacto.

En seguida se indica el tipo de tratamiento en Hospital de Día y la frecuencia de las sesiones y el

número total de ciclos previstos. La tercera parte de la orden médica es información sobre el

paciente como por ejemplo: alergias, dados antropométricos, resultados analíticos, diagnóstico,

estadio del tumor, tipos de indicación del tratamiento, codificación nemotécnica de la pauta

estandarizada a administrar y descripción. Finalmente el médico peticionario deberá firmar,

indicar su número de colegiado y la fecha de petición.

Aparte de la prescripción, el programa interno del centro realiza un resumen con toda la

información del paciente y segundo el protocolo elegido nos indica los dados de la sesión a

realizar, así como las terapias coadyuvantes que deben administrarse por los efectos adversos de

los citostáticos. Los dados de la sesión son el número de la sesión, el protocolo, el nombre de los

medicamentos, la dosis, vía de administración y el tiempo de administración. Al final tenemos

datos sobre la estabilidad de los medicamentos y condiciones para su almacenamiento.

Durante mis prácticas en el Hospital de Barcelona he podido comprobar y ver en que consiste un

protocolo de un tratamiento oncológico. Por lo que he visto, existen protocolos exitosos de

quimioterapia, que se basan desde una correcta identificación del tipo de cáncer hasta el

desarrollo de una solución con protocolos de quimioterapia eficaces. A pesar de los avances

científicos en oncología, aún hay mucho trabajo por hacer para que los protocolos de

quimioterapia tengan máxima eficacia y mínimo efectos secundarios sobre las células sanas ya que

hay muchos efectos adversos todavía.

En este caso la práctica es muy similar al protocolo ya que son fármacos peligrosos y que

requieren establecer y cumplir las normas de seguridad. La finalidad del protocolo de

quimioterapia es mejorar y hacer más homogénea la práctica clínica, y así intentar conseguir

resultados positivos para la salud del paciente como una reducción del tumor y/o eliminación del

cáncer. La oncología es uno de los campos de la salud en el que se trabaja constantemente y se

invisten muchos recursos, por lo tanto hay innovación en los protocolos de quimioterapia lo que

muchas veces conlleva un cambio en el protocolo aceptado en el centro sanitario para un tipo de

cáncer en concreto. En estas situaciones el farmacéutico junto con el médico oncólogo puede

modificar y/o suspender el tratamiento con alguno de los fármacos que forman parte del

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protocolo establecido. Las modificaciones del protocolo siempre deben hacerse en base a una

información de fuentes fiables y con referencias. En Oncología se realiza un número elevado de

ensayos clínicos aunque no en el Hospital de Barcelona.

Además he podido comprobar que el sistema implementado en el Hospital de Barcelona consigue

una innovación en los procesos diarios, tanto en la preparación como en la administración, que

hacen disminuir los errores humanos por una mayor automatización y mejores controles.

Actualmente este sistema está completamente operativo y supone para el hospital, una ayuda

tecnológica muy importante para: mejorar la seguridad de los pacientes oncológicos y evitar dosis

erróneas y de paciente equivocado, mejorar la gestión de tratamientos y administraciones y

aumento de la confianza de los pacientes en el personal y en la institución. Para el hospital este

sistema: permitió una trazabilidad completa, un aumento de su prestigio asistencial, una mejora

de la eficacia y rendimiento del proceso, una concordancia entre las preparaciones realizadas y las

prescripciones de los oncólogos, una mejora de la confianza y seguridad del personal sanitario

implicado y una automatización de los procesos minimizando el error humano. Todavía, un

sistema como este también comporta algunos inconvenientes para el hospital, como: necesidad

de una formación específica con el nuevo programa al personal implicado, mayor dependencia de

la nueva tecnología y un incremento del tiempo de preparación.

Para todos los pacientes sujetos a quimioterapia pienso que es esencial elaborar una hoja

informativa con cuidados a tener, posibles interacciones y, principalmente, información sobre

efectos adversos y como minimizarlos. Además, considero muy importante a existensia de un

servicio de atención farmacéutica a pacientes ambulatorios en que se visita los pacientes

oncológicos que inician un nuevo tratamiento de autoadministración. En estas visitas se explica la

medicación, se revisan las interacciones con otros medicamentos que el paciente está tomando y

también las alergias, se informa de cómo y cuándo se debe tomar el tratamiento y los posibles

efectos adversos. Al paciente se da tanto información oral como escrita (hoja de información).

Como ya anteriormente mencionado la quimioterapia no distingue entre las células cancerígenas y

las normales, por lo tanto a menudo hay efectos secundarios en órganos como el tubo digestivo o

la piel. Las recomendaciones para los pacientes oncológicos pueden ser variadas, como por

ejemplo sobre nutrición, dermatología, actividad física, higiene y hay algunas recomendaciones

básicas generales que se podrían dar a los pacientes con quimioterapia.

Ejemplo: mantener una alimentación adecuada a las necesidades de cada paciente, en función de

la edad, sexo, talla, el grado de actividad física, capacidad del aparato digestivo y también en

función de las dificultades de ingesta como consecuencia del tratamiento oncológico, hacer al

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menos 5-6 comidas /día, variados y de pequeño volumen, proteger la cabeza del sol, así como

utilizar protección solar para la piel, no utilizar cualquier tipo de productos que puedan irritar la

piel, la ducha que sea de corta duración sin esponja y agua tibia y hidratar mucho la piel. En el

Hospital de Barcelona se entrega a los pacientes oncológicos Recomendaciones de Dietética y

Nutrición específicas para Oncología.

En cuanto a puntos fuertes del servicio, funciona muy bien a nivel de preparación. La ventaja más

relevante del circuito es el sistema de código de barras que tiene el hospital, que permite una

trazabilidad del producto, ya que éste permite saber en todo momento en qué etapa se encuentra

la quimioterapia, ya sea preparación, control de pesaje y código, salida de farmacia y llegada en

Hospital de Día. Además, también se hacen lecturas de los fármacos a la hora de preparar, por lo

que se asegura que lo que se prepara es correcto y por tanto también se va incrementando la

seguridad. Pienso que también es buena la continua formación y desarrollo en temas de

actualidad del campo de oncología, por ejemplo cursos interhospitalarios de algunas

enfermedades, habiendo así intercambio de información. Notar que la elaboración de información

escrita sobre la quimioterapia con recomendaciones es muy importante así como las visitas de

atención farmacéutica ya que ayudan mucho a aclarar al paciente el esquema de medicación, que

es de especial importancia para la peligrosidad de los citostáticos y por su elevado coste. También

la validación farmacéutica es muy significativa pues permite detectar errores, aumentando la

seguridad de los pacientes frente la medicación.

Un punto crítico es a la hora de esperar a la confirmación del médico pues si éste se retrasa, no se

puede empezar a trabajar en farmacia y en las cabinas, ni tampoco en Hospital de Día, y en

algunos casos esto puede ocasionar que el tratamiento se retrase. Siempre se pueden mejorar las

relaciones entre servicios, sobre todo en cuanto la comunicación. Pienso que es importante la

adecuación de los horarios que tenemos programados para la visita con el tiempo real de la

atención. Hacer encuestas de la calidad de vida del paciente podría ser de gran utilidad para ver el

que se puede mejorar.

Farmacéutica Tutora: Dra. Carmen Lacasa Signatura:

Data: 20/04/2014 Segell FC/FH:

Profesora Asociada: Dra. Marian March Pujol

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