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t Tulo i do processo de execu o �� cap Tulo i da execu o em geral �� 1. introdu o �� o processo de conhecimento, ao qual o c digo de pro- cesso civil dedica o livro i, visa a aplica o do direito ao �� fato concreto. o juiz, com o emprego de atividade essencialmente intelectiva, faz derivar da aplica o da norma jur dica geral e abs- �� trata aos fatos que lhe s o submetidos a regra positiva con- creta. no processo de execu o, a atividade jurisdicional di- �� versa, pois o que se pretende fazer atuar, por meio de atos materiais, a norma concreta. n o se busca, na execu o, ela- �� borar o comando que regular os casos submetidos aprecia o �� judicial, mas fazer atuar esse comando, pela modifi- ca o da realidade sens vel. �� da a import ncia extraordin ria da execu o. sem ela, �� o titular de um direito estaria privado da possibilidade de satisfazer-se sem a colabora o do devedor. �� a atividade executiva pressup e, com freq ncia, uma �� pr via atividade cognitiva, sem a qual o direito n o adquire a certeza necess ria para que se possa invadir, coercitivamente, o patrim nio do devedor. h situa es, por m, em que se prescinde �� do pr vio processo de conhecimento, porque a lei ou- torga efic cia executiva a certos t tulos, atribuindo-lhes a cer- teza necess ria para desencadear o processo de execu o. �� 2. modalidades de execu o �� o art. 583 do c digo de processo civil estabelece que toda a execu o tem por base um t tulo executivo judicial ou �� extrajudicial. a execu o por t tulo judicial pressup e a exis- �� t ncia de um pr vio processo de conhecimento; por t tulo extrajudicial, um documento a que a lei tenha atribu do efi- c cia executiva. os t tulos executivos judiciais e extrajudiciais t m a mes- ma efic cia, e n o h diferen as formais entre a execu o �� fundada em uns e outros. a execu o pode ser, ainda, definitiva ou provis ria. �� definitiva a fundada em t tulo executivo extrajudicial ou em senten a j transitada em julgado, isto , da qual j no caiba nenhum recurso. provis ria a baseada em senten a ainda n o transitada em julgado, da qual penda recurso, recebido apenas no efeito devolutivo. tamb m provis ria a

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t Tulo i�

do processo de execu o��

cap Tulo i�

da execu o em geral��

1. introdu o��

o processo de conhecimento, ao qual o c digo de pro-�cesso civil dedica o livro i, visa a aplica o do direito ao��fato concreto. o juiz, com o emprego de atividade essencialmente intelectiva, faz derivar da aplica o da norma jur dica geral e abs-�� �trata aos fatos que lhe s o submetidos a regra positiva con-�creta. no processo de execu o, a atividade jurisdicional di-�� �versa, pois o que se pretende fazer atuar, por meio de atos�materiais, a norma concreta. n o se busca, na execu o, ela-� ��borar o comando que regular os casos submetidos aprecia o� � ��judicial, mas fazer atuar esse comando, pela modifi-ca o da realidade sens vel.�� � da a import ncia extraordin ria da execu o. sem ela,� � � ��o titular de um direito estaria privado da possibilidade desatisfazer-se sem a colabora o do devedor.��

a atividade executiva pressup e, com freq ncia, uma� ��pr via atividade cognitiva, sem a qual o direito n o adquire� �a certeza necess ria para que se possa invadir, coercitivamente,�o patrim nio do devedor. h situa es, por m, em que se prescinde� � �� �do pr vio processo de conhecimento, porque a lei ou-�torga efic cia executiva a certos t tulos, atribuindo-lhes a cer-� �teza necess ria para desencadear o processo de execu o.� ��

2. modalidades de execu o��

o art. 583 do c digo de processo civil estabelece que�toda a execu o tem por base um t tulo executivo judicial ou�� �extrajudicial. a execu o por t tulo judicial pressup e a exis-�� � �t ncia de um pr vio processo de conhecimento; por t tulo� � �extrajudicial, um documento a que a lei tenha atribu do efi-�c cia executiva.� os t tulos executivos judiciais e extrajudiciais t m a mes-� �ma efic cia, e n o h diferen as formais entre a execu o� � � � ��fundada em uns e outros. a execu o pode ser, ainda, definitiva ou provis ria.�� �definitiva a fundada em t tulo executivo extrajudicial ou� �em senten a j transitada em julgado, isto , da qual j n o� � � � �caiba nenhum recurso. provis ria a baseada em senten a� � �ainda n o transitada em julgado, da qual penda recurso,�recebido apenas no efeito devolutivo. tamb m provis ria a� � �

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execu o das decis es de antecipa o de tutela (cpc, art. 273,�� � �� 3 ).� � fundada em t tulo extrajudicial, a execu o sempre� �� �definitiva. ainda que o devedor oponha embargos e apele dasenten a que os julgou improcedentes, a execu o ser defi-� �� �nitiva. a execu o provis ria est regulada nos arts. 588 a 590�� � �do c digo de processo civil. enquanto a definitiva realiza-�se nos autos principais, a provis ria faz-se nos autos suplementares,�onde os houver, ou por carta de senten a, que deve�atender aos requisitos do referido art. 590. a extra o da carta��de senten a para execu o provis ria faz-se necess ria por-� �� � �que preciso remeter os autos principais superior inst n-� � �cia para aprecia o do recurso.�� a execu o da decis o que concede antecipa o de tutela,�� � ��embora provis ria, n o exige a extra o da carta de senten-� � ��a, porque os autos principais permanecer o no ju zo de ori-� � �gem. no entanto, a execu o ser processada em apenso, sob�� �pena de tumultuar o andamento da a o de conhecimento.�� faz-se a execu o provis ria do mesmo modo que a de-�� �finitiva. no entanto, h certos limites que o legislador im-�p e a quem executa em car ter provis rio, e que n o podem� � � �ser transpostos, sen o quando a execu o torna-se definiti-� ��va. assim, em execu o provis ria, imp e-se ao credor a obri-�� � �ga o de prestar cau o, garantindo ao devedor o ressarci-�� ��mento de seus preju zos, caso sobrevenha futura modifica-�o ou anula o do julgado.�� ��

a exig ncia de cau o est estreitamente ligada pos-� �� � �sibilidade de que o devedor sofra preju zo. da porque se tem� �dispensado a sua apresenta o de in cio, passando-se a exi-�� �gi-la quando haja a perspectiva de haver efetivo preju zo ao�devedor. na execu o provis ria oriunda da tutela antecipada, dis-�� �pensa-se o recolhimento de cau o, j que o art. 273, 3 ,�� � � �do c digo de processo civil, remete apenas aos incisos ii e�iii do art. 588. em virtude de sua natureza, a execu o provis ria n o�� � �permite que se pratiquem atos de aliena o de dom nio, nem�� �autoriza, sem que seja prestada cau o id nea, o levantamento�� �de dinheiro. a raz o do dispositivo evidente: evitar a� �irreversibilidade de certos atos, incompat veis com a natu-�reza provis ria da execu o.� �� se, no curso da execu o provis ria, sobrevier senten a�� � �modificando ou anulando a que est sendo executada, as coisas�dever o ser restitu das ao estado anterior.� � poss vel, ainda, classificar a execu o de acordo com� � ��a natureza da presta o devida. o c digo de processo civil�� �disciplina separadamente a execu o para entrega de coisa��(arts. 621 e s.), de obriga o de fazer e n o fazer (arts. 632�� �e s.), por quantia certa, contra devedor solvente (arts. 646 es.) e insolvente (arts. 748 e s.). em todas elas, deve a execu-o tender para a satisfa o do credor, buscando dar-lhe aquilo�� ��

que ele obteria caso tivesse havido o cumprimento espont -�neo da presta o pelo devedor; a execu o, como regra geral,�� ��deve ser espec fica.� h , no entanto, situa es em que n o vi vel a� �� � � �execu o espec fica, por raz es materiais (p. ex., o perecimento�� � �da coisa, nas obriga es de dar coisa certa) ou pessoais��

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(p. ex., a recusa do devedor em realizar determinadapresta o de fazer, de car ter personal ssimo). quando isso�� � �ocorrer, s restar ao interessado a possibilidade de exigir o equi-� �valente em dinheiro da obriga o cujo cumprimento��inviabilizou-se. os arts. 571 e 572 do c digo de processo civil cuidam�das obriga es alternativas e sujeitas a termo ou condi o.�� ��quando a obriga o for alternativa, e a escolha couber ao��credor, ele j dever indic -la na peti o inicial. se a alternati-� � � ��va for do devedor, ele ser citado para exercer a op o e� ��cumprir a obriga o em dez dias, sob pena de devolver-se ao credor��a op o. se a rela o jur dica estiver sujeita a termo ou a con-�� �� �di o, s com a prova do implemento de algum dos dois ins-�� �titutos poder-se- dar in cio execu o.� � � ��

3. princ Pios do processo de execu o� ��

s o sete os princ pios:� � a) autonomia da execu o. n o h mais controv rsia�� � � �quanto ao fato de que a rela o processual que se estabelece��no processo de conhecimento distinta daquela que se for-�ma no processo de execu o.�� n o se admite, portanto, que a execu o seja considerada� ��simples encerramento do ciclo da a o ordin ria, como�� �autores de antanho chegaram a preconizar. a a o de execu o�� ��tem elementos pr prios e pressup e condi es igualmente� � ��pr prias, que a distinguem da a o de conhecimento que� ��porventura lhe tenha antecedido. b) principio da patrimonialidade. a garantia do d bito� o patrim nio, e n o a pessoa do devedor.� � � o que disp e o art. 591 do c digo de processo civil,� � �ao determinar que todos os bens do devedor, presentes e fu-turos, respondem por suas obriga es, salvo as restri es�� ��estabelecidas em lei. ressalvadas as exce es constitucionais��(cf, art. 5 , lxvii) do devedor de alimentos, e do deposit rio� �infiel, n o se admite a pris o civil por d vidas;� � � c) principio do exato adimplemento. a execu o faz-se��no interesse do credor (cpc, art. 612), e deve garantir-lhe omesmo resultado que seria obtido caso o devedor cumprisseespontaneamente a obriga o (execu o espec fica), ressal-�� �� �vada a convers o em pec nia, em hip teses excepcionais. da� � � �porque a execu o n o atingir o patrim nio do devedor, se-�� � � �n o naquilo que for necess rio para a satisfa o do credor.� � �� o art. 659 do c digo de processo civil determina que�ser o penhorados tantos bens quantos bastem para o paga-�mento do principal, juros, custas e honor rios advocat cios.� �e, quando a penhora atingir v rios bens, a arremata o ser� �� �suspensa, logo que o produto da aliena o for bastante para��o pagamento do credor (cpc, art. 692). como a execu o �� �realizada no interesse do credor, tem ele a plena disponibili-dade do processo, podendo desistir de toda a execu o ou de��apenas algumas medidas executivas, a qualquer tempo. a desist ncia depender da anu ncia do devedor somente� � �quando ele tiver oposto embargos execu o, e esses em-� ��bargos n o versarem apenas quest es processuais (cpc, art.� �569 e par grafo). sempre que o credor desistir da execu o� ��embargada, e a desist ncia for homologada, ele deve supor-�tar as custas, despesas processuais e honor rios advocat cios� �

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(cpc, arts. 26 e 569, par grafo nico, a).� � d) principio da utilidade. n o se admite o uso da�execu o apenas para trazer preju zo ao devedor, quando desse�� �preju zo n o revertam benef cios ao credor. por isso, a� � �penhora n o ser levada a efeito quando evidente que o produ-� �to da execu o dos bens encontrados for totalmente absorvi-��do pelo pagamento das custas da execu o (cpc, art. 659,�� 2 ).� � e) principio da menor onerosidade. deve ser conjuga-do com os demais princ pios. a execu o faz-se no interesse� ��do credor. por m, quando por v rios meios puder ser ob-� �tida a satisfa o do credor, o juiz mandar que a execu o�� � ��se fa a pelo modo menos gravoso ao devedor (cpc, art. 620).�com isso, evita-se impor ao devedor gravames desnecess rios� satisfa o do credor, que tem outros meios para tornar� ��concretos os seus direitos. f) principio da responsabilidade do devedor. incumbeao devedor a responsabilidade pelas custas, despesas do pro-cesso e honor rios de advogado. assim, as despesas com edital,�seja o de cita o, seja o que precede s hastas p blicas, com�� � �avalia o de bens e todas as outras que se fizerem necess rias�� �ao bom andamento da execu o ser o carreadas ao devedor.�� � freq ente que o credor tenha de antecipar o pagamento� �de tais despesas, sob pena de n o haver como prosseguir a�execu o. no entanto, feita a antecipa o, as despesas ser o�� �� �inclu das no d bito e suportadas pelo devedor.� � g) principio do contradit rio. controversa a incid ncia� �do princ pio do contradit rio no processo de execu o.� � ��inequ voco, por m, que, embora de forma mitigada, e com� �caracter sticas peculiares, ele aplic vel.� � � n o se deve olvidar que no processo de conhecimento�busca-se obter um provimento jurisdicional que declare odireito aplic vel ao caso concreto, ao passo que na execu o o� ��provimento jurisdicional eminentemente satisfativo.� a execu o parte de uma certeza de direito que o pro-��cesso de conhecimento tem por fim produzir. da porque o�contradit rio tem de ser adequado a tais circunst ncias.� � a doutrina da inexist ncia do contradit rio no processo� �de execu o foi sustentada, muitas vezes, com o argumento��de que n o h julgamento de m rito, como no processo de� � �conhecimento. efetivamente, inexiste julgamento de m rito�na execu o. no entanto, nem por isso se h de sustentar a�� �completa inexist ncia do contradit rio.� � no curso do processo de execu o, o juiz emite uma s rie�� �de ju zos de valor. por exemplo, ele deve examinar se a�execu o est fundada em t tulo e se o que est sendo postula-�� � � �do corresponde ao que nele consta. tamb m deve o juiz de-�terminar, entre os v rios meios pelos quais se possa realizar�a execu o, qual deles seja o menos gravoso. por outro lado,��deve determinar a pr tica de atos que, de forma eficaz e r -� �pida, permitam que a execu o logre atingir sua finalidade��prec pua.� o juiz profere, no curso da execu o, diversas decis es,�� �devendo assegurar s partes a possibilidade de manifesta o.� ��a constitui o federal garantiu a ado o do contradit rio em�� �� �todos os processos judiciais (cf, art. 5 , lv), sem fazer qual-�quer ressalva, o que torna incontroversa a sua aplica o ao��processo executivo.

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da inexist ncia de julgamento de m rito n o resulta que� � �n o se possa falar em m rito na execu o. o m rito a� � �� � �pretens o que levada a ju zo, o pedido formulado na deman-� � �da, e que constitui o objeto do processo. ora, no processode execu o h uma pretens o que formulada em ju zo e�� � � � �que constitui o objeto do processo: a satisfa o do credor.�� no processo de conhecimento, o que se pede que o�juiz profira uma senten a que contenha um comando, de-�clarando o direito aplic vel quele caso concreto, que lhe� �foi submetido (acertamento). no processo de execu o, o��juiz n o proferir uma senten a de acertamento, porque� � �na execu o a certeza do cr dito pressuposta. o juiz, no�� � �entanto, desde que atendidas as condi es da a o execu-�� ��tiva, e preenchidos os pressupostos processuais, atender�a pretens o formulada pelo credor, determinando a pr tica� �de atos executivos, que garantam a satisfa o do credor.�� portanto, h m rito na execu o, porque existe preten-� � ��s o posta em ju zo. por m, inexiste julgamento de m rito,� � � �porque a pretens o executiva n o estar sujeita a uma sen-� � �ten a de acertamento.�

4. as partes no processo de execu o��

4.1. legitimidade ativa

como regra geral, a execu o h de ser promovida por quem�� �figure no t tulo executivo como credor (cpc, art. 566, i). da� �que a legitimidade das partes vai ser, quase sempre, aferidapelo que constar do t tulo executivo.� o credor deve ter capacidade processual, que necessitar�ser integrada, pelos institutos da representa o e da assis-��t ncia, caso ele seja absoluta ou relativamente incapaz. a�peti o inicial h de vir firmada por quem tenha capacidade�� �postulat ria, o que demandar a outorga de procura o a ad-� � ��vogado. a lei tamb m atribui ao minist rio p blico legitimida-� � �de para promover a execu o, nos casos por ela previstos. o��minist rio p blico pode atuar no processo como parte, e, nesse� �caso, sempre lhe ser dado promover a execu o da senten-� ��a condenat ria. quando o rg o do parquet atuar como fis-� � � �cal da lei, a sua legitimidade para ajuizar a execu o depen-��der de autoriza o legal. o que ocorre, por exemplo, nas� �� �a es civis p blicas, quando decorre o prazo de um ano sem�� �que se habilitem interessados, em n mero compat vel com a� �gravidade do dano (lei n. 8.078/90, art. 100). admiss vel na execu o o litiscons rcio, tanto ativo� � �� �como passivo. no entanto, o litiscons rcio ser sempre fa-� �cultativo. ainda que sejam numerosos os credores, cada umpoder , livremente, executar a parte que lhe caiba, ou at a� �totalidade da d vida, na hip tese de solidariedade ativa. mas� �n o se pode obrigar a totalidade dos credores a demandar con-�juntamente. n o se admite, tamb m, no processo de execu o, qual-� � ��quer das formas de interven o de terceiro. nem mesmo a as-��sist ncia, que tem sido aceita nos embargos de devedor, com-� �pat vel com o processo de execu o. afinal, defere-se a assis-� ��t ncia quando algu m que n o parte tem interesse jur dico em� � � � �

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que a senten a seja favor vel a uma das partes. e, no processo� �de execu o, n o haver senten a em favor de algu m, mas a�� � � � �satisfa o do cr dito, consubstanciado em um t tulo executivo.�� � � o art. 570 do c digo de processo civil atribui ao devedor�legitimidade para requerer a cita o do credor a vir receber, em��ju zo, o que lhe cabe conforme o t tulo executivo judicial, caso� �em que o devedor assumir posi o id ntica do exeq ente.� �� � � �apesar dos termos em que redigido o dispositivo, n o h pro-� �priamente execu o, iniciada pelo devedor, mas verdadeira a o�� ��de consigna o em pagamento, com a peculiaridade de utilizar��os mesmos autos em que proferida a senten a.� a faculdade atribu da pelo art. 570 restringe-se ao de-�vedor de t tulo executivo judicial. por tratar-se de mera fa-�culdade, nada obsta que o devedor utilize a o de consigna-��o em pagamento de forma aut noma. o devedor de t tulo�� � �

executivo extrajudicial, no entanto, dever utilizar a a o de� ��consigna o em pagamento aut noma, caso haja recusa do�� �credor em receber, j que n o lhe dado fazer uso daquela� � �faculdade. como j se ressaltou, caso o devedor utilize-se da fa-�culdade do citado art. 570, haver verdadeira consigna o em� ��pagamento, caso em que o credor poder defender-se por meio�de contesta o, e n o por embargos.�� � o art. 567 do c digo de processo civil elenca situa es� ��em que atribu da legitimidade ativa a pessoas que n o par-� � �ticiparam da forma o do t tulo, mas tornaram-se sucessoras�� �do credor, por ato inter vivos ou mortis causa. assim, quando o credor falecer, o seu esp lio, seus her-�deiros ou sucessores poder o promover a execu o dos� ��direitos resultantes do t tulo executivo. enquanto n o tiver ha-� �vido partilha de bens, a legitimidade ativa para a execu o��ser do esp lio. ap s a partilha, extingue-se o esp lio, e o� � � �credor deve ser sucedido por seus herdeiros ou sucessores.se a morte do credor ocorrer ap s o ajuizamento da execu-�o, a sucess o no p lo ativo far-se- na forma do art. 43 do�� � � �

c digo de processo civil.� tamb m tem legitimidade ativa para promover, ou pros-�seguir na execu o, o cession rio, por ato inter vivos. a cess o�� � �de cr dito deve ser feita em conformidade com o disposto�no art. 1.065 do c digo civil. feita antes de haver lide�executiva pendente, ela transfere desde logo ao cession rio a�legitimidade ativa para dar-lhe in cio. se a cess o feita� � �ap s a cita o no processo de execu o, o cession rio as-� �� �� �sumir o p lo ativo, n o havendo necessidade de obedecer� � �ao disposto no art. 42, i, do c digo de processo civil ,�como decidiu o pleno do colendo supremo tribunal federal(re 97.461-0-agrg-rj). por fim, o legislador atribuiu legitimidade ativa ao sub-rogado, nos casos de sub-roga o legal ou convencional. o��sub-rogado aquele que paga d vida alheia, assumindo to-� �dos os direitos, a es e privil gios que eram atribu dos ao�� � �credor primitivo. a sub-roga o pode decorrer de lei, como nas hip teses�� �do art. 985 do c digo civil, ou da vontade dos interessados,�como nas situa es do art. 986 do c digo civil. permite-se ao�� �sub-rogado dar in cio execu o, ou nela prosseguir. assim, se� � ��um terceiro pagar a d vida, sub-rogando-se nos direitos do credor,�ser poss vel requerer o prosseguimento nos pr prios au-� � �

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tos, sem necessidade de extinguir-se a execu o origin ria. o�� �art. 595, par grafo nico, do c digo de processo civil, faculta� � �ao fiador que pagar a d vida a possibilidade de prosseguir a�execu o do afian ado nos mesmos autos. embora a norma refira-�� �se especifcamente ao fiador, toda vez que houver sub-roga o,��poder o sub-rogado prosseguir nos mesmos autos.�

4.2. legitimidade passiva

a execu o deve ser ajuizada, em regra, contra o devedor,��reconhecido como tal, no t tulo executivo. essa obser-�va o assume maior relev ncia nas execu es de senten a penal�� � �� �condenat ria. a senten a penal que condena o preposto n o� � �enseja a propositura de execu o contra o preponente.�� embora o patr o responda pelos danos civis causados�por seus empregados (s mula 341 do stf), n o h t tulo� � � �executivo contra o patr o. para que se possa atingir seu�patrim nio, necess ria a propositura de a o de conheci-� � ��mento contra ele, na qual, no entanto, ser desnecess ria� �a prova de culpa do empregado, se tiver havido condena-o criminal deste.��

morto o devedor, dever o ser demandados o esp lio, en-� �quanto n o se ultimar a partilha, ou os herdeiros e sucessores,�partilhados os bens. o valor da execu o n o poder ul-�� � �trapassar as for as da heran a. feita a partilha, cada herdeiro� �responder na propor o da parte que lhe coube na� ��heran a. se havia solidariedade passiva, morto um dos�devedores solid rios, seus herdeiros s ser o obrigados a pagar a� � �quota que corresponder a seu quinh o heredit rio, salvo se a� �obriga o era indivis vel (cc, art. 905).�� � tamb m legitimado passivo o novo devedor, que as-� �sumiu o d bito, com o consentimento do credor. ao contr rio� �do que ocorre com a cess o de cr dito, que, em regra,� �independe do consentimento do devedor, a cess o de d bito� �s se aperfei oa quando o credor anui. a anu ncia � � � �necess ria porque, feita a cess o, ser o patrim nio do cession rio� � � � �que passar a responder pelo d bito.� � o fiador judicial e o respons vel tribut rio podem ser� �demandados em execu o. nessas duas hip teses, cab vel a�� � �execu o, embora o fiador judicial e o respons vel tribut rio�� � �n o figurem no t tulo executivo.� � a fian a pode ser convencional ou judicial. convencional� a que resulta de um contrato, e a judicial, de ato pro-�cessual. fiador judicial aquele que, no curso do processo,�presta garantia pessoal ao cumprimento da obriga o de uma��das partes. assim, quem prestar fian a judicial poder ser� �executado pela obriga o afian ada. para iniciar a execu o basta�� � ��a prova da exist ncia de t tulo executivo contra uma das partes� �e a demonstra o de que esse d bito garantido por fian a�� � � �judicial. a fian a convencional, a seu turno, s pode ensejar� �execu o se houver t tulo executivo contra o fiador. e, nos ter-�� �mos do art. 585, iii, do c digo de processo civil, os contra-�tos de cau o, entre os quais inclui-se a fian a, constituem t -�� � �tulo executivo extrajudicial. em s ntese, o fiador extrajudicial pode ser executado�diretamente, em virtude do contrato de fian a, que t tulo� � �

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executivo extrajudicial. o fiador judicial pode ser executado, n o�em virtude do contrato (na fian a judicial n o h contrato),� � �mas por ter ele, em conseq ncia de um ato processual,��garantido a obriga o de uma das partes. o fadorjudicial �� �executado, portanto, merc de um t tulo no qual ele n o figura.� � �o mesmo vale para o respons vel tribut rio.� �

5. compet Ncia�

a execu o fundada em t tulo judicial ser processada�� � �perante o ju zo no qual o t tulo formou-se. a exce o a sen-� � �� �ten a penal condenat ria, que ser executada no ju zo c vel� � � � �competente. a compet ncia para execu o por t tulo judicial ab-� �� � �soluta, e, como tal, inderrog vel, constituindo a sua falta�verdadeira obje o. por isso, n o h necessidade de que�� � �ela seja arg ida por embargos, ou exce o, devendo o juiz� ��reconhec -la de of cio.� � para a execu o por t tulo extrajudicial, competente�� � �o foro da pra a de pagamento do t tulo, se outro n o hou-� � �ver sido eleito. se o t tulo n o indicar a pra a de pagamen-� � �to, a execu o dever ser ajuizada no foro do domic lio do�� � �devedor. a compet ncia para execu o de t tulo extrajudicial� �� � relativa, podendo, pois, ser modificada; a incompet ncia,� �a seu turno, deve ser arg ida pelo devedor, na ocasi o opor-� �tuna.

6. requisitos necess Rios para a execu o� ��

6.1. inadimplemento do devedor

para que o credor tenha interesse de agir, necess rio� �que o devedor se tenha tornado inadimplente. o art. 580,par grafo nico, do c digo de processo civil define o� � �inadimplente como aquele que n o satisfaz espontaneamente�direito reconhecido por senten a ou obriga o constante de� ��t tulo executivo. sempre que o devedor satisfizer a obriga-�o, n o haver como prosseguir a execu o; sempre que�� � � ��

houver satisfa o parcial, s se poder prosseguir sobre o�� � �remanescente. quando houver presta es simult neas, de sorte que nenhum�� �contratante possa exigir a presta o do outro, antes de ter cum-��prido a sua, n o se proceder a execu o, se o devedor se pro-� � ��puser a cumprir a sua parte, empregando meios id neos, e o credor�recusar-se ao cumprimento da contrapresta o. trata-se de apli-��ca o processual da exce o de contrato n o cumprido prevista�� �� �no art. 1.092 do c digo civil. a exceptio s se aplica quando� �houver obriga es rec procas e simult neas.�� � �

6.2. t Tulo executivo�

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o t tulo executivo o documento dotado de efic cia para� � �tornar adequada a tutela executiva de determinada pretens o.� a exist ncia do t tulo executivo que viabiliza o ajuizamento� � �do processo de execu o. sem ele, n o h como executar (nulla�� � �executio sine titulo), pois o t tulo que d a certeza da exis-� � �t ncia do cr dito, necess ria para que a esfera patrimonial� � �do devedor seja invadida. al m de necess rio para desencadear o processo executi-� �vo, o t tulo que dar os contornos e os limites da execu o.� � � ��como o processo de execu o pode gerar conseq ncias gra-�� ��ves, implicando desapossamento de bens do devedor, n o se�deixa ao alvedrio dos interessados atribuir a determinado do-cumento for a executiva. somente o legislador que pode� �faz -lo, cabendo exclusivamente lei discriminar quais os t -� � �tulos executivos. a conseq ncia que o rol de t tulos sempre taxativo�� � � �(numerus clausus), e n o h t tulo que n o esteja previsto como� � � �tal no c digo de processo civil ou em leis especiais.�ademais, para que o documento seja t tulo necess rio que ele� � �corresponda integralmente quele modelo legal e abstrato�previsto pelo legislador, sem modifica es ou amplia es�� ��(tipicidade). portanto, o documento n o ser t tulo executi-� � �vo se a lei n o o previu como tal, ainda que os interessados�estejam de acordo em atribuir-lhe tal for a.� sem o t tulo executivo, falta ao credor interesse de agir,�para ajuizar a demanda executiva. a aus ncia do t tulo torna� �a via executiva inadequada, devendo o credor valer-se do pro-cesso de conhecimento, que dar ao seu cr dito a certeza� �necess ria para a pr tica de atos executivos.� � nada obsta, por m, que o credor cumule v rias execu-� �es, ainda que fundadas em t tulos diferentes. para tanto,�� �

faz-se necess rio que para todas elas seja competente o mesmo�juiz e seja id ntica a forma do processo (cpc, art. 573).�tamb m poss vel fundar a mesma execu o em dois t tulos� � � �� �extrajudiciais relativos ao mesmo neg cio (s mula 27 do stj).� �assim, nada impede que a execu o seja fundada em uma��confiss o de d vida firmada por duas testemunhas e em uma� �nota promiss ria emitida como garantia. eventual v cio for-� �mal de um dos t tulos n o contaminar o outro, e a execu-� � �o ter regular seguimento.�� �

como o t tulo indispens vel para o ajuizamento da� � �execu o, ele dever vir instruindo a peti o inicial, sob pena�� � ��de ela ser indeferida. n o se admite que a peti o inicial� ��venha instru da com c pia do t tulo executivo, mormente quando� � �se tratar de cambial, que pode circular livremente. a inicialdeve vir acompanhada do documento original. admite-se, por m,�a utiliza o de c pia autenticada quando o original�� �estiver instruindo outro processo, o que dever ser comprova-�do pelo exeq ente por certid o juntada com a inicial.� � a hip tese de algu m que recebe um pagamento por� � �meio de cheque e tem o cheque furtado. apreendido ocheque em m os de quem o furtou, o documento ir instruir even-� �tual inqu rito policial, mas o credor n o poder ficar impedido� � �de executar o emitente. o c digo de processo civil enumera os t tulos executi-� �vos judiciais e os extrajudiciais nos arts. 584 e 585. n o h� �diferen as formais entre a execu o fundada em uns e ou-� ��tros. os t tulos executivos judiciais s o:� �

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a) senten a condenat ria proferida no processo civil. so-� �mente a senten a condenat ria enseja a execu o. as demais� � ��- declarat rias e constitutivas - n o autorizam, por� �desnecess rio, o ajuizamento do processo executivo.� o legislador n o exige que a senten a civil tenha tran-� �sitado em julgado. afinal, ainda que haja recurso pendente,ser poss vel dar in cio execu o se tal recurso n o for do-� � � � �� �tado de efeito suspensivo. b) senten a penal condenat ria transitada em julgado.� �h necessidade de que a condena o tenha transitado em jul-� ��gado. por for a do princ pio da presun o de inoc ncia, a� � �� �senten a criminal condenat ria n o poder produzir efeitos,� � � �ainda que civis, enquanto n o houve o tr nsito em julgado.� � poss vel que determinados atos produzam efeitos na� �seara civil e no aspecto criminal. desde que haja uma sen-ten a criminal, transitada em julgado, n o mais se pode dis-� �cutir a culpa do agente. se, do fato, resultar dano para a v -�tima, n o haver necessidade de que ela ingresse com uma� �a o de conhecimento, pois a condena o criminal impede a�� ��rediscuss o do an debeatur. afinal, a prova exigida para a�condena o criminal h de ser sempre mais s lida que a�� � �necess ria na rea c vel. al m disso, no c vel, a culpa, ainda que� � � � �lev ssima, bastante para a responsabiliza o do agente.� � �� diante disso, tendo havido condena o criminal, s restar�� � �a apura o do quantum debeatur, o que se far por meio de�� �um processo de liquida o, em regra por artigos, no ju zo c vel.�� � � a efic cia executiva da senten a penal condenat ria pode� � �trazer uma s rie de conseq ncias processuais, algumas de� ��dif cil solu o. um atropelamento, por exemplo, pode ensejar� ��a propositura de uma a o civil, ajuizada pela v tima, e de�� �uma a o penal, ajuizada pelo minist rio p blico. em ambas,�� � �ser r u o motorista atropelante. na a o civil de repara o� � �� ��de danos, pretende a v tima obter t tulo executivo judicial,� �h bil a ensejar a propositura de execu o que permita a ela� ��ressarcir-se. pode ocorrer, por m, que, no curso da a o ci-� ��vil, sobrevenha senten a penal condenat ria transitada em� �julgado do motorista atropelante. nesse caso, a v tima j ter� � �t tulo executivo judicial, e o processo c vel dever ser extin-� � �to sem julgamento de m rito, por falta de interesse super-�veniente. como a falta de interesse superveniente, a verba�de sucumb ncia dever ser carreada ao r u, que foi quem deu� � �causa instaura o da a o civil, ainda que tenha havido� �� ��extin o sem julgamento do m rito. a extin o deve-se ao�� � ��fato de que a v tima j obteve o que pretendia no processo� �de conhecimento. ressalva-se, no entanto, a possibilidade de o feito pros-seguir, se, j em fase adiantada, puder ele ser utilizado para�a fixa o do quantum debeatur, tornando despicienda futura��liquida o, inexor vel nas execu es civis de senten as�� � �� �penais condenat rias.� portanto, sempre que sobrevier senten a penal condena-�t ria no curso de a o de repara o de danos, o juiz ou ex-� �� ��tinguir o processo de conhecimento, ou determinar o seu� �prosseguimento apenas para a apura o do valor do d bito.�� � mais grave ainda o problema da conflit ncia entre sen-� �ten a civil e criminal, transitadas em julgado. se o motoris-�ta atropelante, para usar o exemplo anterior, foi absolvido nocrime, por falta de provas, e condenado no c vel, inexistir� �

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conflit ncia. mas, se a a o civil for julgada improcedente,� ��transitar em julgado e, mais tarde, for proferida senten a cri-�minal condenat ria, que tamb m transitar em julgado, a in-� �compatibilidade ser manifesta.� caber , ent o, indagar da possibilidade de executar-se� �a senten a penal condenat ria proferida contra o atropelante,� �se j houve senten a civil de improced ncia.� � � a mat ria controversa. alguns autores entendem que a� �resposta para tal indaga o afirmativa, porque a senten a penal�� � �condenat ria , por si s , bastante para ensejar a execu o (nesse� � � ��sentido, humberto theodoro junior, processo de execu o,��leud, 1986, e s lvio de figueiredo teixeira, c digo de pro-� �cesso civil anotado, 6. ed., saraiva, 1996, p. 404). no entan-to, n o h raz o para que, na jurisdi o civil, prevale a a pos-� � � �� �terior condena o criminal. a execu o civil da senten a�� �� �penal condenat ria encontrar bice na autoridade da coisajulgada� � �que reveste a senten a civil de improced ncia. caber ao� � �lesado, se o desejar, promover a o rescis ria dessa senten a,�� � �respeitados os requisitos exigidos pelo art. 485 do c digo de�processo civil e o prazo de dois anos. nunca demais lembrar que a senten a penal condena-� �t ria s poder ser executada contra quem foi condenado.� � �assim, condenado o empregado, n o h como executar o pa-� �tr o; condenado o s cio, n o h como executar a sociedade.� � � � c) senten a arbitral e a senten a homologat ria de transa o� � � ��ou concilia o. a senten a arbitral deve obedecer ao�� �disposto na lei n. 9.307/96, que expressamente revogou osarts. 1.072 a 1.102 do c digo de processo civil.� a transa o e a concilia o extinguem o processo, com jul-�� ��gamento de m rito, ensejando o ajuizamento da execu o,� ��desde que obriguem qualquer das partes a dar, fazer ou n o fazer.� d) senten a estrangeira, homologada pelo supremo tri-�bunal federal. sem a homologa o pelo supremo tribunal��federal, a senten a carece de autoridade no territ rio nacional.� �homologada, a execu o dever ser ajuizada perante a�� �justi a federal.� e) formal e certid o de partilha. s o t tulos que s t m� � � � �for a executiva em rela o ao inventariante, aos herdeiros e� ��sucessores, a t tulo universal ou singular. portanto, se deter-�minado bem da heran a estiver com terceiro, n o ser pos-� � �s vel promover a execu o, sen o depois de passar pelo pro-� �� �cesso de conhecimento. h um t tulo executivo judicial que n o est previsto no� � � �rol do art. 584: a decis o que defere a tutela antecipada de�natureza condenat ria. tal decis o enseja execu o provis ria.� � �� �n o h , por m, ofensa ao princ pio da taxatividade, porque� � � �a decis o concessiva da tutela antecipada est expressamente� �prevista em lei, e foi por ela criada (cpc, art. 273). os t tulos executivos extrajudiciais est o enumerados no� �art. 585 do c digo de processo civil. s o eles:� � "i - a letra de c mbio, a nota promiss ria, a duplicata� �a deb nture e o cheque".� a duplicata s t tulo executivo se aceita; n o aceita,� � � �ela s ter for a executiva se acompanhada do instrumento� � �de protesto, do comprovante de entrega da mercadoria ou dapresta o do servi o, e se o sacado n o houver recusado o�� � �aceite, na forma como lhe facultado na lei das duplicatas�(lei n. 5.474/68), arts. 7 , 8 e 15, ii, c.� �

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"ii - a escritura p blica assinada pelo devedor e o do-�cumento particular firmado pelo devedor e duas testemunhas;a transa o referendada pelo minist rio p blico, pela�� � �defensoria p blica ou pelos advogados dos transatores".� a reda o desse dispositivo foi dada pela lei n. 8.953/��94. antes disso, s havia execu o do documento p blico ou� �� �do particular subscrito por testemunhas, que contivesse obri-ga o de pagar determinada quantia, ou de entregar coisa��fung vel. essa restri o n o mais existe, sendo poss vel a� �� � �execu o de obriga es de dar, fazer ou n o fazer, contidas em�� �� �tais documentos. "iii - os contratos de garantia real e cau o e os de��seguro de vida e acidentes pessoais, dos quais resulte morteou incapacidade". os contratos de seguro de acidentes pessoais devem viracompanhados de documento m dico que ateste o grau de�incapacidade da v tima. do contr rio, a ap lice carecer de� � � �liquidez e n o ensejar a execu o.� � �� "iv - o cr dito decorrente de foro, laud mio, aluguel� �ou renda de im vel e os encargos de condom nio desde que� �comprovados por escrito". o contrato escrito de loca o t tulo executivo extraju-�� � �dicial, ainda que n o firmado por duas testemunhas. portanto,�o locador que tiver contrato escrito n o precisar socor-� �rer-se do processo de conhecimento, bastando-lhe, desde logo,ajuizar a execu o.�� a cobran a de despesas condominiais deve ser feita pelo�condom nio ao cond mino, por meio de a o de cobran a,� � �� �que se processar pelo rito sum rio. o condom nio cobrar� � � �do cond mino todas as despesas condominiais, ordin rias e� �extraordin rias. caso o im vel esteja locado, ainda assim o� �propriet rio responder , perante o condom nio, por todas as� � �despesas. no entanto, o locador poder reembolsar-se das�despesas ordin rias, carreando-as ao locat rio, pela via� �executiva, se houver contrato escrito. "v - os cr ditos de serventu rio de justi a, de perito,� � �de int rprete ou de tradutor, aprovados por decis o judicial".� � apesar da aprova o judicial, o t tulo executivo �� � �extrajudicial, e, portanto, n o ser executado no mesmo ju zo� � �que aprovou o cr dito, devendo o credor valer-se de processo�aut nomo.� "vi - a certid o de d vida ativa, correspondente a cr -� � �ditos inscritos na forma da lei; vii - outros t tulos, considerados tais pela lei".� a lei pode criar outros t tulos executivos extrajudiciais, al m� �do rol do art. 585 do c digo de processo civil. assim, as c -� �dulas de cr dito rural e industrial, os certificados de dep sito� �banc rio, o warrant e o conhecimento de dep sito, entre outros.� �

7. requisitos do t Tulo executivo�

o art. 586 do c digo de processo civil estabelece que�o t tulo executivo h de ser l quido, certo e exig vel, para� � � �ensejar a execu o. o t tulo certo quando n o h contro-�� � � � �v rsia quanto a exist ncia do cr dito. a certeza decorre, nor-� � �malmente, da perfei o formal do t tulo.�� � preciso considerar que, a partir do momento que o�

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legislador atribuiu a determinado documento for a executiva,�ele passou a considerar que o cr dito contido naquele docu-�mento dotado de certeza, desde que preenchidos todos os�requisitos formais. em suma, o t tulo executivo estando for-�malmente perfeito, ser certo o cr dito nele contido.� � o t tulo l quido quando determinado o valor e a natureza� � �daquilo que se deve. o cr dito certo quando se sabe que� �se deve; l quido, quando se sabe quanto e o que se deve. um�t tulo n o deixa de ser l quido por n o apontar o montante da� � � �d vida, desde que se possa, pelos elementos nele contidos, e�por simples c lculo aritm tico, chegar ao valor devido.� � o t tulo extrajudicial tem sempre de ser l quido para� �ensejar a execu o. n o existe l quida o de t tulo�� � � �� �extrajudicial. j os t tulos judiciais podem ser il quidos. se� � �assim for, antes do in cio da execu o, necess rio que se pro-� �� �ceda liquida o do d bito. se a senten a for parte l quida,� �� � � �parte il quida, n o haver bice a que se promova, simulta-� � � �neamente, a execu o daquela e a liquida o desta.�� �� a exigibilidade diz respeito ao vencimento da d vida. se�a obriga o estiver sujeita a condi o ou termo, somente com�� ��a verifica o de um dos dois institutos que o cr dito ter-�� � �se- tornado exig vel.� �

8. responsabilidade patrimonial

ressalvadas as hip teses do devedor de alimentos e do�deposit rio infiel, a execu o sempre patrimonial. o� �� �patrim nio do devedor a garantia de seus credores, e o de-� �vedor responde com todos os seus bens presentes e futuros,salvo as restri es legais, pelo cumprimento das suas obri-��ga es.�� no direito das obriga es, diferencia-se o d bito (schuld)�� �da responsabilidade patrimonial (hafturcg). em regra, os doisinstitutos est o associados, isto , quem deve responde com� �seu patrim nio, pela d vida. h , por m, situa es em que tais� � � � ��institutos dissociam-se. poss vel que algu m deva, mas n o� � � �responda pela d vida com seu patrim nio, n o podendo,� � �destarte, ser demandado: o caso daquele que contrai d vi-� �da de jogo. h , tamb m, situa es em que algu m compelido� � �� � �a responder com seu patrim nio, por d vida que n o lhe� � �pode ser atribu da.� no processo de execu o, devem ser atingidos apenas e��t o-somente os bens do devedor que est sendo demandado.� �n o se pode atingir bens de terceiro. se isso ocorrer, o ter-�ceiro dever valer-se da a o de embargos de terceiro para� ��livrar seus bens da constri o indevida.�� o art. 592 do c digo de processo civil elenca algumas�situa es excepcionais, nas quais terceiros, que n o s o parte�� � �na execu o, podem ter seus bens atingidos, sem que haja��a possibilidade de opor embargos de terceiro, com sucesso.esses terceiros n o s o devedores e n o figuram no p lo pas-� � � �sivo da execu o. no entanto, eles t m responsabilidade patri-�� �monial e seus bens ficam sujeitos execu o.� �� a responsabilidade patrimonial estende-se aos bens: a) do sucessor a t tulo singular, tratando-se de execu o� ��de senten a proferida em a o fundada em direito real� ��(art. 592, i). a inclus o desse dispositivo era despicienda por-�

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que a aliena o de bem, quando sobre ele pender a o fun-�� ��dada em direito real, aliena o em fraude execu o, que� �� � ��j est contemplada no inciso v.� � a aliena o em fraude execu o ineficaz perante o�� � �� �credor. assim, diante desse, como se a aliena o inexistisse� ��e o bem continuasse a integrar o patrim nio do devedor.�reconhecida a fraude execu o, e decretada a inefic cia da� �� �aliena o, o credor poder fazer a execu o recair sobre o�� � ��bem alienado, em m os de terceiro, sem que ele possa opor-�se por meio de embargos de terceiro. afinal, nos termos doart. 42, 3 , do c digo de processo civil o adquirente ou� � �cession rio da coisa litigiosa fica sujeito aos efeitos da sen-�ten a.� b) do s cio, nos termos da lei. h casos que se acham� �descritos na legisla o material civil e comercial em que o��s cio responde, solid ria ou subsidiariamente, pelas d vidas� � �da empresa. nesse caso, ser poss vel, nas execu es ajuiza-� � ��das contra a empresa, atingir-se os bens dos s cios.� tamb m ser poss vel que isso ocorra quando o juiz, per-� � �cebendo que a empresa foi usada de forma abusiva e de m -�f , decreta a desconsidera o da personalidade jur dica. sempre� �� �que o juiz se convencer da utiliza o abusiva da sociedade,��ele deve altorizar a penhora de bens dos s cios. se eles n o� �se conformarem, dever o ajuizar embargos de terceiro, onde�a quest o da desconstitui o da personalidade jur dica poder� �� � �ser discutida com toda amplitude. c) do devedor, quando em poder de terceiro. a inclus o�desse dispositivo foi infeliz porque se o bem do pr prio� �devedor, ainda que em m os de terceiro, n o se est diante� � �de hip tese de responsabilidade patrimonial. se o bem con-�tinua sendo do devedor, ainda que em poder de terceiro, eleestar sujeito execu o, sem que seja necess rio recorrer� � �� �s regras da responsabilidade patrimonial.� d) do c njuge, no caso em que seus bens responderem�pelas d vidas. um c njuge responde pelas d vidas do outro, se� � �elas houverem revertido em proveito do casal, ou da fam -�lia, seja qual for o regime de bens. portanto, se s o marido�contraiu a d vida, e se s ele est sendo executado, ser pos-� � � �s vel atingir os bens ou a mea o da mulher, desde que a d -� �� �vida tenha beneficiado a ambos. h uma presun o relativa� ��de que a d vida contra da por um dos c njuges beneficia o� � �outro. assim, o c njuge responde pela d vida do outro at� � �provar que n o foi beneficiado.� se o c njuge quiser livrar da penhora os seus bens ou a�sua mea o, ele dever opor embargos de terceiro, no qual�� �ter o nus de demonstrar que a d vida n o o favoreceu.� � � � tal presun o, por m, invertida, nos d bitos decorrentes�� � � �de aval e ato il cito, em virtude da natureza dessas esp cies� �de d vida. assim, s responde pela d vida de aval ou de ato� � �il cito o c njuge que tiver outorgado um ou perpetrado ou-� �tro. salvo se ficar provado que o aval reverteu em proveitode ambos (p. ex., o aval dado pelo c njuge a empresa da qual� s cio e extrai sustento de sua fam lia).� � � � o c njuge do executado pode opor, alternativa ou cumu-�lativamente, embargos de terceiro ou de devedor, dependendodo que ele queira alegar. se o c njuge houver sido inti-�mado da penhora, e quiser discutir o d bito ou a nulidade da�execu o, ele dever opor embargos de devedor. se o c n-�� � �

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juge quiser apenas livrar da constri o os seus bens, ou a sua��mea o, a via adequada ser o os embargos de terceiro.�� � e) alienados ou gravados com nus real em fraude de�execu o. o art. 593 do c digo de processo civil enumera�� �as hip teses de aliena o em fraude execu o. assim,� �� � �� fraudulenta a aliena o ou a onera o de bens quando sobre� �� ��eles pender a o fundada em direito real. o adquirente ou��cession rio da coisa litigiosa sofre os efeitos da senten a� �porque a aliena o ineficaz perante a parte contr ria (cpc,�� � �art. 42). a aliena o de coisa litigiosa n o vedada nem modi-�� � �fica a legitimidade das partes origin rias. por m, ela � � �ineficaz em rela o ao processo. como as partes origin rias s o�� � �mantidas, o alienante torna-se substituto processual doadquirente, pois, desde a aliena o, estar defendendo, no�� �processo, direito alheio em nome pr prio. o adquirente po-�der intervir no processo, se o quiser, na qualidade de assis-�tente litisconsorcial. mas, intervindo ou n o, ele sofrer os� �efeitos da coisa julgada material. tamb m configura fraude de execu o a aliena o ou� �� ��onera o de bens quando corre contra o devedor demanda��capaz de reduzi-lo insolv ncia. para que se configure a fraude� �de execu o, tanto nessa hip tese, quanto na anterior, �� � �necess rio que haja demanda em curso. sempre houve imensa�controv rsia quanto ao momento inicial a partir do qual a�aliena o de bens seria considerada em fraude de execu o. para�� ��uns, bastaria o ajuizamento da a o (cpc, art. 263); para ou-��tros, seria necess ria a cita o.� �� o colendo superior tribunal de justi a, no entanto, tem�decidido reiteradas vezes que s a partir da cita o que a� �� �aliena o configura fraude de execu o. antes da cita o,�� �� ��poder haver fraude contra credores.� fraude contra credores e fraude de execu o, embora��tenham semelhan as, s o institutos que n o se confundem.� � � a fraude contra credores instituto de direito�material tratada pelo c digo civil como defeito do neg cio� �jur dico. a fraude de execu o instituto processual e con-� �� �figura ato atentat rio dignidade da justi a (cpc, art. 600,� � �i). assemelham-se os institutos porque em ambos o devedoraliena bens, tornando-se insolvente. assemelham-se,ainda, porque em ambos a aliena o ineficaz perante o�� �credor, superado j o entendimento de que a fraude con-�tra credores gera anulabilidade e a fraude de execu o, a��nulidade. no entanto, diferem os institutos porque na fraude con-tra credores j existe a d vida, mas n o h a o em andamento,� � � � ��ao passo que na fraude de execu o o credor j demandou o�� �devedor, e este j foi citado. se a fraude contra credores�prejudica os interesses do credor, exclusivamente, a fraude deexecu o atinge a dignidade da justi a.�� � ambas geram a inefic cia da aliena o. por m, essa� �� �inefic cia s poder ser reconhecida em a o pr pria - pauliana� � � �� �- e desde que provada a m -f do adquirente, na hip tese� � �de fraude contra credores. quando houver fraude de execu o,��que pressup e a o em andamento, a inefic cia poder� �� � �ser decretada nos pr prios autos, sendo desnecess rio o� �ajuizamento da a o pauliana. al m disso, presumida de�� � �forma irrefrag vel a m -f do adquirente.� � �

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assim, iniciada a execu o e constatada a insolv ncia do�� �devedor, cujos bens n o foram encontrados, ou o foram em va-�lor insuficiente, o juiz reconhecer a fraude de execu o e de-� ��clarar a inefic cia das aliena es que houverem se aperfei oa-� � �� �do, desde a cita o do devedor, no processo de conhecimento.�� tamb m haver fraude de execu o quando a lei assim� � ��o determinar (cpc, art. 593, iii). a necessidade de reprimir com severidade a fraude deexecu o levou o legislador a consider -la ato atentat rio �� � � �dignidade da justi a. o art. 600 do c digo de processo ci-� �vil enumera quais as condutas consideradas atentat rias. e o�artigo seguinte pune a conduta do devedor, atribuindo ao juiza possibilidade de aplicar-lhe multa de 20% do d bito atua-�lizado, sem preju zo de outras san es de ordem material ou� ��processual. o valor da multa reverter em favor do credor.�

9. liquida o de senten A�� �

como j foi salientado, o t tulo executivo extrajudicial� �h de ser sempre l quido, para ensejar a execu o. j o t tulo� � �� � �judicial pode ser il quido. se assim for, antes que se d� �in cio execu o, ser necess rio proceder-se liquida o� � �� � � � ��da obriga o contida na senten a. a finalidade da liquida o�� � �� apurar o quantum debeatur.� a senten a condenat ria deve indicar, sempre, a natureza� �e o objeto da obriga o. no entanto, poss vel que a�� � �senten a n o indique a quantidade de bens que comp em esse� � �objeto. nesse caso, a liquida o far-se- necess ria.�� � � foi infeliz a reda o do art. 603 do c digo de processo�� �civil ao dispor que se proceder liquida o quando a sen-� � ��ten a n o determinar o valor ou individuar o objeto da con-� �dena o. se a senten a n o individuar o objeto da condena-�� � �o, n o faltar apenas a liquidez, mas a certeza da obriga-�� � �o. assim, se a senten a condena em dinheiro, mas n o�� � �

esclarece o montante, ela ser il quida; se ela condena, sem� �esclarecer a que, ou em que, ela ser incerta.� o processo de liquida o tem natureza cognitiva e do-�� �tado de autonomia em rela o ao processo de execu o e ao�� ��processo de conhecimento, no qual o t tulo il quido foi� �gerado. como regra geral, a liquida o antecede o in cio da�� �execu o for ada. afinal, n o h como executar o que n o seja�� � � � �l quido. no entanto, em certas hip teses, poder haver liqui-� � �da o incidente, ou seja, liquida o no bojo do processo de�� ��execu o. o que ocorre na execu o para entrega de coisa�� � ��que se converte em execu o por quantia, quando a coisa��perece; ou, nas execu es de fazer infung veis, quando o de-�� �vedor recusa-se a cumprir a obriga o.�� a liquida o incidente excepcional e n o goza de au-�� � �tonomia em rela o ao processo de execu o, como a li-�� ��quida o pr via. a conseq ncia imediata que o ato ju-�� � �� �dicial que decide a liquida o pr via senten a, ao passo�� � � �que o ato que decide a liquida o incidente decis o�� � �interlocut ria.� como a liquida o sempre de t tulo judicial, a com-�� � �pet ncia para julg -la ser sempre do ju zo onde foi proferi-� � � �da a senten a il quida. trata-se de regra de compet ncia fun-� � �cional, portanto, absoluta.

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tanto o credor quanto o devedor t m legitimidade e in-�teresse para requerer a liquida o. o devedor tem interesse��em saber com exatid o o montante de seu d bito, para pag -� � �lo, ou para valer-se do disposto no art. 570 do c digo de pro-�cesso civil. n o h diverg ncias quanto natureza cognitiva do pro-� � � �cesso de liquida o. por m, controverte-se quanto ao car -�� � �ter constitutivo ou meramente declarat rio do provimento�judicial nele emitido. autores como mendon a lima, pon-�tes de miranda e nelson nery junior sustentam o car ter�constitutivo-integrativo da senten a de liquida o, argumen-� ��tando que s a partir dela estar constitu do o t tulo executi-� � � �vo (cpc, art. 586). c ndido dinamarco e liebman sustentam a natureza�declarat ria, aduzindo que a senten a n o constitui nenhu-� � �ma rela o jur dica, mas apenas declara o quantum debeatur.�� �a senten a l quida declara o an e o quantum. a il quida de-� � �clara apenas o an, sendo complementada mais tarde pela sen-ten a de liquida o, que declara o quantum.� �� em virtude de sua natureza cognitiva, a senten a de li-�quida o faz coisa julgada material, impedindo a rediscuss o�� �da mat ria. isso n o implica impossibilidade de, no curso de� �execu o, atualizar-se o valor do d bito, observando que atuali-�� �zar n o modificar, mas adequar o valor nominal da moeda.� �

9.1. esp Cies de liquida o� ��

o c digo de processo civil sempre fez men o a tr s� �� �esp cies de liquida o: por c lculo do contador, por arbitra-� �� �mento e por artigos. no entanto, n o fazia sentido a inclus o do c lculo do� � �contador como forma de liquida o. que se fazia a liqui-�� �da o pelo contador quando, para apurar-se o quantum��debeatur, bastava a realiza o de simples c lculo aritm tico.�� � �ora, se bastava a elabora o do c lculo para que se chegasse�� �ao quanto, a obriga o j era l quida. afinal, n o retira a�� � � �liquidez do t tulo a circunst ncia de ser necess ria a realiza-� � �o de c lculo aritm tico para a apura o do valor. assim, a�� � � ��

liquida o por c lculo constitu a uma forma de liquidar algo�� � �que j era l quido. sem contar as in meras controv rsias quanto� � � �a autonomia da liquida o por c lculo e a natureza jur dica�� � �do ato judicial que o homologava. a minirreforma de 1994 p s fim a essa aberra o, ex-� ��tinguindo a liquida o por c lculo do contador. hoje, sem-�� �pre que o valor do d bito depender de simples c lculo arit-� �m tico, o credor dar in cio execu o, instruindo o pedido� � � � ��com mem ria discriminada e atualizada do c lculo. a inicia-� �tiva pode partir do devedor, para os fms do art. 570 do c -�digo de processo civil. nesse caso, caber a ele juntar a�mem ria discriminada de c lculo. assim, quando o valor puder� �ser apurado por c lculo aritm tico, n o haver mais o pro-� � � �cesso aut nomo e intermedi rio da liquida o, pois o credor� � ��poder , desde logo, dar in cio execu o.� � � �� como a incumb ncia de apresentar o c lculo do� � �credor, n o deve o juiz, nessa fase, determinar a remessa dos�autos ao contador, seja para que ele fa a os c lculos, seja para� �que ele confira os apresentados. pela mesma raz o, apresen-�

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tada a mem ria de c lculo pelo credor, o juiz deve examin -� � �la, para ver se corresponde ao que consta da senten a, mas�n o deve abrir vista ao devedor para impugnar a conta. do�contr rio, o devedor desde logo impugnar , e o juiz que, muitas� �vezes, n o versado em c lculos matem ticos, ver-se- obri-� � � � �gado a socorrer-se do contador para solucionar o incidente.tal procedimento implicar ressurrei o, por via transversa,� ��da liquida o por c lculo, que o legislador, em boa hora, quis�� �extinguir. muito menos deve o juiz homologar ou aprovar oc lculo apresentado pelo credor.� portanto, apresentada a conta, o juiz dever examin -la.� �n o havendo irregularidades prima facie, o juiz deve deter-�minar o prosseguimento, citando-se o devedor para execu o.��se o juiz perceber que o c lculo est errado, ele deve, de of -� � �cio, mandar o credor corrigi-lo. afinal, toda execu o deve estar��fundada em t tulo e deve respeitar os limites que s o por ele� �impostos. se o valor apresentado pelo credor supera o valordevido, parte do valor cobrado n o encontrar respaldo no t -� � �tulo. e a exist ncia do t tulo erige-se em condi o da a o� � �� ��executiva, mat ria que deve ser apreciada pelo juiz, de of cio.� � poder ocorrer, com freq ncia, que o c lculo esteja equi-� �� �vocado, e que o juiz n o perceba, determinando a cita o do� ��executado. ao devedor caber , ent o, opor embargos de de-� �vedor, apontando os equ vocos da conta.� tamb m poss vel que o equ voco na conta eleve em� � � �demasia o valor do d bito, inviabilizando a penhora e tor-�nando imposs vel a oposi o de embargos. se isso ocorrer,� ��o devedor poder opor obje o de pr -executividade, desde� �� �que a apura o do erro n o demande prova t cnica, ou oral,�� � �cuja realiza o invi vel, no bojo da execu o.�� � � �� a obje o de pr -executividade, a ser estudada oportuna-�� �mente, dispensa a garantia do ju zo pela penhora. justifica-se a�sua oposi o porque os erros de c lculo constituem mat ria a�� � �ser conhecida de of cio. se o juiz n o a conheceu, e determi-� �nou a cita o, o devedor poder alert -lo, opondo a obje o.�� � � �� restam, pois, hoje a liquida o por arbitramento e por��artigos.

9. 1.1. liquida o por arbitramento��

aquela realizada por meio de um perito, nomeado pelo�juiz. a apura o do quantum depende exclusivamente da ava-��lia o de uma coisa, um servi o ou um preju zo, a ser feita�� � �por quem tenha conhecimento t cnico.� n o cabe, na liquida o por arbitramento, a produ o� �� ��de prova oral. eventual prova documental s poder ser pro-� �duzida se disser respeito, exclusivamente, avalia o. o� ��arbitramento ser admitido sempre que a senten a ou a con-� �ven o das partes o determinar, ou quando a natureza do objeto��da liquida o o exigir.�� iniciada a liquida o, o r u ser citado, n o para con-�� � � �testar, mas para acompanhar a prova pericial. inexiste,destarte, revelia no processo de liquida o por arbitramento.��a cita o do r u feita na pessoa de seu advogado. trata-�� � �se de cita o, e n o de mera intima o. da porque se deve�� � �� �obedecer ao disposto no art. 221 do c digo de processo civil,�citando-se o r u por carta ou mandado que dever o ser en-� �caminhados n o a ele, mas a seu advogado.�

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as partes poder o formular quesitos e indicar assistentes�t cnicos, obedecidas as regras do art. 421 do c digo de� �processo civil. o juiz fixar prazo para a entrega do laudo.�assim que ele for apresentado, ser dada ci ncia s partes,� � �que se manifestar o em dez dias.� o juiz pode, excepcionalmente, designar audi ncia de�instru o e julgamento quando, por exemplo, houver��necessidade de ouvir o perito. em seguida, ser proferida senten-�a. por ser processo aut nomo, a liquida o, tanto por arti-� � ��gos quanto por arbitramento, julgada por senten a da qual� �cabe apela o apenas com efeito devolutivo.��

9.1.2. liquida o por artigos��

a liquida o ser feita por artigos quando houver�� �necessidade de alegar e provar fato novo, para apurar o valorda condena o.�� o processo instaura-se por iniciativa da parte, que de-ver elaborar peti o inicial que obede a aos requisitos do� �� �art. 282 do c digo de processo civil. por m, como j hou-� � �ve um processo de conhecimento anterior, a peti o inicial��n o precisar repetir o que j consta dos autos. assim,� � �desnecess ria a qualifica o das partes na inicial da liquida o� �� ��por artigos, pois essa j ser conhecida.� � os fatos novos devem vir articulados na peti o inicial,��que deve exp -los com toda a clareza. afinal, se a declara-�o do quantum debeatur o pedido, os fatos novos consti-�� �

tuem a verdadeira causa de pedir na liquida o por artigos.�� o art. 609 do c digo de processo civil determina que�a liquida o por artigos siga o rito comum. o rito comum��pode ser ordin rio ou sum rio. o rito da liquida o deve� � ��corresponder quele do processo anterior, que gerou a sen-�ten a il quida. se, por exemplo, a a o de repara o de da-� � �� ��nos processou-se pelo rito sum rio, a liquida o da senten a� �� �seguir o mesmo rito; o mesmo vale para o rito ordin rio.� �antes da minirreforma de 1994, a liquida o por artigos��obedecia, inexoravelmente, ao rito ordin rio, ainda que o pro-�cesso que gerou o t tulo houvesse tramitado pelo sum rio.� � o devedor ser citado para apresentar contesta o, seja� ��no prazo de quinze dias, se o rito for ordin rio, seja em au-�di ncia, se for sum rio. a n o-apresenta o de contesta o� � � �� ��implicar revelia do r u, o que far presumir verdadeiros os� � �fatos novos alegados. ressalte-se que os fatos novos s de-�ver o dizer respeito ao quantum, uma vez que n o se admite� �a rediscuss o da lide, ou a modifica o da senten a.� �� � todos os meios de prova s o admitidos na liquida o por� ��artigos, inclusive a per cia.� poss vel que o credor que deu in cio liquida o por ar-� � � � ��tigos descure de provar os fatos novos, alegados articuladamentena peti o inicial. nesse caso, o juiz n o julgar improcedente�� � �a liquida o, cuja finalidade declarar o quantum debeatur. o�� �juiz dever simplesmente julgar n o provados os artigos de li-� �quida o. senten a dessa natureza n o impedir a repropositura�� � � �da liquida o, por n o se tratar de julgamento de m rito.�� � � com efeito, a pretens o do credor obter a declara o do� � ��montante de seu cr dito. esse o m rito da liquida o. uma sen-� � ��ten a que n o declara o quanto n o aprecia a pretens o formula-� � � �da na inicial da liquida o e, portanto, n o aprecia o m rito, n o�� � � �

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podendo ser revestida da autoridade da coisa julgada material. diferente ser a situa o se o juiz declarar l quida a con-� �� �dena o no valor zero. tem sido admitida a possibilidade de,��realizadas todas as provas, o juiz constatar que inexiste va-lor econ mico significativo a ser pago pelo devedor. nesse�caso o juiz declarar l quida a obriga o no valor de zero. � � �� �o caso, por exemplo, das liquida es de senten a penal�� �condenat ria, quando inexistir dano moral ou material�relevante para a v tima. quando a senten a declara l quida a obri-� � �ga o, ainda que no valor zero, ela ter julgado o m rito, e�� � �se revestir de coisa julgada material.�

cap Tulo ii� das diversas especies de execu o��

o c digo de processo civil cuida, especificamente, da�execu o para entrega de coisa certa e incerta, das obriga-��es de fazer e n o fazer, das obriga es por quantia certa�� � ��

contra devedor solvente e insolvente, das execu es contra a��fazenda p blica, e das execu es de presta o aliment cia.� �� �� � os arts. 612 a 620 enumeram disposi es de car ter�� �gen rico, que se aplicam a todas as esp cies de execu o, salvo� � ��a por quantia certa contra devedor insolvente, que, por suanatureza, tem caracter sticas pr prias. boa parte dessas dis-� �posi es gerais tem natureza principiol gica, e j foi estu-�� � �dada anteriormente. os arts. 614 e 615 s o normas dirigidas ao credor, que�para promover a execu o deve juntar o t tulo executivo, o de-�� �monstrativo do d bito atualizado, e a prova de que se verifi-�cou a condi o ou o termo, nas obriga es a eles sujeitas.�� ��

10. execu o das obriga es de dar coisa�� �� certa

vem prevista no c digo de processo civil a partir do�art. 621. corresponde execu o de uma obriga o de dar,� �� ��ou restituir, oriunda de direito pessoal ou real. o propriet rio, vitorioso em demanda reivindicat ria ou� �de imiss o de posse, ambas demandas petit rias, fundadas em� �dom nio, dever ajuizar execu o para entrega de coisa certa,� � ��caso o r u recuse-se a entreg -la espontaneamente. da mes-� �ma forma, o comprador promover execu o contra o vendedor� ��condenado a entregar-lhe a coisa m vel vendida: nesse�caso, a a o n o estar fundada em direito real, porque sem a�� � �entrega (tradi o), n o haver transmiss o de propriedade ao�� � � �comprador. claro que s caber a o fundada em direito pessoal para� � ��obter a coisa se a propriedade dela ainda estiver com o r u.�assim, aquele que celebra um contrato de compra e vendade um bem m vel, tornando-se titular de direito pessoal, poder� �ajuizar a o para que o vendedor seja compelido a cumprir��a obriga o de dar. se, por m, o vendedor houver vendido a�� �coisa a terceiro, fazendo a entrega, o primeiro comprador fi-car privado do bem, convertendo-se a obriga o de dar em� ��perdas e danos. o contrato obriga apenas as partes contra-

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tantes, e n o pode ser oposto a terceiros, para quem consti-�tui res inter alios acta. antes da minirreforma de 1994, as execu es para en-��trega de coisa certa s poderiam ser fundadas em t tulo� �executivo judicial, pois o art. 621, com a reda o anterior, falava��em execu o de quem fosse condenado a entregar. com a��reda o atual do art. 621 fica clara a possibilidade de a��execu o fundar-se tamb m em t tulo extrajudicial.�� � � h algumas a es que condenam o r u a restituir ou en-� �� �tregar determinada coisa, mas que dispensam o ajuizamentode posterior execu o. tais a es s o chamadas de executivas�� �� �lato sensu, porque o seu comando executado automati-�camente, sem necessidade de ajuizar-se a o de execu o, nem�� ��de citar-se o executado. os exemplos mais importantesdesse tipo de a o s o as a es possess rias e as a es de�� � �� � ��despejo, nas quais o juiz, ao proferir senten a, deve desde logo�determinar que, transitada em julgado, expe a-se mandado�de reintegra o de posse ou de despejo.�� portanto, inexiste execu o nas a es de despejo e�� ��possess rias, salvo, evidentemente, da verba de sucumb ncia,� �ou de eventual condena o, em pedido cumulado de perdas��e danos, ou cobran a. inexistindo execu o da senten a, n o� �� � �ser o cab veis embargos de devedor.� � muito controversa continua sendo a possibilidade de oporembargos de reten o por benfeitorias nas a es executivas lato�� ��sensu. como n o h execu o nessas a es, e como os embar-� � �� ��gos de reten o s o opostos na fase executiva, tem-se decidido,�� �com freq ncia, que o direito de reten o deve ser arg ido pelo�� �� �r u, no processo de conhecimento, em contesta o.� �� nem se h de objetar que as benfeitorias poderiam ter�s do realizadas ap s a contesta o, porque as que o forem� � ��ter o sido realizadas por possuidor de m -f , que n o tem� � � �direito de reten o. assim, se o possuidor, ciente de que corre��contra si demanda possess ria ou de despejo, realiza�benfeitorias na coisa, ele o far de m -f , n o podendo lan-� � � �ar m o do direito de reten o. a lei civil atribui o direito� � ��de reten o por benfeitorias, com exclusividade, ao possui-��dor de boa-f , sobre as benfeitorias necess rias e teis.� � � incumbiria, portanto, ao r u alegar o direito de reten o� ��na contesta o, para que ele seja reconhecido em senten a.�� �embora seja esse o entendimento que tem prevalecido em nossostribunais, parece-nos que, do fato de ter-se considerado as a es��possess rias e de despejo como executivas lato sensu, n o pode� �resultar a priva o do possuidor e locat rio de um direito que�� �a lei material lhe atribui. assim, vi vel a alega o do direito� ��de reten o por benfeitorias, enquanto n o cumprido o man-�� �dado, ainda que o direito de reten o n o tenha sido arg ido�� � �em contesta o e reconhecido em senten a.�� � dif cil a situa o do r u que pretende invocar o direito� �� �de reten o por benfeitorias na contesta o, mas se v amea-�� �� �ado de n o poder faz -lo, em raz o de liminar, concedida� � � �na a o possess ria de for a nova, antes da fase de contesta o.�� � � ��a invoca o do direito de reter a coisa consigo s se�� �justifica enquanto o r u estiver com a coisa. privado dela,�extingue-se o direito de reten o. ora, cumprida a liminar antes��da contesta o, o r u estaria impossibilitado de invocar a�� �reten o antes de ter tido oportunidade para faz -lo.�� � em casos assim, deve o r u valer-se do agravo de ins-�

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trumento, solicitando efeito suspensivo, para que o mandadoliminar n o seja cumprido desde logo. pode, ainda, levar ao�conhecimento do juiz a exist ncia das benfeitorias, para que�ele reveja a liminar, que pode ser reapreciada sempre que foremtrazidos fatos novos aos autos. se a peti o inicial estiver em termos, o juiz mandar�� �citar o r u para, em dez dias, satisfazer a obriga o ou� ��apresentar embargos, desde que seguro o ju zo. o ju zo estar� � �seguro com o dep sito da coisa (cpc, art. 737, ii).� caso o devedor satisfa a a obriga o, entregando a coisa,� ��a execu o ser extinta ap s a lavratura do termo de en-�� � �trega. o devedor que pretenda embargar deve depositar a coisaem ju zo. o dep sito ser tomado por termo, nomeando-se� � �um deposit rio. firmado o termo de dep sito pelo devedor,� �o prazo de dez dias para embargos come ar a fluir. a coisa� �s ser levantada pelo exeq ente ap s o julgamento dos em-� � � �bargos, e se eles houverem sido julgados improcedentes.se o devedor n o satisfizer a obriga o, nem depositar a coisa,� ��no prazo de dez dias, o juiz mandar expedir mandado de�imiss o de posse, para bem im vel, ou de busca e apreen o,� � ��para bem m vel. com a juntada aos autos do mandado,�fluir o prazo para o devedor embargar.� n o opostos os embargos, ou opostos e julgados improcedentes,�o exeq ente levantar a coisa, e a execu o ser extinta.� � �� � quando a entrega da coisa tornar-se imposs vel, por�perecimento, deteriora o, ou qualquer outra raz o, o exeq ente�� � �ter o direito de exigir o valor da coisa, mais perdas e�danos, que ser o apurados em liquida o incidente.� ��

11. execu o para entrega de coisa incerta��

a incerteza n o pode ser completa. a coisa incerta aquela� �que ainda n o determinada, mas determin vel. � � � � �necess rio que estejam determinados o g nero e a quantidade� �da coisa a ser entregue (cc, art. 874). a escolha da coisa determinada pelo g nero e quantidade�pertence, em regra, ao devedor, salvo se o contr rio�resultar do t tulo da obriga o. aquele a quem competir a� ��escolha n o poder dar a coisa pior, nem ser obrigado a� � �prestar a melhor (cc, art. 875). em conson ncia com as normas de direito material, esta-�belece o art. 629 do c digo de processo civil que, se a escolha�couber ao devedor, ele ser citado para entreg -las (coisas de-� �terminadas) individualizadas; se a escolha couber ao credor, estea indicar na peti o inicial. feita a escolha, a parte contr ria� �� �poder impugnar em 48 horas, devendo o juiz decidir de plano,�ouvindo perito, se necess rio.� no mais, a execu o para entrega de coisa incerta��segue o procedimento da entrega de coisa certa.

12. execu o das obriga es de fazer e�� �� n O fazer�

as obriga es de fazer e n o fazer podem ter origem em�� �uma senten a ou em um contrato. a execu o desse tipo de� ��obriga o pode estar fundada, destarte, em t tulo executivo�� �

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judicial ou extrajudicial. quando o objeto da execu o for obriga o de fazer, o�� ��juiz deve mandar citar o devedor, para que cumpra a obriga o��no prazo por ele fixado, se outro n o constar do t tulo. o� �juiz s fixar prazo para o cumprimento da obriga o se o� � ��t tulo for omisso. ao faz -lo, deve atentar para a complexidade� �e a natureza da obriga o, determinando um prazo razo vel.�� � ao contr rio do que ocorre na execu o por quantia e� ��na execu o para entrega de coisa, n o h necessidade de�� � �garantia do ju zo para que o executado possa opor embar-�gos. portanto, desde a juntada aos autos do mandado decita o, fluir o prazo de dez dias para o devedor embargar.�� � conveniente, portanto, que o juiz, ao fixar prazo para ocumprimento da obriga o de fazer, n o outorgue per odo�� � �inferior a dez dias. do contr rio, o executado ver-se-ia na con-�ting ncia de ter de satisfazer a obriga o, antes de poder apro-� ��veitar, na ntegra, o seu prazo para embargar. a oposi o de� ��embargos suspender o curso do prazo para cumprimento da�obriga o, que voltar a correr ap s eles serem julgados.�� � � de extrema relev ncia para o prosseguimento da execu o,� ��ser a natureza da obriga o de fazer. as obriga es de� �� ��fazer podem ser fung veis ou infung veis. nas primeiras, o fato� �pode ser prestado por terceiro, se o credor assim o desejar.ressalte-se que para que o fato seja prestado por terceiro �necess rio que o credor o deseje, pois ele n o obrigado a aceitar� � �de terceiro a presta o, quando for convencionado que o��devedor a fa a pessoalmente (cc, art. 878).� a obriga o infung vel, por m, jamais poder ser�� � � �prestada por terceiro, em virtude de sua pr pria natureza. assim,�a obriga o de pintar um muro fung vel, pois o fato pode�� � �ser prestado por qualquer pessoa. no entanto, se determinadopintor, de muito talento e renome, comprometer-se apintar um quadro, s ele poder faz -lo.� � � seja a obriga o fung vel ou infung vel, ser sempre�� � � �poss vel ao credor optar pela convers o em perdas e danos, caso� �o devedor n o satisfa a a obriga o. se isso ocorrer, as� � ��perdas e danos ser o apuradas em liquida o incidente ao pro-� ��cesso de execu o.�� quando a presta o for fung vel, o credor pode optar pela�� �execu o espec fica, requerendo que ela seja executada por�� �terceiro, custa do devedor. os arts. 634 a 637 do c digo� �de processo civil descrevem todo o procedimento a serseguido, para que o fato seja prestado por terceiro. o custo dapresta o do fato ser avaliado por um perito e o juiz man-�� �dar expedir edital de concorr ncia p blica, para que os� � �interessados em prestar o fato formulem suas propostas. embora o c digo de processo civil cuide de forma de-�talhada do procedimento de presta o do fato por terceiro,��pouqu ssimas vezes esse procedimento tem sido usado. a raz o� � evidente: al m da demora, decorrente da avalia o e� � ��publica o de editais, o procedimento acaba sendo oneroso em��demasia. e, se certo que todas as despesas ser o carreadas� �ao devedor, tamb m certo que ao credor caber antecip -� � � �las, assumindo o risco de, mais tarde, n o encontrar no�patrim nio do devedor bens que permitam a recupera o de� ��tudo que foi despendido. por essa raz o, muitos ju zes t m acolhido o pedido de� � �fixa o de ustreirites, nas execu es de obriga o de fazer�� �� ��

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fung veis, embora o campo espec fico de aplica o da multa� � ��di ria seja o das obriga es infung veis.� �� � quando a obriga o infung vel, n o h como compelir�� � � � �o devedor, de forma direta, a satisfaz -la. a execu o� ��civil tem car ter estritamente patrimonial, e se o devedor n o� �cumpre o que deve, n o h como empregar a coer o pessoal.� � ��resta ao credor a convers o em perdas e danos. no entanto,�tem-se buscado, mormente nos ltimos anos, dar ao processo�civil maior efetividade. por meio do processo, o credordeve obter exatamente aquilo que ele tem direito. a convers o�em perdas e danos pode, muitas vezes, n o satisfazer o�credor da obriga o de fazer. a perspectiva de obter-se a��execu o espec fica da obriga o , quase sempre, desej vel.�� � �� � � na esteira desses racioc nios, a minirreforma de 1994�procurou aparelhar o credor de obriga o infung vel com um�� �instrumento que lhe permita pressionar o devedor a cumpriro que deve, tornando-se desnecess ria a convers o em per-� �das e danos. tal instrumento consiste na fixa o de uma multa di ria,�� �semelhante s astreintes do direito franc s, que incide� �enquanto durar o atraso no cumprimento da obriga o. a multa�� uma forma de coa o patrimonial do devedor, que se sen-� ��tir desestimulado a descumprir a obriga o. a execu o pode� �� ��estar fundada em um t tulo executivo judicial (senten a pro-� �ferida em a o cominat ria, a o em que se pede a�� � ��condena o de algu m a fazer ou abster-se - cpc, art. 287), ou�� �em t tulo extrajudicial.� se a senten a for omissa, o juiz da execu o fixar a multa� �� �e a data a partir da qual ela incide. a fixa o da multa independe��de requerimento do interessado, cabendo ao juiz fix -la de of cio.� �quando o juiz perceber que a multa fixada em senten a tor-�nou-se excessiva ou insuficiente, ele poder reduzi-la ou�aument -la.� na execu o fundada em t tulo extrajudicial, o juiz�� �fixar a multa e a data a partir da qual ela devida, se o� �t tulo for omisso. pode ainda o juiz reduzir o seu valor, se�reput -lo excessivo. a lei n o autoriza o juiz a elevar o va-� �lor da multa di ria fixada em t tulo extrajudicial, se reput -� � �lo insuficiente. percebe-se, assim, que o legislador, na busca da efetivi-dade do processo, muniu o juiz de amplos poderes, no quese refere multa di ria.� � o cumprimento da obriga o com atraso n o exime o�� �devedor de pagar a multa, que tenha incidido at ent o. quando,� �apesar da incid ncia da multa, perceber-se que o devedor�n o ir cumprir a obriga o, nada restar sen o a con-� � �� � �vers o em perdas e danos, a ser apurada em liquida o inci-� ��dente. o devedor dever pagar as perdas e danos, sem preju -� �zo da multa que tenha incidido at ent o.� � o valor da multa reverter sempre em favor do credor,�que se ver , dessa forma, em parte recompensado pelo�descumprimento, ou pelo atraso no cumprimento da obriga o.�� as astreintes n o est o limitadas pelo valor da obriga-� �o principal. em contrapartida, sempre que o juiz perceber��

que o seu valor atingiu montante demasiado elevado,erigindo-se em fonte de enriquecimento sem causa para ocredor, ele deve reduzi-lo. do contr rio, o credor sentir-se-ia�estimulado a retardar o requerimento de convers o em perdas�

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e danos, para que as astreintes continuem incidindo adin finitum. por exemplo: o devedor citado para cumprir obriga-�o de fazer infung vel, cujo valor econ mico aproximado�� � �

seja de r$ 10.000,00. o juiz manda citar o devedor, e fixamulta di ria de r$ 200,00, determinando a data a partir da�qual ela incide. o devedor n o cumpre a obriga o, e o tempo� ��transcorre sem que o credor manifeste-se nos autos. umano depois, o credor requer a convers o em perdas e danos.� ora, o valor das astreintes pelo atraso superar , em muito,�o da obriga o, e se erigir em fonte de enriquecimento sem�� �causa. o juiz dever reduzir, ent o, o valor total das astreintes,� �tornando-o adequado situa o, e evitando, com isso, a uti-� ��liza o indevida da multa di ria.�� � ressalte-se, ainda uma vez, que, havendo convers o em�perdas e danos, estes ser o devidos sem preju zo da multa.� � os arts. 639 a 641 do c digo de processo civil cuidam�das obriga es de emitir declara o de vontade. embora tais�� ��dispositivos estejam inseridos no livro dedicado ao processode execu o, n o se trata de execu o propriamente dita.�� � �� as obriga es de emitir declara o de vontade s o, do�� �� �ponto de vista f tico, infung veis. no entanto, do ponto de� �vista jur dico, tais obriga es s o fung veis, pois poss vel� �� � � � �substituir a declara o negada por algo que produza os mes-��mos efeitos jur dicos. o interesse do credor n o est voltado� � �para a declara o em si, mas para o efeito jur dico dessa de-�� �clara o. o que o credor deseja que se forme situa o�� � ��jur dica igual que resultaria da emiss o espont nea, pelo de-� � � �vedor, da declara o de vontade sonegada.�� em casos assim, estabelece o legislador que a senten a�que condene o devedor a emitir declara o de vontade, uma��vez transitada em julgado, produzir todos os efeitos da de-�clara o n o emitida (cpc, art. 641). a senten a far as�� � � �vezes da declara o n o emitida.�� � n o h necessidade de execu o, nem de cita o do de-� � �� ��vedor, para cumprir a obriga o. do simples tr nsito em jul-�� �gado resulta a produ o dos efeitos jur dicos iguais aos que�� �resultariam da declara o n o emitida. a senten a judicial�� � �substitui a declara o de vontade do devedor, na produ o�� ��dos efeitos almejados. o que ocorre, por exemplo, nas a es de adjudica o� �� ��compuls ria. o compromiss rio comprador, que pagou todas� �as parcelas, tem direito de receber a escritura p blica, tornando�definitiva a compra e venda. a escritura p blica um acordo� �de vontades, solene, em que comprador e vendedor formalizamo neg cio jur dico da compra e venda. caso o promitente� �vendedor recuse-se a outorgar a escritura, o compromiss rio�comprador ajuizar adjudica o compuls ria.� �� � a senten a de proced ncia da adjudica o compuls ria pro-� � �� �duzir o mesmo efeito jur dico que a escritura sonegada, o que� �significa que, transitada em julgado, a compra e venda estar�aperfei oada. registrada a senten a de adjudica o, o compro-� � ��miss rio comprador ter se tornado propriet rio do im vel.� � � � os efeitos jur dicos que se pretende obter resultam do�tr nsito em julgado da senten a, independente da vontade do� �devedor, ou da instaura o de processo de execu o. claro�� ��que, para que o juiz profira senten a dessa natureza, � �necess rio que o credor fa a jus a obter a declara o de vontade� � ��

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que est sendo recusada. do contr rio, a recusa ser justa.� � �assim, o compromiss rio comprador dever demonstrar� �que pagou integralmente as parcelas que devia, para requerera adjudica o compuls ria (cpc, art. 640).�� � quando o devedor descumprir obriga o de n o fazer,�� �o juiz mandar cit -lo, para desfazer o ato, no prazo que� �fixar. se o devedor n o cumprir a obriga o, o juiz mandar� �� �que terceiro o desfa a s custas do devedor. se n o for� � �poss vel desfazer o ato, ou quando o credor assim preferir, a obri-�ga o de n o fazer ser convertida em perdas e danos.�� � �

13. execu o por quantia certa contra�� devedor solvente

13.1. conceito

a forma de execu o que consiste em, por meio da expro-� ��pria o de bens do devedor, obter a satisfa o do credor.�� �� essa expropria o pode ser feita com a aliena o de bens�� ��de devedor, com a adjudica o em favor do credor ou medi-��ante outorga do usufruto de im vel ou empresa. cada uma�dessas formas de expropria o ser estudada oportunamente.�� �

13.2. cita o��

o devedor citado para, em 24 horas, pagar o que deve�ou nomear bens penhora, garantindo o ju zo.� � no processo de execu o por quantia, admite-se��apenas a cita o por mandado e por edital. inadmiss vel, em�� �qualquer esp cie de execu o, a cita o por carta (cpc, art.� �� ��222, d). tamb m n o cabe a cita o com hora certa, na� � ��execu o por quantia certa. a s mula n. 196 do colendo�� �superior tribunal de justi a menciona a necessidade de�nomea o de curador especial, ao executado citado por edital��ou com hora certa, dando a impress o de que se poderia�admitir a cita o com hora certa no processo de execu o.�� �� no entanto, a cita o com hora certa h de ficar restrita�� �s demais hip teses de execu o. na execu o por quantia,� � �� ��se o devedor ocultar-se e n o puder ser localizado, a cita o� ��ser feita por edital.� se n o for poss vel localizar bens do devedor, n o h� � � �como prosseguir a execu o por quantia; se n o for poss vel�� � �localizar o devedor, mas forem localizados os seus bens, aexecu o prosseguir , observando o disposto no art. 653 do�� �c digo de processo civil. o oficial de justi a arrestar os� � �bens do devedor, necess rios garantia do ju zo. a guarda� � �dos bens arrestados dever ser confiada a um deposit rio (cpc,� �art. 148). feito o arresto, o oficial de justi a deve, nos dez�dias seguintes, procurar o devedor, por tr s vezes, em dias�distintos. se o localizar, dever cit -lo, convertendo-se o� �arresto em penhora. se n o, certificar o ocorrido, incumbindo� �ao credor, nos dez dias seguintes da data em que foi inti-mado do arresto, requerer a cita o por edital.�� findo o prazo do edital, o devedor ter prazo de 24�horas para pagar ou nomear bens penhora. se n o o fizer, o� �arresto converter-se- automaticamente em penhora. a con-�

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vers o autom tica e independe de decis o judicial.� � � � seja qual for a forma de execu o, se o devedor for ci-��tado por edital ou com hora certa, o juiz nomear um curador�especial para defend -lo. o curador acompanhar toda a� �execu o e opor embargos, se tiver elementos para faz -lo. quando�� � �o curador n o tiver elementos para opor embargos, ele n o� �o far , uma vez que inexistem embargos por nega o geral.� �� convertido o arresto em penhora, haver necessidade de�intima o do devedor, para que flua o prazo de embargos, o��que demandar a publica o de novos editais. tem-se admi-� ��tido a publica o de um s edital, citando o devedor para pagar�� �ou nomear bens penhora, e, desde logo, intimando-o a�apresentar embargos, convertido o arresto em penhora. o oficial de justi a que citar o devedor deve aguardar o�prazo de 24 horas que o devedor tem para pagar ou nomearbens penhora. esse prazo de 24 horas corre da data da�efetiva o da cita o, n o sendo necess rio que o oficial de�� �� � �justi a devolva o mandado a ju zo. superadas as 24 horas sem� �manifesta o do devedor, o oficial de justi a penhorar os�� � �bens necess rios garantia do ju zo. quando o devedor� � �fizer o pagamento integral do d bito e seus acr scimos, satis-� �fazendo o credor, a execu o ser extinta.�� � pode o devedor, ainda, nomear bens penhora. ao faz -� �lo, deve obedecer ordem do art. 655 do c digo de processo� �civil, cumprindo ainda as demais exig ncias do 1 , desse� � �dispositivo, entre as quais inclui-se a comprova o de pro-��priedade e a atribui o de valor aos bens. aceita a nomea-��o, ela ser reduzida a termo, passando a fluir o prazo de�� �

embargos. se a nomea o n o atender s exig r cias legais,�� � � � �o juiz a ter por ineficaz, salvo se o contr rio convier ao credor.� � quando os bens do devedor estiverem em outra comarca,a penhora, a avalia o e a aliena o ser o feitas por carta.�� �� �

13.3. penhora

caso o devedor n o pague, n o nomeie bens penhora� � �ou a nomea o seja tornada ineficaz, o oficial de justi a�� �penhorar tantos bens do devedor quantos bastem para a�garantia do ju zo. o valor dos bens penhorados deve ser tal que�baste para o pagamento do principal, juros, custas e honor rios�advocat cios (cpc, art. 659).� a penhora o primeiro ato execut rio praticado na� �execu o por quantia. tem ela a fun o de individualizar os bens�� ��que ser o expropriados para pagar o credor. por meio da�penhora, os bens do devedor s o apreendidos e deixados sob a�guarda de um deposit rio, ficando afetados futura expro-� �pria o. para a efetiva o da penhora, o oficial de justi a pode�� �� �solicitar uma ordem de arrombamento, podendo o juiz de-terminar o aux lio da for a policial, sempre que necess rio.� � � o auto de penhora dever conter a data e o local em que�ela foi realizada, o nome das partes, a descri o precisa dos��bens e a nomea o de um deposit rio. enquanto n o nomeado�� � �o deposit rio, a penhora n o ter se aperfei oado. a penhora� � � �que recair sobre im veis deve ser registrada no respectivo�cart rio de registro de im veis. por m, o registro n o con-� � � � �di o de validade da penhora, mas sim condi o de efic cia�� �� �perante terceiros. o prazo para embargos correr da data em�

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que for juntado aos autos o mandado que intimou o executadoda penhora, esteja ela registrada ou n o.� a penhora n o poder recair sobre certos bens ditos� �impenhor veis pela lei. o art. 649 do c digo civil enumera� �os bens assim considerados pelo legislador. o rol de bens impenhor veis ficou muito ampliado com�a edi o da lei n. 8.009/90, que cuidou do bem de fam lia.�� �assim, o im vel residencial pr prio do casal, ou da entidade� �familiar, e os m veis que o guarnecem, salvo os ve culos,� �obras de arte e adornos suntuosos, tornaram-se impenhor veis.�tem-se decidido, por m, que a impenhorabilidade s atinge� �os m veis que forem indispens veis a uma moradia digna,� �exclu dos os sup rfluos e desnecess rios a tornar a resid ncia� � � �habit vel. a entrada em vigor da lei n. 8.009/90 atingiu�os processos em andamento, obrigando ao desfazimento daspenhoras que j haviam sido realizadas.� a impenhorabilidade pode ser alegada nos embargos oupor simples peti o, no pr prio bojo da execu o. dificilmente,�� � ��por m, o juiz poder reconhec -la de of cio, pois h� � � � �necessidade de demonstra o dos requisitos que caracterizam o bem��de fam lia.� tamb m s o impenhor veis os bens gravados com� � �cl usula de inalienabilidade, salvo em raz o de d vidas provenientes� � �de impostos relativos aos respectivos im veis (cc, art.�1.676). por analogia, tem-se entendido que as despesascondominiais ensejam a penhora de bem gravado comcl usula de inalienabilidade, e de bem de familia (lei n. 8.009/�90, art. 3 , iv).� quando o devedor nomear penhora bem de fam lia,� �entende-se que ele renunciou impenhorabilidade desse bem.�a impenhorabilidade pode ser objeto de ren ncia pelo devedor,�que nomeia o bem de fam lia penhora ou d o bem� � �em garantia hipotec ria.� imensa controv rsia ainda existe quanto possibilidade� �de penhorar, por d vida particular, cotas pertencentes ao s -� �cio, em sociedade limitada. quando o contrato social per-mite a aliena o a estranhos, de cota social, n o h d vida�� � � �de que a cota poder ser penhorada. quando o contrato so-�cial vedar a inclus o de estranhos, ainda assim tem-se admi-�tido a penhora, atribuindo-se, por m, sociedade, a possibi-� �lidade de remir a execu o, e, aos s cios, o direito de�� �prefer ncia na aquisi o das cotas.� �� a penhora pode, ainda, recair sobre direito do devedor,que objeto de a o em curso, ou sobre cota de heran a a� �� �que o devedor fa a jus, mas que ainda objeto de invent rio.� � �quando isso ocorrer, a penhora ser feita no rosto dos�autos e se efetivar , no momento oportuno, sobre os bens que�couberem ou forem adjudicados ao devedor. feita a penhora no rosto dos autos, abrem-se ao credor tr s�alternativas: aguardar o desfecho do lit gio, que, julgado em�favor do devedor, implicar efetiva o da penhora sobre os bens� ��que forem atribu dos a este; tentar alienar o direito litigioso, em�hasta p blica (cpc, art. 673, 1 ), op o que esbarrar na� � � �� �dificuldade em encontrar-se adquirentes de direitos, ainda em graude expectativa; ou sub-rogar-se no direito do devedor, tornan-do-se titular do direito litigioso, caso em que poder requerer o�seu ingresso em ju zo, substituindo o devedor, respeitado o dis-�posto no art. 42, 1 , do c digo de processo civil.� � �

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o devedor, a qualquer tempo antes da arremata o ou��adjudica o, poder requerer a substitui o do bem penhorado�� � ��por dinheiro. s ser realizada uma segunda penhora se a primeira for� �anulada ou se o produto da primeira n o for bastante para o�pagamento do credor, ou se o credor desistir da primeira, porserem os bens litigiosos, ou j estarem penhorados, arrestados�ou onerados. a realiza o de uma segunda penhora n o�� �restitui ao devedor o prazo para opor embargos. assim, sehouve uma primeira penhora, e o devedor n o embargou, ele n o� �poder valer-se da segunda penhora, para, via embargos, alegar�aquilo que poderia ter sido e n o foi alegado anteriormente.�admite-se, excepcionalmente, a oposi o de embargos �� �segunda penhora apenas para arg ir nulidades ou v cios que� �tenham ocorrido em sua efetiva o.�� se mais de uma penhora houver reca do sobre o mesmo�bem, ter prefer ncia o credor que tiver algum privil gio de� � �direito material. assim, os credores com garantia real ter o�prefer ncia sobre os quirograf rios. se todos os credores forem� �quirograf rios, a prefer ncia ser dada ao credor que� � �tiver, em primeiro lugar, efetivado a penhora. foi impreciso o art. 711 do c digo de processo civil�ao dispor que receber , em primeiro lugar, o credor que�promoveu a execu o, pois deve ser respeitada a ordem crono-��l gica das penhoras. assim, receber primeiro o credor da� �execu o da qual resultou a primeira penhora, ainda que em��outra execu o tenha havido a aliena o judicial do bem.�� ��

13.4. intima o da penhora��

feita a penhora, o devedor dever ser intimado para opor�embargos no prazo de dez dias. a intima o feita pessoal-�� �mente ao executado, e n o ao seu advogado, podendo ser feita�com hora certa, inclusive na execu o por quantia, o que n o�� �ocorre com a cita o.�� ainda que a penhora tenha reca do sobre bens de um s� �dos executados, todos eles dever o ser intimados. isso por-�que, seguro o ju zo, com a penhora de bens suficientes,�todos os executados poder o opor embargos, ainda que a�penhora tenha reca do exclusivamente sobre os bens de um deles.�assim, o executado cujos bens n o foram penhorados�poder embargar, desde que tenha havido penhora de bens�de outro executado. quando a penhora recair sobre bem im vel, o c njuge do� �executado dever ser intimado, seja qual for o regime de bens�(cpc, art. 669, par grafo nico). tamb m dever o ser intimados� � � �os credores pignorat cios, hipotec rios ou anticr ticos, e o usu-� � �frutu rio, quando a penhora recair sobre bens gravados por�penhor, hipoteca, anticrese ou usufruto (cpc, art. 615). os credores com garantia real que n o tiverem sido inti-�mados podem obstar a realiza o da hasta p blica, por meio�� �de embargos de terceiro, como prev o art. 1.047, ii, do c -� �digo de processo civil. se o devedor n o tiver em seu patrim nio� �outros bens, al m daquele dado em hipoteca a terceiro, o�credor poder excuti-lo, ficando ressalvado ao credor hipotec rio� �o direito de prefer ncia sobre o produto da excuss o.� � o prazo para a oposi o dos embargos pelo devedor �� �

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de dez dias. h muita controv rsia quanto a natureza jur dica� � �desse prazo. certo, por m, que ele tem todas as carac-� �ter sticas de um prazo preclusivo, embora preclus o consista� �na perda, por in rcia, de uma faculdade processual, e a�oposi o de embargos n o seja uma faculdade processual,�� �mas o ajuizamento de uma nova a o.�� seja como for, o prazo de dez dias conta-se da data dajuntadaaos autos do mandado ou da carta precat ria de intima o da� ��penhora. n o se aplicam ao prazo de embargos os arts. 188 e�191 do c digo de processo civil. assim, o prazo de dez dias�n o se modifica se o embargante a fazenda p blica ou o mi-� � �nist rio p blico, nem se os executados t m procuradores dis-� � �tintos. afinal, os embargos s o uma a o aut noma, de natureza� �� �cognitiva, que n o se confundem com a execu o.� �� tem prevalecido o entendimento de que, havendo mais deum executado, e sendo eles intimados em ocasi es diferentes,�o prazo de embargos para cada um correr de forma aut noma� �e independente. n o se aplica, assim, ao processo de execu o,� ��a norma do art. 241, iii, do c digo de processo civil, que dis-�p e que, no processo de conhecimento, o prazo de contesta o� ��inicia-se apenas quando encerrado o ciclo citat rio. no processo�de execu o, os prazos para embargos s o aut nomos e correm�� � � medida que cada qual dos executados intimado.� �

13.5. arremata o��

para que os bens penhorados sejam levados hasta p -� �blica necess rio que, primeiro, eles sejam avaliados. para� �tanto, o juiz nomeia um perito. por m, n o haver oportuni-� � �dade, no processo de execu o, para que as partes formulem��quesitos ou indiquem assistentes t cnicos. a avalia o ser� �� �desnecess ria nas hip teses previstas no art. 684 do c digo� � �de processo civil. ap s a avalia o, ser o designadas datas para as hastas� �� �p blicas, que ser o realizadas sob a forma de pra a ou leil o,� � � �conforme os bens penhorados sejam m veis ou im veis.� �haver sempre necessidade de designa o de duas pra as ou� �� �dois leil es, com diferen a de dez a vinte dias entre um e� �outro. na primeira hasta, o bem n o poder ser arrematado� �por menos do que o valor de avalia o. na segunda, o bem��ser vendido por qualquer pre o que n o seja vil.� � � n o h uma defini o legal do que seja pre o vil. o� � �� �legislador preferiu empregar um termo vago, atribuindo ao juiza aprecia o, caso a caso.�� a arremata o ser precedida de edital, que deve con-�� �ter todos os requisitos mencionados no art. 686 do c digo�de processo civil. o edital ser afixado no local de costume,�e, com anteced ncia de pelo menos cinco dias, ser� �publicado em jornal de grande circula o local. dispensa-se a��publica o do edital quando o valor dos bens penhorados n o�� �superar vinte sal rios m nimos. nesse caso, por m, os bens� � �n o poder o ser arrematados por menos do que o valor de� �avalia o, mesmo na segunda hasta.�� designada a hasta, deve o executado ser intimadopessoalmente, por mandado ou carta com aviso de recebimento.se a penhora tiver reca do sobre bem im vel, tamb m de-� � �ver ser intimado o c njuge do devedor. por fim, faz-se� �

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necess ria a intima o dos credores com garantia real, que tem� ��direito de prefer ncia sobre o produto da arremata o.� �� o exeq ente pode participar da hasta p blica. se for ele� �quem arrematar os bens, n o haver necessidade de exibir o� �pre o, salvo aquilo que exceder o seu cr dito, e que dever� � �ser depositado em tr s dias, sob pena de desfazer-se a�arremata o.�� arrematados os bens, ser lavrado um auto, no prazo de�24 horas (cpc, art. 694), que dever ser firmado pelo juiz,�pelo escriv o, pelo arrematante e pelo porteiro ou leiloeiro.�firmado o auto, a arremata o reputar-se- perfeita e acabada,�� �s podendo desfazer-se nas hip teses do par grafo nico� � � �do art. 694 do c digo de processo civil.� em seguida, ser expedida a carta de arremata o que,� ��registrada, implicar transfer ncia da propriedade do bem ao� �arrematante. o deposit rio do bem deve entregar a coisa ao�arrematante. se isso n o ocorrer, n o ser necess rio ao� � � �arrematante ajuizar a o aut noma de imiss o de posse, ou�� � �de execu o para entrega de coisa certa. o deposit rio n o�� � �adquire posse do bem, mas mera deten o, por agir em rela o�� ��de depend ncia para com o estado, cumprindo as ordens�e instru es dele emanadas (cc, art. 487). o arrematante deve��solicitar ao juiz da execu o que emita um mandado de imiss o�� �de posse contra o deposit rio judicial, no bojo da execu o,� ��sem necessidade de ajuizar a o aut noma.�� � o deposit rio que n o cumprir a contento o seu encargo� �estar sujeito pris o civil, desde que configurado o dep sito� � � �infiel. a pris o do deposit rio infiel, por at um ano, pode ser� � �decretada no bojo da a o em que o encargo foi descumprido,��sem necessidade do ajuizamento da a o aut noma de dep sito.�� � �assim, no curso da execu o, o juiz pode determinar que��o deposit rio exiba os bens, sob pena de pris o.� � o arrematante de bem em hasta p blica n o pode� �reclamar por v cios redibit rios, que tornem a coisa impr -� � �pria ao uso a que se destina, ou lhe reduzam o valor (cc,art. 1.106). afinal, quando h hasta p blica, inexiste contrato� �comutativo, mas aliena o coativa de bens, n o sendo�� �l cito exigir daquele cujos bens est o sendo excutivos que� �garanta o adquirente de eventuais v cios ocultos da coisa.�o adquirente pode sofrer evic o, se for privado da coisa, em��virtude de senten a judicial ou ato administrativo, que a atribua�a terceiro. nesse caso, o arrematante pode exigir do executadoque o indenize pela perda sofrida e, se o executado forinsolvente, pode o arrematante voltar-se contra o exeq ente,�que se beneficiou com o produto da aliena o.�� do contr rio, o executado estaria tendo um enriquecimento�sem causa, por ter a sua d vida quitada com o produto da�aliena o de um bem que n o lhe pertencia.�� �

13.6. adjudica o��

quando n o houve licitantes, o credor pode requerer que�lhe sejam adjudicados os bens penhorados. a adjudica o uma forma indireta de satisfa o do�� � ��cr dito, que guarda semelhan as com a da o em pagamento,� � ��pois se realiza com a transfer ncia da propriedade do bem�penhorado ao credor, para extin o de seu direito.�� embora a subse o iii do c digo de processo civil fa a�� � �

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men o expressa adjudica o de im vel, n o h d vida de�� � �� � � � �que podem ser adjudicados bens tanto im veis quanto�m veis, desde que nas pra as e leil es n o tenha havido arrema-� � � �ta o.�� condi o essencial para que seja requerida a adjudi-� ��ca o que, em ambas as hastas, n o tenham aparecido lici-�� �tantes. n o l cito, portanto, ao credor, requerer a adjudi-� � �ca o finda a primeira hasta. s ap s a realiza o das duas�� � � ��hastas, e inexistindo licitantes, que a adjudica o poder� �� �ser deferida. o direito adjudica o tamb m foi deferido, pelo legis-� �� �lador, ao credor hipotec rio e aos credores concorrentes, na�hip tese do 1 do art. 714 do c digo de processo civil.� � � � a adjudica o deve ser feita pelo valor pelo qual o bem��foi avaliado. n o dever ser deferida adjudica o por valor� � ��inferior ao de avalia o. assim, se o credor quiser tentar tor-��nar-se propriet rio do bem penhorado, pagando menos do que�o valor de avalia o, ele dever tentar arremat -lo, em segunda�� � �hasta, quando se admite a aliena o do bem por qualquer pre o,�� �desde que n o seja vil.� o c digo de processo civil n o fixa prazo para que o� �credor requeira a adjudica o do bem. assim, desde o��encerramento do segundo leil o ou pra a, sem licitantes, at a� � �designa o de novas hastas, a adjudica o pode ser requerida.�� �� deferida a adjudica o, ser firmado o auto no prazo�� �de 24 horas, expedindo-se, em seguida, a respectiva carta.quando o valor do d bito superar o valor pelo qual o bem�est sendo adjudicado, a execu o prosseguir pelo saldo� �� �remanescente, sendo desnecess rio que o credor deposite o�pre o, que ser abatido do valor do d bito. por m, se o valor� � � �do d bito foi inferior, o credor dever depositar o saldo� �remanescente. quando mais de um credor requerer a adjudica o dos��bens, ter prefer ncia o que der maior pre o. se todos oferecerem� � �o mesmo pre o, proceder-se- licita o entre eles� � � ��(cpc, art. 714, 2 ).� �

13.7. remi o��

do ponto de vista sistem tico, seria mais conveniente tratar�da remi o ap s estudar todas as esp cies de execu o,�� � � ��dentre elas, a que se d contra devedor insolvente. afinal, � �poss vel a remi o em todas elas, inclusive a de bens arreca-� ��dados, na insolv ncia.� ciente disso, o legislador tratou da remi o ao final do��livro dedicado ao processo de execu o, a partir do art. 787��do c digo de processo civil.� optou-se por tratar da remi o neste momento, por ra-��z es de ordem pr tica: na execu o por quantia certa que� � � ��as hip teses de remi o s o mais freq entes, al m disso, como� �� � � �a execu o por quantia , de longe, a forma mais comum de�� �execu o, pareceu prefer vel tratar aqui de todos os incidentes�� �que podem ocorrer, obtendo-se assim um panorama maiscompleto do processo executivo. nas 24 horas que devem transcorrer entre a arremata o,��ou o deferimento da adjudica o, e a lavratura dos respec-��tivos autos, l cito ao c njuge, descendente ou ascendente� � �

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do devedor requerer a remi o dos bens arrematados ou��adjudicados. a remi o de bens, que vem tratada no art. 787��do c digo de processo civil, n o se confunde com a remi o� � ��da execu o (cpc, art. 651), nem com a remiss o da�� �d vida.� remi o da execu o ato do devedor, que paga o�� �� �d bito, mais juros, custas e honor rios advocat cios. a qualquer� � �tempo, antes da arremata o ou adjudica o dos bens, �� �� �poss vel ao devedor remir a execu o. remida, a execu o� �� ��extingue-se com o pagamento do credor. remiss o da d vida o perd o da d vida, concedida pelo� � � � �credor ao devedor. j a remi o de bens n o ato do devedor nem do� �� � �credor, mas de seu c njuge ou de seus parentes em linha reta, e�deve ser requerida nas 24 horas que sucedem a arremata o��ou a adjudica o. com a remi o de bens, procura-se dar opor-�� ��tunidade de os bens alienados coativamente n o pararem em�m os de estranhos.� consiste a remi o de bens no exerc cio de uma esp cie�� � �de direito de prefer ncia, que o legislador atribui a�pessoas ligadas ao devedor, dando-lhes a possibilidade deadquirir a propriedade do bem, depositando em ju zo o pre o� �pelo qual ele foi arrematado ou adjudicado. como a remi o�� feita abrangendo a totalidade do valor oferecido, o credor�n o sofre qualquer preju zo.� � o direito de remir os bens exclusivo do c njuge, dos� �descendentes e dos ascendentes, e pode ter por objeto, al m�dos bens penhorados, aqueles que tenham sido arrecadadosna execu o por quantia certa contra devedor insolvente.�� nenhum outro parente pode requerer a remi o. o��direito de remir bens tamb m n o deferido ao pr prio devedor.� � � �assim, pode o devedor, se o quiser, remir a execu o,��antes da arremata o ou da adjudica o. depois delas, o de-�� ��vedor nada mais poder fazer, cabendo apenas ao c njuge e� �aos parentes em linha reta, se o quiserem, requerer a remi o��dos bens. o direito de remir bens h de ser deferido, por ana-�logia, tamb m ao companheiro do devedor, que tenha obtido�o reconhecimento judicial da exist ncia da uni o est vel.� � � quando houver mais de um interessado em remir os bens,dar-se- prefer ncia ao c njuge; entre descendentes e ascen-� � �dentes, aqueles preferem a estes; se dois descendentes ou doisascendentes disputarem entre si, os de grau mais pr ximo�preferem aos de grau mais distante; entre os de mesmo grau, ser�feita uma licita o, preferindo o que oferecer o maior pre o.�� � deferida a remi o, ser expedida a respectiva carta.�� �

13.8. do usufruto de im Vel ou de empresa�

logo que se iniciou o estudo da execu o por quantia��certa contra devedor solvente, salientou-se que essa formade execu o caracteriza-se pela expropria o de bens do de-�� ��vedor. as formas mais comuns de expropria o s o a arrema-�� �ta o e a adjudica o de bens, j estudadas. a ltima e mais�� �� � �rara forma de expropria o o usufruto de im vel ou�� � �empresa que consiste em uma forma de o credor ressarcir-se,apropriando-se dos frutos e rendimentos da empresa ou doim vel do devedor. com isso, o devedor perder o gozo do� �

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bem at que o credor seja pago.� foi infeliz o c digo de processo civil ao denominar usu-�fruto essa forma de expropria o, que muito mais se assemelha�� anticrese, direito real de garantia pelo qual o devedor pode�entregar ao credor um im vel, cedendo-lhe o direito de�perceber, em compensa o da d vida, os frutos e rendimentos.�� � o procedimento para que se decrete o usufruto de im vel�ou empresa vem descrito, com min cia, nos arts. 716 e�seguintes do c digo de processo civil. apesar disso, muito�poucas vezes, na pr tica, tem-se visto a utiliza o desse� ��instituto, mormente porque se tem admitido a penhora de umapropor o razo vel do faturamento de empresa do devedor,�� �desde que n o se comprometa o funcionamento dela. a�penhora do faturamento parcial da empresa menos onerosa�ao devedor, que n o se v privado da administra o da� � ��pessoa jur dica, o que ocorreria com a decreta o do usufruto.� ��

14. execu o contra a fazenda p Blica�� �

o c digo de processo civil, a partir do art. 730, cuida�das execu es ajuizadas contra a fazenda p blica.�� � o procedimento previsto no c digo de processo civil�diz respeito apenas s execu es em que a fazenda figura� ��no p lo passivo. a express o fazenda p blica engloba todas� � �as pessoas jur dicas de direito p blico interno (uni o, estados,� � �munic pios, distrito federal, autarquias e funda es� ��p blicas). quando a fazenda for exeq ente, o procedimento ser� � �aquele previsto na lei n. 6.830/80. os bens p blicos s o impenhor veis. da resultam con-� � � �seq ncias importantes, que v o repercutir no procedimento�� �das execu es contra a fazenda p blica, nas quais n o pode�� � �haver expropria o de bens.�� a execu o contra a fazenda pode estar fundada tanto em��t tulo judicial quanto em extrajudicial, que contenha obriga o� ��de pagar quantia certa, de fazer ou de n o fazer. n o h� � �nenhuma limita o de ordem material ou processual na utili-��za o de t tulo extrajudicial, para embasar execu o contra a�� � ��fazenda. n o h como aceitar a obje o de que a senten a contra� � �� �a fazenda est sujeita ao duplo grau de jurisdi o, s ganhando� �� �for a executiva ap s reaprecia o pela superior inst ncia.� � �� � a execu o precisa estar fundada em algo a que a lei��atribua for a executiva. a senten a condenat ria contra a� � �fazenda ganha for a executiva quando transita em julgado, ap s� �o reexame necess rio. o t tulo executivo extrajudicial ganha� �for a executiva desde que se adapte ao tipo legal e atenda a�todos os requisitos formais previstos pelo legislador. a fazenda p blica n o citada para pagar sob pena de� � �penhora, mas para, em dez dias, opor embargos. quando n o�forem opostos embargos, ou quando eles forem opostos e jul-gados improcedentes, ser expedido precat rio, pelo qual o� �juiz, por interm dio do presidente do tribunal competente,�requisita o pagamento. os precat rios ser o pagos em ordem� �cronol gica, sob pena de seq estro de quantia necess ria para� � �satisfa o do d bito (cpc, art. 731).�� � as d vidas de natureza alimentar gozam de prefer ncia� �e n o precisam respeitar a ordem cronol gica dos precat rios,� � �expedidos para o pagamento de d vidas de natureza diversa�

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(s mula 144 do stj). h duas ordens cronol gicas para pa-� � �gamento: dos precat rios ordin rios, expedidos para pagamento� �de d vidas n o alimentares; e dos precat rios extraordin rios,� � � �que gozam de prefer ncia sobre os ordin rios, e que s o� � �emitidos para pagamento das d vidas alimentares.� controverte-se quanto ao reexame necess rio da senten a� �que rejeitar ou julgar improcedentes os embargos opostos pelafazenda p blica. para nelson nery junior e rosa maria�andrade nery, n o h reexame necess rio, porque a senten a� � � �n o foi proferida contra a fazenda, limitando-se a confirmar�o t tulo que j existe, e que est embasando a execu o.� � � ��diverso o entendimento de humberto theodoro j nior, araken�de assis e s lvio de figueiredo teixeira, que consideram�necess rio o reexame.� parece-nos que o art. 475, ii, do c digo de processo civil�exige o reexame necess rio sempre que a fazenda for�sucumbente. e, julgados improcedentes os embargos, afazenda ter sucumbido, tanto que ser condenada a pagar a� �verba de sucumb ncia e ter interesse em apelar.� � recebido o requisit rio, a fazenda p blica dever incluir� � �no or amento verba suficiente para o pagamento dos�precat rios, sob pena de o credor preterido requerer o seq estro� �ou representar ao procurador-geral da rep blica ou de�justi a, para que promovam a o objetivando a interven o.� �� ��

15. execu o de presta o aliment Cia�� �� �

o credor de obriga o de alimentos pode, se o preferir,��utilizar a execu o por quantia certa contra devedor solvente,��para cobrar as presta es vencidas e n o pagas.�� � no entanto, os arts. 733 e seguintes do c digo de pro-�cesso civil prev em uma forma de execu o muito mais efi-� ��ciente, que inclui a perspectiva de pris o civil do devedor�inadimplente. de acordo com o art. 733, o juiz mandar citar�o devedor para, em tr s dias, pagar, provar que j pagou� �ou justificar a impossibilidade de faz -lo.� ao devedor, restar o tr s alternativas: pagar ou provar� �que j pagou, caso em que a execu o ser extinta; tentar� �� �escusar-se, alegando impossibilidade de efetuar o pagamento;ou silenciar. se o devedor n o pagar, n o provar que pagou,� �nem se escusar, o juiz decretar-lhe- a pris o civil.� � o prazo de pris o civil previsto no c digo de processo� �civil de um a tr s meses. no entanto, tem prevalecido o� �entendimento de que a pris o em decorr ncia de alimentos� �n o pode superar sessenta dias, conforme previsto na lei de�alimentos (lei n. 5.478/68), art. 19, que, embora anteriorao c digo de processo civil, lei especial e deve prevalecer� �sobre a lei geral. o procedimento previsto no art. 733 (cpc), pode serempregado tanto para a execu o dos alimentos definitivos, e��a a execu o ser definitiva, quanto para a execu o dos ali-� �� � ��mentos provis rios e provisionais, caso em que a execu o� ��ser provis ria.� � o cumprimento de pris o pelo devedor n o o exonera� �do pagamento das presta es em raz o das quais a pris o foi�� � �decretada. no entanto, n o se decretar duas vezes a pris o� � �do devedor, em decorr ncia das mesmas presta es. nada� ��

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obsta, por m, que nova pris o seja decretada, em raz o do� � �inadimplemento de outras parcelas que forem vencendo. da decis o que decreta a pris o civil do devedor de ali-� �mentos cabe agravo de instrumento, com a possibilidade deconcess o de efeito suspensivo. tamb m tem sido admitida� �a impetra o de habeas corpus, j que a pris o repercute no�� � �direito de locomo o do devedor. ainda que decretada a pris o�� �pelo m ximo de tempo permitido, o devedor ser imedia-� �tamente posto em liberdade, se pagar o que deve, j que a�finalidade da pris o civil n o punitiva, mas coercitiva.� � � no prazo de tr s dias ap s a juntada aos autos do man-� �dado de cita o, o devedor pode optar por escusar-se,��alegando a impossibilidade de fazer o pagamento. se isso ocorrer,o juiz deve dar oportunidade para o devedor comprovar a im-possibilidade, inclusive designando, se caso, audi ncia para�ouvida de testemunhas. trata-se de hip tese em que se�admite instru o excepcional, no bojo do processo executivo.��acolhida a justificativa, o devedor n o estar exonerado do� �pagamento do d bito vencido, mas n o se poder mais de-� � �cretar a sua pris o.� tamb m n o cabe ao juiz da execu o exonerar o de-� � ��vedor da obriga o de alimentos, nem alterar o valor das��presta es, o que dever ser postulado pelo devedor em a o�� � ��aut noma de exonera o ou revis o de alimentos.� �� � recentes decis es (rstj, 84:197) t m limitado a utili-� �za o do rito do art. 733 do c digo de processo civil para�� �um certo n mero de parcelas em atraso (a maior parte dos�ac rd os tem feito men o a tr s parcelas). assim, se o de-� � �� �vedor ficou quase cinco anos sem pagar, somente as tr s�ltimas parcelas que poderiam ser cobradas, sob pena de� �pris o. as anteriores s poderiam ser cobradas em execu o� � ��comum, por quantia certa contra devedor solvente.embora n o haja limita o legal ao n mero de parcelas a� �� �serem cobradas sob a forma do art. 733, entende-se que oac mulo exagerado de presta es poderia dificultar em de-� ��masia a possibilidade de o devedor purgar a mora e livrar-se da pris o.� quando o devedor for funcion rio p blico ou tiver em-� �prego fixo, o credor poder requerer que os alimentos sejam�descontados em folha de pagamento, tornando desnecess rio�o ajuizamento da execu o.��

16. defesa do devedor em ju Zo�

da maneira geral, pode-se dizer que a defesa do execu-tado veiculada por ele, em regra, fora do processo de�execu o, na a o incidente de embargos de devedor, que exige�� ��esteja o ju zo seguro pela penhora ou pelo dep sito.� � como a execu o sempre fundada em t tulo executivo,�� � �o devedor pode optar por ajuizar a o aut noma que�� �tenha por objeto a declara o de inexigibilidade ou a anula o�� ��do t tulo executivo. a desvantagem da a o aut noma em� �� �rela o aos embargos do devedor que o recebimento�� �destes implica suspens o da execu o, que s prossegue quanto� �� �a parte incontroversa, se houver. j a a o aut noma n o inibir� �� � � �o credor de ajuizar a execu o, nem implicar suspens o desta�� � �

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(cpc, art. 585, 1 ).� � em determinadas situa es, poder o devedor defender-�� �se no bojo da execu o, sem que seja necess rio opor a o�� � ��incidente de embargos ou a o aut noma para desconstituir�� �ou declarar a inexigibilidade do t tulo executivo.�

16.1. obje es e exce es de pr -executividade�� �� �

a dificuldade com que o devedor defronta-se, paraapresentar sua defesa por meio de embargos, que eles s� �podem ser recebidos ap s a penhora ou dep sito.� � h certas defesas, no entanto, que devem ser conhecidas�de of cio pelo juiz: s o as obje es processuais, que envolvem� � ��mat ria de ordem p blica, e que, portanto, dispensam arg i o� � � ��pela parte interessada. as obje es podem ser conhecidas de of cio,�� �e a qualquer tempo, n o se sujeitando s regras da preclus o.� � � o que acontece com a falta de condi es da a o, ou de� �� ��pressupostos processuais, e com a decad ncia, por exemplo.� pode ocorrer, no entanto, que ao juiz passem despercebidasas mat rias que ele poderia apreciar de of cio. se isso� �ocorrer, o devedor poder apontar ao juiz a sua exist ncia.� �em casos assim, n o se justificaria a exig ncia de penhora� �de bens do devedor para que ele pudesse alegar aquilo que ojuiz deveria conhecer de of cio.� as obje es podem ser alegadas pelo devedor no bojo��da execu o, por simples peti o, sem necessidade de�� ��oposi o de embargos. as mat rias de ordem p blica, que�� � �devem ser conhecidas de of cio, podem ser arg idas pelo� �devedor fora dos embargos, e sem necessidade de penhora, pormeio das obje es de pr -executividade.�� � a express o "obje o de pr -executividade" indica com� �� �mais clareza a hip tese acima descrita do que a express o� �"exce o de pr -executividade", pois, do ponto de vista t cnico,�� � �a palavra exce o traduz aquelas defesas que s podem�� �ser conhecidas pelo juiz se alegadas oportunamente. as obje es podem ser arg idas a qualquer tempo, por-�� �que n o se sujeitam preclus o. mesmo que ultrapassado o� � �prazo de embargos, o devedor poder , por simples peti o,� ��submeter ao juiz a aprecia o de mat ria cognosc vel de of cio.�� � � � controverte-se sobre a possibilidade de admitir-se, nosistema processual brasileiro, verdadeiras exce es de pr -�� �executividade, nas quais o devedor, fora dos embargos, eindependentemente de penhora, pudesse alegar defesas que n o�podem ser apreciadas pelo juiz de of cio. parece-nos correta�a opini o de s rgio shimura, de que seria admiss vel a� � �exce o, desde que a defesa arg ida pudesse ser apreciada pelo�� �juiz, sem necessidade de produ o de provas.�� com efeito, n o se admite, no processo de execu o, que� ��se instaure uma instru o incidente, de forma que todas as��quest es que demandem provas devem ser remetidas aos em-�bargos, que t m natureza cognitiva, e que admitem ampla ins-�tru o. assim, h algumas defesas que, embora n o cognosc veis�� � � �de of cio, dispensam qualquer produ o de prova, por� ��envolverem mat ria de direito. o caso do reconhecimento� �da prescri o que, em regra, independe de prova. no entanto,��desde que surja a necessidade de instru o, o juiz deve��remeter as partes via dos embargos.�

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por exemplo: se o devedor alegar prescri o e o credor��impugnar a alega o, argumentando que houve ren ncia�� �t cita do devedor, que praticou ato incompat vel com o desejo� �de ver reconhecida a prescri o, e se a pr tica desse ato de-�� �mandar a realiza o de prova, o juiz n o poder abrir ins-�� � �tru o no bojo da execu o e a quest o dever ser remetida�� �� � �a julgamento nos embargos. da mesma forma, se o devedor alegar, e provardocumentalmente, que pagou a d vida, o credor ser ouvido.� �se o pagamento puder ser reconhecido sem necessidade deprodu o de outras provas, nada impede que o juiz o fa a�� �no bojo da execu o, sendo injusto exigir de quem j pagou,�� �que tenha seus bens constritos, para s ent o poder alegar� �que a d vida est extinta.� � no entanto, se o reconhecimento de que houve quita o��da d vida demandar provas, o devedor ter de valer-se dos� �embargos.

16.2. a es de conhecimento aut Nomas�� �

o devedor pode ajuizar a o de conhecimento, buscando��discutir o d bito constante do t tulo. s o comuns as a es� � � ��declarat rias de inexigibilidade da obriga o, ou de anula o� �� ��do t tulo e da rela o cambial. as a es aut nomas n o� �� �� � �inibem a propositura, nem suspendem o curso das execu es,��aforadas pelo credor. caso os embargos n o possam ser, ou n o tenham sido� �opostos, porque o devedor n o tem bens penhor veis, ou por-� �que os tem, mas perdeu o prazo para os embargos, o devedorpoder valer-se de a o de conhecimento aut noma para� �� �discutir o d bito. no entanto, como j ficou ressaltado, a a o� � ��aut noma, diferentemente do que ocorre com os embargos,�n o ter o cond o de suspender a execu o.� � � �� o fato de o devedor ter optado por n o opor embargos,�ou ter perdido o prazo para faz -lo, n o o impede de ajuizar� �a o aut noma. nem se alegue que a n o oposi o dos em-�� � � ��bargos tornou preclusa a possibilidade de discutir a d vida,�porque a preclus o fen meno intraprocessual, que n o� � � �estende seus efeitos a a es aut nomas.�� � opostos os embargos pelo devedor, ser poss vel, ainda,� �o ajuizamento de a o aut noma, desde que com�� �embasamento diverso daquele em que os embargos estavamfundados. se os embargos e a a o declarat ria tiverem o�� �mesmo fundamento, e ficar configurada a tr plice identidade,�estar configurada a coisa julgada ou a litispend ncia, com� �todas as conseq ncias da decorrentes. assim, se o devedor�� �embargou alegando que a d vida indevida porque a assina-� �tura constante do t tulo falsa, e os embargos foram julgados� �improcedentes, n o ser cab vel o ajuizamento de a o� � � ��aut noma com o mesmo fundamento. afinal, n o se pode� �olvidar que os embargos t m natureza cognitiva, e a senten a� �de m rito que for proferida reveste-se da autoridade da coisa�julgada material. da mesma forma se o devedor, antes do in cio da�execu o, aforou a o aut noma de inexigibilidade do t tulo por�� �� � �falsidade de assinatura. julgada improcedente a a o aut -�� �noma, com tr nsito em julgado, a quest o n o poder ser� � � �

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rediscutida nos embargos, pena de ofensa ao efeito preclusivoda coisa julgada. portanto, poss vel conviverem os embargos e a a o� � ��aut noma de conhecimento, desde que respeitadas as regras�da coisa julgada e da litispend ncia. poss vel, ainda, que� � �haja conex o entre os embargos e a a o aut noma, caso em� �� �que se poder determinar a juntada dos autos para seguimento�conjunto, evitando-se o risco de decis es contradit rias.� �

16.3. embargos execu o� ��

16.3.1. introdu o��

os embargos s o uma a o de conhecimento, incidente� ��ao processo de execu o, em que o executado ter oportuni-�� �dade de apresentar ao juiz as defesas que tiver, produzindoas provas que forem necess rias.� n o s o os embargos mero incidente do processo de� �execu o, mas a o aut noma, de car ter incidente, em que o�� �� � �executado veicula sua pretens o de resistir execu o. os� � ��atos processuais realizados nos embargos n o t m car ter� � �executivo. nos embargos n o se praticam atos de modifica o� ��da realidade emp rica, nem aqueles que resultam no deslo-�camento de pessoas ou coisas, mas atos que, encadeados, bus-cam a obten o de um provimento jurisdicional de m rito.�� � a peculiaridade dos embargos est em que, a o aut -� �� �noma, eles veiculam a defesa do executado, e s o sempre opos-�tos incidentemente no processo de execu o.�� a a o de conhecimento de embargos do devedor n o�� �se confunde com a a o de execu o; o processo dos embargos�� �� distinto do processo de execu o; e os procedimentos� ��s o tamb m diversos. h , no entanto, entre execu o e em-� � � ��bargos um v nculo decorrente do fato de estes serem propostos�incidentemente, veiculando a defesa do devedor. todos os princ pios, peculiaridades e caracter sticas pr -� � �prias do processo de conhecimento s o aplic veis aos em-� �bargos. assim, se o contradit rio no processo de execu o � �� �mais restrito e limitado, nos embargos ele pleno; se n o h� � �fase instrut ria na execu o, nos embargos s o admitidas todas� �� �as provas cuja produ o seja l cita; se a execu o encerra-se�� � ��com uma senten a apenas terminativa, que n o se reveste da� �autoridade da coisa julgada material, os embargos visam �obten o de uma senten a de m rito que se revestir da au-�� � � �toridade da coisa julgada material.

16.3.2. compet Ncia�

os embargos devem ser ajuizados onde corre o processode execu o. trata-se de hip tese de compet ncia funcional,�� � �de car ter absoluto. os embargos n o s o distribu dos,� � � �mas apenas autuados, em apenso, aos autos do processo deexecu o.�� quando a penhora for feita por carta, o conte do dos�embargos vai determinar se o ju zo competente o deprecante� �ou o deprecado. disp e o art. 747 do c digo de processo� �civil, que, na execu o por carta, os embargos podem ser��opostos tanto no ju zo deprecante como no deprecado, mas�

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o julgamento competir ao ju zo deprecante, salvo se versarem� �sobre v cios ou defeitos da penhora, avalia o ou� ��aliena o de bens. portanto, os embargos do devedor s poder o�� � �ser julgados no ju zo deprecado se versarem apenas�v cios e defeitos dos atos por este realizados. o ju zo deprecado� �s tem compet ncia para apreciar embargos que contenham� �defesas de cunho processual e que versem especifica-mente sobre os atos processuais a seu cargo. apenas os defeitos da penhora poder o ser alegados nos�embargos do devedor. os defeitos de avalia o ou aliena o�� ��de bens, mencionados no art. 747 do c digo de processo civil�dever o ser objeto de embargos de segunda fase, opostos depois�da arremata o ou adjudica o de bens.�� �� se o devedor quiser impugnar ato praticado no ju zo�deprecado, e, al m disso, defender-se, discutindo o d bito,� �ser inevit vel a oposi o de dois embargos, que poder o� � �� �ser apresentados, indistintamente, no ju zo deprecante ou no�deprecado, mas que ter o que ser julgados em locais dis-�tintos. assim, os embargos de conte do processual ser o� �julgados pelo ju zo deprecado, e os que versarem sobre o�d bito ou sobre mat ria afeta ao ju zo da execu o, no ju zo� � � �� �deprecante. o art. 747 estabelece que os embargos podem serapresentados tanto no ju zo deprecante quanto no deprecado.�significa que eles poder o ser opostos no ju zo incompetente,� �que incontinenti, determinar a remessa ao competente.� se a carta precat ria expedida para a efetiva o da� � ��penhora, e para a intima o do devedor, o prazo para embargos,��tanto no ju zo deprecante quanto no deprecado, conta-se da jun-�tada, na carta precat ria, da prova de que o devedor foi inti-�mado da penhora. parece-nos equivocado o entendimento deque se os embargos forem de compet ncia do ju zo deprecante,� �feita a penhora e intimado o devedor, a precat ria h de ser� �devolvida, para, com a sua juntada aos autos, fluir o prazo dosembargos. tal procedimento redundar a em retardo injustific vel� �ao processo de execu o, obrigando a restitui o da precat ria�� �� �ao ju zo deprecante e posterior retorno ao ju zo deprecado, para� �avalia o e aliena o de bens.�� ��

16.3.3. prazo para a oposi o��

os embargos ser o opostos no prazo de dez dias. o prazo�conta-se, na execu o por quantia, da juntada aos autos da��prova de intima o da penhora. a reda o atual do art. 738,�� ��i, do c digo de processo civil, n o deixa d vida quanto ao� � �termo inicial da contagem do prazo, que n o corre mais da�intima o do devedor, mas da juntada aos autos da prova de��que ela efetivou-se. quando for aceita a nomea o de bens penhora, o prazo�� �correr da data em que for elaborado o respectivo termo.� nas execu es de obriga o de dar, o prazo de dez dias�� ��correr do termo de dep sito, ou da data da juntada aos au-� �tos do mandado de imiss o de posse ou busca e apreens o.� � por fim, nas execu es de obriga o de fazer ou n o�� �� �fazer, o prazo corre da juntada aos autos do mandado decita o.��

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como j ressaltado, ao prazo de embargos n o se aplica� �o disposto nos arts. 188 e 191 do c digo de processo civil.�havendo mais de um executado, o prazo para cada umembargar correr de forma aut noma, sendo igualmente� �inaplic vel o art. 241, iii, do c digo de processo civil.� � a garantia do ju zo, pela penhora ou pelo dep sito da� �coisa, nas execu es por quantia e para entrega de coisa,��respectivamente, requisito necess rio para o recebimento dos� �embargos. se os embargos forem opostos antes que o ju zo�esteja garantido, o juiz n o poder receb -los. n o ser caso,� � � � �por m, de indeferir, de plano, a peti o inicial dos embargos,� ��bastando ao juiz determinar que se aguarde a efetiva o��da penhora, ou do dep sito, para que, s ent o, sejam pro-� � �cessados os embargos.

16.3.4. o objeto dos embargos

n o se pode olvidar que os embargos t m natureza de� �processo de conhecimento. c ndido dinamarco, citado por kazuo watanabe (da�cogni o no processo civil, revista dos tribunais, p. 51), ensina��que a cogni o do juiz, no processo de conhecimento, tem por��objeto um trin mio de quest es, que incluem a regularidade� �do processo (quest es processuais), as condi es da a o e,� �� ��finalmente, as quest es de m rito.� � a cogni o pode ser estudada em dois planos: o hori-��zontal e o vertical. a cogni o, no plano horizontal, diz��respeito aos limites objetivos do que submetido aprecia o� � ��do juiz. a cogni o, no plano horizontal, pode ser plena ou��parcial. plena, quando n o houver limites extens o do� � �objeto de debate entre as partes, levado ao conhecimento do juiz;parcial, quando o objeto da discuss o no processo for restrito�e obedecer a determinadas limita es.�� assim, do ponto de vista horizontal, a cogni o do juiz��nos embargos opostos execu o por t tulo extrajudicial � �� � �plena porque o art. 745 do c digo de processo civil permite�que sejam deduzidas quaisquer mat rias de interesse do�devedor. n o h limita o ao objeto dos embargos. quando,� � ��por m, os embargos forem opostos em execu o por t tulo� �� �judicial, a cogni o, no plano horizontal, ser parcial, por for a�� � �do disposto no art. 741 do c digo de processo civil.� o art. 741 cont m um rol exaustivo (numerus clausus)�daquilo que pode ser objeto dos embargos execu o� ��fundada em t tulo judicial. e, se os embargos n o se fundarem� �nessas mat rias, o juiz dever rejeit -los, liminarmente.� � �ressalte-se que, do ponto de vista da profundidade da cogni o��(plano vertical), tanto nos embargos execu o por t tulo� �� �judicial quanto extrajudicial, a cogni o exauriente, o que�� �significa que n o h limite profundidade do juiz na aprecia o� � � ��do alegado. portanto, o convencimento do juiz poder�ser buscado por todos os meios admitidos em direito, semrestri es.�� em s ntese, nos embargos envolvendo t tulo judicial, a� �cogni o parcial e exauriente, o que significa que h limites�� � �quanto s mat rias aleg veis, mas n o quanto profundidade� � � � �do juiz, no conhecimento daquilo que possa ser alegado. quandoo t tulo for extrajudicial, a cogni o ser plena e exauriente,� �� �n o havendo limites no objeto e na profundidade da cogni o.� ��

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os embargos de devedor s o uma a o e um processo� ��aut nomo. assim, o juiz deve apreciar, inicialmente, se�est o preenchidos os pressupostos processuais e as condi es� ��da a o, dos embargos.�� para que se possa obter uma senten a de m rito, no pro-� �cesso de conhecimento, necess rio que estejam preenchidos� �os pressupostos processuais e as condi es da a o. como�� ��os embargos s o um processo aut nomo, eles t m pressupostos� � �processuais pr prios, que dever o estar atendidos para que o� �processo chegue a bom termo, com senten a de m rito.� �tamb m dever o estar preenchidas as condi es da a o. se os� � �� ��pressupostos processuais e as condi es da a o dos embargos�� ��do devedor n o estiverem preenchidos, o juiz dever� �extinguir os embargos, sem apreciar-lhes o m rito.� al m das quest es processuais e condi es da a o, dos� � �� ��embargos, podem ser submetidas aprecia o do juiz, quando� ��do julgamento dos embargos, quest es processuais e condi-�es da a o, do processo e da a o executiva.�� �� ��

poss vel suscitar nos embargos quest es processuais� � �da execu o, como, por exemplo, a impenhorabilidade de bens,��ou v cio de cita o ou da penhora. ou ainda a falta de con-� ��di es da a o executiva, como a ilegitimidade do exeq ente�� �� �ou do executado. a peculiaridade dos embargos que as�quest es processuais e condi es da a o executiva constituem� �� ��mat ria de m rito nos embargos.� � imagine-se, como exemplo, que seja ajuizada umaexecu o contra uma pessoa jur dica, contra a qual foi sacada�� �uma duplicata. se um dos s cios opuser embargos de�devedor, e o juiz entender que ele n o poderia faz -lo, ser� � �proferida uma senten a de extin o nos embargos, sem jul-� ��gamento de m rito, por ilegitimidade de parte. a execu o� ��prosseguir contra a pessoa jur dica que, esta sim, poder� � �opor os embargos. faltava uma das condi es da a o de�� ��embargos. caso, por m, fosse proposta uma execu o contra a� ��pessoa jur dica, e esta opusesse embargos, alegando ser�parte ileg tima na execu o, porque a duplicata f ra sacada� �� �contra outra empresa, e n o contra ela, outro seria o�desfecho. aqui, a pessoa jur dica estaria legitimada a opor�embargos, j que ela figuraria como executada. por m,� �faltaria ao devedor legitimidade para ser demandado na a o��executiva. faltaria legitimidade passiva na execu o, mas��n o careceria a devedora de legitimidade ativa para os�embargos. nessa hip tese, se o juiz acolhesse o alegado pela�devedora, ele julgaria procedentes os embargos, proferindo umasenten a de m rito, e, como conseq ncia inexor vel, extin-� � �� �guindo a execu o.�� portanto, as quest es processuais e condi es da execu o� �� ��constituem mat ria de m rito, quando invocadas nos embargos.� � ressalte-se que os pressupostos processuais e condi es��da a o executiva podem ser alegados nos embargos, mas��tamb m fora deles, na pr pria a o executiva, por meio das� � ��chamadas obje es de pr -executividade.�� � al m das quest es processuais e condi es da a o, o� � �� ��devedor poder , nos embargos, discutir o d bito, que � � �objeto da pretens o do exeq ente, respeitados os limites do� �art. 741 do c digo de processo civil, quando o t tulo for� �

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judicial. ao julgar os embargos, portanto, o juiz pode ter de en-frentar tr s esp cies de quest es: as que versarem pressupostos� � �processuais e condi es da a o, dos pr prios embargos de�� �� �devedor, e que ter o relev ncia para que seja ou n o proferida� � �uma senten a de m rito nos embargos; quest es processuais� � �e condi es da a o, do processo e da a o executiva,�� �� ��e quest es que versem sobre o d bito em si, que objeto da� � �pretens o do exeq ente. nessas duas ltimas situa es, a� � � ��senten a proferida nos embargos ser uma senten a de m rito.� � � �

16.3.5. recebimento dos embargos

os incisos do art. 739 do c digo de processo civil�enumeram as situa es em que os embargos ser o rejeitados�� �liminarmente. a rejei o liminar ocorrer quando eles forem�� �intempestivos, quando versarem mat ria diversa daquela�enumerada no art. 741 ou quando a peti o inicial for indeferida,��nos casos previstos no art. 295 do c digo de processo�civil. a peti o inicial dos embargos deve obedecer aos requisitos��do art. 282 do c digo de processo civil, indicando,�inclusive, o valor da causa, j que os embargos s o a o aut -� � �� �noma. desnecess rio, por m, no estado de s o paulo, o� � �recolhimento das custas iniciais, haja vista a disposi o expressa��do art. 6 , inciso vi, da lei n. 4.952/85. se a peti o inicial� ��contiver v cio san vel, o juiz dever determinar a emenda no� � �prazo de dez dias. o recebimento dos embargos implicar suspens o do pro-� �cesso de execu o. se os embargos forem parciais, a execu o�� ��prosseguir quanto parte n o embargada. e, se s um� � � �devedor embargar, a execu o prosseguir quanto aos demais,�� �se os fundamentos dos embargos disserem respeito exclusi-vamente ao embargante.

16.3.6. procedimento nos embargos

recebidos os embargos, o juiz mandar intimar o�credor para impugn -los, no prazo de dez dias. a intima o � �� �feita pela imprensa oficial ao advogado do exeq ente.� n o se verificam os efeitos da revelia nos embargos de�devedor. portanto, a falta de impugna o aos embargos n o far�� � �presumir verdadeiros os fatos alegados na peti o inicial. a raz o�� �disso que a execu o, contra a qual op em-se os embargos,� �� �est fundada em t tulo executivo, dotado dos requisitos� �de certeza, liquidez e exigibilidade. apresentada a impugna o, o juiz, se necess rio, desig-�� �nar audi ncia de instru o e julgamento.� � ��

16.3.7. senten A nos embargos�

o juiz proferir a senten a, nos embargos, no prazo de� �dez dias. a natureza da senten a de m rito ser vari vel, de acordo� � � �com o que foi objeto dos embargos. assim, se a senten a dos�embargos desfizer o t tulo executivo ou algum ato processual,�ela ter car ter constitutivo negativo. o caso da senten a� � � �que anula penhora ou anula o t tulo, emitido com v cio de� �

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consentimento. a senten a pode ainda ter natureza declarat ria, como a� �que declara a ilegitimidade do exeq ente ou executado, no�processo de execu o, ou declara a inexist ncia do t tulo�� � �judicial, pela falta de cita o do r u, no processo de conheci-�� �mento (cjuerela nullitextis). da senten a caber apela o, recebida apenas no efeito� � ��devolutivo, se os embargos houverem sido julgados impro-cedentes.

16.4. embargos de segunda fase

na execu o por quantia, o devedor pode ainda opor��embargos, no prazo de dez dias, a contar da lavratura do autode arremata o ou de adjudica o.�� �� nesses embargos, a cogni o do juiz no plano horizontal�� parcial, j que o devedor s pode alegar mat ria� � � �superveniente penhora (cpc, art. 746). ou seja, o devedor�s pode alegar nos embargos arremata o ou adjudica o� � �� ��aquilo que ele n o poderia ter alegado nos embargos de�devedor, por tratar-se de mat ria superveniente.� o procedimento dos embargos de segunda fase igual�ao dos embargos de devedor.

16.5. exce es de incompet Ncia, suspei o e�� � �� impedimento

o art. 741, vii, do c digo de processo civil estabelece�que a incompet ncia do ju zo, bem como a suspei o e o� � ��impedimento do juiz, dever o ser alegados nos embargos. j o� �art. 742 disp e que o devedor dever oferecer, juntamente� �com os embargos, exce o de incompet ncia, impedimento�� �ou suspei o. embora aparentemente incompat veis, os dois�� �dispositivos podem ser conciliados. quando a nica defesa for a incompet ncia do ju zo, ou� � �suspei o e impedimento do juiz, o devedor ter de utilizar�� �os embargos, para arg i-la. quando o devedor quiser invocar�outros fundamentos de defesa, al m da incompet ncia,� �suspei o ou impedimento, ele dever valer-se dos embargos�� �e da exce o. naqueles, o devedor invocar as demais defesas�� �que tiver; nesta, arg ir a incompet ncia, suspei o ou� � � ��impedimento. em s ntese, o devedor s utilizar a exce o se houver� � � ��outras defesas a serem arg idas, por meio de embargos. se�nada houver a alegar, al m da incompet ncia, suspei o e� � ��impedimento, o executado dever valer-se dos embargos. essa�foi a forma encontrada pela doutrina para dar uma interpreta o��til aos dois dispositivos do c digo de processo civil,� �j mencionados.� a exce o ser oferecida juntamente com os embargos,�� �conforme disp e o art. 742 do c digo de processo� �civil. admite-se, por m, que ela seja oposta antes dos�embargos, mas sem suspender o prazo para ajuiz -los. ainda�que a exce o seja oposta antes, o executado ter de opor�� �os embargos nos dez dias da juntada aos autos da provade intima o da penhora, pena de perder-se, irremediavel-��mente, o prazo.

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oposta a exce o anteriormente, o prazo de embargos n o�� �ficar suspenso. mas, opostos os embargos, o seu�processamento aguardar o desfecho da exce o.� ��

17. execu o por quantia certa contra�� devedor insolvente

o processo de execu o por quantia certa contra devedor��insolvente aut nomo e independente, e n o mero inci-� � �dente da execu o singular. n o se concebe que a execu o�� � ��contra devedor solvente convole-se em concurso de credores,pela decreta o da insolv ncia civil.�� � a insolv ncia civil guarda semelhan as com a fal ncia,� � �porque em ambas abre-se o concurso universal de credores,que partilhar o, respeitadas as prefer ncias, o produto da� �liquida o de bens do devedor. no entanto, s h insolv ncia�� � � �do devedor civil, e fal ncia do devedor comerciante.� tal como o processo de fal ncia, o de insolv ncia tem� �duas fases distintas: a primeira, de natureza cognitiva, cujafinalidade constatar a insolv ncia, a ser declarada por� �senten a; a segunda, de car ter propriamente executivo,� �em que haver a institui o do concurso universal de� ��credores, e posterior partilha do produto da liquida o dos��bens. a execu o concursal est estruturada de forma diversa�� �da execu o singular, haja vista os seus objetivos espec ficos:�� �enquanto nesta a penhora recai apenas sobre os benssuficientes para a satisfa o do d bito, naquela h arrecada o�� � � ��de todos os bens penhor veis do devedor, para satisfa o da� ��comunidade de credores. para que seja reconhecida a insolv ncia do devedor, � �necess rio que as d vidas excedam import ncia dos bens� � � �do devedor. ou seja, necess rio que o passivo do devedor� �supere o seu ativo. a declara o de insolv ncia pode ser requerida pelo credor,�� �munido de t tulo executivo n o adimplido oportunamente,� �ou pelo pr prio devedor ou seu esp lio. o credor, munido� �de t tulo executivo, poder , por m, optar por ajuizar execu o� � � ��contra devedor solvente, ainda que esteja caracterizadaa situa o f tica da insolv ncia.�� � � a primeira fase da execu o contra devedor insolvente��tem car ter cognitivo, e n o executivo. com efeito,� �n o s o praticados, nessa fase, atos executivos, mas� �atos de conhecimento, destinados a comprovar se odevedor est ou n o em situa o de insolv ncia, que ser� � �� � �presumida, nas hip teses do art. 750 do c digo de pro-� �cesso civil. nos processos de insolv ncia civil h interesse p blico� � �justificando a interven o do minist rio p blico.�� � �

17.1. insolv Ncia requerida pelo credor�

somente o credor munido de t tulo executivo, judicial�ou extrajudicial, poder requerer a declara o de insolv ncia� �� �do devedor. o art. 755 do c digo de processo civil, disp e que o� �

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devedor ser citado para, em dez dias, opor embargos. como,�por m, essa primeira fase tem natureza de conhecimento, a�defesa do devedor n o tem natureza de embargos, mas de mera�contesta o, n o constituindo, destarte, a o aut noma. em�� � �� �sua contesta o, o devedor poder alegar qualquer das defesas�� �enumeradas nos arts. 741, 742 e 745, conforme o t tulo�executivo em que se funda o pedido seja judicial ou extraju-dicial. poder alegar, ainda, que n o est insolvente, e que� � �seu ativo supera o passivo. tal como na fal ncia, o devedor poder ilidir o pedido� �de insolv ncia, depositando o valor do cr dito. o dep sito� � �n o impedir que o juiz conhe a e aprecie o que for alegado� � �em contesta o, mas evitar a declara o da insolv ncia.�� � �� � se houver provas a produzir, o juiz designar audi ncia de� �instru o e julgamento; se n o, proferir senten a em dez dias.�� � � �

17.2. insolv Ncia requerida pelo devedor ou� seu esp Lio�

da mesma forma que a fal ncia, a insolv nc a pode ser� � �requerida pelo pr prio devedor, ou por seu esp lio.� � para tanto, bastar dirigir uma peti o ao juiz da comarca� ��do domic lio do devedor, contendo os requisitos do art. 760�do c digo de processo civil.�

17.3. a declara o judicial de insolv Ncia�� �

a primeira fase da execu o por quantia certa contra��devedor insolvente que, como foi visto, tem car ter de conhecimento,�encerra-se com a prola o de senten a declarat ria�� � �da insolv ncia, que produz o vencimento antecipado de�todas as d vidas do devedor, e a arrecada o de todos os seus� ��bens penhor veis, instituindo o concurso universal de credores.�todos os credores dever o concorrer ao ju zo universal� �da insolv ncia, habilitando seus cr ditos na forma dos arts.� �768 e seguintes do c digo de processo civil.� o juiz nomear um administrador, cujas fun es,� ��enumeradas nos arts. 763 e seguintes s o bastante assemelhadas�s do s ndico no processo de fal ncia. os bens do devedor� � �ser o arrecadados, e, posteriormente, alienados judicialmente.�liquidada a massa, os devedores ser o pagos, respeitadas as�ordens de prefer ncia.�

18. suspens O e extin o das execu es� �� ��

a execu o ser suspensa, total ou parcialmente, quando�� �opostos os embargos do devedor, nas hip teses previstas�no art. 265, i a iii, do c digo de processo civil, ou quando�o devedor n o possuir bens penhor veis.� � a suspens o da execu o enseja debates a respeito da� ��prescri o da a o executiva. n o h controv rsia quanto ao fato�� �� � � �de que a execu o prescreve no mesmo prazo da a o (s mula�� �� �150 do stf). o prazo prescricional da a o executiva flui da��data em que a a o executiva podia ser proposta, isto , desde�� �que passou a haver t tulo l quido, certo e exig vel.� � � proposta a execu o dentro do prazo, poss vel que o�� � �

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credor, por in rcia, n o lhe d o andamento necess rio. nos� � � �processos de conhecimento, se o autor n o d andamento � � �a o, o juiz manda intim -lo, para, em 48 horas, dar segui-�� �mento ao feito. caso a in rcia persista, o juiz extinguir o� �processo sem julgamento de m rito.� a execu o, no entanto, s se extingue com a satisfa o�� � ��do credor, ou quando o credor renuncia ao cr dito.�assim, se o credor n o d andamento execu o, os autos� � � ��ser o remetidos ao arquivo, aguardando provoca o do interessado.� ��a partir da remessa dos autos ao arquivo, por in rcia�do interessado, passa a fluir o prazo da prescri o intercorrente��que, a princ pio, s existe no processo de execu o, j que,� � �� �no de conhecimento, o processo n o pode ficar paralisado por�muito tempo, sob pena de extin o.�� o prazo da prescri o intercorrente o mesmo prazo da�� �prescri o comum. no entanto, para que ela se verifique, �� �necess rio que os autos tenham sido remetidos ao arquivo por�in rcia do titular. se o arquivamento decorreu da impossibi-�lidade de prosseguir a execu o, porque inexistem bens��penhor veis, n o flui o prazo de prescri o.� � �� determinada a suspens o do processo, n o se praticar o� � �atos processuais na execu o, exceto aquelas provid ncias�� �cautelares urgentes. assim, ainda que j recebidos os�embargos, o juiz determinar as provid ncias que sejam� �necess rias, por exemplo, para a preserva o dos bens penhorados,� ��que estejam sob amea a de perecimento.� o art. 794 do c digo de processo civil enumera as�situa es em que a execu o ser extinta: com a satisfa o da�� �� � ��obriga o; quando o devedor obtiver, por transa o ou qual-�� ��quer outro meio, a remiss o total da d vida, ou quando o credor� �renunciar ao cr dito. o rol do art. 794 n o esgota as possi-� �bilidades de extin o do processo de execu o. poss vel�� �� � �que haja extin o em raz o da desist ncia da a o pelo credor,�� � � ��caso em que ser poss vel a repropositura oportuna, j� � �que a desist ncia, ao contr rio da ren ncia, n o atinge o� � � �direito material. tamb m ser extinta a execu o quando os� � ��embargos forem acolhidos, para anular ou declarar nulo ot tulo, ou para reconhecer que a obriga o est extinta.� �� � a extin o da execu o s produzir efeitos depois que�� �� � �for declarada por senten a. o processo de execu o extin-� ��gue-se com uma senten a, de car ter meramente terminativo.� �n o se trata de uma senten a de m rito, mas uma senten a� � � �em que o juiz limita-se a declarar extinta a execu o.�� o recurso cab vel contra o ato judicial que declara extinta�a execu o a apela o, ante a natureza sentencial desse ato.�� � ��

t Tulo ii� do processo cautelar

cap Tulo i�das medidas cautelares em geral

o c digo de processo civil brasileiro, seguindo a orien-�ta o doutrin ria dominante, concebeu a fun o jurisdicional�� � ��como busca de tr s resultados distintos: o conhecimento, a�execu o e a conserva o. da a divis o do c digo, que cuida�� �� � � �do processo de conhecimento, de execu o e cautelar, nos��

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livros i, ii e iii, respectivamente. a cautelar ganhou autonomia como forma de presta o��jurisdicional espec fica. no c digo anterior, de 1939, ela era� �tratada como processo acess rio, inclu do no t tulo das� � �medidas preventivas. o processo, conjunto de atos encadeados para a obten o��de tutela a uma pretens o, freq entemente demorado.� � �o decurso do tempo pode resultar na perda de utilidade doprocesso, trazendo para o titular da pretens o preju zos� �irrepar veis. al m do retardo na obten o de tutela a uma� � ��pretens o, fato que, por si s , gera desgaste e insatisfa o, o� � ��titular da pretens o pode, em raz o da morosidade do pro-� �cesso, obter uma senten a j in til e de pouca valia.� � � s o necess rios, pois, rem dios processuais que� � �minimizem e afastem os perigos decorrentes da demora noprocesso, garantindo-lhe a efetividade. a tutela cautelar temfinalidade assecurat ria e busca resguardar e proteger uma�pretens o.� a finalidade da tutela cautelar nunca ser satisfazer a�pretens o, mas viabilizar a sua satisfa o, protegendo-a dos� ��percal os a que estar sujeita, at a solu o do processo� � � ��principal. a tutela cautelar visar sempre a prote o, seja de uma� ��pretens o veiculada no processo de conhecimento, seja de uma�pretens o executiva. aquele que procura a tutela jurisdicional�pode, portanto, faz -lo com tr s finalidades distintas: buscar� �o reconhecimento de seu direito, por meio do processo deconhecimento; a satisfa o do seu direito, por meio do pro-��cesso de execu o; e a prote o e resguardo de suas pretens es,�� �� �nos processos de conhecimento e de execu o, por meio��do processo cautelar. o car ter meramente assecurat rio e protetivo distingue� �a tutela cautelar de outra forma de tutela urgente, realizadamediante cogni o sum ria da lide, que a tutela antecipat ria.�� � � �nesta, antecipa-se a satisfa o da pretens o posta em ju zo,�� � �e que s seria obtida com o provimento final. a tutela�antecipada j realiza a pretens o, de forma provis ria e em cogni o� � � ��superficial, antecipando os efeitos da senten a final.� n o se confundem, portanto, as duas esp cies de tutela.� �as distin es entre uma e outra ser o aprofundadas oportu-�� �namente.

19. caracter Sticas do processo cautelar�

19.1. autonomia

o processo cautelar tem uma individualidade pr pria,�uma demanda, uma rela o processual, um provimento final��e um objeto pr prio, que a a o acautelat ria, como j acen-� � �� � �tuava liebman. o c digo de processo civil coloca o processo cautelar�no mesmo plano dos processos de conhecimento e execu o,��cada qual buscando obter uma finalidade distinta. n o se nega�que o processo cautelar pressup e sempre a exist ncia de um� �processo principal, j que a sua finalidade resguardar uma� �pretens o que est ou ser posta em ju zo. mas a sua finali-� � � �dade e o seu procedimento s o aut nomos.� � com efeito, as finalidades do processo cautelar e do pro-

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cesso principal s o sempre distintas, j que na cautelar n o� � �se poder postular a satisfa o de uma pretens o. a distin o� �� � ��fica evidenciada ante a possibilidade de resultados dis-tintos, nas duas a es. nada impede a prola o de senten a�� �� �favor vel na a o cautelar, e desfavor vel na principal, e vice-� �� �versa. s o comuns, por exemplo, os casos em que a a o� ��principal julgada procedente, e a cautelar improcedente, por ser�desnecess ria qualquer prote o ou garantia quilo que � �� � �postulado no processo principal.