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Direito Eleitoral

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Direito EleitoralO Instituto IOB nasce a partir da experincia de mais de 40 anos da IOB no desenvolvimento de contedos, servios de consultoria e cursos de excelncia.Por intermdio do Instituto IOB, possvel acesso a diversos cursos por meiode ambientes de aprendizado estruturadospor diferentes tecnologias.As obras que compem os cursos preparatrios do Instituto foram desenvolvidas com o objetivo de sintetizar os principais pontos destacados nas videoaulas.institutoiob.com.brDireito Eleitoral 2 edio / Obra organizada pelo Ins-tituto IOB - So Paulo: Editora IOB, 2013.ISBN 978-85-8079-039-9Informamos que de inteira responsabilidade do autor a emisso dos conceitos.Nenhuma parte desta publicao poder ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem a prvia autorizao do Instituto IOB.A violao dos direitos autorais crime estabelecido na Lei n 9.610/1998 e punido pelo art. 184 do Cdigo Penal.SumrioCaptulo 1 Introduo, 71.Como Estudar Direito Eleitoral, 7Captulo 2 Estrutura da Justia Eleitoral Brasileira, 91.Estrutura da Justia Eleitoral Brasileira Parte I, 92.Estrutura da Justia Eleitoral Brasileira Parte II, 113.Estrutura da Justia Eleitoral Brasileira Parte III, 124.Estrutura da Justia Eleitoral Brasileira Parte IV, 135.Estrutura da Justia Eleitoral Brasileira Parte V, 136.Estrutura da Justia Eleitoral Brasileira Parte VI, 147.Estrutura da Justia Eleitoral Brasileira Parte VII, 168.Estrutura da Justia Eleitoral Brasileira Parte VIII, 17Captulo 3 Introduo ao Alistamento Eleitoral, Transferncia, Segunda Via e Cancelamento da Inscrio, 191.Introduo ao Alistamento Eleitoral, 192.Habilitao ao Voto Parte I, 203.Habilitao ao Voto Parte II, 214.Habilitao ao Voto Parte III, 225.Habilitao ao Voto Parte IV, 236.Habilitao ao Voto Parte V, 247.Habilitao ao Voto Parte VI, 258.Habilitao ao Voto Parte VII, 269.Habilitao ao Voto Parte VIII, 2710. Habilitao ao Voto Parte IX, 2811. Habilitao ao Voto Parte X, 2912. Transferncia Parte I, 3013. Transferncia Parte II, 3114. Segunda Via, 3215. Cancelamento de Inscrio Parte I, 3316. Cancelamento de Inscrio Parte II, 3317. Cancelamento de Inscrio Parte III, 3418. Cancelamento de Inscrio Parte IV, 35Captulo 4 Condies de Elegibilidade e Inelegibilidade, 361.Introduo e Condies, 362.Condies de Elegibilidade Parte I, 373.Condies de Elegibilidade Parte II, 384.Condies de Elegibilidade Parte III, 395.Inelegibilidades Constitucionais Parte I, 406.Inelegibilidades Constitucionais Parte II, 407.Inelegibilidades Constitucionais Parte III, 418.Inelegibilidades Constitucionais Parte IV, 429.Inelegibilidades Constitucionais Parte V, 4310. Inelegibilidades Constitucionais Parte VI, 4411. Inelegibilidades Constitucionais Parte VII, 4512. Inelegibilidades Constitucionais Parte VIII, 4513. Inelegibilidades Infraconstitucionais Parte I, 4614. Inelegibilidades Infraconstitucionais Parte II, 4715. Inelegibilidades Infraconstitucionais Parte III, 48Captulo 5 Registro de Candidatura, 491.Introduo Parte I, 492.Introduo Parte II, 503.Introduo Parte III, 514.Procedimentos Parte I, 525.Procedimentos Parte II, 536.Procedimentos Parte III, 547.Procedimentos Parte IV, 548.Procedimentos Parte V, 559.Procedimentos Parte VI, 5610. Procedimentos Parte VII, 57Captulo 6 Propaganda Poltica, 581.Introduo, 582.Propaganda Eleitoral Parte I, 593.Propaganda Eleitoral Parte II, 594.Propaganda Eleitoral Consideraes Finais Parte I, 615.Propaganda Eleitoral Consideraes Finais Parte II, 626.Propaganda Eleitoral Consideraes Finais Parte III, 637.Propaganda Eleitoral Consideraes Finais Parte IV, 64Captulo 7 Das Aes e Representaes Eleitorais, 661.Introduo Parte I, 662.Introduo Parte II, 673.Da Captao Ilcita de Sufrgio Parte I, 684.Da Captao Ilcita de Sufrgio Parte II, 695.Da Captao Ilcita de Sufrgio Parte III, 70Captulo 8 Processo Penal Eleitoral, 721.Processo Penal Eleitoral Parte I, 722.Processo Penal Eleitoral Parte II, 74Captulo 9 Crimes Eleitorais, 761.Crimes Eleitorais Parte I, 762.Crimes Eleitorais Parte II, 783.Crimes Eleitorais Parte III, 794.Crimes Eleitorais Parte IV, 815.Crimes Eleitorais Parte V, 83Captulo 10 Partidos Polticos, 861.Partidos Polticos Parte I, 862.Partidos Polticos Parte II, 883.Partidos Polticos Parte III, 904.Partidos Polticos Parte IV, 925.Partidos Polticos Parte V, 936.Partidos Polticos Parte VI, 957.Partidos Polticos Parte VII, 97Captulo 11 Das Eleies, 991.Das Eleies Parte I, 992.Das Eleies Parte II, 102Captulo 12 Ministrio Pblico Eleitoral, 1051.Ministrio Pblico Eleitoral, 105Captulo 13 Abuso do Poder Econmico, 1081.Abuso do Poder Econmico Parte I, 1082.Abuso do Poder Econmico Parte II, 1113.Abuso do Poder Econmico Parte III, 1124.Abuso do Poder Econmico Parte IV, 115Captulo 14 Das Condutas Vedadas, 1171.Condutas Vedadas Parte I, 1172.Condutas Vedadas Parte II, 119Gabarito, 121Captulo 1Introduo1.Como Estudar Direito Eleitoral1.1ApresentaoNestaunidadedeestudo,oautorapresentaalegislaoeleitoral,di-vulgandoasprincipaisleisqueregulamamatria,almdoprprio Cdigo Eleitoral.1.2SnteseA Lei n 4.737/1965 define o Cdigo Eleitoral; onde esto as principais regras sobre a matria eleitoral. Datado de 1965, o Cdigo Eleitoral foi editado sob a gide da Constituio de 1949.So leis pertinentes ao estudo do direito eleitoral:Lei n 9.504/1997 a Lei das Eleies;Direito Eleitoral8Lei n 9.096/1995 a Lei que trata dos Partidos Polticos;Lei Complementar n 64/1990 a Lei das Inelegibilidades, que sofreu alteraes pela Lei Complementar n 135/2010;alm das Resolues do TSE.As dificuldades que podero surgir so em razo do Cdigo Eleitoral ser de 1965 e as leis posteriores trazerem regras divergentes das contidas no referido diploma.O Cdigo Eleitoral que originalmente uma Lei Ordinria, com a vigncia daConstituioFederalde1988,empartetornou-seumaLeiComplemen-tar, ou seja, alguns artigos foram recepcionados como Lei Complementar. Os artigos que receberam esse tratamento tratam da organizao, competncia e atribuies da Justia Eleitoral, na forma do art. 121 da CF/1988.OCdigoEleitoralcontmdispositivosrevogados,sejaporincompatibi-lidade com o sistema constitucional vigente, seja por incompatibilidade com outras normas posteriores de mesmo status. Apresenta dispositivos com status de Lei Ordinria e dispositivos com status de Lei Complementar.Site do TSE: Cdigo Eleitoral.Autor recomendado Eduardo Soares da Costa/Djalma Pinto/Pedro Lenza/Roberto Almeida.Informativos do TSE, receber os informativos.Captulo 2Estrutura da Justia Eleitoral Brasileira1.Estrutura da Justia Eleitoral Brasileira Parte I1.1ApresentaoNestaunidadedeestudo,oautorapresentaosrgosquecompema Justia Eleitoral e inicia a anlise do Tribunal Superior Eleitoral.1.2SnteseSegundo a Constituio Federal de 1988, o direito eleitoral est distribudo emquatrorgosdiferentes.Soeles:TribunalSuperiorEleitoral,Tribunal Regional Eleitoral, Juzes Eleitorais e Juntas Eleitorais.Os rgos da justia eleitoral esto disciplinados no art. 118 da Constitui-o Federal de 1988. So eles: o Tribunal Superior Eleitoral, os Tribunais Re-Direito Eleitoral10gionais Eleitorais que so tribunais de segunda instncia; e os Juzes Eleitorais e as Juntas Eleitorais, que compem a primeira instncia da Justia Eleitoral.O Tribunal Superior Eleitoral tem sede na Capital Federal Braslia e possui jurisdio em todo o territrio nacional. composto de no mnimo sete juzes. Estes sete membros sero magistrados e advogados, os quais permanecero no cargo por um perodo de tempo determinado. O exerccio do mandato tem pra-zo determinado em funo do carter de transitoriedade na ocupao do cargo de juiz eleitoral. O TSE composto de trs ministros do STF; dois ministros do STJ e dois advogados.A Constituio determina que haja no mnimo sete juzes. Entretanto, exis-tem duas correntes que discutem sobre a majorao desse nmero.AprimeiradizqueparaaumentaronmerodemembrosdoTSEseria necessria uma Emenda Constitucional, art. 119 da CF/1988.Jasegundacorrenteacreditaqueparaaumentaronmerodejuzes doTSEbastariaaediodeLeiComplementar,conformeart.121da CF/1988. Esta a posio adotada pelo professor, com o argumento de que noestariamudandoacomposiodefinidapeloart.118,apenasaumen-tando o nmero de componentes, o que seria plenamente possvel mediante Lei Complementar.Vista a composio de sete membros, importante ressaltar que os mi-nistros do STF e do STJ no deixam os seus respectivos cargos para atuarem no TSE, o exerccio da funo concomitante, ou seja, se o ministro do STF,eleiratuarnoSTFenoTSE,casosejaministrodoSTJ,iratuar tantonoSTJquantonoTSE.Josdoisadvogados,duranteoperodoem que ocuparem o cargo de juiz do TSE, podero advogar em outras reas que no na eleitoral.Por outro lado, no podero ser membros do TSE os presidentes, vice-pre-sidentes e os corregedores do STF e do STJ; estes esto impedidos de compor o quadro de juzes do TSE.A escolha dos ministros do STF e dos ministros do STJ para comporem os quadros do TSE ocorre por meio de eleio secreta entre seus membros. OSTFemsessopromoveeleiocomvotosecretoentreseusministrose os trs mais votados so indicados para assumirem o cargo de juiz do TSE. A mesma formalidade ocorre para a escolha dos ministros do STJ que, em ses-so, promovem votao secreta e os dois membros mais votados so indicados ao cargo de juiz do TSE.J os dois advogados que comporo o quadro de juzes do TSE devero ter notvel saber jurdico e idoneidade moral. Sero escolhidos dentre seis indicadospeloSTFeo Presidente daRepblica quem nomear os dois escolhidos.Direito Eleitoral112.Estrutura da Justia Eleitoral Brasileira Parte II2.1ApresentaoNesta unidade de estudos, o autor prossegue na anlise da composio doquadrodejuzesdoTribunalSuperiorEleitoral,almdeexplicaro processo de escolha dos advogados que comporo o quadro de membros e aborda o tempo da judicatura no referido Tribunal.2.2SnteseTratando ainda da composio do TSE, conforme visto anteriormente, os advogados que faro parte do TSE sero indicados pelo STF e escolhidos pelo Presidente da Repblica.Alm de idoneidade moral e notrio saber jurdico, ainda so requisitos: possuir mais de dez anos de exerccio da profisso e estar no exerccio da ad-vocacia no momento da indicao.O TSE utiliza-se de Resolues para regular matria eleitoral e na elabo-rao dos requisitos para o ingresso de advogados em seu quadro de membros usou como parmetro o art. 93 da CF/1988.O STF ir elaborar a lista com seis indicados. O TSE por sua vez ir publi-car a lista para dar publicidade ao ato e propiciar a possibilidade de impugnao doscandidatosseforocaso,parasentoencaminharalistacomosnomes dos indicados para o Presidente da Repblica, que escolher dois para nomear.Oart.121,2daCF/1988determinaotempodejudicaturaeleitoral, conformedispe:osjuzesdostribunaiseleitorais,salvomotivojustificado, serviropordoisanos,nomnimo,enuncapormaisdedoisbiniosconse-cutivos, (...), ou seja, o exerccio no cargo ser de no mnimo dois anos e no mximo quatro anos.Existeumaexcepcionalidade:oTSEentendequeojuizeleitoraldepri-meira instncia pode ultrapassar o limite de dois binios consecutivos; esta ex-ceo ocorre em comarcas pequenas onde h juiz de vara nica, situao em que o juiz estadual cumula a funo de juiz eleitoral.Entende-seporbiniooperododedoisanosnoexercciodocargo.A Constituio autoriza apenas dois binios consecutivos, entretanto, se houver intervalo entre os binios, e este intervalo for inferior a dois anos, ser conside-rada a consecutividade entre o primeiro e o segundo binios.Direito Eleitoral123.Estrutura da Justia Eleitoral Brasileira Parte III3.1ApresentaoNesta unidade de estudos, o autor apresenta as caractersticas e competncias dos juzes eleitorais.3.2SnteseNo captulo anterior, foi estabelecido no haver a vitaliciedade na justia eleitoral, mas sim a periodicidade no exerccio da funo de juiz eleitoral. H uma constante renovao dos juzes eleitorais.Na justia eleitoral, para cada juiz eleitoral efetivo, haver um juiz eleitoral substituto, conforme expressa a segunda parte do 2 do art. 121 da CF/1988: sendoossubstitutosescolhidosnamesmaocasioepelomesmoprocesso, em nmero igual para cada categoria. Isto significa dizer que a Constituio criouduascategoriasdejuzeseleitorais:juizeleitoralefetivoejuizeleitoral substituto, escolhidos pelo mesmo processo e em igual nmero.O juiz efetivo atua, enquanto o substituto permanece em stand by; via de regra, o juiz substituto no se torna efetivo, apenas substituir o efetivo se hou-ver necessidade. A substituio temporria; por exemplo: em caso de frias do juiz efetivo, ou em caso de licena, etc.As competncias esto disciplinadas no art. 121, 3 da CF/1988 e arts. 22 e 23 do Cdigo Eleitoral.Art. 121, 3 da CF/1988: So irrecorrveis as decises do Tribunal Supe-rior Eleitoral, salvo as que contrariarem esta Constituio e as denegatrias de habeas corpus ou mandado de segurana.J o 4 do mesmo artigo cita as hipteses em que caber recurso das de-cises dos Tribunais Regionais Eleitorais. So elas: I forem proferidas contra disposioexpressadestaConstituiooudelei;IIocorrerdivergnciana interpretao de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais; III versarem sobre inelegibilidadeouexpediodediplomasnaseleiesfederaisouestaduais; IV anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou estaduais; V denegarem habeas corpus, mandado de segurana, habeas data ou mandado de injuno.OTSEtemcompetnciaparajulgarmatriaeleitoral,entretanto,tem competncia para julgar crimes eleitorais? Ou tem competncia para processar e julgar o Presidente da Repblica? A resposta para estas perguntas voc encon-trar no prximo captulo.Direito Eleitoral134.Estrutura da Justia Eleitoral Brasileira Parte IV4.1ApresentaoNesta unidade de estudo, o autor encerra a anlise do Superior Tribunal Eleitoral e inicia a temtica dos recursos perante a justia eleitoral.4.2SnteseSeguindo na anlise da competncia para processamento e julgamento do TSE, questiona-se a competncia desta Corte para processar e julgar o Presi-dente da Repblica nos crimes eleitorais. A resposta para tal questo est nos arts.85e86daCF/1988,quetrazemashiptesesderesponsabilizaodo PresidentedaRepblicaeacompetnciaparaprocessarejulgarnocasode cometimento de crimes de responsabilidade e de crimes comuns.Os crimes eleitorais cometidos pelo Presidente da Repblica, por sua vez esto inseridos nos crimes comuns, assim sendo, o TSE no possui competn-cia para processar e julgar o Presidente da Repblica. Em hiptese de cometer crime comum, ser processado e julgado pelo STF. Enquanto que no caso de cometimentodecrimederesponsabilidadeserprocessadoejulgadopelo Senado Federal.As decises do TRE e do TSE em regra so irrecorrveis; em regra, porque excepcionalmente podero ser interpostos o Recurso Extraordinrio (art. 102, III da CF/1988) e o Recurso Especial (art. 105, III da CF/1988).Ser admitido recurso das decises proferidas pelo TRE, quando a deciso violar a Constituio Federal; ocorrendo esta violao, o recurso ser interpos-to perante o TSE. E se a deciso do TSE mantiver a deciso do TRE, ou seja, mantiveraafrontaConstituiodaRepblica,asim,nestecaso,caber recurso perante o STF (art. 121, 3 e 4 da CF/1988).5.Estrutura da Justia Eleitoral Brasileira Parte V5.1ApresentaoNesta unidade de estudos, o autor apresenta a composio do Tribunal Re-gional Eleitoral e explica como se d a escolha dos membros deste Tribunal.Direito Eleitoral145.2SnteseProsseguindo na anlise do TSE e do TRE, importante frisar que entre os membros (juzes) destes tribunais no pode haver parentesco por afinidade ou por consanguinidade at o quarto grau e nem com o cnjuge.Haver um TRE em cada Estado da Federao e um no Distrito Federal. Sua composio est disciplinada no art. 120 da CF/1988. Todos os TRE sero compostos por sete juzes, sendo: dois desembargadores do Tribunal de Justi-a do Estado; dois juzes de direito estaduais; um juiz do Tribunal Regional Federaloujuizfederaledoisadvogados.Essenmerodesetemembrosdo TRE poder ser majorado, se for combinado o art. 93 da CF/1988 com o art. 96 tambm da Constituio Federal.A escolha dos dois desembargadores e dos dois juzes de direito estaduais e seus respectivos substitutos ser feita mediante eleio no Tribunal de Justia do Estado, por meio de voto secreto. Sero eleitos dois desembargadores efeti-vos e dois desembargadores substitutos e dois juzes de direito estaduais efetivos e dois substitutos.AnomeaodojuizdoTRFoudojuizfederalparacomporosquadros da magistratura do TRE feita mediante a escolha do TRF respectivo quele EstadodaFederao.RelembrandoquesocincoosTRFnopaseelesse dividememregies;cadaregioirabarcarosEstadosdesuacompetncia, contemplando assim os vinte e sete Estados da Federao.Nos Estados em que o TRF tiver sua sede, quem ir compor a magistratura do TRE ser o juiz do TRF escolhido pelo prprio TRF. Nos Estados em que nohsededoTRF,quemcomporosquadrosdoTREserojuizfederal daquele Estado indicado pelo TRF responsvel por aquela regio.6.Estrutura da Justia Eleitoral Brasileira Parte VI6.1ApresentaoNestaunidadedeestudo,oautorprosseguenaanlisedoTribunalRe-gionalEleitoral,abordandoemespecialacomposiodoTribunaleo processo de escolha de seus membros.6.2SnteseA escolha dos advogados para a composio da magistratura do TRE se as-semelha escolha do TSE no que tange idoneidade moral e ao notvel saber Direito Eleitoral15jurdico. A diferena est na indicao: para compor o TRE, a indicao dos seis nomes feita pelo Tribunal de Justia do respectivo Estado, j a nomeao dos dois escolhidos feita pelo Presidente da Repblica.Oprocedimentoparanomeaoidnticoaoprocedimentorealizado para o TSE. O TRE envia a lista com o nome dos seis indicados, aguarda pela eventual impugnao dos candidatos e no ocorrendo esta ou sendo improce-dente, encaminha a lista para o Presidente da Repblica que, por sua vez, far a nomeao dos dois escolhidos.DiferentedaConstituioFederal,oCdigoEleitoralemseuart.25, 1 fala em lista trplice. Esta lista a lista que compe o nome dos advo-gados indicados, a cada um escolhido so trs os indicados, por isso, o nome de lista trplice.Importante o estudo dos arts. 29 e 30 do Cdigo Eleitoral sem prejuzo do art. 121 da CF/1988. Os dispositivos do Cdigo Eleitoral traro as competn-cias jurisdicionais e administrativas do Tribunal Regional Eleitoral.As funes e atribuies dos juzes eleitorais esto disciplinadas nos arts. 32 a 35 do Cdigo Eleitoral.Osjuzeseleitoraissojuzesestaduaisdeprimeirainstncia,tambm denominadosdejuzesdedireito.Osjuzesestaduaisdeprimeirainstncia sero juzes estaduais de primeira instncia, enquanto os juzes estaduais de segunda instncia sero juzes eleitorais de segunda instncia. O exerccio da funo de juiz eleitoral de dois anos, prorrogvel por igual perodo, entretan-to, normalmente, no h a prorrogao, em razo do grande nmero de juzes estaduais,promovendoassimumrodzio,paraquetodososjuzespossam exercer a judicatura eleitoral.No qualquer juiz que ser juiz eleitoral. Sero juzes eleitorais aqueles que gozem das garantias de vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsdios, garantias estas que os permitam exercer sua funo sem qualquer tipo de presso e promover assim um julgamento imparcial. Para fazer parte dos quadros da Justia Eleitoral, na Justia Estadual, ele tem que gozar destas trs garantias.Apesar de o juiz possuir as trs garantias da magistratura estadual, no exer-ccio da magistratura eleitoral, ele ter to somente a garantia da inamovibili-dade, isto porque, por se tratar de cargo por perodo de dois anos, prorrogvel por igual perodo no h que se falar em vitaliciedade. Ainda, no h a garantia de irredutibilidade de subsdios, porque o juiz recebe parcela nica fixada em lei na justia estadual, para o exerccio da magistratura; quando no exerccio damagistraturaeleitoral,irreceberumagratificaoparaexercerafuno eleitoral.Apsdeixarafunodejuizeleitoral,aquelagratificaocessa,ou seja, no se incorpora parcela nica fixada em lei; o magistrado continuar a receber o seu salrio de juiz estadual.Direito Eleitoral16O TSE admite que juzes que no possuam as trs garantias na justia es-tadualpossamfazerpartedajustiaeleitoralexcepcionalmente.Lembrando aindaqueoSupremoTribunalFederaldecidiurecentementenosentidode que os juzes que j so vitalcios tenham direito inamovibilidade.7.Estrutura da Justia Eleitoral Brasileira Parte VII7.1ApresentaoNestaunidadedeestudo,oautorapresentaacompetnciadosjuzes eleitoraisedasjuntaseleitoraisedespecialatenoparaoatoda diplomao.7.2SnteseA zona eleitoral a rea de competncia do juiz eleitoral e criada pelo TRE,medianteaaprovaodoTSE.Enquantoocartrioapartefsica,o prdio onde est o juiz, os serventurios, etc.Oart.35doCdigoEleitoraltrazascompetnciasdosjuzeseleitorais. Dentre elas: expedir justificativa que isente o eleitor de pagamento de multa; dividirazonaeleitoralemsesses;julgamentodehabeascorpus;designao dos locais onde funcionaro as sesses eleitorais; nomear os membros das me-sas receptoras de votos; decidir questes de matria eleitoral, como impugna-es e representaes durante o pleito, entre outras.As juntas eleitorais esto reguladas nos arts. 36 a 41 do Cdigo Eleitoral. As juntas so rgos colegiados da justia eleitoral, cuja competncia primordial acontagemeapuraodevotos.Antigamente,quandoasapuraeseram feitas de forma manual, as juntas eleitorais possuam um prestgio enorme; o Cdigo Eleitoral previa o prazo de dez dias para promover a apurao dos votos deformamanual.Comainformatizaodoprocessodevotao,pelaurna eletrnica, esvaziou-se o prestgio da junta eleitoral, tornando o processo mais rpido e seguro.Alm da contagem e apurao dos votos, outra competncia das juntas elei-torais resolver incidentes que ocorram durante esses trabalhos. tambm competncia das juntas eleitorais a diplomao dos candidatos eleitos em nvel municipal. Especial ateno diplomao. A diplomao ato Direito Eleitoral17importante no que tange a imunidades, no que tange ao de impugnao de mandado eletivo, ainda condio para que o eleito possa tomar posse do cargo, bem como em hiptese de recurso contra a diplomao, prevista no art. 262 do Cdigo Eleitoral.AdiplomaonotemdataespecificadanoCdigo;ajustiaeleitoral quem fixa a data.8.Estrutura da Justia Eleitoral Brasileira Parte VIII8.1ApresentaoNestaunidadedeestudo,oautorfazumaanlisepormenorizadadas juntas eleitorais.8.2SnteseProsseguindo na anlise das juntas eleitorais, preciso entender que as jun-tas so rgos transitrios, que no tm natureza permanente; elas so criadas e dissolvidas em pocas de eleio.Retomando na importncia do ato da diplomao, vejamos os rgos com-petentes para a diplomao nas trs esferas.O TSE o rgo competente para diplomar o Presidente da Repblica e Vice-Presidente.J o TRE o responsvel pela diplomao, na esfera federal dos Deputados Federais e Senadores Federais e vices e na esfera estadual dos Deputados Esta-duais e Governador e vices.Por ltimo, as juntas eleitorais so competentes para a diplomao do Pre-feito, Vice-Prefeito e Vereadores.A instalao da sede da junta eleitoral ser definida pelo Presidente do TRE, aps a aprovao pelo Tribunal. Ser tambm competncia do Presidente do TRE a nomeao dos membros das juntas aps a aprovao pelo Tribunal.Poderosercriadasquantasjuntasforemosjuzesdedireitonacircuns-crio, isto porque o presidente da junta ser um juiz de direito. No se exige necessariamente que seja um juiz eleitoral, pode ser um juiz de direito da co-marca.Entretanto,naexistnciadevriasjuntaseleitoraisnaquelacircuns-crio, a junta responsvel pela diplomao do prefeito, do vice-prefeito e dos Direito Eleitoral18vereadoresserajuntaquetiverojuizeleitoralmaisantigonoexerccioda funo. Ser esta mesma junta que ser a responsvel pela totalizao dos votos daquela circunscrio eleitoral.Na esfera estadual, ser o TRE o responsvel pela totalizao dos votos; as juntas eleitorais daquele Estado iro reunir seus dados preliminares e enviaro aoTREqueircentralizaressasinformaesetotalizarosvotos,indicando o candidato eleito. No mbito federal, sero os TRE que enviaro seus dados preliminares ao TSE que ir totalizar os votos e apresentar o candidato eleito.No so todas as pessoas que podero fazer parte das juntas eleitorais e as vedaes podem ser encontradas no art. 36, 3 do Cdigo Eleitoral e no art. 64 da Lei n 9.504/1997 Lei das Eleies.A primeira vedao est descrita no inciso I do 3 do art. 36 do Cdigo Eleitoral e impede de fazer parte de junta eleitoral pessoas que tenham paren-tesco por afinidade ou consanguinidade, at o segundo grau, inclusive cnju-ge, com candidato a cargo eletivo na circunscrio.Tambmsoimpedidasdefazerpartedajuntaeleitoralpessoasquede-sempenhem cargo de confiana no executivo, autoridades policiais e agentes policiais (inciso III); membros de diretrios de partidos polticos com nome re-gistrado e devidamente publicado (inciso II); alm dos serventurios da justia eleitoral (inciso IV).J a vedao trazida pelo art. 64 da Lei n 9.504/1997 diz que duas pessoas que tenham qualquer grau de parentesco entre si, ou duas pessoas que traba-lhemnamesmaempresaprivada,ouduaspessoasquesejamservidoresna mesmarepartiopblicanopodemfazerpartedamesmajuntaenemda mesma turma.Importante fazer a leitura dos arts. 36 a 41 do Cdigo Eleitoral.Captulo 3Introduo ao Alistamento Eleitoral, Transferncia, Segunda Via e Cancelamento da Inscrio1.Introduo ao Alistamento Eleitoral1.1ApresentaoO autor inicia esta unidade de estudo realizando a distino entre nacional e cidado, requisito para a anlise do alistamento eleitoral, ato este disci-plinado na Constituio Federal e no Cdigo Eleitoral.1.2SnteseAntesdetudo,necessriodiferenciarnacionaldecidado.Nacional aquelapessoaquetemumvnculodecorrentedolocalondenasceu,oude-corrente da relao sangunea ou, ento, a pedido passa a ter um vnculo com determinadoEstado;vnculoestequegeraumasriedeprerrogativas,uma srie de obrigaes e uma srie de direitos. Porm, o fato de ser nacional no quer dizer que o indivduo seja cidado.Direito Eleitoral20Para ser considerado cidado, necessrio que o indivduo possua direitos polticos, que em sntese so: a capacidade eleitoral ativa (votar) e a capacidade eleitoral passiva (ser votado). Portanto, nem todo nacional cidado. A Consti-tuio Federal determina quem pode titularizar direitos polticos.Realizada a distino, veja que o alistamento eleitoral o procedimento administrativo judicial por meio do qual o alistando ou nacional se qualifica e se inscreve perante a justia eleitoral, a fim de exercer a capacidade eleito-ral ativa. O conceito de alistamento eleitoral est disciplinado no art. 42 do Cdigo Eleitoral.A Constituio Federal, por sua vez, trata dos Direitos Polticos nos arts. 14 a 16, e disciplina o alistamento eleitoral e o voto especificamente em seu art. 14, 1. A Constituio diz que o alistamento eleitoral e o voto podero ser obrigatrios, facultativos ou vedados.O alistamento eleitoral e o voto so obrigatrios para os maiores de 18 anos. facultativo para os maiores de 16 e menores de 18 anos, para os maiores de 70 anos e para os analfabetos.2.Habilitao ao Voto Parte I2.1ApresentaoNestaunidadedeestudo,oautorprosseguenaanlisedoalistamento eleitoral, bem como do voto e apresenta as condies para o exerccio dos direitos polticos.2.2SnteseProsseguindo na anlise do alistamento eleitoral e para o exerccio do voto, que so direitos polticos estabelecidos pela Constituio Federal.O alistamento eleitoral e o voto so obrigatrios para os maiores de 18 anos. facultativo para os maiores de 16 e menores de 18 anos, para os maiores de 70 anos e para os analfabetos (art. 14, 1, CF/1988). Ressalva para esta ltima condio, quando a Constituio diz ser facultativo o alistamento eleitoral e o votoparaosmaioresde70anoselaquerdizerparaosquepossuem70anos ou mais.O alistamento eleitoral pressuposto para o voto, assim sendo, para votar preciso estar alistado.Ovotopoderserfacultadoaindaaospresosqueaindanotiveramseus direitos polticos suspensos, ou seja, aqueles presos que ainda no foram con-Direito Eleitoral21denados em definitivo; nesta situao, o juiz eleitoral ir escolher e determinar os presdios em que podero ser instaladas sesses eleitorais para que os presos nestas condies possam exercer seus direitos polticos.A capacidade eleitoral do ndio ser avaliada pela Funai e pelo Poder Judi-cirio, que podero fazer o ndio passar condio de integrado sociedade. O Estatuto do ndio determina que a Funai estabelea para fins legais quais as tribos que j esto integradas ou no sociedade, a fim de que aqueles ndios possam exercitar os direitos como qualquer outra pessoa, bem como cumprir as obrigaes impostas por lei. Poder ainda o juiz eleitoral emancipar o ndio que seentendaintegradoequedesejaexercerosdireitoseassumirasobrigaes de cidado.O alistamento eleitoral e o voto so vedados aos estrangeiros e aos conscri-tos (art. 14, 2, CF/1988). preciso ficar atento vedao aos estrangeiros porque existe uma nica exceo: a condio do portugus equiparado, disci-plinado no art. 12, 1 da CF/1988, este, sim, poder exercer os direitos polti-cos do alistamento e do voto.3.Habilitao ao Voto Parte II3.1ApresentaoO autor prossegue explicando a temtica do alistamento eleitoral e do voto, e inicia a anlise das causas de perda e suspenso dos direitos polticos.3.2SnteseContinuando na anlise do alistamento eleitoral e do voto. O alistamento eleitoraleovotosovedadosaosestrangeiroseaosconscritos(art.14,2, CF/1988). Conscrito aquele indivduo que est cumprindo o servio militar obrigatrio; no confundir o conscrito com o militar pois so figuras distintas. O conscritononecessariamenteser oindivduoque completa 18 anos;h algumas hipteses previstas em lei em que o indivduo, em razo de estar cur-sando graduao de nvel superior em determinadas reas do conhecimento, poder exercer essa obrigao aps a concluso do curso superior.A suspenso e a perda dos direitos polticos conforme consignado na Cons-tituioFederalpodemimpediroalistamentodoindivduo,masmaisdo que isto, se trata de um impedimento ao exerccio do voto, alm de ser uma vedao capacidade eleitoral passiva. Em verdade, a perda ou a suspenso dos direitos polticos importa numa restrio aos direitos polticos como um todo.Direito Eleitoral22Entretanto, caso o indivduo j esteja alistado e sofra a suspenso de seus direitospolticos,asuainscrionoestarliberadanosistema,segundoa Resoluo n 21.538/2003 do TSE. Esta inscrio s cancelada efetivamente aps um prazo de 06 anos, sendo possvel que o indivduo volte a ter seus di-reitos polticos sem que seja necessrio promover um novo alistamento; o que eleirfazerreabilitaraquelainscrio.Emoutroscasos,oindivduoser impedido de se alistar.A suspenso e a perda dos direitos polticos tema divergente entre a lei e a doutrina. A Constituio Federal estabelece que ningum sofrer cassao de seus direitos polticos, o que possvel a cassao de mandato, conforme art. 55 da CF/1988, mas veementemente proibida a cassao de direitos polticos.A suspenso e a perda dos direitos polticos esto disciplinadas no art. 15 da CF/1988 e nos arts. 51 a 53 da Resoluo n 21.538/2003 do TSE.So cinco as hipteses de perda e suspenso de direitos polticos. A doutrina constitucionalista de Jos Afonso da Silva, Alexandre de Moraes, Andr Ramos Tavares traz como hipteses de perda o cancelamento da naturalizao por sen-tena transitada em julgado (art. 15, I, CR); e a recusa de cumprir obrigao a todos imposta ou prestao alternativa, nos termos do art. 5, VIII, CF/1988 (art. 15, IV, CF).4.Habilitao ao Voto Parte III4.1ApresentaoNesta unidade de estudo, o autor aborda as causas de perda e suspenso dos direitos polticos pelas diretrizes da Resoluo n 21.538/2003, alm de apresentar as condies para o alistamento eleitoral do brasileiro nato e do brasileiro naturalizado.4.2SnteseNo captulo anterior, foi visto que so cinco as hipteses de perda e suspen-so de direitos polticos. Sendo na perspectiva doutrinria hipteses de perda o cancelamento da naturalizao por sentena transitada em julgado (art. 15, I, CR); e a recusa de cumprir obrigao a todos imposta ou prestao alternativa, nos termos do art. 5, VIII, CF/1988 (art. 15, IV, CF).A perda dos direitos polticos prevista no inciso IV do art. 15 da CR/88 no atribuda pela doutrina como uma causa de perda de direitos polticos, apesar Direito Eleitoral23da lei no determinar por quanto tempo duraria esta perda. No mesmo sentido, o art. 53, I da Resoluo n 21.538/2003 do TSE determina que a nica situao de perda de fato dos direitos polticos pelo cancelamento da naturalizao.PelasdiretrizesdaResoluon21.538/2003doTSE,ashiptesesde suspensodos direitospolticosso a incapacidade civil absoluta (art. 15, II, CF/1988); a condenao criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos (art. 15, III, CF/1988); a improbidade administrativa, nos termos do art. 37, 4 (art. 15, V, CF/1988); e, por ltimo, a recusa de cumprir obri-gao a todos imposta ou prestao alternativa, nos termos do art. 5, VIII, CR (art. 15, IV, CF/1988).Retomando a anlise do alistamento eleitoral, a Resoluo n 21.538/2003 do TSE trata desta matria em seus arts. 9 ao 17. A Resoluo apresenta em seu art. 15 o prazo para que o brasileiro nato e brasileiro naturalizado promo-vam seu alistamento eleitoral. O brasileiro nato maior de 18 anos dever efe-tuar seu alistamento eleitoral at os 19 anos, enquanto que o brasileiro naturali-zado maior de 18 anos ter o prazo de 01 ano contado da data da naturalizao.Na hiptese de o brasileiro naturalizado no cumprir o prazo de alistamen-toeleitoral,sofrerasanodemulta.Obrasileironatoquenorespeitaro prazo ir igualmente ser penalizado com multa, porm, h uma exceo que permite ao brasileiro nato alistar-se aps os 19 anos sem o pagamento de mul-ta, e a condio que o alistamento eleitoral seja efetuado antes da primeira eleio subsequente data que completou 19 anos. Isto porque a finalidade da justia eleitoral facilitar o exerccio dos direitos polticos e no arrecadao de valores com a aplicao de multas.5.Habilitao ao Voto Parte IV5.1ApresentaoNesta unidade de estudo, o autor trata da exceo ao alistamento eleito-ral do brasileiro nato aps os 19 anos e da possibilidade de alistamento eleitoraldomenorde16anosdesdequecumpridosostrsrequisitos exigidos em lei.5.2SnteseProsseguindonaanlisedoalistamentoeleitoral,tratandoaindadaexce-odoalistamentoeleitoraldobrasileironatoapsos19anos,necessrio Direito Eleitoral24conjugar o art. 15 da Resoluo n 21.538/2003 do TSE com o art. 91 da Lei n 9.504/1997, que determina o prazo-limite de 151 dias antes do pleito para a inscrio ou transferncia do eleitor, ou seja, o eleitor tem de promover sua inscrio ou transferncia antes de 150 dias do pleito.possveloalistamentodomenorde16anos.Omenornestecasoo adolescentecom15anosdeidade,esotrsosrequisitos.Primeiro,com-pletar16anosatadatadopleito;segundo,oalistamentoserrequeridono ano eleitoral; e terceiro, respeitar os 150 dias previstos pelo art. 91 da Lei n 9.504/1997. Lembrando que este alistamento facultativo e o ttulo eleitoral expedido nessas condies s tem efeito legal no momento em que comple-tada a idade de 16 anos.6.Habilitao ao Voto Parte V6.1ApresentaoNesta unidade de estudo, o autor trata do alistamento do analfabeto, das consequncias jurdicas do no alistamento eleitoral e inicia a explicao da distribuio de competncias da justia eleitoral.6.2SnteseDandocontinuidadenaanlisedoalistamentoeleitoral.Aoanalfabeto facultadooalistamentoeleitorale,independentedolapsotemporal,eleno estsujeitopenademultaemmatriaeleitoral.Ehsentidovistoquea ideia da justia eleitoral aproximar esse indivduo do exerccio de seus direitos fundamentais; neste caso, especificamente, exerccio de seus direitos polticos.Dadaaimportnciadoalistamentoeleitoralnocartrioeleitoral,asua inobservnciageraumasriederepercussesqueestodispostasnoart.7, 1 do Cdigo Eleitoral.Temos entre outras, como consequncias do no alistamento eleitoral, a impossibilidade de emisso de passaporte (inciso V), impossibilidade de ma-tricular-se em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo (inciso VI), impossibilidade de obter emprstimos de instituies financeiras pblicas (inciso IV).Na Justia Estadual, a distribuio de competncias dividida por comarcas. J na Justia Eleitoral, a distribuio feita por zonas, e essa distribuio permite que se tenha uma zona por municpio, ou que uma zona abranja mais de um municpio ou, ainda, a possibilidade um municpio abranger vrias zonas.Direito Eleitoral25Primeiroponto:quandovocseinscrevenajustiaeleitoralserdefinido o seu domiclio eleitoral; para a justia eleitoral, o seu domiclio eleitoral ser naquela localidade. Lembre-se de que a Constituio Federal coloca como con-diodeexigibilidadeterdomiclioeleitoralnacircunscrio,conformeart. 14, 3, IV. Portanto, a fixao do domiclio eleitoral ser dada pelo alistamento, porm, para fixar esse domiclio eleitoral, algum critrio dever ser utilizado.A primeira observao a ser feita que o domiclio eleitoral no se confun-de necessariamente com o domiclio civil, isto porque a justia eleitoral aceita paraafixaododomiclioeleitoralnosodomicliocivil,mastambm admite outros critrios.7.Habilitao ao Voto Parte VI7.1ApresentaoNestaunidadedeestudo,oautorabordaoscritriosparaafixaodo domiclio eleitoral.7.2SnteseConformevistonocaptuloanterior,ajustiaeleitoralaceitaparaafi-xaododomiclioeleitoralnosodomicliocivil,masadmitetambm outros critrios.Dispe o Cdigo Eleitoral em seu art. 42, pargrafo nico: Para o efeito da inscrio, domiclio eleitoral o lugar de residncia ou moradia do requerente, e,verificadoteroalistandomaisdeuma,considerar-se-domiclioqualquer delas. Portanto, segundo o Cdigo Eleitoral, pode ser critrio, alm do domi-clio civil, o lugar da residncia ou da moradia do eleitor.Soaceitos ainda,com basenaResoluo n 21.538/2003, como critrio para a fixao do domiclio eleitoral o vnculo laboral do eleitor, o vnculo co-munitrio ou o vnculo patrimonial, conforme art. 65. Segundo entendimento do TSE, possvel a fixao do domiclio eleitoral com base no vnculo afetivo.A Resoluo ao dispor sobre os vnculos comunitrio, laboral e patrimonial o faz nas hipteses de fraude do alistamento ou da transferncia, situao em que instaurado um procedimento chamado de Reviso do Eleitorado. Esta revisoencontra-seprevistanosarts.58a65daResoluon21.538/2003e tambm no Cdigo Eleitoral.Estesdispositivosdisciplinamarevisodoeleitorado,procedimentopelo qual o juiz eleitoral ir chamar os eleitores daquela circunscrio ou daquele Direito Eleitoral26municpio ou daquela zona para que compaream e apresentem documentos comprobatriosdoseuvnculo.AprpriaResoluodispequenohaver nenhum problema se o eleitor comprovar, por exemplo, que tem um vnculo laboral com aquela circunscrio, podendo nesta hiptese manter-se alistado ali. Dessa forma, desde que haja a devida comprovao, podero ser aceitos os critrios patrimonial, comunitrio e afetivo.Naprtica,aocompareceraocartrioeleitoral,oservidorirsolicitarao requerente do alistamento eleitoral o comprovante de endereo, mas essa con-duta a prtica. Na questo de prova, no ser o comprovante de endereo o documento hbil, a comprovao de um dos elementos (domiclio, residncia, moradia, vnculos laboral, comunitrio, patrimonial, afetivo) ser feita pela De-clarao sob as Penas da Lei.8.Habilitao ao Voto Parte VII8.1ApresentaoNesta unidade de estudo, o autor apresenta os documentos hbeis para oalistamentoeleitoral,oprocedimentodoRAEeashipteseseprazos para recurso.8.2SnteseNo captulo anterior, foram apresentados os requisitos para fixao do domi-clio eleitoral. Lembrando que o eleitor ter apenas um domiclio eleitoral.A Resoluo n 21.538/2003, em seu art. 13, assim como o art. 44 do C-digo Eleitoral informam quais documentos podero ser apresentados perante o juzo eleitoral para fins de alistamento eleitoral. A exigncia feita que pelo documento apresentado possa ser aferida a nacionalidade do alistando.A lei cita alguns exemplos de documentos hbeis comprovao. So eles: carteira de identidade ou carteira emitida por rgo fiscalizador de profisso ou certido de nascimento ou certido de casamento ou certificado de quitao comoserviomilitarouinstrumentopblico(procuraopblica,escritura pblica). Observao: se o alistando for maior de 18 anos e do sexo masculino, ter que apresentar o certificado de quitao com as Foras Armadas.Promovida a apresentao dos documentos pelo alistando, o serventurio da justia eleitoral ir preencher o RAE (Requerimento de Alistamento Eleito-ral) baseado na colheita destas informaes. Depois de preenchido o requeri-Direito Eleitoral27mento, o alistando assinar o REA; na hiptese de ser analfabeto, ir apurar a digital e, por fim, o serventurio ir certificar que a assinatura foi posta na pre-sena dele. A partir da, o serventurio encaminha este documento dentro de 48 horas para o juiz eleitoral decidir. O juiz eleitoral poder deferir, indeferir ou, em caso de dvida sobre as informaes, converter em diligncias.Do deferimento do alistamento eleitoral, cabe recurso por parte do Minis-trio Pblico Eleitoral e/ou do partido poltico ao Tribunal Regional Eleitoral no prazo de 10 dias. Enquanto que do indeferimento do alistamento eleitoral, cabe recurso por parte do prprio alistando ao Tribunal Regional Eleitoral no prazo de cinco dias.9.Habilitao ao Voto Parte VIII9.1ApresentaoNesta unidade de estudo, o autor aborda a transferncia do domiclio eleitoral.9.2SnteseProsseguindo no estudo das hipteses de recursos ao alistamento eleitoral, vimos que do deferimento do alistamento eleitoral cabe recurso por parte do Ministrio Pblico e/ou do partido poltico ao Tribunal Regional Eleitoral no prazodedezdias.Enquantoquedoindeferimentodoalistamentoeleitoral cabe recurso por parte do prprio alistando ao Tribunal Regional Eleitoral no prazo de cinco dias.Os prazos para interposio destes recursos comea a contar a partir da data da publicao. A publicao ocorre sempre nos dias 1 e 15 de cada ms. Na hiptese do 1 ou 15 dia no ser dia til, ser no primeiro dia til subsequente.A transferncia do domiclio eleitoral est disciplinada nos arts. 54 e 55 do Cdigo Eleitoral enquanto na Resoluo n 21.538/2003 est regulada no art. 18. No h obrigatoriedade da transferncia do domiclio eleitoral.Ateno para o exemplo: o eleitor que tem fixado como sesso eleitoral a zona n 100 (bairro Copacabana), quer alterar sua sesso eleitoral para a zona 102 (bairro Leblon), ambas dentro da mesma circunscrio, ambas dentro do mesmo municpio; ateno, porque isto no hiptese de transferncia, esta situao denominada de reviso (art. 6 da Resoluo n 21.538/2003).Asituaodoexemplonotransferncia;atransfernciadedomiclio eleitoral s ocorre quando o eleitor muda no mnimo, de municpio, ou seja, a Direito Eleitoral28mudana de sesso de votao dentro de um mesmo municpio apenas revi-so e no transferncia. Outras hipteses de reviso so a correo do nome no ttulo, atualizao do nome de casado, etc.Atransfernciadedomiclioeleitoralexigealgunsrequisitoseoprimei-rodelesquedeveserrequeridanocartrioeleitoraldonovodomiclio.O segundo requisito a entrega do ttulo de eleitor e do certificado de quitao comajustiaeleitoral.Terceiro,declarar,sobaspenasdalei,trsmesesde residncia no novo domiclio. E, quarto, transcurso de um ano do alistamento ou da ltima transferncia.10. Habilitao ao Voto Parte IX10.1ApresentaoNestaunidadedeestudo,oautorabordaashiptesesdesolicitaoe emisso da segunda via do ttulo de eleitor.10.2SnteseNo ltimo captulo, foram apresentados os quatro requisitos para a transfe-rncia do domiclio eleitoral. So eles:1) a transferncia deve ser requerida no cartrio eleitoral do novo domiclio;2)devehaveraentregadottulodeeleitoredocertificadodequitao com a justia eleitoral;3) declarar sob as penas da lei, 3 meses de residncia no novo domiclio;4) transcurso de 1 ano do alistamento ou da ltima transferncia.Entretanto, humaressalva. Osservidores pblicos em caso de remoo e os militares em caso de transferncia e os membros de suas famlias ficaro dispensados dos requisitos 3 e 4 (declarar os 3 meses de residncia no novo domiclio e o transcurso de 1 ano do alistamento ou da ltima transferncia).Apenas recordando que os pedidos de transferncia, assim como os pedi-dos de alistamento eleitoral, s podero ser requeridos no cartrio eleitoral em ano de eleio at 151 dias antes do pleito.O requerimento para obter segunda via do ttulo eleitoral est prevista nos arts.52e53doCdigoEleitoralenoart.19daResoluon21.538/2003. So causas que ensejam a emisso da segunda via do ttulo eleitoral: a perda, o extravio, a dilacerao e a inutilizao. Sendo solicitada ao juiz eleitoral a sua emisso.Direito Eleitoral29Oart.53doCdigoEleitoraldispequeoeleitorpoderrequererase-gunda via do ttulo eleitoral perante a zona onde est inscrito ou fora de sua zonaeleitoral.Adiferenaentrerequererasegundaviaperanteasuazona eleitoraleemsolicitarforadelaoprazo.Orequerimentodesegundavia feito na prpria zona eleitoral do eleitor pode ser realizado at 10 dias antes do pleito e poder retirar seu ttulo at a data da vspera da eleio. Enquanto que o pedido requerido em outra zona eleitoral que no a do eleitor, dever ser feito com antecedncia mnima de 60 dias do pleito, informando na ocasio se ir retirar o ttulo naquela zona eleitoral ou na zona eleitoral a que pertence.Ascausasdecancelamentoeexclusodainscrioeleitoralestodisci-plinadas no art. 71 do Cdigo Eleitoral e no art. 40 e seguintes da Resoluo n 21.538/2003.11. Habilitao ao Voto Parte X11.1ApresentaoNestaunidadedeestudo,oautorapresentaascausasqueensejamo cancelamento do ttulo eleitoral.11.2SnteseSo causas de cancelamento da inscrio eleitoral, conforme o art. 71 do Cdigo Eleitoral:I a infrao dos arts. 5 e 42;II a suspenso ou perda dos direitos polticos;III a pluralidade de inscrio e a duplicidade (disposta no art. 40, Reso-luo n 21.538/2003);IV o falecimento do eleitor;V deixar de votar em 03 (trs) eleies consecutivas.Attulodeexemplo,vejaaprimeiracausadecancelamentodispostano inciso I do art. 71 do CE. O mencionado art. 5 do Cdigo Eleitoral apresenta aspessoasqueno podem alistar-se. J o art. 42 traz a hiptese do indivduo que no preenchia as condies para se alistar, mas mesmo assim se alistou, ou oindivduoalegouterdomiclio,residnciaoumoradiaquandoemverdade no tinha. So situaes em que o alistamento foi feito mediante fraude; sendo necessrio o cancelamento deste alistamento.O legitimado para o cancelamento do alistamento do eleitor o juiz eleitoral, que poder promover o cancelamento de ofcio ou mediante provocao. Entre-Direito Eleitoral30tanto, na hiptese do art. 71, inciso V do CE, deixar de votar em 03 (trs) eleies consecutivasocancelamentoserfeitoautomaticamentepelajustiaeleitoral (art. 80, 6 da Resoluo n 21.538/2003).A provocao para o cancelamento do alistamento eleitoral pode ser feita por delegados de partidos polticos, membros do Ministrio Pblico ou, ainda, mediante a denncia de um eleitor (art. 71, 1, CE).Instaurado o processo de cancelamento, a defesa poder ser feita pelo elei-tor, mas nada impede que delegados de partidos polticos tambm promovam a defesa do eleitor (art. 73, CE).NoquetangeoincisoIIdoart.71doCdigoEleitoral,sofrendooin-divduoasuspensoouperdadosdireitospolticos,estenotercapacidade eleitoral ativa e nem capacidade eleitoral passiva, portanto, ter sua inscrio cancelada.OincisoIIIapontaapluralidadedeinscrio,bemcomoaduplicidade de inscries disposta no art. 40 da Resoluo n 21.538/2003: a situao em que o eleitor tem mais de uma inscrio ao mesmo tempo. Esta situao era recorrente quando a justia eleitoral ainda no era informatizada, ento ocorria de o indivduo requerer o alistamento em mais de uma circunscrio. Com a informatizao da justia eleitoral, essa situao ficou mais difcil de ocorrer, emfunodocruzamentodedadoseletrnicosquefeitonomomentodo alistamento, apontando assim se aquele indivduo j possui inscrio eleitoral.12. Transferncia Parte I12.1ApresentaoNesta unidade de estudo, ser abordada a transferncia do domiclio eleitoral.12.2SnteseA transferncia do domiclio eleitoral est regulada no Cdigo Eleitoral e na Resoluo n 21.538/2003.A Resoluo n 21.538/2003 possui somente um dispositivo regulamentando a transferncia e o Cdigo Eleitoral dispe acerca do assunto a partir do art. 55. preciso ressaltar que a transferncia no significa apenas mudar de zona.Exemplo: Bairro de Copacabana e Bairro de Ipanema. Copacabana pos-suiumazonaeleitoraleIpanemapossuioutrazonaeleitoral.Nessecaso, alterando-seazonaeleitoral,noseestdiantedetransferncia,poisacir-cunscrio permanece a mesma.A circunscrio pode ser o pas, o estado ou Distrito Federal ou at mesmo o municpios, havendo, portanto, trs nveis de circunscrio.Direito Eleitoral31A mudana de zonas denominada reviso. No se trata de reviso do elei-torado, mas sim instituto previsto no art. 6 da Resoluo n 21.538/2003.Reviso tambm serve para retificar informaes incorretas constantes no ttulo de eleitor.Assim, nota-se que a reviso uma mudana nas informaes constantes no ttulo, mas no gera repercusso em matria de eleio.Contudo, se a pessoa tem domiclio no Rio de Janeiro, por exemplo, e quer ser candidato em outra circunscrio, preciso transferir o domiclio eleitoral.13. Transferncia Parte II13.1ApresentaoNestaunidadedeestudo,oautorcontinuaraabordagemacercada transferncia do domiclio eleitoral.13.2SnteseH condies para que a transferncia ocorra. Ressalta-se que a transfern-cia no obrigatria.Aprimeiracondioqueatransfernciadeverserrequeridaaojuzo eleitoral do novo domiclio. O sujeito dever, ainda, entregar o ttulo eleitoral e a certido de quitao com a Justia Eleitoral.Se o eleitor no estiver em dia com a Justia Eleitoral, o juiz determinar que o eleitor pague a multa.Outro requisito o de que o eleitor dever declarar, sob as penas da lei, que reside no novo domiclio h pelo menos trs meses, no havendo necessidade de apresentao de comprovante de residncia.Deve haver, tambm, o transcurso de pelo menos um ano do alistamento ou da ltima transferncia.Outracondioconstanoart.91daLein9.504/1997,quetrazquene-nhumrequerimentodeinscrioeleitoraloudetransfernciaserrecebido dentro dos cento e cinquenta dias anteriores data da eleio.O art. 18 da Resoluo n 21.538/2003 dispe:Art. 18. A transferncia do eleitor s ser admitida se satisfeitas as seguintes exigncias:I recebimento do pedido no cartrio eleitoral do novo domiclio no prazo estabelecido pela legislao vigente;IItranscursode,pelomenos,umanodoalistamentooudaltima transferncia;Direito Eleitoral32III residncia mnima de trs meses no novo domiclio, declarada, sob as penas da lei, pelo prprio eleitor (Lei n 6.996/1982, art. 8);IV prova de quitao com a Justia Eleitoral.H excees a tais condies. A primeira a transferncia ou remoo de militar ou servidor pblico, respectivamente, no sendo necessrio o transcurso de um ano nem os trs meses de residncia no novo domiclio.14. Segunda Via14.1ApresentaoNesta unidade de estudo, sero abordados a segunda via e seus aspectos mais importantes.14.2SnteseEm relao transferncia, preciso observar que possvel recorrer em casos de deferimento ou indeferimento, sendo aplicadas as mesmas regras do alistamento eleitoral.O juiz indeferindo, o eleitor poder recorrer no prazo de cinco dias ao TRE e deferindo quem tem legitimidade so os partidos polticos, por intermdio de seus delegados e o Ministrio Pblico Eleitoral, no prazo de dez dias.Oart.52doCdigoEleitoraleoart.19daResoluon21.538/2003 dispemqueasegundaviapodersersolicitadaemcasodeperda,extravio, dilacerao e inutilizao.DeacordocomaResoluo,oeleitorrequererasegundaviaperanteo juzo eleitoral onde est inscrito.Conforme disposto no Cdigo Eleitoral, a segunda via poder ser requerida nodomiclioeleitoraldoeleitor,ematdezdiasantesdopleito,ouforado domiclio, at sessenta dias antes da eleio.O art. 53 do Cdigo Eleitoral dispe: Se o eleitor estiver fora do seu domi-clio eleitoral poder requerer a segunda via ao juiz da zona em que se encon-trar, esclarecendo se vai receb-la na sua zona ou na em que requereu.O 4 trata do prazo de sessenta dias, dispondo o seguinte: O pedido de segundaviaformuladonostermosdesteartigospoderserrecebidoat60 (sessenta) dias antes do pleito.O prazo de dez dias consta no caput do art. 52 do mesmo diploma legal: No caso de perda ou extravio de seu ttulo, requerer o eleitor ao juiz do seu domi-clio eleitoral, at 10 (dez) dias antes da eleio, que lhe expea segunda via.Direito Eleitoral3315. Cancelamento de Inscrio Parte I15.1ApresentaoNesta unidade de estudo, sero abordados o cancelamento de inscrio e os pontos mais importantes acerca do tema.15.2SnteseO cancelamento e excluso de inscrio esto dispostos no Cdigo Eleito-ral, bem como na Resoluo n 21.538/2003. O art. 71 do Cdigo Eleitoral traz as hipteses. A excluso o procedimento e o cancelamento a consequncia.Via de regra, a competncia para cancelamento de inscrio do juiz elei-toral, porm, esta tambm pode ser promovida pela Corregedoria do TRE.Quanto ao incio do processo de excluso, so legitimados o juiz, de ofcio, delegados de partidos polticos, o Ministrio Pblico Eleitoral e o eleitor.Quanto s hipteses que ensejam a excluso, estas esto dispostas no art. 71 do Cdigo Eleitoral.A primeira a infrao dos arts. 5 e 42. Tal infrao diz respeito a violaes sobre regras de alistamento eleitoral.A segunda hiptese traz a suspenso ou perda dos direitos polticos (inciso II do art. 71).Quanto s hipteses de suspenso de direitos polticos, h improbidade ad-ministrativa, incapacidade civil absoluta, sentena penal condenatria transita-da em julgado, enquanto durarem os efeitos da pena e recusa no cumprimento de obrigao a todos impostas ou prestao alternativa fixada em lei.Cancelamentodanaturalizaohiptesedeperdadedireitospolticos, bem como a perda da nacionalidade.16. Cancelamento de Inscrio Parte II16.1ApresentaoNesta unidade de estudo, sero abordados o cancelamento de inscrio e os pontos mais importantes acerca do tema.16.2SnteseAterceirahipteseapluralidadedeinscries.OCdigoEleitoralfala somente em pluralidade (art. 71) de inscries e a Resoluo n 21.538/2003 fala tambm da duplicidade (art. 40).Pluralidade mais de uma inscrio e duplicidade; a hiptese em que o eleitor vai ter mais de uma inscrio, mas a inscrio praticamente a mesma.Direito Eleitoral34Havendo pluralidade ou duplicidade, preciso que haja cancelamento.O art. 40 da Resoluo n 21.538/2003 dispe:Art. 40. Identificada situao em que um mesmo eleitor possua duas ou maisinscriesliberadasouregulares,agrupadasounopelobatimento,o cancelamento de uma ou mais delas dever, preferencialmente, recair:I na inscrio mais recente, efetuada contrariamente s instrues em vigor;II na inscrio que no corresponda ao domiclio eleitoral do eleitor;III naquela cujo ttulo no haja sido entregue ao eleitor;IV naquela cujo ttulo no haja sido utilizado para o exerccio do voto na ltima eleio;V na mais antiga.Aordemdosincisosnofoialeatria,aordemfoicriadacomobjetivo determinado.17. Cancelamento de Inscrio Parte III17.1ApresentaoNesta unidade de estudo, continuaro a ser abordados o cancelamento de inscrio e os pontos mais importantes acerca do tema.17.2SnteseA quinta hiptese se refere inscrio mais antiga, porm, deve-se passar pelas quatro primeiras antes.Osincisosdoart.40foramdispostosdessaformagraasaofatodequeo ttulo mais antigo goza de presuno de legalidade, legitimidade, certeza.Assim, a mais recente deve ser testada at que se chegue mais antiga.Outro ponto que deve ser observado que a Resoluo n 21.538/2003 trata da competncia para cancelar (art. 41).Houtrasduashiptesesdecancelamento,previstasnalegislao.Apri-meira o falecimento do eleitor e a segunda deixar de votar em trs eleies consecutivas.AJustiaEleitoraldescobrequeoeleitorfaleceuapartirdeinformaes prestadas pelos Cartrios de Registro Civil de Pessoas Naturais.Quantohiptesede deixar de votar em trs eleies, preciso observar que so eleies consecutivas. Ainda, primeiro e segundo turnos so considera-dos eleies consecutivas para fins de cancelamento.Plebiscitos e referendos tambm so considerados eleies para fins de can-celamento de inscrio.Direito Eleitoral3518. Cancelamento de Inscrio Parte IV18.1ApresentaoNesta unidade de estudo, ser finalizada a abordagem acerca do can-celamento de inscrio.18.2SnteseConforme j foi visto, a falta a trs eleies consecutivas acarreta o cance-lamento da inscrio. preciso lembrar que o eleitor poder justificar (art. 80 da Resoluo n 21.538/2003)oupagaramulta(art.80,6daResoluon21.538/2003). Ainda h possibilidade de que o eleitor tenha sido dispensado da obrigao de votar por prerrogativa constitucional.A Resoluo n 21.538/2003 dispe que o eleitor pode se justificar perante aJustiaEleitoralnoprazode60diascontadosdaeleioaquedeveriater comparecido, para quem est no Brasil.No exterior, o prazo de 30 dias contados da data do retorno do eleitor.Ressalte-se que, no Brasil, o eleitor deve estar em outra circunscrio, po-dendo justificar em qualquer seo eleitoral.Amulta,emregra,possuivalordeR$3,51(trsreaisecinquentaeum centavos). possvel cancelamento pelo prprio sistema, nessas hipteses, conforme disposto no 8 do art. 80 da Resoluo n 21.538/2003. necessrio observar que o art. 7, 3 do Cdigo Eleitoral no deve ser aplicado, pois ser aplicado o dispositivo constante na Resoluo n 21.538/2003.Oltimopontoserefereaoart.80,6daResoluon21.538/2003: Ser cancelada a inscrio do eleitor que se abstiver de votar em trs eleies consecutivas, salvo se houver apresentado justificativa para a falta ou efetuado o pagamento de multa, ficando excludos do cancelamento os eleitores que, por prerrogativa constitucional, no estejam obrigados ao exerccio do voto e cuja idade no ultrapasse 80 anos.Nota-sequeodispositivoinconstitucionalemsuapartefinale,pelo Acrdo n 649/2005 foi corrigido o texto, sendo suprimida a parte final (e cuja idade no ultrapasse 80 anos).Captulo 4Condies de Elegibilidade e Inelegibilidade1.Introduo e Condies1.1ApresentaoNesta unidade temtica, sero estudadas as condies de elegibilidade e inelegibilidade, sendo feita aqui introduo acerca do tema.1.2SnteseElegibilidade a condio para o exerccio da capacidade eleitoral passiva, ou seja, para que o indivduo possa se candidatar a cargo eletivo, preciso que preencha condies.A Constituio Federal, em seu art. 14, 3, estabelece condies iniciais para que o indivduo possa exercer a capacidade eleitoral passiva.Tais condies de elegibilidade no afastam outras, previstas na legislao ordinria.Direito Eleitoral37Dispe o art. 14, 3 da CF/1988: 3 So condies de elegibilidade, na forma da lei:I a nacionalidade brasileira;II o pleno exerccio dos direitos polticos;III o alistamento eleitoral;IV o domiclio eleitoral na circunscrio;V a filiao partidria;VI a idade mnima de:a)trintaecincoanosparaPresidenteeVice-PresidentedaRepblicae Senador;b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;d) dezoito anos para Vereador.A primeira hiptese traz a nacionalidade brasileira, que pode ser originria ou derivada.Algunscargoseletivostmcomocondioanacionalidadeoriginria: Presidente da Repblica e Vice-Presidente da Repblica.A segunda condio o pleno exerccio dos direitos polticos, que significa que o indivduo no sofreu suspenso nem perda dos direitos polticos.A terceira o alistamento eleitoral, ou seja, o indivduo deve estar inscrito perante a Justia Eleitoral.O quarto o domiclio eleitoral na circunscrio h pelo menos um ano antes do pleito.O quinto requisito a filiao partidria, a qual contm algumas peculia-ridades.2.Condies de Elegibilidade Parte I2.1ApresentaoNesta unidade de estudo, sero abordadas as condies de elegibilidade, como a filiao partidria.2.2SnteseA filiao partidria o vnculo que necessariamente deve ser estabelecido entre eleitor e partido poltico. No Brasil, no h figura da candidatura avulsa.A filiao partidria contada da data do pleito (um ano).Direito Eleitoral38A CF/1988, em seu art. 142, 3, inciso V, dispe que o militar, enquanto em servio ativo, no pode estar filiado a partidos polticos.AConstituioFederalestabeleceoutraregranoart.14,8:Omilitar alistvel elegvel, atendidas algumas condies.Tal dispositivo traz em seus incisos as condies. O inciso I trata do militar com menos de dez anos de servio, que dever se afastar das Foras Armadas, ou seja, pode ser observado que se trata de militar da ativa.OincisoIIdispe:secontarmaisdedezanosdeservio,seragregado pela autoridade superior e, se eleito, passar automaticamente, no ato da diplo-mao, para a inatividade.3.Condies de Elegibilidade Parte II3.1ApresentaoNesta unidade de estudo, sero abordadas as condies de elegibilidade, como a filiao partidria pelos militares.3.2SnteseOmilitardaativanoirsecandidatarenquantoestivernaativa,no exerccio de suas funes.Assim, a CF/1988 criou um mecanismo para permitir que o militar da ativa possa se candidatar a cargo eletivo e, caso no seja eleito, volte a exercer suas funes nas Foras Armadas.Se o militar da ativa tiver menos de dez anos, se afastar em carter defini-tivo das Foras Armadas e se tiver mais de dez anos, passar a ser agregado autoridade superior.Agregao um mecanismo parecido com a disponibilidade.O cidado comum precisa ter um ano de filiao partidria e o militar da ativaestdispensadodesserequisito.Nota-sequeadiferenadizrespeitoao tempo de filiao.Se o militar for eleito, passar inatividade no ato da diplomao.A ltima condio de elegibilidade a idade mnima. Para que seja verea-dor, preciso ter pelo menos dezoito anos. Para Presidente e Vice-Presidente da Repblica e Senador, a idade de trinta e cinco anos. Para Governador e Direito Eleitoral39Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal, a idade mnima de trinta anos. Para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice--Prefeito e juiz de paz, a idade mnima de vinte e um anos de idade. preciso ressaltar que a idade deve ser verificada na data da posse, conforme disposto no art. 11 da Lei n 9.504/1997.4.Condies de Elegibilidade Parte III4.1ApresentaoNesta unidade de estudo, sero abordadas as condies de elegibilidade prprias e imprprias, classificao feita por Adriano Soares da Costa.4.2SnteseOprofessorAdrianoSoaresdaCostafazumaclassificao,dividindoas condies de elegibilidade em prprias e imprprias.As prprias esto no art. 14, 3 da Constituio Federal e so prprias por-que esto explcitas. As imprprias no esto elencadas neste dispositivo, mas h condio de alfabetizao, de exigncia especial para militares, escolha do candidato em conveno e a desincompatibilizao.Alfabetizaonosignifica,necessariamente,queoindivduotenhaque fazerumaleituraperfeita,sendoemverdadeacapacidadedecognioque tem a pessoa.O analfabeto, nos termos da Constituio Federal, aquele que no com-preende, no expressa.O TSE consolidou entendimento no sentido de que no necessrio que o indivduo escreva com perfeio, o necessrio que o indivduo demonstre capacidade de compreenso daquilo que est escrito.A alfabetizao bem como a condio especial prevista para o militar esto dispostas na Constituio Federal, contudo, no no art. 14, 3 da CF/1988.Escolha do candidato em conveno partidria: a CF/1988 autorizou o le-gislador ordinrio.Desincompatibilizao est prevista na Constituio Federal, no art. 14, 5. Significa dizer que a pessoa quer se candidatar a um cargo eletivo, mas seencontraemcondioincompatvelcomacandidatura.Dessaforma,a CF ou a Lei Complementar iro definir as hipteses em que o sujeito deve se afastar ou renunciar ao cargo, para que possa concorrer.Direito Eleitoral405.Inelegibilidades Constitucionais Parte I5.1ApresentaoNesta unidade de estudo, sero abordadas as inelegibilidades consti-tucionais, sendo estudados pontos relevantes acerca do tema.5.2SnteseInelegibilidadeausnciadacapacidadeeleitoralpassivaouimpossibili-dadedecorrentedeleioudaConstituioFederaldesecandidataracargo eletivo.A impossibilidade pode ser em razo de ausncia de condies ou em de-corrnciadedeterminaolegale/ouconstitucional.Ainelegibilidadeum mecanismo que impede que o indivduo concorra a cargo eletivo.Inelegibilidade limita o exerccio da capacidade eleitoral passiva e, no que diz respeito falta do cumprimento das condies, pode ser classificada como inata ou cominada (ou imputada).Inelegibilidade inata aquela que nasce com a pessoa e pode acompanh-la at idades avanadas.De outra forma, h inelegibilidades que so impostas, que so imputadas pela lei.A sede da inelegibilidade a Constituio Federal e a lei complementar, na forma do art. 14, 9: Lei complementar estabelecer outros casos de inele-gibilidade e os prazos de sua cessao, levando em considerao a vida pregressa doscandidatosetendocomoobjetivoprotegeraprobidadeadministrativae moralidade para exerccio do mandato.No que tange inelegibilidade inata, esta o no preenchimento de condi-es mnimas para que o candidato possa concorrer a cargo eletivo.6.Inelegibilidades Constitucionais Parte II6.1ApresentaoNestaunidadedeestudo,oprofessorcontinuarasexplicaesacerca das inelegibilidades constitucionais.Direito Eleitoral416.2SnteseAsinelegibilidadespodemserrelativasouabsolutas,ambasprevistasna Constituio Federal.O analfabeto, por exemplo, inelegvel, mas o semianalfabeto elegvel. Os estrangeiros so inelegveis, com exceo dos portugueses equiparados.A LC n 64/1990, atualizada pela LC n 135/2010, traz outras hipteses de inelegibilidades absolutas.A LC n 135/2010, conhecida como Ficha Limpa, fez uma atualizao, acrescentando novas regras LC n 64/1990.Art. 14, 5 da Constituio Federal traz as inelegibilidades, dispondo que Presidente da Repblica, Governadores e Prefeitos, bem como os que houve-rem sucedido, ou substitudo no curso dos mandatos podero ser reeleitos para um nico perodo subsequente.AConstituioFederallimitaoexercciodomandatoeletivodoChefe do Poder Executivo a dois mandatos consecutivos. preciso ressaltar que po-dem ser eleitos novamente aps o trmino do segundo mandato, porm, devem aguardar por quatro anos.7.Inelegibilidades Constitucionais Parte III7.1ApresentaoNestaunidadedeestudo,oprofessorcontinuarasexplicaesacerca das inelegibilidades constitucionais e da substituio.7.2SnteseO STF entendeu que a substituio no conta como um mandato para fins de reeleio. necessrio observar que a sucesso possui carter definitivo e a substitui-o tem carter temporrio.A sucesso somente pode ser feita pelo vice que, ao suceder, assume o cargo em carter definitivo. Exemplo: morte, renncia.Oart.80daCFdispe:EmcasodeimpedimentodoPresidenteedo Vice-Presidente, ou vacncia dos respectivos cargos, sero sucessivamente cha-mados ao exerccio da Presidncia o Presidente da Cmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal. Trata-se de hipteses de substituio.Direito Eleitoral42O tempo cumprido pelo vice, em carter de substituio, durante o curso domandato,nogeranenhumtipoderepercussoparafinsdereeleiodo vice como vice.A CF dispe que quem substitui o Chefe ou sucede somente tem direito amaisquatroanos.OSTFentendequeasubstituionoconta,masa sucesso conta.Exemplo:JooeMaria,primeiromandato,MariasubstituindoJoo. Ambos se candidatam reeleio. Na sequncia, Maria poder ser candidatar Chefia do Executivo, podendo, inclusive, ser reeleita.8.Inelegibilidades Constitucionais Parte IV8.1ApresentaoNestaunidadedeestudo,oprofessorcontinuarasexplicaesacerca das inelegibilidades constitucionais e abordar a desincompatibilizao.8.2SnteseConforme visto anteriormente, para o STF, a substituio no conta para fins de reeleio. Se o sujeito titular do cargo, somente ter direito a se ree-leger para um mandato consecutivo, ou seja, quando o vice substitui o Chefe do Poder Executivo, est apenas no exerccio do mandato, mas no titular.O 6 do art. 14 da CF/1988 dispe: Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da Repblica, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos at seis meses antes do pleito.Tal dispositivo traz um dispositivo denominado incompatibilidade.Os vices da Chefia do Executivo no precisam se desincompatibilizar, no precisam renunciar aos mandatos para que possam ser candidatos a outros car-goseletivos.Todavia,aquelequetemaAdministraoPblicanasmosno pode se candidatar a cargo eletivo e permanecer como Chefe da Administrao.Assim, caso a pessoa queira concorrer, a legislao e a Constituio Federal exigemqueoindivduosedesincompatibilize,ouseja,haverumprazode quarentena que dever ser cumprido. Desta forma, a pessoa renunciar ao seu mandato um tempo antes das eleies.Ressalta-se que a falta de desincompatibilizao acarreta na inelegibilida-de do sujeito, porm, desincompatibilizao e inelegibilidade so conceitos distintos.Direito Eleitoral43A permanncia do Chefe do Poder Executivo no cargo nos seis meses que antecedem as eleies gera inelegibilidade.Destaforma,sealgumassumiraChefiadoExecutivonosseismeses que antecedem o pleito, tambm ser gerado uma inelegibilidade.9.Inelegibilidades Constitucionais Parte V9.1ApresentaoNesta unidade de estudo, o professor continuar as explicaes acerca dasinelegibilidadesconstitucionais,abordando,porexemplo,ainele-gibilidade reflexa.9.2SnteseA CF no admite que o Chefe do Poder Executivo, aps cumprir dois man-datos consecutivos, permanea no cargo enquanto se candidata a outro cargo eletivo.Com a reeleio, no preciso sair do cargo, mas se o Chefe do Poder Exe-cutivo cumpre dois mandatos, no poder concorrer a um terceiro. A CF exige que o Chefe do Poder Executivo renuncie ao mandato para concorrer a outro cargo, por conta de incompatibilizao.ALCn64/1990,emseuart.1,incisosIIaoVII,tratadosprazosde desincompatibilizao. H trs prazos: trs meses, quatro meses e seis meses. A maior parte dos prazos de afastamento de seis meses.O prazo de afastamento de quatro meses diz respeito aos Prefeitos, porm, o inciso IV traz algumas peculiaridades.Para o servidor, o prazo de afastamento de trs meses, havendo algumas excees.A lei estabelece que Delegado de Polcia um servidor pblico, mas no um dos cargos elencados. A lei somente fala de Delegado de Polcia no inciso IV, dispondo que autoridade policial, que exera funo no municpio onde ir concorrer, ter que cumprir prazo de afastamento de quatro meses.Assim, se a autoridade policial, que servidor pblico, no exercer funo naquele municpio, o prazo ser o prazo geral (trs meses).precisoobservarquehexcees.Exemplo:Oprazoparaservidor pblico de trs meses, mas, se este trabalha na fiscalizao ou arrecadao de tributos, o prazo ser de seis meses.Membros do Ministrio Pblico e Juzes, em virtude da EC n 45/2004, no maispodemseafastardeseuscargosparaconcorreremamandatoseletivos,ou seja, o magistrado, por exemplo, dever pedir exonerao para que possa concorrer.Direito Eleitoral44O 7 do art. 14 da Constituio Federal trata da inelegibilidade gerada porreflexo,emdecorrnciadeostentaodevnculoporparentescoou casamento. De um lado h o Chefe do Poder Executivo e de outro h parente consanguneo ou afim, at o segundo grau ou por adoo, candidato a cargo eletivo na mesma circunscrio onde esse Chefe exerce suas funes.10. Inelegibilidades Constitucionais Parte VI10.1ApresentaoNesta unidade de estudo, o professor continuar as explicaes acerca dasinelegibilidadesconstitucionais,abordando,porexemplo,ainele-gibilidade reflexa.10.2SnteseA inelegibilidade reflexa reflete no parente, no cnjuge, no companheiro, dentro da mesma circunscrio.Se o sujeito Chefe do Poder Executivo em determinado municpio, seus parentes consanguneos e afins at segundo grau no podero se candidatar a cargo eletivo nessa circunscrio.No mesmo sentido, se o sujeito Governador em determinado estado, seus parentes consanguneos e afins at segundo grau no podero se candidatar a cargo eletivo dentro do estado.A inelegibilidade reflexa possui excees. A primeira exceo no est ex-pressa,seddeacordocomoraciocnio.Seosujeitorenunciaaomandato eletivo seis meses antes do pleito, deixou de ser Chefe do Poder Executivo e, portanto, seus parentes podem concorrer a cargos eletivos.A segundaexceo ahiptese em que o sujeito j ostenta o mandato eletivo.Exemplo:JoocasadocomMariaeJoosecandidataaGover-nadoreMariaaDeputadaFederal.Ambosvencemaseleiesnoanode 2010. Nas eleies de 2014, ambos se candidatam reeleio, no havendo problema algum.Nota-sequeparaquehajainelegibilidadereflexa,ocargodeChefedo Executivo deve ser preexistente.O STF e o TSE entendem que os parentes tambm no podem concorrer a cargo eletivo em eleio posterior ao segundo mandato do sujeito, uma vez que a famlia funciona como uma extenso do Chefe do Poder Executivo.Direito Eleitoral4511. Inelegibilidades Constitucionais Parte VII11.1ApresentaoNestaunidadedeestudo,oprofessorcontinuarasexplicaesacerca das inelegibilidades constitucionais, abordando aqui a figura do Prefeito itinerante.11.2SnteseSe o indivduo Governador de determinado estado e quer se candida-tar ao cargo de Presidente da Repblica, dever renunciar seis meses antes do pleito.AConstituioFederalpermitequeosujeitocumpradoismandatos consecutivos, porm, o parente considerado extenso do Chefe do Poder Executivo.Foi interposta ao cautelar com pedido de efeito suspensivo ao Recurso Extraordinrio(ACn2821/AM),tratandodoPrefeitoitinerante.Exemplo: Sujeito Prefeito de determinado municpio por dois mandatos seguidos. Per-cebendo que ser inelegvel, este renuncia seis meses antes do pleito e um ano antes do pleito altera seu domiclio eleitoral.O requisito para concorrer a um mandato eletivo ter domiclio eleitoral naquela circunscrio.No mesmo sentido, se d a filiao partidria. Hoje, com a Resoluo n 22.610, que trata da fidelidade partidria, quando o candidato sai do partido poltico, perde o mandato eletivo, salvo se houver justa causa.O TSE entende que se o sujeito muda seu domiclio eleitoral para concorrer em outra cidade, est tentando driblar a lei e isso caracteriza a figura do Prefeito itinerante. Desta forma, o entendimento no sentido de que h uma hiptese de inelegibilidade.12. Inelegibilidades Constitucionais Parte VIII12.1ApresentaoNesta unidade de estudo, o professor continuar as explicaes acerca das inelegibilidades constitucionais, abordando pontos relevantes sobre o assunto.Direito Eleitoral4612.2SnteseNoREn637647,hdecisodoSTFnosentidodeimpossibilidadedo indivduo que foi eleito para dois mandatos de Prefeito mudar o domiclio elei-toral e se candidatar novamente para o cargo.Prefeito itinerante aquele que depois de vencidos dois mandatos em uma cidade se candidata em outro Municpio para cargo de Prefeito.O TSE entende que o Prefeito Itinerante no pode se candidatar a cargo de Prefeito.Neste caso, o Prefeito Itinerante inelegvel, no pode se candidatar a um terceiro mandato em Municpio diverso.O art. 14, 7 da Constituio Federal trata da inelegibilidade reflexa: So inelegveis, no territrio de jurisdio do titular, o cnjuge e os parentes con-sanguneos ou afins, at o segundo grau ou por adoo, do Presidente da Rep-blica, de Governador de Estado ou Territrio, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substitudo dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se j titular de mandato eletivo e candidato reeleio.O TSE entende que o divrcio ocorrido no curso do mandato no desnatu-ra a relao existente entre os cnjuges.A LC n 135/2010 trouxe regra neste sentido, no art. 1, inciso I, alnea n: So inelegveis: I para qualquer cargo: (...) n) os que forem condenados, em deciso transitada em julgado ou proferida por rgo judicial colegiado, em ra-zo de terem desfeito ou simulado desfazer vnculo conjugal ou de unio estvel para evitar caracterizao de inelegibilidade, pelo prazo de 8 (oito) anos aps a deciso que reconhecer a fraude; (...).13. Inelegibilidades Infraconstitucionais Parte I13.1ApresentaoNesta unidade de estudo, o professor comear a tratar das inelegibilidades infraconstitucionais, abordando pontos relevantes sobre normas que dispem sobre Direito Eleitoral.13.2SnteseA LC n 135/2010 trouxe diversas regras e restries aos pretensos candida-tos a cargos eletivos.Direito Eleitoral47Tal lei teve ajuizada contra a mesma duas ADC e uma ADI, todas julgadas de forma conjunta.No Recurso Extraordinrio n 633.703, se discutiu a questo da violao ao art. 16 da Constituio Federal (Princpio da Anualidade Eleitoral).OPrincpiodaAnualidadeEleitoraltrazquealeiquealteraroproces-soeleitoralentraremvigornadatadasuapublicao,contudo,nogera efeitos na eleio que ocorra no perodo de um ano contado da data da sua publicao ou da sua vigncia.A EC n 52/2006 veio para tornar facultativa a vinculao de uma coliga-o feita em mbito nacional e estadual, desobrigando os partidos a cumprir a ideia de verticalizao.O 1 do art. 17 da CF/1988 dispe: assegurada aos partidos polticos autonomia para definir sua estrutura interna, organizao e funcionamento e paraadotaroscritriosdeescolhaeoregimedesuascoligaeseleitorais, sem obrigatoriedade de vinculao entre as candidaturas em mbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidria.Nota-se que a EC referida dispensou os partidos polticos de qualquer obri-gao de verticalizar.Ocorre que a Constituio Federal no quis deixar o cidado sofrer as con-sequncias de um ato inseguro e, assim, h o Princpio da Segurana Jurdica. Dessa forma, o STF entendeu que quando o art. 16 fala em lei, est falando no sentido amplo, de norma infraconstitucional.14. Inelegibilidades Infraconstitucionais Parte II14.1ApresentaoNesta unidade de estudo, ser dada continuidade abordagem sobre as inelegibilidades infraconstitucionais, como a Lei da Ficha Limpa.14.2SnteseA Lei Ficha Limpa entrou em vigor no ano de 2010 e houve uma discusso dentro do STF acerca de sua aplicabilidade nas eleies. Foi decidido que no seria possvel, uma vez que a lei altera as regras do processo eleitoral.Direito Eleitoral48Muitas discusses foram travadas acerca da constitucionalidade da Lei Fi-cha Limpa. A maioria da doutrina entendia que a inelegibilidade era uma san-o, porm, o STF adotou outra linha de raciocnio.Quem entrou com ADI questionando determinadas alneas do 1 do art. 1 da LC n 64/1990 argumentava no sentido de que a inelegibilidade seria uma forma de sano. Argumentava, ainda, sobre a irretroatividade da inelegibilidade.Em relao Ficha Limpa, o STF entendeu sob dois aspectos. Entendeu o Supremo que a inelegibilidade no uma punio.O Ministro Luiz Fux ponderou no sentido de que no h que se falar que a inelegibilidade uma punio, pois se fosse a prpria lei de inelegibilidade estabeleceria um prazo de inelegibilidade durante a pena.Nota-se que no seria possvel aplicao de inelegibilidade e pena ao mes-mo tempo, pois se estaria diante da figura do bis in idem.15. Inelegibilidades Infraconstitucionais Parte III15.1ApresentaoNesta unidade de estudo, ser dada continuidade abordagem sobre as inelegibilidades infraconstitucionais, como a Lei da Ficha Limpa.15.2SnteseConformejestudado,oSTFnoenxergaainelegibilidadecomouma forma de sano.Emrelaopossibilidadedeatingimentodeatospretritos,oMinistro Gilmar Mendes, por exemplo, votou no sentido de que no se poderiam atin-girfatospretritos,umavezqueseriavioladaaseguranajurdica.Todavia, seu voto foi vencido e a maioria entendeu que a lei pode ser aplicada a fatos pretritos.A Constituio Federal estabeleceu que na hora da fixao das inelegibili-dades deve ser considerada a vida pregressa do candidato.Assim, nota-se que o Supremo Tribunal Federal fez interpretao do pr-prio texto constitucional.No Rio de Janeiro, h uma candidata que foi condenada pela Justia Elei-toral, tendo como punio trs anos de inelegibilidade. Foi feita uma tentativa no sentido de se aplicar a nova lei, porm, o juiz eleitoral indeferiu o pedido de registro, afirmando que h incidncia da LC n 135/2010.Captulo 5Registro de Candidatura1.Introduo Parte I1.1ApresentaoNesta unidade temtica, ser estudado o registro de candidatura, sendo feita aqui introduo acerca do tema.1.2SnteseRegistro de candidatura o momento em que a Justia Eleitoral dir se o candidato est ou no apto a concorrer a cargo eletivo. Assim, sero verificadas as condies do candidato.Trata-se de um processo de jurisdio voluntria, no h parte passiva. Exis-teoautor,quefazopedidoderegistroeojuiz,quedecidiracercadesse registro.Direito Eleitoral50Uma das condies de elegibilidade imprpria a escolha em conveno partidria.Convenopartidriaumareunioemanoeleitoral,realizada entre 10 e 30 de junho, na qual sero escolhidos os candidatos que disputaro as eleies, bem como se o partido celebrar ou no coligaes.No basta que o candidato se filie a partido poltico h pelo menos um ano e tambm no basta que tenha domiclio eleitoral em determinada circunscri-o h pelo menos um ano. Ainda, no basta que tenha apresentado todas as certides de quitao eleitoral. preciso que o candidato tenha tambm sido escolhido em conveno partidria.Contudo, possvel que o candidato seja registrado perante a Justia Eleito-ral sem que tenha sido escolhido em conveno partidria.A conveno pode ser realizada depois do dia 30 de junho, em carter ex-cepcional.Opartidopoltico,emborasejapessoajurdicadedireitoprivado,inter-namente, subdividido em rgos denominados diretrios, que so rgos de direo. Tais rgos esto distribudos trs nveis: diretrio nacional, diretrios estaduais ou regionais e diretrios municipais.precisoobservarqueosdiretriospossuemautonomiainterna,unsem relao aos outros, ou seja, no so solidrios.A conveno pode ser anulada se desrespeitar conveno de nvel inferior, municipal, por exemplo. O diretrio nacional pode anular deliberao pratica-da no mbito do municpio e todos os atos dela decorrentes. Assim, ter de ser feita nova conveno, podendo ser aps o dia 30 de junho.2.Introduo Parte II2.1ApresentaoNesta unidade de estudo, ser dada continuidade ao registro de candida-tura, sendo abordados os aspectos mais importantes sobre o tema.2.2SnteseConforme j estudado, possvel que a conveno seja feita depois do dia 30 de junho, em decorrncia de uma anulao da conveno por violao s diretrizes fixadas no Estatuto.Se o Estatuto for omisso, o diretrio nacional poder fixar diretrizes e, para que estas possam embasar a anulao da conveno de nvel inferior, devem ser publicadas no Dirio Oficial da Unio at 180 dias antes do pleito.Direito Eleitoral51A legitimidade ativa para apresentar registro de candidatura dos partidos e coligaes.Se a eleio for para Presidente e Vice-Presidente da Repblica, o pedido de registro de candidatura dever ser apresentado no Tribunal Superior Eleitoral. Se as eleies forem para Prefeitos, Vices e Vereadores, o registro de candidatura dever ser apresentado nos juzos eleitorais. Se as eleies forem para Governa-dores,Vice-Governadores(estadoseDF),Deputados,SenadoreseJuzesde Paz, o pedido dever ser apresentado perante os Tribunais Regionais Eleitorais.possvelqueoprpriocandidatoapresenteoregistrodecandidatura, em carter excepcional. Na inrcia do partido ou da coligao, poder o can-didato apresentar pedido de registro nas quarenta e oito horas subsequentes publicao dos pedidos de registro.OprazoparaqueopedidoderegistrosejaapresentadoperanteaJustia Eleitoral cinco de julho, s 19h00min. A Lei n 12.034/2009 trouxe em seu texto as quarenta e oito horas contadas da publicao.3.Introduo Parte III3.1ApresentaoNestaunidadedeestudo,serdadacontinuidadeaoregistrodecandi-datura, sendo abordados os aspectos previstos nas Resolues expedidas pelo TSE.3.2SnteseA partir do recebimento do pedido de registro, alguns requisitos devem ser comprovados.Certido de quitao eleitoral uma condio de elegibilidade, a fim de comprovar que o sujeito no possui dbitos perante a Justia Eleitoral.O art. 11, 7, da Lei n 9.504/1997 dispe: A certido de quitao elei-toralabrangerexclusivamenteaplenitudedogozodosdireitospolticos,o regularexercciodovoto,oatendimentoaconvocaesdaJustiaEleitoral para auxiliar os trabalhos relativos ao pleito, a inexistncia de multas aplicadas, em carter definitivo, pela Justia Eleitoral e no remitidas, e a apresentao de contas de campanha eleitoral.Nota-sequeacertidodequitaonovaiconsiderarseaprestaode contas foi ou no aprovada, conforme a redao do dispositivo acima referido. Assim,bastaqueocandidato,aoterconcorridoemeleioanterior,tenha apresentado as contas.Direito Eleitoral52Ocorre que o TSE mudou de entendimento. A Resoluo n 22.715/2008 do Tribunal Superior Eleitoral estabeleceu que a mera apresentao de contas no fosse suficiente.Na sequncia, com a introduo do 7 no art. 11 pela Lei n 12.034/2009, o legislador considerou novamente que basta a apresentao, no sendo ne-cessrio que o indivduo tenha as contas aprovadas.Contudo, o entendimento mudou novamente e o TSE, no ano de 2012, editou a Resoluo n 23.376. O art. 52, 2 dessa Resoluo dispunha que: Semprejuzododispostono1,adecisoquedesaprovarascontasde candidato implicar o impedimento de obter a certido de quitao eleitoral. Todavia, o TSE voltou novamente atrs e suprimiu o 2 do art. 52.Se as contas foram rejeitadas, o fato no impede que o indivduo se candi-date a cargo eletivo. No entanto, no impede o ajuizamento da representao previstanoart.30-AdaLein9.504,quedispe:Qualquerpartidopoltico oucoligaopoderrepresentarJustiaEleitoral,noprazode15(quinze) dias da diplomao, relatando fatos e indicando provas, e pedir a abertura de investigao judicial para apurar condutas em desacordo com as normas desta Lei, relativas arrecadao e gastos de recursos.O 1 dispe: Na apurao de que trata este artigo, aplicar-se- o procedi-mento previsto no art. 22 da Lei Complementar n 64, de 18 de maio de 1990, no que couber.Estabeleceo2:Comprovadoscaptaoougastosilcitosderecursos, para fins eleitorais, ser negado diploma ao candidato, ou cassado, se j houver sido outorgado.4.Procedimentos Parte I4.1ApresentaoNesta unidade de estudo, ser dada continuidade ao registro de candida-tura, sendo abordados agora os procedimentos que podem ser adotados, como a ao de impugnao de registro de candidatura.4.2SnteseOregistrodecandidaturaumprocedimentodejurisdiovoluntria, conformejvistoemunidadesanteriores.Ainda,apublicaodopedidode registro no possui contedo decisrio.Direito Eleitoral53A partir da publicao do pedido de registro, se inicia o prazo para a AIRC (Ao de Impugnao de Registro de Candidatura). Tal ao est regulamenta-da no art. 3 da LC n 64/1990.A ao de impugnao de registro de candidatura tem como objetivo impe-dir que o registro de candidatura seja efetivado.Adeciso do juizpodeter natureza constitutiva, alm da meramente de-claratria, pois o juiz no somente declara que o indivduo tem condies, possvel que altere as condies.Quem tem legitimidade para propositura dessa ao so os partidos, as co-ligaes, os candidatos e o Ministrio Pblico Eleitoral.O prazo para o ajuizamento da ao de cinco dias contados da publicao do pedido de registro. Assim, a parte contrria intimada para que apresente sua defesa no prazo de sete dias.5.Procedimentos Parte II5.1ApresentaoNesta unidade de estudo, ser dada continuidade ao registro de candi-datura, sendo abordados agora outros procedimentos pertinentes.5.2SnteseHavendo hiptese em que a publicao ocorreu no dia 7 de julho de 2012, por exemplo, haveria o prazo de cinco dias para ajuizamento da ao de im-pugnao de registro de candidatura. Todavia, no houve ajuizamento e o juiz, posteriormente, deferiu o pedido de registro.Ao deferir o pedido de registro, o juiz demonstra que o indivduo preenche os requisitos para concorrer a cargo eletivo.Dessa deciso, somente o Ministrio Pblico poder recorrer ao TRE, pois comoospartidos,coligaesecandidatosnoajuizaramadevidaao,para estes est preclusa a possibilidade de questionar o pedido de registro.J o Ministrio Pblico fiscal da lei e, portanto, ainda que o prazo para impugnao de registro tenha se esgotado, nada impede que o rgo recorra da deciso, se entender ter sido equivocada.Caso o candidato no atenda s condies exigidas, dever de ofcio de o Ministrio Pblico recorrer no prazo de trs dias.Em regra, em matria eleitoral, o prazo recursal de trs dias, porm, h excees.Direito Eleitoral546.Procedimentos Parte III6.1ApresentaoNesta unidade de estudo, ser dada continuidade ao registro de candida-tura, sendo abordados alguns efeitos produzidos pelos recursos.6.2SnteseA legislao eleitoral estabelece que, em regra, os recursos no tm efeito suspensivo. Todavia, h uma exceo expressa na Lei n 9.504, no art. 16-A.Tal dispositivo estabelece que enquanto no houver uma deciso definitiva sobre o registro do candidato, este ter todos os direitos inerentes ao processo eleitoral.Todos os pedidos de registro de candidatura, inclusive seus recursos, devem ser julgados at quarenta e cinco dias antes das eleies.Quando o registro de candidatura no confirmado, a validade dos votos derivados desse registro depende da confirmao. possvel que uma candida-tura seja impugnada, mas o registro tenha sido deferido.Se o registro estiver sub judice, a validade dos votos depende da confirmao.Se o sujeito for candidato a deputado federal, por exemplo, e o registro de candidatura for indeferido e este recorrer por diversas vezes, participando inclu-sive das eleies. Este candidato vence e, ao final, o Poder Judicirio indefere o pedido de registro. Neste caso, todos os votos sero nulos, no sero aproveitados.7.Procedimentos Parte IV7.1ApresentaoNesta unidade de estudo, ser dada continuidade ao registro de candida-tura, sendo estudados os percentuais de registros.7.2SnteseA Lei n 9.504 estabelece que os partidos polticos e as coligaes possam registrar um nmero de candidatos perante a Justia Eleitoral.Direito Eleitoral55Umaeleiopelosistemamajoritrio,englobandoPresidentedaRep-blica,Governadores, Prefeitos eSenadores se divide em maioria absoluta e maioria relativa.Maioria absoluta seria o fato de que para que o candidato vena deve ter 50% + 1 voto vlido e voto vlido tudo aquilo que no branco e nem nulo (nulo e branco no entram na contagem).Maioria relativa seria o fato de que para que o candidato vena deve ter o maior nmero de votos vlidos.O sistema da maioria absoluta se aplica para Presidente da Repblica, Go-vernadores e Prefeitos.Talsistematrazaideiadesegundoturno,poisseoscandidatosaocargo eletivo no alcanarem mais da metade dos votos vlidos, ningum vencer as eleies. Desta forma, os dois primeiros candidatos disputaro o segundo turno.Seantesdaocorrnciadosegundoturno,umdessescandidatosviera falecer,porexemplo,oterceirocandidatomaisvotadoserchamadopara a disputa. Ainda, se der empate no segundo turno, entrar o candidato mais idoso dentre os candidatos.OsistemadamaioriarelativaaplicadonaseleiesparaSena