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9 Ao dizer a algumas pessoas que intentava escrever sobre este assunto, ouvi comentários positivos e negativos. Estou certo de que para as mulheres, especialmente, a leitura deste livro mostrar-se-á libertadora. Como as lideranças evangélicas são masculinas, a maioria das proibições visa às mulheres. Revoltadas, mas sem poder para contestar, elas sofrem humilhações públicas. Nos púlpitos, os pregadores vociferam acusando-as de vaidosas. Em muitas ocasiões esses pastores, trajando um terno caríssimo e ostentando uma bela gravata de seda importada (às vezes presa por um grampo de ouro), exigem simplicidade no trajar das mulheres. As pobres irmãs, enojadas com tanta hipocrisia, anseiam por liberdade espiritual. Entendo que os argumentos aqui apresentados não encontrarão a concordância de algumas lideranças evangélicas. Eu as respeito. Peço apenas que ninguém discorde sem antes ler a argumentação. Por favor, tente discernir o propósito com que escrevo cada capítulo. Antes de me condenar à fogueira como um libertino herege, peço que refute os meus argumentos com outros argumentos. Não desçamos ao nível de ataques pessoais. Não viso a ofender, contender ou zombar de qualquer postura denominacional. Não pretendo criar um novo motivo de divisão no corpo de Cristo, já lamentavelmente muito fragmentado. Meu intento é ajudar aquelas pessoas que carregam m enorme ponto de interrogação sobre qual procedimento bíblico deve ser adotado quando se vestem, se maquilam, cortam o cabelo, usam calças compridas, se divertem e lêem. Busco ajudar você, querido leitor, a manter-se santo diante de Deus sem legalismos e sem um conceito libertino de vida cristã. Conheço muitas pessoas que também não desejam quebrar a lei de Deus, todavia, estas entendem que o legalismo religioso produz muito mais prisão que a liberdade dos Evangelhos. Na primeira parte do livro, tentarei responder às indagações mais freqüentes, tais como: As mulheres podem ou não aderir à moda? Jóias, colares, brincos e pulseiras podem fazer parte da indumentária cristã? Por que Paulo discorre sobre cabelo em sua carta aos Coríntios? O que é indumentária masculina e feminina? Até que ponto Deus se preocupa com esse assunto? Dividi a primeira parte deste livro em tópicos distintos, procurando demonstrar que: 1. Moda, adornos, usos e costumes não constituem valores espirituais em si mesmos; não fazem parte da lei moral de Deus; devem ser concebidos como valores culturais. 2. Não é negativa a abordagem bíblica sobre a moda e sobre a utilização de adornos no corpo; a Bíblia está repleta de passagens em que homens santos e o próprio Deus participam em atividades de adorno.

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Ao dizer a algumas pessoas que intentava escrever sobre este assunto, ouvi

comentários positivos e negativos. Estou certo de que para as mulheres,

especialmente, a leitura deste livro mostrar-se-á libertadora. Como as lideranças

evangélicas são masculinas, a maioria das proibições visa às mulheres. Revoltadas,

mas sem poder para contestar, elas sofrem humilhações públicas. Nos púlpitos, os

pregadores vociferam acusando-as de vaidosas. Em muitas ocasiões esses pastores,

trajando um terno caríssimo e ostentando uma bela gravata de seda importada (às

vezes presa por um grampo de ouro), exigem simplicidade no trajar das mulheres. As

pobres irmãs, enojadas com tanta hipocrisia, anseiam por liberdade espiritual.

Entendo que os argumentos aqui apresentados não encontrarão a concordância

de algumas lideranças evangélicas. Eu as respeito. Peço apenas que ninguém

discorde sem antes ler a argumentação. Por favor, tente discernir o propósito com que

escrevo cada capítulo. Antes de me condenar à fogueira como um libertino herege,

peço que refute os meus argumentos com outros argumentos. Não desçamos ao nível

de ataques pessoais.

Não viso a ofender, contender ou zombar de qualquer postura denominacional.

Não pretendo criar um novo motivo de divisão no corpo de Cristo, já lamentavelmente

muito fragmentado. Meu intento é ajudar aquelas pessoas que carregam m enorme

ponto de interrogação sobre qual procedimento bíblico deve ser adotado quando se

vestem, se maquilam, cortam o cabelo, usam calças compridas, se divertem e lêem.

Busco ajudar você, querido leitor, a manter-se santo diante de Deus sem legalismos e

sem um conceito libertino de vida cristã. Conheço muitas pessoas que também não

desejam quebrar a lei de Deus, todavia, estas entendem que o legalismo religioso

produz muito mais prisão que a liberdade dos Evangelhos.

Na primeira parte do livro, tentarei responder às indagações mais freqüentes, tais

como: As mulheres podem ou não aderir à moda? Jóias, colares, brincos e pulseiras

podem fazer parte da indumentária cristã? Por que Paulo discorre sobre cabelo em

sua carta aos Coríntios? O que é indumentária masculina e feminina? Até que ponto

Deus se preocupa com esse assunto?

Dividi a primeira parte deste livro em tópicos distintos, procurando demonstrar que:

1. Moda, adornos, usos e costumes não constituem valores

espirituais em si mesmos; não fazem parte da lei moral de Deus; devem ser

concebidos como valores culturais.

2. Não é negativa a abordagem bíblica sobre a moda e sobre a utilização de

adornos no corpo; a Bíblia está repleta de passagens em que homens santos e

o próprio Deus participam em atividades de adorno.