6. kauark-leite-ciência empírica, causalidade e razão suficiente em kant

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  • 8/18/2019 6. KAUARK-LEITE-Ciência Empírica, Causalidade e Razão Suficiente Em Kant

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    Ciência empírica, causalidade e razão suficiente em Kant

    Patrícia KAUARK-LEITE1

    Toda ciência empírica parece não poder prescindir do princípio segundo o qual

    dee !aer uma causa ou ra"ão su#iciente para qualquer #ato$ eento ou acontecimento do

    mundo ou para qualquer proposi%ão erdadeira so&re #atos contingentes do mundo' Uma

    teoria cientí#ica dee assim #ornecer uma e(plica%ão su#iciente do porquê um eento

    ocorreu ou do porquê$ dadas certas condi%)es$ deemos esperar que um eento E  ocorra'

    Essa e(igência mínima de inteligi&ilidade dos #atos do mundo parece * primeira ista ser 

    um princípio l+gico triial' ,o entanto$ tal princípio$ nomeado por Lei&ni" de Princípio

    da Ra"ão u#iciente .PR/$ em contraposi%ão ao princípio da não-contradi%ão$ 0 um dos

    mais controersos na nossa tradi%ão #ilos+#ica' Eidentemente$ tal princípio não se aplica

    apenas *s e(plica%)es cientí#icas$ mas a qualquer e(plica%ão não-cientí#ica$ considerada

    su#iciente$ para #atos contingentes do mundo' Assim$ o #ato de !aer um rato no meu

    apartamento pode ser considerado uma e(plica%ão su#iciente para o sumi%o do queio na

    min!a co"in!a durante a noite' 2u ainda dee !aer uma ra"ão su#iciente$ de nature"a

    teleol+gica ou meta#ísica$ para a emergência da ida !umana na Terra' Assim se

    e(plica%)es em conte(tos não-cientí#icos$ seam elas de car3ter meta#ísico ou ordin3rio$ podem satis#a"er o Princípio da Ra"ão u#iciente$ temos que lidar com duas quest)es4 1/

    o que torna 5cientí#ica6 uma e(plica%ão7 8/ o que !3 de comum entre e(plica%)es

    cientí#icas e outras #ormas de e(plica%ão7

    2ra$ di#erentemente de Lei&ni"$ Kant #oi um dos primeiros a en#rentar a questão

    da especi#icidade da e(plica%ão cientí#ica em rela%ão a outras #ormas de e(plica%ão' E ao

    a&ordar essa comple(a questão$ Kant parece identi#icar$ pelo menos em sua #ase crítica$ o

     princípio da causalidade com o princípio da ra"ão su#iciente' Encontramos na Crítica darazão pura a ideia segundo a qual dar as causas 0 tam&0m dar as e(plica%)es su#icientes

    da ra"ão pela qual certo eento se produ"iu' Essas e(plica%)es$ no entanto$ deem se

    assentar em #undamentos naturais e leis causais' ,a 59outrina transcendental do

    m0todo6$ na se%ão 5o&re a disciplina da ra"ão com respeito * !ip+teses6$ Kant a#irma a

    esse prop+sito4 5Para a e(plica%ão de #en:menos dados não pode ser adu"ida nen!uma

    1

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    outra coisa$ nen!um outro #undamento e(plicatio$ senão aqueles que ten!am sido postos

    em cone(ão com as coisas dadas segundo leis 3 con!ecidas dos #en:menos6 .KA,T$

    8;1$ em sua o&ra  Investigação sobre a

    evidência dos princípios da teologia natural e da moral  4

    9ee-se procurar$ assim se di"$ por e(periências seguras$ de pre#erência com

    o au(ílio da geometria$ as regras segundo as quais ocorrem certos

    #en:menos da nature"a' Jesmo que não se ea einsieht  nos corpos o

     primeiro #undamento dessas regras$ 0 certo$ contudo$ que eles se comportamsegundo tais leis$ e os comple(os eentos da nature"a se de#inem quando se

    indica distintamente o modo pelo qual estão su&metidos a essas &em-

    demonstradas regras' .KA,T$ 8;;=$ p' 11M? U9$ AA ;84 8D>/'

    2

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    Kant 3 enunciaa assim no te(to de 1> o princípio de ra"ão su#iciente de

    maneira totalmente distinta daquela de Lei&ni"' Assim$ consideremos$ para e#eito de

    compara%ão$ a #ormula%ão lei&ni"iana de tal princípio$ e(posta no par3gra#o

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     ,esse te(to$ Kant .P,9$ AA ;14

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    necessidade de uma ra"ão su#iciente a toda mudan%a de su&stncia proa mais a

    necessidade do que a impossi&ilidade de intera%ão real entre uma pluralidade de

    su&stncias' 9esestido de seus ornamentos ontol+gicos$ e encerrado em uma armadura

    epistemol+gica$ esse argumento ser3 central na primeira Crítica

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    signi#icado l+gico que 0 não-esquemati"ado$ como tam&0m um signi#icado transcendental

    quando 0 esquemati"ado$ isto 0$ quando su&metido *s condi%)es da intui%ão sensíel' 2u

    em outras palaras$ o PR tem tanto um signi#icado analítico quanto um signi#icado

    sint0tico a priori' Fomo analítico$ o PR 0 equialente ao princípio que esta&elece a

    condi%ão l+gica su#iciente para se #undar um con!ecimento' Assim$ como 0 a#irmado em

    seu manual de L+gica$ esta&elecido por SVsc!e$ para que um con!ecimento$ al0m de

    logicamente possíel$ sea logicamente #undado 0 preciso que ten!a4 5.a/ ra")es em que

    se #unde e .&/ não ten!a consequências #alsas6 .KA,T$ 8;11$ p' >M? Log$ AA ;M4 =1/'

    Entretanto$ como princípio sint0tico a priori$ o PR dee ser restrito * e(periência

     possíel' Assim$ quando o PR 0 aplicado sinteticamente ele pertence * l+gica

    transcendental$ e não * l+gica geral pura'

     ,essa pr+(ima se%ão amos inestigar at0 que ponto o princípio da ra"ãosu#iciente$ enquanto princípio sint0tico a priori  aplicado * intui%ão sensíel$ pode ser 

    assimilado ao princípio da causalidade'

    2 Causalidade e razão suficiente na Crítica da razão pura

    A liga%ão entre o princípio de causalidade e o princípio de ra"ão su#iciente

    adquire noos contornos na Crítica da razão pura' A alidade do princípio de ra"ão

    su#iciente dee se restringir aos o&etos de nossa e(periência perceptia' ,esse sentido$Kant a#irma que 5os #en:menos s+ demandam e(plica%ão na medida em que as condi%)es

    de sua aplica%ão são dadas na percep%ão6' .KA,T$ 8;1

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    @inculado *s categorias de rela%ão do sistema antiano$ o princípio de ra"ão

    su#iciente sup)e que uma rela%ão real entre os di#erentes o&etos sea pensada' ,ossa

    intui%ão sensíel e nosso entendimento discursio são compelidos a sinteti"ar as rela%)es

    reais em termos de causa e de e#eito' ,o níel a&strato do entendimento puro$ onde a

    categoria de causalidade pode se apresentar não esquemati"ada$ pode-se pensar que uma

    causa racional real se liga a um e#eito real sem especi#ica%ão da nature"a est0tica da

    apresenta%ão da causa e do e#eito' Jas$ uma e" que somos dotados de intui%ão espa%o-

    temporal$ nossa maneira particular de incular a causa racional ao e#eito real se e(prime

     por associa%ão de uma causa temporal a um e#eito temporal' A segunda analogia imp)e

    ao acontecimento no tempo uma regra mediante a qual algo .e#eito temporal/ 0

    necessariamente causado por alguma outra coisa .isto 0$ por uma esp0cie de ra"ão

    temporal/' 2 que 0 e(presso pela segunda analogia não 0 nada al0m do que a maneira particular em que seres !umanos dotados de intui%ão espa%o-temporal e de entendimento

    discursio são compelidos a pensar rela%)es reais'

    A segunda analogia #ornece assim um princípio segundo o qual os o&etos da

    e(periência são determinados em uma rela%ão temporal de sucessão' 2 5princípio da

    sucessão no tempo$ segundo a lei da causalidade6 a#irma que toda mudan%a no tempo

    dee se con#ormar * lei causal' Todos os #en:menos são su&metidos *s leis segundo as

    quais a e(istência su#iciente de seu estado presente 0 uma consequência de certo estado

    anterior' Kant tenta$ portanto$ apresentar uma usti#ica%ão transcendental * aplica%ão do

     princípio de ra"ão su#iciente aos o&etos da e(periência$ pois para ele nen!um tipo de

     usti#ica%ão 3lida para esse princípio não #oi ainda #ornecida' Lei&ni" e seus discípulos

    #racassaram porque eles consideraram o princípio em sua plena generalidade$ aplicando-o

    *s coisas em si' Particularmente$ Qol## tentou mostrar que ele deria do princípio de

    contradi%ão' ,o entanto$ do #ato que esse princípio 0 sint0tico e não analítico$ a proa de

    Qol## para Kant não 0 tam&0m 3lida'

    Antes de Kant$ 9aid ume tin!a 3 aceito o car3ter não-l+gico do princípio

    relatio aos #atos contingentes do mundo e tin!a por outro lado notado que ele não

     poderia ser usti#icado a posteriori' ume$ no entanto$ su&stituiu o princípio de ra"ão

    su#iciente pelo princípio de causalidade e denunciou notaelmente a ilusão su&acente *

    ideia de cone(ão necess3ria$ implícita no conceito de causa ou de #undamento racional'

    7

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    e$ por um lado$ o princípio de causalidade não pode ser deriado nem analiticamente do

     princípio de contradi%ão$ nem indutiamente da e(periência$ e$ por outro$ ele não pode

    ser redu"ido a uma mera associa%ão su&etia entre causa e e#eito$ a usti#ica%ão

    encontrada por Kant para o car3ter ao mesmo tempo sint0tico e a priori desse princípio

    dee pressupor uma l+gica não analítica$ que ele nomeou de transcendental' A reei%ão

     por Kant da proa de Qol## 0 tam&0m uma re#uta%ão do ceticismo de ume em rela%ão

    ao princípio de causalidade'

    Kant$ no entanto$ considera que a causalidade$ enquanto princípio necess3rio para

    a unidade da e(periência$ 0 uma ra"ão su#iciente para a percep%ão o&etia dos eentos

    como temporalmente sucessia' 2 argumento antiano para demonstrar a ersão causal

    desse princípio come%a pelo conceito de mudan%a de estado' A determina%ão de uma

    mudan%a no tempo e(ige que um estado sea pensado como e(istindo antes da mudan%a eque outro como e(istindo depois' Assim$ os estados se sucedem segundo uma ordem de

    tempo de#inido' Jas a ordem não pode ser perce&ida$ uma e" que o tempo mesmo não

     pode ser perce&ido' A Gnica eidência que temos para a ordem da sucessão das aparências

    .a sucessão o&etia/ 0 aquela de nossas percep%)es .a sucessão su&etia/' Jais esta

     pode acontecer em uma ordem di#erente daquela' Kant sustenta que a ordem das

     percep%)es 0 um produto da imagina%ão e que a produ%ão de imagens pode acontecer 

    ar&itrariamente'

    Kant toma como e(emplo de sucessão su&etia o ato de ol!ar um o&eto

    estacion3rio tal como uma casa .KA,T$ 1MM4 8>; ? Kr@$ A1M;-1M1BC8

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    desloca no sentido da corrente de um rio$ n+s podemos somente ter as percep%)es que se

    seguem uma depois da outra em uma ordem que não pode ser inertida'

    A segunda analogia #ornece a regra em irtude da qual n+s podemos constituir 

    todas as aparências de sucessão no tempo como mudan%as' ,+s perce&emos que as

    aparências se seguem umas depois das outras e n+s as conectamos gra%as * #aculdade

    sint0tica da imagina%ão' A rela%ão o&etia da aparência da sucessão não 0 determinada

     pela percep%ão' Para que essa rela%ão sea determinada$ ela dee ser pensada como

    necess3ria' A necessidade pode somente ir de um conceito puro do entendimento e$

    nesse caso especí#ico$ daquele de liga%ão entre causa e e#eito' A apreensão do mGltiplo da

    intui%ão sensíel 0 sempre sucessia' As aparências$ simplesmente por serem

    representa%)es$ não são de #orma alguma distintas de sua apreensão' ,+s não atri&uímos

    nunca a sucessão ao o&eto tomado isoladamente' Wuando perce&emos algumacontecimento$ essa representa%ão cont0m a consciência que e(iste alguma coisa que o

     precedeu' A apari%ão adquire sua rela%ão de tempo somente em rela%ão ao que a

     precedeu' Fada ocorrência 0 condicionada por outra anterior e esta se apresenta como

    causa daquela que l!e sucedeu' Assim$ a sucessão das aparências 0 condicionada * lei de

    causalidade .KA,T$ Kr@$ A1MBC8

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    #un%ão$ de nosso intelecto'  .F2PE,AUER$ 1M>>$ p' >;$ tradu%ão

    nossa/=

    Assim$ tanto para Kant quanto para c!open!auer$ cada acontecimento no mundo

    #enomênico .para Kant$ o mundo dos #en:menos? para c!open!auer$ o mundo comorepresenta%ão/ 0 estritamente determinada$ isto 0$ condicionada pela lei necess3ria e

    uniersal da causalidade' A ra"ão su#iciente de um #ato 0$ portanto$ dada pela liga%ão a

    uma causa antecedente'

    9iante da e(plica%ão dada por Kant na Analítica transcendental$ poderíamos ser 

    leados a supor$ entretanto$ como &em o #e" C0atrice Longuenesse .8;;1/ em seu artigo

     &ant's "esconstruction of the Principle of ufficient Reason$ que a proa de Kant do

     princípio da ra"ão su#iciente coincide e(atamente com a sua proa do princípio de

    causalidade>' Assim poderíamos pensar que o princípio de ra"ão su#iciente #oi redu"ido

    ao princípio da causalidade empírica$ e(presso na segunda analogia da e(periência$ e

    dessa #orma o pro&lema da proa e do estatuto epistêmico do princípio de ra"ão

    su#iciente teria se dissolido'

     ,o entanto$ o que pretendemos de#ender neste tra&al!o 0 que o princípio da ra"ão

    su#iciente não se redu" ao princípio da causalidade$ pelo menos * causalidade empírica da

    segunda analogia da e(periência' Tomando como re#erência a interpreta%ão de Xerd

    Cuc!da!l .1MM8/ o nosso o&etio 0 mostrar que a concep%ão de causalidade$ e$ portanto$do princípio de ra"ão su#iciente dee ser entendida em um conte(to mais amplo do

    sistema crítico' 3 pelo menos dois sentidos de causalidade .er$ a esse prop+sito$

    Kauar-Leite$ 8;;D/' 2 primeiro 0 ustamente esse que se apresenta como princípio

    constitutio da e(periência que #orma o sistema de princípios da Analítica transcendental

    e que 0 propriamente caracteri"ado com causalidade empírica' ,o entanto$ Cuc!da!l nos

    c!ama aten%ão para um segundo sentido de causalidade$ como princípio regulador$ cua

    signi#ica%ão 0 adquirida na 9ial0tica transcendental e que ele pre#ere nome3-la decausalidade transcendental'

    Essa mesma concep%ão 0 tam&0m compartil!ada por ,ic!olas Resc!er .1MD

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    meramente inteligíel$ que 0 goernado pelo princípio regulatio da ra"ão su#iciente'

    Enquanto ideal regulador$ esse princípio nos #a" crer que e(iste um #undamento

    e(plicatio a tudo o que acontece$ e que$ com uma pesquisa apro#undada$ podemos

    sempre$ em princípio$ encontrar essa e(plica%ão' Esse princípio #unciona como uma regra

    da ra"ão que prescree que dee !aer sempre um #undamento su#iciente a e(plicar os

    acontecimentos que se desenrolam no tempo' Resc!er nomeia esse princípio como

    causalidade noumenal - o que para X' Cuc!da!l era causalidade transcendental - para

    distinguí-lo do princípio de causalidade da segunda analogia'

    9a atiidade reguladora pr+pria dos uí"os re#le(ionantes se origina o conceito de

    #inalidade da nature"a .KA,T$ EEKU$ AA 8;4 81>/' Fomo Cuc!da!l nos c!ama aten%ão$

    o acento dado * ideia de causalidade apenas no conte(to da Analítica do entendimento

     puro$ de acordo com o princípio da segunda analogia da e(periência$ o&scureceu doisaspectos #undamentais da dinmica cognitia' Esses dois aspectos são as ideias de

    #inalidade o&etia e de dimensão sistem3tica$ necess3rias para constituir o con!ecimento

    da nature"a como um sistema orgnico' Z a ra"ão$ em sua #aculdade de desear$ que

    complementa o processo iniciado pela #aculdade do con!ecimento do entendimento de

    tratar as teorias da ciência como um sistema coerente de leis empíricas'

    9i#erente de Lei&ni"$ portanto$ o uso em Kant do princípio de ra"ão su#iciente não

    demonstra a e(istência de um #undamento noumenal nem esta&elece a real e(istência das

    coisas em si' ua #un%ão 0 a de condicionar a nossa mente para o conceito de uma coisa

    em si como !ip+tese disponíel e aplic3el na e(pansão do con!ecimento sempre

    atrelado * causalidade empírica' Assim$ Kant a#irma na se%ão Oo&re a disciplina da ra"ão

    com respeito * !ip+teses da 9outrina transcendental do m0todo4

    uma hip(tese transcendental $ em que uma mera ideia da ra"ão #osse

    empregada para e(plicar as coisas da nature"a$ não seria e(plica%ão alguma$

     pois não se pode e(plicar aquilo que não se compreende su#icientemente - a

     partir de princípios empíricos con!ecidos - atra0s de algo de que não sesa&e a&solutamente nada' Al0m disso$ o princípio de tal !ip+tese seriria

    apenas$ propriamente #alando$ para satis#a"er a ra"ão$ e não para promoer o

    uso do entendimento em rela%ão aos o&etos' A ordem e a con#ormidade a

    #ins que imperam na nature"a têm de ser e(plicadas$ por seu turno$ a partir 

    de #undamentos naturais e segundo leis naturais? e aqui as mais ousadas

    11

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    !ip+teses$ sendo apenas #ísicas$ são mais palat3eis que uma !ip+tese

    !iper#ísica$ i' e$ o apelo a um criador diino que se pressup)e com istas a

    isso'6 .KA,T$ 8;1

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    impostas pela est0tica transcendental e$ portanto$ pressup)em a intui%ão espa%o-temporal'

    2 te(to da O2&sera%ão geral so&re a dinmica .KA,T$ JA,$ AA ;4 =8

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    nem os espa%os a"ios nem os corpGsculos primitios podem ser desco&ertos pela

     percep%ão' Sustamente por renunciar a todas as #or%as pr+prias da mat0ria$ a interpreta%ão

    mecanicista não se &aseia na e(periência'

    Ao propor uma noa teoria para a di#eren%a especí#ica das mat0rias$ Kant

     pretende adoptar uma e(plica%ão natural para os #en:menos que$ segundo ele$ estaria

    mais de acordo com nossas percep%)es' A teoria dinmica da nature"a seria$ portanto$

    mais apropriada para a ciência e(perimental' Ela condu" diretamente * eidência da

    e(istência de #or%as motri"es pr+prias * mat0ria e condu" a pesquisa cientí#ica a partir 

    dessas #or%as' 9este modo$ considera%)es com &ase em !ip+teses ar&itr3rias$ tais como a

    do 3tomo ou a dos espa%os a"ios$ são eitadas' Para Kant$ tomar as #or%as de atra%ão e

    repulsão como &ase da e(plica%ão signi#ica lear em conta as condi%)es dadas pela

    intui%ão empírica$ e não apenas pela intui%ão pura'e$ por um lado$ a e(plica%ão mecanicista permite construir teoricamente a

    diersidade dos corpos materiais com &ase em #undamentos matem3ticos$ a e(plica%ão

    dinamista$ por outro$ não pode de maneira alguma demonstrar$ atra0s da constru%ão do

    conceito de mat0ria$ a possi&ilidade das #or%as #undamentais' A certe"a de tais #or%as se

    #unda apenas na condi%ão de não se poder redu"í-las a outros princípios primeiros' Z por 

    essa ra"ão que Kant considera matem3tica a e(plica%ão mecanicista e meta#ísica a

    e(plica%ão dinmica' A primeira lea em considera%ão apenas a essência dos #en:menos$

    enquanto a segunda &aseia-se não apenas na essência$ mas na e(istência deles' Por 

    essência Kant quer di"er 5o primeiro princípio interno de tudo o que pertence *

     possi&ilidade de uma coisa6 .KA,T$ 1MM;$ p' 1

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    cosmologia meta#ísica$ a sa&er$ uma &arreira para a ra"ão dominadora$ a #im

    de que ou a pura inen%ão ocupe o seu lugar$ ou ela se pon!a a descansar no

    traesseiro das qualidades ocultas' .KA,T$ 1MM;$ p' D8? JA,$ AA ;4 =

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    conceito de continuidade$ aquele das grande"as intensias$ &em como de su&stncia$

    como um conunto relatio de mat0ria sempre diisíel ao in#inito6'

    Esse es#or%o tam&0m tem a inten%ão de eitar o dualismo pressuposto pela #ísica

    mecanicista entre a mat0ria com peso e a mat0ria sem peso .0ter/' Kant introdu"iu o

    conceito de 0ter de #orma di#erente daquele de ,eHton' Enquanto que para este Gltimo o

    0ter 0 um conceito Gtil para e(plicar a graita%ão$ para Kant$ que admite a%ão * distncia$

    trata-se apenas de um conceito limite$ totalmente desnecess3rio para a teoria da

    graita%ão$ uma e" que o princípio de a%ão distncia não requer um meio no qual a a%ão

    das #or%as possa se propagar' A !ip+tese do 0ter decorre diretamente do princípio das

    #or%as motri"es como grande"as intensias' e as #or%as têm um certo grau$ pode-se

    admitir um 0ter$ isto 0$ uma su&stncia material com um peso in#initamente pequeno'

    Essa suposi%ão não introdu" nada de noo na teoria da dinmica' Z uma consequêncianatural do princípio geral' Essa seria outra antagem da dinmica em rela%ão ao

    mecanicismo4 a continuidade entre princípios e !ip+teses' A !ip+tese de um 3cuo$ ao

    contr3rio$ 0 inteiramente e(trínseca ao princípio mecanicista$ que a#irma que as #or%as

    dependem apenas das #ormas .m3quinas/'

    Assim$ 0 no plano da e(istência e da realidade e não no da essência e da

     possi&ilidade que se coloca a supremacia do dinamismo so&re o mecanicismo' Para

    resoler o con#lito que se esta&elece entre essas duas teorias$ Kant toma como parmetro

    o uso empírico do entendimento na inestiga%ão da realidade empírica$ mais do que a

     possi&ilidade da realidade' e$ na Crítica da razão pura$ o conceito de grande"a intensia

     permanece como puramente matem3tico$ 0 porque não se !aia introdu"ido realmente o

    conceito de moimento da mat0ria' A realidade da qual trata a Crítica$ na se%ão relatia

    ao princípio das antecipa%)es da percep%ão$ não 0 a da #or%a enquanto grande"a #ísica$

    mas a da possi&ilidade matem3tica da #or%a' A introdu%ão da realidade do moimento #a"

    emergir o con#lito$ ignorado na primeira Crítica$ entre o dinamismo das #or%as motri"es

    #undamentais e teoria mecanicista'

    Ao comentar so&re o pro&lema das 5grandes teorias #ísicas6$ @uillemin .1M==$ p'

    18$ tradu%ão nossa/ argumenta que 0 5idealismo transcendental em seu conunto que

    Kant coloca em questão para re#utar o mecanicismo6D$ tornando inGtil a !ip+tese do

    3cuo' A !ip+tese dinmica de que o real não se apresenta uni#ormemente de #orma

    16

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    !omogênea no espa%o 0 &aseada na distin%ão necess3ria entre grande"as e(tensias e

    intensias'

    A e(plica%ão mecanicista$ no entanto$ não sup)e essa di#eren%a' Fonsiderando a

    !omogeneidade e !eterogeneidade do preenc!imento material do espa%o apenas como

    relatia * agrega%ão das partes da mat0ria$ somente a grande"a e(tensia 0 leada em

    conta' A !ip+tese mecanicista$ como a#irma @uillemin .1M==$ p' 18$ tradu%ão nossa/$

    5con#unde e(tensão e mat0ria$ grande"as e(tensias e intensias$ a(iomas e

    antecipa%)es6M' A idealidade transcendental do espa%o 0 a condi%ão para uma possíel

    distin%ão entre esses dois tipos de grande"as e que ao mesmo tempo permite de#ender 

    uma e(plica%ão mais #enomenalista da constitui%ão da mat0ria' e a gênese do contínuo

    escapa * constru%ão geom0trica$ isso 0 reelador para Kant não da #ragilidade do

    dinamismo$ mas da limita%ão da imagina%ão do realismo geom0trico' A e(plica%ãodinamista$ ao contr3rio da e(plica%ão mecanicista$ de nature"a essencialmente

    geom0trica$ 0 resultado de uma maior li&erdade da ra"ão$ em seu uso plenamente

    legítimo$ de pensar a diersidade da mat0ria de outra maneira'

    Um motio suplementar que #a" da teoria dinamista uma #onte e(plica%ão mais

    adequada para Kant 0 o #ato dela contar com auda de inestiga%)es meta#ísicas' Essa

    auda permitiu estruturar o con!ecimento de acordo com leis determinadas$ que procuram

    redu"ir a aparente ariedade de #or%as dadas a um menor nGmero$ as #or%as #undamentais$

    que e(plicam o e#eito das outras' Em&ora a ra"ão não possa se elear para al0m das

    #or%as #undamentais$ as inestiga%)es de ordem meta#ísica são Gteis para a ciência$

     principalmente por condu"ir o mais longe possíel a &usca por ra")es e(plicatias

    dinmicas sem dei(ar de lear em conta o conceito empírico de mat0ria' Para Kant$ são

    essas ra")es que 5permitem esperar leis determinadas$ por conseguinte$ um erdadeiro

    encadeamento racional das e(plica%)es6' Xra%as a uma meta#ísica colocada a seri%o da

    aplica%ão da matem3tica * ciência natural que as propriedades da mat0ria podem ser 

    consideradas 5como dinmicas e não como posi%)es originais e incondicionadas$ como

    decerto as postularia um m0todo puramente matem3tico6 .KA,T$ 1MM;$ p' M? JA,$ AA

    ;4 =

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    indiisíel constituinte de toda a mat0ria' Todas as qualidades sensíeis da mat0ria

    deeriam ser e(plicadas em termos do arrano geom0trico e moimento mecnico desses

    3tomos nos espa%os a"ios do interior da mat0ria' Isso resultou em uma imagem da

    nature"a$ cua simplicidade parecia tão clara e conincente aos ol!os dos naturalistas dos

    s0culos [@III e [I[' Tudo no unierso se redu"ia a pequenas partículas em moimento'

    Essa era tomada a Gnica e erdadeira realidade e(istente'

    Z somente no s0culo [[$ com a mecnica quntica$ que a ciência consegue se

    lirar completamente dessa isão simplista e mecanicista do mundo' Por0m$ 3 na

    segunda metade do s0culo [I[$ essa imagem mecanicista se torna menos releante com o

    adento da teoria eletromagn0tica$ que o#erece outra imagem de realidade no lugar do

    arran!o de partículas no espa%o a"io' 2 campo de #or%as assume o lugar do

    mecanicismo surge como a Gnica e erdadeira realidade e(istente' A nature"a comoresultante da intera%ão entre campos de #or%a era menos #acilmente compreensíel do que

    a ideia mecanicista da realidade$ pr+pria do atomismo' 2s crit0rios matem3ticos de

    9escartes de clare"a e eidência não se aplicam imediatamente e a imagem do mundo

    resultaa ser menos intuitia' Wuando Kant solitariamente declara no s0culo [@III que

    !ip+tese dinamista de intera%ão entre as #or%as motri"es #undamentais era uma ra"ão mais

    su#iciente para e(plicar a diersidade dos corpos$ ele est3 muito mais pr+(imo de uma

    isão mais contempornea da ciência empírica do que de#endendo uma interpreta%ão

    equiocada ou errada da realidade #ísica' A su&stitui%ão da imagem at:mica pelo

     pensamento dinamista con#irma uma tendência contempornea seguida pela #ísica do

    s0culo posterior ao de Kant'

    Assim$ não se pode simplesmente di"er que a concep%ão antiana da estrutura da

    mat0ria não tem nada a er com o desenolimento da atiidade cientí#ica' Kant$ na

    erdade$ introdu"iu algo de noo quando ele di" que a mat0ria não preenc!e um espa%o

    em irtude apenas de sua e(tensão$ como pensaam Lam&ert e 9escartes' olide" e

    impenetra&ilidade não são propriedades #undamentais que por si s+ usti#icariam o

     preenc!imento do espa%o pela mat0ria' Kant a#irma deriar essas propriedades a partir de

    um princípio mais #undamental' A#irmar que um princípio 0 mais #undamental signi#ica

    di"er que ele não pode ser deriado a partir de nen!um outro' ,ão podemos compreender 

    a possi&ilidade das #or%as motri"es$ precisamente porque elas são #undamentais'

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    A superioridade do dinamismo so&re o mecanicismo assenta-se na suposi%ão de

    que a e(plica%ão da nature"a da mat0ria se &aseia em um princípio e não numa imagem'

    Esse$ em nossa opinião$ 0 o ponto mais importante' A rique"a da meta#ísica antiana

    e(atamente introdu"ir um de&ate epistemol+gico so&re o que conta como uma ra"ão

    su#iciente para a escol!a entre teorias cientí#icas$ eidenciando o comple(o ogo

    epistêmico entre intui%)es empíricas$ constru%)es matem3ticas com &ase na intui%ão pura$

     princípios constitutios do entendimento$ como o princípio da causalidade$ e ideias

    meta#ísicas da ra"ão$ com o seu papel regulador não menos #undamental'

    4 Conclusão

    Fomo o nosso #oco de an3lise #oi a pertinência e uso do princípio de ra"ão

    su#iciente no domínio das ciências empíricas$ dei(amos de lado todas as considera%)es

    so&re o seu uso pr3tico e sua rela%ão com a li&erdade !umana' ,o domínio do

    con!ecimento da nature"a$ entretanto$ 0 preciso considerar antes de tudo que o uso

    legítimo de tal princípio$ como de qualquer outro princípio transcendental s+ se aplica ao

    domínio dos #en:menos espa%o-temporalmente intuídos e amais *s coisas em si mesmas'

    Por0m$ a regra causal$ esta&elecida pelo entendimento$ da sucessão o&etia dos

    acontecimentos no tempo não 0 su#iciente para proporcionar a unidade sistem3tica

    requerida pela ra"ão' Fom &ase nos argumentos apresentados por Kant na 9ial0tica

    transcendental e na an3lise do con#lito apresentado nos Princípios Metafísicos da Ciência

    da !atureza entre as e(plica%)es dinamista em mecanicista$ concluímos$ assim$ que o

    Princípio da ra"ão su#iciente$ enquanto princípio transcendental em seu uso te+rico

    aplicado ao campo da e(periência possíel$ não pode ser simplesmente assimilado ao

     princípio da causalidade$ tal como esta&elecido na segunda analogia da e(periência$ no

    quadro da Analítica transcendental'

    As ideias da ra"ão$ de nature"a eminentemente meta#ísica$ apesar de não seaplicarem diretamente e constitutiamente a nen!um o&eto da e(periência$ têm um uso

    regulatio legítimo a&solutamente indispens3el ao entendimento' Enquanto o

    entendimento &usca uni#icar o mGltiplo da e(periência atra0s de seus conceitos$ a ra"ão

     procura uni#icar os conceitos do entendimento atra0s de suas ideias$ &uscando a

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    amplia%ão m3(ima possíel da pr+pria e(periência .KA,T$ Kr@$ C >8-

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    '()(*("+C(*!& Kant$ causalidade$ princípio de ra"ão su#iciente$ e(plica%ão cientí#ica$dinamismo$ mecanicismo

    (-".(C.& In Kants Transcendental Anal]tic He #ound t!e idea t!at to gie t!e causes is also

    to gie t!e su##icient e(planations o# H!] a certain p!enomenon occurs' T!is paper intends toanal]"e in detail t!e &asis o# t!is alliance &etHeen t!e principle o# causalit] and t!e principle o# su##icient reason$ in &ot! passages o# t!e Criti)ue of pure reason  as ot!er Kantian te(ts'Especiall]$ it aims to s!oH$ &] anal]"ing t!e con#lict &etHeen t!e d]namical and mec!anicalt!eories o# matter$ presented in t!e Metaph*sical foundations of natural science$ t!at t!e principleo# su##icient reason$ in t!e conte(t o# empirical sciences$ can not &e reduced$ as argued &]Longuenesse .8;;1/$ to t!e principle o# t!e determination o# an o&ectie temporal order o# t!eo&ects o# perception'

    K!/0%D"& Kant$ causalit]$ principle o# su##icient reason$ scienti#ic e(planation$ d]namism$mec!anism

    !!C("

    Cuc!da!l$ X' .1M>M/' Metaph*sics and the Philosoph* of cience$ Fam&ridge4 Celnap Press'

     ^^^^^^' .1MD>/' 5Kant_s _pecial Jetap!]sics_ and +he Metaph*sical ,oundations of !aturalcience$6 in &ant-s Philosoph* of Ph*sical cience$ R' Cutts .ed'/$ 9ordrec!t4 9' ReidelPu&lis!ing Fompan]$ pp' 18-1>1'

     ^^^^^^^' .1MM8/' &ant and the "*namics of Reason$ 2(#ord and Jalden4 ClacHell'

    Kant$ I' .1M;; et seqq/' .esammelte chriften# rsg'4 Cd' 1`88 Preussisc!e Aademie derQissensc!a#ten$ Cd' 8< 9eutsc!e Aademie der Qissensc!a#ten "u Cerlin$ a& Cd' 8Aademie der Qissensc!a#ten "u Xttingen' Cerlin'

    Kant$ I' .1M= 1M;/' "a utilidade de uma nova crítica da razão pura /Resposta a Eberhard0$ Tradu%ão$ introdu%ão e notas Jarcio Pugliesi e Edson Cini' ão Paulo4 emus' .Tradu%ãode4 1ber eine Entdec2ung# nach der alle neue &riti2 der reinen 3ernunft durch eine 4ltereentbehrlich gemacht 5erden soll  E$ AA ;D4 1D=-8=1/

    Kant$ I' .1MD; 1D/' OInestiga%ão so&re a eidência dos princípios da teologia natural e damoral' In 4 Escritos pr

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    .Tradu%ão de4 >ntersuchung 9ber die "eutlich2eit der .runds4tze der nat9rlichen+heologie und der Moral  U9 # AA ;84 8

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    1 Patrícia Kauar-Leite 0 pro#essora no 9epartamento de \iloso#ia da Uniersidade \ederal de Jinas Xerais' Z autora doliro +h