6º ano - roteiro do dia - 30/03...a sociedade do antigo egito os primeiros agrupamentos humanos...
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6º Ano - Roteiro do Dia - 30/03
Matemática
Caderno de Atividades - QUESTÕES 63, 64, 78, 88, 89, 90, 92, 96, 97 e 99.
História
Capítulo 4 – A antiga civilização egípcia / páginas 65 a 71;
África: a origem da humanidade;
África: organizações políticas;
Os egípcios;
Os nomos: as primeiras comunidades agrícolas;
A sociedade egípcia;
O período dinástico;
Texto complementar e atividade de estudo / Egito Antigo;
Atividades página 75 - questão 3 e 6;
Atividade complementar – questões 1 a 9.
Inglês
Sb pages 28,29 and 30;
Wb pages 16.
HISTÓRIA – ANEXO 5 / Capítulo 4 6º ano
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Texto complementar e Atividades de estudo
Capítulo 4
EGITO ANTIGO
África: a origem da humanidade
Como vimos nos capítulos 3 e 4, diversos grupos humanos deixaram a vida
nômade e se tornaram sedentários, com a prática da agricultura e domesticação de
animais. Ao dominarem outros povos, esses grupos formaram reinos e impérios.
Os reinos mais antigos do continente africano surgiram ainda na Pré-História no
final do período Neolítico, na área conhecida hoje como África setentrional (região ao
norte da linha do equador). Sendo os egípcios exemplo de civilização que nasceram
nessa região e nesse período da história e se organizaram em aldeias e reinos.
África: organizações políticas
Na África existiram várias formas de organização política, sendo algumas delas:
Aldeia: organizava-se em torno do líder que julgava, distribuía terras e comandava
os guerreiros em caso de conflitos. O líder era responsável pelo bem de todos. O
chefe da aldeia era ajudado por um conselho. As pessoas se orientavam pelos
espíritos da natureza ou antepassados mortos.
Cidades-Estados: eram cidades cercadas que possuíam governo próprio, um
centro comercial e uma área rural. Possuíam mercados, comerciantes, artesãos,
agricultores e pastores.
Reino: pode ser definido como uma reunião de várias aldeias e cidades na qual
vivia um líder com autoridade sobre todos os outros. Nas capitais do reino havia
concentração de riqueza, poder, gente, oferta de alimentos e serviços. Quando o
líder de uma cidade ou reino expandia os limites territoriais e conquistava terras e
povos, estava formado um império.
Império: na Antiguidade, era geralmente um conjunto de cidades ou regiões
subordinadas ao governante da cidade mais poderosa.
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Egito
O Egito está localizado em região desértica, às margens do Rio Nilo, na porção
nordeste do continente africano, é banhado tanto pelo Mar Mediterrâneo quanto
pelo Mar Vermelho e limita-se com o Sudão e com o Deserto da Líbia. Apesar de
situado numa região desértica, com poucas chuvas, ele é cortado por um vale muito
fértil percorrido pelo Rio Nilo, rio que teve um papel decisivo na vida e,
principalmente na economia do Antigo Egito.
Podemos observar, no mapa abaixo, a região do Egito denominada Crescente Fértil.
Esse solo fértil deve-se graças ao regime de enchentes anuais no Rio Nilo que,
durante os meses de junho a novembro, o rio transbordava, inundando suas
margens; quando voltava a seu leito normal, deixava o vale fertilizado pelos húmus
(adubo natural composto principalmente de restos de vegetais em decomposição) e
pronto para o plantio. Os registros iniciais da civilização que se formou ás margens do
rio Nilo datam de aproximadamente 6 mil anos. O que conhecemos sobre a
civilização do Egito nos indica que atingiu um padrão complexo na arte, na ciência, no
comercio e na religião. Essa cultura elaborada acentuava a diferença entre os que
tinham e os que não tinham posses.
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Os nomos: as primeiras comunidades agrícolas
Nas aldeias, as disputas por terras férteis e poder levaram a alianças e guerras
entre chefes. Os vencedores passaram a governar um território maior e com mais
pessoas, os nomos. Os administradores dos nomos eram os nomarcas. As disputas
entre os nomarcas deram origem a dois grandes reinos por volta de 3.100 a.C.: o Alto
Egito, localizado ao Sul, e o Baixo Egito, localizado no Norte.
A sociedade do Antigo Egito
Os primeiros agrupamentos humanos começaram a se instalar no Vale do Rio
Nilo por volta de 6.000 a.C. vivendo inicialmente de forma igualitária, com o tempo,
as comunidades cresceram e sugiram diferenças sociais entre seus integrantes. É
provável que a necessidade de organizar a irrigação, para a agricultura e a disputa
pelas terras tenham levado esses grupos a se unir formando comunidades maiores,
chamadas como já vimos, os nomos.
Os nomos cresceram rapidamente. Por volta de 3300 a.C., o rei Menés, do
Alto Egito, conquistou o Baixo Egito, unificando os dois reinos. Menés tornou-se
então o primeiro faraó (nome que se dava ao rei entre os egípcios) e o fundador da
primeira dinastia (sucessão de reis pertencentes a uma mesma família). Nascia assim,
o Império egípcio e a realeza faraônica.
Faraó, o senhor do Egito
O faraó era o rei do Egito, Ele era responsável pela justiça, pelas funções
religiosas, pela fiscalização das obras públicas e pelo comando do exército. Ele
reinava como senhor absoluto e era considerado um deus vivo, filho de deuses e
intermediário entre eles e a população.
Os súditos os veneraram porque somente ele podia assegurar felicidade, riqueza e
proteção. Em sua honra, realizavam-se inúmeros cultos.
O faraó era o único homem autorizado a ocupar-se com os deuses no templo:
ele era, portanto, o primeiro sacerdote do Egito. Como não podia estar em todos os
lugares ao mesmo tempo, nomeava os dirigentes para ajudá-lo a cumprir a sua
missão: grandes sacerdotes para os templos, altos funcionários da administração,
generais no exército. Cada um desses homens precisava apresentar relatórios
regulares ao faraó sobre as condições do setor sob a sua supervisão.
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Os altos funcionários e os sacerdotes
Entre os altos funcionários do governo egípcio, estavam o vizir. A maior
autoridade do país depois do faraó; ele comandava a polícia, a justiça e a arrecadação
de impostos em todo o Império.
Os sacerdotes executavam os serviços religiosos e administravam os templos,
que geralmente eram muito ricos, graças às oferendas feitas pela população. Ao
contrário dos líderes religiosos atuais, o sacerdote egípcio não trabalhava no templo
recebendo os fiéis e ajudando-os a rezar. Ele era apenas um servo de deus e deveria
zelar diariamente pelo seu bem-estar: alimentá-lo, vesti-lo, entretê-lo e protege-lo,
de modo a deixá-lo satisfeito com os cuidados recebidos.
Escribas, os mestres dos hieróglifos
Os escribas constituíam uma classe privilegiada e poderosa. Seja redigindo
textos sagrados, seja trabalhando na administração. Eles trabalhavam para o Estado,
para os templos religiosos e para o exército. Com posse da escrita, leitura e dos
cálculos, os escribas controlavam toda a vida econômica do Egito; as áreas cultivadas,
os rebanhos, o volume da colheita, os impostos arrecadados etc.
Os militares, defensores do exército
Com a formação do Estado faraônico, o Egito criou um sistema militar muito
bem organizado e cuidadosamente controlado por escribas. Na teoria, o faraó,
ajudado por um conselho de guerra, era o chefe supremo dos exércitos, mas ele
muitas vezes delegava o comando das operações a um general, auxiliado por
tenentes.
Com as guerras de conquista durante o Novo Império, os militares do Egito
antigo também conseguiram riqueza e prestígio; muitos deles lutavam em troca de
terra ou de parte dos saques realizados durante essas guerras.
Os artesãos, os verdadeiros artistas
A comunidade dos artesãos reunia todos aqueles que realizavam algum
trabalho manual; ouvires, escultores, pintores e carpinteiros, mas também
tintureiros, barbeiros e tecelões. Entre todos os ofícios da categoria, os grandes
privilegiados eram os artesãos, que efetuavam um trabalho dito artístico.
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Os agricultores, os esquecidos da sociedade egípcia
Os camponeses, chamados no Egito antigo de felás, constituíam a maioria da
população e tinham uma vida muito difícil; nas propriedades agrícolas ela vaziam
todo tipo de serviço e, em troca recebiam apenas uma pequena parte do que
plantavam. E ainda tinha que pagar um imposto em produto (cereais), que era
recolhido aos armazéns do faraó. Além disso, eram obrigados a trabalhar em obras
do governo, como abertura de estradas, limpeza de canais e transporte de pedras
usadas na construção de túmulos, templos e palácios.
Com o passar dos séculos, sua condição e seu modo de vida pouco evoluíram:
ele sempre foi esquecido pela sociedade egípcia.
A ilustração abaixo representa como era dividida a sociedade no Antigo Egito:
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Como podemos perceber, a sociedade egípcia era organizada em torno do faraó, senhor de todas as terras e de todas as pessoas. Abaixo do faraó, e em ordem de importância, estavam o Vizir do Alto Egito, o do Baixo Egito e o Sumo-Sacerdote. Os vizires contavam com a ajuda dos supervisores e dos nomarcas, isto é, os governadores dos nomos, os distritos do Egito. Os nomarcas por sua vez, eram auxiliados pelos funcionários do governo, os escribas, que sabiam ler e escrever. Por último vinham os artesãos conhecidos no mundo antigo pela fabricação de brinquedos, móveis, barcos, casas, palácios, armas, instrumentos de trabalho, carros de guerra, o papel, joias, ornamentos e uma variedade de outros objetos. Os camponeses constituíam a maior parte da população e eram totalmente subordinados e sem muitas condições e os escravos, prisioneiros de guerra. A centralização política do Egito não foi de fato uma constante em sua história. Vários episódios de dissolução do Estado podem ser observados durante sua trajetória. Por volta de 2.300 a.C., uma série de contendas internas e invasões deram fim à supremacia do faraó. Nos três séculos subsequentes os nomos voltaram a ser a principal unidade de organização sócio-política.
O período dinástico
A história política do Império egípcio pode ser dividida em três períodos, entre
os quais os “períodos intermediários”, quando o Egito viveu momentos de crise, com
o enfraquecimento do poder do faraó e invasões externas.
Assim a história do Egito divide-se em três fases: o Antigo Império; Médio
Império e o Novo Império.
Ao longo desses três períodos, o Egito atingiu o apogeu (alto grau). Porém, a
partir do século VII a.C. o Egito foi invadido por vários povos e perdeu o seu antigo
esplendor.
Antigo Império (cerca de 2680 a 2180 a.C.)
Durante o Antigo Império o Egito atingiu certa estabilidade política e
progresso econômico. Foram construídas obras de drenagem e irrigação, que
permitiram a expansão da agricultura. Com os recursos dos impostos, o Império
egípcio construiu grandes obras públicas, entre elas as pirâmides de Quéops, Quéfren
e Miquerinos e a esfinge (estátua com corpo de leão e cabeça de ser humano ou de
carneiro) de Gizé.
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Esfinge de Gizé Quéops, Quéfren e Miquerinos Pirâmides de Gizé
As pirâmides eram túmulos dos faraós. Para o seu interior era levada grande quantidade de objetos que pertenciam ao soberano, como móveis, joias e outros objetos preciosos. Durante o Antigo Império, o faraó conquistou amplos poderes. Isso acabou gerando alguns conflitos: os grandes proprietários de terra e os chefes dos diversos nomos não aceitaram a situação e procuraram diminuir o poder do faraó. Essas disputas acabaram por enfraquecer o poder político do Estado.
Médio Império (cerca de 2040 a 1780 a.C.)
Durante o Médio Império, os faraós reconquistaram o poder político no Egito,
expandiram seu território e intensificaram o comércio com a Núbia, região habitada
por povos negros e rica em minerais, entre os quais o ouro.
Nesse período algumas agitações internas voltariam a enfraquecer o Império,
o que possibilitou, a invasão dos hicsos, povo nômade de origem asiática. Os hicsos
permaneceram no Egito cerca de 170 anos.
Novo Império (cerca de 1580 a 1070 a.C.) A presença estrangeira serviu para que os egípcios se unissem, dando início ao
Novo Império com a expulsão dos hicsos. Nessa época, presenciamos a dominação
egípcia sob outros povos. Entre as civilizações dominadas pelos egípcios, destacamos
os hebreus, fenícios e assírios. Tal expansão das fronteiras possibilitou a ampliação
das atividades comercias durante o Novo Império.
O controle sobre o comércio e os impostos trouxe muitas riquezas para o
Estado egípcio. Já a maioria da população empobrecia, justamente por ter de pagar
impostos e custear os gastos militares a fim de manter ou ampliar as conquistas.
Além disso, muitos camponeses tinham de abandonar o cultivo da terra para servir
na infantaria (tropa de soldados que lutam a pé, sem montaria).
Esta situação provocou revoltas internas, o que somando às sublevações dos
povos conquistados contra a cobrança de impostos abusivos, acabou debilitando o
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Estado egípcio. O Novo Império, considerado o mais estável período da civilização
egípcia, teve seu fim com a deflagração de uma série de invasões. Os assírios, persas,
macedônios e romanos invadiram e controlaram o Egito ao longo da Antiguidade.
Atividades de estudo – Capítulo 4
1) Observe o gráfico:
O regime do rio Nilo
Fonte de pesquisa: CASSION, Lionel. O antigo Egito. Rio de Janeiro: José Olympio, 1.959. p. 34.
a) Identifique o mês em que as águas começam a subir;
b) Identifique o mês em que as águas chegam ao ponto mais alto;
c) Identifique o mês em que as águas começam a retornar ao leito.
d) Os egípcios conheciam o regime do Nilo? Explique.
2) Sobre a sociedade do Egito antigo, leia as afirmações a seguir?
I. O vizir era a autoridade com maior poder no Egito. Conhecedor da difícil escrita
egípcia, este alto funcionário controlava a arrecadação de impostos.
II. Os sacerdotes executavam os serviços religiosos e administravam os templos, que
geralmente eram muito ricos, graças às oferendas feitas pela população.
III. Os comerciantes e militares do Egito não tinham muito prestígio. Como o Império
era muito fechado e não relacionava com seus vizinhos, os responsáveis pelas
trocas comerciais e defesa do Egito tinham um papel de social secundário.
IV. Os felás eram a maior camada social do Egito. Eles eram responsáveis, além dos
trabalhos agrícolas, pela construção da maior parte das obras públicas.
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Das afirmações realizadas,
a) Todas estão corretas.
b) Apenas a II e a IV estão corretas.
c) Apenas a I e a III estão corretas.
d) Apenas I, II e III estão corretas.
3) Com base nos seus conhecimentos sobre a sociedade egípcia, compare a vida do
camponês à do escriba.
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4) Aponte as características da sociedade egípcia.
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5) Explique a importância do agricultor na sociedade do Egito.
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6) O ofício do agricultor era valorizado no Antigo Egito? Explique.
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7) Na África existiram várias formas de organização política. Explique com suas palavras
cada uma delas.
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8) O que foram os nomos e os nomarcas?
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9) Explique com suas palavras como se deu o período dinástico.
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Gabarito
1)
a) O mês de julho.
b) O mês de novembro.
c) O mês de novembro.
d) Sim. Os egípcios conheciam a hora certa de plantar e de colher.
2)
Letra D.
3)
Resposta pessoal
4)
A sociedade egípcia era hierárquica. O poder supremo era do faraó e todas as outras
pessoas; o vizir, os sacerdotes, escribas, artesãos, militares, camponeses e escravos estavam
subordinadas a ele, embora cada um ocupasse um papel de destaque ou não na sociedade.
No Egito Antigo a religiosidade era um traço fundamental da sociedade e eles eram
politeístas, isto é, acreditavam em vários deuses. Acreditava-se na existência da vida após a
morte e o faraó era mais que um ser de origem divina, era o próprio deus. Era considerado o
dono de todas as terras do Egito e por isso recebia impostos, acumulando uma enorme
riqueza. Ele construía túmulos magníficos para si e ao morrer levava consigo toda a sua
riqueza.
5)
A agricultura era o que sustentava a sociedade egípcia.
6)
Não. Mesmo a agricultura sendo a base da economia, os camponeses recebiam por
meio de troca pelo serviço prestado, apenas uma pequena parte do que plantavam e
ainda precisavam pagar imposto em produtos (cerais), que eram recolhidos aos
armazéns do faraó.
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7)
Resposta pessoal.
8)
Os monos foram as primeiras comunidades agrícolas que se formaram na região do
vale do rio Nilo, formadas por aldeias autônomas e grupos sedentários no final do
período Neolítico. Os nomarcas era o líder dos nomos, que passou a chefiar a
comunidade.
9)
Resposta pessoal.