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1 56ª Assembleia Geral da CNBB Boletim Informativo da Arquidiocese de Ribeirão Preto MAIO - ANO 2018 - Nº 311 www.arquidioceserp.org.br Adielson Agrelos / CNBB Leste 1 Matheus de Souza/CNBB

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56ª Assembleia

Geral da CNBB

Boletim Informativo daArquidiocese de Ribeirão Preto

MAIO - ANO 2018 - Nº 311 www.arquidioceserp.org.br

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Missa Crismal (Unidade) - Catedral Metropolitana - 29 de março

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Mensagem

Papa Francisco presenteou aIgreja, portanto, a todos e a cada umde nós, com a nova Exortação Apostó-lica Gaudete et

Exsultate - Sobre aChamada à Santida-de no Mundo Atual.O Santo Padre assi-nou este documento nodia 19 de março, So-lenidade de São José,e mandou publicar nodia 9 de abril de 2018.

O documento éconstituído por cincocapítulos. Logo no iní-cio, o Papa declara suaintenção com estaExortação: “Não sedeve esperar aqui umtratado sobre a santidade, com muitasdefinições e distinções que poderiamenriquecer este tema importante ou comanálises que se poderiam fazeracerca dos meios de santificação. Omeu objetivo é humilde: fazer ressoarmais uma vez a chamada à santidade,procurando encarná-la no contextoatual, com os seus riscos, desafios eoportunidades, porque o Senhorescolheu cada um de nós ‘para ser

Chamados à santidade

santo e irrepreensível na sua presença,no amor’ [cf.Ef 1, 4]” (GE, 2).

No primeiro capítu-lo, o Papa trata do cha-mado à santidade e diz:“o que quero recordarcom esta Exortação ésobretudo a chamada àsantidade que o Senhorfaz a cada um de nós, achamada que dirigetambém a ti: ‘sede poissantos, porque Eu sousanto’ (Lv 11, 45; cf.1Pd 1, 16). O ConcílioVaticano II salientouvigorosamente: “muni-dos de tantos e tão gran-des meios de salvação,todos os fiéis, seja qual

for a sua condição ou estado, são cha-mados pelo Senhor à perfeição do Pai,cada um por seu caminho” [LG, 11](GE, 10).

No segundo capítulo, o Papa lem-bra os dois inimigos sutis da santidade,ou seja o gnosticismo atual e opelagianismo atual. “São duas heresiasque surgiram nos primeiros séculos docristianismo, mas continuam a ser de

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alarmante atualidade. Ainda hoje oscorações de muitos cristãos, talvez in-conscientemente, deixam-se seduzir porestas propostas enganadoras (GE, 35).

O terceiro capítulo reflete a santida-de à luz do Mestre. “Jesus explicou, comtoda a simplicidade, o que é ser santo;assim o fez quando nos deixou as bem-aventuranças (Mt 5, 3-12; Lc 6, 20-23). Estas são como que o bilhete deidentidade do cristão. Assim, se um denós se questionar sobre ‘como fazerpara chegar a ser um bom cristão’, aresposta é simples: é necessário fazer –cada qual a seu modo – aquilo que Je-sus disse no sermão das bem-aventuranças. Nelas está delineado orosto do Mestre, que somos chamadosa deixar transparecer no dia a dia danossa vida” (GE, 63).

No quarto capítulo, o Papa refletesobre algumas características da santi-dade no mundo atual. Ele diz: “estas ca-racterísticas que quero evidenciar nãosão todas as que podem constituir ummodelo de santidade, mas são cincograndes manifestações do amor a Deuse ao próximo, que considero particu-larmente importantes devido a algunsriscos e limites da cultura de hoje. Nes-ta se manifestam: a ansiedade nervosae violenta que nos dispersa e enfraque-ce; o negativismo e a tristeza; a acédiacômoda, consumista e egoísta; o indivi-dualismo e tantas formas de falsa

espiritualidade sem encontro com Deusque reinam no mercado religioso atual”(GE, 111).

O capítulo cinco trata da luta, vigi-lância e discernimento. “A vida cristã éuma luta permanente. Requer-se forçae coragem para resistir às tentações dodemônio e anunciar o Evangelho. Estaluta é magnífica, porque nos permitecantar vitória todas as vezes que o Se-nhor triunfa na nossa vida” (GE, 158).

E o Papa conclui a Exortação,dizendo: “Espero que estas páginassejam úteis para que toda a Igreja sededique a promover o desejo da santi-dade. Peçamos ao Espírito Santo queinfunda em nós um desejo intenso deser santos para a maior glória de Deus;e animemo-nos uns aos outros nestepropósito. Assim, compartilharemosuma felicidade que o mundo nãopoderá tirar-nos” (GE, 177).

Exorto aos presbíteros, diáconos,consagrados e consagradas, seminaris-tas, fiéis leigos e leigas a se debruçaremsobre este texto e, assim, avançarem nocaminho da própria santidade.

Dom Moacir Silva

Arcebispo Metropolitano

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Arquidiocese de Ribeirão Pretoconsciente de sua grave missão de pre-parar bem os casais para o Sacramentodo Matrimônio comunica a todos osvocacionados ao Matrimônio que, a par-tir de 1º de janeiro de 2019, iniciar-se-áuma nova metodologia de preparaçãopara os noivos em todo o territórioarquidiocesano.

O conteúdo e méto-do para esta catequesematrimonial adotadoigualmente em toda aArquidiocese será o tex-to: “Matrimônio: encon-tros de preparação”, ela-borado pelo casal AndréParreira e Karina Par-reira e publicado pelaComissão Nacional daPastoral Familiar daCNBB.

Cada paróquia organizará os 11 (onze)encontros de preparação a partir de suarealidade e necessidade. Fica determi-nado que o espaço entre um encontro eoutro seja de no mínimo uma semana.

Certificados de preparação matrimo-nial que não sejam resultado desta novamodalidade de preparação serão invali-dados e desautorizados pela competenteautoridade arquidiocesana.

A partir da data supracitada, ficam ab-rogadas todas as outras modalidades.

Comunicado:

Preparação Matrimonial!

Carta

“A complexa realidade social e os de-safios, que a família é chamada a enfren-tar atualmente, exigem umempenhamento maior de toda a comuni-dade cristã na preparação dos noivospara o matrimônio” (Papa Francisco,Exortação Apostólica Pós-SinodalAmoris Laetitia, 206).

Carta Pastoral - As ori-entações para esta novamodalidade encontram-sena “Carta Pastoral sobrea preparação para o Sa-cramento do Matrimôniona Arquidiocese de Ribei-rão Preto”, publicada peloarcebispo metropolitano deRibeirão Preto, Dom Mo-acir Silva, em 1º de agostode 2017.

Livro - O livro “Matrimônio: encon-tros de preparação” possui um hotsitecom maiores informações sobre a obrae pode ser acessado em:

http://matrimonio.cnpf.org.br

E adquirido em:

http://www.lojacnpf.org.br

Arquidiocese de Ribeirão Preto

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Papa

a segunda-feira, 9 de abril, foiapresentada a nova Exortação Apostóli-ca do Papa Francisco “Gaudete etExsultate”, sobre o chamado à Santida-de no mundo contemporâneo. Em suaExortação Apostólica 'Gaudete etExsultate', o Papa dá indicações sobrecomo viver a santidade - um chamadoque é para todos - em um mundo queapresenta tantos desafios à fé.

Nós nos tornamos santos vivendo asbem-aventuranças, o caminho principalporque “contra a corrente” em relação àdireção do mundo. O chamado à santi-dade é para todos, porque a Igreja sem-pre ensinou que é um chamado universale possível a qualquer um, como demons-trado pelos muitos santos “da porta aolado”.

A vida de santidade está assim inti-mamente ligada à vida de misericórdia,“a chave para o céu”. Portanto, santo éaquele que sabe comover-se e mover-separa ajudar os miseráveis e curar as mi-sérias. Quem esquiva-se das“elucubrações” de velhas heresias sem-pre atuais e quem, entre outras coisas,em um mundo “acelerado” e agressivo“é capaz de viver com alegria e senso dehumor.”

Não é um “tratado”, mas um convite

É precisamente o espírito de alegriaque o Papa Francisco escolhe colocar naabertura de sua última Exortação Apos-tólica.

Exortação Gaudete et Exsultate:

chamado à santidade

O título “Gaudete et Exsultate”,“Alegrai-vos e exultai”, repete as pala-vras que Jesus dirige “aos que são per-seguidos ou humilhados por causa dele”.

Nos cinco capítulos do documento, oPapa segue a linha de seu magistério maisprofundo, a Igreja próxima à “carne deCristo sofredor”.

Os 177 parágrafos não são – adverte- “um tratado sobre a santidade, commuitas definições e distinções”, mas umamaneira de “fazer ressoar mais uma vezo chamado à santidade”, indicando “osseus riscos, desafios e oportunidades”(n. 2).

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A classe média da santidade

Antes de mostrar o que fazer para setornar santos, o Papa Francisco sedetém no primeiro capítulo sobre o“chamado à santidade” e reafirma: há umcaminho de perfeição para cada um enão faz sentido desencorajar-se contem-plando “modelos de santidade que lhe pa-recem inatingíveis” ou procurando “imi-tar algo que não foi pensado para ele”.(n. 11).

“Os santos, que já chegaram à pre-sença de Deus” nos “protegem, ampa-ram e acompanham” (n. 4), afirma oPapa. Mas, acrescenta, a santidade a queDeus nos chama, irá crescendo com “pe-quenos gestos” (n. 16 ) cotidianos, tan-tas vezes testemunhados por “aquelesque vivem próximos de nós”, a “classemédia de santidade” (n. 7).

Razão como um Deus

No segundo capítulo, o Papa estigma-tiza aqueles que define como “dois inimi-gos sutis da santidade”, já várias vezesobjeto de reflexão, entre outros, nas mis-sas na Santa Marta, na Evangeliigaudium, bem como no recente docu-mento da Doutrina da Fé, Placuit Deo.

Trata-se de “gnosticismo” e“pelagianismo”, duas heresias que sur-giram nos primeiros séculos do cristia-nismo, mas continuam a ser de alarman-te atualidade (n.35).

O gnosticismo – observa - é umaautocelebração de “uma mente semencarnação, incapaz de tocar a carnesofredora de Cristo nos outros, engessadanuma enciclopédia de abstrações”.

Para o Papa, trata-se de uma “vaido-sa superficialidade”, que pretende “re-duzir o ensinamento de Jesus a uma lógi-ca fria e dura que procura dominar tudo”.

E ao desencarnar o mistério, preferem -como disse em uma missa na SantaMarta - “um Deus sem Cristo, umCristo sem Igreja, uma Igreja sem povo”(nn. 37-39).

Adoradores da vontade

O neo-pelagianismo é, segundo Fran-cisco, outro erro gerado pelo gnosticismo.A ser objeto de adoração aqui não é maisa mente humana, mas o “esforço pesso-al”, uma vontade sem humildade que“sente-se superior aos outros por cum-prir determinadas normas” ou por ser fiel“a um certo estilo católico” (n. 49).

“A obsessão pela lei”, “o fascíniode exibir conquistas sociais e políticas”,ou “a ostentação no cuidado da liturgia,da doutrina e do prestígio da Igreja” sãopara o Papa, entre outros, alguns traçostípicos de cristãos que “não se deixamguiar pelo Espírito no caminho do amor”.(n. 57).

Francisco, por outro lado, lembra queé sempre o dom da graça que ultrapassa“as capacidades da inteligência e asforças da vontade humana” (n. 54).Às vezes, constata, “complicamos oEvangelho e tornamo-nos escravos deum esquema”. (n. 59)

Oito caminhos de santidade

Além de todas as “teorias sobre o queé santidade”, existem as Bem-aventuranças. Francisco coloca-as nocentro do terceiro capítulo, afirmando quecom este discurso Jesus “explicou, comtoda a simplicidade, o que é ser santo”(n. 63).

O Papa as repassa uma a uma. Dapobreza de coração - que também signi-fica austeridade da vida (n. 70) - aoreagir “com humilde mansidão” em um

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mundo onde se combate emtodos os lugares. (n. 74).

Da “coragem” de dei-xar-se “traspassar” pela dordos outros e ter “compai-xão” por eles - enquanto “omundano ignora, olha parao lado” (nn. 75-76.) - à sedede justiça.

“A realidade mostra-noscomo é fácil entrar nas sú-cias da corrupção, fazerparte desta política diária do‘dou para que me deem’,onde tudo é negócio. E quantos sofrempor causa das injustiças, quantos ficamassistindo, impotentes, como outros serevezam para repartir o bolo da vida”(nn. 78-79).

Do “olhar e agir com misericórdia”, oque significa ajudar os outros “e até mes-mo perdoar” (nn. 81-82), “manter o co-ração limpo de tudo o que mancha oamor” por Deus e o próximo, isto é san-tidade. (n.86).

E finalmente, do “semear a paz” e“amizade social” com “serenidade,criatividade, sensibilidade e destreza” -conscientes da dificuldade de lançar pon-tes entre pessoas diferentes (nn. 88-89)– ao aceitar também as perseguições,porque hoje a coerência às Bem-aventuranças “pode ser mal vista, sus-peita, ridicularizada” e, no entanto, “nãose pode esperar, para viver o Evangelho,que tudo à nossa volta seja favorável”(n. 91).

A grande regra do comportamento

Uma dessas bem-aventuranças,“Bem-aventurados os misericordiosos”,contém para Francisco “a grande regrade comportamento” dos cristãos, aqueladescrita por Mateus no capítulo 25 do

“Juízo Final”.Esta página, reitera, demonstra que

“ser santo não significa revirar os olhosnum suposto êxtase” (n. 96), mas viverDeus por meio do amor aos últimos.

Infelizmente, observa o Papa, existemideologias que “mutilam o Evangelho”.Por um lado, cristãos sem um relaciona-mento com Deus, que transformam ocristianismo “numa espécie de ONG, pri-vando-o daquela espiritualidadeirradiante” vivida por São Francisco deAssis, São Vicente de Paulo, Santa Te-resa de Calcutá. (n. 100).

Por outro, aqueles que “suspeitam docompromisso social dos outros”, consi-derando-o como se fosse algo de super-ficial, mundano, secularizado,imamentista, “comunista ou populista”, ou“o relativizam” em nome de uma deter-minada ética.

Aqui o Papa reafirma que “a defesado inocente nascituro, por exemplo, deveser clara, firme e apaixonada, porqueneste caso está em jogo a dignidade davida humana, sempre sagrada” (n. 101).

Mesmo a acolhida dos migrantes -que alguns católicos, observa, gostari-am que fosse menos importante do que

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a bioética - é um dever de todo cristão,porque em todo estrangeiro existe Cris-to, e “não se trata da invenção de umPapa, nem de um delírio passageiro”(n. 103).

“Gastar-se” nas obras de misericórdia

Assim, observou que “gozar a vida”como nos convida a fazer o “consumismohedonista”, é o oposto do desejar darglórias a Deus, que pede para nos“gastarmos” nas obras de misericórdia(nn. 107-108).

No quarto capítulo, Francisco repas-sa as características “indispensáveis”para entender o estilo de vida dasantidade: “perseverança, paciência emansidão”, “alegria e senso de humor”,“audácia e fervor”.

O caminho da santidade vividocomo caminho “em comunidade” e “emconstante oração”, que chega à “con-templação”, não entendida como “eva-são que nega o mundo que nos rodeia”(nn. 110-152).

Luta vigilante e inteligente

E porque, prossegue, a vida cristã éuma luta “constante” contra a “mentali-dade mundana” que “nos engana, ator-doa e torna medíocres” (n. 159).

O Papa conclui o quinto capítulo con-vidando ao “combate” contra o “Malig-no que, escreve ele, não é ‘um mito’”,mas “um ser pessoal que nos atormen-ta” (nn. 160-161).

“Quem não quiser reconhecê-lo, ver-se-á exposto ao fracasso ou à mediocri-dade”. As suas maquinações, indica, de-vem ser contrastadas com a “vigilância”,usando as “armas poderosas” da oração,a adoração eucarística, os Sacramentose com uma vida permeada pela caridade(n. 162).

Importante, continua Francisco, é tam-bém o “discernimento”, particularmenteem uma época “que oferece enormespossibilidades de ação e distração” - dasviagens, ao tempo livre, ao uso descon-trolado da tecnologia - “que não deixamespaços vazios onde ressoa a voz deDeus”. Francisco pede cuidados espe-ciais para os jovens, muitas vezes“expostos a um constante zapping”, emmundos virtuais distantes da realidade(n. 167).

“Não se faz discernimento para des-cobrir o que mais podemos derivar des-sa vida, mas para reconhecer como po-demos cumprir melhor a missão que nosfoi confiada no Batismo” (174).

Fonte: www.vaticannews.va/pt.html

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CNBB

e 11 a 20 de abril,no Centro de EventosPadre Vítor Coelho deAlmeida, no pátio do San-tuário Nacional de Nos-sa Senhora Aparecida,em Aparecida (SP), foirealizada a 56ªAssembleia Geral daConferência Nacionaldos Bispos do Brasil(CNBB), que reuniumais de 300 bispos ca-tólicos dos 18 Regionaisda CNBB. Todo o trabalho de prepara-ção para o encontro foi realizado sob acoordenação do secretário-geral, domLeonardo Steiner, que por motivo de saú-de, foi substituído no comando da reu-nião, pelos secretários ad hoc, domEsmeraldo Farias, bispo auxiliar de SãoLuís (MA), e dom João Justino deMedeiros Silva, arcebispo coadjutor deMontes Claros (MG).

Temas da assembleia

O arcebispo Dom Moacir Silva parti-cipou da assembleia que abordou o temacentral: “Diretrizes para a Formação dosPresbíteros da Igreja no Brasil”. Alémdo tema central, os bispos trataram deaproximadamente trinta assuntos ou te-mas. Entre eles: Análise da ConjunturaEclesial; Revisão dos Estatutos daCNBB; Pensando o Brasil: Estado laico;Ano Nacional do Laicato; Mensagemsobre as Eleições 2018; Sínodo da Pan-Amazônia: “Amazônia: Novos caminhos

Dom Moacir participou da

56ª Assembleia Geral da CNBB

para a Igreja e uma ecologia integral”(2019); Sínodo da Juventude e Votaçãopara os delegados da Conferência queserão enviados à XV Assembleia GeralOrdinária do Sínodo dos Bispos: “Os jo-vens, a fé e o discernimento vocacional”(2018); “Projeto Comunhão e Partilha”,sobre a solidariedade entre as igrejas;“Projeto Igrejas Irmãs”; Liturgia eEvangelização; Música Litúrgica; XVIIICongresso Eucarístico Nacional (2020);Painel de Experiências Evangelizadoras;“Orientações pastorais para as mídiascatólicas: Imprensa, Rádio, TV e novasmídias” (Estudos da CNBB 111); MêsMissionário Extraordinário, convocadopelo Papa Francisco (2019), entre outrostemas.

Texto do tema central

O bispos refletiram e aprofundaramo texto do tema central: “Diretrizes paraa Formação dos Presbíteros da Igreja noBrasil”, que é organizado em três capí-

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tulos e trata de coordenadasgerais para a formação dospadres, em sintonia com asDiretrizes já existentes,atualizadas a partir das no-vas orientações da Congre-gação para o Clero intituladaRatio FundamentalisInstitutionis Sacerdotalis,publicada em 2016. O pri-meiro capítulo “As coorde-nadas para a formaçãopresbiteral” trata dos desa-fios do contexto e da reali-dade, bem como os fundamentos previs-to no magistério da Igreja para esta for-mação. Nele também consta a ideia doprocesso formativo dos sacerdotes quedeve ser único, integral, comunitário emissionário. O segundo capitulo abordaa “Formação Inicial”; e o terceiro capí-tulo a “Formação Continuada”. O texto,após ser debatido e aprovado pelo ple-nário da 56ª Assembleia Geral da CNBB,seguirá para apreciação e aprovação daCongregação do Clero do Vaticano.

Retiro

O retiro do episcopado brasileiro ocor-reu a partir das 15h30 do sábado, dia 15,e terminou às 11h30, do domingo, 16, coma missa no Santuário Nacional deAparecida. A orientação do retiro foi doagostiniano recoleto, nascido emNavarra, na Espanha, dom José LuizAzcona, que tem uma história de grandesignificado para a luta contra o tráficohumano de pessoas e a prostituição in-fantil, especialmente na Ilha do Marajó,no Pará. O bispo emérito refletiu sobre atemática do último documento do papa:a Exortação Apostólica “Gaudete etExsultate”.

Cobertura

Com o objetivo de disponibilizar as no-tícias da assembleia e estreitar a relaçãodos bispos com os jornalistas e mídias quecobrem a 56ª Assembleia Geral daCNBB, uma cobertura integrada sob acoordenação da Assessoria de Impren-sa da CNBB tendo como base o traba-lho em rede, proporcionou uma série demodalidades como as coletivas de im-prensa e os “Meeting Point”, transmiti-dos pelo Porta A12, e a Live transmitidana fanpage (facebook) da CNBB. Fo-ram cadastrados para cobrir aassembleia: 98 profissionais, entre jorna-listas, produtores, cinegrafistas, fotógra-fos e técnicos de cerca de 20 veículosde comunicação leigos e religiosos, in-cluindo tvs, jornais, rádio, sites e redessociais, e também a presença da Secre-taria de Comunicação do Vaticano(Vatican News).

Mensagens

No penúltimo dia da assembleia, 19,foram apresentadas duas mensagens:“Mensagem da 56ª Assembleia Geral daCNBB ao Povo Brasileiro”, que registra

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a comunhão do episcopado brasileiro como papa Francisco e destaca a necessida-de de promover o diálogo respeitoso paraestimular a comunhão na fé em tempode politização e polarizações nas redessociais. A mensagem retoma a naturezae a missão da CNBB na sociedade bra-sileira; e a mensagem intitulada: “Elei-ções 2018: compromisso e esperança”.Estas duas mensagens estão publicadasna íntegra nesta edição do boletim naspáginas 13 a 17. Também foi divulgada aNota de agradecimento e esclarecimen-to do Conselho Gestor do Fundo Nacio-nal de Solidariedade (FNS), publicadanesta edição nas páginas 18 a 20.

Dados

De acordo com os dados atualizadospelo professor doutor FernandoAltemeyer Junior, chefe do departamen-to de Ciência da Religião da PUC-SP, epublicado no livro “Perfil Episcopal daIgreja Católica no Brasil”, Editora Paulus(2018), o quadro geral da organizaçãoda Igreja no Brasil está desenhado do se-guinte modo:

Circunscrições eclesiásticas: NoBrasil há 277 circunscrições eclesiásti-cas: 44 arquidioceses ou sedes metropo-litanas, 216 dioceses, nove prelaziasterritoriais, uma arquieparquia de rito ori-ental, três eparquias orientais, umordinariato militar, um exarcado, umordinariato para fieis de rito oriental semordinário próprio, uma AdministraçãoApostólica pessoal. A organização naIgreja Católica do Brasil acontece atra-vés da rede de 11.700 paróquias e 50.159centros de atendimento pastoral.

Ministérios e ministros: Ministériose ministros na evangelização são: 27.416

presbíteros, 3.849 diáconos permanentes,2.073 membros de institutos seculares,122.170 missionários leigos, 2.674 irmãos,6.154 seminaristas maiores em 595 se-minários de formação presbiteral, 29.868religiosas consagradas e 700.000catequistas.

Episcopado atual: Há 308 bispos ati-vos na hierarquia católica no Brasil (comvoz e voto na CNBB) e 168 bisposeméritos.

Encerramento

Dois momentos marcaram o encer-ramento da assembleia na sexta-feira, 20:primeiro, a missa no Santuário Nacional,que reuniu os bispos de todo o Brasil, as-sessores e colaboradores da CNBB noSantuário Nacional em Aparecida, pre-sidida por dom Sergio da Rocha, que re-zou em agradecimento pela realização daassembleia, pela conferência episcopal,pela Igreja no Brasil, pela aprovação dodocumento sobre a formação dospresbíteros da Igreja no Brasil, pela con-vivência fraterna entre os bispos, por to-dos os estudos e pronunciamentos e ain-da pelo Ano do Laicato; e segundo, noCentro de Eventos, o encerramento so-lene da 56ª Assembleia Geral da Confe-rência Nacional dos Bispos do Brasil(CNBB).

Informações da 56ª AG

Instagram: @cnbbnacional,Facebook: www.facebook.com/cnbbnacionalFlickr: www.flickr.com/photos/cnbbnacionalTwitter: @CNBBNacional

Fonte: http://www.cnbb.org.br/

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CNBB

O que vimos e ouvimos nós vosanunciamos, para que também vóstenhais comunhão conosco. Ora, anossa comunhão é com o Pai e com

o seu Filho Jesus Cristo (1Jo 1,3)

m comunhão com o PapaFrancisco, nós, Bispos membros daCNBB, reunidos na 56ª Assembleia Ge-ral, em Aparecida – SP, agradecemos aDeus pelos 65 anos da CNBB, dom deDeus para a Igreja e para a sociedadebrasileira. Convidamos os membros denossas comunidades e todas as pessoasde boa vontade a se associarem à refle-xão que fazemos sobre nossa missão eassumirem conosco o compromisso depercorrer este caminho de comunhão eserviço.

Vivemos um tempo de politização epolarizações que geram polêmicas pelasredes sociais e atingem a CNBB. Que-remos promover o diálogo respeitoso, queestimule e faça crescer a nossa comu-nhão na fé, pois, só permanecendo uni-dos em Cristo podemos experimentar aalegria de ser discípulos missionários.

A Igreja fundada por Cristo é misté-rio de comunhão: “povo reunido na uni-dade do Pai e do Filho e do Espírito San-to” (São Cipriano). Como Cristo amou aIgreja e se entregou por ela (cf. Ef 5,25),assim devemos amá-la e por ela nos doar.Por isso, não é possível compreender aIgreja simplesmente a partir de categori-as sociológicas, políticas e ideológicas,pois ela é, na história, o povo de Deus, o

corpo de Cristo, e o templo do EspíritoSanto.

Nós, Bispos da Igreja Católica, suces-sores dos Apóstolos, estamos unidos en-tre nós por uma fraternidade sacramen-tal e em comunhão com o sucessor dePedro; isso nos constitui um colégio aserviço da Igreja (cf. Christus Dominus,3). O nosso afeto colegial se concretizatambém nas Conferências Episcopais,expressão da catolicidade e unidade daIgreja. O Concílio Vaticano II, na LumenGentium, 23, atribui o surgimento dasConferências à Divina Providência e, nodecreto Christus Dominus, 37, determi-na que sejam estabelecidas em todos ospaíses em que está presente a Igreja.

Em sua missão evangelizadora, aCNBB vem servindo à sociedade brasi-leira, pautando sua atuação pelo Evan-gelho e pelo Magistério, particularmentepela Doutrina Social da Igreja. “A fé age

Mensagem da Conferência Nacional

dos Bispos do Brasil ao Povo de Deus

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pela caridade” (Gl 5,6); por isso, a Igre-ja, a partir de Jesus Cristo, que revela omistério do homem, promove ohumanismo integral e solidário em defe-sa da vida, desde a concepção até o fimnatural. Igualmente, a opção preferenci-al pelos pobres é uma marca distintivada história desta Conferência. O PapaBento XVI afirmou que “a opção prefe-rencial pelos pobres está implícita na fécristológica naquele Deus que se fez po-bre por nós, para enriquecer-nos com asua pobreza”. É a partir de Jesus Cristoque a Igreja se dedica aos pobres e mar-ginalizados, pois neles ela toca a própriacarne sofredora de Cristo, como exortao Papa Francisco.

A CNBB não se identifica com ne-nhuma ideologia ou partido político. Asideologias levam a dois erros nocivos: porum lado, transformar o cristianismo numaespécie de ONG, sem levar em conta agraça e a união interior com Cristo; poroutro, viver entregue ao intimismo, sus-peitando do compromisso social dos ou-tros e considerando-o superficial e mun-dano (cf. Gaudete et Exsultate, n. 100-101).

Ao assumir posicionamentos pasto-rais em questões sociais, econômicas epolíticas, a CNBB o faz por exigência doEvangelho. A Igreja reivindica sempre aliberdade, a que tem direito, para pronun-ciar o seu juízo moral acerca das reali-dades sociais, sempre que os direitos fun-damentais da pessoa, o bem comum oua salvação humana o exigirem (cf.Gaudium et Spes, 76). Isso nos com-promete profeticamente. Não podemosnos calar quando a vida é ameaçada, osdireitos desrespeitados, a justiça corrom-pida e a violência instaurada. Se, por este

motivo, formos perseguidos, nos confi-guraremos a Jesus Cristo, vivendo a bem-aventurança da perseguição (Mt 5,11).

A Conferência Episcopal, como insti-tuição colegiada, não pode ser responsa-bilizada por palavras ou ações isoladasque não estejam em sintonia com a fé daIgreja, sua liturgia e doutrina social, mes-mo quando realizadas por eclesiásticos.

Neste Ano Nacional do Laicato,conclamamos todos os fiéis a viverem aintegralidade da fé, na comunhão eclesial,construindo uma sociedade impregnadados valores do Reino de Deus. Para isso,a liberdade de expressão e o diálogo res-ponsável são indispensáveis. Devem,porém, ser pautados pela verdade, forta-leza, prudência, reverência e amor “paracom aqueles que, em razão do seu car-go, representam a pessoa de Cristo” (LG37). “Para discernir a verdade, é precisoexaminar aquilo que favorece a comu-nhão e promove o bem e aquilo que, aoinvés, tende a isolar, dividir e contrapor”(Papa Francisco, Mensagem para o 52ºdia Mundial das Comunicações de 2018).

Deste Santuário de Nossa SenhoraAparecida, invocamos, por sua maternaintercessão, abundantes bênçãos divinassobre todos.

Aparecida-SP, 19 de abril de 2018.

Cardeal Sergio da Rocha

Arcebispo de Brasília – DFPresidente da CNBB

Dom Murilo Sebastião R. Krieger, SCJ

Arcebispo São Salvador da BahiaVice-Presidente da CNBB

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CNBB

“Continuemos a afirmar a nossaesperança, sem esmorecer”

(Hb 10,23)

ós, bispos católicos do Brasil,conscientes de que a Igreja “não pode nemdeve ficar à margem na luta pela justiça”(Papa Bento XVI – Deus Caritas Est, 28),olhamos para a realidade brasileira com ocoração de pastores, preocupados com adefesa integral da vida e da dignidade dapessoa humana, especialmente dos pobrese excluídos. Do Evangelho nos vem aconsciência de que “todos os cristãos, in-cluindo os Pastores, são chamados a pre-ocupar-se com a construção de um mun-do melhor” (Papa Francisco – EvangeliiGaudium, 183), sinal do Reino de Deus.

Neste ano eleitoral, o Brasil vive ummomento complexo, alimentado por umaaguda crise que abala fortemente suas es-truturas democráticas e compromete aconstrução do bem comum, razão da ver-dadeira política. A atual situação do Paísexige discernimento e compromisso detodos os cidadãos e das instituições e or-ganizações responsáveis pela justiça e pelaconstrução do bem comum.

Ao abdicarem da ética e da busca dobem comum, muitos agentes públicos eprivados tornaram-se protagonistas de umcenário desolador, no qual a corrupçãoganha destaque, ao revelar raízes cada vezmais alastradas e profundas. Nem mesmoos avanços em seu combate conseguemconvencer a todos de que a corrupção serádefinitivamente erradicada. Cresce, porisso, na população, um perigoso descrédi-to com a política. A esse respeito, adver-

Mensagem da CNBB

“Eleições 2018:

compromisso e esperança“

te-nos o Papa Francisco que, “muitas ve-zes, a própria política é responsável peloseu descrédito, devido à corrupção e à faltade boas políticas públicas” (Laudato Sì,197). De fato, a carência de políticas pú-blicas consistentes, no país, está na raizde graves questões sociais, como o au-mento do desemprego e da violência que,no campo e na cidade, vitima milhares depessoas, sobretudo, mulheres, pobres, jo-vens, negros e indígenas.

Além disso, a perda de direitos e deconquistas sociais, resultado de uma eco-nomia que submete a política aos interes-ses do mercado, tem aumentado o núme-ro dos pobres e dos que vivem em situa-ção de vulnerabilidade. Inúmeras situaçõesexigem soluções urgentes, como a dospresidiários, que clama aos céus e é cau-sa, em grande parte, das rebeliões que cei-fam muitas vidas. Os discursos e atos deintolerância, de ódio e de violência, tantonas redes sociais como em manifestaçõespúblicas, revelam uma polarização e uma

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radicalização que produzem posturasantidemocráticas, fechadas a toda possi-bilidade de diálogo e conciliação.

Nesse contexto, as eleições de 2018têm sentido particularmente importante epromissor. Elas devem garantir o fortale-cimento da democracia e o exercício dacidadania da população brasileira. Consti-tuem-se, na atual conjuntura, num passoimportante para que o Brasil reafirme a nor-malidade democrática, supere a criseinstitucional vigente, garanta a independên-cia e a autonomia dos três poderes consti-tuídos – Executivo, Legislativo e Judiciá-rio – e evite o risco de judicialização dapolítica e de politização da Justiça. É im-perativo assegurar que as eleições sejamrealizadas dentro dos princípios democrá-ticos e éticos para que se restabeleçam aconfiança e a esperança tão abaladas dopovo brasileiro. O bem maior do País, paraalém de ideologias e interesses particula-res, deve conduzir a consciência e o cora-ção tanto de candidatos, quanto de eleito-res.

Nas eleições, não se deve abrir mão deprincípios éticos e de dispositivos legais,como o valor e a importância do voto,embora este não esgote o exercício da ci-dadania; o compromisso de acompanharos eleitos e participar efetivamente daconstrução de um país justo, ético e igua-litário; a lisura do processo eleitoral, fa-zendo valer as leis que o regem, particu-larmente, a Lei 9840/1999 de combate àcorrupção eleitoral mediante a compra devotos e o uso da máquina administrativa,e a Lei 135/2010, conhecida como “Lei daFicha Limpa”, que torna inelegível quemtenha sido condenado em decisão proferi-da por órgão judicial colegiado.

Neste Ano Nacional do Laicato, com oPapa Francisco, afirmamos que “há ne-cessidade de dirigentes políticos que vi-vam com paixão o seu serviço aos povos,(…) solidários com os seus sofrimentos e

esperanças; políticos que anteponham obem comum aos seus interesses privados;que não se deixem intimidar pelos grandespoderes financeiros e midiáticos; que se-jam competentes e pacientes face a pro-blemas complexos; que sejam abertos aouvir e a aprender no diálogo democráti-co; que conjuguem a busca da justiça coma misericórdia e a reconciliação” (Mensa-gem aos participantes no encontro de po-líticos católicos – Bogotá, Dezembro-2017).

É fundamental, portanto, conhecer eavaliar as propostas e a vida dos candida-tos, procurando identificar com clareza osinteresses subjacentes a cada candidatu-ra. A campanha eleitoral torna-se, assim,oportunidade para os candidatos revelaremseu pensamento sobre o Brasil que quere-mos construir. Não merecem ser eleitosou reeleitos candidatos que se rendem auma economia que coloca o lucro acimade tudo e não assumem o bem comumcomo sua meta, nem os que propõem edefendem reformas que atentam contra avida dos pobres e sua dignidade. São igual-mente reprováveis candidaturas motivadaspela busca do foro privilegiado e outrasvantagens.

Reafirmamos que “dos agentes políti-cos, em cargos executivos, se exige a con-duta ética, nas ações públicas, nos con-tratos assinados, nas relações com os de-mais agentes políticos e com os podereseconômicos” (CNBB – Doc. 91, n. 40 –2010). Dos que forem eleitos para o Par-lamento espera-se uma ação de fiscaliza-ção e legislação que não se limite à simplespresença na bancada de sustentação ou deoposição ao Executivo (cf. CNBB – Doc.91, n. 40– 2010). As eleições são ocasiãopara os eleitores avaliarem os candidatos,sobretudo, os que já exercem mandatos,aprovando os que honraram o exercícioda política e reprovando os que se deixa-ram corromper pelo poder político e eco-nômico.

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Exortamos a população brasileira a fa-zer desse momento difícil uma oportuni-dade de crescimento, abandonando os ca-minhos da intolerância, do desânimo e dodesencanto. Incentivamos as comunida-des eclesiais a assumirem, à luz do Evan-gelho, a dimensão política da fé, a serviçodo Reino de Deus. Sem tirar os pés doduro chão da realidade, somos movidospela esperança, que nos compromete coma superação de tudo o que aflige o povo.Alertamos para o cuidado com fake news,já presentes nesse período pré-eleitoral,com tendência a se proliferarem, em oca-sião das eleições, causando graves prejuí-zos à democracia.

riada em 13 de abril de 1898 eintitulada como Santa Rita dos Coqueiros,a paróquia Santa Rita de Cássia, em Cássiados Coqueiros (SP), celebrou no dia 13de abril, sexta-feira, os 120 anos de suacriação. O jubileu foi comemorado com aconcelebração eucarística presidida peloCônego Antônio Felix Garcia, natural dacidade, e concelebrada pelos padres: Cláu-dio Pires Marçal, pároco; Ivonei AdrianiBurtia, representante dos Presbíteros;Nivaldo Aparecido Gil, Vigário Forâneo daForania São Bento; Manoel Aparecido doEspírito Santo, pároco da paróquia na dé-cada de 1990; e Danilo Barbieri Costa, quefez o estágio pastoral na paróquia no perí-odo do seminário. A concelebração mar-cou o início das festividades da padroeiracom uma programação intensa de ativida-des aos finais de semana do mês de maio.

Um grande número de fiéis, visitantese autoridades civis estiveram presentes. Noato litúrgico, rendeu-se graças por toda ahistória e caminhada da comunidade pa-

O Senhor “nos conceda mais políticos,que tenham verdadeiramente a peito a so-ciedade, o povo, a vida dos pobres” (PapaFrancisco – Evangelii Gaudium, 205).Nossa Senhora Aparecida, Padroeira doBrasil, seja nossa fiel intercessora.

Aparecida – SP, 17 de abril de 2018.

Cardeal Sergio da RochaArcebispo de Brasília – DF

Presidente da CNBB

Dom Murilo Sebastião R. Krieger, SCJArcebispo São Salvador da Bahia

Vice-Presidente da CNBB

120 anos da paróquia

de Cássia dos Coqueiros

roquial, principalmente os leigos e leigasque escreveram esta história, fazendo oconvite à vivência consciente e ativa doAno Nacional do Laicato.

Ao final da concelebração, o párocopadre Cláudio, agradeceu todas as pesso-as que colaboraram de forma direta e indi-reta para a reforma da igreja matriz, po-dendo devolver à comunidade um belotemplo, lugar que favorece e possibilita oencontro com Deus.

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Agradecimento

aros irmãos e irmãs da Igreja noBrasil! Vimos por meio desta Nota ex-pressar nosso agradecimento por sua par-ticipação na Coleta da Solidariedade de2018.

O gesto de colaborar com a Coletano Domingo de Ramos foi uma expres-são de sua espiritualidade quaresmal.Assim, sua vivência dos valores do Evan-gelho se materializou em recursos parao financiamento de projetos sociais emnosso país.

Segundo o Papa Francisco, “o modomelhor e mais concreto para não fazerdo dinheiro um ídolo é compartilhá-lo, di-vidi-lo com os outros, principalmente comos pobres, ou para levar os jovens a es-tudar e a trabalhar, vencendo a tentaçãoidolátrica mediante a comunhão. Quan-do compartilhais e doais o vosso lucro,realizais um gesto de elevadaespiritualidade, dizendo concretamente aodinheiro: tu não és Deus, tu não és se-nhor, tu não és patrão!”[1]

Queremos, pois, em nome de todosos que serão beneficiados por essa cole-ta, expressar-lhes nossa gratidão, aomesmo tempo em que nos dispomos alhes prestar alguns esclarecimentos.

CNBB

Nota de agradecimento e esclarecimentoConselho Gestor do Fundo Nacional de Solidariedade (FNS)

O Fundo Nacional de Solidariedade

(FNS)

O Fundo Nacional de Solidariedade éfruto da Campanha da Fraternidade, ini-ciativa da Conferência Nacional dos Bis-pos do Brasil (CNBB) que, desde 1964,convida os católicos, no períodoquaresmal, a refletir e agir sobre a situa-ção dos mais pobres e vulneráveis, à luzda Palavra de Deus e da Doutrina Socialda Igreja.

O Fundo Nacional de Solidariedadepresta um serviço a caridade e busca aemancipação cidadã, fomentando o de-senvolvimento comunitário, valorizandopráticas e culturas locais, priorizando fi-nanciamentos a empreendimentosautogestionários e ambientalmente sus-tentáveis.

O Fundo Nacional de Solidariedade éformado a partir dos 40 % das coletasnas missas do Domingo de Ramos, reali-zada em todas as dioceses do Brasil. Eletem sido gerido por um Conselho Gestor,formado por quatro membros natos (obispo Secretário Geral da CNBB, o bis-po Presidente da Comissão EpiscopalPastoral para Ação Social eTransformadora, o Ecônomo da CNBBe o Secretário Executivo da Campanhada Fraternidade e alguns membros no-meados o Assessor da Comissão Epis-copal Pastoral para Ação Social eTransformadora, o representante dos se-cretários executivos dos Regionais da

[1] Discurso do Papa aos participantes do encon-tro promovido pelo Movimento dos Focolares:https://w2.vatican.va/content/francesco/pt/s p e e c h e s / 2 0 1 7 / f e b r u a r y / d o c u m e n t s /papafrancesco_20170204_focolari.html. Consul-tado em 07 de abril de 2018.

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CNBB, uma assistente social da CNBB,um colaborador da CNBB que acompa-nha os projetos do FNS e um represen-tante da Caritas Nacional).

O Conselho Gestor se encontra aomenos três vezes por ano para o estudoe a aprovação dos projetos recebidos.

Projetos apoiados pelo FNS

Anualmente, é publicado um edital,com as exigências que devem ser obser-vadas por aqueles que apresentam pro-jetos. O edital dos anos anteriores estádisponível no site. (fns.cnbb.org.br)

Os projetos para o FNS podem serapresentados por Regionais da CNBB,por Dioceses, Paróquias, Grupos organi-zados, Associações, Pastorais, EntidadesSociais sem fins lucrativos etc.

Os projetos são classificados em 3 ei-xos: (1º) Formação e capacitação; (2º)Mobilização para conquista e efetivaçãode Direitos; (3º) Superação devulnerabilidade econômica e geração derenda (projetos produtivos).

Ao ser apresentado, um pedido de re-cursos deve ter a carta de um Bispo.

Além disso, é preciso levar em conta que:(1) a entidade proponente e executorado projeto deverão ser a mesma; (2) ainstituição deverá indicar sua conta cor-rente (pessoa jurídica, seu CNPJ) e com-provar a regularidade de sua situação;(3) antecipar qual será a sua contrapartida,monetária ou em bens e serviços; (4)demonstrar como será a continuidade doprojeto; (5) levar em conta que o projetodeve responder a problemas ou necessi-dades de grupos sociais ou segmentos deexcluídos.

O Conselho Gestor do FNS priorizaprojetos de caráter inovador e com po-tencial multiplicador, e não apoia proje-tos para manutenção institucional.

Excepcionalmente, neste ano a Pre-sidência da CNBB apresentará a 56ªAssembleia Geral da CNBB a propostade destinar a Diocese de Roraima 40%dos recursos do FNS, para os trabalhosque envolvem a acolhida dos migrantesvenezuelanos.

Uma vez aprovados os projetos, épublicada uma lista deles no site daCNBB- Fundo Nacional de Solidarieda-de (fns.cnbb.org.br). Esperamos ampli-

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ar a prestação de contas com dados ain-da mais completos.

Projeto aprovado para a ABONG

Dentre os 237 projetos aprovadoscom os recursos da Campanha daFraternidade de 2017, um deles foi apre-sentado pela Associação Brasileira deOrganizações Não Governamentais –ABONG. Essa entidade reúne organiza-ções da Sociedade Civil, sem fins lucra-tivos, para o fortalecimento da baseassociativa. Em nome de cerca de cemorganizações – dentre as quais, várias li-gadas à Igreja -, a ABONG pediu recur-sos para a realização do V Encontro des-sas entidades, em São Paulo. Esse En-contro tinha como finalidade única e ex-clusiva discutir o Marco Regulatório dasOrganizações da Sociedade Civil, que éuma agenda política ampla, que tem oobjetivo de aperfeiçoar o ambiente jurí-dico e institucional relacionado às Orga-nizações da Sociedade Civil e suas rela-ções de parceria com o Estado. Assim, aajuda dada não se destinou a apoiar pro-jetos movidos por ideais divergentes dosvalores da fé cristã católica, como porexemplo o aborto. Temos no arquivo doFNS a prestação de contas do evento emquestão, bem como todas as notas fis-cais, fotografias e a lista de presença doevento.

Comprometemo-nos a analisar maisatentamente os projetos que forem apre-sentados, bem como a prestar maior aten-ção aos objetivos das entidades propo-nentes. O Regulamento do FNS está sen-do revisto e aprimorado para ser apre-sentado ao Conselho Permanente daCNBB.

Reafirmamos nosso compromissocom Jesus Cristo e sua Igreja. Daí nossadisposição de continuar trabalhando deacordo com a Moral Católica e a Doutri-na Social da Igreja, para que “todos ospovos tenham vida” (Jo 10,10).

Renovamos nossos agradecimentos atodos os que colaboraram com a CF-2018. Cresça, cada vez mais, nosso com-promisso com os mais necessitados, se-gundo o critério apontado por Jesus.

A Virgem Maria, Mãe da Caridade,nos ensine a seguir os passos de Jesusno serviço ao próximo.

Brasília, 08 de abril de 2018.

Dom Guilherme Antônio WerlangBispo de Lajes- SC

Conselho Gestor doFundoNacional de Solidariedade – FNS

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Missa

Catedral Metro-politana de São Sebasti-ão, em Ribeirão Preto(SP), acolheu na Quinta-feira Santa, 29 de marçode 2018, às 9 horas, opresbitério daArquidiocese de RibeirãoPreto para aconcelebração eucarísticada Missa Crismal (Missada Unidade) presididapelo arcebispo dom Mo-acir Silva. ConcelebrouDom José Geraldo Olivei-ra do Valle, CSS, bispoemérito de Guaxupé; os padresdiocesanos e religiosos presentes no pres-bitério da Arquidiocese; e ainda a pre-sença dos diáconos permanentes, dosalunos da Escola Diaconal São Louren-ço, dos seminaristas, dos representantesparoquiais e paroquianos da Catedral edemais paróquias.

Na concelebração os padres renova-ram as promessas sacerdotais e o arce-bispo abençoou os óleos, que serão usa-dos nas 85 paróquias, 2 Reitorias, 5 QuaseParóquias e 1 Área Pastoral daArquidiocese de Ribeirão Preto nas ce-lebrações dos sacramentos: “o óleo docrisma (misturado com perfumes), parasignificar o dom do Espírito no batismo,na crisma, na ordem; o óleo para oscatecúmenos, que será ministrado noBatismo quando o batizado torna-se par-ticipante da Igreja e herdeiro da vida fu-

Arcebispo presidiu a Missa Crismal

na Catedral de Ribeirão Preto

tura no céu; e o óleo para os enfermos,sinal da força que liberta do mal e sus-tenta na provação da doença”.

Nos ritos finais, antes da bênção, opadre Ivonei Adriani Burtia, representan-te dos presbíteros, eleito na última reu-nião do Clero, em 15 de março passado,leu mensagem de agradecimento ao pa-dre Samuel Matias, que exerceu o man-dato e a função de representante porquatro anos e se dedicou abnegadamen-te a formação e acompanhamento dospresbíteros. Após a bênção final, o arce-bispo cumprimentou cada um dospresbíteros e entregou o Discurso doPapa Francisco aos Sacerdotes do Chi-le, ocorrido em 18 de janeiro de 2018; ena sequência entregou pessoalmente osSantos Óleos aos representantes dasparóquias.

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Homilia

Liturgia

Is 61, 1-3a.6a.8b-9

Salmo 88

Ap 1, 5-8

Lc 4, 16-21

ueridos padres, hoje é o dia nata-lício de nosso sacerdócio. Um dia suma-mente importante em nossa vida e mi-nistério. Um dia de reflexão, de oração ede renovação de nossos compromissossacerdotais. Mas, sobretu-do, um dia de gratidão aDeus pelo dom do sacer-dócio católico, pelo dom donosso sacerdócio; gratidãoa Deus pelo seu amor depredileção por cada um denós.

“O Espírito do Senhorestá sobre mim, porque eleme consagrou com a un-ção”. Pela nossa ordena-ção participamos destaconsagração e unção doSenhor e Cristo Jesus. OEspírito Santo nos marcou com o seusinete através da imposição das mãos doBispo, enriquecendo-nos de graças epoderes particulares, realizou em nósuma misteriosa e real configuração aCristo, Cabeça e pastor da Igreja, e fezde nós seus ministros para sempre.

Escutamos na primeira leitura: “Vóssois os sacerdotes do Senhor, chamado

ministros de nosso Deus”. Com o ritosagrado da nossa Ordenação fomos in-troduzidos em um novo gênero de vida,que nos separou de tudo e nos uniu aCristo com um vínculo original, inefável,irreversível. Assim, a nossa identidade seenriqueceu com uma outra nota: somosconsagrados (cf. São João Paulo II,homilia na ordenação sacerdotal - Rio deJaneiro, 02/07/1980).

Consagrados pelaSagrada Ordenação nãopertencemos mais aomundo, embora estejamosno mundo, e entramosnum estado de exclusivapropriedade do Senhor. Jáparei para pensar nisso?Somos exclusiva proprie-dade do Senhor! E comotal devemos viver e agir.O caráter sagrado nosatingiu em tal profundida-de que orienta integral-mente todo o nosso ser eo nosso agir para uma

destinação sacerdotal. De modo que nãorestou em nós mais nada de que possa-mos dispor como se não fosse sacerdo-te. Ainda quando realizamos ações que,por sua natureza são de ordem temporal,administração, por exemplo, agimos sem-pre como ministros de Deus. Em nós,tudo, mesmo o profano, deve tornar-se“sacerdotalizado”, como em Jesus, quesempre foi sacerdote, sempre agiu como

Homilia de Dom Moacir Silva

na Missa CrismalCatedral Metropolitana - Quinta-feira Santa - 29 de março

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sacerdote, em todas as manifestações desua vida.

“Jesus nos identifica de tal modoconsigo no exercício dos poderes que nosconferiu, que a nossa personalidadecomo que desaparece diante da sua, jáque é Ele quem age por meio de nós”(idem). Pelo sacramento da Ordem osacerdote se torna efetivamente idôneoa emprestar a Jesus, nosso Senhor avoz, as mãos e todo o seu ser. É Jesusquem, na Santa Missa, com as palavrasda consagração, muda a substancia dopão e do vinho na do seu corpo e do seusangue. É o próprio Jesus quem, nosacramento da Penitência, pronuncia apalavra autorizada e paterna: Os teuspecados estão perdoados (Mt 9, 2; Lc 5,20). É Ele quem fala quando o sacer-dote, exercendo o seu ministério emnome e no espirito da Igreja, anuncia apalavra de Deus. É o próprio Cristoque tem cuidado dos enfermos, dascrianças e dos pecadores, quando osenvolve o amor e a solicitude pastoraldos ministros sagrados.

Queridos padres, encontramo-nosaqui nas culminâncias do sacerdócio deCristo, do qual somos participantes. Quegrande amor Deus tem por cada um denós, fazendo-nos participantes do sacer-dócio de Jesus, seu Filho amado! Esteamor nos compromete sempre mais.Nossa resposta a este amor só pode sertambém uma resposta de amor, vivendonosso ministério, dia a dia, por amor ecom amor.

O dom do Sacerdócio, jamais esque-çamos disso, é um prodígio que foi reali-zado em nós, mas não para nós. Ele o foipara a Igreja, o que quer dizer, para omundo a ser salvo. A dimensão sagrada

do sacerdócio é totalmente ordenada àmissão, ao ministério pastoral. Não so-mos sacerdotes para nós, mas para aIgreja, para a salvação da humanidade(Rito da ordenação).

Quando renovamos a consciência dagrandeza e da beleza do dom de nossoministério somos capazes de vencer osdesafios da missão de cada dia; somoscapazes de não nos deixarmos abaterpelas incompreensões, pelos comentári-os maldosos, pelas fofocas, pelos mausjuízos. Nosso sacerdócio é maior quetudo isso; e por isso mesmo, não podeser sacrificado por esses desafios comos quais nos deparamos no dia a dia.

Por fim, recordo as palavras de SãoJoao Paulo II, na primeira carta aos sa-cerdotes por ocasião da Quinta-feiraSanta, em 1979: “vós sois sempre e emtoda parte portadores da vossa particu-lar vocação: sois portadores da graça deCristo, eterno Sacerdote, e do carismado Bom Pastor. E disto não podeis es-quecer-vos; a isto não podeis nunca re-nunciar; e isto deveis atuar em todos osmomentos e em todos os lugares e detodas as maneira”.

Hoje vamos renovar os compromis-sos assumidos no dia de nossa ordena-ção. A renovação de tais compromissosdeve ser antecedida por uma reflexão,por um exame: Tenho sido consequentecom os compromissos assumidos na Or-denação perante o Bispo e a Igreja alireunida? Tenho vivido como convém aalguém configurado com Cristo, Cabeçae pastor da Igreja? No silêncio, pense-mos um pouco nisso.

Dom Moacir Silva

Arcebispo Metropolitano

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arcebispo Dom MoacirSilva participou da principal festado ano litúrgico, a Semana Santa,presidindo as celebrações,vivências e procissões na Cate-dral Metropolitana de São Sebas-tião, no período de 25 de março a1º de abril.

Domingo de Ramos

A concelebração eucarísticado Domingo de Ramos e da Pai-xão do Senhor, 25 de março, reu-niu os fiéis, primeiro, na PraçaLuís de Camões, defronte aoHospital Beneficência Portugue-sa, em Ribeirão Preto, às 8 ho-ras, local da bênção dos ramos eda saída da procissão. Na Praça,o arcebispo dom Moacir Silva,abençoou os ramos e, após a procla-mação da leitura do Evangelho, houveo início da procissão pelas ruas do cen-tro de Ribeirão Preto até a CatedralMetropolitana de São Sebastião para acontinuidade da concelebraçãoeucarística. Concelebraram o pároco daCatedral padre Francisco Jaber ZanardoMoussa, e o mestre de cerimônias. pa-dre Antônio Élcio de Souza (Pitico), eserviu nas funções litúrgicas o diáconoJoão Paulo Tarlá Júnior.

Na Catedral, após as leituras, domMoacir na homilia explicou o sentido dacelebração do Domingo de Ramos e daPaixão do Senhor. “No Domingo deRamos, da Paixão do Senhor, a Igreja

Arcebispo

Dom Moacir presidiu as celebrações

da Semana Santa na Catedral

entra no mistério do seu Senhor crucifi-cado, sepultado e ressuscitado que, aoentrar em Jerusalém, prenunciou suamajestade. Comemoramos a entrada doSenhor em Jerusalém pela Bênção e Pro-cissão de Ramos ou pela entrada solenedas outras missas. Os ritos do Domingode Ramos refletem a exultação do povoà espera do Messias mas, ao mesmo tem-po, caracterizam-se em pleno sentidocomo Liturgia ‘da paixão’. Com efeito,eles abrem-nos a perspectiva do dramajá iminente, que acabamos de reviver nanarração do evangelista Marcos. Tam-bém as outras leituras nos introduzem nomistério da paixão e morte do Senhor.Também os textos da missa chamam

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nossa atenção para o mistério da Paixãodo Senhor. Inocente, Jesus quis sofrerpelos pecadores. Santíssimo, quis sercondenado a morrer pelos criminosos.Sua morte apagou nossos pecados esua ressurreição nos trouxe vida nova”,explicou o arcebispo.

Missa Crismal

Na Quinta-feira Santa, 29 de março,a Catedral acolheu o presbitério daArquidiocese de Ribeirão Preto para aconcelebração eucarística da MissaCrismal (Missa da Unidade) presididapelo arcebispo dom Moacir Silva.Concelebrou Dom José Geraldo Olivei-ra do Valle, CSS, bispo emérito deGuaxupé; os padres diocesanos e religi-osos presentes no presbitério daArquidiocese; e ainda a presença dosdiáconos permanentes, dos alunos daEscola Diaconal São Lourenço, dos se-minaristas, dos representantes paroqui-ais e paroquianos da Catedral e das pa-róquias da Arquidiocese. Os padres re-novaram as promessas sacerdotais e oarcebispo abençoou os óleos, que serãousados nas 85 paróquias, 2 Reitorias, 5Quase Paróquias e 1 Área Pastoral daArquidiocese de Ribeirão Preto nas ce-lebrações dos sacramentos.

Ceia do Senhor e Lava-pés

Ainda, na noite da Quinta-feira San-ta, 29, o arcebispo dom Moacir Silva pre-sidiu a concelebração Eucarística da Ceiado Senhor e Lava-pés. Concelebraramos padres Francisco Jaber ZanardoMoussa, Cônego Antonio Felix Garcia eAntônio Élcio de Souza (Pitico). Acelebração deu início ao Tríduo Pascal ecomeçou com a procissão de entrada,

tendo à frente as 12 pessoas que teriamseus pés lavados pelo Arcebispo que osacompanhava vindo logo atrás. Foramescolhidos para participar do rito dolava-pés, gesto e exemplo de serviço,frequentadores da Catedral entrecrianças, jovens e adultos.

“Queridos irmãos, queridas irmãs!Estamos reunidos em torno do Altar doSenhor, celebrando a Eucaristia, no diaem que ela foi instituída, como tão subli-me sacramento. Que privilégio! Que dompara todos e cada um de nós! ‘Tendoamado os Seus que estavam no mundo,amou-os até o fim’ (Jo 13, 1)”, expres-sou dom Moacir ao iniciar a homilia.

Dom Moacir recordou aos fiéis o sen-tido da Quinta-feira Santa. “Entramos,nesta noite, na Páscoa de Cristo, queconstitui o momento dramático e conclu-sivo, longamente preparado e esperado,da existência terrena do Verbo de Deus.Jesus veio para junto de nós não paraser servido, mas para servir, e assumiusobre si os dramas e as esperanças doshomens de todos os tempos. Antecipan-do misticamente o sacrifício da Cruz, noCenáculo, quis permanecer conosco sobas espécies do pão e do vinho e confiouaos Apóstolos e aos seus sucessores amissão e o poder de perpetuar a suamemória viva e eficaz no ritoeucarístico”, lembrou o arcebispo.

O arcebispo ainda destacou o sentidodo mistério pascal e do gesto do serviçoexpresso no lava-pés. “Por conseguinte,esta celebração envolve-nos misticamen-te a todos e insere-nos no Tríduo Sagra-do, durante o qual também nós aprende-remos do único ‘Mestre e Senhor’ a ‘es-tender as mãos’ a fim de nos dirigirmospara onde nos chama o cumprimento davontade do Pai celeste. ‘Fazei isto emmemória de mim’ (1 Cor 11, 24). Com

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este mandamento, que nosempenha a respeitar o seugesto, Jesus conclui a ins-tituição do Sacramento doAltar. Também no final dolava-pés Ele convida aimitá-lo: ‘Dei-vos o exem-plo, para que façais a mes-ma coisa que eu fiz’ (Jo13, 15). Desta forma, Je-sus estabelece uma relação íntima entrea Eucaristia, sacramento do seu domsacrifical, e o mandamento do amor, quenos compromete a receber e a servir osirmãos”, salientou Dom Moacir.

O gesto do rito do lava-pés insere-sena doação aos outros, como explicou oarcebispo: “Em que consiste ‘lavar os pésuns aos outros’? Que significa concreta-mente? Eis que, qualquer obra de bon-dade pelo outro especialmente por quemsofre e por quantos são pouco estimadosé um serviço de lava-pés. Para isto noschama o Senhor: descer, aprender a hu-mildade e a coragem da bondade e tam-bém a disponibilidade de aceitar a recu-sa e contudo confiar na bondade e per-severar nela. Mas existe ainda uma di-mensão mais profunda. O Senhor limpa-nos da nossa indignidade com a forçapurificadora da sua bondade. Lavar ospés uns aos outros significa sobretudoperdoar-nos incansavelmente uns aosoutros, recomeçar sempre de novo jun-tos, mesmo que possa parecer inútil. Sig-nifica purificar-nos uns aos outros supor-tando-nos mutuamente e aceitando sersuportados pelos outros; purificar-nos unsaos outros doando-nos reciprocamente aforça santificadora da Palavra de Deuse introduzindo-nos no Sacramento doamor divino (Bento XVI, Missa da Ceiado Senhor – 2006)”, disse dom Moacir.

E, ao concluir a homilia, o arcebispo

rezou: “Por fim, confessamos: unidos atoda a Igreja, anunciamos a tua morte, óSenhor. Cheios de gratidão, já vivemos aalegria da tua ressurreição. Repletos deconfiança, comprometemo-nos a viver naexpectativa da tua vinda gloriosa. Hoje esempre, ó Cristo, nosso Redentor.Amém”, concluiu o arcebispo.

Ao final da concelebração, oSantíssimo Sacramento foi trasladadopelo arcebispo dom Moacir, altar até aCapela do Santíssimo Sacramento, segui-do do cortejo de fiéis, onde permaneceuexposto para adoração.

Paixão e Morte de Jesus Cristo e

Procissão do Enterro

Na Sexta-feira Santa, 30 de março,às 15 horas, o arcebispo dom Moacir Sil-va, presidiu a Celebração da Paixão eMorte de Jesus Cristo, com as presen-ças dos padres Francisco Jaber ZanardoMoussa, Antônio Élcio de Souza (Pitico)e o diácono João Paulo Tarlá Júnior. Ànoite ocorreu a Procissão do Enterro, quesimboliza na fé cristã o cortejo em queos discípulos de Jesus Cristo levaramseu corpo ao sepulcro. A procissão reu-niu aproximadamente 1,5 mil fiéis e per-correu as ruas do centro, e depoisretornou à Catedral para momentos deorações.

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Vigília Pascal

Na noite de sábado, 31 de março, oarcebispo Dom Moacir presidiu a VigíliaPascal, concelebrada pelos padres: Fran-cisco Jaber Zanardo Moussa, AntônioGarcia Feliz e Antônio Élcio de Souza(Pitico), e com o serviço litúrgico dodiácono João Paulo Tarlá Júnior. Aconcelebração reuniu centenas de fiéis,na celebração que constitui o ponto altodo Ciclo Pascal e do Ano Litúrgico. NaVigília Pascal, no momento da LiturgiaBatismal, o arcebispo batizou quatro cri-anças: um menino de 9 anos e trigêmeos:dois meninos e uma menina recém nas-cidos.

“Queridos irmãos e queridas irmãs,estamos aqui reunidos em torno do altardo Senhor, mergulhados no sublime mis-tério desta Noite Santa, celebrando sole-nemente a Vigília Pascal, a celebraçãomais importante do ano, a mãe de todas

Pastoral da SaúdeArquidiocesana ministrouformação para Agentes daPastoral da Saúde daForania Nossa SenhoraAparecida. O evento ocor-reu no dia 07 de março, naCapela São José, emSertãozinho, e reuniu aomenos 80 participantes. Otema abordado foi: “A im-portância da vacinação”.

A assessoria foi dos integrantes da Comissão: Carlos Alberto Oliveira eTereza Cristina Molinari.

Formação para Agentes

da Pastoral da Saúde

as vigílias”, explicou o arcebispo no iní-cio da homilia.

A celebração da Vigília Pascal é ex-pressa pelos símbolos da luz, dos elemen-tos da natureza como a água, o óleo, opão e o vinho, e manifesta que Cristo Res-suscitou, como expressou o arcebispo aoconcluir a homilia: “Que esta celebraçãopascal nos fortaleça em nossa caminha-da de filhos e filhas de Deus e nos con-serve sempre unidos no amor com queCristo nos amou para anunciarmos o seuevangelho, a sua pessoa, vida, morte eressurreição. Queremos realizar e cele-brar o encontro pessoal com ele, nestacelebração comunitária. Queremos se-gui-lo e ajudar as pessoas a se encontra-rem com Ele. Que o Senhor nos ajude,hoje e sempre. Amém!”, disse DomMoacir.

E, nos ritos finais, o arcebispo conce-deu aos fiéis a bênção solene da vigíliapascal.

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iáconos de vintedioceses do País estiveramem Brasília, de 02 a 06 de abril,participando da 1ª Semana deFormação para Diáconos Per-manentes. O encontro foi rea-lizado pelo Centro CulturalMissionário (CCM) e a Comis-são Nacional de DiáconosPermanentes. O objetivo des-ta experiência de formação foi proporcionaruma reflexão sobre o significado da pessoado Diácono Permanente em vista da missãoque lhe foi confiada, de “ser ícone de Cristo-Servidor constitui a identidade profunda dodiácono” (Doc. 74 CNBB, nº 39) numa Igrejamissionária. A Arquidiocese de Ribeirão Pretoesteve presente na formação com a presen-ça dos diáconos: Flávio Aparecido Livotto ePaulo Sergio Melo.

O encontro foi assessorado por padreJaime Gusberti, secretário executivo do Cen-tro Cultural Missionário (CCM), diácono Sér-gio Sezino Douets Vasconcelos, coordena-dor do curso de Bacharelado em Teologia naUniversidade Católica de Pernambuco(UNICAP), e padre Antônio Niemiec, secre-tário da Pontifícia Obra da União Missionária.Entre os objetivos específicos destaca-se oresgate dos fundamentos teológicos dadiaconia ao longo da história, assim como areflexão sobre a pessoa do Diácono à luz deuma Igreja em saída. O encontro buscou ofe-recer elementos para que o diácono possaexercer bem a sua missão de servir e vivercom alegria o anúncio do Evangelho che-gando às periferias geográficas, sociais eexistenciais, bem como oportunizar aos par-ticipantes do curso um conhecimento decomo a Missão se organiza na Igreja no Bra-sil e como eles também podem colaborar nocrescimento de uma verdadeira cultura daMissão.

Diáconos participam

de formação missionária

Missão

A formação foi pensada a partir das refle-xões do Papa Francisco feitas por ocasião doJubileu dos Diáconos Permanentes. Na cele-bração ocorrida no dia 29 de maio de 2016 naPraça de São Pedro, Francisco os exortou noexercício do “ministério do serviço” na Igre-ja. Prosseguiu o Santo Padre, acrescentan-do: “Por outras palavras, se evangelizar é amissão dada a cada cristão no Batismo, ser-vir é o estilo segundo o qual viver a missão,o único modo de ser discípulo de Jesus. Ésua testemunha quem faz como Ele: quemserve os irmãos e as irmãs, sem se cansar deCristo humilde, sem se cansar da vida cristãque é vida de serviço.”

Padre Antônio Niemiec destaca que estafoi a primeira formação em nível nacional paraos Diáconos. “A Igreja tem apresentado odesejo de proporcionar aos Ministérios Or-denados essa nova visão de missionariedadea partir da reflexão que se faz na América La-tina e no Brasil. A formação realizada nestasemana está em comunhão com as reflexõesdo 4º Congresso Missionário Nacional. Estainiciativa quer integrá-los nesta caminhadasinodal.”

Ao final do encontro, houve o pedidopara que a formação fosse repetida no próxi-mo ano, trazendo outras temáticas e dandooportunidade para que mais Diáconos pos-sam fazer a experiência.

Fonte: www.pom.org.br

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Arquidiocese de Ribeirão Pretopossui inúmeras paróquias centenárias, asquais permitem a identificação de diversasmanifestações de fé e devoção popular.Como fruto das Diretrizes da “AçãoEvangelizadora da Arquidiocese de Ribei-rão Preto (2015-2019)”, a terceira urgên-cia pastoral: “Igreja, lugar de animaçãobíblica da vida e da pastoral”, está desen-volvendo o “Projeto Devoções PopularesCentenárias na Arquidiocese de RibeirãoPreto” objetivando identificar, mapear, es-tudar e publicar as dinâmicas internas eexternas destas devoções com o propósi-to de fomentar sua evangelização.

Queremos contar com a colaboraçãodos padres e reitores em nos ajudar a iden-tificar a existência de devoções em sua co-munidade paroquial recebendo e dando su-porte para nossa equipe de pesquisa decampo.

A equipe entrará em contato com asparóquias para agendamento de entrevistana paróquia com o pároco ou reitor e comparoquianos por este indicado. A visita temo objetivo de registro de depoimentos eimagens que passarão a compor o arquivohistórico da Arquidiocese de Ribeirão Pre-to e consequentemente a base para a do-cumentação e publicação do projeto.

Nesta primeira fase, identificamos eestamos entrando em contato com as se-guintes paróquias para levantamento deinformações:

Ano - Fundação - Município - Santuário/

Paróquia

1815 - Batatais - Bom Jesus da Cana Verde

Projeto Devoções Populares

Centenárias na Arquidiocese de RP

Projeto

1821 - Cajuru - São Bento1844 - São Simão - São Simão Apóstolo1862 - Santa Rita do Passa Quatro - SantaRita de Cássia1866 - Santo Antônio da Alegria - Santo An-tônio de Pádua1870 - Ribeirão Preto - São Sebastião1874 - Altinópolis - Nossa Senhora da Pie-dade1898 - Bonfim Paulista - Senhor Jesus doBonfim1898 - Cássia dos Coqueiros - Santa Rita deCássia1898 - Cravinhos - São José1898 - Jardinópolis - Nossa SenhoraAparecida1900 - Sertãozinho - Nossa SenhoraAparecida1903 - Ribeirão Preto - Santo Antônio Pãodos Pobres (Reitoria)1905 - Brodowski - Nossa Senhora Aparecida1909 - Santa Rosa do Viterbo - Santa Rosado Viterbo1912 - Cruz das Posses (Sertãozinho) - San-ta Cruz1912 - Serrana - Nossa Senhora das Dores1913 - Jardinópolis - Senhor Bom Jesus daLapa1913 - Serra Azul - Divino Espírito Santo1914 - Ribeirão Preto - Nossa Senhora doRosário1920 - Ribeirão Preto - São Benedito (Tem-plo Votivo)2002* - Jurucê (Jardinópolis) - São Pedro2010* - Cajuru - Cristo Rei

(*) Festa/Devoção anterior a criação da pa-róquia

Terceira Urgência Pastoral

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Paróquia

paróquia ImaculadaConceição, em Dumont,celebrou no dia 7 de abril,os 50 anos da criação pa-roquial. A missa foi presi-dida pelo pároco padreDanilo Luis Ruffato e reu-niu centenas de fiéis. A pa-róquia foi criada em 3 deabril de 1968 pelo arcebis-po Dom Frei Felício Césarda Cunha Vasconcelos,OFM.

História - A cidade de Dumont temorigem histórica ligada à família deHenrique Dumont, pai de Alberto SantosDumont o “Pai da Aviação”.

Em 1879, Henrique Dumont, enge-nheiro e proprietário de lavouras diver-sas, adquiriu da família Silva Prado aFazenda Arindeúva. Mudou-se com suaesposa Francisca Santos Dumont e seussete filhos e em dez anos de trabalhoininterrupto, a Fazenda Dumont, que as-sim passou a chamar-se, tornou-se umapropriedade agrícola modelar.

Henrique Dumont não mediu esfor-ços para desbravar as matas que a fa-zenda possuía e transformá-la numa gran-de produção de café. Ele construiu aquio que chegou a ser a maior propriedadeagrícola do Brasil, com milhares de ca-feeiros em plena produção, o que lhevaleu o título de “Rei do Café”.

Em 1894 na fazenda Dumont já searava terras com tratores a vapor e seutilizava secadores mecânicos para café.

Paróquia de Dumont

celebrou 50 anos

Com espírito de iniciativa e audácia,Henrique Dumont constrói uma estradade ferro para serviço exclusivo da pro-priedade, esta percorria os cafezais e le-vava o produto de exportação para aEstação da Alta Mogiana em RibeirãoPreto, numa extensão de 30 km.

Henrique Dumont, já muito doente,vendeu a Fazenda à Companhia Melho-ramentos do Brasil, entretanto pouco tem-po a mantiveram em seu poder. Em 1894,a propriedade foi transferida a um grupode Capitalista Ingleses, que constituírama “Dumont Coffee Company”. Foi con-servado o nome do fundador, não sócomo justa homenagem, mas também ematenção a projeção que este mantinhanos mercados mundiais do café.

Com o dinheiro deste negócio,Henrique Dumont garantiu ao filhoAlberto Santo Dumont, conhecido como(Santos Dumont) os recursos necessári-os ao financiamento de suas experiênci-as com balões dirigíveis e aeroplanos.

No início da Companhia Agrícola Fa-

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zenda Dumont, o braço escravo faziaparte da mão de obra, mas pelo fato deHenrique Dumont não legitimar o traba-lho escravo, estes foram substituídos pelotrabalho livre e remunerado, como dosimigrantes: Italianos, Espanhóis, Alemães,Portugueses, e outros, predominando oimigrante “Italiano”

Imigração - Estes imigrantes junta-ram-se e fizeram sua própria história, sãofamílias que hoje continuam trabalhandoaqui em prol do desenvolvimento do Mu-nicípio. Isto explica a etnia do povodumonense formada essencialmente pordescendentes de italianos.

Município - Em 1953, foi criado o Dis-trito de Dumont, o qual passou a ser Dis-trito de Ribeirão Preto. Em 1963, pelaLei nº 8.050, de 31/12/1963, era o entãoDistrito de Dumont, transformado emMunicípio.

Dumont atualmente tem 9,2 mil habi-tantes, sua economia está voltada à cul-tura da cana-de-açúcar, amendoim e aindústria e comércio dos produtos dasuinocultura e industrialização de produ-tos com amendoim.

Assim, a Família Dumont com devo-ção e fé, junto de seu seio trouxe alémde todo desenvolvimento econômico eagropecuário, a religiosidade popular, coma fé em Santo Antônio de Pádua, cons-truindo e dedicando uma pequena cape-la a este. Antes de introduzir a imagemdo “santo milagreiro”, aconteceu quefora pedido pelos imigrantes ingleses adedicação da mesma igreja a fé protes-tante, pois havia ali inúmeros luteranos.A princípio, foi construída um templopara cultos protestantes pelo alto núme-ro de imigrantes ingleses. Porém, sobres-saiu a fé cristã católica mediante a tan-tos italianos, espanhóis, portugueses en-tre outros; permitindo com a autorização

da Família Dumont destituir de temploprotestante, para templo católico, pois asenhora Francisca Santos Dumont eramuito católica e piedosa. Contudo, nahistória de fé e caminhada pastoral dacapela de Dumont, depois de inúmerospadres passarem para celebrarem asmissas e as orações e práticas de pieda-de popular da vila de Dumont, a mesma,no governo do papa Paulo VI, sob oarcebispado de Dom Frei Felício da Cu-nha Vasconcelos, pediu a elevação decapela a Igreja Matriz. Com os imigran-tes italianos e portugueses, a devoção desanto Antônio se estendia por toda a vila,fazendo festejos e novenários, mas como passar dos anos, está devoção dimi-nuiu, e a a igreja foi dedicada a ImaculadaConceição, sendo em 03 de abril de 1968,elevada canonicamente a paróquia deDumont.

Jubileu - No ano de 2015, na abertu-ra do ano jubilar, foi criada a ComissãoHistórica Paroquial para estar a frenteda preparação do jubileu de ouro. Por-tanto, depois de inúmeros anos, a paró-quia conta com estas pastorais:Coroinhas e Clarissas; Ministros da Sa-grada Comunhão Eucarística; Catequesede Eucaristia e Crisma; Grupo de Jovens;Pastoral dos Noivos; Liturgia; Música;Batismo; Equipe de Bordado; Conselhopara Assuntos Econômicos Paroquiais(CAEP); Apostolado da Oração; Grupode Oração da Renovação CarismáticaCatólica (RCC); Encontro de Casais comCristo (ECC); futura Pastoral Familiar,Terço nas casas dos enfermos com aimagem de Nossa Senhora da Saúde e oTerço dos homens.

Paróquia Imaculada Conceição

Dumont

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novo Conselho Diretor do Frater-no Auxílio Cristão (FAC) da Arquidiocesede Ribeirão Preto para a gestão 2018-2021, eleito em Assembleia Geral reali-zada em 18 de fevereiro, tomou posseno dia 11 de abril, na sede da entidade,na Rua Barão do Amazonas, 881, em Ri-beirão Preto. O arcebispo Dom MoacirSilva, agradeceu a Diretoria anterior pre-sidida pelo padre José Alceu de SouzaJúnior e acolheu, desejando êxito ao novoConselho Diretor assim formado:

Presidente: Jedaias do Amaral CostaVice-Presidente: Maria Cristina NunesConsoliSecretário: José Raymundo GuimarãesBragaTesoureira: Marisa Tabor da CostaTitulares da Comissão Fiscal: MariaHelena Ponton Salvi, Diác. Pérsio LuizDugaich e Diác. Adélcio Guirão

Antes da cerimônia de posse da novadiretoria foram apresentados os Planosde Ação dos Projetos aprovados para oano de 2018 nos dois Núcleos de Solida-riedade: Dom Bosco, na Rua Imigrantes

FAC

FAC apresenta nova diretoria

Japonese, 1065, no Parque Ribeirão Pretoque acolhe 80 crianças e adolescentesentre 6 e 15 anos e o Dom Hélder Câ-mara, que acolhe Famílias em Situaçãode Vulnerabilidade. Graças às inúmerasparcerias celebradas nos últimos anosjunto a Instituições Públicas, Acadêmi-cas e Privadas com Projetos SócioEducativos, mais de 150 jovens e adultosaguardam para serem acolhidos. Já es-tão matriculados 120 alunos, o númeromáximo de cada turma, que encaminhanossos adolescentes, jovens e adultos dequalquer idade ao mercado de trabalho eos devolve à escola e à família.

O Fraterno Auxílio Cristão agradecea todos que participaram do evento: Au-toridades, Imprensa, Pastoral da Comu-nicação, Benfeitores, Colaboradores eAmigos do FAC. Deus recompense atodos que nos ajudam a manter nossosProjetos de resgate da dignidade huma-na às Crianças, Adolescentes, Jovens eAdultos atendidos pelo FAC. Informa-ções do FAC no telefone: 3237-0942.

Colaboração: Padre Gilberto Kasper

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Ano Nacional do Laicato naArquidiocese está sendo celebrado emtrês esferas: Celebrativa; Catequética,Missionária e Comunicação; e Missionária.A esfera celebrativa nas foranias está sen-do organizada no formato de “Concentra-ção Forânea”. As concentrações serão pre-cedidas de momentos de formação sobreos Documentos da Igreja que tratam atemática do Laicato, procurando valorizaro testemunho dos Leigos e Leigas em seusvariados campos de atuação. As concen-trações serão encerradas com a celebra-ção, na qual os participantes renovarão aspromessas de seu Batismo. Confira a pro-gramação das concentrações forâneas:

Concentrações nas Foranias

Ano Nacional do Laicato

Forania Nossa Senhora Aparecida

27/05: Domingo - Santíssima TrindadeHorário:8h às 12hLocal: Centro de Convivência da ParóquiaSão João Batista - Sertãozinho

Forania Santo Antônio Maria Claret

03/06: DomingoForania Santo Antônio Maria ClaretHorário: 8hLocal: Paróquia Santo Antônio Maria Clarete Santo Antônio Sant’Anna Galvão

Forania Santa Maria Goretti

03/07: Terça-feiraHorário: 19h30Local: Paróquia Santa Maria Goretti - VilaVirgínia - Ribeirão Preto

Forania São José

26/08: DomingoHorário: 8h às 12hLocal: Paróquia Santa Luzia - Cravinhos

Laicato

Foranias celebram o Ano do Laicato

Forania Bom Jesus da Cana Verde

31/08: SextaHorário: 19h30.Local: Santuário Bom Jesus da Cana Ver-de - Batatais

Forania São Sebastião

02/09: DomingoLocal: Paróquia Nossa Senhora de Fátima(Estigmatinos)

Forania Bom Jesus da Lapa

09/09: Domingo

Forania Cristo Operário

23/09: Domingo

Forania Santo Antônio

14/10: Domingo - 14h30Local: Paróquia Santo Antônio de Pádua -Campos Elíseos

Forania São Bento

Dia e Local: a definir

O Ano Nacional do Laicato foi abertoem 26 de novembro 2017 e termina no dia25 de novembro de 2018.

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ano de 2018 marca duas impor-tantes recordações na história da Igreja Ca-tólica em Ribeirão Preto. No dia 7 de ju-nho de 1908 foi criada a Diocese, por atoassinado pelo papa Pio X. O primeiro bis-po foi Dom Alberto José Gonçalves, queexerceu o episcopado em Ribeirão Pretode 1909 a 1945. Cinquenta anos depois,em abril de 1958, por ato assinado pelopapa Pio XII, a Diocese de Ribeirão Pretofoi elevada à categoria de Arquidiocese, sen-do Dom Luís do Amaral Mousinho seuprimeiro arcebispo. A Arquidiocese foi so-lenemente instalada em 30 de novembrode 1958.

A Diocese de Ribeirão Preto foi criadaem 1908 pelo papa Pio X e instalada em1909. No início, além dos padresdiocesanos, já atuavam em sua área deação os padres Recoletos, em RibeirãoPreto; os Salesianos, em Batatais; IrmãosMaristas, em Franca; as Irmãs de SãoJosé, em Franca; e as Irmãs Salesianasem Batatais e Ribeirão Preto. Depois, apedido de Dom Alberto Gonçalves, primei-ro bispo, vieram representantes de outrasordens religiosas. Todas tiveram e têmpresença marcante no trabalho da Diocesee depois Arquidiocese de Ribeirão Preto.

Ribeirão Preto tinha 20 mil habitantesem 28 de fevereiro de 1909, quando sedeu a posse de seu primeiro bispo, DomAlberto José Gonçalves, nomeado em ju-nho de 1908 pelo papa Pio X. Na mesmaépoca, foram criadas as Dioceses de Cam-pinas, Botucatu, Taubaté e São Carlos,todas desmembradas da Diocese de SãoPaulo.

História

O primeiro arcebispo de Ribeirão Pre-to foi Dom Luís do Amaral Mousinho, queera então nosso terceiro bispo, após DomAlberto José Gonçalves e Dom ManoelSilveira D´Elboux. Foi nomeado bispo nodia 12 de março de 1952; e arcebispo em1958. Nessa função permaneceu até 1962,ano de seu falecimento. Dom Luís foi obispo/arcebispo responsável pela constru-ção do Seminário Maria Imaculada, emBrodowski.

Carlos Alberto Nonino

Pastoral da Comunicação

Memórias Arquidiocesanas

BOLETIM INFORMATIVO DAARQUIDIOCESE DE RIBEIRÃO PRETO

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Diário de Notícias - Junho/1958

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