55 | o jovem | abril de 2013
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Edição nº55 do Jornal Oficial da Juventude Popular da MaiaTRANSCRIPT
o jovem o jovem
Entrevista | É o líder do CDS no distrito do Porto e
uma das figuras do partido mais próximas de
Paulo Portas. Uma entrevista essencial. [p.10]
Álvaro Castello-Branco
Dossier | “Os efeitos do Salário
Mínimo Nacional”, por Luís
Miguel Ribeiro [p.18]
Convidado | Manuel Aranha,
Vice-Presidente da JP, assina o
espaço de opinião. [p.8]
Opinião | Navega pelos vários
textos assinados pelos
militantes da Maia. [p.4 - 26]
Jornal Oficial da Juventude Popular da Maia
55 | Abr 2013 | Ano XXVII www.jpmaia.com
2 | abril 2013 o jovem
sumário
convidado especial
entrevista Álvaro Castello-Branco
[pág.10]
dossier Salário Mínimo Nacional [pág. 18]
memória O Discurso de Bruges, de Margaret Thatcher
[pág.22]
Manuel Aranha [pág. 8] Manuel Oliveira [pág.4 e 24]
Ângelo Miguel [pág.26 ]
opinião
ficha técnica
Propriedade: Comissão Política Concelhia da Juventude Popular da Maia | Edição: Manuel Oliveira | Colunistas desta edição: Manuel Oliveira, Ângelo Miguel, Miguel Ribeiro, Vânia Peres | Convidado especial desta edição: Manuel Aranha | Entrevistado desta edição: Álvaro Castello-Branco | www.jpmaia.com | [email protected] | Distribuição Digital | Abril 2013 | O Jovem 1985 - 2013
EDITORIAL Comissão Política Concelhia Juventude Popular da Maia
JP Maia elege novos órgãos!
notícia
Álvaro Castello-Branco é uma figura incontornável do CDS
no distrito do Porto. Embora com menos mediatismo que
outras figuras nacionais do partido, o actual líder distrital é
senhor de um discurso ponderado e claro. Características
aliás que também definem a sua forma de estar. O Jovem
cumpriu há muito o desejo de entrevistar este dirigente
nacional próximo de Paulo Portas e ficou assim a par das
suas ideias e convicções sobre Autárquicas, o futuro da
região Norte e o próximo congresso do CDS. Uma entrevista
que se impunha.
O convidado deste mês é Vice-Presidente da Juventude
Popular e um (mais um!) amigo desta casa. Convidamos-te a
ler
ler o artigo de opinião do Manuel Aranha sobre o impacto do
salário mínimo nacional nos vários agentes económicos.
Ainda sobre a questão do salário mínimo, o Luís Miguel
Ribeiro construiu um Dossier essencial para que fiques a
saber mais deste tema.
Abril é mês de chorar a morte de Thatcher. A primeira
mulher a liderar um Governo em Inglaterra deixa profunda
saudade aos que partilhavam do seu cepticismo à União
Europeia e da sua atitude na defesa do patriotismo.
Deixamos-te passagens de um dos seus discursos mais
brilhantes.
Um teste ao CDS
No dia 6 de Abril, a Juventude Popular da Maia cumpriu mais
uma jornada eleitoral que se traduziu na reeleição, para mais
um ano, de Manuel Oliveira à frente dos destinos da
Comissão Política Concelhia. Perto de três dezenas de
jovens militantes sufragaram aqueles que conduzirão a
estrutura no processo autárquico e em mais dois momentos
importantes da Juventude Popular: o Congresso Nacional e
o Congresso Distrital.
Manuel Oliveira terá como Vice-Presidentes Carlos Pinto,
Tiago Oliveira e Miguel Ribeiro. O Secretário-Geral será
Ângelo Miguel enquanto os Vogais serão Diogo Moutinho,
Ana Resende, José Barros e José Carlos Pereira. A Mesa do
Plenário Concelhio continua entregue a Vânia Peres.
Está prevista a tomada de posse dos novos órgãos para o
final do mês de Abril.
No dia 9 de Fevereiro, a Juventude Popular da Maia lançou
Por Terras de Lidador
por Manuel Oliveira Presidente da Juventude Popular da Maia
Uma grande iniciativa
facebook.com/juventudepopularmaia
opinião 4 | abril 2013 o jovem
Já aconteceram alguns episódios próximos que me
levaram a questionar se quem está na Juventude
Popular é mesmo o amador ou anda mesmo a fazer
ver os “profissionais”. Esta casa sempre foi crítica
porque sempre foi desprendida e nunca poupou quem
deve sempre fazer bem, principalmente com o
dinheiro de todos. Sim, falo da Câmara Municipal da
Maia. Estivemos na linha da frente sobre as despesas
camarárias e o plano fiscal, batemos o pé em inúmeras
outras. Apresentamos soluções e nunca fugimos. Em
2012 questionamos a viabilidade da Feira das
Oportunidades versus o seu custo para os cofres da
autarquia. Explicamos que a Maia precisava de algo
diferente, virado para o Empreendedorismo e,
sobretudo, para a realidade empresarial. Quando o
Pelouro da Juventude apresentou o projecto MaiaGo
era impossível dizer que não estávamos satisfeitos.
A virtude da política está em criar soluções e criticar
construtivamente. Hoje, quero aqui deixar os meus
parabéns a esta grande iniciativa que desde o primeiro
dia foi um sucesso pela sua vertente pragmática e
motivacional. Tal como defendi em vários Conselhos
Municipais da Juventude, a Maia poderá, com este
evento, tornar-se referência e modelo para que outras
autarquias sigam o exemplo. O Estado deve
posicionar-se assim: ser um facilitador de condições e
promover o risco individual com base no mérito e na
responsabilidade. O resto é com cada um de nós.
Faço votos para que o MaiaGo continue muitos e bons
anos lembrando-me sempre que, com orgulho, votei
favoravelmente a sua concretização. Quando
passamos à prática e ao essencial, Portugal faz
sentido.
Paulo Portas levou duas vezes o CDS ao Governo?
Em 2002 e em 2011. Paulo Portas tornou o CDS num
partido do arco da governabilidade desde que assumiu a
liderança do partido. Prova disso é a crescente afirmação
do CDS em número eleitoral como em número de
militantes e simpatizantes.
Em 2002, coligado com o PSD de Durão Barroso, o CDS
chega ao Governo naqueles que viriam a ser dois anos
quentes da política em Portugal. Em 2004, Durão Barroso
aceita o desafio de ser Presidente da Comissão Europeia o
que faz com que Pedro Santana Lopes, ainda com base na
mesma maioria parlamentar, forme novo Governo com
PSD/CDS, experiência que duraria um ano. O CDS volta
apenas novamente ao Governo em 2011, onde se mantém.
Sabias que...
Paulo Portas, líder do CDS
6 | abril 2013 o jovem
cada vezmais perto
de ti!jpmaia.com
<<
um momento em que Portugal atravessa uma grave crise financeira e
económica, a discussão sobre a competitividade do nosso país e das nossas
empresas é constante e em variadíssimos fóruns, e muitas soluções e caminhos são
apresentados pelos mais diversos quadrantes da sociedade. Nas últimas semanas,
muitas têm sido as organizações a reivindicar o aumento do salário mínimo, como
se fosse uma medida imprescindível para ultrapassar a crise. A reboque de algumas
declarações de alguma forma politicamente correctas, caso do Presidente da
República, que afirmou que “não é pela via dos baixos salários que resolveremos o
problema de Portugal”, todos os sindicatos demagogicamente inverteram o
argumento e exigem um aumento do salário mínimo.
Poderia aproveitar este espaço, que a JP Maia me concedeu (e que agradeço), para
expor a minha opinião acerca do salário mínimo, mas como acredito que tal
“conquista” da esquerda (como a maior parte delas, por piores que sejam) nunca
será posta em causa ou, sequer, repensada, julgo que seria infrutífero tentar fazer
esse mesmo exercício. Partindo então do princípio da “obrigatoriedade” da sua
existência, qual deve então ser o seu comportamento? Será o aumento do salário
mínimo vantajoso para a economia e desemprego, independentemente do estado
da própria economia do país? Será o salário mínimo um reflexo da situação
económica do país ou, antes, um actor dessa mesma situação?
Muitas são as correntes económicas que acreditam que a medida do salário
mínimo afecta negativamente o desemprego, principalmente nas classes mais
jovens e nas menos qualificadas. Num país onde o desemprego jovem ronda os
40%, e com tendência a aumentar, e onde se verifica a fuga de activos qualificados
para o estrangeiro, difícil será rejeitar que um aumento sem sentido do salário
mínimo venha agravar ainda mais este problema.
Uma coisa é certa: nos tempos de hoje e no mundo global em que vivemos, o
mercado tende a funcionar de acordo com a razoabilidade e acerto das leis e
medidas que forem tomadas. Quer isto dizer que, por mais que os sindicatos
reivindiquem um aumento dos salários, se a tendência do mercado não for essa, ou
se for mesmo tendencialmente contrária, mais tarde ou mais cedo será
exactamente isso que acontecerá, independentemente de se fazerem os
aumentos, ainda que de forma forçada e deturpada da realidade. Isso pode, no
entanto, acontecer de duas formas: ou as pessoas compreendem essa tendência
ou rejeitam-na, e neste segundo cenário, não conseguindo as empresas suportar
esses custos e aumentos, não conseguem contratar, sendo até obrigadas a
despedir ou a fechar as portas. Facto é que, com o desemprego a aumentar,
Salário Mínimo
Vice-Presidente da Juventude Popular
Manuel Aranha
facebook.com/manuel.aranha
8 | abril 2013 o jovem
N
reflexo ou actor da situação económica do país?
<<
convidado especial
aceitar trabalhar por remunerações mais baixas, e o mercado, mesmo que de forma cruel, funciona.
Por isso, em vez de ser actor na economia, o salário mínimo deve ser um reflexo da produtividade (PIB per capita),
devendo qualquer alteração ser consequência desse mesmo factor. Um dos maiores erros dos últimos anos foi o
facto de o salário mínimo ter sido objecto de aumentos significativos, quando ao mesmo tempo o crescimento do
nosso produto foi verdadeiramente anémico. Se formos ver as estatísticas, o valor actual do PIB é praticamente o
mesmo de 2001, o que significa que os últimos 12 anos não contribuíram de forma alguma para o desenvolvimento
económico do país. Ao mesmo tempo que não crescíamos, o endividamento galopava, já que em 2001 a dívida do
Estado rondava os 51% e hoje já ultrapassa os 120%. No entanto, neste mesmo período, e principalmente a partir de
2005, o salário mínimo foi aumentando significativamente, cerca de 12% de 2001 a 2005, e 30% de 2005 a 2011. Não
vamos agora discutir as razões (muitas delas desonestas) desse aumento, mas veio sem dúvida pesar sobre a
despesa do Estado, percebendo-se assim de onde vem uma boa parte desta derrapagem no endividamento. Por
outro lado, os impactos positivos tão reivindicados deste aumento dos salários no desemprego e na economia não
se vieram de todo a manifestar, antes pelo contrário.
Acredito que o objectivo do aumento salarial seja bem intencionado e pretenda resultar numa maior liquidez
financeira das pessoas, mas perante as dificuldades que o país atravessa não será, com certeza, impondo maiores
custos às empresas que se obterão bons resultados. Em vez disso, se lutarmos e exigirmos um menor esbulho por
parte do Estado no que diz respeito a impostos, estaremos a contribuir para uma melhor capacidade financeira das
pessoas, das empresas e seremos mais capazes na atracção de investimento externo. Claro que esse será sempre o
caminho mais difícil, porque dada a despesa excessiva que o Estado tem, obriga a reformas complicadas, que terão
grande impacto na vida das pessoas. E esse caminho os sindicatos não querem admitir que terá de ser feito, pelo
que, para justificar a sua existência e mostrar serviço, preferem a demagogia, que cai sempre bem nos ouvidos.
As medidas que são forçadas e contracorrentes têm normalmente resultados contrários ao desejado e, no que diz
respeito ao salário mínimo, isso é por demais evidente.
10 | abril 2013 o jovem
Álvaro
Castello-Branco
entrevista
Portugal é sempre a sua prioridade e acredita que
as futuras gerações serão bem mais competentes
nos destinos do país. O líder do CDS no distrito do
Porto esteve à conversa com O Jovem.
Há já bastante tempo tínhamos em mente entrevistar
aquele que tem assumido, com mais preponderância,
os destinos do CDS no distrito do Porto. Álvaro
Castello-Branco, 52 anos, licenciado em Direito. A sua
prioridade é sempre Portugal. O Jovem foi ouvir este
portuense sobre o Norte, as Autárquicas e o futuro do
partido.
Quase um ano passou desde o seu regresso à liderança
da Distrital do Porto do CDS. O que é que mudou?
Mudou tudo mas não por causa da liderança. Mudou por
causa da actualidade e por ser um ano de batalha
autárquica. Esta é uma distrital focada nas autárquicas
ao contrário da anterior que apanhou umas legislativas
de surpresa. Estamos organizados para responder às
exigências das concelhias no âmbito deste cenário.
É líder político num dos distritos mais fustigados pela
actual crise económico-financeira. Conseguirá a região
Norte reerguer-se? Como?
O Estado em sentido lato, inclui os Ministérios,
12 | fevereiro 2013 o jovem
A questão não é da região Norte mas sim do país. Tenho
aliás alguma dificuldade em fazer parte desse discurso
porque o Porto não é o Norte. O Porto é uma importante
cidade do Norte e nem a Distrital do Porto representa o
Norte do país. O importante é que se o país se reerguer
todas as regiões vão atrás. Não sou partidário de um
discurso bairrista mas sim de um activo que realmente
aponte soluções. Costumo dizer que tenho três
características: a primeira é ser português, a segunda é
ser do Norte e a terceira é ser portuense. Por isso o que
mais me preocupa é o país e se este se conseguir
reerguer resolvendo o problema da intervenção externa
teremos condições óptimas para promover uma
verdadeira regionalização. Aliás, sou partidário de um
país administrativamente com cinco regiões, cinco
pontos estratégicos que permitiria um equilíbrio e
acabar com a polarização Porto-Lisboa. Com cinco pólos
económicos caminharíamos para aquilo que eu e o CDS
defende que é uma verdadeira igualdade de
oportunidades ficando o resultado final desse acesso ao
mérito e empenho de cada um. Estou convicto que esta
maior simetria seria benéfica para o desenvolvimento
económico do país.
<<
Leixões, Aeroporto, SCUT’s. Há uma perseguição do
centralismo ao Porto?
São assuntos diferentes. A privatização da ANA e a
consequente gestão integrada do Aeroporto de Pedras
Rubras é um erro não só para o Norte mas para o País. O
Aeroporto Sá Carneiro deveria ter uma gestão autónoma
porque é a infra-estrutura mais importante que o Norte
tem, ultrapassando em muito o seu valor empresarial.
Uma gestão privada olhará com uma lógica de lucro da
empresa e o Aeroporto é muito mais do que isso pois
representa a capacidade de lucro para a região e não
para a empresa. Diz-se que o Turismo é muito
importante para o país, o que é verdade, mas se não
houver aviões para trazer as pessoas elas não vêm a pé.
Portanto, essa riqueza não é dada à empresa que gere o
Aeroporto mas sim à região. Quanto ao Porto de
Leixões, a proposta que o Governo tem é criar uma nova
empresa que passe pela gestão dos portos de Viana do
Castelo, Leixões e Aveiro. Do ponto de vista da gestão
não me parece um problema a não ser a questão do
Porto de Aveiro estar falido e o de Leixões não. Já as
SCUTS, e ainda na altura do Governo de José Sócrates,
pareceu-me na altura não um ataque ao Norte mas à
região que tinha estas estradas em maior número e com
mais tráfego. Neste momento considero que possa
mais tráfego. Neste momento considero que possa
haver alguma discriminação mas se tivermos em conta
as últimas notícias que dão como intenção do Governo
alargar aos restantes casos à lógica do utilizador-
pagador então parece-me que caminhamos no sentido
correcto.
Falemos do Governo de coligação. Acha necessária
uma remodelação profunda? Fala-se de novos
Ministros que possam vir de sectores de esquerda para
agradar ao PS…
Profunda ou não, acho que neste momento o Governo
só teria a beneficiar com uma remodelação. Não
querendo apontar nomes, acho que seria bom para o
país e para a saúde do próprio Governo uma
remodelação que trouxesse mais algum alento aos
portugueses até porque não há dúvidas que existe
desgaste de alguns ministérios. Quanto à possibilidade
de chamar personalidades de esquerda não me parece
que fosse por aí que o PS mudasse a sua recente forma
de estar. É notório que o actual líder do PS tem uma
agenda própria e isso vê-se na última moção de censura
que pretende apenas provocar mossa no Governo
aspirando o mais cedo possível a eleições legislativas
antecipadas. Não interessa neste momento ao PS ter
uma postura colaborante e, nesse sentido, uma
remodelação governamental para agradar aos socialistas
será um erro e de resultado político nulo.
Paulo Portas continua destacado como o Ministro
mais popular. O que pensa desta estratégia de
diplomacia económica?
É a mais acertada e louvável possível visto que a agenda
internacional é 99% económica. Se antes da queda do
Muro de Berlim a preocupação era a segurança, hoje em
dia as relações internacionais estão quase
exclusivamente focadas na Economia e já quase nem se
fala das questões ambientais. Sendo assim, só há um
caminho que é o de entregar ao Ministério dos Negócios
Estrangeiros competências e responsabilidades na área
da Economia. A representação externa do país deixou
com este governo de ser meramente diplomática para
>>
14 | abril 2013 o jovem
com este governo de ser meramente diplomática para
passar a ter um papel mais activo na promoção da marca
Portugal e das empresas portuguesas. Hoje em dia um
Embaixador tem de estar atento às empresas nacionais
presentes no mercado do país em que se encontra
destacado e ser permanentemente um negociador. O
Dr. Paulo Portas foi o primeiro Ministro dos Negócios
Estrangeiros que percebeu este novo paradigma e isso
só abona a seu favor.
Ainda sobre Paulo Portas. Será um congresso
tranquilo? Como estão as bases do CDS?
Os congressos são sempre caixinhas de surpresa e onde
tudo está em aberto. As pessoas partem para eles livres
e com atitude de discutir o futuro. Se o Dr. Paulo Portas
manifestar vontade de se recandidatar acredito que terá
a larga maioria do apoio porque tem feito um excelente
trabalho ao longo dos anos. Ele pegou no CDS em 1998 e
colocou-o no arco da governabilidade rompendo com
muitos anos em que éramos colocados ao nível dos
partidos da extrema-esquerda, ao nível dos partidos de
protesto. O CDS tem de estar do lado da governação e
ser um partido de ideias e disposto a colaborar para o
desenvolvimento do país. Houve portanto um trabalho
enorme do Dr. Paulo Portas em tornar o CDS um partido
de soluções. Não foi fácil mas o que é facto é que hoje
em dia o CDS é o único partido que rompe com a
possível bipolarização PSD-PS. Desde 2009 que o
partido descolou nos dois dígitos tendo consolidado e
crescido nas últimas eleições legislativas. Isso é mérito e
o Dr. Paulo Portas um grande responsável. Acredito
o Dr. Paulo Portas um grande responsável. Acredito que
será reeleito de forma tranquila.
Como líder distrital tem de trabalhar perto das
concelhias, ainda para mais num ano de particular
ansiedade. O CDS no distrito está pronto para o
combate autárquico? Como acha que será a
receptividade do Partido nas acções de campanha?
Eu encontro as bases do CDS preocupadas com Portugal
e extremamente motivadas para as eleições autárquicas.
Numa apreciação global considero que o partido está
uns furos acima em relação às últimas autárquicas, está
mais maduro, mais experiente e tenho a expectativa,
apesar de algum desgaste que possa vir da presença no
Governo, que o resultado autárquico seja bom e de
consolidação. Quanto à receptividade, penso que
qualquer dos partidos vai ter resistência em passar a sua
mensagem. É um facto que as pessoas andam cansadas
e pouco receptivas à Política.
Para já, no distrito, há prevalência do número de
candidaturas do CDS face a acordos de coligação. É
bom para o CDS ir sozinho?
Depende das situações. Por princípio um partido político
deve trilhar o seu caminho sozinho embora em alguns
casos haja condições para haver entendimentos. Nestes
casos deve haver possibilidade de vitória, as populações
desse local queiram grandes soluções de mudança e que
exista um fundo comum em que se revejam ambos os
LIBERDADE?
exista um fundo comum em que se revejam ambos os
partidos. Na Europa esta situação é recorrente tirando
em Portugal. Acho louvável que o CDS e o PSD
procurem entendimentos porque a Esquerda não tem
essa capacidade. De certa forma, estes entendimentos
são pedagógicos porque significa que os partidos mais à
direita têm a capacidade de colocar à frente dos seus
interesses aquilo que as populações realmente
necessitam. Em 2001, se o PSD e o CDS não tivessem
feito coligação no Porto esta autarquia continuava a ser
gerida pelos socialistas. Hoje o caso do Porto é de
sucesso.
Uma pergunta inevitável. Rui Moreira é o candidato
certo para ganhar a Câmara do Porto com o apoio do
CDS?
O Dr. Rui Moreira é uma pessoa por quem tenho muita
consideração e o CDS vê com alguma simpatia esta
disponibilidade. Os órgãos próprios vão decidir mas
claramente que o CDS ou terá um candidato ou apoiará
uma candidatura.
O CDS tem estado, de certa forma, envolto em
polémica devido às candidaturas de Seara e Menezes.
O que pensa sobre isto?
Em relação ao Dr. Luís Filipe Menezes a única polémica
em que o CDS possa estar envolvido é quando a
concelhia do Porto do CDS declarou a sua
indisponibilidade para o apoiar na candidatura à Câmara
do Porto. No entanto, eu respeito a vontade da
concelhia e não encaro isso como uma polémica visto
que findo o ciclo político com Rui Rio a concelhia tem
toda a legitimidade para decidir um novo rumo. Quanto
ao Dr. Fernando Seara, também não considero que seja
uma polémica: a concelhia e a distrital de Lisboa do CDS
entenderam ser um projecto em que o partido se revia e
entenderam apoiar. As questões jurídicas que agora se
colocam é que não são de todo culpa dos candidatos
mas sim de uma lei que não é clara e que pode ser
interpretada de qualquer maneira. Isto é preocupante
para a imagem da Política. A questão deveria ser
clarificada o mais urgentemente possível até porque
neste momento há dezenas de candidatos a Câmaras e
Freguesias que não sabem o que vai acontecer.
Por último, que mensagem gostaria de deixar aos
leitores d’O Jovem?
Peço-lhes que acreditem e tenham esperança. O período
não é tão bom mas acredito que com esta experiência a
nova geração não vai cometer os mesmos erros. Serão
muito mais capazes de conduzir convenientemente o
país e o futuro. Quanto às autárquicas, a Juventude
Popular é fundamental para o apoio ao CDS até pela sua
capacidade de entrega que é muitas vezes superior à do
próprio partido. Todos juntos vamos conseguir um bom
resultado.
junta-te a Futuro?
a nós!
18 | abril 2013 o jovem
quais os efeitos? | aplicá-lo ou não?
dossier
por Luís Miguel Ribeiro Vice-Presidente da JP Maia
>>
O salário mínimo nacional (SMN) foi implementado pelo
Decreto-Lei n.º 217/74 e promulgado Presidente da
República ANTÓNIO DE SPÍNOLA em 27 de Maio de
1974 e é um decreto de lei que impôs um valor mínimo
de salário para todos aqueles que trabalhem por conta
de outrem devem auferir.
Desde então o SMN tem servido sobretudo como um
instrumento de luta política partidária e de constantes
revindicações dos sindicatos, com argumentos que
visam sobretudo a vertente moral e emocional da
dignidade humana e explorando vulnerabilidades da
figura do patronato mas que pouco recorrem a
argumentos racionais e que aos poucos vão
convencendo o mais desatento cidadão. Quando a razão
vem à superfície para a análise constatamos que se de
facto o salário mínimo fosse um instrumento que
comprovasse benéfico para todos os cidadãos esse
benefício seria válido para qualquer valor de SMN que
pretendêssemos instaurar, o que não é o caso.
Por ser uma intervenção estatal no mercado de trabalho
e de ambas as partes negociais não saberem ao certo
quais os efeitos que ocorrem da sua alteração, os
sindicatos não apresentam valores muito elevados
quando se trata de negociar aumentos e pela mesma
linha governos tentam não os alterar por recear efeitos
negativos nas taxas de desemprego e
consequentemente serem prejudicados pelos eleitores.
No entanto utilizando novamente a razão e ignorando
argumentos emocionais do SMN, temos que ter em
conta a racionalidade do mercado de trabalho, onde na
realidade o empregador apenas está disposto a
contratar alguém se obtiver em troca mais do que aquilo
contratar alguém se obtiver em troca mais do que aquilo
que oferece assim como este apenas estará disposto a
aceitar trabalho em troco de uma mais-valia que não
obteria sozinho, beneficiando ambas as partes da
relação. Assim da intervenção do estado na relação
laboral surgem desequilíbrios que penalizam mais
fortemente aqueles trabalhadores que menos têm para
oferecer e que compensariam essa diferença através de
um salário menor.
A consequência do impedimento de ajuste salarial
resulta no despedimento ou na exclusão do acesso ao
trabalho a todos aqueles que de alguma forma ou de
outra provoquem perdas ao benefício mútuo da relação
laboral. Assim, de a lei que visa a melhoria das condições
salariais para todos os trabalhadores resultou na verdade
na degradação dessas mesmas condições para muitos
desses trabalhadores como se pode constar no gráfico 1
onde se verifica um aumento do desemprego na ordem
dos 6.2 pontos percentuais na primeira década de
implementação do SMN e o desemprego não parou de
aumentar mesmo quando o estado duplicou o número
de funcionários públicos em igual período (200.000 para
400.000) e tendo duplicado o seu número de
funcionários a cada década (800.000 em 2005).
Os principais trabalhadores excluídos do mercado de
trabalho passaram a ser todos aqueles que mais
necessitam dele, nomeadamente os jovens que por
chegarem ao mercado de trabalho não tem as devidas
qualificações e portanto encontram-se em desvantagem
mas também as comunidades emigrantes sobretudo as
de origem africana são descriminadas pelo facto de não
terem as devidas qualificações que justifiquem o valor
20 | abril 2013 o jovem
do SMN.
Um factor de resiliência para a existência de salário
mínimo ocorre também pois à vista desarmada o
trabalhador encontra-se numa situação desfavorável do
ponto de vista da diminuição de salário. No entanto,
quando um salário desce o custo de contratar também
decresce tendo provocando um aumento da procura de
trabalhadores pela entidade patronal que por sua vez se
traduz num aumento do número de postos de trabalho,
por sua vez empregadores também competem com os
outros empregadores existentes provocando aumentos
do salário.
Outra questão que tem que ser tida em conta sobre os
efeitos pouco visíveis são os aumentos do salário mínimo
que provocam inflação, pois quando ocorre aumentos
decretados do salário mínimo os empregadores têm
duas opções: reduzem custos com despedimentos ou
através do aumento dos preços daquilo que produzem a
que se dá o nome de inflação.
Assim, apesar de aumentos do salário os trabalhadores
que não são despedidos têm que despender de uma
maior parte do seu rendimento para adquirirem os
mesmos bens mas também há que ter ainda em conta
que são os trabalhadores que auferem do SMN os mais
prejudicados com a inflação pois uma maior
percentagem do salário é afectada para consumir bens
de primeira necessidade.
Em suma, num mercado livre, o mercado de trabalho é
uma situação onde economia nacional, empregador e
trabalhador ficam todos a ganhar mas do ponto de vista
da eficiência a justificação para aceitamos tal medida
penalizadora reside apenas para acalmar os mitos do
senso comum.
Dossier com fontes nos sites do Banco de Portugal e Direcção
Geral da Administração e Emprego Público.
Figura 1
Taxas de
Desemprego
em Portugal
entre 1932 e
2010.
Figura 1
Taxas de
Desemprego
em Portugal
entre 1932 e
2010.
22 | abril 2013 o jovem
O Jovem
O Jovem
Alguns dos pais fundadores da Comunidade pensavam que os Estados Unidos poderiam ser o seu modelo. Mas a história da América é muito diferente da da Europa. (…) Eu sou a primeira a dizer que um dos grandes desafios da Europa deveria ser falar a uma só voz. Eu quero ver-nos a trabalhar mais de perto em todas as coisas que nós podemos fazer melhor juntos do que sozinhos. A Europa é mais forte quando estamos, seja na defesa, comércio, ou nas nossas relações com o resto do mundo. Mas o trabalho mais de perto não exige mais poder centralizado em Bruxelas ou decisões a serem tomadas por uma burocracia que tem causado danos enormes. É irónico que justamente quando esses países, como a União Soviética, que tentaram executar tudo a partir de Moscovo, estão a aprender que o sucesso depende da distribuição de poder e de decisões fora dele, mas no interior da Comunidade querem ir no sentido oposto. Na Grã-Bretanha nós não andamos a limitar e a empurrar para trás as fronteiras do estado para agora vê-lo novamente imposto ao nível europeu por um super-estado europeu controlado a partir de Bruxelas. (…) Vamos tornar a Europa uma família de nações, entendendo-nos melhor, apreciando-nos uns aos outros, fazendo mais em conjunto tendo em mente a nossa identidade nacional tão elevada como a nossa ambição europeia. Vamos construir uma Europa que contribua com o seu importante papel no Mundo, uma Europa que olha para fora e não para dentro.
<<
assos Coelho é um homem profundamente teimoso.
Desde o primeiro minuto que a introdução de Miguel
Relvas no Governo, confiando nas suas skills de
aparelhista no PSD, estava coberta de final infeliz. Aliás,
Pedro Passos Coelho levou ao extremo a Lei de Murphy
com toda esta epopeia. Durante dois anos, Miguel
Relvas falhou com a privatização da RTP, da TAP e com a
reforma administrativa do território. Bem sei que são
três casos ultra-sensíveis, e pesados para que qualquer
político consiga sair deles sem o mínimo de mossa, mas
Relvas abusou. Retoricamente fraco, o ex-Ministro dos
Assuntos Parlamentares conseguiu, sem grande esforço,
o título de pior Ministro dos últimos dez anos não
percebendo que toda a polémica em volta da sua
questionável Licenciatura provocou mais desgaste ao
Governo que a ele próprio. Uma personagem sem
qualquer ponta de interesse e mérito que cai em
desgraça por pura e simples teimosia de Passos Coelho.
Não deixará quaisquer saudades.
Mas a teimosia de Passos Coelho não ficar por aqui.
Antevendo-se complicações com a Lei de Limitação de
Mandatos, o PSD arrisca, mesmo assim, os nomes de
Fernando Seara e Luís Filipe Menezes para Lisboa e
Porto, respectivamente. Se no primeiro caso é evidente
a derrota para António Costa, no segundo havia fortes
probabilidades de Menezes, para mal dos contribuintes,
ganhar. Se no primeiro caso não havia necessidade
nenhuma do PSD se meter na embrulhada da limitação
de mandatos de Seara porque este ia perder, no segundo
Passos Coelho tinha de pagar a dívida do apoio de
Menezes quando o primeiro decidiu concorrer para a
liderança do partido. Esta semana foi confirmada, pelo
Tribunal, o impedimento da candidatura de Menezes à
jsj
“A Teimosia” segundo Passos
Câmara Municipal do Porto. Decisão que já tinha sido
tomada pelos Tribunais de Lisboa para o caso de Seara.
O PSD vê-se assim privado das suas escolhas para as
duas autarquias mais importantes do país. Num caso
por teimosia, no outro por dívida política. Confesso que
já perdi a conta aos baldes de água que o PSD tem
metido no processo autárquico.
Para terminar, a não menos famosa teimosia de Passos
Coelho para uma alargada e objectiva reforma em
quase todas as lideranças dos Ministérios. Dois anos
volvidos, e muitas manifestações depois, é hora de
refrescar. Vítor Gaspar, Álvaro Santos Pereira e José
Pedro Aguiar-Branco são alvos evidentes. O primeiro já
se devia ter demitido por falhar quase todas as
previsões que havia para falhar. O segundo por ser
manifestamente irrelevante. O terceiro por aparentar
moleza numa pasta que precisa de tudo menos dessa
atitude. Enquanto Vítor Gaspar é o caso mais sensível,
onde a única ponta que o parece continuar a segurar ser
a capacidade de negociação com a Troika e Bruxelas,
Álvaro Santos Pereira tem resistido ao facto de ser o
“mais remodelável” com algumas tiradas liberais que
deixam confuso o típico protector deste lamacento
Estado intervencionista. Passos Coelho terá já chegado
à conclusão que os seus super-Ministérios foram uma
aposta demasiado alta que gozaram apenas no início da
sua faceta “Estado menor, Estado melhor”. Concordo
com Nuno Magalhães: as remodelações fazem-se, não
se anunciam. Pires de Lima para a Economia e Ferreira
Leite de novo nas Finanças poderia trazer algo de novo.
Não fosse a sua teimosia e Passos poderia cansar-se
muito menos, possivelmente até com melhores
resultados.
Manuel Oliveira
P
Presidente da Juventude Popular da Maia facebook.com/oacm1
24 | abril 2013 o jovem opinião
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Coligações
leixo, 12 de Abril de 2013, segunda torre demolida.
O que representa isto? Um erro? Uma mais-valia? É
indiferente?
As preocupações voltam-se para o realojamento das
pessoas, o que, está garantido, sempre esteve. A
construção do bairro do Aleixo como de qualquer
outro “bairro social” foca-se na necessidade de alojar
um determinado número de agregado familiar
carenciados financeiramente. O Bairro do Aleixo foi
inaugurado em 1974, não consigo deixar de pensar se
alguma das pessoas que inaugurou os edifícios ainda
lá vive, e se, foram reavaliadas as situações de
carência financeira das mesmas ao longo dos anos.
Não me admira que aquando das mudanças, fossem
vistas tecnologias ultimas do mercado a sair daquelas
habitações, não nos esqueçamos que os “bairros
sociais” foram construídos para se morar
temporariamente e não durante toda a vida e quem
sabe passar de geração em geração, assim qualquer
um enriquece, ou, se não enriquece, anda na preguiça
a pagar trinta euros de renda, a receber o rendimento
mínimo, assim também eu tinha um mercedes à porta
e telemóveis novos todos os meses. Pergunto-me se
será eticamente correcto, continuar a dar a quem
tem, a quem tem à custa do comum trabalhador, a
dar sempre aos mesmos, e simplesmente continuar a
dar. Pergunto-me se em qualquer bairro social deste
país, aquando de uma detenção por actos ilegais, é
avaliado se esse individuo mora numa habitação paga
pelo Estado, continuo a perguntar-me o porquê de
continuar o mesmo erro urbanístico de juntar pessoas
com as mesmas necessidades numa certa área das
cidades. Já se sabe o resultado, criminalidade.
Quando vejo pessoas que saem de bairros e serem
transferidas para outros bairros, não encontro uma
solução mas sim a permanência do problema.
Primeiramente é preciso avaliar se o agregado
familiar tem condições financeiras para pagar o
Ângelo Miguel
Farmácias de Luto Ética Social no Bairro
SG da Juventude Popular da Maia facebook.com/angelo29miguel
A
26 | abril 2013 o jovem
familiar tem condições financeiras para pagar o
aluguer de uma casa na sua totalidade, e nesta
avaliação têm de ter em conta os bens materiais. Se a
situação financeira se mantiver, o Estado deve
continuar a ajudar, porém este agregado tem de
cumprir deveres que considero básicos e que cada vez
mais em situações que o Estado ajuda o cidadão, o
cidadão tem de compensar o Estado de alguma forma
tal como com trabalho comunitário. Escusado será
dizer que para regalias destas o cadastro limpo é
condição obrigatória. Uma fiscalização desta situação
é cada vez mais urgente, e só não vê quem não quer o
que está à vista de todos, mesmo para aqueles que
andam em campanha para as autárquicas, não se
perdoa que digam que os beneficiários destas
habitações vivam em condições sub-humanas,
certamente a comitiva do punho fechado não entrou
em nenhum apartamento do Bairro do Sobreiro aqui
na Maia, devem ter ficado pelas entradas dos prédios,
e mesmo assim, os carros de topo não dão margem
para dúvidas da pobreza que por aqui vive. A
integração dessas pessoas na sociedade, e não num
beco, passa por lhes alugar uma casa
temporariamente sim, numa zona dispersa da cidade
onde o agregado familiar em questão se possa
integrar no meio comum, num prazo máximo de três
anos com avaliações de seis em seis meses para que
não se esteja a ter gastos com gente que pode pagar o
aluguer de uma casa, isto é básico, e não praticado.
Eu defendo que acabem com estes cancros das
cidades e que o Estado intervenha até melhoria
financeira das pessoas em questão e que estas
cumpram os deveres para pagar os direitos que têm e
que a outros tanto do bolso custa a tirar. Tornar
sustentável esta situação, não se torna, porque o
Estado Social é insustentável, mas minimizar os
gastos é possível mentalizando as pessoas de que os
direitos vêm depois dos deveres.
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O Jovem O Jovem