54174023 educacao e cidadania modulo 06 artes visuais e cenicas

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SÍMBOLOS , MARCAS, LOGOTIPOS UM GESTO DIZ MAIS QUE MIL PALAVRAS? UM GRITO OU UM SORRISO ? ONDE ? UM PRODUTO NOVO NO MERCADO ! MAIS UM DE NOSSOS COMERCIAIS ! DAS PAREDES DAS CAVERNAS AOS MUROS DA CIDADE QUEM? ANJOS, FADAS, BRUXAS E DRAGÕES O QUÊ ? MÁSCARAS QUEM É VOCÊ ? DE VOLTA PARA O FUTURO EDUCAÇÃO E CIDADANIA UM PROGRAMA PARA ADOLESCENTES EM SITUAÇÃO DE RISCO SOCIAL 6

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SÍMBOLOS, MARCAS, LOGOTIPOS�

UM GESTO DIZ MAIS QUE MIL PALAVRAS?�

UM GRITO OU UM SORRISO?�

ONDE?�

UM PRODUTO NOVO NO MERCADO!�

MAIS UM DE NOSSOS COMERCIAIS!�

DAS PAREDES DAS CAVERNAS AOSMUROS DA CIDADE

�QUEM?�

ANJOS, FADAS, BRUXAS E DRAGÕES�

O QUÊ?�

MÁSCARAS�

QUEM É VOCÊ?�

DE VOLTA PARA O FUTURO

EDUCAÇÃOE CIDADANIA UM PROGRAMA PARA ADOLESCENTES EM SITUAÇÃO DE RISCO SOCIAL

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EDUCAÇÃOE CIDADANIA UM PROGRAMA PARA ADOLESCENTES EM SITUAÇÃO DE RISCO SOCIAL

6ORGANIZAÇÃO CURRICULAR PARA AS

UNIDADES DE INTERNAÇÃO PROVISÓRIADA FEBEM/SP

MÓDULO DE OFICINAS CULTURAIS

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Secretaria de Estado da EducaçãoPraça da República, 53 Centro01045-903 São Paulo SPTelefone: (11) 3218-2000www.educacao.sp.gov.br

Governador do Estado de São PauloGeraldo AlckminSecretário de Estado da EducaçãoGabriel ChalitaSecretário AdjuntoPaulo Alexandre Pereira BarbosaChefe de GabineteMariléa Nunes ViannaCoordenadora de Estudos e Normas PedagógicasSonia Maria SilvaCoordenadoria de Ensino da Região Metropolitana da Grande São PauloAparecida Edna de MatosCoordenadoria de Ensino do InteriorElcio Antonio Selmi

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EDUCAÇÃOE CIDADANIA UM PROGRAMA PARA ADOLESCENTES EM SITUAÇÃO DE RISCO SOCIAL

6

Autoria

SECRETARIA DEESTADO DA EDUCAÇÃO

Realização

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CENPEC - CENTRO DE ESTUDOS E PESQUISAS EMEDUCAÇÃO, CULTURA E AÇÃO COMUNITÁRIAR. Dante Carraro 68 Pinheiros05422-060 São Paulo SPhttp://www.cenpec.org.br

Diretora presidenteMaria Alice SetubalCoordenação geralMaria do Carmo Brant de Carvalho

Coordenação do Projeto (Equipe Currículo & Escola)Maria Silvia Bonini Tararam (Coord.)e-mail: [email protected] José Reginato RibeiroMarilda F. Ribeiro de MoraesAutoria do módulo Artes visuais e cênicasMaria Terezinha Telles GuerraEquipe técnicaAmérica A.C.MarinhoElizabeth BarolliMarlene C. AlexandroffRonilde Rocha MachadoAssessoriaIsa Maria F. R. GuaráYara SayãoEdição de TextoTina Amado

A equipe agradece a contribuição dos educadores daFEBEM/SP, participantes dos encontros de discussãoque subsidiaram a produção deste material entreoutubro de 2000 e fevereiro de 2001

Edição de ArteEva Paraguassú de Arruda CâmaraJosé Ramos NétoCamilo de Arruda Câmara RamosIlustraçãoLuiz Maia

São Paulo, 2004

Coleção Educação e Cidadania, módulo 6Material produzido no âmbito do projetoElaboração e Implementação de Proposta Pedagógica para Adolescentes emSituação de Conflito com a Lei, desenvolvido pelo CENPEC paraa FEBEM/SP – Fundação para o Bem-Estar do Menor do Estado de São Paulo eSEE/SP - Secretaria de Estado da Educação

Artes visuais e cênicas / Centro de Estudos e Pesquisas em Educação,Cultura e Ação Comunitária – CENPEC – São Paulo; CENPEC; FEBEM,SEE/SP; 2003.Coleção Educação e Cidadania.

Módulo de oficinas culturais 6Ilustr.; 3 fichas, 2 cartazetesISBN: 85-85786-28-0

Educação e Cidadania: proposta pedagógica 1. Educação, ponte para omundo 2. Família e relações sociais 3. Justiça e cidadania 4. Saúde,uma questão de cidadania 5. O trabalho em nossas vidas 6. Artesvisuais e cênicas 7. Conto 8.Correspondência 9. Educação ambiental:problemas globais, ações locais 10. Hora de se mexer 11. Jogos davida 12. Jornal 13. Música e movimento 14. Poesia 15. Ponto deencontro I. Título II. CENPEC III. FEBEM

CDD-370.11

Wagner Mendes Soares CRB-8 – 038/2002

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SUMÁRIO

Introdução 6Oficina 1 Símbolos, marcas, logotipos

(Artes visuais) 8Oficina 2 Um gesto diz mais que mil palavras?

(Artes cênicas) 9Oficina 3 Um grito ou um sorriso?

(Artes visuais) 12Oficina 4 Onde?

(Artes cênicas) 14Oficina 5 Um produto novo no mercado!

(Artes visuais) 17Oficina 6 Mais um de nossos comerciais!

(Artes cênicas) 19Oficina 7 Das paredes das cavernas aos muros

da cidade(Artes visuais) 21

Oficina 8 Quem?(Artes cênicas) 23

Oficina 9 Anjos, fadas, bruxas e dragões(Artes visuais) 25

Oficina 10 O quê?(Artes cênicas) 26

Oficina 11 Máscaras(Artes visuais) 27

Oficina 12 Quem é você?(Artes cênicas) 29

Oficina 13 De volta para o futuro(Artes visuais) 30

Referências bibliográficas 30Sugestões para o acervo da Unidade 30

Fichas 31Cartazetes 37

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6EDUCAÇÃO E CIDADANIA

NTRODUÇÃODesde os tempos mais remotos, o ser humanovem procurando respostas às indagações quea vida propõe, das mais simples às maiscomplexas: quem sou, de onde vim, para ondevou… O entendimento do mundo, de suaprópria alma e de seus semelhantes sempreafligiu o homem. Nessa eterna busca por algoque dê significado à própria existência,construiu linguagens que explicam estemundo e inventam outros, que desvelam aconsciência de viver e existir e, entre tantas,criou também as linguagens artísticas. Assim,quando se emociona e pensa sobre o mundo etransforma poeticamente esse pensar emmúsica, pintura, desenho, escultura, teatro,cinema, dança, o ser humano faz arte.

O homem é um ser simbólico e a arte, umsistema de representação que utilizaprincipalmente signos não-verbais – cores,linhas, formas, sons, gestos, movimentos etc.– para expressar idéias, sentimentos,pensamentos.

A proposta destas oficinas, voltadas parajovens em Unidades da Febem, é trabalhar aarte como conhecimento, como desvelamentodo eu, como busca de melhor entendimento dooutro, da diversidade, das diferenças esemelhanças, do particular e do universal,enfim, da multiplicidade de possibilidades deque é feita a vida e que compõem o fascinantemodo humano de ser, num plano que vai alémdo discurso verbal. Dessa forma, além daconstrução de sua própria identidade, dacompreensão do outro, estas oficinaspossibilitarão ao adolescente sentir-se partede um grupo, de uma cultura, da qual tambémé responsável, enquanto cidadão sensível,ético, participante, crítico e transformador.É bom destacar que com estas oficinas não sepretende dar um “curso de arte”, apenasfamiliarizar os jovens com algumaslinguagens artísticas, ampliar seu repertório,oferecendo-lhes recursos para uma possíveliniciação como produtores e fruidores de arte– mediados por um educador que não precisaser um especialista na área.

As oficinas de artes visuais e artes cênicasapoiam-se em três eixos metodológicos: ofazer artístico, o conhecimento histórico e aapreciação estética. Assim, o grupo envolvidoterá oportunidade de pintar, desenhar,modelar, atuar, representar, criar histórias,construir personagens, improvisarcenicamente, além de, também, ampliar seusconhecimentos sobre a história da produçãoartística da humanidade e, ainda, iniciar-secomo leitor ou apreciador de obras visuais ecênicas. Assim as propostas não visam osimples fazer, mas especialmente que o grupodesvele o significado do que faz, entendendoarte como uma forma peculiar demanifestação do ser humano em sua maneirade relacionar-se e pensar a vida e, portanto,conhecendo-se melhor quando faz arte, e aooutro, quando vê arte.

As artes plásticas tornam concretossentimentos, pensamentos e emoções,enquanto o teatro, embora efêmero, possibilitaum verdadeiro trabalho em grupo e, portanto,melhor capacidade de socialização, deentender o outro, de compartilhar idéias,tempo e espaço, de dialogar, argumentar,negociar, tolerar, respeitar, observar regras,conviver. Interpretando os mais diversospersonagens, aprende-se a ver a vida sobdiferentes pontos de vista, colocar-se nasituação do outro, viver situações reais efictícias, correr riscos, expor-se, buscarsoluções, pensar a própria existência.

Por meio da arte é possível re-significar aforma de olhar e viver a vida, é um instantede liberdade que foge de estereótipos, dereferências cristalizadas, das formasbanalizadas pelo cotidiano, de uma memóriasufocada por realidades impostas ou pelasamarras do certo e do errado. Mais que isso,o fazer artístico mobiliza a percepção, aimaginação, a fantasia, o pensamento,antecipando o futuro, tornando presente avida buscada, sonhada. Este mundo, queainda não é, mas pode vir a ser, podeconcretizar-se nas produções do artista-aluno, que tem assim oportunidade deencontrar caminhos para humanizar a vida.

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7ARTES VISUAIS E CÊNICAS

As oficinasOs conteúdos das oficinas foram pensadospara não se esgotar no período dedicado aelas, mas de continuar sensibilizando osadolescentes em seu cotidiano, fazendo-ossentir e pensar mais sobre a vida, criandovínculos afetivos com sua produção, consigomesmo e com os outros, apontando caminhospara a construção de um cidadão sensível,crítico, participante, transformador. Éimportante salientar que as oficinas não foramelaboradas como passatempo, nem como lazer,terapia ou artesanato. O grande investimentoaí proposto é no próprio jovem, não nacriação de objetos suposta ou realmenteartísticos, nem tampouco na apresentação deespetáculos teatrais. A atividade em cadaoficina consiste no fazer artístico, associado ainformações sobre a história das artes e aapreciação estética. As oficinas de teatro eartes visuais buscam contemplar assuntos dacontemporaneidade e, ao mesmo tempo, viajarao passado, recuperando significações que,embora antigas, fazem parte do ser e do sentir-se humano: são a história de cada um, porquejuntos somos a história da humanidade.

O principal objetivo das oficinas é, primeiro,possibilitar o encontro de cada um consigomesmo, construindo ou recuperando suaidentidade. Quando alguém faz ou apreciaarte, nela se coloca por inteiro, com toda suahistória de vida, seu contexto social, político,histórico, filosófico, religioso, cultural.Ninguém se descola de sua biografia. Já naprimeira oficina, quando se pede que cada umcrie seu símbolo, nada mais se oferece do queuma proposta de mergulho em si mesmo,reconhecer-se, representar-se. Nem sempre éfácil acolher esse eu. Mas quando alguém seassocia ao vermelho e não ao azul, ao círculoe não ao quadrado, deve ter suas razões paraisso e é nesse pensar sobre si, que é único eirrepetível e, ainda, nesse eu relacionando-secom tantos outros eus e o mundo, que a artese apresenta como terreno dos maisfrutíferos. Por meio do simbólico, dametáfora, o ser humano pode mostrar-se talqual é, sem máscaras, sem disfarces.

Outro grande objetivo das oficinas é avalorização do respeito ao outro, desde oreconhecimento da produção artística docolega como algo que representa outrapessoa, até o colocar-se, no teatro, nos maisdiversos papéis, vivendo diferentespersonagens, vendo a vida sob outros pontosde vista, enfim, representando a vida como sefosse o outro, sentindo as dores, angústias,medos e paixões do outro. No entanto, podeacontecer, especialmente nas oficinas deteatro, que um jovem “se esqueça” que épersonagem e desempenhe o papel de simesmo em uma improvisação. Cabe a vocêser sensível e estar atento para, nesse caso,cortar a cena discreta e imediatamente,retomando a atividade com naturalidade esubstituindo os “atores”, o que aliás já éproposto na maioria dos jogos dramáticos.Cabe a você estar atento e ser sensível para,nesse caso, cortar a cena discreta eimediatamente, retomando naturalmente aatividade.

A reflexão e discussão sobre algumasquestões como identidade, ética e cidadaniaperpassam várias das atividades a serdesenvolvidas nessas oficinas.

Organização do módulo e dasoficinasEste fascículo traz orientações para odesenvolvimento de 13 oficinas, bem como areprodução das 3 fichas para os alunos (parauso em 8 oficinas) e dos dois cartazetes. O CDpara impressão dos cartazetes e das fichas,conforme o número de alunos presentes, éfornecido à instituição. No início de cadaoficina indicam-se os materiais necessários,que devem ser providenciados comantecedência. Em cada oficina, o texto inicialtraz orientações gerais e busca contextualizaro conteúdo a ser trabalhado; não deve serlido para os jovens, mas é subsídio para você,em conversa com eles, apresentar-lhes oconteúdo.

Para seu desenvolvimento, as oficinasrequerem uma sala ampla que comporteespaço tanto para dispor cadeiras para a

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8EDUCAÇÃO E CIDADANIA

“platéia” frente a um espaço vazio, que será o“palco”, quanto para dispor mesas oubancadas compridas para os trabalhos deartes plásticas – de preferência, mas nãonecessariamente, próxima a torneira e/outanque, para uso nas pinturas e limpeza depincéis e mãos.

As atividades foram elaboradas para durarcerca de uma hora e meia. Algumas porémdeverão ser desmembradas, como as queenvolvem trabalho com argila (oficinas 9 e11), que deverá ser realizado em diasdiferentes (caso contrário as peças não secame não poderão ser pintadas). Na oficina 7, éfundamental que os jovens assistam ao filmeBasquiat, traços de uma vida. Como aprojeção é longa (106’) e ultrapassaria otempo reservado à oficina, sugere-se que sejavista por todos previamente (por exemplo, emmomentos já destinados a ver TV), reservandoo tempo da oficina para sua discussão e parao trabalho de grafitagem.

Algumas atividades requerem o recurso àleitura e/ou escrita, nas fichas. Esteja atento/a para aqueles que não dominam essesprocessos, oferecendo-se para escriba oupropondo a colegas que os ajudem.

* * *

Viajar pelo imaginário, fantasia, ficção sãomomentos aqui propostos que pretendemdeixar espaço para o sonho, aquele que pode,um dia, tornar-se real, palpável, concreto,ainda que incompleto... Sonhos que tornammais fácil entender e viver a realidade.Sonhos que apontam para projetosalternativos de vida, por enquanto expressosna pintura e no palco, mas que indicampossibilidades, desde que a fé e a luta pelofuturo comece agora.

OFICINA 1SÍMBOLOS, MARCAS,LOGOTIPOSMaterial necessário: revistas e/ou jornais, tesoura,cola; lápis, borracha, papel, lápis de cor, tintaguache, pincéis, copos descartáveis, fita crepe.Assim como nossa língua e tantos outros idiomas,a arte também é uma linguagem. As artes visuaisexpressam idéias, sentimentos, pensamentos,emoções por meio de cores, linhas, formas, luzes,sombras, volumes etc. Desde a época das cavernasaté os dias de hoje, o ser humano desenha, pinta,esculpe, modela etc., para expressar aquilo que sepassa em seu coração e sua mente. A arte não imitaa vida ou a natureza, a arte representa a maneiracomo vemos e interpretamos o mundo.O desenho e a pintura, além de representarpensamentos e emoções – que cada um interpretacomo quiser – podem também representar umaidéia cujo entendimento é igual para todos, como osinal vermelho no trânsito, a cruz para os cristãos.Assim, também, as bandeiras dos países, osdistintivos de clube de futebol, as marcas e oslogotipos de empresas, bancos, indústrias, lojasetc., representam sempre a mesma idéia. Destaforma, por meio de desenhos, identificamos oCorinthians, o Palmeiras, a Editora Abril, o Bancodo Brasil, a Rede Globo, a Bandeirantes, asOlimpíadas, as várias fábricas de carros etc.Diferentemente, numa pintura, as cores e formaspodem ter infinitos significados. Para alguns, overmelho pode representar o fogo, a energia, umdeus, a destruição, a morte, a alegria, enquantopara outros, o mesmo vermelho pode representar ador, o desespero, a salvação, o espiritual, a paixão,a revolta, o êxtase...

Artes visuais

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9ARTES VISUAIS E CÊNICAS

Atividade 1Peça aos adolescentes que tentem lembrar-se demarcas, logotipos, distintivos, bandeiras que jáviram, ou dos que mais gostam, acham maiscriativos. Peça que os descrevam aos demais, oudesenhem na lousa ou em papel. Incentive-os,dando dicas.Em seguida, distribua jornais, revistas, catálogosetc. e peça que pesquisem marcas, bandeiras,logotipos, símbolos, distintivos etc., que deverãoser recortados. Distribua folhas de papel e peçaque façam uma colagem individual com essematerial, procurando organizar as figurasencontradas de um modo artístico, original. Valecolocá-los de ponta-cabeça, um sobre o outro,cortá-los ao meio, separando-os etc.Prontos os trabalhos, organize um mural comtodos; mostre-lhes que criaram uma novapossibilidade artística: montaram um grandepainel, que, embora utilizando as marcas de outros(logotipos, símbolos etc.), tem agora a marca dogrupo: fizeram uma composição utilizando essasfiguras não mais como marcas, mas comoelementos de uma nova obra. Pergunte ao grupoque nome dariam ao painel e por quê. Dê vocêtambém um nome. Peça a um voluntário queescreva o título escolhido por todos no painel.

MARCA E LOGOTIPOMarca ou logomarca: desenho que identificauma firma, empresa, instituição etc.; exemplo: aarvorezinha da Editora Abril.Logotipo: sigla ou conjunto de letras organizadasde determinada forma para representar uma firma,empresa; por exemplo “Coca-Cola”, “MTV”.

Atividade 2Com os participantes em círculo, converse sobre oselementos dessas marcas e logotipos. As cores eformas podem representar, como viram, idéias,pessoas, instituições etc. Pergunte que cor cada umescolheria para representar a si mesmo e por quê.Diga você também qual seria sua cor; lembre-se deque aqueles que não quiserem, não precisam falar.Em seguida pergunte: Assim como, por exemplo,uma estrela vermelha representa o Partido dos

Trabalhadores, uma árvore estilizada a EditoraAbril, qual figura ou forma escolheriam pararepresentar a si próprios? Por quê? Diga vocêtambém qual seria a sua, incentivando-os a falar;quem não quiser, não precisa.Distribua papel, lápis, tintas e peça a cada um quecrie um símbolo só seu, que o represente, comquantas formas e cores desejar.Quando todos tiverem criado seu símbolo, monteum painel com todos os trabalhos e estabeleça umdiálogo com o grupo, com base nas leituras quecada um faz dos desenhos, das idéias que cadaobra sugere, das cores e formas que maisaparecem, o que significam para o grupo e paracada um, salientando semelhanças, diferenças, e,principalmente, o respeito ao trabalho do outro,mesmo porque tal desenho é a representação dooutro.Ao final, desmonte ambos os painéis, para quecada um guarde suas produções no portfólio.

OFICINA 2UM GESTO DIZ MAISQUE MIL PALAVRAS?Material necessário: papel e lápis para anotações.O teatro, como todas as manifestações artísticas,também é uma linguagem. Por meio do gesto, domovimento, das expressões fisionômicas, de todo ocorpo, representa idéias, pensamentos, emoções,sensações.Na oficina 1, de artes visuais, as cores e formas éque expressaram os mais diversos significados eestados da alma. Agora, o portador designificações será o próprio corpo. Lembre-se deque para se fazer teatro, é necessário um certo

Artes cênicas

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10EDUCAÇÃO E CIDADANIA

grau de entrosamento no grupo, uma certacumplicidade, o estabelecimento de vínculos, o quenão se adquire de uma hora para outra. O teatroexpõe muito a pessoa e, portanto, se alguns jovensse sentirem constrangidos ou não quiseremparticipar, não os force, até que naturalmente sesintam mais à vontade e entrem no jogo. Como oteatro não existe sem platéia, dê a esses jovens aincumbência de observar, analisar o grupo que seapresenta; assim, estarão exercitando a apreciaçãoestética e colaborando para o crescimento dogrupo.Para as atividades de teatro, a sala deve serdividida em duas partes: uma será chamada palco,onde se apresentarão os jovens atores, e a outra,platéia, onde estarão os que assistem. Esses gruposestarão sempre se revezando. Uma das tarefas quepode ser pedida à platéia, por exemplo, é a deobservar como foi a ocupação do espaço no“palco”: se ficaram todos muito juntos, se o palcoficava vazio, se ficavam muito tempo de costas paraa platéia (com a ressalva que isso às vezes éintencional). Pode ser pedido também queobservem se ficou claro onde acontecia a cena –numa rua, bar, residência, escola, hospital...Ou, ainda, se ficou bem resolvido quem eraquem – um velho, um militar, uma professora, umpadre... E, ainda, o quê, ou seja, qual era a trama, oenredo, o assunto apresentado. Dê uma tarefa decada vez, podendo ser a mesma para toda a platéia;assim, confrontam-se as opiniões, ou incumbênciasdiferentes, cada um observando um aspectodiverso da cena.Combine algumas regras com o grupo, lembrandoque algumas atitudes inconvenientes – palavrões,gestos obscenos – só são válidas no palco, se foremcompatíveis com a situação que estiver sendoencenada. Fora da oficina, quando acaba a ficção ecada um volta a ser o que é, valem as regras dainstituição, da sociedade.É fundamental que em toda oficina de teatro, antesde qualquer atividade cênica, o grupo faça algunsexercícios de aquecimento e participe deimprovisações e jogos dramáticos. Você poderáencontrar mais sugestões no livro Improvisaçãopara o teatro, de Viola Spolin (veja referência nofinal), do qual algumas atividades aqui propostasforam extraídas.

ApresentaçãoCom os participantes sentados no chão em círculo,anuncie o tema desta oficina, converse sobre teatro.Pergunte se já assistiram a peças, o que acham doteatro e converse sobre o acima exposto. Peça quecada um diga seu nome e o nome de um ator ouatriz de teatro, cinema ou televisão que admiremmuito; lembre-os de que o critério de escolha é seubom desempenho como ator, não a beleza do/aartista. Diga você também seu nome e o de seuator ou atriz predileto/a. Em seguida, peça a cadaum dos elementos do grupo que repita o nome deum colega e do ator ou atriz que prefere; sealguém for esquecido, diga você os nomes. Issofará com que, aos poucos, todos saibam os nomesdos participantes.Da mesma forma que, em artes visuais, osparticipantes se lembraram de marcas e logotiposque representam algo, peça-lhes agora que selembrem e apresentem gestos ou expressões faciaise corporais que tenham significado conhecidos portodos, como o sinal de positivo, o de falar aotelefone, o de pedir silêncio, o de dizer adeus etc.Quantos mais o grupo lembrar, melhor. Seaparecerem sinais menos recomendáveis, lembre-os do combinado: eles não valem agora, só nocontexto do espaço cênico.

LEMBRETEVale lembrar que gestos inconvenientes e palavrõesnão valem fora do espaço cênico, conforme ocombinado.

AquecimentoPeça que todos fiquem em pé, se espreguicem,façam vária vezes o gesto de jogar fora luvas echinelos e caminhem lentamente pela sala,ocupando todos os espaços, sem se olhar. A umsinal seu (pode ser o som de palmas), mude ocomando, peça-lhes que andem de costas. Novocomando, voltam a andar normalmente, novo sinal,correm, novo sinal, voltam ao normal. Dê emseguida uma série de orientações, sempreintercaladas com uma volta ao modo normal deandar: como bêbados, como soldados marchando,como velhos, como num desfile de modas, na

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11ARTES VISUAIS E CÊNICAS

corda bamba, na lama, num terreno minado... digaque uma bomba explodiu!Atividade: Jogo de mímicaDivida o grupo em duas equipes, entregando acada grupo folha de papel e lápis. O objetivo destejogo é que cada um transmita a sua equipe,exclusivamente por meio de mímica, uma frase ouexpressão que lhe foi passada pelo grupoadversário.Cada grupo deverá escrever uns vinte títulos delivros, filmes, novelas, músicas, que exijam omelhor desempenho do grupo adversário, comopor exemplo E o vento levou, A ilha do tesouro, Oexterminador do futuro etc. Não poderão aparecernos títulos nomes próprios (João e Maria, Viagem àÁfrica) ou palavras em outras línguas (Love story,Blade runner). Leia separadamente os títulos decada grupo, antes de começar o jogo, verificandose são adequados.Cada grupo deve reunir-se (dê-lhes uns cincominutos) e combinar alguns códigos, por exemplo:um sinal para quando a palavra for parecida,semelhante; outro para quando for o contrário,para quando a palavra estiver no plural, outroainda para quando o verbo estiver no passado(pode ser um gesto de mão para trás do ombro) oufuturo (apontar para a frente), sinais para osartigos, para cortar palavras, enfim, para cada avisoque o representante da equipe quiser passar para ogrupo.Acertadas as combinações, as duas equipes ficamde pé de frente uma para outra, a uns três metrosde distância. Um representante da equipe A vai atéa equipe B, que lhe diz no ouvido, ou mostra-lheno papel (nesse caso, lembre-os de dobrar a folha,de modo que só apareça esse) o título que deveráser passado a sua turma. Pergunte ao representantese ele entendeu bem, se não há dúvidas. A seguir, ojovem coloca-se de frente para seu grupo, distantedele, e terá três minutos para fazer a mímica. Ëfundamental que você controle rigorosamente otempo.Procedimento: o jovem poderá mostrar com osdedos, inicialmente, de quantas palavras se compõeo título. Por exemplo, para o título Os deuses douniverso, mostrará com a mão espalmada, quatro

dedos erguidos. Às vezes, é mais fácil começar umtítulo pela última palavra, então o representantedeverá, apontar o dedo que representa a últimapalavra (“universo”) e começar a mímica,indicando que começa pela quarta palavra. Ogrupo deverá ser bem ágil e, por exemplo, se orepresentante apontar para o alto, a equipe terá quedizer tudo o que esse gesto lhe sugerir – céu,estrela, sol, planeta, mundo, ar, para cima, alto – eo representante deverá estar super atento para que,quando alguém disser universo, ele faça um sinal depositivo e avise a turma que a palavra está correta(sempre com mímica) e que vai começar outrapalavra. Poderá indicar nos dedos da mão qualpalavra faz agora.Se o grupo adivinhar o título, antes ou durante ostrês minutos, marcará um ponto, caso contrárionão contará nada. A seguir, um integrante daequipe B apresenta-se à equipe A, recebe outrotítulo e tenta comunicá-lo a seu grupo. Seguem-seas mesmas regras.Alguns recursos: os artigos o, a, os, as, nãoprecisam ser representados, podem ser desenhadoscom as mãos, mas apenas eles, nenhuma palavramais, pois o objetivo do jogo é a expressão corporale não escrever com as mãos; assim, se aparecer apalavra gato, o jovem deverá interpretar um gato enão escrever a palavra gato. Um outro recurso quepode ser combinado entre as equipes é o de “cortarpalavras”. Por exemplo, apareceu em um título apalavra “parasita”. O representante avisa seugrupo (por meio de um sinal previamentecombinado), que vai cortar a palavra. Assim, elepode fazer de conta que carrega um bolo deaniversário, apaga uma velinha, bate palmas eabraça alguém. O grupo, com certeza, vai falar:bolo, festa, abraço, aniversário, parabéns! Aí, orepresentante faz sinal de positivo para parabéns eavisa que está cortando a palavra e, também, comum sinal e participação do grupo, mostra que aparte que serve de parabéns é para (é claro quepoderia fazer para de uma maneira muito maisfácil, era só sair correndo e, de repente parar...).O grupo memoriza a parte que interessa e orepresentante passa para o final da palavra (era“parasita”): pode, por exemplo, fingir que tocauma campainha, abre uma porta e cumprimentaalguém; quando o grupo disser visita, faz um sinal

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12EDUCAÇÃO E CIDADANIA

positivo e novamente avisa que cortem a palavra.Juntando os dois cortes, formarão a difícilparasita... Tudo isso em três minutos! Pode parecercomplicado, mas os adolescentes são rápidos esempre surpreendem!Ã medida que o grupo vai percebendo melhor aspossibilidades do jogo, as interpretaçõesmelhoram, a mímica torna-se mais rica e rápida, ovocabulário do grupo mais amplo e ágil e o tempoacaba até sobrando. É desejável que todos de cadaequipe participem, podendo acontecer váriasrodadas de mímica, pois com os erros também seaprende e, principalmente, aqueles que foram osprimeiros a se apresentar, com certeza estarãomuito mais seguros numa segunda vez do queinicialmente. O objetivo maior desse jogo é fazeros adolescentes se soltar, se desbloquear depossíveis constrangimentos, pois, enquanto estãoconcentrados em sua tarefa de transmitir amensagem, se esquecem que estão representando eque têm um grupo que os observa atentamente.Quando se dão conta, já pularam como sapos ourolaram no chão...É importante salientar o espírito de equipe, asolidariedade, a participação em grupo, o respeito aooutro (da própria equipe e adversários) e às regras.

A arte representa idéias, sentimentos, emoções deuma forma diferente da linguagem oral e escrita,mas também é uma linguagem. As artes visuaisrecorrem a cores, linhas, formas, volumes, luzes,sombras, perspectiva etc., para representar, porexemplo, a dor, o amor, a saudade, a angústia, omedo, a felicidade.Atividade 1Converse com o grupo, perguntando: qual seria acor do sofrimento, da alegria, do terror, da paz? Equal seria a forma de tais sentimentos? Diga que,para cada pessoa, o modo de relacionar-se com avida e com a arte é único, pessoal; dessa maneira, oamarelo pode significar alegria para uma e tristezaou frustração para outra; a forma triangular poderepresentar tanto o espiritual como um simpleschapéu de palhaço. Cada um é dono de sua visão,interpretação e representação do mundo.Pergunte se conhecem ou já ouviram falar dealgum artista plástico (podem ser pessoas de seubairro, grafiteiros), quais desenhos, pinturas ouesculturas esses artistas fazem (podem também sercaricaturas, charges, histórias em quadrinhos), quepensamentos ou sentimentos retratam; quaispinturas ou desenhos cada um prefere.Apresente-lhes os cartazetes 1 e 2, com asreproduções das obras de Leonardo da Vinci,Mona Lisa, e O grito, de Edward Munch (não digaainda os nomes das obras e os de seus autores).Pergunte aos jovens se já haviam visto taispinturas, se sabem seus nomes ou de seus autores.Indague se as duas imagens transmitem a mesmasensação, idéias ou pensamentos semelhantes.Reforce o conceito de que arte é linguagem e que,portanto, é como se estivessem vendo dois textosque podem ser lidos. Promova a escolha coletiva deuma das imagens para ser lida.Análise formal da obraInicie a leitura com perguntas como: O que vocêvê neste quadro? Uma pessoa? Homem? Mulher?Criança? Adolescente? O que mais? Há umapaisagem ao fundo? etc. Quais as cores que maisaparecem? São cores quentes? Frias? Neutras?Suaves? São cores puras ou foram misturadas?Quais? Como se obtém determinada cor? Existesombra? Claros e escuros? A passagem de uma cor

OFICINA 3UM GRITO OU UMSORRISO?Material necessário: cartazetes 1 e 2 (comreproduções de Mona Lisa e O grito); ficha 1; papelcanson, lápis de cor, giz de cera, canetashidrográficas, tinta guache, pincéis, coposdescartáveis, papel toalha; aparelho de som, CDcom música suave.

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para outra é feita com suavidade ou bruscamente?Como é a textura das figuras representadas?

CORESAs cores (pigmentos) azul, vermelho e amarelo sãochamadas cores primárias; é pela mistura delas quese formam as secundárias: verde (azul e amarelo),laranja (vermelho e amarelo) e violeta (vermelho eazul). São chamadas cores quentes o vermelho, olaranja e o amarelo e frias o azul, o verde e o violeta;o branco, o preto e o cinza são cores neutras.

E as linhas, são finas, grossas? A obra apresentamais linhas curvas ou retas? Curvas abertas oufechadas? As retas aparecem em maior quantidadena horizontal, vertical, inclinadas? Existemparalelas? Há formação de ângulos? Quais figurasgeométricas planas (quadrados, retângulos,círculos, triângulos) mais aparecem? Onde? Efiguras sólidas (cones, cilindros, esferas, prismas,pirâmides)? Onde? Há profundidade (perspectiva)no quadro? O que está mais à frente? Qual aúltima imagem que se vê? Qual é a figura, qual ofundo? Como o desenho foi distribuído no quadro?Centralizado? Mais à direita, à esquerda, muitoacima ou abaixo do centro? Qual é o centro deatenção? Qual o formato do quadro? Retangular,quadrado? Qual a técnica de pintura utilizada,lápis de cor, aquarela, pintura a óleo, giz de cera,gravura? Algumas questões podem ser suprimidas,dependendo do grau de conhecimento do grupo.Leitura interpretativa da obraDiga ao grupo que, nesse tipo de leitura, cada uminterpreta a obra como a vê, sente e pensa sobreela; a apreciação estética varia de pessoa parapessoa, portanto, nesse momento não existe certoou errado, cada um é dono de sua visão einterpretação da obra. Pergunte quais sensações aobra desperta: Paz? Saudade? Repulsa? Medo?Tranqüilidade? Terror?Faça em seguida perguntas sobre a pessoarepresentada: Quem é essa pessoa? Que idadetem? Qual sua profissão? Ë casada? Viúva? Temfilhos? Onde ela está (em casa, em que lugar dacasa, na rua, num restaurante, hotel, estação detrem, ponto de ônibus)? É uma pessoa alegre,

preocupada, triste, angustiada, feliz? Por quê? Érica? O que faz aí? Antes de chegar nesse lugar,onde estaria, o que fazia? Ao sair daí, para ondeirá, o que irá fazer? Qual o horário do dia (cedo,de madrugada, entardecer, meia-noite)? Qual oclima? Faz frio, há neblina, chove? Calor? Perguntequais sons associam a esse lugar: barulho decarros, ambulâncias, motos, pássaros, vento,pessoas conversando, cadeiras sendo arrastadas,talheres, música? Qual música?Sugira depois que imaginem que a obra se ampliaem todos os sentidos: para cima, abaixo, à direita eà esquerda. O que haveria nas laterais? Maispessoas? Casas? Cidade? Mar? Animais? Móveis?Ela está na cidade ou na zona rural? E acima, hánuvens, sol, estrelas, lua, um raio, um lustre, umavião? E abaixo, como seria sua roupa? Calçacomprida, saia longa, mini-saia? Está descalça, usasandálias, sapatos, botas? Como é o chão? Terra,assoalho, cerâmica, tapete, asfalto? etc.Tente sempre articular a interpretação da obra comos recursos artísticos utilizados pelo autor (cores,formas, composição), por exemplo: se a obratransmite paz, por quê? Pela cor? Se a pessoarepresentada parece melancólica, quais recursos oartista usou para transmitir essa sensação?Contextualização da obraPergunte se já tinham visto essas obras antes, onde,se sabem seus nomes. Teriam sido pintadas pelamesma pessoa? Por quem? Na mesma época? Porquê? Em que época acham que foram pintadas?Quais os autores desses quadros? Seriambrasileiros?Finalmente, diga os nomes das obras e de seusautores. Distribua a ficha 1 e conte um pouco dashistórias de da Vinci e Munch (não é necessárioque as leiam agora, terão as fichas para ler quandoquiserem).Atividade 2Converse com o grupo sobre a importância doretrato, da fotografia de alguém. Pergunte se têmfotos guardadas. Pergunte se é comum as pessoassorrirem nas fotos.Peça que se lembrem dos sorrisos importantes quejá deram e receberam durante suas vidas;

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pergunte: Para quem gostariam de mandar seusorriso? O sorriso de quem gostariam deimortalizar? E gritos, quantos gritos já tiveramsufocados na garganta? Lembre que a vida denenhum ser humano é feita só de sorrisos:angústias, conflitos, dores, medos, também fazemparte do viver. Respeite quem não quiser semanifestar.Pergunte se acham que a Mona Lisa está sorrindoe conte-lhes que esse sorriso vem intrigandopesquisadores desde que foi pintada. Reforce aidéia de que a pintura representa sentimentos epensamentos por meio de formas e cores. A seguir,proponha que eles próprios pintem um sorriso ouum grito.Distribua papel, tintas, pincéis, lápis de cor, toqueuma música suave. Peça a cada um que pinte, a suaescolha, um grito (o seu, o da sociedade, o dosfamintos, o do Brasil...) ou um sorriso (o seu, o dequem gosta, o que gostaria de receber, o de suamãe), da forma como quiser, lembrando quequalquer forma de representação vale. Lembre-osque um grito também pode ser alegre, como o dostorcedores de futebol comemorando um gol. E,também, um sorriso pode ser triste... Circule entreos jovens, incentivando-os.

MATERIAIS PARA PINTURASe não for possível dispor de papel canson, tenteobter pelo menos papel A3 de 120 g de gramatura:para pintar com guache, é necessário que o papelseja mais encorpado, pois um papel fino enruga. Atinta guache dissolve-se em água (daí a necessidadede copinhos descartáveis, para água, mistura detintas, limpeza de pincéis e papel toalha para secá-los). Para clarear uma cor deve-se acrescentar tintabranca ou outras cores mais claras, por exemplo:para conseguir um verde claro, adiciona-se maisamarelo e, para escurecê-lo, mais azul; para clarearou escurecer o laranja, adiciona-se respectivamentemais amarelo ou mais vermelho. Antes de iniciar apintura, dê um tempo para experiências commisturas de cores.

Prontos os trabalhos, coloque-os todos na parede.Verifique, com o grupo, o que apareceu mais:gritos ou sorrisos? Por que será? Comente com elessobre a utilização das cores, quais aparecem mais; a

expressividade das obras, se são mais figurativas ouabstratas etc. Peça ao grupo que sugira um nomepara o painel. Depois, o painel será desmontado eas produções guardadas nos respectivos portfólios.Lembre-os de dar um título para sua obra e deanotá-lo na ficha.

OFICINA 4ONDE?Material necessário: cartazetes 1 e 2; ficha 2; baúou caixa grande com adereços diversos (chapéus,bonés, perucas, óculos, gravatas – pode ser omesmo usado na oficina 8 de Jogos da vida, p.21).Uma das funções do teatro é contar histórias.Histórias tristes, alegres, românticas; aventuras,tragédias, comédias, dramas… O teatro enleva,emociona, fascina, denuncia, contesta,conscientiza, revoluciona e faz pensar na vida.Para mostrar tais histórias, a linguagem teatralprecisa de atores, que são as pessoas queinterpretam os personagens; de um palco, que é olocal onde acontece a atuação e da platéia, que sãoas pessoas que assistem. É necessário também, masnem sempre, um texto com as falas dospersonagens, indicações sobre o cenário etc.Para organizar melhor uma encenação, éinteressante explicitar três elementos: onde, quem e oquê. Onde é o local em que a cena acontece: em umhospital, escola, bar, banco, igreja, escritório, rua,cemitério... Quem refere-se aos personagensenvolvidos (uma enfermeira solteirona, um padrebrincalhão, uma prostituta estrangeira, umaprofessora autoritária, um militar endividado, umjovem mentiroso, um açougueiro beberrão etc.).O quê diz respeito à trama, ao enredo, ao conflitoda peça, por exemplo: um milionário deixa imensafortuna a seus herdeiros e é assassinado por um

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deles; ou, o romance impossível de um jovem porsua professora de Ciências; o drama de uma donade casa que pega aids de seu próprio marido; asaventuras de dois pescadores perdidos em umafloresta; as confusões de um marciano que cai naterra etc. Ao conversar com os jovens sobre esseselementos, diga que, nesta oficina, a ênfase maiorserá no onde.ApresentaçãoPeça ao grupo que se sente no chão, em círculo.Cada um deverá dizer seu nome e o de uma peçade teatro, filme ou novela de que gostou muito.Faça você também o mesmo. Proponha uma novarodada, dizendo cada um novamente seu nome econtando ao grupo por que gostou desse filme ounovela. Você também deverá fazer o mesmo.Caminhe por trás do círculo de pessoas e combinecom o grupo que, assim que você tocar o ombro deum deles, todos dirão o nome dessa pessoa aomesmo tempo.AquecimentoProponha ao grupo que caminhe pela sala, fixandoum ponto ao longe e indo na direção desse ponto(várias vezes); mude a ordem: deverão agoracaminhar fazendo o maior número de curvaspossível, voltando depois a andar normalmente.Durante a caminhada, dê alguns comandos queserão alternados com o modo normal de andar:andar de costas, saltar, pular uma cerca, caminharna chuva, na lama, numa selva fechada, num túnelbaixo e estreito, entre teias de aranha, numa nuvemde mosquitos, sobre cacos de vidro, sobre umcolchão de espuma, sobre brasas, na beira da praia...Peça agora que o grupo se organize em duplas, umde frente para o outro e anuncie o jogo do espelho.Em cada dupla, inicialmente um será a “pessoa”, ooutro o “espelho”. O jogador “pessoa” deverá fazero maior número possível de movimentos, desde osmais sutis, como mascar chicletes, aos maiselaborados, como contorcer-se no chão, e o “espelho”deverá imitar simultaneamente todos os gestos deseu par. Passados uns dois minutos (ou menos),diga alto “Troca!”; assim, quem era “espelho” vira“pessoa” e vice-versa, repetindo-se o jogo.Com os jovens novamente sentados em círculo,estabeleça um diálogo sobre o onde: pergunte-lhes

onde e por que, em uma casa, se colocam espelhos.Estimule-os a falar de lugares. Como é o banheiro?Como é uma cozinha? O que há nela? Se entraremem uma casa vazia, saberão onde é a cozinha? Porquê? Qual a diferença entre uma casa cujosmoradores são velhos e outra onde só moramjovens? Qual a diferença entre um quarto deestudos e um escritório? Há diferença entre umamesa de casa e uma da escola? Como sabem queestão em um banco, supermercado, igreja, sala deaulas? Como são esses lugares? Estimule-os a falarsobre a arquitetura do local, os móveis, adecoração, os objetos que há em cada situação,enfim o cenário de cada lugar, o onde.Atividade 1: ImprovisaçãoNuma improvisação, a cena deverá acontecerimediatamente, quase sem ensaio, com pouca ounenhuma combinação prévia (daí o nome): ojovem utiliza os recursos (memória, imaginação,fantasia, aprendizados anteriores, materiais) de quedispõe na hora. Explique que, nesta oficina, osalunos estarão exercitando o onde não na criação decenários (como é mais usual no teatro) mas,principalmente, por meio do diálogo, de pistas queirão fornecer, do contexto; assim, a platéia deveráser capaz de identificar onde acontece a cena.Solicite ao grupo dois voluntários (o restante, nessemomento, é platéia) e diga-lhes (sem que a platéiaescute) que estão em uma sala de aula: um deles éo professor e outro, aluno; o professor deveráafirmar que viu o aluno copiando a prova do outro;o aluno deverá negar, o professor insiste, o alunoargumenta... quando a cena estiver no auge (mais oumenos um minuto, é rápido), diga “Troca!”. Assim,quem era professor vira aluno e vice-versa; a cena éa mesma e também rápida; após um minuto,agradeça os atores, peça-os para sentar-se e pergunteà platéia se ficou claro o onde: eles viram ali umasala de aula? Mesmo que não haja cenário, davapara entender o onde? Pergunte aos atores em quepapel se sentiram melhor, como professor oualuno. Pergunte à platéia quem convenceu mais,como professor ou aluno, e por quê.Sugira mais umas quatro ou cinco improvisaçõesrápidas, com a participação de voluntários, sempreressaltando o onde, que deve ser mostrado por meiodos diálogos e gestos, não necessariamente por

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meio de cenários. As sugestões de cena poderão serdadas baixinho, apenas para os voluntários, poisquando apenas os atores sabem onde se passa aação, deverão apresentar um melhor desempenhopara mostrá-lo à platéia:� Um empresário e seu motorista na garagem de

sua mansão; o empresário acusa o motorista deter batido o carro; esse nega.

� Um dentista e seu cliente no consultório: ocliente diz que a obturação que o dentista feznão é boa, está sentindo dor; o dentista nega.

� Um patrão e seu funcionário no escritório dafirma. O funcionário pede um aumento desalário, apresenta motivos; o patrão nega.

� Pai e filho menor de idade, na sala de casa.O filho pede ao pai o carro emprestado; o painega.

� Dois amigos em uma lanchonete. Um deles dizao outro, indignado, que o viu com a suanamorada; esse nega.

� Um vendedor de calçados e um cliente na loja.O cliente pede para trocar o sapato compradono dia anterior, o vendedor nega.

� Dois vizinhos na porta da casa de um deles.O primeiro reclama que são duas da manhã e osom está muito alto, pede para abaixar amúsica. O vizinho nega.

� Um guarda de trânsito e um motorista dentrodo carro, na rua. O policial diz que o motoristacometeu excesso de velocidade; vai multá-lo.O motorista diz que não, pede para não sermultado, mas o guarda nega.

� Pai e filho no quarto do adolescente. Este pedeao pai para deixá-lo ir ao estádio com osamigos, no sábado. O pai nega.

Em todas as improvisações, os voluntáriosinvertem os papéis a um aviso seu, após umminuto ou pouco mais. Esses exercícios sãorápidos e você deve estimular o diálogo e aargumentação. Deixe-os criar. Quando perceberque a cena se desenrola com facilidade e a platéiase envolve, deixe-a acontecer por um tempo maior;se perceber que a dupla tem dificuldade, não osexponha muito; troque os atores de papéis, dê umcurto tempo e em seguida corte a cena.É fundamental conversar com os jovens sobre

como se sentem vendo a mesma situação sob oponto de vista do outro. É mais fácil pedir ounegar? Como foi encontrar argumentos nas duassituações? Pergunte também, aos atores, em quepapel cada um se sentiu melhor; e, à platéia,quem resolveu melhor cada situação. Perguntesempre ao grupo se, mesmo sem recursoscenográficos (cenário), ficou claro o onde, o localonde a cena se passava. Lembre-os que todacrítica deverá ser construtiva, cada um ajudandoo outro a aprimorar seu desempenho.Como o teatro expõe demais as pessoas, corterapidamente qualquer comentário mais irônico oudestrutivo. Da mesma forma, não é bom incentivaro possível exibicionismo de alguns. Estimule todosa participar.Atividade 2Com ajuda dos presentes que tiverem participadoda oficina anterior, retome a discussão feita sobreO grito e a Mona Lisa (quem é essa pessoa, queidade tem, o que faz, onde mora...). Mostre-lhesnovamente as obras.Divida os participantes em dois grupos e peça que,a partir dessas obras de arte, criem uma históriacurta que será encenada; o grupo escolhe qualdelas vai usar e não tem importância se os doisgrupos escolherem o mesmo quadro. As cenascriadas podem ou não apresentar um personagemtal e qual a pessoa representada, esta é apenasponto de partida; a história pode girar em torno deum homem de 70 anos, que nunca havia sorridoem sua vida; ou versar sobre algum grito que ficoupreso na garganta, algum medo...Diga aos grupos que, nesta atividade, tal como naanterior, o onde (local onde acontece a cena) deveficar bem claro. Dê-lhes uns 15 minutos parapreparação e montagem da cena, que não precisaobrigatoriamente ser falada; se o grupo preferir,pode ser feita também por meio de mímica ouexpressão corporal.Diga-lhes que este exercício é uma improvisação e,portanto, os ensaios não são tão elaborados.Durante o tempo de preparo, dê atenção aosgrupos, ajude-os a esclarecer possíveis dúvidas eponha à disposição o baú, para os que quiserem secaracterizar.

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17ARTES VISUAIS E CÊNICAS

Assim que o tempo de ensaio terminar, chame osdois grupos e sorteie qual vai se apresentar primeiro.Finda a apresentação, é importante aplaudir; ogrupo merece uma recompensa pelo seu trabalho;mesmo que não tenha saído a contento é trabalho,é esforço. Quando alguém se apresenta num palco,suas energias são como que exauridas e énecessário que o público devolva algo ao ator:palmas, reconhecimento pelo seu trabalho. Após osaplausos, peça para os jovens que se apresentaramsentar-se no palco, quietos, e converse com aplatéia sobre a história apresentada: pergunte sequerem falar sobre o que assistiram, se têm algumadúvida, se desejam elogiar o desempenho dealguém etc. Pergunte se ficou claro o onde –objetivo do exercício. Passe a palavra agora aosatores, pergunte se foi difícil inventar a história, sefoi fácil trabalhar em grupo, se a representaçãoaconteceu como esperavam, quais as dificuldades,o que mais gostaram de fazer, se gostariam de fazeralguma pergunta à platéia.Peça aos grupos que troquem de lugar, a platéia vaiao palco apresentar sua história e o primeiro grupoagora assiste. Finda a apresentação, siga oprocedimento anterior, não se esquecendo deevidenciar a importância do onde.Distribua a ficha 2 e peça que respondam asperguntas; discuta coletivamente como se sentiramtendo de pedir ou negar algo, como é colocar-se nopapel do outro.

recortar, tesoura, cola; lápis de cor, giz de cera,canetas hidrográficas, tinta guache, pincéis, coposdescartáveis, papel toalha; papel pardo, fita crepe.Vivemos em uma época onde tudo é consumível equase tudo descartável. O homem contemporâneoparece ter trocado o existir por consumir. Apoderosa máquina publicitária cria necessidadestão urgentes (onde geralmente não as há) quemuitos, deixando-se seduzir pelo força dapropaganda, como que hipnotizados, desdobram-se em esforços na tentativa de adquirirdeterminado objeto. Cartazes, outdoors,propagandas, anúncios na TV, rádios, jornais erevistas, luminosos, embalagens coloridas impõemuma realidade fictícia, que embriaga os maisdesavisados; assim, quem fuma determinadocigarro está sempre num carrão, rodeado depessoas maravilhosas e tem sucesso na vida; umacerta bebida energética fará de você um esportistafamoso; usando tal marca de tênis se chegará à lua;e com aquela marca de jeans ou relógio, alcançar-se-ão as estrelas... Será que é preciso mesmo teraquele relógio? Tem que ser aquele? A publicidadetambém se aproveita de determinadas épocas doano: no próximo, tudo aquilo por que tanto selutou já ficou velho, desatualizado e lá vão aspessoas de novo correr atrás das novas maravilhasanunciadas pela propaganda...Mas é um mundo fascinante, o da publicidade,onde linhas, cores, luzes, formas, volumes, de talmaneira organizadas e compostas atingem, demaneira diferente, os mais diversos seres doplaneta. Criar embalagens, outdoors, jingles etc. einfluenciar pessoas por meio da beleza e persuasãoé também o produto do trabalho de pessoas quealiam a estética à sedução. Assim, não é qualquercor ou formato de uma embalagem que vai atrairmais a atenção e fazer com que as pessoascomprem determinado produto; também, não équalquer nome ou logotipo que serve, nem umoutdoor qualquer. Desenvolver a campanhapublicitária de um produto ou lançar novamercadoria para competir no mercado leva mesesde estudo e requer uma equipe enorme dedesenhistas, projetistas, arte-finalistas, redatores,publicitários, artistas, compositores, cantores,atores... Isso tudo antes de a campanha tomarconta das ruas, rádios, TVs, revistas, catálogos...

OFICINA 5UM PRODUTO NOVONO MERCADO!Material necessário: papel, cartolina ou papelãopara embalagem, papéis coloridos; revistas para

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ApresentaçãoCom os participantes e você sentados em círculo,conversem sobre a importância (ou não) dapropaganda em nossa vida. Pergunte para queserve e se acham que, às vezes, a propaganda podeenganar as pessoas.Falem também sobre embalagens: Quaisembalagens acham mais atraentes? Já compraramalguma coisa só por causa da embalagem?Pergunte se já notaram anúncios que dizem:“compre o produto tal, agora em nova embalagem”– se o produto é o mesmo, por que mudar aembalagem?Pergunte se acham que a propaganda podevender um produto, uma idéia, uma religião, umcandidato…Como? As pessoas não percebem?Por quê?Discuta com eles se algumas pessoas podem setornar massa de manobra de um grupo que criaidéias ou necessidades onde não as havia; perguntese acham que as pessoas precisam mesmo de tudoque a propaganda anuncia. A propagandainfluencia o consumo? Como? A propaganda jáinfluenciou vocês? Em que ocasião?E aquela propaganda que não é feita nos meiospublicitários, mas no “boca-a-boca”: um amigoque fala a outro amigo, que diz a um terceiro, queconta a você que tal coisa é muito boa e que vocêtambém deveria ter – isso os influencia?Ainda sentados em círculo, proponha agora umaconversa sobre questões estéticas que envolvem apropaganda: quais propagandas de TV achambonitas, inteligentes, bem feitas? Por quê? Algumoutdoor lhes chamou mais a atenção? Por quê?Quais cores e formas, numa embalagem, são maissedutoras, chamam mais a atenção? Acham que latas,caixas, tubos, vidros, papéis, fitas, cores, formas, têmtanto poder assim de seduzir pessoas? Por quê?Peça que tentem se lembrar de um jingle(composição musical feita para vender um produto)que tenham ouvido e que nunca mais esqueceram.Atividade 1: Produto e embalagemConverse com o grupo sobre o profissional depropaganda. Trabalhar em propaganda exige, alémde muito esforço, competência e senso estético,

conhecimentos de desenho, pintura, composição,uso de cores, fotografia, cinema, TV, vídeo, rádio,diagramação, música, teatro, redação, informática,enfim, cada um na sua área, mas um grandetrabalho de equipe e grande dose de sensibilidade epsicologia para seduzir as pessoas. Comente quepoderão – quem sabe – exercer essas profissões.Proponha aos jovens então que criem a embalagempara um produto novo, dizendo-lhes para imaginarque inventaram algo que não existe: uma pasta dedente com estrelinhas e que toca música quando seaperta o tubo; gelo quente para pôr na sopa; umtapete voador; um óculos que faz enxergar noescuro e a quilômetros de distância; uma máquinapara clonar pessoas – o que quiserem, vale tudo!Lembre-os de que há algumas décadas, se alguémfalasse em inventar um aparelho para gravarsom, seria considerado louco! E gravar imagens?E o xerox, o CD?Peça a cada um para inventar um nome para seuproduto, lembrando que o nome deve ser atraente.Não irão montar nem construir um protótipo,precisam apenas imaginar o produto: o que irãocriar e montar é a embalagem para esse produto –que também deverá seduzir os futurosconsumidores.Distribua os materiais de desenho e colagem. Sedispuser de mesa grande ou bancada, os jovenspodem trabalhar com os mesmos materiais, mascada um faz sua embalagem: o trabalho éindividual. Sugira que desenhem a marca oulogotipo de sua empresa e coloquem-na também naembalagem. Explique melhor aos que nãoparticiparam da oficina 1. Enquanto estãotrabalhando, oriente-os na confecção dasembalagens. Caso você ou os jovens achemcomplicado montar uma caixa, por exemplo,providencie com antecedência caixas vazias: elesirão nesse caso decorá-las. Incentive-os a serousados, a sair do lugar comum.Terminados os trabalhos, cada um apresenta oproduto que inventou, seu nome e sua embalagem,comentando com o grupo a originalidade, aexecução, os nomes dos produtos, as cores, acomposição. Faça uma exposição com asembalagens e pergunte ao grupo quais produtosgostariam de comprar.

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Atividade 2: OutdoorDivida a classe em seguida em dois grupos eproponha a execução de um outdoor. Os jovensdeverão escolher dois produtos, dentre todos osapresentados na atividade anterior, para seremdivulgados. O outdoor será feito em tamanho maior.Dê aos dois grupos folhas de papel pardo grandes(1,20 x 0,80 m, por exemplo) e sugira realizá-lopor meio de colagem, pintura ou ambos.Lembre-os que um outdoor é visto na rua derelance, por pessoas que estão com pressa, sejacaminhando, correndo, dentro de um ônibus ouautomóvel, portanto esse cartaz deve apresentar omáximo de informações com um mínimo de textoe imagens. É um desafio! Comente também quemuitos outdoors agora já não respeitam mais olimite do retângulo original: vários apresentamimagens que parecem saltar para o espaço,rompendo com as regras tradicionais e, portanto,mais uma vez, chamando a atenção de quem passa.Terminados os trabalhos, pregue os dois outdoors naparede da sala ou no pátio e discuta com osparticipantes se os cartazes divulgam bem oproduto; se são inovadores; como foi a escolha dasimagens, dos textos, das cores, se a composição foibem resolvida, se seduz etc.Com os jovens em círculo, proponha uma reflexão,a partir dos trabalhos apresentados, sobre aimportância de o cidadão, consciente e dono de suavontade, ter critérios sobre o que de fato énecessário e o que é supérfluo; sobre aquilo quedecide comprar e o que é induzido a escolher...De volta à mesa, distribua a ficha 2 (ou peça aosque já a têm da oficina anterior, que a retomem) epeça para desenharem seus produtos imaginários.Anuncie que as embalagens feitas serão usadas napróxima oficina, para que se lembrem de trazê-las.Na incerteza do comparecimento deles, veja sealguns voluntários concordam que você guarde asembalagens deles, para a oficina de “comerciais”.

OFICINA 6MAIS UM DE NOSSOSCOMERCIAIS!Material necessário: embalagens (pelo menosalgumas) feitas na oficina anterior; gravador e fitacassete; instrumentos musicais (opcional).Nesta atividade, o grupo estará dandocontinuidade à oficina anterior, de propaganda,criando jingles e comerciais para TV. Retome adiscussão realizada anteriormente, fazendo umasíntese do que foi feito. Peça a colaboração dosparticipantes da oficina 5 que estiverem presentes.ApresentaçãoCom os participantes sentados em um círculo, peçaque cada um diga seu nome e que se lembre de umcomercial de TV do qual tenha gostado muito.Faça você também o mesmo. Chame alguém dogrupo pelo nome e peça-lhe agora que diga umcomercial que tenha achado horrível e por quê.Depois de responder, essa pessoa chamará outrapelo nome e fará a mesma pergunta, e assimsucessivamente.AquecimentoProponha que todos se levantem, se espreguicem ecaminhem pela sala. A um sinal seu, deverãocongelar o movimento – parar no meio da ação,como se tivessem se transformado em estátuas poralguns segundos – e, em seguida, continuarandando normalmente. Alterne ordens como:amarrem o tênis, congelem; andem, troquem alâmpada do teto, congelem; andem, escovem osdentes, congelem; andem, peguem um lápis quecaiu no chão, congelem; andem, apanhem umalaranja na árvore, congelem; andem, acenem para

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alguém que está muito longe, congelem; andem,apaguem com o pé um cigarro aceso que caiu nochão, congelem; andem, ajoelhem-se na igreja,congelem; andem, lavem roupa no tanque,congelem; andem, rodem um bambolê na cintura,congelem; andem... A cada comando de “congelar!”,peça-lhes que prestem atenção na posição de seuscorpos, quais articulações são mais solicitadas e seestão mais próximos do chão (plano baixo); noponto mais alto que podem alcançar (plano alto),ou num nível intermediário (plano médio).Atividade 1: ImprovisaçãoOs participantes formarão dois grupos (A e B),encostados de frente um para o outro nas paredesopostas da sala (que deve estar vazia). Diga-lhesque, a uma ordem sua, terão de improvisar umacena congelada, como para uma fotografia. Você sódirá qual cena na hora.Peça-lhes que caminhem lentamente, um grupoem direção ao outro, para que cada um ocupe olugar onde estava o outro. Um pouco antes de osgrupos se cruzarem, diga “Presépio!”.Imediatamente, os grupos deverão, cada um,montar um presépio e congelar, como se fosse umafoto. Peça ao grupo A que memorize suas posiçõese se desloque para observar o grupo B. Pergunte-lhes se de fato a cena representa um presépio,quem são os personagens, se houve ocupação dosplanos alto, médio e baixo. A seguir, peça que ogrupo A volte a sua cena congelada; descongele ogrupo B para que possa analisar o presépio dogrupo A. Faça-lhes as mesmas perguntas e, aseguir, os dois grupos continuarão andando atéchegar às paredes às quais se dirigiam.Faça o mesmo exercício outras vezes, pedindooutras “fotos”: festa de aniversário, jogo defutebol, enterro, banda de rock.Atividade 2Reúna novamente os jovens (sentados em círculo)e anuncie que a nova tarefa que terão pela frenteserá a criação de um jingle e de um comercial deseus produtos para a TV. Peça aos queparticiparam da oficina anterior que mostrem suasembalagens e falem um pouco de seus produtos (senenhum estiver presente, mostre você asembalagens que tiver guardado).

Distribua os participantes em quatro ou cincogrupos e peça que escolham um produto-embalagem para anunciar. Diga-lhes que aprimeira tarefa, agora, é a criação de um jingle parapublicidade no rádio, lembrando-os que umamúsica para comercial tem de ser curta, de fácilmemorização, ao mesmo tempo que enaltece asmaravilhas daquilo que quer vender.Combine um tempo para a criação da música (maisou menos 15 minutos). Se estiverem disponíveis naUnidade, ofereça-lhes algum instrumento musical,desde que os jovens saibam usá-los. Circule entre osgrupos orientando-os. Finda a tarefa, sorteie aordem de apresentação. Cada grupo deveráapresentar seu jingle. Incentive a “platéia” a aplaudir.Se for possível, grave as músicas criadas para que osgrupos as ouçam após a apresentação.Assim que todos tiverem se apresentado, perguntea cada um qual música achou melhor (não podemvotar na do próprio grupo), se deu para memorizaro nome do produto, se ficou muito longa ou curtademais, se tem um ritmo que contagia, uma boaletra etc.Reúna novamente os mesmos subgrupos e dê-lhestempo (mais ou menos 15 minutos) para prepararum anúncio para TV. Oriente-os e ponha àdisposição o baú de adereços, para os que quiserem.Para o comercial de TV, na verdade, terão deapresentar um miniteatro, contando as vantagens detal produto e tentando seduzir o público a comprá-lo.Diga ao grupo que um comercial dura mais oumenos 30 segundos e, quanto maior o tempo deapresentação, maior o custo para o anunciante.Comente também a necessidade que as emissorasde televisão e rádio têm de contratar o maiornúmero de anunciantes e patrocinadores, pois édeles que vêm praticamente quase todos osrecursos de que precisam para se manter.Cada grupo apresentará o comercial de seuproduto – se o grupo quiser, o jingle tambémpoderá fazer parte –, sempre aplaudido pelaplatéia. Se fosse possível ter uma filmadora, seriaótimo para os “atores” se ver representando.Finalmente, reúna todos e peça que falem sobre oscomerciais, se os deixaram com vontade decomprar o produto. Comente com eles algumasquestões estéticas: o cenário, o desempenho dos

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atores, a música, a originalidade. Converse sobre ogrande campo de trabalho que existe napropaganda e na publicidade, que acolheprofissionais das mais diversas especialidades comodesenhistas, ilustradores, diagramadores, arte-finalistas, compositores, redatores, operadores devídeo, programadores de computador, projetistas,fotógrafos, filmadores, modelos, atores, operadoresde som, músicos, maquetistas, cenógrafos,iluminadores e mais uma série de profissionais quetrabalham com maquiagem, figurinos, trilhassonoras, computação gráfica, cinema, locução etc.Promova comentários finais sobre os produtos eembalagens inventadas, sobre comerciais, sobrequal idéia o grupo achou melhor e por quê.

O ser humano, desde os tempos mais remotos,vem produzindo arte. Há mais de 25.000 anos, jádesenhava e pintava nas paredes das cavernas:desenhava animais (mamutes, bisões, cavalos), opróprio homem, suas mãos. Dizem algunshistoriadores que esses desenhos tinham umafunção mágica: desenhando o animal quegostariam de caçar, esse ficaria preso e, então, seriamais fácil capturá-lo. Essas pinturas, encontradasprincipalmente em cavernas da Espanha, França eregiões da África, feitas com minerais e plantas,resistem até hoje e fascinam quem as vai visitar.No Brasil, também foram encontradas pinturasrupestres (é assim que se chamam pinturas feitasnas pedras, nas rochas) não tão antigas,principalmente nas regiões de Minas Gerais ePiauí.Voltando a nossa época, é comum, principalmentenas grandes metrópoles, encontrarmos pinturasfeitas por pessoas nos muros da cidade. Quandoesses desenhos ou pinturas são bem feitos,apresentando preocupação estética, são chamadosgraffiti ou grafites e seus autores, grafiteiros;quando não passam de rabiscos que sujam eenfeiam a cidade, são chamadas pichação e seusautores, pichadores. Tais manifestações causampolêmica, pois aparecem tanto em propriedadesparticulares como em instituições públicas oumonumentos, e são feitas, na maioria das vezes,sem autorização dos proprietários ou responsáveis.Lembre-os: nessas condições, pichar, grafitar éilegal!O curioso é que, de uma forma ou de outra, antigaou contemporânea, parece que o ser humanoprecisa deixar sua marca por onde passa...Atividade 1Com base no texto acima, converse com o grupo.Depois pergunte por que acham que algumaspessoas picham; e se gostariam de encontrar omuro de sua casa todo pichado. Acham corretopichar? Por quê? Depois fale sobre o grafite;pergunte se lembram de algum na cidade, se háalgum do qual tenham gostado; se já tiveramvontade de desenhar ou pintar em um muro, e oque desenhariam.Passe então aos comentários sobre o filme sobre avida de Basquiat, que terão visto antes.

OFICINA 7DAS PAREDES DASCAVERNAS AOS MUROSDA CIDADEMaterial necessário: ficha 2 (verso); aparelho devídeo, fita Basquiat, traços de uma vida; papel pardo(em quantidade para cobrir paredes), fita crepe;giz de cera, tinta guache, pincéis, coposdescartáveis, papel toalha.

ATENÇÃOEsta oficina requer assistir ao filme acima, de maisde hora e meia de duração (106’). Providencie comantecedência a sessão de vídeo, procurandoassegurar que todos os que participarão da oficina –inclusive você – vejam o filme antes. Adiante hásugestões para uma conversa com os jovens antesda projeção.

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É imprescindível que você veja o filme previamente.Se ele for exibido para os jovens em horário emque você não estiver na Unidade, articule-se comos funcionários responsáveis pelo período para queapresentem o filme aos jovens (ver box).

ANTES DA PROJEÇÃODO FILME BASQUIAT

Antes de projetar o filme, converse com o grupodizendo que vão assistir a um vídeo que conta ahistória real de um jovem negro de Nova Iorque, deorigem haitiana: Jean-Michel Basquiat (22/12/1960-– 12/08/88); ele se transformou em um dos maisfamosos pintores americanos. Começou suatrajetória artística como grafiteiro, desenhando eescrevendo poemas nas ruas da cidade, assinando“Samo”. Fazia parte de um conjunto musical,gostava de ler, de ópera, de jazz, de hip-hop edormia na rua. Ficou riquíssimo e morreu jovem,com 28 anos, no auge da fama, devido a umaoverdose de drogas. Fez exposições individuais emdiversas cidades dos Estados Unidos, no Japão eem países da Europa como França, Inglaterra,Bélgica, Itália, Alemanha, Suíça, entre outros.Conte-lhes que no filme aparece muitas vezes umoutro artista plástico, Andy Warhol, que se tornouamigo de Basquiat (aparece sempre com umaexagerada cabeleira branca) também americano,rico e famoso. Suas pinturas e serigrafiasdenunciavam a sociedade de consumo, amassificação, a perda da identidade.(Serigrafia ou silk-screen é uma técnica deimpressão em cores em que uma tela de náilon éesticada sobre um bastidor de madeira, sobre a qualse faz um desenho, letreiros etc., impermeabilizandoalgumas partes. Com um rolo, passa-se a tinta queatravessa as áreas não impermeabilizadas do tecido,reproduzindo quantas vezes se quiser o desenhoescolhido sobre papéis, paredes etc.).

Certificando-se de que os presentes assistiram aofilme, pergunte-lhes o que acharam, estimulando-os a comentá-lo livremente. Comente e discutacom o grupo alguns momentos da vida do artista,tais como: a vontade de desenhar, de deixar suamarca; sua mãe levando-o para ver uma exposiçãode arte (o filme mostra Basquiat, criança, vendo atela Guernica, do pintor espanhol Pablo Picasso), oenvolvimento com drogas, o preconceito, suas

pinturas nas ruas de Nova Iorque, sua ascensãocomo artista plástico; sua morte prematura devidaao abuso de drogas. Pergunte a eles que outro finaldariam ao filme (ou seja, à vida de Basquiat). Conteque algumas obras de Basquiat estiveram expostasem São Paulo, em uma sala especial da 23a Bienalde Artes Plásticas, em 1996, no Ibirapuera.Atividade 2Anuncie então aos participantes que agora elesserão “Basquiats”, grafiteiros ou artistas dascavernas; que têm toda uma “parede” para deixarseu recado. O trabalho poderá ser feito em gruposou individualmente. Se em grupos, seusintegrantes deverão se reunir e combinar o que irãopintar ou escrever. Lembre-os de que tal atividade,nas ruas, é ilegal e por isso irão grafitar sobre papele não nos muros.Com a ajuda dos jovens, prenda painéis de papelpardo grosso por toda a sala (ou pátio), no maiortamanho possível, cobrindo todas as paredes.Forneça giz de cera, tintas e pincéis e peça aosjovens que deixem ali, especialmente por meio dodesenho e da pintura (mas também,eventualmente, com palavras), algo que gostariamde mostrar a todos que passassem pelas ruas dacidade.Oriente os jovens durante o trabalho. Concluídosos painéis, discuta com eles o sentido de cada cor,forma ou desenho, de algum texto ou poema quetenha aparecido.Como as práticas da pichação e grafite são ilegais,converse sobre alternativas para quem gosta depintar ou “deixar o seu recado”. Pergunte-lhes seseria importante para eles poder mandar umrecado à sociedade por meio de cartazes colocadosnas ruas. Mais uma vez, pergunte se é justo pintara parede dos outros, a propriedade alheia.Distribua a ficha 2 (peça aos que já a têm, que aretomem, no verso) para que respondam àsperguntas sobre o filme. Distribua papel emateriais e peça que cada um registre um grafite,um poema, algo que gostaria de deixar nos murosda cidade para que todos vissem. Promova a vistacoletiva dos minigrafites feitos, antes de guardá-losnos respectivos portfólios.

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OFICINA 8QUEM?Material necessário: ficha 2 (verso); aparelho desom, CD com músicas de ritmos diferentes: maislento, médio e mais acelerado; pratos de papelão(dois por participante); papel e lápis; caixa grandeou baú com adereços diversos.Já se disse que o teatro conta histórias. Mashistórias precisam de personagens: reais,imaginários, humanos ou não, do reino animal ouvegetal, deste mundo ou de outro, seres fictícios,entidades do além, de outra galáxia ou daquimesmo, meu pai, minha vizinha, quem sabe, eu?ApresentaçãoCom todos os participantes reunidos em círculo,peça que cada um diga seu nome e, também, umpersonagem que gostariam de fazer caso fossemparticipar de um filme, novela ou peça de teatro.Promova uma segunda rodada, chamando alguémpelo nome e pedindo-lhe que diga, agora, quepersonagem não faria, de jeito nenhum. A seguir,essa pessoa chamará outra pelo nome, que tambémdirá ao grupo qual papel jamais faria e assim pordiante, até que todo o grupo tenha falado.AquecimentoA seguir, peça que todos fiquem de pé com aspernas entreabertas e, dobrando o corpovagarosamente, tentem alcançar o chão. Com otorso caído, devem relaxar os ombros, o pescoço,soltar os braços; contar até seis e, muitolentamente, voltar à posição ereta, erguendoprimeiramente a coluna, vagarosamente, e porúltimo a cabeça, também devagar; depois, colocaros dois braços atrás da cintura e forçar ombros ecabeça para trás; endireitar o corpo e respirarfundo. Em seguida, ainda em pé e com as mãos na

cintura, irão girar a cabeça lentamente para adireita o máximo possível, forçando duas ou trêsvezes, e voltar à posição normal, fazendo omesmo do lado esquerdo. Depois, irão soltar acabeça para frente e para baixo fazendomovimentos lentos para a direita e para aesquerda, voltando lentamente ao normal; jogara cabeça para trás, fazendo movimentos levespara a direita e para a esquerda; e, voltando àposição normal, espreguiçar-se.

ATENÇÃO,DEVAGAR!

Esses exercícios têm de ser feitos muito lentamente,caso contrário poderão provocar tonturas ou dorescabeça.

Distribua então dois pratos de papelão a cada um,explicando que deverão colocá-los sobre a palmadas mãos abertas, sem segurá-los com os dedos.Toque uma música não muito agitada e peça quefaçam movimentos acompanhando o ritmo,explorando os planos alto, médio e baixo, semdeixar os pratos cair. Peça-lhes que façammovimentos com as mãos para o alto, ao redor dacintura, resvalando ao chão; em pé, ajoelhados,deitados, alternando a posição dos braços.Explore o máximo de movimentos, observando aharmonia, o equilíbrio e, principalmente, aexpressão corporal. Faça o mesmo exercícionovamente, agora com uma música deritmo mais acelerado e com apenas um prato,segurado pelas duas mãos. Explore o maiornúmero possível de movimentos, sem soltar asmãos. Finalizando, toque outra música e, com asmãos livres (sem os pratos), peça que criemmovimentos expressivos.Terminado o exercício, volte a sentar-se com ogrupo em círculo e conversem sobre a atividade:como se sentiram, o que aprenderam, qualexercício foi mais fácil, mais prazeroso, asdificuldades…

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Atividade: ImprovisaçãoRetome a discussão geral sobre teatro proposta naoficina 4 (p.14), pedindo a colaboração de jovensque tenham dela participado, e diga ao grupo queirão fazer jogos de mímica, exercitando o quem.“Quem me entendeu, junte-se a mim” – chameum voluntário e peça-lhe que, por meio de mímica,sugira uma cena onde outros colegas poderãoentrar. Ele poderá, por exemplo, simular um jogode futebol, de pingue-pongue, pular corda,mostrar que está se afogando e pedir socorro, ouque está trocando o pneu do carro ou, ainda, queestá segurando uma quantidade enorme de pacotesque estão caindo… Quem o entender, deveráentrar no jogo. Cada componente do grupo deverátentar uma cena. Lembre-os de que ninguém podefalar, o jogo é só de mímica.“Quantos anos eu tenho?” – disponha algumascadeiras no “palco” e diga ao grupo que aquele éum ponto de ônibus; devem imaginar que atrásdele há vitrines, lojas etc. Chame um voluntário ediga-lhe que, por meio de mímica (da maneira deandar, de se mexer, de se sentar, olhar a vitrine ounão, olhar se o ônibus vem vindo, mascar chiclete,ler jornal), a platéia deverá perceber se é um velho,uma criança, um adolescente etc. Um por um,todos deverão tentar o exercício, criandopersonagens apenas pela mímica.“Qual a minha profissão?” – novamente, por meiode mímica, cada um deverá mostrar uma profissão,que a platéia deverá identificar.É importante que, depois de cada exercício, vocêconverse com o grupo sobre seu desempenho, seidentificaram os personagnes representados, suasdificuldades, o que gostaram mais, quemrepresentou melhor. Sempre que possível, aplaudaos atores.Proponha em seguida a criação de peças curtas:com o grupo sentado em círculo, peça a cada umque sugira um determinado personagem, com omaior número possível de características, porexemplo: um banqueiro de 60 anos, corrupto,cínico, quase sempre corajoso, bem de vida,separado, três filhas, seis netos, cardíaco, tem medode morrer e de ser enganado; uma jornalista, 28anos, solteira, fofoqueira, namoradeira,competente, vaidosa, tem medo de escuro, estudou

com dificuldade, pobre, quer subir na vida.Enquanto cada um cria seu personagem, alguém vaianotando.Divida os jovens em dois ou três subgrupos ediga-lhes para criar e apresentar uma peça ondeapareçam pelo menos dois dos personagenssugeridos na roda, acrescidos de outros que ogrupo criará, no momento da preparação da peça.Dê-lhes mais ou menos 20 vinte minutos para acriação e ensaio e sorteie a ordem de apresentação.Ofereça os adereços do baú, para ajudar acaracterizar os personagens. Circule entre osgrupos durante o ensaio, orientando-os eincentivando-os.Assim que cada grupo terminar a apresentação,converse primeiro com a platéia, perguntando-lhesse ficou claro o quem, isto é, os personagens. Se ocomportamento deles era coerente com suascaracterísticas, ou seja, alguém que é egoísta nãodeve aparecer em cena se preocupando com obem-estar dos outros ou repartindo suas coisas (anão ser que algum acontecimento o tenha feitomudar). Deixe a palavra livre à platéia paracomentários sobre a história, personagens,desempenho dos atores, crítica construtiva epossíveis perguntas. A seguir, passe a palavra aosatores, para que contem sobre a criação da história,o enredo, o trabalho em grupo, os recursos cênicosutilizados etc.Quando o assunto apresentado for polêmico(preconceito, drogas, aborto), é preferível que vocêconduza um debate coletivo, envolvendo palco eplatéia. Discuta cada tema de interesse do grupoposicionando-se contra qualquer tipo dediscriminação e buscando promover atitudes não-preconceituosas em relação a sexo, cor, orientaçãosexual, orientação religiosa etc. Uma das funçõesda arte é fazer pensar sobre a vida.Distribua a ficha 2 (ou peça aos que já a têm, que aretomem no verso) e peça que respondam àsperguntas sobre esta oficina; devem dizer, casofossem convidados para participar de uma novelaou peça de teatro, qual personagem gostariam deinterpretar (com detalhes) e qual jamaisrepresentariam, explicando o por quê de cadaescolha. Peça aos que quiserem que leiam alto suasrespostas, promovendo comentários coletivos.

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OFICINA 9ANJOS, FADAS,BRUXAS E DRAGÕES

Material necessário: pranchas de madeira 40 x40cm, cobertas com plástico (uma porparticipante); argila (2 Kg por participante); tintaguache, pincéis, verniz spray.

ATENÇÃOEsta oficina deve ser desdobrada em dois dias (emsemanas diferentes): os objetos em argila deverãosecar por no mínimo cinco dias para poder serpintados.Faça os acertos necessários com a coordenação daUnidade e combine com os participantes, para quenão deixem de pintar seus trabalhos.

O medo aflige o homem desde sempre: medo dofogo, do trovão, do relâmpago, do vento, dadoença, de seus inimigos, de seres reais eimaginários. Para proteger-se de toda espécie demaldade, a humanidade sempre buscou no“mundo sobrenatural” alguma força maior, umpoder imenso que a amparasse frente àsdificuldades. Algumas vezes recorreu à fé, àreligião, colocando-se nas mãos dos mais diversosdeuses e deusas, anjos e espíritos protetores.Outras vezes, usando sua fantasia e imaginação,criou seres fantásticos que afastavam os mausespíritos e realizavam os desejos humanos; assimsurgiram as fadas e duendes, os totens, ascarrancas, os gnomos, os dragões, os amuletos(ferradura, figa, pata de coelho, trevo de quatrofolhas) e toda sorte de encantamentos. Seres debeleza especial, suprema delicadeza e infinita

bondade multiplicam o bem, ou então, monstrosterríveis, de aspecto apavorante, afastam o bem oufazem o mal.Ainda hoje, o homem contemporâneo cria, naficção, entes poderosos que lutam contra amaldade: o Super Homem, a Mulher Maravilha,o Batman, entre tantos outros. A história das artesestá repleta de exemplos dessas criaturas.AtividadeDiga ao grupo que hoje irão conversar sobre seresfantásticos, entidades do bem e do mal, quepovoam a mente humana desde os tempos maisremotos. Conte que o ser humano sempre buscoualguma explicação para aquilo que não entendia e,principalmente, para aquilo que o assustava.Assim, como não entendia o raio, criou deuses,danças, rituais, esculturas e amuletos para seproteger dele. Os tótens, esculturas gigantescasfeitas em madeira pelos índios canadenses, entreoutros, representavam seus ancestrais e protegiama tribo; as carrancas colocadas nas embarcaçõesque navegavam o Rio São Francisco, no Brasil,afastavam os maus espíritos das águas; as fadas eas bruxas das histórias infantis protegem eaterrorizam crianças, umas atendendo pedidos eoutras, transformando-as em sapos ou fazendo-asdormir por cem anos! Houve uma época, na IdadeMédia, em que se colocavam nos telhados dascatedrais e grandes construções, no local ondeescorria a água das chuvas, orifícios chamadosgárgulas, monstros horríveis, dragões, demônios,seres disformes e assustadores. Às vezes apareciamtambém em fontes e chafarizes. E quem nuncaouviu falar nas sereias? Dráculas e Frankensteins?No Saci-Pererê, na Mula-sem-cabeça, nos deusesda mitologia greco-romana? Por Zeus! Ainda hoje,em pleno terceiro milênio, o homem, em suasolidão no universo, recorre também a forçasespirituais. Afinal, todos nós temos um anjoprotetor. Ou não?Faça um levantamento de todos os seres fantásticos

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dos quais já ouviram falar; peça-lhes queexpliquem as características daqueles que o grupodesconhecer.A seguir, pergunte-lhes: Se, por acaso, cada umtivesse o poder de criar um ser fantástico que oprotegesse, como ele seria? Protegeria apenas a ele?Quais poderes teria? E o protegeria do quê?Pergunte a cada um, mas se alguém não quiserfalar, não precisa.Distribua então argila (mais ou menos dois quilosa cada um) e peça que criem e modelem seuprotetor – é aconselhável fazê-lo sobre umaprancha forrada com plástico. Diga ao grupo que otrabalho tridimensional, diferentemente dodesenho e da pintura (que são bidimensionais),tem volume e será visto de todos os lados, sobqualquer ângulo. Portanto, todas as faces devemser primorosamente elaboradas. Durante otrabalho, oriente-os e incentive-os na busca daforma mais original.Terminada a atividade, exponha todos os trabalhose peça a cada autor que fale um pouco sobre suacriatura, seu nome, seus poderes e pontos fracos.Pergunte-lhes também se a obra realizadarepresenta exatamente o que haviam imaginado ese trocariam seu protetor com o de outro colega –nesse caso, qual e por quê.Distribua a ficha 3 e peça que desenhem ali suacriatura, escrevendo quais seus poderes e como eleos protege. Também podem desenhá-la em folhaavulsa, que será anexada à ficha.Explique que, se quiserem pintar seus objetos,devem esperar que sequem. Combine com o grupoo dia e horário em que poderão fazê-lo. Lembre-seque, uma vez pintadas com guache, assim que atinta secar devem ser pulverizadas com vernizspray para artesanato (veja mais detalhes sobrepintura na oficina 11, p.28).

OFICINA 10O QUÊ?Material necessário: papel, lápis e canetascoloridas, giz de cera; baú com adereços; ficha 3.O teatro, o cinema, a pintura, a escultura, a músicae a dança já se inspiraram e se inspiram ainda emseres imaginários, além de criar outros. A própriahistória das artes tem sua origem no espiritual:esculturas ou pinturas de deuses que protegiam astribos; músicas e danças para afastar maus espíritosou pedir chuva; encenações para solicitar ouagradecer aos deuses uma boa colheita, umacaçada ou guerra vitoriosa.ApresentaçãoCom o grupo em círculo, peça a cada um que digaseu nome e o de algum poder sobrenatural quegostaria de ter (ler pensamentos, voar, moverobjetos com o olhar etc.).AquecimentoPeça ao grupo que caminhe vagarosamente pelasala, diga-lhes para andar na água, na lama, entreteias de aranha; entre cacos de vidro e espinhos;sobre nuvens, sobre espuma de sabão, na cordabamba; na selva, atravessando um túnel baixo eestreito. Diga-lhes que, ao sair do túnel, cada umse encontra agora em outro planeta. Fale muitocalmamente e, antes de mudar cada comando, dêsempre um tempo para o grupo cumprir a ordem.Quando chegar ao “outro planeta”, anuncie:

De repente, aparece uma substância

desconhecida, que vem do solo e vai

aumentando. Estabeleçam contato com

ela. Sintam-na com cada parte do

Artes cênicas

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27ARTES VISUAIS E CÊNICAS

corpo: com o joelho, com o queixo, com

os quadris. Empurrem-na;

movimentem-na, façam ondas, tentem

fazê-la voar. Deixem agora que essa

substância lhes sirva de apoio;

encostem-se nela, descansem sobre

ela, apoiem o queixo, os braços. Agora

a substância misteriosa desapareceu, o

chão está frio, o ar gelado... A

substância reapareceu, debrucem-se

sobre ela, ela se enrola em vocês,

chega até o pescoço, desenrola...

Agora, modelem um objeto com ela e

tentem jogá-lo fora, ele gruda, é difícil,

agora vocês conseguiram. Voltem para

a substância e deixem nela sua marca

(assinatura, pegada, máscara). De

repente, aparece um ser estranho,

vocês lutam, ele os derruba, vocês

caem no chão desacordados... [Dê

alguns segundos.] Agora vocês

acordaram e estão aqui, na oficina.

Reúna os participantes em círculo e pergunte sobreas sensações que tiveram, seu desempenho,dificuldades, por que deixaram aquela marca nasubstância desconhecida, como era essa substânciae como imaginaram o ser que os atacou.AtividadeDivida o grupo em dois ou três subgrupos e peça-lhes que criem uma história fantástica, com seresfictícios, num ambiente totalmente imaginário,diferente de tudo que já se viu. Não precisa seruma história escrita. Peça-lhes que construam bemseus personagens, quem são, onde moram, do quese alimentam, que idade têm, quais seus poderes,seus pontos fracos, enfim, o maior número possívelde características. Diga-lhes para deixar bem claroqual é a trama, o enredo da história, o que acontece.Enquanto criam a história, circule entre os grupos,orientando-os, incentivando-os a ser criativos,originais e oferecendo-lhes os adereços do baú.Dê-lhes um bom tempo para ensaio e preparaçãoda peça, não menos que meia hora.Sorteie com os grupos a ordem de apresentação.Assim que o primeiro grupo tiver se apresentado,converse inicialmente com a platéia, que deverádizer o que entendeu da história, se os personagens

foram bem escolhidos e delineados, se ficou claroo onde, o quem e, principalmente, o quê?: atrama, o enredo da apresentação. A seguir, passe apalavra aos atores, que deverão esclarecer possíveisdúvidas e contar seu processo de trabalho, ainvenção da história e criação dos personagens.Siga o mesmo processo com os demais grupos.Distribua a ficha 3 (ou peça aos que já a têm que aretomem) e leia o que se pede: que desenhem, emoutra folha, uma cena dentre as peças apresentadascomo se fossem fotógrafos, escolhendo a melhorimagem para afixar em um jornal. Assegure osmateriais para desenho e, depois de prontos,promova a exposição e debate coletivo, antes de serguardados nos portfólios.

OFICINA 11MÁSCARASMaterial necessário: pranchas de madeira 40 x40cm forradas com plástico (uma por aluno),argila (cerca de 2 Kg por aluno); acessórios paradecoração: arame, bombril, lantejoulas, penas, lãetc.; tinta guache, pincéis, verniz spray.

ATENÇÃOEsta oficina deve ser desdobrada em dois dias (emsemanas diferentes): as máscaras feitas em argiladeverão secar por no mínimo cinco dias para poderser pintadas.Faça os acertos necessários com a coordenação daUnidade e combine com os participantes, para quenão deixem de pintar suas máscaras.

O uso de máscaras pelo homem talvez seja tãoantigo quanto a história da própria humanidade.

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28EDUCAÇÃO E CIDADANIA

Agrupamentos humanos da época das cavernas,tribos perdidas na vastidão do tempo, povos doOriente e do Ocidente, todos usaram e ainda usammáscaras. Inicialmente ligadas a uma função ritual,as máscaras representavam mitos, entidadesespirituais e quem as usava adquiria o poder deles.Representando animais, deuses, demônios, figurassimbólicas, aterrorizando ou trazendo a paz, ohomem cobria seu rosto com os mais diversosmateriais, criando, a partir das cores e formas dasmáscaras, os mais diversos significados. Em tempoanterior ao século VI a.C., os gregos introduziramas máscaras no teatro, assim como, mais tarde, osjaponeses. Outros povos, principalmente oshabitantes da Tailândia, Tibet, Índia, mostravamem suas danças máscaras fascinantes,extremamente coloridas e ricamente decoradas; nocarnaval de Veneza, tradição antiga daquela cidade,as máscaras eram de um luxo e requinteinimagináveis. As máscaras de antigas tribosafricanas, assim como as dos faraós e máscarasmortuárias egípcias, são famosas ainda hoje nomundo inteiro, pelos mistérios que trazem consigo,pelo sagrado que representam e pelo fascínio queexercem sobre nós.No Brasil, a maioria das tribos indígenas utilizavamáscaras em seus rituais religiosos ou guerreiros,assim como em suas danças e pajelanças. Não dápara falar de Brasil e de máscaras sem falar docarnaval, verdadeira explosão das mais variadasformas, cores, brilhos, materiais, significados ealegorias por meio desses enfeites que se colocamsobre o rosto.No mundo contemporâneo, embora não tãofreqüentes quanto na antigüidade, as máscarascontinuam presentes em conjuntos de rock, nosteatros, bailes, festas populares e folclóricas, emheróis de histórias em quadrinhos.Apresentação: após ter conversado com o gruposobre o texto acima, pergunte se já usaram máscaras,quando e quais personagens conhecem que usammáscaras. Diga-lhes que hoje irão fazer máscaras.Atividade 1: Confecção de máscarasÉ importante que as máscaras de argila sejamtrabalhadas sobre uma prancha de madeira (demais ou menos 40 x 40 cm) individual, forradacom plástico.

Distribua as pranchas e a argila (mais ou menosdois quilos para cada um) e peça que criem umamáscara, do tamanho que quiserem, lembrandoque não é para ser usada no rosto. Estimule-os aserem ousados, criativos. Podem exagerar nosnarizes, queixos, colocar chifres, orelhaspontudas etc., deixando os detalhes que podem serpintados ou colados para o acabamento final.Alguns acessórios, que precisarem ser embutidosno barro, deverão ser feitos com a argila aindaúmida (uma antena, por exemplo, se for um serextraterrestre).Atividade 2: Pintura das máscarasEsta atividade deverá ser feita em outro dia, pois asmáscaras deverão estar secas para o trabalho depintura.Distribua tintas guache e pincéis. Diga ao grupoque é melhor inicialmente pintar a máscara toda deuma única cor, que será a base (branca, preta, corde pele, marron, amarela, verde...); assim que estasecar (o guache seca rápido), e se não necessitar deuma segunda mão, fica mais fácil pintar osdetalhes: os olhos, lábios, sobrancelhas, cicatrizes,enfeites etc. Deixe-os livres para a pintura dasmáscaras. Assim que a pintura estiver pronta e atinta secar, pulverize as máscaras com verniz spraypara artesanato.Os jovens poderão ainda, se quiserem, acrescentardetalhes como cabelos e bigodes de barbante oubombril, óculos, chapéus, penachos, lantejoulas...Faça uma exposição com todas as máscaras econverse com o grupo sobre seus significados, seuvalor simbólico, a ousadia na criação das formas eutilização das cores, as possíveis texturas, segostaram de trabalhar com argila, suasdificuldades etc.Converse também sobre os significados da palavramáscara, por exemplo: Por que, em algumasocasiões, se usam máscaras, disfarces? Por quealguém teria interesse em disfarçar sua identidade?O que é identidade? Por que se usam as expressões“Fulano é um mascarado?” ou “Fulano deixou caira máscara”? Será que “usamos” máscaras no dia-a-dia (fingindo estarmos tristes, alegres,indiferentes...)? Por que será que às vezesdisfarçamos quem de fato somos?

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29ARTES VISUAIS E CÊNICAS

OFICINA 12QUEM É VOCÊ?Material necessário: sacos de papel, papéiscoloridos, cartolina; tintas, pincéis, tesoura, cola;elásticos; acessórios como fitas, penas,lantejoulas, lã.Com os jovens em círculo, peça que cada umdiga seu nome e o de algum personagemmascarado de que se lembrem (se não selembrarem, não tem importância). Verifiquequais, dentre os jovens presentes, participaramda oficina anterior (sobre máscaras) e peça suaajuda para relatá-la, principalmente a discussãofinal.AquecimentoPeça ao grupo que caminhe pela sala, lentamente,ocupando todos os espaços. A um sinal seu –podem ser palmas –, deverão todos olhar para vocêfazendo uma careta (máscara) e “congelar” poralguns segundos. Devolva-lhes, se quiser, umacareta sua. Dê nova ordem para continuarcaminhando e, a um novo sinal, farão novamáscara, acrescentando movimentos com os braçose as mãos, e congelam; depois, continuamcaminhando e agora a máscara vem acompanhadade movimentos de mãos, braços e pernas,congelam; continuam caminhando e, a seu sinal,criarão uma máscara com todo o corpo, emitindoainda um som (berro, suspiro, assobio, grito...).Descansam, espreguiçam-se.Atividade 1Peça aos jovens para criarem máscaras de papel.Distribua tintas, pincéis, papéis coloridos,

tesouras, cartolina, sacos de papel, elásticos eoutros acessórios que porventura tenha (fitas,penas, lantejoulas, lã). Poderão fazê-las comcartolina; nesse caso, deverão prendê-las comelástico; também podem usar sacos de papelenfiados na cabeça. Em ambos os casos, deverão,antes de mais nada, marcar os lugares dos olhos eda boca e fazer as respectivas aberturas, para sóentão proceder à decoração das máscaras.Dê-lhes mais ou menos meia hora para execuçãodo trabalho. Pendure todas as máscaras lado a lado(ou disponha-as de modo que todos as possam ver)e comente com o grupo a originalidade de cadauma, a escolha das cores, o formato, as inovações,o uso das cores, acessórios etc. Pergunte tambémsobre o valor simbólico delas, o que cada umassocia a determinada máscara etc.Atividade 2Divida o grupo em dois ou três subgrupos e digaque a próxima tarefa é criar uma história ondeapareça pelo menos um personagem mascarado –nesse caso, escolherão qual máscara irão utilizar. Secriarem histórias onde apareçam todas as máscaras,melhor.Combine com eles o tempo de criação e ensaio(lembre-os, é uma improvisação) e sorteie a ordemde apresentação. Assim que cada grupo seapresentar, conversem todos sobre as históriasapresentadas, os recursos cênicos utilizados,principalmente as máscaras, a participação de cadaum, o respeito ao trabalho do outro e oenvolvimento de cada um na sua equipe. Não seesqueça de incentivar os aplausos após aapresentação de cada grupo.Para concluir, retome a reflexão sobre máscaras eidentidade (sugerida ao final da oficina 11).

Artes cênicas

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OFICINA 13DE VOLTA PARAO FUTURO

Material necessário: ficha 3; papel, lápis, giz decera, canetas hidrográficas; alternativamente, papelcanson, tinta guache, pincéis, copos descartáveis,papel toalha.A arte tem o privilégio de poder concretizar coisasimpossíveis e, quem sabe, torná-las possíveis.Afinal, quantos filmes e histórias em quadrinhos jáforam chamados em tempos passados de ficçãocientífica e funcionaram como profecias? Quemdiria, no início do século XX, que o homem iria àlua? Talvez apenas crianças, poetas – e os artistas...Este vir a ser, esta vida que ainda não é mas podeacontecer, pode ser concretizada num poema,desenho ou pintura.Atividade 1Converse com os participantes sobre as históriasem quadrinhos, desenhos animados e filmes que jáviram, que tratam do futuro. Pergunte-lhes sobreseus desejos, suas fantasias sobre o futuro; comogostariam que suas vidas fossem daqui a 20 anos;como gostariam que seu bairro, sua cidade fossedaqui a 20 anos; como gostariam de ver suasfamílias, como gostariam que seus amigosestivessem daqui a 20 anos...Fale você também dos seus sonhos e projetos parao futuro.Atividade 2Diga ao grupo que, em arte, tudo é possível. Nessecaso, é só desenhar! Proponha que cada umrepresente, por meio do desenho ou da pintura,seus sonhos, lutas e esperanças para o futuro.Distribua a ficha 3 (ou peça aos que já a têm, que aretomem), lápis, canetas e giz de cera. Sepreferirem usar guache, em vez de desenhar naficha, farão suas produções em papel canson.Circule entre os jovens, orientando-os eincentivando-os. Lembre-os de dar um título eassinar sua obra.

Terminados os trabalhos, faça um grande painel deprojetos, sonhos e esperanças e peça ao grupo parabatizá-lo. Peça a alguns voluntários que comentemos resultados dos trabalhos. Lembre-os que ofuturo começa agora – e essa ficha, que guardarãoem seus portfólios, pode servir de registro, paraeles próprios lembrarem-se, mais tarde, de umsonho que um dia sonharam…

REFERÊNCIASBIBLIOGRÁFICASBARBOSA, Ana Mae. A imagem no ensino da Arte: anos

oitenta e novos tempos. São Paulo: Perspectiva;Porto Alegre: Fundação Iochpe, 1981.

BOAL, Augusto. Duzentos exercícios e jogos para o atore o não-ator com vontade de dizer algo através doteatro. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1983.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Parâme-tros Curriculares Nacionais – Arte. Brasília, 1996.

CHILVERS, Ian. Dicionário Oxford de Arte. São Paulo:Martins Fontes, 1996.

GOWING, Lawrence. A history of art. Abingdon (UK):Andromeda Oxford; Barnes & Noble, 1995.

MARTINS, Mírian C. F. D., PICOSQUE, Gisa, GUERRA,M.Terezinha T. Didática do ensino de arte: a línguado mundo; poetizar, fruir e conhecer arte São Paulo:FTD, 1998.

MESTRES da pintura. São Paulo: Abril Cultural, 1977.

SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação.Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas.Proposta curricular para o ensino da educaçãoartística: 1º grau. São Paulo, 1991.

________. Proposta curricular para o ensino daeducação artística: 2º grau. São Paulo, 1992.

SCHNABEL, Julian. Basquiat. Nova Iorque: Miramax,1996. filme VHS.

SPOLIN, Viola. Improvisação para o teatro. São Paulo:Perspectiva, 1982.

GUERRA, Maria Terezinha T. Edward Munch. In: SÃOPAULO (Estado). Secretaria da Educação.Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas.Projeto inovações no ensino básico. São Paulo, 1997.

SUGESTÕES PARA O ACERVODA UNIDADELivrosSTRICKLAND, Carol. Arte comentada: da pré-história ao

pós-moderno. Rio de Janeiro: Ediouro, 1999.

Filme / vídeoBASQUIAT, traços de uma vida – Basquiat (dir. Julian

Schnabel). Nova Iorque: Miramax, 1996.

30EDUCAÇÃO E CIDADANIA

Artes cênicas

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FICHA 1ARTES VISUAIS E CÊNICASEDUCAÇÃOE CIDADANIA

NOME DATA

Oficina 3 Um grito ou um sorriso?Nesta oficina você conheceu quadros de dois pintores famosos. Leia sobre eles.

Mona Lisa. Leonardo da Vinci, 1503-6Museu do Louvre

Leonardo da VinciLeonardo da Vinci nasceu na cidadede Vinci, perto de Florença, na Itália,em 1452 e, desde muito pequeno,já desenhava e pintava. Por ser filhoilegítimo, seu sobrenome era onome de sua cidade natal (comose, hoje, se chamasse Leonardode Guarulhos, por exemplo). Commais ou menos 17 anos, mudou-separa Florença para ter aulas comum pintor famoso, Verrocchio, queensinava em troca de serviçoscomo varrer o chão e limpar aoficina. Rapidamente Leonardosuperou o mestre (e dizem algunsautores que este, envergonhado,parou de pintar…).Apesar de ter sido um dosartistas mais talentosos que omundo já teve, Leonardo não seinteressava apenas pelodesenho. Foi um verdadeirogênio: além de escultor, pintor,arquiteto, enveredou pelaCiência, Matemática, Física,Astronomia, Engenharia, entreoutras áreas. Foi autor de inúmerasinvenções e fez projetos mirabolantes,como de máquinas para voar (antes de1500!), sistemas de esgoto, embarcações,desenhos para construção de cidades,plantas de catedrais, desenhos de botânica,máquinas para a guerra... Além disso,dissecava cadáveres e fazia desenhos daanatomia humana. Via a arte como formade conhecimento e dizia que as mãosexpressam o que o cérebro pensa.Da Vinci é autor de belíssimas obras dearte, respeitadas no mundo todo. A maisfamosa é Mona Lisa e a mais reproduzidano planeta é A última ceia, que mostraCristo despedindo-se de seus discípulosantes de morrer. Leonardo da Vinci morreu

no castelo real da França, para onde haviase mudado a convite do rei Francisco I, com67 anos. A Mona Lisa foi pintada em 1503,com tinta a óleo sobre madeira (ainda nãoera muito comum o uso de telas), mede77cm por 53cm (é pequena) e encontra-seno Museu do Louvre, em Paris. Seu valor éincalculável; segundo alguns, seria oquadro mais caro do mundo! Essa obratambém é conhecida com o nome deLa Gioconda e é o retrato da esposa de uminfluente mercador da época. Seu sorriso(será que é sorriso?) enigmático vemintrigando milhares de pessoas até hoje.

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FICHA 1 VERSOARTES VISUAIS E CÊNICAS

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EDUCAÇÃOE CIDADANIA

Edward Munch

� Escreva aqui o título da pintura que você fez, inspirado no sorriso ou no grito:___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Munch nasceu em 1863, na Noruega. Teveuma infância muito triste porque, quandotinha apenas cinco anos, sua mãe faleceu.A partir daí, apegou-se muito a uma irmã e,quando tinha 13 anos, ela também faleceu.Seu pai, por causa da morte da esposa,chegou quase à demência, andando de umlado para outro, rezando sem parar, diaapós dia. Munch, que também tinha umasaúde frágil, vivia de cama. Por isso, quasetoda a obra de Munch é marcada peladoença, morte e loucura.Quando jovem, estudou Engenharia, masacabou trocando a faculdade por um cursode desenho, sendo aluno muito dedicado.

Anos mais tarde, recebeu uma bolsa deestudos do governo norueguês e foi morare estudar em Paris. Embora não seenquadrasse nos padrões da pinturaconvencional e acadêmica, aos poucos iadescobrindo e firmando seu estilo. Em1892, participou de uma mostra naAlemanha. Suas pinturas causaram tantapolêmica que foi “convidado” a retirar seus“borrões” da exposição, que foi fechadauma semana depois de inaugurada. Essefato projetou seu nome internacionalmentee desencadeou a formação de um grupo deartistas contestadores.Munch fez várias exposições pela Europa eacabou mudando-se para Berlim, ondecomeçou seu famoso “Friso da Vida”, umconjunto de pinturas que ele dizia tratar da“poesia, do amor e da morte”. O Grito fazparte dessa série de pinturas. Durante suavida, Munch teve períodos de muitaprodução e reconhecimento e épocasdifíceis, quando seu trabalho foi duramentecriticado. Em um desses períodos,entregou-se à bebida, entrou emdepressão, sofrendo um colapso nervoso,que o levou a ser internado durante oitomeses em uma clínica de psicoterapia.Recuperado, voltou a sua terra natal,deixou de lado os temas neuróticos eimagens atormentadas, preferindo temasalegres e enaltecendo forças positivas –nessa época, pintou o Salão Nobre daUniversidade de Oslo. Foi novamentereconhecido, recebendo o título deCavaleiro da Ordem de São Olavo.Faleceu em 1944, devido a umabronquite. Figura entre os maisimportantes artistas do mundo.Fonte: Guerra, 1997.

O Grito foi pintado em 1893, comtêmpera e pastel sobre cartão; mede83,5 x 66 cm. Encontra-se na GaleriaNacional de Oslo, na Noruega.

Esta obra esteve no Brasil em 1998, naBienal de Artes, no Ibirapuera, em São Paulo.

O grito. Edward Munch, 1893. GaleriaNacional de Oslo

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FICHA 2ARTES VISUAIS E CÊNICAS

EDUCAÇÃOE CIDADANIA

Oficina 4 Teatro: Onde?� Nesta oficina, você exercitou vários “ondes”. Imagine um local (país, cidade, zona

rural, outro planeta, castelo mal-assombrado, hospital...) onde você criaria umahistória para ser transformada em peça de teatro. Descreva com detalhes.__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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� Durante os jogos, você também precisou ser rápido na argumentação, pois nummomento você pedia algo e, logo em seguida, era você quem negava. Para você, foimais fácil pedir ou negar? Por quê?__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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� Foi fácil colocar-se no lugar do outro? Por quê?__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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� Em sua vida, você já pensou como seria estar na posição de outras pessoas? Maisricas, mais pobres, alegres, famosas, pessoas com medo, que sofrem, que perderamamigos ou familiares etc..? Se você pudesse, na vida real, na posição de quemgostaria de estar? E quem você jamais gostaria de ser? Por quê? Se preferir, nãoprecisa responder, mas reflita um pouco sobre isto.__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

� Desenhe o produto (ou aembalagem) que vocêinventou e escreva o nome quelhe deu.� Se quiser, crie um slogan para

seu produto. Slogan é umafrase que sempreacompanhará suapropaganda, por exemplo: 51,uma boa idéia; Coca-cola, éisso aí…

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Oficina 5 Um produto novo no mercado!

NOME DATA

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Oficina 7 Das paredes dascavernas aos muros da cidade� Dê sua opinião sobre o filme Basquiat, traços de uma vida,

que você assistiu em vídeo.___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

� O que você achou do desempenho dos atores do filme?Convencem?__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

� Se você pudesse dar outro final para a história deBasquiat, como seria?__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

� Registre em uma folha um poema ou desenho que você gostaria que todosvissem nos muros da cidade – isto é, se alguém lhe oferecesse um muro para isso.Guarde sua produção junto com esta ficha.

Oficina 8 Teatro – Quem?� Imagine que você foi convidado para atuar em uma peça de teatro ou novela: Qual

personagem gostaria de interpretar? Conte detalhes sobre esse personagem: idade,aspecto físico, caráter, personalidade, sonhos, projetos, pontos fracos etc.__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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� Conte também, qual papel jamais faria e explique o porquê de sua escolha.__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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� Se você fosse mesmo fazer essa peça ou novela, com quais atores e atrizes gostariade trabalhar? Por quê?__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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� Dê sua opinião sobre a oficina de hoje.__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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NOME DATA

FICHA 2 VERSOARTES VISUAIS E CÊNICAS

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EDUCAÇÃOE CIDADANIA

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Oficina 9 Anjos, fadas, bruxas e dragões

Oficina 13 De volta para o futuro� No verso desta ficha, registre, da forma como quiser, um de seus grandes sonhos

para o futuro. Sucesso!

Oficina 10 Teatro – O quê?� Vocês criaram uma história fantástica, com seres de um mundo de ficção e que, por

ter acontecido no teatro, que é efêmero, ninguém mais vai ver... Faça de conta quevocê é um fotógrafo, tente se lembrar de uma cena de que gostou e desenhe-a.Guarde a folha junto com esta ficha em seu portfólio.

� Desenhe aqui seu protetor imaginário,aquele que você criou em argila. Sepreferir, desenhe em uma folha avulsa eguarde-a junto com esta ficha.

� Escreva sobre ele: seus poderes, seuspontos fracos e, principalmente, contede que ele o protegeria.__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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NOME DATA35

FICHA 3ARTES VISUAIS E CÊNICAS

EDUCAÇÃOE CIDADANIA

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FICHA 3 VERSOARTES VISUAIS E CÊNICAS

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EDUCAÇÃOE CIDADANIA

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(Não se esqueça de assinar e dar um título a sua obra)

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CARTAZETE 1ARTES VISUAIS E CÊNICAS

EDUCAÇÃOE CIDADANIA

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CARTAZETE 1 VERSOARTES VISUAIS E CÊNICAS

EDUCAÇÃOE CIDADANIA

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MONA LISA (LA GIOCONDA)Leonardo da Vinci, óleo sobre madeira, 1503-6. Museu do Louvre

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CARTAZETE 2ARTES VISUAIS E CÊNICAS

EDUCAÇÃOE CIDADANIA

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CARTAZETE 2 VERSOARTES VISUAIS E CÊNICAS

EDUCAÇÃOE CIDADANIA

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Reprodução: cortesia da agência AVITIS

O GRITOEdward Munch, têmpera e pastel sobre cartão, 1893. Galeria Nacional de Oslo

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ISBN 85-85786-28-0

Autoria

SECRETARIA DEESTADO DA EDUCAÇÃO

Realização