4ª edição - revista romeiros de nossa senhora

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1 www.romeirosdenossasenhora.com.br Editora Criativa - Edição Especial 04 | R$ 7,00 | Ano 1 | Outubro/2011 ecial 04 | R$ 7,00 | Ano 1 | Outubro/2011 Editora Criativa - Edição Espec ISSN 2236 - 1979 9 772236 197007

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12 de Outubro, dia de Nossa Senhora Aparecida

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ora.com.br125 anos 1111111111111111111111111 aaaaaa5555555 a555 5 5 snos nooononos nonos sos

Mantida inicialmente pela contribuição de inúmeros apoiadores, num momento seguinte a Banda é acolhida pelo poder público que por meio de subven-ções auxilia em sua manutenção.

Estruturada, a instituição passa a viver um período de grande produtividade, celebra com toda pompa seu centenário em 1986 e mantém intensa atividade até fins dos anos noventa quando desenten-dimentos entre músicos, dirigentes e mantenedores provocam um colapso de conseqüências desastrosas.

Despejada das instalações que ocupava no Paço Municipal, a centenária corporação tem seu pequeno, mas precioso patrimônio irresponsavel-mente amontoado em um depósito municipal o que provoca a quase completa destruição de um rico acervo de fotos, gravações, partituras e inúmeros outros documentos acumulados durante anos.

Segue-se então, uma década de silêncio que só é rompido em fins de 2009 quando o SAAE – Serviço Autônomo de Águas e Esgoto, por seu diretor Paulo Afonso de Toledo Piza (aliás, ele próprio, ex-integrante da banda), adere ao projeto “Nova Aurora” e isso graças ao paciente trabalho de conven-cimento e aos ingentes esforços de nosso sempre amigo João Bosco de Oliveira, o bom e velho João Siri, da Banda Vapor.

E essa adesão foi fundamental, pois possibili-tou a reestruturação da banda, agora com um novo e importantíssimo dado: a presença competente de jovens músicos formados pelo PEMSA – Projeto de Educação Musical do Santuário de Aparecida, inicia-tiva meritória sob todos os aspectos, infelizmente ainda não devidamente conhecida dos próprios apare-cidenses, mas que já coloca no cenário musical mais próximo instrumentistas de excelente nível, resultado de um trabalho sério, planejado e executado com grande competência.

E é assim, integrando remanescentes de sua última constituição e talentos de aprimorada formação técnica e artística que a Corporação Musical Aurora Aparecidense prepara as celebrações de seu “ANO 125”.

Celebrações estas que ocorrerão sempre na praça N. S. Aparecida, onde deveremos receber as principais bandas civis do Vale do Paraíba, com a manifesta intenção de reviver as memoráveis retretas das quais aquele histórico logradouro já foi palco.

Mas não será a mera comemoração de mais um ano de existência e sim a demonstração pública de nosso apreço por esta forma de manifestação musical

e, antes disso, a defesa intransigente de uma de nossas mais caras tradições culturais – a banda de música – infelizmente ameaçada de desaparecimento pelo avanço tecnológico, pela pasteurização midiática mas, sobretudo pelo descaso.

Diante disso nossa reação é uma só: manter a banda na praça, oferecendo música, muita

No mais, é esperar para ver, é aguardar para ouvir.Até lá !

José Tadeu da FonsecaCoordenador do Coletivo Musical

responsável pela Banda AuroraContatos (12) 3105 1675

[email protected]

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O trabalho serve para muitas coisas, primeira-mente para retirar nosso sustento da terra, como mencionado na escritura sagrada. Mas além de sua função de subsistência, o trabalho tem importância na constituição da própria pessoa, no seu modo de vida. O trabalho fornece o sentido de nossa personalidade, ele dá “cor” às nossas características, como em um encontro, em que as pessoas se apresentam (nome) e dizem o que fazem (profissão): “Eu sou fulano de tal, professor”. Neste processo, carregamos parte de nossas vidas, de nossa formação de personalidade. Para chegarmos a uma profissão, seja ela qual for, implica investir tempo, dedicação, esforço pessoal, renúncia de outros prazeres, com a promessa de algo ainda melhor: nossa profissão. Seja um professor, açougueiro, médico etc., passamos a moldar nossa subjetividade, nossa maneira de ser a partir deste aprendizado que é a jornada de formação profissional, a jornada de um ofício. Na jornada de desenvolvimento do trabalho, o homem modifica-se a si próprio, à medida que o trabalho propicia ou cerceia o desenvolvimento de suas potencialidades latentes (Leplat, 1980). Mas a moleza acabou... O mundo mudou, e a Revolução Industrial criou a ideia de emprego. Lembrando que nunca deixamos de trabalhar. O que mudou, após a Revolução Industrial, foi à criação do emprego, que está ligado à exploração do trabalho por terceiros. E depois vieram novas perversidades... As novas tecnologias, com a automação e a repetição de tarefas pelos trabalhadores (robotização das linhas de montagens). E para brindar o final do século e o

O TRABALHO,

começo desta pós-modernidade, presenciamos as novas tecnologias da informação, com aumento de tarefas e exigência de velocidade alucinante para seu cumprimento, e a globalização, com as grandes corporações precarizando as relações trabalhistas para obterem mais lucros. E então, neste caldo, nos encontramos, os seres humanos, em condições de insegurança no emprego, subemprego, terceirizações malucas, fracasso no trabalho, competitividade acirrada, pressão para produção e falta de controle sobre o próprio trabalho. Este quadro irá testar as mentes dos trabalhadores, e os dados não são animadores. Pesquisas mostram que 1/3 das causas de incapacidade para o trabalho estão relacionadas a problemas mentais. Dos trabalhadores afastados, mais de 50% das patologias mentais diagnosticadas estão relacionadas ao trabalho. Ou seja, o trabalho pode gerar sofrimento mental a ponto de tornar o trabalhador incapaz para o trabalho. Por que o trabalho gera sofrimento mental? Os aspectos psicossociais acarretam exigências para o trabalhador, como: sobrecarga (excesso de tarefas), subcarga (monotonia), falta de controle sobre o trabalho, com baixo poder de decisão sobre o que e como irá desempenhar a tarefa, distanciamento entre grupos de chefia e seus subordinados, conflito de papéis, conflitos interpessoais, isolamento, falta de apoio social e baixos salários. Estes fatores estão intimamente ligados à personalidade do indivíduo para enfrentar o estresse.

Se as condições de saúde forem rompidas, ou seja, se o trabalho gerar dor além do suportável pelo indivíduo, encontraremos trabalhadores com quadros emocionais diversos, que podemos denominar:

• Estresse pós-traumático – por exemplo, quadro de ansiedade após assaltos no trabalho, onde o trabalhador sofre de medos de novas ocorrências;

• Doenças mentais decorrentes de exposição crônica a produtos utilizados no próprio trabalho – por exemplo, intoxicações por produtos químicos;

• Doenças mentais decorrentes de traumas agudos no trabalho – por exemplo, traumatismo craniano, com consequentes sequelas emocionais e neurológicas;

• Transtornos mentais comuns, que são sinto-mas “menores”, no sentido de não apresentarem quadros psiquiátricos graves, mas são sintomas que atrapalham a vida daquele que sofre. Entre os sintomas encontramos: insônia, fadiga, irritabilidade, esquecimento, dificuldade de concentração e queixas somáticas;

• Transtornos do ciclo de sono e vigília – por exemplo, trabalhadores que trabalham no período noturno, e não dispõem de tempo para a adaptação do sono;

Saúd

e • Morte no trabalho, denominada Karoshi, palavra japonesa que significa morte por excesso de trabalho; • Síndrome do esgotamento no trabalho ou síndrome de burnout.

Em suma, o trabalho deveria ser um “passa-tempo”, algo que transformasse o indivíduo, que fosse fonte de prazer ao realizá-lo. Mas o mundo real pulverizou esta ideia. Como fugir do vazio que o trabalho atual nos proporciona? Há saídas? Penso no retorno dos valores de cada uma de nossas tarefas, valor este que está ligado ao sentido do prazer em cumprir pequenos afazeres diários. Prazer em valorizar a formação das pessoas, o ofício de cada um, que por sua vez está ligado ao talento individual de cada um. Personalizar, encontrar o talento e encaixar o ofício que cabe a cada um. Voltar a dar valor à pessoa em cada profissional. Podemos iniciar com a valorização do Professor, aquele que nos dirige para o conhecimento do mundo e de nós mesmos. E não ter o trabalho como finalidade única de sustentação. Esqueça o emprego, voltemos aos ofícios. Utopia? Talvez. Mas o quadro atual de sofrimento dos trabalhadores não parece alentador e precisamos mudar. Então, viva a diversão do ofício que nos sustenta!

Dr. Luis Arenales – CRM 56.849Médico Psiquiatra

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O trabalho serve para muitas coisas, primeira-mente para retirar nosso sustento da terra, como mencionado na escritura sagrada. Mas além de sua função de subsistência, o trabalho tem importância na constituição da própria pessoa, no seu modo de vida. O trabalho fornece o sentido de nossa personalidade, ele dá “cor” às nossas características, como em um encontro, em que as pessoas se apresentam (nome) e dizem o que fazem (profissão): “Eu sou fulano de tal, professor”. Neste processo, carregamos parte de nossas vidas, de nossa formação de personalidade. Para chegarmos a uma profissão, seja ela qual for, implica investir tempo, dedicação, esforço pessoal, renúncia de outros prazeres, com a promessa de algo ainda melhor: nossa profissão. Seja um professor, açougueiro, médico etc., passamos a moldar nossa subjetividade, nossa maneira de ser a partir deste aprendizado que é a jornada de formação profissional, a jornada de um ofício. Na jornada de desenvolvimento do trabalho, o homem modifica-se a si próprio, à medida que o trabalho propicia ou cerceia o desenvolvimento de suas potencialidades latentes (Leplat, 1980). Mas a moleza acabou... O mundo mudou, e a Revolução Industrial criou a ideia de emprego. Lembrando que nunca deixamos de trabalhar. O que mudou, após a Revolução Industrial, foi à criação do emprego, que está ligado à exploração do trabalho por terceiros. E depois vieram novas perversidades... As novas tecnologias, com a automação e a repetição de tarefas pelos trabalhadores (robotização das linhas de montagens). E para brindar o final do século e o

O TRABALHO,

começo desta pós-modernidade, presenciamos as novas tecnologias da informação, com aumento de tarefas e exigência de velocidade alucinante para seu cumprimento, e a globalização, com as grandes corporações precarizando as relações trabalhistas para obterem mais lucros. E então, neste caldo, nos encontramos, os seres humanos, em condições de insegurança no emprego, subemprego, terceirizações malucas, fracasso no trabalho, competitividade acirrada, pressão para produção e falta de controle sobre o próprio trabalho. Este quadro irá testar as mentes dos trabalhadores, e os dados não são animadores. Pesquisas mostram que 1/3 das causas de incapacidade para o trabalho estão relacionadas a problemas mentais. Dos trabalhadores afastados, mais de 50% das patologias mentais diagnosticadas estão relacionadas ao trabalho. Ou seja, o trabalho pode gerar sofrimento mental a ponto de tornar o trabalhador incapaz para o trabalho. Por que o trabalho gera sofrimento mental? Os aspectos psicossociais acarretam exigências para o trabalhador, como: sobrecarga (excesso de tarefas), subcarga (monotonia), falta de controle sobre o trabalho, com baixo poder de decisão sobre o que e como irá desempenhar a tarefa, distanciamento entre grupos de chefia e seus subordinados, conflito de papéis, conflitos interpessoais, isolamento, falta de apoio social e baixos salários. Estes fatores estão intimamente ligados à personalidade do indivíduo para enfrentar o estresse.

Se as condições de saúde forem rompidas, ou seja, se o trabalho gerar dor além do suportável pelo indivíduo, encontraremos trabalhadores com quadros emocionais diversos, que podemos denominar:

• Estresse pós-traumático – por exemplo, quadro de ansiedade após assaltos no trabalho, onde o trabalhador sofre de medos de novas ocorrências;

• Doenças mentais decorrentes de exposição crônica a produtos utilizados no próprio trabalho – por exemplo, intoxicações por produtos químicos;

• Doenças mentais decorrentes de traumas agudos no trabalho – por exemplo, traumatismo craniano, com consequentes sequelas emocionais e neurológicas;

• Transtornos mentais comuns, que são sinto-mas “menores”, no sentido de não apresentarem quadros psiquiátricos graves, mas são sintomas que atrapalham a vida daquele que sofre. Entre os sintomas encontramos: insônia, fadiga, irritabilidade, esquecimento, dificuldade de concentração e queixas somáticas;

• Transtornos do ciclo de sono e vigília – por exemplo, trabalhadores que trabalham no período noturno, e não dispõem de tempo para a adaptação do sono;

Saúd

e

• Morte no trabalho, denominada Karoshi, palavra japonesa que significa morte por excesso de trabalho; • Síndrome do esgotamento no trabalho ou síndrome de burnout.

Em suma, o trabalho deveria ser um “passa-tempo”, algo que transformasse o indivíduo, que fosse fonte de prazer ao realizá-lo. Mas o mundo real pulverizou esta ideia. Como fugir do vazio que o trabalho atual nos proporciona? Há saídas? Penso no retorno dos valores de cada uma de nossas tarefas, valor este que está ligado ao sentido do prazer em cumprir pequenos afazeres diários. Prazer em valorizar a formação das pessoas, o ofício de cada um, que por sua vez está ligado ao talento individual de cada um. Personalizar, encontrar o talento e encaixar o ofício que cabe a cada um. Voltar a dar valor à pessoa em cada profissional. Podemos iniciar com a valorização do Professor, aquele que nos dirige para o conhecimento do mundo e de nós mesmos. E não ter o trabalho como finalidade única de sustentação. Esqueça o emprego, voltemos aos ofícios. Utopia? Talvez. Mas o quadro atual de sofrimento dos trabalhadores não parece alentador e precisamos mudar. Então, viva a diversão do ofício que nos sustenta!

Dr. Luis Arenales – CRM 56.849Médico Psiquiatra

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LIXO

Meu senhor, quanto lixopor aqui!

LIXO

Pirapora!O que aconteceu?

Porque vocêestá chorando?

Olá amiguihos!Em que posso ajudar

vocês?

Precisamos de suaajuda para limparesse monte de lixo.

Claro Pirapora!Ajudo sim!

Pode deixar comigo.

Lixo! Eu lheordeno,

desapareça...

Ê ê ê, uhu!É o super

Latão!

Lapito ...Olha quanto

lixo! Isso émuito triste!

Olhe, o Ideaestá vindo...

Ele podenos ajudar.

Hum! Já sei! Vamos chamar o Super

Latão, ele saberá o que fazer.

Ei amigos,o que ouvecom vocês?

Ideia! Você,sempre aparecena hora

certa.

Viu Lapito, dessa vezo super Latão ajudou.Por isso, temos que

colaborar com alimpeza e fazer anossa parte. Não

devemos jogar lixono meio ambiente.

É isso aí,vamosfazer anossa parte,

Pirapora!

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Fim

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Vamos colorir,

a Mãe Aparecida.

Use suas

canetinhas.

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Caça Palavras

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A Imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, foi encontrada no rio Paraíba na segunda quinzena de outubro

de 1717, por três pescadores Domingos Garcia, Felipe Pedroso e João Alves, medindo 40 centímetros de altura.

A pesca era para servir um banquete ao Dom Miguel de Almeida e Portugal, o Conde de Assumar e sua comitiva. Mas,

estava muito difícil pescar e os três pescadores já estavam desanimados quando de repente pescaram o corpo da Santa e

logo em seguida ao lançar novamente a rede pescaram a cabeça. Milagrosamente os peixes apareceram e a

pescaria foi muito farta.Maria Inês Rocha