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4 5 6 Pesquisa foca saúde intestinal do frango ESALQ nas arenas da Copa Parceria com a Unicamp Pró-reitora ministrou aula inaugural da PG ESALQComunidade Boas práticas Ano XI Número 36 junho 2014 ISSN 1984-6592 Depto. de Agroindústria, Alimentos e Nutrição (LAN) (19) 3429.4150 Gerhard Waller (Acom) Aconteceu em 6/5 a tradicional aula inau- gural da Pós-graduação da ESALQ. O marco do início do ano letivo dos programas de pós- graduação, que foi realizado no Salão Nobre do Edifício Central da ESALQ, contou com a presença de José Vicente Caixeta Filho, dire- tor da ESALQ; Tsai Siu Mui, diretora do Cen- tro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena), e da pró-reitora de Pós-graduação da USP, Bernadette Dora Gombossy de Melo Franco. Além das palavras das autoridades que com- puseram a mesa, Bernadette ministrou palestra com o tema: “Os desafios da Pós-graduação”. Durante a exposição de metas e desafios, foram apresentados os principais destaques da atual gestão, assumida no início deste ano. Entre os objetivos da Pró-reitoria, estão a implementação da Avaliação USP – que é um sistema baseado na Avaliação Capes, o que com- plementar na Avaliação USP e como utilizar esse método para direcionar a atual gestão da pró- reitoria. “Indicadores Capes, somados ao rastreamento de egressos e a autoavaliação da internacionalização da pós-graduação da USP serão as ferramentas para identificar o que deve- mos aprimorar”, comentou. (na página 5, leia“Papo com a Pró-reitora”) Ainda segundo a pró-reitora, em relação ao rastreamento de egressos, o objetivo é identificar o que a pós-graduação proporcionou para o estu- dante, onde ele atua e em que setor está inserido na sociedade. “É importante saber onde esse egresso está, para que possamos saber se o que foi produzido na USP está sendo devolvido para a sociedade e de que maneira. Também é uma forma de saber o que está sendo produzido no meio acadêmico por mestres e doutores da USP”. Bernadette disse ainda que, por meio da Ava- liação USP, a gestão poderá realizar reestruturação de programas de pós-graduação, encerrar pro- gramas antigos, iniciar novos programas, aper- feiçoar o mestrado profissional e divulgar os programas de pós-graduação da USP no exterior. “Continuaremos com a integração por meio de workshops e cursos de aperfeiçoamento, inter- nacionais, para divulgar nossa pós-graduação mundo afora”, destacou. Ao encerrar sua expla- nação, Bernadette ressaltou a principal função da pós-graduação assim como a USP como um todo. “Nosso objetivo final é formar pessoas – recursos humanos qualificados para a sociedade. A pós- graduação gera conhecimento científico, nosso pa- pel agora é levar essa ciência convergida em co- nhecimento também para a sociedade” concluiu. Bernardette Dora Gombossy de Melo Franco falou sobre a implantação da Avaliação USP nos programas de pós-graduação O Grupo de Extensão em Segurança de Alimentos (Gesea) realiza o curso de Boas Práticas de Fabricação para Manipuladores de Alimentos. A atividade treina profissionais quanto aos procedimentos de higiene para evitar surtos de toxinfecções alimentares, perdas de matéria-prima e nutrientes. Em 3/6, dia em que a ESALQ completou 113 anos, estreou na Rádio Educativa FM (105,9 MHz), de Piracicaba, o progra- ma Pensando Rural. Uma parceria entre ESALQ, OSCIP Pira 21e Prefeitura Municipal de Piracicaba, o projeto é direcionado aos agricultores e suas famílias e aborda os fatores que contri- buem para o crescimento da produtividade agrícola e da quali- dade de vida no campo. Veiculado semanalmente, o Pensando Rural tem 30 minutos e vai ao ar toda terça-feira, às 11h30. Pela internet, pode ser ouvido ao vivo em: www.educativafm.com.br Nas ondas do rádio Sérgio Amstalden (Acom) Excelência - Na Avaliação Trienal 2013 da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pes- soal de Nível Superior (Capes), cinco PPGs oferecidos na ESALQ foram avaliados como de nível 7: ‘Ciência Animal e Pastagens', 'Entomologia', ‘Genética e Melhoramento de Plantas', ‘Solos e Nutrição de Plantas', Fitopatologia e ‘Ecologia Aplicada’ (interunidades ESALQ/Cena). O Programa de ‘Fitotecnia' obteve nota 6. ‘Economia Aplica- da’, ‘Engenharia de Sistemas Agrícolas’, ‘Es- tatística e Experimentação Agronômica’, ‘Fi- siologia e Bioquímica de Plantas’, ‘Internaci- onal Biologia Celular e Molecular Vegetal’ e ‘Recursos Florestais’ receberam nota 5. ‘Microbiologia Agrícola’ e ‘Ciência e Tecnolo- gia de Alimentos’ ficaram com nota 4.

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Pesquisa foca saúde intestinal do frango

ESALQ nas arenas da Copa

Parceria com a Unicamp

Pró-reitora ministrou aula inaugural da PG

ESALQComunidade • Boas práticas

Ano XI Número 36 junho 2014

ISSN 1984-6592

Depto. de Agroindústria, Alimentos eNutrição (LAN)(19) 3429.4150

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Aconteceu em 6/5 a tradicional aula inau-gural da Pós-graduação da ESALQ. O marcodo início do ano letivo dos programas de pós-graduação, que foi realizado no Salão Nobredo Edifício Central da ESALQ, contou com apresença de José Vicente Caixeta Filho, dire-tor da ESALQ; Tsai Siu Mui, diretora do Cen-tro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena),e da pró-reitora de Pós-graduação da USP,Bernadette Dora Gombossy de Melo Franco.

Além das palavras das autoridades que com-puseram a mesa, Bernadette ministrou palestracom o tema: “Os desafios da Pós-graduação”.Durante a exposição de metas e desafios, foramapresentados os principais destaques da atualgestão, assumida no início deste ano.

Entre os objetivos da Pró-reitoria, estão aimplementação da Avaliação USP – que é umsistema baseado na Avaliação Capes, o que com-plementar na Avaliação USP e como utilizar essemétodo para direcionar a atual gestão da pró-reitoria. “Indicadores Capes, somados aorastreamento de egressos e a autoavaliação dainternacionalização da pós-graduação da USPserão as ferramentas para identificar o que deve-mos aprimorar”, comentou. (na página 5,leia“Papo com a Pró-reitora”)

Ainda segundo a pró-reitora, em relação aorastreamento de egressos, o objetivo é identificaro que a pós-graduação proporcionou para o estu-dante, onde ele atua e em que setor está inseridona sociedade. “É importante saber onde esseegresso está, para que possamos saber se o quefoi produzido na USP está sendo devolvido paraa sociedade e de que maneira. Também é umaforma de saber o que está sendo produzido nomeio acadêmico por mestres e doutores da USP”.

Bernadette disse ainda que, por meio da Ava-liação USP, a gestão poderá realizar reestruturaçãode programas de pós-graduação, encerrar pro-gramas antigos, iniciar novos programas, aper-feiçoar o mestrado profissional e divulgar osprogramas de pós-graduação da USP no exterior.“Continuaremos com a integração por meio deworkshops e cursos de aperfeiçoamento, inter-nacionais, para divulgar nossa pós-graduaçãomundo afora”, destacou. Ao encerrar sua expla-nação, Bernadette ressaltou a principal função dapós-graduação assim como a USP como um todo.“Nosso objetivo final é formar pessoas – recursoshumanos qualificados para a sociedade. A pós-graduação gera conhecimento científico, nosso pa-pel agora é levar essa ciência convergida em co-nhecimento também para a sociedade” concluiu.

Bernardette Dora Gombossy de Melo Franco falou sobre aimplantação da Avaliação USP nos programas de pós-graduação

O Grupo de Extensão em Segurança deAlimentos (Gesea) realiza o curso de BoasPráticas de Fabricação para Manipuladores deAlimentos. A atividade treina profissionaisquanto aos procedimentos de higiene paraevitar surtos de toxinfecções alimentares,perdas de matéria-prima e nutrientes.

Em 3/6, dia em que a ESALQ completou 113 anos, estreouna Rádio Educativa FM (105,9 MHz), de Piracicaba, o progra-ma Pensando Rural. Uma parceria entre ESALQ, OSCIP Pira21e Prefeitura Municipal de Piracicaba, o projeto é direcionadoaos agricultores e suas famílias e aborda os fatores que contri-buem para o crescimento da produtividade agrícola e da quali-dade de vida no campo. Veiculado semanalmente, o PensandoRural tem 30 minutos e vai ao ar toda terça-feira, às 11h30. Pelainternet, pode ser ouvido ao vivo em:

www.educativafm.com.br

Nas ondas do rádio

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Excelência - Na Avaliação Trienal 2013da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pes-soal de Nível Superior (Capes), cinco PPGsoferecidos na ESALQ foram avaliados comode nível 7: ‘Ciência Animal e Pastagens','Entomologia', ‘Genética e Melhoramento dePlantas', ‘Solos e Nutrição de Plantas',Fitopatologia e ‘Ecologia Aplicada’(interunidades ESALQ/Cena). O Programa de‘Fitotecnia' obteve nota 6. ‘Economia Aplica-da’, ‘Engenharia de Sistemas Agrícolas’, ‘Es-tatística e Experimentação Agronômica’, ‘Fi-siologia e Bioquímica de Plantas’, ‘Internaci-onal Biologia Celular e Molecular Vegetal’ e‘Recursos Florestais’ receberam nota 5.‘Microbiologia Agrícola’ e ‘Ciência e Tecnolo-gia de Alimentos’ ficaram com nota 4.

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2 Ano XI Número 36 junho/2014

Expediente/EditorialSobre fazer história

Clique Este espaço é seu. Envie sua foto de prédios oupaisagens do Campus com boa resolução para

[email protected]

Calangos clicados próximo ao Restaurante dos DocentesFotografia de Alessandra Pertile, membro da comunidade externa

Em 3 de junho de 2014, a ESALQ com-pletou 113 anos. Assim como em toda asua história, pautada por tradição epioneirismo, este ano em especial, e estaedição em particular, guardam momentosdignos de registro nessa trajetória.

A primeira efeméride de 2014 faz refe-rência a este boletim impresso, que com-pletou em maio 10 anos de circulação e pre-serva sua missão de “informar, sobretudo, oque de importante acontece na Escola e moti-var a todos para contribuir pela manutençãoda qualidade e tradição da ESALQ centená-ria”, como escreveu o ex-diretor José RobertoPostali Parra no editorial da primeira ediçãodo ESALQ notícias, em 2004.

Dez anos depois de lançar seu jornalimpresso, a ESALQ deu, no último dia 3de junho, importante passo no processo delevar à sociedade informações sobre seusfeitos e possibilitar que o conhecimentoproduzido internamente seja objeto de diá-logo com a realidade que a cerca. Assim,em parceria com a Prefeitura Municipal dePiracicaba e OSCIP Pira 21, estreou, naEducativa FM (105,9 MHz) o programaPensando Rural. O diretor da Escola, JoséVicente Caixeta Filho, em sua saudação aonovo projeto de comunicação também pro-movido pela Escola, lembrou “ser funda-mental que a ESALQ coloque em prática me-canismos que possibilitam uma relação soci-al mais rica com a comunidade externa, ainda

mais neste caso, quando passa a ocupar espa-ço em uma mídia tão querida como o rádio”.

O relato da aula inaugural da Pós-gra-duação (PG), tema da nossa capa, é o pri-meiro ato das comemorações dos 50 anosda PG na ESALQ, que certamente ocuparáespaço nobre em nossa próxima edição. Naesfera da graduação, o anúncio da parceriaentre a ESALQ e a Faculdade de CiênciasAplicadas (FCA) da Unicamp, que envol-ve intercâmbio de estudantes, como alunoespecial, do curso de Administração, mos-tra-se como ponto de partida de um acordoque pretende culminar com a formalizaçãodo programa de duplo diploma entre as duasinstituições, inédito até então entre duas es-colas de ensino superior público.

No mais, prêmios, homenagens, expo-sições, música e pesquisas que contribuemcom o desenvolvimento do setor agrário,formam o mosaico desta edição. De olhonos fatos cotidianos, finalizamos com im-portante registro de que a qualidade do solo,de 30% dos gramados onde ocorrerão as64 partidas da Copa do Mundo de futebol,está certificada pelo Laboratório de Análi-se Química do Solo (LAQS), do Departa-mento de Ciência do Solo (LSO) daESALQ. Mais uma vez, fazemos história.Boa leitura!

Caio AlbuquerqueJornalista da Assessoria de Comunicação (Acom) - MTb 30356

Jornalista responsável / EditoraçãoCaio Albuquerque (Mtb 30356)

Pauta e redaçãoAlicia Nascimento Aguiar (Mtb 32531); Lucas Ja-cinto (estagiário); Raiza Tronquin (estagiária)

RevisãoJosé Djair Vendramim; Luciana Joia de Lima;Marcia Azanha Ferraz Dias de Moraes

Projeto gráfico / EditoraçãoJosé Adilson Milanêz

Produção gráficaServiço de Produções Gráficas - SVPGrafTiragem 3.500 exemplares

Assessoria de Comunicação - AcomAv. Pádua Dias, 11 • Caixa Postal 913418-900 Piracicaba, SP • Telefone: (19) 3429.4485www.esalq.usp.br/acom • [email protected]/esalqusp • www.youtube.com/user/esalqvideos

Publicação Trimestral da E. S. A. “Luiz de Queiroz”

Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”

DiretorJosé Vicente Caixeta FilhoVice-DiretoraMarisa Aparecida Bismara Regitano d’Arce

Universidade de São Paulo

ReitorMarco Antonio ZagoVice-reitorVahan Agopyan

ESALQ notícias

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Ano XI Número 36 junho/2014 3

ESALQHoje

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Música na ESALQ

Grupo Ternamente Eclético

Centro de Estudos Linguísticos

De 19 a 23/05, ocorreu na ESALQ umcircuito de atividades comemorativas aos105 anos do Centro Acadêmico Luiz deQueiroz (CALQ). A programação contoucom exposição de imagens antigas do Cen-tro; doação de cabelos para a Santa Casa dePiracicaba; realização de artes visuais, de-senvolvidas por grafiteiros paulistas; alémda participação de três índios acreanos, queexpuseram artesanatos, apresentações ar-tísticas e também palestras sobre a culturada região norte do Brasil.

CampanhasEm março, o Fundo Social de Solida-

riedade de Piracicaba (FUSSP) lançou acampanha Tricotando com Amor, que ar-recada até agosto materiais para confec-ção de luvas, meias, gorros, xales, entreoutros. Os seguintes pontos de arrecadaçõesestarão distribuídos, até 20/07, no Campus:saguão de entrada do Edifício Central; prédioprincipal do Cena; DVATCOM; Pavilhão deEngenharia e Biblioteca Central. Outra parce-ria da Escola com o Fundo Social foi a 2ªMega Campanha do Agasalho, na qual pon-tos de coleta permaneceram no Campus de1º a 30 de maio.

SocioambientalEm 7/5, esteve no Campus Marcelo

de Andrade Romero, da Superintendên-cia de Gestão Ambiental (SGA) da USP.Na ocasião, reuniu-se com dirigentes,servidores docentes e não-docentes como propósito de apresentar propostas deconstrução socioambiental participativada política ambiental da USP, bem comoreconhecer as ações socioambientais re-alizadas no Campus. Criada em 2012, aSGA da USP tem a finalidade de articu-lar ações em prol da sustentabilidade.

Em 29/5, o grupo Ternamente Eclético (foto),formado pela pianista Cecília Bellato, a sopranoDébora Letícia, o contrabaixista e arranjador Ál-varo Damazo e o violinista Luís Fernando Dutra,apresentou-se no Projeto Música na ESALQ.

Em 5/6, em comemoração aos 113 anos da

ESALQ, o Música na ESALQ trouxe ao SalãoNobre o Grupo Choro de Saia, composto porSandra Marques (violão sete cordas), To Men-des (cavaquinho), Celinha Marchini (percussão),Augusto Vechini (saxofones e flauta) e Alexan-dre Wuensche (violão).

Em 7/5, o Centro de Estudos Linguísticos(CEL), da ESALQ, inaugurou suas novas insta-lações. Vinculado ao Serviço de Atividades Inter-nacionais (SVAInt), oferece aos alunos de gra-duação, docentes e funcionários a oportunidade

de aprender a língua inglesa. Com a nova instala-ção, o Centro, que pretende atender alunos depós-graduação, dispõe de estrutura adequada paraministrar cursos de língua portuguesa aos alunosestrangeiros que fazem intercâmbio na Escola.

Aprovada a reforma da CEU

Em 6/5, o prefeito do Campus “Luiz deQueiroz”, Fernando Seixas, assinou o contratoda obra que será realizada na reforma da Casa doEstudante Universitário “Prof. José Benedicto

de Camargo” (CEU). O trabalho está orçado emR$ 2.267.000, com início das obras em junho.Após 52 anos de existência, a CEU receberá in-tervenções de manutenção corretiva e preventiva.

A reforma da Casa do Estudante Universitáriotem previsão de 330 dias para o término

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Entre 28/4 e 2/5, em Jambi, na Indonésia,Pedro Henrique Santin Brancalion, profes-sor do Departamento de Ciências Florestais(LCF) da ESALQ, representou, como dele-gado brasileiro, o Ministério do Meio Ambi-ente do Brasil, no workshop “Capacitaçãopara o Sudeste Asiático na Conservação eRestauração de Ecossistemas”. O eventoreuniu representantes de 15 países da re-gião sudeste da Ásia, incluindo o ministrodo meio ambiente da Indonésia e o gover-nador da província de Sumatra.

O CEL está vinculado ao Serviço de Atividades Internacionais (SVAInt)

Indonésia

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A favor da avicultura

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m)InovaçãoTecnológica

Estudo avaliou diferentes níveis de suplementação de beta-ácidosdo lúpulo como aditivos de rações para frangos de corte

As doenças entéricas (moléstias que pro-vocam sintomas que variam da gastroenteriteleve às infecções sistêmicas potencialmente fa-tais e diarreia grave) causam prejuízo na in-dústria avícola, pois ocasionam perda de pro-dutividade, reduzem o bem estar das aves edesequilibram o microbioma intestinal, pontocentral da pesquisa desenvolvida pelo veteri-nário Cristiano Bortoluzzi, no Programa dePós-graduação em Ciência Animal e Pastagens.

“Uma dessas doenças é a coccidioseaviária, que causa grande impacto na produ-ção de frango de corte, sendo que as perdaspodem aumentar caso ocorra a proibição douso de anticoccidianos”, conta Bortoluzzi,reforçando que medidas que possamminimizar as perdas devido às lesões causa-das pela doença ou que auxiliem na recupera-ção das aves após a infecção devem ser in-tensamente pesquisadas.

Para tanto, em sua dissertação demestrado, intitulada “Desempenho produti-vo e microbiota intestinal de frangos de cortesuplementados com beta-ácidos do lúpuloapós desafio com Eimeria acervulina eEimeria tenella”, o pesquisador avaliou dife-rentes níveis de suplementação de beta-áci-dos do lúpulo como aditivos de rações. “Es-pecificamente, meu experimento centrou-sena avaliação do desempenho dos frangos ena capacidade dos beta-ácidos em manter oequilíbrio da microbiota intestinal após desa-

fio com Eimeria, protozoário causador dacoccidiose”.

Com orientação do professor JoséFernando Machado Menten, do Departamen-to de Zootecnia (LZT), o pesquisador relataque os beta-ácidos, substâncias extraídas dolúpulo e utilizadas nos experimentos, possu-em atividade antimicrobiana. “Os componen-tes do lúpulo são utilizados na indústriacervejeira, onde conferem sabor e aroma dacerveja. Entretanto, os beta-ácidos são utili-zados durante o processo de produção dessabebida pois podem ter efeito anti-inflamató-rio. Foi realmente o que aconteceu”.

Experimentos – Após a condução de doisexperimentos, os beta-ácidos do lúpulo, naforma microencapsulada, demonstraram po-tencial para serem utilizados nas dietas defrangos de corte, sendo que em situações dedesafio sanitário moderado, baixos níveis (30mg/kg) foram capazes de proporcionar omesmo desempenho produtivo que oantimicrobiano (30 mg/kg de bacitracina dezinco). Por outro lado, quando ocorreu in-fecção maciça por Eimeria sp., os beta-áci-dos não foram capazes de reverter o quadroprovocado pela coccidiose, embora o maiornível (240 mg/kg) tenha sido capaz de dimi-nuir a população de bactérias do gêneroClostridium, 7 dias após a infecção. “No se-gundo experimento, realizado na PurdueUniversity, Indiana, EUA, os beta-ácidos re-

duziram a expressão de genes relacionadoscom a resposta inflamatória e a conclusão aque chegamos é que utilizando essa substân-cia, de fato, há melhoria na saúde intestinaldas aves, sendo essa substância uma alterna-tiva aos antimicrobianos melhoradores dedesempenho utilizados nas dietas de frangosde corte”, destacou.

Inovação premiada – Como bolsista da Fun-dação de Amparo à Pesquisa do Estado de SãoPaulo (Fapesp), Bortoluzzi realizou, entre julho esetembro de 2013, o trabalho adicional em parceriacom a Purdue University, e o paper originário dasduas pesquisas rendeu ao pesquisador o primeirolugar do prêmio Alltech Young ScientistCompetition da região América Latina.

O Alltech Young Scientist reúne os maisbrilhantes pensadores científicos provenientesde faculdades e universidades do mundo todo.O programa oferece aos estudantes a oportuni-dade de serem premiados por suas pesquisascientíficas e concorrerem internacionalmente nomais alto nível acadêmico, sendo que este ano,o programa recebeu mais de 8.500 trabalhoscientíficos provenientes de todas as regiões domundo. Dessa forma, Cristiano e mais três jo-vens cientistas, oriundos dos Estados Unidos,Espanha e Austrália, premiados em suas res-pectivas regiões, participaram, entre 18 e 21 demaio, da competição global, realizada na matrizem Lexington, estado de Kentucky, durante o30º Simpósio Anual Internacional da Alltech.

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Papo com aPró-reitora

EmDestaque

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Em entrevista concedida pouco antesde ministrar a aula inaugural da PG, apró-reitora de Pós-graduação da USP,Bernadette Dora Gombossy de Melo Fran-co, falou sobre aproximação dos egres-sos com o setor produtivo e os desafiosda sua gestão.

O que a atual gestão da Pró-reitoriade Pós-graduação da USP pode fazerpara aproximar a universidade do setorprodutivo?

Estamos investindo para rastrear nos-sos egressos para que possam ajudar adivulgar ou inserir de uma forma maisotimizada a pós-graduação no local ondeeles trabalham. Principalmente os que es-tão na iniciativa privada.

Quais são os desafios da sua gestão?Com certeza é a avaliação institucional

que iremos realizar (Avaliação USP). Pre-cisamos de uma avaliação complementarà avaliação Capes. A Avaliação USP seráo norte da gestão. Por exemplo, se foridentificado que a maioria dos egressostem seguido para áreas com pouca rela-ção com o programa, significa que o pro-grama não foi realizado da maneira corre-ta. Além disso, não queremos formar alu-nos apenas para a universidade, quere-mos formar pessoas para o País.

Qual a dificuldade em transferirtecnologia para o mercado? Como po-demos ajudar?

Transferência de tecnologia é algo queo Brasil ainda faz muito pouco, masestamos aprendendo a fazer isso. O setorprivado, ainda, anda muito distante do se-tor acadêmico. Essa relação é tratada comose a academia e o setor privado fossemmundos diferentes. Por isso precisamosnos aproximar do nosso egresso, ele será aponte entre esses dois mundos, e daí a ne-cessidade de identificar onde estão.

ESALQ nas arenas da Copa

A Arena São Paulo, cenário de abertura daCopa do Mundo, além da Arena Pantanal(Cuiabá-MT), Estádio Beira-Rio (Porto Ale-gre-RS) e Arena das Dunas (Natal-RN), temuma relação direta com o Laboratório de Aná-lise Química do Solo (LAQS), do Departa-mento de Ciência do Solo (LSO) da ESALQ.Nas bancadas do LAQS foram realizadas asanálises de solo dos estádios que, unidos,sediam 19 partidas do torneio futebolísticomais esperado do planeta.

Há alguns meses, a ESALQ foi procuradapor uma empresa que constrói e mantêm gra-mados esportivos. O engenheiro agrônomo egerente de operações da corporação, AndréAmaral, enviou amostras de solos das quatro

arenas em questão para serem analisadas. “Esteé um resultado que usaremos para analisar to-dos os parâmetros da fertilidade do solo docampo”, destacou.

De acordo com Luís ReynaldoFerracciú, Alleoni, coordenador do projetode extensão que faz análise de solo naESALQ, o LAQS realiza cerca de 30 milanálises por ano para produtores rurais. “Foiinteressante quando vimos análise de solopara gramados de futebol ligados com aCopa do Mundo. Já realizamos análises paraestádios como o Barão de Serra Negra aquide Piracicaba (SP), o Centro de Treinamen-to do Palmeiras (SP), o Pacaembu (SP) eoutros”, lembrou Alleoni.

Entre 14 e 16/5, a ESALQ sediou o even-to “Agrisustenta 2014”, uma realização das re-vistas Exame e Planeta Sustentável. Com otema “A Revolução Tropical no Campo”, tevecomo objetivo difundir uma forma de mantero agronegócio em sinergia com a natureza jun-to aos seus biomas e ecossistemas. Diversosmétodos já utilizados no mercado, que aproxi-mam esse objetivo da realidade, foram com-partilhados entre executivos, gestores públi-cos, cientistas, consultores e especialistas na-cionais e internacionais. A apresentação decases, paineis e debates foram conduzidos porrepresentantes de instituições como Universida-de de São Paulo (USP), Universidade Estadualde Campinas (Unicamp), Empresa Brasileira dePesquisa Agropecuária (Embrapa), Instituto deManejo e Certificação Florestal e Agrícola(Imaflora), Editora Abril, entre outras.

Na abertura do evento o economista indi-ano Pavan Sukhdev, autor do relatório “A Eco-nomia dos Ecossistemas e da Biodiversidade”

ESALQ sediou Agrisustentae do livro “Corporação 2020”, ministrou pa-lestra com o tema “Como valorar abiodiversidade para a agricultura?”.

Sukhdev, uma das maiores autoridadesdo mundo em economia verde, explanou so-bre suas perspectivas em relação àbiodiversidade na agricultura brasileira, ca-pital natural, bem como a urgência em toma-das de novos rumos para que o agronegóciose torne mais sustentável. “O capital naturalconsiste em duas formas: capital natural vivoe morto. A valorização geral desses recursosé possível, como por exemplo, o que é feitono Oriente Médio em relação ao petróleo, queé um capital morto. Também existe o capitalvivo em forma de serviços de ecossistemasque, de forma natural, colaboram para a agri-cultura. O valor atual e futuro dos ecossiste-mas é chamado de capital natural. É possívelreconhecer esse capital em muitos países emavaliações realizadas por meio de satélites,como também por suas políticas”.

Equipe do Laboratório de AnáliseQuímica do Solo (LAQS)

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Bernardette Dora Gombossy deMelo Franco, Pró-reitora de

Pós-graduação da USP

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Parceria com a Unicamp

Ensino Top Etanol

Profissões

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Em 2/6, no Grand Hyatt Hotel, emSão Paulo, aconteceu a cerimônia depremiação dos vencedores da 5ª edi-ção do Prêmio Top Etanol. Foram 18trabalhos vencedores pertencentes adez categorias. Entre todos, cinco fo-ram conquistados pela ESALQ, en-quadrados nas categorias Graduaçãoe Pós-graduação lato sensu, Pós-gra-duação stricto sensu e Trabalhos Aca-dêmicos Publicados.

Os três primeiros lugares da catego-ria Graduação e Pós-graduação latosensu estampam o nome da ESALQ. Aprimeira colocação ficou para Ciro Men-des Sitta, com participação do orienta-dor Marcos Milan, com o trabalho“Dimensionamento, análise de viabili-dade e qualidade do sistema de preparode solo profundo canteirizado na culturada cana-de-açúcar”. Em segundo lugardespontam Nilceu Piffer Cardozo,Ricardo Bordonal e Bernardo Y. Ide, comparticipação do orientador Newton LaScalla Junior, com o trabalho “Sus-tentabilidade técnica e ambiental da irri-gação da cana-de-açúcar em diferentesregiões brasileiras”. Em terceiro lugarestá Manuel Moreno Ruiz Poveda, comparticipação da orientadora BeatrizAcquaro Lora, com o trabalho ”Susten-tabilidade da biodigestão versus com-bustão para o tratamento de vinhaça”.Na categoria Pós-graduação stricto sensu,a ESALQ garantiu a primeira colocaçãocom o trabalho “Fornecimento de cana-de-açúcar e integração vertical no setorsucro-energético do Brasil”, de Andréda Cunha Bastos, com participação daorientadora Marcia Azanha Ferraz Diasde Moraes. Finalmente, em segundolugar na categoria Trabalhos Acadê-micos Publicados aparecem AdrianaMarcela Silva Olaya, Carlos EduardoPellegrino Cerri, Newton La ScalaJunior, Carlos Tadeu dos Santos Diase Carlos Clemente Cerri com o traba-lho Carbon dioxide emissions underdifferent soil t i l lage systems inmechanically harvested sugarcane.

Em 17/5, a ESALQ realizou o “USPe as Profissões”, programa que objeti-va fornecer subsídios aos estudantespara que, com a ajuda de seus familia-res e professores, orientem-se na im-portante tarefa de optar por uma carrei-ra profissional. Durante a atividade, 382visitantes puderam conversar com pro-fessores e alunos, bem como adquiririnformações sobre os cursos de gradu-ação oferecidos na Escola.

Foi assinado em 30/5, na Escola, acordo decooperação entre a ESALQ e a Faculdade de Ciên-cias Aplicadas (FCA), da Universidade de Campi-nas (Unicamp). Na ocasião, assinaram o documen-to o diretor da ESALQ, José Vicente Caixeta Filho,além do diretor da FCA, Peter Schulz. Em síntese, oacordo de relações acadêmicas pretende estimularmaior interação entre os cursos de graduação, maisespecificamente os estudantes em Administração.

A parceria estabelecida entre a FCA-Unicampe a ESALQ contará, num primeiro momento, como instrumento de intercâmbio já estabelecido entreas Universidades Estaduais Paulistas, o qual pre-vê a possibilidade de o aluno cursar disciplinas emoutras instituições desde que tenha cumprido os

prazos estabelecidos, regras vigentes em cada ins-tituição e mediante existência de vagas. O alunodeve previamente ser autorizado a cursar discipli-nas na condição de estudante especial pelas res-pectivas Coordenações de Graduação. Após asdisciplinas serem cursadas com aprovação, é con-cedido o Aproveitamento de Estudos, desde quedentro do limite máximo de 20% do total de crédi-tos do curso. Nesse caso, podem participar dointercâmbio, alunos matriculados a partir do2º ano, e após ter integralizado no mínimo 20%dos créditos. Na ESALQ, coordenam as ativi-dades da parceria o professor Pedro Valentin Mar-ques, do Departamento de Economia, Administra-ção e Sociologia (LES).

Foi inaugurado em 7/5 o LaboratórioMultiusuário em Produção Vegetal, do Depar-tamento de Produção Vegetal (LPV). Com áreaaproximada de 600 m², as novas instalaçõescontam com rico equipamento para aprimorarpesquisas na área da agricultura, ajudando adesenvolver sistemas de produção mais racio-nais, para otimizar recursos naturais comodióxido de carbono, radiação fotossinteticamenteativa, água e nitrogênio. Estiveram presentes odiretor da ESALQ, José Vicente Caixeta Filho;

a vice-diretora, Marisa Aparecida BismaraRegitano d´Arce; o vice-prefeito do Campus,Silvio Moure Cícero; o vice-chefe do LPV,Durval Dourado Neto; o coordenador do La-boratório, José Laercio Favarin, além de do-centes, funcionários e alunos da Escola. “Olaboratório está localizado no LPV, mas ele éinaugurado em um momento importante danossa ciência, em que os esforços multidisci-plinares estão em evidência”, comentou Caixetadurante a inauguração.

Novo laboratório no LPV

Prédio conta com equipamentos paraaprimorar estudos na área da agricultura

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José Vicente Caixeta Filho e Peter Schulz

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Laboratório de Ecologia eRestauração Florestal (LERF)

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Painel

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Entre 9 e 30/5, o Museu e Centro de Ciências “Luiz deQueiroz” recebeu a exposição “Molécula da Água H-2-O”, com esculturas da artista Alaides Puppin Ruschel

FísicaFoi realizada, na ESALQ, em 13/5, a

oficina Show da Física. Com o objetivode despertar nas pessoas o interesse emconhecer os disfarces da energia, o pro-fessor Sérgio Oliveira Moraes, do LEB,realizou demonstrações com equipamen-tos didáticos e eletrodomésticos, além deexpressar os cuidados que se deve ter parapoupá-la. A Oficina integrou a programa-ção da 12ª Semana Nacional de Museus.

AgrishowEm 30/4, a Associação de Engenheiros

Agrônomos do Estado de São Paulo (Aeasp)prestou, em Ribeirão Preto (SP), uma ho-menagem aos profissionais que dignifica-ram a agricultura e a agronomia em 2013.Entre os homenageados, estiveram os pro-fessores seniores Evaristo Marzabal Neves,do LES, e Klaus Reichardt, do Cena. O even-to integrou as atividades realizadas na 21ªFeira Internacional de Tecnologia Agrícolaem Ação (Agrishow).

Em 28/4, aconteceu na ESALQ o FórumPermanente de Debates: “O que o mercadoespera do profissional do agronegócio”. Oevento proporcionou aos alunos de gradua-ção e pós-graduação conhecimento sobre asdemandas de empresas nacionais e multina-cionais das áreas de produção, comercializaçãoe pesquisa e desenvolvimento. Na ocasião,foram convidados para ministrar palestrasrepresentantes da Raízen, Coplacana eDuPont. Os temas abordados foram pro-dução agrícola, comercialização e pesqui-sa, ambiente e sustentabilidade.

Fórum

Em maio, foi publicado o Volume I da Coleção Botânica, assinadopelos biólogos Marcílio de Almeida, professor do Departamento de Ciên-cias Biológicas (LCB) da ESALQ, e Cristina Vieira de Almeida, diretorada InVitroPalm. A publicação aborda a constituição, classificação quantoao ambiente e função das estruturas que constituem os vegetais . Pode seracessada gratuitamente em:

www.esalq.usp.br/biblioteca/EBOOK/morfologia_raiz.html

A Casa do Produtor Rural lançou, em 31/5, a cartilha “Produção deshiitake em toras de eucalipto”. Contempla métodos de cultivo, frutificação,colheita, pós-colheita, pragas e custos de produção. Assinam Sergio FlorentinoPascholati, docente do Departamento de Fitopatologia e Nematologia (LFN);Carla Mariane Marassatto; José Renato Stangarlin (Unioeste); e SimoneCristiane Brand. Disponível em:

www.esalq.usp.br/cprural

Publicada pela Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq),a cartilha “Ácaros e carrapatos, esses minúsculos seres” tem carátereducativo e distribuição gratuita aos visitantes do Campus “Luiz deQueiroz”. Autoria de Tatiane Marie de Castro, Cristiane Fernandez eGilberto José de Moraes. Informações em:

[email protected]

www.lerf.esalq.usp.br

ConheçaaESALQ

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Fundado em 2000 pelos professores Ricardo Ribeiro Rodrigues e SergiusGandolfi, ambos do Departamento de Ciências Biológicas (LCB), o LERF temo objetivo de reunir, desenvolver e difundir conhecimento sobre a composição,estrutura e funcionamento das florestas brasileiras, em especial paulistas. Apartir desse conhecimento, busca-se definir indicadores de diversidade e estu-dar os processos da dinâmica florestal que sustentam novos métodos de restau-ração florestal de monitoramento das florestas remanescentes e das restauradas.

O LERF é responsável pelo desenvolvimento do Programa de AdequaçãoAmbiental e Agrícola de propriedades rurais no Brasil, nos quais mais de3.850.000 ha de áreas estão em processo de adequação, em mais de 60 associ-ações de proprietários privados de terras, empresas privadas, ONGs, assenta-mentos rurais e áreas públicas. Isso resultou, até 2014, na proteção de mais de96 mil hectares de remanescentes florestais e na restauração de 8.900 ha deflorestas tropicais. Saiba mais em:

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DetalhesdaESALQ

ProjetoMemória

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Prédio “Osmar Francisco Mantelato”

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“Meu limite é o horizonte”

João Walter Simões“Sou ‘agricolão’, de nascença e por

convicção”

Nascido em 2 de julho de 1938, na zonarural de Piratininga (SP), na região de Bauru(SP), João Walter Simões foi criado na fa-zenda. Cresceu ao lado de vários primos, acos-tumado com as atividades de agricultura epecuária. “Toda minha infância eu vivi longeda cidade, meu pai era lavrador e, por isso,vivenciei e peguei gosto pela vida na natureza.Sou caboclo assumido e aprendi muito daslides rurais, daí a preferência pela agronomia.Por viver sempre em contato com a natureza,eu não sirvo para viver ou trabalhar em ambi-entes fechados. Meu limite é o horizonte”.

João gostava de agronomia, mas não ti-nha informação sobre a existência de um cur-so. Em 1957, quando ainda cursava o cientí-fico no colégio “Ernesto Monte”, em Bauru(SP), encontrou um folheto de divulgação daESALQ. “A vocação existia, só faltava saberda Escola. Assim, juntei a fome com a vonta-de de comer e estava decidido a cursar Enge-nharia Agronômica, mas como fazer o cursi-nho vestibular?”.

Segundo Simões, só havia cursos prepa-ratórios em São Paulo e o ex-menino da fa-zenda seguiu para a capital do Estado. “Parasobreviver em São Paulo, trabalhava no Ban-co do Povo S.A., mas o expediente bancárioconflitava com o do cursinho. Então com-prei, em um sebo, lá no Viaduto do Chá apos-tilas referentes às disciplinas e voltei para afazenda. Estudava sozinho”. Em 1959, veiode trem prestar o vestibular. “Eu vim de trempara fazer o vestibular, de Duartina até RioClaro e de lá pegávamos uma jardineira, emestrada de terra, para chegar em Piracicaba”.Foi aprovado em terceira chamada. EmPiracicaba, morou em uma pensão no centroda cidade. “Morei na esquina da rua XV deNovembro com a São João”.

Durante a graduação, foi agraciado comuma bolsa de estudos da empresa norte-ame-ricana Anderson Clayton. “Durante os cincoanos do curso, a bolsa me imbuia também docompromisso de fazer estágio de férias nas

fazendas com cultivo de leguminosas para aprodução de óleos vegetais; na época, de amen-doim e algodão, soja nem se plantava”.

O contato com essas culturas direcionousua formação e cursou a diversificação (no-menclatura usada para especialização) emFitotecnia. “Como gostava de todas as cultu-ras, assistia também as aulas de Silvicultura”.

No último semestre de 1963, o colegaPieter Willem Prange, que estagiava na então22ª Cadeira, de Silvicultura, foi o encarrega-do de um recado muito especial e definitivo.“Ele me deu o recado do professor Helládiodo Amaral Mello, então chefe daquela Cadei-ra, para ir falar com ele. Assim, fez-me oconvite para assumir como docente em umadas recém-criadas vagas nessa cátedra aindaem formação. E lá estava uma na qual meencaixava: Reflorestamento, ou seja, planta-ção de árvores para produção de madeiras.Como fitotecnista, fiquei bastante confortá-vel naquilo que sempre foi minha vocação,trabalhar a terra e cultivar plantas”.

Em março de 1964 foi contratado pelaUSP e, durante as três décadas como docen-te, foi responsável por inúmeras atribuições,acadêmicas e administrativas. Foi encarrega-do do setor de Manejo Florestal do Departa-mento de Ciências Florestais (LCF), coorde-nando disciplinas de graduação e de pós-gra-duação. Entre 1979 e 1984 foi chefe do De-partamento e, no biênio 1989-90, atou comodiretor da Divisão de Administração da Pre-feitura do Campus da USP em Piracicaba.Em dois períodos, entre abril de 1979 e mar-ço de 1983 e entre novembro de 1992 e mar-ço de 1994, foi diretor científico do Institutode Pesquisas e Estudos Florestais (Ipef).

Durante sua trajetória, destaca-se ainda otrabalho de desbravador e instalador dos ex-perimentos na Estação Experimental Flores-tal em Anhembi. “Participei dos primeirosplantios de eucalipto, em 1974, e nos vinteanos sequentes. Hoje temos árvores lá com40 metros e 60 cm de diâmetro!”.

Prestou consultoria e ministrou cursosde pós-graduação em países como Colôm-bia, Bolívia, Nicarágua e Cuba. Aposentou-se em 1994 e, em 2013, completou seucinquentenário de formatura. “Durante a ce-rimônia comemorativa dessa data, fixamosuma placa em uma samaúma - a maior árvoreda Amazônia - plantada por mim, em 1965,próxima ao Pavilhão de Horticultura”.

Aos 75 anos, João Walter Simões conti-nua trabalhando, hoje como pecuarista nasterras onde cresceu, em Piratininga. “Brincocom os meus colegas que, se agora tivesseque cursar uma faculdade, escolheria nova-mente Agronomia. Sou agricolão, de nascen-ça e por convicção”.

Nas horas vagas, faz talvez o que maisgosta: planta árvores. “Acabei de plantar aquino campus, em frente ao restaurante dos do-centes, uma muda robusta de jaracatiá, árvo-re rara, que produzi no meu quintal”.

Construída em 1945, a edificação já abrigou aserralheria do Departamento de ProduçãoVegetal (LPV). Em 6 de abril de 2014, o prédiorecebeu o nome de “Osmar FranciscoMantelato”. Desde essa data, passou a ser asede do escritório regional da Superintendênciado Espaço Físico (SEF), no Campus “Luiz deQueiroz”. O projeto de reforma não previuampliação, somente adequações, mantendo 200m² de área construída.