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Revista do Pastor é parte integrante do materialda Campanha Anual de 2018 publicado pela

Junta de Missões Nacionaisda Convenção Batista Brasileira.

Copyright © 2018 da Junta de Missões Nacionais. Todos os direitos reservados.

JUNTA DE MISSÕES NACIONAIS

Direção ExecutivaFernando Brandão

Gerência de ComunicaçãoJeremias Nunes

Gerência de MobilizaçãoMilton Monte

Gerência Executiva de MissõesSamuel Moutta

Gerência Executiva de EvangelismoFabrício Freitas

Nossa Missão: Multiplicar discípulos.

Nossa Visão: Alcançar todos com o Evangelho.

Endereço da Sede:Rua José Higino, 416 - Tijuca • CEP20510-412

Rio de Janeiro – RJTelefax: (21) 2107-1818

Gerência de Administração e SuporteJuarez Solino

Gerência Executiva de Assistência SocialAnair Bragança

Supervisão EditorialCamila Saldanha

Jornalista ResponsávelRaquel Lima • DRT/RJ 19.171/2007

RedaçãoRebeca Nascimento

Equipe de ComunicaçãoAlexsandro Oliveira, Andressa Rodrigues, Desirée Aguiar, Fabiane Ventura,

Luciano Carvalho, Michael Jonas, Nathalia Marques, � ais Velasco

RevisãoAdalberto A. de Sousa

ArteOliverartelucas

Revista do Pastor é parte integrante do materialda Campanha Anual de 2018 publicado pela

Junta de Missões Nacionaisda Convenção Batista Brasileira.

Copyright © 2018 da Junta de Missões Nacionais. Todos os direitos reservados.

JUNTA DE MISSÕES NACIONAIS

Direção ExecutivaFernando Brandão

Gerência de ComunicaçãoJeremias Nunes

Gerência de MobilizaçãoMilton Monte

Gerência Executiva de MissõesSamuel Moutta

Gerência Executiva de EvangelismoFabrício Freitas

Nossa Missão: Multiplicar discípulos.

Nossa Visão: Alcançar todos com o Evangelho.

Endereço da Sede:Rua José Higino, 416 - Tijuca • CEP20510-412

Rio de Janeiro – RJTelefax: (21) 2107-1818

Gerência de Administração e SuporteJuarez Solino

Gerência Executiva de Assistência SocialAnair Bragança

Supervisão EditorialCamila Saldanha

Jornalista ResponsávelRaquel Lima • DRT/RJ 19.171/2007

RedaçãoRebeca Nascimento

Equipe de ComunicaçãoAlexsandro Oliveira, Andressa Rodrigues, Desirée Aguiar, Fabiane Ventura,

Luciano Carvalho, Michael Jonas, Nathalia Marques, � ais Velasco

RevisãoAdalberto A. de Sousa

ArteOliverartelucas

ÍndicePlantação de Igrejas no Brasil26Movidos pela Graça

para proteger a Infância24

• Excluídos Sociais• Igreja Multiplicadora

• Indígenas • Crianças• Imigrantes

Ênfases da Campanha08 A 17

Ficha Exegética42 Esboço de

Sermão44Roteiros de PGMs35 a 40

Movidos por Compaixão e Graça33 Testemunho34

Os que moram atrás dos Muros28 Para a Esposa

de Pastor30 Carta ao Parceiro de Missões32

Palavra do Diretor03 Panorama

201705 Campanha 201806

Como enviar sua oferta19 Quem precisa de uma

agência missionária?20 Movidos pela Graça23

4 5

Querido Pastor,

Em primeiro lugar, quero louvar a Deus por sua vida e dedicação ao ministério. Certamente, Deus o tem usado e abençoado para motivar e engajar muitas pessoas na missão de conquistar o Brasil para Cris-to. É um grande privilégio poder contar com seu comprometimento para o avanço da obra missioná-ria em nosso país, e em mais um ano você é uma peça fundamental para juntos realizarmos a maior campanha de todos os tempos!

Vivemos num contexto desafiador em nosso pais e em que, diuturnamente, encontramos pessoas ca-rentes do amor que só Jesus pode oferecer ao ho-mem. Seja nas ruas, nos presídios, entre as famílias, nos lugares remotos e entre os surdos, há muita gente precisando ser alcançada pelo poder de Deus, e nós somos os veículos que levarão essa mensagem de salvação. Louvamos a Deus, pois igrejas batistas em todo o país têm sido usadas na multiplicação de discípulos indo, testemunhando e investindo para que sua agência missionária chegue onde para elas isso não é possível.

Não podemos recuar diante de tão grande seara. Missões Nacionais tem desenvolvido diversos pro-jetos que vão ao encontro dessas parcelas da po-pulação, pois entende que todas as pessoas, não importa onde estejam, como se encontram ou que língua utilizam para se comunicar, precisam conhe-cer Jesus. A graça é o combustível que nos move nesta missão, nos impulsionando a ir aos campos

para testemunhar com alegria da grande obra que o Senhor fez e faz em nós por intermédio dela.

Conclamamos você, querido pastor, a se envolver em mais esta Campanha, dando o apoio necessário para que o Promotor de Missões desenvolva-a de modo eficaz e enriquecedor para a vida da igreja. Esta revista foi preparada de modo especial para edificar sua vida, e inspirá-lo na mobilização de seu rebanho durante a Campanha. Nela, você encon-trará a ficha exegética de nossa divisa, um esboço de sermão especial, textos que podem ser utiliza-dos como meditações para o boletim da sua igreja e muito mais.

Que esta graça, que um dia nos salvou, mova os nossos corações para que sejamos a resposta neces-sária ao clamor de muitos em nossa nação, a partir de um compromisso sincero com o avanço da obra missionária. Tenho convicção de que alcançaremos todos em nossa Pátria com o Evangelho, e isso co-meça em nosso envolvimento pessoal com a Gran-de Comissão, através da mobilização de nosso povo para a oração, para as ofertas voluntárias e para a evangelização discipuladora.

Um abraço missionário!

Pr. Fernando BrandãoDiretor Executivo de

Missões Nacionais

Palavrado Diretor

Movidos pela graça para realizar a maior campanha

de todos os tempos

6 7

Damos graças a Deus por sua bondade e misericórdia conosco!

Para a glória de Deus conti nuamos avançando, com obsti nação, na conquista da Pátria para Cristo. Em 2017, celebramos 110 anos de jornada missionária em solo brasileiro. Desde a chegada dos nossos pioneiros, que abriram o caminho, perseguimos ul-trapassar nossos alvos de fé, que são grandiosos. Sabemos que a obra é movida pelo poder de Deus. É Ele quem nos comissiona e habilita para essa grande tarefa.

Declaramos para todo o Brasil que Jesus é trans-formação e vida por intermédio da nossa Campa-nha Anual. Mobilizamos, capacitamos, realizamos batismos, enviamos missionários, inauguramos novas unidades da Cristolândia, iniciamos novas turmas de radicais, formamos líderes, realizamos várias operações Jesus Transforma e reafirmamos a necessidade da oração por meio das campanhas 30 Dias de Oração pela Família e 40 Dias de Oração pelo Brasil.

Seguimos focados nos princípios da visão de Igreja Multi plicadora, tendo como principais objeti vos a multi plicação de discípulos, líderes e igrejas que se multi pliquem. Em parceria com convenções estadu-ais, associações e igrejas locais, realizamos 269 en-

contros de capacitação com 29.758 parti cipações de pastores e líderes.

Movidos por compaixão e graça e com o apoio de nossos parceiros, realizamos 139.106 atendimentos nas Cristolândias durante o ano de 2017. Com muita alegria vimos 126 homens e mulheres serem rein-seridos na sociedade. Inauguramos a Cristolândia Criança em São Paulo, marcando mais um pioneiris-mo de Missões Nacionais. Na Amazônia, 18.020 kits de higiene bucal foram entregues a moradores de comunidades ribeirinhas pelo Projeto Novo Sorriso.

Não podemos recuar! Mesmo com tantos desafi os precisamos conti nuar avançando com perseverança, dedicação e na total dependência do Espírito Santo.

Estamos vivendo dias difí ceis em nosso país, mas Deus está nos dando grandes oportunidades para proclamar o seu amor e misericórdia para esta gera-ção. Confi ar e depender do Senhor é a chave para o progresso da obra missionária e do avanço na procla-mação do evangelho em nossa pátria.

PANORAMA 2017

Pr. Jeremias NunesGerente Executi vo de

Comunicação de Missões Nacionais

Atualmente contamos com 773 missionários

8 9MOVIDOS PELA GRAÇA PARA BOAS AÇÕES!

8 9

DIVISA: “... para que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça transbordar as ações de graças para glória de Deus” (2Coríntios 4.15).

Em 2017 declaramos que Jesus é transformação e vida na Campanha Anual de Mobilização de Missões Nacionais. Em 2018 o Senhor nos direcionou a falar sobre a maravilhosa graça que se manifestou, nos al-cançou e comissionou para grandes feitos, não por mérito nosso, mas pela ação do próprio Deus por nosso intermédio.

Ao sermos alcançados pela graça, que nos envolve e modifica, somos plenamente preenchidos e trans-bordamos para alcançar outros. A marca que ad-quirimos, ao confessarmos Jesus com nossa boca e coração, só ganhará real significado quando, ao ama-durecermos, passarmos a semear e frutificar.

Sermos gratos e cheios da graça é compreendermos que fomos resgatados da morte, salvos, justifica-

dos, reconciliados e apaziguados, e por isso impe-lidos a participar da realização do projeto de Deus para a Terra.

Porque Ele primeiro nos amou, nos criou à sua se-melhança, e disse que o mais importante é amar, nos dando a oportunidade de sermos seus coerdeiros e habitando em nós, somos movidos a ser como Ele, que andou entre os gentios, priorizou os excluídos, foi compassivo, nos apresentou um modelo incor-ruptível, nos exortou, ensinou e tem nos capacitado continuamente para servir.

Só estamos vivos pela benevolência e misericórdia que foram derramadas sobre todos nós na cruz do Calvário. Aquele que nos deu a vida nos chama a ser-mos doadores de vida pela multiforme graça que se

manifestou e nos transforma de glória em glória e “vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito” (Pro-vérbios 4.18b).

Estamos falando do movimento intencional e sacri-ficial, de incansavelmente não desprezarmos cada oportunidade de anunciar e viver o evangelho para transformar pessoas. Porque somos movidos pela graça estamos nos lugares mais isolados, carentes, miseráveis, abandonados e esquecidos.

Estamos nas comunidades distantes, mas também nos pequenos e grandes centros urbanos. Estamos nos abraços e sorrisos escancarados, mas também entre os famintos, distribuindo o alimento que dá a vida eterna. Enquanto para muitos essas pessoas são problemas sociais, nós pela fé enxergamos vidas res-

tauradas para a glória de Deus, que irão impactar as próximas gerações e o futuro do Brasil!

Que esta graça, que um dia nos salvou, mova nos-so coração para que sejamos a resposta necessária ao clamor de muitos em nossa nação, a partir de um compromisso sincero com o avanço da obra missio-nária. Paulo, em carta aos Tessalonicenses, foi capaz de dizer que daria a própria vida além de levar a boa notícia que vinha de Deus. E você, do que será capaz sendo movido pela graça para boas ações?

10 11

Em nossa sociedade, o colocar-se no lugar do ou-tro parece algo cada vez menos prati cado. Em sua trajetória na terra, Jesus mostrou inúmeros atos de misericórdia e, durante o Sermão da Montanha, Ele nos alertou de que os misericordiosos alcançarão mi-sericórdia.

É com misericórdia que somos movidos até as Cra-colândias, onde estão usuários de drogas escravos de seus vícios, vamos até os presídios, onde homens e mulheres procuram liberdade apesar das grades, e que chegamos aos surdos, muitas vezes isolados mesmo no ambiente familiar.

Porém não é apenas com o alimento, o abraço e a atenção que vamos até eles. Apesar de nos senti r-mos impelidos a fazer algo para mudar a situação social em que esses grupos se encontram, queremos que eles conheçam o que realmente pode transfor-mar: a graça de Deus.

É na sarjeta, no isolamento ou atrás das grades; por fala, por carta ou em libras, que pessoas que foram excluídas pela sociedade têm descoberto que são aceitas por Cristo – e também por nós, seguidores daquele que não faz acepção de pessoas.

Deus nos chama para fora de nossa casa e igreja para ir ao encontro daqueles que a sociedade já não en-xerga, mas que são alvo da graça. Que sejamos mo-vidos por essa graça para olhar com misericórdia e amor os que estão perdidos sem Cristo.

10 11

Se, por algum moti vo, não somos impelidos a agir quando presenciamos o sofrimento de alguém, é imprescindível buscar ao Senhor. Anair Bragançagerente de Assistência Social de Missões Nacionais

O evangelho derruba as barreiras que dividem as pessoas em: judeus e genti os, escravos e

senhores, homens e mulheres, primeiro mundo e terceiro mundo, surdos e ouvintes.

Marília Manhãescoordenadora do Ministério com Surdos

de Missões Nacionais

Em 2017,

96 IGREJAS foram mobilizadas para o alcance dos surdos

da nossa nação além de conhecerem sobre a Igreja em Libras

As Cristolândias realizaram

139.106 atendimentos nas Missões

durante 2017, incluindo banho, troca de roupa, alimentação e triagem

Em um presídio no Paraná, um interno que está

estudando teologia (EAD pela Faculdade Batista do Paraná) batizou 15 internos dentro da unidade prisional

O Brasil tem a TERCEIRA MAIOR

população carceráriado MUNDO

São 726.712 presos para 368.049 vagas no

sistema prisional

No Brasil mais de 100 MIL PESSOAS

estão vivendo nas ruas

9% DOS ADOLESCENTES

no 9º ano já usaram alguma droga ilícita

14 SURDOS foram batizados em

projetos da Igreja em Libras no ano de 2017

9,7 MILHÕES é o número de surdos

no país

A Cristolândia trabalha para recuperação e na assistência a dependentes químicos buscandoa transformação de vida por meio do evangelho de

Cristo para que se tornem livres da dependência química e aptos à reinserção

Missões Nacionais tem como objetivo capacitar

2.500 NOVOS LÍDERES

para a Evangelização Discipuladora dos Surdos até 2020

Por meio do PROJETO GRÃO DE MOSTARDA, voluntários de todo o país podem discipular

presidiários por intermédio da comunicação por cartas

Confi ra as fontes dos dados no site ofi cial da Campanha 2018: movidospelagraca.org.br

Assista ao vídeo dessa ênfase em www.youtube.com/missoesnacionais

Acesse o QR Code ou o site para investir nos projetos: https://www.atos6.com/missoesnacionais/projetos/excluidos-sociais

Foto

: Fla

vio

Luiz

Foto

: Fla

vio

Luiz

ExcluídosSociais

ExcluídosMOVIDOS PELA GRAÇA PARA ALCANÇAR OS

12 1312 13

O trabalho bati sta de evangelização entre os povos indígenas é de longa data. Da chegada do missio-nário Zacarias Campelo à comunidade Krahô, em 1925, à atual formação de líderes autóctones em 35 projetos ao redor do Brasil, foram muitos os desa-fi os enfrentados. Os obstáculos passam pelas inú-meras línguas indígenas, pelas comunidades ainda não mapeadas, pela escassez de missionários e pela necessidade de uma pregação contextualizada cul-turalmente a cada povo.

Em meio a tantas necessidades de nosso país quanto à evangelização e mudança social, não podemos deixar de lado nem adiar o alcance daqueles que, vivendo iso-lados em locais de difí cil acesso, nunca ouviram o evan-gelho de Cristo, que é transcultural e deve ser pregado a todos os povos.

É tempo de fazermos ainda mais! Movidos pela graça, iremos viabilizar a tradução da Bíblia para os idiomas in-dígenas, enviar mais missionários, formar líderes locais e desbravar povos ainda não alcançados.

Nosso alvo é prover a tradução da Bíblia para a língua de outros povos que ainda não foram alcançados pelo evangelho. Esse empoderamento tem sido um dos grandes valores que os missionários têm deixado em cada comunidade por que passam. Almejamos ver os indígenas como protagonistas plenos da sua história, dos seus valores e saberes.Victor Nunes Gestor de Projetos Indígenas de Missões Nacionais

A cultura indígena não atrapalha o evangelho e o evangelho não atrapalha a cultura indígena. O

evangelho é tanto supracultural como transcultural e pode passar de cultura

para cultura, de modo harmonioso. Rinaldo de Ma� os

Missionário entre os indígenas Xerente (TO)

Nosso país tem mais de 890 MIL

INDÍGENAS, segundo o IBGE

Temos 35 PROJETOS e

31 MISSIONÁRIOS trabalhando na

evangelização de povos indígenas

Segundo o Departamento de Assuntos Indígenas

(DAI) da AMTB, precisamos de mais de

500 NOVOS MISSIONÁRIOS

para o trabalho entre indígenas

Há populaçãoindígena presente

EM TODOS OS ESTADOS

do país

202 LÍDERESpara o trabalhocom indígenas

estão sendo treinados

Entre o povoPotiguara (PB),21 LÍDERES INDÍGENAS

estão sendotreinados

O Projeto Alto Solimões, em Tabatinga (AM), tem como objetivo capacitar

líderes indígenas das etnias Ticuna, Mayoruna, Matis,

Yágua e Cocama.

7 INDÍGENASforam batizados

no Projeto Wapixana,em Boa Vista (RR),

durante 2017

Queremos capacitar líderes indígenas para realização de ações que gerem maior dignidade humana, fortalecimento da cultura nativa e a geração de

um movimento intencional de plantação de igrejas indígenas autóctones, saudáveis, autossustentadas,

autoproclamadoras e autoenviadoras

São 305 diferentesetnias, com 274 línguas

Missões Nacionaisatua com

povos indígenas

DESDE 1907

A média de mortepor suicídio entreindígenas é quase

3 VEZES MAIORdo que a

média nacional

Confi ra as fontes dos dados no site ofi cial da Campanha 2018: movidospelagraca.org.brAcesse o QR Code ou o site para

investir nos projetos: https://www.atos6.com/missoesnacionais/projetos/povos-indigenas

Assista ao vídeo dessa ênfase em www.youtube.com/missoesnacionais

IndígenasIndígenasMOVIDOS PELA GRAÇA

PARA ALCANÇAR OS

14 15

É delas o Reino dos céus. E mesmo que elas sejam o futuro, a responsabilidade da evangelização delas é nossa no presente. Nossas crianças vivem em uma sociedade onde diversas vozes chamam a atenção para caminhos que não são o caminho de Cristo. É nosso papel mostrar-lhes desde cedo o evangelho que traz vida.

É falando de vida que o Movimento Viver tem ensi-nado a milhares de crianças de todo o país lições so-bre boas escolhas. Escolhas que levam para perto de Cristo e para longe das drogas. A difí cil realidade de crianças usuárias de drogas tem sido trabalhada pela Cristolândia Criança em São Paulo, mas, em outros lugares, o problema se repete. Além disso, muitas

delas são afetadas pelos pais usuários de drogas e álcool. O problema, que não acontece só nas capi-tais, tem sido tratado por projetos como Novos So-nhos, Casa Viver e também entre as crianças ribei-rinhas. Na Amazônia e também no Sertão, muitas crianças têm sofrido com abandono, vícios dos pais, violência sexual e falta de cuidados com a saúde. É nosso compromisso cuidar dos aspectos fí sicos e espirituais de crianças em todo o Brasil.

Movidos pela graça, iremos investi r ainda mais em nossas crianças, evangelizando, cuidando e forman-do uma nova geração de discípulos que poderão transformar nossa sociedade.

14 15

Somos chamados a proteger as crianças dos danos morais e

emocionais, protegê-las da morte e do enfraquecimento espiritual que o povo

de Deus neste tempo tem sofrido por conta da ameaça contra os pequeninos.

Jaqueline da Hora SantosEvangelização Discipuladora de Crianças

Nas comunidades ribeirinhas da Amazônia, temos vivenciado muitas

experiências, e entre elas o fato de perceber a tristeza no olhar

das nossas crianças. Elas precisam conhecer o amor que é maior que

qualquer amor deste mundo e que preenche o coraçãozinho

triste e desolado. Missionária Carla Fernandes

Projeto Amazônia

No Brasil, o trabalho infantil atinge

2,7 MILHÕESde crianças

e adolescentes

60%das crianças vítimas de trabalho infantil vivem

na área rural das regiões Norte e Nordeste

No último ano,o VIVER alcançou

277 MIL CRIANÇAS

com o tema deprevenção às drogas

Mais de 40% de crianças e adolescentes de até 14 ANOS vivem em situação domiciliar de pobreza no Brasil; são

17,3 MILHÕESde jovens

2.974 atendimentos a crianças e adolescentes, por meio do

PGM e discipulado

Com o trabalhodo Lar Batista F.F. Soren,

em média

152 CRIANÇAS da comunidade foram

alcançadas por estudos bíblicos em 2017

A Casa de Acolhimento da Cristolândia Criança é uma iniciativa inédita no Brasil,

segundo o Dr. Iberê de Castro do TJSP

189 CRIANÇASde 3 a 14 anos fazem

aulas de balé no projeto Novos Sonhos

Missões Nacionais tem como objetivocapacitar 5000 líderes para a evangelização

discipuladora de crianças em 2018

A cada dia, 30 CRIANÇAS E ADOLESCENTES

são assassinadosno Brasil

Realizamos 63 encontros de capacitação

de Evangelização Discipuladora de Crianças

com a presença de

3.118 LÍDERES em 2017

Confi ra as fontes dos dados no site ofi cial da Campanha 2018: movidospelagraca.org.brAcesse o QR Code ou o site

para investir nos projetos: https://www.atos6.com/missoesnacionais/projetos/criancas

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Cr iançasCr iançasMOVIDOS PELA GRAÇA

PARA ALCANÇAR AS

16 17

Em um país repleto de diversidade, criar estratégias para alcançar grupos e cultur as específi cas é um desa-fi o que não podemos deixar de lado. Além da plurali-dade do povo brasileiro, nosso país tornou-se também casa de muitos outros povos. Imigrantes, refugiados... gente que encontrou aqui paz e recomeço. A eles é também necessário mostrar a esperança de um futu-ro em outra pátria, onde não haverá guerra, nem dor, nem choro.

Missões Nacionais tem trabalhado para que, nos grandes centros, como em São Paulo, imigrantes e refugiados sejam alcançados não apenas com o evan-gelho mas também com apoio para o recomeço, visto que muitos chegam vulneráveis e sem perspecti va de integração social.

A plantação de igrejas em contextos étnicos especí-fi cos acontece em São Paulo, na comunidade africa-na e com povos ciganos e hispanos; em Assaí, no Pa-raná, onde a população descendente de japoneses tem ouvido o evangelho em sua própria língua; ago-ra também em Prudentópolis, onde 75% da popula-ção é descendente de ucranianos. Neste mais novo desafi o, Missões Nacionais trouxe pela primeira vez uma família de outro país para evangelizar seu povo aqui no Brasil. Já no Norte, em Roraima, refugiados venezuelanos conti nuam precisando de nosso au-xílio para encontrarem acolhimento ao fugirem da fome e da miséria.

Não podemos fechar nossos olhos! É tempo de, mo-vidos pela graça, levar a todos os cantos a misericór-dia de Cristo.

16 17

O povo ucraniano preserva muito sua tradição ortodoxa e cultura mais fechada. Nosso sonho e objeti vo é abrir uma igreja bati sta lá. Precisamos de suas orações. Acreditamos que nosso Deus é grande, maravilhoso e poderoso, e por isso estamos aqui. Iryna ArshulikMissionária entre os Ucranianos no Paraná

Missões Nacionais atua entre AFRICANOS,

JAPONESES, HISPÂNICOS,

UCRANIANOS E VENEZUELANOS

Nos últimos 7 anos, o Brasil recebeu mais de 126 MIL solicitações de reconhecimento da condição de refugiado

Até o fi m de 2017, o Brasil reconheceu 10.145 refugiados de

82 NACIONALIDADES

5% da população de São Paulo, capital, corresponde

a imigrantes

Temos como objetivo plantar igrejas

multiplicadoras dentro de cada contexto

étnico, formando líderes autóctones

Estima-se que 1,06 MILHÃO DE

IMIGRANTES vivam no Brasil

5 IMIGRANTES africanos foram

batizados em 2017

A prefeitura de Boa Vista estima que cerca de 40.000 venezuelanos já tenham entrado na cidade, o que representa mais de 10%

dos cerca de 330.000 habitantes da capital

Hoje o Paraná abriga 350 MIL dos 400 MIL imigrantes e descendentes de ucranianos que vivem

no Brasil

Assaí, no Paraná, é conhecida como a “CIDADE DOS

JAPONESES”. Lá atuam os missionários Alexandre Takao Katayama e Alécia

Nomura há 8 anos

Entre 2000 e 2012 o número de residentes e refugiados africanos no

país cresceu mais de30 VEZES

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Povos Imigrante sPovos Imigrante sMOVIDOS PELA GRAÇA PARA ALCANÇAR OS

18 19

Movidos pela graça, trabalhamos incessantemente para ajudar necessitados, olhar para os excluídos, cuidar de nossas crianças e chegar até povos isola-dos. Porém, todas essas ações mobilizadoras e de compaixão convergem para um mesmo ponto: a multi plicação de discípulos.

Nosso alvo fi nal em qualquer uma de nossas ações deve ser cumprir o ide. Por meio de estratégias e projetos, cumpriremos nossa missão e reafi rmare-mos nossa visão: Multi plicar discípulos e alcançar todos com o evangelho.

A parti r da Visão Brasil 2020 – de termos uma igre-ja bati sta (plantada ou iniciada) para cada grupo de 10 mil habitantes até 2020 – somos impulsionados a trabalhar com mais afi nco para chegar a cada cidade, cada comunidade, cada povoado, cada aldeia de nos-sa pátria.

Fundamentados nos princípios bíblicos de oração, evangelização discipuladora, plantação de igrejas, formação de líderes e compaixão e graça, vamos al-cançar o Brasil com o evangelho da graça que salva, liberta, restaura e pode mudar nosso país a parti r de cada família e cada comunidade cristã.

18 19

Mais do que estar dentro da visão, precisamos viver na práti ca os princípios da Igreja Multi plicadora Pr. Roberto Silvadopresidente da CBB

Igrejas saudáveis naturalmente se multi plicam no tempo de Deus.

Pr. David Pla� Internati onal Mission Board

uma igreja batista plantada ou iniciada

para cada grupo de 10 mil habitantes

Apenas 22% da população brasileira se

declarou cristã protestante no último censo (2010)

Os PRINCÍPIOS DA VISÃO DE IGREJA MULTIPLICADORA são: Oração; Evangelização discipuladora; Formação de líderes; Plantação de igrejas

e Compaixão e graça

Em 2015, éramos 1,7 milhões de batistas;

em 2020,

QUEREMOS SER 4,2 MILHÕES – 2% da população

O Brasil ainda é a maior nação católica do mundo

34 pessoas se batizaram em Juazeiro (BA),

onde mais de300 PESSOAS frequentam os cultos

organizados

Em 2017 em Marituba/PA,

foram realizados 44 BATISMOS, frutos da visão de

Igreja Multiplicadora dos missionários

pastor Luiz e Aurideia

Entre 2011 e 2016, mais de 60 MIL PESSOAS se suicidaram no Brasil; a maior incidência foi entre

povos indígenas

Atualmente, contamos com 773 MISSIONÁRIOS

no campo brasileiro , entre efetivos, Radicais e

Missionários em Formação

Foram feitos 269 encontros de capacitação

com 29.758 MIL participações de pastores

e líderes em 2017

A PARCERIA COM CONVENÇÕES ESTADUAIS, ASSOCIAÇÕES E IGREJAS LOCAIS É INDISPENSÁVEL PARA A DISSEMINAÇÃO DA VISÃO

Temos 45 RADICAIS atuando em 24

comunidades ribeirinhas na Amazônia

A REGIÃO SUL está no primeiro lugar no ranking: depressão, suicídio e consumo de

bebida alcoólica

Confi ra as fontes dos dados no site ofi cial da Campanha 2018: movidospelagraca.org.br

Acesse o QR Code ou o site para investir nos projetos: https://www.atos6.com/missoesnacionais/projetos/multiplicacao-de-discipulos

Assista ao vídeo dessa ênfase em www.youtube.com/missoesnacionais

Mu yltipli car Discípulo s

Mu yltipli car MOVIDOS PELA GRAÇA PARA

20 21

Transferência ou depósito em conta

Se houver qualquer problema com os boletos, a igreja ou congregação pode fazer transferência ou depósi-to em uma de nossas contas. Para garantir a identificação pedimos que envie o comprovante para o e-mail [email protected] ou uma mensagem por WhatsApp para o número 21 96697-3786.

JUNTA DE MISSÕES NACIONAIS DA CBB • CNPJ: 33.574.617/0001-70

Como Enviar Sua Oferta da Campanha

Para constar devidamente no nosso balanço financeiro e na Revista Gratidão, a oferta de Campanha de sua igreja deve ser enviada até 28 de dezembro de 2018. Mas pode ser enviada em partes, a qualquer momento, antes dessa data. O sistema contábil de Missões Nacionais aglutina as ofertas feitas pela mesma igreja ou congregação ao final do balanço.

A DATA LIMITE PARA ENVIO DA OFERTA É O ÚLTIMO DIA ÚTIL DO ANO, 28 DE DEZEMBRO DE 2018

Boleto bancário

É enviado em setembro.

Para segundas vias ou mais boletos, envie um e-mail para [email protected] ou uma mensagem por WhatsApp para o número 21 96697-3786

Aplicativo

É possível emitir um boleto avulso ou efetuar a ofer-ta da igreja ou congregação através do aplicativo Missões Nacionais (no aplicativo, escolha o projeto ‘Junta de Missões Nacionais’) ou link na internet:

https://www.atos6.com/missoesnacionais/proje-tos/junta-de-missoes-nacionais

BRADESCOAgência 226-7Conta corrente 87500-7

BANCO DO BRASILAgência 3010-4Conta corrente 120275-8

SANTANDERAgência 4362Conta corrente 13000142-0

CAIXA ECONÔMICA FEDERALAgência 1411-0Conta corrente 138-6

ITAÚAgência 0281Conta corrente 66341-9

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Indo direto ao ponto: a igreja precisa de uma agência missionária? Fazer campanhas, levantar ofertas ou manter missionários por intermédio de uma agência não é uma espécie de terceirização da obra missio-nária, confiada à igreja? A igreja investir diretamente no Campo, sem a mediação de agências, não seria mais econômico, deixando-se de se investir em es-truturas administrativas?

Há consenso que as agências missionárias, da forma como as conhecemos hoje, têm sua origem no movi-mento missionário iniciado por William Carey e a cria-ção da Sociedade Missionária Batista em 1793, que marca também o fim das missões de natureza mais colonialista e o retorno da motivação bíblica para mis-sões: discipular todas as nações. A criação das agên-cias pareceu natural à época, como foi natural a igreja de Filipos ajudar no sustento de Paulo, que era missio-nário de Antioquia mais diretamente (como descrito na carta aos Filipenses). Desde a criação das agências, de tempos em tempos, os questionamentos acima surgem. Parece que estamos num destes períodos de questionamento atualmente.

São justos, ainda mais quando motivados pelo dese-jo de envolver plenamente a igreja local na tarefa de testemunhar ”tanto em Jerusalém, como em toda a Judeia e Samaria, e até os confins da Terra” (Atos 1.8b), afinal uma “igreja que oferta para missões” pode ser bem diferente de “uma igreja missionária”, o que acontece se a oferta for dissociada de envolvi-mento com o campo e com a multiplicação de discí-pulos na própria comunidade.

A solução destes impasses, sempre que eles têm sur-gido ao longo dos anos, passa pelo entendimento do papel das agências missionárias como auxiliares da igreja local, como esclarecido a seguir.

Agências missionárias: unidade para fazer mais com menos

É fácil perceber o valor das agências missionárias quan-do olhamos para os desafios missionários. Sim, iniciar uma congregação em um bairro próximo à sede da igre-ja, ou mesmo em uma cidade ouestado vizinho, é rela-

tivamente fácil e constitui-se em uma ação que pres-cinde de uma agência. Mas é uma tarefa bem diferente evangelizar ribeirinhos ou sertanejos, por exemplo. Isso não apenas pela distância, até porque há igrejas pró-ximas dessas realidades, mas pelas demais questões envolvidas: necessidade de coordenação, de pastoreio dos missionários, de compreensão dos desafios cultu-rais pertinentes e os custos envolvidos para atender essas demandas. Se cada igreja iniciar um projeto de evangelização de grandes áreas do sertão, por exem-plo, terá que criar uma estrutura dessas, de pesquisa, suporte, coordenação e pastoreio para cada projeto, o que é um desperdício de recursos, por melhores que sejam as intenções. Quanto maior o desafio missiológi-co, mais necessidade de se trabalhar em parcerias para melhor aproveitar os recursos disponíveis e também a experiência acumulada ao longo dos anos pelas agên-cias. Não se trata de delegação, mas de união de esfor-ços, de cooperação mesmo.

E se é mais econômico, mais seguro, e até mesmo mais eficaz, para a igreja unir-se a outras por meio das agências missionárias, no caso dos grandes de-safios missiológicos, o mesmo vale para os desafios menores também. Juntos, sempre se faz mais.

Outro argumento é que, sem a cooperação mútua, a tarefa de missões em todas as esferas (local, regional, nacional e mundial) ficaria limitada às igrejas de maior porte e recursos. Mas, por meio das agências, como a Junta de Missões Nacionais no caso dos batistas brasi-leiros, qualquer congregação ou igreja pode fazer par-te de todas essas esferas ordenadas por Cristo, mesmo que tenha poucos recursos. Se um projeto missionário custa, numa suposição, R$ 5.000,00 por mês (aluguel, sustento, encargos), dez, ou mesmo 20, igrejas peque-nas podem assumi-lo. Essa ação não é mero argumen-to motivacional, pois todas as mantenedoras podem acompanhar o projeto, orando, visitando, mantendo contato com o missionário, etc. Neste exemplo, verda-deiramente cada uma estará fazendo missões fora de sua comunidade.

Esse argumento, do uso racional dos recursos e do valor do trabalho cooperativo, já está claro para es-sas igrejas menores. Estas já compreendem que, para cumprir plenamente a Grande Comissão, as agências

missionárias não são “um mal necessário”, são uma expressão prática do princípio bíblico da cooperação.

Igreja Local: aquela que, de fato, faz missões

É possível que num discurso mais apaixonado, numa campanha de comunicação para mobilização, ou al-guma expressão mal colocada, se passe a ideia que é a agência que faz missões, ou que o envio de ofertas é uma terceirização da tarefa missionária, confiada por Cristo à igreja. No caso da Junta de Missões Na-cionais, as razões para abandonar este pensamento são várias:

• A Junta é administrada e auditada pela Convenção Batista Brasileira (CBB), que é a representação das igrejas batistas a ela filiadas.

• Os recursos financeiros da Junta, vêm das igrejas.

• Os vocacionados e, consequentemente, os mis-sionários vêm das igrejas.

• Os intercessores são os membros das igrejas.

• É às igrejas que os missionários prestam relatórios ao final.

• O resultado dos projetos missionários é uma igre-ja, organizada pelos princípios batistas, ou a re-presentação dos batistas em ações de compaixão e graça, no caso das Cristolândias.

A responsabilidade pela tarefa, e sua execução, é da igreja ao final. Ela não delega essa responsabilidade, apenas utiliza meios cooperativos de fazê-lo, pois sem a igreja as juntas simplesmente não existiriam.

Relacionamento: a chave para melhores resultados

Indo direto ao ponto novamente: mesmo correndo o risco de ser simplista, todos esses questionamen-tos são reflexo de uma falha de relacionamento, seja provocado pela agência, que não é eficaz ao prestar relatórios, seja de sua gestão, seja dos projetos de-senvolvidos, ou seja da igreja, em não acompanhar, pelos meios denominacionais, canais de relaciona-mento da Junta ou outros de sua própria iniciativa o que ela, igreja, faz no campo juntamente com as

demais que “compõem” a Junta.

Seja como for, o melhor relacionamento entre a Jun-ta, no caso aqui a Junta de Missões Nacionais, e as igrejas que a compõem é necessário para o pleno al-cance destas em criar aquela. Quanto mais estreito for este relacionamento, menos institucional a rela-ção será. Essa afirmação merece ser repetida: quan-to mais estreito for o relacionamento entre as igrejas e a Junta que por elas é mantida, menos institucional essa relação será e mais os objetivos da igreja em criar as Juntas será alcançado.

Relacionamento é, óbvio, uma via de mão dupla. A Junta tem seus meios de relacionar-se, que são seus canais de atendimento, seus representantes regio-nais, e suas páginas e sites na internet. Se estes canais não estão sendo suficientes, se há dúvidas por serem dirimidas, se há mal- entendidos no uso dos recursos, ou se a sua igreja não está compreen-dendo bem a realização de um determinado proje-to, entre em contato com a Junta por intermédio do [email protected], telefone 21 2107-3884 ou procure um representante regional. Se preferir, coloco meu telefone e WhatsApp à dis-posição: 21 99155-8692.

Conclusão

Algumas igrejas podem, pelo total de recursos que têm à sua disposição, deixar de participar do trabalho associativo. As de menos recursos podem julgar-se desnecessárias ou que devem cuidar das necessidades de sua própria comunidade primeiro. Independente-mente dos argumentos envolvidos em cada uma des-tas situações, há uma verdade bíblica inquestionável: juntas as igrejas, é possível fazer muito mais.

Vamos continuar agindo assim?

QUEM PRECISA DE UMA AGÊNCIA MISSIONÁRIA?

Pr. Milton Monte Gerente Executivo de

Mobilização de Missões Nacionais

24 25“Para que a graça, multi plicada por meio de muitos, faça transbordar as ações de graças para glória de

Deus” (2Corínti os 4.15). Quando compreendemos que Deus é amor em sua essência e nos alcançou cheio de misericórdia, en-viando seu Filho, que morreu por nós quando ainda éramos pecadores, passamos a enxergar a vida de uma forma diferente. Ele nos traz perdão quando não merecemos, nos busca, mesmo quando não o buscamos e nos acolhe, ainda que não queiramos ser acolhidos.

Por isso, a graça nos traz uma nova maneira de ser e, como discípulos do Senhor, enxergamos as pessoas por uma perspecti va diferente. Cremos no Deus que nos busca primeiro, que vem ao nosso encon-tro e nunca desiste de nós, e isso diferencia a nossa fé entre todas as outras crenças. E porque Deus não desiste de nós, nós também não desisti mos das pes-soas, nós insisti mos nelas. Alcançar pessoas movidos por essa certeza deve estar em nossa essência.

Nós somos portadores de esperança para a socie-dade e sabemos que muitas pessoas ainda precisam

do Senhor, por isso, nos envolvemos com a obra mis-sionária. Quando nos reunimos em Pequenos Grupos e trazemos pessoas para nos ouvirem sobre o amor de Deus, quando fazemos atos de bondade, quando desenvolvemos relacionamentos intencionais, ou quando discipulamos pessoas e as preparamos para formarem outros discípulos, também cumprimos o propósito dele.

Alcançar pessoas está em nosso DNA como bati s-tas, e nossa missão é fazer com que esse amor e esse senso de propósito viva em cada membro das nossas igrejas. Você está disposto a ser instrumento nas mãos de Deus para mudar a história de vida de muitas pessoas? Cremos que o amor de Deus tem poder para transformar, e nós somos a ponte. Pes-soas precisam de pessoas que conheçam a Deus para conhecerem o Deus do amor.

MOVIDOS PELA

Pr. Luiz Roberto SilvadoPresidente da Convenção

Bati sta Brasileira

Graça

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Os dois primeiros capítulos do livro de Êxodo trazem o relato de como uma geração inteira se torna ameaça-da quando um líder propõe em seu coração destruir o povo de Deus.

A narrati va começa dizendo que o faraó decidiu agir com astúcia para impedir a multi plicação do povo hebreu (Êx 1.10). A maneira que ele encontrou foi aumentar a carga de trabalho (Êx 1.11-14) dos israe-litas, mas como isso não surti u efeito para impedir o crescimento do povo, então deu ordem para matar os meninos (Êx 15 e 16). Quando ainda percebeu que as parteiras não obedeceram a sua ordem, adotou uma nova estratégia de morte: lançar as crianças no Nilo (Êx 1.22).

Nesse contexto ameaçador nasce um menino, que, ainda sem nome, é escondido por sua mãe, Joquebe-de, para que não caia nas mãos dos egípcios. Ao não conseguir mais escondê-lo, ela o coloca num cesti -nho de junco e o leva para o rio, mas sua irmã, Mi-riã, acompanha de longe por onde esse cesti nho vai. A fi lha do faraó encontra o cesto, identi fi ca que nele está um menino hebreu, tem compaixão dele, adota-o dando-lhe um nome e um lar (Êx 2.1-10).

Vemos nesses poucos versículos que destruir a in-

fância foi a forma uti lizada para tentar manter sob o domínio ti rano o povo escolhido de Deus. A fi losofi a que estava por trás das ordens do faraó era “mate as crianças e o povo se tornará fraco”.

Apesar de essa narrati va ser tão anti ga, ainda vemos nos dias atuais os faraós deste tempo buscando for-mas astutas de destruir a infância para barrar a multi -plicação do povo de Deus. Antes, a aniquilação era de-clarada com a morte. Hoje, a aniquilação é mais suti l com ideias, paradigmas, fi losofi as e conceitos de vida que buscam desti tuir do coração das crianças aquilo que pode conduzi-las aos braços do Pai.

As gerações atuais estão crescendo em ambientes onde o hedonismo, o consumismo, o materialismo, o relati vismo estão buscando formas de encontrar o coração das crianças cada vez mais cedo. Novos cená-rios sociais, formações familiares, construções educa-cionais têm sido usadas com astúcia para enfraquecer o povo de Deus mexendo com as crianças, e nós não estamos percebendo isso. Vemos os princípios da Pa-lavra de Deus cada vez mais ausentes da nossa socie-dade, onde meninos e meninas têm crescido apenas ouvindo o evangelho ao invés de experimentá-lo.

Nesse cenário, muitas vezes vemos as igrejas ofere-

MOVIDOS PELA GRAÇA PARA PROTEGER A Infância

Jaqueline da Hora Santos Coordenadora da

Evangelização Discipuladora de Crianças de Missões Nacionais

cendo um departamento infanti l baseado no conheci-mento bíblico e não na experiência de vida cristã que somente o discipulado proporciona.

Somos chamados a proteger as crianças dos danos morais e emocionais, protegê-las da morte e do enfra-quecimento espiritual que o povo de Deus neste tem-po tem sofrido por conta da ameaça contra os peque-ninos. Se o faraó deste tempo conti nua astuto para impedir a multi plicação do povo de Deus, nós, com urgência, precisamos encontrar as crianças que estão em ameaça, e sem medo ousar ir na contramão das ordens sociais, assim como aquelas parteiras fi zeram. Somos responsáveis por proteger a infância buscan-do todos os meios de cuidar das crianças, assim como Joquebede e Miriã. Somos desafi ados a agir com com-paixão para acolher em nossas igrejas as crianças e dar a elas uma nova identi dade. Não mais serão crianças sem rosto, sem nome, ameaçadas por um faraó cruel, mas crianças que, amadas como são por Deus, tor-nam-se servas dele.

Querido pastor, você precisa olhar as crianças ao seu redor com os olhos da fé. Elas são preciosas para o nosso Deus, mas, diante da realidade atual, podemos perceber o quão ameaçadas estão.

Este é o tempo de mover nosso coração em direção às crianças para que elas vivam para Cristo. Não posso pensar numa maneira mais efi caz do que comparti -lhar Vida no dia a dia. Mais do que transmiti r conhe-cimentos e informações, o nosso relacionamento com crianças precisa ter como objeti vo principal formar novos discípulos de Jesus.

Se quisermos ver crianças, sejam os seus fi lhos ou ne-tos ou mesmo as crianças conhecidas ou de sua igreja, como pessoas íntegras, cidadãos de bem, gente que faz diferença onde está, precisamos ter em mente a necessidade urgente de caminhar com elas à luz do discipulado bíblico. Essa é a melhor proteção contra as diversas ameaças que sofrem.

Que Deus nos ajude a agir movidos pela graça em re-lação aos pequeninos para que estejam prontos para viver, em um tempo como este, como verdadeiros dis-cípulos de Jesus.

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É interessante notar no texto de 2Co 4.7-15 a paixão que tomava permanentemente o coração de Paulo enquanto desenvolvia o seu trabalho missionário. Ele reconhecia quem ele era (vaso de barro, v. 7) e quão grande era o privilégio que recebera de anunciar o evangelho em poder. O apóstolo reconhecia suas li-mitações, suas lutas, suas crises e sua fragilidade (v. 8-10) e sempre se fortalecia na vida em Cristo Jesus, pois foi pela graça que fora alcançado, resgatado e capacitado para o ministério. Paulo era impulsionado pela grandeza da extraordinária graça de Jesus para fazer mais, para ir mais longe, para levar o evangelho a cada pessoa, para formar líderes e plantar igrejas em todos os lugares!

Quando olhamos as carências de nosso querido Bra-sil, nosso coração também se move. Há tanta gente necessitada desta mesma graça. Há tantos lugares

ainda inalcançados pela mensagem desse evangelho poderoso. Há tanto que se fazer pela expansão do Reino em nosso país. E nós, à semelhança de Paulo, achamo-nos tão pequeninos e limitados (vasos de barro), mas não esmorecemos diante das adversida-des e, com toda ousadia e coragem do Espírito em nós, somos constrangidos por essa maravilhosa gra-ça a avançarmos na conquista da Pátria para Cristo.

As enormes distâncias e a difi culdade logísti ca da Amazônia não são impedimentos para que nós, mo-vidos pela graça, avancemos na plantação de igrejas e na formação de líderes nas comunidades ribeiri-nhas mais distantes. São mais de 115 missionários atuando nos lugares mais distantes da Amazônia, que estão plantando 95 igrejas em comunidades ri-beirinhas, cidades do interior e também nas regiões metropolitanas. E essa mesma graça nos move a for-

mar líderes locais! São 47 jovens radicais e missio-nários em formação, que já atuam na plantação de igrejas sob mentoria de missionários experientes, ao mesmo tempo em que recebem a capacitação teoló-gica, missiológica e ministerial.

Quando pensamos na região do semiárido, o nosso querido sertão, nós também estamos avançando movidos pela graça, nas comunidades rurais, nas pequenas cidades e nas regiões metropolitanas. Te-mos 161 missionários atuando no nordeste do Brasil, que estão plantando 155 igrejas. Pela graça, temos 49 jovens radicais e missionários em formação que, à semelhança dos da Amazônia, estão estudando en-quanto plantam igreja.

A maravilhosa graça nos move para o sul do Brasil, com seus desafios e oportunidades. Igualmente

Movidos pela graça, avançando na plantação de igrejas pelo Brasil!

urgentes são as demandas do Sudeste e Centro-O-este. Precisamos formar mais líderes plantadores de igrejas, especialmente entre os jovens da ter-ra. Precisamos que as igrejas, pastores e líderes se envolvam, cada vez mais, na plantação de igrejas, abrindo frentes missionárias em bairros e cidades vizinhos. Precisamos avançar ainda mais nas cape-lanias, tanto prisional, quanto hospitalar e escolar. E isso faremos! Como batistas brasileiros estare-mos juntos, em cooperação, movidos pela graça, avançando sempre!

Pr. Samuel Mou� aGerente Executi vo de Missões

de Missões Nacionais

MOVIDOS PELA GRAÇA, AVANÇANDO NA

PELO BRASIL

Plantação de Igrejas28 29

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Você sabe qual é o propósito da Junta de Missões Nacionais? Alcançar cada cidadão que vive em solo brasileiro.

Pois bem, com essa meta debaixo do braço, parti-ram os missionários de Missões Nacionais, porém em vários locais do nosso país enquanto caminha-vam, depararam com alguns muros altos, alguns de-les brancos, alguns bem sujos, outros quebrados. Na verdade o que mais chamou a atenção não foi a altura em si, mas os que rodeiam esses muros e moram do lado de fora. Eles procuraram desanimar os missionários, e não poucas vozes tentaram dissu-adi-los do seu alvo, dizendo: não vai adiantar, caso perdido!

Procurando entender de onde vinha tanta descren-ça por aqueles que por ora moram entre muros, foi descoberto que a indiferença, o preconceito, entre outras coisas era o que causava o medo nas pessoas que vivem nas cidades. Talvez aqui esteja o maior dos muros a vencer, pensaram eles, mas sem desanimar!

Pois os missionários quando partiram levaram muito mais que meta; levaram na alma a ordem e testemu-nho de Jesus, que disse: IDE por TODO o mundo. Esse pensamento fez com que eles vencessem a descren-ça do testemunho humano.

E forjaram um plano: vamos estabelecer uma igreja atrás desses muros, assim como há igrejas fora para aqueles que vivem nas cidades! E complementaram: não importa o pecado que esses que vivem atrás do muro cometeram, pois se Jesus perdoou os nossos pecados, com certeza, também perdoará o deles, se eles se arrependerem. Essa é nossa crença na doutri-na na expiação.

Com isso em mente, foram atrás dos dados e des-cobriram que mais de 760 mil pessoas vivem atrás desses muros. Aí nesse caso, eles, que na maioria das vezes são teocráticos nessas horas sem pensar,

foram democráticos e pensaram: Meu Deus, 760 mil pessoas, é muita gente para ser privada de ouvir o plano da salvação!

Esse numeral cardinal saltou não como barreira, im-pedimento, mas como um incentivo a mais, apesar também de gerar certa tristeza, pois os que vivem atrás desses muros vivem, pois não sabem respeitar a liberdade daqueles que vivem fora dele, por isso, levantam-se os muros entre as pessoas!

Voltou a intensidade, ficando mais aguçada a missão dos missionários, quando eles pensaram que aque-les que por ora moram atrás dos muros têm paren-tes: mães, pais, filhos, avós, que moram nas cidades que fazem limites com esses muros: isso vai poten-cializar o evangelho nas cidades!

Para vencer tal desafio, nossos missionários de Mis-sões Nacionais sabem que sozinhos é duríssimo cumprir a meta. Sendo assim, num domingo à noite, setembro, numa igreja batista numa noite de promo-ção missionária, um membro de uma igreja batista, recebe um folheto de um desses missionários e no seu cabeçalho está escrito:

JUNTA DE MISSÕES NACIONAIS CAPELANIA PRISIONAL BATISTA

UMA IGREJA EM CADA PRESÍDIO( ) orar ( ) voluntariar ( ) contribuir

Qual será sua opção para se juntar a essa obra?

Pr. Luis Carlos Magalhães Missionário de Capelania

Prisional no Paraná e São Paulo

OS QUE MORAM ATRÁS

DOS MUROS

*Pastor, que tal usar esse texto em um boletim, em um momento missionário na igreja ou nos PGMs?

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Mover-se ou movimentar-se, de acordo com o Dicio-nário Online, está ligado a sair da inércia, decidir-se ou começar a fazer algo, mexer-se. Nós, mulheres que já fomos tocadas pela graça, senti mos extrema necessidade de nos mover.

O movimento, no entanto, precisa ser pela graça, ele não pode depender de tí tulo ou posição ofi cial. Devemos sempre nos perguntar: Se ti rassem nossos tí tulos, conti nuaríamos a nos mover? Cumpriríamos o chamado de Deus? Percebemos que muitas mu-lheres possuem tí tulos, mas não exercem o chamado de Deus. O resultado disso é frustração e, em muitos casos, enfermidades.

Por todos os lados, vemos mulheres que procuram maneiras de crescer e usar os dons de liderança que lhes foram dados por Deus. Nossas conquistas como mulheres neste tempo têm nos propiciado muitas

oportunidades de avançarmos, movendo-nos em direção ao próximo. Entretanto, nosso movimento tem que ser direcionado pela graça. Devemos nos lembrar das mulheres que com seus bens e sua vida cooperaram com o ministério de Jesus. Elas não ti -nham o reconhecimento que temos hoje, mas nem por isso deixaram de cumprir o chamado de Deus. Isso nos ensina que mulheres que são reconhecidas pelo mestre Jesus não precisam de outro ti po de re-conhecimento.

Muitas mulheres bem empregadas e que exercem sua profi ssão com excelência conti nuam vivendo na inércia, experimentando grande frustação, porque ainda não se movem pela graça. É certo que pode-mos exercer nossa profi ssão e, por meio dela, impac-tar outros em direção à graça. No entanto, quando nos movemos em uma direção diferente, certamen-te nosso movimento será em círculos.

Certa vez, ouvi o depoimento de mulheres brilhan-tes, que estavam senti ndo-se frustradas. Em deter-minado ponto da jornada de sucesso que trilhavam, elas fi zeram uma pausa e se perguntaram: “Por que estou tão infeliz? Por que sou mais feliz e realizada contando uma história bíblica para crianças que exer-cendo minha posição de destaque na sociedade?”. Creio que a resposta para tal questi onamento é: so-mos mulheres transformadas e temos um chamado para tocar outros com a graça salvadora do Pai, so-mos multi plicadoras da graça para glorifi car ao Pai, e só seremos realizadas se cumprirmos esse chamado.

Paulo disse a Timóteo: “Portanto, tudo sofro por amor dos escolhidos, para que também eles alcan-cem a salvação que está em Cristo Jesus com gló-ria eterna” (2Tm 2.10). Em seu ministério, o após-tolo Paulo demonstrou um especial interesse por seus irmãos, mas também por aqueles que ainda não haviam sido alcançados pela graça, a graça que nos movimenta, a graça que nos impulsiona a cumprir a missão de Deus. Para quê Deus nos cha-mou? “Para que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de Deus” (2Co 4.15).

Nós, mulheres, não somos especiais porque somos mulheres, somos especiais porque fomos alcançadas pela graça salvadora de Jesus Cristo. É certo que te-mos um desejo muito grande de agradar ao nosso Mestre. Sinto que esse desejo é resultado da nossa grati dão. Porque Deus nos ama e valoriza, queremos agradar-lhe. Como mulher e líder que sou, sempre olho para mim e agradeço a Deus por ter me escolhi-do. Sei que há mulheres muito mais brilhantes, mas também sei que Deus capacita quem Ele escolhe. Gosto de pensar que mesmo sabendo que Deus não

tem fi lhos prediletos ou especiais, eu posso me sen-ti r especial para Deus.

Seja qual for o cargo, a função ou o tí tulo que você, mulher, tenha na igreja, no trabalho ou no lar, uma coisa é certa: você é chamada por Deus. Chamada para ser sua testemunha. E é Deus quem lhe confe-re o poder para cumprir esse chamado, enchendo-a com o Espírito Santo (At 1.8).

Quem nos move e capacita é o próprio Jesus, que disse: “Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (Jo 15.5). Não precisamos ter medo, o que precisamos é nos colocarmos à dis-posição e deixar que Ele nos use como Ele quer, e para que isso aconteça devemos deixar de lado nos-so eu. Há muitos perdidos que necessitam ser alcan-çados pela graça salvadora de Jesus Cristo e, como mulheres cristãs, precisamos cumprir a missão mo-vidas pela graça.

Creio que cabe aqui um apelo carinhoso a todas as mulheres que ainda não estão se movendo pela gra-ça. Aceite o desafi o de impactar outros, deixe o autor da graça, Deus, o Pai amoroso, usá-la. Saia da inércia, movimente-se em direção aos necessitados. Deus a chamou. Seja mais uma mulher que se mova pela graça, pois todas temos uma dívida com Deus que nunca poderemos pagar.

Marli de Fáti ma Pereira da Silva

Diretora Executi va da UFMBB

Para a esposa de past or

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GraçaMOVIDAS PELA

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Amados, sou imensamente grato ao nosso mara-vilhoso Deus pela grande bênção da parceria de vocês. Ela retrata inequivocamente diretrizes divi-nas e estratégicas para multiplicação de discípulos e o avanço da obra missionária na conquista da nossa Pátria para Cristo. É bem verdade que so-mos desafiados constantemente por uma socieda-de cada vez mais assolada pela multiplicação da iniquidade e envolvimento com as drogas: a evi-denciarmos com intensidade e perseverança, por meio de ações oriundas da maravilhosa graça do Senhor, com a intencionalidade de restaurar vidas que caminham dissolutamente para as profunde-zas da perdição, principalmente pela drogadição. Somente com a graça multiplicada por meio da fé e dedicação de muitos (e isto denota parceria) é que viabilizaremos, no poder do evangelho, a res-tauração de milhares de vidas sem Cristo, sem paz, sem esperança.

Considerando as necessidades urgentes de dar dignidade às pessoas consumidas pelo uso do cra-ck e outras drogas, Missões Nacionais inaugurou a Cristolândia Minas Gerais em 04 de agosto de 2012. O projeto vem dando excelentes resulta-dos e muitas pessoas têm sido beneficiadas com as ações de evangelização, compaixão e graça desenvolvidas na Cristolândia em Minas Gerais. Contamos hoje com 4 Unidades: a Missão Batista Cristolândia em BH (com capacidade para acolher 30 pessoas) e dando assistência semanalmente a 150; o Centro de Formação Masculino em Betim (Casa da Esperança, com capacidade para 16 pes-soas), o Centro de Formação Cristã Feminino em Governador Valadares, atendendo 20 mulheres; e o Centro de Formação Cristã em Muriaé, atenden-do 24 homens. Ao longo dos 6 abençoados anos de ações da Cristolândia MG, já realizamos mais de 18 mil atendimentos, 1792 alunos ingressaram voluntariamente no Programa de Tratamento, 417 retornaram ao convívio familiar, 91 foram batiza-dos e se tornaram membros de igrejas batistas, 89 foram reinseridos no mercado de trabalho, 5 continuam na obra como Radicais e Voluntários, e realizamos 6 casamentos. Só em 2017, realiza-

mos mais de 10 mil estudos bíblicos; mais de 300 atendimentos médicos; mais de 460 atendimentos odontológicos e mais de 830 atendimentos psico-lógicos, e servimos mais de 112 mil refeições.

É possível perceber a ação de Deus no ambiente familiar e saudável, onde os alunos se reúnem diuturnamente para adoração e crescimento na graça e conhecimento de Cristo na visão de Igreja Multiplicadora. Atividades musicais, de artesana-to, pintura, aulas de informática, estudos bíblicos em pequenos grupos, cultos, atendimento médi-co, atendimento psicológico, atendimento jurídi-co, acompanhamento nutricional, social, cursos profissionalizantes e ingresso em faculdade; são exemplos de atividades desenvolvidas na Cris-tolândia MG com o apoio de vários profissionais voluntários que com amor e submissão a Cristo evidenciam o verdadeiro amor ao próximo.

Louvo a Deus pela relevância deste Projeto no es-tado e pelas ações realizadas com excelência pela abençoada equipe e com o precioso apoio dos va-liosos parceiros e voluntários, que tanto nos aju-dam a restaurar vidas em nome do Senhor Jesus. Mas é tempo de avançar. Temos desafios imensu-ráveis (são milhões de usuários em nossa nação, que é a maior consumidora de crack do planeta) e em Minas Gerais, esta população tem aumentado assustadoramente. Almejamos conquistar todos com o evangelho e, para tal, precisamos continu-ar contando com nossos parceiros, que, movidos pela graça, apoiam e sustentam fidedignamente esta valiosa obra do Senhor, e desafiar milhares de outros (inclusive você) a juntar-se a nós, “... para que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça transbordar as ações de graças para glória de Deus” (2Coríntios 4.15).

Pr. Otilio Moraes de Castro Coordenador da Cristolândia

em Minas Gerais

CARTA AO PARCEIRO DE MISSÕES

MOVIDOS POR COMPAIXÃO E GRAÇA AÇÃO SOCIAL BATISTA

“Assim diz o Senhor dos Exércitos: Administrem a verdadeira justiça, mostrem misericórdia e compai-xão uns para com os outros. Não oprimam a viúva e o órfão, nem o estrangeiro e o necessitado. Nem

tramem maldades uns contra os outros” (Zacarias 7. 9,10 – NVI).

A maneira como a Bíblia exemplifica em vários textos como deve ser o nosso comportamento em relação ao próximo e aos vulneráveis nos constrange.

Jesus se compadeceu ao ver crianças, mulheres e homens que sofriam todo tipo de abandono social. O exemplo que Ele nos deixa é que devemos nos compadecer, amar e agir em favor destas pessoas que foram criadas a sua imagem e semelhança e que Jesus, inclusive, morreu por elas. “E Ele morreu por todos...” (2Co 5.15).

Pensar que Jesus morreu por uma criança que está dormindo na rua, que passamos por ela e, muitas ve-zes, não temos coragem nem de olhar nos constrange.

Temos hoje em nosso país oportunidades extraordi-nárias de sairmos deste constrangimento e exercer-mos compaixão e graça por intermédio da área so-cial, mostrando a diferença como igreja que professa a fé em Cristo Jesus.

Milhares de pessoas desempregadas, escolas públi-cas cada vez mais decadentes, taxa de analfabetismo crescente, prostituição, drogas, insegurança, miséria, fome, violência, abandono, etc. É este quadro que estamos chamando de “oportunidades extraordiná-rias para exercermos compaixão”.

A dor do próximo precisa nos mover em compaixão e graça. Se, por algum motivo, não nos sentimos im-pelidos a agir quando presenciamos o sofrimento de alguém é importante refletir profundamente sobre isso e buscarmos o Senhor.

A ação de compaixão em favor do próximo precisa ser realizada com amplitude tal que mude a realida-de em que ele se encontre.

Nos tranquilizamos muitas vezes em oferecer uma cesta básica a uma família necessitada ou sair em uma noite fria para oferecer um alimento a alguém que dorme na rua. Tudo isso é louvável e tem o seu lugar de relevância, porém, quando pensamos no contexto de “vida” desta pessoa nos perguntamos: a ação realizada dará a pessoa uma oportunidade de mudar totalmente sua vida? Trará a ela o sentimento de dignidade novamente?

Já ouviu a expressão “precisamos ensinar a pescar e não apenas dar o peixe”? É exatamente assim que precisa funcionar a ação social. É importante sermos movidos por tão grande compaixão, que tenhamos interesse em mudar a história de vida das pessoas em vulnerabilidade que estão próximas a nós.

Precisamos provê-las em suas necessidades imedia-tas, sim! Mas paralelamente a isso, podemos cons-truir uma ponte para que elas saiam da condição de miséria, retomem sua dignidade, tenham seu traba-lho, sustentem sua casa e sejam cidadãos e cidadãs capazes inclusive de ajudar outros.

Missões Nacionais tem procurado exercer seu minis-tério social com esta visão. A estampa na camisa – “Jesus Transforma” é o nosso foco. Jesus não tocava na vida de uma pessoa apenas para aliviar momen-taneamente sua dor. Ele tocava para transformar sua vida e mudar sua história.

É este o desafio que lançamos para a nossa deno-minação e líderes: Movidos por compaixão e gra-ça, os batistas brasileiros poderão juntos trabalhar para transformar a realidade de vida de milhares de pessoas.

Que Deus nos abençoe.

Anair Bragança S. Siqueira Gerente Executiva de Assistência

Social de Missões Nacionais

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COMEÇANDO NOSSO ENCONTRO

A graça de Cristo nos alcançou e por isso, como Corpo de Cristo, podemos experimentar a comunhão que emana de uma vida transformada por essa maravilhosa graça. Va-mos iniciar nosso encontro orando em grati dão a Deus por nossa vida e também pela família que nos acolhe.

TEMPO DE CANTAR

“Graça! Que maravilhosa graça! É imensurável e sem fi m. É maravilhosa, é tão grandiosa, é sufi ciente para mim.” (HCC 193)

Vamos juntos louvar ao Senhor, cantando a sua maravil-hosa graça!

TEMPO DA PALAVRA

Texto Bíblico: 2 Corínti os 4.15-17

“Tudo isso é para o bem de vocês, para que a graça, que está alcançando um número cada vez maior de pessoas, faça que transbordem as ações de graças para a glória de Deus. Por isso não desanimamos. Embora exteriormente estejamos a desgastar-nos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia, pois os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória eter-na que pesa mais do que todos eles.”

COMPARTILHANDO:

O que você entende como signifi cado da palavra graça?

Graça é uma dádiva, um favor. E quando pensamos na graça divina entendemos que ela representa um favor imerecido, quando o amor de Deus nos alcança em Cristo

Jesus, mesmo quando ainda éramos pecadores (cf. Ro-manos 5.8).

1. Comparti lhe uma experiência pessoal em que você ex-perimentou a graça, um favor, que alguém fez por você ou por sua família. Como você e sua família se senti ram?

2. O texto que lemos em 2Corínti os, no verso 15, afi rma que a graça de Deus em nós gera um resultado. Que resul-tado é esse e como podemos expressá-lo hoje?

3. Realizar ações práti cas de boas obras é uma grande expressão de amor. Mas, muitas vezes, ajudar de manei-ra práti ca exige de cada um de nós um esforço extra. De acordo com o texto, versos 16 e 17, explique por que esse esforço vale a pena?

Quando somos alcançados pela graça de Deus, essa graça nos move a ser parecidos com Jesus em nossas palavras e ações. Alcançar o coração das pessoas com o amor e a graça de Deus deve ser o compromisso principal de todo discípulo de Cristo Jesus. Que cada um de nós assuma fi elmente esse compromisso de ser um agente transformador de vidas para a glória de Deus Pai.

TEMPO DE ORAR

• Ore por tantas pessoas que estão tão perto de nós e que ainda não experimentaram a maravi-lhosa graça de Deus sobre sua vida;

• Ore para que nosso PGM seja um lugar onde a graça de Deus seja manifesta de maneira natural por intermédio de nossa vida;

• Orem pelos pedidos uns dos outros.

Produção: Pr. Welington MartinsI. B. do Bacacheri (PR)

roteiro 1movidos pela graça

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Encontre os roteiros para PGMs e outros materiais de apoio no site ofi cial da Campanha 2018: movidospelagraca.org.br

Cada PGM pode ser parceiro de Missões através do PAM PGM. Saiba como: 0800-707-1818

Aconteceu com a nossa igreja esta experiência. Temos certa urgência em substi tuir o telhado de nosso templo, para tanto estamos em campanha fi nanceira. Já tí nhamos cerca de 100 mil reais ar-recadados, quando, em 04 de setembro de 2017, no culto da manhã, recebemos as missionárias da JMN Fabíola Molulo e Sílvia Regina.

Foi uma bênção aquele culto! A missionária Silvia, que foi resgatada por Cristo na Cracolândia em São Paulo, deu o seu comovente e impactante testemunho. Enquanto as missionárias falavam, o Espírito Santo falava ao meu coração. Senti que deveria aproveitar o momento e clima para sugerir que a igreja enviasse o saldo da campanha do telhado para Missões, mas não o fi z, pois não queria ser levado pelas emoções do momento. Orei e pedi ao Senhor que, se aquele desejo em meu coração fosse resultado do seu mover, Ele revelasse o mesmo a outro membro da igreja.

Ao assumir o púlpito comuniquei aos irmãos que Deus havia falado algo ao meu coração, mas que aguardaria um sinal de Deus para fi rmar as minhas convicções. Terminado o culto, despedimo-nos das missionárias e fui ao gabinete pastoral. Ao chegar lá, o diácono Alan me aguardava na porta, e disse: “Pastor, eu sei o que Deus falou ao senhor, pois falou o mesmo a mim e estou aqui por isso. Deus mandou a igreja enviar o dinheiro do telhado para Missões Nacionais”. Não ti ve mais dúvidas.

No domingo seguinte a igreja, em Assembleia Administrati va, tomou a mesma decisão, por maioria esmagadora de votos. E assim foi feito.

Após a Assembleia fi z um apelo para que irmãos voluntários me procurassem para a reposição do dinheiro do telhado. Para minha surpresa, dentro de 02 meses, 81 irmãos assumiram o compromis-so e ofertaram R$ 207.900,00. Detalhe, para levantar o dinheiro que enviamos a Missões tí nhamos demorado 18 meses.

O ocorrido fez muito bem a nossa igreja. Cremos que Deus conti nuará abençoando a todos nós. Com isso aprendemos: Quando a igreja prioriza Missões, Deus prioriza a igreja.

Assis Borges XavierPastor da Primeira Igreja Bati sta de Araruama (RJ)

IGREJA PRIORIZANDO miss ões

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COMEÇANDO NOSSO ENCONTRO

Reconhecer a preciosidade de cada ser humano não é uma tarefa muito fácil, principalmente em nossos dias. Mas, ao olhar as pessoas com o olhar de Jesus, aprendemos a reconhecer o valor que cada um tem. Vamos começar nos-so encontro de hoje orando e pedindo o direcionamento do Espírito Santo sobre nossa vida. Vamos agradecer pela família que carinhosamente nos recebe em sua casa.

TEMPO DE CANTAR

“Tua graça me alcançou, pra ti quero viver. Compartilhar do teu grande amor. O que podemos ser na vida de alguém, de-pende tão somente de nós. Se eu não for, quem irá? Se eu não estender as mãos quem o fará?.”

Louvemos juntos ao Deus de toda a graça!!

TEMPO DA PALAVRA

Texto Bíblico: Mateus 5.6-9“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, pois serão satisfeitos. Bem-aventurados os misericordiosos, pois receberão misericórdia. Bem-aventurados os puros de cora-ção, pois verão a Deus. Bem-aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus.”

COMPARTILHANDO:

Responda com sinceridade: qual o seu sentimento quando

você encontra pessoas “marginalizadas”, como um mora-dor de rua por exemplo?

Temos uma tendência muito fácil de responsabilizar outros (governo, economia, etc.) pelos problemas sociais que o nos-so país enfrenta. Precisamos parar de “discutir” e começar a “agir” quando se trata de promover a transformação social que o Brasil tanto necessita.

1. Mencione pelo menos dois problemas sociais que mais o(a) incomodam e explique o por quê.

2. Nos versículos que lemos em Mateus 5, Jesus está mostrando resultados da prática de ações movidas pela graça de Deus. Quais são essas ações e qual delas você tem mais dificuldade em praticar?

3. Em sua opinião, qual o papel que a igreja, corpo de Cristo, precisa desenvolver no atendimento às pessoas que são de-nominadas “excluídas da sociedade”?

Devemos nos posicionar sempre como aqueles que amam como Jesus amou. Nosso Mestre nos deu o grande exem-plo quando esteve entre nós, pois Ele sempre estava perto e servindo àqueles que eram rejeitados pela sociedade. Mais do que auxilio e apoio material e emocional, temos a principal missão de compartilhar a graça salvadora do evangelho de Cristo Jesus. O plano de Deus para alcançar o mundo todo inclui você. Não negligencie seu chamado!!

TEMPO DE ORAR

• Ore por todos aqueles que vivem marginalizados nas ruas, nas drogas, na prostituição, etc., pois cada um deles é amado por Deus;

• Ore por cada família do PGM e da igreja, para que sejam fortes e unidas pela graça de Deus;

• Orem pelos pedidos uns dos outros.

roteiro 2a graça é para todos, sem distinção

roteiro 3indígenas: tão perto, mas não alcançados

COMEÇANDO NOSSO ENCONTRO

Em nosso país ainda existem grupos de pessoas que prati-camente não têm contato com a “civilização”. São tribos in-dígenas que carecem da graça salvadora. Vamos, hoje, ini-ciar nosso encontro orando por grupos não alcançados que estão tão perto de nós e ainda não conhecem a verdade libertadora do evangelho de Cristo. Oremos também pela família que gentilmente nos acolhe.

TEMPO DE CANTAR

“[...] Todo joelho se dobrará, toda língua confessará, que Jesus Cristo é o Senhor. Ele é o Senhor!”

Vamos cantar louvores ao nosso maravilhoso Senhor, que deseja alcançar todos com sua preciosa graça!!

TEMPO DA PALAVRA

Texto Bíblico: Mateus 24.14

“E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo como testemunho a todas as nações, e então virá o fim.”

COMPARTILHANDO:

Cite um ou mais motivos que levariam você a aprender uma língua totalmente estranha.

Num mundo globalizado como o nosso, poder comuni-car-se com outras pessoas é tremendamente essencial. Fazemos um esforço para aprender ou ensinar outra lín-gua para conquistarmos nossos objetivos ou até mesmo para podermos sobreviver. Pensando no desafio de comu-nicar a graça e o amor de Deus, não podemos agir de for-ma diferente, pois temos uma importante missão enquan-to estivermos aqui nesta terra.

1. Você já precisou se comunicar com alguém que não fala-va português e você não entendia a língua nativa daquela pessoa? Conte-nos como foi sua experiência.

2. Nesse texto de Mateus 5, Jesus está relatando aos dis-cípulos como seriam os sinais do fim dos tempos, mas no verso que lemos Jesus estabelece uma “condição” para que esse fim aconteça:

a) Qual é essa condição?

b) Qual deve ser nosso comportamento frente a essa condição?

3. Povos indígenas com certeza precisam ser também alca-nçados com o evangelho de Jesus. Em sua opinião, como, pessoalmente e em grupo, podemos nos envolver com essa missão de evangelização de povos indígenas?

Os indígenas têm também sido tratados como um grupo “excluído”, muitas vezes com a desculpa de terem um cul-tura e hábitos diferentes. Como discípulos de Jesus, nos-sa maior expectativa deve ser a volta gloriosa do nosso Senhor, assim, nossa principal ocupação deve ser com a comunicação do evangelho para todos, incluindo todas as tribos indígenas que vivem isoladas. Faça sua parte. Ore, contribua e se envolva diretamente como um agente de transformação de vidas e sociedades.

TEMPO DE ORAR

• Ore pelos desafios de comunicação oral e escrita que temos para poder comunicar a graça salva-dora de Cristo aos povos indígenas;

• Ore para que tenhamos mais recursos financei-ros e humanos para o avanço da evangelização dos indígenas;

• Orem pelos pedidos uns dos outros.

Cada PGM pode ser parceiro de Missões através do PAM PGM. Saiba como: 0800-707-1818

Cada PGM pode ser parceiro de Missões através do PAM PGM. Saiba como: 0800-707-1818

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roteiro 4crianças -o futuro começa hoje

COMEÇANDO NOSSO ENCONTRO

Temos visto diariamente uma “enxurrada” de notícias que envolvem crianças: violência, abandono, exploração sexual, trabalho infantil, drogas, etc. O quadro é muito mais grave do que podemos imaginar. Vamos orar agora por nosso país, principalmente por nossas crianças. Vamos também agradecer a Deus a oportunidade de estarmos juntos e pedir suas ricas bênçãos sobre a família que nos recebe.

TEMPO DE CANTAR

“Senhor, Senhor nosso, como é majestoso o teu nome em toda a terra! Tu, cuja glória é cantada nos céus. Dos lábios das crianças e dos recém-nascidos firmaste o teu nome como fortaleza [...]” (Salmo 8.1,2a)

Vamos cantar louvores ao único e verdadeiro Deus majes-toso!

TEMPO DA PALAVRA

Texto Bíblico: Deuteronômio 6.4-7“Ouça, ó Israel: O Senhor, o nosso Deus, é o único Senhor. Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todas as suas forças. Que todas estas pa-lavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração. Ensi-ne-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar.”

COMPARTILHANDO:

Em sua opinião, qual a maior dificuldade que os pais têm, hoje em dia, na educação de seus filhos?

Infelizmente, muitos pais estão terceirizando a educação de seus filhos para babás, para a escola e até para a igre-ja. Essa atitude tem gerado ainda mais problemas para as crianças e tem influenciado muito a formação do caráter para a vida adulta.

1. Como podemos comparar as crianças que vivem aban-donadas nas ruas, com as crianças que vivem abandona-das em seu próprio lar?

2. O texto de Deuteronômio que lemos nos relata as orien-tações de Deus ao povo, por intermédio de Moisés.

a) Em sua opinião, por que Deus orienta que as leis se-jam ensinadas com persistência pelos pais aos seus filhos?

b) Qual a importância de aplicar esse mesmo princípio em nosso lar hoje?

3. Crianças não são somente o futuro, elas são o presente e merecem nossa total atenção e dedicação, pois também carecem da graça redentora do Pai celestial. Como po-demos ajudar nossas crianças a entenderem a importân-cia do papel delas na sociedade em que elas vivem (esco-la, condomínio, amigos...)?

Para que possamos viver num mundo melhor, precisamos ensinar a nossas crianças seu papel como discípulas de Jesus na construção desse mundo. Lembro de uma frase que dizia: “Sempre perguntamos que mundo deixaremos para nossas crianças, mas a pergunta que devemos fazer é, que crianças estamos deixando para nosso mundo?”. Que sejamos con-scientes do nosso papel como pais discipuladores, que pre-cisam formar o caráter de Cristo em nossos filhos, e com isso precisamos sim ser um bom exemplo a ser seguido.

TEMPO DE ORAR

• Ore por misericórdia do Senhor na vida das famí-lias de nosso país, para que as crianças não so-fram com tanta violência e abandono;

• Ore para que, como família cristã, possamos ser o exemplo que nossa sociedade precisa;

• Orem pelos pedidos uns dos outros.

COMEÇANDO NOSSO ENCONTRO

Estar longe de casa só é bom quando estamos em férias. Ainda assim, se forem prolongadas logo quereremos voltar para o aconchego do nosso lar. Infelizmente essa não tem sido a realidade de muitos imigrantes que estamos rece-bendo em nosso país. Gente fugindo da guerra, da fome, da falta de oportunidades... Vamos, neste início do encontro do nosso PGM orar ao Senhor em favor dos imigrantes, não somente aqui no Brasil, mas em todo o mundo. Vamos ain-da orar pela família que nos recebe, pedindo as bênçãos do céu sobre este lar.

TEMPO DE CANTAR

“Sou forasteiro aqui, em terra estranha estou. Do reino lá do céu embaixador eu sou...” (CC 207)

Louvemos juntos ao Senhor, que é o nosso único e verda-deiro Deus.

TEMPO DA PALAVRA

Texto Bíblico: Mateus 25.37-40

“Então os justos lhe responderão: ‘Senhor, quando te vi-mos com fome e te demos de comer, ou com sede e te demos de beber? Quando te vimos como estrangeiro e te acolhemos, ou necessitado de roupas e te vestimos? Quando te vimos enfermo ou preso e fomos te visitar?’ O Rei responderá: ‘Digo-lhes a verdade: o que vocês fizeram a algum dos meus menores irmãos, a mim o fizeram’.”

COMPARTILHANDO:

Você consegue imaginar qual seria o seu sentimento se tivesse que deixar tudo: casa, trabalho, bens e, em casos extremos, até a família, para fugir e ter que morar longe do seu país, da sua casa? Compartilhe.

Essa tem sido a realidade de milhares, milhões de pessoas ao redor do mundo. Muitas dessas pessoas têm procurado abrigo aqui, em nosso país. Toda essa situação triste nos expõe a uma grande oportunidade de colocar em prática nossa fé cristã.

1. Em sua opinião, quais as maiores dificuldades que um imigrante enfrenta ao ingressar em um outro país, bus-cando refúgio?

2. Jesus, de maneira belíssima, nos explica qual deve ser nosso comportamento frente a esse tipo de situação. Olhando para o texto que lemos comente:

a) Qual a maior resistência que enfrentamos para oferecer ajuda a um refugiado?

b) Qual os benefícios que recebemos aos sermos ser-vos acolhedores?

3. De maneira prática, o que cada um de nós pode fazer individualmente e o que podemos fazer como PGM, para apoiarmos e nos envolvermos com projetos de acolhimen-to aos refugiados?

Como o trecho do hino que lemos acima, todos somos forasteiros neste mundo. Nosso verdadeiro lar está na eternidade. Temos a grande responsabilidade de mostrar aos imigrantes refugiados que recebemos em nosso país essa verdade. Precisamos corresponder de maneira digna ao que Jesus espera de nós, ao sermos discípulos acolhe-dores, que demonstram na prática a graça e o amor de Deus, revelado em Cristo Jesus.

TEMPO DE ORAR

• Ore pelas nações que estão em guerra e enfren-tando problemas sérios, onde sua população foge para sobreviver. Clame pelas misericórdias do Senhor;

• Ore por nossos missionários que atuam no front dessa obra, e para que possamos nos sensibilizar em apoio, oração e ação;

• Orem pelos pedidos uns dos outros.

roteiro 5uma nova casa,

uma nova pátria

Cada PGM pode ser parceiro de Missões através do PAM PGM. Saiba como: 0800-707-1818

Cada PGM pode ser parceiro de Missões através do PAM PGM. Saiba como: 0800-707-1818

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roteiro 6obedecendo à ordem da

multiplicaçãoCOMEÇANDO NOSSO ENCONTRO

Todos nós precisamos de um propósito para viver. Às ve-zes passamos pela vida sem definir, ou ao menos enten-der, qual é o nosso verdadeiro propósito de vida. Vamos hoje, neste nosso encontro de PGM, buscar a direção de Deus para compreender o que nos trará satisfação pra vi-ver. Vamos também orar em gratidão ao Senhor pela casa que nos recebe.

TEMPO DE CANTAR

“Somos teus pés, andando em toda parte. Somos tuas mãos, curando e abençoando. Somos teus olhos, a procu-ra dos aflitos. Somos tua boca, proclamando o reino de Deus” (Trabalhadores – Daniel de Souza)

Vamos juntos cantar louvores ao Senhor, que nos dá a ver-dadeira razão para viver!

TEMPO DA PALAVRA

Texto Bíblico: Mateus 28.18-20“Então, Jesus aproximou-se deles de disse: “Foi-me dada toda autoridade nos céus e na terra. Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos.”

Compartilhando:

Olhando para sua rotina diária, com sinceridade respon-da: Qual tem sido a sua prioridade, sua principal ocupa-ção diária?

Vivemos intensamente numa loucura diária, sempre cor-rendo contra o tempo e tentando produzir o suficiente para satisfazer nossas necessidades e desejos pessoais. Muitas ve-zes temos invertido valores e princípios essenciais para nossa vida. Mas será que é assim mesmo que precisa ser? Podemos incluir um propósito, uma intencionalidade em tudo o que estamos fazendo? Vamos refletir um pouco juntos sobre isso.

1. Em sua opinião, por que a maioria das pessoas tem a ten-

dência de “olhar só pra o seu próprio umbigo” e facilmente perder o referencial de prioridade na vida?

2. No texto que lemos, Jesus não deixa uma grande “su-gestão” para seus discípulos. Ele deixa uma ordem expres-sa para cumprir uma missão:

a) Qual é esta ordem de Jesus para todos os seus dis-cípulos?

b) Como podemos obedecer diariamente a esta ordem de Jesus e ainda continuar nossa rotina diária?

3. Junto com essa ordem, no final do verso 20, Jesus tam-bém deixa claro uma grande promessa aos que obedece-rem. Qual é essa promessa e o que ela deve gerar no cora-ção de cada um de nós?

A ordem de Jesus na Grande Comissão deve ser a nossa pri-meira ocupação diária. Podemos colocar intencionalmente o cumprimento dessa ordem de fazer discípulos em tudo o que fizermos. Faço discípulos por meio dos meus relaciona-mentos em casa, no trabalho, na escola, no supermercado, no posto de gasolina, etc. Minha vida e meu testemunho pes-soal devem falar tão alto que as pessoas ao meu redor preci-sam ser impactadas e transformadas pela graça transforma-dora do Pai, evidenciando a vida de Cristo por intermédio da minha vida. “Meu Pai é glorificado pelo fato de vocês darem muito fruto; e assim serão meus discípulos” (João 15.8). É tempo de Multiplicar!!

TEMPO DE ORAR

• Ore por todas as igrejas espalhadas por nosso Brasil, para que todas estejam engajadas na mul-tiplicação intencional de discípulos;

• Ore para que cada discípulo obedeça fielmente à ordem de Jesus de fazer novos discípulos, sendo assim um multiplicador;

• Orem pelos pedidos uns dos outros.

Cada PGM pode ser parceiro de Missões através do PAM PGM. Saiba como: 0800-707-1818

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Introdução:

Corinto era na Antiguidade uma metrópole, cidade de intenso comércio, com todo tipo de categorias profissionais, grupos sociais e religiosos. O apóstolo Paulo, artesão de profissão (fabricante de tendas), certamente se aproximou dos que exerciam essa mesma atividade. Normalmente os pares profissionais estavam concentrados na mesma rua.

Essa estratégia de Paulo (começar seu trabalho evangelístico pela rua de seus pares trabalhadores, e não pela sinagoga nem pela praça onde estavam os oradores, inclusive religiosos), certamente é digna de nota: provavelmente o modelo de divulgação do evangelho adotado por ele em Corinto se propunha a diferenciar Paulo e sua mensagem dos outros oradores e suas estratégias discursivas comuns na cidade, evitando mais dissensões e controvérsias (tema recorrente em 2Coríntios).

Contexto:

No trecho de 2.14-7.4, bem como em 10.1-13.10, o apóstolo assinala em Corinto a ação de opositores que contestavam sua autoridade apostólica e estavam encontrando ouvidos na congregação. Esses opositores dispunham de cartas de recomendação (cf. 3.1) e também propagavam o evangelho. No entanto, Paulo contesta sua mensagem comparando essa mensagem a uma filosofia mal-intencionada. Sua pregação tinha objetivos próprios (2.17) e eles buscavam a própria glória (5.12), inclusive retomando a tradição do AT (cf. 3.4-18).

Após uma visita em que o apóstolo tenta dialogar em sua defesa, mas sem sucesso, ele se retira e escreve o

trecho em sua defesa (2.14-7.4). Paulo envia Tito com o fim de tentar afastar da liderança da comunidade o responsável pela dissensão e também com o intuito de trazer a comunidade de volta à autoridade do apóstolo. Após Tito retornar com boas notícias (cf. 7.6-16), Paulo escreve o texto de reconciliação com a comunidade (cf. 1.1-2.13).

A argumentação do apóstolo:

A despeito de a comunidade de Corinto encontrar muitas semelhanças entre Paulo e os demais oradores que por lá passaram ou ainda lá estavam, o apóstolo arrola diferenças várias: ele não recorre a exibições carismáticas espetaculares, dispensa “carta de apresentação”, não aceita ser sustentado pela comunidade, sua mensagem está pautada na pessoa e obra do Cristo (cf. 4.5-7). Apesar da celeuma com os opositores, o linguajar de Paulo no bloco de 2.14-7.4 é marcado pela esperança de que a verdadeira causa da comunidade não está perdida (cf. 7.1-4). Ele está certo da vitória do evangelho autêntico e genuíno, o evangelho da “graça que, multiplicada por meio de muitos, faz transbordar as ações de graças para a glória de Deus” somente (cf. 4.15), graça essa que capacita os homens para uma nova postura: a postura do amor.

Pontos a serem destacados para aplicação na pastoral:

1. A importância do comunicar/fazer: Paulo faz uso de discurso rebuscado, filosófico, que convença por boa retórica a uma comunidade que possa sustentar o orador, ou o discurso pautado na ação do Espírito Santo, dependente da graça de Deus (cf. 1.9), confirmado por atos, ações e posturas adotadas pelo

apóstolo e sua equipe? O discurso pelo discurso não convence mais... na chamada “pós-modernidade”, então, nem se fala! O v. 15, texto da divisa adotada, é claro: “tudo isso é por amor de vós, para que a graça, que está alcançando um número cada vez maior de pessoas...”! O “tudo isso” faz menção a tudo o que o apóstolo e sua equipe fizeram e sofreram pela divulgação do evangelho aos coríntios, ou seja, a graça de Deus não é “mágica”: ela se dá pelo agir daqueles que já foram alcançados por ela... Em 2.14 o apóstolo dá “graças a Deus que sempre nos faz triunfar em Cristo e por meio de nós manifesta em todo lugar a fragrância do seu conhecimento”, ou seja, a graça faz exalar um “cheiro”, um “perfume” do cristão, e “cheiro” não é para ser falado, pregado, mas percebido pelo olfato, e não pelo ouvido! Cheiro é para ser cheirado (redundante...), por onde o cristão passa! Expulsa o odor fétido das trevas e espalha o odor da graça de Deus! Então não é pelo discurso em si, mas pela postura, pelo agir do cristão. Em 3.2,3 o apóstolo afirma também que, diferentemente dos outros que precisam de “carta de recomendação”, na transmissão do evangelho autêntico é o cristão que é uma “carta lida por todos os homens, porque já é manifesto que vós sois a carta de Cristo, ministrada por nós, e escrita, não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração”. Um escrito não fala, não comunica de per si, mas o leitor o lê e recebe sua comunicação, e é através desta comunicação do evangelho que a graça alcança um número cada vez maior de pessoas! Enfim, a oratória evangélica sem prática, sem “vida vivida” se torna apenas mais uma entre tantas outras!

2. O perigo da soberba, ou ̈ síndrome de grandeza”, ou distanciamento da congregação para a qual se prega: para que a glória e a graça de Deus se manifestem, é preciso primeiramente que o transmissor pratique o que anuncia, mas também que pratique em posição de humildade, a serviço de fato da comunidade, conforme exemplo do Mestre maior, Jesus de Nazaré. Segundo alguns autores, o fato de Paulo fazer em Corinto a opção pelo sustento próprio por meio do trabalho manual faz parte da própria pregação do apóstolo: viver do próprio trabalho seria adotar uma condição de humildade, colocando-se ao lado dos escravos, trabalhadores manuais: o orador que não se autossustentava precisava residir na casa de um cristão abastado! Assim, o pregador que não efetuava seu próprio trabalho para se manter acabava se colocando numa relação de pessoas ricas, ao passo que, trabalhando manualmente, o apóstolo se situa no contexto dos fracos socialmente,

sem status. É a opção pelo convívio com os menos favorecidos, a exemplo do Mestre de Nazaré. Na teologia de Paulo, essa opção pelos desprestigiados é um critério fundamental na legitimação da mensagem do evangelho transmitida por ele.

3. A semente regada: a semente que frutifica nas comunidades é a mantida pela graça de Deus. Para tanto é necessário comunhão com o Pai. Em uma comunidade há diversas expectativas, muitas deturpadas, outras ingênuas, outras egoístas... Mas o líder nunca pode se esquecer da fé que professa. Paulo revela que a fé o levou não somente a falar, mas a fazer, e um fazer confiado não nos resultados aparentes, mas na graça de Deus, cf. 4.18: “não atentando nós nas coisas que se veem, mas sim nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, enquanto as que se não veem são eternas”. Em 5.7 ele afirma “andamos por fé, e não por vista”. É esta graça que dava esperança, que sustentava Paulo nos momentos de tribulações e incertezas! Qual é a esperança de cada líder, quando o “dia mau” chega? O que move os relacionamentos na comunidade, e entre líderes e liderados? É o amor? Que traço diferencia as comunidades cristãs das demais comunidades? O que sustenta, embasa de fato a comunidade cristã? Qual o alvo que a comunidade tem, e que procedimentos adota para atingi-lo? São questões a serem refletidas a partir da experiência de Paulo com a comunidade expressa em 2Coríntios.

4. Discernindo a mensagem do evangelho de Cristo: como discernir o que é anunciado em nome do evangelho? Quais critérios? O início do texto em 4.15 deixa claro o critério maior: “tudo isso é por amor de vós...”. Se tudo o que se faz não for por amor genuíno, a graça de Deus não pode se manifestar e alcançar outras pessoas. Sem o amor genuíno tudo permanece na esfera da dimensão humana. Em outro momento o apóstolo chega a dizer que mesmo que se entregue o próprio corpo para ser queimado em praça pública, mas sem amor, é um ato vão, inútil. Ou seja, qual é a motivação com a qual se transmite o evangelho, com a qual se vive o evangelho? Se não for exclusivamente o amor, a graça de Deus estará ausente.

Dr. Dionísio Oliveira Soares Professor da FABAT / Seminário do Sul (RJ)

FICHA EXEGÉTICA DE 2CORÍNTIOS 4.15:

“...para que a graça,

multiplicada por meio de muitos, faça transbordar as ações de graças

para glória de Deus”.

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Introdução

Antes de tudo, devemos ter sempre em mente que o nosso propósito primordial é levar as pessoas a co-nhecerem Cristo! Não se trata de proclamar a nossa denominação ou levá-las a mudar de religião, ou mes-mo impormos a elas a nossa maneira de adorarmos, ou nossos costumes, ou práticas. A essência do evan-gelho de Cristo é a graça. A graça atrai, recebe, acolhe, transforma e recomeça.

As narrativas do evangelho de Jesus no Novo Testa-mento revelam o modo como a graça se manifestou. É o que Tito sintetiza no texto acima: a graça se re-velou salvadora e ensinadora. Por ela somos resgata-dos como também transformados. Pela graça somos impulsionados a deixar os hábitos pecaminosos para abraçarmos um modo de vida que retrata o poder que só Jesus Cristo tem.

A linha que separa religião de relacionamento com Deus é tênue, mas clara:

1. A Graça Acolhe – Ao manifestar-se, a graça revela o quanto Deus ama a todos sem qualquer discrimina-ção. A religiosidade espolia o indivíduo, segrega, dis-crimina. Por sua vez, a graça gera oportunidade, re-vela possibilidade, estabelece o marco do recomeço.

2. A Graça Aponta para o Futuro – Pela graça são conhecidas as maravilhosas promessas de Deus; en-quanto a religiosidade é arqueológica, pois tem os olhos no passado, no exame das origens, na afirmação da culpa, no peso dos nossos erros, a graça declara a liberdade para seguir em frente. Ela desata as fivelas, quebra as correntes, aponta o caminho.

3. A Graça, é Baseada na Fé – O que mais homens e mulheres ouviram de Jesus foi: “Vai! A tua fé te sal-vou”. “Como assim?”, pergunta o religioso. “Não pre-ciso fazer nada?”. Não! Isso é graça. É assim que fo-

mos movidos do caminho do inferno para a direção do Céu. Basta crer e receber! A religiosidade se baseia nos méritos humanos, nas suas obras meritórias. A salvação chega a qualquer um, a qualquer lugar, de muitas maneiras. Não depende de uma certa oração, de jejuns ou sacrifícios, de ir àquele ou a outro lugar. Já está entregue!

4. A Graça Gera Transformação – Enquanto a religio-sidade gera culpa e, como fim, o desespero, a graça oferece perdão, paz e vida. Como diz Tito, “ela nos en-sina a viver”.

5. A Graça Gera Gratidão e Amor – Mais que emoções ou sentimentos, em Cristo temos uma nova atitude face às circunstâncias. Não mais lamento, desânimo ou aflição. Em lugar disso, desenvolvemos uma vida de adoração. Como resultado, a adoração se revela pela atitude de serviço e obediência. O que aconte-ceu com a gente pode e deve acontecer com os outros também.

Conclusão:

Quando olhamos para Jesus encontramos nele o mo-delo de aproximação dos pecadores. Ele foi compassi-vo e misericordioso porque veio para curar os doen-tes; veio para buscar os perdidos; veio para libertar os cativos.

A manifestação da graça nos move e nos impulsiona a amar, a servir e a obedecer. Pela graça a Missão torna possível acolher a pessoa não pelo que é ou pelo es-tado em que se encontra, mas pela certeza do que o poder e o amor de Jesus podem fazer por ela.

Pr. João Reinaldo Purin Jr. Igreja Batista do Méier

(Rio de Janeiro, RJ)

ESBOÇO DE SERMÃO

A Graça movimentao Amor de Deus - Tito 2.11-14