43. o selamento dos 144 mil

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SELAMENTO DOS CENTO E QUARENTA QUATRO MIL

Foi um insulto a Deus quando Davi numerou a Israel. A reprovação divina pesou sobre ele, pois se fizera como Deus, como se pudesse contar a força dos exércitos de Israel pelo seu número. "Esta é a palavra do Senhor a Zorobabel: Não por força nem por poder, mas pelo Meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos." Deus não leva em conta o número de Israel para o sucesso de Sua obra. Seus exércitos são formados por milhares de milhares, e dez milhares vezes dez milhares. Cooperam estes com as pessoas que se unem a Deus para serem canais de luz. Manuscrito 17, 1898. (MM, CT. 151; PR, 188-189)

À proporção que se avizinha o fim, e há um contínuo crescimento da obra que tem por objetivo transmitir ao mundo a última advertência, vai-se tornando mais importante para os que abraçaram a verdade, possuir uma compreensão clara tanto da natureza como da influência dos Testemunhos que Deus, em Sua providência, vinculou à obra da terceira mensagem Angélica desde a sua origem. (II TS, 270)

O tempo é muito breve, e tudo que deve ser feito tem de ser feito rapidamente. Os anjos estão segurando os quatro ventos, e Satanás está tomando vantagem de cada um que não esteja plenamente firmado na verdade. (II TS, 217).

Quantos dentre os que são obreiros da Palavra e da doutrina se alimentam da carne de Cristo e bebem o Seu sangue? Quantos podem compreender este mistério? O Salvador mesmo o explicou: "O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que Eu vos disse são espírito e vida." João 6:63. A Palavra de Deus precisa ser entretecida no caráter vivo dos que nela crêem. A ú nica fé verdadeira é a do que recebe e assimila a verdade, até que se torne parte do seu ser e a força motriz de sua vida e ato s. Jesus é chamado o Verbo de Deus. Aceitou a lei de Seu Pai, cumpriu os Seus princípios em Sua vida e o manifestou. (II TS, 220)

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Perguntei ao meu anjo assistente o sentido do que eu ouvia, e que iriam fazer os quatro anjos. Ele me disse que era Deus quem restringia os poderes, e incumbira os Seus anjos de tudo quanto se relacionava com a Terra; que os quatro anjos tinham poder da parte de Deus para reter os quatro ventos, e que estavam já prestes a soltá-los; mas enquanto se lhes afrouxavam as mãos e os quatro ventos estavam para soprar, os olhos misericordiosos de Jesus contemplaram os remanescentes que não estavam selados e, erguendo as mãos ao Pai, alegou que havia derramado Seu sangue por eles. Então outro anjo recebeu ordem para voar velozmente aos outros quatro e mandar-lhes reter os ventos até que os servos de Deus fossem selados na fronte com o selo do Deus vivo. (PE, 38)

UM SINAL QUE SÓ OS ANJOS LEEM

Apocalipse 7: 2-4

2 - E vi outro anjo subir do lado do sol nascente, e que tinha o selo do Deus vivo; e clamou com grande voz aos quatro anjos, a quem fora dado o poder de danificar a terra e o mar,

3 - Dizendo: Não danifiqueis a terra, nem o mar, nem as árvores, até que hajamos assinalado nas suas testas os servos do nosso Deus.

4 - E ouvi o número dos assinalados, e eram cento e quarenta e quatro mil assinalados, de todas as tribos dos filhos de Israel.

(Efésios 1:13; 4:30)

Qual é o selo do Deus vivente? Que é colocado na fronte de seu povo? – É um sinal que só podem ler os anjos, porém não os olhos humanos, pois o anjo exterminador deve ver está marca de redenção (Carta 126, 1898).

O anjo com o tinteiro de escrivão deve colocar um sinal na fronte de todos os que estão separados do pecado e dos pecadores, (Ez. 9: 3 - 4), e o anjo exterminador segue a este anjo (Carta 12, 1886)

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O SELO É UM APROFUNDAMENTO DA VERDADE

Apocalipse 7: 2 E vi outro anjo subir do lado do sol nascente, e que tinha o selo do Deus vivo; e clamou com grande voz aos quatro anjos, a quem fora dado o poder de danificar a terra e o mar,

Tão pronto quando o povo de Deus for selado em suas frontes – Não se trata de um selo ou marca que se possa ver, se não um aprofundamento da verdade, tanto intelectual como espiritualmente, de modo que os selados são incomoviveis – tão prontos quando for selados e preparados para cirandagem que virá. Certamente já tem começado. Os Juízos de Deus já estão vindo. (MS 173, 1902).

O sinal externo e visível de que a obra de graça se completou na alma será a observância do sábado bíblico. Isto transcorrerá da seguinte maneira: O dia de sábado sempre foi o dia designado Por Deus para o descanso do homem. Estabelecido na criação (Gên. 2:1- 3), devia ser uma obrigação perpétua. A ordem de observá-lo foi colocada no coração da lei moral (Exo. 20: 8-11). Nem Cristo nem seus apóstolos anularam o sábado. A grande apostasia que seguiu à morte dos apóstolos pretendeu pôr de lado para colocar em seu lugar outro dia de repouso, o primeiro da semana. Mas a Palavra de Deus prediz que uma grande obra de reforma com respeito ào sábado precederá à segunda vinda de Cristo (Isa. 56: 1-2, 6-8; 58: 12-13; Apoc. 14: 6-12). Também prediz que ao mesmo tempo Satanás, o grande defensor apóstata, elegerá seu próprio fraudulento sistema de religião que ostenta um falso dia de repouso, o dia de domingo, como dia de culto (Apoc. 13; 11-18; 14: 9-12; cf. Dan. 7: 25). Obterá êxito até o ponto de que poderá unir a todo mundo em um grande movimento a favor do domingo (Apoc. 13: 8; 14: 8; 16: 14; 18: 3; Como resultado de seus esforços, o mundo se dividirá em dois setores, os que são fiéis a Deus e guardam seu sábado, e os que se unem ao falso movimento religioso universal e guardam o falso dia de repouso. Deste modo a observância do sábado se converterá em um sinal distintivo do verdadeiro adorador de Deus.

Entretanto, não é a observância visível do sábado o que constitui o sinal. O selo representa a aprovação divina que deverão re ceber todos os que têm que ser cidadãos do reino de glóri a que está a

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ponto de ser estabelecido. Só aqueles cujas almas tenham sido restauradas guardarão o sábado naquele terrível tempo de angústia que precederá ao retorno de Jesus. Os guardadores do sábado que não são sinceros abandonarão as filas do povo de Deus e se unirão com Satanás e contra o céu, na batalha contra o Rei do universo (TM 473).

Só os verdadeiramente leais ficarão como únicos defensores do santo sábado de Deus. A eles lhes unirão outros dos verdadeiros filhos de Deus, os quais até então terão estado espalhados nas diferentes Igrejas cristãs. Eles, perante a crescente luz do forte clamor, decidirão pela observância do sábado passando qualquer oposição, unirão ao povo remanescente de Deus, coloca-se o sinal sobre todos os "que gemem e que clamam por causa de todas as abominaçõe s que se fazem". Quem pertence a este grupo se caracterizam pela profunda angústia que sentem devido às divisões que existem entre os que afirmam que são seguidores de Deus. Lamentam-se e afligem suas almas porque na igreja há todo tipo de avareza, egoísmo e enganos. Sentem-se incapazes de deter a maré de iniqüidade e se enchem de dor e de alarme (2 TS 65-66).

Os que pertencem ao outro setor procuram encobrir os males que existem e desculpar a grande impiedade que prevalece por onde quer. Afirmam que Deus é muito bom e muito misericordioso para castigar o mal. Dizem que o Senhor não fará nem bem, nem mau. Asseveram que Deus não espera que o homem alcance uma norma tão elevada, e que se satisfará com que o homem tenha um mero desejo de fazer o bem. Mas o Senhor não pode modificar sua norma. Fazer isso equivaleria a trocar-se ele mesmo. Ao contrário, proporciona graça para o lucro de toda virtude e a correção de todo defeito. Pede de todo cristão que aproveite ao máximo o que Deus lhe concede. Não exige nada menos que a perfeição. Se não está em perfeita relação com Cristo, a alma não poderá receber o selo de Deus quando concluir o tempo de graça. I Pe 4: 17. (Comentário Bíblico de Ezequiel 9)

Muitos não compreendem o que devem ser a fim de viverem à vista do Senhor sem um sumo sacerdote no santuário, durante o tempo de angústia. Os que hão de receber o selo do Deus vivo, e ser protegidos, no tempo de angústia, devem refletir completamente a imagem de Jesus. (MM, Maranata, O Senhor Logo vem, 39)

O povo de Deus suspira e geme pelas abominações cometidas na

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Terra. Com lágrimas advertem os ímpios de seu perigo em pisar a pés a lei divina, e com indescritível pesar humilham-se perante o Senhor, por causa de suas próprias transgressões. ... Enquanto Satanás instava com suas acusações, santos anjos, invisíveis, passavam para cá e para lá, colocando sobre eles o selo do Deus vivo. Review and Herald, 8, 9, e 23 de janeiro de 1908. (Idem 211)

A grande multidão dos cristãos professos deparará com amargo desapontamento no dia de Deus. Eles não têm na testa o selo do Deus vivo. Sendo mornos e indiferentes, eles desonram muito mais a Deus do que o descrente confesso. Tateiam nas trevas, quando poderiam estar andando na luz meridiana da Palavra, sob a orientação de Alguém que nunca erra. Só os que receberem o selo do Deus vivo terão o passaporte para transpor os portais da Cidade Santa. SDA Bible Commentary, vol. 7, pág. 970. (Idem 239)

Vi também que muitos não compreendem o que devem ser a fim de viverem à vista do Senhor sem um sumo sacerdote no santuário, durante o tempo de angústia. Os que hão de receber o selo do Deus vivo, e ser protegidos, no tempo de angústia, devem refletir completamente a imagem de Jesus. Quando Jesus sair do santuário, os que são santos e justos serão santos e justos ainda; pois todos os seus pecados estarão apagados, e eles selados com o selo do Deus vivo. Mas aqueles que forem injustos e sujos, serão injustos e sujos ainda; pois não haverá então sacerdote no santuário para apresentar seus sacrifícios, confissões e orações perante o trono do Pai. Portanto, o que se há de fazer para livrar as almas da tormenta vindoura da ira, deve ser feito antes que Jesus saia do lugar santíssimo do santuário celestial. (Primeiros Escritos, págs. 58, 279, 71 e 48)

Qual é o selo do Deus vivo, que é colocado na fronte de Seu povo? É um sinal que os anjos, mas não os olhos humanos, podem ler; pois o anjo destruidor precisa ver este sinal de redenção. A mente inteligente tem visto o sinal da cruz do Calvário nos filhos e filhas adotivos do Senhor. É removido o pecado da transgressão da lei de Deus. Eles estão trajados com a veste nupcial, e são obedientes e fiéis a todos os mandamentos de Deus. SDA Bible Commentary, vol. 7, pág. 968. (MM, Maranata, O Senhor Logo vem, 241)

Quando se encerrar a mensagem do terceiro anjo, a misericórdia não mais pleiteará em favor dos culpados habitantes da Terra. O povo

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de Deus terá cumprido a sua obra. Recebeu a "chuva serôdia", o "refrigério pela presença do Senhor" (Atos 3:19), e acha-se preparado para a hora decisiva que diante dele está. No Céu, anjos apressam-se de um lado para o outro. Um anjo que volta da Terra anuncia que a sua obra está feita; o mundo foi submetido à prova final, e todos os que se mostraram fiéis aos preceitos divinos receberam "o selo do Deus vivo". Apoc. 7:2. Cessa então Jesus de interceder no santuário celestial. Levanta as mãos e com grande voz diz: "Está feito" Apoc. 16:17. ...(MM, Maranata, 263)

Quando vier este tempo de angústia, todo caso estará decidido; não mais haverá graça, nem misericórdia para o impenitente. O selo do Deus vivo estará sobre o Seu povo. Estes poucos remanescentes, incapazes de se defenderem no conflito mortal com os poderes da Terra, arregimentados pelas forças do dragão, fazem de Deus a sua defesa. Pela mais elevada autoridade terrestre foi feito o decreto para que, sob pena de perseguição e morte, adorem a besta e recebam seu sinal. (Testemunhos Seletos, vol. 2, págs. 67 e 68)

Declarei ali em público que o Senhor fora servido de mostrar-me que não haveria nenhum tempo definido na mensagem dada por Deus desde 1844; e que eu sabia que esta mensagem que quatro ou cinco estavam empenhados em defender com grande zelo, era heresia. As visões dessa pobre menina não eram de Deus. Essa luz não vinha do Céu. O tempo era breve; mas não era ainda o fim. Uma grande obra devia ser realizada a fim de preparar um povo para ser selado com o selo do Deus vivo . An Exposure of Fanaticism and Wickedness (Folheto), págs. 9 e 10, 1885. (ME, II, 73)

Quem, entre nossos professores, se acha desperto e, como fiel mordomo da graça de Deus, está dando à trombeta um sonido certo? Quem está anunciando a mensagem do terceiro anjo, chamando o mundo à preparação para o grande dia de Deus? A mensagem que apresentamos tem o selo do Deus vivo. 20 de julho de 1899 (CPPE, 459)

Os que vencem o mundo, a carne e o diabo, serão os agraciados que receberão o selo do Deus vivo. (Testemunhos Para Ministros, pág. 445)

Pouco antes de entrarmos... [no tempo de angústia], todos nós recebemos o selo do Deus vivo. (EF, 228)

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Por intermédio do profeta Isaias o Senhor diz: “Sela a lei entre os Meus discípulos”. Isa. 8: 16. Quando uma lei é incluída nos livros de estatutos de uma terra, é tornada valida mediante a aposição do selo do governante. E é a lei de Deus que é selada no coração e mente de Seu povo. A lei de Deus foi escrita no coração e mente de seu povo (Sal. 40: 8), e uma benção do Novo Concerto é: “porei a Minha lei em seu coração, e a escreverei em seu entendimento”. (Heb. 8: 10). Somente tendo a lei escrita em seu coração pode o homem vencer o pecado, o qual é a “transgressão da lei”. I João 3: 4. O Espírito Santo é o meio pelo o qual somos selados para o dia da expiação Efes 4: 5.

Precisamente um pouco antes de entramos no tempo de angustia, todos nós receberemos o Selo do Deus Vive nte . Então vi que os quatro anjos deixaram de reter os quatro ventos. E vi fome, pestilência, espada, nação se levantou contra nação e o mundo entrou em confusão. Day-Star, 14-3-1846. Comentário Bíblico pág 979.

Apocalipse 7: 1-4

1 - E depois destas coisas vi quatro anjos que estavam sobre os quatro cantos da terra, retendo os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem contra árvore alguma.

2 - E vi outro anjo subir do lado do sol nascente, e que tinha o selo do Deus vivo; e clamou com grande voz aos quatro anjos, a quem fora dado o poder de danificar a terra e o mar,

3 - Dizendo: Não danifiqueis a terra, nem o mar, nem as árvores, até que hajamos assinalado nas suas testas os servos do nosso Deus.

4 - E ouvi o número dos assinalados, e eram cento e quarenta e quatro mil assinalados, de todas as tribos dos filhos de Israel.

“O verdadeiro povo de Deus, os que possuem o espírito da obra do Senhor, tomam a peito a salvação de almas, verão sempre o pecado em seu caráter real, maligno. Estarão sempre a favor de lidar de maneira fiel e positiva com os pecados que facilmente assaltam o povo de Deus. Em especial na obra final da igreja, no tempo do assin alamento dos cento e quarenta quatro mil que hão de permanecer i rrepreensíveis diante do trono de Deus. Isto é fortemente salientado pela ilustração

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do profeta, da ultima obra na figura dos homens cada um com armas destruidoras nas mão.” (I TS, 335)

Textos para reforço : Apoc 10: 7; I Pe. 2: 9; Oseias 12: 4; Jer 30: 7-12; Isa 18: 7; Sof 3: 12-13; Isa 10: 12; 14: 32; Apoc. 14:4 e 5; Mat. 19:11-12; Isa. 56:4-5; Jer 31: 31-34; Mat 5: 3.

(Textos para enriquecer estão na Apostila Terceira Mensagem, pág 9 e GC, 344)

Um poder transformador acompanhou a proclamação da primeira e segunda mensagens angélicas, assim como acompanha a mensagem do terceiro anjo . ... Houve diligente estudo das Escrituras, ponto por ponto. Noites quase inteiras foram dedicadas ao exame fervoroso da Palavra. Buscamos a verdade como a tesouros escondidos. O Senhor revelou-Se a nós. A luz foi derramada sobre as profecias, e soubemos que recebíamos instrução divina. ... (MM CT, 340)

Quando se encerrar a mensagem do terceiro anjo , a misericórdia não mais pleiteará em favor dos culpados habitantes da Terra. O povo de Deus terá cumprido a sua obra. Recebeu a "chuva serôdia", o "refrigério pela presença do Senhor" (Atos 3:19), e acha-se preparado para a hora decisiva que diante dele está. No Céu, anjos apressam-se de um lado para o outro. Um anjo que volta da Terra anuncia que a sua obra está feita; o mundo foi submetido à prova final, e todos os que se mostraram fiéis aos preceitos divinos receberam "o selo do Deus vivo". Apoc. 7:2. Cessa então Jesus de interceder no santuário celestial. Levanta as mãos e com grande voz diz: "Está feito" Apoc. 16:17. ... (MM Cuidado de Deus, 368)

O Senhor está às portas. Seres celestiais unidos com santificadas influências da Terra devem proclamar a mensagem do terceiro anjo e anunciar a advertência: O fim de todas as coisas está próximo. "Porque ainda dentro de pouco tempo, Aquele que vem virá e não tardará." Heb. 10:37. Deve ser preparado um povo que subsista no dia do Senhor e, havendo feito tudo, permaneça de p é. Os que se aglomeram em cidades e vilas estão cometendo um grave erro. Os que deixam assim de estender sua influência, ampliando-a cada vez mais até atingir as partes mais remotas do mundo, estão deixando de permanecer no seu posto do dever. (MM Este Dia Com Deus, 168)

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Uma vez recebida no coração, a verdade santifica o que a recebe; conservada à parte da vida e da prática, é morta e inútil para quem a recebe. (TM, 431)

Em conexão com a obra do selamento está à obra do julgamento do povo de Deus. A João foi revelado esta obra. “Depois destas coisas, olhei, e eis não somente uma porta aberta no céu, como também a primeira voz que ouvi, como de trombeta ao falar comigo, dizendo: Sobe para aqui, e te mostrarei o que deve acontecer depois destas coisas.” Apoc. 4: 1.

Aquele que domina sobre toda a igreja e os destinos das nações está levando avante a última obra a ser realizada em favor deste mundo. A Seus anjos dá Ele a incumbência de executar Seus juízos. Despertem os pastores, compreendam a situação. A obra do julgamento começa no santuário. "E eis que vinham seis homens a caminho da porta alta, que olha para o norte, cada um com as suas armas destruidoras na mão, e entre eles, um homem vestido de linho, com um tinteiro de escrivão à sua cinta; e entraram e se puseram junto ao altar de bronze." Ezeq. 9:2. A ordem é: "Matai velhos, e jovens, e virgens, e meninos, e mulheres, até exterminá-los; mas a todo o homem que tiver o sinal não vos chegueis; e começai pelo Meu santuário. E começaram pelos homens mais velhos que estavam diante da casa." Ezeq. 9:6. Disse Deus: "Sobre a cabeça deles farei recair o seu caminho." Ezeq. 9:10.

Logo serão pronunciadas as palavras: "Ide e derramai sobre a Terra as sete taças da ira de Deus." Apoc. 16:1. Um dos mensageiros de vingança declara: "E ouvi o anjo das águas que dizia: Justo és Tu, ó Senhor, que és, e que eras, e santo és, porque julgaste estas coisas." Apoc. 16:5. Esses seres celestiais ao executarem o mandado de Deus, não fazem perguntas, mas fazem o que lhes é ordenado. Jeová dos Exércitos, o Senhor Deus todo-poderoso, o Justo, o Verdadeiro, e o Santo, dá-lhes uma obra a fazer. Com indeclinável fidelidade saem eles revestidos de linho branco e puro, tendo o pei to cingido com cintos de ouro. E uma vez cumprida a sua tarefa, ao ser derramada a última taça da ira de Deus, voltam eles e depositam as taças vazias aos pés do Senhor.

E a cena seguinte é registrada: "E, depois destas coisas ... ouvi como que a voz de uma grande multidão, e como que a voz de muitas águas, e como que a voz de grandes trovões, que dizia: Aleluia! Pois já

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o Senhor, Deus todo-poderoso, reina." Apoc. 19:1-6. Eles cantam o cântico de Moisés e o cântico do Cordeiro. (TM, 431-432)

Há um dia que está justamente a irromper sobre nós, quando se verão os mistérios de Deus, e todos os Seus caminhos serão vindicados; quando a justiça, a misericórdia e o amor serão os atributos de Seu trono. Quando findar o conflito terreno, e os santos forem recolhidos para o lar, nosso primeiro tema será o cântico de Moisés, o servo de Deus. O segundo tema será o cântico do Cordeiro, o hino de graça e redenção. Esse hino será mais alto, mais elevado, e, em mais sublimes acentos, ecoando e reecoando pelas cortes celestes. Assim é entoado o cântico da providência de Deus, ligando as várias dispensações; pois tudo agora é visto sem véu entre o que é legal, o que é profético, e o evangelho. A história da igreja na Terra e a igreja remida no Céu, tudo se centraliza na cruz do Calvário. Eis o tema, eis o cântico - Cristo é tudo em todos - em antífonas de louvor a ressoarem através do Céu, entoadas por milhares e dezenas de milhares, e uma incontável multidão dos remidos. Todos se unem nesse cântico de Moisés e do Cordeiro. É novo cântico, pois nunca antes fora cantado no Céu. (TM, 433)

Apocalipse 7: 1 E depois destas coisas vi quatro anjos que estavam sobre os quatro cantos da terra, retendo os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem contra árvore alguma.

Isa 11:12; Jer 49: 36; Ez 37: 9; Dan 7: 2; Zac 6: 5 Mat 24: 31; Apoc 6: 6.

Depois de João ver uma porta aberta e o trono no céu Ver. Com. cap. 4:1 Para a relação entre os cap. 7 e 6, veja agora o comentário do versículo 17 do capitulo 6. Quando aproximar o grande e terrível dia do Senhor. Ver. Joel 2: 11,31; com. Isa. 13:6

QUEM PODERA SUBSISTIR? Cf. Naum 1:6; Mal. 3: 2; Luc. 21:36. A cena conclui com esta penetrante pergunta. Cada um dos seis selos que tem sido aberto mostra uma fase diferente do grande conflito entre Cristo e Satanás, e cada um ajudam a demonstrar a justiça de Deus perante o universo que observa.

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Veja agora o comentário do cap 5: verso 13. Toda criatura e todo ser criado, o coro aumenta em resposta ao canto de louvor das hostes do céu, toda criação unem em adoração do Pai e do Filho. Cristo é vencedor, e o caráter de Deus é vindicado diante de todo o universo (ver com vers 11). A que momento do grande conflito se refere às cenas simbólicas descritas nos caps 4 e 5? Segundo o que se diz em DTN, 833, o canto foi entoado pelos os anjos quando Cristo foi entronizado a destra de Deus, depois de sua ascensão, e de acordo com. A.A. 480-481 este canto também será entoado pelos os santos ao estabelecer-se na terra nova, e pelos os redimidos e os anjos pela a eternidade (8T 44). Estas variadas circunstanciam sugere que a visão dos cap. 4 e 5 não deve tornar-se como a representação de uma ocasião especifica no céu, sim como a descrição eterna e muito simbólica da vitória de Cristo e a resultante vindicação de Deus. Quando esta visão se entende assim pode conceber-se que representa a atitude do céu para o Filho e sua obra a partir da cruz, a atitude que se magnificará em um crescimento, quando culminar vitoriosamente o grande conflito. E quanto à natureza das visões simbólicas, ver com. Eze. 1: 10

Agora se produzem uma pausa na obra de abrir os sel os, porque antes deve constatar-se uma pergunta. Nesta hora de descrição dos terríveis acontecimentos que procede ao segundo advento, não se tem dado indicação de que alguém possa sobreviver, e por isso se faz a dramática pergunta; Quem poderá subsistir? O cap. 7 interrompe a seqüência dos selos com o propósito de dar uma resposta adequada.

“Porque chegou o grande Dia da ira dEle; e quem é que pode suster-se. Apoc 7: 1-4 só se cumprirá em conexão com a terceira mensagem Angélica, em Apoc 14: 9-11. A qual começou a cumpri-se depois de 1844, A.D – ano em que terminou o grande período de 2.300 dias-anos de Dan 8: 14. Deus está agora impedindo uma guerra de destruição tal, que impediria a proclamação do “Evangelho Eterno” e o assinalamento de Seu povo (Apoc 14: 6-12). Pelo que se percebe aqui, este grupo de selados são os 144.000 que vem de toda tribo, línguas, povos e nações. Que serão selados com o se lo do Deus vivo.

Aprenderemos as notas das ações de graças entoadas pelo coro celestial ao redor do trono. Quando Sião se levantar e resplandecer, sua

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luz será mais penetrante, hinos de louvor e ações de graças se ouvirão na assembléia dos santos. Perder-se-ão de vista as pequenas decepções e dificuldades. (MM, Filhos e Filhas de Deus 198; 8 T, 44; Apoc 7: 9 e 10; Dan 12: 1; Mat 24:21: Mar, 13: 19)

É significativo o fato de afirmar-se ser um anjo o arauto desta advertência. Pela pureza, glória e poder do mensageiro celestial, a sabedoria divina foi servida de representar o caráter exaltado da obra a cumprir-se pela mensagem, e o poder e glória que a deveriam acompanhar. E o vôo do anjo "pelo meio do céu", "a grande voz" com que é proferida a advertência, e sua proclamação a todos os "que habitam sobre a Terra", "a toda a nação, e tribo, e língua, e povo", evidenciam a rapidez e extensão mundial do movimento.

A própria mensagem derrama luz sobre o tempo em que este movimento deve ocorrer. Declara-se que faz parte do "evangelho eterno", e anuncia a abertura do juízo. A mensagem da salvação tem sido pregada em todos os séculos; mas esta mensagem é uma parte do evangelho que só poderia ser pregada nos últimos dias, pois somente então seria verdade que a hora do juízo havia chegado. As profecias apresentam uma sucessão de acontecimentos que nos levam ao início do juízo. Isto se observa especialmente no livro de Daniel. Entretanto, a parte de sua profecia que se refere aos últimos dias, Daniel teve ordem de fechar e selar, até "o tempo do fim". Não poderia, antes que alcançássemos o tempo do juízo, ser proclamada uma mensagem relativa ao mesmo juízo e baseada no cumprimento daquelas profecias. Mas, no tempo do fim, diz o profeta, "muitos correrão de uma parte para outra, e a Ciência se multiplicará". Dan. 12:4.

O apóstolo Paulo advertiu a igreja a não esperar a vinda de Cristo em seu tempo. "Porque não será assim", diz ele, "sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado." II Tess. 2:3. Não poderemos esperar pelo advento de nosso Senhor senão depois da grande apostasia e do longo período do domínio do "homem do pecado". Este "homem do pecado", que também é denominado "mistério da injustiça", "filho da perdição", e "o iníquo", representa o papado, que, conforme foi anunciado pelos profetas, deveria manter sua supremacia durante 1.260 anos. Este período terminou em 1798. A vinda de Cristo não poderia ocorrer antes daquele tempo. Paulo, com a sua advertência, abrange toda a dispensação cristã até ao ano de 1798.

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É depois dessa data que a mensagem da segunda vinda de Cristo deve ser proclamada.

Semelhante mensagem jamais foi apresentada nos séculos passados. Paulo, como vimos, não a pregou; indicara aos irmãos a vinda do Senhor num futuro então muito distante. Os reformadores não a proclamaram. Martinho Lutero admitiu o juízo para mais ou menos trezentos anos no futuro, a partir de seu tempo. Desde 1798, porém, o livro de Daniel foi descerrado, aumentou-se o conhecimento das profecias, e muitos têm proclamado a mensagem solene do juízo próximo. (conferir este parágrafo com a apostila “O homem do Pecado” )

“Outro anjo” subindo da “banda do sol nascente”

A palavra “anjo”, usada em Apocalipse, significa “mensageiro”. Este anjo possui o selo do Deus vivo. Assim como o Sol surge com seus raios de inicio oblíquo e comparativamente fraco, mas aumenta em força e glória até alcançar o zênite, também à obra deste anjo ou mensagem move-se com crescente influencia até que alcança sua força e poder no final, sendo todo o ser terreno iluminado com sua glória. Apoc. 18: 1. PE 254-282. E também a direção que vem o anjo, pode indicar que vem de Deus e que é enviado por Ele.

DE ONDE SAI O SOL

Entre os judeus, as direções se calculavam desde o ponto de vista de uma pessoa que estivesse olhando para o oriente (Exo. 3:1). Desta direção foi que Ezequiel viu a glória de Deus que entrava no templo (Ez 43:2-5). O sinal do Filho do homem aparecerá do lado do Sol nascente (Mat. 24:30). Portanto, a direção da qual vem o anjo, pode indicar que vem de Deus e que é enviado por Ele.

“Outro anjo” subindo da banda do Sol nascente, “Anjo” significa (Apoc 1: 20) “mensageiro”; ele possuía “o Selo ou s inal do Deus vivo”. O “sol vai brilhando cada vez mais até ating ir plena glória em Apoc 18: 1”. PE 254-282.

II Tm 2: 19; Selo ou Sinal – é posto a testa dos servos de Deus. Isto é no seu “entendimento”, segundo o “Novo Concerto”, ou “Novo Testamento”, confirmado pelo o sangue de Cristo. Jer 31: 31-34; Heb 8: 8-12; Mat 26: 27-28.

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“ESCAPA-TE POR TUA VIDA”

O mesmo anjo que puniu Sodoma está dando a nota de advertência: “Escapa-te por tua Vida.” As taças da ira de Deus não podem ser derramadas para destruir o ímpio e suas obras, enquanto todo o povo de Deus não tiver sido julgado, e não tiver sido decidido tanto o caso dos vivos como dos mortos. E mesmo depois de os santos terem sido assinalados com o selo do Deus vivo, Seus eleitos terão provas individualmente virão aflições pessoais, mas a fornalha é vigiada de perto por um olho que não deixará que o ouro seja consumido. Sobre eles está a marca indelével de Deus. Deus pode alegar que Seu próprio nome ali está escrito. Deus os circunda. Seu destino está escrito: “DEUS NOVA JERUSALÉM.” São a propriedade de Deus, a Sua possessão.

Será este selo colocado sobre o que tem mente impura, ou profano, o adultero, o homem que cobiça a mulher do próximo? Responda vossa alma a pergunta: Corresponde meu caráter ás qualificações essenciais para que eu possa receber um passaporte para as mansões que Cristo preparou para os que para elas estão habilitados? A santidade deve estar gravada em nosso caráter. (TM. 446)

Ver. com. cap.4: 1 . Abre-se com o convite ao apóstolo; “Sobe aqui”, para que pudesse contemplar “coisas que depois destas devem acontecer”. Em visão ele entra no santuário de Deus, e da sala do trono do Eterno ele testemunha a apresentação das grandes cenas do julgamento, quando os casos de todos serão decididos. Esses acontecimentos no movimentado drama da redenção enchem-no de assombro. Paulo diz que Deus “tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, pelo Varão que para isto destinou”. Atos 17: 31. E outra vez “Porque todos têm de comparecer ante o tribunal de Cristo”. II Cor. 5: 10

O santuário terrestre construído por Moisés continha dois compartimentos, chamado o primeiro “lugar santo”, e o segundo “lugar santíssimo”. Ninguém podia entrar no lugar santíssimo, exceto o sumo sacerdote, e apenas uma vez ao ano, no Dia da expiação. Ao longo de toda a sua história os hebreus têm entendido o dia da Expiação como figurativo do dia do juízo, quando todos os casos serão decididos. O santuário terrestre era típico de o celestial ver Heb. 9, e em visão João contemplou uma porta aberta no Céu; não aberta para o Céu, mas no

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Céu, isto é, era uma porta que se abria dentro do santuário celestial. Onde está o trono de Deus. É a mesma visão de Dan. 7: 9,10,13.Uma visão do “trono da graça ” (Heb. 4: 16). Esta “Porta aberta ” é a mesma descrita em Apoc. 3: 7, 8, no versículo 7 diz que Cristo tem as chaves de Davi e no ver. 8 pode sugerir que com essa “chave” abre perante a igreja de Filadélfia uma “porta” de oportunidades ilimitadas para a vitória pessoal na luta contra o pecado e para dar o testemunho da verdade salvadora do Evangelho. De maneira similar uma “porta” como símbolo de oportunidade em Atos 14: 27; I Cor 16: 9; II Cor 2: 12; Col 4: 3. entre a igrejas de Filadélfia e Laodicéia, e subtendida em Apoc. 11: 19, isto é, uma “Porta aberta” para o “lugar santíssimo ” do Santuário no Céu. Onde Cristo entrou como “Sumo Sacerdote ”, como vimos no dia 22 de outubro de 1844. Apoc. 9: 15. Este dia em Apoc. 10: 9-11 concluímos que Laodicéia a ultima igreja, surge apartir deste “Dia” significando “o julgamento do povo” anunciando o evangelho eterno de Apoc. 14: 6-12. Em visão João foi levado a contemplar as cenas solenes do juízo, quando o Sumo Sacerdote conclui sua obra de ministério.

O profeta atende á voz que lhe diz; “Sobe aqui”, e a primeira coisa que vê é um trono. Há uma visível semelhança entre a visão que João tem no capitulo 4 e a de Daniel 7: 9-14. Ambos os profetas contemplavam a mesma cena. Eles descrevem os “tronos”, ou “assentos”, postos em ordem ao redor do trono central, e ambos procuram descrever Aquele que ocupa o trono. Daniel diz: “Um rio de fogo manava e saía de diante dEle”. João diz: que Sua semelhança era de uma pedra sardônica, uma brilhante pedra vermelha. O branco ofuscante do jaspe, ou diamante poderia perfeitamente representar Sua santidade, enquanto o rio de fogo, ou o vermelho sanguíneo da pedra sardônica simbolizaria Sua justiça.

Para que Apocalipse 7 possa cumprir-se, deve existir uma obra de purificação, tanto do santuário celestial, como nos seres humanos, isto é, nos que estão atentos a este acontecimentos, referentes a breve volta de Cristo.

QUATRO ANJOS

Estes anjos simbolizavam a instrumentos divinos que detêm as forças do mal no mundo, até que seja terminada a obra de Deus nos

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corações humanos e o povo de Deus sejam selados em suas frontes (ver. com.cap. 6:17).

Quatro Cantos. Cf. Isa .11:12; Eze.7:2. Isto significa que todo o mundo esta ameaçado.

Quatro Ventos. Nas Escrituras os “quatros ventos” sempre representa os quatros pontos cardeais (Dan.8:8; Mar.13:27).Estes quatros ventos representam claramente forças destruidoras (ver. ver.3). O paralelo mais próximo se fala provavelmente em Dan. 7:2, onde representa as forças de lutas das quais surge grandes nações.

Tem-se sugerido que como Apoc. 7 parece ser uma resposta a pergunta final do cap.6:17 (ver.com. cap. 6:17),esta retenção dos quatros ventos é uma trégua transitória dos terrores descritos no cap.6 até que se preparem para a tempestade que vem e para que eles possa manter firmes no meio dela.

Estas forças destruidoras, vista a luz do grande conflito entre Cristo e Satanás, representam os esforços de Satanás para espalhar a ruína e a destruição por todas as partes. João viu em visão simbólica quatro anjos com a tarefa de segurar o mal designo do inimigo. Estes anjos circundam “ao mundo” Estão reprimindo os exércitos de Satanás até que seja terminado o selamento do povo de Deus... Se lhes dá a tarefa de manter seguro o furioso poder daquele que tem descido como leão rugindo buscando devorar a todos (EGW Material suplementario, com.cap.5:11). Quando tiver completado a obra do selamento, então Deus dirá aos anjos: Não segureis mais a Satanás impedindo de causar destruição. Deixando que manifestes suas malignidade sobre os filhos da desobediência, porque a taça da iniqüidade deles estar cheia (EGW RH 17-9-1901;cf.6T 408).

Quando os quatros anjos deixam finalmente de reter e controlar os ímpios desígnios de Satanás, os ventos violentos das paixões humanas, todos os elementos de contendas, se desencadearão. O mundo será envolto em uma ruína mais espantosa que a que caiu antigamente sobre Jerusalém.

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SOBRE A TERRA

As três partes que aqui se mencionam – terra, mar e árvores – destacam a natureza universal da destruição que já se discerne.

Apocalipse 7: 2 E vi outro anjo subir do lado do sol nascente, e que tinha o selo do Deus vivo; e clamou com grande voz aos quatro anjos, a quem fora dado o poder de danificar a terra e o mar,

Apoc 9: 4; Ez 9: 4; Mat 16:16, 1-3;

OUTRO ANJO . Além mais que os quatros que sujeitam os ventos (ver. com. ver.1)

Devem então entender que estes israelitas que são selados pertencem a Israel espiritual, a igreja cristã (Rom. 2: 28-29; 9:6-7; Gal.3:28-29; 6:16; cf. Gal. 4:21-29; IPed.1:1-2; I Pe. 2:1-5; ver. com. Fil.3:3). O Israel espiritual é representado em símbolo como dividido em doze tribos, porque as doze portas da nova Jerusalém têm gravado os nomes das doze tribos de Israel (Apoc. 21:12).

A multiplicação de 12.000 por 12 (Apoc.7:5-8) pode sugerir que o propósito desta passagem não é a de revelar o número preciso dos selados entre as tribos de Israel espiritual.

Dos 144.000 se diz que serão sustentados em pé no m eio dos terríveis acontecimentos descritos no cap. 6:17 (ve r. com. comentário respectivos). Tem o selo do Deus vivo (c ap.7:2) e são protegidos em um tempo de destruição universal, com o foram os que tinham na visão de (Eze. 9:6).Contam com a prov ação do céu, pois João os vê mais tarde com o Cordeiro no monte Sião (Apoc.14:1).Se declara que são sem engano e sem mac ula (Apoc.14:5). João os ouve a cantar um canto que nin guém podia aprender (Apoc.14:3).E são chamado primícias para D eus e para o Cordeiro (Apoc. 14:4).

Não é sua vontade [de Deus] que entabule discussões por questões que não nós ajudará espiritualmente, tais como quem tem de compor os cento e quarenta e quatro mil. Isto os saberá logo, dentro de pouco tempo sem sombra de duvida os que são eleitos de Deus (EGW Material Suplementario com. cap. 14:1-4; cf. PR 188-189). I ME, 174.

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PE, págs.15, 16, 19, 34; 37; 285-286; III TI pág. 266-267;TM 446; PR. Págs 188-189; GC.pags 648-649;; II TS pág 68; ler também apêndice 17 de PE págs 296-297.; MM, Exaltai-o 378

COMENTARIOS DO CAPÍTULO 14 DE APOCALIPSE.

Apocalipse 14: 1 E olhei, e eis que estava o Cordeiro sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, que em suas testas tinham escrito o nome de seu Pai.

Ez 9: 4; Apoc 7: 1-4; Apoc 5: 6; Isa 53: 7; Sl 2: 6 ; Heb 12: 22, 3; Apoc. 3: 12; 22: 4.

Olhei, ou melhor, vi .

O Cordeiro. Sem dúvida se refere ao Cordeiro mencionado no cap. 5:6, ver Dan. 7:13; Apoc 1:13.

MONTE SIÃO ver Salmo 48:2.

Apoc 14:1-5 se relaciona estritamente com o cap 13 versos 11-18. Os 144 mil aparecem com o Cordeiro sobre o Monte Sião para indicar seu triunfo sobre a Besta e sua imagem. João os havia visto a pouco antes passando por uma prova sumamente severa, assinalados socialmente e condenados como merecedores de pena de morte. Porém na sua hora mais escura foram libertos. E agora estão com o Cordeiro eternamente liberto dos conflitos da terra.

CENTO E QUARENTA E QUATRO MIL . Quanto a identidade de este grupo ver cap 7: 4.

O NOME DO PAI. No cap 7: 3 se diz: que os 144.000 são selados em sua fronte, portanto há uma estrita relação entre o selo e o nome divino. Nesta visão de João o selo evidentemente tinha o nome do Pai e do Filho. Nos selos antigos o nome da pessoa era o que dava validez. Quanto ao exemplo de inscrição neste selo ver com cap 7: 2. Os nomes aplicados ao 144.000, representa (1) o dono: os cento e quarenta e quatro mil pertencem a Deus (2) o caráter: os 144.000 refletem plenamente a imagem de Jesus. Cf. com cap 13: 17, onde a marca da besta e o nome da besta se relacionam estritamente.

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NA FRONTE. Comparar com a marca da besta na fronte ( ver com cap 13: 16).

Apocalipse 14: 2 E ouvi uma voz do céu, como a voz de muitas águas, e como a voz de um grande trovão; e ouvi uma voz de harpistas, que tocavam com as suas harpas.

Apoc 1: 15; 6: 1; 3: 8; 15: 2.

EU OUVI UMA VOZ. Ou um sonido. Alguns crêem que são tocadores de harpa e cantores e não os 144.000; mas anjos, cujo á mensagem só podem entender os 144.000; sem duvida, no cap. 15: 2-3 se apresenta claramente os 144.000 com harpas e cantando, e por isto outros crêem que o cap 14: 2 também tratam dos 144.000.

ESTRONDO DE MUITAS AGUAS . Ver cap 1: 15.

Voz de um grande trovão . O trovão se relaciona aqui como em outras passagens com a presença divina conforme com Jó 37:4; Sal 29; Apoc 4:5; Apoc 6:1.

Voz era como de harpista . O sonido que ouve como de guitarrista que tocava em suas guitarras. O sonido que João houve era semelhante ao de tocadores de guitarras, quem sabe não viu tocar os instrumentos daí sua cautelosa comparação.

Apocalipse 14:3 E cantavam um como cântico novo diante do trono, e diante dos quatro animais e dos anciãos; e ninguém podia aprender aquele cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da terra.

Apoc 5: 9; 4: 6; Ezeq. 1:22-24; Apoc. 4: 4, 1.

CANTAVAM . Literalmente canta, o verbo está no presente para dar mais dramatismo. Comparar cap 13:11

TRONO. O trono aí apresentado cap 4:2

Diante dos 4 seres viventes . Ver cap 4: 6; 15: 2, 8 ; Ez 1: 5; Apoc 5: 6; 6: 1; 7: 11; 14: 3; 15: 7; 19: 4; Ez 1: 18; 10: 12;

Anciões — cap 4:4 ; (7: 13- 14; 3: 4;)

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Apocalipse 4: 4 E ao redor do trono havia vinte e quatro tronos; e vi assentados sobre os tronos vinte e quatro anciãos vestidos de vestes brancas; e tinham sobre suas cabeças coroas de ouro.

(ver 10; Apoc 3: 6, 8, 14; 11: 16; 19: 4; 3: 4, 5; Exo 32: 32-33; Sl 69: 28; Apoc 20: 12; Mat 10: 32; Luc 12: 8)

TRONO. Os 24 anciões estão sentados sobre os 24 tronos que rodeiam o trono de Deus.

VINTE E QUATRO ANCIÕES . Esta cena faz recordar a Isa. 24:23 (LXX): Reinará o Senhor...e diante dos anciões será glorificado . O fato de que estes anciões esteja vestidos com roupas brancas, que pode simbolizar justiça (ver. com. cap.3:4), e que tem sobre suas cabeças coroas (stéfanos, emblema de vitória; ver. com. cap. 2:10), tem induzido a alguns a sugerir que representam a homens redimidos.

Em uma interpretação se explica que a descrição do trono celestial dos capítulos 4 e 5 deve situar-se em um tempo antes de começar os acontecimentos simbolizados pelos os sete selos. Se assim é, então os vinte e quatros anciões, se são seres humanos, necessariamente deviam ser homens que já estavam no céu nos dias de João. Os adventistas a miúdo os tem identificado com os santos que se levantaram de suas tumbas quando Cristo ressuscitou (Mat. 27:52-53; cf.Efe.4:8), pois esse é um grupo que se sabe que foi ressuscitado. A ressurreição principal ainda se dará no futuro (1 Tes. 4:16).

Por tanto é um fato que a presença de seres humanos no céu não se pode tomar como uma evidência de que a ressurreição de todos os redimidos deve preceder os acontecimentos dos selos.

Outra interpretação compara os 24 anciões com as 24 ordens dos sacerdócios Levítico. Assim como os sacerdotes ministravam diante de Deus no santuário terreno, assim também João vê 24 anciões que ministravam no santuário celestial.

Outros sugerem que os 24 anciões simbolizavam a Isr ael em seu sentido mais amplo (ver. com. Apoc.7:4): dois a nciões para cada tribo: um que simboliza a Israel literal , o p ovo de Deus antes da cruz; e outro a Israel Deus depois da cruz. Dest a maneira pode comparar-se com os 12 patriarcas e os 12 apóstolos. Este parecer

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destaca o caráter simbólico destas representações q ue estão agora no céu (ver. com. ver.1)

Algum interprete vê os 24 anciões á anjos e não a seres humanos. Porem á ênfases em que se descreve os anciões como ministrando as orações dos santos (cap. 5:8 ), uma obra – diz eles – que dificilmente seria encomendada a seres humanos.

Apocalipse 4: 6 E havia diante do trono como que um mar de vidro, semelhante ao cristal. E no meio do trono, e ao redor do trono, quatro animais cheios de olhos, por diante e por detrás.

(Apoc 15: 2; 4: 8, 9; Eze 1: 18; 10: 12; 1: 5; Apoc 5: 6; 6: 1; 17: 11; 14: 3; 15: 7; 19: 4)

MAR DE VIDRO. Esta descrição é muito parecida com a de Ezequiel do trono de Deus, o qual estava sobre uma expansão (Eze. 1:26). O vidro tinha na antiguidade muito mais valor do que tem hoje. Aqui representa a aparência clara e cristalina da superfície sobre a qual estava o trono.

CRISTAL. Uma palavra que significa “cristal”, um mineral incolor, transparente, ou gelo. O que João vê é uma expansão ampla e brilhante que reflete gloriosamente o resplendor roxo e verde que rodeia o trono. Ver Com. a visão de Ezequiel (cap.1:22).

JUNTO AO TRONO E AO REDOR DO TRONO. Como os querubins de (Eze. 1: 22, 26), estes seres viventes quem sabe se veja por debaixo do trono e ao redor dele. O simbolismo estar em harmonia com o antigo pensamento semítico. Um sarcófago de Biblos (Biblos é o nome Grego da cidade Fenícia Gebal (outrora Gubla)), dos fins do segundo milênio a. C.., descreve um rei fenício sentado sobre um trono sustentado por um querubim com forma de animal.Cf. Sal. 80:1;99:1; Isa. 37:16.

SERES VIVENTES. Não indica a que ordem de seres pertencem “seres viventes”; sem duvida, se parecem muito aos da visão de Ezequiel (Eze.1:5-26), a quem os chama “Querubins” cap. 10:20-22).

CHEIO DE OLHOS. Cf. Eze. 1:18; 10:12. Pode entender-se como símbolos de inteligência e incessante vigilância dos seres celestiais.

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Posto que os símbolos dos olhos provenham claramente de Ezequiel é possível entender-se aqui segundo o pensamento hebreu. Do AT. Se usa nove vezes a palavra hebréia “áyin”, “olho”com o sentido de cor ou “brilho” (Prov. 23:31; Eze.1:4,7,16,22,27; 8:2;10:9; Dan.10:6);o que sugere que ao descrever os quatros animais cheios de olhos João podia estar expressando que sua aparência era de brilhante resplendor.

Apocalipse 4: 7 E o primeiro animal era semelhante a um leão, e o segundo animal semelhante a um bezerro, e tinha o terceiro animal o rosto como de homem, e o quarto animal era semelhante a uma águia voando.

(Eze 1: 5-10; 10: 14; 1: 13; Exo 19: 16)

LEÃO. Aqui aparece cada um dos quatro seres com uma das quatro caras características de cada um dos querubins da visão de Ezequiel (Eze.1:10;10:14). O significado deste símbolo se trata no com. Eze.1:10.

Apocalipse 4: 8 E os quatro animais tinham, cada um de per si, seis asas, e ao redor, e por dentro, estavam cheios de olhos; e não descansam nem de dia nem de noite, dizendo: Santo, Santo, Santo, é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, que era, e que é, e que há de vir.

(ver 6; Isa 6: 2; Eze. 1: 18; Apoc 14: 11; Isa 34: 10; Isa 6: 3; Apoc 1: 8; 1: 4)

SEIS ASAS . Os querubins da visão de Ezequiel tinham cada um quatro asas, (Eze.1:6;10:21), quanto que os Serafins de Isaias tinham seis (Isa.6:2).

NINGUEM PODIA APRENDER . Essa experiência é de natureza tão pessoal que só quem passa por ela pode saber seu significado, para eles o canto é um resumo preciosismo e abrangente das suas solicitudes por qual tem passado nas etapas finais do conflito entre o bem e o mal.

REDIMIDOS. Comprar, adquirir, redimir, também se traduz comprar. Comparar cap 3:18; 18:11 comparar com as frases “Com Teu sangue

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nos tem redimido para Deus” (cap 5:9), redimidos dentre os da terra. Comparar cap 14:4; Rom 3:24; I Cor 6:20.

Apocalipse 14:4 Estes são os que não estão contaminados com mulheres; porque são virgens. Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vá. Estes são os que dentre os homens foram comprados como primícias para Deus e para o Cordeiro.

II Cor 11: 2; Apoc 3: 4; 7: 17; 5: 9; Jer 2: 3; Tig 1: 18.

NÃO SE CONTAMINARAM . Contaminar, manchar, sujar a consciência (I Cor 8:7), os vestidos (Apoc 3:4). Refere-se figuradamente, sem dúvida à contaminação devido às relações ilícitas. (Ver com virgens). O tempo do verbo em grego pode ser significativo, pois limita a ação em um momento específico, sem dúvida em um tempo quando a união dos elementos religiosos, simbolizados por mulheres (ver com mulheres), exercerá toda pressão possível sobre os santos pára que renunciem sua fidelidade a Deus e Seus mandamentos e se unam a organização apostatada (ver com cap 16:14; 17:2,6), qualquer concessão significa, uma contaminação, porém agora vitoriosamente, sobre o Monte Sião, elogia os santos por sua fidelidade. Ser virgem: também pode significar que este pequeno remanescente alcançaram a pureza de alma do Éden antes do pecado. Alcançaram a justiça de Cristo. Enquanto que os outros estão com os seus mesmos traços de caráter.

MULHER. Nas escrituras a miúdo se usa a figura de uma mulher para representar a uma igreja, uma mulher pura simbolizava a igreja verdadeira e uma mulher imoral simboliza uma igreja apóstata (ver com cap 12:1; cap 17:1-5) (ver o comentário respectivo) da igreja de Roma e varias igrejas apostatadas, que segue sua pegada são simbolizadas uma mulher impura e suas filhas, o profeta se refere sem dúvida a essas igrejas (ver no comentário, contaminação).

VIRGENS. Termo que se aplica á homens e mulheres; aqui a homens. Esta aplicação é clara tanto para o texto grego como por figura (figuradamente) de virgens “que não se tem contaminado com mulheres, esta passagem é simbólica e por isso não se refere a virgindade literal de um ou outro sexo. Do contrario esta passagem seria contraria a outros que exalta o matrimonio e a relação conjugal. (ver

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com I Cor 7:1-5; Heb 13:4). Os santos são chamados virgens por que não tem nada a ver com ela (ver com Apoc 18:4). Se negaram a ter alguma relação com Babilônia e suas filhas. E no tempo quando estas se converteram nos instrumentos de Satanás e em seu esforço final para acabar com os santos (ver com cap 13:15). Não se contaminaram participando desta aliança vituperada de elementos reunidos por Satanás, embora alguma vez pertenceram a alguns dos diversos grupos, que agora estão unidos.

SEGUEM O CORDEIRO. Parece assinalar algum privilegio especial dos 144 mil, cujos detalhes são revelados e, portanto só se pode conjeturar (com cap 7:14-17) redimido de entre (ver com verso 3).

PRIMÍCIAS. Primeiros frutos. Os israelitas ofereciam as primícias ao Senhor em forma pessoal (Deut. 26:1-11) e também coletivo (Lev. 23; 10 e 17).

Dar as primícias era reconhecimento da bondade de Deus ao proporcionar uma colheita. A oferta coletiva também tinha um significado simbólico (ver com I Cor 15:20).

O termo primícias aplica-se aos 144 mil. Pode-se entender em duas formas:

1º - que são as primeiras entregas, adiantada da grande colheita. Os 144 mil são os vencedores do grande conflito da Besta e sua imagem (ver com cap 14:1) foram livrados desta luta e esta salvo diante do trono de Deus, havendo sido trasladados da terra de entre os vivos, são contados por primícias, para Deus e para o Cordeiro. Simplesmente significa um presente, uma oferta.

2º - ARPAJÉ na versão grega a tradução mais freqüente de hebreus TERUMAH era contribuição dos filhos de Israel, para construção do santuário, TERUMAH, descreve com freqüência uma oferta (ver Num 5:9) LXX APARJÉ inscrições antigas mostram que ARPAJÉ se usava comumente para descrever um presente para uma deusa com referência no tempo, conquanto ARPAJÉ é tradução de TERUMAH tampouco há referência no tempo. Agora no sentido de uma colheita maior. Portanto, 144 mil podem se considerar as primícias. Agora no sentido de uma colheita maior ou de uma oferta ou presente para Deus.

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Apocalipse 14.5 E na sua boca não se achou engano; porque são irrepreensíveis diante do trono de Deus.

Sl 32: 2; Sof 3: 13; João 1: 47; I Pe 2: 22; Ef 5: 27.

FOI ACHADO. A flexão do verbo grego indica ação passada em um momento definido. No momento de fazer a investigação dos 144 mil eram intachaveis, imaculados limpos pela graça de Deus.

MENTIRA. Falsidade, sutileza, fraude, engano. O evangelho de Jesus Cristo transforma o pecador, converte em um que não tem nenhum fingimento, nenhum pecado e nenhum engano.

SEM MANCHA. Sem defeito e sem culpa (Ef 1:4; TM 506)

Ressurreição parcial .

DESDE AGORA . Se refere algum período das três mensagens angélicas, dentro da qual se fala no tempo de perseguição que desencadeia (ou destaca) a Besta e sua imagem, quando se impõe a separação social e a sentença de morte (ver com cap 13:12-17), os que morreram neste tempo, descansarão por um momento até que passe a indignação e logo tem o privilegio de participar da ressurreição parcial (especial), os que antecederam a ressurreição dos justos (ver com Dan 12:2)

NO SENHOR. Não são Bem aventurados todos os mortos, e sim unicamente os que morreram no Senhor, isto é, os que morreram com sua fé posta em Jesus (ver com I Cor 15: 18; I Tes 4:16) (PE, pag. 285 - 286)

Foi à meia-noite que Deus preferiu livrar o Seu povo. Estando os ímpios a fazer zombarias em redor deles, subitamente apareceu o Sol, resplandecendo em sua força e a Lua ficou imóvel. Os ímpios olhavam para esta cena com espanto, enquanto os santos viam, com solene alegria, os indícios de seu livramento. Sinais e maravilhas seguiam-se em rápida sucessão. Tudo parecia desviado de seu curso natural. Os rios deixavam de correr. Nuvens negras e pesadas subiam e batiam umas nas outras. Havia, porém, um lugar claro, de uma glória fixa, donde veio a voz de Deus, semelhante a muitas águas, abalando os céus e a Terra. Houve um grande terremoto. As sepulturas se abriram e os que haviam morrido na fé da mensagem do terceiro anjo, guardando

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o sábado, saíram de seus leitos de pó, glorificados, para ouvir o concerto de paz que Deus deveria fazer com os que tinham guardado a Sua lei. O céu abria-se e fechava-se, e estava em comoção. As montanhas tremiam como uma vara ao vento, e lançavam por todos os lados pedras irregulares. O mar fervia como uma panela e lançava pedras sobre a terra. E, falando Deus o dia e a hora da vinda de Jesus, e declarando o concerto eterno com o Seu povo, proferia uma sentença e então silenciava, enquanto as palavras estavam a repercutir pela Terra. O Israel de Deus permanecia com os olhos fixos para cima, ouvindo as palavras enquanto elas vinham da boca de Jeová e ressoavam pela Terra como estrondos do mais forte trovão. Era terrivelmente solene. No fim de cada sentença, os santos aclamavam: "Glória! Aleluia!" Seus rostos iluminavam-se com a glória de Deus, e resplandeciam de glória como fazia o de Moisés quando desceu do Sinai. Os ímpios não podiam olhar para eles por causa da glória. E, quando a interminável bênção foi pronunciada sobre os que haviam honrado a Deus santificando o Seu sábado, houve uma grande aclamação de vitória sobre a besta e sua imagem. (PE, 285-286)

Apocalipse 14: 6 E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a terra, e a toda a nação, e tribo, e língua, e povo.

Apoc 8: 13; 19: 17; 3: 10; 13: 7.

VI COMEÇAR UMA NOVA CENA. Os acontecimentos representados nesta visão procedem cronologicamente, pode ser que João tenha descrito nos versículos 1-5.

POR MEIO DO CEU. O anjo do cap 8:3 também aparece voando pelo meio do céu. A extensão de seu vôo indica o alcance mundial da obra da mensagem deste anjo. Sua obra cresce e chega a toda humanidade.

OUTRO. Outro da mesma classe. Ainda que alguns MSS omitam esta palavra, a evidência do texto se inclina por retê-la e aí tem sido muitos anjos (cap 1:1, 20; 5: 2; 7:1 etc) de maneira que o adjetivo, outro não seria totalmente necessário.

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ANJO . Esta é uma visão simbólica, o anjo representa os santos de Deus ocupados na terra ocupados de proclamar o evangelho eterno, especialmente os assuntos mencionados em um tempo, quando a hora do juízo tem chegado (verso7). Por suposto, também é certo que anjos, literais ajudam os homens na terra para proclamar o evangelho, porém esta não é a idéia que predomina aqui.

No mar cristalino diante do trono, naquele mar como que de vidro misturado com fogo - tão resplendente é ele pela glória de Deus - está reunida a multidão dos que "saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome". Apoc. 15:2. Com o Cordeiro, sobre o Monte Sião, "tendo harpas de Deus", estão os cento e quarenta e quatro mil que foram remidos dentre os homens; e ouve-se, como o som de muitas águas, e de grande trovão, "uma voz de harpistas, que tocavam com as suas harpas". E cantavam um "cântico novo diante do trono - cântico que ninguém podia aprender senão os cento e quarenta e quatro mil. É o hino de Moisés e do Cordeiro - hino de livramento. Ninguém, a não ser os cento e quarenta e quatro mil, pode aprender aquele canto, pois é o de sua experiência - e nunca ninguém teve experiência semelhante. "Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vai." "Estes, tendo sido trasladados da Terra, dentre os vivos, são tidos como as primícias para Deus e para o Cordeiro." Apoc. 14:1-5; 15:3. "Estes são os que vieram de grande tribulação" (Apoc. 7:14); passaram pelo tempo de angústia tal como nunca houve desde que houve nação; suportaram a aflição do tempo da angústia de Jacó; permaneceram sem intercessor durante o derramamento final dos juízos de Deus. Mas foram livres, pois "lavaram os seus vestidos, e os branquearam no sangue do Cordeiro". "Na sua boca não se achou engano; porque são irrepreensíveis" diante de Deus. "Por isso estão diante do trono de Deus, e O servem de dia e de noite no Seu templo; e Aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá com a Sua sombra." Apoc. 7:15. Viram a Terra devastada pela fome e pestilência, o Sol com poder para abrasar os homens com grandes calores, e eles próprios suportaram o sofrimento, a fome e a sede. Mas "nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem Sol nem calma alguma cairá sobre eles". O Grande Conflito, págs. 648 e 649.

A veste imaculada da justiça de Cristo é colocada sobre os filhos de Deus provados, tentados e todavia fiéis. ... Seus nomes são conservados no livro da vida do Cordeiro, registrados entre os fiéis de

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todos os séculos. Eles resistiram aos ardis do enganador; não se desviaram de sua fidelidade pelo rugir do dragão. Agora, acham-se eternamente em segurança contra as astúcias do tentador. Os remanescentes não somente são perdoados e aceitos, mas honrados. "Uma mitra limpa" (Zac. 3:5) lhes é colocada na cabeça. Devem ser reis e sacerdotes para Deus . Enquanto Satanás insistia em suas acusações e procurava destruir esse grupo, santos anjos, invisíveis, estavam indo de um lado para outro, colocando sobre eles o selo do Deus vivo. Esses são os que se acham sobre o monte de Sião com o Cordeiro, tendo o nome do Pai escrito em sua fronte. Testimonies, vol. 5, pág. 475.

Mui preciosa é a Deus Sua obra na Terra. Cristo e os anjos celestes estão-na observando a todo instante. À medida que nos aproximarmos da vinda de Cristo, mais e mais serviço missionário há de ocupar nossos esforços. A mensagem do renovador poder da graça de Deus será levada a todo país e clima, até que a verdade circunde o mundo. Entre os que hão de ser assinalados, encontrar-se-ão pess oas vindas de toda nação e tribo e língua e povo. De todo país se rão recolhidos homens e mulheres que se acharão perante o trono de Deus e perante o Cordeiro, clamando: "Salvação ao nosso Deus, que está assentado no trono, e ao Cordeiro." Apoc. 7:10. Antes, porém, que esta obra se possa efetuar, cumpre-nos experimentar aqui em nossa própria pátria a operação do Espírito Santo sobre os corações. (CPPE, 532)

No último grande dia se tomarão decisões que serão uma surpresa para muitos. O juízo humano não terá lugar algum nas decisões tomadas então. Cristo pode julgar e julgará todos os casos; pois todo o juízo Lhe foi entregue pelo Pai. Ele avaliará o serviço por aquilo que é invisível aos homens. As coisas mais secretas jazem descobertas aos olhos dAquele que tudo vê. Quando o Juiz de todos os homens fizer Sua investigação, muitos daqueles aos quais a estima dos homens colocou em primeiro lugar serão colocados em último, e os que haviam sido postos pelos homens no lugar mais humilde, serão tirados das fileiras e feitos primeiros. Review and Herald, 31 de julho de 1900. cf. Mat 20:16. (MS, 133)

Quando Jesus começou Seu ministério público, purificou o Templo de sua sacrílega profanação. Entre os últimos atos de Seu ministério estava a segunda purificação do Templo. Assim, na última obra para

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advertência do mundo, dois chamados distintos são feitos às igrejas. A mensagem do segundo anjo é: "Caiu, caiu Babilônia, aquela grande cidade que a todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua prostituição." Apoc. 14:8. E no alto clamor da mensagem do terceiro anjo ouve-se uma voz do Céu, dizendo: "Sai dela, po vo Meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas. Porque já os seus pecados se acumularam até ao Céu, e Deus Se lembrou das iniqüidades dela." Apoc. 18:4 e 5. Review and Herald, 6 de dezembro de 1892. (II ME, 118)

OS PROFETAS DA BÍBLIA ESCREVERAM PARA O NOSSO TEMPO

Nunca estamos ausentes da mente de Deus. Ele é nossa alegria e nossa salvação. Cada um dos antigos profetas falou menos para seu próprio tempo do que para o nosso, de modo que suas profecias são de utilidade para nós. "Estas coisas lhes sobrevieram como exemplos e foram escritas para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado." I Cor. 10:11. "A eles foi revelado que, não para si mesmos, mas para vós outros, ministravam as coisas que agora vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Espírito Santo enviado do Céu, vos pregaram o evangelho, coisas essas que anjos anelam perscrutar." I Ped. 1:12.

A Bíblia tem sido vosso livro de estudo. É bem assim, pois ela é o verdadeiro conselho de Deus e o condutor de todas as santas influências que o mundo tem contido desde a sua criação. Temos o relato animador de que Enoque andou com Deus. Se Enoque andou com Deus, naquela época degenerada pouco antes da destruição do mundo por um dilúvio, devemos cobrar ânimo e ser estimulados por seu exemplo de que não precisamos ser contaminados com o mundo; mas, entre todas as suas influências e tendências corruptoras, podemos andar com Deus. Podemos ter a mente de Cristo.

TESOUROS PARA A ÚLTIMA GERAÇÃO

Enoque, o sétimo depois de Adão, sempre estava profetizando a vinda do Senhor. Este grande acontecimento lhe fora revelado em visão. Abel, embora morto, está sempre falando do sangue de Cristo que, unicamente, pode tornar perfeitas nossas ofertas e dádivas. A Bíblia acumulou e juntou os seus tesouros para esta última geração. Todos os

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grandes acontecimentos e solenes realizações da história do Antigo Testamento estão se repetindo na Igreja nestes últimos dias. Moisés ainda está falando ali, ensinando a renúncia de si mesmo ao desejar ser riscado do Livro da Vida por causa de seus semelhantes, para que pudessem salvar-se. Davi está dirigindo a intercessão da Igreja pela salvação de almas até aos confins da Terra. Os profetas ainda estão testemunhando dos sofrimentos de Cristo e da glória que se seguiria. Ali, todas as verdades acumuladas nos são apresentadas vigorosamente, para que possamos tirar proveito de seus ensinos Estamos sob a influência do todo. Que pessoas nos convém ser, tendo-nos sido concedida como herança toda esta rica luz? Concentrando toda a influência do passado com a nova e crescente luz do presente, maior poder é dado a todos os que seguirem a luz. Sua fé aumentará e será posta em ação no tempo presente, suscitando uma energia e um fervor intensamente ampliado e, pela confiança em Deus e Seu poder de reabastecer o mundo e enviar a luz do Sol da Justiça até os confins da Terra.

Deus enriquecerá o mundo nestes últimos dias proporcionalmente com o aumento da impiedade, se o Seu povo tão-somente se apoderar do Seu dom inestimável e ligar todos os seus interesses aos dEle. Não deve haver ídolos acariciados, e não precisamos temer o que virá, mas entregar o cuidado de nossa alma a Deus, como a nosso fiel Criador. Ele guardará aquilo que for entregue aos Seus cuidados. Carta 74a, 1897. (III ME, 338/339) [Apoc 10: 7; Mat, 24:31; Rom 16: 25-26; Amos 3: 7]

Apocalipse 15:1 E vi outro grande e admirável sinal no céu: sete anjos, que tinham as sete últimas pragas; porque nelas é consumada a ira de Deus.

Apoc 12: 1; Gen 37: 9.

OUTRO. É dizer, com referência ao que se menciona no cap.12:1

SINAL . Gr. Semeon ver. com. cap. 12:1

GRANDE E ADMIRAVEL . Refere-se aos seus vastos efeitos.

SETE ANJOS . E quanto ao uso do número “sete” em Apocalipse, ver. com. cap. 1:11

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SETE ÚLTIMAS PRAGAS . Literalmente “sete” últimas pragas. Estas pragas se apresentam no cap. 16. São as últimas de sua classe. Não haverá mais pragas semelhantes, mesmo porque com essas ultimas pragas haverá a destruição final de Satanás e seus seguidores (cap. 20:11-15 )

CONSUMADA. Será consumado o castigo final. O castigo especial reservado para os adoradores da besta e sua imagem (cap. 16:2) se resume nas sete últimas pragas (ver. com. cap. 14:10).

IRA DE DEUS. Ver. com. cap. 14:10.

Apocalipse 15:2 E vi um como mar de vidro misturado com fogo; e também os que saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome, que estavam junto ao mar de vidro, e tinham as harpas de Deus.

Mat 3: 11. MAR DE VIDRO. Ver com. cap. 4:6.

MISTURADO COM FOGO. No cap. 4 se compara o mar de vidro com “cristal” (vers.6). Agora tem um tom parecido ao fogo, sem duvida porque reflete a glória de Deus.

HAVIAM ALCANÇADO A VITÓRIA . Estes são os povos que responderam à mensagem de admoestação mencionada no cap. 14, e o aceitou. Foram salvos das dificuldades do mundo e do mal e agora se encontram seguros no reino de Deus. A vitória se assegurou por meio do sangue do Cordeiro (cap. 12:11). Permaneceram fieis a Deus mesmo quando foi pronunciado o decreto de morte contra eles (ver. com. cap.13:15). Agora se acham salvos sobre o mar de vidro. Venceram, triunfaram, e agora entoam o canto de vitória no reino celestial.

BESTA. Ver. com. cap.,13:2

IMAGEM. Ver. com. cap. 13:14

MARCA. Ver. com. cap. 13:16.

NÚMERO DE SEU NOME. Ver. com. cap. 13:18.

PARA DE DEUS Ver.com. cap. 5:8; 14:2. Os versos de 2-4 constitui um parêntese. Antes da descrição das terríveis sete últimas pragas. É

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dada ao profeta uma visão do triunfo da igreja de Deus sobre todos os seus inimigos. Os santos não seriam consumidos pelos os castigos que sobrevirá, mas, que serão libertados.

Apocalipse 15:3 E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e maravilhosas são as tuas obras, Senhor Deus Todo-Poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei dos santos.

Ex 15: 1.

CANTICO DE MOISÉS. Uma referência ao cântico de libertação que entoou Israel depois que cruzaram o mar vermelho (Exo.15:1-21). Este canto celebrou a libertação do poder opressivo dos Egípcios; o novo canto celebra a libertação do poder da tirania de Babilônia a grande (Apoc.17:5).

SERVOS DE DEUS. Cf. Jos. 14:7, a onde se chama Moisés de servo do Senhor Jeová, e em Exo 14: 31 onde é chamado Moisés seu servo [do Senhor].

DO CORDEIRO. A libertação dos santos foi feita por Cristo, o Cordeiro de Deus (ver. com. cap. 17:14) e por isso é digno de receber adoração e de ser exaltado com canto de libertação.

GRANDES MARAVILHAS . E neste canto há muitas alusões a fraseologia do AT, As maravilhosa obras de Deus são exaltadas em Sal 139: 14 ; cf. Sal. 111: 2,4. Pode haver aqui uma referência específica as obras de Deus nas sete últimas pragas. O sinal que introduze essas pragas se descreve como “grande e admirável” (Apoc. 15:1).

"Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vai. Estes são os que dentre os homens foram comprados como primícias para Deus e para o Cordeiro." Apoc. 14:4. A visão do profeta representa-os como estando sobre o monte de Sião, cingidos para s anto serviço, vestidos de linho branco, que representa a justiça dos santos. Mas todos os que seguirem o Cordeiro no Céu, precisarão primeiro tê-Lo seguido na Terra, não contrariados ou por capricho, mas em confiante, amorável e voluntária obediência, como o rebanho segue o pastor. (AA, 591)

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"Estes são os que vieram de grande tribulação, e lavaram os seus vestidos e os branquearam no sangue do Cordeiro. Por isso estão diante do trono de Deus, e O servem de dia e de noite no Seu templo; e Aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá com a Sua sombra. Nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem sol nem calma alguma cairá sobre eles. Porque o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará, e lhes servirá de guia para a fontes das águas da vida; e Deus limpará de seus olhos toda a lágrima." Apoc. 7:14-17. "E não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas." Apoc. 21:4. (AA, 602)

Para um imediato livramento. Advertira Faraó do juízo final sobre os egípcios, e deu aos hebreus instruções para reunirem suas famílias dentro das próprias casas. Havendo aspergido as ombreiras e vergas da porta com o sangue do cordeiro imolado, deviam comer o cordeiro, assado, com pão sem fermento, e ervas amargas. "Assim, pois o comereis", disse Ele: "os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos nos pés, e o vosso cajado na mão; e o comereis apressadamente; esta é a Páscoa do Senhor." Êxo. 12:11. À meia-noite, todos os primogênitos dos egípcios foram mortos. Então o rei enviou a Israel a mensagem: "Levantai-vos, saí do meio do meu povo;... e ide, servi ao Senhor, como tendes dito." Êxo. 12:31. Os hebreus saíram do Egito como nação independente. (DTN, 77)

"Estes são os que vieram de grande tribulação, lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro. Por isso estão diante do trono de Deus e O servem de dia e de noite no Seu templo. ... Nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem sol nem calma alguma cairá sobre eles, porque o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará e lhes servirá de guia para as fontes das águas da vida." Apoc. 7:14-17. (ED, 303)

Cantavam um "cântico novo diante do trono - cântico que ninguém podia aprender senão os cento e quarenta e quatro mil. É o hino de Moisés e do Cordeiro - hino de livramento. Ninguém, a não ser os cento e quarenta e quatro mil, pode aprender aquele canto, pois é o de sua experiência - e nunca ninguém teve experiência semelhante. "Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vai." Apoc. 14:1-5. "Estes, tendo sido trasladados da Terra, dentre os vivos, são tidos como

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as primícias para Deus e para o Cordeiro." Apoc. 15:3. "Estes são os que vieram de grande tribulação" (Apoc. 7:14);

Poderiam aqueles cuja vida foi empregada em rebelião contra Deus, ser subitamente transportados para o Céu, e testemunhar o estado elevado e santo de perfeição que ali sempre existe, estando toda alma cheia de amor, todo rosto irradiando alegria, ecoando em honra de Deus e do Cordeiro uma arrebatadora música em acordes melodiosos, e fluindo da face dAquele que Se assenta sobre o trono uma incessante torrente de luz sobre os remidos; sim, poderiam aqueles cujo coração está cheio de ódio a Deus, à verdade e santidade, unir-se à multidão celestial e participar de seus cânticos de louvor? Poderiam suportar a glória de Deus e do Cordeiro? Não, absolutamente; anos de graça lhes foram concedidos, a fim de que pudessem formar caráter para o Céu; eles, porém, nunca exercitaram a mente no amor à pureza; nunca aprenderam a linguagem o Céu, e agora é demasiado tarde. Uma vida de rebeldia contra Deus incapacitou-os para o Céu. A pureza, santidade e paz dali lhes seriam uma tortura; a glória de Deus seria um fogo consumidor. Almejariam fugir daquele santo lugar. Receberiam alegremente a destruição, para que pudessem esconder-se da face dAquele que morreu para os remir. O destino dos ímpios se fixa por sua própria escolha. Sua exclusão do Céu é espontânea, da sua parte, e justa e misericordiosa da parte de Deus. O Grande Conflito, págs. 542 e 543. (EF 279 e 280)

Aprender senão os cento e quarenta e quatro mil. É o hino de Moisés e do Cordeiro - hino de livramento. Ninguém, a não ser os cento e quarenta e quatro mil, pode aprender aquele canto, pois é o de sua experiência - e nunca ninguém teve experiência semelhante. "Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vai." "Estes, tendo sido trasladados da Terra, dentre os vivos, são tidos como as primícias para Deus e para o Cordeiro." Apoc. 14:1-5; 15:3. "Estes são os que vieram de grande tribulação" (Apoc. 7:14); passaram pelo tempo de angústia tal como nunca houve desde que houve nação; suportaram a aflição do tempo da angústia de Jacó; permaneceram sem intercessor durante o derramamento final dos juízos de Deus. Mas foram livres, pois "lavaram os seus vestidos, e os branquearam no sangue do Cordeiro". "Na sua boca não se achou engano; porque são irrepreensíveis" diante de Deus. "Por isso estão diante do trono de Deus, e O servem de dia e de noite no Seu templo; e Aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá

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com a Sua sombra." Apoc. 7:15. Viram a Terra devastada pela fome e pestilência, o Sol com poder para abrasar os homens com grandes calores, e eles próprios suportaram o sofrimento, a fome e a sede. Mas "jamais terão fome, nunca mais terão sede, não cairá sobre eles o Sol, nem ardor algum. Pois o Cordeiro que se encontra no meio do trono os apascentará e os guiará para as fontes da água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima". Apoc. 7:16 e 17. (GC, 649)

O Salvador é apresentado perante João sob os símbolos do "Leão da tribo de Judá", e de um "Cordeiro, como havendo sido morto". Apoc. 5:5 e 6. Esses símbolos representam a união do onipotente poder e do amor que se sacrifica. O Leão de Judá, tão terrível para os que rejeitam Sua graça, será o Cordeiro de Deus para os obedientes e fiéis. A coluna de fogo que fala de terrores e indignação para o transgressor da lei de Deus, é um sinal de luz, misericórdia e livramento para os que guardaram os Seus mandamentos. O braço forte que aniquila o rebelde será forte para libertar os fiéis. Todo o que for fiel será salvo. "E Ele enviará os Seus anjos com rijo clamor de Trombeta. (AA, 589)

O SELAMENTO

(II Testemunhos Seletos, pág. 62)

"Então me gritou aos ouvidos com grande voz, dizendo: Fazei chegar os intendentes da cidade, cada um com as suas armas destruidoras na mão."

"E clamou ao homem vestido de linho, que tinha o tinteiro de escrivão à sua cinta. E disse-lhe o Senhor: Passa pelo meio da cidade, pelo meio de Jerusalém, e marca com um sinal as testas dos homens que suspiram e que gemem por causa de todas as abominações que se cometem no meio dela. E aos outros disse, ouvindo eu: Passai pela cidade após ele, e feri; não poupe o vosso olho, nem vos compadeçais. Matai velhos, mancebos, e virgens, e meninos, e mulheres, até exterminá-los; mas a todo o homem que tiver o sinal não vos chegueis; e começai pelo Meu santuário. E começaram pelos homens mais velhos que estavam diante da casa." Ezeq. 9:1, 3-6.

Jesus está prestes a deixar o propiciatório do santuário celestial, a fim de usar vestes de vingança, e derramar Sua ira em juízo sobre aqueles que não corresponderam à luz que Deus lhes deu. "Visto como

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se não executa logo o juízo sobre a má obra, por isso o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para praticar o mal." Ecl. 8:11. Em vez de se sensibilizarem pela paciência e longanimidade que o Senhor tem exercido para com eles, os que não temem a Deus nem amam a verdade, fortalecem o coração no mau caminho. Há, porém, limites até para a longanimidade de Deus, e muitos estão ultrapassando tais limites. Sobrepujaram os limites da graça, e portanto Deus deve intervir e reivindicar Sua honra.

Deus Ajusta Contas com as Nações

Disse o Senhor acerca dos amorreus: "E a quarta geração tornará para cá; porque a medida da injustiça dos amorreus não está ainda cheia." Gên. 15:16. Posto que esta nação se salientasse por sua idolatria e corrupção, não havia contudo enchido a taça de sua iniqüidade, e Deus não queria dar a ordem para sua destruição completa. O povo deveria ver o poder divino manifestado de maneira assinalada, para que ficasse sem desculpa. O compassivo Criador desejava suportar-lhes a iniqüidade até à quarta geração. Então, se não se visse mudança para melhor, Seus juízos cairiam sobre eles.

Com infalível precisão, o Ser infinito ainda mantém, por assim dizer, uma conta com todas as nações. Enquanto Sua misericórdia se oferece com convites ao arrependimento, esta conta permanecerá aberta; quando, porém, os algarismos atingem um certo total que Deus fixou, começa o ministério de Sua ira. Encerra-se a conta. Cessa a paciência divina. Não mais há intercessão de misericórdia a favor delas.

O profeta, olhando através dos séculos, teve apresentado a sua visão esse tempo. As nações da atualidade têm sido recipientes de misericórdias inéditas. As mais escolhidas bênçãos de Deus lhes foram dadas, mas ao seu débito se acham registrados crescente orgulho, cobiça, idolatria, menosprezo de Deus e vil ingratidão. Estão a passos rápidos encerrando sua conta com Deus.

Mas o que me faz tremer é o fato de que aqueles que têm tido a maior luz e privilégios, tornaram-se contaminados pela iniqüidade que prevalece. Influenciados pelos injustos que os cercam, muitos mesmo dos que professam a verdade, se tornaram frios e são levados ao sabor das fortes correntes do mal. O geral escárnio lançado contra a verdadeira piedade e santidade, leva os que não se acham intimamente

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ligados a Deus a perder sua reverência por Sua lei. Se seguissem a luz e de coração obedecessem à verdade, essa santa lei lhes pareceria mesmo mais preciosa, quando assim desprezada e rejeitada. Ao tornar-se mais manifesto o desrespeito à lei de Deus, torna-se mais distinta a linha de demarcação entre seus observadores e o mundo. O amor aos preceitos divinos aumenta com uma classe de pessoas, à medida que aumenta o desprezo por eles, da parte de outra classe.

A crise aproxima-se rapidamente. Quase é vindo o tempo da visitação de Deus. Conquanto Lhe repugne castigar, não obstante castigará, e rapidamente. Aqueles que andam na luz verão sinais do perigo que se aproxima; mas não deverão sentar-se em silenciosa e despreocupada expectativa de ruína, conformando-se com a crença de que Deus abrigará Seu povo no dia da visitação. Longe disto, deverão compreender que é seu dever trabalhar diligentemente para salvar outros, esperando, com grande fé, auxílio da parte de Deus. "A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos." Tia. 5:16.

O fermento da piedade não perdeu inteiramente seu poder. Na ocasião em que o perigo e a crise da igreja crescem, o grupo que permanece na luz estará suspirando e clamando por causa das abominações cometidas na Terra. Mais especialmente, porém, suas orações subirão em favor da igreja porque seus membros estão agindo segundo a maneira do mundo.

As fervorosas orações destes poucos fiéis, não serão em vão. Quando vier o Senhor para exercer vingança, virá também como protetor de todos os que conservaram pureza de fé, e se guardaram incontaminados do mundo. É nesta ocasião que Deus prometeu vingar Seus escolhidos, que a Ele clamam de dia e de noite. ...

A ordem é: "Passa pelo meio da cidade, pelo meio de Jerusalém, e marca com um sinal as testas dos homens que suspiram e que gemem por causa de todas as abominações que se cometem no meio dela." Ezeq. 9:4. Esses que suspiram e gemem haviam estado a pregar as palavras da vida; haviam reprovado, aconselhado e suplicado. Alguns dos que estavam desonrando a Deus, arrependeram-se e humilharam o coração diante dele. Mas a glória do Senhor apartara-se de Israel; se bem que muitos ainda continuassem as formas da religião, faltava Seu poder e Sua presença.

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Ao tempo em que Sua ira se manifestar em juízos, esses humildes e devotados seguidores de Cristo se distinguirão do resto do mundo pela angústia de sua alma, a qual se exprime em lamentos e pranto, reprovações e advertências. Ao passo que outros procuram lançar uma capa sobre o mal existente, e desculpam a grande impiedade reinante em toda parte, os que têm zelo pela honra de Deus e amor pelas almas, não se calarão a fim de granjear o favor de ninguém. Sua alma justa aflige-se dia a dia pelas obras e costumes profanos dos ímpios. São impotentes para deter a impetuosa torrente da iniqüidade, e assim se enchem de dor e sobressalto. Lamentam diante de Deus o verem a religião desprezada nos próprios lares daqueles que receberam grande luz. Lamentam-se e afligem sua alma porque se encontram na igreja orgulho, avareza, egoísmo e engano quase de toda espécie. O Espírito de Deus, que impulsiona a aceitar a reprovação, é espezinhado, ao passo que os servos de Satanás triunfam. Deus é desonrado, a verdade tornada de nenhum efeito.

A classe que não se entristece por seu próprio declínio espiritual, nem chora sobre os pecados dos outros, será deixada sem o selo de Deus. O Senhor comissiona Seus mensageiros, os homens que têm armas destruidoras nas mãos: "Passai pela cidade após ele, e feri; não poupe o vosso olho, nem vos compadeçais. Matai velhos, jovens, e virgens, e meninos, e mulheres, até exterminá-los; mas a todo homem que tiver o sinal não vos chegueis; e começai pelo Meu santuário. E começaram pelos homens mais velhos que estavam diante da casa." Ezeq. 9:5 e 6.

Vemos aí que a igreja - o santuário do Senhor - foi a primeira a sentir o golpe da ira de Deus. Os anciãos, aqueles a quem Deus dera grande luz, e que haviam ocupado o lugar de depositários dos interesses espirituais do povo, haviam traído o seu depósito. Colocaram-se no ponto de vista de que não precisamos esperar milagres e as assinaladas manifestações do poder de Deus, como nos dias da antiguidade. Os tempos mudaram. Estas palavras fortaleceram-lhes a incredulidade, e dizem: O Senhor não fará bem nem mal. É demasiado misericordioso para visitar Seu povo em juízos. Assim, paz e segurança é o grito de homens que nunca mais erguerão a voz como trombeta para mostrar ao povo de Deus suas transgressões, e à casa de Jacó os seus pecados. Esses cães mudos, que não querem ladrar, são aqueles que sentirão a justa vingança de um Deus ofendido. Homens, virgens e crianças, todos perecerão juntos.

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Os Piores Pecados

As abominações pelas quais os fiéis suspiravam e gemiam era tudo quanto podia ser discernido por olhos finitos, mas os pecados incomparavelmente piores, os que provocavam o zelo de um Deus puro e santo, achavam-se encobertos. O grande Esquadrinhador dos corações sabe todo pecado cometido secretamente, pelos obreiros da iniqüidade. Essas pessoas chegam a sentir-se seguras em seus enganos e, por causa da longanimidade divina, dizem que o Senhor não vê, e depois procedem como se Ele houvesse abandonado a Terra. Ele, porém, descobrir-lhes-á a hipocrisia, e revelará perante outros os pecados que ocultavam com tanto cuidado.

Nenhuma superioridade de classe, dignidade ou sabedoria humana, nenhuma posição em serviço sagrado, guardará os homens de sacrificar o princípio quando abandonados a seu próprio, enganoso coração. Aqueles que têm sido considerados como dignos e justos, demonstram-se cabeças de facção na apostasia, e exemplos na indiferença e no abuso das misericórdias de Deus. Ele não tolerará por mais tempo seu ímpio procedimento, e em Sua ira, trata-os sem misericórdia.

É com relutância que o Senhor retira Sua presença daqueles que foram abençoados com grande luz, e que experimentaram o poder da Palavra em ministrar aos outros. Foram outrora servos fiéis, favorecidos com Sua presença e guia; dele se apartaram, porém, e induziram outros ao erro, e caem portanto no desagrado divino.

Sobre Quem é Colocado o Selo

O dia da vingança de Deus está precisamente diante de nós. O selo de Deus será colocado somente na testa daqueles que suspiram e clamam por causa das abominações cometidas na Terra. Aqueles que se ligam ao mundo por laços de simpatia, estão comendo e bebendo com os ébrios, e certamente serão destruídos com os que praticam a iniqüidade. "Os olhos do Senhor estão sobre os justos, e os Seus ouvidos atentos às suas orações; mas o rosto do Senhor é contra os que fazem males." I Ped. 3:12.

Nossa maneira de proceder determinará se receberemos o selo do Deus vivo, ou seremos abatidos pelas armas destruidoras. Já algumas

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gotas da ira de Deus caíram sobre a Terra; quando, porém, as sete últimas pragas forem derramadas sem mistura no cálice de Sua indignação, então para sempre será demasiado tarde para o arrependimento e procura de um abrigo. Nenhum sangue expiatório lavará então as manchas do pecado.

"E naquele tempo Se levantará Miguel, o grande príncipe, que Se levanta pelos filhos de Teu povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o Teu povo, todo aquele que se achar escrito no livro." Dan. 12:1. Quando vier este tempo de angústia, todo caso estará decidido; não mais haverá graça, nem misericórdia para o impenitente. O selo do Deus vivo estará sobre o Seu povo. Estes poucos remanescentes, incapazes de se defenderem no conflito mortal com os poderes da Terra, arregimentados pelas forças do dragão, fazem de Deus a sua defesa. Pela mais elevada autoridade terrestre foi feito o decreto para que, sob pena de perseguição e morte, adorem a besta e recebam seu sinal. Queira Deus auxiliar Seu povo agora, pois sem Sua assistência, que poderão eles fazer naquele tempo, em tão terrível conflito?

Ânimo, fortaleza, fé e implícita confiança no poder de Deus para salvar, não nos vêm num instante. Estas graças celestiais são adquiridas pela experiência dos anos. Por uma vida de santo esforço e firme apego à retidão, os filhos de Deus estiveram selando o seu destino. Assediados de inúmeras tentações, souberam que deveriam resistir firmemente ou ser vencidos. Compreenderam que tinham uma grande obra para fazer, e em qualquer momento poderiam ser chamados a depor sua armadura; e se chegassem ao final de sua vida com seu trabalho inacabado, isto significaria perda eterna. Aceitaram avidamente a luz do Céu, como fizeram os primeiros discípulos, dos lábios de Jesus. Quando estes primitivos cristãos foram exilados para as montanhas e desertos; quando abandonados em masmorras para morrer a fome, de frio, ou pela tortura; quando o martírio parecia ser o único caminho para saírem de sua angústia, regozijaram-se de que fossem considerados dignos de sofrer por amor de Cristo, que por eles foi crucificado. O digno exemplo deles será um conforto e animação para o povo de Deus, que passará por um tempo de angústia tal como nunca houve.

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Nem todos os que professam guardar o sábado serão selados. Muitos há, mesmo entre os que ensinam a verdade a outros, que não receberão na testa o selo de Deus. Tinham a luz da verdade, souberam a vontade de seu Mestre, compreenderam todos os pontos de nossa fé, mas não tiveram as obras correspondentes. Aqueles que estiveram tão familiarizados com as profecias e com os tesouros da sabedoria divina, deveriam ter agido de conformidade com sua fé. Deveriam ter dirigido sua casa segundo os mesmos princípios, para que por meio de uma família bem ordenada pudessem apresentar ao mundo a influência da verdade no coração humano.

Por sua falta de consagração e piedade, e por deixarem de alcançar uma norma religiosa elevada, levam outras almas a contentarem-se com sua posição. Homens de juízo finito não podem ver que, imitando esses homens que tantas vezes lhes abriram os tesouros da Palavra de Deus, certamente hão de pôr em perigo sua alma. Jesus é o único modelo verdadeiro. Cada qual tem de agora investigar a Bíblia por si mesmo, de joelhos perante Deus, com o coração humilde e dócil de uma criança, se quiser saber o que é que o Senhor dele requer. Por muito alto que qualquer pastor tenha estado no favor de Deus, se negligenciar seguir a luz que lhe é dada por Deus, se se recusar a ser ensinado como uma criancinha, entrará em trevas e enganos satânicos, e levará outros para a mesma vereda.

Nenhum de nós jamais receberá o selo de Deus, enqua nto o caráter tiver uma nódoa ou mácula sequer. Cumpre-no s remediar os defeitos de caráter, purificar de toda a contami nação o templo da alma. Então a chuva serôdia cairá sobre nós, com o caiu a temporã sobre os discípulos no dia de Pentecoste .

Satisfazemo-nos muito facilmente com nossas realizações. Sentimo-nos ricos e acrescidos de bens, e não sabemos que somos desgraçados, miseráveis, pobres, cegos e nus. Apoc. 3:17. Hoje é o tempo para atender-se à admoestação da Testemunha verdadeira: "Aconselho-te que de Mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e vestidos brancos, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas." Apoc. 3:18.

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É Necessária a Fé Viva

Devemos nesta vida enfrentar terríveis provas e fazer dispendiosos sacrifícios, mas a paz de Cristo é a recompensa. Tem havido tão pouca abnegação, tão pouco sofrimento por amor a Cristo, que a cruz é quase inteiramente esquecida. Devemos ser co-participantes de Cristo em Seus sofrimentos, se quisermos sentar-nos em triunfo com Ele em Seu trono. Enquanto preferirmos o caminho fácil da condescendência própria, e nos amedrontarmos com a abnegação, nunca se afirmará a nossa fé, e não poderemos conhecer a paz de Jesus nem a alegria que provêm do sentimento da vitória. Os mais exaltados daquela multidão de resgatados que estão em pé diante do trono de De us e do Cordeiro, vestidos de branco, conhecem a luta neces sária para vencer, pois vieram de grande tribulação. Aqueles que se renderam às circunstâncias em vez de empenhar-se neste conflito, não saberão como ficar em pé naquele dia em que haverá angústia em toda alma, e, ainda que Noé, Jó e Daniel estivessem na Terra, não poderiam salvar nem filho nem filha, pois cada um deve livrar sua alma por sua própria justiça.

Ninguém necessita dizer que não há esperança para o seu caso, e que não pode viver a vida de cristão. Mediante a morte de Cristo, amplas providências foram tomadas em favor de cada alma. Jesus é o nosso auxílio sempre presente em tempo de necessidade. Tão-somente invocai-O com fé, e Ele prometeu ouvir e atender vossas petições.

Sim, fé viva e eficaz! Dela necessitamos; devemos possuí-la, ou desfaleceremos e fracassaremos no dia da prova. As trevas que então hão de cair em nosso caminho não deverão desanimar-nos nem levar-nos ao desespero. É o véu com que Deus cobre Sua glória, ao vir Ele para comunicar Suas ricas bênçãos. Deveríamos saber isto por nossa experiência passada. No dia em que Deus tiver uma contenda com o Seu povo, esta experiência será uma fonte de conforto e esperança.

É agora que devemos conservar-nos e a nossos filhos incontaminados do mundo. É agora que devemos lavar as vestes de nosso caráter, tornando-as alvas no sangue do Cordeiro. Agora é que devemos vencer o orgulho, as paixões, e a indolência espiritual. Agora é que devemos despertar e fazer decididos esforços para dar simetria ao nosso caráter. "Hoje, se ouvirdes a Sua voz, não endureçais o vosso

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coração." Heb. 4:7. Encontramo-nos em situação muitíssimo difícil, esperando e aguardando o aparecimento de nosso Senhor. O mundo está em trevas. "Mas vós, irmãos", diz Paulo, "já não estais em trevas, para que aquele dia vos surpreenda como um ladrão". I Tess. 5:4. Sempre foi propósito de Deus tirar das trevas luz, da tristeza alegria, do cansaço descanso, para serem fruídos pela alma expectante, anelante.

Que estais fazendo, irmãos, na grande obra de preparação?

Os que se estão unindo com o mundo, estão-se ajustando ao modelo mundano, e preparando-se para o sinal da besta. Os que desconfiam do eu, que se humilham diante de Deus e purificam a alma pela obediência à verdade, estão recebendo o molde divino e preparando-se para receber na fronte o selo de Deus. Quando sair o decreto, e o selo for aplicado, seu caráter permanecerá puro e sem mácula para toda a eternidade.

Agora é o tempo de prepararmos. O selo de Deus jamais será colocado à testa de um homem ou mulher impuros. Jamais será colocado à testa de um homem ou mulher cobiçosos ou amantes do mundo. Jamais será colocado à testa de homens ou mulheres de língua falsa ou coração enganoso. Todos os que recebem o selo devem ser imaculados diante de Deus - candidatos para o Céu. Pesquisai as Escrituras por vós mesmos, para que possais compreender a terrível solenidade do tempo presente.

A própria vida não deve ser comprada com o preço da falsidade. Por uma palavra ou um gesto da cabeça, os mártires poderiam ter negado a verdade, salvando a vida. Concordando em lançar sobre o altar do ídolo uma simples pitada de incenso, poderiam ter-se salvo do sacrifício, do patíbulo ou da cruz. Mas recusavam-se a ser falsos na palavra e nos atos, embora fosse a vida o prêmio que receberiam por esse procedimento. A prisão, tortura e morte, com a consciência clara, eram-lhes bem-vindos, de preferência ao livramento sob condição de mentira, falsidade e apostasia. Pela fidelidade e fé em Cristo, alcançaram vestes imaculadas e coroas cravejadas de gemas. Sua vida foi enobrecida e elevada à vista de Deus, por isso que se puseram firmemente do lado da verdade sob as circunstâncias mais agravantes. Testimonies, vol. 4, pág. 336, 1879.

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Quando o Salvador indicou a Seus seguidores os sinais de Sua volta, predisse o estado de apostasia que havia de existir precisamente antes de Seu segundo advento. Haveria, como nos dias de Noé, a atividade e a agitação das ocupações mundanas e da procura de prazeres - comprar, vender, plantar, edificar, casar, dar-se em casamento - com olvido de Deus e da vida futura. Para os que viverem nesse tempo, a advertência de Cristo é: "Olhai por vós, não aconteça que os vossos corações se carreguem de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia." "Vigiai, pois, em todo o tempo, orando, para que sejais havidos por dignos de evitar todas estas coisas que hão de acontecer e de estar em pé diante do Filho do homem." Luc. 21:34 e 36.

A condição da igreja neste tempo é indicada nas palavras do Salvador, em Apocalipse: "Tens nome de que vives, e estás morto." E aos que se recusam despertar de seu descuidoso sentimento de segurança, é dirigido este aviso solene: "Se não vigiares, virei a ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei." Apoc. 3:1 e 3.

Era necessário que os homens fossem advertidos do perigo; que se despertassem a fim de preparar-se para os acontecimentos solenes ligados ao final do tempo da graça. Declara o profeta de Deus: "O dia do Senhor é grande e mui terrível e quem o poderá sofrer?" Quem estará em pé quando aparecer Aquele que é tão puro de olhos que não pode ver o mal, e não pode contemplar a vexação?" Joel 2:11; Hab. 1:13. Para os que clamam: "Deus meu! nós ... Te conhecemos", e não obstante têm traspassado Seu concerto, e se apressaram após outro deus (Osé. 8:2 e 1; Sal. 16:4), ocultando a iniqüidade no coração e amando os caminhos da injustiça, para esses o dia do Senhor são trevas e não luz, "completa escuridade, sem nenhum resplendor". Amós 5:20. "E há de ser que naquele tempo", diz o Senhor, "esquadrinharei a Jerusalém com lanternas e castigarei os homens que estão assentados sobre as suas fezes, que dizem no seu coração: O Senhor não faz bem nem mal." Sof. 1:12. "Visitarei sobre o mundo a maldade, e sobre os ímpios a sua iniqüidade; e farei cessar a arrogância dos atrevidos, e abaterei a soberba dos tiranos." Isa. 13:11. "Nem a sua prata nem o seu ouro os poderá livrar"; "será saqueada a sua fazenda, e assoladas as suas casas." Sof. 1:18 e 13.

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O profeta Jeremias, prevendo esse tempo terrível, exclamou: "Estou ferido no meu coração!" "Não posso calar; porque tu, ó minha alma, ouviste o som da trombeta e o alarido da guerra. Quebranto sobre quebranto se apregoa." Jer. 4:19 e 20.

"Aquele dia é um dia de indignação, dia de angústia e de ânsia, dia de alvoroço e desolação, dia de trevas e de escuridão, dia de nuvens e de densas trevas, dia de trombeta e de alarido." Sof. 1:15 e 16. "Eis que o dia do Senhor vem, ...para pôr a Terra em assolação e destruir os pecadores dela." Isa. 13:9. Ante a perspectiva desse grande dia, a Palavra de Deus, com expressões as mais solenes e impressivas, apela para Seu povo a fim de que desperte da letargia espiritual e busque Sua face, com arrependimento e humilhação: "Tocai a buzina em Sião, e clamai em alta voz no monte da Minha santidade. Perturbem-se todos os moradores da Terra, porque o dia do Senhor vem, ele está perto." "Santificai um jejum, proclamai um dia de proibição. Congregai o povo, santificai a congregação, ajuntai os anciãos, congregai os filhinhos, ... saia o noivo da sua recâmara, e a noiva do seu tálamo. Chorem os sacerdotes, ministros do Senhor, entre o alpendre e o altar." Convertei-vos a Mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, e com choro, e com pranto. E rasgai o vosso coração e não os vossos vestidos, e convertei-vos ao Senhor vosso Deus; porque Ele é misericordioso, compassivo, e tardio em irar-Se, e grande em beneficência." Joel 2:1, 15-17, 12 e 13.

A fim de preparar um povo para estar em pé no dia de Deus, deveria realizar-se uma grande obra de reforma. Deus viu que muitos dentre Seu povo professo não estavam edificando para a eternidade, e em Sua misericórdia estava prestes a enviar uma mensagem de advertência a fim de despertá-los de seu torpor e levá-los a preparar-se para a vinda de Jesus. (GC, 309- 311)

Quando o professo povo de Deus se estiver unindo com o mundo, vivendo como vivem os do mundo, e com eles gozando de prazeres proibidos; quando o luxo do mundo se tornar o luxo da igreja; quando os sinos para casamentos estiverem a tocar, e todos olharem para o futuro esperando muitos anos de prosperidade temporal, subitamente então, como dos céus fulgura o relâmpago, virá o fim de suas resplendentes visões e esperanças ilusórias. (GC, 338/339)

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MM, Maranata o Senhor Logo Vem,

16 de Novembro, 326.

Os Cento e Quarenta e Quatro Mil

Olhei, e eis o Cordeiro em pé sobre o monte Sião, e com Ele cento e quarenta e quatro mil, tendo na fronte escrito o Seu nome e o nome de Seu Pai. Apoc. 14:1.

No mar cristalino diante do trono, naquele mar como que de vidro misturado com fogo - tão resplendente é ele pela glória de Deus - está reunida a multidão dos que "saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome". Apoc. 15:2. Com o Cordeiro, sobre o Monte Sião, "tendo harpas de Deus", estão os cento e quarenta e quatro mil que foram remidos dentre os homens; e ouve-se, como o som de muitas águas, e de grande trovão, "uma voz de harpistas, que tocavam com as suas harpas". E cantavam um "cântico novo diante do trono - cântico que ninguém podia aprender senão os cento e quarenta e quatro mil. É o hino de Moisés e do Cordeiro - hino de livramento. Ninguém, a não ser os cento e quarenta e quatro mil, pode aprender aquele canto, pois é o de sua experiência - e nunca ninguém teve experiência semelhante. "Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vai." "Estes, tendo sido trasladados da Terra, dentre os vivos, são tidos como as primícias para Deus e para o Cordeiro." Apoc. 14:1-5; 15:3. "Estes são os que vieram de grande tribulação" (Apoc. 7:14); passaram pelo tempo de angústia tal como nunca houve desde que houve nação; suportaram a aflição do tempo da angústia de Jacó; permaneceram sem intercessor durante o derramamento final dos juízos de Deus. Mas foram livres, pois "lavaram os seus vestidos, e os branquearam no sangue do Cordeiro". "Na sua boca não se achou engano; porque são irrepreensíveis" diante de Deus. "Por isso estão diante do trono de Deus, e O servem de dia e de noite no Seu templo; e Aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá com a Sua sombra." Apoc. 7:15. Viram a Terra devastada pela fome e pestilência, o Sol com poder para abrasar os homens com grandes calores, e eles próprios suportaram o sofrimento, a fome e a sede. Mas "nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem Sol nem calma alguma cairá sobre eles". O Grande Conflito, págs. 648 e 649.

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A Grande Multidão dos Remidos - 17 de novembro, Pág. 327

Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos. Apoc. 7:9.

Todas as classes, todas as nações, tribos, povos e línguas estarão perante o trono de Deus e do Cordeiro, com suas vestes imaculadas e coroas gloriosas. Disse o anjo: Estes são os que vieram de grande tribulação, e lavaram suas vestiduras e as branquearam, ao passo que aqueles que são amantes de prazeres mais do que amantes de Deus, os condescendentes consigo mesmos e desobedientes, perderam ambos os mundos. Não têm nem as coisas desta vida nem a vida imortal.

Aquela multidão triunfante, com cânticos de vitória, e coroas e harpas, provaram a ardente fornalha de aflições terrestres - fornalha aquecida intensamente. Vieram da pobreza, da fome e tortura, da profunda abnegação e amargas desilusões. Contemplai-os agora como vencedores, não mais pobres, não mais envoltos em tristeza, aflições e ódio de todos os homens por amor de Cristo. Vede suas vestes celestiais, brancas e resplandecentes, mais ricas do que as de qualquer rei. Olhai, pela fé, às suas coroas de glória; nunca semelhante diadema envolveu a fronte de qualquer rei terrestre.

Escutai as suas vozes, ao cantarem exaltados hosanas, agitando as palmas de vitória. Música melodiosa reboa pelo Céu ao entoarem a melodia destas palavras: "'Digno é o Cordeiro que foi morto' (Apoc. 5:12), e ressurgiu para sempre. 'Ao nosso Deus, que Se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação.' Apoc. 7:10." E o exército angelical, anjos e arcanjos, querubins cobridores e serafins gloriosos, repetem o coro daquele cântico de alegria e triunfo, dizendo: "Amém! Louvor, e glória, e sabedoria, e ações de graças, e honra, e poder, e força ao nosso Deus, para todo o sempre." Apoc. 7:12.

Oh, naquele dia se descobrirá que os justos eram os sábios, ao passo que os pecadores e desobedientes eram tolos em seu orgulho e vaidade, por negligenciarem as coisas de interesse eterno. Vergonha e desprezo eterno é sua porção. Os que foram cooperadores de Cristo estarão então bem perto do trono de Deus, cingidos de pureza e das vestes de justiça eterna. Carta 71, 1878.

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