edição nº 144

8
MERCADO & NEGÓCIOS Previdência Social revisa cerca de 2,3 milhões de benefícios Capital EMpRESa JORNalÍStiCa ltDa ►29 de JANeIRO A 04 de FeVeReIRO de 2013 Ano 4 nº 144 www.jornalcapital.jor.br R$1 Atualidade Indicadores / Câmbio Compra Venda % Fechamento: 28 de JaneIRo de 2013 ►PÁGINA 2 Reduc prejudica Cidade dos Meninos ►PÁGINA 5 Copom projeta reajuste de 5% no preço da gasolina O Comitê de Po- lítica Monetá- ria (Copom) divul- gou que a projeção de reajuste no preço da gasolina se si- tua em torno de 5% para o acumulado de 2013. A informa- ção está na ata da reunião do comitê, realizada na semana passada, quando o Banco Central (BC) decidiu manter a taxa básica de juros em 7,25% ao ano. A ata também informa que a projeção apon- ta recuo de aproxi- madamente 11% na tarifa residencial de eletricidade. Ex-prefeito vai falar sobre denúncia de desvios na saúde C om as contas e bens bloqueados pela Justiça, o ex-prefeito de Duque de Caxias, José Camilo Zito, segundo seus advogados, dará entrevista coletiva para manifestar-se sobre a denúncia de improbidade administrativa. ►PÁGINA 5 Banco de Imagens Rolando dívidas com a Previdência Dólar comercial cai a R$ 2,001 para venda E stados e municípios poderão parcelar em até 240 meses dívidas com o Regime Próprio de Previdên- cia Social (RPPS) acumuladas até outubro de 2012. A nova regra foi estabelecida por meio de por- taria assinada pelo ministro da Previdência, Garibaldi Alves Filho (foto). ►PÁGINA 3 O dólar comercial encerrou a sessão desta segunda-feira (28) em forte queda frente ao real, na menor cotação em seis meses, após o Banco Central realizar um leilão para rolar US$ 1,85 bilhão em contratos de swap cambial, que venceriam em 1º de fevereiro. A operação equivale a uma venda de moeda americana no mercado futuro. Os novos contratos vencerão em 1º de março e todo o lote de 37 mil papéis foi vendido. Após o anúncio do leilão, pela manhã, o dólar comercial que, estava em alta, passou a se desvalorizar e fechou negociado a R$ 1,999 na compra e R$ 2,001 na venda, uma queda de 1,33%. É a menor cotação da moeda americana desde o dia 2 de julho do ano pas- sado, quando a divisa fechou a R$ 1,98. Per- centualmente, é a maior queda diária do dólar desde 26 de dezembro de 2012. Valter Campanato/ABr O prefeito de Duque de Caxias pediu a ajuda de todos em sua luta para vencer os desafios que tem pela frente para ofere- cer aos alunos “um ensino público de qualidade”. Os professores, em estado de greve, farão assembléia dia 31. ►PÁGINA 5 Presidenta Dilma descarta risco de racionamento de energia elétrica Sem aviso, Detran fecha posto de Duque de Caxias INEA diz que já investiu R$ 13 milhões em Xerém Estado vai restaurar prédio do antigo Museu do Índio Rio vai ganhar centro estadual para cirurgias Alexandre Cardoso faz primeiro encontro com professores e diretores George Fant/PMDC ►PÁGINA 2 ►PÁGINA 4 ►PÁGINA 7 ►PÁGINA 8 ►PÁGINA 3 Dolar Comercial 1,995 1,996 1,70 Dólar turismo 1,930 2,070 0,96 ibovespa 60.027,07 1,87

Upload: jornal-capital

Post on 28-Mar-2016

230 views

Category:

Documents


5 download

DESCRIPTION

Jornal Capital - Edição nº 144

TRANSCRIPT

Page 1: Edição nº 144

MERCADO & NEGÓCIOS

Previdência Social revisa cerca de 2,3 milhões de benefícios

Capital EMpRESa JORNalÍStiCa ltDa ● ►29 de JANeIRO A 04 de FeVeReIRO de 2013

Ano 4 ● nº 144www.jornalcapital.jor.br

R$1

Atualidade Indicadores / Câmbio Compra Venda %

Fechamento: 28 de JaneIRo de 2013

►PÁGINA 2

Reduc prejudica Cidade dos Meninos►PÁGINA 5

Copom projeta reajuste de 5% no preço da gasolina

O Comitê de Po-lítica Monetá-

ria (Copom) divul-gou que a projeção de reajuste no preço da gasolina se si-tua em torno de 5% para o acumulado de 2013. A informa-ção está na ata da reunião do comitê, realizada na semana passada, quando o Banco Central (BC) decidiu manter a taxa básica de juros em 7,25% ao ano. A ata também informa que a projeção apon-ta recuo de aproxi-madamente 11% na tarifa residencial de eletricidade.

Ex-prefeito vai falar sobre denúncia de desvios na saúde

Com as contas e bens bloqueados pela Justiça, o ex-prefeito de

Duque de Caxias, José Camilo Zito, segundo seus advogados, dará entrevista coletiva para manifestar-se sobre a denúncia de improbidade administrativa. ►PÁGINA 5

Banco de Imagens

Rolando dívidas com a Previdência Dólar comercial cai a R$ 2,001

para venda

Estados e municípios poderão parcelar em até 240 meses dívidas com o Regime Próprio de Previdên-cia Social (RPPS) acumuladas até outubro de 2012. A nova regra foi estabelecida por meio de por-

taria assinada pelo ministro da Previdência, Garibaldi Alves Filho (foto). ►PÁGINA 3

O dólar comercial encerrou a sessão desta segunda-feira (28) em forte queda frente

ao real, na menor cotação em seis meses, após o Banco Central realizar um leilão para rolar US$ 1,85 bilhão em contratos de swap cambial, que venceriam em 1º de fevereiro. A operação equivale a uma venda de moeda americana no mercado futuro. Os novos contratos vencerão em 1º de março e todo o lote de 37 mil papéis foi vendido. Após o anúncio do leilão, pela manhã, o dólar comercial que, estava em alta, passou a se desvalorizar e fechou negociado a R$ 1,999 na compra e R$ 2,001 na venda, uma queda de 1,33%. É a menor cotação da moeda americana desde o dia 2 de julho do ano pas-sado, quando a divisa fechou a R$ 1,98. Per-centualmente, é a maior queda diária do dólar desde 26 de dezembro de 2012.

Valter Campanato/ABr

O prefeito de Duque de Caxias pediu a ajuda

de todos em sua luta para vencer os desafios que tem pela frente para ofere-cer aos alunos “um ensino público de qualidade”. Os professores, em estado de greve, farão assembléia dia 31. ►PÁGINA 5

Presidenta Dilma descarta risco de racionamento de energia elétrica

Sem aviso, Detran fechaposto de Duque de Caxias

INEA diz que já investiuR$ 13 milhões em Xerém

Estado vai restaurar prédio do antigo Museu do Índio

Rio vai ganhar centro estadual para cirurgias

Alexandre Cardoso faz primeiro encontro com professores e diretores

George Fant/PMDC

►PÁGINA 2

►PÁGINA 4

►PÁGINA 7

►PÁGINA 8►PÁGINA 3

Dolar Comercial 1,995 1,996 1,70Dólar turismo 1,930 2,070 0,96ibovespa 60.027,07 1,87

Page 2: Edição nº 144

2 ►29 de Janeiro a 04 de Fevereiro de 2013MERCADO & NEGÓCIOS

Cambio

Moeda Compra (R$) Venda (R$) Variação %

Dolar Comercial 1,995 1,996 1,70

Dólar turismo 1,930 2,070 0,96

Moeda Compra (U$) Venda (U$) Variação %

Coroa dinamarca 5,543 5,545 0,00

Dólar austrália 1,041 1,041 0,08

dólar Canadá 1,006 1,006 0,00

Euro 1,334 1,345 0,04

Franco Suíça 0,926 0,926 0,00

Iene Japão 90,740 90,750 0,24

Libra esterlina Inglaterra 1,568 1,569 0,72

peso Chile 472,350 473,100 0,15

peso Colômbia 1.779,400 1.780,600 0,06

Peso Livre Argentina 4,940 4,980 0,10

peso México 12,771 12,775 0,57

Peso Uruguai 19,150 19,350 0,00

Bolsa

Valor Variação %

ibovespa 60.027,07 1,87

iBX 22.030,61 1,65

dow Jones 13.881,93 0,10

Nasdaq 3.154,30 0,15

Merval 3.342,10 0,07

Commodities

Unidade Compra US$ Venda US$ Variação %

Petróleo - Brent barril 115,120 115,140 0,44

Ouro onça troy 1.654,320 1.655,300 0,06

prata onça troy 30,840 30,890 0,03

Platina onça troy 1.659,740 1.667,250 0,05

paládio onça troy 735,720 741,270 0,10

Indicadores

Poupança 29/01 0,500

tR 28/01 0,000

Juros Selic meta ao ano 7,25

Salário Mínimo (Federal) R$ 678,00

MERCADO & NEGÓCIOS

Av. Governador Leonel Brizola (antiga Presidente Kennedy), 1995 - Sala 804Edifício Sul América - Centro, CEP 25.020-002 - Duque de Caxias, Rio de Janeiro

Telefax: (21) 2671-6611 - CNPJ 11.244.751/0001-70

Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

Ponto de Observação

alberto marques

Supremo prorroga a injustiça tributária

O presidente em exer-cício do Supremo

Tribunal Federal, minis-tro Ricardo Lewando-wski, decidiu manter a distribuição do Fundo de Participação dos Esta-dos e do Distrito Federal (FPE) conforme regra em vigor desde 1989. A deci-são de Lewandowski, que atua como plantonista até fevereiro, é provisória e terá que ser referendada pelo plenário. O relator oicial do processo é o ministro Antonio Dias Toffoli A decisão do mi-nistro, que prorroga a injustiça tributária na dis-tribuição dos recursos do FPE, terá validade de 150 dias a partir da notiica-ção do Congresso Nacio-nal.

A liminar foi concedi-da na ação ajuizada pelos governadores da Bahia,

Minas Gerais, Pernambuco e Maranhão. Eles pedem que o STF reconheça a omissão do Congresso na votação de novas regras para o FPE e que mantenha a distribuição de verbas nos padrões vigentes desde 1989, enquanto uma nova lei não é aprovada. O valor do FPE para 2013 é estima-do em R$ 74 bilhões. Ou-tros quatro estados devem entrar na ação na condição de interessados: Ceará, Goiás, Paraíba e Alagoas. Os oito estados estão nas regiões mais beneiciadas com o fundo, que recebem 85% (da cota total: Norte, Nordeste e Centro-Oeste (R$ 62,9 bi), enquanto Sul e Sudeste dividem os 15% restantes (11,1 bi).

O Fundo de Participa-ção dos Estados e do Dis-trito Federal está previsto na Constituição de 1988 e permite o repasse de 21,5% da receita arrecada

pela União com o Impos-to de Renda (IR) e com o Imposto sobre Produtos In-dustrializados (IPI) para as 27 unidades da Federação. A distribuição dos recursos leva em conta fatores como o tamanho da população e a renda per capita. Em 2010, o STF decidiu que os cri-térios, regulamentados em lei complementar de 1989, são inconstitucionais por-que não representam mais a realidade do país. Na oca-sião, o STF deu prazo para aprovação de nova lei para a distribuição do FPE até dezembro do ano passado, o que não ocorreu.

A atual legislação, que seria uma devolução ao es-tado de origem de parte dos impostos federais ali arre-cadados, estratiica uma in-justiça para com os Estados que mais contribuem com receita para o FPE, pois a distribuição é inversamen-te proporcional aos estados

mais populosos e, por isso mesmo, com maiores problemas de infraestura e assistência social. No alto da pirâmide, está o Amapá, em cujo orça-mento o FPE representa 64% da arrecadação do estado, enquanto no Rio de Janeiro, com mais de uma centena de favelas, com grandes carências nas áreas da Educação Saúde e Saneamento Bá-sico, o FPE representa apenas 2,1% do orçamen-to do estado, caindo para apenas 0,4% no orçamen-to de S. Paulo.

Como as regiões Nor-te, Nordeste e Centro Oeste detem a maioria das cadeiras na Câmara e no Senado, diicilmente as bancas do RJ, SP, MG, RS e Paraná conseguirão inverter essa esdrúxula equação, onde quem me-nos precisa leva a maior parte do bolo.

(*) Fechamento: 28 de JaneIRo de 2013

TIRAGEM: 10.000 exemplares(assine o Capital: 21 2671-6611)

IMPRESSÃO: ARETÉ EDITORIAL S/ACNPJ 00.355.188/0001-90

Departamento Comercial:(21) 2671-6611 / 8400-0441 / 7854-7256 ID 8*21653

Diretor Geral: Marcelo CunhaDiretor de Redação: Josué Cardoso ([email protected])

Colaboradores: Alberto Marques, Arthur Salomão, Carlos Erbs, Dilma Rousseff, Geiza Rocha,

Moreira Franco, Priscilla Ricarte, Roberto Daiub e Rodrigo de Castro.

endereços eletrônicos:[email protected]

[email protected]@jornalcapital.jor.br

[email protected]@[email protected]

Filiado À AdJORIAssociação de Jornais do Interior Capital Empresa

Jornalística Ltda

Na internet: www.jornalcapital.jor.br

Presidenta Dilma descarta risco de racionamento de energia

A presidenta Dilma Rousseff disse, em

pronunciamento em rede nacional de rádio e televi-são, no dia 23, que o Brasil tem energia suiciente para o presente e para o futuro, “sem nenhum risco de ra-cionamento ou qualquer tipo de estrangulamento, no curto, médio ou no lon-go prazo”. Dilma anunciou que, a partir de amanhã, a conta de luz dos brasileiros terá uma redução de 18% para as residências e de até 32% para as indústrias, agricultura, comércio e ser-viços.

O corte é maior do que o anunciado em setembro do ano passado. “Com a redução de tarifas, o Brasil passa a viver uma situação especial no setor elétrico, ao mesmo tempo baixan-do o custo da energia e aumentando sua produção

elétrica”, disse Dilma. Se-gundo Dilma, os consu-midores que são atendidos pelas concessionárias que não aderiram à prorrogação dos contratos (Companhia Energética de São Paulo - Cesp, Companhia Ener-gética de Minas Gerais - Cemig e Companhia Para-naense de Energia - Copel) também terão a conta de luz reduzida.

A presidenta criticou du-ramente as previsões sobre a possibilidade de raciona-mento de energia por causa do baixo nível dos reserva-tórios das hidrelétricas. Ela explicou que praticamen-te todos os anos as usinas térmicas, movidas a gás natural, óleo diesel, carvão ou biomassa, são aciona-das com menor ou maior exigência para garantir o suprimento de energia do país. Segundo Dilma, isso

é “usual, normal, seguro e correto”.REPERCUSSÃO - O anúncio da presidenta Dil-ma Rousseff de redução da tarifa de energia elétrica em até 32% para a indústria foi bem recebido por espe-cialistas durante seminário sobre o tema na sede da Federação das Industrias do Rio de Janeiro (Firjan). A utilização do Índice de Pre-ços ao Consumidor Amplo (IPCA) como indexador de custos do setor, no entanto, foi criticada. Para o diretor do Grupo de Estudos do Se-tor de Energia da Universi-dade Federal do Rio de Ja-neiro (UFRJ), Nivaldo José de Castro, o anúncio foi uma boa surpresa. “A de-cisão que a Presidência da República tomou ontem re-força esse esforço de tornar a economia brasileira mais competitiva e aumentar seu

poder aquisitivo. Realmen-te surpreende esse esforço para caminhar na direção de uma diminuição tarifária estrutural.”

Para o presidente do Conselho de Administração da Câmara de Comerciali-zação de Energia Elétrica, Luiz Eduardo Barata, em-bora o IPCA não seja um índice apropriado, é neces-sário um estudo muito apro-fundado antes de qualquer mudança no indexador de custos. “O uso puro e sim-ples do IPCA como se faz hoje está levando a preços bastante altos, muito distor-cidos em relação à energia que chega e isso gera im-pacto no custo da tarifa. É necessário avançar nessa discussão, mas desindexar é muito arriscado e uma mudança de índice deve ser muito bem estudada.” (Agência Brasil)

Inadimplência das famílias subiu mesmo com a queda de juros

A inadimplência das fa-mílias registrou alta

de 0,5 ponto percentual em dezembro passando para 7,9%, ante 7,4% re-gistrados em dezembro de 2011, informou o Banco Central (BC) no último dia 25. No caso das empresas, a inadimplência, como são considerados atrasos superiores a 90 dias, tam-bém aumentou e atingiu 4%, com elevação de 0,1 ponto percentual - em de-zembro de 2011 era 3,9%. Embora a inadimplência tenha avançado, as taxas de juros caíram. O diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Tú-lio Maciel, minimizou a situação pois, segundo ele, a redução dos juros tende a diminuir a inadimplên-cia. “Uma redução na taxa de juros tende a reduzir o comprometimento de ren-da das pessoas ou encar-gos inanceiros. Isso tende a favorecer a [redução] da inadimplência”, destacou.

A taxa média de juros para empresas e pessoas fí-sicas continuou em queda e

chegou ao menor nível da série histórica iniciada em 2000. Essa taxa icou em 28,1% ao ano, em dezem-bro passado, com redução de 9 pontos percentuais em relação a dezembro de 2011. Dezembro é o déci-mo mês seguido de redu-ção da taxa média.

No caso das famílias, a redução na taxa de juros de dezembro chega a 9,2 pontos percentuais. A taxa icou em 34,6% ao ano, no mês passado, ante 43,8% no mesmo período do ano anterior. Para as empresas, houve queda de 7,6 pontos percentuais - para 20,6% ao ano ante 28,2% de de-zembro de 2011.

O spread geral, diferen-ça entre taxa de captação de recursos e a cobrada dos clientes, também caiu para o menor nível. A re-dução para pessoas físicas icou em 6,3 pontos per-centuais. Em dezembro de 2012, foram registra-dos 27,4 pontos percentu-ais ante os 33,7 pontos no mesmo período de 2011. (Agência Brasil)

Page 3: Edição nº 144

3►29 de Janeiro a 04 de Fevereiro de 2013MERCADO & NEGÓCIOS

Mantenha-se informado também pelo www.jornalcapital.jor.br

+ conteúdo no site

Empresarios ingleses discutem negócios com o RJ

Metalúrgicos tem acordo para preservar empregos

Conversa com a Presidentaencaminhe perguntas para a Presidenta

dILma RoUSSeFF:

[email protected] ou

[email protected]

UBIRATÃ FONSECA LIMA, 52 anos, radialista de Posse (GO) - Presidenta, nosso município apresenta um alto índice de pessoas contaminadas pela doença de Chagas. As casas de barro da zona rural são locais preferidos do inseto barbeiro. Qual solução a senhora poderia apresentar para nossa população?

Presidenta Dilma - Ubiratã, a melhoria das condições habitacionais é essencial para o controle da doença de Chagas, pois o barbeiro se aloja nas frestas de casas precárias, como as de pau-a-pique. Por isso o Minha Casa Minha, Vida também atua nas áreas rurais, onde já investiu R$ 1,4 bilhão desde 2009 para beneiciar 60,6 mil famílias, sendo 41,5 mil só em 2012. Em Goiás, a Caixa Econômica Federal já realizou 1.536 contratos nessa modalidade. Famílias com renda anual de até R$ 15 mil podem ter inanciamento com subsídio de até R$ 30,5 mil para a construção de sua casa ou de até R$ 18,4 mil para uma reforma. Famílias com renda acima de R$ 15 mil até R$ 60 mil também são inanciadas, sem subsídio. Além disso, em 2012, a Fundação Nacional de Saúde, a Funasa, por meio do Programa Melhoria Habitacional para o Controle da Doença de Chagas, destinou R$ 20 milhões para melhoria habitacional, como reboco e pinturas, em áreas de grande infestação em 39 municípios de nove Estados. Para o seu município, serão destinados R$ 500 mil. Desde 2006, o Brasil interrompeu a transmissão pela principal ameaça domiciliar, o barbeiro Triatoma infestans. E os três milhões de portadores da doença recebem gratuitamente o medicamento benzonidazol do Sistema Único de Saúde, o SUS. O Brasil é o único país produtor deste medicamento e exporta para outros que necessitam dele.

JOELMIR FRANCISCO COUTO, 29 anos, analista de produção de Fortaleza (CE) - Como faço para conseguir o vale cultura? E qual é o valor? Tenho que me cadastrar?

Presidenta Dilma - Joelmir, a sua empresa precisa aderir, voluntariamente, ao programa, para você ter acesso ao Vale-Cultura. Poderão participar empresas públicas e privadas que declarem imposto de renda com base no lucro real. O benefício é de R$ 50 mensais concedidos prioritariamente aos trabalhadores que recebem até cinco salários mínimos por mês, para gastar em cinemas, teatro, livrarias e outras áreas culturais. Ele foi criado para apoiar o acesso da população à cultura e é semelhante ao Vale Transporte ou ao Vale Refeição. Os beneiciários com renda de até cinco salários mínimos terão um desconto mensal máximo de R$ 5 no contracheque. Acima dessa renda, o desconto será progressivo, de R$ 10 a 45. A empresa poderá deduzir o custo do seu imposto de renda a pagar, limitado 1% do imposto devido. As empresas e os produtores da área cultural interessados em receber pagamentos com o Vale Cultura também deverão fazer sua adesão. O benefício será pago em um cartão magnético e não será permitida sua troca por dinheiro. Com o Vale Cultura, Joelmir, os trabalhadores terão mais acesso à produção cultural e os produtores terão um público maior para prestigiar as suas atividades.

Mensagem da Presidenta Dilma sobre a redução das tarifas de energia elétrica

Caros leitores, desde o dia 24 de janeiro as tarifas de energia elétrica estão mais baratas. A redução foi de pelo menos 18% para os consumidores residenciais e de até 32% para a indústria, a agricultura, o comércio e os serviços (veja o percentual exato de queda, por concessionária, em http://www.aneel.gov.br/aplicacoes/noticias/Output_Noticias.cfm?Identidade=6426&id_area=90). É uma redução concreta. Isso signiica que as futuras atualizações tarifárias previstas nos contratos das distribuidoras incidirão sobre uma base menor, e não sobre a tarifa que vigorava antes do dia 24 de janeiro. Nós garantimos a diminuição mesmo para quem mora nos Estados atendidos por empresas que não aceitaram o acordo proposto pelo Governo. O barateamento da energia soma-se a outras medidas que já adotamos para baixar os custos das empresas e das famílias, ampliar o investimento, aumentar o emprego e garantir mais crescimento para o país. Também continuamos trabalhando para dobrar, em 15 anos, nosso parque gerador de energia, que hoje é de 121 mil MW. Em 2013 colocaremos em operação 8,5 mil MW de capacidade nova de geração e 7,5 km de novas linhas. Portanto, temos e teremos energia das mais diversas fontes para assegurar o crescimento do Brasil, a redução das desigualdades regionais e a melhoria da qualidade de vida de todos.

Previdência: Municípios podemparcelar dívidas em até 20 anos

Governos estaduais e municipais poderão

parcelar em até 240 meses dívidas com o Regime Pró-prio de Previdência Social (RPPS) acumuladas até ou-tubro de 2012. A nova regra foi estabelecida por meio de portaria assinada pelo mi-nistro da Previdência, Gari-baldi Alves Filho, no último dia 18. De acordo com o ministério, antes, os estados e municípios podiam par-celar os débitos referentes até 2008. Agora, poderão parcelar também as dívidas dos anos posteriores. So-mente com o parcelamento e pagamento dos débitos,

as prefeituras e os governos estaduais poderão receber o Certiicado de Regulari-dade Previdenciária (CRP), emitido pelo Ministério da Previdência Social.

O CRP é o documento que comprova a regulari-dade dos regimes próprios de previdência social, que abrange os servidores dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, e é fun-damental para assegurar o pagamento dos benefícios aos segurados.

Sem o certiicado, es-tados e municípios icam impedidos de receber re-cursos de transferências

voluntárias da União, soli-citar empréstimos com ins-tituições inanceiras fede-rais e internacionais, além de recolher repasses da compensação previdenciá-

ria pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Ficam proibidos ainda de celebrar acordos, contra-tos, convênios ou ajustes com a União.

Antonio Cruz-ABr

Aos 90 anos, Previdência concede 30 milhões de benefícios

O Ministério da Previ-dência Social e a As-

sociação Nacional dos Au-ditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anip) irmaram dia 24 acordo de cooperação técnica e cien-tíica para intercâmbio de informações e desenvolvi-mento institucional da rede previdenciária no país. A Previdência Social no Brasil completou 90 anos dia 24, data também em

que se comemora o Dia do Aposentado, em referência à entrada em vigor da Lei Eloy Chaves (Lei 4.682), em 24 de janeiro de 1923.

Na cerimônia de come-moração pelo aniversário da pasta, o ministro da Pre-vidência Social, Garibaldi Alves Filho, informou que, em 68% dos municípios brasileiros, os recursos previdenciários são supe-riores aos dos fundos de

participação repassados pela União. Mensalmente, R$ 35 bilhões são injetados na economia por meio dos benefícios da Previdência. Atualmente, a Previdência concede cerca de 30 mi-lhões de benefícios, o que atinge aproximadamente 15% dos 194 milhões de pessoas no Brasil, diz o Censo 2012 do Instituto Brasileiro de Geograia e Estatística (IBGE). Desses

benefícios, pouco mais da metade são aposentadorias, 16,7 milhões - das quais 8,7 milhões são por idade, 4,8 milhões por tempo de serviço e 3,2 milhões por invalidez. Outros benefí-cios pagos pela Previdên-cia são a aposentadoria es-pecial; os auxílios doença, acidente e reclusão; os sa-lários maternidade e famí-lia e as pensões por morte. (Agência Brasil)

Prefeitos reivindicam em Brasíliaapoio para a saúde e a educação

Aumento nos repasses do Fundo de Parti-

cipação dos Municípios (FPM) e apoio para ações nas áreas de saúde e edu-cação estão entre os temas citados por prefeitos para serem discutidos com o governo federal. Eles apre-sentarão os pedidos du-rante o Encontro Nacional de Novos Prefeitos e Pre-feitas, que começou nesta segunda-feira (28) e vai até quarta-feira (30), em Bra-sília. Os prefeitos também trazem demandas especíi-cas dos municípios, como

ações de combate à seca, e vem em busca de parcerias.

O prefeito reeleito de Rio dos Pires (BA), José Nardes, conta que o muni-cípio de 12 mil habitantes não tem indústrias e de-pende essencialmente do FPM, que é um mecanismo de repasse de dinheiro pelo governo federal para os municípios. Ele relata que o reajuste não acompanha o aumento dos gastos da prefeitura. “Temos passado por muitas diiculdades e acho que esse pacto fede-rativo deve ser discutido”,

disse.À frente do município

de Araguapaz (GO) desde o início do ano, o prefeito Fausto Luciano também defende uma discussão so-bre os índices de distribui-ção do FPM. Ele diz que veio a Brasília em busca de convênios e parcerias em especial para as áreas de saúde, educação e seguran-ça. “Na área de saúde te-mos carência de recursos e o alto custo de manutenção das equipes do Programa Saúde da Família, além do custo de hospitais munici-

pais impede que a prefei-tura destine recursos para outras áreas”.

Fausto Luciano também se deparou com a neces-sidade de dinheiro para a construção de escolas e pretende encontrar incenti-vos para a aquisição de má-quinas a serem usadas na manutenção das estradas vicinais, usadas para trans-portar alunos da zona rural para a urbana e também escoar a produção agrícola do município que tem cer-ca de 8,5 mil habitantes. (Agência Brasil)

Rio ganhará centro estadual para cirurgias

A árdua espera por um transplante de órgãos

é uma realidade para mais de 23 mil brasileiros, dos quais cerca de 1.600 vi-vem no Rio de Janeiro. Ocupando a lanterna no país na área de doação de órgãos até 2010, o estado registrou nos últimos dois anos o maior avanço nacio-nal, pulando para a atual 3º posição no ranking. O resultado é fruto de várias ações que tiveram início

com a criação do Programa Estadual de Transplantes (PET). E a partir de feve-reiro, mais um progresso: o Centro Estadual de Trans-plantes, que funcionará no Hospital São Francisco de Assis, na Tijuca. Anterior-mente, o Governo do Esta-do contava com unidades federais conveniadas para a realização dos transplan-tes. Mas, a partir de agora, terá um serviço próprio para atender a quantidade

cada vez maior de órgãos captados pelas equipes do PET. Em 2012, foram rea-lizadas 221 doações de ór-gãos, quase o dobro do ano anterior. A meta para 2013 é superar 250 captações.

O Rio de Janeiro inves-tiu em quatro pilares para mudar sua política de cap-tação de órgãos: gestão, modernização, capacitação e comunicação. Adotou--se a ferramenta de gestão Donor Action nos hospitais

estaduais de emergência. O sistema visa diagnosti-car as falhas no processo de notiicação de possíveis doadores e, a partir daí, desenvolver um protocolo de procedimentos. Exem-plo dos bons resultados na aplicação desta ferramenta, o Hospital Estadual Adão Pereira Nunes foi premia-do em setembro de 2012 pelo Ministério da Saúde ao atingir novo recorde na captação de órgãos.

Page 4: Edição nº 144

4►29 de Janeiro a 04 de Fevereiro de 2013MERCADO & NEGÓCIOS

ANP vai leiloar 289 blocos deexploração de petróleo em maioA Agência Nacional do

Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) deverá leiloar 289 blocos de exploração de petróleo na 11ª Rodada de Licitação de Blocos Exploratórios de Petróleo, que está marca-da para os dias 14 e 15 de maio. Anteriormente, o go-verno tinha anunciado a li-citação de 172 blocos, mas, a pedido da presidenta Dil-ma Rousseff, o número de blocos ofertados foi am-pliado. O total da área que será disponibilizada para exploração na 11ª rodada será de 155.713 quilôme-tros quadrados (km²), to-dos fora da área do pré-sal.

A expectativa do governo é arrecadar entre R$ 1 bilhão e R$ 10 bilhões pelos bô-nus de assinatura durante a licitação.

O anúncio foi feito pelo secretário de Petróleo e Gás do Ministério de Mi-nas e Energia, Marco Anto-nio Almeida, após reunião na manhã do dia 23 com a presidenta Dilma Rousseff, o ministro Edison Lobão e a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard. Se-gundo Almeida, o objetivo do governo é aumentar o volume de áreas a serem ofertadas, com foco no aproveitamento de blocos da 8ª rodada, que foi cance-

lada. As áreas ainda devem ser aprovadas pelo Conse-lho Nacional de Política Energética (CNPE) até o dia 10 de fevereiro.

Entre os blocos a serem licitados na 11ª rodada es-tão 36 em terra, na Bacia de Tucano Sul, na Bahia, que soma 6,4 mil km². Ou-tros seis blocos em águas profundas serão oferecidas na Bacia do Espírito San-to, em uma área de 4,3 mil km². Dez blocos serão lici-tados na Bacia Pernambu-co Paraíba, todos em águas profundas, somando 6,2 mil km². Na Foz do Ama-zonas, próximo à fronteira com a Guiana, serão lici-

tados 65 blocos em águas rasas e profundas.

Almeida anunciou tam-bém que a primeira rodada de exploração de petróleo na área do pré-sal, sob o novo regime de partilha, deverá ser realizada nos dias 28 e 29 de novem-bro, mas os blocos ainda não estão deinidos pelo governo. “Algumas áreas estão sendo estudadas, mas ainda não estão deinidos quais são as áreas e quantas serão”, disse o secretário. Outra licitação que será re-alizada pelo governo será a de gás e óleo não conven-cional, nos dias 11 e 12 de janeiro. (Agência Brasil).

Cafeicultor familiar do RJ pode dobrar renda com melhoria do grão

A Secretaria Estadual de Agricultura do Rio de

Janeiro quer dobrar a ren-da do cafeicultor familiar no estado a partir da pro-dução de cafés de maior qualidade. A estratégia in-clui a compra de unidades móveis de beneiciamento. De acordo com informa-ção do secretário Christino Áureo à Agência Brasil, a renda média calculada para o cafeicultor familiar do estado do Rio, situada no patamar de R$ 1,6 mil por mês, pode alcançar R$ 3,2 mil. “A saca de café de qualidade hoje gira em tor-no de R$ 300. Se você con-siderar que o produtor vai poder obter uma saca de café superior, ao invés de receber R$ 140 ou R$ 160 por um café de qualidade mais modesta, ele vai do-brar sua renda”, explicou. De acordo com Áureo, o ano de 2013 traz boas pers-pectivas para a cafeicultura luminense, que já foi, no tempo do Império, líder da

produção nacional.- Nós conseguimos dar

curso a uma antiga aspira-ção do setor que é colocar unidades móveis de bene-iciamento primário para funcionar junto às peque-nas propriedades rurais, com recursos próprios do estado, do Programa Rio Café - disse Áureo. Os re-cursos aplicados na aquisi-ção das duas unidades de beneiciamento alcançam R$ 423 mil. Essas unida-des permitem, segundo o secretário, que o café pro-

duzido no estado ganhe entre 25% e 30% de valor adicional. “Em vez de o produtor entregar o café para intermediários, ele re-cebe a visita dessas nossas unidades móveis, que se-param as impurezas, fazem uma prévia daquilo que vai ser o beneiciamento, e o produtor conhece na hora o tipo de produto que tem na mão, ica com esse produto armazenado e, logicamen-te, conhece o preço poten-cial desse produto”.

Outro fator que sinali-

za para a recuperação da cafeicultura do Rio de Ja-neiro, de acordo com o se-cretário, é a implantação, prevista para este ano, do módulo de rebeneicia-mento de café (processo de separação dos grãos por tamanho e qualidade), que funcionará nas instalações da Cooperativa de Produ-tores de Café do Noroeste Fluminense (Cooperca-nol). O projeto envolve re-cursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Eco-nômico e Social (BNDES) no montante de R$ 1,7 mi-lhão, repassados pelo Ban-co do Brasil.

Áureo informou que a Coopercanol reúne a produ-ção de cerca de 400 a 500 cafeicultores que não têm como fazer o rebeneicia-mento do café. Com isso, a venda do produto ocorre com valor “muito aviltado”, acentuou. “Agora, [a coo-perativa] ganha perspecti-va, inclusive, de fazer um produto para exportação”.

Banco de Imagens

Detran fecha posto de Duquede Caxias e prejudica usuários

Sem aviso prévio, o De-tran-RJ decidiu fechar

as portas do Posto do órgão que funcionava na avenida Brigadeiro Lima e Silva nú-mero 1423, no bairro 25 de Agosto. No local eram pres-tados serviços de emissão de carteira de identidade e de habilitação. A denúncia foi feita no blog do colunis-ta do Capital Alberto Mar-ques. Procurada pelo jornal, a assessoria de imprensa do órgão não respondeu email enviado pela redação. Se-gundo o colunista, quem requereu documento no posto até o inal de dezem-bro, foi surpreendido com um aviso, estampado em uma folha de papel oicio, informando que deveriam procurar o documento no

posto do órgão em Vilar dos Teles, São João de Meriti. Com o fechamento do pos-to, os moradores de Duque

de Caxias terão uma despe-sa a mais para tirar a Car-teira de Identidade ou de motorista, pois terão que se

deslocar até o outro muni-cípio. O Posto de Vilar dos Teles funciona na Rua Cé-sar Lemos número 22.

Reprodução

Petroleiros fazem paralisação nacional

Trabalhadores da Pe-trobras em todo o país

aderiram segunda-feira (28) a uma paralisação de 24 horas para reivindicar regras claras para a distri-buição da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) da empresa. De acordo com a Federação Única dos Petroleiros (FUP), que representa 70% dos 80 mil funcionários da estatal, irão parar os empregados das áreas operacionais e administrativas. Pelas esti-mativas da entidade, cerca de 40 mil já estão parados.

Em comunicado, a Pe-trobras informou que, em dezembro passado, apre-sentou proposta para paga-

mento antecipado da PLR de 2012, com base nos mes-mos critérios adotados em anos anteriores para a an-tecipação. Segundo a nota, são considerados os resul-tados das empresas do da Petrobras nos três primei-ros trimestres de cada ano. Segundo a empresa, estão sendo tomadas medidas ad-ministrativas e operacionais para garantir a normalida-de das atividades durante a paralisação. A empresa não divulgou o percentual de trabalhadores que estão pa-rados e ressaltou que con-tinua aberta à negociação com as entidades sindicais para chegar a um consenso sobre a PLR 2012.

Detran vistoria veículos em 50 municípios em fevereiro

A partir da próxima sex-ta-feira (1º), o Detran

(Departamento de Trânsito do Rio) irá visitar 50 mu-nicípios do interior, ofere-cendo serviços como vis-toria anual, segunda via do Certiicado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV) e alteração de ca-racterísticas. A ação acon-tece durante todo o mês de fevereiro. Com a visita dos vistoriadores, o Detran evi-ta que seus clientes preci-sem se deslocar até cidades vizinhas para regularizar os veículos. Para agendar o serviço, os motoristas de-

vem estar com o IPVA (Im-posto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) pago e entrar em conta-to através dos telefones 0800-0204040 ou 0800-0204041, de segunda a sexta-feira, das 6h à meia--noite, e aos sábados, das 8h às 18h. Os documentos dos veículos são emitidos no local da vistoria nos mu-nicípios de Quatis, Man-garatiba, Pinheiral, Porto Real, Paraty, Guapimirim, Piraí, Duas Barras, Sumi-douro, Areal, São José do Vale do Rio Preto, Tanguá e Rio das Ostras.

Financiamento imobiliário com recursos da poupança

chegou a R$ 82,8 bi

O crédito imobiliário com recursos do Sis-

tema Brasileiro de Poupan-ça e Empréstimos (SBPE), que usa dinheiro da pou-pança, aumentou 3,6% em 2012, ao passar de R$ 79,9 bilhões para R$ 82,8 bi-lhões. O levantamento foi divulgado dia 23 pela As-sociação Brasileira das En-tidades de Crédito Imobili-ário e Poupança (Abecip). O percentual icou bem abaixo do registrado em 2011, quando o crescimen-to atingiu 42% na compa-ração com o ano anterior, e 65% entre 2009 e 2010. Segundo a associação, o mercado imobiliário no ano passado foi marcado pelo "aumento das vendas ao mutuário inal e pela di-minuição de lançamento", que caíram de 1.600 para 1.086 empreendimentos de 2011 para 2012. Com isso, os estoques icaram em queda, mas com recupe-ração das ofertas este ano, conforme a Abecip.

Do volume total, R$ 54,7 bilhões foram para inanciar a compra de imó-veis no ano passado, contra R$ 44,7 bilhões em 2011, o que representou alta de 22%. Para o inanciamen-to da construção, foram R$ 28,1 bilhões, ante R$ 35,2 bilhões em 2011. O núme-ro de unidades inanciadas caiu de 493 mil para 453 mil. O valor médio dos i-nanciamentos subiu de R$ 162 mil para R$ 183 mil.

Segundo a associação, a expectativa é expansão do crédito em 15% este ano, chegando aos R$ 95,2 bi-lhões. Para alcançar o bom desempenho, a entidade aposta no crescimento de emprego e renda, aumen-to de 10% no lançamento de imóveis, alta de 5% nas vendas, maior facilidade na obtenção de licenças com as prefeituras para cons-trução e recursos bancários para atender a demanda do crédito imobiliário. (Agên-cia Brasil)

Banco de Imagens

Page 5: Edição nº 144

5►29 de Janeiro a 04 de Fevereiro de 2013MERCADO & NEGÓCIOS

APO admite “indeinições” sobre fornecimentode energia no Rio

Apesar de garantir que não faltará energia

elétrica durante os Jo-gos Olímpicos de 2016, o presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO), Márcio Fortes, admitiu que ainda há indeinições sobre o fornecimento de energia elétrica na Bar-ra da Tijuca, zona oeste, que concentra a maioria das instalações do evento, como o Parque Olímpico. “As preocupações estão centradas na questão do fornecimento de energia para o Parque Olímpico da Barra. A Light [concessio-nária de energia elétrica] está estudando a matéria, pois não há necessidade de apenas uma linha, é preci-so também uma alternati-va, uma redundância, para uma eventual falha com a segunda linha disponível”, explicou o ministro. Ele ressaltou que ainda fal-ta decidir se os custos do fornecimento para suprir eventuais emergências vi-rão da iniciativa privada ou pelo governo.

Fortes participou nes-ta segunda-feira (28) do workshop sobre Planeja-mento do Setor de Energia para os Jogos Olímpicos de 2016, com palestras so-

bre a experiência de Lon-dres na preparação das Olimpíadas. “Energia não falta, temos termoelétri-cas, energia elétrica e nu-clear. Estamos decidindo agora é como fazer chegar essa linha de força até os locais de competição. É preciso criar mais uma li-nha e também uma subes-tação”. Outro ponto a ser deinido, segundo o presi-dente da APO, é a quanti-dade de energia que será necessária para os jogos e o que deverá atender às instalações permanentes. A três anos das Olimpía-das, Fortes disse que ain-da há tempo de deinir os responsáveis pelos custos, planejar e implementar as obras de infraestrutura que possibilitarão o forneci-mento de energia. Ele ga-rantiu que tudo está dentro do prazo.

A Autoridade Pública Olímpica é um consórcio público interfederativo for-mado pelo governo federal, do estado e prefeitura do Rio de Janeiro. Sua fun-ção é coordenar as ações governamentais para o pla-nejamento e entrega das obras e dos serviços neces-sários à realização dos Jo-gos. (Agência Brasil)

Prefeito Alexandre Cardoso quer professores “vencendo os desaios”Na primeira reunião

com diretoras e pro-fessores da rede municipal de ensino, nesta segunda- feira (28), o prefeito de Du-que de Caxias, Alexandre Cardoso, pediu a ajuda de todos em sua luta para ven-cer os desaios que tem pela frente para oferecer aos alu-nos “um ensino público de qualidade”. Acompanhado da secretária de Educação, Marluce Gomes da Silva, ele disse que determinou o início de obras em algumas das unidades que estão com problemas físicos. Lembrou ainda, que em algumas es-colas visitadas, encontrou os banheiros entupidos. A rede tem 174 unidades en-tre escolas do 1º ao 9º ano

e creches.Durante o encontro no

auditório da Secretaria, o prefeito explicou que en-tre os problemas detecta-dos logo no início de sua administração estava o pagamento dos salários de dezembro e da segun-da parcela do 13º salário.

Explicou que o salário do funcionalismo já está em dia e até o inal da semana a última parte do 13º será depositada na conta dos servidores. “Conheço a qualidade dos proissionais de educação de Duque de Caxias, são os melhores do estado. Vamos dar os pri-

meiros passos para que o município tenha uma edu-cação de referência no es-tado”, frisou.

O secretário municipal de Políticas de Segurança, coronel PM Mário Ser-gio de Brito Soares, que também esteve na reunião com os professores, disse que segurança e educação têm uma identidade muito grande. “Vamos desenvol-ver projetos identiicados pelo Ministério da Justiça. Não se trabalha uma edu-cação sem segurança. Va-mos trabalhar para que os serviços cheguem às esco-las” ressaltou o secretário, que pretende percorrer to-das as unidades para ava-liar os problemas.

SEPE anuncia assembleia para quinta-feira

Os proissionais da educação de Duque

de Caxias distribuiu nota denunciando “o desres-peito e descaso” que a categoria vem sofrendo, com salários atrasados,

falta de pagamento do 13º terceiro salário e adicio-nal de férias” e anuncian-do assembléia geral para o dia 31, a partir das 10h, no Clube dos Quinhen-tos. Segundo o Sindicato,

na assembleia anterior os proissionais aprovaram o estado de greve “assi-nalando ao governo sua insatisfação”. A entidade criticou também o anún-cio do prefeito Alexandre

Cardoso para contratação de professores temporá-rios. “Tal medida contra-ria uma bandeira de luta histórica do Sepe, que é o concurso público”, assi-nala a nota.

Reduc prejudica moradoresda Cidade dos Meninos

Os cerca de 4.000 mora-dores da antiga Funda-

ção Abrigo Cristo Redentor, na Cidade dos Meninos, estão vivendo dias difíceis. Segundo eles, a Reinaria Duque de Caxias (Reduc) não cumpriu uma das prin-cipais promessas acertadas em 2008 através de Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o Ministério Público Federal e a Petrobras, que é a pavimentação da Estrada de Camboaba, com extensão de 4 quilômetros.

O advogado Maurí-cio Guimarães Nascimento, que representa a comunida-de na ação civil pública, dis-se ao Capital em entrevista no último dia 24, que desde

o dia 19 a comunidade está sem transporte coletivo, sus-penso pela Viação União por falta de condições da estra-da, que foi totalmente toma-da pela lama em virtude das últimas chuvas. “A Reduc assumiu compromisso pe-rante a Justiça e até agora não cumpriu sua obrigação”, denunciou o advogado.

O Dr. Maurício, que as-sumiu mandato de vereador pelo PR no dia 1º de janeiro e a presidência da Comis-são de Transportes do Le-gislativo, é nascido e criado na região e, portanto, co-nhecedor dos problemas da região. Segundo ele, a partir de agora, o problema de-verá ter solução rápida. “O

Prefeito Alexandre Cardoso está acompanhando o as-sunto de perto e mobilizan-do o poder público como instituição, em especial jun-to à Petrobras”, acrescentou o advogado, que também preside, há oito anos, a Co-missão de Direitos Huma-nos da Ordem dos Advoga-dos do Brasil-Subseção de Duque de Caxias.

O problema da conta-minação de parte da área arrasta-se desde a década de 70, quando a fábrica de BHC que funcionava no local foi desativada pelo Ministério da Saúde e dei-xadas centenas de toneladas do inseticida no local. Com a pavimentação asfáltica

da Estrada de Camboaba, o Dr. Maurício acredita que o problema de contaminação será superado. “Isso pratica-mente põe im ao problema, pois o tráfego de veículos na estrada de terra provoca a circulação de muita poeira e afeta diretamente a saúde dos moradores, provocando muitas doenças respirató-rias”, assinalou.

O vereador disse ainda que, com relação às fortes chuvas de início do ano, 35 famílias icaram desabriga-das e estão sendo assistidas pela Secretaria de Assistên-cia Social e Direitos Huma-nos, recebendo todo o apoio do Poder Público até que sejam reassentadas.

Reprodução Internet

À esquerda, a Estrada de Camboaba intransitável. À direita, o prefeito Alexandre Cardoso no local

Justiça sequestra bens deex-prefeito e mais 24 pessoas

O ex-prefeito de Duque de Caxias, José Cami-

lo Zito (PP), teve seus bens sequestrados e contas ban-cárias bloqueadas no va-lor de R$ 707.490.805,32, em 17 de dezembro do ano passado, por decisão do juiz federal Osair Vic-tor de Oliveira Junior, da 1ª Vara Federal de Duque de Caxias. A Ação Civil Pública foi impetrada em conjunto pela Procurado-ria da República e o Mi-nistério Público Estadual. Na Ação Civil outros 24 acusados de improbidade administrativa - quatro de-les pessoas jurídicas - de participarem de um esque-ma de desvio de verbas da prefeitura que teria co-meçado em 2009, tiveram bens sequestrados e contas bloqueadas em um total de R$ 9.718.841.505,08. São valores que variaram entre R$ 63 milhões e R$

707 milhões, conforme o envolvimento de cada um. Em email enviado na tarde desta segunda-feira (28), a advogada Vânia Aieta co-munica que o ex-prefeito Zito concederá entrevista coletiva na tarde de quinta--feira (31) para manifestar--se sobre o assunto.

O dinheiro teria sido desviado do município através de repasses a duas Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips): Associação Mar-ca e Instituto de Gestão em Políticas Públicas (IGE-PP), também conhecida como Instituto Informare. A decisão do juiz foi man-tida em sigilo de justiça até o dia 7 de janeiro quando, depois de cumpridos to-dos os mandados de busca e apreensão - inclusive na casa do ex-prefeito - ele decidiu suspender o segre-do de justiça do processo.

Entre os réus está Tui Soares Meres, que, segun-do nota do Ministério Pú-blico Federal, já responde outro processo sob a acu-sação de envolvimento em um esquema de corrupção no governo Rosinha Garo-tinho (2003-2007) e por ter participado do desvio de verbas públicas dos cofres estaduais em favor do en-tão candidato a presidente da República Anthony Ga-rotinho. Meres, ainda se-gundo a nota, é procurado pela polícia do Rio Grande do Norte por ter controlado um esquema de corrupção parecido, em Natal.

Banco de Imagens

Page 6: Edição nº 144

6►29 de Janeiro a 04 de Fevereiro de 2013MERCADO & NEGÓCIOS

Atualidade

País

Internacional

INSS revisa cerca 2,3 de milhões de benefícios

Um total de 2,3 milhões de be-

nefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por in-capacidade ou pensões por morte (em decor-rência da incapacida-de) foram corrigidos. O reajuste ocorre após o instituto rever mais de 17,4 milhões de benefícios pagos entre 2002 e 2009, por causa de um acordo irmado em agosto de 2012 en-tre o INSS, o Ministé-rio Público Federal e o Sindicato Nacional dos Aposentados e Pensio-

nistas da Força Sindical, homologado pela Justiça Federal em São Paulo.

De acordo com o INSS, os números referem-se à quantidade de benefícios revisados e não de pesso-as com direito à revisão, já que um segurado pode ser titular de um ou mais benefícios sucessivos. Como exemplo, uma pes-soa que recebeu o auxílio--doença e, depois de um tempo, o benefício foi convertido em aposenta-doria por invalidez. Desta forma, há um novo bene-fício, mas trata-se do mes-mo segurado.

Revolta e comoção marcam enterros de vítimas da tragédia em Santa Maria

Mais de 100 enter-ros de vítimas do

incêndio na Boate Kiss foram realizados nesta segunda-feira (28) no Ce-mitério Ecumênico Muni-cipal de Santa Maria. Por todos os lados, o adeus foi marcado por revolta e comoção dos parentes e amigos. As histórias são quase sempre de jovens na faixa de 20 anos e es-tudantes da universidade federal e tinham ido se divertir na casa noturna mais badalada da cida-de. É difícil encontrar alguém em Santa Maria que não tenha perdido um amigo, parente ou co-nhecido na tragédia. Nos enterros, além de namo-

radas, mães, pais e irmãos inconformados, vizinhos e amigos demonstram per-plexidade com o episódio. Pai de duas ilhas com ida-des próximas às da maioria das vítimas, João Carlos Côvolo vai passar boa par-te do dia acompanhando enterros no cemitério mu-nicipal. Além da conster-nação, a maioria das pes-soas também se mostrava confusa com a profusão de boatos e notícias que cor-rem pela cidade - de que não havia extintores de incêndio funcionando na boate e que os seguranças impediram a saída das pes-soas por achar que se trata-va de uma tentativa de não pagar a conta. A presidenta

Dilma Roussef, que parti-cipava de encontro no Chi-le, retornou ao Brasil ainda no domingo (27) e visitou as vítimas que estão inter-nadas bem como familiares dos que perderam a vida.

O empresário Mauro Hoffmann, um dos proprie-tários da boate Kiss que estava foragido, se entre-gou à polícia na tarde des-ta segunda-feira. Além de Hoffmann, foram detidos outro sócio da Kiss Elis-sandro Sphor, conhecido como Kiko, o vocalista da banda Gurizada Fandan-gueira, Marcelo de Jesus dos Santos, e Luciano Bo-nila, montador do palco. A suspeita de que os donos da boate Kiss e os integrantes

da banda Gurizada Fandangueira adulte-raram provas levou a Polícia Civil a pedir a prisão dos quatro en-volvidos na tragédia. De acordo com a pro-motora Waleska Agos-tini, que se manifestou favorável às prisões, durante os depoimen-tos de testemunhas colhidos pelo polícia surgiram relatos de que os proprietários da casa, Elissandro Spohr e Mauro Ho-ffmann, teriam dado ordens para mexer nas imagens colhidas pe-las câmeras do circui-to interno e na caixa registradora.

Dilma assina acordos bilaterais com Chile em sua primeira viagem internacional de 2013

Ao desembarcar em Santiago para par-

ticipar da 1ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Ca-ribenhos (Celac) - União Europeia (EU), a presi-denta Dilma Rousseff deu início à sua primeira viagem internacional de 2013. Na capital chile-na, a presidenta também terá reuniões bilaterais com alguns presidentes, como seu colega chile-no Sebastián Piñera, a argentina Cristina Kirch-ner, o mexicano Enrique Peña Nieto, que tomou posse em dezembro pas-sado, e a chanceler alemã Angela Merkel. Às 8h30 dee sábado (26), durante café da manhã no Palá-

cio de La Moneda, Dilma e Piñera fazem uma revisão da agenda bilateral entre Brasil e Chile e assinam acordos nas áreas de cultu-ra, educação e cooperação cientíica na Antártica.

As trocas comerciais entre os dois países cresce-ram quase 50% entre 2006 e 2011, passando de US$ 6,78 bilhões para US$ 9,98 bilhões. O Brasil é o segun-do país com maior estoque de investimentos chilenos, na casa de US$ 12 bilhões. À tarde, a Celac discuti-rá com a União Europeia uma nova agenda de coo-peração inter-regional. De acordo com o Ministério de Relações Exteriores, será adotado, durante a cúpula, o Plano de Ação Celac-UE

para o biênio 2013-2014. Além da reunião entre che-fes de estado, também se-rão realizados encontros de acadêmicos, empresários e parlamentares das duas re-giões.

A Celac foi criada em fevereiro de 2010 no Mé-xico e oicializada em 2011 na Venezuela para inte-grar 33 países da América do Sul, América Central e Caribe. As trocas comer-ciais entre os países mem-bros da Celac e da UE fo-ram de US$ 278,1 bilhões em 2011, representando um crescimento de 31,5% em relação a 2007, quan-do eram de US$ 211,6 bi-lhões. Apesar do aumento, os países sul-americanos reclamam das barreiras co-

merciais impostas pe-los europeus aos seus produtos, o que tam-bém deve ser discutido na cúpula.

A data do retorno da presidenta ao Brasil ainda não está conir-mada. De acordo com a Presidência, o em-barque de volta poderá ser feito no sábado à noite ou no domingo pela manhã. Na segun-da-feira, às 18h, Dilma abre o Encontro Na-cional com Novos Pre-feitos e Prefeitas – Mu-nicípios Fortes, Brasil Sustentável, que deve receber cerca de 20 mil gestores municipais e assessores em Brasília. (Agência Brasil).

Recuperação da economiaaté meados de 2013

O presidente do Banco Central

Europeu (BCE), Ma-rio Draghi, prevê “uma recuperação da economia na segun-da metade de 2013”, depois de uma esta-bilização a um nível muito baixo na zona euro. O ano de “2012 foi um ano interessan-te, o do relançamen-to do euro", disse dia 25 Draghi, na cidade suíça de Davos, onde ocorre o Fórum Eco-

nômico Mundial. Draghi destacou que o desaio estratégico para este ano na zona euro será “supe-rar a fragmentação que ainda permanece nos mercados inanceiros e de capitais, que faz com que as empresas e famí-lias dos países europeus tenham diferentes condi-ções de inanciamento”.

- A recuperação ob-servada nos mercados inanceiros não se esten-deu, infelizmente, à eco-nomia real - disse.

Alarmante o número decasos de hanseníase

O Brasil é o se-gundo país do

mundo com maior número de casos de hanseníase, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Em 2011, o país registrou cerca de 34 mil novos casos da doença, nú-mero inferior apenas aos 127 mil casos na Índia, que tem uma população cinco ve-zes maior. Segundo o coordenador nacio-nal do Movimento de

Reintegração das Pesso-as Atingidas pela Han-seníase (Morhan), Artur Custódio, a situação do Brasil é alarmante, prin-cipalmente porque há muitos registros da doen-ça em crianças e adoles-centes com menos de 15 anos, totalizando 2.420 casos. De acordo com dados do Ministério da Saúde, em 2012 foram detectados quase 29 mil casos de hanseníase no país, dos quais 1.936 em menores de 15 anos.

Faetec oferece mais de 20 mil vagas em cursos de capacitação

na Baixada Fluminense

Termina no dia 30 de janeiro o prazo para

quem pretende concorrer a uma vaga nos cursos de capacitação proissional oferecidos pela Faetec (Fundação de Apoio à Escola Técnica), vincu-lada à Secretaria de Ci-ência e Tecnologia. Na Baixada Fluminense, são 23.470 vagas, todas gra-tuitas.

Em Duque de Caxias, a Faetec possui dez escolas. O Centro Vocacional Tecnológi-co (CVT) Itatiaia, por exemplo, promove for-mação especíica na área de Solda. O CVT Parque Muísa é voltado para a

Construção Civil. Além desses, as demais unida-des oferecem um leque de opções para quem dese-ja se proissionalizar. São capacitações em Beleza, Automação Industrial, Po-límeros e outras. O Centro de Educação Tecnológica e Proissionalizante (Ce-tep) Nilópolis lidera a lista, tendo a maior oferta: 1.902 oportunidades. Só para In-formática são 804. Em se-guida, está o Cetep Xerém, com 1.585.

O destaque dessa pri-meira rodada são os cur-sos com foco nos setores estratégicos para atender os grandes eventos inter-nacionais que o Rio irá se-

diar, como a Jornada Mun-dial da Juventude, em julho deste ano, a Copa do Mun-do de 2014 e as Olimpía-das de 2016. Os cursos de Idiomas e na área de Hos-pitalidade e Lazer somam 5.418 vagas na Baixada Fluminense.

O secretário de Ciên-cia e Tecnologia, Gustavo Tutuca, destaca a atenção do Estado em formar pro-issionais para atender as demandas da sociedade e da economia Fluminense. “Com o desenvolvimen-to econômico do Rio de Janeiro, é cada vez mais urgente oferecer oportu-nidades que acompanhem esse crescimento. A Faetec,

mais uma vez, cum-pre seu papel trazendo essas oportunidades para a população”, ex-plicou o secretário.

Para se candidatar é preciso que o can-didato tenha, no míni-mo, 15 anos e Ensino Fundamental comple-to. As vagas serão dis-tribuídas mediante sorteio, organizado pela Fundação, no dia 1º de fevereiro. Desta vez, os interessados poderão escolher até três cursos diferentes por CPF. As inscri-ções podem ser feitas através do site www.faetec.rj.gov.br.

Page 7: Edição nº 144

7►29 de Janeiro a 04 de Fevereiro de 2013MERCADO & NEGÓCIOS

Anuncie! Ligue: 21 2671-6611

Inea diz que já investiu R$ 13 milhões em Xerém

O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) já

investiu cerca de R$ 13 milhões em obras emer-genciais nas bacias dos rios Capivari e Saracuruna, em Xerém, distrito de Duque de Caxias, na Baixada Flu-minense, os mais afetados pela tempestade que atin-giu severamente a locali-dade no dia 3 de janeiro. A presidente do Inea, Marile-ne Ramos, esteve na região vistoriando os trabalhos,

acompanhada pelo secre-tário de Defesa Civil do município, tenente-coronel Marcelo Silva Costa, e por engenheiros e de técnicos da Diretoria de Recupera-ção Ambiental do Inea. De-pois de percorrer os trechos mais afetados do Rio Capiva-ri considerou que o ritmo das intervenções está dentro do esperado. “Nesse momento a prioridade é a desocupação das margens dos rios. A ocu-pação desordenada é uma das

principais causas de assorea-mento e, consequentemente, das cheias nos períodos de chuvas intensas”. airmou Marilene.

Além da limpeza dos leitos dos rios, as obras emergenciais incluem en-tre as principais medidas a demolição de 65 casas situadas às margens do Rio Capivari. As intervenções incluem ainda o resgate de animais e ações de educa-ção ambiental, realizadas

por agentes do Inea com apoio de voluntários. Atu-almente, o instituto dispõe de uma equipe de aproxi-madamente 200 pessoas no local, entre terceirizados e pessoal próprio, com oito escavadeiras hidráulicas, quatro retroescavadeiras e 35 caminhões na execução. Desde a tempestade do iní-cio do mês, foram retirados cerca de 50 mil metros cú-bicos de material assorea-do dos leitos dos rios.

Moradores de Xerém visitam imóveis oferecidos pela Prefeitura

O prefeito de Duque de Caxias, Alexandre Cardo-so, acompanhou na manhã de domingo (27), a visita de cerca de 100 morado-res do quarto distrito que perderam seus imóveis no temporal do dia 3, ao condomínio Bolzano, no bairro Nossa Senhora do Carmo. O objetivo era que estas pessoas conhecessem o local e vissem como uma opção de moradia imediata oferecida pela Prefeitura. O condomínio faz parte do projeto do governo federal Minha casa, Minha vida. Segundo o prefeito, nin-guém está obrigado a acei-tar a proposta da Prefeitu-ra. “A nossa proposta é que

estas pessoas conheçam o projeto e avaliem se têm interesse em adquirir um dos apartamentos que fo-ram disponibilizados pelo governo federal para aque-les que perderam suas ca-sas no temporal”, explicou.

O prefeito, que estava

acompanhado do gerente da agência da Caixa Eco-nômica Federal (CEF), Marcos Paiva e dos enge-nheiros Flávio Gonçalves e Anderson Oliveira, respon-sáveis pela obra, disse que os idosos terão prioridade na aquisição dos imóveis

térreos e que dois por cen-to dos apartamentos são adaptados para deicientes físicos. Os apartamentos, localizados na Estrada do Calundu, no bairro Nossa Senhora do Carmo, segun-do distrito, têm dois quar-tos, sala, cozinha, banhei-ro, possui área de lazer e estacionamento. O condo-mínio será entregue dentro de dois meses. Os desabri-gados que foram cadastra-dos pelas secretarias munici-pais de Assistência Social e de Defesa Civil, que não ti-verem renda, irão pagar uma prestação no valor de R$ 25. Para quem tem vencimen-tos, ira desembolsar cinco por cento de sua renda.

George Fant/PMDC

Buraco no centro de Caxias põe motoristas e pedestres em risco

Moradores entraram em contato com a

redação do Capital para de-nunciar a demora da Secre-taria Municipal de Obras para o fechamento de um buraco na pavimentação da Rua Emília Nunes Costa, antiga Rua Flávia, no cen-tro. Segundo eles, o pro-blema vem desde o início do mês e, apesar de várias reclamações feitas, o servi-ço ainda não foi providen-ciado.

A preocupação dos mo-radores é grande uma vez

que em frente ao buraco, no número 344, funciona o Educandário Santa Helena, cujas aulas retornarão nos próximos dias e o movi-mento de crianças vai au-mentar consideravelmente. Procurada, a Secretaria de Comunicação da Prefeitura informou que a Secretaria de Obras está seguindo um cronograma da operação tapa-buracos. Disse que ainda que o problema já foi identiicado pelo órgão e que “o reparo será realiza-do em breve”.

Foto do leitor

Blitz do Estado apreende animais silvestres em

feira de Duque de Caxias

Dezenas de animais silvestres - como pás-

saros canários, curiós e coleiros, além de jabutis e saguis - foram apreendidos e nove pessoas acabaram detidas em blitz realizada domingo (27) no centro de Duque de Caxias, onde funciona a tradicional “fei-ra de domingo”. A opera-ção marcou o início de is-calização permanente a ser realizada na feira por poli-ciais do CPAm (Comando de Polícia Ambiental) para reprimir o tráico de espé-cies da vida selvagem. As nove pessoas detidas foram encaminhadas para a Dele-gacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), para responder por crime am-biental, e terão que pagar multa de R$ 500 por cada espécie aprendida.

A blitz foi uma ação

conjunta de agentes da Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca; órgão da Secretaria de Estado do Ambiente), do Institu-to Estadual do Ambiente (Inea), do CPAm (Coman-do de Policia Ambiental) e da DPMA ( Delegacia de Proteção ao Meio Ambien-te). Para o secretário do Ambiente, Carlos Minc, é importante modiicar a Lei de Crimes Ambientais. “As penas têm que ser mais du-ras. Se não endurecermos a legislação, a repressão a esse tipo de crime conti-nuará sendo como enxugar gelo”, explicou. Policiais militares do CPAm farão operação rotineira de com-bate a uma das mais anti-gas feiras do Rio de Janeiro de venda ilegal de animais silvestres.

Pimpolhos da Grande Rio ensina técnicas de reciclagem

Inovação e conscientiza-ção ambiental são pala-

vras que ditam a cadência do samba na agremiação mirim Pimpolhos da Gran-de Rio. Para a escola mi-rim de Duque de Caxias, a questão ambiental é sempre uma preocupação, tanto na preparação das fantasias e adereços quanto na cons-cientização das crianças que integram o grupo. A vocação da escola para a

preservação ambiental foi aproveitada nesta segunda--feira (28) pela Secretaria Estadual do Ambiente para capacitar alunos de seu pro-jeto Ecomoda, que ensina a moradores de comunidades carentes técnicas de corte e costura com foco na reutili-zação de materiais.

- Dentro do processo de desenvolvimento artísti-co, técnico e social, damos muita importância ao rea-

proveitamento de materiais. O carnaval e a moda podem ser grandes ferramentas para a criação da consciên-cia ambiental - disse Leila Diniz, integrante da direção artística da escola de samba mirim. O Ecomoda chegou ao Rio de Janeiro no ano passado, tendo a primeira unidade implantada na co-munidade da Mangueira, na zona norte. O projeto está em sua segunda turma des-

de que foi implantado em outubro do ano passado.

- Eu já tinha feito curso de modelagem e a profes-sora explicou que tínhamos de buscar novos horizontes. Neste curso mesmo, iquei sabendo sobre o projeto do Ecomoda. Fui procurar, me informar e me interessei por desenho de moda - dis-se a aluna Angélica Santos da Silva, moradora de São João de Meriti.

Page 8: Edição nº 144

8 ►29 de Janeiro a 04 de Fevereiro de 2013MERCADO & NEGÓCIOS

Anuncie!Ligue:

21 2671-6611

Produção de arroz, feijãoe trigo ica estagnada

As lavouras brasileiras de soja e de milho

têm registrado avanços sucessivos de produtivi-dade, a ponto de gerar ex-cedentes para exportações equivalentes a US$ 26,11 bilhões e a US$ 5,29 bi-lhões, respectivamente, no ano passado, em decor-rência, principalmente, da queda de safra nos Estados Unidos. De acordo com o chefe de Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura, Pecuá-ria e Abastecimento, José Garcia Gasques, chama a atenção, porém, o fato de os preços internacionais privilegiarem produtos usados, em grande parte, como ração animal e na fabricação do etanol, em detrimento de produtos exclusivos para consumo humano como arroz, tri-go e feijão, cujas culturas estão praticamente estag-nadas. Segundo Gasques, o consumo de soja e de milho aumentou muito no mercado internacional, por causa de outras desti-nações, além do consumo humano, o que explica os preços elevados, e isso estimula os produtores ru-rais a expandir as áreas de plantio, ante a perspectiva de obter maiores ganhos.

O mesmo não ocorre em relação ao arroz, fei-jão e trigo, que têm pre-ços mais deprimidos no

mercado mundial, embora haja carência de alimentos em algumas regiões como a África, Ásia e mesmo a América Latina. Para José Garcia Gasques, o Brasil, entretanto, se posiciona como um caso à parte, em virtude de ainda dispor de áreas agricultáveis a serem exploradas, além dos ga-nhos de produtividade nas lavouras em geral, embora exista limitação na ques-tão climática do Nordeste. Ele lembra, no entanto, que a produção nacional de arroz e feijão dá ape-

nas para garantir o abas-tecimento doméstico, en-quanto a colheita de trigo não atende à metade das necessidades de consumo interno, em torno de 10,5 milhões de toneladas/ano. Esse déicit causou preju-ízo de US$ 1,832 bilhão ao país no ano passado, com importações de 5,740 milhões de toneladas do produto ao preço médio de US$ 319 por tonelada.

Gasques defende uma política “mais direcionada para o trigo”, com inves-timentos também no Cer-

rado, além da Região Sul, com o objetivo de equili-brar abastecimento interno e consumo. No seu enten-der, o abastecimento será mais difícil neste ano, pois a produção nacional deve cair para 4,48 milhões de toneladas, segundo cál-culos da Companhia Na-cional de Abastecimento (Conab). Será a safra mais baixa dos últimos cinco anos, devido à falta de chuvas na época do plan-tio, nos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. (Agência Brasil)

Banco de Imagens

O feijão, assim como o arroz e o trigo, teve o preço deprimido no mercado mundial

Estado decide tombar prédio do antigo Museu do Índio

O Governo do Rio de Janeiro decidiu pre-

servar o prédio do antigo Museu do Índio, no Ma-racanã. O Estado ouviu as considerações da sociedade a respeito do prédio histó-rico, datado de 1862, ana-lisou estudos de dispersão do estádio e concluiu que é possível manter o pré-dio no local. O governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes vão agora to-mar a iniciativa de fazer o tombamento do imóvel. A informação foram divulga-das pela Subsecretaria de Comunicação do Governo do Estado na tarde desta segunda-feira (28).

Segundo a nota, o go-verno do Estado está to-mando as devidas provi-dências para que o local

seja desocupado dos seus invasores. Lembrou que comprou o imóvel em 2012 da Conab, compos-to por esse e outros pré-dios, pelo preço de R$ 60 milhões. O Ministério da Agricultura já está deso-cupando os demais pré-dios existentes no local, que serão demolidos para garantir o luxo de pessoas no entorno do estádio.

O restauro do prédio do antigo Museu do Ín-dio icará a cargo do con-cessionário vencedor da licitação do Complexo do Maracanã, cujo edital sai-rá em fevereiro. O destino do prédio, após o tomba-mento, será discutido con-juntamente entre o Gover-no do Estado e a Prefeitura do Rio de Janeiro.

Banco de Imagens

Criação de empregos formais em 2012 foi a pior

dos últimos três anos

A criação de empregos em 2012 foi a pior em

três anos, com a geração de 1.301.842 milhão de postos formais (com car-teira assinada). Em 2011, foram criadas 1,94 milhão de vagas. Antes de 2012, o pior desempenho foi re-gistrado em 2009, ano da crise inanceira internacio-nal, quando foram abertas 1.397.844 milhão de vagas. Os dados são referentes à série histórica ajustada do Cadastro Geral de Empre-go e Desemprego (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), divulgada hoje dia 25.

O salário médio dos tra-balhadores brasileiros em 2012, em contraponto, foi 4,69% mais alto do que em 2011. Em média, no ano passado, os salários chega-ram a R$ 1.011,77, no ano anterior, os rendimentos somavam R$ 966,45. "Os números do Caged não são absolutos, não contabili-zam os empregos temporá-rios, por exemplo, que são expressivos. Essa queda na geração de empregos formais decorre dos efei-tos da crise inanceira in-ternacional, que gerou um desaquecimento no mundo inteiro. O Brasil, mesmo

assim, conseguiu responder aos efeitos gerando um sal-do positivo. Ainda que não como nos anos anteriores, atendemos ao crescimento da População Economica-mente Ativa (PEA)", expli-cou o ministro do Trabalho, Brizola Neto. Segundo ele, a geração de empregos de-verá ser retomada em 2013, com a criação média anual de 2 milhões de postos, fa-vorecida por desonerações no setor de energia e das folhas de pagamentos, por isenções de impostos e pela queda da taxa de juros.

Dos empregos gerados no ano passado, a maio-ria foi no setor de serviços (666,1 mil), seguido pelo comércio (372,3 mil) e pela construção civil (149,2 mil). Em contraponto, os setores em que houve me-nos abertura de vagas foram o da administração pública (1,4 mil), o da agropecuária (4,9 mil) e a dos serviços in-dustriais (10,2 mil). "Com a proximidade dos grandes eventos internacionais, es-peramos mais crescimento ainda dos serviços. A supe-ração da crise internacional também deverá melhorar o desempenho da indústria", informou o ministro Brizola Neto. (Agência Brasil)