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CONSÓRCIO ENER-REDE COUTO MAGALHÃES REDE COUTO MAGALHÃES ENERGIA S.A. ENERCOUTO S.A. V. III-6 4.2) Ecossistemas Terrestres 4.2.1) FLORA A porção superior da bacia hidrográfica do Alto rio Araguaia situa-se no Planalto Central Brasileiro, que tem sua maior parte ocupada pela província fitogeográfica do Cerrado, a segunda maior e mais ameaçada do País (Batalha, 2001). A grande diversidade de plantas encontrada no Cerrado está intimamente relacionada aos processos de expansão e retração do bioma durante o Quarternário e o contato com outros biomas, principalmente Amazônico, Floresta Atlântica e Caatinga (Ribeiro & Walter, 1998). Neste processo, as florestas ribeirinhas desempenham papel chave para a mistura de elementos destes biomas (Oliveira Filho & Ratter, 1995). O clima, nesse bioma, caracteriza-se pela presença de invernos secos e verões chuvosos, tipo Aw (tropical chuvoso), segundo a classificação de Köppen. A precipitação média anual é de 1.500mm e a temperatura média do mês mais frio é superior a 18ºC. A extensa distribuição em latitude e altitude confere uma diversificação térmica muito grande (Ribeiro & Walter, 1998). A complexidade do mosaico de fitofisionomias encontrada no Cerrado é resposta principalmente às particularidades topográficas e edáficas, incluindo além das características físico-químicas, a dinâmica do lençol freático e o grau de encharcamento do solo (Beard, 1953; Oliveira Filho et al. 1989), existindo transições graduais, como as Campestres e Savânicas, e abruptas, como os limites dos Campos Úmidos. Portanto, no Domínio do Cerrado há diversos tipos de solos, muitas vezes associados às várias fitofisionomias. Sobre latossolos geralmente ocorrem fisionomias florestais, enquanto formações campestres podem estar relacionadas a solos litólicos. Outros tipos bastantes frequentes são as areias quartzozas, os podzólicos, plintossolos e cambissolos (Reatto et al., 1998). Formações Florestais, Savânicas e Campestres são englobadas nas diversas fisionomias que a vegetação do bioma Cerrado apresenta. Florestas têm predominância no estrato arbóreo, apresentando um dossel contínuo ou descontínuo. Árvores e arbustos, espalhados sobre um estrato herbáceo bem desenvolvido, caracterizam formações savânicas, onde não há um dossel contínuo. O termo Campo designa áreas com dominância de espécies herbáceas e algumas arbustivas, com pouca ou nenhuma árvore (Ribeiro & Walter, 1998). Os onze tipos fitofisionômicos gerais são brevemente caracterizados a seguir, de acordo com Ribeiro & Walter (1998). Dentre as formações florestais encontram-se quatro fisionomias: Matas ciliares. Acompanham rios de maior porte, numa faixa relativamente estreita, e não formam galerias. As árvores são predominantemente eretas, com 20 a 25m de altura, espécies caducifólias entremeadas por algumas sempre-verdes, conferindo um aspecto semidecíduo. Sua transição para outras fisionomias florestais nem sempre é evidente. Algumas espécies arbóreas frequentes são Anadenanthera spp., Apeiba tibourbou, Aspidosperma spp., Celtis iguanaea, Enterolobium contortisiliquum, Inga spp., Myracrondruon urundeuva, Sterculia striata, Tabebuia spp., Trema micrantha, Triplaris gardneriana. Matas de galeria. Situam-se às margens de rios de pequeno porte, formando corredores fechados sobre eles. Essa fisionomia é perenifólia, quase sempre circundada por faixas de vegetação não florestal. O estrato arbóreo apresenta altura média de 25m, proporcionando uma cobertura de 70 a 95%, permitindo a manutenção, em seu interior, de uma alta umidade relativa

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4.2) Ecossistemas Terrestres 4.2.1) FLORA A porção superior da bacia hidrográfica do Alto rio Araguaia situa-se no Planalto Central Brasileiro, que tem sua maior parte ocupada pela província fitogeográfica do Cerrado, a segunda maior e mais ameaçada do País (Batalha, 2001). A grande diversidade de plantas encontrada no Cerrado está intimamente relacionada aos processos de expansão e retração do bioma durante o Quarternário e o contato com outros biomas, principalmente Amazônico, Floresta Atlântica e Caatinga (Ribeiro & Walter, 1998). Neste processo, as florestas ribeirinhas desempenham papel chave para a mistura de elementos destes biomas (Oliveira Filho & Ratter, 1995). O clima, nesse bioma, caracteriza-se pela presença de invernos secos e verões chuvosos, tipo Aw (tropical chuvoso), segundo a classificação de Köppen. A precipitação média anual é de 1.500mm e a temperatura média do mês mais frio é superior a 18ºC. A extensa distribuição em latitude e altitude confere uma diversificação térmica muito grande (Ribeiro & Walter, 1998). A complexidade do mosaico de fitofisionomias encontrada no Cerrado é resposta principalmente às particularidades topográficas e edáficas, incluindo além das características físico-químicas, a dinâmica do lençol freático e o grau de encharcamento do solo (Beard, 1953; Oliveira Filho et al. 1989), existindo transições graduais, como as Campestres e Savânicas, e abruptas, como os limites dos Campos Úmidos. Portanto, no Domínio do Cerrado há diversos tipos de solos, muitas vezes associados às várias fitofisionomias. Sobre latossolos geralmente ocorrem fisionomias florestais, enquanto formações campestres podem estar relacionadas a solos litólicos. Outros tipos bastantes frequentes são as areias quartzozas, os podzólicos, plintossolos e cambissolos (Reatto et al., 1998). Formações Florestais, Savânicas e Campestres são englobadas nas diversas fisionomias que a vegetação do bioma Cerrado apresenta. Florestas têm predominância no estrato arbóreo, apresentando um dossel contínuo ou descontínuo. Árvores e arbustos, espalhados sobre um estrato herbáceo bem desenvolvido, caracterizam formações savânicas, onde não há um dossel contínuo. O termo Campo designa áreas com dominância de espécies herbáceas e algumas arbustivas, com pouca ou nenhuma árvore (Ribeiro & Walter, 1998). Os onze tipos fitofisionômicos gerais são brevemente caracterizados a seguir, de acordo com Ribeiro & Walter (1998). Dentre as formações florestais encontram-se quatro fisionomias: Matas ciliares. Acompanham rios de maior porte, numa faixa relativamente estreita, e não formam galerias. As árvores são predominantemente eretas, com 20 a 25m de altura, espécies caducifólias entremeadas por algumas sempre-verdes, conferindo um aspecto semidecíduo. Sua transição para outras fisionomias florestais nem sempre é evidente. Algumas espécies arbóreas frequentes são Anadenanthera spp., Apeiba tibourbou, Aspidosperma spp., Celtis iguanaea, Enterolobium contortisiliquum, Inga spp., Myracrondruon urundeuva, Sterculia striata, Tabebuia spp., Trema micrantha, Triplaris gardneriana. Matas de galeria. Situam-se às margens de rios de pequeno porte, formando corredores fechados sobre eles. Essa fisionomia é perenifólia, quase sempre circundada por faixas de vegetação não florestal. O estrato arbóreo apresenta altura média de 25m, proporcionando uma cobertura de 70 a 95%, permitindo a manutenção, em seu interior, de uma alta umidade relativa

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durante o ano todo. A composição florística, a topografia, variação na altura do lençol freático, entre outros fatores, caracterizam dois subtipos: a Mata de Galeria não-Inundável e a Inundável. Na primeira, destacam-se as espécies Aspidosperma spp., Nectandra spp., Ocotea spp., Apuleia leiocarpa, Copaifera langsdorffii, Hymenaea courbaril, Gomidesia lindeniana, Myrcia spp, Alibertia spp, Amaioua spp., Ixora spp., Bauhinia rufa, Cariniana rubra, Guarea guidonea e G. kunthiana, Vochysia tucanorum, Xylopia sericea. Na Mata Inundável, as espécies típicas são Protium spp., Calophyllum brasiliense, Clusia spp., Richeria grandis, Talauma ovata, Miconia spp., Tibouchina spp., Piper spp., Coccocypselum guianense, Ferdinandusa speciosa, Palicourea spp., Posoqueria latifolia, Cedrela odorata, Croton urucurana, Dendropanax cuneatum, Euterpe edulis, Guarea macrophylla, Mauritia flexuosa, Prunus spp., Virola urbaniana, Xylopia emarginata. Espécies indiferentes aos níveis de inundação do solo ocorrem em ambas: Protium heptaphyllum, Psychotria carthagenensis, Schefflera morototoni, Styrax camporum, Symplocos nitens, Tapirira guianenis e Virola sebifera. Mata seca (ou Floresta Estacional, segundo Batalha, 2001). Inclui formações com diversos níveis de caducifolia. Não possui associação com cursos d’água e, sim, com os solos mais férteis dos interflúvios. A altura das árvores varia entre 15 e 25m, e suas copas proporcionam coberturas de até 95%, caindo para menos de 50% durante a seca. Amburana cearensis, Anadenanthera colubrina, Cariniana estrellensis, Cassia ferruginea, Cedrela fissilis, Centrolobium tomentosum, Dilodendron bippinatum, Guazuma ulmifolia, Jacaranda caroba, Lonchocarpus sericeus, Myracrodruon urundeva, Tabebuia spp., Terminalia spp. e Zanthoxylum rhoifolium são algumas das espécies frequentes de árvores. Cerradão. Possui fisionomia florestal e composição florística similar à do cerrado sentido restrito. Apresenta aspectos xeromórficos, cobertura arbórea entre 50 e 90%, e altura das árvores de 8 a 15m. Os solos em sua maioria são latossolos profundos, bem drenados, com fertilidade média a baixa, ligeiramente ácidos. As espécies arbóreas mais frequentes, de modo geral, também podem ser encontradas em outras formações florestais ou savânicas: Callisthene fasciculata, Caryocar brasiliense, Copaifera langsdorffii, Emmotum nitens, Hirtella glandulosa, Lafoensia pacari, Magonia pubescens, Siphoneugenia densiflora, Vochysia haenkeana, Xylopia aromatica. Ainda segundo Ribeiro & Walter (1998), há também quatro fisionomias de formações savânicas: Cerrado sentido restrito. Apresenta árvores baixas e tortuosas, arbustos e subarbustos espalhados, de rápido crescimento, exuberantes na época das chuvas. Geralmente, os caules são suberosos, as gemas apicais são protegidas por densa pilosidade, e as folhas são rígidas e coriáceas. Algumas espécies apresentam órgãos subterrâneos perenes (xilopódios). Essa vegetação ocorre sobre solos bem drenados, porém forte ou moderadamente ácidos, carentes de nutrientes e, frequentemente, com altas taxas de alumínio. Podem ser latossolos (mais comum), cambissolos, areias quartzozas, litossolos, entre outros. Algumas das espécies arbóreas de maior ocorrência são: Annona crassiflora, Bowdichia virgilioides, Byrsonima coccolobifolia, B. verbascifolia, Caryocar brasiliense, Connarus suberosus, Curatella americana, Dimorphandra mollis, Erythroxylum suberosum, Hancornia speciosa, Hymenaea stignocarpa, Kielmeyera coriacea, Machaerium acutifolium, Pouteria ramiflora, Qualea grandiflora, Q. multiflora, Q. parviflora, Roupala montana, Tabebuia aurea, T. ochracea, Tocoyena formosa. De hábito arbustivo, podem ser citadas Casearia sylvestris, Davilla elliptica, Duguetia furfuracea, Manihot spp., Parinari obtusifolia, Protium ovatum, Syagrus flexuosa, S. patraea e Vellozia squamata, dentre as de maior frequência. A fisionomia do cerrado sentido restrito pode ainda ser subdividida, de acordo com a densidade de indivíduos lenhosos, em cerrado denso, típico e ralo, e cerrado rupestre, de acordo com características do substrato, nesse caso, rochoso. No cerrado denso predomina o estrato arbóreo, com alturas entre 5 a 8m, e cobertura de 50 a 70%. O cerrado típico tem altura média de 3 a 6m, com predomínio de vegetação arbóreo-arbustiva e cobertura entre 20 e 50%. No

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cerrado ralo também predomina o estrato arbóreo-arbustivo, porém com 2 a 3m de altura média e cobertura de 5 a 20%. A composição florística do cerrado ralo é semelhante às outras, mas há diferenças estruturais devido aos solos rasos, pobres e ácidos. Sua vegetação arbóreo-arbustiva apresenta alturas de 2 a 4m e cobertura entre 5 a 20%. O estrato arbustivo-herbáceo também é destacado. Ocorre geralmente em mosaicos. Parque de cerrado. Caracterizado pelo agrupamento de árvores em pequenas elevações convexas do terreno, algumas vezes imperceptíveis, chamadas “murundus”, cuja origem parece estar associada aos cupinzeiros. Nessas elevações, os solos hidromórficos têm uma melhor drenagem. O estrato arbóreo de 3 a 6m de altura proporciona uma cobertura de 5 a 20%. A flora é similar à do cerrado sentido restrito, entretanto as espécies devem ser aquelas com maior tolerância à saturação hídrica. As arbóreas mais comuns são: Alibertia edulis, Andira cuyabensis, Caryocar brasiliense, Curatella americana, Dipteryx alata, Eriotheca gracilipes, Maprounea guianensis, Qualea grandiflora e Q. parviflora. Palmeiral. Praticamente não apresenta árvores dicotiledôneas, mas dominância marcante de uma única espécie de palmeira. Conforme a espécie, os subtipos de palmeirais podem variar. Os substratos comumente são bem drenados, mas essa fitofisionomia pode formar galerias ao longo das linhas de drenagem em terrenos saturados. No primeiro caso, a espécie dominante pode ser Acrocomia aculeata (Macaubal) ou Syagrus oleracea (Guerobal), quando não há dossel ou esse é descontínuo, e Attalea speciosa (Babaçual) quando o dossel é contínuo. Em solos mal drenados, os palmeirais são quase sempre dominados por Mauritia flexuosa, caracterizando o Buritizal, com dossel contínuo ou não e sem associação de um estrato arbustivo-herbáceo. Vereda. Ocorre condicionada ao afloramento do lençol freático, portanto sobre solos hidromórficos. Circundada por campo limpo, não apresenta formação de dossel. A espécie dominante é sempre Mauritia flexuosa, entremeada aos agrupamentos de espécie arbustivo-herbáceas. O último tipo de formação, campestre, apresenta três fitofisionomias (Ribeiro & Walter, 1998). Campo sujo. É composto exclusivamente pelo estrato herbáceo-arbustivo, com ocorrências esparsas de arbustos e subarbustos, muitas vezes de espécies arbóreas que apresentam menor desenvolvimento. Apoia-se sobre solos rasos ou profundos com baixa fertilidade. Dependendo da profundidade do lençol freático pode ser definido como: campo sujo seco, quando profundo; campo sujo úmido, quando o lençol é alto; campo sujo com murundus, quando há microrelevos mais elevados. As famílias mais representativas são Poaceae – a qual pertencem os gêneros Aristida, Axonopus, Echinolaeana, Ichnanthus, Panicum e Tristachya – e Cyperaceae – gêneros Bulbostylis e Rhyncosphora. Outros gêneros comuns são Andira, Baccharis, Crumenaria, Diplusodon, Eryngium, Hyptis, Mimosa, Syagrus, Vernonia. Campo rupestre. Em geral ocorre em altitudes superiores a 900m, com grande amplitude térmica diária e ventos constantes. Ocupa trechos de afloramentos rochosos, onde solos litólicos, ácidos e pobres permanecem em frestas ou formam depósitos arenosos em locais mais baixos e a disponibilidade de água é restrita, devido ao rápido escoamento superficial e pequena infiltração. A vegetação é predominantemente herbáceo-arbustiva, com arvoretas de 2m eventuais. A composição florística pode variar bruscamente em um curto espaço, dependendo do substrato (mais ou menos profundo, ou fértil, ou maior ou menor disponibilidade de água). Vellozia (Velloziaceae) é um gênero que pode ser considerado bom indicador dessa fisionomia. Alguns gêneros de Asteraceae, Bromeliaceae, Cactaceae, Cyperaceae, Iridaceae, Fabaceae, Myrtaceae, Orchidaceae, Poaceae, Rubiaceae, entre outras, compõem a flora do campo rupestre.

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Campo limpo. Apesar de ser encontrado em diversas altitudes, solos, posições topográficas, disponibilidades hídricas, entre outros fatores, ocorre mais frequentemente em encostas, chapadas, olhos d’água, circundando veredas e matas de galeria, sobre solos litólicos. Quando sobre planícies fluviais, é chamado também de várzea, campo de várzea, ou brejo. Caracteriza-se pelo predomínio de vegetação herbácea, com arbustos esparsos e ausência completa de árvores. Da mesma forma que o campo sujo, pode ser seco, úmido, com murundus. Algumas famílias que compõem a flora são: Burmanniaceae, Cyperaceae, Droseraceae, Iridaceae, Lentibulariaceae, Lythraceae, Orchidaceae e Poaceae; muitas com espécies que também ocorrem no campo sujo. Alguns autores consideram também o campo cerrado como fisionomia do bioma Cerrado (Coutinho, 1978; Veloso et al., 1991). Trata-se de uma formação intermediária ao cerrado sentido restrito e campo sujo, pois apresenta predomínio do estrato herbáceo-arbustivo; porém apresenta indivíduos arbóreos não tão frequentes como no cerrado sentido restrito e nem tão esparsos como no campo sujo. Sua flora também é muito semelhante à das duas fisionomias (cerrado sentido restrito e campo sujo). Na região de estudo, existem poucos trabalhos caracterizando em detalhe a vegetação. Estudos no Parque Nacional das Emas se limitam a florística (Batalha & Martins, 2002) e algumas caracterizações fisionômicas na área do Corredor Cerrado-Pantanal (Batalha, 2001). A falta de parâmetros comparativos locais ou regionais faz com que levantamentos na área de estudo sejam de grande importância. Caracterização Regional A região do Alto Araguaia é caracterizada por terras altas, rodeadas por chapadas, onde se localizam as nascentes do rio Araguaia, um importante divisor de águas das bacias Amazônica, Paraná e Paraguai. Nesta região pode-se identificar dois grandes ambientes, o do topo das chapadas e o dos terrenos mais baixos. Nos terrenos mais baixos, os solos arenosos são predominantes, principalmente as Areias Quartzozas. As declividades são acentuadas e os terrenos são ondulados a levemente ondulados. A área, tradicionalmente utilizada para formação de pastagens, teve grande parte do Cerrado erradicada, ocorrendo atualmente grandes extensões de vegetação secundária. Pela falta de estudos nesta região, pouco se conhece sobre sua constituição vegetacional. Sabe-se que toda área do alto rio Araguaia encontra-se na região nuclear de cerrado, podendo ser influenciada pela flora tanto amazônica como a da mata atlântica e do pantanal. Como os estudos nas áreas de influência caracterizam de forma mais sistemática a cobertura vegetal dos terrenos mais baixos, no contexto regional são apresentadas de forma mais aprofundada as áreas de topo de chapada, exemplificados pelo Parque Nacional das Emas. O Parque Nacional das Emas está localizado na bacia do rio Paraná, ao sul das áreas de influência deste estudo. Ramos-Neto (2000) identificou quatro unidades de paisagem na região do PNE, determinadas por características físicas, biológicas e de uso das terras, cabe destacar neste estudo, a unidade do Rio Araguaia, que está relacionada às cabeceiras do rio Araguaia, localizada a oeste do PNE. Os terrenos, apesar de planos com suave ondulação, apresentam pouca aptidão agrícola por serem muito arenosos. Ocorrem extensas áreas convertidas em pastagens e alguns remanescentes de cerrado, áreas úmidas e matas ciliares e mesófilas. O tamanho dos fragmentos de vegetação natural é variado, existindo pequenos fragmentos muito isolados, fragmentos médios pouco isolados e grandes áreas contínuas. Na porção norte, da região de estudo, há ocorrência de uma cratera de impacto, conhecida como Domo de Araguainha. Por tratar-se do maior astroblema do Brasil, com 1.300km2 de

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extensão, e apresentar diversas estruturas geológicas peculiares, e idade próxima a eventos de extinção em massa, são feitas recomendações de proteção a esse área (Crósta, 1999). As formações vegetais estabelecidas na cratera não diferem das encontradas no bioma Cerrado. Nas planícies com elevações anelares suaves, ocorrem fisionomias como o Cerrado sentido restrito, Campo cerrado e outras formações campestres, mas todas com elevados graus de alteração. Em alguns trechos o cerrado se adensa, constituindo cerradões, também alterados. Junto às drenagens ocorrem matas ciliares, naquelas de maior porte, e matas de galeria, nos cursos d’água menores, assim como veredas e palmeirais de babaçus, macaúbas e buritis. No Domo de Araguainha, os campos rupestres têm maior expressividade, ocupando as porções mais elevadas, no centro e nas bordas do astroblema. Nesses trechos, onde os afloramentos rochosos se evidenciam, não há suporte do substrato para estabelecimento de uma vegetação de maior porte e, portanto, predomina o recobrimento pelos campos rupestres. Outros estudos na bacia do rio Araguaia são importantes para a caracterização regional, Felfili et al. (2002), estudando a vegetação no município de Água Boa (MT), vale do rio Araguaia a cerca de 400 km a norte do empreendimento, detectaram esse mosaico de formações amazônicas, de cerrado e transições; mas aprofundaram-se no conhecimento da composição florística e estrutura do cerrado sentido restrito. Determinaram densidade de 995 indivíduos por hectare e área basal de 7,5m2/ha, incluindo indivíduos lenhosos com diâmetro maior ou igual a 5cm, sendo esses valores usuais quando comparados a outros estudos no cerrado. Os indivíduos mortos representaram 5% da área basal e do número total de indivíduos, valor geralmente encontrado onde o fogo não ocorre com muita frequência. Foram encontradas 80 espécies pertencentes a 34 famílias, dentre as quais, Fabaceae, Myrtaceae, Vochysiaceae e Malpighiaceae foram as que apresentaram maior número de espécies. Segundo Gentry et al. (1997) e Mendonça et al. (1998), Vochysiaceae, Fabaceae e Myrtaceae são famílias bem representadas nos cerrados do Brasil Central. O índice de Shannon (H’) encontrado por Felfili et al. (2002) foi de 3,69 nats/indivíduo, e o índice de equabilidade de Pielou (J’), de 0,84, evidenciando uma alta diversidade de espécies. A riqueza, de 80 espécies, está de acordo com o padrão para o componente lenhoso do cerrado sentido restrito, inferior a 120 espécies (Oliveira Filho et al., 1989; Felfili et al., 1993; Ratter et al., 1997). Curatella americana, Qualea parviflora, Callisthene fasciculata, Mezilaurus crassiramea e Byrsonima crassa foram as espécies com maior VI. Juntas com Erythroxylum suberosum e Terminalia argentea, detiveram mais de 50% da área basal total, e, somando-se as espécies Andira paniculata e Vatairea macrocarpa, o grupo detém 50% do número total de indivíduos. Curatella americana e Qualea parviflora apresentam ampla distribuição no domínio dos cerrados, enquanto a espécie de Lauraceae, Mezilaurus crassiramea, representa a flora amazônica (Felfili et al., 2002). Outro estudo, realizado por Marimon & Lima (2001) na mesma região do rio Araguaia, município de Cocalinho (MT), encontrou 248 espécies lenhosas, distribuídas em 62 famílias. As famílias de maior riqueza foram Fabaceae, com 35 espécies, Annonaceae e Myrtaceae, com 11 espécies cada, Arecaceae, Euphorbiaceae e Rubiaceae, com 10 espécies cada. Essa diferença entre o usualmente encontrado para os cerrados se dá devido à grande diversidade fisionômica dessa região específica, conhecida como Pantanal Mortes-Araguaia, onde predominam os campos sazonalmente inundados, ou Campos de Murundu, que não ocorrem na região do Alto Araguaia.

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Em comum com a região do empreendimento, Marimon & Lima (2001) encontraram as fitofisionomias de Cerradão (com 60 espécies), Cerrado sentido restrito (com 124 espécies) e Campos cerrados (com 36 espécies). A Mata inundável identificada, que apresentou 111 espécies, é um tipo específico de Mata de Galeria. O Cerradão estudado por Marimon & Lima (2001) caracterizou-se pela presença de Sclerolobium paniculatum, Hirtella glandulosa, Caryocar sp., Emmotum nitens, Roupala montana, Physocalymma scaberrimum e Protium heptaphyllum no estrato arbóreo, cujas alturas variaram de 10 a 17m. No sub-bosque, encontrou-se Heisteria ovata, Copaifera martii e Protium unifoliolatum. O Cerrado sentido restrito em Cocalinho ocupa extensas áreas de planície, e apresenta dois estratos bem definidos: um arbóreo e um arbustivo-herbáceo, onde árvores com alturas entre 10 a 15m são encontradas em baixa densidade e indivíduos com 5m ou menos, em média a alta densidade (Marimon & Lima, 2001). Dentre as espécies dominantes no estrato arbóreo, os autores citam Qualea parviflora, Byrsonima coccolobifolia, Andira cuyabensis, Pouteria ramiflora, Curatella americana, Salvertia convallariodora, Tabebuia aurea e Mouriri elliptica. O estrato arbustivo foi caracterizado pela presença de Davilla elliptica, Himatanthus obovatus e Annona dioica. O Campo cerrado identificado por Marimon & Lima (2001) corresponde ao Campo sujo de Ribeiro & Walter (1998), e é composto por um estrato graminoso composto por espécies de Poaceae, Xyridaceae, Iridaceae, Eriocaulaceae, Lythraceae e outras, e um estrato arbóreo com alturas entre 3 e 7m onde dominam poucas espécies, como Vochysia rufa ou Byrsonima orbignyana. Nas Matas inundáveis, Marimon & Lima (2001) observaram 2 estratos, o arbóreo aberto, com até 25m de altura, representado por espécies como Calophyllum brasiliense, Diospyros obovata, Vochysia divergens, Amaioua guianensis, Panopsis rubescens, Chaelocarpus echinocarpus, Licania apetala e Acosmium nitens, e o arbustivo, denso, com alturas entre 2 e 5m, e caracterizado pela presença de Astrocaryum vulgare, Psidium sp. e Chomelia ribesioides. No geral, conforme apontam as considerações feitas, a região do Alto Araguaia, é composta por um mosaico fitofisionômico de formações campestres, savânicas e florestais, e não difere significativamente em composição florística e estrutura de outras áreas inseridas no bioma. O diagnóstico da vegetação teve como objetivo caracterizar a situação atual da Área de Influência do empreendimento a partir do levantamento de dados primários, servindo como referência para avaliar os impactos da implantação das obras, bem como da operação do AHE Couto Magalhães. Para tanto foram realizadas campanhas de campo em abril de 2007 e junho de 2009 (estação chuvosa e seca), e para análise complementar são apresentados dados obtidos em estudos para este empreendimento realizados em 2002 cujos dados seguem em anexo (ANEXO 01). Os dados levantados na campanha de 2007 foram utilizados como dados primários por se considerar suficientes e compatíveis com a situação da cobertura vegetal atual. Tais conclusões foram baseadas nas checagens comparativas dos padrões das imagens aéreas de 2009 e de 2007; das análises fitofisionômicas em campo, observando-se os mesmos estágios de sucessão nos fragmentos selecionados; além do pequeno intervalo de tempo entre as duas campanhas (dois anos) para mudanças estruturais e florísticas.

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4.2.1.1) Metodologia

• Interpretação de Uso do Solo – AII

Aquisição e preparação das imagens de satélite

Optou-se pela utilização de imagens do satélite CBERS 2B, apropriada ao presente estudo. As cenas adquiridas, seguidas por suas respectivas datas estão apresentadas no Quadro 4.2.1.1-1.

Quadro 4.2.1.1-1 Cenas do Satélite CBERS 2B utilizadas

Cena Data da Passagem

162/119 23/06/2009 162/120 23/06/2009 163/120 09/07/2008

As imagens são oriundas do imageador CCD (os imageadores do tipo CCD – Charge Couple Device são conjuntos de detectores de silício, muito utilizados em vários sistemas de digitalização de imagens, e operam na faixa espectral entre 400 e 1100nm) sendo que esta opera em dois módulos distintos: o multiespectral (bandas 1 a 4) e o pancromático. Ambos módulos apresentam resolução espacial de 20 x 20m. O Quadro 4.2.1.1-2 apresenta as características espectrais dos sensores que compõem o CCD.

Quadro 4.2.1.1-2 Faixas espectrais do imageador CCD do satélite CBERS 2B

Faixa Espectral Sensor Nm

Banda 1 0,45 a 0,52 Banda 2 0,52 a 0,59 Banda 3 0,63 a 0,69 Banda 4 0,77 a 0,83 PAN 0,51 a 0,73

Este imageador foi colocado em órbita no satélite CBERS 2B em 19 de setembro de 2007, sendo sua resolução temporal (o tempo que o sensor demora para imagear o mesmo ponto) de 26 dias, e sua faixa de varredura de 113km (imageador CCD). As imagens utilizadas, oriundas dos sensores desse satélite, foram compostas em “Falsa-Cor” (sistema RGB com as bandas 4,3,2, respectivamente) para facilitar os trabalhos de definição das áreas-alvo. Os píxels das imagens são do tamanho padrão CBERS 2B (20 X 20m). As imagens foram georreferenciadas e passaram, então, por um processo de “clipagem” (recorte), sendo utilizado o sistema de projeção UTM, Datum South Americam Datum 1969 (SAD-69), Fuso 22 Sul.

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V. III-13

Classificação da Imagem e geração de mapa de uso e ocupação

A partir das imagens de satélite georreferenciadas e tratadas foram adotados os seguintes procedimentos para a determinação semi-automática dos usos superficiais da terra:

• Definição das classes de uso e ocupação adotadas As classes de uso e ocupação do solo identificadas através da imagem estão apresentadas no Quadro 4.2.1.1-3.

Quadro 4.2.1.1-3 Classes de uso adotadas na AII

Legenda para mapeamento da AII

Agricultura Pastagem Formação Florestal Cerrado Formação Campestre Campo úmido

• Definição das Áreas Alvo Utilizou-se um processo de classificação supervisionada das imagens, no qual são consideradas algumas áreas em que o Uso do Solo predominante é conhecido. Essas áreas são chamadas de áreas-alvo e foram definidas tendo-se como base os trabalhos de campo realizados na área de estudo. Desta forma, procurou-se, dentro dos limites existentes para este tipo de imagem, determinar as classes de Uso do Solo que poderiam ser isoladas no intuito de se criar um mosaico de classes que demonstram a totalidade de usos que compõem a área. Obviamente que a construção de tais classes passa também pela questão das escalas tanto de trabalho (neste caso o limite de escala que a imagem pode fornecer) quanto de apresentação. Assim, optou-se pela escala de 1:100.000, o que está dentro dos limites das imagens CBERS 2B com píxel de 20 m – que podem chegar até a escalas 1: 75.000 ou maiores, em alguns casos.

• Interpretação Semiautomática do Uso do Solo Após a definição das áreas-alvo, foi utilizado o algoritmo de classificação conhecido como “Máxima Verossimilhança” (do inglês: Maximum Likelihood). Neste algoritmo a distribuição dos valores de refletância em uma área de assinatura é descrita por uma função de densidade de probabilidade, desenvolvida com base em estatística Bayesiana; assim, este classificador avalia a probabilidade de um determinado píxel pertencer a uma categoria e o classifica para a categoria à qual ele tem a maior probabilidade de associação.

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V. III-14

Precisão do Mapeamento A precisão do mapeamento foi definida pela comparação do mapeamento resultante com as áreas-alvo utilizadas. Para isso, foi elaborada a Matriz de Confusão ou Matriz de Erro (do Inglês: Confusion Matrix), onde são computados os dados de todo o mapeamento e comparados com os dados das áreas-alvo, sendo demonstrados os percentuais aproximados do que foi confundido ou omitido no mapeamento. O Quadro 4.2.1.1-4 apresenta alguns resultados da matriz de erro:

Quadro 4.2.1.1-4 Matriz de Confusão

Classes de Controle

Matriz de ConfusãoPastagens Agricultura Formações

Florestais Cerrado Formações Campestres

Áreas Úmidas

Pastagem 66.89 0.60 4.11 0.06 5.25 0.00Agricultura 0.82 90.93 0.00 0.59 28.51 0.77Formação Florestal 0.14 0.00 91.66 0.02 0.51 0.00

Cerrado 0.00 0.00 3.29 79.24 2.80 6.66Formação Campestre 32.15 7.74 0.07 3.23 49.55 0.28C

lass

ifica

ção

Campo úmido 0.00 0.72 0.87 16.87 13.38 92.29 A Matriz de Confusão possibilita além da percepção por tipo de classe que foi confundida, um cálculo geral que determina um padrão de precisão de mapeamento, o índice de Kappa (Moreira, 2003). O índice de Kappa é determinado pelas seguintes equações:

PcPcPoK

−−

=1

Nin

M

Po

ii

1==

∑ 2

1N

inn

M

Pc

ii

=

++

=

2)1()1(2

PCNPoPo

k−−

Onde: Po = Exatidão geral Pc = proporção de unidades que concordam com a casualidade M = nº de Classes presentes nii = nº de Observações na linha i e Coluna j ni+ e n + i = Totais Marginais da linha i e da Coluna j N = Nº Total de unidades contempladas na Matriz de Confusão.

k2σ = Variância

O valor resultante é classificado, segundo o Quadro 4.2.1.1-5, idealizado por Landis e Koch (1977):

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V. III-15

Quadro 4.2.1.1-5 Qualidade do Mapa

Índice de Kappa Qualidade do Mapa Abaixo de 0,00 Péssimo

Entre 0,00 e 0,20 Ruim Entre 0,20 e 0,40 Razoável Entre 0,40 e 0,60 Boa Entre 0,60 e 0,80 Muito Boa Entre 0,80 e 1,00 Excelente

No caso do mapeamento atual a estatística de Kappa atingiu o valor de 0,7504 o que classificaria a qualidade do mapeamento como Muito Boa. Deve-se, contudo atentar para o fato de que esta estatística está calcada em áreas alvos, sendo que caso existam erros de interpretação em algumas áreas, esses erros poderão existir e não serem identificados a não ser em campo. • Interpretação do Uso do Solo AID e ADA

Para a AID e ADA, objetivando-se um maior detalhamento da vegetação remanescente e do uso do solo, optou-se pela aquisição de imagens de satélite com maior resolução espacial. O produto adquirido para a área de estudo foi o Spot Maps, um mosaico digital de imagens do satélite Spot 5, ortorretificado, com resolução de espacial de 2,5 metros e em cores naturais. De posse das imagens, datadas de 21 de novembro de 2007, foi realizado o trabalho de interpretação e identificação das classes de vegetação e uso do solo, apoiado em trabalho de campo realizado em junho de 2009, no qual toda a área de estudo foi percorrida sendo identificadas áreas alvos para todas as classes de vegetação que seriam mapeadas. Assim, permitiu-se a definição dos padrões de cor, textura e homogeneidade, para cada tipo de categoria. Apesar das imagens Spot terem sido utilizadas como subsídio ao mapeamento do vegetação e uso do solo da AID e da ADA, a classificação foi realizada considerando as escalas de apresentação das diferentes áreas de abrangência, em 1:50.000 e 1:20.000 respectivamente. Para a área de influência direta, foram adotadas as seguintes classes de vegetação e uso solo: Formação florestal (Floresta estacional e Cerradão); Mata ciliar; Cerrado; Campo cerrado; Campo rupestre; Campo sujo; Campo úmido; Pastagem; Agricultura; Silvicultura e Corpo d’água. Para a área diretamente afetada, além das classes adotadas para a AID, foram diferenciados os fragmentos de Floresta estacional das áreas de Cerradão. A ADA também contou com um segundo trabalho de campo, realizado em julho de 2009, para conferência das áreas mapeadas. Levantamento de dados primários da Flora

• Fitofisionomia Para a identificação das fitofisionomias, foram realizadas atividades em conjunto entre a equipe de vegetação e cartografia. Inicialmente foi observada toda a extensão da ADA e AID com o auxílio de fotografia aérea na escala 1:15.000, datada de 2002, e o mosaico de imagem spot-

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V. III-16

maps, com cenas do satélite spot-5. Nesta primeira etapa foram identificadas as principais fitofisionomias, e selecionadas áreas relevantes para visita em campo. A atividade seguinte foi realizada por meio de trabalho de campo, momento em que foram percorridas as diferentes áreas de infuência, procurando caracterizar o maior número de fragmentos possível localizados na AII, AID e ADA, gerando assim áreas controle para o mapeamento das fitofisionomias. Nesta etapa, foram utililizados alguns parâmetros para a classificação fitofisionômica, entre os quais destacam-se como principais: predomínio de ervas, arbustos ou árvores, presença de dossel e grau de intervenção antrópica. Utilizou se como base para as descrições das fitofisionomias a classificação proposta por Ribeiro & Walter (1998) , comparando-se os dados de campo e os padrões na foto aérea.

• Levantamento florístico Com objetivo de complementar a listagem de espécies obtida pelo levantamento fitossociológico, nas campanhas de abril de 2007 e de junho de 2009, foram realizadas também coletas de material botânico abrangendo espécies de todos os hábitos (ervas, epífitas, lianas, arbustos, árvores, palmeiras arborescentes e não arborescentes), sendo estas classificadas quanto a sua síndrome de dispersão, fenologia, categoria ecológica, grau de ameaça e proteção. Para os levantamentos florísticos foram realizados coletas de plantas preferencialmente férteis (com flor ou fruto) e estéreis, para complementação da listagem. As coletas foram realizadas em locais escolhidos aleatoriamente dentro das diferentes áreas de influência (AII, AID e ADA) e nos mesmos fragmentos selecionados para o levantamento fitossociológico. As áreas em melhor estado de conservação foram selecionadas ao longo dos estudos, por imagem de satélite, fotointerpretação e verificação in situ. As espécies pertencentes ao estrato herbáceo foram levantadas por meio de amostras ao longo dos transectos utilizados para a amostragem fitossociológica. Paralelamente, foi realizado um levantamento das espécies de epífitas nas áreas destinadas ao levantamento fitossociológico e nas áreas das cachoeiras Couto de Magalhães, Alto Araguaia e do rio Babilônia. O material botânico foi coletado com auxílio de tesoura de poda convencional (jardim) ou com tesoura de poda alta acoplada em cabo extensor de até 12m (podão).O material coletado foi etiquetado, numerado e acondicionado em sacos plásticos e, ao final do dia, foi herborizado e prensado em papel jornal e papelão. Ao chegar ao laboratório esses materiais passaram por secagem em estufa a aproximadamente 45°C. As espécies foram identificadas com o auxílio de especialistas, bibliografia especializada e consultas por comparação com exsicatas depositadas no herbário Maria Eneida P. Kauffmann Fidalgo, do Instituto de Botânica de São Paulo, SP. Alguns materiais botânicos não puderam ser identificados até o nível de espécie devido à ausência de amostra fértil. Exceto para as leguminosas (Fabaceae), que se adotou o sistema apresentado por A.P.G. II (2003), as espécies foram classificadas segundo Cronquist (1981), sendo a nomeclatura confirmada através de consultas aos sites trópicos.org e ipni.org. Para a análise da similaridade florística, foram realizadas comparações entre as fitofisionomias das áreas de influência, utilizando-se o índice de Jaccard que segue a equação:

ISJac= (C/A+B+C)

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V. III-17

Onde: A = Número de espécies exclusivas da área A B = Número de espécies exclusivas da área B C = Espécies comuns às duas amostras As espécies florestais encontradas em campo foram comparadas com as espécies da flora que compõem as listas de espécies consideradas ameaçadas da Instrução Normativa IBAMA No 06 de 26/09/2008), assim como as listas da IUCN e CITES.

• Levantamento fitossociológico A campanha de campo para a amostragem fitossociológica foi realizada no período de 02 a 09 de abril de 2007, quando foram analisados 12 fragmentos de vegetação secundária, sendo cinco fragmentos localizados na ADA (P1, P2, P3, P4, P9), três na AID (P6, P8, P13) e quatro na AII (P7, P10, P11, P12) (Mapa dos Locais de Amostragem de Vegetação – MB-CTM-04). Assim, foram selecionados 6 (seis) áreas de Mata Ciliar, 3 (três) de Mata seca, 2 (dois) de Campo Cerrado e 1 (um) de Mata de Galeria (Quadro 4.2.1.1-4). Na campanha de julho de 2009 foram analisados 13 fragmentos, três na AII (A7, A8 e A9), quatro na AID (A2, A3, A10 e A11) e seis na ADA (A1, A4, A5, A6, A12 e A13), sendo (5) cinco de Mata Ciliar, (1) um de Cerrado/Mata seca, (1) um de Cerradão /Mata Ciliar, (2) dois de Mata Seca e (4) quatro de cerrado. Para as amostragens de 2007 denominaram-se as áreas amostradas como “P” e em 2009 como “A”, permitindo assim identificar qual amostragem foi realizada em que ano. Os pontos marcados com a letra “F” referem-se aos levantamentos florísticos. (Mapa dos Locais de Amostragem de Vegetação – MB-CTM-04 e Quadro 4.2.1.1-4). Para a amostragem procurou-se selecionar os fragmentos maiores e em melhor estado de conservação localizados na AII, ADA e AID. O método fitossociológico utilizado foi o de quadrantes-centrados (Müller-Dombois & Ellenberg, 1974), sendo a distância entre os pontos de 10 m, aproximadamente, de modo a não amostrar um mesmo indivíduo mais de uma vez. O número de quadrantes lançados em cada transecto variou de acordo com a característica do fragmento, sendo considerado seu tamanho, estado de conservação e a fisionomia estudada, assim foram alocados de 10 a 20 pontos. Para cada quadrante lançado foram registrados os indivíduos com perímetro do caule à altura do peito (1,30m do solo), PAP, igual ou superior a 15cm nas formações florestais e 5cm no Cerrado e no Campo Cerrado. Os perímetros do tronco foram medidos com fita métrica e as alturas estimadas, sendo registrados os indivíduos ramificados quando pelo menos um dos ramos possuía o critério adotado e, na sequência, mensuravam-se as demais ramificações. A coleta do material botânico seguiu a mesma metodologia utilizada para as coletas florísticas, isto é, foi realizada com o auxílio de uma tesoura de poda alta acoplada a uma vara de coleta composta por vários segmentos, que atingem cerca de 12m de altura. As amostras botânicas não identificadas no campo foram numeradas com fita adesiva e acondicionadas em sacos plásticos, posteriormente prensadas e herborizadas, para identificação em herbário. Todos os indivíduos amostrados no levantamento fitossociológico foram marcados/numerados com placas metálicas (ANEXO 02).

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V. III-18

Quadro 4.2.1.1-4 Áreas analisadas com seus respectivos números, Área de Influência, fitofisionomia,

campanha e localização.

Área Área de Influência Fitofisionomia Campanha Coordenadas

E Coordenadas

N P1 ADA Mata Ciliar 2007 274338 8105510

P2 ADA Floresta Estacional Semidecidual 2007 269904 8094086

P3 ADA Floresta Estacional Semidecidual 2007 273597 8088674

P4 ADA Mata Ciliar 2007 270489 8100156 P6 AID Mata Ciliar 2007 263111 8098338 P7 AII Mata Ciliar 2007 281567 8037343 P8 AID Mata Ciliar 2007 265038 8093339 P9 ADA Mata Ciliar 2007 269007 8093302

P10 AII Mata Ciliar 2007 272930 8112468

P11 AII Floresta Estacional Semidecidual 2007 274001 8117912

P12 AII Campo Cerrado 2007 282859 8132664 P13 AID Campo Cerrado 2007 263691 8099032 A1

(Foto 9) ADA Mata Ciliar 2009 270835 8093964

A2 (Fotos 5 e 6) AID

Cerradão/ Floresta Estacional

Semidecidual 2009 263138 8092721

A3 AID Cerrado 2009 261996 8095706 A4

(Foto10) ADA Mata Ciliar 2009 269397 8097766

A5 ADA Floresta Estacional Semidecidual 2009 274053 8105210

A6 (Foto 11) ADA Cerrado 2009 273451 8104482

A7 (Foto 1) AII Cerradão 2009 24985 8048857

A8 (Fotos 2 e 3) AII Mata Ciliar 2009 264099 8086052

A9 (Foto 4) AII Cerrado 2009 279358 8116417

A10 AID Cerrado 2009 266773 8093575 A11

(Foto 7) AID Floresta Estacional Semidecidual 2009 273555 8088561

A12 ADA Mata Ciliar 2009 271549 8100672 A13

(Foto 12) ADA Mata Ciliar 2009 270707 8092156

Para a análise da suficiência amostral, elaborou-se um gráfico representando o número de espécies amostradas versus ponto de amostragem, sendo a intensidade amostral dos 441 pontos expressa pela razão entre a área amostrada e a área total de vegetação nativa. Para a estimativa da biomassa das áreas inundada e de instalação de infraestrutura (ADA) foi utilizado o método da Embrapa (2002), onde primeiramente calcula-se a biomassa a partir do DAP do caule, desconsiderando folhas e galhos, após o que soma-se a biomassa de todas as árvores medidas e registradas.

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V. III-19

A partir dos dados obtidos em campo, foram calculados para cada área, Valor de Importância (VI), Valor de Cobertura (VC), Frequência, Dominância e Densidade relativas (Müller-Dombois & Ellenberg, 1974) e o índice de diversidade de Shannon (H’) da comunidade (Pielou, 1975), com o auxílio do programa FITOPAC-2 (Shepherd, 1994). Os valores de H’ obtidos para as áreas de influência (ADA, AID e AII) foram comparados pelo teste t de Hutcheson (Zar, 1996). Visando entender alguns aspectos da dinâmica populacional foram construídos histogramas de frequência de classes de diâmetro do tronco e de classes de altura para todos os indivíduos de todas as espécies amostradas no levantamento fitossociológico.

• Formulário de Parâmetros fitossociológicos (Müller-Dombois & Ellenberg, 1974; Matteucci & Colma, 1982):

Densidade absoluta (DA) = (NixN). DTA Densidade relativa (DR) = (NixN). 100 Sendo: Ni: Número de indivíduos da espécie i N: Número total de indivíduos amostrados DTA= Densidade total por área Frequência absoluta (FA) = n0 de ocorrências da espécie i x 100

nº total de unidades amostrais Frequência relativa (FR) = frequência absoluta da espécie i x 100

Σ frequências absolutas de todas as espécies Dominância relativa (DoR) = (ab da espécie i / ab total) x 100

Onde: Área basal (ab) = (perímetro) 2 ÷ 4π = π(diâmetro ÷ 2)2 = π (diâmetro2 ÷ 4) Diâmetro = perímetro / π VI (Valor de importância) = (DR + FR + DoR) VC (Valor de cobertura) = (DR + DoR) V (volume) = πXDAP2/4 X h X Ff h= altura do fuste Ff= Fator de forma = 0,52

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BA = 0,1184 DAP 2,53 Onde: BA = biomassa de árvores vivas e mortas em pé 0,1184 = constante DAP = diâmetro na altura do peito DAP (cm) 2,53 = constante No caso da ocorrência de vários ramos (troncos) num mesmo indivíduo, é medido o PAP e calculada a área basal para cada ramo e a área basal do indivíduo é dada pela somatória das áreas basais dos ramos.

• Valoração econômica A partir da densidade total de espécies para cada fitofisionomia levantada na ADA, foi realizada a valoração econômica das áreas a serem perdidas. Sendo dada uma nota de 0 a 4, onde: 0= Muito baixo 1= Baixo 2= Médio 3= Alto e 4= Muito Alto

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4.2.1.2) Área de Influência Indireta - AII • Fitofisionomia A AII apresenta as seguintes fitofisionomias: Formação Florestal (Cerradão e Mata Ciliar), Cerrado (sentido restrito), Formação Campestre (Campo sujo, Campo antrópico e Campo Cerrado), Campo úmido, além de agricultura e pastagem (Mapa de Vegetação, Uso e Ocupação do Solo da AII / MB-CTM-02). As tipologias de vegetação encontradas na AII, que correspondem às encontradas na AID, estão descritas no item 4.2.1.3. O Quadro 4.2.1.2-1 apresenta a área total de cada fisionomia de vegetação e uso. Por meio deste levantamento, espacialziação e quantificação, verifica-se que na bacia do Alto rio Araguaia, na porção definida para a AII, a vegetação remanescente corresponde a 61% da área total, ressaltando que grande parte das formações campestres, mesmo não ocorrendo o desmatamento total, são utilizadas pelos proprietários como área de pasto (19%). Muitas vezes a topografia e o solo nestas tipologias vegetais não favorece o manejo para pastagem, favorecendo a conservação desta fisionomia, mesmo que de modo alterado. Destaca-se ainda que o Cerrado senso restrito é a fisionomia predominante na região, ocupando ainda 26% da área territorial desta bacia.

Quadro 4.2.1.2-1 Fisionomias e áreas correspondentes para a Área de Influência Indireta

Fisionomias Área (ha) %

Formações Florestais 96.955,41 14 Cerrado 184.027,19 26 Formações campestres 134.165,69 19 Campo Úmido 11.946,90 2 Agricultura 72.127,39 10 Pastagem 206.032,31 29

• Florístico O resultado do levantamento florístico das espécies arbóreas será apresentado no item da AII, porém refere-se ao levantamento da AII e AID, permitindo uma avaliação da diversidade da flora regional. Este estudo registrou 281 espécies, pertencentes a 60 famílias. Dessas, 212 espécies foram registradas em formações Florestais (Quadro 4.2.1.2-2). Esses números demonstram que o levantamento florístico atingiu o objetivo de amostrar significativamente a diversidade vegetal na região, uma vez que o número de espécies que se identificou reflete o valor esperado para o bioma Cerrado (Felfili et al., 1994; Marimon & Lima, 2001). Algumas espécies não puderam ser identificadas devido à impossibilidade de coletar material botânico a grandes alturas nas formações florestais. A ausência de estruturas reprodutivas também dificultou a determinação de muitas espécies. Observou-se que a família Fabaceae foi a que apresentou maior riqueza com 46 espécies, seguida de Myrtaceae, com 18 espécies. Esse resultado é esperado, pois essas famílias são comumente importantes no Cerrado senso restrito e em formações florestais do bioma Cerrado (Felfili et al., 1994; Ribeiro & Walter, 1998).

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V. III-22

Algumas espécies como Tabebuia ochracea (Bignoniaceae), Licania humilis (Chrysobalanaceae), Curatella americana (Dilleniaceae), Roupala montana (Proteaceae) e Qualea grandiflora (Vochysiaceae) podem estar presentes tanto em formações florestais como savânicas, entretanto, na maioria dos casos, isso pode ter ocorrido devido ao estreito contato entre as fitofisionomias, não havendo uma delimitação abrupta entre elas.

Quadro 4.2.1.2-2 Relação das espécies arbóreas amostradas nos estudos florísticos realizados nas áreas

de influência do AHE Couto Magalhães.

Fitofisionomia

Taxa Nome Popular

Háb

ito

MC/

MGMS C CE V CC

Sínd

rom

e de

di

sper

são

Cat

egor

ia

Ecol

ógic

a Fe

nolo

gia

2007

Fe

nolo

gia

2009

Impo

rtân

cia

Anacardiaceae Astronium fraxinifolium aroeira falsa A X X Z NP Est. Est. Eco Anacardium humile cajuzinho A X Z P Est. Est. Ec Lithraea molleoides bugreiro A X X X X Z P Fr. Est. Eco Myracrodruon urundeuva aroeira A X Z NP Est. Est. Eco, Ec

Schinus terebentifolius aroeira A X Z P Fr. Est. Eco, Ec, O

Tapirira guianensis peito-de-pomba A X Z P Est. Est. Eco, Ec

Thyrsodium spruceanum A X Z P Est. Est.

Annonaceae

Annona cacans araticum A X Z P Est. Est. Eco, Ec, O

Annona coriacea araticum A X Z P Est. Est. Eco, Ec, O

Annona crassiflora araticum A X Z P Fr. Est. Eco, Ec, O

Bocageopsis mattogrossensis embira-preta A X Z Est. Est.

Duguetia marcgraviana biribá-verdadeiro A X X Z NP Est. Est. Eco, Ec,

O Duguetia lanceolata A X Z Est. Est. Rollinia crassiflora araticum A X Z P Est. Est.

Rollinia emarginata araticum A X X Z P Fr. Est. Eco, Ec, O

Rollinia sericea araticum A X Z P Est. Est. Rollinia sylvatica araticum A X Z P Est. Est.

Xylopia aromática embireira A X X X Z P Fr. Est. Eco, Ec, O

Xylopia emarginata embireira A X Z P Est. Est.

Xylopia sericea embireira A X X X Z P Fr. Est. Eco, Ec, O

Apocynaceae Aspidosperma cf.cuspa guatambu A A NP Est. Fr. Aspidosperma macrocarpon guatambu A X A NP Est. Fr. Eco, O

Aspidosperma parvifolium

A X A NP Est. Est.

Aspidosperma subincanum A X A NP Est. Fr. Eco, O

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Aspidosperma cf.rigidum A X A NP Est. Fr. Eco, O

Aspidosperma tomentosum guatambu A X A NP Est. Est.

Himatanthus cf. obovatus A X A Est.

Himatanthus sp. A X A Est. Araliaceae Schefflera macrocarpa A X Z NP Flor Arecaceae Mauritia flexuosa buriti Pa X Z P Est. Est. Gilibertia pavonii Pa X Z NP Est. Est. Eco, OPlatonia insignis bacuri Pa X X X Z NP Est. Est. Eco Asteraceae Gochnatia cf. velutina A X X A P Est. Est. Eco Piptocarpha rotundifolia candeia A X A P Est. Est.

Bignoniaceae Tabebuia aurea ipê A X A NP Est. Est. Eco, OTabebuia caraiba caraíba A X A NP Est. Est. Eco, OTabebuia ochracea ipê-amarelo A X X X X A NP Est. Est. Eco, OTabebuia roseo-alba taipoca A X X A NP Est. Est. Eco, OTabebuia serratifolia ipê A X A NP Est. Est. Eco, OTabebuia sp. ipê A X A NP Est. Zeyheria digitalis A X A NP Flor Bombacaceae Eriotheca candolleana catuaba A X X A P Est. Est. Eriotheca gracilipes embira A X X A P Est. Est. Eriotheca pubecens A X A P Est. Est. Pseudobombax cf. tomentosum

A X X A NP Fr. Est. Eco

Pseudobombax longiflorum

A X X A NP Fr. Est. Eco

Burseraceae Protium heptaphyllum breu A X X X Z NP Est. Est. Eco Caryocaraceae Caryocar brasiliense pequi A X Z P Est. Est. Eco, EcCaryocar sp. pequiá A X Z P Est. Cecropiaceae Cecropia pachystachia embaúba A X Z P Est. Est. Eco, EcCelastraceae Austroplenckia cf. populnea

A X X Est. Est.

Maytenus sp. A X Est. Est. Peritassa laevigata A X NP Est. Est. Salacia crassfolia bacupari A X NP Est. Est. Salacia elliptica bacupari A X X NP Est. Est. Connaraceae Connarus suberosus pau-ferro A X NP Est. Est. Rourea induta A X Est. Est. Chrysobalanaceae

Couepia grandiflora angelim-branco A X A NP Est. Est.

Hirtella gracilipes azeitona-do-mato A X A NP Est. Est.

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Licania gardnerii A X A NP Est. Est. Licania apétala ajuru A X A NP Est. Est.

Licania humilis marmelinho-do-cerrado A X X A Est. Est.

Licania kunthiana carrapeta A X A Est. Est. Combretaceae Buchenavia tomentosa boca-boa A X X Est. Est. Buchenavia sp. A X Est. Est. Terminalia argêntea capitão A X A NP Est. Est. Clusiaceae Calophyllum brasiliense guanandi A X H NP Est. Est. Eco, EcGarcinia sp. A X Est. Est. Kielmeyera coriacea pau-santo A X A NP Est. Est. Kyelmeyera grandiflora pau-santo A X A Est. Est. Kielmeyera speciosa pau-santo A X A NP Est. Est. Kielmeyerea variabilis pau-santo A X A Est. Est. Dilleniaceae

Curatella americana lixeira A X X A NP Est. Est. Eco, Ec, O

Ebenaceae Diospyrus hispidai marmelada A X X Fr. Est. Elaeocarpaceae Sloanea cf. guianensis A X Z Est. Est. Erythroxylaceae Erythroxylum citrifolium A X Z NP Est. Est. Erythroxylum decidum A X X X Z NP Est. Est. Erythroxylum suberosum A X X Z NP Est. Est.

Erythroxylum tortuosum A X Z NP Est. Est. Erythroxylum sp A X X Z NP Est. Est. Euphorbiaceae Actinostemon sp.1 A X Z NP Est. Est. Acalypha aff. Grassilis A X Z NP Est. Est. Alchornia irucurana tapiá A X X Z P Est. Est. Cordia trichotoma Violeiro A X Z P Est. Est. Croton sp. A X Z P Est. Est. Maprounea guianensis A X Z Est. Piranhaea aff.trifoliata A X Z Est. Fabaceae Acacia polyphylla A X Au P Est. Est. Acosmium dasycarpum probinha A X A Est. Est. Acosmium subelegans amedoim-falso A X A Est. Est. Anadenanthera colubrina Angico-branco A X A NP Est. Fr. Eco

Anadenanthera falcata Angico-do-cerrado A X X A NP Est. Fr. Eco

Anadenanthera peregrina Angico X X A NP Est. Fr. Eco

Andira cuiabensis A X X X A NP Est. Fr. Andira paniculata angelim A X A NP Est. Fr. Andira vermífuga angelim A X A NP Est. Est. Bauhinia holophylla A X A P Est. Est. Bauhinia rufa unha-de-vaca A X A P Est. Est. Bauhinia sp. A X A P Est. Est.

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Bowdichia virgilioides sucupira A X X X X A P Est. Est. Cassia cf. multijuga A X Au P Est. Est. Centrolobium tomentosum A X Est. Est.

Copaifera langsdorfii copaíba A X A NP Est. Est. Eco, Ec, M

Copaifera martii copaíba A X X X A NP Est. Est. Dalbergia miscolobium jacarandá A X X A NP Est. Est. Dimorphandra mollis A X Est. Est. Diptychandra aurantiaca A X Est. Est. Enterolobium gummiferum tamboril A X A NP Fr. Est.

Hymenaea courbaril jatobá A X A NP Fr. Est. Eco, EcHymenaea martiana jatobá A X A NP Fr. Est. Eco, EcHymenaea stigonocarpa jatobá A X X A NP Fr. Est. Inga ingnoides ingá A X A P Est. Est. Inga marginata ingá A X A P Est. Est. Inga sessilis ingá A X A P Est. Est. Inga vera ingá A X A P Est. Est. Machaerium acutifolium jacarandá A X X X A NP Est. Est. Machaerium cf. opacum A X A NP Est. Est. Machaerium stipitatum A X A NP Est. Machaerium sp A X A NP Est. Ormosia arborea A X A Est. Est. Piptadenia gonoacantha pau-jacaré A X A P Est. Est. Plathymenia reticulata A X Est. Est. Platypodium elegans A X Est. Est. Platypodium viride A X A NP Est. Est. Sclerolobium aureum carvoeiro A X A NP Est. Est. Sclerolobium paniculatum passuaré A X X X A NP Est. Est.

Stryphnodendron adstrigens barbatimão A X A NP Est. Est. Eco, M

Stryphnodendron obovatum táxi-pomba A X A NP Est. Est.

Swartzia multijuga A X A NP Est. Est. Swartzia sp. A X A NP Est. Est. Vatairea macrocarpa A X A NP Est. Zollernia ilicifolia A X Est. Flacourtiacea Casearia sylvestris guaçatonga A X X Z NP Est. Est. M, Ec Hippocrataceae Cheiloclinium cognatum A X Est. Est. Salacia sp. A X Est. Est. Icacinaceae Emmotum nitens A X X X A Est. Est. Lauraceae Ocotea corymbosa A X X Z NP Est. Est. Lauraceae sp1 A X X Lauraceae sp2 A X X X Lauraceae sp3 A X Lecytidaceae Cariniana estrellensis jequitibá A X A NP Est. Est. Eco, EcEschweilera nana A X Est. Est.

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Loganiaceae Antonia ovata A X NP Est. Est. Strychnos bicolor A X X Est. Est. Strychnos pseudoquina A X Est. Est. Loranthaceae Phoradendron crassifolium A X Est. Est.

Lythraceae Lafoensia pacari Dedaleira A X A NP Est. Est. Malpighiaceae Banisteriopsis pubipetala Murici A X Z P Est. Est.

Byrsonima basiloba Murici A X Z Byrsonima coccolobifolia Murici A X X Z P Est. Est.

Byrsonima crassa Murici A X Z P Est. Est. Byrsonima intermedia Murici A X Z P Est. Est. Byrsonima pachyphilla Murici A X Z Byrsonima sericea Murici A X Z P Est. Est. Byrsonima verbacifolia Murici A X Z P Est. Est. Melastomataceae Miconia albican A X A P Est. Est. Miconia chartacea Mexeriquinha A X X A P Est. Est. Miconia fallax A X A P Est. Est. Miconia nervosa A X A P Est. Est. Miconia stenostachya A X A P Est. Est. Mouriri elliptica A X X A Est. Est. Mouriri graveolens A X X A P Est. Est. Mouriri pusa A X A P Est. Est. Meliaceae

Cedrela fissilis Cedro A X X Z P Est. Est. Eco, Ec, O

Guarea guidonia Marinheiro A X Z NP Est. Est. Guarea cf. kunthiana Canjambo A X Z NP Est. Est. Trichilia catigua Catiguá A X Z NP Est. Est. Trichilia elegans Catiguá Z NP Est. Est. Trichilia paliida A X Z NP Est. Est. Moraceae Brosimum gaudichaudii

mama cadela A X Z NP Est. Est.

Ficus gomeleira Gomeleira A X Z NP Est. Est. Ficus sp. A X Z NP Est. Est. Maclura tinctoria A X Z NP Est. Est. Pseudolmedia cf. laevigata A X Z NP Est. Est.

Sorocea sp. A X Z NP Est. Est. Sorocea ilicifolia A X Z NP Est. Est. Monimiaceae Mollinedia schottiana A X NP Est. Est. Siparuna guianensis Negramina A X X Z NP Est. Est. Myrsinaceae Rapanea guianensis Capororoca A X Z P Fr. Est. Stylogyne aff. Ambigua A X Z Est. Est.

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Myrtaceae. Blepharocalyx salicifolius A X X Z NP Est. Est.

Campomanesia velutina A X Z NP Est. Est. Eugenia cf. aurata A X Z NP Est. Est. Eugenia bimarginata A X Z NP Est. Est. Eugenia sp. A X Z NP Est. Est. Eugenia florida Guamirim A X Z NP Fr. Est. Eugenia lívida A X Z NP Est. Est. Eugenia punicifolia A X X Z NP Est. Est. Myrcia cf. bella A X X Z NP Est. Est. Myrcia camapuanensis A X Z NP Est. Est. Myrcia fallax A X X X Z NP Est. Est. Myrcia guianensis A X Z NP Est. Est. Myrcia linguaeformis A X Z NP Est. Est. Myrcia pubipetala A X Z NP Est. Est. Myrcia tomentosa A X X Z NP Est. Est. Myrcia venulosa A X X Z NP Est. Est. Psidium warmingianum A X Z NP Est. Est. Psidium laruotteanum A X Z NP Est. Est. Myristicaceae Virola sebifera virola A X X X Z NP Est. Est. Nyctaginaceae Guapira cf. psamophila A X Z NP Est. Est. Guapira noxia A X Z NP Est. Est. Guapira opposita maria-mole A X Z NP Est. Est. Guapira sp. A X Z NP Est. Est. Ouratea corymbosa A X Z NP Est. Est. Ouratea acuminata A X X X Z NP Est. Est. Ouratea hexasperma A X Z NP Est. Est. Ouratea spectabilis A X Z NP Est. Est. Ochnaceae Ouratea castaneifolia A X Z NP Est. Est. Ouratea hexasperma A X X Z NP Est. Est. Ouratea spectabilis A X X Z NP Est. Est. Piperaceae Piper sp. A X X Est. Est. Poligonaceae Coccoloba molis A X Z NP Est. Est. Proteaceae Roupala montana carne-de-vaca A X X Z NP Est. Est. Rhamnaceae Rhamnidium elaeocarpum A X Est. Est.

Rosaceae Prunus myrtiifolia A X X Z Est. Est. Rubiaceae Alibertia edulis goiaba-preta A X X Z NP Fr. Est. Alibertia sessilis A X Z NP Fr. Est. Alseis floribunda A X Z Est. Est. Amaioua intermedia A X Z Est. Est. Amaioua sp. A X Z NP Est. Est. Chomelia sp. A X Z NP Est. Est. Coussarea congestiflora A X Z NP Est. Est.

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Fitofisionomia

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Coussarea cornifolia A X Z NP Est. Est. Coussarea hydrangeaefolia A X Z NP Est. Est.

Coussarea plathyphylla A X Z NP Est. Est. Guetarda matogrossensis A X Z NP Est. Est.

Guetarda viburnioides A X Z NP Est. Est. Palicurea rigida Bate caixa Z NP Est. Est. Psychotria mapourioides A X Z NP Est. Est. Rudgchea virbunoides chá-de-bugre A X Z NP Est. Est. Tocoyena aff. formosa jenipapo A X Z NP Est. Est. Cupania vernalis cuvatã A X Z NP Est. Est. Rutaceae Helietta apiculata A X X Est. Est.

Zanthoxylum rhoifolium mamica-de-porca A X A NP Est. Est.

Sapindaceae Allophyllus edulis A X X Est. Est. Dilodendron bipinatum A X Z NP Est. Est. Magonia pubescens tingui A X X NP Fr. Est. Matayba arborescens camboatá A X Z NP Est. Est. Matayba elaeagnoides camboatá A X Z NP Est. Est. Matayba guianensis A X X X Z NP Est. Est. Talisia esculenta A X Est. Est. Simaroubaceae Picramnia latifólia A X X X Z NP Est. Est. Simarouba amara caroba A X X X Z NP Est. Est. Simarouba versicolor A X X Z NP Est. Est. Sapotaceae Chrysophylum marginatum A X Z NP Est. Est.

Pouteria híspida abiurana A X Z NP Est. Est. Pouteria ramiflora A X X Z NP Est. Est. Pouteria torta A X Z NP Est. Est. Pouteria sp. A X Z NP Est. Est. Solanaceae Solanum crinitum A X Z NP Est. Est. Sterculiaceae Guazuma ulmifolia mutambo A X Z NP Est. Est. Helicteris sacarolha A X Z NP Est. Est. Styracaceae Styrax camporum cuia-de-brejo A X X X Z NP Est. Est. Styrax ferrugineus A X X Est. Est. Tiliaceae Apeiba tibourbou A X A P Est. Est. Luehea candicans A X A P Fr. Est. Luehea divaricata açoita-cavalo A P Fr. Est. Luehea grandiflora açoita-cavalo A P Fr. Est.

Luehea speciosa açoita-de-cavalo A X A P Fr. Est.

Luehea sp. A X Est Triumfetta sp. A X A P Est. Est. Theophrastaceae Clavija nutans A X Est. Est.

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V. III-29

Fitofisionomia

Taxa Nome Popular

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Ulmaceae Celtis pubescens Esporão-piloso A X P Est. Est. Trema micrantha Grandiuva A X P Est. Est. Verbenaceae Aloysia virgata A X Est. Est. Violaceae Leonia sp. A X Est. Est. Rinoria sp. A X Est. Est. Vitaceae Cissus sp. T X Est. Est. Vochysiaceae Callisthene cf. fasciculata capitão A X A NP Est. Est.

Callisthene major capitão A X A NP Est. Est. Qualea grandiflora pau-terra A X X A NP Fr. Est. Qualea multiflora pau-terra A X A NP Est. Est. Qualea parviflora pau-terra-mirim A X A NP Est. Est. Salvertia convallariodora A X A NP Est. Est.

Vochysia cinnamomea pau-de-vinho A X A NP Est. Est.

Vochysia divergens A X A NP Est. Est. Vochysia herbácea A X A NP Est. Est.

Vochysia pyramidalis gomeira-de-macaco A X A NP Est. Est.

Vochysia rufa A X X X A NP Est. Est. Vochysia thyrsoidea gomeira A X A NP Est. Est. Vochysia tucanorum angélica A X A NP Est. Est. Legenda: Hábito: A: Árvore, Pa: Palmeira Arborescentes. Fitofisionomias: MC: Mata Ciliar, MG: Mata de Galeria, MS: Mata Seca, C: Cerradão, CE: Cerrado, V: Veredas, CC: Campo Cerrado. Síndrome de disperção : A= Anemocórica, Z= Zoocórica, H= Hidrocória, Au= Autocórica. Categoria Ecológica: P= Pioneira, NP= Não Pioneira. Importância: Econômico = Eco, Ecológico = EC, Ornamental = O, Medicinal = M. Fenologia- Est- estéril; Fr- fruto e flor.

O levantamento de herbáceas, epífitas, lianas, arbustos, sub-arbustos e palmeiras não arborescentes foi realizado em transectos localizados na AII e AID, sendo registradas 116 espécies em 49 famílias, destas 84 foram registradas na AII e 80 na AID, sendo que 48 espécies ocorrem em ambas as áreas amostradas (Quadro 4.2.1.2-3). Com o levantamento de espécies com hábito não arbóreo a diversidade de espécies vegetais para a região de estudo passa a ser de 333 espécies. Dentre as espéceis não arbóreas, as famílias que contribuíram com maior número de espécies foram Asteraceae e Fabaceae, seguidas de Cyperaceae, Lamiaceae, Malpighiaceae e Melastomataceae.

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V. III-30

Quadro 4.2.1.2-3

Relação das espécies amostradas nos estudos florísticos de ervas (ERV), epífitas (EPI), lianas (LIA), arbustos (ARB), Sub-arbusto (SUB), e palmeiras não arborescentes (PAL)

para as áreas de influência do AHE Couto Magalhães.

Grupo/Família Espécie Hábito AID AII PTERIDOFITA Aspleniaceae Asplenium stubelianum ERV X X

Blechnum sp1 ERV X Blechnaceae Blechnum sp2 ERV X X

Lycopodiaceae Lycopodiella cf. cernua ERV X X Polypodiaceae Microgramma sp. ERV X

Anemia cf. phyllitidis ERV X Adiantum cf. trapeziforme ERV X X

Pteridaceae

Adiantum sp. ERV X X Selaginellaceae Selaginella sp. ERV X

Não identificada sp1 ERV X Não identificada Não identificada sp2 ERV X

ANGIOSPERMAS Alismataceae Echinodorus sp. ERV X X Apiaceae Eryngium sp. ERV X

Philodendron bipinnatifidum EPI X X Philodendron sp1 EPI X Philodendron sp2 ERV X X Xanthosoma sp1 ERV X

Araceae

Xanthosoma sp2 ERV X Arrabidea mutabilis LIA X X Arecaceae

Astrocaryum campestre PAL X Baccharis sp. SUB X Gochnatia cf. barrosii SUB X Vernonia cf. odoratum SUB X Vernonia ferruginea SUB X

Asteraceae

Vernonia sp. SUB X Bixaceae Cochlospermum regium ARB X Boraginaceae Tournefortia cf. paniculata SUB X

Aechmea bromeliifolia EPI X Ananas bracteatus SUB X Billbergia zebrina EPI X Não identificada sp1 EPI X X

Bromeliaceae

Não identificada sp2 EPI X Epiphyllum phyllanthus EPI X X Cactaceae Não identificado sp1 EPI X X

Clusiaceae Kielmeyera rubriflora ARB X X Costaceae Costus sp. ERV X X

Cyperus sp. ERV X X Cyperaceae Rhynchospora sp. ERV X X

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V. III-31

Grupo/Família Espécie Hábito AID AII Bulbostylis sp. ERV X Fimbristylis cf. dichotoma ERV X

Lipocarpha cf. humboldtiana ERV X Davilla elliptica ARB X X Dilleniaceae

Davilla sp. LIA X X Dioscoriaceae Dioscorea sp. LIA X Droseraceae Drosera sp. ERV X X Ebenaceae Dolicocarpus dentatus LIA X X

Paepalanthus sp.1 ERV X Paepalanthus sp.2 ERV X X Syngonanthus sp1 ERV X X

Eriocaulaceae

Syngonanthus sp2 ERV X Cnidosculus urens ARB X X Dalechampia caperonioides SUB X Dalechampia sp. ERV X

Euphorbiaceae

Sebastiania sp. SUB X Bauhnia rufa SUB X Bauhnia sp. 1 SUB X Bauhnia sp. 2 SUB X X Crotalaria sp. SUB X

Fabaceae

Stylosanthes acuminata SUB X Gentianaceae Deianira chiquitana ERV X Hippocrateaceae Peritassa campestris ARB X

Hyptis cf. crenata SUB X Hyptis cf. crinita SUB X Hyptis sp. 1 SUB X

Lamiaceae

Hyptis sp. 2 SUB X Loganiaceae Strychnos brasiliensis LIA X Loranthaceae Phoradendron sp. PRA X

Byrsonima pachyphylla ARB X X Heteropterys sp. LIA X Lavoisiera sp. ARB X X

Malpighiaceae

Peixotoa reticulata LIA X X Helicteres sp. ARB X Pavonia rosa-campestris SUB X Pavonia sp. SUB X X

Malvaceae

Walteria sp. SUB X Marantaceae Calathea sp. ERV X X

Clidemia sp. SUB X X Micania albicans ARB X X Miconia sp. 2 ARB X Microlicia cf. isophylla SUB X X Rhynchanthera cf. dichotoma SUB X X Tibouchina sp. 2 ARB X

Melastomataceae

Toccoca cf. formicaria ARB X X

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V. III-32

Grupo/Família Espécie Hábito AID AII Meliaceae Dorstenia morifolia ERV X X Mimosaceae Calliandra sp. SUB X X

Campylocentrum sp. EPI X Cirrhaea sp. EPI X Cleistes sp. EPI X X Epidendrum sp. EPI X Isabelia sp. EPI X Oeceoclades maculata ERV X X

Orchidaceae

Oncidium sp. EPI X Passifloraceae Passiflora sp. ERV X

Peperomia pereskiaefolia ERV X X Piper aduncum SUB X X Piper cf. cernuum SUB X X Piper cf. crassinervium ARB X

Piperaceae

Pothomorphe umbellata SUB X X Axonopus sp. ERV X Poaceae

Imperata sp. ERV X Diodia teres ERV X Randia armata ARB X X Psychotria carthagenensis SUB X X

Rubiaceae

Psychotria cf. hoffmanseggiana ARB X Serjania caracasana LIA X Sapindaceae

Serjania lethalis LIA X Solanum sp1 SUB X X Solanaceae Solanum sp2 ERV X X

Thyphaceae Thypha sp. ERV X Velloziaceae Vellozia sp. SUB X

Hyptis cf. lophanta SUB X Lippia cf. alba SUB X

Verbenaceae

Lippia lupulina ERV X Xyris sp1 ERV X X Xyridaceae Xyris sp2 ERV X

Zingiberaceae Curcuma sp. ERV X X • Fitossociologia Primeira Campanha - abril/2007 Na área de influência indireta foram realizados levantamentos fitossociológicos em 7 fragmentos vegetais somando-se as campanhas de 2007 e 2009; dessas, três áreas estão a montante da área do empreendimento, na região ao sul e, quatro áreas estão a jusante do empreendimento ao norte da área. Destacando se que para as amostragens de 2007 as áreas tem na nomenclatura a letra “P” e para 2009 a letra “A”.

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V. III-33

P7 - Mata Ciliar (Floresta Estacional Semidecidual Aluvial) Área representada por vegetação ciliar onde se observa baixa presença de trepadeiras, estratificação bem definida e dossel fechado indicando estágio médio de regeneração. No entanto o baixo número de espécies registrado (23 espécies, distribuídas em 15 famílias) (Quadro 4.2.1.2-4) e a estrutura da formação que apresenta diâmetro médio de 12,47cm (Figura 4.2.1.2-1) e altura de 7,67m (Figura 4.2.1.2-2), indicam que neste fragmento a floresta está em estágio inicial de regeneração secundária. As espécies mais relevantes segundo VI (Valor de Importância) foram a azeitona-de-macaco (Hirtella gracilipes), vacum (Allophyllus edulis) e angico-branco (Anadenanthera colubrina) (Quadro 4.2.1.2-4).

Quadro 4.2.1.2-4

Dados fitossociológicos da amostragem do Área P7/AII. Mata Ciliar.

FAMÍLIA ESPÉCIE NI NO DR DoR FR VI VC Chrysobalanaceae Hirtella gracilipes 12 6 15,00 21,72 9,09 45,81 36,72Sapindaceae Allophyllus edulis 12 10 15,00 13,46 15,15 43,62 28,46Fabaceae Anadenanthera colubrina 7 5 8,75 11,,48 7,58 27,81 20,23Bignoniaceae Tabebuia roseo-alba 7 7 8,75 6,78 10,61 26,14 15,53

Lithraea molleoides 7 5 8,75 7,76 7,58 24,09 15,51Anacardiaceae Tapirira guianensis 7 6 8,75 6,10 9,09 23,94 14,85Hymenaea courbaril 2 2 2,50 10,97 3,03 16,50 13,47Fabaceae Copaifera langsdorfii 3 3 3,75 7,63 4,55 15,93 11,38

Anacardiaceae Myracrodruon urundeuva 5 4 6,25 3,17 6,06 15,48 9,42Fabaceae Bauhinia sp. 2 2 2,50 2,13 3,03 7,66 4,63Myrtaceae Myrcia tomentosa 2 2 2,50 1,32 3,03 6,85 3,82Burseraceae Protium heptaphyllum 2 2 2,50 0,87 3,03 6,40 3,37Rubiaceae Alibertia sessilis 2 2 2,50 0,76 3,03 6,29 3,26Cecropiaceae Cecropia sp. 1 1 1,25 1,03 1,52 3,80 2,28Dilleniaceae Curatella americana 1 1 1,25 1,03 1,52 3,80 2,28Myristicaceae Virola sebifera 1 1 1,25 0,75 1,52 3,51 2,00Lauraceae Ocotea sp.3 1 1 1,25 0,66 1,52 3,43 1,91Rubiaceae Coussarea plathyphylla 1 1 1,25 0,54 1,52 3,31 1,79Fabaceae Platypodium elegans 1 1 1,25 0,51 1,52 3,27 1,76Sapindaceae Dilodendron bipinnatum 1 1 1,25 0,47 1,52 3,24 1,72Sapotaceae Chrysophyllum

marginatum 1 1 1,25 0,34 1,52 3,11 1,59

Apocynaceae Aspidosperma parvifolium 1 1 1,25 0,34 1,52 3,11 1,59

Não identificada Indeterminada sp.3 1 1 1,25 0,16 1,52 2,93 1,41Legenda: NI: número de indivíduos; NO: número de ocorrências; DR: densidade relativa; FR: frequência relativa; DoR: dominância relativa e VI: Valor de importância; VC: Valor de Cobertura.

A azeitona-de-macaco (Hirtella gracilipes) foi a espécie predominante, com VI de 45,81%. Pertencente à família Chrysobalanaceae, esta é uma árvore que ocorre em matas de galeria, cerrado e cerradão (Felfili et al., 2007).

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V. III-34

O vacum (Allophyllus edulis), com VI de 43,62%, é uma planta semidecídua, pioneira e seletiva higrófita, bastante disseminada pela avifauna. Ocorre em capoeiras, capoeirões e matas mais abertas, sobre solos rochosos, sendo também comum no interior de matas primárias, em solos úmidos (Lorezi, 1998).

0

3638

16

10

0

5

10

15

20

25

30

35

40

1 2 3 4 5Classes de diâmetro (cm)

% d

o nú

mer

o to

tal d

e in

diví

duos

Figura 4.2.1.2-1: Distribuição das classes de diâmetro dos indivíduos amostrados na Área

P7. Classes de diâmetro: 1: 0-5cm; 2: 5,1-10cm; 3: 10,1-15cm; 4: 15,1-20cm; 5: >20cm.

16

56

8

0

10

20

30

40

50

60

1 2 3

Classes de altura (m)

% d

o nú

mer

o to

tal d

e in

diví

duos

Figura 4.2.1.2-2: Distribuição das classes de altura dos indivíduos amostrados na Área P7.

Classes de altura: 1: 0-5m ; 2: 5,1-10m; 3: 10,1-15m; 4: 15,1-20m; 5: >20m. P10 - Mata Ciliar (Floresta Estacional Semidecidual Aluvial) Trata-se de uma vegetação arbórea em estágio inicial de regeneração, com dossel descontínuo e aberto, elevada presença de epífitas devido à umidade proporcionada pela proximidade com a cachoeira; as trepadeiras são abundantes e a serapilheira, quando presente, é contínua,

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V. III-35

formando uma camada fina pouco decomposta. O levantamento fitossociológico registrou 34 espécies, em 24 famílias (Quadro 4.2.1.2-5).

Quadro 4.2.1.2-5 Dados fitossociológicos da amostragem do Área P10/AII. Mata Ciliar.

FAMÍLIA ESPÉCIE NI NO DR DoR FR VI VC

Rhamnaceae Rhamnidium elaeocarpum 15 8 18,99 15,48 14,04 48,51 40,14

Moraceae Ficus sp.2 4 3 5,06 10,33 5,26 20,66 32,37Apocynaceae Aspidosperma cuspa 4 3 5,06 6,30 5,26 16,63 13,68Piperaceae Piper sp.1 6 4 7,59 1,84 7,02 16,45 10,06Fabaceae Inga ingnoides 5 4 6,33 2,92 7,02 16,26 9,38Anacardiaceae Myracrodruon

urundeuva 6 2 7,59 4,33 3,51 15,44 9,18

Annonaceae Rollinia sericea 2 2 2,53 6,42 3,51 12,46 8,19Nyctaginaceae Guapira sp. 4 1 5,06 4,26 1,75 11,08 8,07Moraceae Ficus sp.4 3 2 3,80 3,67 3,51 10,98 7,37Myristicaceae Virola sebifera 1 1 1,27 7,04 1,75 10,06 7,04Tiliaceae Apeiba tibourbou 2 1 2,53 5,51 1,75 9,80 5,28Rutaceae Zanthoxylum

rhoifolium 2 2 2,53 2,66 3,51 8,70 6,74

Erythroxylaceae Erythroxyllum sp. 1 1 1,27 4,89 1,75 7,91 6,14Rubiaceae Amaioua intermedia 2 1 2,53 3,54 1,75 7,82 4,15Apocynaceae Himatanthus sp. 1 1 1,27 4,65 1,75 7,67 3,99Myrtaceae Myrcia sp.4 2 2 2,53 0,92 3,51 6,96 3,99Clusiaceae Garcinia sp. 2 2 2,53 0,57 3,51 6,61 3,99Euphorbiacae Croton sp.1 1 1 1,27 3,30 1,75 6,32 3,99Tiliaceae Luehea sp.3 1 1 1,27 2,54 1,75 5,56 3,99Fabaceae Machaerium

brasiliense 1 1 1,27 2,15 1,75 5,17 3,99

Anacardiaceae Tapirira guianensis 1 1 1,27 1,70 1,75 4,72 3,99Bignoniaceae Tabebuia

impetiginosa 1 1 1,27 1,64 1,75 4,66 3,99

Cecropiaceae Cecropia sp. 1 1 1,27 1,00 1,75 4,02 2,60Sterculiaceae Guazuma ulmifolia 1 1 1,27 0,55 1,75 3,58 2,60Flacourtiaceae Casearia sylvestris 1 1 1,27 0,34 1,75 3,36 2,60Melastomataceae Miconia cf.

chartaceae 1 1 1,27 0,24 1,75 3,26 2,60

Piperaceae Piper sp.2 1 1 1,27 0,22 1,75 3,24 2,60Myrtaceae Myrcia sp.1 1 1 1,27 0,20 1,75 3,22 2,60Malpighiaceae Byrsonima sp. 1 1 1,27 0,18 1,75 3,20 2,60Ulmaceae Celtis pubescens 1 1 1,27 0,16 1,75 3,18 2,60Bignoniaceae Tabebuia roseo-alba 1 1 1,27 0,14 1,75 3,16 2,60Erythroxylaceae Erythroxyllum sp.1 1 1 1,27 0,12 1,75 3,14 2,60Myrtaceae Myrcia sp.3 1 1 1,27 0,11 1,75 3,13 2,60Verbenaceae Aloysia virgata 1 1 1,27 0,11 1,75 3,13 2,60Legenda: NI: número de indivíduos; NO: número de ocorrências; DR: densidade relativa; DoR: dominância relativa; FR: frequência relativa; VI: Valor de importância; e VC: Valor de cobertura.

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V. III-36

A mata desta área apresenta um diâmetro médio de 12,32cm. A distribuição diamétrica (Figura 4.2.1.2-3) mostra que quase 62,8% indivíduos apresentam DAP até 10cm. A altura média foi de 5,58m e a distribuição de alturas totais (Figura 4.2.1.2-4) mostra que 97,5% dos indivíduos apresentam alturas até 10m. Desta forma tanto a distribuição diamétrica como a distribuição das alturas totais estão dentro dos intervalos esperados para a vegetação em estágio inicial de regeneração. A espécie mais relevante segundo VI foi tarumaí (Rhamnidium elaeocarpum) (Quadro 4.2.1.2-5), planta decídua, heliófita e seletiva higrófita, ocorrendo de maneira mais expressiva em formações abertas e capoeiras (Lorenzi, 2000).

15,2

47,6

14,310,5 12,4

05

101520253035404550

1 2 3 4 5Classes de diâmetro (cm)

% d

o nú

mer

o to

tal d

e in

diví

duos

Figura 4.2.1.2-3: Distribuição das classes de diâmetro dos indivíduos amostrados na Área

P10. Classes de diâmetro: 1: 0-5cm; 2: 5,1-10cm; 3: 10,1-15cm; 4: 15,1-20cm; 5: > 20cm.

56,25

41,25

2,5

0

10

20

30

40

50

60

1 2 3

Classes de altura (m)

% d

o nú

mer

o to

tal d

e in

diví

duos

Figura 4.2.1.2-4: Distribuição das classes de altura dos indivíduos amostrados na Área

P10. Classes de altura: 1: 0-5m; 2: 5,1-10m; 3: 10,1-15m; 4: 15,1-20m; 5: > 20m

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V. III-37

P11 - Floresta Estacional Semidecidual (Mata Seca) Na área em questão foram registradas 24 espécies pertencentes a 14 famílias. As espécies mais relevantes, segundo o Valor de Importância VI, foram: angico-branco (Anadenanthera colubrina) e araticum (Annona crassiflora) representando 123,78% do VI total (Quadro 4.2.1.2-6). Neste fragmento, o angico-branco (Anadenanthera colubrina) foi predominante, com o VI de 85,43% sendo a espécie mais abundante e com maior dominância. Trata-se de uma planta pioneira, decídua, heliófita, característica de matas secundárias (Lorenzi, 2000). O araticum (Annona crassiflora) ocupa a segunda posição com VI de 38,35%. Trata-se também de uma planta semidecídua, ciófita até heliófita, sendo encontrada tanto no interior de mata primária como em formações secundárias (Lorenzi, 2000).

Quadro 4.2.1.2-6 Dados fitossociológicos da amostragem do Área P11/AII. Floresta Estacional

Semidecidual.

FAMÍLIA ESPÉCIE NI NO DR DoR FR VI VC Fabaceae Anadenanthera

colubrina 16 12 20,00 47,25 18,18 85,43 67,25

Annonaceae Annona crassiflora 10 7 12,50 15,24 10,61 38,35 27,74Fabaceae Anadenanthera falcata 10 8 12,50 5,48 12,12 30,10 17,98Apocynaceae Aspidosperma cf.

cuspa 5 4 6,25 6,02 6,06 18,33 12,27

Rutaceae Zanthoxylum rhoifolium 6 5 7,50 2,25 7,58 17,32 9,75Tiliaceae Triumfetta sp. 5 4 6,25 4,61 6,06 16,92 10,86Nyctaginaceae Guapira sp. 3 2 3,75 4,60 3,03 11,38 8,35Chrysobalanaceae Hirtella gracilipes 3 3 3,75 2,22 4,55 10,51 5,97Rhamnaceae Rhamnidium

elaeocarpum 3 3 3,75 1,68 4,55 9,98 5,43

Fabaceae Swartzia Sp. 2 2 2,50 2,34 3,03 7,87 4,84Sterculiaceae Guazuma ulmifolia 2 2 2,50 1,21 3,03 6,74 3,71Flacourtiaceae Casearia sylvestris 2 2 2,50 0,12 3,03 5,65 2,62Anacardiaceae Astronium fraxinifolium 1 1 1,25 1,96 1,52 4,73 3,21Euphorbiacae Cordia trichotoma 2 1 2,50 0,50 1,52 4,52 3,00Anacardiaceae Myracrodruon

urundeuva 1 1 1,25 1,33 1,52 4,09 2,58

Fabaceae Bauhinia rufa 1 1 1,25 1,30 1,52 4,06 2,55Myrtaceae Eugenia sp.3 1 1 1,25 0,53 1,52 3,29 1,78Annonaceae Rollinia crassiflora 1 1 1,25 0,43 1,52 3,20 1,68Myrtaceae Myrcia tomentosa 1 1 1,25 0,33 1,52 3,10 1,58Tiliaceae Luehea sp. 1 1 1,25 0,18 1,52 2,95 1,43Rubiaceae Amaioua sp. 1 1 1,25 0,17 1,52 2,93 1,36Tiliaceae Luehea sp.1 1 1 1,25 0,11 1,52 2,87 1,33Rubiaceae Chomelia sp. 1 1 1,25 0,08 1,52 2,85 1,32Fabaceae Bauhinia sp. 1 1 1,25 0,07 1,52 2,83 1,32

Legenda: NI: número de indivíduos; NO: número de ocorrências; DR: densidade relativa; DoR: dominância relativa FR: frequência relativa; VI: Valor de importância; e VC: Valor de cobertura.

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V. III-38

Em relação à estrutura, a vegetação desse fragmento apresentou diâmetro médio de 21,88cm. A distribuição diamétrica (Figura 4.2.1.2-5) mostra que esta área é composta por árvores de grande porte representadas principalmente pelo elevado número de indivíduos remanescentes de angico-branco (Anadenanthera colubrina). A altura média foi de 8,09m e a distribuição de alturas totais (Figura 4.2.1.2-6) mostra que 23,75% dos indivíduos apresentam alturas superiores a 10,00m. Desta forma, pelas características estruturais e composição de espécies, este área foi considerada secundário, em estágio médio de regeneração.

1,25

21,2517,45 16,25

43,8

05

101520253035404550

1 2 3 4 5Classes de diâmetro (cm)

% d

o nú

mer

o to

tal d

e in

diví

duos

Figura 4.2.1.2-5: Distribuição das classes de diâmetro dos indivíduos amostrados na Área

P11. Classes de diâmetro: 1: 0-5cm; 2: 5,1-10cm; 3: 10,1-15cm; 4: 15,1-20cm; 5: > 20cm.

31,25

45

18,75

5

05

101520253035404550

1 2 3 4

Classes de altura (m)

% d

o nú

mer

o to

tal d

e in

diví

duos

Figura 4.2.1.2-6: Distribuição das classes de altura dos indivíduos amostrados na Área

P11. Classes de altura: 1: 0-5m; 2: 5,1-10m; 3: 10,1-15m; 4:15,1-20m; 5: > 20m.

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V. III-39

P12 - Campo Cerrado Esta área apresenta uma fisionomia de Campo Cerrado bastante aberto, onde as espécies herbáceas que recobrem o solo apresentam-se distribuídas de forma descontínua. A amostragem fitossociológica realizada neste fragmento apontou 27 espécies pertencentes a 16 famílias. (Quadro 4.2.1.2-7)

Quadro 4.2.1.2-7 Dados fitossociológicos da amostragem do Área P12/AII. Campo Cerrado.

FAMÍLIA ESPÉCIE NI NO DR DoR FR VI VC

Vochysiaceae Vochysia cinnamomea 11 8 13,75 7,17 11,59 32,52 20,20Sapotaceae Pouteria sp.1 7 6 8,75 12,13 8,70 29,58 21,20Vochysiaceae Qualea multiflora 7 6 8,75 11,04 8,70 28,48 18,02Apocynaceae Himatanthus cf. obovatus 6 6 7,50 4,88 8,70 21,07 17,00Chrysobalanaceae Licania humilis 4 4 5,00 10,00 5,80 20,80 17,00Clusiaceae Kyelmeyera grandiflora 7 5 8,75 4,17 7,25 20,17 16,01Vochysiaceae Vochysia sp. 5 4 6,25 2,36 5,80 14,41 8,61Bombacaceae Eriotheca pubescens 2 2 2,50 8,26 2,90 13,66 10,73Styracaceae Styrax campanarum 3 3 3,75 5,49 4,35 13,59 9,24

Andira vermifuga 2 2 2,50 6,65 2,90 12,05 9,15Fabaceae Andira cuyabensis 2 2 2,50 2,59 2,90 7,98 5,09

Clusiaceae Kielmeyera cf. rubiflora 3 2 3,75 1,23 2,90 7,88 4,98Fabaceae Dimorphandra mollis 3 2 3,75 0,69 2,90 7,33 4,44

Byrsonima coccolobifolia 2 2 2,50 1,78 2,90 7,18 4,28Malpighiaceae Byrsonima basiloba 2 2 2,50 1,14 2,90 6,54 3,64

Ebenaceae Diospyrus sp.3 2 2 2,50 1,12 2,90 6,52 3,62Malpighiaceae Byrsonima pachyphilla 1 1 1,25 3,81 1,45 6,51 5,06Fabaceae Hymenaea martiniana 1 1 1,25 3,68 1,45 6,38 4,93Não identificada Indeterminada sp.5 1 1 1,25 3,68 1,45 6,38 4,92Proteaceae Roupala cf. rhombifolia 1 1 1,25 2,63 1,45 5,33 3,88Dilleniaceae Curatella americana 2 1 2,50 0,81 1,45 4,76 3,31Fabaceae Machaerium sp. 1 1 1,25 1,58 1,45 4,28 2,83Clusiaceae Kielmeyerea variabilis 1 1 1,25 1,34 1,45 4,04 2,59Bignoniaceae Tabebuia roseo-alba 1 1 1,25 1,05 1,45 3,75 2,30Erythroxylaceae Erythroxyllum sp.4 1 1 1,25 0,28 1,45 2,98 1,53Fabaceae Stryphnodendron obovatum 1 1 1,25 0,25 1,45 2,95 1,50Connaraceae Connarus suberosus 1 1 1,25 0,19 1,45 2,88 1,44Legenda: NI: número de indivíduos; NO: número de ocorrências; DR: densidade relativa; DoR: dominância relativa ; FR: frequência relativa; VI: Valor de importância; e VC: Valor de cobertura.

Os indivíduos amostrados neste área apresentam diâmetro médio de 9,29cm. A distribuição diamétrica (Figura 4.2.1.2-7) revela que 44% dos indivíduos amostrados apresentam diâmetro até 5,0cm.

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V. III-40

A altura média dos indivíduos amostrados foi de 3,00m e a distribuição de alturas totais (Figura 4.2.1.2-8) mostrou que praticamente 96,25% dos indivíduos apresentam altura até 5,00m, valor esperado, pois se trata de uma formação campestre com poucos indivíduos lenhosos. A espécie mais relevante segundo VI foi a quina (Vochysia cinnamomea) com 32,52% do VI total (Quadro 4.2.1.2-7). A quina (Vochysia cinnamomea) é uma planta decídua, heliófita, seletiva xerófita, característica e exclusiva dos Cerrados e Campos Cerrados (Lorenzi, 2000).

44

34

10 9,2

2,8

05

101520253035404550

1 2 3 4 5Classes de diâmetro (cm)

% d

o nú

mer

o to

tal d

e in

diví

duos

Figura 4.2.1.2-7: Distribuição das classes de diâmetro dos indivíduos amostrados na Área

P12. Classes de diâmetro: 1: 0-5cm; 2: 5,1-10cm; 3: 10,1-15cm; 4: 15,1-20cm; 5: > 20cm.

96,25

3,750

20

40

60

80

100

120

1 2

Classes de altura (m)

% d

o nú

mer

o to

tal d

e in

diví

duos

Figura 4.2.1.2-8: Distribuição das classes de altura dos indivíduos amostrados na Área

P12. Classes de altura: 1: 0-5m; 2: 5,1-10m; 3: 10,1-15m; 4: 15,1-20m; 5: > 20m.

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V. III-41

Segunda Campanha - julho/2009 A7 - Cerradão Nesta área foram registradas 36 espécies pertencentes a 20 famílias. As espécies mais relevantes, segundo VI, foram: Emmotum nitens e pau-terra (Qualea parviflora) representando 52,82% do VI total (Quadro 4.2.1.2-8).

Quadro 4.2.1.2-8 Dados fitossociológicos da amostragem da Área A7/AII Cerradão - mata ciliar.

FAMÍLIA ESPÉCIE NI NO DR DoR FR VI VC

Icacinaceae Emmotum nitens 6 6 10,00 7,39 10,17 27,56 17,39Vochysiaceae Qualea parviflora 4 4 6,67 11,82 6,78 25,26 18,48Fabaceae Anadenanthera peregrina 5 5 8,33 7,81 8,47 24,62 16,15Caryocaraceae Caryocar brasiliense 1 1 1,67 16,32 1,69 19,68 17,99Fabaceae Vatairea macrocarpa 4 4 6,67 3,58 6,78 17,03 10,25Myrtaceae Eugenia punicifolia 3 3 5,00 3,88 5,08 13,96 8,88Asteraceae Piptocarpha rotundifolia 2 1 3,33 4,44 1,69 9,47 7,77Combretaceae Buchenavia tomentosa 2 2 3,33 2,74 3,39 9,46 6,07Proteaceae Roupala montana 2 2 3,33 2,61 3,39 9,33 5,94Sapindaceae Matayba guianensis 2 2 3,33 1,39 3,39 8,12 4,73

Plathymenia reticulata 2 2 3,33 1,29 3,39 8,01 4,62Fabaceae Dalbergia miscolobium 1 1 1,67 4,52 1,69 7,88 6,19

Myrtaceae Myrcia cf. bella 2 2 3,33 1,01 3,39 7,74 4,35Fabaceae Acosmium dasycarpun 1 1 1,67 4,37 1,69 7,73 6,04Annonaceae Xylopia emarginata 2 2 3,33 0,81 3,39 7,54 4,15Lecythidaceae Eschweilera nana 1 1 1,67 3,26 1,69 6,63 4,93Annonaceae Annona crassiflora 1 1 1,67 3,14 1,69 6,50 4,81Annonaceae Xylopia sp 1 1 1,67 2,66 1,69 6,02 4,32Bombacaceae Eriotheca gracilipes 1 1 1,67 2,54 1,69 5,90 4,21

Byrsonima sp 1 1 1,67 2,22 1,69 5,58 3,88Malpighiaceae Byrsonima coccolobifolia 1 1 1,67 1,29 1,69 4,65 2,95

Vochysiaceae Qualea multiflora 1 1 1,67 1,13 1,69 4,49 2,80Euphorbiaceae Maprounea guianensis 1 1 1,67 1,06 1,69 4,42 2,72Myrtaceae Myrcia linguaeformis 1 1 1,67 1,06 1,69 4,42 2,72

Rollinia sylvatica 1 1 1,67 0,98 1,69 4,35 2,65Annonaceae Xylopia aromatica 1 1 1,67 0,91 1,69 4,28 2,58Machaerium sp 1 1 1,67 0,91 1,69 4,28 2,58Fabaceae Copaifera langsdorfii 1 1 1,67 0,79 1,69 4,15 2,45

Clusiaceae Kielmeyera coriaceae 1 1 1,67 0,72 1,69 4,08 2,39Fabaceae Stryphnodendron

adstringens 1 1 1,67 0,66 1,69 4,03 2,33

Lythraceae Lafoensia pacari 1 1 1,67 0,55 1,69 3,91 2,22Araliaceae Schefflera macrocarpa 1 1 1,67 5,50 1,69 3,86 2,17Connaraceae Connarus suberosus 1 1 1,67 0,45 1,69 3,82 2,12Lauraceae Ocotea corymbosa 1 1 1,67 0,41 1,69 3,77 2,07Bignoniaceae Tabebuia ochracea 1 1 1,67 0,41 1,69 3,77 2,07Fabaceae Diptychandra aurantiaca 1 1 1,67 0,36 1,69 3,72 2,03Legenda: NI: número de indivíduos; NO: número de ocorrências; DR: densidade relativa; DoR: dominância relativa ; FR: frequência relativa; VI: Valor de importância; e VC: Valor de cobertura.

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V. III-42

Neste fragmento, o Emmotum nitens foi predominante, com o VI de 27,56% sendo a espécie mais abundante e com maior frequência, tratando-se de uma planta perenifólia, heliófita, seletiva xerófita, secundária (Lorenzi, 2000). O pau-terra-mirim (Qualea parviflora) ocupa a segunda posição com VI de 25,26%. Esta planta é decídua ou semidecídua, heliófita, seletiva xerófita, ocorrendo preferencialmente em terrenos arenosos bem drenados (Lorenzi, 2000). Em relação à estrutura, a vegetação desse fragmento apresentou diâmetro médio de 10,43cm. A distribuição diamétrica (Figura 4.2.1.2-9) mostra que esta área é composta por árvores de pequeno porte. A altura média foi de 6,51m e a distribuição de alturas totais (Figura 4.2.1.2-10) mostra que 100% dos indivíduos apresentam alturas até 10m, sendo portanto considerada uma vegetação secundária em estágio inicial de regeneração.

0

60

23,3

13,3

3,3

0

10

20

30

40

50

60

70

1 2 3 4 5

Classes de diâmetro (cm)

% d

o nú

mer

o to

tal d

e in

diví

duos

Figura 4.2.1.2-9: Distribuição das classes de diâmetro dos indivíduos amostrados na Área

A7. Classes de diâmetro: 1: 0-5cm; 2: 5,1-10cm; 3: 10,1-15cm; 4: 15,1-20cm; 5: >20cm.

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V. III-43

30

70

0

10

20

30

40

50

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70

80

1 2

Classes de altura (m)

% d

o nú

mer

o to

tal d

e in

diví

duos

Figura 4.2.1.2-10: Distribuição das classes de altura dos indivíduos amostrados na Área

A7. Classes de altura: 1: 0-5m; 2: 5,1-10m; 3: 10,1-15m; 4: 15,1-20m; 5: >20m. A8 - Mata Ciliar Nesta área que se caracteriza como mata ciliar foram registradas 36 espécies pertencentes a 22 famílias (Quadro 4.2.1.2-9). A área, mesmo apresentando diversidade elevada se comparada aos outros fragmentos de vegetação ciliar da AII, apresenta estrutura florestal que indica área secundária em estágio inicial/médio de regeneração. O diâmetro médio dos indivíduos deste fragmento é de 12,30cm. A distribuição diamétrica (Figura 4.2.1.2-11) revela uma concentração de 56,7% indivíduos entre 5,1 e 10,00cm de diâmetro. A altura média foi de 7,19m e a distribuição de alturas totais (Figura 4.2.1.2-12) mostrou que 90% dos indivíduos apresentam alturas até 10m. As espécies mais relevantes segundo o VI foram peito-de-pomba (Tapirira guianensis), breu (Protium heptaphyllum), representando 71,01% do VI total (Quadro 4.2.1.2-9). O peito-de-pomba (Tapirira guianensis) é perenifólia, pioneira, heliófita. É característica de floresta ombrófila de planície, mas também é encontrada em formações secundárias de solos úmidos, como várzeas e beira de rios (Lorenzi, 1998). O breu (Protium heptaphyllum) é uma planta perenifólia, heliófita, frequente em áreas ciliares úmidas e característica de floresta latifoliada semidecídua. Ocorre em matas primárias e formações secundárias, sendo amplamente disseminada por pássaros.

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V. III-44

Quadro 4.2.1.2-9

Dados fitossociológicos da amostragem da Área A8/AII Mata ciliar.

FAMÍLIA ESPÉCIE NI NO DR DoR FR VI VC Anacardiaceae Tapirira guianensis 8 6 13,33 13,10 10,91 37,34 26,43Burseraceae Protium heptaphyllum 2 2 3,33 26,70 3,64 33,67 30,04Caryocaraceae Caryocar brasiliense 6 6 10,00 4,89 10,91 25,80 14,89Fabaceae Copaifera langsdorfii 2 1 3,33 17,21 1,82 22,36 20,55Vochysiaceae Qualea parviflora 4 4 6,67 6,60 7,27 20,54 13,26Proteaceae Roupala montana 3 3 5,00 2,22 5,45 12,67 7,22Vochysiaceae Qualea multiflora 1 1 1,67 7,12 1,82 10,60 8,78Annonaceae Xylopia emarginata 2 2 3,33 1,66 3,64 8,63 4,99Clusiaceae Kielmeyera coriaceae 2 2 3,33 1,28 3,64 8,25 4,61Sapotaceae Pouteria sp 2 2 3,33 0,46 3,64 7,43 3,79Chrysobalanaceae Licania sp 1 1 3,33 1,65 1,82 6,80 4,98Nyctaginaceae Ouratea spectabilis 1 1 1,67 2,65 1,82 6,13 4,32Sapindaceae Matayba guianensis 2 1 3,33 0,47 1,82 5,62 3,80Lythraceae Lafoensia pacari 1 1 1,67 1,78 1,82 5,26 3,45Annonaceae Xylopia sp 1 1 1,67 1,64 1,82 5,12 3,31

Acosmiun dasycarpum1. 1 1 1,67 1,32 1,82 4,80 2,98Stryphnodendron adstringens 1 1 1,67 0,97 1,82 4,46 2,64

Fabaceae

Vatairea macrocarpa 1 1 1,67 0,92 1,82 4,41 2,59Myrtaceae Eugenia punicifolia 1 1 1,67 0,87 1,82 4,36 2,54Icacinaceae Emmotum nitens 1 1 1,67 0,82 1,82 4,31 2,49Lecythidacae Eschweilera nana 1 1 1,67 0,64 1,82 4,13 2,31Annonaceae Duguetia lanceolata 1 1 1,67 0,60 1,82 4,08 2,26Vochysiaceae Qualea grandiflora 1 1 1,67 0,52 1,82 4,00 2,18

Dalbergia miscolobium 1 1 1,67 0,48 1,82 3,97 2,15Fabaceae Plathymenia reticulata 1 1 1,67 0,44 1,82 3,93 2,11

Lauraceae Ocotea corymbosa 1 1 1,67 0,34 1,82 3,83 2,01Myristicaceae Virola sebifera 1 1 1,67 0,34 1,82 3,83 2,01Rubiaceae Alibertia edulis 1 1 1,67 0,34 1,82 3,83 2,01Fabaceae Inga laurina 1 1 1,67 0,31 1,82 3,80 1,98Myrtaceae Myrcia pubipetala 1 1 1,67 0,28 1,82 3,77 1,95Connaraceae Connarus suberosus 1 1 1,67 0,26 1,82 3,74 1,92Lauraceae Ocotea sp 1 1 1,67 0,26 1,82 3,74 1,92Fabaceae Diptychandra aurantiaca 1 1 1,67 0,26 1,82 3,74 1,92Combretaceae Buchenavia tomentosa 1 1 1,67 0,23 1,82 3,72 1,90Myristicaceae Virola oleifera 1 1 1,67 0,18 1,82 3,67 1,85Melastomataceae Mouriri elliptica 1 1 1,67 0,18 1,82 3,67 1,85

Legenda: NI: número de indivíduos; NO: número de ocorrências; DR: densidade relativa; DoR: dominância relativa; FR: frequência relativa; VI: Valor de importância; e VC: Valor de cobertura.

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V. III-45

0

56,7

25

8,3 10

0

10

20

30

40

50

60

1 2 3 4 5

Classes de diâmetro (cm)

% d

o nú

mer

o to

tal d

e in

diví

duos

Figura 4.2.1.2-11: Distribuição das classes de diâmetro dos indivíduos amostrados na

Área A8. Classe de diâmetros: 1: 0-5cm; 2: 5,1-10cm; 3: 10,1-15cm; 4: 5,1-20cm; 5: >20cm.

25

65

10

0

10

20

30

40

50

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70

1 2 3

Classes de altura (m)

% d

o nú

mer

o to

tal d

e in

diví

duos

Figura 4.2.1.2-12: Distribuição das classes de altura dos indivíduos amostrados na Área

A8. Classe de altura: 1: 0-5m; 2: 5,1-10m; 3: 10,1-15m; 4: 15,1-20m; 5: >20m. A9 - Cerrado sentido restrito A análise fitossociológica desta área identificou 26 espécies, distribuídas em 15 famílias, e revelou a lixeira (Curatella americana) como a espécie de maior VI (56,57%), o que se deve principalmente a sua elevada densidade e dominância (Quadro 4.2.1.2-10). A lixeira (Curatella americana) é uma planta semidecídua, heliófita, seletiva xerófita, ocorrendo preferencialmente em terrenos arenosos bem drenados (Lorenzi, 2000). A Área em questão apresenta indivíduos com diâmetro médio de 9,64cm, sendo que 61,7% dos indivíduos possuem até 10cm de diâmetro (Figura 4.2.1.2-13). A altura média para a área foi de 3,93m, com 63,3% dos invíduos apresentando até 5m e 100% alcançando até, no máximo, 10m

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V. III-46

(Figura 4.2.1.2-14). Trata-se, portanto, de uma área com elevado número de indivíduos de pequeno porte.

Quadro 4.2.1.2-10 Dados fitossociológicos da amostragem da Área 9/AII Cerrado alterado.

FAMÍLIA ESPÉCIE NI NO DR DoR FR VI VC

Dilleniaceae Curatella americana 12 9 20,00 20,78 15,79 56,57 40,78Malpighiaceae Byrsonima coccolobifolia 6 6 10,00 7,33 10,53 27,86 17,33Vochysiaceae Qualea grandiflora 1 1 1,67 21,91 1,75 25,33 23,57Connaraceae Rourea induta 5 5 8,33 1,91 8,77 19,01 10,24Fabaceae Stryphorodendron adstringes 4 4 6,67 1,37 7,02 15,06 11,77Annonaceae Xylopia emarginata 4 4 6,67 1,37 7,02 15,05 8,04

Bowdichia virgiloides 3 3 5,00 3,98 5,26 14,24 8,03Fabaceae Andira anthelmia 1 1 1,67 10,76 1,75 14,18 8,98

Malpighiaceae Byrsonima verbascifolia 2 2 3,33 2,97 3,51 9,81 12,42Fabaceae Hymenaea stigonocarpa 1 1 1,67 4,78 1,75 8,20 6,30Nyctaginaceae Ouratea hexasperma 2 2 3,33 0,71 3,51 7,55 6,45Sapotaceae Pouteria ramiflora 2 2 3,33 0,53 3,51 7,37 4,04Rubiaceae Alibertia edulis 2 2 3,33 0,47 3,51 7,31 3,86Combretaceae Buchenavia tomentosa 1 1 1,67 2,58 1,75 6,00 3,81Fabaceae Piptocarpha rotundifolia 1 1 1,67 1,96 1,75 5,38 4,24Vochysiaceae Qualea parviflora 1 1 1,67 1,96 1,75 5,38 3,63Myrtaceae Myrcia cf. bella 1 1 1,67 1,35 1,75 4,77 3,63Melastomataceae Mouriri elliptica 1 1 1,67 1,27 1,75 4,69 3,02Annonaceae Annona crassiflora 1 1 1,67 0,85 1,75 4,27 2,94Rubiaceae Palicourea rigida 1 1 1,67 0,85 1,75 4,27 2,52Bignoniaceae Tabebuia serratifolia 1 1 1,67 0,42 1,75 3,84 2,52Fabaceae Inga laurina 1 1 1,67 0,42 1,75 3,84 2,09Clusiaceae Kielmeyera coriaceae 1 1 1,67 0,38 1,75 3,80 2,09Connaraceae Connarus suberosus 1 1 1,67 0,30 1,75 3,72 2,04Apocynaceae Aspidosperma cf. tomentosum 1 1 1,67 0,23 1,75 3,65 1,97Vochysiaceae Vochysia rufa 1 1 1,67 0,14 1,75 3,56 1,90

Legenda: NI: número de indivíduos; NO: número de ocorrências; DR: densidade relativa; DoR: dominância relativa; FR: frequência relativa; VI: Valor de importância; e VC: Valor de cobertura.

25

36,7

25,0

6,7 6,7

0

5

10

15

20

25

30

35

40

1 2 3 4 5

Classes de diâmetro (cm)

% d

o nú

mer

o to

tal d

e in

diví

duos

Figura 4.2.1.2-13: Distribuição das classes de diâmetro dos indivíduos amostrados na

Área A9. Classes de diâmetro: 1: 0-5cm; 2: 5,1-10cm; 3: 10,1-15cm; 4: 15,1-20cm; 5: >20cm.

Page 42: 4.2) Ecossistemas Terrestres 4.2.1) FLORAlicenciamento.ibama.gov.br/Hidreletricas/Couto%20Magalhaes/EIA/... · Alguns autores consideram também o campo cerrado como fisionomia do

CONSÓRCIO ENER-REDE COUTO MAGALHÃES REDE COUTO MAGALHÃES ENERGIA S.A. ENERCOUTO S.A.

V. III-47

63,3

36,7

0

10

20

30

40

50

60

70

1 2

Classes de altura (m)

% d

o nú

mer

o to

tal d

e in

diví

duos

Figura 4.2.1.2-14: Distribuição das classes de altura dos indivíduos amostrados na Área

A9. Classes de altura: 1: 0-5m; 2: 5,1-10m; 3: 10,1-15m; 4: 15,1-20m; 5: >20m. Para as áreas da AII, foram realizados levantamentos fitossociológicos em todas as fisionomias arbóreas observadas na região, sendo que um maior número de análises foi realizado em formações florestas ciliares. Esse destaque foi devido à importância destas formações florestais como refúgio da fauna e por ser a formação que deverá ser mais afetada, dada a tipologia do empreendimento. De modo geral, a área de campo cerrado apresentou valores menores tanto para diâmetro como para altura, seguido pelo cerrado senso restrito. Destaca-se que apenas uma área (P11) com Mata seca (Floresta Estacional Semidecídua) apresentou estágio médio de regeneração, as demais, incluindo três áreas de mata ciliar (P10, P7 e A8) podem ser consideradas de estágio inicial de regeneração, indicando que os fragmentos remanescentes analisados apresentam alterações antrópicas efetivas. Este padrão deve-se repetir em toda a região de estudo, com poucos fragmentos que associam bom grau de preservação e grandes áreas, conforme o Mapa de Vegetação, Uso e Ocupação do Solo da AII (MB-CTM-02). 4.2.1.3) Área de Influência Direta - AID

• Fitofisionomia Para a AID trabalhou-se com as seguintes fitofisionomias: Formação Florestal, na qual se agruparam as áreas de Cerradão e Mata Seca (uma vez que distigui-las nas imagens poderia incorrer em erros), Mata Ciliar, Cerrado sentido restrito e as Formações Campestres divididas em Campo Cerrado, Campo sujo, Campo rupreste, Campo úmido, além das áreas de uso antrópico que foram divididas em agricultura, silvicultura e pastagem. O Mapa de Vegetação, Uso e Ocupação do Solo – MB-CTM-03 (3 folhas) apresenta a distribuição dessas fitofisionomias. As tipologias de vegetação encontradas para a AID também estão presentes na ADA, e portanto a descrição das fisionomias apresentadas a seguir também se referem às fisionomias da ADA (item 4.2.1.4.). A descrição que se segue está baseada nos estudos fitossociológicos realizados e nas observações em campo, devendo ser considerada como aspectos gerais dessas formações vegetais.

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V. III-48

Mata Ciliar (Floresta Estacional Semidecidual Aluvial) Na maioria dos fragmentos de Mata Ciliar o dossel encontra-se fechado, embora alguns trechos estivessem abertos pela deciduidade de algumas espécies. A altura total média é de 8m e o diâmetro médio é de aproximadamente de 13cm. A camada de serapilheira varia de espessura média a alta. Como exemplo de espécies de dossel têm-se peito-de-pomba (Tapirira guianensis), jatobá (Hymenaea courbaril), copaíba (Copaífera langsdorf), aroeira (Myracrodruon urundeuva) e taipoca (Tabebuia roseo-alba), entre outras. O sub-bosque é formado por indivíduos com até 5m de altura e diâmetro entre 5 e 10cm, em alguns casos encontra-se bastante aberto devido a coleta seletiva de madeira. São comuns ingás (Inga spp.), guaçatonga (Casearia sylvestris), mirtáceas (Eugenia spp., Myrcia spp.). Entre as arbustivas têm-se melastomatáceas (Miconia spp.), piperáceas (Piper spp.). O estrato herbáceo é formado por compostas, marantáceas, rubiáceas, leguminosas. São comuns lírio-do-brejo (Hedychium coronarium), Costus sp., Calathea sp., e samambaias. As lianas aparecem com pequena abundância, sendo mais frequentes na borda da mata; pertencem às famílias bignoniáceas, sapindáceas, malpighiáceas, leguminosas, compostas. As epífitas estão presentes em média a alta quantidade, pois o ambiente úmido é bastante favorável ao seu estabelecimento. Bromélias e orquídeas são comuns. Mata de Galeria Na área de estudo esta formação apresenta-se com um dossel aberto, apesar de ser uma fisionomia perenifólia. É comum um número grande de epifitas, principalmente Orquidáceas. A camada de serapilheira é pouco densa. Os indivíduos arbóreos atingem até 8m, e os diâmetros variam de 8 a 10cm. O sub-bosque é pouco desenvolvido, sendo o estrato herbáceo dominado por espécies de gramíneas utilizadas no pasto. As espécies arbóreas mais abundantes são peito-de-pomba (Tapirira guianensis), embaúbas (Cecropia spp.) e capororoca (Rapanea guianensis). Outras espécies ocorrentes são marinheiros (Trichilia spp.), pau-jacaré (Piptadenia gonoacantha), guanandi (Callophylum brasiliense), cuvatã (Matayba guianensis), mamica-de-porca (Zanthoxyllum rhoifolium) e ingá (Inga sp.). Floresta Estacional Semidecidual (Mata Seca) A maioria das áreas de mata seca apresenta-se com dossel aberto. Os indivíduos remanescentes atingem até 15m, os diâmetros variam de 10 a 20cm. O sub-bosque é ralo. As lianas são abundantes. As epífitas são raras. A camada de serapilheira é variável, conforme a declividade e época do ano considerada. Este tipo de fisionomia como um todo apresenta sinais de intervenções em maior ou menor grau na vegetação nativa. O sinal mais evidente é a presença de pastagens e a “invasão” do gado nos fragmentos, alterando o sub-bosque e a regeneração natural (pisoteio de plântulas). Em muitos casos nota-se que os indivíduos arbóreos encontram-se distribuídos de forma esparsa ocorrendo ausência de sub-bosque, o que se deve ao corte raso ou seletivo no local.

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V. III-49

Como exemplo de espécies arbóreas dessa formação têm-se peroba (Aspidosperma spp.), copaíba (Copaifera langsdorfii), angico branco (Anadenanthera colubrina), embaúba (Cecropia sp.), taipoca (Tabebuia roseo-alba), jatobá (Hymenaea courbaril) e pau-jacaré (Piptadenia gonoacantha). Cerradão (Savana Florestada) De maneira geral encontra-se bastante alterado e em associação com Mata Ciliar e Mata Seca. O dossel é aberto com árvores com altura total média de 8m e o diâmetro médio é de 10cm. A camada de serapilheira varia de espessura média a alta. Como exemplo têm-se pindaíba (Xylopia aromática), pau-terra (Vochysia, Qualea), açoita-cavalo (Luehea divaricata), barbatimão (Stryphynodendron adstrigens), pata-de-vaca (Bauhinia spp.), pequi (Caryocar brasiliense), angico (Anadenanthera spp.), entre outras. As epífitas estão ausentes. As lianas aparecem com grande abundância, são comuns as convolvuláceas (Ipomea, Merremia), maracujás (Passiflora spp.), papo-de-peru (Aristolochia sp.), unha-de-gato (Smilax spp.), entre leguminosas e compostas. Cerrado sentido restrito (Savana arborizada) O Cerrado sentido restrito apresenta árvores com altura total média de 4m e diâmetro médio de 12cm. Como exemplos típicos têm-se marmeleiro (Alibertia edulis), murici (Byrsonima spp.), pau-santo (Kielmeyera coriacea), barbatimão (Stryphynodendron adstringens), pau-terra (Qualea sp.) mercúrio (Erythroxyllum sp.) e pequi (Caryocar brasiliense). As epífitas estão ausentes. São comuns lianas como unha-de-gato (Smilax spp.), papo-de-peru (Aristolochia spp.), convolvuláceas (Ipomaea, Merremia, Evolvus), asteráceas (Mikania spp.), malpiguiáceas (Banisteriopsis, Tetrapteris), entre outras. Palmeiral Fisionomia marcada por uma única espécie de palmeira arbórea. Na área de estudo podem ser encontrados diferentes subtipos de palmeirais, que variam em estrutura de acordo com a espécie dominante: Acrocomia aculeata (Macaubal), Attalea speciosa (Babaçual) e Syagrus oleracea (Guerobal). Veredas Fitofisionomia com buritis (Mauritia flexuosa) emergentes, em meio a grupamentos mais ou menos densos de espécies arbustivo-herbáceas. As veredas não formam dossel e são circundadas por Campos Limpos, geralmente úmidos. A veredas estão presentes na porção mais a montante do rio Babilônia. No mapa de vegetação não foi possível isolar esta tipologia de vegetação devido à escala do mapa, portanto as veredas estão inseridas ou nos campos úmidos ou em mata ciliar. Mapa de Vegetação, Uso e Ocupação do Solo – MB-CTM-03 (3 folhas). Vegetação campestre (Campos Cerrado/limpo/sujo/antrópico) Na paisagem é comum observarmos uma vegetação campestre; entretanto é difícil afirmar os limites entre campos limpos, sujos e antrópicos, uma vez que eles acabam formando um mosaico e com várias espécies em comum. Trata-se de uma formação herbácea, composta por espécies nativas invasoras/ruderais. As famílias predominantes são gramíneas, asteráceas (compostas) e ciperáceas. Entre as gramíneas destacam-se gêneros como Paspalum, Andropogon, Digitaria, Panicum; como

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V. III-50

asteráceas temos serralha (Emilia sonchifolia), assa-peixe (Vernonia polyanthes), vassourinhas (Baccharis spp.), Eupatorium spp. e como ciperáceas têm-se junquinho (Cyperus ferax), tiririca (Cyperus distans), capim-de-uma-só-cabeça (Cyperus brevifolius). Como exemplos de outras espécies têm-se tanchagem (Plantago major, Plantaginaceae), gervão (Stachytarpheta cayenensis), mata-pasto (Diodia teres), amora silvestre (Rubus rosifolius). É comum a presença de arbustos isolados de assa-peixe (Vernonia polyanthes) e vassourinha (Baccharis spp.) e outras comuns do cerrado sentido restrito (Stryphynbodendron adstringens, Duguetia sp., Annona sp, Byrsonima sp, Caryocar brasiliense). Campo Rupestre Fisionomia predominantemente herbáceo-arbustiva, ocupando trechos de afloramentos rochosos, que ocorrem geralmente em solos rasos ou nas frestas de afloramentos. As espécies mais frequentes pertencem às famílias: Asteraceae (Baccharis, Vernonia), Bromeliaceae (Dyckia, Tillandsia), Cactaceae (Melocactus, Pilosocereus), Leguminosae (Calliandra, Mimosa), Melastomataceae (Miconia, Microlicia), Orchidaceae, Velloziaceae (Vellozia), Vochysiaceae (Qualea) e Xyridaceae. Essa fisinomia tem ocorrência bastante restrita, podendo ser observada apenas nas encostas próximo às chapadas (em pontos mais elevados e ingrimes) e numa região alta, na margem direita do rio Araguaia , próximo a ADA do empreendimento (Mapa de Vegetação, Uso e Ocupação do Solo – MB-CTM-03 (3 folhas) e Tabela 4.2.1.3-1) Campos Úmidos (Campos Brejosos) As áreas úmidas podem estar circundando nascentes, sendo uma condição natural. Foram definidas como áreas de campo úmido onde se observou o encharcamento do solo associado à cursos d’água. Com o acúmulo de águas superficiais há consequentemente o estabelecimento de espécies hidrófitas e higrófitas. Nas regiões onde o terreno encontra-se úmido, as espécies dominantes são: o lírio-do-brejo (Hedychium coronarium), e várias gramíneas seguidas por embaúba (Cecropia sp.), Lantana sp e assa-peixe (Vernonia sp.). A Tabela 4.2.1.3-1 apresenta a área total de cada fisionomia de vegetação e uso. Por meio deste levantamento, espacialização e quantificação, verifica-se que na bacia de contribuição da área do empreendimento – na porção definida para a AID – a vegetação remanescente corresponde a 52% da área total. Ressalta-se que grande parte das formações campestres (campo, cerrado, campo sujo e parte dos campos úmidos), mesmo não ocorrendo o desmatamento total, são utilizadas pelos proprietários como área de pasto. Porém, muitas vezes a topografia e o solo nestas tipologias vegetais não favorece o manejo para pastagem, possibilitando a conservação desta fisionomia, mesmo de modo alterado. Das formações vegetais, a mata ciliar ocorre em maior área, com 10,12% (exceto campo sujo, que muitas vezes apresenta intervenções antrópicas), e os campos rupestres em apenas 0,17% da AID.

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V. III-51

Tabela 4.2.1.3-1

Fisionomias vegetais, usos e corpos d’água para a Área de Influência Direta – AID do AHE Couto Magalhães

Fisionomias Área (ha) %

Formações Florestais 5.629 2,32 Mata Ciliar 24.525 10,12 Cerrado 21.731 8,97 Campo Cerrado 23.644 9,76 Campo Sujo 25.181 10,39 Campo Rupestre 417 0,17 Campo Úmido 24.408 10,07 Agricultura 43.025 17,76 Silvicultura 4.913 2,03 Pastagem 68.608 28,32 Água 222 0,09 Total 242.303 100,00

• Levantamento florístico As espécies levantadas na AID (primeira e segunda campanha) são coincidentes com todos os pontos de estudo fitossociológico (7 fragmentos) e mais dois pontos em que foi realizado apenas o estudo florísitico (Mapa dos Locais de amostragem de Vegetação – MB-CTM-04). As espécies levantadas no levantamento florístico /estão listadas juntamente com as espécies da AII nos Quadro 4.2.1.2-2 e 4.2.1.2-3 que se encontram no item 4.2.1.2. • Levantamento fitossociológico Para a AID foram realizados levantamentos fitossociológicos em sete fragmentos vegetais remanescentes, sendo os mesmos representados por duas áreas de mata ciliar, duas áreas de cerrado senso restrito, uma área de floresta estacional semidecidual, uma área de cerradão e uma área com campo cerrado, analisando-se assim, todas as fisionomias arbóreas da AID. Este levantamento é importante para avaliar a vegetação do entorno da ADA e que poderá fornecer subsídios sobre as condições de flora e dos habitats para a fauna que permanecerá na região. Primeira Campanha - abril/2007 P6 - Mata Ciliar Área de Mata Ciliar bem preservada, com elevada riqueza de espécies com 32 espécies, em 19 famílias e, muitos indivíduos de grande porte (Figura 4.2.1.3-1). As espécies mais relevantes segundo o VI foram copaíba (Copaifera langsdorfii), amora branca (Maclura tinctoria) e marinheiro (Guarea guidonia) representando 80,88% do VI total (Quadro 4.2.1.3-1). Destacam-se neste fragmento a copaíba (Copaifera langsdorfii) e o guatambu-vermelho (Aspidosperma subicanum) que são plantas características de transição de cerrado para floresta semidecídua.Ocorrem tanto em formações primárias como em áreas secundárias. Já a amora

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V. III-52

branca (Maclura tinctoria) e o marinheiro (Guarea guidonia) são plantas comuns em áreas secundárias, e ocorrem principalmente em solos úmidos (Lorenzi, 2000). Quanto a outro fator que avalia a estrutura da vegetação, observou-se que mesmo com diâmetros maiores, com 50,5% dos indivíduos com diâmetros superiores a 15cm, as árvores não excedem 15m de altura, com a maioria dos indivíduos, 57,5%, apresentando entre 5 a 10m de altura (Figura 4.2.1.3-2).

Quadro 4.2.1.3-1 Dados fitossociológicos da amostragem da Área P6/AID – Mata Ciliar.

FAMÍLIA ESPÉCIE NI NO DR DoR FR VI VC

Fabaceae Copaifera langsdorfii 8 8 10,00 11,12 11,27 32,39 21,12Moraceae Maclura tinctoria 6 6 7,50 10,71 8,45 26,66 18,21Meliaceae Guarea guidonia 8 5 10,00 4,78 7,04 21,83 14,78Apocynaceae Aspidosperma subincanum 7 5 8,75 5,94 7,04 21,74 14,69Fabaceae Hymenaea courbaril 3 3 3,75 13,53 4,23 15,84 17,28Apocynaceae Aspidosperma parvifolium 4 3 5,00 6,61 4,23 15,84 11,61Vochysiaceae Callisthene major 3 2 3,75 8,49 2,82 15,05 12,24Anacardiaceae Tapirira guianensis 1 1 1,25 11,39 1,41 14,05 12,64Rubiaceae Alibertia sessilis 4 4 5,00 1,01 5,63 11,64 6,01Annonaceae Annona crassiflora 3 3 3,75 3,36 4,23 11,34 7,11Não identificada Morta 3 2 3,75 2,68 2,82 9,24 6,43Anacardiaceae Myracrodruon urundeuva 2 2 2,50 3,37 2,82 8,69 5,87Fabaceae Bauhinia rufa 2 2 2,50 2,15 2,82 7,47 4,65Meliaceae Trichilia paliida 2 2 2,50 1,43 2,82 6,75 3,93Combretaceae Buchenavia sp. 2 2 2,50 1,40 2,82 6,72 3,90Nyctaginaceae Guapira sp. 2 2 2,50 1,07 2,82 6,39 3,57

Dalbergia miscololobium 2 2 2,50 0,89 2,82 6,21 3,39Fabaceae Platypodium elegans 2 2 2,50 0,31 2,82 5,62 2,81Luehea sp. 1 1 1,25 2,71 1,41 4,73 3,96Tiliaceae Luehea candicans 1 1 1,25 1,57 1,41 4,23 2,82

Celastraceae Maytenus sp. 2 1 2,50 0,31 1,41 4,22 2,81Myrtaceae Eugenia sp.5 1 1 1,25 0,84 1,41 3,49 2,09Bignoniaceae Tabebuia roseo-alba 1 1 1,25 0,66 1,41 2,99 1,91Myrtaceae Eugenia sp.1 1 1 1,25 0,33 1,41 2,99 1,58Ulmaceae Trema micrantha 1 1 1,25 0,31 1,41 2,88 1,56Fabaceae Piptadenia gonoacantha 1 1 1,25 0,22 1,41 2,88 1,47Myrtaceae Myrcia sp.4 1 1 1,25 0,16 1,41 2,82 1,41Bignoniaceae Tabebuia sp. 1 1 1,25 0,16 1,41 2,81 1,41Rhamnaceae Rhamnidium elaeocarpum 1 1 1,25 0,15 1,41 2,81 1,40Flacourtiaceae Casearia sylvestris 1 1 1,25 0,13 1,41 2,78 1,38Sapotaceae Chrysophyllum marginatum 1 1 1,25 0,08 1,41 2,74 1,33Tiliaceae Luehea divaricata 1 1 1,25 0,05 1,41 2,71 1,30Legenda: NI: número de indivíduos; NO: número de ocorrências; DR: densidade relativa; DoR: dominância relativa; FR: frequência relativa; VI: Valor de importância; e VC: Valor de cobertura.

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V. III-53

6,6

24,2

18,7 18,7

31,8

0

5

10

15

20

25

30

35

1 2 3 4 5Classes de diâmetro (cm)

% d

o nú

mer

o to

tal d

e in

diví

duos

Figura 4.2.3-1:Distribuição das classes de diâmetro dos indivíduos amostrados na Área

P6. Classe de diâmetros: 0-5cm; 2:5,1-10cm;3: 10,1-15cm; 4: 15,1-20cm; 5: >20cm.

10

57,5

32,5

0

10

20

30

40

50

60

70

1 2 3

Classes de altura (m)

% d

o nú

mer

o to

tal d

e in

diví

duos

Figura 4.2.1.3-2: Distribuição das classes de altura dos indivíduos amostrados na Área 6.

Classes de altura: 1: 0-5m; 2: 5,1-10m; 3: 10,1-15m; 4: 15,1-20m; 5: >20m. P8 - Mata Ciliar (Floresta Estacional Semidecidual Aluvial) Para esta área, foram registradas 24 espécies, distribuídas entre 15 famílias. A análise das características estruturais desta área revelou expressivos valores fitossociológicos para a aroeira (Myracrodruon urundeuva) (Quadro 4.2.1.3-2). Neste estudo foram levantados 23 indivíduos de aroeira, que correspondem a 28,75% das plantas amostradas. Esta área apresenta-se bastante alterada pela retirada de madeira, com baixa riqueza de espécie e sub-bosque pouco denso. Considerando-se a distribuição diamétrica e de alturas (Figuras 4.2.1.3-3 e 4.2.1.3-4), observa-se que 70,6% dos indivíduos apresentam entre 5 e 10cm de diâmetro, e 51,25% deles alcança

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V. III-54

até 5m de altura. Verifica-se, portanto, que a área em questão encontra-se em estágio inicial de regeneração, o que é evidenciado pela concentração de indivíduos nas classes inferiores.

Quadro 4.2.1.3-2

Dados fitossociológicos da amostragem da Área P8/AID – Mata Ciliar.

FAMÍLIA ESPÉCIE NI NO DR DoR FR VI VC Anacardiaceae Myracrodruon

urundeuva 23 11 28,75 64,68 19,30 112,72 93,43

Sapotaceae Chrysophyllum marginatum 7 5 8,75 21,73 8,77 39,25 30,48

Tiliaceae Luehea divaricata 12 8 15,00 1,55 14,04 30,58 16,55Fabaceae Anadenanthera

colubrina 8 5 10,00 1,82 8,77 17,05 11,82

Rhamnaceae Rhamnidium elaeocarpum 6 5 7,50 0,78 8,77 17,05 8,28

Fabaceae Copaifera martii 1 1 1,25 5,64 1,75 8,64 6,89Anacardiaceae Astronium fraxinifolium 2 2 2,50 0,63 3,51 6,64 3,13Não identificada Indeterminada sp.5 2 2 2,50 0,18 3,51 6,18 2,68Sapindaceae Dilodendron bipinnatum 2 1 2,50 0,22 1,75 4,47 2,72Rubiaceae Cupania vernalia 1 1 1,25 0,57 1,75 3,57 1,82Polygonaceae Coccoloba cf. mollis 1 1 1,25 0,28 1,75 3,28 1,53Dilleniaceae Curatella americana 1 1 1,25 0,25 1,75 3,26 1,50Falcourtiaceae Casearia rupestris 1 1 1,25 0,25 1,75 3,26 1,50Lauraceae Ocotea sp.1 1 1 1,25 0,22 1,75 3,23 1,47Fabaceae Centrolobium

tomentosum 1 1 1,25 0,18 1,75 3,19 1,43

Anacardiaceae Tapirira guianensis 1 1 1,25 0,14 1,75 3,14 1,39Chrysobalanaceae Hirtella gracilipes 1 1 1,25 0,12 1,75 3,12 1,37Fabaceae Bauhinia rufa 1 1 1,25 0,08 1,75 3,08 1,33Myrtaceae Myrcia cf. lingua 1 1 1,25 0,08 1,75 3,08 1,33Rubiaceae Chomelia sp. 1 1 1,25 0,08 1,75 3,08 1,33Bignoniaceae Tabebuia sp. 1 1 1,25 0,07 1,75 3,08 1,32Sapotaceae Pouteria sp.1 1 1 1,25 0,07 1,75 3,08 1,32Fabaceae Andira cuiabensis 1 1 1,25 0,06 1,75 3,06 1,31Rubiaceae Cupania termivalvis 1 1 1,25 0,05 1,75 3,05 1,30Legenda: NI: número de indivíduos; NO: número de ocorrências; DR: densidade relativa; DoR: dominância relativa; FR: frequência relativa; VI: Valor de importância; e VC: Valor de cobertura.

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V. III-55

16

70,6

9,21,6 2,6

0

10

20

30

40

50

60

70

80

1 2 3 4 5Classes de diâmetro (cm)

% d

o nú

mer

o to

tal d

e in

diví

duos

Figura 4.2.1.3-3:Distribuição das classes de diâmetro dos indivíduos amostrados na Área

P8. Classes de diâmetro: 1: 0-5cm; 2: 5,1-10cm; 3: 10,1-15cm; 4: 15,1-20cm; 5: >20cm.

51,2547,5

1,250

10

20

30

40

50

60

1 2 3

Classes de altura (m)

% d

o nú

mer

o to

tal d

e in

diví

duos

Figura 4.2.1.3-4: Distribuição das classes de altura dos indivíduos amostrados na Área P8.

Classes de altura: 1: 0-5m; 2:5,1-10m; 3:10, 1-15m; 4:5,1-20m; 5: >20m. P13 - Campo Cerrado A análise fitossociológica registrou 29 indivíduos, classificados em 22 espécies que estão distribuídas entre 17 famílias. É possível observar no Quadro 4.2.1.3-3 que os Valores de Imortância (VI) revelam-se baixos e semelhantes entre as espécies registradas. Tanto que a espécies de maior VI foi o pequiá, ou pequiarana (Caryocar sp.) com VI de apenas 8,03%. A área em questão apresenta espécies com diâmetro médio de 4,96cm, sendo que 88% dos indivíduos registrados apresentam até 5cm de diâmetro (Figura 4.2.1.3-5). Quanto à altura, 91,25% dos indivíduos alcançam até, no máximo, 10m de altura, sendo que 65% dos indivíduos estão na classe entre 5,1 e 10m (Figura 4.2.1.3-6).

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V. III-56

A distribuição de diâmetros e altura indicam que esta área apresenta estágio inicial de regeneração de acordo com a fisionomia identificada. É importante ainda destacar que houve queimada recentemente na área e foi possível observar um elevado número de indivíduos em processo de rebrota.

Quadro 4.2.1.3-3 Dados fitossociológicos da amostragem da Área P13/AID - Campo Cerrado.

FAMÍLIA ESPÉCIE NI NO DR DoR FR VI VC

Caryocaraceae Caryocar sp. 3 2 3,75 1,57 2,70 8,03 5,32Styracaceae Styrax campanarum 2 2 2,50 1,56 2,70 6,76 4,06Fabaceae Anadenanthera falcata 2 2 2,50 1,35 2,70 6,55 3,85Proteaceae Roupala montana 2 2 2,50 0,90 2,70 6,10 3,40Vochysiaceae Vochysia cinnamomea 2 2 2,50 0,36 2,70 5,56 2,86Annonaceae Annona crassiflora 1 1 1,25 2,70 1,35 5,30 3,95Bombacaceae Eriotheca gracilipes 2 1 2,50 0,70 1,35 4,55 6,20Malpighiaceae Byrsonima coccolobifolia 1 1 1,25 1,26 1,35 3,87 2,51Caryocaraceae Caryocar brasiliense 1 1 1,25 0,70 1,35 3,30 1,95Malpighiaceae Byrsonima basiloba 1 1 1,25 0,67 1,35 3,27 1,92Connaraceae Connarus suberosus 1 1 1,25 0,67 1,35 3,27 1,92Fabaceae Hymenaea martiana 1 1 1,25 0,67 1,35 3,27 1,92Combretaceae Buchenavia sp. 1 1 1,25 0,66 1,35 3,26 1,91Clusiaceae Kyelmeyera grandiflora 1 1 1,25 0,44 1,35 3,04 1,69Sapotaceae Chrysophyllum marginatum 1 1 1,25 0,38 1,35 2,98 1,63Myrtaceae Eugenia sp.5 1 1 1,25 0,32 1,35 2,92 1,57Melastomataceae Miconia albicans 1 1 1,25 0,26 1,35 2,68 1,51Vochysiaceae Qualea grandiflora 1 1 1,25 0,21 1,35 2,81 1,46Não identificada Indeterminada sp.3 1 1 1,25 0,21 1,35 2,81 1,46Myrtaceae Eugenia bimarginata 1 1 1,25 0,17 1,35 2,77 1,42Apocynaceae Himatanthus sp. 1 1 1,25 0,17 1,35 2,77 1,42Lauraceae Ocotea sp.3 1 1 1,25 0,17 1,35 2,77 1,42

Legenda: NI: número de indivíduos; NO: número de ocorrências; DR: densidade relativa; DoR: dominância relativa; FR: frequência relativa; VI: Valor de importância; e, VC: Valor de Cobertura.

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V. III-57

88

111

0102030405060708090

100

1 2 3Classes de diâmetro (cm)

% d

o nú

mer

o to

tal d

e in

diví

duos

Figura 4.2.1.3-5: Distribuição das classes de diâmetro dos indivíduos amostrados na Área

P13. Classes de diâmetro: 1: 0-5cm; 2: 5,1-10cm; 3: 10,1-15cm; 4: 15,1-20cm; 5: >20cm.

26,25

65

7,51,25

0

10

20

30

40

50

60

70

1 2 3 4

Classes de altura (m)

% d

o nú

mer

o to

tal d

e in

diví

duos

Figura 4.2.1.3-6: Distribuição das classes de altura dos indivíduos amostrados na Área

P13. Classes de altura: 1: 0-5m; 2: 5,1-10m; 3: 10,1-15m; 4: 15,1-20m; 5: >20m. Segunda Campanha - julho/2009 A2 - Cerradão/Floresta Estacional Semidecidual A área de transição Cerradão/Floresta Estacional Semidecidual, onde a amostragem fitossociológica foi realizada, apontou 19 espécies pertencentes a 16 famílias (Quadro 4.2.1.3-4). Os indivíduos amostrados nesta área apresentam diâmetro médio de 8,20cm. A distribuição diamétrica (Figura 4.2.1.3-7) revela que 63,75% dos indivíduos amostrados apresentam diâmetro de até 15,0cm.

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V. III-58

A altura média dos indivíduos amostrados foi de 2,33m e a distribuição de alturas totais (Figura 4.2.1.3-8) mostrou que 55% dos indivíduos apresentam altura entre 5,00 e 10,00m. A espécie mais relevante segundo VI foi o pau-terra (Qualea grandiflora) com 52,25% do VI total (Quadro 4.2.1.3-4). O pau-terra (Qualea grandiflora) é uma planta decídua, heliófita, seletiva xerófita, característica dos Cerrados e Campos Cerrados (Lorenzi, 2000).

Quadro 4.2.1.3-4

Dados fitossociológicos da amostragem da Área A2/AID - Cerradão-mata seca.

Família Espécie NI NO DR DoR FR VI VC Vochysiaceae Qualea grandiflora 9 8 15,00 19,86 17,39 52,25 34,86Asteraceae Piptocarpha rotundifolia 12 7 20,00 7,91 15,22 43,12 27,91Fabaceae Bowdichia virgilioides 3 3 5,00 23,60 6,52 35,12 18,60Myrtaceae Eugenia dysenterica 6 3 10,00 8,51 6,52 25,03 18,51Clusiaceae Kielmeyera coriacea 4 4 6,67 2,29 8,70 17,65 8,95Moraceae Brosimum gaudichaudii 4 2 6,67 5,24 4,35 16,26 11,91Vochysiaceae Vochysia rufa 4 2 6,67 4,92 4,35 15,94 11,59Euphorbiaceae Cordia glabrata 3 3 5,00 1,79 6,52 13,31 6,79Simaroubaceae Simarouba versicolor 2 2 3,33 5,15 4,35 12,83 8,48Apocynaceae Aspidosperma sp 2 2 3,33 4,36 4,35 12,04 7,69Malpighiaceae Byrsonima verbacifolia 2 2 3,33 3,84 4,35 11,52 7,17Araliaceae Schefflera macrocarpa 1 1 1,67 4,89 2,17 8,73 6,55Erythroxylaceae Erythroxylum sp 2 1 3,33 1,04 2,17 6,55 4,38Fabaceae Machaerium villosum 1 1 1,67 1,59 2,17 5,43 3,26Annonaceae Annona coriacea 1 1 1,67 1,38 2,17 5,22 3,04Dilleniaceae Curatella americana 1 1 1,67 1,27 2,17 5,11 2,94Solanaceae Solanum lycocarpum 1 1 1,67 1,26 2,17 5,10 2,92Flacourtiaceae Casearia sylvestris 1 1 1,67 0,66 2,17 4,50 2,33Fabaceae Copaifera martii 1 1 1,67 0,46 2,17 4,30 2,12

Legenda: NI: número de indivíduos; NO: número de ocorrências; DR: densidade relativa; DoR: dominância relativa; FR: frequência relativa; VI: Valor de importância; e VC: Valor cobertura.

11,25

35

17,5

11,25

25

0

5

10

15

20

25

30

35

40

1 2 3 4 5

% d

o nú

mer

o to

tal d

e in

diví

duos

Classes de diâmetro (cm)

Figura 4.2.1.3-7: Distribuição das classes de diâmetro dos indivíduos amostrados na Área

A2. Classes de diâmetro: 1: 0-5cm; 2: 5,1-10cm; 3: 10,1-15cm; 4: 15,1-20cm; 5: >20cm

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V. III-59

16,25

55

22,5

6,25

0

10

20

30

40

50

60

1 2 3 4

% d

o nú

mer

o to

tal d

e in

diví

duos

Classes de altura (m)

Figura 4.2.1.3-8: Distribuição das classes de altura dos indivíduos amostrados na Área

A2. Classes de altura: 1: 0-5m; 2: 5,1-10m; 3: 10,1-15m; 4: 15,1-20m; 5: >20m.

A3 - Cerrado sentido restrito Área de Cerrado onde foram registradas 29 espécies pertencentes a 20 famílias (Quadro 4.2.1.3-5). As espécies mais relevantes segundo o VI foram (Pouteria torta) e lixeira (Curatella americana), representando 61,28% do VI total (Quadro 4.2.1.3-5). O abiu-piloso ou acá (Pouteria torta) é uma planta semidecídua e heliófita. É característica de floresta pluvial, mas pode ser encontrada na floresta semidecídua e sua transição para o cerrado (Lorenzi, 1998). O diâmetro médio dos indivíduos deste fragmento é de 10,55cm. A distribuição diamétrica (Figura 4.2.1.3-9) revela uma concentração de 36,7% indivíduos entre 10,1 e 15,00cm de diâmetro. A altura média foi de 3,66m e a distribuição de alturas totais (Figura 4.2.1.3-10) mostrou que 81,7% dos indivíduos apresentam alturas até 5m e nenhum indivíduo ultrapassou 10m de altura. A distribuição de altura e diâmetro revelam que a maioria dos invíduos são de pequeno porte.

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V. III-60

Quadro 4.2.1.3-5 Dados fitossociológicos da amostragem da Área A3/AID - Cerrado.

FAMÍLIA ESPÉCIE NI NO DR DoR FR VI VC

Sapotaceae Pouteria torta 2 2 3,33 28,52 3,45 35,30 31,86Dilleniaceae Curatella americana 5 5 8,33 9,03 8,62 25,98 17,36Clusiaceae Kielmeyera coriaceae 7 6 11,67 1,45 10,34 23,46 13,11Vochysiaceae Salvertia convallariaeodora 4 4 6,67 4,51 6,90 18,08 11,18Loganiaceae Strychnos pseudoquina 3 2 5,00 8,73 3,45 17,18 13,73Fabaceae Bowdichia virgiloides 3 3 5,00 5,08 5,17 15,25 10,08Annonaceae Annona cacans 3 3 5,00 4,07 5,17 14,24 9,07Styracaceae Styrax ferrugineus 3 3 5,00 3,29 5,17 13,46 8,29Fabaceae Acosmium dasycarpum 2 2 3,33 5,42 3,45 12,20 8,75Chrysobalanaceae Licania humilis 2 2 3,33 3,62 3,45 10,40 6,95Myrtaceae Myrcia camapuanensis 2 2 3,33 3,18 3,45 9,96 6,51Asteraceae Piptocarpha rotundifolia 2 2 3,33 2,44 3,45 9,22 5,77Malpighiaceae Byrsonima coccolobifolia 2 2 3,33 2,28 3,45 9,06 5,61Vochysiaceae Qualea parviflora 2 2 3,33 1,50 3,45 8,28 4,84Proteaceae Roupala montana 2 2 3,33 1,48 3,45 8,26 4,81Melastomataceae Mouriri elliptica 2 2 3,33 1,45 3,45 8,23 4,78Bombacaceae Eriotheca pubecens 2 2 3,33 0,90 3,45 7,69 4,24Annonaceae Annona crassiflora 1 1 1,67 2,08 1,72 5,47 3,74Sapotaceae Pouteria sp 1 1 1,67 1,99 1,72 5,38 3,65Fabaceae Hymenaea stigonocarpa 1 1 1,67 1,90 1,72 5,29 3,56Myrtaceae Myrcia linguiformis 1 1 1,67 1,81 1,72 5,20 3,48Fabaceae Ormosia arborea 1 1 1,67 1,72 1,72 5,11 3,39Apocynaceae Aspidosperma

macrocarpon 1 1 1,67 0,99 1,72 4,38 2,65

Nyctaginaceae Ouratea hexasperma 1 1 1,67 0,92 1,72 4,31 2,59Fabaceae Machaerium cf. opacum 1 1 1,67 0,69 1,72 4,08 2,36Rubiaceae Palicourea rigida 1 1 1,67 0,45 1,72 3,84 2,12Erythroxylaceae Erythroxylum suberosum 1 1 1,67 0,26 1,72 3,65 1,93Bignoniaceae Tabebuia serratifolia 1 1 1,67 0,12 1,72 3,51 1,79Fabaceae Stryphnodendron

adstringens 1 1 1,67 0,12 1,72 3,51 1,79

Legenda: NI: número de indivíduos; NO: número de ocorrências; DR: densidade relativa; DoR: dominância relativa; FR: frequência relativa; VI: Valor de importância; e VC: Valor de cobertura.

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V. III-61

21,7

28,3

36,7

6,7 6,7

0

5

10

15

20

25

30

35

40

1 2 3 4 5

% d

o nú

mer

o to

tal d

e in

diví

duos

Classes de diâmetro (cm)

Figura 4.2.1.3-9: Distribuição das classes de diâmetro dos indivíduos amostrados na Área

A3. Classes de diâmetro: 1: 0-5cm; 2: 5,1-10cm; 3: 10,1-15cm; 4: 15,1-20cm; 5: >20cm.

81,7

18,3

0102030405060708090

1 2

% d

o nú

mer

o to

tal d

e in

diví

duos

Classes de altura (m)

Figura 4.2.1.3-10: Distribuição das classes de altura dos indivíduos amostrados na Área

A3. Classes de altura: 1: 0-5m; 2: 5,1-10m; 3: 10,1-15m; 4: 15,1-20 m; 5: >20m. A10 - Cerrado sentido restrito Nesta área foram registradas 23 espécies, em 16 famílias. A análise das características estruturais desta área revelou expressivos valores fitossociológicos para murici (Byrsonima pachyphylla) e açoita-cavalo (Luehea candicans) (Quadro 4.2.1.3-6 ). Neste estudo foram levantados cinco indivíduos de murici, que correspondem a 12,50% das plantas amostradas. O murici (Byrsonima pachyphylla), que apresentou VI de 34,20%, ocorre em cerrado sentido restrito e campos, e tem dispersão por aves. A açoita-cavalo (Luehea candicans), com VI de 31,75%, é uma planta rara e de dispersão descontínua, mais comumente encontrada em formações abertas e secundárias. É

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V. III-62

semidecídua, heliófita, seletiva xerófita, característica e exclusiva da floresta semidecídua da Bacia do Paraná (Lorenzi, 1998). A distribuição diamétrica (Figura 4.2.1.3-11) revela que 80% dos indivíduos amostrados apresentam até 10cm de diâmetro, sendo que 42,5% deles apresentam-se na classe entre 5,0 e 10cm. A distribuição de alturas totais (Figura 4.2.1.3-12) mostrou que 75% dos indivíduos apresentam altura de até 5,00 e nenhum indivíduo ultrapassou 10,00m de altura. Considerando-se a distribuição diamétrica e de alturas (Figuras 4.2.1.3-11 e 4.2.1.3-12), verifica-se que a área em questão apresenta concentração de indivíduos nas classes inferiores.

Quadro 4.2.3-6 Dados fitossociológicos da amostragem da Área A10/AID - Cerrado.

FAMÍLIA ESPÉCIE NI NO DR DoR FR VI VC

Malpighiaceae Byrsonima pachyphylla 5 5 12,50 7,00 14,71 34,20 19,50Tiliaceae Luehea candicans 3 3 7,50 15,43 8,82 31,75 20,61Sapindaceae Talisia esculenta 4 2 10,00 10,61 5,88 26,49 21,96Vochysiaceae Callisthene fasciculata 1 1 2,50 19,46 2,94 24,90 13,12Erythroxylaceae Erythroxylum citrifolium 4 3 10,00 3,12 8,82 21,94 18,57Dilleniaceae Curatella americana 2 1 5,00 13,57 2,94 21,51 11,91Poligonaceae Coccoloba mollis 2 2 5,00 6,91 5,88 17,79 6,00Proteaceae Roupala montana 2 2 5,00 1,00 5,88 11,88 8,46Vochysiaceae Qualea multiflora 2 1 5,00 3,46 2,94 11,40 7,24Rubiaceae Coussarea hydrangeaefolia 1 1 2,50 4,74 2,94 10,18 6,50Ebenaceae Diospyrus cf. brasiliensis 2 1 5,00 1,50 2,94 9,44 5,41Myrtaceae Myrcia pubipetala 1 1 2,50 2,91 2,94 8,35 4,49Anacardiaceae Thyrsodium spruceanum 1 1 2,50 1,99 2,94 7,43 4,49Vochysiaceae Qualea parviflora 1 1 2,50 1,99 2,94 7,43 3,89Rubiaceae Guetarda viburnioides 1 1 2,50 1,39 2,94 6,83 3,28Burseraceae Protium heptaphyllum 1 1 2,50 0,88 2,94 6,33 3,28Fabaceae Bauhinia sp 1 1 2,50 0,78 2,94 6,22 3,09Myrtaceae Myrcia sp 1 1 2,50 0,78 2,94 6,22 2,92Sapindaceae Matayba guianensis 1 1 2,50 0,78 2,94 6,22 2,72Melastomataceae Miconia albican 1 1 2,50 0,59 2,94 6,03 2,72Sapotaceae Chrysophyllum marginatum 1 1 2,50 0,50 2,94 5,94 2,62Anacardiaceae Astronium fraxinifolium 1 1 2,50 0,42 2,94 5,86 2,02Vochysiaceae Vochysia divergens 1 1 2,50 0,22 2,94 5,66 2,00

Legenda: NI: número de indivíduos; NO: número de ocorrências; DR: densidade relativa; DoR: dominância relativa; FR: frequência relativa; VI: Valor de importância; e VC: Valor de cobertura.

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V. III-63

37,542,5

15

5

05

1015202530354045

1 2 3 4

% d

o nú

mer

o to

tal d

e in

diví

duos

Classes de diâmetro (cm)

Figura 4.2.1.3-11: Distribuição das classes de diâmetro dos indivíduos amostrados na Área A10. Classes de diâmetro: 1: 0-5cm; 2: 5,1-10cm; 3: 10,1-15cm; 4: 15,1-20cm; 5:

>20cm.

75

25

0

10

20

30

40

50

60

70

80

1 2

% d

o nú

mer

o to

tal d

e in

diví

duos

Classes de altura (m)

Figura 4.2.1.3-12: Distribuição das classes de altura dos indivíduos amostrados na Área

10. Classes de altura: 1: 0-5m; 2: 5,1-10m; 3: 10,1-15m; 4: 15,1-20 m; 5: >20m. A11 – Floresta Semidecídua (Mata Seca) Nesta área foram registradas 24 espécies pertencentes a 13 famílias. A espécie mais relevante segundo o VI foi Chrysophyllum marginatum 31,59% do Valor de Importância total (Quadro 4.2.1.3-7). O aguaí (Chrysophyllum marginatum) é uma planta semidecídua, heliófita, seletiva higrófita, pioneira, que é característica e exclusiva de matas semideciduais (Lorenzi, 1998) Em relação à estrutura, a vegetação desse fragmento apresentou diâmetro médio de 15,67cm. O histograma diamétrico (Figura 4.2.1.3-13) mostra que esta área é composta por indivíduos

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V. III-64

distribuídos em todas as classes de diâmetros apresentadas, embora concentre 45,3% dos indivíduos na classe de 5,1 a 10,0cm. A altura média dos indivíduos amostrados foi de 9,77m, e a distribuição de alturas totais (Figura 4.2.1.3-14) concentra 54,7% dos indivíduos amostrados entre 5,1 e 10,00m de altura. É posível observar, então, que a maioria dos indivíduos apresentam-se nas classes inferiores.

Quadro 4.2.1.3-7 Dados fitossociológicos da amostragem da Área 11/AID Mata seca, região do Babilônia

Família Espécie NI NO DR DoR FR VI VC

Sapotaceae Chrysophyllum marginatum 3 1 4,69 25,01 1,89 31,59 29,70Sapindaceae Allophylus edulis 8 7 12,50 4,22 13,21 29,93 16,72

Bauhinia sp 8 7 12,50 3,72 13,21 29,43 16,22Fabaceae Anadenanthera peregrina 6 5 9,38 10,08 9,43 28,89 19,46

Apocynaceae Aspidosperma sp. 2 2 3,13 21,08 3,77 27,98 24,21Fabaceae Machaerium sp 3 3 4,69 5,20 5,66 15,55 9,88Meliaceae Guarea cf. kunthiana 3 3 4,69 4,28 5,66 14,63 8,97Fabaceae Copaifera langsdorfii 1 1 1,56 8,09 1,89 11,54 9,66Rubiaceae Alibertia edulis 3 3 4,69 0,34 5,66 10,69 5,03Fabaceae Machaerium stipitatum 4 2 6,25 0,62 3,77 10,65 6,87Anacardiaceae Astronium graveolens 1 1 1,56 6,73 1,89 10,17 8,29Fabaceae Zollernia ilicifolia 3 1 4,69 1,77 1,89 8,35 6,46Myrtaceae Campomanesia cf. velutina 2 2 3,13 1,32 3,77 8,21 4,44Myrtaceae Eugenia sp1 2 2 3,13 0,98 3,77 7,88 4,11Rubiaceae Alseis floribunda 2 2 3,13 0,80 3,77 7,70 3,92Sterculiaceae Guazuma ulmifolia 2 1 3,13 2,46 1,89 7,47 5,59Piperaceae Piper sp 2 2 3,13 0,25 3,77 7,15 3,38Fabaceae Cassia cf. multijuga 2 2 3,13 0,19 3,77 7,09 3,31Meliaceae Trichilia elegans 2 1 3,13 1,16 1,89 6,17 4,28Fabaceae Acacia polyphylla 1 1 1,56 0,81 1,89 4,26 2,37Bignoniaceae Tabebuia aff. roseo-alba 1 1 1,56 0,44 1,89 3,89 2,01Fabaceae Inga sessilis 1 1 1,56 0,25 1,89 3,70 1,82Monimiaceae Mollinedia schottiana 1 1 1,56 0,11 1,89 3,55 1,67Moraceae Pseudolmedia cf. laevigata 1 1 1,56 0,07 1,89 3,52 1,64

Legenda: NI: número de indivíduos; NO: número de ocorrências; DR: densidade relativa; DoR: dominância relativa ; FR: frequência relativa; VI: Valor de importância; e VC: Valor de cobertura.

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V. III-65

6,3

45,3

15,6 15,6 17,2

05

101520253035404550

1 2 3 4 5

% d

o nú

mer

o to

tal d

e in

diví

duos

Classes de diâmetro (cm)

Figura 4.2.1.3-13: Distribuição das classes de diâmetro dos indivíduos amostrados na Área A11. Classes de diâmetro: 1: 0-5cm; 2: 5,1-10cm; 3: 10,1-15cm; 4: 15,1-20cm; 5:

>20cm.

14,1

54,7

15,612,5

3,1

0

10

20

30

40

50

60

1 2 3 4 5

% d

o nú

mer

o to

tal d

e in

diví

duos

Classes de altura (m)

Figura 4.2.1.3-14: Distribuição das classes de altura dos indivíduos amostrados na Área

A11. Classes de altura: 1: 0-5m; 2: 5,1-10m; 3: 10,1-15m; 4: 15,1-20m; 5: >20m 4.2.1.4) Área Diretamente Afetada (ADA) • Fitofisionomia De modo geral, a paisagem na ADA é notadamente secundária, onde a flora está associada ao Bioma Cerrado, cujos fragmentos de vegetação natural encontram-se entremeados por plantações de soja, milho e outras culturas, além de áreas de pastagens. Essas formações apresentam caráter secundário, devido ao predomínio de espécies heliófilas, seletivas xerófilas ou seletivas higrófilas. Grande parte dessas áreas florestais corresponde à mata ciliar e formações vegetais que ocorrem em recortes geométricos, delimitados pela atividade agropecuária.

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V. III-66

Os fragmentos caracterizados pelas Matas Ciliares, Matas Secas, Cerradões e Cerrados apresentam-se alterados pelo efeito de borda ou pelo extrativismo vegetal. As formações ciliares são alteradas com poucos indivíduos de grande porte, que foram e continuam sendo retirados para exploração de madeira. Conforme apresentado no Mapa de Vegetação, Uso e Ocupação do Solo – ADA (MB-MS-CTM011) e Tabela 4.2.1.4-1 os padrões fisionômicos observados na ADA englobam Formações Florestais, identificadas em Floresta Estacional, Mata Ciliar, e Cerradão; Formações Savânicas identificado apenas e Cerrado sentido restrito; Formações Campestres divididas em Campo Cerrado, Campo Sujo e Campos Úmidos, e áreas de uso antrópico identificadas em Pastagem e Agricultura. A área total de ADA corresponde a 2.166,57ha. Dessa área, 65,3% apresenta fitofisionomia vegetal, sendo que a área a ser suprimida pelo empreendimento será de aproximadamente 564ha, e a Área de Preservação Permanente que se formará com o reservatório compreenderá 852ha de áreas com vegetação nativa. Todas as tipologias de vegetação encontradas na ADA são também encontradas na AID e estão descritas no item 4.2.1.3.

Tabela 4.2.1.4-1 Distribuição de fitofisionomias na ADA em hectare (ha).

Fitofisionomia Obras de infraestrutura Reservatório Área de Preservação

Permanente Floresta Estacional 0,35 1,71 0,00 Cerradão 0,96 19,15 17,19 Cerrado 2,14 73,09 246,16 Mata ciliar 2,69 324,10 380,17 Campo cerrado 3,69 42,46 136,64 Campo sujo 1,02 65,51 70,78 Campo úmido 0,53 22,02 0,95 Total 11,38 548,04 851,89

• Levantamento florístico O levantamento florístico efetuado nas Áreas P1, P2, P3, P4, P9 (Primeira Campanha) e Áreas A1, A4, A5, A6, A12, A13 (Segunda Campanha), revelou a presença de 56 famílias e 284 espécies arbóreas, destas 105 foram encontradas apenas na ADA (Quadro 4.2.1.4-1). Esse aumento no número de espécies identificadas para a ADA está associado ao maior esforço de amostragem realizado nesta área de influência. Observa-se que para as espécies arbóreas a família Fabaceae apresentou maior número de espécies (50), seguida por Myrtaceae (22), mesmo padrão observado na AII e AID. Dentre as ervas, arbustos, sub-arbustos, epífitas e lianas foram levantadas 88 espécies, pertencentes a 43 famílias (Quadro 4.2.1.4-2). Para o levantamento de espécies-alvo para epífitas realizado nas cachoeiras do Alto Araguaia (AII), do rio Babilônia (AID – Foto 8) e Couto de Magalhães (ADA), foram encontradas 29 espécies (Quadro 4.2.1.4-3).

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V. III-67

A abrangência do registro de espécies na ADA reflete a região, ocupada por fisionomias tanto de cerrado como florestais, e por diferentes estágios sucessionais (principalmente estágio secundário, que indica alteração ambiental).

Quadro 4.2.1.4-1 Relação das espécies arbóreas amostradas na ADA.

Família Espécie Nome popular MC MS C CE CC V

Astronium fraxinifolium aroeira falsa X X Lithraea molleoides aroeirinha X X Myracrodruon urundeuva aroeira X X X Tapirira guianensis peito-de-pombo X

Anacardiaceae

Thyrsodium spruceanun X Guateria sp.* X X Rollinia emarginata araticum X X Annona crassifólia X X X Rollinia sericea X Rollinia sylvatica X Xylopia aromatica pindaiba X X X

Annonaceae

Xylopia sericea embira X X X Aspidosperma cf. cuspa guatambu X X Aspidosperma parvifolium X X Aspidosperma polyneuron* X Aspidosperma tomentosum guatambú-vermelho X Aspidosperma subicanum X X Aspidosperma sp.1 X Hancornia speciosa* mangabeira X

Apocynaceae

Himatanthus sp. X Aquifoliaceae Ilex sp.* fruteira X Araliaceae Dendropanax cuneatum* maria-mole X X X

Acrocomia aculeata* macauba X Attalea speciosa* babaçual X Euterpe edulis* jussara X Mauritia flexuosa buriti X Platonia insignis bacuri X X X Syagrus coronata* urucuri-iba X

Arecaceae

Syagrus oleraceae* gueroba X X Gochnatia cf. velutina X X Piptocarpha rotundifolia X

Asteraceae

Vernonia sp.* X X Jacaranda cuspidifolia* jacarandá X Tabebuia róseo-alba taipoca X X X Tabebuia impetiginsa* X Tabebuia chrysotricha* X Tabebuia vellosoi* X

Bignoniaceae

Tabebuia sp. X X X Bixaceae Bixa olerata* urucum

Eryotheca gracilipes binguinha X X Pseudobombax cf. tomentosum X X

Bombacaceae

Pseudobombax longiflorum X X Cordia trichotoma* X Boraginaceae Cordia glabrata* X

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V. III-68

Família Espécie Nome popular MC MS C CE CC V Protium heptaphyllum breu X Cecropia pachystachia embaúba X Cecropia cf. cineria* embaúba X Cecropia sp.* embaúba X

Burseraceae

Commiphora leptophloeos* X Austroplenckia cf. populnea X X Maytenus cf. robusta X Salacia elliptica bacupari X X

Celastraceae

Salacia sp. Hirtella gracilipes azeitona-de-macaco X X Licania apétala ajuru X

Chrysobalanaceae

Licania humilis marmelinho X X Buchenavia tomentosa periquiteira X X Combretum sp.*

Combretaceae

Terminalia argentea X Calophyllum brasiliense guanandi X Chrysophyllum gonocarpum X Chrysophyllum marginatum X Clusia criuva* criúva X X Garcinia sp. X

Clusiaceae

Kielmeyera coriacea pau-santo X X Dilleniaceae Curatella americana lixeira X X X

Diospyrus hispidai marmelada X X Diospyrus sp.* X

Ebenaceae

Diosyiros obovata* maria-preta X Erythoxylum cf. citrifolium muchiba X Erythroxylum daphnites* muchiba X

Erythroxylaceae

Erythroxylum sp. muchiba X Alchornea irucurana tapiá X X Croton cf. floribundus* capinxigui X X Croton urucurana* sangra d'água X X Croton sp.1 X Maprounea guianensis cascudinho X X

Euphorbiaceae

Sapium claussenianum* X Acacia sp. X Albizia niopoides* angico-branco X Anadenanthera colubrina angico-branco X Anadenanthera falcata angico X X Anadenanthera macrocarpa* angico X X

Anadenanthera peregrina X Andira cuiabensis mata-barata X X X Andira paniculata mata-barata X Andira vermífuga X Bauhinia cf. longifolia* unha-de-vaca X X X Bauhinia rufa X Bauhinia sp. X X X Bowdichia rufa* X X X X Centrolobium tomentosum araribá X Copaifera langsdorfii copaíba X Copaifera martii X Dalgergia frutescens* grão-de-porco X Dalbergia miscololobium X X Dimorphandra mollis X

Fabaceae Diptychandra aurantiaca carvão vermelho X X

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V. III-69

Família Espécie Nome popular MC MS C CE CC V Dipterix alata* combaru X Erythrina verna* X Hymenaea courbaril jatobá X X Hymenaea stigonocarpa jatobá X X Inga ingoides ingá X Inga laurina* ingá X Inga marginata ingá X Inga sessilis ingá X Inga uruguensis* ingá X Inga sp. ingá X Lonchocarpus sp.* X Machaerium acutifolium jacarandá X X X X Machaerium cf. brasiliensis* jacarandá X X X X Machaerium cf. hirtum* X Machaerium cf. scleroxylum* suca X X X

Machaerium cf. stipitatum farinha-seca X X X Machaerium sp. X Ormosia arborea X Ormosia stipularis* tento X X X Ormosia sp. X Peltophorum dubium* canafístula X X Piptadenia gonoacantha pau-jacaré X X Platypodium elegans fevereiro X Pterodon emarginatus* X Pterogyne nitens* X Sclerolobium paniculatum angá X X X X Senna sp.* Sthryphnodendron adstringens X

Stryphnodendron obovatum táxi-pomba X

Fabaceae

Swartzia sp. X Casearia sylvestris guaçatonga X X X Casearia grandiflora* erva-de-teiú X Casearia obliqua* X

Flacourtiacea

Casearia rupestris* erva-de-teiú X X Hippocratea sp.* X Hippocrataceae Cheiloclinium cognatum X

Icacinaceae Emmotum nitens sobre X X X X Endlicheria panniculata* X Nectandra lanceolata* canela X Nectandra megapotamica* X Ocotea corymbosa canela-fedida X X X Ocotea sp.1* X Ocotea sp.2* X Ocotea sp.3* X

Lauraceae

Ocotea cf. spixiana* canela-fedida Lecytidaceae Cariniana estrellensis jequitibá X Lythraceae Lafoencia pacari X Loganiaceae Antonia ovata quina X

Byrsonima intermédia murici X X Byrsonima coccolobifolia X Byrsonima pachyphylla X

Malpighiaceae

Byrsonima verbascifolia X

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V. III-70

Família Espécie Nome popular MC MS C CE CC V Talauma ovata* X Byrsonima lancifolia* murici

Magnoliaceae

Byrsonima sp. X Malvaceae Abutilon cf. ramiflorum* X

Miconia cf. chartaceae mexeriquinha X Melastomataceae Mouriri elliptica croada X X Miconia harthacea* X X Cedrela cf. odorata* cedro-cheiroso X X Cedrela fissilis X Guarea kunthiana marinheiro X Guarea guidonia camboatá X X Trichilia catigua catigua X Trichillia claussenii* X Trichilia elegans pau-de-ervilha

Meliaceae

Trichillia paliida X X Brosimum gaudichaudii mama cadela X X X Ficus cf. ulmilifolia* X X Ficus sp.1 gameleira X X Ficus sp.2 gameleria X X Fícus sp.3* X Fícus sp.4* X Maclura tinctoria X Morus nigra X Sorocea bonplandii* cincho X X

Moraceae

Sorocea cf. Ilicifolia sororoco Monimiaceae Siparuna guianensis capitiú X X

Rapanea guianensis canjiquinha X Myrsinaceae Rapanea aff. umbellata* capororoca-comum X X Campomanesia velutina X Campomanesia guaviroba* X Eugenia florida guamirim X Eugenia dysenterica* X Eugenia cf. multiflora* X Eugenia sp.1 X X Eugenia sp.2 X Eugenia sp.3 X Eugenia sp.4 X Eugenia sp.5 X Myrcia fallax guamirim-do-preto X X X Myrcia guianensis X Myrcia língua X Myrcia sellowiana* X Myrcia tomentosa X Myrcia sp.1 X Myrcia sp.2 X Myrcia sp3 X Myrcia sp4 X X Myrciaria sp.* X Psidium sp.

Myrtaceae

Siphoneugena densiflora* X Myristicaceae Virola sebifera virola X X X Nyctaginaceae Guapira sp. X X

Piper sp.1 X Piperaceae Piper sp.2* X

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V. III-71

Família Espécie Nome popular MC MS C CE CC V Coccoloba molis* falso-novateiro X X Coccoloba sp. X

Poligonaceae

Triplaris cf. americana* pau-formiga X Proteaceae Roupala montana carne-de-vaca X X

Celtis iguanea* X Celtis pubescens X Celtis sp.* X X X Rhamnidium elaeocarpum tarumaí X X

Rhamnaceae

Rhamnus sp.* X Alibertia edulis marmelada X X Alibertia sessilis marmelinho-do-mato X X X Amaioua intermédia X Bathysa sp* X X Chomelia pohliana* X Chomelia sp. X X Coussarea hydrangeaefolia bugre-branco X Coussarea plathyphylla cafezinho X Faramea cyanea* angélica X Genipa americana* X Guetarda pohliana* X Guetarda viburnoides X Posoqueria sp.* X Rubiaceae sp.1 X Rubiaceae sp.2 X Rudgea vibumoides congonha-de-bugre X Simira sp.* X

Rubiaceae

Tocoyena aff. formosa jenipapo X Helietta apiculata X X Esenbeckia sp* X Zanthoxyllum sp.* X

Rutaceae

Zanthoxyllum rhoifolium mamica-de-porca X Allophylus edulis X Allophylus petiolulatus* casca-solta Cupania terminalvis* X Cupania vernalis* camboatá X X Dilodendron bipinatum maria-podre X X Magonia pubescens tingui X X Matayba eleagnoides X Matayba guianensis zeca-tatu X X

Sapindaceae

Talisia esculenta X X Chrysophyllum gonocarpum* aguaí X X

Chrysophyllum marginatum* X X Micropholis venulosa* rosadinho X Pouteria ramiflora X Pouteria torta X

Sapotaceae

Pouteria sp.1 X Simaroubaceae Simarouba versicolor X

Guazuma ulmifolia mutambo X X Walteria sp.* mutamba X X X

Sterculiaceae

Sterculiaceae sp.1* X Styrax sp. X X X Styracaceae Styrax ferrugineus benjoeiro X X

Symplocaceae Symplocos sp.* X Theophrastaceae Clavija nutans X X

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V. III-72

Família Espécie Nome popular MC MS C CE CC V Apeiba tibourbou X X Luehea candicans açoita-cavalo X Luehea divaricada açoita-cavalo X X X Luehea grandifolia açoita-cavalo X X X Luehea paniculata* açoita-cavalo X Luehea sp.1 X Luehea sp.2 X

Tiliaceae

Luehea sp.3* X Ulmaceae Trema micrantha cambriúva X X

Aegiphila cf. cuspidata* tamanqueira X Aloysia virgara X

Verbenaceae

Citarexylum myrianthum* tucaneiro X X Callisthene major X X Callisthene fasciculata X X Salvertia convallariaeodora X Qualea cf. kunthiana* pau-terra X X Qualea multiflora X Qualea grandiflora X Qualea parviflora pau-terra-mirim X X Vochysia hankeana* pau-mulato X X Vochysia rufa X Indeterminada sp.1 X Indeterminada sp.2 X Indeterminada sp.3 X Indeterminada sp.4 X

Vochysiaceae

Indeterminada sp.5 X Legenda: Fitofisionomias: MC: Mata Ciliar, FE: Floresta Estacional, C: Cerradão, CE: Cerrado, CC: Campo Cerrado. *= espécies exclusivas da ADA.

Quadro 4.2.1.4-2 Relação das espécies amostradas nos estudos florísticos para espécies não-arbóreas.

Família Espécie Hábito PTERIDOFITA Aspleniaceae Asplenium stubelianum ERV

Blechnum sp1 ERV Blechnaceae

Blechnum sp2 ERV Cyatheaceae Cyathea cf delgadi ERV Lycopodiaceae Lycopodiella cf. cernua ERV Polypodiaceae Microgramma cf. percursa ERV

Anemia cf. phyllitidis ERV Adiantum cf. trapeziforme ERV

Pteridaceae

Adiantum sp. ERV Selaginellaceae Selaginella sp. ERV Nid Não identificada sp1 ERV Nid Não identificada sp2 ERV Nid Não identificada sp3 ERV Nid Não identificada sp4 ERV

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V. III-73

Família Espécie Hábito ANGIOSPERMAS

Justicia laevilinguis ERV Acanthaceae

Justicia sp. ERV Amaranthaceae Amaranthus sp. ERV Apiaceae Eryngium sp. ERV

Anthurium sp. ERV Philodendron bipinnatifidum EPI Philodendron sp1 EPI Philodendron sp2 ERV

Araceae

Xanthosoma sp. ERV Aristolochiaceae Aristolochia sp. LIA

Baccharis sp. SUB Elephantopus mollis ERV Eupatorium laevigatum ARB Eupatorium maximilliani ARB Eupatorium sp. SUB Gochnatia pulchra ARB

Asteraceae

Mikania sp. LIA Begoniaceae Begonia sp ERV Bixaceae Cochlospermum regium ARB Boraginaceae Tournefortia cf. paniculata SUB Bromeliaceae Aechmea bromeliifolia EPI

Epiphyllum phyllanthus EPI Rhipsalis sp. EPI

Cactaceae

Indeterminada sp1 EPI Campanulaceae Centropogon cornutus ERV Clusiaceae Kielmeyera cf. rubriflora ARB Commelinaceae Commelina sp ERV Costaceae Costus sp. ERV Dilleniaceae Davilla sp. LIA

Paepalanthus sp. ERV Syngonanthus sp1 ERV

Eriocaulaceae

Syngonanthus sp2 ERV Euphorbiaceae Cnidoscolus albomaculatus SUB

Bauhnia sp. 1 SUB Fabaceae Bauhnia sp. 2 SUB

Gentianaceae Deianira chiquitana VER Gesneriaceae Sinningia sp. ERV

Hyptis cf. crenata SUB Hyptis sp. 3 SUB

Lamiaceae

Peltodon sp. ERV Loganiaceae Strychnos brasiliensis LIA

Byrsonima sp. ARB Malpighiaceae Mascagania cf. rígida LIA

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V. III-74

Família Espécie Hábito Helicteres sp. ARB Malvaceae

Pavonia sp. SUB Marantaceae Calathea sp. ERV

Clidemia sp. SUB Microlicia cf. isophylla SUB

Melastomataceae

Rhynchanthera cf. dichotoma SUB Cleistes sp. EPI Epidendrum sp. EPI Isabelia sp. EPI Oeceoclades maculata ERV

Orchidaceae

Oncidium sp. EPI Peperomia crinicaulis ERV Peperomia pereskiaefolia ERV Piper aduncum SUB Piper cf. cernuum SUB Piper cf. crassinervium ARB

Piperaceae

Pothomorphe umbellata SUB Panicum sp. 2 ERV Paradiolyra sp. ERV

Poaceae

Paspalum sp. 2 ERV Podostemonaceae Monostylis cf. capillaceae ERV

Randia armata ARB Psychotria carthagenensis SUB

Rubiaceae

Psychotria cf. hoffmanseggiana ARB Serjania caracasana LIA Sapindaceae Serjania sp. LIA Cestrum sp. ARB Solanum sp1 SUB

Solanaceae

Solanum sp2 ERV Xyridaceae Xyris sp1 ERV Zingiberaceae Curcuma sp. ERV Legenda: ervas(VER), epífitas (EPI), lianas (LIA), arbustos (ARB), sub-arbusto (SUB) e palmeiras não-arborescentes (PAL).

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V. III-75

Quadro 4.2.1.4-3

Relação das espécies epífitas levantadas nas cachoeiras do Alto Araguaia (AII), do rio Babilônia (AID) e Couto de Magalhães (ADA).

Legenda: CCM= cachoeira Couto de Magalhães, CRB = cachoeira do rio Babilônia, CAA= cachoeira do Alto Araguaia. Espécies Ameaçadas Das espécies amostradas na ADA deste estudo, Myracrodrum urundeuva e Euterpe edulis estão citadas na listagem das espécies da flora ameaçadas de extinção e Astronium fraxinifolium e Protium heptaphyllum estão listadas entre as espécies com estudos insuficientes, segundo a Instrução Normativa IBAMA No 06 de 26/09/2008. Anadenanthera colubrina e Lafoensia pacari aparecem como raras e Cedrela fissilis como endêmica na lista da flora ameaçada de extinção com ocorrência no Brasil (IUCN, 2008), sendo que nenhuma delas está citada na lista da CITES.

Família Espécie CAA (AII)

CRB (AID)

CCM (ADA)

Anthurium sp. X X Araceae Philodendron sp. X Aechmea bromeliifolia X X Ananas ananassoides X Nidularium sp. X Não identificada sp1 X X

Bromeliaceae

Não identificada sp2 X X Epiphyllum sp. X Rhipsalis sp. X X

Cactaceae

Indeterminada sp1 X X Lycopodiaceae Lycopodiella cernua X X

Brassavola ceboletta X X Cleistes paranaensis X Cyrtopodium fowliei X X Encyclia vespa X Epidendrum paniculatum X Epistephium laxiflorum X X Epistephium sclerophyllum Eulophia alta X Galeandra stillomisantha Habenaria achalensis X Habenaria glazioviana X Habenaria obtusa Notylia hemitricha X X Oncidium cebolleta X Pacygenium aminatum X X

Orchidaceae

Pleurothallis miqueliana X Peperomia crinicaulis X X Piperaceae Peperomia pereskiaefolia X X

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V. III-76

Nenhuma das espécies de epífitas amostradas nas cachoeiras Couto de Magalhães, Alto Araguaia e do rio Babilônia foram encontradas nas listas de espécies ameaçadas (Instrução Normativa IBAMA No 06 de 26/09/2008; IUCN, 2008). • Fitossociologia Primeira Campanha - abril/2007 P1 - Mata Ciliar Neste fragmento estreito de mata ciliar a amostragem fitossociológica realizada apontou 26 espécies de 16 famílias (Quadro 4.2.1.3-4). A espécie mais relevante segundo VI foi capororoca (Rapanea guianensis) com 55,66% do VI total (Quadro 4.2.1.3-4). Trata-se de uma planta decídua, heliófita, pioneira, seletiva higrófita, característca de vegetação secundária (Lorenzi, 1998). O diâmetro médio das espécies nesta área é de 13,51cm. A distribuição diamétrica (Figura 4.2.1.4-1) revela que quase a metade dos indivíduos amostrados (44,4%) situa se entre 5,1 a 10cm de diâmetro. A altura média foi de 6,06m e a distribuição de alturas totais (Figura 4.2.1.4-2) mostrou que mais da metade dos indivíduos apresentam alturas entre 5,1 a 10m., sendo que 2,5%dos indivíduos apresentam altura entre 10,1 a 15m. O sub-bosque desta área está bastante descaracterizado. A presença de gado no interior dos fragmentos alterou a composição e estrutura do sub-bosque, diminuindo a riqueza de espécies, seja por pastejo ou pelo pisoteio das plântulas. Pelas características estruturais e composição de espécies, esta formação foi considerada secundária, em estágio inicial de regeneração.

Quadro 4.2.1.4-4 Dados fitossociológicos da amostragem da Área P1/ADA Mata Ciliar.

FAMÍLIA ESPÉCIE NI NO DR DoR FR VI VC

Myrsinaceae Rapanea guianensis 14 9 17,50 22,64 15,52 55,66 40,14Rubiaceae Chomelia sp. 7 5 8,75 23,62 8,62 40,99 32,37Dilleniaceae Curatella americana 8 6 10,00 3,68 10,34 24,02 13,68Rubiaceae Rubiaceae sp.2 6 4 7,50 2,56 6,90 16,96 10,06Anacardiaceae Tapirira guianensis 4 2 5,00 4,38 3,45 12,83 9,38Apocynaceae Himatanthus sp. 3 2 3,75 5,43 3,45 12,63 9,18Clusiaceae Chrysophyllum

marginatum 3 2 3,75 4,44 3,45 11,64 8,19

Fabaceae Hymenaea courbaril 2 2 2,50 5,57 3,45 11,52 8,07Anacardiaceae Myracrodruon

urundeuva 4 2 5,00 2,37 3,45 10,82 7,37

Moracee Ficus sp.2 2 2 2,50 4,54 3,45 10,49 7,04Anacardiaceae Lithraea molleoides 3 3 3,75 1,53 5,17 10,46 5,28Annonaceae Annona crassiflora 4 2 5,00 1,74 3,45 10,19 6,74

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V. III-77

FAMÍLIA ESPÉCIE NI NO DR DoR FR VI VC Malpighiacea Byrsonima intermedia 2 2 2,50 3,64 3,45 9,59 6,14Fabaceae Inga ingnoides 2 2 2,50 1,65 3,45 7,60 4,15

Myrcia sp.4 2 2 2,50 1,49 3,45 7,44 3,99Myrtaceae Eugenia sp.1 2 1 2,50 1,39 1,72 5,61 3,89

Lauraceae Ocotea sp.3 1 1 1,25 2,47 1,72 5,45 3,72Apocynaceae Aspidosperma cf.

cuspa 2 1 2,50 1,08 1,72 5,30 3,58

Anacardiaceae Astronium fraxinifolium 2 1 2,50 0,97 1,72 5,19 3,47Annonaceae Guatteria sp. 1 1 1,25 1,95 1,72 4,92 3,20Burseraceae Cecropia sp. 1 1 1,25 1,18 1,72 4,15 2,43Proteaceae Roupala montana 1 1 1,25 0,78 1,72 3,76 2,03Malpighiaceae Byrsonima sp. 1 1 1,25 0,47 1,72 3,45 1,72Não identificada Indeterminada sp.2 1 1 1,25 0,20 1,72 3,17 1,45

Vochysiaceae Qualea multiflora 1 1 1,25 0,11 1,72 3,08 1,36Myrtaceae Eugenia sp.4 1 1 1,25 0,11 1,72 3,08 1,36Legenda: NI: número de indivíduos; NO: número de ocorrências; DR: densidade relativa; DoR: dominância relativa; FR: frequência relativa; VI: Valor de importância; e VC: Valor de Cobertura.

5,7

44,4

23,8

12,5 13,6

05

101520253035404550

1 2 3 4 5Classes de diâmetro (cm)

% d

o nú

mer

o to

tal d

e in

diví

duos

Figura 4.2.1.4-1: Distribuição das classes de diâmetro dos indivíduos amostrados na Área

A1. Classes de diâmetro: 1: 0-5cm; 2: 5,1-10cm; 3: 10,1-15cm; 4: 15,1-20cm; 5: >20cm.

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V. III-78

42,5

55

2,5

0

10

20

30

40

50

60

1 2 3Classes de altura (m)

% d

o nú

mer

o to

tal d

e in

diví

duos

Figura 4.2.1.4-2:Distribuição das classes de altura dos indivíduos amostrados na Área 1.

Classes de altura: 1: 0-5m; 2: 5,1-10m; 3: 10,1-15m; 4: 15,1-20m; 5: >20m. P2 - Floresta Estacional Semidecidual (Mata Seca ) Trata-se de uma mata sub-bosque pouco conspícua e dossel semiaberto, onde foram registradas 31 espécies de 20 famílias(Quadro 4.2.1.4-5). As espécies mais relevantes segundo o VI foram aroeira (Myracrodruon urundeuva), pau-de-bicho (Guazuma ulmifolia) e pururuca (Casearia rupestris) representando 127,18% do VI total (Quadro 4.2.1.4-5). A aroeira (Myracrodruon urundeuva) é uma planta decídua, heliófita, seletiva xerófita, ocorrendo em agrupamentos densos, tanto em formações abertas e muito secas até em formações úmidas e fechadas (Lorenzi, 2000). O pau-de-bicho, ou mutambo (Guazuma ulmifolia) é uma planta semidecídua, heliófita, pioneira e característica das formações secundárias da floresta latifoliada da Bacia do Paraná. Enquanto isso, pururuca (Casearia rupestris) também semidecídua e heliófita, porém é secundária e característica da mata latifoliada semidecídua e de sua transição para o cerrado (cerradão) (Lorenzi, 1998). O diâmetro médio deste fragmento é de 12,31cm. A distribuição diamétrica (Figura 4.2.1.4-3) revela uma concentração de 45,6% indivíduos entre 5,1 a 10cm e 37% entre 10,1 e 15cm. A distribuição de alturas totais (Figura 4.2.1.4-4) mostrou que 70% dos indivíduos situam-se no intervalo entre 5,1 e 10m. Nota-se que esta área apresentou média riqueza de espécies e indivíduos de porte médio, apontando para um estágio sucessional médio.

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V. III-79

Quadro 4.2.1.4-5 Dados fitossociológicos da amostragem da Área P2/ADA Floresta Estacional

Semidecidual.

FAMÍLIA ESPÉCIE NI NO DR DoR FR VI VC Anacardiaceae Myracrodruon urundeuva 20 14 25,00 14,47 21,21 60,68 39,47Sterculiaceae Guazuma ulmifolia 9 5 11,25 24,34 7,58 43,16 35,59Flacourtiaceae Casearia rupestris 8 5 10,00 5,76 7,58 23,34 15,76Annonaceae Annona crassiflora 3 2 3,75 6,61 3,03 13,39 10,36Hippocrataceae Hippocratea sp. 1 1 1,25 9,98 1,52 12,75 11,23Fabaceae Bauhinia sp. 4 4 5,00 1,57 6,06 12,63 6,57Burseraceae Protium heptaphyllum 2 2 2,50 5,69 3,03 11,22 8,19Chrysobalanaceae Hirtella gracilipes 3 3 3,75 2,34 4,55 10,63 6,09Bignoniaceae Tabebuia sp. 2 2 2,50 2,19 3,03 7,72 4,69Anacardiaceae Astronium fraxinifolium 2 2 2,50 1,21 3,03 6,74 3,71Fabaceae Machaerium cf. hirtum 2 2 2,50 1,07 3,03 6,74 3,57Apocynaceae Aspidosperma subicanum 2 2 2,50 0,71 3,03 6,24 3,21Rhamnaceae Rhamnidium elaeocarpum 2 2 2,50 0,61 3,03 6,14 3,11Fabaceae Swartzia sp. 1 1 1,25 2,55 1,52 5,32 3,80Myrtaceae Myrcia tomentosa 1 1 1,25 2,03 1,52 4,79 3,28Combretaceae Buchenavia tomentosa 1 1 1,25 1,71 1,52 4,47 2,96Não identificada Morta 1 1 1,25 1,71 1,52 4,47 2,96Tiliaceae Luehea paniculata 1 1 1,25 1,56 1,52 4,33 2,81Dilleniaceae Curatella americana 1 1 1,25 1,56 1,52 4,33 2,60Não identificada Indeterminada sp.4 1 1 1,25 1,35 1,52 4,11 2,60Meliaceae Trichilia paliida 1 1 1,25 1,35 1,52 4,11 2,17Nyctaginaceae Guapira sp. 1 1 1,25 1,16 1,52 3,68 2,17Rutaceae Zanthoxyllum sp. 1 1 1,25 0,92 1,52 3,68 2,17Fabaceae Bauhinia rufa 1 1 1,25 0,92 1,52 3,68 1,86

Myrcia sp.3 1 1 1,25 0,92 1,52 3,68 1,66Myrcia cf. lingua 1 1 1,25 0,61 1,52 3,38 1,62

Myrtaceae

Myrcia sp.4 1 1 1,25 0,41 1,52 3,14 1,52Luehea sp.2 1 1 1,25 0,37 1,52 3,14 1,52Tiliaceae Apeiba tibourbou 1 1 1,25 0,27 1,52 3,04 1,47

Fabaceae Anadenanthera colubrina 1 1 1,25 0,27 1,52 3,04 1,47Sapindaceae Allophyllus edulis 1 1 1,25 0,22 1,52 2,98 1,47Legenda: NI: número de indivíduos; NO: número de ocorrências; DR: densidade relativa; DoR: dominância relativa; FR: frequência relativa; VI: Valor de importância;e VC: Valor de cobertura.

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V. III-80

4,8

45,6

37

6,8 5,8

05

101520253035404550

1 2 3 4 5Classes de diâmetro (cm)

% d

o nú

mer

o to

tal d

e in

diví

duos

Figura 4.2.1.4-3: Distribuição das classes de diâmetro dos indivíduos amostrados na Área

P2.Classes de diâmetro: 1: 0-5cm; 2: 5,1-10cm; 3: 10,1-15cm; 4: 15,1-20cm; 5: >20cm

20

70

10

0

10

20

30

40

50

60

70

80

1 2 3

Classes de altura (m)

% d

o nú

mer

o to

tal d

e in

diví

duos

Figura 4.2.1.4-4: Distribuição das classes de altura dos indivíduos amostrados na Área P2.

Classes de altura: 1: 0-5m; 2: 5,1-10m; 3: 10,1-15m; 4: 15,1-20m; 5: >20m. P3 - Floresta Estacional Semidecidual (Mata Seca) Foram registradas para esta área 39 espécies, que estão distribuídas entre 22 famílias (Quadro 4.2.1.3-6). As espécies mais relevantes segundo VI foram jatobá (Hymenaea courbaril), vacum (Allophyllus edulis) e jacarandá (Machaerium acutifolium)– que juntas somaram 103,55% do Valor de Importância. O jatobá (Hymenaea courbaril) é uma planta semidecídua, heliófita ou esciófita, seletiva xerófita, característica de floresta latifoliada semidecídua. Ocorre geralmente em terrenos bem drenados, sendo pouco exigente em fertilidade e umidade do solo. O jacarandá (Machaerium acutifolium) é semidecídua, heliófita, seletiva xerófita, característica de cerrados arenosos. Ocorre preferencialmente em terrenos altos de de fácil drenagem, podendo ser encontrada também em formações primárias (Lorenzi, 1998).

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V. III-81

Quadro 4.2.1.3-6 Dados fitossociológicos da amostragem da Área P3/ADA - Floresta Estacional

Semidecidual.

FAMÍLIA ESPÉCIE NI NO DR DoR FR VI VC Fabaceae Hymenaea courbaril 4 4 5,00 46,30 5,33 56,63 51,30Sapindaceae Allophyllus edulis 11 8 13,75 2,17 10,67 26,59 15,92Fabaceae Machaerium acutifolium 6 6 7,50 4,83 8,00 20,33 12,33Moraceae Ficus sp.1 7 6 8,75 2,13 8,00 18,88 10,88Apocynaceae Hancornia speciosa 1 1 1,25 12,48 1,33 15,06 13,73Nyctaginaceae Guapira sp. 4 4 5,00 3,51 5,33 13,84 8,51Não identificada Morta 2 2 2,50 3,49 2,67 8,66 5,99Sapotaceae Pouteria torta 2 2 2,50 3,47 2,67 8,64 5,97Fabaceae Pterogyne nitens 3 3 3,75 0,85 4,00 8,60 4,60Não identificada Indeterminada sp.1 3 3 3,75 0,64 4,00 8,39 4,39Myristicaceae Virola sebifera 2 2 2,50 0,80 2,67 5,97 3,30Combretaceae Buchenavia tomentosa 2 2 2,50 0,74 2,67 5,90 3,24Erythroxylaceae Erythroxyllum sp.2 2 2 2,50 0,53 2,67 5,70 3,03

Inga sessilis 2 2 2,50 0,49 2,67 5,65 2,99Swartzia sp. 1 1 1,25 2,85 1,33 5,43 4,10

Fabaceae

Anadenanthera falcata 1 1 1,25 2,05 1,33 4,64 3,30Burseraceae Protium heptaphyllum 1 1 1,25 1,78 1,33 4,36 3,03Apocynaceae Aspidosperma parvifolium 1 1 1,25 1,43 1,33 4,02 2,68Tiliaceae Luehea candicans 1 1 1,25 1,30 1,33 4,02 2,55Meliaceae Guarea kunthiana 1 1 1,25 1,00 1,33 3,58 2,25Araliaceae Dendropanax cuneatum 1 1 1,25 0,81 1,33 3,40 2,06Apocynaceae Aspidosperma cuspa 1 1 1,25 0,59 1,33 3,17 1,84Magnoliaceae Talauma ovata 1 1 1,25 0,44 1,33 3,03 1,69Não identificada Indeterminada sp.4 1 1 1,25 0,44 1,33 3,03 1,67Myrtaceae Myrcia sp.2 1 1 1,25 0,42 1,33 3,00 1,60Fabaceae Platypodium elegans 1 1 1,25 0,28 1,33 2,86 1,49Malpighiaceae Byrsonima intermedia 1 1 1,25 0,24 1,33 2,82 1,49

Anadenanthera colubrina 1 1 1,25 0,24 1,33 2,82 1,45Fabaceae Inga marginata 1 1 1,25 0,20 1,33 2,79 1,44

Erythroxylaceae Erythroxyllum sp.1 1 1 1,25 0,19 1,33 2,77 1,41Piperaceae Piper sp.2 1 1 1,25 0,16 1,33 2,75 1,39

Trichilia claussenii 1 1 1,25 0,14 1,33 2,72 1,37Meliaceae Cedrela odorata 1 1 1,25 0,14 1,33 2,72 1,36

Flacourtiacea Casearia sylvestris 1 1 1,25 0,12 1,33 2,71 1,35Annonaceae Annona crassiflora 1 1 1,25 0,12 1,33 2,71 1,34Myrtaceae Eugenia sp.3 1 1 1,25 0,11 1,33 2,69 1,36Moraceae Ficus ulmilifolia 1 1 1,25 0,10 1,33 2,68 1,35Vochysiaceae Callisthene major 1 1 1,25 0,09 1,33 2,67 1,34Bignoniaceae Tabebuia sp. 1 1 1,25 0,09 1,33 2,67 1,34Legenda: NI: número de indivíduos; NO: número de ocorrências; DR: densidade relativa; DoR: dominância relativa; FR: frequência relativa; VI: Valor de importância; VC: valor de cobertura.

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V. III-82

A distribuição diamétrica (Figura 4.2.1.4-5) revela uma concentração de 51% dos indivíduos na classe entre 5,1 a 10cm. A distribuição de alturas totais (Figura 4.2.1.4-6) mostrou que 56,25% dos indivíduos apresentam até 5m, enquanto somente 2,5% situam-se no intervalo entre 10,1 e 15m, não sendo registrado nenhum indivíduo com altura superior a 15m. Esta área apesar do intenso efeito de borda, apresenta seu interior conservado, com estratificação bem definida (Figura 4.2.1.3-5), elevada riqueza de espécies, serapilheira contínua e espessa, sub-bosque conspícuo e elevada densidade de epífitas.

17

51

128

12

0

10

20

30

40

50

60

1 2 3 4 5Classes de diâmetro (cm)

% d

o nú

mer

o to

tal d

e in

diví

duos

Figura 4.2.1.3-5: Distribuição das classes de diâmetro dos indivíduos amostrados na Área

P3. Classes de diâmetro: 1: 0-5cm; 2: 5,1-10cm; 3: 10,1-15cm; 4: 15,1-20cm; 5: >20cm

56,25

41,25

2,5

0

10

20

30

40

50

60

1 2 3Classes de altura (m)

% d

o nú

mer

o to

tal d

e in

diví

duos

Figura 4.2.1.3-6: Distribuição das classes de altura dos indivíduos amostrados na Área P3.

Classes de altura: 1: 0-5m; 2: 5,1-10m; 3: 10,1-15m; 4: 15,1-20m; 5: >20m

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V. III-83

P4 - Mata Ciliar Nesta área foram registradas 25 espécies pertencentes a 16 famílias. A espécie mais relevante segundo o VI foi Hirtella gracilipes representando 48,75% do Valor de Importância total (Quadro 4.2.1.4-7). Em relação à estrutura, a vegetação desse fragmento apresentou diâmetro médio de 16,65cm. O histograma diamétrico (Figura 4.2.1.4-7) mostra que esta área é composta por indivíduos distribuídos em todas as classes de diâmetros apresentadas, sendo que a classe que apresentou menor quantidade de indivíduos foi a de até 5m, com 4% dos indivíduos. A altura média foi de 6,34m e a distribuição de alturas totais (Figura 4.2.1.4-8) concentra 56,25% dos indivíduos amostrados entre 5,1 e 10,00m de altura. Desta forma, pelas características estruturais e composição de espécies, este área foi considerada secundária, em estágio inicial de regeneração.

Quadro 4.2.1.4-7 Dados fitossociológicos da amostragem da Área P4/ADA – P4- Mata Ciliar.

FAMÍLIA ESPÉCIE NI NO DR DoR FR VI VC Chrysobalanaceae Hirtella gracilipes 10 9 12,50 22,61 13,64 48,75 35,11Lauraceae Ocotea sp.1 14 8 17,50 15,10 12,12 44,72 32,60Anacardiaceae Myracrodruon

urundeuva 9 6 11,25 9,99 9,09 30,33 21,24

Myrtaceae Eugenia sp.4 7 7 8,75 4,32 10,61 23,67 13,07Myrtaceae Eugenia sp.2 5 5 6,25 1,89 7,58 15,71 8,14Apocynaceae Aspidosperma

polyneuron 4 4 5,00 4,61 6,06 15,67 9,61

Clusiaceae Chrysophyllum marginatum 3 3 3,75 5,69 4,55 13,99 9,44

Anacardiaceae Tapirira guianensis 3 2 3,75 6,85 3,03 13,63 10,60Monimiaceae Siparuna guianensis 4 3 5,00 3,25 4,55 12,79 8,25Fabaceae Copaifera langsdorfii 1 1 1,25 7,55 1,52 10,32 8,80Vochysiaceae Qualea parviflora 1 1 1,25 5,81 1,52 8,57 7,06Proteaceae Roupala montana 2 2 2,50 0,73 3,03 6,26 3,23Flacourtiacea Casearia sylvestris 2 1 2,50 1,05 1,52 5,06 3,55Lauraceae Ocotea sp.3 1 1 1,25 2,10 1,52 4,86 3,35Icacinaceae Emmotum nitens 2 1 2,50 0,47 1,52 4,48 2,97Anacardiaceae Xylopia aromatica 1 1 1,25 1,25 1,52 4,01 2,50Fabaceae Hymenaea courbaril 1 1 1,25 1,25 1,52 4,01 2,50Bignoniaceae Tabebuia roseo-alba 1 1 1,25 0,59 1,52 3,36 1,84Malpighiaceae Byrsonima intermedia 1 1 1,25 0,51 1,52 3,28 1,76Myrtaceae Eugenia sp.5 1 1 1,25 0,29 1,52 3,06 1,54Tiliaceae Luehea sp.1 1 1 1,25 0,28 1,52 3,05 1,53Erythroxylaceae Erythroxyllum sp.1 1 1 1,25 0,26 1,52 3,03 1,51

Sclerolobium paniculata 1 1 1,25 0,26 1,52 3,03 1,51Fabaceae Ormosia sp. 1 1 1,25 0,09 1,52 2,85 1,34

Myrtaceae Myrcia sp.2 1 1 1,25 0,03 1,52 2,80 1,28Legenda: NI: número de indivíduos; NO: número de ocorrências; DR: densidade relativa; DoR: dominância relativa; FR: frequência relativa; VI: Valor de importância; e VC: Valor de cobertura.

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V. III-84

4

2926,5

16

24,5

0

5

10

15

20

25

30

35

1 2 3 4 5Classes de diâmetro (cm)

% d

o nú

mer

o to

tal d

e in

diví

duos

Figura 4.2.1.4-7: Distribuição das classes de diâmetro dos indivíduos amostrados na Área

P4. Classes de diâmetro: 1: 0-5cm; 2: 5,1-10cm; 3: 10,1-15cm; 4: 15,1-20cm; 5: >20cm

41,25

56,25

2,5

0

10

20

30

40

50

60

1 2 3Classes de altura (m)

% d

o nú

mer

o to

tal d

e in

diví

duos

Figura 4.2.1.4-8: Distribuição das classes de altura dos indivíduos amostrados na Área P4.

Classes de altura: 1: 0-5m; 2: 5,1-10m; 3: 10,1-15m; 4: 15,1-20m; 5: >20m P9 - Mata Ciliar Este fragmento está representado por uma vegetação bastante alterada, com baixa riqueza de espécies (22 espécies registradas, em 9 famílias), dossel aberto e sub-bosque pouco denso. Analisando-se a tabela fitossociológica, as espécies mais relevantes, segundo VI, foram aroeira (Myracrodruon urundeuva) e pururuca (Casearia rupestris), somando 95,25% do VI total (Quadro 4.2.1.4-8). Esta mata ciliar apresenta indivíduos com diâmetro médio de 13,14cm. A distribuição diamétrica (Figura 4.2.1.4-9) apresentou 52% dos indivíduos concentrados na classe 2. Para a altura, a média foi de 5,93m e a distribuição mostrou que 52,5% dos indivíduos apresentam altura entre 5,1 a 10,0 m (Figura 4.2.1.4-10).

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V. III-85

Quadro 4.2.1.4-8 Dados fitossociológicos da amostragem da Área P9/ADA - Mata Ciliar.

FAMÍLIA ESPÉCIE NI NO DR DoR FR VI VC

Anacardiaceae Myracrodruon urundeuva 12 9 15,00 22,08 14,29 51,37 37,08Casearia rupestris 14 9 17,50 12,10 14,29 43,88 29,60Flacourtiacea Casearia sylvestris 9 6 11,25 18,93 9,52 39,71 30,18Lonchocarpus sp. 7 4 8,75 6,59 6,35 21,69 15,34Fabaceae Anadenanthera colubrina 3 3 3,75 9,62 4,76 18,13 13,37

Myrtaceae Myrcia sp.4 6 4 7,50 2,04 6,35 15,89 9,54Copaifera langsdorfii 3 3 3,75 4,63 4,76 13,15 8,38Fabaceae Bauhinia sp. 4 4 5,00 1,61 6,35 12,96 6,61

Tiliaceae Apeiba tibourbou 2 1 2,50 5,73 1,59 9,82 8,23Myrtaceae Myrcia cf. lingua 3 3 3,75 1,07 4,76 9,58 4,82Tiliaceae Luehea sp. 3 3 3,75 0,84 4,76 9,36 4,59Anacardiaceae Lithraea molleoides 1 1 1,25 5,19 1,59 8,03 6,44Fabaceae Machaerium cf. hirtum 1 1 1,25 5,06 1,59 7,90 6,31Myrtaceae Eugenia sp.3 2 2 2,50 1,03 2,17 6,70 3,53Tiliaceae Luehea divaricata 2 2 2,50 0,83 3,17 6,51 3,33Apocynaceae Aspidosperma cf. cuspa 2 2 2,50 0,47 3,17 6,15 2,97Bignoniaceae Tabebuia sp. 1 1 1,25 0,81 1,59 3,65 2,06Clusiaceae Chrysophyllum

marginatum 1 1 1,25 0,37 1,59 3,21 1,62

Flacourtiacea Casearia cf. arborea 1 1 1,25 0,29 1,59 3,13 1,54Boraginaceae Cordia trichotoma 1 1 1,25 0,27 1,59 3,11 1,52Myrtaceae Myrcia sp.4 1 1 1,25 0,22 1,59 3,06 1,47Bignoniaceae Tabebuia roseo-alba 1 1 1,25 0,18 1,59 3,02 1,43

Legenda: NI: número de indivíduos; NO: número de ocorrências; DR: densidade relativa; DoR: dominância relativa; FR: frequência relativa; VI: Valor de importância; e VC= Valor de cobertura.

4,9

52

20,6

4,9

17,6

0

10

20

30

40

50

60

1 2 3 4 5Classes de diâmetro (cm)

% d

o nú

mer

o to

tal d

e in

diví

duos

Figura 4.2.1.4-9: Distribuição das classes de diâmetro dos indivíduos amostrados na Área

P9. Classes de diâmetro: 1: 0-5cm; 2: 5,1-10cm; 3: 10,1-15cm; 4: 15,1-20cm; 5: >20cm

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V. III-86

45

52,5

2,5

0

10

20

30

40

50

60

1 2 3Classes de altura (m)

% d

o nú

mer

o to

tal d

e in

diví

duos

Figura 4.2.1.4-10: Distribuição das classes de altura dos indivíduos amostrados na Área

P9. Classes de altura: 1: 0-5m; 2: 5,1-10m; 3: 10,1-15m; 4: 15,1-20m; 5: >20m. Segunda Campanha - julho/2009 A1 - Mata Ciliar Esta área de vegetação ciliar nas margens do rio Babliônia, apresentou 33 espécies, distribuídas em 16 famílias (Quadro 4.2.1.4-9). A Figura 4.2.1.4-11 revela que há uma distribuição diamétrica com concentração de indivíduos na classe 2, o que pode indicar a presença de elementos jovens e de sub-bosque. Em relação à altura (Figura 4.2.1.4-12) observa-se que mais da metade dos indivíduos (71,25%) estão concentrados também na classe 2 que apresenta indivíduos entre 5,1 e 10m. A espécie mais relevante segundo VI foi o Guatambu (Aspidosperma cuspa) com 25,28% do Valor de Importância total (Quadro 4.2.1.4-9).

Quadro 4.2.1.4-9 Dados fitossociológicos da amostragem da Área A1 / ADA - Mata Ciliar.

FAMÍLIA ESPÉCIE NI NO DR DoR FR VI VC

Apocynaceae Aspidosperma cuspa 20 6 13,33 5,21 6,74 25,28 18,54Fabaceae Hymenaea stigonocarpa 13 4 8,67 11,04 4,49 24,20 19,70Bombacaceae Pseudobombax

longiflorum 3 3 2,00 17,58 3,37 22,95 19,58

Sapindaceae Magonia pubescens 11 5 7,33 9,05 5,62 22,00 16,38Fabaceae Pterodon emarginatus 12 7 8,00 6,00 7,87 21,86 14,00Myrtaceae Eugenia sp2 14 7 9,33 2,91 7,87 20,11 12,24Fabaceae Copaifera langsdorfii 4 4 2,67 11,05 4,49 18,21 13,72Rubiaceae Posoqueria sp 8 6 5,33 2,71 6,74 14,79 8,04Anacardiaceae Myracrodruon urundeuva 7 5 4,67 3,04 5,62 13,32 9,11

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V. III-87

FAMÍLIA ESPÉCIE NI NO DR DoR FR VI VC Sapindaceae Dilodendron bipinnatum 5 3 3,33 4,16 3,37 10,86 7,70Tiliaceae Luehea candicans 6 4 4,00 2,10 4,49 10,59 7,49Apocynaceae Aspidosperma sp 6 2 4,00 2,56 2,25 8,81 6,10Burseraceae Commiphora

leptophloeos 2 2 1,33 3,59 2,25 7,17 6,56

Boraginaceae Cordia glabrata 2 2 1,33 3,16 2,25 6,74 4,93Bignoniaceae Jacaranda sp 3 2 2,00 1,15 2,25 5,39 4,50Vochysiaceae Callisthene fasciculata 2 1 1,33 2,33 1,12 4,78 3,15Myrtaceae Eugenia dysenterica 2 2 1,33 0,95 2,25 4,53 3,66Malpighiaceae Byrsonima sp1 2 2 1,33 0,49 2,25 4,07 2,28Rubiaceae Tocoyena sp 2 2 1,33 0,33 2,25 3,92 1,82Malpighiaceae Byrsonima sp 2 2 1,33 0,31 2,25 3,90 1,67Burseraceae Protium sp 3 1 2,00 0,46 1,12 3,58 1,65Verbenaceae Aegiphila lhotzkiana 1 1 0,67 1,70 1,12 3,49 2,46Fabaceae Diptchandra aurantiaca 2 1 1,33 1,03 1,12 3,49 2,37Anacardiaceae Astronium sp 1 1 0,67 0,87 1,12 2,66 2,37Simaroubaceae Simarouba versicolor 1 1 0,67 0,70 1,12 2,49 1,53Myrtaceae Eugenia sp1 1 1 0,67 0,40 1,12 2,19 1,37Celastraceae Maytenus sp 1 1 0,67 0,37 1,12 2,16 1,06Malpighiaceae Byrsonima sp2 1 1 0,67 0,22 1,12 2,01 1,03Bignoniaceae Tabebuia cf. chrysotricha 1 1 0,67 0,20 1,12 1,99 0,88Vochysiaceae Callisthene major 1 1 0,67 0,16 1,12 1,95 0,86Bombacaceae Eriotheca pubescens 1 1 0,67 0,14 1,12 1,93 0,82Rubiaceae Guettarda sp 1 1 0,67 0,14 1,12 1,93 0,81Myrtaceae Myrcia sp1 1 1 0,67 0,12 1,12 1,91 0,81

Legenda: NI: número de indivíduos; NO: número de ocorrências; DR: densidade relativa; DoR: dominância relativa;FR: frequência relativa; VI: Valor de importância; e VC: Valor de cobertura.

3,75

56,25

22,5

6,2511,25

0

10

20

30

40

50

60

1 2 3 4 5Classes de diâmetro (cm)

% d

o nú

mer

o to

tal d

e in

diví

duos

Figura 4.2.1.4-11: Distribuição das classes de diâmetro dos indivíduos amostrados na

Área A1. Classes de diâmetro: 1: 0-5cm; 2: 5,1-10cm; 3: 10,1-15cm; 4: 15,1-20cm; 5: >20cm

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V. III-88

16,25

71,25

8,753,75

0

10

20

30

40

50

60

70

80

1 2 3 4

Classes de altura (m)

% d

o nú

mer

o to

tal d

e in

diví

duos

Figura 4.2.1.4-12: Distribuição das classes de altura dos indivíduos amostrados na Área

A1. Classes de altura: 1: 0-5m; 2: 5,1-10m; 3: 10,1-15m; 4: 15,1-20m; 5: >20m. A4- Mata Ciliar Esta é uma área de Mata Ciliar bem preservada, com elevada riqueza de espécies: 30 espécies, em 17 famílias (Quadro 4.2.1.4-10) As espécies mais relevantes segundo o VI foram o tarumaí (Rhamnidium elaeocarpum) representando 43,41% do VI total (Quadro 4.2.1.4-10). O tarumaí (Rhamnidium elaeocarpum) é uma planta decídua, heliófita e seletiva higrófita, ocorrendo de maneira mais expressiva em formações abertas e capoeiras (Lorenzi, 2000). Quanto à distribuição diamétrica, os indivíduos aparecem distribuídos em quatro classes, embora 40,1% dos indivíduos estejam concentrados na classe de 5,1 a 10cm de diâmetro. Quanto à altura, mais da metade dos indivíduos, 63,3% deles, aparecem na classe de 5,1 a 10m de altura, embora hajam indivíduos em quatro classes de altura (Figuras 4.2.1.4-13 e 4.2.1.4-14).

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V. III-89

Quadro 4.2.1.4-10 Dados fitossociológicos da amostragem da Área A4 / ADA - Mata ciliar.

FAMÍLIA ESPÉCIE NI NO DR DoR FR VI VC

Rhamnaceae Rhamnidium elaeocarpum 10 8 16,67 12,46 14,29 43,41 19,12Fabaceae Anadenanthera peregrina 5 5 8,33 11,15 8,93 28,41 19,48Hippocrateaceae Cheiloclinium cognatum 1 1 1,67 23,95 1,79 27,40 25,61Arecaceae Platonia insignis 2 2 3,33 14,23 3,57 21,14 17,57Sterculiaceae Guazuma ulmifolia 4 3 6,67 3,97 5,36 16,00 10,64Meliaceae Cedrela fissilis 2 2 3,33 9,04 3,57 15,95 12,38Rutaceae Zanthoxyllum sp 1 1 1,67 11,48 1,79 14,93 13,14Fabaceae Inga sessilis 3 3 5,00 0,41 5,36 10,77 5,41Rubiaceae Alibertia edulis 3 3 5,00 0,36 5,36 10,72 5,36Flacourtiacea Casearia cf. rupestris 2 2 3,33 1,22 3,57 8,13 4,56Bignoniaceae Tabebuia sp 2 2 3,33 1,13 3,57 8,04 4,47Tiliaceae Luehea candicans 2 2 3,33 0,75 3,57 7,65 4,08Fabaceae Inga laurina 2 2 3,33 0,58 3,57 7,49 3,91Myrtaceae Eugenia sp1 2 2 3,33 0,39 3,57 7,30 3,73Sapindaceae Matayba eleagnoides 2 2 3,33 0,37 3,57 7,28 3,71Lecytidaceae Cariniana estrellensis 2 2 3,33 0,32 3,57 7,23 3,66Fabaceae Bauhinia sp 1 1 1,67 2,98 1,79 6,44 4,65Anacardiaceae Myracrodruon urundeuva 1 1 1,67 2,07 1,79 5,52 3,74Flacourtiacea Casearia cf.

gossipiosperma 2 1 3,33 0,33 1,79 5,45 3,66

Anacardiaceae Tapirira guianensis 1 1 1,67 0,57 1,79 4,02 2,23Lythraceae Lafoensia pacari 1 1 1,67 0,53 1,79 3,99 2,20Rutaceae Esenbeckia sp 1 1 1,67 0,38 1,79 3,84 2,05Rubiaceae Chomelia pohliana 1 1 1,67 0,36 1,79 3,81 2,02Sapotaceae Chrysophyllum marginatum 1 1 1,67 0,22 1,79 3,67 1,88Myrtaceae Campomanesia sp 1 1 1,67 0,18 1,79 3,63 1,84Sapindaceae Allophylus edulis 1 1 1,67 0,13 1,79 3,58 1,79Myrtaceae Psidium sp 1 1 1,67 0,11 1,79 3,56 1,78Rutaceae Zanthoxylium rhoifolium 1 1 1,67 0,11 1,79 3,56 1,78Rhamnaceae Celtis pubescens 1 1 1,67 0,11 1,79 3,56 1,78Sapindaceae Cupania sp 1 1 1,67 0,11 1,79 3,56

Legenda: NI: número de indivíduos; NO: número de ocorrências; DR: densidade relativa; DoR: dominância relativa;FR: frequência relativa; VI: Valor de importância; e VC: Valor de cobertura.

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CONSÓRCIO ENER-REDE COUTO MAGALHÃES REDE COUTO MAGALHÃES ENERGIA S.A. ENERCOUTO S.A.

V. III-90

18,3

40,1

18,323,3

05

1015202530354045

1 2 3 4

Classes de diâmetro (cm)

% to

tal d

o nú

mer

o de

indi

vídu

os

Figura4.2.1.4-13: Distribuição das classes de diâmetro dos indivíduos amostrados na Área

A4. Classes de diâmetro: 1: 0-5cm; 2: 5,1-10cm; 3: 10,1-15cm; 4: 15,1-20cm; 5: >20cm.

13,3

63,3

20,1

3,3

0

10

20

30

40

50

60

70

1 2 3 4

Classes de altura (m)

% d

o nú

mer

o to

tal d

e in

diví

duos

Figura 4.2.1.4-14: Distribuição das classes de altura dos indivíduos amostrados na Área

A4. Classes de altura: 1: 0-5m; 2: 5,1-10m; 3: 10,1-15m; 4: 15,1-20m; 5: >20m. A5 – Floresta Estacional Semidecidual (Mata Seca) Nesta área foram registradas 26 espécies pertencentes a 17 famílias. A espécie mais relevante segundo o VI foi tarumaí (Rhamnidium elaeocarpum) representando 46,26% do Valor de Importância total (Quadro 4.2.1.4-11). Em relação à estrutura, a vegetação desse fragmento apresentou diâmetro médio de 13,61cm. O histograma diamétrico (Figura 4.1.2.4-15) mostra que esta área é composta por indivíduos distribuídos em todas as classes de diâmetros apresentadas, com 45% dos indivíduos entre 5,1 a 10cm de diâmetro.

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V. III-91

A altura média foi de 6,2m e a distribuição de alturas totais concentra 61,7% dos indivíduos amostrados entre 5,1 e 10,00m de altura (Figura 4.2.1.4-16).

Quadro 4.2.1.4-11 Dados fitossociológicos da amostragem da Área A5/ADA, Floresta Estacional

Semidecidual.

FAMÍLIA ESPÉCIE NI NO DR DoR FR VI VC Rhamnaceae Rhamnidium elaeocarpum 11 10 18,33 9,04 18,87 46,24 27,37Anacardiaceae Myracrodruon urundeuva 4 4 6,67 26,99 7,55 41,21 33,66Sapindaceae Dilodendron bipinnatum 5 3 8,33 21,83 5,66 35,82 30,16Apocynaceae Aspidosperma subincanum 5 4 8,33 6,90 7,55 22,78 15,24Dilleniaceae Curatella americana 3 3 5,00 1,76 5,66 12,42 6,76Anacardiaceae Astronium fraxinifolium 3 3 5,00 1,50 5,66 12,16 5,60Burseraceae Cecropia pachystachya 2 2 3,33 3,78 3,77 10,89 7,11Sapotaceae Pouteria ramiflora 3 1 5,00 3,79 1,89 10,67 8,79

Erythrina verna 3 2 5,00 1,76 3,77 10,54 6,76Fabaceae Bauhinia sp 2 2 3,33 2,95 3,77 10,06 6,29

Piperaceae Piper sp 2 2 3,33 1,27 3,77 8,38 4,08Myrtaceae Eugenia sp1 2 2 3,33 0,75 3,77 7,86 3,95Sterculiaceae Guazuma ulmifolia 2 2 3,33 0,62 3,77 7,73 5,59Myrsinaceae Rapanea umbellata 1 1 1,67 3,92 1,89 7,48 5,49Anacardiaceae Lithraea molleoides 1 1 1,67 3,83 1,89 7,38 4,59Vochysiaceae Qualea parviflora 1 1 1,67 2,92 1,89 6,47 4,02Anacardiaceae Tapirira guianensis 1 1 1,67 2,36 1,89 5,91 2,80Bombacaceae Eriotheca gracilipes 1 1 1,67 1,13 1,89 4,69 2,30Fabaceae Anadenanthera peregrina 1 1 1,67 0,63 1,89 4,18 2,19Moraceae Morus nigra 1 1 1,67 0,52 1,89 4,03 2,15Vochysiaceae Callisthene fasciculata 1 1 1,67 0,48 1,89 4,03 2,11Fabaceae Stryphnodendron obovatum 1 1 1,67 0,45 1,89 4,00 1,99Myristicaceae Virola oleifera 1 1 1,67 0,32 1,89 3,88 1,89Sapindaceae Matayba guianensis 1 1 1,67 0,22 1,89 3,77 1,80Rubiaceae Bathysa sp 1 1 1,67 0,14 1,89 3,69 1,80Hippocrataceae Cheiloclinium cognatum 1 1 1,67 0,14 1,89 3,69 1,80Legenda: NI: número de indivíduos; NO: número de ocorrências; DR: densidade relativa; DoR: dominância relativa;FR: frequência relativa; VI: Valor de importância; e VC: Valor de cobertura.

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V. III-92

11,7

45,0

13,3 13,316,7

05

101520253035404550

1 2 3 4 5

Classes de diâmetro (cm)

% d

o nú

mer

o to

tal d

e in

diví

duos

Figura 4.2.1.4-15: Distribuição das classes de diâmetro dos indivíduos amostrados na

Área A5. Classes de diâmetro: 1: 0-5cm; 2: 5,1-10cm; 3: 10,1-15cm; 4: 15,1-20cm; 5: >20cm.

11,7

61,7

5,0

21,6

0

10

20

30

40

50

60

70

1 2 3 4

Classes de altura (m)

% d

o nú

mer

o to

tal d

e in

diví

duos

Figura 4.2.1.4-16: Distribuição das classes de altura dos indivíduos amostrados na Área

A5. Classes de altura: 1: 0-5m; 2: 5,1-10m; 3: 10,1-15m; 4: 15,1-20m; 5: >20m. A6 -Cerrado Sentido Restrito Foram registradas 28 espécies, distribuídas entre 17 famílias (Quadro 4.2.1.4-12). Analisando-se a tabela fitossociológica desta área, as espécies mais relevantes, segundo VI, foram pau-terra (Qualea parviflora) e lixeira (Curatella americana), somando 92,38% do VI total. O pau-terra (Qualea parviflora) é uma planta decídua ou semidecídua, heliófita, seletiva xerófita, ocorrendo preferencialmente em terrenos arenosos bem drenados (Lorenzi, 2000). Este Cerrado sentido restrito apresenta indivíduos com diâmetro médio de 7,85cm (Figura 4.2.14-17) A distribuição diamétrica apresentou 55% dos indivíduos concentrados na classe 2, com representantes distribuídos pelas 4 primeiras classes.

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V. III-93

Para as alturas, a média foi de 3,41m e a distribuição mostrou que 85% dos indivíduos apresentam alturas na classe 1, sendo que nenhum indivíduo registrado apresentou altura superior a 10m, o que revela o baixo porte das plantas (Figura 4.2.1.4-18).

Quadro 4.2.1.4-12 Dados fitossociológicos da amostragem da Área A6 / ADA - Cerrado.

FAMÍLIA ESPÉCIE NI NO DR DoR FR VI VC

Vochysiaceae Qualea parviflora 9 7 15,00 24,31 12,73 52,03 3,31Dilleniaceae Curatella americana 8 7 13,33 14,29 12,73 40,35 27,62Vochysiaceae Qualea multiflora 7 5 11,67 18,91 9,09 39,67 30,57Asteraceae Piptocarpha rotundifolia 4 4 6,67 6,25 7,27 20,19 12,92Malpighiaceae Byrsonima coccolobifolia 4 4 6,67 4,79 7,27 18,73 11,45Anacardiaceae Astronium fraxinifolium 3 3 5,00 3,30 4,45 13,75 8,30Vochysiaceae Qualea grandiflora 3 3 5,00 2,41 5,45 12,86 7,41Combretaceae Terminalia argentea 2 2 3,33 2,74 3,64 9,71 6,08Malpighiaceae Byrsonima pachyphylla 1 1 1,67 4,01 1,82 7,50 5,68Proteaceae Roupala montana 1 1 1,67 3,64 1,82 7,12 5,30Fabaceae Andira anthelmia 1 1 1,67 2,95 1,82 6,43 4,62Bignoniaceae Tabebuia dura 1 1 1,67 2,48 1,82 5,96 4,14

Vochysiaceae Salvertia convallariaeodora 1 1 1,67 1,10 1,82 4,58 2,77

Melastomataceae Mouriri elliptica 1 1 1,67 1,10 1,82 4,58 2,77Annonaceae Annona cacans 1 1 1,67 1,00 1,82 4,49 2,67Clusiaceae Kielmeyera coriaceae 1 1 1,67 0,91 1,82 4,40 2,58Fabaceae Erythrina verna 1 1 1,67 0,74 1,82 4,22 2,40Bombacaceae Eriotheca gracilipes 1 1 1,67 0,66 1,82 4,22 2,32Lythraceae Lafoensia pacari 1 1 1,67 0,66 1,82 4,14 2,32Rubiaceae Bathysa sp 1 1 1,67 0,66 1,82 4,14 2,32Vochysiaceae Vochysia rufa 1 1 1,67 0,51 1,82 4,00 2,18Asteraceae Vernonia sp 1 1 1,67 0,45 1,82 3,93 2,11Fabaceae Dimorphandra mollis 1 1 1,67 0,45 1,82 3,93 2,11Sapindaceae Matayba guianensis 1 1 1,67 0,45 1,82 3,93 2,11Myrtaceae Myrcia aurata 1 1 1,67 0,38 1,82 3,87 2,05

Andira vermifuga 1 1 1,67 0,38 1,82 3,87 2,05Fabaceae Sthryphnodendron

adstringens 1 1 1,67 0,28 1,82 3,76 1,94

Malpighiaceae Byrsonima verbascifolia 1 1 1,67 0,23 1,82 3,71 1,89Legenda: NI: número de indivíduos; NO: número de ocorrências; DR: densidade relativa; DoR: dominância relativa;FR: frequência relativa; VI: Valor de importância; e VC: Valor de cobertura.

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V. III-94

13,3

55,0

16,7 15,0

0

10

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30

40

50

60

1 2 3 4

Classes de diâmetro (cm)

% d

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tal d

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diví

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Figura 4.2.1.4-17: Distribuição das classes de diâmetro dos indivíduos amostrados na

Área A6. Classes de diâmetro: 1: 0-5cm; 2: 5,1-10cm; 3: 10,1-15cm; 4: 15,1-20cm; 5: >20cm.

85,0

15,0

0102030405060708090

1 2

Classes de altura (m)

% d

o nú

mer

o to

tal d

e in

diví

duos

Figura 4.2.1.4-18: Distribuição das classes de altura dos indivíduos amostrados na Área

A6. Classes de altura: 1: 0-5m; 2: 5,1-10m; 3: 10,1-15m; 4: 15,1-20m; 5: >20m. A12 – Mata Ciliar Para esta área foram registradas 31 espécies, que estão distribuídas em 21 famílias (Quadro 4.2.1.4-13). A análise das características estruturais desta área revelou elevado VI para Ficus sp., de 31,83%. Esse valor se deve a sua alta dominância (28,28%), uma vez que sua densidade e frequência relativa foram muito baixas. Neste estudo foi levantado um único indivíduo de Ficus sp, que apresentou porte alto.

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V. III-95

Considerando-se a distribuição diamétrica, observa-se que 48,3% dos indivíduos encontram-se na classe 2, com diâmetro de 5,1 a 10cm, e 25% na classe de 10,1 a 15cm (Figuras 4.2.1.4-19), embora haja indivíduos distribuídos em todas as classes de diâmetros. Quanto à altura, 63,3% dos indivíduos encontam-se também na classe 2, apresentando de 5,1 a 10m. (Figuras 4.2.1.4-20). Não foram registrados indivíduos acima de 15m.

Quadro 4.2.1.4-13 Dados fitossociológicos da amostragem da Área A12 / ADA - Mata Ciliar.

FAMÍLIA ESPÉCIE NI NO DR DoR FR VI VC

Moraceae Ficus sp 1 1 1,67 28,28 1,89 31,83 29,94Sterculiaceae Guazuma ulmifolia 6 5 10,00 10,49 9,43 29,92 20,49Euphorbiaceae Croton urucurana 4 4 6,67 13,99 7,55 28,20 20,18Myrsinaceae Rapanea umbellata 45 4 8,33 9,75 7,55 25,63 20,66Flacourtiacea Casearia cf. gossipiosperma 4 4 6,67 9,09 7,55 23,30 15,75Fabaceae Inga sessilis 4 3 6,67 4,90 5,66 17,23 11,57Malvaceae Abutilon cf. ramiflorum 3 2 5,00 6,20 3,77 14,97 11,20Rhamnaceae Rhamnidium elaeocarpum 4 3 6,67 1,78 5,66 14,10 8,44Myrtaceae Psidium sp 3 3 5,00 0,80 5,66 11,46 5,80Anacardiaceae Tapirira guianensis 2 2 3,33 1,94 3,77 9,04 5,27Lauraceae Nectandra sp 2 2 3,33 1,37 3,77 8,48 4,11Burseraceae Cecropia pachystachya 2 1 3,33 1,48 1,89 6,70 4,82Erythroxylaceae Erythroxyllum cf. decidum 2 1 3,33 0,57 1,89 5,79 3,91Fabaceae Anadenanthera peregrina 1 1 1,67 1,81 1,89 5,37 3,48Bignoniaceae Tabebuia vellosoi 1 1 1,67 1,69 1,89 5,25 3,36Myrtaceae Eugenia sp1 1 1 1,67 1,00 1,89 4,55 2,66Annonaceae Rollinia sylvatica 1 1 1,67 0,66 1,89 4,21 2,62Sapindaceae Dilodendron bipinnatum 1 1 1,67 0,59 1,89 4,14 2,25Myrtaceae Campomanesia sp 1 1 1,67 0,42 1,89 3,98 2,09Apocynaceae Aspidosperma subincanum 1 1 1,67 0,39 1,89 3,95 2,06Rubiaceae Alibertia edulis 1 1 1,67 0,39 1,89 3,95 2,06Myrtaceae Eugenia cf. dysenterica 1 1 1,67 0,34 1,89 3,89 2,00Fabaceae Erythrina verna 1 1 1,67 0,29 1,89 3,84 1,95Flacourtiacea Casearia obliqua 1 1 1,67 0,29 1,89 3,84 1,95Poligonaceae Coccoloba mollis 1 1 1,67 0,26 1,89 3,81 1,95Fabaceae Stryphorodendron adstringes 1 1 1,67 0,26 1,89 3,81 1,93Flacourtiacea Casearia cf. rupestris 1 1 1,67 0,22 1,89 3,77 1,88Fabaceae Platypodium elegans 1 1 1,67 0,22 1,89 3,77 1,88Meliaceae Guarea guidonia 1 1 1,67 0,22 1,89 3,77 1,88Tiliaceae Luehea candicans 1 1 1,67 0,17 1,89 3,73 1,84Annonaceae Rollinia sericea 1 1 1,67 0,12 1,89 3,67 1,84

Legenda: NI: número de indivíduos; NO: número de ocorrências; DR: densidade relativa; DoR: dominância relativa; FR: frequência relativa; VI: Valor de importância; e VC: Valor de cobertura.

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CONSÓRCIO ENER-REDE COUTO MAGALHÃES REDE COUTO MAGALHÃES ENERGIA S.A. ENERCOUTO S.A.

V. III-96

1,7

48,3

25,0

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Classes de diâmetro (cm)

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Figura 4.2.1.4-19: Distribuição das classes de diâmetro dos indivíduos amostrados na Área A12. Classes de diâmetro: 1: 0-5cm; 2: 5,1-10cm; 3: 10,1-15cm; 4: 15,1-20cm; 5:

>20cm.

11,7

63,3

25,0

0

10

20

30

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70

1 2 3Classes de altura (m)

% d

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Figura 4.2.1.4-20: Distribuição das classes de diâmetro dos indivíduos amostrados na

Área A12. Classes de altura: 1: 0-5m; 2: 5,1-10m; 3: 10,1-15m; 4: 15,1-20m; 5: >20m.

A13 – Mata Ciliar Nesta área foram registradas 29 espécies pertencentes a 17 famílias. A espécie mais relevante segundo o VI foi aroeira (Myracrodruon urundeuva) representando 62,28% do Valor de Importância total (Quadro 4.2.1.4-14). Em relação à estrutura, a vegetação desse fragmento apresentou diâmetro médio de 10,29cm. O histograma diamétrico (Figura 4.2.1.4-19) mostra que esta área é composta por indivíduos distribuídos em todas as classes de diâmetros apresentadas, com concentração de 63,3% dos indivíduos na classe de 5,1 a 10cm.

Page 92: 4.2) Ecossistemas Terrestres 4.2.1) FLORAlicenciamento.ibama.gov.br/Hidreletricas/Couto%20Magalhaes/EIA/... · Alguns autores consideram também o campo cerrado como fisionomia do

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V. III-97

A altura média foi de 7,30m e a distribuição de alturas totais (Figura 4.2.1.4-20) concentra 56,7% dos indivíduos amostrados entre 5,1 e 10,00m de altura. 26,6% dos indivíduos apresentam até 5m de altura, e nenhum indivíduo apresentou altura superior a 15m.

Quadro 4.2.1.4-14 Dados fitossociológicos da amostragem da Área A13 / ADA - Mata ciliar.

FAMÍLIA ESPÉCIE NI NO DR DoR FR VI VC

Anacardiaceae Myracrodruon urundeuva 10 9 16,67 28,63 16,98 62,28 45,29Myrsinaceae Rapanea umbellata 7 6 11,67 4,38 11,32 27,37 16,05Anacardiaceae Lithraea molleoides 6 4 10,00 3,97 7,55 21,51 13,97Arecaceae Platonia insignis 1 1 1,67 16,91 1,89 20,46 18,57Rubiaceae Genipa americana 1 1 1,67 16,39 1,89 19,94 18,05Dilleniaceae Curatella americana 2 2 3,33 3,54 3,77 10,65 6,87Sapindaceae Cupania tenuivalvis 3 2 5,00 1,28 3,77 10,06 6,28Bignoniaceae Tabebuia sp 1 1 1,67 5,48 1,89 9,03 7,14

Bauhinia sp 2 2 3,33 1,45 3,77 8,56 4,78Fabaceae Ormosia arborea 2 2 3,33 1,15 3,77 8,26 4,49

Myrtaceae Eugenia sp1 2 2 3,33 1,08 3,77 8,18 4,41Erythroxylaceae Erythroxylum citrifolium 2 2 3,33 0,81 3,77 7,91 4,14Poligonaceae Coccoloba mollis 2 2 3,33 0,65 3,77 7,76 3,98Tiliaceae Luehea candicans 2 2 3,33 0,58 3,77 7,68 4,27Flacourtiacea Casearia sp 1 1 1,67 2,60 1,89 6,15 4,17Sapindaceae Matayba eleagnoides 2 1 3,33 0,84 1,89 6,06 4,17Sapindaceae Talisia esculenta 1 1 1,67 2,50 1,89 6,06 4,00Apocynaceae Aspidosperma

subincanum 2 1 3,33 0,67 1,89 5,89 3,78

Fabaceae Anadenanthera peregrina 1 1 1,67 2,12 1,89 5,67 3,27Tapirira guianensis 1 1 1,67 1,60 1,89 5,15 2,29Astronium fraxinifolium 1 1 1,67 0,63 1,89 4,18 2,11

Anacardiaceae

Thyrsodium spruceanun 1 1 1,67 0,44 1,89 3,99 2,11Lauraceae Nectandra megapotamica 1 1 1,67 0,44 1,89 3,99 2,03Symplocaceae Symplocos cf. lanceolata 1 1 1,67 0,36 1,89 3,91 2,03Sapotaceae Pouteria torta 1 1 1,67 0,36 1,89 3,91 1,92Rubiaceae Chomelia pohliana 1 1 1,67 0,36 1,89 3,91 1,92Flacourtiacea Casearia sylvestris 1 1 1,67 0,29 1,89 3,84 1,92Sapindaceae Dilodendron bipinnatum 1 1 1,67 0,26 1,89 3,81 1,92Rubiaceae Guettarda viburnoides 1 1 1,67 0,26 1,89 3,81 1,92

Legenda: NI: número de indivíduos; NO: número de ocorrências; DR: densidade relativa; DoR: dominância relativa; FR: frequência relativa; VI: Valor de importância; e VC: Valor de cobertura.

Page 93: 4.2) Ecossistemas Terrestres 4.2.1) FLORAlicenciamento.ibama.gov.br/Hidreletricas/Couto%20Magalhaes/EIA/... · Alguns autores consideram também o campo cerrado como fisionomia do

CONSÓRCIO ENER-REDE COUTO MAGALHÃES REDE COUTO MAGALHÃES ENERGIA S.A. ENERCOUTO S.A.

V. III-98

5

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diví

duos

Figura 4.2.1.4-19: Distribuição das classes de diâmetro dos indivíduos amostrados na Área A13. Classes de diâmetro: 1: 0-5cm; 2: 5,1-10cm; 3: 10,1-15cm; 4: 15,1-20cm; 5:

>20cm

26,6

56,7

16,7

0

10

20

30

40

50

60

1 2 3

Classes de altura (m)

% d

o nú

mer

o to

tal d

e in

diví

duos

Figura 4.2.1.4-20: Distribuição das classes de diâmetro dos indivíduos amostrados na

Área A13. Classes de altura: 1: 0-5m; 2: 5,1-10m; 3: 10,1-15m; 4: 15,1-20m; 5: >20m. 4.2.1.5) Uso de Plantas pela População Para analisar a extração de recursos naturais no entorno do rio Araguaia e do rio Babilônia foi realizado trabalho de campo entre os dias 15 e 22 de julho de 2009. Com o apoio de morador local e conhecedor da área rural, foram aplicadas 39 entrevistas com proprietários, moradores, empregados, arrendatários, meeiros das fazendas cadastradas no entorno dos rios, incluindo ADA e AID do empreendimento. O extrativismo relacionado ao uso de plantas nativas foi representativo, dos 39 entrevistados, 22 (56,41%) responderam ser comum o uso de plantas nativas na região, 16 (41%) responderam que não e 1 não soube responder, ou seja, mais da metade dos entrevistados disseram ser

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V. III-99

comum o uso de plantas nativas da região e conheciam diversos tipos de espécies pelo nome popular. Foram citados 46 tipos de plantas pelo nome popular conforme o Quadro 4.2.1.5-1. Das espécies listadas pelo nome popular, tentou-se identificar o nome científico baseado na lista de espécies do levantamento florístico.Importante destacar que não foram coletados exemplares das plantas citadas nas entrevistas junto com os moradores, assim a lista de nomes científicos apresentados no Quadro 4.2.1.5-1, serve apenas como referência. Para a pergunta: “Vocês usam plantas nativas da região? (das matas/cerrado/campos da região)?”, 25 entrevistados, (64,10%) disseram não usar as plantas e 14 (35,89%) disseram usar. Vale ressaltar que 4 entrevistados que disseram não usar, relataram que outras pessoas costumam ir na propriedade para pegar essas plantas, seja para uso medicinal, para vender na feira ou até para fazer sabonete. O uso destas plantas nativas na maioria das vezes está relacionado ao uso medicinal, dos 14 entrevistados que disseram usar as plantas, todos afirmaram ser para uso medicinal, e 4 entrevistados disseram que além do uso medicinal, também usam para alimentação. Para a pergunta “Existe uso comercial das plantas nativas?” nenhum dos entrevistados respondeu que sim, porém 2 entrevistados relataram casos relacionados ao comércio dessas plantas, ou por extrativismo e venda em feiras livres ou para confecção de “garrafadas”. Segundo relato de Bailon Francisco Rosa, um “raizeiro” entrevistado, as plantas são coletadas por ele, em áreas altas do Cerrado. Próximo ao rio coleta a sangra d`água, sendo a sua área de coleta na bacia do córrego Boiadeiro. Relatou que também pega as plantas entre Alto Garça e Alto Araguaia. Os entrevistados que responderam usar as plantas nativas, indicaram o nome popular e o uso, como por exemplo, sucupira para curar a dor de garganta, sangra d`água para curativos e cicatrização, mamacadela para pele, velaminho para curativo, casca do angico para a gripe, manacá e a carobinha para reumatismo, quina para o estômago, entre outras que foram citadas. Da lista de espécies citadas pelos moradores observa-se que a maioria não é específica da região, tendo ampla ocorrência nas fisionomias do Cerrado.

Quadro 4.2.1.5-1

Lista de plantas que segundo os moradores locais tem uso antrópico.

Nome Popular Nome científico provável Carobinha Jacaranda cuspidifolia Didau Lafoensia pacari Mamica – Cadela Zanthoxyllum rhoifolium Velano Branco Sclerolobium paniculatum Cajuzinho do Campo Anacardium humile Amarelinha Terminalia brasiliensis Sabina --- Lobera Solanum lycocarpum Arnica Arnica montana Espinheira Santa Maytenus robusta Angico da Cultura (Mato) --- Mutambo Guazuma ulmifolia

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V. III-100

Nome Popular Nome científico provável Erva de Lagarto Casearia sylvestris Articunzinho do Campo --- Manacá Tibouchina sp. Barba-Timão Stryphnodendron adstrigens Guatambu Aspidosperma subicanum Cabeça de Perdiz --- Sucupira Bowdichia virgilioides Sangra d`água Cróton urucurana Graveto --- Boca – Boa --- Nó de Cachorro Heteropterys sp. Aguniada --- Bico de Tucano --- Rabo de Tatu --- Baru Dipteryx alata Jalapa Mirabilis jalapa Quina Vochysia cinnamomea Cainça Chiococca sp. Pau Terra da folha larga Qualea grandiflora Paratudo --- Carapia Dorstenia morifolia Pata de vaca Bauhinia sp. Ipê Tabebuia sp. Angico Anadenanthera colubrina Jatobá Hymenaea courbaril Arocisa --- Alfavaca Ocimum basilicum Gueroba Syagrus oleracea Arueira Myracrodruon urundeuva Doradinho --- Algodãozinho Cochlospermum regium Velaminho Zeyhera tuberculosa Copaíba Copaifera langsdorfii Cordão de Flades Leonotis nepetaefolia

4.2.1.6) Síntese dos Aspectos Relevantes No levantamento fitosssociológico e florístico foram registradas um total de 551 espécies no conjunto das amostragens realizadas na AII, AID e ADA através da realização das duas campanhas. Ao se comparar com os dados obtidos em 2002 (ANEXO 01), observa-se que o levantamento atual apresentou aumento significativo de diversidade de espécies, com o acréscimo de 339 novas espécies, considerando os diversos hábitos vegetais. Para os dados fitossociológicos, em 2002 foi apresentado, em média, maior número de indivíduos, no entanto, quando se compara

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V. III-101

os índices de diversidade observa-se que em ambos os períodos (2002/2007-2009) os valores são semelhantes, indicando pouca alteração na estrutura da vegetação da região. A intensidade amostral total foi de 0,004%, sendo que o comportamento das curvas do coletor para Mata Ciliar (AII, AID e ADA), Floresta Estacional Semidecidual (AII, AID e ADA) e Cerrado, Campo Cerrado e Cerradão (AII, AID, ADA) mostrou-se similar, tendendo a uma estabilização (formação de um patamar), conforme apresentado nas Figuras 4.2.1.6-1, 4.2.1.6-2 e 4.2.1.6-3. Desta forma, considerando-se a dimensão das áreas e a tendência de estabilização das curvas, conclui-se que a amostragem foi adequada para as análises fitossociológicas. Estas proporcionaram um conhecimento mais detalhado sobre a estrutura e florística, complementando as caracterizações fitofisionômicas florestais.

0

20

40

60

80

100

1 21 41 61 81 101 121

Nº de pontos

Nº d

e es

péci

es

Mata Ciliar (ADA) Mata Ciliar (AID) Mata Ciliar (AII)

Figura 4.2.1.6-1: Curva de suficiência amostral para Mata Ciliar (AII, AID, ADA)

0

10

20

30

40

50

1 5 9 13 17 21 25 29 33 37 41 45 49 53Nº de pontos

de e

spéc

ies

Fl. Est. Semidecidual (ADA) Fl. Est. Semidecidual (AID) Fl. Est. Semidecidual (AII)

Figura 4.2.1.6-2: Curva de suficiência amostral para Floresta Estacional Semidecidual (AII,

AID, ADA).

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V. III-102

0

10

20

30

40

50

1 6 11 16 21 26 31 36 41 46 51 56 61Nº de pontos

de e

spéc

ies

Cerrado, C. Cerrado, Cerradão (ADA) Cerrado, C. Cerrado, Cerradão (AII)Cerrado, C. Cerrado, Cerradão (AID)

Figura 4.2.1.6-3: Curva de suficiência amostral para Cerrado, Campo Cerrado, Cerradão

(AII, AID, ADA). A área basal e o volume de madeira foram menores nas fisionomias savânicas. Esse resultado era o esperado, pois predominam árvores de maior porte nas fisionomias florestais, sendo relativas às áreas de Floresta Estacional Semidecidual e Mata Ciliar da ADA as amostras com maiores volumes, conforme Quadros 4.2.1.6-1 a 4.2.1.6-3.

Quadro 4.2.1.6-1 Dados comparativos entre as amostragens fitossociológicas da campanha de 2007

ADA AID AII Parâmetro

P1 P2 P3 P4 P6 P8 P13 P7 P10 P11 P12 Área amostral (ha) 0,033 0,048 0,051 0,11 0,097 0,050 0,046 0,018 0,024 0,033 0,084Nº de indivíduos amostrados 80 80 80 80 80 80 80 80 80 80 80

Nº de pontos 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20Densidade total (ind./ha) 2.423 1.672 1.500 7.146 8.215 1.608 1.732 4.512 3.261 2.410 9.573Área basal (m2/ha) 49,12 19,73 40,00 21,17 28,53 73,26 6,552 69,57 60,67 49,51 16,96

Diâmetro médio (cm) 13,51 10,90 12,81 16,65 17,96 11,66 4,96 12,47 12,31 21,88 9,29Altura total média (m) 6,06 7,44 7,03 6,34 4,09 5,46 2,08 7,67 5,58 8,09 3,00Biomassa (kg/árvore) 91.033 87.041 93.020 85.251 -- -- -- -- -- -- --Valoração Econômiac 1 0 0 4 4 0 0 3 2 2 4Volume (m3/ha) 163,3 53,12 222,7 81,6 107,8 43,6 2,60 406,3 365,2 459,3 15,59Nº de espécies 26 32 41 26 33 25 33 23 34 24 27

Nº de famílias 16 21 23 18 20 16 22 14 23 14 17Índice de Shannon (H’) 2,93 2,90 3,38 2,82 3,21 2,52 3,25 2,72 3,12 2,73 2,99Índice de Equabilidade (J) 0,90 0,83 0,91 0,86 0,92 0,78 0,93 0,87 0,88 0,85 0,90Legenda: ADA = P1 (Mata ciliar), P2(Fl. Est. Sem.), P3 (Fl. Est. Sem.), P4 (Mata Ciliar), P9 (Mata Ciliar). AID = P6 (Mata Ciliar), P8 (Mata Ciliar), P13 (Campo Cerrado). AII= P7 (Mata Ciliar), P10 (Mata Ciliar), P11 (Fl. Est. Sem.) P12 (Campo Cerado)

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V. III-103

Quadro 4.2.1.6-2

Dados comparativos entre as amostragens fitossociológicas para AID e AII da campanha de 2009.

AID AII Parâmetro

A2 A3 A10 A11 A7 A8 A9 Área amostral (ha) 0,08 0,039 0,017 0,024 0,016 0,018 0,044Nº indivíduos amostrados 80 60 40 64 60 60 60Nº de pontos 20 15 10 16 15 15 15Densidade total (ind/ha) 1600 1524 2230 2684 3815 3253 1273Área basal (m2/ha) 3,91 19,71 12,82 102,94 40,31 60,64 15,61Diâmetro médio (cm) 8,20 10,55 7,46 15,67 10,43 12,30 9,64Altura total média (m) 2,33 3,66 3,81 9,77 6,51 7,19 3,93Biomassa (kg/árvore) Valoração Econômica 0 0 1 1 2 2 1Volume (m3/ha) 170,9 89,5 66,8 300,2 306,9 716,7 95,5Nº de espécies 19 29 23 24 36 36 27Nº de famílias 15 19 16 12 20 21 16Índice de Shannon (H’) 2,60 3,19 2,95 2,95 3,38 3,32 2,92Índice de Equabilidade (J) 0,88 0,94 0,94 0,92 0,94 0,92 0,88Legenda: AID= A2 (Cerradão/ Fl. Est. Sem.), A3 (Cerrado), A10 (Cerrado), A11 (Fl. Est. Sem.),. AII = A7 (Cerradão/ Mata Ciliar), A8 (Mata Ciliar), A9 (Cerrado).

Quadro 4.2.1.6-3 Dados comparativos entre as amostragens fitossociológicas para ADA da campanha de

2009.

ADA Parâmetro A1 A4 A5 A6 A12 A13

Área amostral (ha) 0,03 0,019 0,21 0,04 0,019 0,014Nº indivíduos amostrados 80 60 60 60 60 60Nº de pontos 20 15 15 15 15 15Densidade total (ind/ha) 1500 3233 2815 1511 3223 4339Área basal (m2/ha) 14,65 87,48 60,89 8,81 19,27 57,52Diâmetro médio (cm) 9,57 13,38 13,61 7,85 13,94 10,29Altura total média (m) 5,00 8,62 9,02 3,41 9,09 7,30Biomassa (kg/árvore) 91.212 79.007 76.380 26.268 82.936 Valoração Econômica 0 2 2 0 2 3Volume (m3/ha) 300,3 401,0 766,2 37,0 958,9 606,4Nº de espécies 34 30 26 28 30 29Nº de famílias 17 17 17 18 21 18Índice de Shannon (H’) 3,08 3,14 2,95 2,94 3,16 3,04Índice de Equabilidade (J) 0,87 0,92 0,90 0,88 0,93 0,93

Legenda: ADA = A1 (Mata Ciliar), A4 (Mata Ciliar), A5 (Fl. Est. Sem.), A6 (Cerrado), A12 (Mata Ciliar), A13 (Mata Ciliar).

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V. III-104

A partir dos valores notas pré-estabelecidas, foi possível constatar que dentre os fragmentos da ADA, as áreas com maior valoração econômica foram: P4, A4 e A5, todas recobertas por formações florestais. O índice de Shannon (H’) foi considerado elevado para as áreas de estudo, estando entre 2,52 e 3,38 nats/ind (Quadro 4.2.1.6-1 a 4.2.1.6-3). A comparação feita pelo teste de t de Hutcheson (P < 0,05), mostra que os índices de diversidade para as 25 áreas são estatisticamente diferentes. As formações florestais (Floresta Estacional Semidecidual e Mata Ciliar) apresentaram maiores diversidades, isto ocorreu tanto para a AII quanto para AID e ADA. Os valores para o índice de equabilidade (J) foram próximos entre os fragmentos. O índice de equabilidade varia de zero a um. Os valores altos indicam ausência de dominância de espécies, ou seja, uma distribuição razoavelmente equilibrada entre número de espécies e número de indivíduos. Quando o J se aproxima de zero, significa que existe uma ou poucas espécies dominando a comunidade. Através da fórmula proposta por Jaccard comparou-se as espécies presentes ou ausentes entre as fitofisionomias de Mata Ciliar, Floresta Estacional Semidecidual e Cerrado, Campo Cerrado, Cerradão da AII, AID e ADA (Quadro 4.2.1.6-4). Conforme o Quadro 4.2.1.6-4, Cerrado, Campo Cerrado e Cerradão da AID e ADA apresentam índice de Jaccard igual a 22,40% com 15 espécies em comum. Apesar de possuírem a maior similaridade estas duas amostras não podem ser consideradas muito semelhantes floristicamente, já que apresentam índice de similaridade inferior a 25% (Muller-Dombois & Ellenberg 1974). As amostras, no geral, ao serem comparadas apresentaram valores de similaridade muito baixos, o que pode estar relacionado a elevada riqueza de espécies na região, com grande número de espécies que apresentam poucos indivíduos e as diferentes histórias decorrentes da intervenção antrópica nas áreas comparadas.

Quadro 4.2.1.6-4 Similaridade Florística entre a AII, AID e ADA das diferentes fitofisionomias.

Fitofisionomias /Área de Influência Similaridade %

Mata Ciliar AII x Mata Ciliar AID 10,0 Mata Ciliar AII x Mata Ciliar ADA 22,0 Mata Ciliar AID x Mata Ciliar ADA 12,0 Cerrado, C. Cerrado, Cerradão AII x Cerrado, C. Cerrado, Cerradão AID 21,6 Cerrado, C.Cerrado, Cerradão AII x Cerrado, C.Cerrado, Cerradão ADA 22,4 Cerrado, C.Cerrado, Cerradão AID x Cerrado, C. Cerrado, Cerradão ADA 20,0 Mata Seca AII x Mata Seca AID 3,0 Mata Seca AII x Mata Seca ADA 8,0 Mata Seca AID x Mata Seca ADA 6,0

Em face do exposto, observa-se que as maiores diferenças ocorrem entre as fisionomias florestais e savânicas, independentemente da área de influência em que elas se localizam. Assim, as tipologias florestais apresentaram maiores diversidades, riquezas, áreas base e volumes de madeira.

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V. III-105

A estrutura da vegetação na área de estudo mostrou-se diferenciada para todas as áreas amostradas com distribuição diamétrica e de alturas totais características das formações campestres, savânicas, florestais e dos diferentes estágios sucessionais, além dos valores derivados como área basal e volume. Ou seja, a vegetação nativa apresenta-se em diferentes estágios de regeneração. A área do empreendimento, como um todo, apresenta sinais de intervenções, em maior ou menor grau na vegetação nativa. Os mais evidentes são a exploração de madeira, a presença de pastagens e a “invasão” do gado nos fragmentos, alterando o sub-bosque e a regeneração natural (pisoteio de plântulas). O extrativismo vegetal na região é pouco significativo em termos de uso e comercialização. Portanto, mesmo com grande parte das áreas localizadas na ADA estar ocupada por pastagens (627,99ha), existe ainda a presença de 1.413,04ha de vegetação nativa. A Tabela 4.2.1.6-1 apresenta a área por fisionomia vegetal presentes na ADA - área diretamente afetada do AHE Couto Magalhães. Observa-se que as áreas totais inseridas na ADA por município são semelhantes, no entanto, no município de Alto Araguaia as áreas de Campo Cerrado e Cerradão são mais representativas e em Santa Rita do Araguaia tem maior representatividade as áreas de Campos Úmidos e Cerrado.

Tabela 4.2.1.6-1

Fitofisionomis Vegetais presentes na ADA por município (valor da área em hectares).

Fitofisionomia Santa Rita do Araguaia Alto Araguaia APPs dos rios

Campo Úmido 18,55 5,01 11,56 Campo Cerrado 56,00 126,92 50,65 Campo Sujo 61,30 76,22 45,88 Cerradão 6,27 31,08 11,62 Cerrado 213,11 108,51 75,92 Floresta Estacional 1,72 0,35 1,02 Mata Ciliar 372,41 335,58 351,20

Total 729,37 683,67 547,86 Quando se avalia a supressão por fitofisionomia em cada município, verifica-se que este valor cai significativamente, conforme apresentada na Tabela 4.2.1.6.-2. Ou seja,na área total com vegetação da ADA, 39% está em área de preservação permanente. Para a análise da vegetação dentro da Área de Proteção Ambiental, destaca-se a margem esquerda do rio Araguaia, que está no município do Alto Araguaia. Toda a ADA desta margem está dentro da APA Municipal rio Araguaia, córrego Rico, Couto Magalhães e rio Araguaianha. A Tabela 4.2.1.6-3 apresenta os cálculo de áreas para a vegetação na ADA inserida na APA, e o cálculo da vegetação que será suprimida em APA. Na Tabela 4.2.6-4 é apresentado o cálculo de área para cada fitofisionomia identificada para a área total da APA Municipal rio Araguaia, córrego Rico, Couto Magalhães e rio Araguaianha, baseada na análise de uso da AII, cuja base de informação são as imagens do satélite Cbers nos anos de 2008 e 2009. Avaliando-se a porcentagem afetada pelo empreendimento sobre o total da área da APA, observa-se que 0,72% das fisionomias vegetais serão afetadas, sendo que campo úmido com 3,22 % será a fisionomia mais afetada em relação a presença na APA.

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V. III-106

Tabela 4.2.1.6-2

Área em hectares da vegetação a ser suprimida por município

Obras de infraestrutura Reservatório Fitofisionomia

Alto Araguaia Santa Rita do Araguaia Alto Araguaia Santa Rita do

Araguaia Campo úmido 0,00 0,53 5,00 17,02 Campo cerrado 3,69 0,00 29,19 13,27

Campo sujo 1,02 0,00 44,81 20,70 Cerradão 0,96 0,00 19,12 0,03 Cerrado 2,14 0,00 23,71 49,38 Floresta Estacional 0,35 0,00 0,00 1,71

Mata ciliar 2,45 0,24 146,20 177,90 Total 10,61 0,77 268,03 280,01

Tabela 4.2.1.6-3 Fitofisionomia na ADA em área (ha) de APA e a vegetação a ser suprimida na APA

Fitofisionomia na APA A ser suprimida Fitofisionomia APP Fora da APP APP Fora da APP

Campo úmido 4,04 0,97 4,04 0,96 Campo cerrado 32,16 94,76 16,07 16,81

Campo sujo 24,39 51,83 20,82 25,01 Cerradão 8,13 22,95 8,11 11,97 Cerrado 15,55 92,97 8,88 16,97 Floresta Estacional 0,00 0,35 0,00 0,35

Mata ciliar 168,38 167,20 90,89 57,76 Total 252,64 431,03 148,81 129,83

Tabela 4.2.6.1-4 Área das fitofisionomias e usos em toda a APA Municipal rio Araguaia, córrego Rico,

Couto Magalhães e rio Araguaianha

Fitofisionomia Área (ha) Formação Florestal 5.969,20 Cerrado 19.796,08 Formação Campestre 12.703,82 Campo úmido 155,29 Agricultura / Pastagem 11.880,76 Total 50.505,15

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V. III-107

Das espécies amostradas neste estudo (ênfase em espécies arbóreas e arbustivas) duas estão citadas na Listagem Federal das Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção: Myracrodruon urundeuva e Euterpe edulis. Protium heptaphyllum e Astronium fraxinifolium estão na lista com deficiência de dados (Instrução Normativa IBAMA No 06 de 26/09/2008).

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V. III-108

4.2.1.7) Inventário Fotográfico

Foto 1: Campo úmido (Área A7 - AII).

Foto 2: Campo úmido(Área A8 - AII).

Foto 3: Interior da mata ciliar (Área A8 -

AII).

Foto 4: Cerrado alterado (Área 9 - AII).

Foto 5: Aspecto geral do Cerradão/Floresta

Estacional Semidecidual (Área 2-AID).

Foto 6: Vereda (Área 2 - AID).

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V. III-109

Foto 7: Floresta Estacional Semidecidual

região do rio Babilônia (Área 11 - AID).

Foto 8: Vista da Cachoeira do Rio

Babilônia. (AID)

Foto 9: Sub-bosque da Mata Ciliar (Área A1

- ADA).

Foto 10 : Córrego da Vaca ao fundo Mata

Ciliar(Área 4 - ADA).

Foto 11: Cerrado alterado (Área 6 - ADA).

Foto 12: Mata ciliar do rio Babilônia (Área

13 - ADA).

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V. III-110

4.2.1.8) Mapas

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V. III-111

Mapa de pontos de coleta de vegetação

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V. III-112

Mapa de vegetação da AII - folha 1

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V. III-113

Folha 2

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V. III-114

Mapa de vegetação da AID folha 1

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V. III-115

Folha 2

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V. III-116

Folha3

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V. III-117

Mapa de vegetação da ADA