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1 PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS Riscos biológicos

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PRINCIPAIS RISCOS

PROFISSIONAIS

Riscos biológicos

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Riscos biológicos

�Agentes biológicos

�Vias de entrada no organismo

�Medidas de prevenção e proteção

Agentes biológicos

� Os agentes biológicos são microrganismos capazes de originar qualquer tipo de infecção, alergia ou toxicidade no corpo humano: parasitas, fungos, bactérias, vírus...

� Da sua presença nos locais de trabalho podem advir situações de risco para os trabalhadores.

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Agentes biológicos

� Os agentes biológicos são seres vivos de dimensões microscópicas, bem como todas as substâncias derivadas dos mesmos, presentes no trabalho, que podem provocar efeitos negativos na saúde dos trabalhadores.

Grande diferença entre os agentes biológicos e as demais substâncias perigosas

Capacidade de reprodução

Vias de entrada no organismo

� via inalatória (aparelho respiratório);

� via digestiva (aparelho digestivo: alimentos e hábito de fumar);

� via cutânea (pele);

� via percutânea (penetração no revestimento cutâneo, atingindo outros tecidos);

� contacto com as mucosas, nomeadamente oculares.

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Agentes biológicos

� Tradicionalmente, os maiores riscos encontram-se em:� explorações agrícolas,

� matadouros,

� hospitais,

� laboratórios e

� determinados locais de trabalho relacionados com o tratamento de águas e saneamento.

Actividades Profissionais que

apresentam risco biológico

Actividades agrícolas e em unidades de produção alimentar:� O leite não tratado, por exemplo, pode ser veículo de infecções bacterianas;� A manipulação de azeites vegetais pode ocasionar doenças cutâneas.

Actividades ligadas à pecuária: � Contacto com animais ou produtos de origem animal.

� O sector profissional ligado à criação e abate de aves éagora um sector que exige cuidados especiais!

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Actividades Profissionais que

apresentam risco biológico

Actividades ligadas à saúde e a laboratórios:

� Os riscos biológicos a que os trabalhadores se expõem derivam do contacto direto ou indireto com doentes ou cadáveres infetados.

� Nos laboratórios o risco será devido ao manuseamento de microrganismos, patogénicos ou desconhecidos, ou do contacto com animais para experimentação, por exemplo.

Actividades Profissionais que

apresentam risco biológico

Actividades em unidades de recolha, transporte e eliminação de resíduos:

� Os detritos são um meio ideal para a proliferação de microrganismos.

Trabalho em instalações de tratamento de águas residuais:

� As águas residuais podem veicular diversas doenças.

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Medidas de prevenção e proteção

Por força da legislação comunitária e nacional as empresas devem avaliar os riscos inerentes aos agentes biológicos e reduzir os mesmos através de medidas de:

� Eliminação ou substituição;

� Prevenção e controlo da exposição;

� Informação e formação dos trabalhadores;

� Controlo médico adequado.

Medidas gerais

� Evitar a formação de aerossóis e de poeiras, inclusive durante as actividades de limpeza ou manutenção. � Muitos agentes são transmitidos através do ar.

� Manter uma boa higiene doméstica, procedimentos de trabalho higiénicos e utilização de sinais de aviso pertinentes são condições indispensáveis e seguras de trabalho.

� Adoptar medidas de descontaminação de resíduos, equipamento e vestuário, bem como medidas de higiene dirigidas aos trabalhadores.� Muitos organismos desenvolvem mecanismos de sobrevivência

ou resistência ao calor, à desidratação ou à radiação através, por exemplo, da produção de esporos.

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Medidas gerais

� Dar instruções sobre a eliminação com segurança de resíduos, procedimentos de emergência e primeiros socorros.

� Em alguns casos, entre as medidas de prevenção, pode incluir-se a vacinação colocada à disposição dos trabalhadores.

� Nota: As medidas necessárias à eliminação ou redução dos riscos para os trabalhadores dependem de cada risco biológico em concreto, estas são apenas ações gerais.

Riscos físicos

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Riscos Físicos� Conceito, efeitos sobre a saúde, medidas de prevenção e proteção

� Ambiente térmico

� Iluminação

� Radiações (ionizantes e não ionizantes)

� Ruído

� Vibrações

Riscos físicos

� Os riscos físicos apresentam uma troca brusca de energia entre o organismo e o ambiente numa quantidade superior áquela que o organismo é capaz de suportar, podendo acarretar problemas de saúde.

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Ambiente térmico

Ambiente térmico

� Define-se como um conjunto das variáveis térmicas ou meteorológicas do local, as quais influenciam as trocas de calor entre o meio e o organismo humano.

� Intervém, de forma direta ou indireta na saúde e bem estar dos indivíduos e na realização das suas tarefas diárias, interferindo, por isso, no rendimento de trabalho.

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Ambiente térmico

� O Homem pertence ao grupo dos animais homeotérmicos. � O seu organismo é mantido a uma temperatura interna aproximadamente constante, da ordem de 37,0 ± 0,8 ºC.

� Em termos de sobrevivência, em estado de doença, 32 ºC é o limite inferior e 42 ºC o limite superior.

Ambiente térmico� Os locais de trabalho, bem como as instalações comuns, devem oferecer boas condições de temperatura e humidade de modo a proporcionar bem-estar e defender a saúde dos trabalhadores.

� A temperatura deve oscilar entre os 18 ºC e 22 ºC e a humidade deve oscilar entre os 50% e 70%.

� Quando tal não se verifique devem-se adoptar sistemas artificiais de ventilação e de aquecimento ou arrefecimento ou, caso não seja possível, equipamentos de proteção adequados.

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� Os locais de trabalho, bem como as instalações comuns, devem oferecer boas condições de temperatura e humidade de modo a proporcionar bem-estar e defender a saúde dos trabalhadores.A temperatura deve oscilar entre os 18 ºC e 22 ºC e a humidade deve oscilar entre os 50% e 70%.

� Quando tal não se verifique devem-se adoptar sistemas artificiais de ventilação e de aquecimento ou arrefecimento ou, caso não seja possível, equipamentos de proteção

Efeitos no organismo – Temp. baixas

� Mal estar geral;� Diminuição da destreza manual;� Redução da sensibilidade táctil;� Anquilosamento das articulações;� Comportamento extravagante (hipotermia do sangue que irriga o cérebro);

� Congelação dos membros (os mais afectados, as extremidades);

� Frieiras;� Eritrocianose;� Enregelamento (temperaturas inferiores a -20ºC);

� A morte produz-se quando a temperatura interior é inferior a 28º C por falha cardíaca.

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Efeitos no organismo – Temp. altas

� A subida de temperatura acima da zona de conforto, começa a provocar problemas de natureza:� psicológicas: - incomodo, mal estar;

� psicofisiológicas: - aumento da sobrecarga do coração e aparelho circulatório;

� patológias: - agravamento de doenças.

Mais especificamente

Efeitos no organismo – Temp. altas� Transtornos psiconeuróticos

� fadiga térmica

� Transtornos sistemáticos:� síncope de calor, colapso de calor;� esgotamento por calor: Deficiência circulatória,

Desidratação, Desalinização, Anidrosis;� golpe de calor.

� Transtornos na pele:� erupção (milaria rubra);� anidrose (deficiência de suor);� deficiência congénita das glândulas sudoríparas;� queimaduras solares (devido às radiações ultravioletas).

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Medidas de proteção e prevenção

Temperaturas baixas

� fornecimento de calor / climatização;

� a introdução de períodos de descanso e aclimatização;

� selecção de trabalhadores mais adequados;

� vestuário de protecção.

Medidas de proteção e prevenção

Temperaturas altas

� uso de ventilação geral e climatização;

� uso de exaustores em postos de elevada libertação de calor, com renovação de 30 m3/hora por pessoa;

� a instalação de refrigeradores para o ar renovado;

� a utilização de ventoinhas (estas devem ser colocadas de forma a não interferir com a eficiência de qualquer sistema de controlo de qualquer contaminante existente);

� a utilização de écrans protectores contra energia radiante (ex: diante dos fornos);

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Medidas de proteção e prevenção

Temperaturas altas

� o isolamento, recolocação ou substituição de equipamento produtor de calor;

� a utilização de equipamento (tais como ferramentas) que permita reduzir a carga de calor metabólico;

� uso de chaminés (hottes) aspiradoras, evacuando o ar quente por convecção natural;

� protecção de paredes opacas (tectos em particular);

� protecção das superfícies envidraçadas;

� colocação de telas metálicas.

Medidas de proteção e prevenção

Temperaturas altas

� a introdução de períodos de climatização;� a introdução de períodos de descanso;� a distribuição do trabalho ao longo do tempo;� a realização do trabalho mais quente nos períodos mais frescos do dia;

� o fornecimento de água em quantidades apropriadas aos trabalhadores.

� vestuário de protecção;� deve apresentar determinadas características, tais como: boa ventilação, flexibilidade e elevada grau de reflexão;

� óculos e viseiras de protecção com vidro reflector.

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Iluminação

Iluminação

� Os olhos, órgãos que nos concedem o sentido da visão, desempenham um papel fulcral no controlo das atividades e movimentos realizados pelo Homem.

� Assim, uma iluminação adequada é uma condição indispensável para a obtenção e manutenção de um bom ambiente laboral.

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Iluminação

� Desta forma, da não verificação das condições ideais de iluminação resultam consequências, nomeadamente: � Danos visuais;

� Dores de cabeça;

� Tensões psicológicas ou físicas;

� Mau relacionamento pessoal e hierárquico;

� Posturas incorrectas;

� Menor motivação;

� Menor produtividade;

� Maior risco de acidentes de trabalho e da sua gravidade.

Um estudo efectuado em cerca de 500 empresas, nas

quais foi melhorado o nível de iluminação, obteve os

seguintes resultados:

� Aumento da produção entre 8 a 25%;

�Diminuição dos erros até 28%;

�Grande diminuição dos acidentes de trabalho até 50%.

De um modo geral, uma deficiente

iluminação eleva o risco de

acidente de trabalho.

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Iluminância�É uma medida do fluxo luminoso emitido numa determinada por unidade de superfície.

�Representada em lux (lx).

Exemplos de iluminâncias:�Dia sol aberto ≈ 100 000 lx;Céu enevoado no verão ≈ 20 000 lx ; Boa iluminação de trabalho ≈ 1 000 lx; Boa iluminação rodoviária ≈ 20 lx; Noite de lua cheia ≈ 0.25 lx;

�A iluminância é medida por um aparelho chamado LUXÍMETRO.

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Alguns exemplos de iluminação adequada em

postos de trabalho

Manutenção da iluminação

�O nível da iluminação diminui à medida que a idade do equipamento elétrico aumenta. As razões são:� Desgaste das lâmpadas;

� Sujidade no equipamento ou nas lâmpadas;

� Sujidade na superfície da sala;

� Sujidade nos refletores e nos protetores de encandeamento;

� As maiores perdas são causadas pela sujidade das lâmpadas que, ao fim de algum tempo produzem só cerca de metade da luz original.

� As lâmpadas devem ser mudadas regularmente, todas ao mesmo tempo e não só as fundidas.

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Condições para uma Iluminação

Adequada�Deve sempre existir uma preferência pela iluminação natural � É a mais adequada sob o ponto de vista fisiológico e psicológico, facilitando a variação da acomodação visual.

� A iluminação natural amplia o campo de visão, evita efeitos claustrofóbicos e previne o Síndrome Depressivo.

� Nenhuma fonte luminosa deve aparecer no campo visual dos trabalhadores.

Condições para uma Iluminação

Adequada

�É preferível a utilização de um maior número de lâmpadas de menor intensidade que poucas muito potentes.

�Deve evitar-se a utilização de cores e de materiais reflectores para as máquinas, tampos de mesas e painéis de controlo.

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Efeito Estroboscópico�Trata-se de um efeito com um grau de perigosidade elevado, uma vez que se verifica em muitos processos fabris, cujas máquinas não possuem adequada protecção mecânica.

Este efeito é aquele que vulgarmente

visualizamos em certas jantes de automóveis,

cuja sensação nos faz parecer que rodam a uma

velocidade inferior ao movimento, ou a

determinados tempos estão paradas, ou o

movimento é contrário à deslocação do carro.

Encandeamento�O encandeamento instantâneo ou permanente aparece quando há uma distribuição muito desigual da luminosidade no campo de visão.

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Encandeamento

�Nesta situação a vista é incapaz de se adaptar por causa desta ser demasiado forte.

�Isso acontece, basicamente, quando:� A fonte da luz está demasiado baixa;

� A fonte de luz está numa posição errada;

� A luz reflete numa superfície brilhante (encandeamento Indireto).

Iluminação nos locais de trabalho

�A iluminação nos locais de trabalho, deve ser adequada:

� Ao tipo de trabalho ou actividade;� À idade dos trabalhadores;� À duração do trabalho;� Ao efeito psicológico a obter;� Ao efeito estético pretendido.

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Exercício: A iluminação no meu local de trabalho

(sala de formação) é adequada?

Lista de verificação

� As clarabóias, janelas e outras superfícies vidradas são mantidas limpas?

� Os tectos e as paredes estão pintadas de cores claras e reflectoras e mantêm-se em bom estado de limpeza?

� A iluminação artificial geral é adequada para o tipo de trabalho executado?

� Foram tomadas medidas para reduzir o efeito estroboscópico ou o brilho provocado pela iluminação artificial?

� Existe iluminação local ou lâmpadas ajustáveis para o trabalho de precisão?

� Os dispositivos do sistema de iluminação eléctrica são mantidos limpos e substituídos regularmente?

Radiação

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Radiação

�A radiação é o processo de transmissão de energia através do espaço.

�Todos os dias estamos expostos a diversos tipos de radiação, dependendo da nossa atividade.

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Radiação� As radiações podem ser:

� ionizantes ou� não ionizantes

� Isto de acordo com a sua capacidade de ionização de átomos ou moléculas.

� As radiações mais nocivas ao ser humano são as radiações ionizantes sendo que os efeitos adversos podem ser somáticos (verificar-se diretamente nas pessoas irradiadas) ou genéticos (passar para as gerações seguintes).

� As doses de radiações são acumuláveis no organismo.

Efeitos das radiações �Dependem de diversos fatores como:

� a natureza das radiações, � a dose de radiação e a sua distribuição no tempo, e� as características do material biológico exposto.

� Um dos efeitos mais nocivos associados às radiações é o aumento de incidência de tumores malignos, como cancro da pele, carcinoma do pulmão e leucemia.

�Os grupos de risco em relação a esta temática são aqueles que lidam com radiações ionizantes no seu local de trabalho, nomeadamente trabalhadores do sector da saúde.

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Prevenção

�É fundamental e implica:� a redução do tempo de exposição, � manter distâncias seguras entre o trabalhador e a fonte de emissão da radiação,

� isolamento da fonte através da utilização de barreiras físicas de chumbo,

� utilização de aventais e outros equipamentos de proteção individual de chumbo.

Radiações ionizantes

�Radiações ionizantes constituídas por radiações eletromagnéticas:� Raios gama (γ) – comprimentos de onda entre 0,05 e 5 nm;

� Raios X – comprimentos de onda entre 0,01 e 500 nm;

� Ultravioleta – comprimentos de onda superiores.

�Radiações ionizantes por radiações corpusculares:� Partículas alfa (α) – núcleos de hélio (He);� Partículas beta (β) – eletrões de alta energia.

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Radiações não ionizantes�Existem vários tipos:� - Ultravioleta (UV); � - Visível (V); � - Infravermelha (IV); � - Laser; � - Microondas; � - Radiofrequências.

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Radiações não ionizantes

�São as radiações de frequência igual ou menor que a da luz (abaixo, portanto, de ~8x1014Hz (luz violeta)).

Radiações não ionizantes

�Elas não alteram o átomo mas ainda assim, algumas, podem causar problemas de saúde.

�Está demonstrado, por exemplo, que as microondas podem causar, além de queimaduras, danos ao sistema reprodutor.

�Os laser podem provocar danos graves nos olhos e na pele.

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Ruído

�O som, de uma forma geral, resulta de um fenómeno físico que consiste na detecção pelo ouvido, de qualquer variação de pressão no ar ambiente.

O que é o ruído?

� Os sons podem ser

perigosos e/ou desagradáveis,

indesejáveis, sendo que

nestes casos chamamos-lhes

ruído.

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O que é o ruído?Assim, podemos dizer que:

��RuRuíídodo é um som ou conjunto de sons desagradáveis e/ou perigosos, capazes de alterar o bem estar fisiológico ou psicológico das pessoas, de provocar lesões auditivas que podem levar à surdez e de prejudicar a qualidade e quantidade do trabalho.

O nível de incomodidade causado pelo

ruído depende:

�Da frequência do som (baixa - sons graves, média, alta – sons agudos),

�Da sua amplitude (volume), medida em termos de nível de pressão sonora,

�Da atitude e comportamento perante cada situação concreta.

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Decibel

Os níveis sonoros, por norma, são apresentados numa unidade (logarítmica) chamada

decibel, cujo símbolo é dB.

Limites de IntensidadeLimites de Intensidade

� Ruído com intensidade de até 55 dB não causa grandes problema;

� Ruídos de 56 dB a 75 dB pode incomodar, embora sem causar grandes malefícios à saúde;

� Ruídos de 76 dB a 85 dB podem afetar a saúde, e acima dos 85 dB a saúde será afetada, a depender do tempo da exposição. � Uma pessoa que trabalha 8 horas por dia com ruídos de 85 dB terá, fatalmente, após 2 anos problemas auditivos;

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Limites de IntensidadeLimites de Intensidade

Estudos mais recentes da OMS

(Organização Mundial de Saúde) apontam

que um som deve ficar em até 50 dB para

não causar prejuízos ao ser humano. A

partir de 50 dB, os efeitos negativos

começam. Alguns problemas podem

ocorrer a curto prazo, outros levam anos

para serem notados.

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•Moto-Serras.•Indústria extrativa (minas).

•Martelos pneumáticos;•Metalomecânica;

•Rebarbadoras portáteis;•Indústria da madeira;

•Serras circulares;•Indústria têxtil;

Exemplos de máquinas e

ferramentas mais ruidosas:

Exemplos de atividades mais

ruidosas (devido ao elevado

nível de mecanização):

Medição do Ruído

�Para uma exposição permanente a ruídos - 40 horas por semana - num posto de trabalho, temos de ter em conta 3 valores: �80dB

�85 dB

�87 dB

Portanto acima do nível limite começa

a ser apreciável o risco de surdez

profissional, risco este tanto maior

quanto mais elevado for o nível do

ruído e /ou o tempo de exposição ou

anos de trabalho.

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O Ruído nos Locais de Trabalho

Qualquer que seja a fonte, os ruídos podem classificar-se em três tipos:

�ruído uniforme, quando o nível de pressão acústica e os espectros de frequência são constantes durante um certo tempo relativamente longo, como por exemplo o ruído numa fábrica de fiação;

�ruído intermitente, quando o nível de pressão acústica e o espectro das frequências variam constantemente, como por exemplo numa oficina de mecânica;

�ruído impulsivo, quando o nível de pressão acústica é muito elevado mas dura pouco tempo (menos de 1/5 do segundo), como por exemplo um tiro.

O Ruído nos Locais de Trabalho

�Outro tipo de classificação dos ipos de ruído é feita de acordo com a sua perigosidade:

�Ruídos perigosos �São aqueles que mantêm uma intensidade entre os 85 e 90 dB.

�Ao permanecermos mais de 5 horas num ambiente com este nível de ruído, corre-se o risco de prejudicar a audição.

� Este tipo de ruído é causado, por exemplo, por ferramentas que trabalham a ar comprimido (ex: martelos pneumáticos) ou por aviões em aeroportos.

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O Ruído nos Locais de Trabalho

�Outro tipo de classificação dos ipos de ruído é feita de acordo com a sua perigosidade:

�Ruídos «Abafados»�São aqueles que mantêm uma intensidade entre os 60 e 70 dB.

� Têm como consequência o dificultarem uma conversação normal, ou provocarem acidentes.

� Existem na maioria das indústrias e podem ser perigosos, como por exemplo no caso em que o ruído das máquinas abafe o ruído de um empilhador.

O Ruído nos Locais de Trabalho

�Outro tipo de classificação dos ipos de ruído é feita de acordo com a sua perigosidade:

�Ruídos Irritantes�São subjetivos, pois aquilo que é ruído para uma pessoa pode ser música para outra.

� Por exemplo, para os clientes de um restaurante a música de fundo pode ser agradável enquanto para os empregados pode ser irritante pois ouvem-na permanentemente.

�Outro exemplo: Uma música de heavy-metal em «altos berros» na aparelhagem do vizinho pode ser formidável para ele e irritante para mim.

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Medição do Ruído

�A prevenção do ruído deve ser feita na fase de concepção de qualquer empresa/organismo para ser o mais racional possível e a mais económica.

�É possível (e desejável) medir o nível de ruído.

Medição do Ruído

�As razões que obrigam a que se proceda a medições de ruído frequentes são:

� a necessidade de verificar se os níveis são susceptíveis de provocar danos auditivos ou deterioração do ambiente de trabalho;

� a comprovação de que o ruído emitido pelos equipamentos está conforme as especificações;

� obtenção de dados para eventuais intervenções ao nível do controlo do mesmo ruído.

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Consequências ou Efeitos do Ruído

� Ruídos de componentes graves - menos perigosos; � para níveis superiores a 100 dB actuam sobre os

músculos e estômago, podendo provocar vómitos e atésíncopes.

�Os ruídos de médias frequências provocam os mesmos danos mas em maior grau; � aos 80 dB já podem causar transtornos digestivos,

aumentar a pressão arterial e a pulsação.

�O sistema nervoso central do homem é muito sensível aos ruídos com frequências altas, os agudos; � podem causar fadiga nervosa e cansaço mental.

Consequências ou Efeitos do Ruído

Acção sobre o aparelho auditivo

� Perda de audiçãoEsta perda é função da frequência e da intensidade do ruído. É mais evidente para os sons puros e para frequências elevadas.

� Fadiga auditivaTrata-se de um abaixamento reversível da acuidade auditiva. Quando a exposição a ruído excessivo se mantém durante muito tempo, há um perda permanente da acuidade auditiva.

� Distorção dos sonsÉ um fenómeno que acompanha a perda das células ciliares, responsáveis pela audição.

� Aparecimento de tonalidades metálicas nos sons ouvidos.

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Efeitos fisiológicosSem pretender ser exaustiva apresenta-se uma

lista de efeitos potenciais do ruído:

� lesão do sistema auditivo, como já vimos conduzindo a surdez;

� distúrbios gastrointestinais; � distúrbios relacionados com

o sistema nervoso central -dificuldade em falar, problemas sensoriais, diminuição da memória;

� aceleração do pulso; � contracção dos vasos

sanguíneos; � elevação da pressão

arterial; � dilatação da pupila; � diminuição da resistência

eléctrica da pele;

� aumento da produção hormonal da tiróide;

� fragilidade da barreira imunológica do organismo;

� aumento da incidência de doenças - constipações, afecções ginecológicas, etc;

� dificuldade em distinguir cores;

� vertigens; � diminuição da velocidade

da percepção visual; � cansaço geral; � dores de cabeça.

Efeitos de natureza psicológica

Uma das consequências mais conhecidas do ruído é o transtorno do bem estar psíquico, de que pode resultar: � irritabilidade � apatia � mau humor � medos � insónias

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Efeitos sociais e económicos

O ruído afecta de modo directo:

� a produtividade, baixando-a; � a ocorrência de acidentes, aumentando-a; � a gravidade dos acidentes, aumentando-a; � os conflitos laborais, aumentando-os; � as queixas individuais, aumentando-as; � a inteligibilidade, diminuindo-a.

Controlo do Ruído

�Quando o nível do ruído nos locais de trabalho ultrapassa níveis aceitáveis, deve proceder-se ao seu controlo, que pode incluir medidas de diversa natureza:

� EPC� medidas organizacionais;

� medidas construtivas ou de engenharia;

� EPI� medidas de protecção individual.

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Medidas organizacionais

� As medidas organizacionais, também chamadas medidas administrativas, têm em vista reduzir o tempo de exposição ao ruído e/ou o nível desse mesmo ruído.

� Como exemplos de medidas deste tipo podemos ter: � planificação da produção, com eliminação dos postos

mais ruidosos;

� rotação periódica do pessoal exposto;

� aquisição de equipamentos menos ruidosos;

� realização das tarefas mais ruidosas quando haja menos trabalhadores;

� separação das actividades ruidosas por diferentes espaços.

Medidas construtivas

�As medidas construtivas ou medidas de engenharia, têm como objectivo a redução do ruído produzido e/ou o aumento da sua absorção e/ou a redução da sua propagação.

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Medidas construtivas

� Medidas desta natureza serão, por exemplo: � substituição ou lubrificação das máquinas

� diminuição da velocidade de rotação de ventiladores

� utilização de materiais amortecedores

� utilização de materiais mais absorsores de ruído nas paredes, tectos e pavimentos

� cobertura das fontes de ruído

� uso de isolamentos antivibráteis

� insonorização dos locais em relação ao exterior

� Todas as estas medidas referidas sãode protecção colectiva.

Medidas de protecção individual

Os protectores auditivos individuais podem portanto ser de diversos tipos:

�tampões ou auriculares

�tapa orelhas ou auscultador

�capacetes que tapam ouvidos e o crânio

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Exames Médicos e Audiométricos

� Estes exames servem para:

� identificar os mais sensíveis ao ruído; � controlar possíveis perdas de audição; � avaliar a eficácia de medidas eventualmente tomadas;

� avaliar a eficácia dos protectores auditivos individuais e, em última instância;

� destinam-se a proteger a saúde dos trabalhadores.

Vibrações

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Vibrações� As vibrações são agentes físicos nocivos que afectam os trabalhadores e que podem ser provenientes das máquinas ou ferramentas portáteis a motor ou resultantes dos postos de trabalho.

� As vibrações encontram-se presentes em quase todas as actividades, nomeadamente em construção e obras públicas, indústrias extractivas, exploração florestal, fundições e transportes.

PRINCIPAIS RISCOS� Perturbações neurológicas ou musculares,

vasculares e lesões osteo-articulares, no caso das vibrações transmitidas ao sistema mão-braço

� Problemas vasculares conhecidos� Síndroma dos dedos brancos

� Síndroma de Raynaud

� Doença traumática dos vasos sanguíneos

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PRINCIPAIS RISCOS

� Patologias na região lombar e lesões da coluna vertebral, para o caso das vibrações transmitidas ao corpo inteiro

� Lombalgias

� Traumatismos da coluna vertebral

PRINCIPAIS RISCOS

� Lesão neurológica: afecta o sentido do tacto;

� Aspecto vascular: afecta a circulação do sangue nos dedos;

� Lesão neurovascular: afecta a força muscular;

� Elasticidade muscular: afecta a capacidade de abrir ou fechar completamente os dedos e as mãos;

� Lesão ósteo-articular: afecta a qualidade dos ossos; provoca dores que bloqueiam os movimentos da mão.

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SISTEMA MÃO-BRAÇO

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CORPO INTEIRO

VALORES LIMITE e VALORES DE ACÇÃO

� Sistema mão-braço� Valor limite – 5 m/s2

� Valor de acção – 2,5 m/s2

� Corpo inteiro� Valor limite – 1,15 m/s2

� Valor de acção – 0,5 m/s2

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AVALIAÇÃO DOS RISCOS

� Nas actividades susceptíveis de apresentar riscos de exposição a vibrações

� O empregador deve avaliar e, se necessário, medir os níveis de vibrações

AVALIAÇÃO DOS RISCOSAVALIAÇÃO DO NÍVEL DE EXPOSIÇÃO

� Observação de práticas de trabalho específicas

� Com base em informações fornecidas pelo fabricante relativas ao nível provável de vibrações do equipamento, nas condições normais de utilização

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AVALIAÇÃO DOS RISCOSSISTEMAS DE MEDIÇÃO

� Cumprir os requisitos de normalização em vigor;

� Calibração anual;

� A medição deve ser feita por entidade acreditada;

� A medição deve ser feita de acordo com os anexos I e II do DL 46/2006.

AVALIAÇÃO DOS RISCOSAVALIAÇÃO E MEDIÇÃO

� Devem ser programadas e efectuadas a intervalos regulares e apropriados;

� Ter em conta a amplitude e a duração das vibrações;

� Conservar os dados delas resultantes para posterior consulta.

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AVALIAÇÃO DOS RISCOS

� Na avaliação dos riscos, ter em conta os seguintes aspectos:

� O nível, a natureza e a duração da exposição, incluindo a exposição a vibrações intermitentes ou a choques repetidos;

AVALIAÇÃO DOS RISCOS� Os efeitos indirectos sobre a segurança dos

trabalhadores (quando as vibrações interferem com a manipulação de comandos);

� As informações prestadas pelos fabricantes;

� Condições de trabalho específicas (trabalho a baixas temperaturas);

� A informação resultante da vigilância da saúde.

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REDUÇÃO DA EXPOSIÇÃO� O empregador deve utilizar todos os meios

disponíveis para eliminar na fonte ou reduzir ao mínimo os riscos devido à exposição a vibrações

� Se o resultado da AR indicar que os valores de acção foram ultrapassados, o empregador deve aplicar um conjunto de medidas técnicas e organizacionais, tendo em consideração o seguinte:

REDUÇÃO DA EXPOSIÇÃO

� Métodos de trabalho alternativos� Escolha de equipamentos de trabalho adequados� Instalação de equipamentos auxiliares que

reduzam o risco de lesões (assentos ou punhos)� Programas de manutenção do equipamento, do

local de trabalho e das instalações

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REDUÇÃO DA EXPOSIÇÃO

� Concepção, disposição e organização dos locais e postos de trabalho

� Informação e formação aos trabalhadores para a utilização correcta e segura do equipamento

� Limitação da duração e da intensidade da exposição

� Horários de trabalho adequados (períodos de descanso)

� Vestuário de protecção do frio e da humidade

VALORES LIMITE

� O empregador deve assegurar que, em qualquer caso, o valor limite não éultrapassado

� Nas situações em que for ultrapassado, o empregador deve:

� Tomar medidas imediatas que reduzam a exposição;

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VALORES LIMITE

� Identificar as causas da ultrapassagem dos valores limite;

� Corrigir as medidas de protecção e prevenção;

� Adaptar as medidas à situação de trabalhadores particularmente sensíveis.