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4° Seminário Paranaense de Meliponicultura 12 a 14 de Novembro de 2010 Matinhos - PR - UFPR Litoral

CONCLUSÕES FINAIS

Introdução

A UFPR Litoral sediou na ultima final de semana (12 a 14), o 4° Seminário Paranaense de Meliponicultura. O evento marcou vários avanços da atividade, voltada à criação de abelhas sem ferrão nativas do estado do Paraná. Foram três dias de intensa discussão sobre temas relacionados à organização dos produtores, acesso a mercado, a importância das pesquisa e da divulgação científica do estudos do mel, própolis, pólen e ecologia das abelhas. Participaram do evento aproximadamente 200 pessoas, produtores de vários pontos do Paraná e de outros estados, comunidade científica e acadêmica, além de representantes da organização da sociedade civil, instituições públicas, movimentos sociais, indígenas e participantes de várias cidades do Estado do Paraná. Segundo o coordenador do Seminário, o professor Renato Bochicchio, “uma das maiores conquistas do evento foi a consolidação da Câmara Técnica Permanente da Meliponicultura do Estado do Paraná, que será a instância responsável por conduzir, a partir de agora, os desafios e avanços da atividade.” Seis salas temáticas funcionaram, reservadas para a discussão em grupo de temas diversos, de onde saíram várias proposições visando o desenvolvimento da meliponicultura paranaense e brasileira. Foram ainda realizadas várias oficinas práticas envolvendo o manejo adequado para a produção do mel e divisão de colônias, além de visitas técnicas a quatro localidades do litoral do Paraná. Os produtos gerados do Seminário irão compor um documento-base, para envio às instâncias tomadoras de decisão e de apoio à atividade. Veja abaixo uma síntese das conclusões do 4° Seminário Paranaense de meliponicultura.

Conclusões por Salas Temáticas

1 - Legislação 1 – Proposta de Portaria regulamentadora da criação de Abelhas Nativas Sem Ferrão no Paraná Os diversos atores da meliponicultura paranaense e brasileira, presentes ao 4° Seminário paranaense de meliponicultura, reivindicam que o governo do Paraná regulamente a criação de ASF e para tal aprovam proposta de Portaria regulamentadora a ser implementada pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP), conforme texto em anexo. MINUTA

Portaria regulamentadora da criação de Abelhas Nativas Sem Ferrão no Paraná

GOVERNO DO PARANÁ

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SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS INSTITUTO AMBIENTAL DO PARANÁ

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

Meliponicultura - é a criação de Abelhas Sem Ferrão (ASF), também denominadas abelhas indígenas ou nativas. As abelhas que apresentam hábitos sociais são classificadas dentro da subfamília Apinae com várias tribos. As que possuem hábitos sociais mais avançados pertencem a duas tribos distintas: Apini, que agrupa as abelhas do gênero Apis e Meliponini, que agrega as abelhas sem ferrão ou meliponíneos. A tribo meliponini é dividida em duas subtribos: Meliponina, que apresenta apenas um único gênero (Melípona) e Trigonina que é constituída por vários gêneros. As abelhas sem ferrão, conhecidas também como meliponíneos, são sociais e nativas no Brasil, onde encontramos muitas espécies (cerca de 300, segundo Silveira et al. 2002). As abelhas sociais indígenas (nativas) sem ferrão distribuem-se naturalmente por amplas regiões tropicais e subtropicais de todo o mundo. Há um grupo bastante homogêneo destas abelhas, como o gênero Melipona (uruçú, mandaçaia, manduri, jandaira, etc.), que ocorre exclusivamente nas áreas tropical e subtropical da América (SAKAGAMI, 1982). Estas abelhas podem ser encontradas em quase todo o território nacional. Entre as espécies mais comuns no Paraná, destacam-se: Jataí (Tetragoniscula angustula), a mndaçaia (Melipona quadrifasciata), as mirins (Plebéia spp) e a tubuna (Saptotrigona bipunctata). Na lista de espécies ameaçadas de extinção do Estado do Paraná, SCHWARTZ-FILHO et al (2004), foram incluídas 18 espécies de abelhas, sendo que 8 espécies são solitárias e 10 são sociais. Segundo o Prof. Osmar Malaspina, pesquisador da interação entre abelhas e plantas na Unesp, “A população deste inseto está diminuindo drasticamente no Brasil. Sem eles, soja e maracujá correm o risco de desaparecer. Vários países do mundo estão apresentando sinais de que a população de abelhas está diminuindo. Nos últimos três anos, os Estados Unidos perderam 40% de suas abelhas, que desapareceram em 24 estados. O fenômeno se repetiu no Canadá, França, Inglaterra, Alemanha, Bélgica, Síria e Iraque.” Ele segue afirmando, em seu artigo “Salvem as abelhas”, divulgado na “WEB”: “No Brasil, a abelha jataí está desaparecendo em regiões de carvoaria e de queima de mata. A abelha mamangava, importante para a disseminação de diversas espécies vegetais, está extinta no Paraná. E está perto de sumir em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. No Nordeste, o desmatamento da caatinga vem reduzindo a população do inseto. As abelhas contribuem para a biodiversidade. Elas são responsáveis pela fecundação de mais de 70% das angiospermas (o maior grupo de plantas do planeta) e cerca de um terço das culturas agrícolas. As plantações do mundo inteiro são quase que totalmente dependentes do trabalho das abelhas, que rendem cerca de US$ 540 milhões em produtos alimentícios. No Brasil, temos mais de 1.500 espécies desses insetos, distribuídas em quase 300 gêneros responsáveis pela polinização de até 90% da flora nativa, dependendo do local.” No Paraná, ainda inexiste levantamento oficial do número de criadores e tampouco da produção de méis destas abelhas, inclusive devido falta de regulamentação da Resolução CONAMA nº

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346/2004, que trata sobre a criação e implantação de meliponários, colocando os meliponicultores na informalidade. No segmento da meliponicultura constata-se os mais diversos problemas e dificuldades de comercialização dos produtos gerados (especialmente, o mel), bem como outros relacionados à criação, manejo e extração destas abelhas da natureza, destacando-se que a preservação dessas abelhas nativas do Brasil vem sendo garantida por sua criação por criadores autônomos e/ou projetos comunitários por todo o Estado do Paraná e Brasil. De 12 a 14 de novembro de 2010, aconteceu em Matinhos – PR, o 4° Seminário Paranaense de Meliponicultura, que contou com a presença de aproximadamente 200 pessoas (dentre as quais técnicos, estudantes, meliponicultores, pesquisadores), momento em que debateu-se sobre LEGISLAÇÃO afeta a MELIPONICULTURA, aprovando-se uma PROPOSTA DE REGULAMENTAÇÃO DA CRIAÇÃO DE ABELHAS SEM FERRÃO PARA O ESTADO DO PARANÁ. No ano de 2009, o Instituto Ambiental do Paraná (IAP), encetou debate, concebeu e elaborou o PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DE ABELHAS SOCIAIS NATIVAS SEM FERRÃO DO ESTADO DO PARANÁ. Ante o exposto e considerando a Resolução CONAMA nº 346, de 16 de agosto de 2004, que disciplina a utilização das abelhas silvestres, bem como a implantação de meliponários, a qual ainda não foi regulamentada, segundo explicita o Art. 9º - “O IBAMA no prazo de seis meses, a partir da data de publicação desta resolução, deverá baixar as normas para regulamentação da atividade de criação e comércio das abelhas silvestres nativas.”. Assim, no sentido de conquistar-se avanços no rumo da preservação destes insetos úteis à humanidade, segue abaixo uma MINUTA de:

PORTARIA IAP Nº ____, DE _________________ DE 2010 Institui o Registro Estadual de Criadores de Abelhas Nativas do Brasil, estabelece normas de controle e dá outras providências. O Diretor Presidente do instituto Ambiental do Paraná – IAP, nomeado pelo Decreto nº 077 de 12 de fevereiro de 2007, no uso das atribuições que lhe são conferidas pela Lei Estadual nº 10.066, de 27 de julho de 1992, com as alterações trazidas pelas Leis nº 11.352, de 13 de fevereiro de 1996 e n 7 13.425, de 07 de janeiro de 2002 e de acordo com o seu Regulamento, aprovado pelo Decreto nº 1.502, de 04 de agosto de 1992, CONSIDERANDO QUE: . A Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, regulamentada pelo Decreto nº 99.274, de 6 de junho de 1990, que Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências; . O artigo 225 da Constituição Federal (Capitulo VI – Do Meio Ambiente) - (Abelhas Nativas Sem Ferrão, ninhos, abrigos e criadouros naturais são bens de uso comum do povo); . a Convenção sobre a Diversidade Biológica - CDB, que propôs a “Iniciativa Internacional para a Conservação e Uso Sustentável de Polinizadores”, aprovada na Decisão V/5 da Conferência das Partes da CDB em 2000 e cujo Plano de Ação foi aprovado pela Decisão VI/5 da Conferência das Partes da CDB, em 2002;

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. a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 - Lei de Crimes Ambientais - Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e da outras providencias; . o Decreto nº 3.148 - 15/06/2004, publicado no Diário Oficial Nº 6.750, de 15/06/2004, que Institui a Política Estadual de Proteção à Fauna Nativa - SISFAUNA, cria o Conselho Estadual de Proteção à Fauna – CONFAUNA, implantou a Rede Estadual de Proteção à Fauna Nativa – Rede PRÓ-FAUNA e dá outras providências; Estabelece a Política Estadual de Proteção à Fauna Nativa, seus princípios, alvos, objetivos e mecanismos de execução, define o Sistema Estadual de Proteção à Fauna Nativa - SISFAUNA, cria o Conselho Estadual de Proteção à Fauna - CONFAUNA, implanta a Rede Estadual de Proteção à Fauna Nativa - Rede PRÓ-FAUNA e dá outras providências; . a Resolução Conama nº 346/2004, “Disciplina a utilização das Abelhas Silvestres Nativas, bem como a implantação de Meliponários”, e seu artigo 9º, que estabeleceu um prazo de 6 meses, a partir da publicação desta resolução, para regulamentação da atividade de criação e comércio das abelhas nativas; . o Plano de Ação para Conservação de Abelhas Sem Ferrão do Estado do Paraná, instituído pelo IAP; . ... RESOLVE: Artigo 1º - Institui-se no âmbito do Instituto Ambiental do Paraná – IAP, o Registro Paraná de Meliponicultores (RegPRMel). Artigo 2º - A Diretoria de controle de Recursos Ambientais - DIRAM, será a unidade coordenadora do Registro e terá com funções implementar Sistema de Registro, bem como gerar estatísticas oficiais do setor da meliponicultura. Artigo 2º - Para os efeitos desta Portaria, entende-se por: I - Abelhas silvestres nativas: insetos da Ordem Hymenoptera que ocorrem naturalmente em vida livre no território brasileiro, com exceção das espécies introduzidas; II - Colméias: abrigos especialmente preparados na forma de caixas, troncos de árvores seccionadas, cabaças ou similares para a manutenção ou criação racional de abelhas silvestres nativas; É a casa das abelhas. Existem colméias de diversos tipos e materiais; III - Espécie: conjunto de indivíduos semelhantes e com potencial reprodutivo entre si, capazes de originar descendentes férteis, incluindo aqueles que se reproduzem por partenogênese; IV - Espécime: indivíduo ou parte dele, vivo ou morto, de uma espécie, em qualquer fase de seu desenvolvimento, unidade de uma espécie; V - Fauna silvestre: termo que compreende e abrange a fauna silvestre nativa e a fauna silvestre exótica; VI - Fauna silvestre exótica: espécimes pertencentes às espécies cuja distribuição geográfica

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original não inclui o território brasileiro ou que foram nele introduzidas, pelo homem ou espontaneamente, em ambiente natural, inclusive as espécies asselvajadas, excetuando-se as espécies consideradas domésticas; VII - Fauna silvestre nativa: espécimes pertencentes às espécies nativas ou migratórias, aquáticas ou terrestres, de ocorrência natural em território brasileiro ou em águas jurisdicionais brasileiras; VIII - Meliponário: local destinado à criação racional de abelhas silvestres nativas, composto de um conjunto de colônias alojadas em colméias especialmente preparadas para o manejo e manutenção dessas espécies, e que poderá realizar e subsidiar pesquisas científicas, ensino e extensão. Sinônimo de criadouro comercial de abelhas silvestres nativas; IX - Colônia é uma família de abelhas, formada, em média, por uma rainha, de operárias e zangões; Colônia: é o nome dado para a população de abelhas que vivem em um mesmo ninho; X - Colméias racionais: é o nome dado as colméias de abelhas que foram confeccionadas pelo homem, freqüentemente de tabuas de madeira, com diversos compartimentos. Possuem diferentes graus de complexidade, dependendo do seu idealizador. As colméias mais comuns são as horizontais; XI - Ecossistema: os organismos vivendo em um ambiente particular, como por exemplo, um lago ou uma floresta, ou numa escala maior, um oceano ou todo o planeta, e toda parte física do ambiente que atua sobre estes organismos; XII - Enxame: conjunto de abelhas de uma mesma espécie, que se reúnem para migrar ou para acasalar; XIII - Enxameagem: nos meliponíneos, a enxameagem está relacionada com o processo de fundação de um novo ninho. A ligação entre o ninho filho e o ninho mãe, com transferência de material, permanece por vários dias; XIV - Meliponíneos: são as abelhas indígenas sem ferrão. São animais sociais vivendo em ninhos com centenas a milhares de indivíduos. Vivem nas zonas tropicais do mundo e estão sendo consideradas com enorme potencial para a polinização das plantas nativas; XV - Meliponicultura: é a criação de abelhas sem ferrão. . Sua criação está associada com as espécies que fabricam e armazenam maior quantidade de mel. As abelhas Melipona são as prediletas; XVI - Polinização: transporte do grão de pólen de uma antera para o estigma de outra flor. Esse transporte pode ser feito pelo vento, água, ou animais, entre os quais se distingue uma multidão de insetos, principalmente as abelhas; XVII - Mel: é uma substância produzida pelas abelhas e outros insetos sociais a partir do néctar das flores ou de outras secreções açucaradas, que elas coletam e transformam através da evaporação da água e da adição de enzimas. O mel é composto, em sua maior parte (99%) de água e açúcares. O 1% restante é constituído de substâncias presentes em quantidades diminutas, mas que são importantes para a caracterização do mel, tais como enzimas, sais minerais, etc. Os principais açúcares são sacarose, glicose, frutose e maltose; XVIII - Habitat: local de vida de um organismo ou população, com as características ecológicas do

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ambiente. Artigo 4º - Deverão inscrever-se obrigatoriamente, no Registro Paraná de Meliponicultores, todos os meliponicultores que contam com meliponários com mais de 50 (cinqüenta) colônias e que se destinem a criação de abelhas nativas para produção de colônias, produção de mel, própolis, pólen ou outros produtos meliponícolas. Parágrafo 1º - Toda pessoa física ou jurídica que se dedique ao manejo de colônias ou ao emprego de abelhas como polinizadores de cultivos entomófilos e a comercialização e a industrialização de produtos derivados e fabricação de elementos ou equipamentos para a atividade meliponícola, ficam abrangidos pela presente norma. Parágrafo 2º - Os Meliponicultores detentores de meliponários com menos de 50 (cinqüenta) colônias, por livre escolha poderão inscrever-se no Registro Paraná de Meliponicultores (RegPRMel). Artigo 5º - Os meliponicultores deverão registrar-se nos escritórios regionais do Instituto Ambiental do Paraná - IAP na região de correspondência de seu município ou nas instituições habilitadas para tal fim. Parágrafo 1º - Deverão preencher os formulários de inscrição, no qual constam os dados que compõem o Anexo I, que integra a presente portaria. Artigo 6º - Os formulários de inscrição terão o caráter de declaração juramentada e poderão ser preenchidos pelo produtor ou por seu procurador legalmente estabelecido. Artigo 7º - A informação recebida terá como finalidade a análise estatística, a geração de informação setorial atualizada de forma permanente, a assistência ao meliponicultor e permitirá maior eficácia na tomada de decisões por parte das instituições governamentais. Artigo 8º - Os Escritórios Regionais do IAP, deverão enviar os formulários à Unidade de Registro, aqui designada como Diretoria de Controle de Recursos Ambientais – DIRAM para a que seja outorgado o número de registro e a Credencial do Meliponicultor (CredPRMel). Artigo 9º - A inscrição terá validade por dois (2) anos e será de caráter gratuito. Toda pessoa física ou jurídica inscrita no presente Registro deverá fornecer as informações que constam no Anexo I da presente portaria. Parágrafo 1º: A primeira inscrição de meliponicultores no Registro Paraná de Meliponicultores (RegPR Mel) será realizada dentro de 60 dias da edição da presente portaria. Parágrafo 2º - O descumprimento desta obrigação gerará perda de pleno direito a qualquer benefício que puder ser derivado da implementação deste Registro e submeterá os não inscritos às penalidades das leis. Artigo 10º - Uma vez efetuada a presente inscrição será outorgado ao produtor a credencial que figura no Anexo II, que consta da presente portaria, que o habilitará como MELIPONICULTOR, a qual lhe será requerida para a realização de todo trâmite oficial relacionado com suas atividades na criação de abelhas nativas sem ferrão. Parágrafo Único: Para acessar a Credencial do Meliponicultor (CredPRMel), obtido com o Registro

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Paraná de Meliponicultores (RegPRMel), será exigido o certificado de um Curso de Capacitação em Meliponicultura e Conservação de Recursos Naturais, com carga horária de no mínimo de 40 horas e ministrado por órgão ambiental ou por alguma instituição credenciada. Artigo 11º - Com a Credencial do Meliponicultor (CredPRMel), o meliponicultor poderá transitar com suas colônias no âmbito intraestadual, sendo que em nível interestadual o trânsito de abelhas sem ferrão será feito em conformidade com as diretivas do MAPA/DAS/CTQA (Guia de Trânsito Animal para Animais Silvestres). Artigo 12º - A Diretoria de controle de Recursos Ambientais – DIRAM proporá normas e procedimentos para o funcionamento do Registro Paraná de Meliponicultores (RegPRMel), bem como instruções aos Escritórios Regionais do IAP. Artigo 13º - Esta portaria entra em vigência no prazo de sessenta (60) dias, a partir da data da publicação, ficando revogadas as disposições em contrário. Matinhos, _______ de ___________ de 2010 xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Diretor Presidente do Instituto Ambiental do Paraná

Anexo I – REGISTRO ESTADUAL DE Meliponicultores (RegPRMel)

CADASTRO DA PROPRIEDADE Propriedade: Incra Nirf: Área: Endereço: Municipio: Distrito: Linha/Estrada: Proprietário: CPF/CNPJ: Latitude: Longitude:

CADASTRO DO MELIPONICULTOR Nome: CPF/CNPJ: Endereço: Município: CEP: Fone: Fax: Fone Celular: Email: Site: Skipe: Categoria: Fins comerciais: Pesquisa científica: Preservação/Conservação:

Anexo II – CREDENCIAL DO MELIPONICULTOR

CREDENCIAL DO MELIPONICULTOR – (CredPRMel) Credencial CredPRMel/RegPRMel nº ...........................................................................................................................

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Nome ou Razão Social ............................................................................................................................. IAP ...................................................................................

Validade: ......................................................

Assinatura do meliponicultor

Assinatura da autoridade

Assinatura autenticada

Assinatura autenticada

INSTITUTO AMBIENTAL DO PARANÁ – IAP 2 – Regulamentação da Resolução CONAMA n° 346/2004 Que o IBAMA promova a regulamentação da Resolução CONAMA n° 346/2004, com participação e consulta aos atores da meliponicultura de todo o Brasil (criadores – entidades representativas, pesquisadores, cientistas, técnicos governamentais, etc). 3 - Criação de Câmara Técnica de Meliponicultura em nível da CBA (Confederação Brasileira de Apicultura). Que a CBA (Confederação Brasileira de Apicultura.) institua uma Câmara Técnica de Meliponicultura em nível de sua estrutura organizacional, contemplando o crescimento da atividade em todos os estados da federação e sua importância socioeconômica e ambiental. 4 - Alteração da Instrução Normativa n° 169/2008 do IBAMA Que o IBAMA (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente) promova a alteração da Instrução Normativa n° 169/2008, que trata sobre criatórios de animais silvestres, excluindo de seu conteúdo aspectos relacionados à criação de abelhas nativas sem ferrão (meliponicultura). Que o IBAMA promova a edição de uma Instrução Normativa específica para a meliponicultura, contemplando suas particularidades e especificidades. Também, é importante que se crie a possibilidade dos órgãos estaduais ambientais estaduais fiquem responsáveis ainda pelo licenciamento e controle da atividade no âmbito de suas respectivas jurisdições. 5 – Participação dos atores da meliponicultura na revisão do RIISPOA - A CBA (Confederação Brasileira de Apicultura.), preside e coordena a Câmara Setorial de Mel e Produtos Apícolas, estrutura consultiva do MAPA (Ministério de Agricultura e Pecuária) e através do GT RIISPOA, colheu propostas e sugestões, visando a revisão do RIISPOA (Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária dos Produtos de Origem Animal), processo desencadeado em 2008 pelo citado órgão federal. - Que a CBA incentive o debate nacional e acolha as propostas dos atores da meliponicultura de todos estados da federação, visando contribuir para a revisão do RIISPOA, contemplando as especificidades e particularidades do segmento meliponícola nacional. 2 - Ecologia e Conservação Inserção do tema nos processos de Educação formal e informal; Atividade como instrumento para a gestão do entorno de Unidades de Conservação, com estimulo à compatibilidade expressa no SNUC; Fortalecimento dos recursos humanos na área de pesquisa, extensão e gestão de Ucs; Inventário, resgate,

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destinação e monitoramento de colméias (incorporação urgente do tema nos Termos de Referencia do EIA-RIMA); Maior investimento em pesquisa básica e aplicada; Buscar conhecimentos que vinculem a atividade como pagamento por serviços ambientais (manutenção de APP, polinização, conservação da biodiversidade e recursos hídricos) 3 - Etnociência, Meliponicultura e Desenvolvimento sustentável

Necessidade da construção de redes que vinculem a relação da etnociência com as práticas com abelhas indígenas; Encaminhamentos pedagógicos específicos formais e informais com respeito à etnocultura e etnociência, vinculados às práticas com as abelhas indígenas. 4 - Ciência e Meliponicultura

Estruturação redes de instituições (pesquisa, produção e extensão) para organizar a captação de recursos (editais); Conhecimentos em bioprospecção, estudos genéticos, ecológicos e reprodutivos. Estudos com vistas à melhoria dos processos produtivos e padronização; - Definição de alguns modelos biológicos (conhecer com profundidade para otimizar algumas propostas de âmbito legal); - Estruturação de eventos específicos de maneira progressiva e autônoma, com objetivo de aperfeiçoar o debate nos níveis estaduais e federal; - Ampliação dos processos de conhecimento, difusão científica e práticas. Tornar as práticas e produtos mais conhecidos e desmistificados; - Ampliar a base de meliponicultores. Mecanismos de troca de experiências em diferentes níveis. Novos modelos de cartilha, revista de divulgação, ampliação desses espaços, formação de técnicos e desenvolvimento de literaturas acessíveis aos meliponicultores; - Criação de meliponário estratégico, com a finalidade de divulgação da atividade e fonte pesquisa científica, junto ao CPRA (Centro Paranaense de Referência em Agroecologia). 5 - Acesso ao Mercado

Casa do Mel – buscar referências de agro-industrialização; Estratégias de divulgação da especificidade das abelhas nativas; -. Apoios institucionais; - Necessidade de buscar processos organizativos e políticos do setor.

6 - Organização dos Meliponicultores

Desenvolver processos organizativos em pequenos grupos; - Produção e troca de experiências; - Acessar o mercado por meio de redes cooperativas; Desenvolver parcerias e arranjos interinstitucionais; - Fortalecimento de apoio e extensão aos meliponicultores; - Apoio político e organizativo; Desenvolver processos políticos representativos dos meliponicultores; - Processo gradual via os arranjos institucionais; - Definir alguns representantes para iniciar o processo político; - Criação da Câmara Técnica Permanente da Meliponicultura do Estado do Paraná (CTMel), com a atribuição de deliberar os temas relativos aos avanços da atividade; - realização do 5° Seminário Paranaense de Meliponicultura, no mês de novembro de 2011, em Curitiba - PR.. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ - Roberto de Andrade Silva (SEAB/DERAL - [email protected] - fone: 0xx41-3313.4132 - fax: 3313.4031 - www.seab.pr.gov.br), e, - Prof. Renato Bochicchio ([email protected] - UFPR setor Litoral - www.meliponário.ufpr.br - fone 41.351183.00 - email: [email protected])