4. o conselho nacional do ministério público e o princípio da independência funcional dos...

8/18/2019 4. O Conselho Nacional Do Ministério Público e o Princípio Da Independência Funcional Dos Membros Do Parquet -…

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O Conselho Nacional do Ministério Público e o princípio da independência

funcional dos membros do parquet

» Marcio Anderson Silveira Capistrano

Resumo: O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), órgo de controlee!terno criado pela "#enda Constit$cional n% &'**&, te# co#o de se$s #aiores

desa+ios b$scar $# e$il-brio entre o controle e+iciente do Ministério Público e o

respeito . a$tono#ia de cada $#a das $nidades #inisteriais e . independ/ncia +$ncional

de se$s #e#bros0 A partir da pes$isa bibliogr1+ica, b$sco$2se tra3ar delinea#entos

sobre o CNMP e o princ-pio da independ/ncia +$ncional, para investigar e# $e #edida

as co#pet/ncias do órgo controlador encontra# li#ite no re+erido princ-pio0 Concl$i2

se $e, co#o regra geral, co#pete ao CNMP e!ercer o controle dos atos relativos .

atividade2#eio do Ministério Público, se# adentrar o #érito da at$a3o +$ncional do

Ministério Público0 4odavia, nada i#pede $e se5a# tra3ados planos de #etas e

diretri6es ad#inistrativas para a atividade2+i#, ta#po$co $e se5a# coibidos ab$sos e

o#iss7es na via disciplinar0

Palavraschave: Conselho Nacional do Ministério Público0 8ndepend/ncia +$ncional0

Controle e!terno0

!um"rio: 8ntrod$3o0 9 Considera37es sobre o per+il 5$r-dico2instit$cional do Conselho

Nacional do Ministério Público0 8ndepend/ncia +$ncional dos #e#bros do Ministério

Público: delinea#entos e relev;ncia social0 < O princ-pio da independ/ncia +$ncional

co#o bali6a para a at$a3o do CNMP0 Considera37es =inais0

#N$RO%&'(O

O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) constit$i órgo de

controle e!terno e de +iscali6a3o do e!erc-cio ad#inistrativo e +inanceiro do Ministério

Público, criado e#


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8nstit$i3o per#anente, @essencial . +$n3o 5$risdicional do "stado,

inc$#bindo2lhe a de+esa da orde# 5$r-dica, do regi#e de#ocr1tico e dos interesses

sociais e individ$ais indispon-veis, nos ter#os da Constit$i3o, o Ministério Público

brasileiro te# at$ado pro+ic$a#ente na de+esa da lei e da cidadania0

Por s$a ve6, o CNMP, e# s$a c$rta e!ist/ncia, te# de#onstradoco#pro#eti#ento e +ir#e6a de s$a at$a3o, 5$sti+icando os ideais $e esti#$lara# e

5$sti+icara# a s$a a cria3o, e!ec$tando a +iscali6a3o ad#inistrativa, +inanceira e

disciplinar do Ministério Público brasileiro e de se$s #e#bros, co#o órgo

direcionador de pol-ticas instit$cionais, integrando e co#partilhando boas pr1ticas0

B# dos #ais espinhosos desa+ios do CNMP consiste e# b$scar $#

e$il-brio entre o controle e+iciente do Ministério Público e o respeito . a$tono#ia de

cada $#a das $nidades #inisteriais e . independ/ncia +$ncional de se$s #e#bros0

A i#port;ncia da te#1tica evidencia2se e# ra6o das inú#eras de#andas

diaria#ente s$b#etidas ao crivo do CNMP, nas $ais so levantadas $est7es $e

envolve# a independ/ncia +$ncional dos #e#bros e s$scita# a proble#1tica dos

li#ites do controle a ser e!ercido0 O ade$ado en+renta#ento da proble#1tica interessa

no apenas . #elhor sol$3o para esses casos (viso #icro), #as ta#bé# ao apropriado

delinea#ento instit$cional do CNMP (viso #acro)0

A estr$t$ra deste trabalho é singela: o cap-t$lo inicial introd$6 conceitos e

ideias #ais genéricos a respeito do per+il 5$r-dico instit$cional do CNMP, co# en+o$e

na estr$t$ra tra3ada pelo legislador constit$inte derivado0 1 o seg$ndo cap-t$lo en+renta

a $esto atinente ao conceito do princ-pio da independ/ncia +$ncional, especial#ente

no $e toca ao se$ ;#bito de abrang/ncia e s$a relev;ncia para a instit$i3o e para a

sociedade0 Por +i#, no terceiro cap-t$lo disc$te2se e# $e hipóteses a independ/ncia

+$ncional i#pede a inter+er/ncia do CNMP e e# $e casos o re+erido princ-pio no

constit$i óbice ao controle reali6ado pelo órgo0

A #etodologia e#pregada para a elabora3o do trabalho consisti$ na

pes$isa bibliogr1+ica de do$trina nacional, be# co#o no e!a#e de decis7es

concernentes . 5$rispr$d/ncia do CNMP e do S$pre#o 4rib$nal =ederal (S4=)0

) CON!#%*R+',*! !O-R* O P*R.#/ 0&R1%#CO#N!$#$&C#ON+/ %O

CON!*/2O N+C#ON+/ %O M#N#!$3R#O P4-/#CO


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"# 9DEE, o Poder Constit$inte Origin1rio opto$ por no criar órgos de

controle espec-+icos para o $dici1rio e o Ministério Público0 Con+or#e ensina osé

Adércio Feite Sa#paioG9H, con+eri$2se pri#a6ia .s garantias instit$cionais na$ela

realidade de rede#ocrati6a3o, pre+erindo2se a previso de controle generalista a cargo

dos 4rib$nais de Contas, ao lado dos controles internos, #ateriali6ados especial#ente

nas Corregedorias0

Co# a #aior #at$ridade da de#ocracia brasileira, associada . necessidade

de aper+ei3oar os #ecanis#os de controle, teve l$gar a "#enda Constit$cional n%

&'**&, a $al, entre o$tras inova37es, crio$ o Conselho Nacional de $sti3a (CN) e o

Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP)0

I$anto . s$a nat$re6a 5$r-dica, o CNMP é órgo ad#inistrativo

constit$cional a$tJno#o e colegiado, tendo co#o #isso instit$cional o controle

e!terno do Ministério Público brasileiro0 C$ida2se de trib$nal ad#inistrativo, se# poder

de 5$risdi3o0

K i#portante esclarecer $e no se ina$g$ro$ o siste#a do contencioso

ad#inistrativo na Ad#inistra3o Pública $anto ao Ministério Público0 Portanto, no h1

necessidade de esgotar o$ #es#o provocar s$a inst;ncia ad#inistrativa para 5$diciali6ar

os atos $estionados, t$do nos ter#os do princ-pio da ina+astabilidade da 5$risdi3o,insc$lpido no art0 '%, LLL, da Constit$i3o =ederal0

Ade#ais, a própria e#enda constit$cional de cria3o do CNMP previ$ a

co#pet/ncia do S4= para rever 5$dicial#ente s$as delibera37es (art0 9*, 8, @r, do te!to

constit$cional)0

"sclare3a2se $e o CNMP no constit$i $#a corte de contas, sendo certo

$e o te!to constit$cional ressalvo$ e!pressa#ente $e o controle e!ercido peloConselho ser1 reali6ado paralela#ente ao controle dos 4rib$nais de Contas +e6 $esto

preservar este controle (art0 9


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O CNMP no integra o Ministério Público da Bnio o$ o Ministério Público

dos "stados, sendo, por isso, tradicional#ente apontado co#o órgo de controle

e!terno0 "ntretanto, convé# salientar $e a #aioria dos se$s integrantes é co#posta de

#e#bros do Par$et, ra6o pela $al Os#ar Machado =ernandesGH pre+ere aponta2lo

co#o órgo de @controle interno de#ocrati6ado0

As co#pet/ncias do CNMP esto previstas no do art0 9


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) elaborar relatório an$al, propondo as provid/ncias $e

5$lgar necess1rias sobre a sit$a3o do Ministério Público

no Pa-s e as atividades do Conselho, o $al deve integrar a

#ensage# prevista no art0 E&, L80

O Conselho é co#posto de $ator6e #e#bros no#eados pelo Presidente daRepública, depois de aprovada a escolha pela #aioria absol$ta do Senado =ederal para

$# #andato de dois anos, ad#itida $#a recond$3o (Art0 9rasil (OA>) o+icia 5$nto ao CNMP, no co#o conselheiro, #as

podendo intervir nos 5$lga#entos se# direito voto, con+or#e previsto no art0 9


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5 #N%*P*N%6NC#+ .&NC#ON+/ %O! M*M-RO! %O M#N#!$3R#O

P4-/#CO: %*/#N*+M*N$O! * R*/*78NC#+ !OC#+/

?e i#port;ncia -#par, o princ-pio da independ/ncia +$ncional estabelece a

a$s/ncia de hierar$ia na atividade2+i# #inisterial, sendo a at$a3o de cada #e#bro

pa$tada apenas pela s$a consci/ncia e interpreta3o das nor#as do ordena#ento 5$r-dico0

Nesse diapaso, con+ira2se o #agistério de Carlos Roberto de Castro

atahVG


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na estr$t$ra do Poder0 A independ/ncia instit$cional, $e

constit$i $#a de s$as #ais e!pressivas prerrogativas,

garante2lhe o livre dese#penho, e# toda a s$a plenit$de,

das atrib$i37es $e lhe +ora# con+eridas0 (000) No #ais os

#e#bros do Ministério Público at$a# co# absol$ta

liberdade +$ncional, só s$b#issos . s$a consci/ncia e aos

deveres pro+issionais, pa$tados pela Constit$i3o e pelas

leis regedoras da 8nstit$i3o0 Nessa liberdade de at$a3o

no se$ o+-cio é $e se e!pressa a independ/ncia +$ncional

(000)0

(TC UQQ'D, Relator(a): Min0 C"FSO ?" M"FFO,

4rib$nal Pleno, 5$lgado e# *U*E9DD)

"#erson arciaG'H, ao tratar do princ-pio vertente, le#bra $e, co#o

conse$/ncia de s$a aplica3o, te#2se a aten$a3o da responsabilidade do agente

#inisterial, $e no poder1 ser perseg$ido caso at$e se# e!trapola3o de s$as

atrib$i37es +$ncionais:

?e acordo co# o princ-pio da independ/ncia +$ncional,

aos #e#bros do Ministério Público so direcionadas d$asgarantias vitais ao pleno e!erc-cio de s$as +$n37es: a)

pode# at$ar livre#ente, so#ente rendendo obedi/ncia .

s$a consci/ncia e . lei, no estando vinc$lados .s

reco#enda37es e!pedidas pelos órgos s$periores da

instit$i3o e# #atérias relacionadas ao e!erc-cio de s$as

atrib$i37es instit$cionais b) no pode# ser

responsabili6ados pelos atos $e praticare# no estritoe!erc-cio de s$as +$n37es, go6ando de total independ/ncia

para e!erc/2 las e# b$sca da consec$3o dos +ins inerentes

. at$a3o #inisterial0

Apro+$ndando as reperc$ss7es da ado3o do princ-pio da independ/ncia

+$ncional no ordena#ento p1trio, T$go Ma66iliGUH aponta li#ites . coordena3o e .

+iscali6a3o do trabalho dos agentes #inisteriais:

No se pode i#por $# procedi#ento +$ncional a $#

#e#bro do Ministério Público, seno +a6endo

http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,o-conselho-nacional-do-ministerio-publico-e-o-principio-da-independencia-funcional-dos-membros-do-parquet,53328.html#_ftn5http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,o-conselho-nacional-do-ministerio-publico-e-o-principio-da-independencia-funcional-dos-membros-do-parquet,53328.html#_ftn6http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,o-conselho-nacional-do-ministerio-publico-e-o-principio-da-independencia-funcional-dos-membros-do-parquet,53328.html#_ftn5http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,o-conselho-nacional-do-ministerio-publico-e-o-principio-da-independencia-funcional-dos-membros-do-parquet,53328.html#_ftn6


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reco#enda3o se# car1ter nor#ativo o$ vinc$lativo, pois

a Constit$i3o e a lei co#ple#entar, antes de asseg$rare#

garantias pessoais aos #e#bros do Ministério Público,

dera#2lhes garantias +$ncionais, para $e possa# servir

aos interesses da lei, e no aos dos governantes0

Nat$ral#ente, sob o aspecto #era#ente ad#inistrativo,

deve# os #e#bros do Ministério Público acatar as

decis7es dos órgos da ad#inistra3o s$perior0 Assi#, por

e!e#plo, a sol$3o de $# con+lito de atrib$i37es, a

reviso de $#a pro#o3o de ar$iva#ento de in$érito

civil o$ de in$érito policial, a i#posi3o de #edidas

disciplinares W todas essas decis7es de car1ter ad#inistrativo, to#adas co# estrita observ;ncia da lei,

e!ige# atendi#ento obrigatório pelos #e#bros do

Ministério Público0 Mas nenh$# procedi#ento o$

#ani+esta3o pode# i#por os órgos de ad#inistra3o

s$perior no tocante a #atérias c$5a sol$3o dependa da

deciso e da convic3o do #e#bro da instit$i3o,

garantido por irrestrita independ/ncia +$ncional0

Sobre o ponto, é interessante #encionar i#portante deciso do S4= a

respeito do poder reg$la#entar do CN, o $e se aplica ta#bé# ao CNMP, e# ra6o da

si#etria entre os dois órgos0 Ao 5$lgar o Mandado de Seg$ran3a n% Q0U9?=, a Corte

Constit$cional considero$ v1lido o ato do Conselho Nacional de $sti3a (CN) $e

obrigo$ todos os 5$-6es do pa-s, co# +$n3o e!ec$tiva, a se cadastrare# no siste#a

>acen2$d, o $al $e per#ite ao 5$i6 solicitar in+or#a37es sobre #ovi#enta3o

banc1ria dos clientes das instit$i37es +inanceiras e deter#inar o blo$eio de contas0

Na ocasio, assento$2se $e a deter#ina3o do CN no o+ende a

independ/ncia +$ncional dos 5$-6es, pois a obriga3o re+ere2se apenas ao cadastro, sendo

certo $e, se o #agistrado $iser, poder1 contin$ar $sando o$tros #étodos de penhora0

e5a2se a e#enta desse i#portante precedente, e# $e os li#ites da at$a3o do CN

+ora# pro+$nda#ente disc$tidos:

CONS484BC8ONAF0 MAN?A?O ?" S"BRANXA0

CONS"FTO NAC8ONAF ?" BS48XA0 A4R8>B8XY"S0


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AR40 9* ?A C=0 "LP"?8XZO ?" A4OS

R"BFAM"N4AR"S0 ?"4"RM8NAXZO AOS

MA8S4RA?OS ?" PRK8O CA?AS4RAM"N4O NO

S8S4"MA @>AC"NB?0 COMAN?O A>S4RA4O0

CONS484BC8ONAF8?A?"0 PR"S"RAXZO ?OS

PR8NC[P8OS ?A F8>"R?A?" ?" CON8CXZO " ?A

P"RSBASZO RAC8ONAF0 S"BRANXA ?"N"A?A0

G000H

8 2 A deter#ina3o aos #agistrados de inscri3o e#

cadastros o$ s-tios eletrJnicos, co# +inalidades estat-stica,

+iscali6atória o$, ento, de viabili6ar a #ateriali6a3o de

ato process$al insere2se per+eita#ente nessa co#pet/ncia

reg$la#entar0

2 8ne!ist/ncia de viola3o . convic3o dos #agistrados,

$e re#anesce# absol$ta#ente livres para deter#inar o$

no a penhora de bens, decidir se essa penhora recair1

sobre este o$ a$ele be# e, até #es#o, deliberar se a

penhora de n$#er1rio se dar1 o$ no por #eio da+erra#enta deno#inada @>AC"N B?0

8 2 A necessidade de prévio cadastra#ento é #edida

p$ra#ente ad#inistrativa $e te#, 5$sta#ente, o int$ito de

per#itir ao Poder $dici1rio as necess1rias agilidade e

e+etividade na pr1tica de ato process$al, evitando, co#

isso, poss-vel +r$stra3o dos ob5etivos pretendidos, dado

$e o te#po, no processo e!ec$tivo, corre e# des+avor do

credor0

88 2 A @penhora on line é instit$to 5$r-dico, en$anto

@>AC"N B? é #era +erra#enta tendente a

operacionali612 la o$ #aterial i612 la, através da

deter#ina3o de constri3o incidente sobre dinheiro

e!istente e# conta2corrente banc1ria o$ aplica3o+inanceira e# no#e do devedor, tendente . satis+a3o da

obriga3o0


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888 2 Ato ad#inistrativo $e no e!orbita, #as, ao

contr1rio, insere2se nas +$n37es $e constit$cional#ente

+ora# atrib$-das ao CN0

8L 2 Seg$ran3a denegada0

(MS QU9, Relator(a): Min0 C\RM"N F]C8A,Relator(a) p Acórdo: Min0 R8CAR?O

F"^AN?O^S_8, 4rib$nal Pleno, 5$lgado e#

*Q9*99)

Con+ir#a2se, assi#, a diretri6 de $e e!iste hierar$ia entre os #e#bros e o

che+e da 8nstit$i3o no sentido ad#inistrativo, #as no no sentido +$ncional o$ técnico,

consoante le#bra Carlos atahVGQH0 K di6er: o che+e ad#inistrativo e o CNMP pode#

deter#inar certas cond$tas a #e#bros do Ministério Público, se# o+ensa ao princ-pio

da independ/ncia +$ncional, desde $e a orde# no inter+ira na opinio 5$r-dica na

atividade2+i#0

Nesse sentir, te#2se $e o agente #inisterial no pode receber ordens no

sentido de pleitear a absolvi3o o$ condena3o de $# ré$, o$ ainda no sentido de

recorrer o$ no de certas decis7es 5$diciais0 Por o$tro lado, nada obsta a $e ha5a

deter#ina3o de, por e!e#plo, co#$nicar o a5$i6a#ento de certos tipos de a37es, +a6er relatórios do #ovi#ento de processos o$ do atendi#ento ao público0GEH

Ressalte2se, ainda, $e ao Proc$rador2eral de $sti3a cabe +i!ar a

atrib$i3o de $# dos #e#bros e# con+lito negativo de co#pet/ncia, se# $e ha5a

o+ensa ao princ-pio da independ/ncia +$ncional, na +or#a do $e prescreve o art0 9*, L,

da Fei Org;nica Nacional do Ministério Público (Fei n% EU'D


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e agentes do Ministério Público (liberdade $e cada $#

destes te# de e!ercer s$as +$n37es e# +ace de o$tros

órgos o$ agentes da #es#a instit$i3o)0

Por +i#, pont$a2se $e o princ-pio da independ/ncia +$ncional destina2se a

proteger o agente #inisterial, no se$ e!erc-cio instit$cional, de press7es e!ternas einternas, a +i# de $e possa, no dese#penho de s$a atividade +$ncional, at$ar e#

con+or#idade apenas co# a Constit$i3o, a lei e s$a consci/ncia0

A at$a3o +$ncional do Parquet pa$tada apenas por ra67es 5$r-dicas, se#

press7es, constit$i garantia de bo# dese#penho das atrib$i37es da instit$i3o

Ministério Público, resg$ardando, a $# só te#po, a própria +ig$ra do agente #inisterial

e a sociedade co#o $# todo0

9 O PR#NC1P#O %+ #N%*P*N%6NC#+ .&NC#ON+/ COMO -+/#+ P+R+ +

+$&+'(O %O CNMP

A leit$ra do rol de co#pet/ncias do Conselho Nacional do Ministério

Público, constante do art0 9


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Caso contr1rio, o controle da at$a3o +$ncional do Ministério Público

con+eriria ao CNMP enor#es poderes, co# inaceit1vel intro#isso na atividade2+i# do

Par$et, #al+erindo o princ-pio da independ/ncia +$ncional0

Nessa toada, o CNMP no conhece de #atéria atrelada ao e!erc-cio da

atividade2+i# do #e#bro do Ministério Público, e# respeito . independ/ncia +$ncionalasseg$rada na Carta da República, ins$scet-vel, portanto, de reviso o$ de

desconstit$i3o pelo `rgo de Controle "!terno, nos ter#os do "n$nciado CNMP n U,

de E de abril de **D:

Os atos relativos . atividade +i# do Ministério Público so

ins$scet-veis de reviso o$ desconstit$i3o pelo Conselho

Nacional do Ministério Público0 Os atos praticados e#

sede de in$érito civil público, procedi#ento preparatório

o$ procedi#ento ad#inistrativo investigatório di6e#

respeito . atividade +inal-stica, no podendo ser revisto o$

desconstit$-dos pelo Conselho Nacional do Ministério

Público, pois, e#bora poss$a# nat$re6a ad#inistrativa,

no se con+$nde# co# a$eles re+eridos no art0 9


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ad#inistrativo e +inanceiro, alé# da vertente disciplinar,

nos e!atos ter#os do art0 9F8CO0 CONSBF4A IBAN4O

COMPA48>8F8?A?" COM O AR40 '', 8NC8SO 888, ?A

F"8 N% E0UUUD8F8AXZO ?8SC8PF8NAR ?" S"B

AB4OR0 NZO CONT"C8M"N4O ?O P"?8?O0

http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,o-conselho-nacional-do-ministerio-publico-e-o-principio-da-independencia-funcional-dos-membros-do-parquet,53328.html#_ftn10http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,o-conselho-nacional-do-ministerio-publico-e-o-principio-da-independencia-funcional-dos-membros-do-parquet,53328.html#_ftn10


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90 No presente pedido de provid/ncias, $estiona2se a

legalidade do Ato n% EU*&2=BN?, da C$radoria de

=$nda37es do Ministério Público de oi1s, no $al +oi

reali6ada a s$gesto de $e as +$nda37es instit$a# ta!a de

ad#inistra3o co#pat-vel co# as obriga37es estabelecidas

e# contratos, conv/nios o$ parcerias destinados .

presta3o de servi3os0

0 "#bora se5a poss-vel visl$#brar a inco#patibilidade do

re+erido ato co# o entendi#ento do 4CB sobre o te#a,

concl$i2se pela inco#pet/ncia deste Conselho para

deter#inar a s$a n$lidade, $#a ve6 $e o ato se insere no

;#bito da atividade +inal-stica do Par$et, ins$scet-vel decontrole por este Conselho, e $e as decis7es da$ela

Corte de Contas no obriga# direta#ente o Ministério

Público estad$al, especial#ente no dese#penho de s$a

#isso prec-p$a0 Co#pete ao Poder $dici1rio o e!a#e da

ade$a3o legal das reco#enda37es e!pedidas pelo

Ministério Público0

F8CO ?O "S4A?O ?" O8\S NA

APBRAXZO ?" NO4[C8AS ?" MABS 4RA4OS A

AN8MA8S "M BN8"RS8?A?"0 COMPROAXZO ?A

http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,o-conselho-nacional-do-ministerio-publico-e-o-principio-da-independencia-funcional-dos-membros-do-parquet,53328.html#_ftn11http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,o-conselho-nacional-do-ministerio-publico-e-o-principio-da-independencia-funcional-dos-membros-do-parquet,53328.html#_ftn11


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A4BAXZO0 ARIB8AM"N4O =BN?AM"N4A?O0

8N?"P"N?NC8A =BNC8ONAF0 ARIB8AM"N4O0

90 No caso dos a$tos, as in+or#a37es acostadas pelos

re$eridos de#onstra# ine$ivoca#ente a inocorr/ncia de

inércia do Ministério Público na ap$ra3o dos +atosnarrados pela re$erente0

0 =ora# descritas diversas dilig/ncias reali6adas co# o

int$ito de averig$ar as pr1ticas da entidade ed$cacional no

trato aos ani#ais, be# co#o $#a série de provid/ncias

acertadas co# a instit$i3o co# vistas a #itigar o

so+ri#ento dos seres vivos nas a$las e e!peri#entos

cient-+icos0


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Respeito$2se, assi#, a independ/ncia +$ncional dos agentes e a a$tono#ia

de cada instit$i3o, b$scando tra3ar diretri6es convergentes, e# ho#enage# ao

princ-pio da e+ici/ncia0G9&H

^alter SabellaG9'H s$stenta $e, no sendo $# princ-pio absol$to, a

independ/ncia +$ncional no i#pede $e o "stado possa, co# a participa3o dos próprios agentes #inisteriais, tra3ar ob5etivos e diretri6es $e torne# s$a atividade

prestacional #ais consent;nea co# as necessidades de se$s súditos0 l$6 do princ-pio

da e+ici/ncia e co# base na técnica da pondera3o de valores, deve2se b$scar $#a

at$a3o estatal condi6ente co# as necessidades da co#ple!a vida social conte#por;nea,

co# o apri#ora#ento dos servi3os estatais0

A+ir#a o Proc$rador de $sti3a:

8ndaga2se $anto . legiti#idade da rec$sa +$ndada na

alega3o de $e os planos de #etas so atos

ad#inistrativos co# base e# lei in+raconstit$cional,

en$anto o princ-pio da independ/ncia +$ncional te#

previso no te!to da Constit$i3o =ederal e poss$i car1ter

absol$to0

" a resposta h1 $e ser negativa0 Por$e o $e se d1 no é

a coliso entre ato ad#inistrativo, o$ lei ordin1ria, o$ lei

co#ple#entar, e princ-pio constit$cional0 O $e se p7e é

$#a concorr/ncia de princ-pios constit$cionais0 ?e $#

lado, o da independ/ncia de o$tro o da e+ici/ncia0

G000H

?essas re+le!7es de+l$i, inel$t1vel, a constata3o de $e a

independ/ncia +$ncional, no obstante a relev;ncia de $e

se reveste na ar$itet$ra org;nica da 8nstit$i3o do

Ministério Público, e contraria#ente ao $e possa#

preconi6ar alg$ns, no se p7e na seara da intangibilidade

absol$ta0

Sob a égide de $#a Constit$i3o co#pro#issiva,

rica#ente principiológica, co# hierar$i6a3o e!pl-cita o$

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i#pl-cita de princ-pios, a independ/ncia +$ncional ta#bé#

se e!p7e ao inevit1vel cote5o de peso co# o$tros

princ-pios, co#o é próprio do #étodo aplicativo da

pondera3o, e co#o se +a6 inevit1vel n$# cen1rio social

di$t$rna#ente #arcado pelos recla#os e#ergenciais de

#assas e# con+lito, .s $ais se i#p7e asseg$rar a

e+etividade dos direitos procla#ados na Constit$i3o0

No$tro giro, constata2se $e ao CNMP ta#bé# é dado dispor sobre

aspectos ad#inistrativos da própria at$a3o +$ncional do Ministério Público, co#o o

estabeleci#ento de pra6os e +or#as0

g$isa de il$stra3o, ve5a2se $e a Resol$3o n% UQ*99 disp7e sobre a

sobre a $ni+or#i6a3o das +iscali6a37es e# $nidades para c$#pri#ento de #edidas

socioed$cativas, estabelecendo periodicidade #-ni#a e aspectos a sere# +iscali6ados0

Na #es#a toada, a Resol$3o n%


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"ssa independ/ncia +$ncional dos #e#bros do Ministério Público, $e se

5$stap7e a $# consider1vel rol de atrib$i37es e garantias, tra6, por o$tro lado, $#a

grande responsabilidade para a instit$i3o e se$s #e#bros0 4rata2se de $#a

responsabilidade perante a sociedade, $e acredita e con+ia no papel trans+or#ador da

instit$i3o, no sentido de +a6er valer a Constit$i3o e as leis brasileiras para todos0

?iante desse panora#a, av$lta a i#port;ncia deste órgo de controle

e!terno do Ministério Público, $e ostenta a elevada #isso de velar para $e a

instit$i3o possa #ais +iel#ente c$#prir se$s des-gnios constit$cionais0

Cabe ao CNMP b$scar $# e$il-brio entre o controle e+iciente do Ministério

Público e o respeito . a$tono#ia de cada $#a das $nidades #inisteriais e .

independ/ncia +$ncional de se$s #e#bros0

A+inal, o princ-pio da independ/ncia +$ncional destina2se a proteger o

agente #inisterial, no se$ e!erc-cio instit$cional, de press7es e!ternas e internas, a +i#

de $e possa, no dese#penho de s$a atividade +$ncional, at$ar e# con+or#idade apenas

co# a Constit$i3o, a lei e s$a consci/ncia0 A at$a3o +$ncional do Parquet pa$tada

apenas por ra67es 5$r-dicas constit$i garantia de bo# dese#penho das atrib$i37es da

instit$i3o Ministério Público, resg$ardando, a $# só te#po, a própria +ig$ra do agente

#inisterial e a sociedade co#o $# todo0

?essa +or#a, ao CNMP co#pete e!ercer o controle dos atos relativos .

atividade2#eio do Ministério Público, o$ se5a, re+erentes . gesto ad#inistrativa e

+inanceira da 8nstit$i3o0 "# princ-pio, adentrar o #érito da at$a3o +$ncional do

Ministério Público +oge . co#pet/ncia desse órgo de controle e!terno, cabendo2lhe, ao

contr1rio, 6elar pela a$tono#ia +$ncional do Parquet e pelo princ-pio da independ/ncia

+$ncional0

4odavia, nada i#pede $e se5a# tra3ados planos de #etas e diretri6es

ad#inistrativas para a atividade2+i#, ta#po$co $e se5a# coibidos ab$sos e o#iss7es

na via disciplinar0

R*.*R6NC#+!

>RAS8F0 Conselho Nacional do Ministério Público0 Metodologia da A3o Nacional do

Plane5a#ento "stratégico0 ?ispon-vel e#:


19/21

http:fff0cn#p0#p0brportalco#issoes9*ras-lia, E de

abril de **D0

0 Conselho Nacional do Ministério Público0 Recla#a3o por 8nércia o$ por

"!cesso de Pra6o n% *0**0***0**9ras-lia, *U de agosto de 9DD0

0 S$pre#o 4rib$nal =ederal0 Mandado de Seg$ran3a n0 Q0U90 Relator: Ministra

C1r#en Fúcia0 Relator para Acórdo: Ministro Ricardo Fefandofsi0 4rib$nal Pleno0

>ras-lia, *Q de de6e#bro de *990

?8NO, =l1vio et0 al; + Reforma do 0udici"rio: Co#ent1rios . "#enda n0 &'**&0

Niterói: 8#pet$s, **'0

="RNAN?"S, Os#ar Machado0 ?o Controle do Ministério Público e do Poder $dici1rio pelo CNMP e CN0 Revista da +ssociaistrados das 0ustiras-lia, Ano 8L, n0'Q, 5an02+ev0 **U0

ARC8A, "#erson0 Ministério Público: Organi6a3o, Atrib$i37es e Regi#e $r-dico0


20/21

MA8FF8, T$go Nigro0 Re>ime 0urídico do Ministério Público0 U0 ed0 rev0 a#pl0 e

at$al0 So Pa$lo: Saraiva, **Q0

SA>"FFA, ^alter Pa$lo0 #ndependência .uncional e Ponderaras-lia, * de #ar3o de **U0

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G99H >RAS8F0 Conselho Nacional do Ministério Público0 Pedido de Provid/ncias n%

*0**0***0***ras-lia, *Q de

agosto de *9RAS8F0 Conselho Nacional do Ministério Público0 Recla#a3o por 8nércia o$ por

"!cesso de Pra6o n% *0**0***0**9

4. o conselho nacional do ministério público e o princípio da independência funcional dos...

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