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Conhecimentos Específicos em Pedagogia 4 Poliana Magalhães / Camila Bahia Góes / Mônica Andrade / Patrícia Rodrigues / Karina Macêdo tico do professor, mas como uma compro- vação para os estudantes de seu progresso em direção a noções mais sistematizadas. Parte-se de uma relação direta com a expe- riência dos estudantes, confrontada com o saber trazido de fora. Passa a ser imperativo propor conteúdos e modelos compatíveis com experiências vividas, para que os estudantes se mobili- zem para uma participação ativa. Pelo exposto, o projeto educativo está pauta- do na: concepção de avaliação enquanto mensu- ração, por meio de provas e testes voltados para a medida de aptidões e habilidades dos alunos. concepção tecnicista de avaliação com ên- fase na eficácia e na competência. concepção de avaliação formativa, que de- manda um processo acompanhado de uma in- tervenção diferenciada. concepção que rompe com a diversidade de práticas avaliativas e prioriza a avaliação somativa. concepção que fomenta a criação de hie- rarquias de excelência, pela valorização do mérito. 1. AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM 01. Questão (CEFET – 2014 - CESGRANRIO) Antônio é profes- sor recém-formado e, ao chegar ao colégio, se depara com o quadro abaixo, afixado no mural de entrada. “Virando os jogos dos aprendizados” Para onde caminharemos? • Adesão de uma visão mais igualitária da escola; • Possibilidade de reunir o que já foi aprendido e o que deve vir a sê-lo, nos vários campos do conhecimento; • Participação ativa e dinâmica dos estudantes desencadeando forças em geral; • Ruptura com o esquema tradicional de ensino por discipli- na; • Articulação entre trabalho individual e co- letivo, e valorização de atitudes; • Combinação entre o trabalho realizado internamente e o de várias outras instituições e agências. Em conversa posterior com a equipe docen- te, a coordenação pedagógica destaca alguns pontos sobre a concepção deavaliação da aprendizagem escolar a ser adotada no plane- jamento. O trabalho escolar passa a ser avaliado, não como julgamento definitivo e dogmá-

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Conhecimentos Específicos em Pedagogia

4Poliana Magalhães / Camila Bahia Góes / Mônica Andrade

/ Patrícia Rodrigues / Karina Macêdo

tico do professor, mas como uma compro-vação para os estudantes de seu progresso em direção a noções mais sistematizadas.

• Parte-se de uma relação direta com a expe-riência dos estudantes, confrontada com o saber trazido de fora.

• Passa a ser imperativo propor conteúdos e modelos compatíveis com experiências vividas, para que os estudantes se mobili-zem para uma participação ativa.

Pelo exposto, o projeto educativo está pauta-do na:

Ⓐ concepção de avaliação enquanto mensu-ração, por meio de provas e testes voltados para a medida de aptidões e habilidades dos alunos.

Ⓑ concepção tecnicista de avaliação com ên-fase na eficácia e na competência.

Ⓒ concepção de avaliação formativa, que de-manda um processo acompanhado de uma in-tervenção diferenciada.

Ⓓ concepção que rompe com a diversidade de práticas avaliativas e prioriza a avaliação somativa.

Ⓔ concepção que fomenta a criação de hie-rarquias de excelência, pela valorização do mérito.

1. AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM

01. Questão

(CEFET – 2014 - CESGRANRIO) Antônio é profes-sor recém-formado e, ao chegar ao colégio, se depara com o quadro abaixo, afixado no mural de entrada.

“Virando os jogos dos aprendizados” Para onde caminharemos? • Adesão de uma visão mais igualitária da escola; • Possibilidade de reunir o que já foi aprendido e o que deve vir a sê-lo, nos vários campos do conhecimento; • Participação ativa e dinâmica dos estudantes desencadeando forças em geral; • Ruptura com o esquema tradicional de ensino por discipli-na; • Articulação entre trabalho individual e co-letivo, e valorização de atitudes; • Combinação entre o trabalho realizado internamente e o de várias outras instituições e agências.

Em conversa posterior com a equipe docen-te, a coordenação pedagógica destaca alguns pontos sobre a concepção deavaliação da aprendizagem escolar a ser adotada no plane-jamento. • O trabalho escolar passa a ser avaliado,

não como julgamento definitivo e dogmá-

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102 Conhecimentos Específcos em eedaoaid

Grau de Dificuldade

Dica do autor: A avaliação formativa não des-preza a avaliação somativa. Contudo, lhe con-cede um caráter qualitativo, porque utiliza os dados quantitativos para traçar novas estraté-gias para o alcance dos objetivos pré-estabe-lecidos.Alternativa A: INCORRETA. O que foi proposto pela escola vai de encontro à perspectiva de mensuração, que consiste basicamente em testes de verificação e quantificação de resul-tados. O projeto proposto nega o julgamento definitivo e volta à atenção para o acompa-nhamento do progresso do aluno.1Alternativa B: INCORRETA. A concepção tecni-cista se baseia em uma epistemologia com-portamental e se preocupa em quantificar a aprendizagem.2Alternativa C. CORRETA. Ao considerar o que já foi aprendido e o que deve vir a sê-lo pelo alu-no, suas experiências de aprendizagem dentro e fora da escola, a avaliação formativa, preo-cupa-se com o processo de aprendizagem e com os diferentes caminhos que ela percorre, na intenção de pensar novas estratégias para alcançar os objetivos que ainda não foram vis-lumbrados.Alternativa D: INCORRETA. A avaliação propos-ta vai de encontro à perspectiva somativa, a qual, prima pelo resultado como fim em si mesmo. Ela rompe com a diversidade das prá-ticas avaliativas porque suas ações são sem-pre definidas pelo professor, sem levar em conta, muitas vezes, a necessidade do aluno. Sem desprezar a avaliação somativa, que pode ter um papel importante no processo avaliati-vo, a avaliação formativa se utiliza dos dados da somativa para traçar novos caminhos para ensinar e aprender.Alternativa E: INCORRETA. Essa prática preza pela avaliação por competência e é pautada

1. DIAS SOBRINHO, José. Avaliação: políticas e re-formas da Educação Superior. São Paulo: Cortez, 2003.

2. CALDEIRA, Anna M. Salgueiro. Avaliação e proces-so de ensinoaprendizagem. Presença Pedagógi-ca, Belo Horizonte, v. 3, p. 53-61, set./out.1997.

na concepção tecnicista, que nega as experiên-cias do aluno, o progresso do mesmo, pois visa apenas o resultado final, fazendo da avaliação um momento classificatório e excludente.

02. Questão

(FUNDAÇÃO CASA – 2014 – CETRO) Vygotsky traz grande contribuição para a avaliação da aprendizagem. Para ele, todas as crianças têm possibilidades intrínsecas de progresso inte-lectual e,assim, na perspectiva da avaliação para promover a aprendizagem, deve-se pro-curar analisar:

Ⓐ o que a criança já faz sozinha e não o seu potencial, visando a reforçar esses conceitos já construídos para programar novos passos e processos de domínio de saberes. O seu regis-tro tem por finalidade informar a família visan-do ao seuprocesso de acompanhamento dos estudos.

Ⓑ se os alunos alcançaram ou não os resul-tados esperados pelo professor ao término de determinada sequência didática. É funda-mental registrar os resultados de desempenho escolar alcançados pelos alunos para informar aos pais e à direção da escola sobre o trabalho desenvolvido em sala de aula.

Ⓒ o seu potencial de aprendizagem, e não determinar suas capacidades em algum mo-mento para simplesmente apontá-la. É tarefa do avaliador desenvolver estratégias desa-fiadoras para que a criança, a partir dos con-ceitos que já construiu, alcance formas mais elaboradas de compreensão da realidade. As avaliações para a aprendizagem servem tam-bém para subsidiar a ação educativa dos pro-fessores.

Ⓓ o já construído pelos alunos a partir da assim ilaçãodo ensinado. Todo conteúdo ensi-nado deve-se transformar em conteúdo apren-dido. A avaliação escolar é um procedimento para medir esta aprendizagem, o seu registro visa a informar o aluno e seus familiares.

Ⓔ os resultados de desempenho escolar ob-tidos pelos alunos nos testes aplicados pelo governo (as avaliações externas). Trata-se de uma prova de múltipla escolha elaborada a

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partir das expectativas de aprendizagem ins-titucional e os seus resultados informam se o aluno está no patamar insuficiente, satisfató-rio ou plenamente satisfatório para ocompo-nente e série ou ano escolar.

Grau de Dificuldade

Dica do autor: Vygotsky não trata especifica-mente da avaliação da aprendizagem, e sim, do processo de aprendizagem do sujeito. É importante se apropriar da sua teoria para en-tender como ela contribui para os processos da avaliação escolar, uma vez que o teórico de-fende a mediação social como imprescindível para que o desenvolvimento ocorra. Construir a avaliação da aprendizagem requererá “[...]a relação educador/educando exige o processo avaliativo mediador, que, por sua vez, só so-brevive por meio do resgate à sensibilidade, do respeito do outro, da convivência e de pro-cedimentos dialógicos e significativos” (HOF-FMANN, 2005, p. 15).Alternativa A: INCORRETA. Para Vygotsky, todo sujeito tem um potencial para aprender, que deve ser mediado por alguém mais experien-te. O autor não se preocupa com o reforço da aprendizagem, mas com a importância da me-diação nesse processo.Alternativa B: INCORRETA. O desenvolvimento da aprendizagem se dá por mediação, e inte-ressa mais o processo de aprendizagem que o resultado final. O registro serve de informação para pais, alunos e direção, mas, sobretudo, para direcionar o trabalho do professor e do aluno.Alternativa C. CORRETA. Vygotsky não defen-de que o sujeito possui uma capacidade e/ou habilidade para determinada atividade, mas sim que todos têm o potencial para aprender. O professor como mediador, precisa planejar atividades que desenvolva essas potenciali-dades em favor de conseguir sucesso no pro-cesso de ensinar e aprender. A avaliação entra como subsídio para o professor perceber os avanços e as necessidades encontradas nesse processo.Alternativa D: INCORRETA. Nem tudo o que é ensinado pelo professor é aprendido. Na con-

cepção de educação baseada nos princípios Vygotskyanos, a avaliação não tem a função de medir, mas de informar à professores e alunos o desenvolvimento do processo ensino-apren-dizagem.Alternativa E: INCORRETA. As avaliações insti-tucionais têm a função de medir e classificar, para, a partir disso, construir políticas públi-cas. Essas avaliações são denominadas por Luckesi de exames. Como momento pontual, diverge da perspectiva Vygotskyana de acom-panhar e intervir no processo de desenvolvi-mento da aprendizagem.

03. Questão

(FUNDAÇÃO CASA – 2014 – CETRO) Leia o texto abaixo.

Ao avaliar, o professor torna-se um aprendiz do processo, pois se a profunda nas estratégias de pensamento do aluno, nas formas como ele age, pensa e realiza essas atividades educati-vas. Só assim é que o professor pode intervir, ajudar e orientar esse aluno. É um comprome-timento do professor com a aprendizagem do aluno. Segundo Cipriano Carlos Luckesi, provas e exames são apenas instrumentos de classi-ficação e seleção, que não contribuem para a qualidade do aprendizado nem para o acesso de todos ao sistema de ensino.Márcio Ferrari. Adaptado.

Segundo essa concepção, é correto afirmar que:

Ⓐ não há avaliação se ela não trouxer um diagnóstico que contribua para melhorar a aprendizagem. Hoje, aplicamos instrumentos de qualidade duvidosa: corrigimos provas e contamos os pontos para concluir se o aluno será aprovado ou reprovado. O processo foi concebido para que alguns estudantes sejam incluídos e outros, excluídos. Do ponto devista político-pedagógico, é uma tradiçãoantidemo-crática e autoritária, porque está centrada na pessoa do professor e no sistema de ensino, não em quem aprende.

Ⓑ a avaliação do desempenho escolar já foi

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estudada e estabelecida desde o Ratio Studio-rum, dos padresda ordem dos jesuítas, ou a Di-dactica Magna, do educador tcheco Comênio e possibilita a justa classificação dos alunos com a finalidade de garantira continuidade dos estudos a partir de pré-requisitos adquiri-dos. A inclusão no sistema escolar dependedo esforço do aluno; o que não adianta é garantir a continuidade de estudos sem os conheci-mentos escolares dos anos anteriores.

Ⓒ a avaliação possibilita a tomada de decisão em tornoda aprovação e da retenção. Durante o ano letivo, ela orienta o aluno sobre o que estudar e a necessidade de estudos, pois, se o estudante não aprende, é exclusivamente por responsabilidade dele, desde que a aula tenha sido ministrada.

Ⓓ a progressão continuada é, na verdade, pro-moção automática e tira toda e qualquer res-ponsabilidade do professor, do aluno e da pró-pria instituição. Na verdade, foi uma exclusão social disfarçada. Agora, temos crianças avalia-das e que aprendem e, de outro lado, analfabe-tos funcionais não avaliados pelos professores e pela escola, mas marginalizados na sociedade.

Ⓔ é necessário avaliar para além das provas e exames, temos que avaliar o caderno do alu-no,atribuir pontos pelo comportamento, pe-las tarefas realizadas, pela participação e não centrar apenas no desenvolvimento cognitivo do aluno.

Grau de Dificuldade

Dica do autor: “O ato de examinar é classifica-tório e seletivo. A avaliação, ao contrário, diag-nóstica e inclusiva” (LUCKESI, 2015)3.Alternativa A: CORRETA. A intenção da avalia-ção é entender os avanços e necessidades do aluno, para que, a partir deste diagnóstico, se possa pensar estratégias de ensino que leve este aluno a aprender o que ainda não foi conquistado. Os instrumentos utilizados para avaliar e o modo com o qual os professores, muitas vezes, os utilizam se reduzem a quan-

3 Disponível em: http://novaescola.org.br/forma-cao/cipriano-carlos-luckesi-424733.shtml.

tificação, classificação e por consequência, exclusão. Dessa forma, a avaliação não tem um compromisso político-pedagógico com o aluno. Alternativa B: INCORRETA. A avaliação estabe-lecida no Ratio Sutdiorum e na Didática Magna se configura como exames classificatórios, nos quais o que menos interessa é a aprendizagem do aluno, e sim, as notas obtidas nos instru-mentos utilizados, o que não garante que os resultados retratem a real aprendizagem.Alternativa C: INCORRETA. A avaliação possibi-lita a tomada de decisão em torno do que e de como ensinar. Sua função não é apenas de orientar os alunos, mas também o trabalho do professor. A aprendizagem é responsabilidade tanto do aluno como do professor. Alternativa D: INCORRETA. Existe na questão uma confusão entre os conceitos de progressão continuada e promoção automática. A primeira, propõe um alargamento do tempo de aprendi-zagem da série para o ciclo, o que não prevê perder de vista os objetivos de aprendizagem, que podem ser trabalhando num maior espaço de tempo. A promoção automática sugere falta de planejamento, orientação e compromisso com o processo de ensinar e aprender. Alternativa E: INCORRETA. É preciso, antes de mais nada, eleger os instrumentos de avalia-ção que devem estar pautados em critérios pré-definidos e relacionados com os objetivos de ensino. Vale ressaltar que alguns elementos como comportamento, atividade de casa são obrigações do aluno. Para além de conceitos, a escola deve avaliar procedimentos e atitudes.

04. Questão

(IFBA – 2014 – FUNRIO) Avaliar não é medir. A avaliação envolve um processo maior do que lançar notas, quantificar erros e acertos. A con-cepção de ensino e aprendizagem que com-preende o conhecimento como algo quantificá-vel, compreende a avaliação como um processo:

Ⓐ formativo. Ⓑ qualitativo. Ⓒ investigativo. Ⓓ diagnóstico. Ⓔ classificatório.

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Grau de Dificuldade

Alternativa A: INCORRETA. O processo formati-vo não se preocupa com a mensuração e com a quantificação. A avaliação formativa visa ga-rantir a busca por estratégias de melhorias do processo de ensino e aprendizagem.Alternativa B: INCORRETA. O processo quali-tativo ganha ascensão quando, a partir dos resultados obtidos, da verificação e quantifi-cação dos erros e acertos, o professor busca soluções para garantir o alcance dos objetivos que ainda não foram atingidos, retomando os conteúdos, planejando novas estratégias, buscando construir novos vínculos dos alunos com determinado saber.Alternativa C: INCORRETA. A avaliação como medida tem fim nela mesmo, não deseja inves-tigar o que o aluno aprendeu ou não aprendeu, apenas classificar através de uma dada média.Alternativa D: INCORRETA. A avaliação diagnós-tica objetiva traçar um perfil inicial do aluno, o que concede maior subsídio para a intervenção do professor no processo de ensino-aprendiza-gem, que poderá melhor adequar as suas es-tratégias em favor das necessidades do aluno.Alternativa E: CORRETA. O processo avaliativo classificatório exclui o diagnóstico, a investi-gação, a subjetividade e o próprio processo de ensino e aprendizagem, pois está pautado na quantificação e tem fim nele mesmo, apenas classifica e exclui.

05. Questão

(IFBA – 2014 – FUNRIO) Pode-se dizer que o portfólio é:

Ⓐ um instrumento de avaliação que permite a quantificação dos erros e acertos dos estu-dantes, sendo de grande valia para a atribui-ção das notas finais. Ⓑ uma ferramenta de trabalho para o profes-sor que pode utilizá-lo como um dossiê para comprovar as notas finais que cada estudante tirará. Ⓒ eficiente na obtenção de dados acerca das aprendizagens dos estudantes, constituindo-

-se num conjunto despretensioso detarefas realizadas ao longo do ano.

Ⓓ usualmente utilizado nas salas de aula, propiciando trocas e feedbacks constantes entre professores e alunos, posto quecada um elabora o seu.

Ⓔ um dossiê da trajetória do estudante, constituindo-se em um instrumento de regis-tro que propicia a memória dos processos de ensino e de aprendizagem.

Grau de Dificuldade

Dica do autor: primeiro é importante dizer que como os métodos de ensino, os instrumentos de avaliação estão condicionados à concepção de cada professor. Alternativa A: INCORRETA. Embora o portfólio seja um instrumento legítimo de avaliação e que pode ser quantificado ao final do proces-so, sua principal função é fazer o aluno e o professor perceberem os avanços e as neces-sidades do processo de ensinar e aprender.Alternativa B: INCORRETA. O portfólio é uma ferramenta de trabalho também do aluno, e não tem fins de comprovação, mas sim de per-ceber os avanços alcançados e os retrocessos no percurso de ensino e aprendizagem.Alternativa C: INCORRETA. É inegável a eficiên-cia do portfólio como instrumento de coleta de dados na avaliação, porém, os objetivos, a escolha das atividades que vão integrar o documento, as intenções do seu uso não são despretensiosas, pois devem ser as que mais evidenciam os avanços do aluno.Alternativa D: INCORRETA. As trocas entre os pares ocorrem, possibilitando a avaliação de todos os envolvidos no processo. Assim, o portfólio é um instrumento de avaliação do aluno, do professor, da aula, do processo de ensino e aprendizagem, contudo, ele é um ins-trumento do aluno.Alternativa E: CORRETA. Esta proposta avaliati-va possibilita ao aluno retomar as suas produ-ções para analisá-las, perceber a sua forma e o seu compromisso com o aprender, bem como, seu envolvimento com o conteúdo. Sobretu-do, fomenta a auto avaliação, porque o aluno analisa a sua trajetória de aprendizagem. “O

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106 Conhecimentos Específcos em eedaoaid

avaliar deve ser um acompanhar, um analisar, um pensar, um atender. Um momento de des-canso para pensar no que viemos realizando, em como nos sentimos e o que estivemos fa-zendo” (Fernández, 2001, p. 39).

06. Questão

(IFNorte/Nordeste MG – 2014) Para Sanmartí (2009), a avaliação não só mensura os resul-tados, como também condiciona o que e como se ensina, principalmente o que aprendem os estudantes e de que maneira o fazem. Sobre a avaliação, é INCORRETO afirmar que:

Ⓐ ela tem como finalidade principal a regula-ção, tanto das dificuldades e erros dos alunos quanto do processo de ensino.

Ⓑ é preciso diversificar os instrumentos de avaliação, pois qualquer aprendizagem con-templa diferentes tipos de objetivos.

Ⓒ a avaliação, compreendida como autoava-liação e coavaliação, constitui inevitavelmente o motor de todo o processo de construção do conhecimento.

Ⓓ os instrumentos de avaliação podem ser bons ou maus, independentemente se são adequados ou não às finalidades de sua apli-cação.

Grau de Dificuldade

Dica do autor: É preciso estar atento ao que solicita a questão, bem como,os conceitos tra-zidos em cada consignam, como regulação ou mesmo os instrumentos de avaliação expostos.Alternativa A: INCORRETA. A avaliação tem fun-ção de regular a atividade do aluno e do pro-fessor.Alternativa B: INCORRETA. Os instrumentos de avaliação precisam estar a serviço dos obje-tivos de aprendizagem, e, por isso, devem ser diversificados.Alternativa C: INCORRETA. A autoavaliação permite o diálogo sobre o processo de ensi-no-aprendizagem, e ajuda o aluno a tomar consciência do percurso da sua aprendizagem, se responsabilizando pelos seus avanços e ne-cessidades.

Alternativa D: CORRETA. A afirmativa é incor-reta visto que a escolha dos instrumentos é uma prerrogativa indispensável para garantir o sucesso do ato avaliativo. Eles são, acima de tudo, instrumentos de coleta de dados sobre o processo ensino-aprendizagem e precisam estar à serviço das finalidades da avaliação, adequando-se aos objetivos propostos no pla-nejamento e atendendo aos critérios estabe-lecidos.

07. Questão

(INSS – 2014 – FUNRIO) A mediação entre pro-fessores, conteúdos e alunos é uma condição para que a avaliação formativa aconteça. Nes-sa concepção, a avaliação possui a tarefa de:

Ⓐ acompanhar a forma como o aluno apren-de e orientar o professor para ajustar suas ações pedagógicas.

Ⓑ selecionar os alunos que estão apren-dendo para que se orientem no processo de aprendizagem.

Ⓒ orientar os professores para que possam tomar decisões quanto à hierarquização das aprendizagens dos alunos.

Ⓓ regular os processos de aprendizagem para que a escola possa formar as turmas por meio de mérito.

Ⓔ ajudar na comparação das aprendizagens a partir dos processos de seleção e classificação que ela possibilita.

Grau de Dificuldade

Dica do autor: Todas as questões incorretas se referem à perspectiva classificatória da avaliação.Alternativa A: CORRETA. A abordagem formati-va pressupõe conhecer as diferentes fases de aprendizagem do aluno, suas formas de apren-der e quais possibilidades de intervenções po-dem favorecer a aprendizagem. Alternativa B: INCORRETA. A avaliação formati-va não tem a pretensão de selecionar, mas de contribuir com o desenvolvimento do aluno. A avaliação meramente quantitativa limita-se a classificar e selecionar.

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