conhecimentos especÍficos - serviÇos bancÁrios

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ABERTURA E MOVIMENTAO DE CONTAS: DOCUMENTOS BSICOS

CONHECIMENTOS ESPECFICOS - SERVIOS BANCRIOS

CONHECIMENTOS

ESPECFICOS

SERVIOS BANCRIOS

ABERTURA E MOVIMENTAO DE CONTAS: DOCUMENTOS BSICOS

Conhea os tipos de contas existentes:

Conta Individual: conta para um nico titular, que permite movimentao a crdito e a dbito.

Conta Conjunta.

Conta Conjunta Simples (E): conta para mais de um titular cuja movimentao a dbito somente poder ser feita com as assinaturas, sempre em conjunto, dos titulares.

Conta Conjunta Solidria (E/OU): conta para mais de um titular cuja movimentao a crdito ou a dbito poder ser feita por qualquer um dos titulares isoladamente.

Contas para menores:

Menores de 18 e maiores de 16 anos: conta em nome do menor, cuja movimentao ser livre, desde que autorizada pelo responsvel legal. A abertura e movimentao de conta de menor poder ser efetuada sem a necessidade de autorizao por seu representante legal, desde que o menor seja legalmente emancipado e faa prova de sua emancipao.

Menores de 16 anos: conta em nome do menor, cuja movimentao somente poder ser feita pelo responsvel indicado na abertura da conta.

Documentos Necessrios

Para abertura de Conta de Depsito (conta-poupana e conta-corrente) para maiores de 18 anos, necessria a cpia e o original dos seguintes documentos:

RG;

CPF;

Comprovante de Residncia;

Comprovante de renda*

(Ex.: holerite, contracheque etc.).

Situaes especiais para os menores de 18 anos trazidas pelo novo Cdigo Civil:

1) Para abertura de conta de depsito (conta-poupana e conta-corrente) cujo titular seja menor com 16 anos de idade completos, no emancipados, obrigatria comprovao da existncia de relao de emprego, do qual tenha economia prpria, mediante exibio da Carteira de Trabalho e portar cpia e original dos documentos RG e CPF e do comprovante de endereo.

2) Para abertura de conta de depsito (conta-poupana e conta-corrente) para titulares menores emancipados, deve-se apresentar, alm de cpia e original dos documentos RG e CPF e do comprovante de endereo, registro de nascimento com a Averbao da Emancipao conferida pelos pais.

PESSOA FSICA E JURDICA

PESSOA FSICA

o ser humano nascido da mulher. Sua existncia comea do nascimento com vida (a respirao a melhor prova do nascimento com vida) e termina com a morte.

O homem, pessoa natural, sujeito e titular da relao jurdica.

PESSOA JURDICA

Pessoas jurdicas so entidades a que a lei empresta personalidade, isto e, so seres que atuam na vida jurdica, com personalidade diversa da dos indivduos que os compem, capazes de serem sujeitos de direitos e obrigaes na ordem civil.

1) De acordo com a sua estrutura: a) as que tm como elemento adjacente o homem, isto , as que se compem pela reunio de pessoas, tais como as associaes e as sociedades; b) as que se constituem em torno de um patrimnio destinado a um fim, isto , as fundaes.

2) De acordo com sua rbita de atuao: as pessoas podem ser de direito externo (as vrias Naes, a Santa S, a Organizao das Naes Unidas) ou interno (a Unio, os Estados, o Distrito Federal e cada um dos Municpios legalmente constitudos); e de direito privado (as sociedades civis, religiosas, pias, morais, cientficas ou literrias, as associaes de utilidade publica, as fundaes e, ainda, as sociedades mercantis).

Dentre as pessoas jurdicas de Direito privado, podemos distinguir as associaes, isto e, agrupamentos de indivduos sem fim lucrativo, como os clubes desportivos, os centros culturais, as entidades pias, etc.; e, de outro, as sociedades, isto , os agrupamentos individuais com escopo de lucro.

Requisitos para a existncia legal das pessoas jurdicas.

A existncia, perante a lei, das pessoas jurdicas de direito privado comea com a inscrio dos seus contrates, atos constitutivos, estudos ou compromissos em seu registro publico peculiar.

Antes da inscrio, a pessoa jurdica pode existir no plano dos acontecimentos, mas o direito despreza sua existncia, nega-lhe personalidade civil, ou seja, nega-lhe a capacidade para ser titular de direitos (pois, para que a pessoa moral ingresse na orbita jurdica, necessrio o elemento formal, ou seja, a inscrio no registro prprio).

Cumpre ressaltar, porm, que o ordenamento jurdico no pode ignorar a existncia de fato da pessoa moral, antes de seu registro. Assim, embora no prestigie a existncia, atribui alguma conseqncia a tal organismo.

Para se proceder ao registro de uma pessoa jurdica de direito privado de natureza civil, apresentam-se dois exemplares do jornal oficial em que houverem sido publicados os estatutos, contratos ou outros documentos constitutivos ao cartrio competente. No documento deve figurar, para que seja declarado peio Oficial, no livro competente:

I - a denominao fundo social (quando houver), os fins e a sede da associao, ou fundao, bem como o tempo de sua durao;

II - o modo por que se administra e representa a sociedade, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente;

III - se os estatutos, contrato ou o compromisso so reformveis no tocante a administrao, e de que modo;

IV - se os membros respondem ou no, subsidiariamente, uns pelos outros, pelas obrigaes sociais;

V - as condies de extino das pessoas jurdicas, e o destino de seu patrimnio, nesse caso;

VI - os nomes dos fundadores, ou instituidores, e dos membros da diretoria provisria ou definitiva, com indicao da nacionalidade, estado civil ou profisso de cada um, bem como o nome e residncia do apresentante dos exemplares.

Capacidade e Representao das Pessoas Jurdicas.

No momento em que a pessoa jurdica registra seu contrato constitutivo, adquire personalidade, isto e, capacidade para ser titular de direito. Naturalmente ela s pode ser titular daqueles direitos compatveis com a sua condio de pessoa fictcia, ou seja, os patrimnios. No se lhe admitem os direitos personalsticos.

Para exercer tais direitos, a pessoa jurdica recorre a pessoas fsicas que a representam, ou seja, por quem os respectivos estatutos designarem ou, no os designando, pelos seus diretores.

Responsabilidade das Pessoas Jurdicas

As pessoas jurdicas so responsveis na orbita civil, contratual e extracontratual.

As pessoas jurdicas com fim lucrativo s sero responsveis pelos atos ilcitos, praticados por seus representantes, provando-se que concorreram com culpa para o evento danoso.

Tal culpa poder se configurar quer na eleio de seus administradores, quer na vigilncia de sua atividade. Mas, atualmente, houve uma evoluo nesta interpretao atravs de uma farta jurisprudncia de nossos Tribunais.

Assim, quando a pessoa jurdica de finalidade lucrativa causar dano a outrem atravs de ato de seu representante, surge a presuno que precisa ser destruda pela prpria pessoa jurdica, sob pena de ser condenada solidariamente a reparao do prejuzo.

Quanto a responsabilidade das associaes que no tem lucro, nada se encontra na lei. A responsabilidade pela reparao do prejuzo ser do agente causador. Apenas, neste caso, deve a vitima demonstrar a culpa da associao.

Extino das Pessoas Jurdicas.

I - pela sua dissoluo, deliberada entre os seus membros, salvo o direito da minoria e de terceiros;

II pela sua dissoluo, quando a lei determine;

III pela sua dissoluo em virtude de ato do Governo que lhe casse a autorizao para funcionar, quando a pessoa jurdica incorra em atos opostos aos seus fins ou nocivos ao bem pblico.

Quando se trata de pessoa jurdica com finalidade lucrativa, nenhum problema surge quanto ao destino dos bens. Eles sero repartidos entre os scios, pois o lucro constitui o prprio objeto que os reuniu.

Nas associaes sem fim lucrativo que se dissolvem, o patrimnio seguira a destinao dada pelos Estatutos; em no havendo tal, a deliberao eficaz dada pelos scios sobre a matria. Se os - mesmos nada resolveram, ou se a deliberao for - ineficaz, devolver-se- o patrimnio a um estabelecimento publico congnere ou de fins semelhantes. Se, no Municpio, Estado ou no Distrito-Federal, inexistirem estabelecimentos nas condies indicadas, o patrimnio passara a Fazenda Publica.

Fundaes.

Fundao e uma organizao que gira em torno de um patrimnio, que se destina a uma determinada finalidade. Deve ser ultimada por escritura publica ou testamento.

Aquele a quem o instituidor cometer a aplicao do patrimnio elaborara o Estatuto da fundao projetada, submetendo-o a autoridade competente, isto e, ao rgo do Ministrio Publico. Aprovado por este, o Estatuto devera ser registrado e, neste momento, a Fundao adquire personalidade jurdica.

A lei s permite que se altere o Estatuto da Fundao consoante trs condies: 1) deliberao da maioria dos administradores e representantes da Fundao; 2) respeito a sua finalidade original; 3) aprovao da autoridade competente.

A Fundao se extingue quando vencido o prazo de sua existncia. Tal hiptese raramente se apresenta, porque, em geral , a Fundao e criada por prazo indeterminado; alm disso, extingue-se quando se torna nociva ao interesse publico; e, finalmente, quando seu objeto se torna impossvel.

Nas trs hipteses acima, o patrimnio da Fundao extinta vai se incorporar ao de outras de fins idnticos ou semelhantes.

CAPACIDADE E INCAPACIDADE

Se toda relao jurdica tem por titular um homem, verdade e, tambm, que todo homem pode ser titular de uma relao jurdica. Isto , todo ser humano tem capacidade para ser titular de direitos.

Antigamente, nos regimes onde florescia a escravido, o escravo em vez de sujeito era objeto de direito. No mundo moderno, a mera circunstancia de existir confere ao homem a possibilidade de ser titular de direitos. A isso se chama personalidade.

Afirmar que o homem tem personalidade e o mesmo que dizer que ele tem capacidade para ser titular de direitos. Tal personalidade se adquire com o nascimento com vida.

Parece que melhor se conceituaria personalidade dizendo ser a aptido para adquirir direitos e assumir obrigaes na ordem civil. Como se vera, a aptido para adquirir direitos no se identifica com a aptido para exercer direitos, da qual se excluem as pessoas mencionadas (incapazes), que pessoalmente no os podem exercer.

Voltando a analise, se deve ressaltar a relevncia, na pratica, de tal dispositivo, conforme se demonstre que o indivduo nasceu morto, ou morreu logo aps o nascimento. Por exemplo: suponha que um indivduo morreu, deixando esposa gravida; se a criana nascer morta, o patrimnio do "de cujus" passara aos herdeiros deste, que podem ser seus pais, se ele os tiver; se a criana nascer viva, morrendo no segundo subseqente, o patrimnio de seu pai pr-morto (que foi a seu filho no momento em que ele nasceu com vida) passara aos do infante, no caso, a me.

A lei brasileira protege os direitos do nascituro desde a sua concepo (nascituro o ser j concebido, mas que se encontra no ventre materno), embora s lhe conceda a personalidade se nascer com vida.

A personalidade que o indivduo adquire, ao nascer com vida, termina com a morte. No instante em que expira, cessa sua aptido para ser titular de direitos, e seus bens se transmitem, incontinenti, a seus herdeiros.

J foi dito que todo ser humano, desde seu nascimento ate sua morte, tem capacidade para ser titular de direitos e obrigaes, na ordem civil. Mas isso no significa que todas as pessoas possam exercer, pessoalmente, tais direitos. A lei, tendo em vista a idade, a sade ou o desenvolvimento intelectual de determinadas pessoas, com o intuito de protege-las, no lhes permite o exerccio pessoal de direitos, e denomina tais pessoas de incapazes.

Portanto, incapacidade o reconhecimento da inexistncia, numa pessoa, daqueles requisitos que a lei acha indispensveis para que ela exera os seus direitos.

Existe, assim, uma distino entre incapacidade absoluta e relativa.

So absolutamente incapazes aqueles que no podem, por si mesmos, praticar quaisquer atos jurdicos e, se o fizerem, tais atos so nulos. Por exemplo: se um menor impubere vende uma propriedade, ou faz um contrato de seguro, tal ato e absolutamente ineficaz, porque a manifestao de vontade provinda dele, desprezada que pelo ordenamento jurdico, no produz efeitos na orbita do direito, e nulo o ato e no gera efeitos.

Diferente e a incapacidade relativa, porque a inaptido fsico-psquica e menos intensa. Trata-se de pessoas que, sem terem um julgamento ,adequado das coisas, apresentam um grau de perfeio intelectual no-desprezvel. A lei, ento, lhes permite a pratica de atos jurdicos, condicionando a validade destes ao fato de eles se aconselharem com pessoa plenamente capaz(seu pai, tutor ou curador)que os devem assistir-nos atos jurdicos.

Enquanto o absolutamente incapaz e representado, o relativamente incapaz e apenas assistido.

O ato praticado pelo relativamente incapaz no e nulo, mas anulvel.

Entende-se por prdigo aquele que, desordenadamente, gasta e destri o seu patrimnio. Como a sua deficincia s se mostra no trato de seus prprios bens, sua incapacidade e limitada aos atos que o podem conduzir a um empobrecimento.

Os silvcolas, por viverem afastados da civilizao, no contam, habitualmente, com um grau de experincia suficiente para defender sua pessoa e seus bens, em contato com o branco. No entanto, deixam de ser considerados relativamente incapazes se adaptarem e se integrarem a civilizao do pais.

REPRESENTAO E DOMICILIO

Domiclio-civil da pessoa natural o lugar onde ela estabelece sua residncia com animo definitivo.

A idia de animo definitivo vai decorrer das circunstancias externas reveladoras da inteno do indivduo, isto , do seu propsito de fazer daquele local o centro de suas atividades.

O conceito de domiclio se distingue do de residncia. Este representa uma relao de fato entre uma pessoa e um lugar, envolvendo a idia de habitao, enquanto o de domiclio compreende o de residncia, acrescido do animo de ai fazer o centro de sua atividade jurdica.

Espcies de domiclio.

- domiclio voluntrio e o estabelecido voluntariamente pelo indivduo, sem sofrer outra influncia que no a de sua vontade ou convenincia.

- domiclio legal ou necessrio aquele que a lei impe a determinadas pessoas, que se encontram em dadas circunstncias. Assim, os incapazes tem necessariamente por domiclio o dos seus representantes. O domicilio da mulher casada e o do marido (exceo: a) quando estiver separada; b) - quando lhe couber a administrao dos bens do casal).Os funcionrios pblicos reputam-se domiciliados onde exercerem, em carter permanente, suas funes. O domiclio do militar em servio ativo e o lugar onde servir. O domiclio dos oficiais e tripulantes da marinha mercante e o lugar onde estiver matriculado o navio. O preso ou desterrado tem o domiclio no lugar onde cumpre a sentena ou o desterro. O ministro ou o agente diplomtico do Brasil que, citado no estrangeiro, alegar extraterritorialidade, sem designar onde tem, no pais, o seu domiclio, poder ser demandado no Distrito Federal ou no ultimo ponto do territrio brasileiro onde o teve.

- domiclio de eleio ou convencional o escolhido pelos contratantes, nos contratos escritos, para fim de exerccio dos direitos e cumprimento das obrigaes que dos mesmos decorram.

Se, porem, a pessoa natural tiver diversas residncias onde alternadamente viva, ou vrios centros de ocupaes habituais, considerar-se- domiclio seu qualquer destes ou daquelas. Caso de pluralidade de domiclios.

Domiclio ocasional ou aparente. Ter-se- por domiclio da pessoa natural, que no tenha residncia habitual, ou empregue a vida em viagens, sem ponto central de negcios, o lugar onde for encontrada.

A mudana de domiclio ocorre quando a pessoa natural altera a sua residncia, com a inteno de transferir o seu centro habitual de atividade. A prova da inteno resultara do que declarar a pessoa mudada s municipalidades dos lugares, que deixa, e para onde vai, ou, se tais declaraes no fizer, da prpria mudana, com as circunstancial que a acompanharem.

Domiclio da pessoa jurdica de Direito Pblico.

O domiclio da Unio e o Distrito Federal; dos Estados, as respectivas Capitais; e dos Municpios, o lugar onde funciona a Administrao Municipal. Das demais pessoas jurdicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administraes, ou onde elegeram domiclio especial, nos seus estatutos ou atos constitutivos.

Quando o direito pleiteado se originar de um fato ocorrido onde um ato praticado, ou que deva produzir os seus efeitos, fora do Distrito Federal, a Unio ser demandada na seo judicial em que o fato ocorreu, ou onde tiver sua sede a autoridade de que o ato emanou, ou onde este tenha de ser executado.

Domiclio da pessoa jurdica de Direito Privado.

o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administraes, isto quando nos seus estatutos no constar eleio de domiclio especial.

Tendo a pessoa jurdica de direito privado diversos estabelecimentos, em lugares diferentes, cada um ser considerado domiclio, para os atos nele praticados.

Domiclio da pessoa jurdica estrangeira.

Se a administrao e diretoria tiver sede no estrangeiro, haver-se- por domiclio da pessoa-jurdica, no tocante as obrigaes contradas por cada uma das suas agencias, o lugar do estabelecimento, sito no Brasil, a que ela responder.

DOCUMENTOS COMERCIAIS E TTULOS DE CRDITO

NOTA PROMISSRIA

Promessa de pagamento de uma quantia em dinheiro, em dia e local determinado.

DUPLICATADocumento emitido pelas empresas, em que o comprador se declara conhecedor do dbito atravs de sua assinatura.

FATURA

uma sntese da nota fiscal, que relata as mercadorias fornecidas ao comprador pelo vendedor. Numa fatura podem ser includas vrias notas fiscais, globalizando o valer da venda de um determinado perodo.

NOTA FISCAL

Documento emitido pelos comerciantes industriais, produtores para acompanhar mercadoria do vendedor ao comprador. exigido pela Legislao tributria e fiscal.

CHEQUE: REQUISITOS ESSENCIAIS, CIRCULAO, ENDOSSO, CRUZAMENTO, COMPENSAO

cheque uma ordem de pagamento a vista (considerase no escrita qualquer meno em contrrio);

deve ser a apresentado para pagamento no prazo 30 dias da emisso (quando emitido no lugar onde deve ser pago), caso contrrio em 60 dias;

o portador do cheque tem o prazo de 6 meses para promover a execuo (ao de cobrana judicial do cheque) contra seu emitente ou avalista sob pena de prescrio (perder o direito a esta ao judicial);

o cheque prdatado no juridicamente vlido, mas na prtica tem sido utilizado e, assim, assume caractersticas de uma promissria;

Saques sobre valor

valores depositados em cheque (que somente entram para as reservas ao banco aps sua compensao) somente podem ser movimentados, no mesmo dia, via cheque (ainda assim caso sejam da mesma praa cidade) pois do contrrio do origem aos chamados "saques sobre valor" onde o banco perde reservas pois estaria, na verdade, emprestando um recurso antes de realmente dispor dele;

os cheques administrativos, visados ou DOC de emisso do prprio correntista so movimentados como se dinheiro fossem, embora sempre compensados.

Cheques cruzados

os cheques cruzados no podem ser descontados, apenas depositados.

Recusa de pagamentos de cheques

os bancos podem recusar o pagamento de cheques nos seguintes casos:

insuficincia de fundos (cheques sem fundo),

divergncia ou insuficincia na assinatura do emitente;

irregularidade formal (erro no preenchimento);

contraordem escrita do emitente (bloqueio);

encerramento de contas.

Cheques nominativos x ao portador

Aps o plano Collor, todos os cheques so obrigatoriamente nominativos, quer para saque, depsito ou pagamento

os cheques acima de R$ 100,00 se no forem nominativos sero devolvidos (sem que o nome do emitente v para o cadastro de emitentes de cheques sem fundos).

ORDEM DE PAGAMENTO: DEFINIO, TIPOS, EMISSO E LIQUIDAO

Qualquer documento escritural em que uma pessoa autoriza outra a receber pagamento de uma terceira (em geral um banco). Nesse contexto, as ordens de pagamento mais comum so o prprio papel-moeda e o cheque. Num contexto mais restrito, um documento bancrio com a mesma finalidade.

A ordem de pagamento OP utilizada para pagamentos ou depsitos dentro do mesmo banco, para agencias em praas diferentes.

DOCUMENTO DE CREDITO (DOC): NOES GERAIS

O documento de crdito (DOC) utilizado para pagamentos ou depsitos entre bancos, mesmo estando em praas diferentes.

DIREITOS DE GARANTIA: NOES GERAIS

Compromisso adicional que se estabelece numa transao, como forma de assegurar sua realizao e/ou lisura. Geralmente, envolve a posse de um bem de valor, que dado em garantia. Uma forma muito comum a hipoteca de um imvel como garantia de pagamento de uma dvida. Outras so o penhor e a fiana. Na rea comercial, a garantia estabelecida em documento para assegurar a qualidade do produto. Assim, durante certo perodo de tempo e em determinadas condies, o fabricante obriga-se repor ou restaurar o equipamento. No Sistema Financeiro da Habitao, por exemplo, institui-se a garantia na construo do imvel: o construtor obriga-se, durante cinco anos, a reparar qualquer dano devido a problemas de construo.

DIREITOS DE GARANTIA: REAIS

HIPOTECA

Garantia de pagamento de uma dvida dada sob a forma de um bem imvel (com exceo de navios e avies, que tambm podem ser (hipotecados). Embora conserve a posse do bem, o devedor s readquire sua propriedade aps o pagamento integral da dvida. Se a dvida no for paga, ou se s for paga uma parte dela, ao fim do prazo contratado, o credor pode executar a hipoteca, assumindo a propriedade total do bem.

PENHOR

Entrega de bem mvel ao credor como garantia de pagamento da dvida. Seja dvida no paga no prazo acertado, o credor entra em posse definitiva do bem penhorado.

CAUO

Contrato pelo qual uma pessoa se obriga a satisfazer e cumprir as obrigaes contradas por um terceiro, se este no as cumprir. "Prestar cauo", significa fazer depsito em valores, ttulos da dvida pblica, papis de crdito ou hipoteca de bens de raiz, para responder pelos desfalques que se possam dar na administrao, gerncia ou tesouraria de que se encarregado. Tambm cauo o depsito em ttulos da dvida pblica como garantia da seriedade de uma licitao ou do cumprimento de um contrato.

ALIENAO FIDUCIRIA

Transferncia ao credor do domnio e posse de um bem, em garantia ao pagamento de uma obrigao que lhe devida por algum. O bem devolvido a seu antigo proprietrio depois que ele resgatar a dvida.

PESSOAIS: FIANA E AVAL

FIANA

um contrato em que o banco (que atua neste caso como fiador) garante o cumprimento da obrigao de seu cliente (neste caso o afianado).

Por tratarse de garantia, e no de emprstimo, no est sujeita ao IOF.

A fiana normalmente baixada:

quando do trmino do prazo de validade da Carta de Fiana, desde que assegurado o cumprimento das obrigaes assumidas pelas partes contratantes;

mediante devoluo da Carta de Fiana;

mediante a entrega, ao banco, da declarao do credor (beneficirio), liberando a garantia prestada.

As cartas de fiana concedidas devem ser sempre por prazo determinado, no podendo exceder a 12 meses (nas concorrncias pblicas, o prazo de 6 meses).

O Banco Central autoriza a outorga de carta de fiana nas seguintes situaes"

participaes em concorrncias pblicas ou particulares, licitaes, tomadas de preos;

contratos de construo civil;

contratos de execuo de obras;

contrato de execuo de obras adjudicadas por meio de concorrncias pblicas ou particulares;

contratos de integralizao de capitais (pessoas jurdicas);

contratos de prestao de servios em empreitadas;

contratos de prestao de servios em geral;

contratos de fornecimento de mercadorias, mquinas, materiais, matriaprima, etc ... ;

adiantamentos relativos a contratos de prestao de servios, ou simplesmente adiantamentos ou sinais (importncias entregues antecipadamente por conta de servios ou outros), conforme condies expressas, em ordens de compra, pedidos de mercadoria ou assemelhados;

aquisio ou compra de mercadorias,

produtos, matriasprimas, no Pas, at determinado valor, garantindo praticamente um limite de crdito para compras, em um determinado valor e num determinado perodo;

compra especfica de mercadorias, produtos, mquinas, equipamentos, matriasprimas (no Pas ou no exterior), comprovada atravs de cpias de pedidos, ordens de compra, contratos, faturas prforma, guia de importao;

liberao de veculos e outros bens mveis, vinculados a contratos por alienao fiduciria, convnio, cauo, penhor mercantil ou hipoteca;

iseno de tributos junto alfndega, para permanncia temporria de mquinas, equipamentos, etc (prazo indeterminado, sujeito a multa, juros e correo monetria);

liberao de mquinas, equipamentos e mercadorias retidos nas alfndegas e outros rgos pblicos (prazo indeterminado sujeito a multa, juros e correo monetria);

obteno de liminar resultante de mandado Z segurana destinado a sustar cobrana de impostos, taxas (prazo indeterminado sujeito a multa, juros e correo monetria;

interposio de recursos em processos administrativos judiciais (prazo indeterminado, sujeito a correo monetria);

pagamentos de dbitos fiscais, previdencirios, trabalhistas ou seu parcelamento (prazo indeterminado, sujeito a correo monetria);

operaes ligadas ao comrcio exterior;

outras formas de cumprimento de obrigaes no vedadas pelo Banco Central.

O Banco Central veda a outorga de carta de fiana nas seguintes situaes:

que possam, direta ou indiretamente, ensejar aos favorecidos a obteno de emprstimos em geral, ou o levantamento de recursos junto ao pblico, ou que assegurem o pagamento e obrigaes decorrentes da aquisio de bens e servios

que no tenham perfeita caracterizao ao valor em moeda nacional e vencimento definido, exceto para garantir interposio de recursos fiscais ou que sejam garantias prestadas para produzir efeitos perante rgos fiscais ou entidades por elas controladas, cuja delimitao de prazo seja impraticvel;

em moeda estrangeira ou que envolva risco de variao de taxas de cmbio, exceto quando se tratar de operaes ligadas ao comrcio exterior;

vinculadas, por qualquer forma, aquisio de terrenos que no se destinem ao uso prprio ou que se destinem execuo de empreendimentos ou unidades haitacionais

a diretoria do banco e membros dos conselhos consultivos ou administrativos, fiscais e semelhantes, bem como aos respectivos cnjuges;

aos parentes at o segundo grau das pessoas a que se refere a alinea anterior;

as pessoas fsicas ou jurdicas que participem do capital do banco, com mais e 10%, salvo autorizao especfica do BC, em cada caso, quando se tratar de operaes lastreadas por efeitos comerciais resultantes de transaes de compra e venda ou penhor de mercadorias, em limites que forem fixados pelo Conselho Monetrio Nacional, em carter geral; e

as pessoas jurdicas, de cujo capital participem com mais de 10%, quaisquer os diretores ou administradores da prpria instituio financeira, bem como seus cnjuges e respectivos parentes at o segundo grau.

Se a afianada no cumprir com as obrigaes e o banco louvar a fiana concedida, o dbito da resultante passa a ser uma operao de crdito sujeita ao IOF.

AVAL

uma obrigao, assumida por um banco, a fim de garantir o pagamento de um ttulo de um cliente preferencial.

Tipos:

o aval completo / pleno / em reto traz o nome da pessoa em favor quem dado;

o aval em branco no traz o nome da pessoa sendo mera assinatura do avalista.

O aval pode ser completo (quando o banco garante toda a divida) ou parcial (quando o banco garante parte da dvida).

TIPOS DE SOCIEDADE:

EM NOME COLETIVO

uma sociedade em que seus membros so responsveis por todas as operaes e pelas obrigaes contradas. A razo social ou firma pode aparecer em nome de um, de alguns, ou de todos os scios.

NOVO CDIGO CIVIL

CAPTULO II

Da Sociedade em Nome Coletivo

Art. 1.039. Somente pessoas fsicas podem tomar parte na sociedade em nome coletivo, respondendo todos os scios, solidria e ilimitadamente, pelas obrigaes sociais.

Pargrafo nico. Sem prejuzo da responsabilidade perante terceiros, podem os scios, no ato constitutivo, ou por unnime conveno posterior, limitar entre si a responsabilidade de cada um.

Art. 1.040. A sociedade em nome coletivo se rege pelas normas deste Captulo e, no que seja omisso, pelas do Captulo antecedente.

Art. 1.041. O contrato deve mencionar, alm das indicaes referidas no Art. 997, a firma social.

Art. 1.042. A administrao da sociedade compete exclusivamente a scios, sendo o uso da firma, nos limites do contrato, privativo dos que tenham os necessrios poderes.

Art. 1.043. O credor particular de scio no pode, antes de dissolver-se a sociedade, pretender a liquidao da quota do devedor.

Pargrafo nico. Poder faz-lo quando:

I - a sociedade houver sido prorrogada tacitamente;

II - tendo ocorrido prorrogao contratual, for acolhida judicialmente oposio do credor, levantada no prazo de noventa dias, contado da publicao do ato dilatrio.

Art. 1.044. A sociedade se dissolve de pleno direito por qualquer das causas enumeradas no Art. 1.033 e, se empresria, tambm pela declarao da falncia.

POR QUOTAS DE RESPONSABILIDADE LIMITADA

Sociedade comercial por cotas de responsabilidade limitada: cada scio responde apenas na medida de sua cota. Deve adotar uma razo social que explique quanto possvel, o objeto da sociedade e seja sempre seguida pela palavra "limitada".

NOVO CDIGO CIVILCAPTULO IV

Da Sociedade Limitada

Seo I

Disposies Preliminares

Art. 1.052. Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada scio restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralizao do capital social.

Art. 1.053. A sociedade limitada rege-se, nas omisses deste Captulo, pelas normas da sociedade simples.

Pargrafo nico. O contrato social poder prever a regncia supletiva da sociedade limitada pelas normas da sociedade annima.

Art. 1.054. O contrato mencionar, no que couber, as indicaes do Art. 997, e, se for o caso, a firma social.

Seo II

Das Quotas

Art. 1.055. O capital social divide-se em quotas, iguais ou desiguais, cabendo uma ou diversas a cada scio.

1o Pela exata estimao de bens conferidos ao capital social respondem solidariamente todos os scios, at o prazo de cinco anos da data do registro da sociedade.

2o vedada contribuio que consista em prestao de servios.

Art. 1.056. A quota indivisvel em relao sociedade, salvo para efeito de transferncia, caso em que se observar o disposto no artigo seguinte.

1o No caso de condomnio de quota, os direitos a ela inerentes somente podem ser exercidos pelo condmino representante, ou pelo inventariante do esplio de scio falecido.

2o Sem prejuzo do disposto no Art. 1.052, os condminos de quota indivisa respondem solidariamente pelas prestaes necessrias sua integralizao.

Art. 1.057. Na omisso do contrato, o scio pode ceder sua quota, total ou parcialmente, a quem seja scio, independentemente de audincia dos outros, ou a estranho, se no houver oposio de titulares de mais de um quarto do capital social.

Pargrafo nico. A cesso ter eficcia quanto sociedade e terceiros, inclusive para os fins do pargrafo nico do Art. 1.003, a partir da averbao do respectivo instrumento, subscrito pelos scios anuentes.

Art. 1.058. No integralizada a quota de scio remisso, os outros scios podem, sem prejuzo do disposto no Art. 1.004 e seu pargrafo nico, tom-la para si ou transferi-la a terceiros, excluindo o primitivo titular e devolvendo-lhe o que houver pago, deduzidos os juros da mora, as prestaes estabelecidas no contrato mais as despesas.

Art. 1.059. Os scios sero obrigados reposio dos lucros e das quantias retiradas, a qualquer ttulo, ainda que autorizados pelo contrato, quando tais lucros ou quantia se distriburem com prejuzo do capital.

Seo III

Da Administrao

Art. 1.060. A sociedade limitada administrada por uma ou mais pessoas designadas no contrato social ou em ato separado.

Pargrafo nico. A administrao atribuda no contrato a todos os scios no se estende de pleno direito aos que posteriormente adquiram essa qualidade.

Art. 1.061. Se o contrato permitir administradores no scios, a designao deles depender de aprovao da unanimidade dos scios, enquanto o capital no estiver integralizado, e de dois teros, no mnimo, aps a integralizao.

Art. 1.062. O administrador designado em ato separado investir-se- no cargo mediante termo de posse no livro de atas da administrao.

1o Se o termo no for assinado nos trinta dias seguintes designao, esta se tornar sem efeito.

2o Nos dez dias seguintes ao da investidura, deve o administrador requerer seja averbada sua nomeao no registro competente, mencionando o seu nome, nacionalidade, estado civil, residncia, com exibio de documento de identidade, o ato e a data da nomeao e o prazo de gesto.

Art. 1.063. O exerccio do cargo de administrador cessa pela destituio, em qualquer tempo, do titular, ou pelo trmino do prazo se, fixado no contrato ou em ato separado, no houver reconduo.

1o Tratando-se de scio nomeado administrador no contrato, sua destituio somente se opera pela aprovao de titulares de quotas correspondentes, no mnimo, a dois teros do capital social, salvo disposio contratual diversa.

2o A cessao do exerccio do cargo de administrador deve ser averbada no registro competente, mediante requerimento apresentado nos dez dias seguintes ao da ocorrncia.

3o A renncia de administrador torna-se eficaz, em relao sociedade, desde o momento em que esta toma conhecimento da comunicao escrita do renunciante; e, em relao a terceiros, aps a averbao e publicao.

Art. 1.064. O uso da firma ou denominao social privativo dos administradores que tenham os necessrios poderes.

Art. 1.065. Ao trmino de cada exerccio social, proceder-se- elaborao do inventrio, do balano patrimonial e do balano de resultado econmico.

Seo IV

Do Conselho Fiscal

Art. 1.066. Sem prejuzo dos poderes da assemblia dos scios, pode o contrato instituir conselho fiscal composto de trs ou mais membros e respectivos suplentes, scios ou no, residentes no Pas, eleitos na assemblia anual prevista no Art. 1.078.

1o No podem fazer parte do conselho fiscal, alm dos inelegveis enumerados no 1o do Art. 1.011, os membros dos demais rgos da sociedade ou de outra por ela controlada, os empregados de quaisquer delas ou dos respectivos administradores, o cnjuge ou parente destes at o terceiro grau.

2o assegurado aos scios minoritrios, que representarem pelo menos um quinto do capital social, o direito de eleger, separadamente, um dos membros do conselho fiscal e o respectivo suplente.

Art. 1.067. O membro ou suplente eleito, assinando termo de posse lavrado no livro de atas e pareceres do conselho fiscal, em que se mencione o seu nome, nacionalidade, estado civil, residncia e a data da escolha, ficar investido nas suas funes, que exercer, salvo cessao anterior, at a subseqente assemblia anual.

Pargrafo nico. Se o termo no for assinado nos trinta dias seguintes ao da eleio, esta se tornar sem efeito.

Art. 1.068. A remunerao dos membros do conselho fiscal ser fixada, anualmente, pela assemblia dos scios que os eleger.

Art. 1.069. Alm de outras atribuies determinadas na lei ou no contrato social, aos membros do conselho fiscal incumbem, individual ou conjuntamente, os deveres seguintes:

I - examinar, pelo menos trimestralmente, os livros e papis da sociedade e o estado da caixa e da carteira, devendo os administradores ou liquidantes prestar-lhes as informaes solicitadas;

II - lavrar no livro de atas e pareceres do conselho fiscal o resultado dos exames referidos no inciso I deste artigo;

III - exarar no mesmo livro e apresentar assemblia anual dos scios parecer sobre os negcios e as operaes sociais do exerccio em que servirem, tomando por base o balano patrimonial e o de resultado econmico;

IV - denunciar os erros, fraudes ou crimes que descobrirem, sugerindo providncias teis sociedade;

V - convocar a assemblia dos scios se a diretoria retardar por mais de trinta dias a sua convocao anual, ou sempre que ocorram motivos graves e urgentes;

VI - praticar, durante o perodo da liquidao da sociedade, os atos a que se refere este artigo, tendo em vista as disposies especiais reguladoras da liquidao.

Art. 1.070. As atribuies e poderes conferidos pela lei ao conselho fiscal no podem ser outorgados a outro rgo da sociedade, e a responsabilidade de seus membros obedece regra que define a dos administradores (Art. 1.016).

Pargrafo nico. O conselho fiscal poder escolher para assisti-lo no exame dos livros, dos balanos e das contas, contabilista legalmente habilitado, mediante remunerao aprovada pela assemblia dos scios.

Seo V

Das Deliberaes dos Scios

Art. 1.071. Dependem da deliberao dos scios, alm de outras matrias indicadas na lei ou no contrato:

I - a aprovao das contas da administrao;

II - a designao dos administradores, quando feita em ato separado;

III - a destituio dos administradores;

IV - o modo de sua remunerao, quando no estabelecido no contrato;

V - a modificao do contrato social;

VI - a incorporao, a fuso e a dissoluo da sociedade, ou a cessao do estado de liquidao;

VII - a nomeao e destituio dos liquidantes e o julgamento das suas contas;

VIII - o pedido de concordata.

Art. 1.072. As deliberaes dos scios, obedecido o disposto no Art. 1.010, sero tomadas em reunio ou em assemblia, conforme previsto no contrato social, devendo ser convocadas pelos administradores nos casos previstos em lei ou no contrato.

1o A deliberao em assemblia ser obrigatria se o nmero dos scios for superior a dez.

2o Dispensam-se as formalidades de convocao previstas no 3o do Art. 1.152, quando todos os scios comparecerem ou se declararem, por escrito, cientes do local, data, hora e ordem do dia.

3o A reunio ou a assemblia tornam-se dispensveis quando todos os scios decidirem, por escrito, sobre a matria que seria objeto delas.

4o No caso do inciso VIII do artigo antecedente, os administradores, se houver urgncia e com autorizao de titulares de mais da metade do capital social, podem requerer concordata preventiva.

5o As deliberaes tomadas de conformidade com a lei e o contrato vinculam todos os scios, ainda que ausentes ou dissidentes.

6o Aplica-se s reunies dos scios, nos casos omissos no contrato, o disposto na presente

Seo sobre a assemblia.

Art. 1.073. A reunio ou a assemblia podem tambm ser convocadas:

I - por scio, quando os administradores retardarem a convocao, por mais de sessenta dias, nos casos previstos em lei ou no contrato, ou por titulares de mais de um quinto do capital, quando no atendido, no prazo de oito dias, pedido de convocao fundamentado, com indicao das matrias a serem tratadas;

II - pelo conselho fiscal, se houver, nos casos a que se refere o inciso V do Art. 1.069.

Art. 1.074. A assemblia dos scios instala-se com a presena, em primeira convocao, de titulares de no mnimo trs quartos do capital social, e, em segunda, com qualquer nmero.

1o O scio pode ser representado na assemblia por outro scio, ou por advogado, mediante outorga de mandato com especificao dos atos autorizados, devendo o instrumento ser levado a registro, juntamente com a ata.

2o Nenhum scio, por si ou na condio de mandatrio, pode votar matria que lhe diga respeito diretamente.

Art. 1.075. A assemblia ser presidida e secretariada por scios escolhidos entre os presentes.

1o Dos trabalhos e deliberaes ser lavrada, no livro de atas da assemblia, ata assinada pelos membros da mesa e por scios participantes da reunio, quantos bastem validade das deliberaes, mas sem prejuzo dos que queiram assin-la.

2o Cpia da ata autenticada pelos administradores, ou pela mesa, ser, nos vinte dias subseqentes reunio, apresentada ao Registro Pblico de Empresas Mercantis para arquivamento e averbao.

3o Ao scio, que a solicitar, ser entregue cpia autenticada da ata.

Art. 1.076. Ressalvado o disposto no Art. 1.061 e no 1o do Art. 1.063, as deliberaes dos scios sero tomadas:

I - pelos votos correspondentes, no mnimo, a trs quartos do capital social, nos casos previstos nos incisos V e VI do Art. 1.071;

II - pelos votos correspondentes a mais de metade do capital social, nos casos previstos nos incisos II, III, IV e VIII do Art. 1.071;

III - pela maioria de votos dos presentes, nos demais casos previstos na lei ou no contrato, se este no exigir maioria mais elevada.

Art. 1.077. Quando houver modificao do contrato, fuso da sociedade, incorporao de outra, ou dela por outra, ter o scio que dissentiu o direito de retirar-se da sociedade, nos trinta dias subseqentes reunio, aplicando-se, no silncio do contrato social antes vigente, o disposto no Art. 1.031.

Art. 1.078. A assemblia dos scios deve realizar-se ao menos uma vez por ano, nos quatro meses seguintes ao trmino do exerccio social, com o objetivo de:

I - tomar as contas dos administradores e deliberar sobre o balano patrimonial e o de resultado econmico;

II - designar administradores, quando for o caso;

III - tratar de qualquer outro assunto constante da ordem do dia.

1o At trinta dias antes da data marcada para a assemblia, os documentos referidos no inciso I deste artigo devem ser postos, por escrito, e com a prova do respectivo recebimento, disposio dos scios que no exeram a administrao.

2o Instalada a assemblia, proceder-se- leitura dos documentos referidos no pargrafo antecedente, os quais sero submetidos, pelo presidente, a discusso e votao, nesta no podendo tomar parte os membros da administrao e, se houver, os do conselho fiscal.

3o A aprovao, sem reserva, do balano patrimonial e do de resultado econmico, salvo erro, dolo ou simulao, exonera de responsabilidade os membros da administrao e, se houver, os do conselho fiscal.

4o Extingue-se em dois anos o direito de anular a aprovao a que se refere o pargrafo antecedente.

Art. 1.079. Aplica-se s reunies dos scios, nos casos omissos no contrato, o estabelecido nesta Seo sobre a assemblia, obedecido o disposto no 1o do Art. 1.072.

Art. 1.080. As deliberaes infringentes do contrato ou da lei tornam ilimitada a responsabilidade dos que expressamente as aprovaram.

Seo VI

Do Aumento e da Reduo do Capital

Art. 1.081. Ressalvado o disposto em lei especial, integralizadas as quotas, pode ser o capital aumentado, com a correspondente modificao do contrato.

1o At trinta dias aps a deliberao, tero os scios preferncia para participar do aumento, na proporo das quotas de que sejam titulares.

2o cesso do direito de preferncia, aplica-se o disposto no caput do Art. 1.057.

3o Decorrido o prazo da preferncia, e assumida pelos scios, ou por terceiros, a totalidade do aumento, haver reunio ou assemblia dos scios, para que seja aprovada a modificao do contrato.

Art. 1.082. Pode a sociedade reduzir o capital, mediante a correspondente modificao do contrato:

I - depois de integralizado, se houver perdas irreparveis;

II - se excessivo em relao ao objeto da sociedade.

Art. 1.083. No caso do inciso I do artigo antecedente, a reduo do capital ser realizada com a diminuio proporcional do valor nominal das quotas, tornando-se efetiva a partir da averbao, no Registro Pblico de Empresas Mercantis, da ata da assemblia que a tenha aprovado.

Art. 1.084. No caso do inciso II do Art. 1.082, a reduo do capital ser feita restituindo-se parte do valor das quotas aos scios, ou dispensando-se as prestaes ainda devidas, com diminuio proporcional, em ambos os casos, do valor nominal das quotas.

1o No prazo de noventa dias, contado da data da publicao da ata da assemblia que aprovar a reduo, o credor quirografrio, por ttulo lquido anterior a essa data, poder opor-se ao deliberado.

2o A reduo somente se tornar eficaz se, no prazo estabelecido no pargrafo antecedente, no for impugnada, ou se provado o pagamento da dvida ou o depsito judicial do respectivo valor.

3o Satisfeitas as condies estabelecidas no pargrafo antecedente, proceder-se- averbao, no Registro Pblico de Empresas Mercantis, da ata que tenha aprovado a reduo.

Seo VII

Da Resoluo da Sociedade em Relao a Scios Minoritrios

Art. 1.085. Ressalvado o disposto no Art. 1.030, quando a maioria dos scios, representativa de mais da metade do capital social, entender que um ou mais scios esto pondo em risco a continuidade da empresa, em virtude de atos de inegvel gravidade, poder exclu-los da sociedade, mediante alterao do contrato social, desde que prevista neste a excluso por justa causa.

Pargrafo nico. A excluso somente poder ser determinada em reunio ou assemblia especialmente convocada para esse fim, ciente o acusado em tempo hbil para permitir seu comparecimento e o exerccio do direito de defesa.

Art. 1.086. Efetuado o registro da alterao contratual, aplicar-se- o disposto nos arts. 1.031 e 1.032.

Seo VIII

Da Dissoluo

Art. 1.087. A sociedade dissolve-se, de pleno direito, por qualquer das causas previstas no Art. 1.044.

ANNIMASSociedade comercial forma por, no mnimo, sete scios, sendo o capital de cada um representado pelo nmero proporcional de aes e sua responsabilidade limitada ao capital investido. Podem exercer qualquer tipo de atividade comercial, industrial, agrcola ou de prestao de servios. Apenas as sociedade annimas constitudas para atividades bancrias, seguradoras, montepios e afins devem receber autorizao especial para funcionamento.

NOVO CDIGO CIVILCAPTULO V

Da Sociedade Annima

Seo nica

Da Caracterizao

Art. 1.088. Na sociedade annima ou companhia, o capital divide-se em aes, obrigando-se cada scio ou acionista somente pelo preo de emisso das aes que subscrever ou adquirir.

Art. 1.089. A sociedade annima rege-se por lei especial, aplicando-se-lhe, nos casos omissos, as disposies deste Cdigo.

FIRMAS INDIVIDUAIS

O comrcio pode ser exercido assim por uma pessoa isoladamente como por uma sociedade comercial. Desta trataremos em outra oportunidade, pois o que no interessa presentemente o exame de aspectos jurdicos relacionadas com a pessoa natural do comerciante.

Antes de faz-lo, porm, cumpre-nos observar que o uso da palavra comerciante relativamente recente. O seu emprego generalizou-se aps a promulgao do Cdigo Comercial francs de 1807. Utilizava-se at ento o vocbulo mercador.

Mas comerciante ou mercador, no importa, o que o caracterizava era prtica profissional de atos de comrcio. Em outros termos, qualquer que seja a forma do exerccio da atividade comercial - em sociedade ou isoladamente - sua caracterizao indispensvel a prtica profissional de atos de comrcio.

Entretanto, para o comerciante individual, alm do exerccio profissional de atos de comrcio, que requisito comum a toda sorte de atividade mercantil, uma outra exigncia concorre para a sua qualificao e sem a qual a prtica desenvolvida ser irregular. Referimo-nos ao requisito da capacidade - pressuposto do exerccio do comrcio individual.

PRODUTOS E SERVIOS FINANCEIROS

Depsitos a Vista e demais Produtos Vinculados a Prestao de Se Bancrios

Entende-se por produtos de servios os, relacionados prestao de servios aos clientes, cuja remunerao ao banco obtida atravs do float (permanncia de recursos transitrios dos clientes no banco) ou pela cobrana de tarifa de prestao de servio.

DEPSITO VISTA

A captao de depsitos a vista, livremente movimentveis:

atividade tpica e distintiva dos bancos comerciais;

configura os bancos comerciais como entidades financeiras monetrias;

chamada de captao a custo zero (dinheiro gratuito)

Existe entretanto um custo implcito na abertura e movimentao da conta (custo operacional da conta) para fazer frente a este custo, os bancos podem estabelecer valores mnimos para a abertura e manuteno de saldo mdio.

A conta o produto bsico de relao entre o cliente e o banco, atravs dela so movimentados os recursos do cliente, utilizando:

depsitos

cheques

ordens de pagamento;

etc...

Cheques

cheque uma ordem de pagamento a vista (considerase no escrita qualquer meno em contrrio);

deve ser a apresentado para pagamento no prazo 30 dias da emisso (quando emitido no lugar onde deve ser pago), caso contrrio em 60 dias;

o portador do cheque tem o prazo de 6 meses para promover a execuo (ao de cobrana judicial do cheque) contra seu emitente ou avalista sob pena de prescrio (perder o direito a esta ao judicial);

o cheque prdatado no juridicamente vlido, mas na prtica tem sido utilizado e, assim, assume caractersticas de uma promissria;

Saques sobre valor

valores depositados em cheque (que somente entram para as reservas ao banco aps sua compensao) somente podem ser movimentados, no mesmo dia, via cheque (ainda assim caso sejam da mesma praa cidade) pois do contrrio do origem aos chamados "saques sobre valor" onde o banco perde reservas pois estaria, na verdade, emprestando um recurso antes de realmente dispor dele;

os cheques administrativos, visados ou DOC de emisso do prprio correntista so movimentados como se dinheiro fossem, embora sempre compensados.

Cheques cruzados

os cheques cruzados no podem ser descontados, apenas depositados.

Recusa de pagamentos de cheques

os bancos podem recusar o pagamento de cheques nos seguintes casos:

insuficincia de fundos (cheques sem fundo),

divergncia ou insuficincia na assinatura do emitente;

irregularidade formal (erro no preenchimento);

contraordem escrita do emitente (bloqueio);

encerramento de contas.

Cheques nominativos x ao portador

Aps o plano Collor, todos os cheques so obrigatoriamente nominativos, que para saque, depsito ou pagamento

os cheques acima de R$ 100,00 se no forem nominativos sero devolvidos (sem que o nome do emitente v para o cadastro de emitentes de cheques sem fundos).

DEPSITOS A PRAZO (CDB e RDB)

Depsito a Prazo e demais produtos de Captao

A captao de recursos uma das funes das mesas de operaes das instituies financeiras desempenhada pela chamada mesa de captao".

As mesas de operaes centralizam as operaes com o mercado, ou seja, operaes que envolvam a definio de taxa de juros e, por conseguinte, o spread que a diferena do custo do dinheiro tomado captado) e o custo do dinheiro vendido (na norma de emprstimo).

A funo da mesa de captao formar uma taxa para captao atravs de CDB/RDB que seja baixa o bastante para garantir o lucro nas operaes de emprstimo (dos recursos captados atravs dos CDB/RDB) alta o bastante para ser atrativa para os investidores.

CDB (Pr/Ps)

CDB Certificado de depsito bancrio e o RDB Recibo de depsito bancrio, so os mais antigos ttulos de captao de recursos utilizados pelos bancos comerciais, bancos de investimentos e bancos mltiplos com pelo menos uma dessas carteiras.

O prazo mnimo de 30 dias para ttulos prefixados, que embutem uma expectativa inflacionria na taxa nominal, j que o ganho real (nominal inflao) somente ser conhecido no dia do resgate.

Para ttulos ps fixados em TR, o prazo mnimo de 4 meses.

Desde que respeitados os prazos mnimos, o CDB transfervel antes do vencimento por endosso em preto (nominativo).

No podem ser prorrogados, mas podem ser renovados.

Para os CDB ps, o. prtrateamento da TR nas operaes cujo prazo no seja mltiplo de 30 dias ser sempre feito nos primeiros dias de vigncia do contrato at a data base.

CDB Rural

So ttulos cuja captao especfica dos bancos comerciais e mltiplos com carteira comercial. Seus prazos so idnticos aos do CDB. A diferena fundamental que os recursos captados por este ttulos devem ser obrigatoriamente utilizados para o financiamento da comercializao de produtos agropecurios e/ou mquinas e equipamentos agrcolas. a comprovao desta utilizao se d atravs de mapas enviados ao BC.

CDB com taxa flutuante

Nas aplicaes com prazo mnimo de 30 dias, existe a possibilidade, para o investidor, de repactuar a cada 30 dias a taxa de remunerao do CDB, dentro de critrios j estabelecidos no prprio contrato.

RDB - Recibo de Depsito Bancrio

Investimento que garante ao cliente o resgate do valor aplicado, acrescido do rendimento obtido por taxa de juro negociada, ao final do prazo estabelecido, deduzidas as despesas de imposto de renda. Este recibo intransfervel.

um ttulo de renda fixa com prazo predeterminado, cuja rentabilidade definida no ato da negociao podendo ser pr-fixada ou ps-fixada. um ttulo intransfervel que se destina s aplicaes de pessoas fsicas e jurdicas com conta corrente no banco.

COBRANA E PAGAMENTO DE TTULOS E CARNS

A cobrana de ttulos foi o produto mais importante envolvido pelas instituies nos ltimos 10 anos.

Servem para aumentar o relacionamento instituio financeira x empresa, aumentam a quantidade de recursos transitrios e permitem maiores aplicaes destes recursos em ttulos pblicos.

A cobrana feita atravs de bloquetes que podem circular pela cmara de compensao (cmara de integrao regional) o que permite que os bancos cobrem ttulos de clientes em qualquer praa (desde que pagos at o vencimento aps o vencimento, o pagamento somente poder ser feito na agencia emissora do bloquete).

Os valores resultantes da operao de cobrana so automaticamente creditados na conta corrente da empresa cliente no prazo estipulado entre o banco e o cliente.

Vantagens da cobrana de ttulos:

Para o Banco:

1. aumento dos depsitos vista, pelos crditos das liquidaes

2. aumento das receitas pela cobrana de tarifas sobre servios

3. consolidao do relacionamento com o cliente

4. inexistncia do risco de crdito.

Para o Cliente:

1. capilaridade da rede bancria

2. crdito imediato dos ttulos cobrados

3. consolidao do relacionamento com o banco

4. garantia do processo de cobrana (quando necessrio o protesto)

Processo de cobrana bancria:

1. Os ttulos a serem cobrados (ou modernamente apenas seus dados, via computador) so passados ao banco;

2. o banco emite os bloquetes aos sacados (aquele que dever pagar o valor do bloquete);

3. o sacado paga;

4. o banco credita o valor na conta do cliente (cedente).

Diferentes tipos de cobrana (criados devido a concorrncia):

cobrana imediata: sem registro de ttulos;

cobrana seriada: para pagamento de parcelas

cobrana de consrcios: para pagamento de consrcios;

cobrana de cheques prdatados: cobrana remunerada: remunerao dos valores cobrados;

cobrana indexada: em qualquer ndice ou moeda;

cobrana casada: cedente sensibiliza sacado e viceversa;

cobrana programada: garantia do fluxo de caixa do cedente;

cobrana antecipada: eliminao de tributos de vendas a prazo;

cobrana caucionada: cobrana das garantias de contratos de emprstimos

cobrana de ttulos descontados: desconto de ttulos.

OBS.: nota fiscal x fatura x duplicata

nota fiscal um documento fiscal, comprovante obrigatrio da sada de mercadoria de um estabelecimento comercial ou industrial;

fatura uma relao de notas fiscais que correspondem a uma venda a prazo;

duplicata um ttulo de crdito formal e nominativo emitido pelo vendedor com a mesma data, valor global e vencimento da fatura que lhe deu origem e representa um direito de crdito do sacador (vendedor) contra o sacado (comprador). A propriedade da duplicata pode ser tranSTerida por endosso.

PAGAMENTOS DE TTULOS E CARNS

Os ttulos a pagar de um cliente tm o mesmo tratamento de seus ttulos a receber (cobrana).

O cliente informa ao banco, via computador, os dados sobre seus fornecedores, com datas e valores a serem pagos e, se for o caso, entrega de comprovantes necessrios ao pagamento.

De posse desses dados, o banco organiza e executa todo o fluxo de pagamento do cliente, via dbito em conta DOC ou ordem de pagamento, informando ao cliente todos os passos executados.

O documento de crdito (DOC) utilizado para pagamentos ou depsitos entre bancos, mesmo estando em praas diferentes.

A ordem de pagamento OP utilizada para pagamentos ou depsitos dentro do mesmo banco, para agencias em praas diferentes.

TRANSFERNCIA AUTOMTICA DE FUNDOS

Este servio prestado a clientes que, por diversas razoes, necessitam manter diferentes contas correntes em diferentes agncias de um banco.

cliente determina o nvel de saldo que deseja manter em cada uma dessas contas correntes;

banco, ao final de cada dia, transfere saldo de uma conta para outra de modo a manter os nveis desejados em cada uma delas.

ARRECADAO DE TRIBUTOS E TARIFAS PBLICAS

So servios prestados instituies pblicas, atravs de acordos e convnios especficos, que estabelecem as condies de arrecadaes e repasses desses tributos/tarifas.

OBS.: os bancos, quando desempenham este papel, esto substituindo as antigas coletorias de impostos que tradicionalmente faziam a cobrana e recebimento dos mesmos.

Ultimamente esta tarefa tambm tem sido atribuda a agncias de correio.

Por outro lado, os bancos podem tambm ficar incumbidos de pagar ao pblico, como por exemplo

restituio do Imposto de Renda;

PIS

FGTS

ETC...

A circular do BC 1.850/90 estabeleceu que os tributos arrecadados tero o mesmo tratamento dos depsitos a vista para efeitos do depsito compulsrio (no geram float). As tarifas ficam de fora e, portanto, continuam gerando float bancrio.

INTERNET BANKING (HOME/OFFICE BANKING, REMOTE BANKING BANCO VIRTUAL)

A evoluo das tecnologias de informtica e telecomunicaes permitiu a troca eletrnica de informaes entre banco e cliente, criando a possibilidade de novos produtos de servios como, por exemplo,

Home banking

EDI.

HOME BANKING

Conceito

ligao entre o computador (ou fax) do cliente e o computador do banco

caractersticas

a ligao feita atravs da linha telefnica podendo ser pblica ou privada e utilizando os mais diferentes meios como:

cabo;

fibra tica;

satlite.

os computadores do banco e cliente no necessitam ser os mesmos, deve haver, porm compatibilidade entre eles

necessria uma segurana na conexo e na transmisso dos dados, o que possvel devido utilizao de:

senha para que o computador do banco possa reconhecer quem e o cliente que esta se comunicando com ele.

criptografia (codificao) dos dados que estiverem trafegando na linha telefnica, impedindo que os mesmo sejam interceptados por terceiros.

Servios prestados atravs do homebanking

Consulta de saldos em conta corrente e caderneta de poupana;

consulta de movimentaes em conta corrente;

consultas de saldo e movimentao de cobrana, contas a pagar,

consultas sobre posio de aplicaes e resgate de fundos;

cotaes de moedas, ndices e bolsa de valores"

solicitao de alteraes dos seus ttulos em cobrana;

solicitao de tales de cheques;

movimentao de conta;

considerando o home banking a troca eletrnica de informaes entre o banco e o cliente podemos classificar as duas pontas da comunicao, bem como o seu meio, da seguinte forma:

Base de difuso de informao pelo banco

central de atendimento

unidade de resposta audvel (talker)

talker com fax

telex

micro

mainframe (servidor de redes de computador)

Canal utilizado para envio da informao:

modem (modelador / demodulador) aparelho que transforma as informaes do formato gerado pelo computador. para o formato aceito pela linha de comunicao e viceversa.

linha telefnica (todas com a mesma funo transferncia de informaes diferindo na velocidade, qualidade e quantidade de informao transferida)

discada

dedicada

transdata da embratel

Renpac

FM (receptor especial)

Veculo do cliente

telefone

fax

telex

monitor de videotexto

microcomputador

terminal ponto de venda

pager

REMOTE BANKING

O conceito de remote banking. o de atendimento ao cliente fora das agencias.

O atendimento dentro de agncias, alm de ser, em muitas situaes, um incmodo ara os clientes (trnsito e filas), um fator e despesas para os bancos (investimentos em instalaes). Portanto o remote banking foi uma soluo encontrada pelos bancos.

Servios oferecidos

Saques em dinheiro

pontos de atendimento externo tipo rede banco 24 horas

pontos de atendimento interno tipo balco eletrnico

pontos de atendimento externo em postos de gasolina e redes de lojas

Depsitos fora do caixa dos bancos

depsitos nas redes tipo banco 24 horas

depsitos expressos em caixas coletoras

depsitos em cheque pego em casa de clientes

Entrega em domiclio de tales de cheque

em mos

via correio

Pagamento de contas fora do caixa dos bancos

terminais de autopagamento

coletas de contas em casa para posterior pagamento e devoluo de recibo pelo correio

envio das contas a pagar atravs dos correios

Dbito automtico em conta corrente de concessionrias de servios pblicos e outras empresas

Troca de informaes constante com os bancos via home banking para obter extrato, aplicar e etc...

Remessa de numerrio ao cliente.

O DINHEIRO DE PLSTICO

Tratase de uma srie de alternativas ao papel moeda que tem como objetivo facilitar o dia a dia das pessoas e, por outro lado, representam um incentivo ao consumo.

FUNDOS MTUOS DE INVESTIMENTO

Fundo Mtuo de Investimento em Debntures e Notas Promissrias (Commercial Papers)

Semelhante aos fundos de renda fixa.

A diferena essencial que:

os fundos de renda fixa carregam ttulos de emisso de instituies financeiras;

os Fundos Mtuos de Investimento em Debntures e Notas Promissrias carregam ttulos de emisso de empresas.

Permitem que pequenos e mdios investidores tenham, indiretamente, acesso s Debntures (hoje inacessveis pelos seus altos valores de face).

Fundo Mtuo de Investimento em aes (FMIA)

um fundo destinado a investidores atrados pelo mercado de aes que no tenham tempo ou conhecimento para investir.

Formado por cotas com variao diria de valor.

Aplicaes e restantes feitos por telefone (Com crditos e dbitos automticos na conta corrente).

Resgate converso das cotas feita no dia seguinte.

Carteira de aplicaes:

51% em aes de companhias abertas;

outros valores mobilirios emitidos por companhias abertas;

cotas de FIF e ttulos de renda fixa;

Pode manter posies em mercados organizados de liquidao futura mximo 9% do PL.

O resgate pode ser efetuado a qualquer tempo, embora os estatutos prevejam a possibilidade de carncia.

Instituies no financeiras podem administrar estes fundos.

Fundo Mtuo de Investimento em aes carteira livre (FMIACL)

um fundo de aes que tem a alternativa de concentrar suas aplicaes em operaes de maior risco e, portanto, com a possibilidade de alcanar maiores ganhos ou perdas.

Sua composio consiste, no mnimo, de 51% de suas aplicaes em:

aes, bnus de subscrio e debntures conversveis em aes das companhias abertas

de depsito de aes, negociveis no pais, de empresas do Mercosul;

posies em mercados organizados de liquidao futura, envolvendo contratos referenciados em aes ou ndices de aes desde que no caracterize operaes de hedge ou rendimentos prfixados;

O saldo de recursos (at 49%) poder ser aplicado em

outros valores mobilirios de emisso de companhias abertas, adquiridos em bolsas de valores, mercados de balco organizados, ou durante o perodo de distribuio pblica;

cotas de FIF e ttulos de renda fixa;

cotas de FMIA e FMIACL.

Fundo de Investimento em Cotas de Fundo Mtuo de Investimento em aes

Fundos cuja carteira composta de aplicaes em cotas de FMIA, FMIACIL no limite mnimo de 95%. Os saldos dos recursos podem ser aplicados em cotas de FIF ou ttulos de renda fixa.

As demais caractersticas so idnticas s dos FMIA / FMIACL.

Estes fundos foram uma alternativa para pequenas instituies que no possuem uma infraestrutura para adequada anlise do mercado de aes.

HOT MONEY

o emprstimo de curtssimo prazo normalmente de 1 dia e no mximo de 10 dias.

comum criarse um contrato fixo de hot money para cada cliente, com todas as regras e permitindo que cada liberao de recursos seja feita por fax, telefone ou telex eliminando fluxo de papis.

A formao da taxa do Hot Money baseada na taxa do CDI do dia da operao mais o PIS mais um spread.

Exemplo:

Taxa do CDI = 17%;

taxa do Hot = 119%;

margem da operao = 2%

PIS = O,75% sobre 19% = O,1425%

Receita bruta do banco = margem da operao = 2%

Receita lquida do banco = receita bruta PIS = 2% O,1425 = 1,8575%

CONTAS GARANTIDAS / CHEQUES ESPECIAIS

um tipo de emprstimo em que so utilizadas em conjunto duas contas:

a conta corrente de livre movimentao

a conta garantida

A conta garantida uma conta de crdito com um valor limite, Normalmente movimentada pelo cliente atravs de seus cheques, desde que no haja saldo disponveis em sua conta corrente de movimentao. A medida que entram recursos na conta corrente do cliente, eles so usados para cobrir o saldo devedor da conta garantida.

Para o cliente garante uma fluidez de recursos.

Para o Banco um poderoso recursos mercadolgico.

Para as reservas do banco pode ser um problema pois implica. em manuteno de reservas e livre movimentao em stand by e, portanto, sem aplicao.

CRDITO ROTATIVO (CABCR)So linhas de crdito abertas com determinado limite que as empresas utilizam a medida de suas necessidades. Os encargos so cobrados de acordo com sua utilizao, na mesma forma das contas garantidas

DESCONTOS DE TTULOS (NOTAS PROMISSRIAS / DUPLICATAS) o adiantamento de recursos aos clientes, feito pelo banco, sobre valores referenciados em duplicatas de cobrana ou notas promissrias, de forma a antecipar o fluxo de caixa do cliente.

Normalmente, o desconto de duplicatas feito sobre ttulos com prazo mximo de 60 dias e prazo mdio de 30 dias.

A operao de desconto d direito de regresso, ou seja, no vencimento, caso o ttulo no seja pago pelo sacado, o cedente assume a responsabilidade do pagamento, incluindo multa e/ou juros de mora pelo atraso.

FINANCIAMENTO DE CAPITAL DE GIRO

So as operaes tradicionais de emprstimos vinculadas a um contrato especfico que estabelea prazo, taxas, valores e garantias necessrias e que atendam as necessidades do capital de giro das empresas.

Os emprstimos normalmente so garantidos por duplicatas numa relao de 120 a 150% do principal emprestado.

LEASING (TIPOS, FUNCIONAMENTO, BENS)

As transaes de "leasing" se desenvolveram em muitos pases do mundo ocidental e tm a sua origem tcnica no sistema financeiro norteamericano.

O sistema "leasing" no ainda muito bem divulgado em muitos pases do Terceiro Mundo por falta de iniciativa da Comunidade Financeira, ou por falta de legislao em muitos desses pases.

No Brasil, a sistemtica de "leasing" interno foi bastante explorada e muitos bancos possuem departamentos especficos para tais operaes. O Banco BCN do Grupo Conde, opera plenamente com operaes de "leasing", desenvolvidas pelo economista Dr. Mario Squassoni Filho para este banco.

Um modo vivel para introduzir e promover este sistema financeiro no Terceiro Mundo seria a formao Oe "joint ventures" entre instituies financeiras internacionais e bancos governamentais do Terceiro Mundo, ou at operaes entre bancos centrais e o World Bank" de Washington.

Na Colmbia, existe um "joint venture" entre o "World Bank" e o "Banco de L Nacin de Colmbia" para oferecer operaes de "leasing" importao de equipamentos industriais pesados.

Na China Comunista, recentemente, foi formado um "joint venture" entre bancos alemes, japoneses e o "China Bank" para oferecer estas operaes de Ieasing' internacional.

Conceitos

A PALAVRA "LEASING". A matria de que vamos tratar conhecida simplesmente como Ieasing" e, por ser aceita em todos os pases sob esta denominao, uslaemos sem aspas.

Leasing vem do verbo "to lease" (arrendar) e pode significar o processo de arrendamento (operao de leasing), ou ter o sentido substantivo de arrendamento enquanto tal (contrato de leasing). O legislador brasileiro preferiu deixar de lado o termo ingls e empregou, em seu lugar, "arrendamento mercantil", devido, sem dvida, s peculiaridades do instituto no direito ptrio.

Outras legislaes, tambm, preferem usar expresses tpicas. Assim, a Frana apelidou o leasing de "prtbail" e de "crditbail" e a Blgica empregou a expresso "locationfinancement". Os italianos chamam o leasing de Iocazione finanziaria", "prestito locativo" e "finanziamento di locazione". Na Alemanha, os autores usam o termo ingls e, raramente, o correspondente "Miet".

Nos Estados Unidos, duas so as palavras empregadas na operao de locao de bens: "renting", ou seja, qualquer operao de aluguei de coisas Teito pelo proprietrio das mesmas e Ieasing", ou seja, o aluguei feito por quem no o fabricante, mas que financia, para o locatrio, a utilizao da coisa, sendo que as contraprestaes pagas a ttulo de aluguei podero reverter, ao final do contrato, em prestaes de um contrato de compra e venda, caso o locatrio queira tornarse proprietrio da coisa.

COILLOT critica o termo "crditbail" (crditoarrendamento) e prope que seja substitudo por "equipementbail" (equipamentoarrendamento).

Afirma COILLOT: "Em primeiro lugar expliquemos as palavras empregadas:

a) a palavra "arrendamento"

Pelas razes precedentes, deixamos margem promessa unilateral de venda. Com efeito, para definir as relaes da empresa de leasing e o arrendatrio-usuario com terceiros diversos do fabricante, o termo arrendamento o mais conveniente ' Explica perfeitamente as intenes das partes que se negam a toda transferncia de propriedade com suas conseqncias prejudiciais em caso de falncia. As obrigaes de manuteno, de bom uso, de assegurar, de pagar aluguis, de resciso em caso de falta de pagamento ou de inobservncia de qualquer das clusulas do contrato, esto na essncia mesma do aluguel, que permite o desfrute e o uso pleno e total do material. As facetas contbil e fiscal, na origem do contrato de leasing, so respeitadas igualmente. Inclusive, acrescentamos que a supresso da promessa unilateral de venda, em comparao com os altos aluguis cobrados, consolidaria a posio da empresa de leasing em caso de falncia, quando, ento, a jurisprudncia poderia assimilar o leasing venda a prazo.

b) O termo "equipamento":

Este termo nos foi sugerido pelas sociedades francesas de leasing, que utilizam com mais freqncia os termos "aluguel" e "equipamento' sem nenhum respaldo. O termo equipamento significa, por um lado, o domnio de atividade do contrato que est especialmente reservado para o equipamento industrial, comercial e profissional. Assinala, ademais, o aspecto financeiro da inverso: a operao de crdito a mdio prazo. Citemos, ainda, uma instituio bastante nova que apresenta algumas analogias com a nossa: a tomada de propriedade e dos bens de equipamento (cf. as placas de propriedade). Igualmente somos tentados a adotar o termo equipamento, por uma segunda razo. Queremos falar da estreita colaborao entre a sociedade de leasing e o fabricante. Aqui h por parte da sociedade de leasing e do usurio, atuando conjuntamente, um ato econmico de equipamento."

A respeito do termo "crditbail", CALAISAULOY professor na Faculdade de Direito de Montpellier, em conferncia pronunciada em 1970, nas "journes d'tude" por aquela Faculdade, afirmou: Portanto, o nome "leasing" no quer dizer grande coisa. Seu equivalente francs mais exato seria sem dvida a palavra "bail". O legislador francs escolheu uma expresso que denota melhor a complexidade da operao: entre ns o leasing tornouse o "crdit-bail", e, sob esta denominao que ns o empregamos constantemente.

Por que "crditbail"? Porque tal contrato, como muitos outros, uma tcnica jurdica ao servio de uma necessidade econmica, tcnica e jurdica que se apresenta no arrendamento, necessidade econmica que uma necessidade de crdito, e mais precisamente uma necessidade de crdito a longo ou mdio prazo, porque o crditoarrendamento ir permitir s empresas obter bens de produo graas a um financiamento exterior. A operao relaciona, pois, trs tipos de pessoas:

aquela que fornece o bem e que ns chamamos de "vendedor",

aquela que fornece o numerrio e que ns chamamos de "credor";

aquela que obtm a coisa sem que tenha de fornecer numerrio, e que ns chamamos de "usurio".

Por conseqncia, em direito, o "crdit-bail" a operao pela qual um estabelecimento credor, aps ter comprado um bem, o loca a uma empresa usuria, que, no fim do arrendamento poder adquirir a propriedade do bem. pagamento dos aluguis ' e depois o do preo eventual residual, permite ao credor recuperar os fundos que despendeu."

DEFINIES DE LEASING. Muitas so as definies encontradas nos, tratados e nas legislaes dos vrios pases. A lei brasileira o definiu do seguinte modo. Considerase arrendamento mercantil a operao realizada entre pessoas jurdicas, que tenha por objeto o arrendamento de bens adquiridos a terceiros pela arrendadora, para fins de uso prprio da arrendatria e que atendam s especificaes desta."

JOS W. N. QUEIROZ, que estudou a matria em profundidade, assim se expressa: "Conseqentemente, poderseia definir o leasing, em sentido lato, como um, acordo mediante o qual uma empresa, necessitando utilizar determinado equipamento, veculo ou imvel (terreno ou edificao), ao, invs de comprar, consegue que uma empresa, chamada de leasing (locadora), adquirao e loqueo empresa interessada, por prazo determinado, findo o qual poder a locatria optar entre a devoluo do objeto do contrato, a renovao da locao ou a sua aquisio por compra e venda, pelo valor residual avenado no instrumento contratual."

SERGE ROLIN alinha outras definies, que passamos a transcrever:

"O leasing uma operao de financiamento a mdio e longo prazo, praticada por uma sociedade financeira, e que tem como suporte jurdico um contrato de aluguei de coisas;

"O leasing e uma operao financeira efetuada por sociedades especializadas, que, a pedido de seus clientes, compram bens de equipamento e os colocam disposio das firmas requerentes em forma e arrendamento ligado a condies especiais".

O prprio SERGE ROLIN definiu o leasing, nos seguintes termos: "Para ns, o leasing um financiamento destinado a oferecer aos industriais e aos comerciantes um meio flexvel e novo de dispor de um bem de equipamento, alugandoo em vez de compra-lo Esta operao realizada por sociedades especializadas que compram o material, seguindo as especificaes do futuro usurio, alugandoo durante. o prazo convencionado e mediante a percepo de contra prestaes fixadas em contrato e que deve reservar ao arrendatrio uma opo de compra do bem ao trmino do perodo inicial."

RICHARD VANCIL oferece a seguinte definio: "Tratase de um contrato pelo qual o arrendatrio aceita efetuar uma srie de pagamentos ao arrendador, pagamentos que, no todo, excedem o prego de compra do bem adquirido. De um modo geral os pagamentos so escalonados em perodo equivalente maior parte da vida til do bem. Durante esse perodo, chamado perodo inicial do aluguel, o contrato e irrevogvel pelas partes, e o arrendatrio est obrigado a continuar pagando os aluguis."

Na Frana, como dissemos, o leasing chamado de "crditbail" e a definio desse instituto encontrase na Lei 661455 (art. 10) nos seguintes termos: "As operaoes de crditoarrendamento ("'crditbail") a que se refere a presente lei so operaes e locao de bens de equipamento, material de trabalho ou de bens imveis de uso profissional, especialmente adquiridos com vistas a essa locao por empresas que permanecem proprietrias destes bens, quando essas operaes, qualquer que seja sua denominao, do ao locatrio a, faculdade de obter total ou parcialmente os bens locados, mediante um preo convencionado, levandose em conta, pelo menos em parte, os pagamentos efetuados a ttulo de aluguel"

A Blgica, por sua vez, tratou da matria referente ao. Leasing em seu Decreto Real n. 55, de 10.11.67. a exposio de motivos ficou esclarecido que: "As empresas especializadas adquirem bens de equipamento segundo as especificaes de seus clientes e, reservandose a propriedade dos mesmos, donos em arrendamento por um perodo correspondente durao resumida da utilizao econmica os ens, mediante pagamento de alugueres calculados de modo que se amortize o valor dos bens, no perodo de utilizao previsto no contrato. De maneira acessoria, os contratos de arrendamento concedem ao usurio uma opo de compra dos bens arrendados, opo que o usurio poder exercer ao final do arrendamento, mediante o pagamento de uma quantia que comparada ao valor residual estimado dos bens."

Na Espanha, o projeto de regulamentao do leasing fixou o entendimento que devem ser includas neste instituto as operaes de arrendamento de bens de equipamento, entendendose como bens de equipamento os destinados s atividades prprias de uma empresa.

Ao analisarmos o art. 10 da Lei n. 6.099/74, voltaremos ao assunto, especificamente no tocante ao conceito que o instituto recebeu em nossa legislao. No momento, o cotejo com as definies oferecidas pela Doutrina e pela Legislao serviro para dar ao leitor um conceito aproximativo do que seja leasing.

Tipos

RENTING E LEASING. A cesso do uso poder ser compensada por um simples aluguel, ou operarse atravs de uma atividade financeira. No primeiro caso, h locao no sentido tradicional, ou, de acordo com a expresso americana, o "renting", no segundo, terse o arrendamento universalmente apelidado de "leasing". Estas so as duas formas bsicas que a locao assume e que sero analisadas a seguir.

O "RENTING" E O "OPERACIONAL LEASING". A locao pura e simples de bens foi a primitiva forma, visto que o leasing, por envolver financiamento, exige certa sofisticao. O "renting" apareceu sob a espcie de aluguei de aparelhos ou mquinas por parte dos fabricantes ou produtores.

Consiste esse instituto no arrendamento de bens, a curto prazo de tempo, no qual no prevista a possibilidade de o arrendatrio adquirir o = ao final do contrato, embora isto possa acontecer. O locador fica obrigado a arcar com certos nus da locao, tais como a manuteno e a assistncia tcnica.

Alguns autores fazem distino entre renting" e "operational leasing". O primeiro, seria considerado como o arrendamento de bens mveis, pelo fabricante, por curto espao de tempo, enquanto, o segundo envolveria, tambm, a idia de investimento do locador, embora visando um certo fim ou um determinado servio.

Na prtica, porm, o tratamento fiscal o mesmo, tanto para o "renting", quanto para o "operational leasing". Alm do mais, possuindo o Brasil tratamento uniforme para a locao de bens, no haveria razo para nos determos em anlises de conceitos aliengenas.

O Cdigo Comercial define a "locao mercantil" seguinte modo: "A locao mercantil o contrato pelo qual uma cls partes se obriga a dar outra, por determinado tempo e preo certo, o uso de alguma coisa, ou do seu trabalho".

No anteprojeto do Cdigo Civil a locao foi prevista nos arts. 552 e seguintes, mas os seus autores evitaram tratar especificamente do leasing.

Assim sendo, a locao continuar, ao que parece, sujeita s regras gerais que vem regendo esse tipo de operao, as quais poderiam ser assim resumidas:

a) o locador fica obrigado a entregar a coisa alugada e a mantla na posse do locatrio durante todo o tempo do contrato;

b) o locatrio, por sua vez, fica obrigado a servirse do uso da coisa na forma convencionada em contrato e a pagar pontualmente o aluguel, bem como a levar ao conhecimento do locador as turbaes de terceiros e a restituir a coisa, finda a locao, no estado em que a recebeu, salvo as deterioraes ocorridas pela ao da natureza e pelo uso regular da coisa;

c) quanto ao contrato propriamente, dito, e feito porque o locatrio prefere usar coisa alheia, ao invs de adquirila. No revista, portanto, a compra do bem locado, nem h previso de valor residual, pois as prestaes no contm, necessariamente, a faculdade de compra pelo locatrio, ao final do contrato. O prazo do contrato , em geral, de curta durao e sempre determinado.

A tendncia da empresa que opera com o "renting" de se tornar especializada na locao de determinados bens. E uma espcie de sociedade de prestao de servios, sendo que, ao invs de executar a prestao, cede seus bens locatria, para que ela, com seus prprios meios, taa uso deles. E o que acontece, por exemplo, com o aluguei de carros e vages.

A sociedade que opera com "renting" se v coartada pelos meios que fazem sua prpria oferta, sendo que, por isso mesmo, seu campo de ao e menor que o de uma pessoa jurdica que opere com leasing. Seus bens ficam, com o tempo, standartizados, de acordo com o setor da economia que deseja servir, embora tenha. possibilidade de fornecer assistncia tcnica e manuteno, diminuindo, assim, o custo da operao. Em razo dessa tcnica prpria, o "renting" usado, de preferncia, para Computadores eletrnicos, mquinas xerogrficas e automveis.

Em concluso, o renting oferece as seguintes caractersticas

a) arrendamento, sem haver opo de compra;

b) contrato rescindvel pelo arrendatrio, sem que o prazo determinado em contrato tenha a mesma rigidez do contrato de leasing

c) manuteno e assistncia tcnica, em geral, previstas como encargo do locador,

d) a operao poder ser contratada diretamente com o fabricante.

Na legislao do imposto de renda, o "renting" previsto no art. 71 da Lei n. 45.061/64 (RIR, art. 174). possvel a deduo de despesas com aluguis, quando necessrias para que a empresa mantenha a posse, uso ou fruio do bem que produz o rendimento e desde que o aluguei no constitua aplicao de capital na aquisio do bem, nem distribuio disfarada de lucros.

LEASING FINANCEIRO (FINANCIAL LEASING). RUOZI definiu o leasing financeiro como sendo uma operao de financiamento a mdio e longo prazo, baseada num contrato de locao de bens mveis ou imveis. O financiamento conseguido por um intermedirio financeiro, que intervm entre o estabelecimento produtor do bem objeto do contrato e o estabelecimento que solicita uso do mesmo, adquirindo do primeiro o bem mencionado e cedendoo em locao ao segundo, o qual se compromete, de modo irrevogvel, a cumprir para com o intermedirio financeiro com certas exigncias peridicas, atravs de uma quantia global superior ao custo do bem, cuja propriedade, no trmino do contrato, poder ser transferida, a ttulo oneroso, do intermedirio financeiro ao estabelecimento locatrio, pela iniciativa deste ltimo,

FOSSATI, analisando esta definio, enumera os seguintes pontos caractersticos do leasing financeiro:

operao tpica de financiamento: o escopo principal, no caso; o de financiar o locatrio, o qual, na maioria das vezes, visa adquirir o bem arrendado;

celebrado para durao a mdio e longo prazos. A durao efetiva de um contrato de leasing financeiro cautelosamente calculada em relao durao econmica do bem cedido em arrendamento;

o objeto do contrato est no arrendamento de bens mveis e imveis. Enquanto no leasing operacional "renting" so objeto de locao apenas bens standartizados, no leasing financeiro so objeto de contrato bens diversificados, desde que possam ter grande utilizao para a arrendatria;

no tocante ao ntermedirio financeiro, as empresas que alugam seus bens no os fabricam porque no so industriais. So, na verdade, sociedades financeiras, constitudas com a participao de institutos de crdito, de companhias de seguros ou investidores organizados

o contrato tem carter irrevogvel, A retratao pelo arrendatrio permitida quando desembolsado em favor do arrendador o valor das prestaes a pagar (com desconto geralmente muito pequeno) e da multa contratual, se for o caso. Na opinio de RUOZI, um contrato de leasing e um contrato "sui generis", no qual coexistem as caractersticas de contrato de mtuo, de locao e de compra e venda, de locao e eventual compra e venda, compra e venda entre estabelecimento produtor e locatrio, locao entre empresa locatria e empresa locadora, eventual compra e venda, no trmino do contrato, entre ambas;

as contraprestaes so peridicas. Fixase uma prestao determinada, mensal, semestral ou anual, podendo, em alguns pases, ficar acertado que as contraprestaes sero progressivas ou. regressivas, tendose em conta a depreciao, os juros do capital empatado, as despesas de administrao e os encargos que pesam sobre o locador;

a respeito das opes, ao final do contrato, so apontadas as seguintes: (a) o arrendatrio poder renovar o contrato, com nova fixao de contra prestaes peridicas, inferiores s do primeiro contrato; (b) poder, por outro lado, restituir o bem arrendado, ou (c) tornarse proprietrio do bem objeto do contrato, pagando, neste caso, uma soma estipulada de antemo.

Em suma, o leasing financeiro mais rentvel que o operacional, mas no oferece ao arrendatrio a assistncia que o leasing operacional proporciona, Alm do mais o leasing financeiro exige do arrendador maior cuidado no clculo de sua rentabilidade, j que os bens esto sujeitos ao fenmeno da 'obsolescncia".

A respeito do leasing financeiro RUOZI, afirma: Quando a sociedade financeira de leasing no concede ao locatrio o complexo de servios colaterais examinados no pargrafo precedente, o leasing praticado por e a perde as caractersticas operativas e tornase exclusivamente instrumento de financiamento da "azienda" locatria. Por isto, tal tipo de leasing chamado de financeiro."

B. MRA, em conferncia pronunciada em 30.09.65 (B. Mra Diretor Geral da Unio Francesa de Bancos e Presidente Diretor Geral da "Cie. pour Ia Location d'Equipements ProfessioneisCLEP), afirmava "Todos sabem que se trata de uma frmula na qual um industrial, ao invs de adquirir um bem mvel de que necessita e aps ter conseguido saber quais as suas caractersticas e seu preo, junto ao vendedor, solicita a uma sociedade financeira especializada que o compre em seu lugar e o alugue por um perodo convencionado, varivel em cada caso, mas sempre suficiente para permitir a amortizao integral do investimento realizado pela sociedade financeira. No final desse perodo, a empresa locatria pode escolher entre restituir simplesmente o bem locado, aluglo novamente para um perodo varivel mediante uma renda reduzida ou, enfim, adquirilo por um preo menor."

ESPCIES DE LEASING. A diviso exata das vrias espcies de leasing, ou a sua classificao em "tipos", tarefa difcil, uma vez que o instituto est, ainda, em fase de formao e no recebeu tratamento definitivo em nossa legislao.

Deixamos bem claro que j se pode achar uma diviso fixada nos dois tipos bsicos de. locao, acima apontados, ou seja, leasing operacional e leasing financeiro. Fora desses limites, os autores fazem conjecturas e seria exaustivo enumerarmos as espcies por eles apontadas. A ttulo de exemplo, transcrevemos um trecho do artigo escrito pelo Prof. MAURO BRANDARLOPES no "O Estado de So Paulo" (edi de 25.12.74), mas, como ele mesmo 2;o no uma diviso exaustiva. Assim, esclarece ele:

"So trs as espcies bsicas do "leasing".

a) Na primeira espcie, o agente do 'leasing", o "lessor" do direito americano (a seguir denominado "arrendador", por convenincia de exposio), compra do produtor ou intermedirio determinada coisa, sob especificaes ou no do tomador do "leasing" o "lessee" do direito americano (a seguir denominado "arrendatrio", por convenincia de exposio) e d a este em "locao", mediante um "aluguel", pagvel em parcelas, que na sua integridade igual aos custos totais relativos coisa, os quais ter de suportar durante todo o prazo do contrato , sejam de que natureza forem, acrescidos e seu lucro. A "locao" se liga uma opo do arrendatrio para compra da coisa, no trmino do prazo, por preo residual preestabelecido. O contrato no denuncivel pon v