39756114 apostila higiene do trabalho termica ventilacao

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- UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO Faculdade de Engenharia e Arquitetura Curso de Especializao em Engenharia de Segurana do Trabalho Higiene do Trabalho Higiene do Trabalho Higiene do Trabalho Higiene do Trabalho TRATAMENTO DO AR VENTILAO SOBRECARCA TRMICA TEMPETARURAS BAIXAS Prof. Milton Serpa Menezes Passo Fundo - RS, junho/2009. Pgina 2 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes PLANO DE ENSINO ESPECIALIZAO EM ENGENHARIA DE SEGURANA DO TRABALHO DISCIPLINA: HIGIENE DO TRABALHO (3a PARTE) CDIGO: ESTP- 3 CARGA HORRIA: 40 HORAS/AULA FREQNCIA EXIGIDA: 75 % (MNIMO) PROFESSOR:MILTON SERPA MENEZES DATA:JUNHO/2007 PERODO19/06 A 11/07/2009 1- EMENTA SOBRECARGA TRMICA: Conceitos gerais e ocorrncia. Transmisso calor. Tcnicas demedio.Critriosdeavaliao,medidasdecontrole.Laboratriodetcnicasdemedio. Laboratriodeavaliaoecontrole;TEMPERATURASBAIXAS:Conceitosgeraise ocorrncia.Critriosdeavaliao.Medidasdecontrole.Laboratriodeavaliao;Trabalho prtico para medidas de controle de temperaturas baixas e sobrecarga trmicas. VENTILAO aplicadaengenhariadeseguranadotrabalho,conceituao,ventilaogeral,ventilaopara confortotrmico,ventilaonatural,ventilaogeraldiluidora;ventilaolocalexaustora aplicadaaocontroledecontaminantesdosambientesdetrabalho.Verificaodesistemasde ventilao local exaustora, trabalho prtico de ventilao, laboratrio de avaliao de sistemas de ventilao,Manuseiodeaparelhosdemedio,Mediodevelocidadedearepressoesttica em dutos. 2 -OBJETIVO GERAL Conscientizar os alunos do Curso de Engenharia de Segurana do Trabalho dos riscos nos ambientesdetrabalhorelativosaosagentestrmicos(frio,caloreumidade)eosparmetros definidos pela legislao e normas vigentes. Da mesma forma, proporcionar conhecimentos com relaoasformasdetratamentodoarambienteutilizando-sedesistemasdeventilao adequados. Permitir aos alunos do curso realizar estudos, dimensionamentos e aplicao nas reas de sobrecargatrmica,temperaturasbaixasesolucionarproblemasdecontaminaodoar. Possibilitaraosfuturosprofissionaisoconhecimentodemedidasdecontroledestesriscosno ambiente de trabalho. 3 - METODOLOGIADEENSINO A disciplina ser ministrada atravs de aulasexpositivas, onde se procurar estimular os estudantesparaefetuemleituraprviadostemas,possibilitandoadiscussoemsaladeaula, aumentandoassimsuaparticipaoeaprendizado.Serealizararesoluodeexerccios, trabalhosindividuaiseemgrupos.Tambmseroutilizadosnamedidadopossvel,elementos audiovisuais para a ilustrao das aulas.Visandomelhoraroaprendizadonoinciodaaulaserealizarrelaxamentoouentoa apresentaodeumamensageminspiradora.Duranteaaulaserutilizadosomambientecom msicas clssicas. Pgina 3 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes Namedidadopossvelseutilizardeequipamentoseinstrumentosdisponveis,para possibilitar aos estudantes o aprendizado da manipulao de equipamentos utilizados na medio de agentes trmicos. 4 -CONTEDO PROGRAMTICOGENERALIDADES PSICROMETRIACONFORTO TRMICO CARGA TRMICA VENTILAO VENTILAO NATURAL VENTILAO MECNICA VENTILAO GERAL DILUIDORA VENTILAO LOCAL EXAUTORA PURIFICAO DO AR VENTILADORES BOCAS DE INSUFLAMENTO AR CONDICIONADO SOBRECARGA TRMICA TEMPERATURAS BAIXAS UMIDADE AVALIAES E MEDIES 5 -AVALIAO 6.1.Instrumentos: Sero utilizados 2 instrumentos de avaliaes, todos com pesos iguais, a saber: Apresentaoemauladeumtrabalhoprticodeventilao,aplicadonocontrolede contaminantes do ar ou agentes trmicos em um ambiente de trabalho. Elaborao de um PPRA (Programa de Preveno de Riscos Ambientais). 6.2.Critrios: Cumprimento das tarefas de aula; Participao nos trabalhos desenvolvidos em aula; Assiduidade; Aproveitamento, atravs do grau obtido nas provas, avaliaes, projeto e etc. 6 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES O perodo letivo da disciplina ter incio no dia 19 de junho de 2009 e ter seu trmino no dia 11 de julho do mesmo ano. No dia 11/07/2009sero realizadas as apresentaes dos trabalhos em aula. Sendo que a entrega do PPRA deve ser realizada at dia 13/03/2010. 7 - BIBLIOGRAFIA ASHRAE. Handbook Of Fundamental BURGES,WillianA.Identificaodepossveisriscosasadedotrabalhadornos diversos processos industriais. Ergo, 1997. Pgina 4 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes CLEZAR, Carlos, A. Ventilao Industrial. Ed. Da UFSC, Florianpolis, 1999. COSTA,EnioCruzda, ArquiteturaEcolgica CondicionamentoTrmicoNatural, Edgard Blucher. COSTA,EnioCruzda.Fsicaaplicadaconstruo-ConfortoTrmico,Edgard Blucher. COSTA, Ennio C. Ventilao. Ed. Edgard Blucher, So Paulo, 2005. LEISEDECRETOS.SeguranaeMedicinadoTrabalho/Brasil.Manuaisde Legislao Atlas 16. So Paulo, Atlas, 1.999. MACEDO, Ricardo. Manual de Higiene do Trabalho na Indstria. Fundao Calouste Gulbenkian, Lisboa. MACINTYRE,ArchildJoseph.VentilaoIndustrialeControledaPoluio,Ed. Guanabara. MESQUITA,ArmandoL.S.EngenhariadeVentilaoIndustrial.CETESB,So Paulo, 1988. PERRY, Robert H. Manual de Engenharia Qumica, Ed. Guanabara Dois. STOECKER, Wilbert F. Refrigerao e Ar Condicionado, Mc Graw-Hill do Brasil. TLV'sEBEI's2002.ABHO-AssociaoBrasileiradeHigienistasOcupacionais.So Paulo SP. TORREIRA, Raul Peragalo. Segurana Industrial. Margus, So Paulo, 1999. Pgina 5 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes NDICE 1GENERALIDADES........................................................................................................... 7 1.1.Noes Bsicas ........................................................................................................... 7 1.2.Transmiso de Calor ................................................................................................... 7 1.3.Vazo........................................................................................................................ 10 1.4.Velocidade................................................................................................................ 11 1.5.ndice de renovao de ar: ......................................................................................... 11 2PSICROMETRIA : ........................................................................................................... 12 2.1.Carta Psicrometrica: .................................................................................................. 12 2.2. Linha de Saturao:.................................................................................................. 12 2.3.Umidade Relativa: .................................................................................................... 13 2.4.Umidade Absoluta ou Especfica:.............................................................................. 13 2.5.Entalpia:.................................................................................................................... 14 2.6.Volume Especfico:................................................................................................... 14 2.7.Temperatura do Bulbo mido: .................................................................................. 14 2.8.Fator de Calor Sensvel: ............................................................................................ 15 2.9.Processos: ................................................................................................................. 15 3CONFORTO TRMICO.................................................................................................. 19 3.1.Trocas trmicas do corpo: ......................................................................................... 19 3.2.Mecanismos de Termo-Regulao............................................................................. 19 3.3.As Variveis de Conforto Trmico............................................................................ 19 3.4.ndices de Conforto................................................................................................... 23 3.5.Zona de Conforto...................................................................................................... 24 4CARGA TRMICA......................................................................................................... 27 Condicionamento de Ar ........................................................................................................ 27 Carga trmica de Aquecimentos: .......................................................................................... 27 4.1.Carga trmica pelo fechamento opaco....................................................................... 28 4.2.Carga de conduo pelo fechamento transparente (vidro) .......................................... 28 4.3.Carga devido a irradiao solar pelo vidro:................................................................ 28 4.4.Carga trmica devido pessoas: ................................................................................ 28 4.5.Carga trmica devido a iluminao: .......................................................................... 28 4.6.Carga trmica devido aos equipamentos.................................................................... 29 4.7.Carga devido ao ar exterior: ...................................................................................... 29 5VENTILAO ................................................................................................................ 48 5.1.Conceituao ............................................................................................................ 48 5.2.Composio do ar ..................................................................................................... 48 5.3.Necessidades humanas de ventilao......................................................................... 49 5.4.Conseqncias da poluio do ar............................................................................... 49 5.5.Contaminantes do Ar................................................................................................. 50 5.6.Tratamento do Ar...................................................................................................... 56 5.7.Classificao dos sistemas de ventilao ................................................................... 67 6VENTILAO NATURAL............................................................................................. 69 6.1.Consideraes gerais................................................................................................. 69 6.2.Dimensionamento ..................................................................................................... 70 6.3.Regras gerais............................................................................................................. 72 7VENTILAO MECNICA........................................................................................... 73 7.1.Consideraes gerais................................................................................................. 73 7.2.Ventilao geral para conforto trmico...................................................................... 73 7.3.Sistemas de ventilao mecnica............................................................................... 74 8VENTILAO GERAL DILUIDORA............................................................................ 76 8.1.Utilizao da ventilao geral diluidora..................................................................... 77 8.2.Dimensionamento dos dutos...................................................................................... 79 8.3.Perda de Carga em Dutos .......................................................................................... 84 Pgina 6 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes 9VENTILAO LOCAL EXAUTORA ............................................................................ 89 9.1.Princpios de exausto............................................................................................... 90 9.2.Captores.................................................................................................................... 93 9.3.Sistemas de dutos (dimensionamento) ..................................................................... 103 10PURIFICAO DO AR............................................................................................. 104 10.1.Filtros.................................................................................................................. 104 10.2.Filtros de manga.................................................................................................. 108 10.3.Filtros de Carvo Ativado ................................................................................... 109 10.4.Coletores centrfugos ou ciclones ........................................................................ 109 10.5.Lavadores de gases.............................................................................................. 112 10.6.Seleo de Coletores ........................................................................................... 113 11VENTILADORES...................................................................................................... 115 11.1.Ventilador axial................................................................................................... 115 11.2.Ventiladores centrfugos...................................................................................... 116 11.3.Potncia e rendimento ......................................................................................... 117 11.4.Dados necessrios para a seleo correta de um ventilador .................................. 117 12BOCAS DE INSUFLAMENTO E RETORNO DE AR............................................... 118 12.1.As grades de parede podem ser classificadas em: ................................................ 118 12.2.As grades de insuflamento de teto podem ser de diversos tipos............................ 118 12.3.Parmetros de Insuflamento de ar........................................................................ 119 12.4.Procedimento para seleo e dimensionamento das bocas de insuflamento e retorno de ar120 13AR CONDICIONADO............................................................................................... 121 13.1.Definies:.......................................................................................................... 121 13.2.Aplicaes: ......................................................................................................... 121 13.3. ................................................................................................................................... 121 13.4.Funcionamento:................................................................................................... 121 13.5.Qualidade do Ar Interior ..................................................................................... 122 13.6.Projeto: ............................................................................................................... 122 13.7.Manuteno e limpeza:........................................................................................ 123 14SOBRECARGA TRMICA....................................................................................... 126 14.1.Clima do Brasil ................................................................................................... 126 14.2.Conceitos Gerais ................................................................................................. 126 14.3.Avaliao de Sobrecarga Trmica ....................................................................... 127 14.4.Avaliao Quantitativa da Sobrecarga Trmica ................................................... 134 14.5.Questes Polmicas............................................................................................. 134 14.6.Reaes do Organismo ao Calor.......................................................................... 135 14.7.Problemas ou Doenas ........................................................................................ 136 14.8.Medidas de Controle ........................................................................................... 136 15TEMPERATURAS BAIXAS ..................................................................................... 137 15.1.Conceitos Gerais ................................................................................................. 137 15.2.Avaliao: ........................................................................................................... 137 15.3.Exposio Ocupacional ao Frio ........................................................................... 138 15.4.Avaliao da Exposio ...................................................................................... 138 15.5.Procedimento para monitoramento dos locais de trabalho.................................... 139 15.6.Efeitos do Frio .................................................................................................... 139 16UMIDADE................................................................................................................. 142 16.1.Avaliao Qualitativa.......................................................................................... 142 16.2.Conseqncias .................................................................................................... 142 17AVALIAES E MEDIES................................................................................... 143 17.1.Monitorao de gases no ambiente ...................................................................... 143 18EXERCCIOS............................................................................................................. 146 Pgina 7 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes 1GENERALIDADES 1.1.Noes Bsicas Energia- Capacidade de produzir trabalho-Formas de Energia (Kgm, J, Kcal, BTU) Trabalho-oprodutodaforapela(distncia)deslocamentoproduzidoporesta fora. Potncia-Quantidadedeenergiautilizadaouumtrabalhorealizadoemumperodo de tempo. (W, Cv, HP) Temperatura - Medida do estado de agitao molecular de um corpo(intensidade de calor). EscalasRelativas: Celcius Fahrehneit EscalasAbsolutas:Nozeroabsolutocessaomovimentovibratriomoleculareas partculas esto mais prximas (escala Kelvin). Converso deUnidades: T T T c f k53292735== Calor: uma forma de energiakcalBTUFrio: uma relativa ausncia de calor Calor Especfico: a energia necessria para elevarem 1 oK(ou oC) a temperatura de 1g de uma substncia. Entalpia: umapropriedade das substncias que indica sua quantidade de calor. Entropia: a medida das trocas de energia de um sistemacom o meio. a medida do grauem que energia de um sistema imprestvel. Calor Sensvel: Calor que varia a temperatura. Calor Latente: Calor que varia o estado. 1.2.Transmiso de Calor Transmissode calor ocorre quando h passagem da energia trmica, chamada calor, de um corpo para outro ou de uma parte para outra de um mesmo corpo. Essa transmisso pode se processar de trs maneiras diferentes: conduo, conveco e irradiao.1.2.1ConduoConduooprocessodetransmissode caloremquea energiatrmicapassadeum localparaoutroatravsdaspartculasdomeioqueossepara.Naconduoapassagemda energia de uma regio para outra se faz da seguinte maneira: na regio mais quente, as partculas tmmaisenergia,vibrandocommaisintensidade;comestavibraocadapartculatransmite energiaparaapartculavizinha,quepassaavibrarmaisintensamente;estatransmiteenergia para a seguinte e assim sucessivamente. A conduo de calor um processo que exige a presena de um meio material e que, portanto, no ocorre no vcuo.Experimentalmenteverifica-se,queofluxodecalor atravsdeumaplaca proporcionalreadaplacaA,diferenadetemperatura Tentreosmeios(1)e(2)queela separa e inversamente proporcional espessura da placa L. Pgina 8 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes OndeCocoeficientedecondutibilidadetrmicadomaterialdaplaca.Osmetaissomuitobonscondutoresdecalor,logo,tmC"grande".Amadeirapssima condutora de calor, logo, tem C "pequeno". 1.2.2ConvecoConsideremos uma sala na qual se liga um aquecedor eltrico em sua parte inferior. O ar em torno do aquecedor se aquece, tornando-se menos denso que o restante. Com isto ele sobe e o ar frio desce, havendo uma troca de posio do ar quente que sobe e o ar frio que desce. A esse movimentodemassasdefluidochamamosconvecoeascorrentesdearformadasso correntes de conveco. Portanto, conveco um movimento de massas de fluido, trocando de posio entre si. Notemosquenotemsignificadofalaremconveconovcuoouemumslido,isto, conveco s ocorre nos fluidos.1.2.3IrradiaoIrradiao o processo de transmisso de calor atravs de ondas eletromagnticas (ondas de calor).A energia emitida por um corpo (energia radiante) se propaga at o outro, atravs do espao que os separa.Sendo uma transmisso de calor atravs de ondas eletromagnticas, a radiao no exige a presena do meio material para ocorrer, isto , a radiao ocorre no vcuo e tambm em meios materiais.Entretanto,nosotodososmeiosmateriaisquepermitemapropagaodasondasde calor atravs deles. Todaenergiaradiante,transportadaporondaderdio,infravermelha,ultravioleta,luz visvel, raio X, raio gama, etc., pode converter-se em energia trmica por absoro.Porm, s as radiaes infravermelhas so chamadas de ondas de calor.Um corpo bom absorvente de calor um mau refletor. Um corpo bom refletor de calor ummauabsorvente.Todobomabsorventebomemissordecalor.Todobomrefletormau emissor.1.2.4Mudana de Estado: 1.2.5Densidade e Volume Especfico: AdensidadedeumFluidoamassaqueocupaumaunidadedevolume.Ovolume especfico o volume ocupado pela unidade de massa. 1.2.6Lei dos Gases Perfeitos: A lei dos gases perfeitos a relao que define o comportamento de um gs ideal,pV = (m/M)RT,Solidificao Slido Gasoso Lquido Evaporao Liquefao Sublimao Pgina 9 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes ondepapressodogs,Voseuvolume,msuamassa,Msuamassamolecular,Ra constante universal dos gases perfeitos e T a sua temperatura Kelvin. Pv=RT P = presso absoluta (Pa) v = Volume especfico (m3/Kg) R = Constante do gs = 287 J/Kg.Kpara o ar e 462 J/Kg.K para vapor dguaT = Temperatura Absoluta Pgina 10 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes 1.2.7Mistura de Gases: Emumamisturadegases,desdequenohajaafinidadequmicaentreos componentes,cadagssegueaprpriaequaodeestadofsico,independenteda presena dos demais. A presso total de uma mistura de gases igual a soma das presses parciais de seus componentes. Emumamisturadegases,asomatantodospesoscomodosvolumesdeseus componentes igual, respectivamente, ao peso e ao volume da mistura. Tabela 1 - Equivalncia de Unidades: 1 TR = 3.024 kcal 1TR = 12.000 BTU 1TR = 3.516 W 1.3.VazoA vazo o fluxo de um fluido na unidade de tempo. Esta vazo pode ser de dois tipos: Pgina 11 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes Vazo mssica: a vazo em massa na unidade de tempo. Ex.: Kg/s Vazovolumtrica:avazoemvolumenaunidadedetempo.Podeser,por exemplo,um volume de ar que se desloca num ambiente ou numa tubulao na unidade de tempo, sendo Vol - o volume medido em m3 (metros cbicos) ou Ft3 (ps cbicos) e o T o tempo medido em: h (hora), min. (minutos) ou s (segundos). V = TVol Dessaforma,avazosermedidanasunidades:m3/h(metroscbicosporhora)ou Ft3/min (ps cbicos por hora), tambm escrita sob a forma CFM (cubic feet per minute). 1.4.Velocidade A velocidade a taxa de deslocamento de um mvel na unidade de tempo. v = td sendodadistnciamedidaem:m(metros)ouFt(ps),etotempomedidoems (segundos) ou min (minutos). Dessa forma, as unidades de velocidade de um fluido ser: m/s (metros por segundo) ou Ft/min o (ps por minuto) tambm escrita sob a forma FPN (feet per minute) Em ventilao a velocidade tambm pode ser obtida dividindo-se a vazo volumtrica G, pela rea S. v = SV 1.5.ndice de renovao de ar:Entende-se por taxa de renovao ou nmero de trocas de ar num ambiente o nmero de vezes que o volume de ar desse ambiente trocado na unidade de tempo n = VolV sendo V a vazo e Vol o volume do ambiente. Arelaoentreavazoeovolumeresultaemumnmeroquedependesomentedo tempo. Por exemplo, quando a vazo expressa em m3/h e o volume em m3, resulta um nmero n que expressa a taxa de renovao por hora. Pgina 12 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes 2PSICROMETRIA :Psicrometria o estudo das misturas de ar e vapor de gua. O ar ambiente uma mistura mecnicadegasesevapordegua,resultandodaaimportnciadapsicrometria.Emalguns processos a gua deve ser removida do ar, e em outros adicionada. 2.1.Carta Psicrometrica:A cartaPsicromtrica inter-relaciona inmeras grandezas da mistura de ar e de vapor de gua de grande aplicao em clculo de refrigerao e ar condicionado. O uso destes diagramas permiteaanlisegrficadedadoseprocessospsicromtricosfacilitandoassimasoluode muitos problemas prticos referentes ao Ar, que de outro modo requerem solues matemticas mais difceis. 2.2. Linha de Saturao:AsCartasPsicromtricasapresentam comocoordenadasatemperaturat,noeixo das abcissas e a presso de saturao do vapor daguaPs(provisoriamente)noeixodas ordenadas. Linha de saturao Vapor Temperatura

A B Pgina 13 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes ApresenadeArnovapordeguanoalteraocomportamentodeste.Aregiode importncia da carta ser aquela limitada pelo eixos de coordenadas e a linha de saturao. Se o estadodamisturasedsobrealinhadesaturaooardiz-sesaturado,significandoqueuma reduo adicional da temperatura causar uma condensao do vapor da gua do Ar. direita da linhadesaturaooArnosaturado.Seo pontoArepresentaoestadodoAr,a temperatura da mistura dever ser reduzida at atemperaturaBparaqueacondensao tenha incio. Diz-se que o Ar no estado A tem umatemperatura de orvalho B. 2.3.Umidade Relativa: Aumidaderelativa,definidacomo sendo a razo entre a frao molar do vapor de gua no Ar mido e a frao do vapor de gua no Ar saturado a mesma temperatura ou ainda pela frmula ra temperatu mesma a pura agua de saturacao de Pressaoagua de vapordo parcial Pressao= 2.4.Umidade Absoluta ou Especfica: Aumidadeabsoluta,amassadeguacontidaemumKgdear.Adeterminaoda umidade absoluta pode ser feita com a equao dos gases perfeitos:R.TV . P= m s tsa s ts sa as sa as sP PPR P PR PWR PR PT R V PT R V PW==========+ == = =461,5287W: teremos Valores os do Introduzin(K) Absoluta Temperatua TJ/Kg.K) (461,5 Vapordo Gs de Constante RJ/Kg.K) (287 Seco ardo Gs de Constante R(Pa) Vapordo Parcial Presso P(Pa) Seco Ardo Parcial Presso P(Pa) a Atmosfric Presso P) (m Mistura da Volume V) /Kg (Kg Absoluta Umidade W: Onde/ ) (/P - P = P P P P Como ////mmsasat3Ar de vapor des t a s a tseco ar agua de vapor Pgina 14 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes 2.5. Entalpia: A entalpia de uma mistura de ar seco e vapor de gua a soma das Entalpias dos componentes. h c T Whp g= + . (kJ / kg) c Calor especifico a pressao constante do ar seco =1,0 kJ / kg. KT=Temperatura da misturahEntalpia do vapor saturado `a temperatura da mistura kJ / kgpg== 2.6.Volume Especfico: A equao dos gases perfeitos pode ser utilizada para a obteno de volume especfico e definido como o volume em m3 de mistura por Kg de Ar, ou ainda, como sendo o volume em m3 de Ar seco por Kg de Ar seco, uma vez queosvolumesocupadospelassubstncias individualmente so: vR TPR TP Pkgaaat s= =. ./ ) (m3 2.7.Temperatura do Bulbo mido: AtemperaturadoBulbomidodependedatemperaturadobulbosecoedaumidade relativa do Ar, pois a medida da relao entre as temperaturas de bulbo secoe a temperatura do orvalho do Ar. QuandooArno saturadoentraemcontato com a gua, esta evaporarno Ar a uma taxa proporcional diferena de presso entre a presso de vapor da gua, e a presso do vapor do vapor de guano Ar. Por isso, quando um termmetro debulbomidomovimentadonoAr,aguaevaporardofeltrorefrigerandoassimagua remanescente no mesmo e o bulbo do termmetro, a alguma temperatura abaixo da temperatura do bulbo seco do Ar. Pgina 15 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes 2.8.Fator de Calor Sensvel:O Fator de Calor Sensvela relao entre o calor sensvel e o calortotal do processo. Obtm-se a linha do fator sensvel traando uma linha paralela a linha FCS. 2.9. Processos:Osprocessoscomarmidopodemserrepresentadosgraficamenteemumacarta Psicromtrica,ondepodemserfacilmenteinterpretadas.Damesmaformaacartapodeser utilizada na determinao da variao de propriedades tais como temperatura, umidade absoluta e entalpia que ocorre em processos, os processos mais comuns so: AO Umidificao sem Aquecimento: Se obtm atravs da injeo de vapor saturado. OB - Umidificao com Aquecimento: Se obtm com a injeo de vapor superaquecido. OC - Aquecimento Sensvel: Pode ser obtido com a passagem do ar atravs de uma serpentina quente, resistncias eltricas aletadas, serpentina de ar condicionado funcionando em ciclo reverso, estufas, etc.

OD - Desumidificao Qumica: O vapor de gua absorvido ou absorvido por uma substncia higroscpica. OE - Desumidificao: obtido com a combinao de dois processos OF eOC OF - Resfriamento com Desumidificao: Pode ser obtida atravs da passagem do ar em uma superfcie (serpentina) com temperatura inferior ao ponto de orvalho. OG - Resfriamento Sensvel: Se obtm com da passagem do ar em uma serpentina com temperatura superior ao ponto de orvalho (antes do incio da condensao). OH - Umidificao Adiabtica: obtido com a injeo de gotculas de gua em um sistema isolado, com a temperatura da gua a temperatura de saturao Adiabtica - Cmara de Asperso. OI - Umidificao com Aquecimento: obtido com a injeo de gotculas de gua. MisturadeDuasCorrentesdeAr:UmdosprocessosPsicromtricosmaisfreqentemente encontrado,amisturadeduasoumaiscorrentesdeArcomcondiesiniciaisdiferentes,em taiscasos,acondiodamisturaresultanteprontamentedeterminadaatravsdousodeuma W T A B C D E F G H I Pgina 16 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes simples comparao massa energia. Por exemplo na figura a cima mostrada a mistura de m1 Kg/s de Ar no estado 1 com m2 Kg/s de Ar no estado 2. A mistura resultante encontra - se no estado 3, mostrado na carta Psicromrtrica abaixo. Aplicando-se as equaes de conservao de energia e de massam1h1 + m2h2 = (m1 + m2 ) h3

o que mostra que a entalpia a mdia ponderada das entalpias que se misturam. Para as demais propriedades segue a mesma regra da conservao de massa do qual se obtm: m1W1 + m2W2 = (m1 + m2 ) W3 m1T1 + m2T2 = (m1 + m2 )T3 m Pgina 17 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes EXERCCIOS 1)Determineaumidadeabsolutadearcom60%deumidaderelativaeumatemperaturade 300C, para uma presso baromtrica padro de 101,3 kpa. 2)Determine o ponto sobre a linha isoentlpica de 95 kJ/kg correspondente a uma temperatura de 500C. 3)Uma amostra de ar apresenta uma temperatura de bulbo seco de 300C e uma temperatura de bulbo mido de 250C. A presso baromtrica de 101 kpa. Usando as tabelas de vapor e as Equaes determine: (a) a umidade absoluta se o ar saturado adiabaticamente, (b) a entalpia doarseesteadiabaticamentesaturado;(c)aumidadeabsolutadaamostra(d)apresso parcial do vapor na amostra, e (e) a umidade relativa. Resp.: (a) 0,0201 kg/kg, (b) 76,2 kJ/kg, (c) 0,0180 kg/kg; (d) 2840 Pa, (e) 67%. 4)Em um sistema de ar condicionado uma correntede ar externo misturada a outra de ar de retornopressoatmosfricade101kPa.Avazodearexternode2kg/sesuas temperaturas de bulbo seco e de bulbo mido so iguais a 35 oC e 25 oC. O ar de retorno, a 24 0Ce50%deumidaderelativa,apresentaumavazode3kg/s.Determine(a)aentalpiada mistura,(b)aumidadeabsolutadamistura,(c)atemperaturadebulbosecodamistura. Resp.(a) 59,lkJ/kg; (b) 0,01198 kg/kg; (c) 28,60C. 5)Um ar temperatura TBS = 2 oC e umidade relativa de 60% aquecido atravs da passagem em uma bobina para TBS = 350C (Acrscimo de calor sensvel). Achar: para TBS = 350C, a temperatura TBU e a umidade relativa, bem como a quantidade de calor adicionada ao ar por kg de ar fluente.6)UmartemperaturaTBS=280CeUR=50%resfriado atatemperaturaTBS=12oCe TBU= 11 oC. Achar: (a) o calor total removido; (b) a umidade total removida; (c) a razo de calor sensvel no processo7)Numambientecondicionado,oardevepermanecera26 oCeaUmidaderelativaa45%. Determinar a temperatura que o ar deixa o evaporador, supondo-se que seja saturado. 8)As condies do ar exterior so: TBS 340C e umidade relativa 65%. . As condies a serem mantidas no recinto so TBS = 260C e umidade relativa 45%. Se a vazo de ar de 125 m3, queremossaberaumidadequeprecisasereliminadadosequipamentosderefrigeraoea capacidade deste equipamento. Pgina 18 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes Pgina 19 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes 3CONFORTO TRMICO Confortotrmicoasensaodebemestarreveladaporumapessoaouumgrupode pessoas, com relao as condies do ambiente trmico, temperatura de bulbo seco, e mido. SegundoaASHRAE,ConfortoTrmicoumestadode espritoquereflete asatisfao com o ambiente trmico que envolve a pessoa. Se o balano de todas as trocas de calor a que est submetidoocorpofornuloeatemperaturadapeleesuorestiveremdentrodecertoslimites, pode-se dizer que o homem sente Conforto Trmico. 3.1.Trocas trmicas do corpo: Umavezquenosasatividadesdosorganismosanimais,comtambmascondies climticassoaltamentevariveis,necessitamlanarmodeummecanismodeadaptao trmica para proporcionar a sua sobrevivncia este mecanismo a regulao trmica. Aregulaotrmicaseverificapraticamenteatravsdetrocastrmicas,emformade calor sensvel, Qse calor latente Ql. Ohomemcomohomeotermo(temperaturaconstante),paramanterasuatemperatura constanteefetuatrocastrmicascomoambiente.Estastrocaspodemocorrerporradiao, conveco e vaporao. O movimento do ar acelera a perda de calor por conveco, auxilia ocorpo a dissipar o calor por conduo, e aumenta a perda de calor por transpirao. 3.2.Mecanismos de Termo-Regulao Reao ao calor Comoveroexistemdificuldadesparaeliminarocalordevidoaaltatemperaturado meio.Destaforma,origina-seavasodilatao.Estaaumentaovolumedesangueacelerandoo ritmo cardaco provocando a transpirao. Reao ao frio Comofrioexistemasdificuldadesparamanterocalordevidoabaixatemperaturado meio. Desta forma origina-se a vasoconstrio. Esta provoca a diminuio do volume de sangue e do ritmo cardaco. O arrepio e o tiritar provocam atividade, gerando calor. 3.3.As Variveis de Conforto Trmico Asvariveisdeconfortotrmicoestodivididasemvariveisambientaisevariveis humanas. As variveis humanas so: - metabolismo gerado pela atividade fsica - resistncia trmica oferecida pela vestimenta E as ambientais so: - temperatura do ar; - temperatura radiante mdia; - velocidade do ar; Pgina 20 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes - umidade relativa do ar. Alm disso, variveis como sexo, idade, raa, hbitos alimentares, peso, altura etc. podem exercer influncia nas condies de conforto de cada pessoa e devem ser consideradas. 3.3.1Metabolismo Humano oprocessodeproduodeenergiainternaapartirdeelementoscombustveis orgnicos, ou seja, atravs do metabolismo, o organismo adquire energia. Porm, de toda energia produzidapeloorganismohumano,apenas20%transformadaempotencialidadedetrabalho. Os80%restantessotransformadosemcalorquedeveserdissipadoparaqueatemperatura interna do organismo seja mantida em equilbrio. Istoaconteceporqueatemperaturainternadoorganismohumanodevesermantida praticamenteconstanteem37oC(variandoentre36,1e37,2oC).Oslimitesparasobrevivncia esto entre 32 e 42 oC. Comoatemperaturainternadoorganismodevesermantidaconstante,quandoomeio apresentacondiestrmicasinadequadas,osistematermo-reguladordohomemativado, reduzindoouaumentandoasperdasdecalorpeloorganismoatravsdealgunsmecanismosde controle, como reao ao frio e ao calor. Quando o organismo, sem recorrer a nenhum mecanismo de termo-regulao, perde para oambienteocalorproduzidopelometabolismocompatvelcomaatividaderealizada,experimenta-se a sensao de conforto trmico. Atabela3.1apresentadadosrelativosaocalordissipadopelocorpoemfunoda atividade do indivduo. O metabolismo pode ser expresso em W/m2 de pele ou em Met, unidade dometabolismocujovalorunitriocorrespondeaumapessoarelaxada.Assim,1Met= 58,15W/m2 de rea de superfcie corporal. Tabela 3.1 - Taxas de metabolismo por tipo de atividade TIPO DE ATIVIDADEKcal/H SENTADO EM REPOUSO100 TRABALHO LEVE: SENTADO, MOVIMENTOS MODERADOS COM BRAO E TRONCO (EX.: DATILOGRAFIA) 125 SENTADO, MOVIMENTOS MODERADOS COM BRAOS E PERNAS. (EX.: DIRIGIR) 150 DE P, TRABALHO LEVE, EM MQUINA OU BANCADA, PRINCIPALMENTE COM OS BRAOS 150 TRABALHO MODERADO: SENTADO, MOVIMENTOS VIGOROSOS COM BRAOS E PERNAS180 DE P, TRABALHO LEVE EM MQUINA OU BANCADA, COM ALGUMA MOVIMENTAO 175 DE P, TRABALHO MODERADO EM MQUINA OU BANCADA, COM ALGUMA MOVIMENTAO 220 EM MOVIMENTO, TRABALHO MODERADO DE LEVANTAR OU EMPURRAR 300 TRABALHO PESADO: TRABALHO INTERMITENTE DE LEVANTAR, EMPURRAR OU ARRASTAR PESOS (EX.: REMOO COM P) 440 TRABALHO FATIGANTE550 3.3.2A vestimenta Avestimentaequivaleaumaresistnciatrmicainterpostaentreocorpoeomeio,ou seja,elarepresentaumabarreiraparaastrocasdecalorporconveco.Avestimentafunciona como isolante trmico, pois mantm junto ao corpo uma camada de ar mais aquecido ou menos aquecido,conformesejamaisoumenosisolante,conformeseuajusteaocorpoeaporodo corpo que cobre. Pgina 21 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes Em climas secos (desertos), onde se atinge elevadas temperaturas, poderia-se pensar que aausnciaderoupaspoderiagarantircondiesmaisconfortveisparaoshabitantesdestas regies. No entanto, em climas secos, vestimentas adequadas podem manter a umidade advinda doorganismopelatranspiraoeevitaradesidratao.Avestimentareduzoganhodecalor relativoradiaosolardireta,asperdasemcondiesdebaixoteordeumidadeeefeito refrigerador do suor. Avestimentareduztambmasensibilidadedocorposvariaesdetemperaturaede velocidade do ar. Sua resistncia trmica depende do tipo de tecido, da fibra, do ajuste ao corpo, e deve ser medida atravs das trocas secas relativas a quem usa. Sua unidade o clo, originada de clothes. Assim: 1 clo = 0,155 m2.oC/W = 1 terno completo. A tabela 2 apresenta o ndice de resistncia trmica (Icl) para as principais peas de roupa, sendoqueondicederesistnciatrmica(I)paraavestimentadeumapessoaser,segundoa ISO 7730 (1994), o somatrio de Icl (figura 3), ou seja, I = Icl Tabela 3.2. ndice de resistncia trmica para vestimentas segundo ISO 7730 (1994). Vestimenta ndice de resistncia trmica Icl (clo) Meia cala 0,10 Meia fina 0,03 Meia grossa 0,05 Calcinha e suti 0,03 Cueca 0,03 Cueco longo 0,10 Camiseta de baixo 0,09 Camisa de baixo mangas compridas 0,12 Camisa manga curta 0,15 Camisa fina mangas comprida 0,20 Camisa manga comprida 0,25 Camisa flanela manga comprida 0,30 Blusa com mangas compridas 0,15 Saia grossa 0,25 Vestido leve 0,15 Vestido grosso manga comprida 0,40 Jaqueta 0,35 Cala fina 0,20 Cala mdia 0,25 Cala flanela 0,28 Sapatos 0,04 3.3.3Temperatura do ar Atemperaturadoaraprincipalvariveldoconfortotrmico.Asensaodeconforto baseia-senaperdadecalordocorpopelodiferencialdetemperaturaentreapeleeoar, complementadapelosoutrosmecanismostermo-reguladores.Ocalorproduzidopelocorpo atravsdometabolismoesuasperdassomenoresquandoetemperaturadoarestaltaou maiores quando a temperatura est mais baixa. A diferena de temperatura entre dois pontos no ambiente provoca a movimentao do ar, chamadadeconveconatural:apartemaisquentetorna-semaisleveesobeenquantoamais fria, desce, proporcionando uma sensao de resfriamento do ambiente. Atemperaturadoar,chamadadetemperaturadebulboseco,TBS,costumasermedida comatemperaturadebulbomidoatravsdopsicrmetrogiratrio.Atemperaturadebulbo midomedidacomumtermmetrosemelhanteaousadoparamediraTBS,pormcomum Pgina 22 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes tecidonobulbodotermmetrodeformaqueaumidadesejaconsiderada.Esteparformao psicrmetrogiratrio,ouparpsicromtrico.Ogiromanualdopsicrmetro,quepodeser substitudo por um pequeno ventilador, visa retirar a umidade excessiva do tecido que envolve o bulbodeformaqueTBUpossasermedidasobosefeitosnaturaisdaperdadecalorpara evaporao da gua do tecido. Assim, a TBU sempre menor que TBS. Paraoconforto,interessanteconhecertambmatemperaturaoperativaouefetiva.A temperaturaoperativaresumeasperdasdatemperaturadocorpo,queestsubmetidoaum ambiente real com efeitos desiguais por todos os lados. A temperatura operativa ou efetiva uma temperaturatericaqueprovocaumaperdadecalorequivalenteatodososfenmenosque provocam esta perda caso o corpo estivesse em um ambiente imaginrio submetido apenas a uma temperatura homognea. 3.3.4Temperatura radiante Atemperaturaradiantemdiarepresentaatemperaturauniformedeumambiente imaginrionoqualatrocadecalorporradiaoigualaoambienterealnouniforme.A temperatura radiante medida com o termmetro de globo (figura 3.2) Figura 3.2. Termometros de globo, utilizados para medio da temperatura de radiante. 3.3.5Velocidade do ar A velocidade do ar, que costuma ser abaixo que 1m/s, ocorre em ambientes internos sem necessariamenteaaodiretadovento.Oarsedeslocapeladiferenadetemperaturano ambiente,ondeoarquentesobeeoarfriodesce(conveconatural).Quandooarsedesloca pormeiosmecnicos,comoumventilador,ocoeficientedeconvecoaumenta,aumentandoa sensaodeperdadecalor(convecoforada).Odeslocamentodoartambmaumentaos efeitosdaevaporaonocorpohumano,retirandoaguaemcontatocomapelecommais eficincia e assim, reduzindo a sensao de calor. H vrios tipos de anemmetros para medio da velocidade do ar, como o anemmetro giratrio,formadoporhlicesquesedeslocamcomomovimentodoar(maisapropriadopara mediravelocidadedovento)ouotermo-anemmetro,maissensvelerecomendadopara medies de velocidade do ar no ambiente interno. 3.3.6Umidade relativa do ar A umidade caracterizada pela quantidade de vapor dgua contido no ar. Este vapor se forma pela evaporao da gua, processo que supe a mudana do estado lquido ao gasoso, sem modificao da sua temperatura. Pgina 23 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes Oar,aumadeterminadatemperatura,somentepodeconterumacertaquantidadede vapor de gua. Quando chegamos a esse valor mximo dizemos que o ar est saturado. Ultrapassadoestelimite,ocorreacondensao,noqualovaporexcedentepassaao estado lquido, provocando o aumento da temperatura da superfcie onde ocorre a condensao. Estesprocessosdolugaraumaformaparticulardetransfernciadecalor:umcorpo perde calor por evaporao que ser ganho por aquele no qual se produz a condensao. Aumidadedoar conjuntamentecomavelocidadedo arintervmnaperdadecalorpor evaporao. Como aproximadamente 25% da energia trmica gerada pelo organismo eliminada sobaformadecalorlatente(10%porrespiraoe15%portranspirao)importantequeas condies ambientais favoream estas perdas. medidaqueatemperaturadomeioseeleva,dificultandoasperdasporconvecoe radiao,oorganismoaumentasuaeliminaoporevaporao.QuantomaioraUR,umidade relativa,menoraeficinciadaevaporaonaremoodocalor.Istomostraaimportnciade uma ventilao adequada. Porm, quando a temperatura do ar superior a da pele, a pessoa estaria ganhando calor porconveco.Mas,aomesmotemposeproduzumfenmenodeefeitocontrrio,jquea circulao do ar acelera as perdas por evaporao. No momento em que o balano comea a ser desfavorvel, ou seja, quando apenas ganharamos calor, a umidade do ar torna-se importante. Se o ar est saturado, a evaporao no possvel, o que faz a pessoa comear a ganhar mais calor assim que a temperatura do ar seja superior a da pele. No caso em que o ar est seco, as perdas continuam ainda com as temperaturas mais elevadas. Assim, a umidade absoluta representa o peso de vapor dgua contido em uma unidade de massadear(g/kg)eaumidaderelativa,arelaoentreaumidadeabsolutadoareaumidade absoluta do ar saturado para a mesma temperatura.3.4.ndices de Conforto Comointuitodeavaliaroefeitoconjuntodasvariveisdeconfortotrmico,alguns pesquisadores sugerem diferentes ndices de conforto trmico. Deformageral,estesndicessodesenvolvidosfixandoumtipodeatividadeea vestimentadoindivduopara,apartirda,relacionarasvariveisdoambienteereunir,soba formadecartasounomogramas,asdiversascondiesambientaisqueproporcionamrespostas iguais por parte dos indivduos. Existemvriosndicesdeconfortotrmico,porm,parafinsdeaplicaoscondies ambientaiscorrentesnosedifcioseparaascondiesclimticasbrasileiras,serapresentado apenas o voto mdio predito. 3.4.1O voto mdio predito EstemtodofoidesenvolvidoporFanger(FANGER,1972)econsideradoomais completo dos ndices de conforto pois analisa a sensao de conforto em funo das 6 variveis. Faz uma relao das 6 unidades com o voto mdio predito (PMV Predicted Mean Vote) deste comaporcentagemdepessoasinsatisfeitas(PPDPredictedPercentageofDissatisfied).o mtodo usado na ISO 7730. Esteprevovotodeumgrandegrupodepessoasatravsdaescalamostradanatabela 3.3. Tabela 3.3 - Escala trmica de Fanger. Escala Sensao +3 muito quente +2 quente +1 levemente quente 0 neutro -1 levemente frio -2 frio -3 muito frio Pgina 24 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes Porm,estendicedeveserusadoapenasparavaloresentre2e+2,poisacimadestes limitesteramosaproximadamentemaisde80%daspessoasinsatisfeitas(ISO7730,1984), como pode-se perceber na figura 3.3. Figura 3.3 - Relao entre a sensao trmica previsvel e a percentagem de insatisfao trmica Devido as diferenas individuais difcil especificar um ambiente trmico que satisfaa a todos,semprehaverumapercentagemdeinsatisfeitos.SegundoaISO7730,umambiente considerado termicamente aceitvel quando PPD < 10%, ou seja, -0,5 < PMV < +0,5. 3.5.Zona de Conforto A temperatura efetiva de mximo conforto est relacionada com as condies de despesa mnima de energia do organismo, a qual, conforme vimos, se verifica quando o mesmo no tem delutarcontraofrioouocalor.Essascondies,ditasdeneutralidadetrmica,dependemdos mesmos fatores que influem sobre o metabolismo, de modo que, na realidade, no podemos falar de uma temperatura efetiva de mximo conforto, mas sim de uma zona de conforto. Assim, d-se onomedezonadeconfortoaoconjuntodecondiesdistintasdoar,caracterizadasnaCarta Psicromtrica,capazdeproporcionarsensaesdebem-estarconsideradascomotimaparaa maioriadaspessoas.Talzona,almdeterlimitesvariveisdepessoaparapessoa,stendo sentido como elemento estatstico, varia com o vesturio, atividade, clima, estao do ano, idade, sexo, etc. Figura 3.4 Zona de Conforto na Carta Psicromtrica Pgina 25 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes Azonadeconforto,determinada estatisticamenteporvrios experimentadores,paraosE.U.A.,tem comolimitesdetemperaturasefetivas, mnimo18.5Cemximo24.5C, correspondendoovalormeioparao confortodeinverno,a20Ceovalor mdioparaoconfortodeveroa22C. Quantoumidade,ograuhigromtrico deveestarcompreendidoentre40e60 %afimdepermitirumaboaregulao trmica no caso de variao de atividade orgnica. Paraaescolhadatemperatura efetivadeconfortoparaoverodeve ser,entretanto,levadoemcontaaindao choquedaspessoasaoentraremnos recintosrefrigerados,devidorpida evaporaodosuoracumuladonas roupas e pele, devido ao calor e umidade exteriores.Assim,almdeuma diferenadetemperaturados termmetros secos interior e exterior mxima aconselhvel de 8C, deve ser julgada satisfatria parapessoasquepermanecemnorecintoporespaodetempopequenos,umatemperatura efetivasuperiorindicadacomodemximoconforto,enquantoque,parapessoasque permanecem no recinto por espaos de tempo superiores a 40min., a temperatura efetiva indicada deve estar situada na zona correspondente ao mximo conforto. Velocidade do ar m/s Sensao de resfriamento equivalente 0,10 oC (ar parado) 0,31 oC 0,72 oC 1,03 oC 1,64 oC 2,25 oC 3,06 oC 4,57 oC 6,58 oC A figura 3.4 apresenta o grfico que permite conhecer as zonas de conforto ou bem estar noveroenoinverno,supondooarparado,partindodastemperaturasdebulbosecoebulbo mido. Tambmpode-seusarogrficodeHoughten(figura3.5)comomesmoobjetivodo anterior. Para o Brasil, onde o metabolismo, de um modo geral, inferior ao verificado nos EUA, a zona de conforto deve apresentar, para limite mnimo, uma temperatura efetiva superior, sendo indicado pelas normas brasileiras NBR-6401. Figura 3.5 Zona de Conforto Pgina 26 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes Figura 3.6 Zona de Conforto Pgina 27 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes 4CARGA TRMICA Cargatrmicaaquantidadedecalorquedeveserretiradaoufornecidaaumlocalou sistema, na unidade de tempo, objetivando a manuteno de determinadas condies trmicas. Nocaso,comoaobtenodascondiesdeconfortoseromantidasporsistemade ventilao, sero consideradas apenas as parcelas de calor sensvel: devido as Pessoas, Insolao (radiao solar); Conduo pelas paredes, pisos, janelas, tetos e etc; Iluminao; Equipamentos. Condicionamento de Ar Insolao Conduo Pessoas Infiltrao de Ar Renovao de ar IluminaoEquipamento Carga trmica de Aquecimentos: Conduo Infiltrao de Ar Parcela a Diminuir Pe sso asI l umi na c aoE qu ip ame n to s (QueAjudamno Aquecimento) Pgina 28 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes 4.1.Carga trmica pelo fechamento opaco Esta uma parcela de calor sensvel transmitido atravs das superfcies opacas que limitam o ambiente por conduo e insolao. FO FO FOA q Q = Onde ] / [ ) . . (2m W T R I U qse FO + = 2m em opaca superfcie da total rea =FOA 4.2.Carga de conduo pelo fechamento transparente (vidro) Estaumaparceladecalorsensveltransmitidoatravsdassuperfciesquelimitamo ambiente por conduo. A A AA q Q = Onde: ] / [2m W T U qA =2m em Vidro de Aberturas de total rea =AA 4.3.Carga devido a irradiao solar pelo vidro:Esta uma parcela de calor sensvel devido a energia de radiao solar ganho pelo vidro. S S SA q Q = Onde: ] / [2m W I F qS S = 2m em insolao recebe que Vidro de Aberturas de total rea =SA4.4.Carga trmica devido pessoas:Parceladecalorsensvelecalorlatenteliberadapelosocupantesdoambienteeque variam com a temperatura e a atividade do indivduo. n q Qo O = nnodeocupantesdoambiente(densidadedeocupaoindicadanaTab.2da Parte 3 da NBR-6401). qo calor liberado por pessoa e p/ hora (Tab. B.1 parte 1 da NBR-6401). 4.5.Carga trmica devido a iluminao:Calor dissipado pelas luminrias. No caso da lmpadas incandescentes s somar a carga totalinstaladadelmpadas.Jparaaslmpadasfluorescentesdeveserusadoasseguintes frmulas. l r IQ Q Q + = Onde: z q Qr r = 01 CT a ver tabel reatores, nos energia de Perda =rqreatores de Nmero = zx q Ql l = Lmpadas das Potncia =lqlmpadas de Nmero = x(A Tab. B.2 da NBR-6401 traz taxas tpicas de dissipao de calor pela iluminao para ambientes) Pgina 29 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes 4.6.Carga trmica devido aos equipamentosAparceladecalordevidoaosequipamentosrealizadasomando-seapotnciados equipamentos instalados (em W) e que normalmente permanecem ligados. n Eq q q Q + + = ...2 1 (VerTabelas B.3 a B.10 da NBR-6401). 4.7.Carga devido ao ar exterior:aparceladecalortrocadodevidoaoarexteriorqueseintroduznoambienteatravs das frestas; portas ou para renovao do ar no ambiente, sendo uma partecalor sensvel e outra latente. h . . = V QAR ParaarcondicionadoaPortariano3523/98doMinistriodaSadefixa renovao de ar exterior em 27 m3/pessoa. Ver Tabela 1 da Parte 3 da NBR-6401; Peso especfico do ar 1,2 kg /m3 h a diferena de entalpia do ar exterior e o ar interior do ambiente (atravs da carta psicromtrica) CARGA TRMICA TOTAL A carga trmica total do ambiente ser : AR E I O S A FOQ Q Q Q Q Q Q CT + + + + + + = Pgina 30 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes Parmetros de conforto fixados pela NBR 6401 Vero (roupa tpica 0,5 clo) Temperatura operativa e umidade relativa dentro da zona delimitada por : 22,5 C a 25,5 C e umidade relativa de 65 % 23,0 C a 26,0 C e umidade relativa de 35 % A velocidade mdia do ar (no direcional) na zona de ocupao no deve ultrapassar: 0,20 m/s para distribuio de ar convencional (grau de turbulncia 30 % a 50 %) 0,25 m/s para distribuio de ar por sistema de fluxo de deslocamento (grau de turbulncia inferior a 10 %) Inverno (roupa tpica 0,9 clo) Temperatura operativa e umidade relativa dentro da zona delimitada por : 21,0 C a 23,5 C e umidade relativa de 60 % 21,5 C a 24,0 C e umidade relativa de 30 % A velocidade mdia do ar (no direcional) na zona de ocupao no deve ultrapassar: 0,15 m/s para distribuio de ar convencional (grau de turbulncia 30 % a 50 %) 0,20 m/s para distribuio de ar por sistema de fluxo de deslocamento (grau de turbulncia inferior a 10 %) Pgina 31 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes Tabela D.3 - Transmitncia, capacidade trmica e atraso trmico para algumas paredes. ParedeDescrioU [W/(m2.K)]CT [kJ/(m2.K)] [horas] Parede de concreto macio Espessura total da parede: 5,0 cm 5,04 120 1,3 Parede de concreto macio Espessura total da parede: 10,0 cm 4,40 240 2,7 Parede de tijolos macios aparentes Dimens. tijolo: 10,0x6,0x22,0 cm Espessura arg. de assent.: 1,0 cm Espessura total da parede: 10,0 cm 3,70 149 2,4 Parede de tijolos 6 furos quadrados, assentados na menor dimenso Dimens. tijolo: 9,0x14,0x19,0 cm Espessura arg. de assent.: 1,0 cm Espessura arg. de emboo: 2,5 cm Espessura total da parede: 14,0 cm 2,48 159 3,3 Parede de tijolos 8 furos quadrados, assentados na menor dimenso Dimens. tijolo: 9,0x19,0x19,0 cm Espessura arg. de assent.: 1,0 cm Espessura arg. de emboo: 2,5 cm Espessura total da parede: 14,0 cm 2,49 158 3,3 Pgina 32 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes Tabela D.3 - Transmitncia, capacidade trmica e atraso trmico para algumas paredes. ParedeDescrioU[W/(m2.K)]CT [kJ/(m2.K)] [horas] Parededetijolosde8furos circulares,assentadosnamenor dimenso Dimens. tijolo: 10,0x20,0x20,0 cm Espessura arg. de assent.: 1,0 cm Espessura arg. de emboo: 2,5 cm Espessura total da parede: 15,0 cm 2,24 167 3,7 Parededetijolosde6furos circulares,assentadosnamenor dimenso Dimens. tijolo: 10,0x15,0x20,0 cm Espessura arg. de assent.: 1,0 cm Espessura arg. de emboo: 2,5 cm Espessura total da parede: 15,0 cm 2,28 168 3,7 Parede com 4 furos circulares Dimensesdotijolo:9,5x9,5x20,0 cm Espessura arg. de assentamento: 1,0 cm Espessura arg. de emboo: 2,5 cm Espessura total da parede: 14,5 cm 2,49 186 3,7 Parededeblocoscermicosde3 furos Dimensesdobloco: 13,0x28,0x18,5 cm Espessura arg. assentam.: 1,0 cm Espessura arg. de emboo: 2,5 cm Espessura total da parede: 18,0 cm 2,43 192 3,8 Parededetijolosmacios, assentados na menor dimenso Dimenses dotijolo:10,0x6,0x22,0 cm Espessura arg. de assentamento: 1,0 cm Espessura arg. de emboo: 2,5 cm Espessura total da parede: 15,0 cm 3,13 255 3,8 Parededeblocoscermicosde2 furos Dimensesdobloco: 14,0x29,5x19,0 cm Espessura arg. de assentamento: 1,0 cm Espessura arg. de emboo: 2,5 cm Espessura total da parede: 19,0 cm 2,45 203 4,0 Parededetijoloscom2furos circulares Dimenses dotijolo:12,5x6,3x22,5 cm Espessura arg. de assentamento: 1,0 cm Espessura arg. de emboo: 2,5 cm Espessura total da parede: 17,5 cm 2,43 220 4,2 continua Pgina 33 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes Tabela D.3 - Transmitncia, capacidade trmica e atraso trmico para algumas paredes. ParedeDescrioU[W/(m2.K)]CT [kJ/(m2.K)] [horas] Parededetijolosde6furos quadrados,assentadosnamaior dimensoDimens. tijolo: 9,0x14,0x19,0 cm Espessura arg. assentam.: 1,0 cm Espessura arg. de emboo: 2,5 cm Espessura total da parede: 19,0 cm 2,02 192 4,5 Parededetijolosde21furos circulares,assentadosnamenor dimenso Dimens. tijolo: 12,0x11,0x25,0 cm Espessura arg. de assent.: 1,0 cm Espessura arg. de emboo: 2,5 cm Espessura total da parede: 17,0 cm 2,31 227 4,5 Parededetijolosde6furos circulares,assentadosnamaior dimenso Dimens. tijolo: 10,0x15,0x20,0 cm Espessura arg. de assent.: 1,0 cm Espessura arg. de emboo: 2,5 cm Espessura total da parede: 20,0 cm 1,92 202 4,8 Parededetijolosde8furos quadrados,assentadosnamaior dimenso Dimens. tijolo: 9,0x19,0x19,0 cm Espessura arg. de assent.: 1,0 cm Espessura arg. de emboo: 2,5 cm Espessura total da parede: 24,0 cm 1,80 231 5,5 Parededetijolosde8furos circulares,assentadosnamaior dimenso Dimens. tijolo: 10,0x20,0x20,0 cm Espessura arg. de assent.: 1,0 cm Espessura arg. de emboo: 2,5 cm Espessura total da parede: 25,0 cm 1,61 232 5,9 Parededupladetijolosde6furos circulares,assentadosnamenor dimensoDimens. tijolo: 10,0x15,0x20,0 cm Espessura arg. de assent.: 1,0 cm Espessura arg. de emboo: 2,5 cm Espessura total da parede: 26,0 cm 1,52 248 6,5 Parededupladetijolosmacios, assentados na menor dimenso Dimens. tijolo: 10,0x6,0x22,0 cm Espessura arg. de assent.: 1,0 cm Espessura arg. de emboo: 2,5 cm Espessura total da parede: 26,0 cm 2,30 430 6,6 continua Pgina 34 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes Tabela D.3 - Transmitncia, capacidade trmica e atraso trmico para algumas paredes. ParedeDescrioU[W/(m2.K)]CT [kJ/(m2.K)] [horas] Parededetijolosmacios, assentados na maior dimenso Dimens. tijolo: 10,0x6,0x22,0 cm Espessura arg. de assent.: 1,0 cm Espessura arg. de emboo: 2,5 cm Espessura total da parede: 27,0 cm 2,25 445 6,8 Parededupladetijolosde21furos circulares,assentadosnamenor dimenso Dimens. tijolo: 12,0x11,0x25,0 cm Espessura arg. de assent.: 1,0 cm Espessura arg. de emboo: 2,5 cm Espessura total da parede: 30,0 cm 1,54 368 8,1 Parededupladetijolosde6furos circulares,assentadosnamaior dimenso Dimens. tijolo: 10,0x15,0x20,0 cm Espessura arg. de assent.: 1,0 cm Espessura arg. de emboo: 2,5 cm Espessura total da parede: 36,0 cm 1,21 312 8,6 Parededupladetijolosde8furos quadrados,assentadosnamaior dimensoDimens. tijolo: 9,0x19,0x19,0 cm Espessura arg. de assent.: 1,0 cm Espessura arg. de emboo: 2,5 cm Espessura total da parede: 44,0 cm 1,12 364 9,9 Parededupladetijolosde8furos circulares,assentadosnamaior dimenso Dimens. tijolo: 10,0x20,0x20,0 cm Espessura arg. de assent.: 1,0 cm Espessura arg. de emboo: 2,5 cm Espessura total da parede: 46,0 cm 0,98 368 10,8

Pgina 35 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes Tabela D.4 - Transmitncia, capacidade trmica e atraso trmico para algumas coberturas CoberturaDescrioU[W/(m2.K)]CT [kJ/(m2.K)] [horas] Coberturadetelhadebarrosem forro Espessura da telha: 1,0 cm 4,55 18 0,3 Cobertura de telha de fibro-cimento sem forro Espessura da telha: 0,7 cm 4,60 11 0,2 Coberturadetelhadebarrocom forro de madeira Espessura da telha: 1,0 cm Espessura da madeira: 1,0 cm 2,00 32 1,3 Cobertura de telha de fibro-cimento com forro de madeira Espessura da telha: 0,7 cm Espessura da madeira: 1,0 cm 2,00 25 1,3 Coberturadetelhadebarrocom forro de concreto Espessura da telha: 1,0 cm Espessura do concreto: 3,0 cm 2,24 84 2,6 Cobertura de telha de fibro-cimento com forro de concreto Espessura da telha: 0,7 cm Espessura do concreto: 3,0 cm 2,25 77 2,6 Coberturadetelhadebarrocom forro de laje mista Espessura da telha: 1,0 cm Espessura da laje: 12,0 cm Rt(laje) = 0,0900 (m2.K/W) CT(laje) = 95 kJ/(m2.K) 1,92 113 3,6 Cobertura de telha de fibro-cimento com forro de laje mista Espessura da telha: 0,7 cm Espessura da laje: 12,0 cm Rt(laje) = 0,0900 (m2.K/W) CT(laje) = 95 kJ/(m2.K) 1,93 106 3,6 Coberturadetelhadebarrocom laje de concreto de 20 cm Espessura da telha: 1,0 cm 1,84 458 8,0 Cobertura de telha de fibro-cimento com laje de concreto de 20 cm Espessura da telha: 0,7 cm 1,99 451 7,9 Coberturadetelhadebarrocom laje de concreto de 25 cm Espessura da telha: 1,0 cm 1,75 568 9,3 Cobertura de telha de fibro-cimento com laje de concreto de 25 cm Espessura da telha: 0,7 cm 1,75 561 9,2 Coberturadetelhadebarro,lmina dealumniopolidoeforrode madeira Espessura da telha: 1,0 cm Espessura da madeira: 1,0 cm 1,11 32 2,0 continua

Pgina 36 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes Tabela D.4 - Transmitncia, capacidade trmica e atraso trmico para algumas coberturas CoberturaDescrioU[W/(m2.K)]CT [kJ/(m2.K)] [horas] Coberturadetelhadefibro-cimento,lminadealumniopolido e forro de madeira Espessura da telha: 0,7 cm Espessura da madeira: 1,0 cm 1,16 25 2,0 Coberturadetelhadebarro,lmina dealumniopolidoeforrode concreto Espessura da telha: 1,0 cm Espessurado concreto: 3,0 cm 1,18 84 4,2 Coberturadetelhadefibro-cimento,lminadealumniopolido e forro de concreto Espessura da telha: 0,7 cm Espessura do concreto: 3,0 cm 1,18 77 4,2 Coberturadetelhadebarro,lmina dealumniopolidoeforrodelaje mista Espessura da telha: 1,0 cm Espessura da laje: 12,0 cm Rt(laje) = 0,0900 (m2.K/W) CT(laje) = 95 kJ/(m2.K) 1,09 113 5,4 Coberturadetelhadefibro-cimento,lminadealumniopolido e forro de laje mista Espessura da telha: 0,7 cm Espessura da laje: 12,0 cm Rt(laje) = 0,0900 (m2.K/W) CT(laje) = 95 kJ/(m2.K) 1,09 106 5,4 Coberturadetelhadebarro,lmina dealumniopolidoelajede concreto de 20 cm Espessura da telha: 1,0 cm 1,06 458 11,8 Coberturadetelhadefibro-cimento,lminadealumniopolido e laje de concreto de 20 cm Espessura da telha: 0,7 cm 1,06 451 11,8 Coberturadetelhadebarro,lmina dealumniopolidoelajede concreto de 25 cm Espessura da telha: 1,0 cm 1,03 568 13,4 Coberturadetelhadefibro-cimento,lminadealumniopolido e laje de concreto de 25 cm Espessura da telha: 0,7 cm 1,03 561 13,4 Cobertura de telha de barro com 2,5 cmdeldevidrosobreoforrode madeira Espessura da telha: 1,0 cm Espessura da madeira: 1,0 cm 0,95 33 2,3 Cobertura de telha de barro com 5,0 cmdeldevidrosobreoforrode madeira Espessura da telha: 1,0 cm Espessura da madeira: 1,0 cm 0,62 34 3,1 Notas: 1)As transmitncias trmicas e os atrasos trmicos das coberturas so calculados para condies de vero (fluxo trmico descendente). 2)Deve-seatentarque,apesardasemelhanaentreatransmitnciatrmicadacoberturacomtelhasdebarroeaquelacomtelhasdefibrocimento,odesempenhotrmico proporcionadoporestasduascoberturassignificativamentediferentepoisastelhasdebarrosoporosasepermitemaabsorodegua(dechuvaoudecondensao).Este fenmeno contribui para a reduo do fluxo de calor para o interior da edificao, pois parte deste calor ser dissipado no aquecimento e evaporao da gua contida nos poros da telha. Desta forma, sugere-se a utilizao de telhas de barro em seu estado natural, ou seja, isentas de quaisquer tratamentos que impeam a absoro de gua. Pgina 37 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes Pgina 38 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes Pgina 39 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes Pgina 40 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes Pgina 41 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes Pgina 42 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes Pgina 43 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes Pgina 44 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes Pgina 45 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes Tabela CT 01 Perda de Energia em Reatores Pgina 46 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes Pgina 47 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes

Tabela 4.7 Valores mdios de Carga Trmica por tipo de ambiente APLICAOm2/TR Escritrios grandes23 - 27 Escritrios pequenos20 - 24 Apartamentos (1,0 qto., 2,0 qto.)25 - 32 Salas de aula 18 - 21 Lojas de departamento 16 - 20 Quartos de hospital 20 - 24 Quartos de hotel 20 - 24 Auditrios (TR/pessoa) 0,09 - 0,12 Bancos (rea de pblico)18 23 Confeco (indstria) 18 21 Igreja (TR/pessoa) 0,07 - 0,10 Boliche (TR/pista)1,5 - 2,5 Motel (quartos)18 - 21 Residncias28 - 39 Lojas de variedades16 - 21 Supermercados20 - 28 Salas de coquetel 13 18 Centro mdico 20 24 Posto telefnico14 24 CPD 4 14 Restaurantes9 - 20 1TR = 3.516 W Pgina 48 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes 5VENTILAO 5.1.Conceituao D-se o nome de ventilao ao processo de renovar o ar de um recinto, podendo ter como finalidade controlar a pureza e o deslocamento do ar, podendo tambm controlar a temperatura e umidade. Modernamenteoconceitodeventilaoest maisabrangente,comvistasaum controle efetivo dos poluentizadores tambm em ambiente aberto ou no confinado. Nocampodahigienedotrabalho,aventilaotemfinalidadedeproveroconforto trmico, evitar a disperso, diluir a concentrao e purificar o ar, de modo a minimizar o efeito doscompartimentosareos.Assimsendo,aventilaoummtododeevitardoenas profissionaisoriundasdapoluioarea,mantendoosaerodispersidesnocivosem concentraesbaixascompatveiscomasade.Permiteamanutenodaconcentraodos gases,vaporesepoeirasexplosivasouinflamveisforadasfaixasdeinflamabilidadee explosividade. A ventilao permite controlar, rigorosamente, a pureza, a velocidade e a distribuio do ar, e, aproximadamente, a temperatura, umidade e as irradiaes. Alm de remover ou atenuar os efeitos do elemento contaminante, o controle da poluio por meio de ventilao requer o contaminante, muitas vezes, depois de captados, sejam coletados dando o destino devido de modo a no contaminar a atmosfera, rios ou lagos. Torna-se necessrio insistir que a ventilao industrial no visa to somente o controle de confinadosounolimitedosmesmos.Objetivatambmimpedirolanamentonaatmosferade fumaas,poeiras,gases,materialparticuladoslidoosquaispodemcontaminaroardas adjacncias e at mesmo locais relativamente afastados. 5.2.Composio do ar Acomposioaproximadadoar,sobtrsdiferentescondies,dadanatabela5.1a seguir, considerando-se ar limpo e isento de poluentes em geral. Tabela 5.1 Composio do Ar ComponenteAr externo (seco)Ar interno (21 C, U.R.50%) Ar expirado (36 C, U.R. 100%) Gs inertes79,0078,0075,00 Oxignio20,9720,6916,00 Vapor dgua0,001,255,00 Dixido de carbono0,030,064,00 Geralmenteoarambientenotemamesmacomposiodoarpuro,podendotornar-se inadequados respirao. Existem limites admissveis do ar ambiente: -Para presses muito baixas (altitude de 3.300m) a respirao torna-se difcil. -Devidoaodesprendimentodecalorevapordeguaefetuadopelocorpohumanoe outrosequipamentos,aumentorapidamenteetemperaturaeumidadedoambiente, dificultando o metabolismo humano. -Ondicedeoxigniorecomendadoparaarespiraode14%,poispara10%de oxignio verifica-se asfixia e com 7% a morte. Existem vrias causas da contaminao do ar: -Pessoas e animais reduzem O2 e exalam microorganismo -Combusto e iluminao consomem O2 e produzem gases -Automveis consomem O2 e produzem gases -Fumantes -Indstrias Pgina 49 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes 5.3.Necessidades humanas de ventilao Aventilaoderesidncias, espaoscomerciaiseescritrios enecessriapara controlar odores corporais, fumaa de cigarro, odores da cozinha e outras impurezas odorficas e no para manteraquantidadenecessriadeoxignioouremoveroDixidodecarbonoproduzidopela respirao.Issoverdadeiro,poisaconstruopadrodeedifciosparaocupaohumanano podeprevenirainfiltraoouasadadequantidadesdear,mesmoquandotodasasjanelas, portas e aberturas no forro estiverem fechadas. O consumo normal de ar para um homem adulto com peso de 68,5 Kg o seguinte: Em repouso Trabalho leve Trabalho pesado 7,40 l / min 28,00 l / min 40,00 l / min Um adulto, executando trabalhos pesados, respira at cerca de 40 litros de ar por minuto, consumindo 02 litros de oxignio e exalando 1,7 litro de Dixido de carbono, aproximadamente. Mackeyofereceuumainteressanteanlisesobreasalteraesfsicasequmicasque ocorrem em ambiente interno como resultado da ocupao humana, qual seja: Umadultoconsomeemumminuto5,6m3deoxignioeproduzcercade0,5m3de Dixidodecarbono.A21Cperdeemumahoracercade75kcaldecalorsensvelecercade 0,045 kg de vapor de dgua. Assumindo, para simplificao que essas taxas permaneam constantes, pode-se imaginar o seguinte caso: Umadultoconfinadoemumambientecompletamentevedadoeisoladotermicamente com aproximadamente 30 m3, uma temperatura de 21C, est em situao de repouso; em menos de duas horas, modificar o ambiente de tal modo que a temperatura aumentar para 37C. Na mesma situao sero necessrias 75 horas para reduzir o oxignio 16% e aumentar oDixidodecarbonopara5%,e,paraocaso,aalteraofsicadevidoatemperaturamais perigosa que a alterao qumica. Umareduodeoxignioparavaloresentre16e20%ocasionadificuldadederespirar; entre11e16%produzdoresdecabea,eentre8a10%,nsiadevmitoseperdade conscincia. Oaratmosfricocontm,almdeoxignio,azoto,gasesraroshidrognio,Dixidode carbonoevapordgua,materiais emsuspenso.Osmateriaisemsuspensoquese encontram normalmenteno ar formadoporpequenaquantidadedepoeiradeorigemmineral,vegetalou animal, alm de bactrias e os chamados de odores, desagradveis ou no ao olfato. Acimadecertaconcentrao,essassubstncias,passamaconstituirospoluentesou contaminantes ocasionando prejuzos sade humana e danos ecolgicos. 5.4.Conseqncias da poluio do ar As conseqncias de uma poluio do ar em larga escala, dependendo evidentemente dos poluentizadores,podemmanifestar-seemformadedoenasgravesentreasquaispodemos mencionar: - enfisema pulmonar e outras afeces broncopulmonares - hipertenso arterial - doenas do fgado - doena dos olhos e irritao de mucosas - doena do sistema nervoso central - dermatites - cncer de pele - cncer do sangue (leucemia) - anomalias congnitas - alterao de fertilidade no homem e na mulher Os conhecimentos da Medicina estabelecem nveis de conforto, de poluio e dos limites de tolerncia do organismo para um grande nmero de substncias, cabe a Engenharia encontrar e explicar a soluo adequada para que os limites de segurana sejam respeitados. Pgina 50 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes 5.5.Contaminantes do ArAspartculasdemateriaisslidos,lquidoseorganismosvivosmicroscpicos,formam comomeiogasosooquesedenominadeaerossol.Pode-sedefiniraerossolcomoumsistema constitudospormeiosdedispersoondeseencontrampartculasslidas,liquidasou microorganismos, sendo conhecido tambm aerodispersides. So formados como resultados de pulverizao,atomizaodeslidosoulquidos,outransfernciadepoeiras,plenebactrias, para o estado de suspenso em virtudes de ao das correntes de ar. Podemserconsideradoscomocontaminantes,substanciasquenormalmenteexistemna composiodoar,quandoelesexcedemdeterminadosteoresouconcentraes,passandoa oferecer risco maiorou menor sade daqueles que se expem atempo considervel ao ar que as contm. 5.5.1Principais contaminantes 5.5.1.1Fumos Osfumossopartculasslidas,emgeralcomdimetrosinferioresa10,chegando mesmoa1(1mcron=0,001mm).Resultamdacondensaodepartculasemestadogasoso, geralmente aps volatilizao de metais fundidos, e quase sempre acompanhada de oxidao. Os fumostendemaflocularnoar.ocasodosfumosmetlicos,comoocloretodeamnio,por exemplo. Quandoochumboderretido,ovapordechumbosublimadoemcontatocomoarse transformaemxidodechumbo,PbO,constituindopartculasslidasextremamentepequenas emsuspensonoar,isto,aerossis.EssesfumosdePbOsotxicos,venenosacumulativos, razoporque,noslinotipos,ondesofundidasligasdechumboantimnio,deve-seexecutar uma instalao de ventilao adequada. Os fumos de xidos metlicos produzem a chamada febre dos fundidores ou febre dos latoeirosquesemanifestaacompanhadadetremores,algumashorasapsaexposioao fumo. 5.5.1.2Poeiras Osaerossisnocasosoformadosporpartculasslidas,predominantemaioresqueas coloidais, com dimetros compreendidos entre 1 e 100 (Segundo o Manual da Connor, variam de 1a10) Resultamdadesintegraomecnicade substnciasinorgnicas ouorgnicas,sejapelo simplesmanuseio(embalagem),sejaemconseqnciadeoperaesdebritagem,moagem, triturao,esmerilhamento,peneiramento,usinagemmecnica,fundio,demolioetc.. Exemplo:poeirasdecarvo,slica,asbestos,algodo,papel,fibraseoutras.Aspoeirasde dimensesmaioressosvezesdesignadasporparticuladosouareiasfinas,ouainda,material fragmentado. As poeiras no tendem a flocural, exceto se submetidas a foras eletrostticas. No se difundem; ao contrrio, precipitam pela ao da gravidade.5.5.1.3Fumaa Asfumaassoaerossisconstitudosporprodutosresulatantesdacombusto incompleta de materiais orgnicos (lenha, leo combustvel, carvo, papel, cigarro etc.). As partculas possuem dimetros inferiores a 1 (ou a 0,1, segundo o Manual de Connor). 5.5.1.4Nvoas Asnvoassoaerossisconstitudosporgotculasliquidascomdimetroentre 0,1(oumesmo0,01)e100,resultantesdacondensaodevaporessobrecertosncleos,ouda dispersomecnicadelquidosemconseqnciadeoperaesdepulverizao,nebulizao, respingosetc.Exemplos:nvoadecidosulfrico,decidocrmico,detintapulverizada,de sprayetc.Asneblinasseachamcompreendidasentre1e50eseclassificamemmisteem flog, sendoas partculas de fog (cerrao, orvalho, disperses de gua ou gelo)menores que as deummist(pulverizados,atomizaes,espirrodeumapessoa etc.).Nomistocorreumabaixa concentraodepartculasliquidasdetamanhogrande.Emmeteorologia,mistindicauma leveconcentraodepartculasdeguadetamanhosuficientementegrandepraquecaim.O smongresultadereaesnaatmosferaentrecertoshidrocarbonetos,xidosdenitrognioeo Pgina 51 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes oznio, sob a ao da luz solar. Provoca irritao nos olhos, dificuldades respiratrias e reduz a visibilidade. 5.5.1.5Organismos vivos Os organismos vivos mais comuns so os plen das flores (5 a 10), os esporos de fungos (1a10)easbactrias(0,2a5oumesmoat20).Emcircunstnciasespeciaiseemgeralem locais confinados, pode ocorrer a presena de vrus (0,002 a 0,05). 5.5.1.6Gases e VaporesAlmdosaerossis,deve-selevaremconsideraoosgasesevapores,quepodem ocorrer em certos ambientes ou processos industriais, como o caso do NH3, SO2, CO, CH4, Cl e CO2 (em excesso). So considerados por alguns autores como sendo tambm aerodispersides. Gs:umdosestadosdeagregaodamatria.Nopossuiforma evolumeprpriose tendeaexpandir-seindefinidamente.temperaturaordinria,mesmosujeitaapressesfortes, no podem ser totais ou parcialmente reduzidos ao estado lquido. Vapor:Eaformagasosadamatria,aqual,temperaturaordinria,podeserreduzida total ou parcialmente ao estado lquido. 5.5.1.7Fly ash (fuligem) A fuligem composta de partculas finamente divididas de produtos de queima de carvo eleocombustvelequesocarregadasnosgasesdecombustoemgeraldefornalhase queimadores de caldeiras. 5.5.2Valores limiares da tolerncia Valor limiar da tolerncia (V L T) corresponde a uma concentrao mdia de substncias dispersas no ar de um certo ambiente de trabalho, em um determinado intervalo de tempo, e que representamcertascondiesparaasquaissepodepresumircomcertaseguranaquequase todosostrabalhadorespossamestarexpostosaessearsemqueocorramreaesadversasaos seus organismos. 5.5.2.1T L V TWA (Thershold Limit Value Time Weighted Average) Correspondeaconcentraoponderadaspelotempo,paraumajornadadetrabalhode8 horaseumasemanadetrabalhode40horasparaquaistodosostrabalhadorespodemser expostos repentinamente, dia aps dia, sem efeito adverso. 5.5.2.2T L V STEL (Thershold Limit Value Short Term Exposure Limit) a concentrao para qual os trabalhadores podem ser expostos por um curto espao de tempo sem sofrerem: -irritao das mucosas e da pele -dano crnico ou irreversvel de qualquer tecido -narcose que impossibilite ou reduza a autodefesa STELsedefinecomoaconcentraonumintervalodetempode15minutosqueno podeserultrapassadaemnenhumtempoduranteumdia.Asexposiescorrespondentesao STEL no devem exceder 15 minutos no mximo quatro vezes ao dia; deve haver no mnimo um intervalo de 60 minutos entre STEL. Tabela 5.2 - Limites de tolerncia a contaminantes (segundo a NR-15): Limites de tolerncia Agente qumico (ppm)(mg/m3) Acetaldedo78140 Acetato de ter monoetlico de atileno-glicol (pele)78420 Acetato de etila3101.090 Acetato de 2-etoxi-etila78420 AcetilenoAsfixiante Aceta7801.870 Acetitrila3055 cido actico820 Pgina 52 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes cido ciandrico89 cido clordrico45,5 cido crmico (nvoa)-0,04 cido fluordrico2,51,5 cido frmico47 Acrilato de metila (pele)827 Acrilonitrila (pele)1636 lcool isoamlico78280 lcool n-butlico- (pele)40115 lcool isobutlico40115 lcool sc-butlico (2-butanol)115350 lcool terc-butlico78235 lcool etlico7801.480 lcool furfurlico (pele)415,5 lcool metlico (pele)156200 lcool n-proplico (pele)156390 lcool isoproplico (pele)310365 Amnia2014 Anilina- (pele)415 ArgniaAsfixiante Arsenamina0,040,16 Brometo de etila156695 Brometo de metila (pele)1247 Bromofrmo- (pele)0,44 1,3-Butadieno7801.720 N-Butano4701.090 n-Butilamina (pele)412 Butil-cellosolve (pele)39190 n-Butil-mercaptana0,41,2 Chumbo-0,1 Cianognio816 Ciclo-hexano235820 Ciclo-hexanol40160 Ciclo-hexilamina- (pele)832 Cloreto de etila7802.030 Cloreto de metila78165 Cloreto de metileno156560 Cloreto de vinila 9pele)156398 Cloreto de vinidileno831 Cloro0,82,3 Cloro-benzeno59275 Cloro-bromometano156820 Clorodifluormetano (freon 22)7602.730 Clorofrmio2094 1-Cloro-1-nitropropano1678 Cloroprene- (pele)2070 Cumeno (pele)39190 Decaborano (pele)0,040,25 Demet (pele)0,0080,08 Diborano0,080,08 1,2-Dibromoetano (pele)16110 0-Diclorobenzano39235 Pgina 53 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes Diclorodifluormetano7803.860 1,1-Dicloroetano156640 1,2-Dicloroetano39156 1,2-Dicloroetileno155615 1,1-Dicloro-1-nitroetano847 1,2-Dicloropropano59275 Diclorotetrafluoretano (Freon 114)7805.460 Dietilamina2059 2,4-Diisocianato de tolueno (TDI)0,0160,11 Diisopropilamina- (pele)416 Dimetilacetamida828 Dimetilamina- (pele)814 Dimetilformamida824 1,1-Dimetil-hidrazina (pele)0,40,8 Dixido de carbono3.9007.020 Dixido de cloro0,080,25 Dixido de enxofre410 Dixido de nitrognio47 Dissulfeto de carbono- (pele)1647 Estibina0,080,4 Estireno78328 EtanoAsfixiante ter dicloroetlico (pele)424 ter etlico310940 Etilamina814 Etilbenzeno 78340 EtilenoAsfixiante Etilenoimina (pele)0,40,8 Etil-mercaptana0,40,8 n-Etil-morfolina (pele)1674 2-Etoxietanol (pele)78290 Fenol (pele)415 Fluortriclorometano (Freon 11)7804.370 Formaldedo (formol)1,62,3 Fosfamina0,230,3 Fosgnio0,080,3 Gs sulfdrico812 HlioAsfixiante Hidrazina (pele)0,080,08 HidrognioAsfixiante Isopropilamina49,5 Mercrio-0,04 Metacrilato de metila78320 MetanoAsfixiante Metilamina89,5 Metil-cellosolve (pele)2060 Metil-ciclo-hexanol39180 Metil-clorofrmio2751.480 Metil-demet (pele)-0,4 Metil-etil-ceta155460 Metil-isobutilcarbinol- (pele)2078 Metil-mercaptana (metanotiol)0,40.8 Pgina 54 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes Monometil-hidrazina- (pele)0,160,27 Monxido de carbono3943 Negro-de-fumo-3,5 NebioAsfixiante Nquel tetracarbonila0,040,28 Nitrato de n-propila2085 Nitroetano78245 Nitrometano78195 1-Nitropropano2070 2-Nitropropano2070 xido de etileno3970 xido ntrico2023 xido nitrosoAsfixiante Ozona0,080,16 Pentaborato0,0040,008 n-Pentano (pele)4701.400 Percloroetileno78525 Piridina412 n-PropanoAsfixiante Propileno (pele)Asfixiante Propileno imina (pele)1,64 Sulfato de dimetila0,080,4 1,1,2,2-Tetrabromoetano (pele)0,811 Tetracloreto de carbono850 Tetracloroetano (pele)427 Tetra-hidrofurano156460 Tolueno (toluol)78290 Tricloroetileno835 Triclorometano78420 1,1,3-Tricloropropano40235 1,1,2-Tricloro-1,2,2-trifluoretano (Freon 113)7805.930 Trietilamina2078 Trifluormonobromometano7804.760 Xileno (xilol) (pele)78340 Tabela 5.3 - Limites de tolerncia a contaminantes (ACGIH) Limites de tolerncia Contaminante (ppm)(mg/m3) Acetato de amila125650 Acetato de n-butila150710 Acetato de butila sec200950 Acetato de hexila sc.50300 Acetato de isoamila100525 Acetato de isobutila150700 Acetato de isopropila250950 cido ntrico25 cido oxlico-1 Alcatro, produtos volteis-0,2 Algodo, p de -1 Amino-piridina0,52 Anidrido ftlico212 Anidrido malico-8 Pgina 55 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes Anisidina (pele)-0,5 Azinfos, metil (pele)-0,2 Benzola, perxido de-5 Cdmio-0,2 Carboril (sevin)-5 Chumbo tetraetila (pele)-0,075 Ciclopentadieno75200 Compostos de selnio-0,2 Crotaldedo26 Diazometano0,20,4 Dibutil-fosfato210 Dibutilftalato-10 1,3-Dicloro-5,5-dimetil-hidantoin-0,2 Dimetilamino-etanol1050 Dimetil-1,2-dibromo-2,2-dicloroetilfosfato-3 Di-sec-octilftalato-5 ter fenlico17 Etil-sc-amil-ceta25130 Eril-butil-ceta50230 p-Fenileno-diamina (pele)-0,1 Ferro, xido de - fumos-10 Fibras de vidro-5 2-Heptanona (metil-n-amil-ceta)100475 3-Heptanona (etil-butil-ceta)50230 Hexacloroetano- (pele)110 Hexafluoreto de selnio0,050,4 Hexafluoreto de telrio0,020,2 Iodeto de metila- (pele)528 Isoamila, acetato de100525 Isobutila, acetato de 150700 Isociamato de metila (pele)0,020,05 Isopropila, acetato de 250950 trio-1 GLP (gs liquefeito de petrleo)1.0001.800 Malico, anidrido-8 Metil-n-amil-ceta (2 heptanona)100465 Morfolina (pele)2070 Nquel-1 Ntrico, cido25 p-Nitro-cloro-benzeno (pele)-1 Oxlico, cido-1 Oxignio, difluoreto de0,050,1 Perxido de benzola-5 Pival (2-pivalil-1,3-indadione)-0,1 Prata-0,01 Rdio-0,1 Selnio, compostos de-0,2 Telrio, hexafluoreto de0,020,2 Tetrametil-sucinonitrila- (pele)0,53 Trifluoreto de nitrognio1029 Tabela 5.4 - Limites de tolerncia a poeiras minerais (ACGIH) Pgina 56 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes Poeiras mineraisLimites de tolerncia (mppmc) xido de alumnio1.770 Asbesto177 Cimento Portland1.770 Poeira (sem slica livre)1.770 Mica (com menos de 5% de SiO2 livre)700 Slica (com mais de 50% de SiO2 livre)177 Slica (com 5% a 50% de SiO2 livre)700 Slica (com menos de 5% de SiO2 livre)1.770 Carboneto de slica1.770 Pedra-sabo (com menos de 5% de SiO2 livre)700 Talco700 5.5.3Efeitos prejudiciais dos agentes qumicos Entreosnumerosssimosprodutosqumicoscapazesdecausardanosaclulas,tecidos, rgos, aparelhos e sistemas do organismo humano, existem alguns que pelo seu largo emprego devem ser mencionados como um alerta e um dado no estudo das condies de higiene industrial e no projeto de uma instalao de ventilao adequada. Existeumaidiasimplria,ingnuaesvezesirresponsvel,deacreditar-seque,para evitardanosaosolhos,bastacolocarculosespeciais;paradefesadossistemascirculatrioe respiratrio,bastacolocarmscara;eparaprotegerostecidoscutneos,sosuficientesluvas compridas. Esses recursos de defesa so necessrios mas, dependendo o grau de poluio, podem no ser suficientes para evitar que, embora mais lentamente, as doenas acabarem por se instalar no organismo. Roupas especiais, tipo escafandro, podem ser necessrias numa emergncia e em trabalhodeextremorisco,comonocasodehaverradiaes,masnocomoindumentriapara um trabalho rotineiro prolongado. necessrio que sejam removidas do ar as substncias txicas pormtodoqueveremosadiante,detalmodoqueonveldetoxidadefiquebaixodoslimites consideradosaceitveisparaqueosoperriosquetrabalharemsobaquelascondiesno estejamcomsuasadeasuavidaameaadas.Emcertoscasos,mesmocomcaptaolocaldo poluenteasoperaespodemexigirusodemscaras,culoseluvas,dadaaproximidadedo operadorcomprodutostxicos,suamanipulaoeatmesmooriscodeumaeventual paralisaonosistemadecaptores,porfaltadeenergiaeltrica.ocasodadecapagemde metais, jateamento de areia e pintura a pistola. 5.6.Tratamento do ArA importncia do ar para o homem por demais conhecida, sob o aspecto da necessidade de oxignio para o metabolismo. Poroutrolado,amovimentaodearnatural,isto,atravsdosventos,responsvel pela troca de temperatura e umidade que sentimos diariamente, dependendo do clima da regio. Amovimentaodoarpormeiosnonaturaisconstitui-senoprincipalobjetivodos equipamentos de ventilao, ar condicionado e aquecimento, transmitindo ou absorvendo energia do ambiente, ou mesmo transportando material, atuando num padro de grande eficincia sempre queutilizadoemequipamentosadequadamenteprojetados.Aformapelaqualseprocessaa transfernciadeenergiaequedaoarcapacidadededesempenhardeterminadafuno.A velocidade, a presso, a temperatura e a umidade envolvem mudanas nas condies ambientais, tornando-as propcias ao bem-estar do trabalhador. Evidentemente,oarpodesertratado,eumdospontosqueapresentamgrandeinteresse ao higienista o tratamento do ar em ambientes confinados. Amovimentaodoarpormeiononaturais,constitui-sedenoprincipalobjetivode assuntos especializados, tais como; ventilao, calefao e condicionamento de ar. Atransfernciadeenergiademassaemambienteseaformapelaqualsedavariao energticaquedaoaracapacidadededesempenhardeterminadafuno.Atemperatura, Pgina 57 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes presso velocidade e a umidade do ar, envolvem mudanas nas condies ambientais, tornando-as propicias ao bem-estar humano, seja no lazer ou em atividades laborais. O tratamento do ar tem sido, continua sendo, a principal medida de controle efetivo para ambientes de trabalhos prejudiciais ao homem. No campo da higiene do trabalho. Pgina 58 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes Tabela 5.5 Produo de contaminantes segundo a operao Pgina 59 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes Pgina 60 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes Pgina 61 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes Pgina 62 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes 5.6.1Qualidade do ar interior A cada dia que passa, cada vez mais, o homem procura melhorar a sua qualidade devida,procurandodesenvolverjuntoaoseuhabitateaoseulocaldetrabalhocondiesque garantamestamelhorqualidadedevida,quepodeestarligadaaoconforto,lazer,boa alimentao, etc. No haveria uma boa qualidade de vida sem sade. Por isso que tudo que possa afetar a sade de um indivduo deve ser levado em conta para se garantir uma qualidade de vida. Como atravsdoarqueserespirapode-seingerirmuitosmicroorganismoseelementosdanosos sade,oardeveestarlimpoeoferecerascondiesdepureza,temperaturaeumidade recomendados para tornar um ambiente saudvel. Numa sociedade que valoriza muito a produtividade, ns temos a afirmao do prof. Pavl OleFangerdequeumaqualidadedearnumambientedetrabalho,aumentaem6,5%a produtividade dos funcionrios. Quandosepretendemelhorarnossaqualidadedevida,importantelembrarque passamosde80%a90%donossotempoemambientesfechados(quemmoraetrabalhaem zonas urbanas); e quandonos elevamos a elevadas taxas de poluentes estamos agredindo nosso organismo, sendo que a maioria das situaes so totalmente contornveis. Antesdegarantirmosumamelhorqualidadedevidaaohomem,devemosconhecerseu metabolismo.Devemossabercomoeleserelacionacomomeioemquevive.Ohomem comporta-secomoummotortrmiconomeio,recebendoumaparceladecalorprovenienteda queimadealimentosemsuasclulaseliberandocontinuamenteoutraparceladecalorparao meio em forma de trabalho e resduos. Se no so controladas de modo adequado a temperatura, umidaderelativaeavelocidadedoar,noconseguiremosestabeleceroconfortotrmico, tornandooambienteinsalubre,jqueaumidaderelativaelevadafacilitaaproliferaode microorganismosatravsdoaumentodacurvaexponencialdocrescimentomicro-biolgico.O armuitosecoprovocaoressecamentodasrespiratriasedogloboocular,almdepermitira fcil disperso dos materiais particulados (poeira). Serimportanteesclarecermosadiferenaentrehigieneeconforto.Higieneuma conceituaoquevisaadefesadasade(aopreventivadesadepblica),enquantoque conforto uma conceituao que visa ao bem estar fsico (ao continua de promoo do prazer e da produtividade). Ambos os conceitos determinam a qualidade de vida dos ocupantes de um ambiente do interior. Paraalcanarmosumgrausatisfatriodeconfortotrmicoeadequadascondiesde controle de poluentes, quer eles sejam qumicos, fsicos ou biolgicos, imperativo a observao datemperaturaefetivadeumambiente,comoprrequisitodeumprogramadecontrolede qualidade.TemperaturaEfetivaumaconjunodosfatoresquetransmitemaosocupantesde um ambiente uma sensao trmica, sendo as variveis de influncia: temperatura de bulbo seco, umidade relativa do ar e velocidade do ar. 5.6.2Medidas necessrias Entreasmedidasdeengenhariarelacionamoscomaventilaoindustrialecontroleda poluiopodemsercitadas;projetoadequado,substituiodemateriaiseprocessos, umidificaodoar,confinamento,isolamento,ventilaodeambientes,separaoecoletade poluentes. 5.6.2.1Projeto, construo, manuteno de maquinaria e equipamentos industriais Aoseprojetarumedifcioindustrial,precisolevaremcosideraoadisposiogeral dasmquinas,circulaodopessoalealtura(pdireito)visandopossibilitarumaventilao naturalpelasaberturasdejanelas.Quantoasmaquinaseaosequipamentosquepoluemo ambientedetrabalho,devemsercuidadosamenteprojetados,prevendo-seenclausuramentos, anteparos,mecanizaoenopermitindoquepoeiras,gases,vapores,etc.sejamdispersosno ambiente. Pgina 63 de 153 Higiene do TrabalhoProfessor Eng. Milton Serpa Menezes 5.6.2.2Substituio de materiais nocivos por outros menos nocivos A principio, qualquer material pode ser manipulado com segurana; no entanto, as substnciastxicasouprejudiciaisaoserhumanopodemsersubstitudasporoutrasmenos nocivas. Como exemplo temos: -Nos trabalhos de pintura, o carbonato bsico de chumbo prejudicial ao organismo-E pode ser substitudas de titnio e zinco.-Comosolventeorgnicootoluenopodesubstituirobenzeno,porestealtamente txico. -Utilizaodeabrasivosartificiaisemvezdepedrasnaturais,quedesprendempde slica, provocando a silicose no homem. 5.6.2.3Modificao de processos e mtodos de trabalhoA substituio de materiaisnocivos ou txicos por outros de menor nocividade deve ser tentado.Damesmaformaprocessosmecnicosgeralmentepoluemmenosqueosmanuais; exemplos: -Fbricas de bateria: ajuste mecnico da pasta de xido de chumbo para manufatura de placas. Quando manual, o excesso caa no cho, e, depois de seco, liberava poeira para o ambiente. -Reduodaevaporaodesolventesnostanquesdedesengraxamento,mediante regulagem automtica de temperatura do banho. 5.6.2.4UmidificaoA umidificao do ar muito usada quando h poeira. Aplicada na industria de cermica, perfuraesdeminas,aberturasdevalasempavimentaesderuas,estradas,britagemde pedras, ptios de carvo etc. A umectao um antigo mtodo usado na industria cermica inglesa, permanecendo at os dias de hoje, em que as peas de cermicas so molhadas, evitando-se a emanao de poeira quando da sua manipulao. Exemplo: perfurao de minas, britadores, moinhos, etc. Emambientesindustriaisemquesomanipuladosprodutosconsideradosperigososem relaoacombustoouexploso,taiscomoprocessosindustriais,depsitos,transporte,etc, necessriocontrolaratemperaturaeaumidaderelativadoar.Oarcondicionadoatuanesses ambientes,mantendoascondiesexigidasparacadatipodeprodutoutilizado,agindo, inclusive, como renovador de ar ambiental. Ent