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1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . CONSOLIDADO

COPEL

Companhia Paranaense de Energia - Copel

CNPJ/MF 76.483.817/0001-20

Inscrição Estadual 10146326-50

Companhia de Capital Aberto - CVM 1431-1

www.copel.com [email protected]

Rua Coronel Dulcídio, 800, Batel - Curitiba - PR

CEP 80420-170

Dezembro/2007

ÍNDICE

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO.............................................................................................................................. 6 1. APRESENTAÇÃO...................................................................................................................................................... 6

1.1 Mensagem do Presidente ......................................................................................................................... 6 1.2 Estratégia e Análise ................................................................................................................................ 10 1.3 Referencial Estratégico ........................................................................................................................... 11 1.4 Parâmetros do relatório........................................................................................................................... 13

2. DIMENSÃO GERAL ................................................................................................................................................. 15 2.1 Perfil da Companhia................................................................................................................................ 15 2.2 Geração .................................................................................................................................................. 16 2.3 Transmissão ........................................................................................................................................... 19 2.4 Distribuição ............................................................................................................................................. 20 2.5 Telecomunicações .................................................................................................................................. 21 2.6 Participações .......................................................................................................................................... 21 2.7 Produtos ................................................................................................................................................. 23 2.8 Captação de Recursos............................................................................................................................ 23 2.9 Desempenho Operacional e de Produtividade ........................................................................................ 24 2.10 Perdas..... ............................................................................................................................................... 27 2.11 Inadimplência.......................................................................................................................................... 27 2.12 Indicadores de Desempenho Operacional e de Produtividade ................................................................ 28 2.13 Responsabilidade e Engajamento com Partes Interessadas ................................................................... 29 2.14 Principais Certificações e Prêmios .......................................................................................................... 32

3. DIMENSÃO GOVERNANÇA CORPORATIVA ......................................................................................................... 33 3.1 Estrutura e Boas Práticas de Governança............................................................................................... 34 3.2 Assembléia Geral.................................................................................................................................... 36 3.3 Conselho de Administração - CAD.......................................................................................................... 37 3.4 Comitê de Auditoria................................................................................................................................. 37 3.5 Conselho Fiscal ...................................................................................................................................... 38 3.6 Diretoria Executiva.................................................................................................................................. 38 3.7 Código de Conduta ................................................................................................................................. 38 3.8 Conselho de Orientação Ética................................................................................................................. 39 3.9 Canal de Comunicação Confidencial....................................................................................................... 39 3.10 Comitê Permanente de Divulgação de Atos e Fatos Relevantes............................................................. 40 3.11 Relacionamento com Acionistas e Investidores....................................................................................... 40 3.12 Distribuição de Dividendos e Juros Sobre o Capital Próprio .................................................................... 41 3.13 Grupamento de Ações ............................................................................................................................ 41 3.14 Acordo de Acionistas .............................................................................................................................. 41 3.15 Índices Bovespa...................................................................................................................................... 42 3.16 Auditorias................................................................................................................................................ 42 3.17 Gestão de Riscos.................................................................................................................................... 43 3.18 Princípio da Precaução ........................................................................................................................... 44 3.19 Tecnologia da Informação....................................................................................................................... 45

4. DIMENSÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA................................................................................................................. 46 4.1 Receita Operacional Líquida ................................................................................................................... 46 4.2 Despesas Operacionais .......................................................................................................................... 47 4.3 LAJIDA ou EBITDA................................................................................................................................. 49 4.4 Resultado Financeiro .............................................................................................................................. 49 4.5 Endividamento ........................................................................................................................................ 50 4.6 Lucro Líquido .......................................................................................................................................... 50 4.7 Valor Adicionado..................................................................................................................................... 50 4.8 Desempenho do Preço das Ações .......................................................................................................... 52 4.9 Valor Econômico Agregado - VEA OU EVA ............................................................................................ 52 4.10 Inadimplência Setorial ............................................................................................................................. 54 4.11 Investimentos na Concessão .................................................................................................................. 54 4.12 Indicadores Econômico-Financeiros........................................................................................................ 55 4.13 Fluxo de Caixa ........................................................................................................................................ 55

5. DIMENSÃO SOCIAL E SETORIAL .......................................................................................................................... 56 5.1 Incorporação dos Princípios do Pacto Global .......................................................................................... 56 5.2 2007-2008: O Biênio da Promoção de Direitos Humanos na Copel......................................................... 59 5.3 Programas Corporativos Sociais ............................................................................................................. 59 5.4 Apoio a Políticas Públicas ....................................................................................................................... 61 5.5 Incentivos Fiscais.................................................................................................................................... 62 5.6 Indicadores Sociais ................................................................................................................................. 63 5.7 Gestão de Clientes.................................................................................................................................. 64 5.8 Política de Comunicação Comercial e Institucional ................................................................................. 67 5.9 Gestão de Fornecedores......................................................................................................................... 69 5.10 Gestão de Pessoas................................................................................................................................. 70 5.11 Programas e Campanhas Corporativos de Segurança e Saúde.............................................................. 72 5.12 Indicadores de Empregabilidade ............................................................................................................. 73 5.13 Indicadores do Setor Elétrico .................................................................................................................. 74 5.14 Programa de Eficiência Energética - PEE ............................................................................................... 77 5.15 Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico e Científico (P&D) ................................................................. 78 5.16 Energia Sustentável ................................................................................................................................ 78

6. DIMENSÃO AMBIENTAL......................................................................................................................................... 79 6.1 Promovendo o Protocolo de Kyoto.......................................................................................................... 80 6.2 Preservação Ambiental ........................................................................................................................... 81 6.3 Programas Socioambientais.................................................................................................................... 81 6.4 Outras Ações / Controles Ambientais...................................................................................................... 85 6.5 Biodiversidade: Áreas Sensíveis e Unidades de Conservação................................................................ 86 6.6 Licenciamentos Ambientais..................................................................................................................... 88 6.7 Levantamento de Riscos e Passivos Ambientais..................................................................................... 89 6.8 Ações Compensatórias - Comunidade Indígena Kaigang Apucaraninha ................................................. 89 6.9 Comunicação Socioambiental ................................................................................................................. 89 6.10 Política de Relacionamento com Órgãos Ambientais .............................................................................. 89 6.11 Recuperação de Áreas Degradadas ....................................................................................................... 90 6.12 Preservação de Áreas Públicas .............................................................................................................. 90 6.13 Destinação Final de Resíduos................................................................................................................. 90 6.14 Educação Ambiental ............................................................................................................................... 92 6.15 Projetos de P&D Voltados ao Meio Ambiente.......................................................................................... 93 6.16 Gestão de Multas, Termos de Compromisso e Notificações Ambientais ................................................. 95 6.17 Indicadores Ambientais........................................................................................................................... 95

7. BALANÇO SOCIAL ................................................................................................................................................. 98 8. MATRIZ DE LOCALIZAÇÃO E CORRELAÇÃO DE INDICADORES..................................................................... 102 9. COMPOSIÇÃO DOS GRUPOS RESPONSÁVEIS PELA GOVERNANÇA............................................................. 108 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ............................................................................................................................. 109

Balanços Patrimoniais....................................................................................................................................... 109 BALANÇOS PATRIMONIAIS..................................................................................................................................... 110

Demonstração dos Resultados ......................................................................................................................... 111 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO .......................................................................... 112 DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS ..................................................................... 113 DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS ..................................................................... 114 NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ............................................................................... 115

1 Contexto Operacional ........................................................................................................................... 115 2 Apresentação das Demonstrações Contábeis....................................................................................... 118 3 Demonstrações Contábeis Consolidadas.............................................................................................. 119 4 Principais Práticas Contábeis................................................................................................................ 119 5 Disponibilidades.................................................................................................................................... 123 6 Consumidores e Revendedores ............................................................................................................ 124 7 Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa ................................................................................... 126 8 Dividendos a Receber........................................................................................................................... 127 9 Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná.................................................................................. 127 10 Impostos e Contribuições Sociais.......................................................................................................... 129 11 Conta de Compensação da “Parcela A” ................................................................................................ 131 12 Outros Ativos e Passivos Regulatórios.................................................................................................. 133 13 Cauções e Depósitos Vinculados.......................................................................................................... 135 14 Outros Créditos..................................................................................................................................... 136 15 Depósitos Judiciais ............................................................................................................................... 136 16 Coligadas e Controladas ....................................................................................................................... 137 17 Investimentos........................................................................................................................................ 138 18 Imobilizado............................................................................................................................................ 143 19 Intangível .............................................................................................................................................. 147 20 Empréstimos e Financiamentos ............................................................................................................ 148 21 Debêntures ........................................................................................................................................... 153 22 Fornecedores........................................................................................................................................ 157 23 Folha de Pagamento e Provisões Trabalhistas ..................................................................................... 158 24 Encargos do Consumidor a Recolher.................................................................................................... 159 25 Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética ........................................................................... 159 26 Outras Contas a Pagar.......................................................................................................................... 160 27 Provisões para Contingências............................................................................................................... 160 28 Patrimônio Líquido ................................................................................................................................ 165 29 Receita Operacional.............................................................................................................................. 168 30 Deduções da Receita Operacional ........................................................................................................ 170 31 Custos e Despesas Operacionais ......................................................................................................... 170 32 Resultado Financeiro ............................................................................................................................ 179 33 Resultado de Participações Societárias ................................................................................................ 180 34 Resultado Não Operacional .................................................................................................................. 181 35 Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE..................................................................... 181 36 Conciliação da Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social ................................................ 183 37 Instrumentos Financeiros ...................................................................................................................... 184 38 Transações com Partes Relacionadas .................................................................................................. 186 39 Seguros... ............................................................................................................................................. 187 40 Empresas Controladas.......................................................................................................................... 190 41 Demonstração do Resultado Segregado por Empresa.......................................................................... 192 42 Alteração da Legislação Societária Brasileira........................................................................................ 193 43 Evento Subseqüente............................................................................................................................. 194

ANEXO I - DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA.......................................................................................... 195

ANEXO II - DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO ....................................................................................... 197 PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES ..................................................................................................... 199 RELATÓRIO DO COMITÊ DE AUDITORIA ............................................................................................................... 201 PARECER DO CONSELHO FISCAL SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE

DEZEMBRO DE 2007................................................................................................................................................. 204

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO

1. APRESENTAÇÃO

1.1 Mensagem do Presidente

Com grande satisfação, estamos apresentando o Relatório Anual de Gestão e Sustentabilidade da

Companhia Paranaense de Energia - Copel relativo ao exercício de 2007, elaborado com base na

terceira geração das diretrizes internacionais Global Reporting Initiative para relatórios de

Sustentabilidade, conhecida como GRI/G3, e no novo modelo Aneel para elaboração de Relatório

Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica.

Durante o ano, a Empresa esteve empenhada em consolidar os avanços conquistados nas áreas

da responsabilidade social e ambiental, das boas práticas da Governança Corporativa e dos

valores consagrados no seu Código de Ética. Tais princípios e normas de procedimento vêm

sendo incorporados às rotinas de trabalho da Copel, aos seus processos de gestão e aos

mecanismos de fiscalização e controle. Esse é um esforço permanente, que se renova a cada dia

sob a forma de novos desafios, permitindo à Companhia crescer, melhorar e se aprimorar como

instituição profundamente comprometida com a sustentabilidade e com os 10 Princípios do Pacto

Global das Nações Unidas desde o seu lançamento, em 2000.

No exercício de 2007, a Companhia teve o excepcional lucro líquido de R$ 1,1 bilhão. Tal

resultado proporcionou taxa de rentabilidade do patrimônio líquido de 18,0% (lucro líquido ÷

(patrimônio líquido - lucro líquido)). A Companhia demonstrou bom desempenho em suas

atividades operacionais, representado pelo crescimento da receita operacional líquida de 10,9%

em relação ao exercício anterior.

O consumo total de energia elétrica faturada pela Copel, em 2007, apresentou crescimento de

6,8%, totalizando 20.458 GWh contra 19.148 GWh no ano de 2006. O mercado cativo, que

participou com 90,5%, registrou, em 2007, acréscimo de 5,8%, o mercado livre variou 24,0% e o

suprimento às pequenas concessionárias obteve incremento de 3,5% na energia faturada. O

mercado fio, que leva em conta todos os consumidores dentro da área de concessão da

Companhia, cresceu 5,9%. Nesse ano, o desempenho do mercado de energia foi influenciado

principalmente pelas classes residencial, industrial e comercial, que representaram 25,7%, 38,7%

e 18,6%, respectivamente, do consumo total faturado, e tal ocorreu, primordialmente, pelos

seguintes fatores: maior disponibilidade e alongamento do crédito, queda dos juros, melhor

desempenho da economia e aumento da renda, que estimulam o consumo em geral, em especial

a aquisição e uso de equipamentos consumidores de eletricidade.

Com relação a tarifas diferenciadas, a Copel colaborou para a implementação de diversos

programas, inclusive em parceira com os Governos Federal e Estadual, que criaram condições

para que o acesso ao serviço público de energia elétrica seja universal: Universalização da

Energia, através do Programa Luz Para Todos do Governo Federal; Luz Legal, viabilizado através

de convênio com o Governo do Estado do Paraná e a Companhia de Habitação do Paraná -

Cohapar para regularizar o fornecimento de energia elétrica a famílias de baixa renda, residentes

em comunidades carentes; Baixa Renda, em parceria com o Governo Federal, por meio do qual

os consumidores da classe residencial com consumo de até 220 kWh/mensal usufruem de

desconto na tarifa de energia, que pode chegar ao patamar de 65% do valor normal de uma fatura

residencial não baixa renda; e o Luz Fraterna, em parceria com o Governo do Estado do Paraná,

pelo qual os consumidores residenciais com consumo de até 100 kWh/mês classificados como

baixa renda e os consumidores residenciais rurais têm isenção total da fatura, cujo débito é

assumido pelo Governo do Estado. Destacamos também os programas Avicultura Noturna, que

incentiva o aumento da produção e exportação da carne de frango com desconto tarifário para

unidades consumidoras rurais classificadas como avicultura, atendidas em baixa tensão, e

Irrigação Noturna, que estimula o uso da irrigação para aumento da produção agrícola e melhoria

da qualidade de vida na área rural, com tarifa e equipamentos subsidiados a consumidores rurais.

A Copel pratica, apóia e advoga a sustentabilidade, reconhecendo-a como único caminho capaz

de proporcionar à sociedade, aos agentes relacionados e ao meio ambiente a oportunidade de

usufruir como parceiros do crescimento e do desenvolvimento da corporação. Por assim pensar e

agir, a Copel tem o compromisso de atuar segundo a visão da sustentabilidade agora e no futuro,

fundamentando seu planejamento estratégico nos mesmos princípios.

Assim orientada, a Companhia vem cumprindo com eficiência e eficácia as importantes atribuições

que tem de promover para o desenvolvimento social e econômico do Estado do Paraná, servindo

com qualidade à população e criando ambiente favorável para o seu próprio crescimento e para a

prosperidade da comunidade onde está inserida, sem perder de vista os interesses de acionistas e

investidores por resultados econômico-financeiros adequados com o maior benefício social e o

máximo cuidado ambiental.

No que concerne à governança corporativa, a empresa formalizou durante o ano sua adesão ao

Código de Boas Práticas instituído pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. Também é

digno de registro o sucesso do esforço da Companhia para sensibilizar sua rede de fornecedores

cadastrados, buscando comprometê-los com as mesmas causas e compromissos da Copel em

termos de sustentabilidade e responsabilidade social. Em 2007, devido a realinhamentos internos,

o processo de implantação da Norma AA1000 foi descontinuado para revisão.

Na expansão das atividades e negócios, a empresa venceu o leilão da Agência Nacional de

Energia Elétrica - Aneel para construir e operar a linha de transmissão em 230 kV entre as

subestações Bateias e Pilarzinho, nas imediações de Curitiba. Além disso, colocou em operação

as novas subestações Santa Mônica 230 kV (na região metropolitana de Curitiba) e Posto Fiscal

230 kV (em Paranaguá), construídas com o propósito de ampliar a oferta de energia elétrica a dois

grandes pólos consumidores do Paraná e conferir maior segurança à operação do sistema

elétrico.

A Companhia também aumentou sua participação acionária (de 15% para 45%) na Dominó

Holdings em 14.01.2008, empresa que concentra significativa parcela (34,75%) do capital votante

da Companhia de Saneamento do Paraná - Sanepar, por meio da compra das ações de

propriedade da Sanedo, que se retirou da sociedade. A operação, além de rentável conforme os

estudos e projeções, vai conferir à Copel poderes efetivos dentro da Dominó Holdings, o que

significa dizer que o interesse público será fortalecido no âmbito da gestão da Sanepar, cuja

missão social de promover a universalização do acesso ao abastecimento com água tratada e ao

serviço de coleta e tratamento de esgoto mediante tarifas justas e adequadas será resgatada.

Igualmente, a Copel assumiu a integralidade do controle da Centrais Eólicas do Paraná, empresa

que opera cinco aerogeradores em Palmas, região Sul do Paraná, com potência instalada de

2,5 MW. A Copel, que já detinha 30% de participação no empreendimento, adquiriu os 70% de

propriedade da Wobben Windpower.

Durante o ano de 2007, a Copel deu prosseguimento às ações destinadas a obter a Licença de

Instalação da Usina Hidrelétrica Mauá, no rio Tibagi empreendimento de 361 MW de potência e

orçado em R$ 991,3 milhões, no qual tem participação de 51% e tem como parceira a Eletrosul,

estatal controlada pelo Governo Federal, com 49%. O processo de licenciamento ainda não foi

concluído em razão de decisões judiciais ainda não superadas. Marcamos também

aprofundamento dos aspectos antropológicos dos estudos de impacto ambiental do projeto,

principalmente no que toca às comunidades indígenas por ele afetadas, a fim de minimizar os

possíveis impactos junto a estas populações tradicionais e vulneráveis.

No ano que passou, a Copel registrou importantes manifestações de reconhecimento ao seu

desempenho e às iniciativas no campo da sustentabilidade. A principal delas foi a manutenção das

ações da Companhia, pelo terceiro ano consecutivo, no grupo das que formam o ISE – Índice de

Sustentabilidade Empresarial da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo). No cenário externo,

cabe registrar a homenagem prestada à empresa pela Bolsa de Valores de Nova Iorque em 31 de

julho, em celebração aos dez anos de presença da Copel naquele importante mercado. O

governador do Paraná, Roberto Requião, representando o acionista controlador da Companhia,

participou dos eventos alusivos em Wall Street, que culminaram com o encerramento solene do

pregão do dia naquela casa (acionamento do Closing Bell).

Levantamento do jornal Valor Econômico alinhando as mil melhores empresas do Brasil (Valor-

1000) apontou a subsidiária de geração da Copel como a melhor do país no setor de Energia

Elétrica. Como distribuidora de energia, a Copel obteve, da Agência Nacional de Energia Elétrica –

Aneel, o Prêmio IASC 2006 – 1º lugar na categoria “Melhor Índice de Satisfação dos Clientes na

Região Sul”, entre aquelas com mais de quatrocentos mil consumidores. E, pela sétima vez

consecutiva, a Copel foi reconhecida e homenageada como a grande empresa paranaense mais

lembrada pelo público numa pesquisa chamada Top of Mind, tradicionalmente realizada pela

revista Amanhã, de Porto Alegre, em colaboração com o Instituto Bonilha. Na mesma pesquisa, o

nome da Copel também foi destacado por sua atuação social e como uma boa empresa para se

trabalhar.

Sob o foco da sustentabilidade, da responsabilidade social e da governança corporativa, a Copel

concretizou passos altamente significativos, merecendo destaque a emissão dos demonstrativos

de consumo impressos em alfabeto Braille para consumidores portadores de deficiência visual

cadastrados na Companhia, facilitando o acesso desse público às informações da sua conta de

luz. Para as famílias de baixa renda, a Copel distribuiu gratuitamente 1 milhão de lâmpadas

fluorescentes compactas, que são mais econômicas, duráveis e eficientes, contribuindo para

reduzir os gastos com eletricidade e preservando os recursos dessa população.

A Copel renovou em 2007 seu convênio com a Pastoral da Criança e firmou um novo, com a

Pastoral do Idoso, permitindo que as contas de luz sirvam como instrumento de arrecadação a

doações espontâneas da coletividade para esses movimentos. No caso da Pastoral da Criança, as

doações autorizadas para débito nas faturas de energia são o seu principal mecanismo de

captação de recursos.

Sob o foco da gestão ambiental, a Copel deu início em 2007 a programa de parcerias com

prefeituras para a adequação da arborização urbana, incentivando e promovendo a coexistência

pacífica de árvores e redes de distribuição de energia elétrica. A iniciativa consiste na cessão às

prefeituras de mudas de espécies apropriadas que, na idade adulta, não chegam a atingir altura

suficiente para interferir no funcionamento da rede elétrica. As mudas são produzidas pela própria

Copel, nos hortos e viveiros que mantém em áreas de algumas das suas hidrelétricas. Além de

garantir aos usuários serviço elétrico de melhor qualidade, a maior parte dos desligamentos não

programados é provocada por contato ou pela queda de galhos de árvores na fiação elétrica, essa

medida evita ou minimiza a necessidade de podas, contribuindo para a preservação ambiental.

Em 2008, daremos continuidade à realização de ações significativas na área da sustentabilidade.

Dentre as metas previstas, destacamos os estudos em andamento para projetos de geração de

energia alternativa, com levantamento da disponibilidade de biomassa em todo o Paraná. E na

esfera social, pretendemos antecipar a meta de completar 100% de eletrificação no país, sem

qualquer ônus para o consumidor, com 30.000 novas ligações através do Programa Luz para

Todos, instituído pelo Governo Federal através do Decreto Presidencial n° 4.783, de 11.11.2003.

Ao encerramento da presente mensagem, gostaríamos de deixar registrados nossos

agradecimentos muito especiais ao governador do Paraná, Roberto Requião, cuja zelosa

orientação vem pautando desde 2003 o trabalho de reconstrução e recuperação da Copel, no

sentido de restituir à Companhia sua atribuição histórica de colaborar para a promoção humana e

a melhoria da qualidade de vida dos paranaenses e fomentar o crescimento econômico do Estado.

Igualmente, manifestamos o nosso reconhecimento à sempre solícita e atenciosa participação dos

integrantes do Comitê de Auditoria e dos Conselhos de Administração e Fiscal da Companhia. Por

fim, em nome da Diretoria Executiva, consignamos nosso reconhecimento aos empregados da

Copel pelo comprometimento com os ideais e princípios defendidos pela Companhia e pelo

empenho na concretização de todas as conquistas aqui relatadas.

Rubens Ghilardi

Diretor Presidente

Curitiba, 17 de março de 2008

1.2 Estratégia e Análise

A Copel definiu como prioridade a implantação da gestão empresarial orientada para a

sustentabilidade, cujo modelo busca o alinhamento dos esforços para atingir e garantir, com base

nos valores da Companhia e na gestão otimizada dos processos, os resultados nos eixos

econômico, social e ambiental, de forma balanceada para as partes interessadas, bem como o

desenvolvimento e o crescimento sustentável da empresa, com vistas à adequação da empresa

aos padrões internacionais de governança, transparência e sustentabilidade, em conformidade

com o compromisso renovado junto ao Pacto Global.

Com base neste modelo, no início de 2007, a alta direção promoveu o realinhamento estratégico,

através da revisão do seu referencial, alterando a missão e visão da empresa. Na seqüência,

foram implementadas as etapas de planejamento, definição e qualificação das estratégias de

manutenção da rotina e do crescimento vegetativo referentes à onda de excelência operacional,

com o aumento de produtividade, melhoria dos serviços e a otimização dos custos. Para a onda

de crescimento da receita, foram identificadas as oportunidades e estratégias para a Copel e seus

negócios.

Em consonância com as políticas e estratégias definidas, a Companhia alinhou seu planejamento

estratégico com o orçamento, através da priorização e gerenciamento de projetos, identificação e

gestão dos riscos associados, dando início à reformulação do Programa de Excelência de Gestão

Copel, que visa alinhar suas práticas de gestão aos requisitos dos critérios de excelência da

Fundação Nacional da Qualidade - FNQ.

Dessa forma, ações estão em curso visando à revisão e formalização dos principais processos

empresariais e ao treinamento dos gestores para execução de suas atividades em conformidade

com os fundamentos de excelência da FNQ: pensamento sistêmico; aprendizado organizacional;

cultura de inovação; liderança e constância de propósitos; orientação por processos e

informações; visão de futuro; geração de valor; valorização das pessoas; conhecimento sobre o

cliente e o mercado; desenvolvimento de parcerias e responsabilidade social. Para tanto, a Copel

promoveu workshop de auto-avaliação de sua gestão, com a participação de diretores, assistentes

e assessores de diretoria, superintendentes e profissionais, para identificação dos pontos

prioritários para a melhoria de seus processos e práticas gerenciais e para a obtenção de

resultados sustentáveis nas dimensões econômica, social e ambiental. Paralelamente, a Diretoria

empreendeu todos os esforços para comunicar a seus empregados as estratégias definidas, com

vistas a seu engajamento na execução dos objetivos empresariais propostos.

No tocante às estratégias definidas nas ondas de excelência operacional e crescimento da receita,

a Companhia tem como desafio, em 2008, buscar o alinhamento, desdobramento, execução e

controle de suas ações para obtenção de resultados sustentáveis em sua área de atuação.

Adicionalmente, com base na implementação do Modelo de Gestão Integrada de Riscos

Corporativos e atendendo a Norma de Política Copel - NPC nº 0306, de 04.12.2006 – “Política de

Controle e Gestão de Riscos na Copel”, a Companhia pretende: a) mapear os principais riscos

corporativos e definir as estratégias e metas empresariais de curto, médio e longo prazo para as

dimensões econômica, social e ambiental, de forma integrada; e b) identificar os principais

impactos, riscos e oportunidades sobre a sustentabilidade e os efeitos em relação às partes

interessadas.

1.3 Referencial Estratégico

No início de 2007, a alta direção da Copel revisou o referencial estratégico da Companhia,

alterando sua missão e visão. Como missão estabeleceu “gerar, transmitir, distribuir e

comercializar energia, bem como prestar serviços correlatos, promovendo desenvolvimento

sustentável e mantendo o equilíbrio dos interesses da sociedade paranaense e dos acionistas”. No

tocante à visão, definiu “ser a melhor empresa nos setores em que atua e referência em

governança corporativa e sustentabilidade empresarial”, tendo como valores:

Transparência - prestação de contas das decisões e realizações da empresa para informar seus

aspectos positivos e/ou negativos a todas as partes interessadas;

Ética - resultado do pacto coletivo que define comportamentos individuais alinhados a um objetivo

comum;

Respeito - consideração com o próximo;

Responsabilidade Social e Ambiental - condução da vida da empresa de maneira sustentável,

respeitando os direitos de todas as partes interessadas, inclusive das futuras gerações e o

compromisso com a sustentação de todas as formas de vida;

Segurança - ambiente organizacional seguro que permite a continuidade da vida da Companhia.

Pacto Global

Desde 2000 a Copel é signatária do Pacto Global da Organização das Nações Unidas - ONU.

Lançado naquele ano pelo então Secretário Geral das Nações Unidas, Kofi Annan, o Pacto Global

tem como meta mobilizar as empresas para que, juntamente com outros atores sociais,

contribuam para a construção de uma economia global mais inclusiva e sustentável. A iniciativa

baseia-se em direitos universalmente reconhecidos.

As agências da ONU diretamente envolvidas no Pacto são: o Alto Comissariado para Direitos

Humanos - HCHR, Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente - UNEP, a Organização

Internacional do Trabalho - OIT e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento -

PNUD. Como signatária do Pacto Global, a alta direção da Copel declara seu compromisso em

respeitar seus Dez Princípios Básicos.

As ações desenvolvidas pela Copel e sua correlação com os princípios do Pacto Global

(Incorporação dos Princípios do Pacto Global) estão descritas na parte relativa à dimensão social

e setorial deste relatório. A tabela a seguir demonstra as metas de sustentabilidade empresarial

assumidas no relatório anterior e o respectivo desempenho da Companhia em cada uma delas:

DESEMPENHO EM RELAÇÃO ÀS METAS EM 2007

META Atingida: Em andamento: Não atingida:

GOVERNANÇA CORPORATIVA

Adesão ao Código de Boas Práticas do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa

DESEMPENHO AMBIENTAL

Consumo total de materiais por tipo

Quantidade total de terras possuídas, arrendadas ou administradas para atividades de produção ou uso extrativo

Unidades de negócios operando ou planejando operações em áreas protegidas ou sensíveis, ou a seu redor

Localização e tamanho das terras pertencentes à organização, arrendadas ou administradas por ela em habitats ricos em biodiversidade

Identificação de todos os derramamentos de produtos químicos ocorridos, tais como o de óleo e combustíveis em instalações da transmissão

Impactos ambientais significativos dos principais produtos e serviços

Impactos de atividades e operações sobre áreas protegidas ou sensíveis

Objetivos, programas e metas para proteção e restauração de ecossistemas e espécies nativas em áreas degradadas

Monitoramento das emissões dos gases causadores do efeito estufa

DESEMPENHO SOCIAL

Consideração dos impactos sobre os direitos humanos como parte de investimentos e tomadas de decisão de compra, incluindo a seleção de fornecedores e contratados

Dialogar com 10% dos Fornecedores cadastrados da Companhia

Descrição de políticas, procedimentos, sistemas gerenciais e mecanismos de conformidade para adesão a padrões e códigos voluntários relacionados à propaganda

Número e tipos de violação de regulamentações de propaganda e marketing

Está em implementação o Programa de Gestão de Segurança e Saúde do Trabalho - GSST, sistema de controle para eliminação de riscos existentes no ambiente, atendimento à legislação, treinamento, padronização de atividades de risco, inspeções, estabelecimento de metas e campanha permanente, o qual está em plena consonância com as diretrizes da Organização Internacional do Trabalho - OIT. Existe política definida para sua utilização, segundo a qual, em cada área de implantação, é realizado diagnóstico, seguido de planejamento, controle periódico da operação, verificação, análise crítica anual e auditagem*

Processo de Implantação da Norma AA1000

* meta de gestão apresentada sob o item “Governança Corporativa” no relato de 2006, porém enquadrada no “Desempenho Social” no presente relatório

Relativamente às metas empresariais definidas para 2008, cabe-nos ressaltar:

• a antecipação da meta de completar 100% de eletrificação no país, sem qualquer ônus para o

consumidor, com 30.000 novas ligações através do Programa Luz para Todos, instituído pelo

Governo Federal através do Decreto Presidencial n° 4.783, de 11.11.2003;

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• estudos em andamento para projetos de geração de energia alternativa, com levantamento,

em 2008, da disponibilidade de biomassa em todo o Paraná;

• a realização de estudos relativos a) à análise de resíduos sólidos gerados e tratados e/ou

destinados corretamente (classes I, IIA e IIB) no âmbito das ações da Companhia; e b) a

efluentes líquidos com disposições adequada, por volume, e inadequada, por tipo (aqui

também considerados os de natureza industrial, por volume), bem como sua incorporação nos

processos de implantação do Plano Básico Ambiental - PBA e do Plano de Controle

Ambiental - PCA dos empreendimentos da Copel;

• a meta de obtenção de 75,5% do Índice Aneel de Satisfação do Consumidor - IASC da

Agência Nacional de Energia Elétrica;

• atendimento aos critérios para integração ao nível 1 dos níveis diferenciados de governança

da Bolsa de Valores de São Paulo - Bovespa;

• elaboração do registro e controle das atividades dos técnicos de segurança e de suas

inspeções no âmbito do Portal de Segurança e Saúde – Caça ao Risco Corporativo;

• a meta de obtenção do nível A+ de aplicação das diretrizes do Global Reporting Initiative -

GRI (G3), a ser concedida pela organização GRI por meio de auditagem do presente relatório;

• atendimento aos critérios para manutenção do índice de sustentabilidade da Bolsa de Valores

de São Paulo - Bovespa;

• criação de mecanismos e procedimentos de: a) monitoramento do efetivo cumprimento de

obrigações conferidas a fornecedores de materiais e serviços contratados pela Companhia; e

b) acompanhamento da manutenção da qualificação daqueles já inspecionados e de outros

ainda não-qualificados, por não-conformidade com os critérios de responsabilidade social da

Copel, ou com certificação SA 8000;

• as seguintes diretrizes estabelecidas pelo Conselho de Administração: expansão do sistema

elétrico de geração, transmissão e distribuição, explicitada no item 1.2.2. da Dimensão Geral

do relatório; busca da produtividade em curto prazo e do crescimento em longo prazo;

excelência em custos, no relacionamento com as partes interessadas, em inovações

tecnológicas e na transmissão de dados, imagem e voz; e pesquisa de novas tecnologias

para a expansão da matriz energética com fontes renováveis e não poluentes, apresentadas

no item 4.16 sobre “Energia Sustentável” da Dimensão Social e Setorial do relatório.

1.4 Parâmetros do relatório

No presente relato, a Copel utilizou como base:

• Diretrizes GRI/G3 e do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas - Ibase;

• “Fazendo a Conexão – usando as Diretrizes GRI/G3 de relatório para a Comunicação de

Progresso do Pacto Global da ONU”

• Requisitos gerais e específicos de sustentabilidade da Agência Nacional de Energia Elétrica -

Aneel;

• Norma Brasileira de Contabilidade - NBC T15.

O esforço de integração das Diretrizes constantes do recentemente lançado "Manual para a

Elaboração do Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia

Elétrica" representa a alteração mais significativa com relação ao relatório anterior.

O presente relatório, publicado anualmente, cobre informações referentes ao exercício fiscal de

2007, comparando-as com as do relatório anual anterior. As principais partes interessadas que a

Companhia espera que venham a utilizar o presente relatório são: público interno, clientes,

fornecedores, governo, acionistas, sociedade e comunidade.

Os indicadores GRI/G3 essenciais e adicionais considerados não materiais aos negócios e partes

interessadas da Companhia constam na matriz de localização e correlação como tal. Os

indicadores materiais cujas informações não estavam disponíveis em virtude da não-realização de

sua coleta de forma sistemática até então foram tratados como meta para inclusão em relatórios

futuros. Com exceção das demonstrações e desempenho econômico-financeiro, que seguem a

legislação brasileira, todos os demais indicadores ambientais e sociais seguiram os parâmetros e

bases de cálculo preconizados pelos protocolos GRI/G3. Assim, em que pese termos declarado,

com base em auto-avaliação, de que o presente relatório se encontra no nível de aplicação A das

Diretrizes GRI/G3, a organização Global Reporting Initiative realizou checagem direta deste

relatório, tendo-o qualificado no nível de aplicação A+ das Diretrizes GRI/G3, como segue:

2002 C C+ B B+ A A+

Obrigatório Auto Declaração

Verificação Terceira

Parte

Opcional Verificação

GRI

Em termos de abrangência, são apresentados neste documento os indicadores GRI/G3

econômico-financeiros, ambientais e sociais da Copel e de suas Subsidiárias Integrais (Copel

Geração e Transmissão, Copel Distribuição, Copel Telecomunicações e Copel Participações),

conforme demonstrado na matriz de localização dos indicadores, constante no capítulo 6 deste

relatório.

Já as demonstrações financeiras, incluindo o Balanço Social, consolidam também o desempenho

da Companhia Paranaense de Gás - Compagas, da Centrais Elétricas do Rio Jordão S.A. - Elejor,

da Copel Empreendimentos, da UEG Araucária e da Centrais Eólicas do Paraná, companhias nas

quais a Copel tem participação majoritária. Seguindo orientação do poder concedente, alguns

valores referentes a 2006 foram reclassificados conforme a Nota Explicativa nº 2, que se encontra

no corpo deste relatório.

Em termos das Descrições sobre as Formas de Gestão de cada grupo de indicadores

preconizadas nas diretrizes GRI/G3, elas se encontram assim distribuídas neste relatório:

• Descrição sobre Forma de Gestão do Desempenho Econômico – capítulo 4

• Descrição sobre Forma de Gestão do Desempenho Ambiental - capítulo 6

• Descrição sobre Forma de Gestão do Desempenho Social - capítulo 5

• Práticas Trabalhistas e Trabalho Decente - capítulo 5

• Direitos Humanos - capítulo 5

• Sociedade - capítulo 5

• Responsabilidade pelo Produto – capítulo 5

A Copel possui políticas, normas, manuais, especificações técnicas padronizadas, publicadas e

disponíveis para as partes interessadas, e auditáveis, seja por auditores internos ou externos. A

Companhia se habilitará para que os dados ambientais e sociais sejam inseridos nas próximas

auditagens. Em 2008, ao ser concluída a implantação do sistema de sustentabilidade baseado na

Norma AA1000, as auditorias externas contemplarão a auditagem do sistema de forma integrada.

Os meios pelos quais as partes interessadas podem obter informações adicionais sobre os

aspectos econômicos, ambientais e sociais da Copel, bem como comentar ou sugerir melhorias

para a próxima edição do relatório estão relacionados no item 7 relativo à Composição dos Grupos

Responsáveis pela Governança.

2. DIMENSÃO GERAL

2.1 Perfil da Companhia

A Companhia Paranaense de Energia - Copel, com sede na Rua Coronel Dulcídio 800, bairro

Batel, CEP 80420-170, em Curitiba - PR, é uma sociedade por ações, de capital aberto,

constituída sob a forma de sociedade de economia mista, controlada pelo Governo do Estado do

Paraná, e destinada, através de suas subsidiárias, a pesquisar, estudar, planejar, construir e

explorar a produção, transformação, distribuição, comercialização e o transporte de energia, em

qualquer de suas formas, principalmente a elétrica, podendo também participar, em conjunto com

empresas públicas ou privadas de consórcios, companhias e empresas cujos objetivos sejam o

desenvolvimento de atividades nas áreas de energia, telecomunicações e gás natural.

2.1.1 Organograma das Participações e Composição Acionária da

Copel em 2007

58,63% Votante 26,41% Votante 13,52% Votante 1,06% Votante 0,38% Votante31,08% Total 23,97% Total 44,04% Total 0,56% Total 0,35% Total

10,55% Votante30,87% Total

2,97% Votante13,14% Total

0,00% Votante0,03% Total

70,0% Votante 51,0% Votante70,0% Total 35,0% Total 51,0% Total 49,0% Total

49,0% Votante49,0% Total 48,0% Total 30,0% Total

45,0% Votante45,0% Total 40,0% Total 35,8% Total

45,0% Votante 23,0% Votante45,0% Total 23,0% Total 80,0% Total

(1)Subsidiária Integral 15,0% Votante

(2)Sociedade Limitada 100,0% Total 15,0% Total

(2)EÓLICAS DO PARANÁ

DONA FRANCISCA (2)UEG ARAUCÁRIA

(2)FOZ DO CHOPIM

COMPAGAS (2)BRASPOWER

COPEL

ELETROBRÁS

LATIBEX

BOVESPA

NYSE

100,0% 100,0%100,0% 100,0%

DOMINÓ HOLDINGS

CUSTÓDIA EM BOLSA (Free Float)

(1)COPEL PARTICIPAÇÕES

COPEL EMPREENDIMENTO

SERCOMTEL TELECOMUNICAÇÕES

CARBOCAMPEL (2)COPEL AMEC

SERCOMTEL CELULAR (2)ESCOELECTRIC

(2)EÓLICAS DO PARANÁ

ESTADO DO PARANÁ BNDESPAR

ELEJOR

(1)COPEL GERAÇÃO E TRANSMISSÃO

OUTROS

(1)COPEL DISTRIBUIÇÃO

(1)COPEL TELECOMUNICAÇÕES

2.2 Geração

A Copel explora o serviço de geração de energia. No quadro a seguir são apresentadas a

capacidade e a produtividade, de janeiro a dezembro de 2007, do parque gerador da Copel:

Geração Verificada/ Generation Usinas/Power Plants

Capacidade Instalada/ Installed Capacity

(MW)

Energia Assegurada/ Assured Energy

(MWmed/Average MW) GWh MWmed

Hidrelétricas/Hydro Plants 4.529,61 1.946,62 18.064,59 2.062,15

Gov. Bento Munhoz da Rocha Netto 1.676 576 5.173,36 590,57

Gov. Ney Aminthas de B. Braga 1.260 603 5.991,62 683,97

Gov. José Richa (Salto Caxias) 1.240 605 5.580,04 636,99

Gov. Pedro V. Parigot de Souza 260 109 886,6 101,21

Guaricana 36 13,6 121,9 13,92

Chaminé 18 11,6 107,18 12,23

Apucaraninha 10 6,71 27,26 3,11

Mourão 8,2 5,3 48,52 5,54

Derivação do Rio Jordão 6,5 5,85 52,07 5,94

Marumbi 4,8 3,94 23 2,63

São Jorge 2,3 1,62 12,57 1,43

Chopim I 1,98 1,27 15,75 1,80

Rio dos Patos 1,72 1,13 5,94 0,68

Cavernoso 1,3 0,86 8,87 1,01

Melissa 1 0,57 5,65 0,64

Salto do Vau 0,94 0,6 3,62 0,41

Pitangui 0,87 0,57 0,64 0,07

Termelétrica/Thermal Plant 20 14 69,21 7,90

Figueira 20 14 69,21 7,90

Total 4.549,61 1.960,62 18.133,8 2.070,05

Principais indicadores:

Usinas: 18 (17 hidrelétricas e 1 termelétrica)

Usinas automatizadas e teleoperadas: 12

Subestações elevadoras: 11

Subestações elevadoras automatizadas e teleoperadas: 10

Potência instalada de transformador elevador: 5.004,1 MVA

A disponibilidade das unidades geradoras da Copel maiores que 10 MW, de jan. a dez. de 2007, foi de 94,17%.

2.2.1 Operação e Manutenção de Usinas e Subestações

Dentre as ações realizadas em 2007 no tocante à operação e manutenção de nosso parque

gerador, destacamos as que se seguem:

• Início do processo de modernização, automação e teleoperação da Usina Apucaraninha,

inaugurada em 1949, localizada no Município de Tamarana. O projeto demandará

investimentos de R$ 4,5 milhões e proporcionará aumento da vida útil da usina, melhoria do

suprimento de energia elétrica, beneficiando a comunidade indígena da região.

• Celebração de contrato de operação e manutenção, em conjunto com a Petrobrás, da Usina

Termelétrica de Araucária, visando garantir seu funcionamento seguro.

• Instalação de novos disjuntores nas subestações das Usinas Salto do Vau (União da Vitória),

Melissa (Corbélia), São Jorge e Pitangui (Ponta Grossa), Marumbi (Morretes), Cavernoso

(Virmond), Chopim (Itapejara D'Oeste) e Rio dos Patos (Prudentópolis), visando garantir maior

segurança e disponibilidade operacional.

• Substituição e instalação: a) na Usina Chaminé, localizada em São José dos Pinhais, de

novos rotores para as turbinas, com investimento de R$ 2,5 milhões; e b) na Usina

Governador Parigot de Souza, localizada em Antonina, de novo rotor para uma das turbinas,

com investimento de R$ 1,5 milhões.

• Modernização dos sistemas de proteção das unidades geradoras das usinas Gov. Bento

Munhoz da Rocha Netto (Pinhão), Gov. Ney Braga (Mangueirinha) e Gov. José Richa

(Capitão Leônidas Marques), visando maior confiabilidade operacional e segurança, com

investimentos de R$ 1,2 milhões.

2.2.2 Expansão da Geração de Energia

Em 03.07.2007, o Ministério de Minas e Energia assinou, com o Consórcio Energético Cruzeiro do

Sul e a Agência Nacional de Energia Elétrica - Aneel, contrato de concessão para construção da

Usina Hidrelétrica de Mauá (Eletrosul x Copel), garantindo a incorporação de mais 361 MW de

potência instalada ao parque gerador da Copel. O empreendimento representa investimento, no

Paraná, de aproximadamente R$ 991,3 milhões, gerando riqueza e desenvolvimento ao Brasil e,

em particular, à sociedade paranaense.

Adicionalmente à construção da Usina Hidrelétrica de Mauá, a Copel mantém estratégia de

participar, em conjunto com a Eletrosul, de leilões de aproveitamentos hidráulicos localizados no

Estado do Paraná, particularmente dos aproveitamentos de Salto Grande, no rio Chopim, e Baixo

Iguaçu, no rio Iguaçu, quando estes vierem a ser listados em leilões de venda de energia elétrica.

Com vistas à expansão de nosso parque gerador, foi incorporada a Usina Eólica de Palmas, da

Centrais Eólicas do Paraná, localizada no Município de Palmas, cuja planta é composta de cinco

aerogeradores com potência total de 2,5 MW.

2.2.3 Comercialização de Energia

Em 2007, a Copel participou do 4º e 6º Leilões de Ajuste da Câmara de Comercialização de

Energia Elétrica - CCEE. Pela operação, a Copel Geração vendeu para a Copel Distribuição

23,5 MW médios para entrega em 2007, com faturamento de R$ 7,8 milhões, e 16 MW médios

para entrega em 2008, com faturamento de R$ 19,6 milhões.

No Ambiente de Contratação Livre - ACL , foram comercializados novos contratos nos montantes

de 50 MW médios para entrega no período de 2007 a 2012, 51,6 MW médios para entrega de

2013 a 2015 e 66,6 MW médios para o período de 2016 a 2020, com faturamento anual previsto

de R$ 46,6 milhões/ano, R$ 48,3 milhões/ano e R$ 56 milhões/ano, respectivamente.

No mercado de curto prazo (ACL), no período de maio a outubro/2007, foram vendidos 43 MW

médios, totalizando R$ 12,6 milhões.

2.3 Transmissão

A Transmissão tem como principal atribuição prover os serviços de transporte e transformação da

energia elétrica produzida pela Companhia, sendo responsável pela construção, operação e

manutenção de subestações, bem como pelas linhas destinadas à transmissão de energia.

A Concessionária opera, para o Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS, parte do Sistema

Interligado Nacional - SIN na região Sul do país. Seu sistema conta com 133 subestações com

tensões iguais ou superiores a 69 kV e 7.351,9 km de linhas de transmissão, conforme

detalhamento nos quadros a seguir:

• Subestações

Dimensionamento do parque de subestações de transmissão da Copel e por subsidiárias (não

estão incluídas as subestações elevadoras de usinas):

Tensão Subestações Automatizadas Potência (MVA)

69 kV 31 2.016,2

88 kV - 5

138 kV 72 (1)4.96,3

230 kV 26 (2)7.484,7

500 kV 4 2.200

TOTAL 133 16.702,2 (1) Incluído o segundo TF 138/34,5/13,8 kV - 41,67 MVA na SE Arapongas (2) Incluídas as transformações 230/138/13,8 kV - 150 MVA e 138/34,5/13,8 kV - 41,67 MVA, da SE Posto Fiscal

• Linhas de transmissão

Extensão da rede de transmissão da Copel, subdividida por níveis de tensão e por subsidiárias:

Linhas de Transmissão Comprimento (km)

69 kV 1.173,2

88 kV 58,2 Copel DIS

138 kV 4.298,51

Rede Básica 230 kV 1.660,72

Copel G&T 500 kV 161,3

Total TOTAL 7.351,9

1 Incluída a LT Horizonte - Sarandi com 13,1 km de extensão

2 Incluído o seccionamento da LT Gov. Parigot de Souza - Uberaba para a SE Posto Fiscal. A LT Bateias - Jaguariaíva, que é obra licitada com 137,1 km, incluída na estatística.

Em 2007, foram concluídas e colocadas em operação três novas subestações e 153,59 km de

novas linhas, além de ter sido aumentada a capacidade de 96,35 km de linhas de transmissão pré-

existentes.

Dentre as obras implantadas, destacamos a construção:

• da subestação Santa Mônica 230 kV, na região metropolitana de Curitiba, com transformação

de 300 MVA e ampliações das subestações interligadas;

• da subestação Posto Fiscal 230 kV, em Paranaguá, com transformação de 192 MVA e

ampliações das subestações interligadas;

• da subestação Rolândia 138 kV, com transformação de 42 MVA e ampliações das

subestações interligadas;

• do seccionamento da LT 230 kV Gov. Parigot de Souza - Uberaba para atendimento a

Subestação Posto Fiscal, com 36,75 km,

• e das seguintes linhas de transmissão: Londrina - Rolândia 138 kV, com 22 km; Rolândia -

Arapongas 138 kV, com 17,09 km; Quatro Barras - Piraquara 69 kV, com 11,42 km; Horizonte

- Sarandi 138 kV, com 13,1 km; Jaguariaíva - Sengés 138 kV, com 29,5 km.

Adicionalmente, assinalamos a recapacitação das linhas de transmissão: Campo Mourão - Santos

Dumont 138 kV, com 6,85 km;Ponta Grossa Norte - Sabará 138 kV, com 9,3 km; Salto Osório -

Cascavel 230 kV, com 80,2 km.

Ressaltamos também as obras de ampliação da transformação de carga nas subestações

Cianorte, Palotina e Céu Azul, de substituição de transformadores de potência nas subestações

Socorro, São José dos Pinhais e Loanda e de transformação da reserva regional na área de

Maringá.

Além destas, foram realizadas dezenas de outras obras de menor porte, que resultam igualmente

na melhoria de atendimento aos usuários do sistema de transmissão de energia e na operação

mais eficiente do sistema elétrico. A Copel também investiu recursos em seu pólo Padre

Agostinho, que abriga o Centro de Operação do Sistema - COS e o Centro de Operação de

Telecomunicações - COTL, mediante a implantação de sistema de anti-incêndio moderno a gás

FM200 e reforma da subestação 13,8 kV (em operação desde 1976), que foi automatizada.

A propósito, em 2007, nossa subsidiária de transmissão, em avaliação efetuada pela Aneel,

destacou-se no processo de revisão tarifária como a melhor administração entre as grandes

transmissoras de todo o País, recebendo o título de benchmarking.

A Transmissão da Copel sagrou-se vencedora também no "lote F" referente à construção da LT

Bateias - Pilarzinho 230 kV, com 29 km, em leilão realizado pela Aneel em novembro/2007.

2.4 Distribuição

A Copel distribui energia elétrica a 1.116 localidades, pertencentes a 392 dos 399 municípios do

Paraná, e, adicionalmente, ao município de Porto União, em Santa Catarina. A Companhia tem

seu sistema de distribuição composto conforme demonstrado na tabela a seguir, na qual

apresentamos dados comparativos dos dois últimos exercícios, com vistas a evidenciar a

expansão realizada na área de distribuição de energia:

Sistema de Distribuição da Copel 2007 2006

Redes de distribuição (km) 171.524 165.757

Postes 2.353.097 2.264.214

Transformadores 322.115 315.289

Potência instalada em transformadores (MVA) 8.216 6.651

Subestações não automatizadas 27 36

Subestações automatizadas 209 199

Subestações totais (34,5 kV) 236 235

Estações de chaves 29 29

Potência instalada em subestações (MVA) 1.624 1.624

Consumidores da distribuição 3.437.061 3.345.315

2.5 Telecomunicações

Em conformidade com o Ato nº 31.337, da Agência Nacional de Telecomunicações - Anatel,

vinculada ao Ministério das Comunicações, a Copel presta serviços de telecomunicações e de

comunicações em geral, e elabora estudos e projetos específicos com observância à legislação

vigente, no Estado do Paraná e na Região II do Plano Geral de Outorgas. A exploração de tais

serviços dá-se por prazo indeterminado, sem caráter de exclusividade, em níveis nacional e

internacional.

Desde 2002, a Copel Telecomunicações opera serviço de comunicação multimídia, cujo

dimensionamento demonstramos na tabela a seguir:

Estrutura de Telecomunicações da Copel

Cabos ópticos instalados no anel principal (km) 5.054

Cabos ópticos auto-sustentados (km) 5.571

Cidades atendidas 181

Clientes 504

Em 2007, foram acrescentados 1.030 km de cabos óticos de acesso urbano, aumentando

significativamente a capilaridade da rede ótica da Copel. Esse investimento visa atender ao

programa Paraná Digital, que tem como objetivo levar os benefícios da informatização e da

Internet a escolas da rede pública estadual. Nesse ano, a Copel atendeu 181 cidades e interligou

2.100 escolas, das quais 1.200 em fibra óptica e 900 via satélite.

2.6 Participações

A Copel participa acionariamente de outras sociedades ou consórcios em diversas áreas de

atuação. Com vistas a concentrar investimentos em empreendimentos alinhados a seu core

business e a seu referencial estratégico, a Companhia vem reavaliando sua carteira de ativos em

participações.

Na modalidade de produtor independente de energia elétrica, a Copel tem participação em cinco

empreendimentos de geração, com potência instalada total de 887,4 MW, estando todos em

operação atualmente. Participa também nos setores de saneamento, gás, telecomunicações e

serviços, conforme apresentamos abaixo:

Participações da Copel Empreendimento Capacidade Instalada (MW) Energia Assegurada (MW médio)

Set

or

de

En

erg

ia

Elé

tric

a Dona Francisca Elejor (UHE Santa Clara e Fundão)

Eólicas do Paraná Foz do Chopim UEG Araucária

125,0 246,3 2,5

29,1 484,5

80,0 140,3 0,6 21,5 422,0

Empreendimento Setor

Ou

tro

s S

eto

res

Braspower Carbocampel Compagas

Copel Amec* Dominó Holdings

Escoelectric Copel Empreendimentos

Sercomtel Celular Sercomtel Telecom

Serviços Exploração de Carvão

Gás Serviços

Saneamento Serviços

Participação Acionária Telecomunicação Telecomunicação

*Empresa em liquidação

2.6.1 Empresas Controladas pela Copel Participações S.A.:

Copel Empreendimentos Ltda.

Em 31.05.2006, a Copel Participações S.A. adquiriu a El Paso Empreendimentos e Participações

Ltda., holding da UEG Araucária Ltda., da qual possui 60% do capital social, alterando sua

denominação social para Copel Empreendimentos Ltda.

Compagas

A Companhia Paranaense de Gás - Compagas é uma sociedade de economia mista que tem

como atividade principal a exploração do serviço público de fornecimento de gás natural

canalizado, através de rede de distribuição de 459 km, implantada nos municípios paranaenses de

Araucária, Curitiba, Campo Largo, Balsa Nova, Palmeira, Ponta Grossa e São José dos Pinhais.

Até o fim de 2007, a Compagas atendeu 2.928 unidades consumidoras, sendo 95 industriais, 24

postos de Gás Natural Veicular - GNV, 163 estabelecimentos comerciais, 2.642 residências, 2

empresas com co-geração.

Elejor

É uma sociedade por ações, de capital fechado, em que a Copel detém 70% do capital social

votante. Foi constituída para implantar e explorar o Complexo Energético Fundão/Santa Clara, no

rio Jordão, na sub-bacia do rio Iguaçu, no Paraná, o qual inclui a Usina Santa Clara e a Usina

Fundão. Tais usinas têm capacidade instalada de 240,3 MW (além de PCH incorporada à

estrutura da barragem de Santa Clara, com capacidade instalada de 3,6 MW, e de Fundão, com

capacidade instalada de 2,4 MW). A concessão foi outorgada em 23.10.2001, por trinta e cinco

anos, prazo prorrogável a pedido da interessada e a critério da Aneel.

UEG Araucária Ltda.

A UEG Araucária Ltda. é uma sociedade limitada que tem por objeto social a geração e

comercialização de energia elétrica utilizando como insumo o gás natural. A termelétrica tem

capacidade instalada de 484,5 MW. A autorização para se estabelecer como produtor

independente de energia elétrica foi emitida pela Aneel em 22.12.1999, por trinta anos, prazo

prorrogável a pedido da interessada e a critério da Aneel.

A Usina Termelétrica de Araucária entrou em operação em setembro/2006 para atender ao

sistema elétrico brasileiro, em face da severa estiagem ocorrida no início do segundo semestre do

ano. A Usina permaneceu em estado de “hibernação” durante três anos e meio, e, após dois

meses de trabalhos de recomissionamento, operou satisfatoriamente.

Foi firmado entre a UEG Araucária e a Petrobrás contrato de locação da Usina Termelétrica a Gás

de Araucária, com vigência até 31.12.2007. Em 28.12.2007, o contrato foi aditado, mediante

acordo entre as partes, por um período de seis meses.

Centrais Eólicas do Paraná

A Centrais Eólicas do Paraná Ltda. - Ceopar é uma sociedade por cotas de responsabilidade

limitada, destinada à exploração comercial da Usina Eólica de Palmas, de 2,5 MW, localizada na

região de Palmas, no Estado do Paraná.

Até agosto/2007, a Copel Participações detinha 30% das quotas da Ceopar. Em 06.09.2007, a

Copel Geração S.A. e a Wobben WindPower Indústria e Comércio Ltda. assinaram contrato de

cessão de quotas do capital social da Ceopar, tendo a Aneel, em 10.07.2007, mediante a

Resolução Autorizativa nº 976, aprovado a transferência de 70% das quotas do controle societário

da Ceopar, detidas pela Wobben, para a Copel. A Assembléia Legislativa do Paraná, através da

Lei nº 14.286, de 09.02.2004, havia autorizado previamente tal aquisição, visto que as quotas

foram adquiridas pelo valor subscrito no Contrato Social.

2.7 Produtos

Participação no mercado em 2007 Principais produtos Brasil Região Sul Paraná

Geração de Energia Elétrica 4,9% 31,3% 66,6%

Transmissão de Energia Elétrica(1) (2) 1,88% não disponível não disponível

Distribuição de Energia Elétrica(3) 6,80% 34,20% (2)96,8%

Transmissão de Dados(2) 1,0% 5,8% 15,5%

Distribuição de Gás 3,9% 32,6% 100% (1) refere-se exclusivamente ao comprimento de linhas da rede básica em dezembro/2007 (2) dado estimado (3) participação no atendimento ao mercado cativo

2.8 Captação de Recursos

Em 2007, a Copel contratou junto ao Banco do Brasil linha de financiamento, no total de R$

330 milhões, com a finalidade de pagamento e alongamento do perfil da dívida existente.

Para captação de recursos destinados a projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) nas

áreas de geração e transmissão, a Companhia obteve aprovação de financiamento, junto à

Financiadora de Estudos e Projetos - Finep, dos montantes de R$ 5,1 milhões e R$ 3,5 milhões,

respectivamente.

Para atendimento a obras no âmbito do Programa Luz para Todos, obtivemos, em 2007, liberação,

através da Eletrobrás, do valor de R$ 30 milhões.

Em 04.10.2007, a Fitch Ratings elevou de A+ (bra) para AA- (bra) o Rating Nacional de Longo

Prazo da Copel e da sua quarta emissão de debêntures, ocorrida no segundo semestre de 2006.

Ao mesmo tempo, a Fitch elevou de AA- (bra) para AA (bra) o Rating Nacional de Longo Prazo da

terceira emissão de debêntures da Companhia, realizada no primeiro semestre de 2005.

Em novembro/2007, o Conselho Monetário Nacional - CMN autorizou excepcionalização à

Resolução 2827/01, do Banco Central, que trata do contingenciamento de crédito ao setor público,

com vistas à concessão de financiamento pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e

Social - BNDES, no montante de, aproximadamente, R$ 340 milhões para a Copel, com o objetivo

de alavancar a construção da UHE Mauá.

2.9 Desempenho Operacional e de Produtividade

2.9.1 Mercado

O consumo total de energia elétrica faturada pela Copel, em 2007, apresentou crescimento de

6,8%, totalizando 20.458 GWh contra 19.148 GWh no ano de 2006. O mercado cativo, que

participou com 90,5%, registrou, em 2007, acréscimo de 5,8%, o mercado livre variou 24,0% e o

suprimento às pequenas concessionárias obteve incremento de 3,5% na energia faturada. O

mercado fio, que leva em conta todos os consumidores dentro da área de concessão da

Companhia, cresceu 5,9%.

Nesse ano, o desempenho do mercado de energia foi influenciado principalmente pelas classes

residencial, industrial e comercial, que representaram 25,7%, 38,7% e 18,6%, respectivamente, do

consumo total faturado, e tal ocorreu, primordialmente, pelos seguintes fatores: maior

disponibilidade e alongamento do crédito, queda dos juros, melhor desempenho da economia e

aumento da renda, que estimulam o consumo em geral, em especial a aquisição e uso de

equipamentos consumidores de eletricidade.

Em 2007, foram incorporadas ao sistema da Copel 91.747 ligações, sendo 75.961 residenciais,

2.093 industriais, 7.488 comerciais, 5.098 rurais e 1.107 de outras classes. Em dezembro/2007,

foram faturados 3.437.078 consumidores, dentre os quais 2.713.463 residenciais, o que

representa acréscimo de 2,9% em relação ao ano anterior, representando crescimento de 2,7%

em relação a 2006. O setor residencial, que participou com 25,7% do mercado da Copel,

consumiu, em 2007, 5.143 GWh, representando crescimento de 6,6% comparativamente a 2006.

O consumo médio por consumidor residencial foi de 157,9 kWh/mês, registrando aumento de

3,6% em relação ao ano anterior. As temperaturas médias registraram patamares superiores a

2006, contribuindo para o crescimento do consumo dessa classe.

O consumo industrial faturado pela Copel, que participou com 38,7% do total, apresentou, em

2007, variação de 7,5%, atingindo 7.740 GWh. Os ramos de atividade industrial que mais se

destacaram foram os de produtos têxteis; papel, papelão e celulose; e de alimentos e bebidas,

com crescimentos de 10,4%; 23,2%; e 3,0%, respectivamente. 58.795 consumidores industriais

foram faturados, 3,7% acima do verificado em dezembro/2006.

Com aumento de 9,2% em relação ao consumo de 2006, a classe comercial apresentou, em 2007,

a maior taxa de crescimento dentre as principais classes de consumo, totalizando 3.722 GWh.

Ressalta-se que esta classe representou cerca de 18,6% do consumo total de energia e nela

estão classificados, além dos estabelecimentos dos comércios varejista e atacadista, amplo e

variado elenco de atividades econômicas (de serviços de hospedagem e alimentação a serviços

bancários). Dentre os ramos que mais se destacaram, registramos: comércio por atacado e

intermediários, transportes e alojamento/alimentação, com crescimento de 9,8%, 14,7% e 7,2%,

respectivamente. Foram agregados 7.488 consumidores comerciais, totalizando 286.451

consumidores faturados em 31.12.2007.

A classe rural, que participou com 7,6% do mercado da Copel, apresentou aumento de 6,3% no

consumo faturado, totalizando 1.522 GWh em 2007. O consumo médio rural acresceu 4,7% em

relação a 2006, atingindo 380,2 kWh/mês. Em dezembro/2007, foram faturados 333.567

consumidores rurais, 1,6% superior ao verificado no ano anterior.

As demais classes de consumo representadas pelos Poderes Públicos, Iluminação Pública,

Serviços Públicos e Próprio, complementam o mercado de energia elétrica da Copel. Com 9,4%

de participação, estas classes apresentaram crescimento de 1,8%, consumindo 1.858 GWh em

2007.

2.9.2 Tarifas e Política de Descontos

Revisão Tarifária da Copel Transmissão

A revisão tarifária periódica da transmissora destina-se apenas às novas instalações de

transmissão. A Resolução Homologatória Aneel nº 487, de 26.06.2007, homologou o resultado da

primeira revisão tarifária periódica da Copel Transmissão S.A.. O reposicionamento tarifário foi

fixado em 15,08% negativo, a ser aplicado sobre as parcelas da Rede Básica Novas Instalações -

RBNI, que correspondem às instalações autorizadas pela Aneel a partir de 2000, e sobre as

Novas Instalações de Conexão e Demais Instalações de Transmissão - RCDM, também com

autorizações a partir de 2000, vigentes em 1º.07.2005.

A Aneel adiou o processo de revisão das transmissoras de 2005 para 2007, o que resultou em

diferença de arrecadação no período entre 1º.07.2005 e 30.06.2007. Em virtude dos efeitos

retroativos, a nova receita será compensada em 24 meses, por meio do mecanismo contratual da

parcela de ajuste, e incorporada à receita bruta de transmissão.

As parcelas da Rede Básica do Sistema Existente - RBSE e da Rede de Conexão e Demais

Instalações de Transmissão Existentes - RPC foram excluídas do processo de revisão tarifária por

força da cláusula sexta do contrato de concessão, tendo suas parcelas de receita sido reajustadas

pelo IGP-M do período. Devido a este fato, o impacto sobre a receita total da transmissora foi de

5,69% negativo.

Reajuste Tarifário Anual da Copel Distribuição

A Resolução Homologatória Aneel nº 479, de 19.06.2007, estabeleceu as novas tarifas de

fornecimento de energia elétrica da Copel a serem aplicadas a partir de 24.06.2007, considerando

o reajuste total médio de 1,22% negativo. Esse índice incorpora os percentuais do Índice de

Reajuste Tarifário - IRT de 2,24% e os componentes financeiros externos ao reajuste anual de

3,46% negativo. O resultado decorre da variação da Conta de Consumo de Combustíveis entre o

ciclo tarifário anterior e o ciclo atual de 38,65% negativo e uma CVA (Conta de Variação de Itens

da Parcela A) deste componente de R$ 72,2 milhões negativos.

Realinhamento Tarifário

As tarifas de energia elétrica estão passando por processo de abertura e realinhamento tarifário

(5ª e última etapa), conforme dispõe o Decreto nº 4.667, de 04.04.2003. No reajuste de

junho/2007, a Aneel cumpriu a última etapa do realinhamento tarifário determinado, visando

reduzir os subsídios cruzados entre os diversos grupos de consumo. Assim, os reajustes médios

aplicados foram maiores nos grupos tarifários de alta tensão (0,94%) e menores nos grupos de

baixa tensão (-1,89%). No entanto, comparando as tarifas aplicadas anteriormente com as

vigentes, os efeitos médios a serem percebidos nas faturas dos consumidores serão negativos,

em média, de 0,21% no grupo de alta tensão e de 2,04% no grupo de baixa tensão.

A tarifa média de fornecimento de energia elétrica em 2007 atingiu R$ 207,48/MWh,

representando queda de 3,77% em relação ao ano anterior. Essa queda deve-se, principalmente,

à redução de 1,22% nas tarifas de fornecimento, conforme a Resolução Aneel nº 479/2007,

cobradas a partir de 24.06.2007, além da variação da CVA.

Revisão Tarifária da Copel Distribuição em 2008

A Resolução Normativa nº 234/2006, que trata da revisão tarifária das concessionárias de

distribuição, está em audiência pública. Até 04.04.2008, os agentes deverão encaminhar

contribuições para o aprimoramento das notas técnicas disponibilizadas pela Agência. Segundo

informações da Aneel, a Copel, que está em processo de revisão tarifária, terá as novas regras

aplicadas já neste segundo ciclo, de modo que a revisão tarifária seja definitiva.

Ao contrário das demais distribuidoras, onde a revisão tarifária ficou limitada às adições e baixas

ocorridas entre o primeiro e o segundo ciclo, no processo de revisão tarifária da Copel, serão

considerados os ativos de 69kV e 138 kV oriundos do processo de cisão da Copel Transmissão

S.A.. Em 31.12.2007, a empresa avaliadora dessa base concluiu o trabalho de levantamento de

campo dos ativos, dentro do cronograma.

2.10 Perdas

O índice de perdas de energia total da Copel foi de 7,2% (relativamente à disponibilidade de

42.325 GWh) referente à energia total disponível. No cálculo, foram consideradas as perdas

técnicas e comerciais, incluindo a rede básica e contratos celebrados pela Companhia.

Embora as perdas comerciais na Copel sejam baixas, devido à tendência de crescimento, a

Companhia vem mantendo ações de caráter preventivo, como inspeções de combate a

procedimentos irregulares em toda a área de concessão.

Como medida adicional de prevenção, a Copel ampliou as instalações de medição centralizada

para 7.000 pontos, melhorando, assim, a forma de atendimento a regiões carentes e prevenindo a

ocorrência de procedimentos irregulares.

2.11 Inadimplência

A partir do período contábil de 2003, a Copel passou a calcular o índice de inadimplência do

produto fornecimento de energia elétrica, utilizando a seguinte metodologia de cálculo:

∑ Débitos vencidos > 15 dias ≤ 360 dias Inadimplência (Percentual) =

∑ Faturamento no período 12 meses

Obs.:

1. Considera-se inadimplente o consumidor com débito vencido há mais de 15 dias, em conformidade com o prazo de aviso de vencimento (Resolução Aneel nº 456/2000).

2. Foi excluído dos débitos vencidos, o reconhecimento de perdas pela Companhia.

3. A queda do Índice de Inadimplência do Fornecimento de Energia Elétrica, de 1,6% em dezembro/2006 para 1,3% em dezembro/2007 foi conseqüência, principalmente, do esforço da Companhia na cobrança e recebimento de faturas vencidas de grandes consumidores.

4. A Aneel determinou, através do ofício circular nº 2409/2007, que as concessionárias divulguem índice de inadimplência, porém, com metodologia definida por aquela Agência, conforme apresentado na Dimensão Econômico-Financeira deste relatório.

Composição da inadimplência do fornecimento de energia elétrica (R$ milhões %)

88,2

97,2 96,6

73,9

91,21,6%

1,8% 1,7%

1,6%

1,3%

Dez/06 Mar/07 Jun/07 Set/07 Dez/07

2.12 Indicadores de Desempenho Operacional e de Produtividade

A tabela a seguir resume o desempenho operacional e de produtividade da Copel de 2005 a 2007:

Indicadores de desempenho operacional e de produtividade

Dados técnicos 2007 2006 2005

Número de consumidores atendidos - cativos 3.437.061 3.345.315 3.256.564

Número de consumidores atendidos - livres 17 16 20

Número de consumidores por empregado (cativo + livres ÷ nº de empregados) 412 412 423

População Total Atendida (em milhares de habitantes)

- Urbana

- Rural

9.974

8.578

1.396

9.822

8.411

1.411

9.668

8.181

1.487

Número de localidades atendidas (municípios) 1.116 1.111 1.112

Total de energia disponível (GWh) 42.325 39.232 39.187

Área de concessão (km2) 194.854 194.854 194.854

Energia gerada (GWh) 18.134 10.358 18.436

Mercado de fornecimento: cativo + livre (GWh) 19.984 18.690 18.696

Mercado faturado de energia: cativo + livre + suprimento (GWh) 20.458 19.148 19.147

Fornecimento de Energia (mercado cativo) – Participação Nacional (%) 6,8 6,7 6,6

Fornecimento de Energia (mercado cativo) – Participação na Região Sul (%) 34,2 33,9 33,6

Tarifa Média Anual de Fornecimento (R$/MWh) (excluído do cálculo PASEP/COFINS e ICMS)

- Residencial (inclui a subvenção baixa renda paga pelo Governo Federal)

- Industrial (exclui o uso do sistema (consumidores livres))

- Comercial

- Rural

207,48

254,65

181,38

226,67

150,54

215,60

271,79

185,83

233,60

158,61

205,38

268,43

162,23

233,04

162,40

Energia comprada (GWh)

1. Itaipu

2. Contratos inicias

3. Contratos bilaterais (outros contratos)

5. PROINFA

6. CCEAR (Contratos de Compra e Venda de Energia Elétrica no Ambiente Regulado)

21.574

4.666

---

3635

220

13.053

21.413

4.665

---

5.334

83

11.332

21.781

4.683

3.990

4.879

-

8.229

Perdas elétricas globais (GWh)

Perdas elétricas - total (%) sobre o requisito de energia

Perdas técnicas - (%) sobre o requisito de energia

Perdas não-técnicas - (%) sobre o requisito de energia

2.561

8,7%

5,3%

3,4%

2.553

8,6%

7,5%

1,1%

2.658

8,7%

7,6%

1,1%

Energia faturada (GWh)

Residencial

Baixa renda

Convencional

Industrial (incluindo livres da Copel Geração)

Cativos

Livres (atendidos pela Copel Geração)

Comercial

Rural

Poder público

Iluminação pública

Serviço público

Próprio

20.458

5.143

754

4.389

7.740

6.278

1.462

3.722

1.522

533

725

576

23

19.148

4.826

746

4.080

7.200

6.021

1.179

3.407

1.431

513

716

574

24

19.147

4.653

681

3.972

7.639

6.466

1.173

3.231

1.389

494

704

565

22

Concessionárias 474 458 450

Subestações (em unidades) (todos os níveis de tensão 371 369 365

Capacidade instalada de subestações (MVA) (em todos os níveis de tensão) 18.678 18.421 16.966

Linhas de transmissão (em km) 7.352 7.210 6.996

Rede de distribuição (em km) 171.524,45 165.757,00 165.576,00

Transformadores de distribuição (em unidades) 322.115 315.289 315.289

Venda de energia por capacidade instalada (GWh/MVA*Nº horas/ano) 0,50 0,47 0,47

Capacidade instalada em usinas (MW) 4.550 4.550 4.550

Energia vendida por empregado (MWh) 2.394 2.302 2.427

Nº empregados 8.347 8.119 7.704

Venda de energia (GWh): % total

Residencial

Baixa renda

Convencional

Industrial (incluindo livres da Copel Geração)

Cativos

Livres (atendidos pela Copel Geração)

Comercial

Rural

Poder público

Iluminação pública

Serviço público

Próprio

25,7%

3,8%

21,9%

38,7%

31,4%

7,3%

18,6%

7,6%

2,7%

3,7%

2,9%

0,1%

25,8%

4,0%

21,8%

38,5%

32,2%

6,3%

18,2%

7,7%

2,7%

3,9%

3,1%

0,1%

24,9%

3,7%

21,2%

40,9%

34,6%

6,3%

17,3%

7,4%

2,6%

3,8%

3,0%

0,1%

Concessionárias 2,3% 2,4% 2,3%

DEC1 14,67 14,79 13,48

FEC2 13,27 13,65 13,50

1 O DEC expressa o intervalo de tempo que, em média, cada consumidor do conjunto considerado ficou privado do fornecimento de energia elétrica, no período de observação, considerando-se as interrupções maiores que ou iguais a três minutos

2 O FEC exprime o número de interrupções que, em média, cada consumidor do conjunto considerado sofreu no período de observação, considerando-se as interrupções maiores que ou iguais a três minutos

2.13 Responsabilidade e Engajamento com Partes Interessadas

2.13.1 Engajamento e Diálogo

O terceiro ciclo de implantação da Norma AA1000 foi adiado para 2008, a fim de permitir seu

melhor alinhamento com o novo modelo de Gestão para a Sustentabilidade. Assim, em 2007, as

partes interessadas direta e sistematicamente envolvidas com a Companhia até a conclusão deste

relatório são: público interno, clientes, fornecedores, poderes públicos, acionistas e investidores,

sociedade e organizações ligadas ao meio ambiente.

O ano de 2007 foi marcado pela intensificação do diálogo com o público interno, no escopo do

segundo ciclo da Norma AA1000, com a categorização e o aprofundamento de grupos de

interesse específicos, a fim de tratar de tema críticos afetos a tais grupos, principalmente no

tocante a questões raciais, étnicas, de gênero e de pessoas com deficiência.

2.13.2 Canais de Diálogo

Em 2006, foi realizado teste de materialidade dos canais de diálogo pelos grupos de

relacionamento com as partes interessadas. Os resultados foram consolidados ao longo de 2007.

A matriz completa de canais de diálogo resultante está disponível no site www.copel.com.

Importante salientar ainda o atendimento a questionamentos enviados à empresa pelo canal Fale

Conosco, disponível no site www.copel.com, pelo endereço eletrônico [email protected]. Neste

canal, a premissa é responder prontamente a todos os questionamentos recebidos, atitude que

tem proporcionado o crescimento de seu uso pelas partes interessadas. Em 2005, registramos o

recebimento de 35.962 mensagens, em 2006 de 38.161 e em 2007 de 44.144, contabilizando o

montante de 3.678 mensagens eletrônicas recebidas por mês.

Diálogo com o Público Interno

Assinalamos, inicialmente, que, no âmbito do Programa de Promoção da Diversidade em 2007,

diversos diálogos foram realizados com grupos que apresentam necessidades e características

específicas na Companhia, notadamente as ligadas às questões de diferenças raciais, de gênero

e de Pessoas com Deficiência - PcDs.

Os temas mais críticos foram levantados pelo grupo de PcDs e dizem respeito, principalmente, à

inadequação da estrutura física e arquitetônica, à falta de tradução de eventos e materiais

audiovisuais para deficientes auditivos e de impressos para os visuais, ao despreparo da força de

trabalho para a efetiva inserção destes profissionais e ao aproveitamento de seu potencial integral.

Tais temas serão tratados em planos de ação específicos. Um deles será voltado à promoção da

diversidade e outro especificamente às questões de acessibilidade.

Como canal direto de comunicação com todos seus empregados, a Copel mantém a Pesquisa de

Clima Organizacional - PCO, realizada anualmente. As últimas PCOs apontaram os seguintes

fatores nos quais a Copel deve atuar de forma corporativa para melhorar seu desempenho:

Liderança e Crescimento e Desenvolvimento Profissional. No que concerne à Liderança, a Copel

disponibilizou o Programa Gestão do Ambiente Organizacional, para tratar as possibilidades de

melhorias apontadas tanto pelos empregados como pelos gerentes quanto às demandas de

comportamentos (fatores relacionamento, liderança ou comunicação) que impactam nas relações

de trabalho em sua área. No tocante ao Crescimento e Desenvolvimento Profissional, nossos

Departamentos de Treinamento e Desenvolvimento e de Planejamento de Cargos e Salários

realizaram palestras de esclarecimentos aos empregados sobre o assunto.

Diálogo com Fornecedores

Desde 2005 realizamos treinamentos junto a nossos fornecedores para discussões de temas

voltados à sustentabilidade. Naquele ano, foram realizados debates com grupo de 15

fornecedores acerca de Governança Corporativa e Cidadania. Já em 2006, por meio do Encontro

Ethos Grupo Paraná, a Companhia deu seqüência ao diálogo com seus fornecedores, propiciando

o início de futura construção de cadeia produtiva de valor. Em 2007, através do evento “Manhã

Produtiva”, com a participação de 53 fornecedores, sedimentamos a implantação dessa cadeia

produtiva de valor, com utilização dos indicadores do Instituto Ethos – Sustentabilidade e Gestão

de Contratos, ocasião em que registramos grau avançado de maturidade entre as partes

interessadas.

No diálogo com fornecedores em 2007, estes apontaram pontos de melhoria para redução da

burocracia em processos licitatórios. Grupo transdepartamental de relacionamento com

fornecedores da Copel, criado em 2006, está em processo de análise da questão. Por outro lado,

a mesma pesquisa apontou pontos fortes. Dentre os mais citados, destacaram-se, primeiramente,

a transparência dos editais licitatórios, onde estão fortemente correlacionadas a confiabilidade e

credibilidade da Companhia, e, em seguida, o atendimento dos funcionários da Copel.

Com a finalidade de promover participação mais integrada no tocante a questões de

sustentabilidade dentro da própria organização e na sociedade como um todo, e com foco no que

estabelece o Decreto Estadual nº 6252/2006 acerca da consideração da sustentabilidade na área

de compras, a Copel definiu, no âmbito de sua relação com fornecedores, que oficinas de diálogos

serão promovidas de forma descentralizada, após levantamento de temas críticos em todas as

unidades da Copel.

Integração entre a Copel e seus fornecedores já é realizada por meio de nossos gestores de

contratos, em cada unidade regional da Companhia e através: a) do encontro prévio à execução

daqueles com representantes das empresas contratadas, para discussão de aspectos técnico-

administrativos, de segurança e medicina do trabalho, e da legislação ambiental e trabalhista

pertinentes; e b) de reuniões periódicas entre a Companhia e o sindicato representante das

empreiteiras de obras contratadas.

Para 2008, a Companhia traçou novas metas que visam ao compromisso de diálogo permanente

com seus fornecedores e à busca de novos adeptos, à construção da mencionada cadeia

produtiva de valor, com inserção de novas empresas, e à manutenção do montante de 126

empresas fornecedoras como número referencial para o cumprimento dos trabalhos propostos.

Diálogo com Acionistas e Investidores

A Copel mantém canal de comunicação efetivo com seus acionistas e investidores por meio de

seu website (www.copel.com/ri), de e-mails ([email protected] e [email protected]), de sua

central de atendimento telefônico 0800-41-2772 e dos informativos impressos “Informe RI Copel”,

“Informativo Trimestral” e “Fact Sheet”, que são encaminhados aos profissionais do mercado de

capitais e acionistas e disponibilizados também no site da Companhia.

Copel de Portas Abertas para Você

Desenvolvido como uma forma de estabelecer diálogo com os clientes e a comunidade, o

Programa “Copel de Portas Abertas para Você” vem consolidando a postura pró-ativa da Copel na

busca de maior aproximação e diálogo com o público.

Desde sua criação em 2005, nos padrões da Norma AA1000 de diálogo direto com as partes

interessadas, os eventos do Programa têm ocorrido em todas as regiões do Estado e são abertos

à participação de qualquer interessado. Contam também com a participação das lideranças

regionais e locais da Companhia. Seu objetivo é levar às partes interessadas informações sobre a

atuação da Copel na região; o atendimento comercial feito por unidades móveis; uso seguro e

eficiente da energia, direitos e deveres dos consumidores e acesso a programas sociais. Há

distribuição de materiais informativos pertinentes. Por meio do Programa, podemos identificar, na

comunidade, a existência de dúvidas quanto ao uso da energia, bem como a demanda de serviços

necessários.

A divulgação dos eventos relativos ao Programa é realizada através de convites dirigidos a

associações representativas das comunidades e de mensagens em rádios e jornais locais. Em

2007, contabilizamos 71 eventos, de uma meta de 70 para o exercício, que contaram com a

participação de 3,3 mil clientes.

2.13.3 Pesquisa de Opinião junto às partes Interessadas

O objetivo principal dessa pesquisa é avaliar a qualidade dos serviços prestados, a marca e a

imagem institucional da Copel em sua área de atuação, levantando as expectativas, opiniões e

intenções das partes interessadas. Seus resultados subsidiam decisões estratégicas da alta

direção e apontam pontos fortes e oportunidades de melhoria. As pesquisas são realizadas

anualmente ou, no máximo, a cada dois anos, desde 1999. Em 2006 e 2007, foram realizadas 11

pesquisas, compreendendo os seguintes segmentos: clientes e mercado, acionistas,

fornecedores, público-interno, meio ambiente, sociedade, mídia, governo e órgãos reguladores.

Em 2008, serão executadas nove pesquisas de opinião.

2.14 Principais Certificações e Prêmios

Dentre as principais certificações e prêmios conquistados, destacam-se:

Prêmio/Conquista/Certificação Certificador

Top of Mind , na categorias “Grande Empresa do Paraná” (pela sétima vez consecutiva); “Empresa em que você gostaria de trabalhar” e “Empresa preocupada com problemas sociais”

Revista Amanhã e Instituto Bonilha de Pesquisa

II Ranking 2007, na categoria “Sociedades Anônimas do Paraná”, obtendo:

1º lugar no setor de Indústria de Energia e Derivados

1o lugar em Lucro Líquido

2o lugar em Patrimônio Líquido Real

1o lugar em Receita Operacional Líquida

2o lugar em Ativos Totais

Fundação de Estudos Sociais do Paraná - FESP , Instituto Indicare, Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado do Paraná - Sescap, Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná - Faciap e jornal Indústria & Comércio

Melhores Balanços Sociais e Ambientais Rede Nacional de Consultores/Controllers Contábil-Financeiros - Rennacon, jornal Indústria & Comércio e FESP

I Ranking 2007 dos Maiores Empregadores – 5o lugar das Maiores Empregadoras do Paraná

FACIAP, jornal Indústria & Comércio e FESP

Platts Top 250 – Global Energy Company: entre as 250 melhores e maiores companhias energéticas do mundo

McGraw-Hill Companies/Nova Iorquek

Prêmio Top Comm Award 2007 , entre os 10 mais na categoria de “Telecomunicações Corporativas”

Top Comm Award

Expo Money 2007, na categoria “Respeito ao Investidor Individual”

Expo Money 2007

Empresa Cidadã 2007

Conselho Regional de Contabilidade do Rio de janeiro, Conselho de Energia da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro - Firjan e Federação do Comércio - Fecomércio

Grandes e Líderes 2007 – 2o lugar entre as 100 Maiores Empresas do Paraná

Revista Amanhã

Valor 1000 2007 – Copel Geração: campeã do setor de energia elétrica

Jornal Valor Econômico

Prêmio IASC 2006 – 1o lugar na categoria “Melhor Índice de Satisfação dos Clientes na Região Sul”, entre as distribuidoras com mais de quatrocentos mil consumidores

Agência Nacional de Energia Elétrica - Aneel

I Ranking das Sociedades Anônimas 2006, nas categorias:

1o lugar em Lucro Líquido

1o lugar em Patrimônio Líquido Real

1o lugar em Receita Operacional Líquida

1o lugar em Ativos Totais

Maior Empresa do Setor de Indústria de Energia e Derivados

FESP, Instituto Indicare, Controllers Contábeis-Financeiros - Rennacon e jornal Indústria & Comércio

3. DIMENSÃO GOVERNANÇA CORPORATIVA

A Copel busca constantemente aprimorar a aplicação de boas práticas de governança corporativa,

que é, para a Companhia, o sistema pelo qual as sociedades são dirigidas e monitoradas,

envolvendo os relacionamentos entre acionistas, conselho de administração, diretoria, auditoria

independente e conselho fiscal.

A Copel utiliza como parâmetro o modelo proposto pelo Instituto Brasileiro de Governança

Corporativa - IBGC, nos termos de seu Código das Melhores Práticas. As boas práticas de

governança, na Companhia, são baseadas em princípios de transparência, eqüidade, prestação

de contas e responsabilidade para com todas as partes interessadas, com o objetivo de aumentar

o valor da empresa e contribuir para sua perenidade. Para que esses princípios estejam presentes

nas diretrizes da Empresa, o Conselho de Administração, representante dos detentores do capital

(acionistas), exerce seu papel na organização, que consiste especialmente em estabelecer

estratégias para a empresa, eleger a Diretoria, fiscalizar e avaliar o desempenho da gestão e

escolher a auditoria independente, evitando-se, assim, abusos de poder, erros estratégicos ou

fraudes no uso de informação privilegiada em benefício próprio e/ou atuação em conflito de

interesses.

Os administradores buscam, dessa forma, contribuir para a perenidade da Empresa, com visão de

longo prazo na busca de sustentabilidade econômica, social e ambiental; aprimorar o

relacionamento e a comunicação com todas as partes interessadas; minimizar os riscos

estratégicos, operacionais e financeiros; e aumentar o valor da Companhia, viabilizando a

estratégia de captação de recursos.

Adesão ao Nível 1

O Conselho de Administração da Copel, em sua 117ª Reunião Ordinária, de 14.06.2007, aprovou

proposta da Diretoria para adesão da Copel ao Nível 1 dos Segmentos Especiais de Listagem da

Bovespa, cujo processo está em andamento, devendo a Companhia assinar o contrato no início

de 2008. Com a adesão ao Nível 1, há reconhecimento do resultado positivo da reestruturação

promovida na Companhia, iniciada em 2003, e da efetiva melhoria da administração; bem como

demonstração do comprometimento do acionista controlador e dos órgãos societários de sustentar

as melhores práticas de governança corporativa com fundamento em princípios de transparência,

eqüidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa, visando principalmente à

sustentabilidade empresarial e à participação da Companhia no Índice de Ações com Governança

Corporativa Diferenciada - IGC da Bovespa, além de manter a participação em outros importantes

índices nos quais a Copel figura.

Considerando que a sustentabilidade se baseia no tripé econômico, social e ambiental, a adoção

desses princípios garante, sob o ponto de vista econômico, a diminuição dos riscos estratégicos,

operacionais e financeiros, aumentando o valor da Companhia e viabilizando a captação de

recursos. Socialmente, propicia a construção de sociedade mais eqüitativa. Do ponto de vista

ambiental, garante a execução de programas e projetos ambientais integrados e prevê o custo da

externalidade de suas atividades, havendo compromisso de se deixar legado saudável para as

gerações futuras.

3.1 Estrutura e Boas Práticas de Governança

3.1.1 Cisão da Copel Transmissão S.A.

Em cumprimento à legislação do setor elétrico brasileiro e à Resolução Autorizativa nº 1.120/2007,

em 1º.12.2007 ocorreu a cisão da Copel Transmissão S.A., tendo os ativos de tensão igual a 69

kV e 138 kV sido transferidos para a Copel Distribuição S.A. e aqueles de tensão igual ou superior

a 230 kV para a Copel Geração S.A., que alterou sua denominação para Copel Geração e

Transmissão S.A.. A data estabelecida para tal processo de cisão atendeu ao cronograma de

revisão tarifária da Copel Distribuição, possibilitando que os ativos vertidos possam ser

adequadamente reconhecidos na Parcela B.

Essa reorganização societária atende exigências legais e é parte do processo de implantação de

melhores práticas de governança corporativa no grupo Copel. Visa também à simplificação da

estrutura acionária do grupo e à redução de custos, o que propicia racionalização e benefícios de

ordem administrativa, econômica e financeira mediante corte de despesas operacionais

combinadas.

3.1.2 Cisão da Copel Participações S.A.

A Copel solicitou autorização da Aneel para implantar a cisão, e posterior extinção, da Copel

Participações S.A. e versão de seu patrimônio para a Companhia Paranaense de Energia e para a

Copel Geração e Transmissão S.A..

Os contornos da operação societária estão disciplinados no artigo 8º da Lei nº 10.848/2004, que

alterou o artigo 4º da Lei nº 9.074/1995. As controladas e coligadas da Copel Participações S.A.

serão vertidas para a Copel, enquanto os consórcios de geração e transmissão serão vertidos

para a Copel Geração e Transmissão S.A.. A operação societária está em processo de análise na

Agência Nacional de Energia Elétrica - Aneel, que se manifestou favorável, por meio do ofício nº

1.940/2007-SFF/ANEEL.

3.1.3 Organograma

O organograma a seguir apresenta a estrutura organizacional, de comitês e dos conselhos oficiais

responsáveis por supervisionar, implementar e auditar políticas econômicas, ambientais, sociais e

correlatas da Copel:

Em 2007, a Copel avançou com seu processo de melhoria nas práticas de governança corporativa

ao incorporar mais algumas das ações constantes no código do IBGC, como a adoção de auto-

avaliação do Conselho de Administração e da Diretoria, além de já ter adotado, em 2006, a auto-

avaliação do Comitê de Auditoria. Aprimorou, igualmente, a Política de Divulgação de Informações

Relevantes e a Política de Negociação de Ações de Emissão Própria e os trabalhos do Comitê

Permanente de Divulgação de Atos e Fatos Relevantes, tendo instituído em 2007 a Política de

Sustentabilidade e Cidadania, baseada na missão da Companhia, nos valores corporativos — que

sustentam o posicionamento estratégico — e nos princípios do Global Compact. Aprimorou, da

mesma forma, o sistema de integridade empresarial, que coloca à disposição de todas as partes

interessadas o direito de expressão e disponibiliza tratamento ético, transparente, responsável e a

salvo de interesses menores em relação à aplicação das políticas empresariais da Copel.

Nesse contexto, a Companhia promoveu ampla divulgação de sua nova página sobre governança

na intranet e na internet e dos processos de melhoria em suas práticas por meio de seminários

gerenciais.

3.2 Assembléia Geral

A Assembléia Geral de Acionistas é o fórum no qual os acionistas têm poderes para decidir todos

os negócios relativos ao objeto da Companhia e tomar as resoluções consideradas convenientes

quanto a sua defesa e seu desenvolvimento.

A Assembléia Geral Ordinária é realizada no primeiro quadrimestre de cada ano, podendo os

acionistas se reunir eventualmente, sempre que entenderem necessário, em qualquer data, em

Assembléias Gerais Extraordinárias, que, em regra, têm sido realizadas duas vezes por ano.

3.3 Conselho de Administração - CAD

O funcionamento e as competências do Conselho de Administração - CAD são estabelecidos em

seu Regimento Interno, no Estatuto Social da Companhia e na Lei das Sociedades Anônimas. Os

membros do CAD têm mandato unificado de dois anos, podendo ser reeleitos. Dentre seus

integrantes, um é empregado da Companhia indicado pelos demais empregados e outros dois são

indicados pelo acionista BNDES Participações S.A. - BNDESPAR, por força de acordo de

acionistas. Pela Diretoria da Copel, apenas o Diretor Presidente é membro do CAD e atua como

secretário executivo daquele Órgão Colegiado. As posições de Presidente do Conselho de

Administração e Diretor Presidente da Companhia não são ocupadas pela mesma pessoa.

Dentre os nove membros do atual mandato do Conselho de Administração, seis são considerados

independentes, nos termos da Lei Sarbanes-Oxley, sendo um deles especialista financeiro e

Presidente do Comitê de Auditoria, órgão consultivo e permanente, diretamente ligado ao CAD.

Em 2007, foi criado mecanismo formal de avaliação periódica do CAD e/ou de seus conselheiros

individualmente. As reuniões ordinárias do CAD são realizadas quatro vezes ao ano, podendo os

Conselheiros se reunir eventualmente sempre que entenderem necessário, em qualquer data, em

reuniões extraordinárias do Colegiado, as quais, em regra, têm sido realizadas duas vezes por

ano. Não há norma ou exigência específica relativa a oportunidades econômicas, ambientais e

sociais. A administração da Companhia analisa tais aspectos em suas decisões e assuntos de

maior relevância, em virtude da matéria ou do valor envolvido, são submetidos à deliberação do

CAD.

3.4 Comitê de Auditoria

O Comitê de Auditoria é constituído por três membros, independentes e integrantes do Conselho

de Administração, nos termos da Lei Sarbanes-Oxley, com mandato de dois anos. Dentre suas

competências, estabelecidas naquela lei e no Regimento Interno do Comitê, ele é responsável

pela revisão e pela supervisão dos processos de elaboração das demonstrações financeiras

trimestrais e anuais e de controles internos e administração de riscos, devendo zelar pela

qualidade e eficiência desses processos. Nessa atividade, o Comitê deve relatar ao Conselho de

Administração da Companhia eventual inobservância de normas legais e regulamentares que

coloquem em risco a continuidade dos negócios da Copel .

O Comitê de Auditoria realiza, trimestralmente, reuniões com o Conselho Fiscal, com a finalidade

de analisar as demonstrações financeiras da Companhia. As reuniões ordinárias do Comitê são

realizadas bimestralmente, porém seus membros podem, durante o exercício, e a qualquer tempo

que julgarem necessário, convocar reuniões com as diretorias da Companhia, auditores

independentes e a auditoria interna para verificar o cumprimento de suas recomendações ou o

esclarecimento de suas indagações, inclusive no que se refere ao planejamento dos trabalhos de

auditoria, à adequação dos recursos necessários para realizá-los e à discussão de todos os

assuntos considerados relevantes.

O Comitê avalia aspectos como a eficiência no uso de recursos e no estabelecimento de controles

que resguardem a Companhia contra eventuais perdas, em face dos riscos das respectivas

atividades; a emissão de relatórios sobre a adequação dos processos de informação e de decisão;

e a conformidade das operações e dos negócios da Companhia com a legislação, os

regulamentos e respectivas políticas.

3.5 Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal - CF também é eleito em Assembléia Geral. É permanente e composto por

cinco membros efetivos e cinco suplentes, para mandato de um ano, sendo três membros

indicados pelo acionista controlador, um pelos acionistas minoritários titulares de ações ordinárias

e outro pelos acionistas minoritários titulares de ações preferenciais. Seu funcionamento e

competências são estabelecidos no Estatuto Social, no Regimento Interno e na Lei das

Sociedades Anônimas. O Conselho Fiscal reúne-se trimestralmente para cumprir sua função

primordial, que é analisar e opinar sobre as demonstrações financeiras trimestrais e anuais da

Companhia. Extraordinariamente, pode se reunir para tratar de outros assuntos de sua

competência, sempre que necessário, observada a convocação por seu Presidente. Os membros

desse Conselho, ou pelo menos um deles, participam das Assembléias Gerais de Acionistas, das

reuniões do Conselho de Administração e das reuniões do Comitê de Auditoria que tratem de

assuntos de sua competência.

3.6 Diretoria Executiva

A diretoria é eleita pelo Conselho de Administração, sendo composta por seis membros, com

mandato de três anos. É responsável pelas funções executivas da Copel, com atribuição privativa

de representá-la. Suas atribuições, deveres e responsabilidades individuais são estabelecidas no

Estatuto Social, sendo a forma de atuação prevista em Regimento Interno. A Diretoria realiza

reuniões ordinárias semanalmente e extraordinariamente por convocação do Diretor Presidente,

por decisão própria ou a pedido de outro Diretor. A Companhia não vincula a remuneração dos

executivos ao alcance de metas financeiras e não financeiras.

3.7 Código de Conduta

Em 2003, a Copel instituiu seu Código de Conduta, com base nos valores empresariais e na sua

cultura corporativa. Esse instrumento tem se consolidado dinamicamente, de modo a refletir a

integridade de seus procedimentos em todas as suas relações, sejam internas, com seus

empregados, ou com todas as demais partes interessadas em seus negócios. Seus artigos e

incisos são temas de diálogo com as partes interessadas, envolvendo administradores,

empregados, fornecedores, clientes, acionistas e consumidores.

Em 2007, realizamos 8.972 horas de treinamento na área de sustentabilidade que abrangeu

apresentação de informações sobre o Código de Conduta, direitos humanos e os valores da

Companhia, envolvendo a participação de 748 empregados.

Nesse ano, o Código de Conduta foi divulgado na página de Governança Corporativa do site da

Companhia (www.copel.com) e está sob consulta pública para validação da revisão final pelo

Conselho de Orientação Ética. Os novos empregados recebem o kit ético, contendo a íntegra do

código e uma cartilha de utilização do Canal Confidencial.

3.8 Conselho de Orientação Ética

O Conselho de Orientação Ética tem como objetivo discutir, orientar ações da Copel e examinar

casos que lhe sejam apresentados, fazendo recomendações no sentido de que a atuação da

Companhia seja permanentemente conduzida por princípios moralmente sãos no desenvolvimento

de seus negócios, zelando pela divulgação e pela efetiva aplicação do Código de Conduta aos

empregados da Copel. O Conselho é composto por nove membros, sendo oito empregados da

Companhia, coordenados por um representante da sociedade civil, o que garante maior

transparência e participação das partes interessadas no processo. Em 2007, o Conselho de

Orientação Ética realizou sete reuniões para discutir, orientar as ações da Copel e examinar os

casos que lhe foram apresentados.

3.9 Canal de Comunicação Confidencial

A Copel mantém política para receber comunicações confidenciais sobre descumprimento do

Código de Conduta, dos dispositivos legais e normas internas, relativos a contabilidade, controles

internos ou assuntos de auditoria a ela aplicáveis. Tais comunicações são recebidas através do

Canal de Comunicação Confidencial, que atua sob responsabilidade do Comitê de Auditoria e do

Conselho de Administração da Companhia.

As manifestações são recebidas e registradas pela Ouvidoria e, posteriormente, tratadas pela

Auditoria Interna, ou, a critério e com acompanhamento desta, por gerente responsável pelo

assunto comunicado, de forma ética, legal e confidencial.

A política adotada está em consonância com aspectos de aprimoramento do processo de

governança corporativa da Companhia e atende às exigências da Lei Sarbanes-Oxley para o

Comitê de Auditoria, oferecendo estímulo à utilização responsável e confidencial pelas partes

interessadas e garantindo a não-retaliação. O Canal de Comunicação Confidencial registrou 49

manifestações em 2007, relacionadas, de maneira geral, a denúncias de mau uso dos recursos da

Empresa e supostos assédios, principalmente os de natureza moral, mas nenhum que pudesse

influenciar, de maneira relevante, o resultado da Companhia. O acesso ao Canal de Comunicação

Confidencial pode ser feito por telefone (0800-643-5665), pelo correio (caixa postal 5505, CEP

80231-970, Curitiba - PR), ou, pessoalmente, no endereço da Ouvidoria da Companhia.

3.10 Comitê Permanente de Divulgação de Atos e Fatos Relevantes

O Comitê Permanente de Divulgação de Atos e Fatos Relevantes foi implantado com o intuito de

preservar a imagem e a credibilidade da Copel junto aos acionistas, investidores, analistas e

profissionais do mercado de capitais, além de promover divulgação e disseminação das

informações de forma proativa, transparente, completa e eqüitativa, em consonância com os

requisitos legais e regulatórios pertinentes. O Comitê é composto por, no mínimo, dois

representantes da Diretoria de Finanças e de Relações com Investidores, dois representantes da

Presidência, um representante da Diretoria Jurídica e um coordenador. A principal atribuição do

Comitê é assessorar o Diretor de Finanças e de Relações com Investidores na aplicação da

Política de Divulgação da Copel, cabendo a seus membros revisão e aprovação das informações

a serem divulgadas ao mercado de capitais por quaisquer meios.

3.11 Relacionamento com Acionistas e Investidores

A Copel conta com 26.352 acionistas, que detêm o capital social da Companhia, correspondente a

R$ 4.460 milhões, representados por 273.655 mil ações, sem valor nominal.

A Diretoria de Finanças e de Relações com Investidores, ao longo do ano, recebeu visita de

expressivo número de acionistas, investidores e analistas dos mercados de capitais nacional e

internacional. A Companhia também participou de conferências, seminários e reuniões e realizou

road shows nos principais centros financeiros do Brasil, da Europa e da América do Norte.

A partir da Lei nº 9.249/1995, a Copel tem adotado como política a distribuição de juros sobre o

capital próprio em substituição aos dividendos, de forma total ou parcial. O montante de

dividendos distribuídos é de, no mínimo, 25% do lucro líquido ajustado, de acordo com o artigo

202 e seus parágrafos da Lei nº 6.404/1976, na seguinte ordem:

• as ações PNA terão prioridade na distribuição de dividendos de, no mínimo, 10% ao ano, a

serem entre elas rateados igualmente, calculados com base no capital próprio a esta espécie

e classe de ações, existentes ao fim do exercício fiscal;

• após a dedução dos montantes alocados às ações PNA, e havendo valores disponíveis, as

ações PNB terão prioridade na distribuição de dividendos, a serem entre elas rateados

igualmente, calculados proporcionalmente ao capital próprio desta espécie e classe de ações

existente ao fim do exercício fiscal; e

• havendo montantes disponíveis após a dedução aos alocados às ações PNA e às ações

PNB, as ações ON têm direito de receber importância calculada proporcionalmente ao capital

próprio a esta espécie de ações existente ao fim do exercício fiscal.

O valor calculado a ser distribuído a cada ação preferencial, independente de classe, será, no

mínimo, 10% superior ao que for atribuído a cada ação ON, conforme o disposto no inciso II do

parágrafo 1º do artigo 17 da Lei nº 6.404/1976, com a redação determinada pela Lei nº

10.303/2001.

As ações preferenciais terão direito de voto se, por três exercícios consecutivos, não lhes forem

pagos os dividendos mínimos ou juros sobre o capital próprio a que fazem jus.

3.12 Distribuição de Dividendos e Juros Sobre o Capital Próprio

(em R$ mil) 2007 2006 2005 2004

Aprovação na AGO de

Data de Pagamento

Lucro

% Lucro

17.04.2008

16.06.2008 1.106.610

25

27.04.2007

26.06.2007

1.242.680

25

27.04.2006

19.06.2006

502.377

25

25.04.2005

24.06.2005

374.148

26

Valor para as Ações ON

Valor para as Ações PNA

Valor para as Ações PNB

Total Distribuído

135.397

649

131.704

267.750

142.132

565

138.253

280.950

62.089

512

60.394

122.995

48.435

514

47.112

96.061

3.13 Grupamento de Ações

Em 02.07.2007, foi aprovado em Assembléia Geral de Acionistas o grupamento da totalidade das

ações representativas do capital social da Copel, na proporção de mil ações para uma ação da

mesma espécie. O capital social passou a ser representado por 273.655.375 ações, sem valor

nominal, das quais 145.031.080 são ações ON; 398.342 são ações PNA; e 128.225.953, ações

PNB. O valor do capital social da Companhia permaneceu inalterado.

Foi também alterada a proporção das ações negociadas na Bolsa de Valores de Nova Iorque -

NYSE, que passaram a ter a paridade de 1 ADR/ADS por 1 ação, e das ações negociadas no

Latibex, que passaram a ter a paridade de 1 XCOP por 1 ação.

A partir de 06.08.2007, as ações da Copel passaram a ser negociadas exclusivamente grupadas.

3.14 Acordo de Acionistas

Está em vigor na Companhia acordo de acionistas firmado entre o Estado do Paraná e o BNDES

Participações S.A. - BNDESPar, cujo objetivo principal é assegurar ao BNDESPar a indicação de

dois membros para o Conselho de Administração da Copel e ter conhecimento prévio das

matérias societárias submetidas à apreciação do Conselho e da Assembléia de Acionistas da

Companhia.

3.15 Índices Bovespa

Os papéis de emissão da Copel integram os seguintes índices medidos pela Bovespa:

• IBOVESPA - mais importante indicador do desempenho médio das cotações do mercado de

ações brasileiro. Sua relevância advém do fato de o índice retratar o comportamento dos

principais papéis negociados na Bovespa. Esse índice manteve a integridade de sua série

histórica e não sofreu modificações metodológicas desde sua implementação, em 1968.

• IEE - primeiro índice setorial da Bovespa, o Índice de Energia Elétrica - IEE foi lançado em

agosto/1996, com o objetivo de medir o desempenho do setor de energia elétrica. Dessa

forma, constitui-se instrumento que permite a avaliação da performance de carteiras

especializadas nesse setor.

• IBrX 50 - mede o retorno total de carteira teórica composta por 50 ações selecionadas entre

as mais negociadas na Bovespa em termos de liquidez, ponderadas pelo valor de mercado

das ações disponíveis para negociação. Ele foi concebido para servir como referencial para

investidores e administradores de carteira, e também para possibilitar o lançamento de

derivativos (futuros, opções sobre futuro e opções sobre índice).

• ISE - reflete o retorno de carteira composta por ações de empresas com reconhecido

comprometimento com a responsabilidade social e a sustentabilidade empresarial, e atua,

também, como promotor de boas práticas no meio empresarial brasileiro.

3.16 Auditorias

3.16.1 Auditoria Interna

Desde 2005, a Auditoria Interna da Copel está subordinada funcionalmente ao Comitê de

Auditoria, tendo suas atividades orientadas segundo as normas estabelecidas pelo Institute of

Internal Auditors - IIA e pelo Instituto dos Auditores Internos do Brasil - Audibra, segundo as quais

a auditoria interna auxilia a organização a alcançar seus objetivos através da aplicação de

abordagem sistemática e disciplinada para avaliação e melhoria da eficácia dos processos de

gerenciamento de riscos, de controle e de governança corporativa.

No âmbito do gerenciamento de riscos e controles, a Auditoria Interna auxilia a organização na

identificação e na avaliação de exposições significativas a riscos, contribuindo para a melhoria

contínua e a manutenção desses sistemas.

Relativamente à governança corporativa, tais normas estabelecem que a Auditoria Interna deve

avaliar e fazer recomendações apropriadas para a melhoria do processo, contribuindo para

promover a ética e valores apropriados dentro da organização, assegurar a gestão eficaz do

desempenho e a responsabilidade por prestação de contas, comunicar de forma eficaz as

informações relacionadas a risco e controle e auxiliar o estabelecimento de comunicação de

informações entre os auditores externos e internos e a Administração.

3.16.2 Auditoria Externa

Nos termos estabelecidos pela Instrução CVM nº 381, de 14.01.2003, a Companhia e suas

subsidiárias integrais contrataram a Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes para

prestação de serviços de auditoria das demonstrações financeiras. Desde sua contratação, aquela

Empresa prestou serviços somente relacionados à auditoria independente. No relacionamento

com os auditores independentes, a Companhia tem como ponto fundamental a não-contratação de

outros serviços de consultoria que venham interferir na independência dos trabalhos de auditoria

externa.

Para atendimento aos requisitos da Lei Sarbanes-Oxley, a partir de 2005 os principais controles

dos ciclos que podem causar falhas ou erros nas demonstrações financeiras, acima do nível de

materialidade, são testados pelas auditorias interna e externa. Como medida de governança, os

procedimentos da auditoria interna para realização desses testes são avaliados pela auditoria

externa.

3.17 Gestão de Riscos

A política de Controles e Gestão de Riscos da Companhia, formulada em 2006, estabeleceu a

sistematização dos processos de gestão de riscos e controles internos, cuja avaliação será

utilizada por meio da metodologia estabelecida pelo Committee of Sponsoring Organizations of the

Treadway Commission - COSO.

Em 2007, teve início a implantação da Gestão Integrada de Riscos Corporativos, com apoio de

consultoria especializada, com destaque para as seguintes atividades:

• planejamento da implantação da gestão de risco;

• avaliação do processo de gestão de risco atual e identificação de oportunidades de melhoria;

• identificação e avaliação dos principais riscos relacionados aos objetivos de crescimento e a

questões ambientais e fundiárias;

• avaliação dos controles e ações de mitigação desses riscos;

• estudo de integração e alinhamento da gestão de risco com as demais iniciativas existentes:

Lei Sarbanes-Oxley, gestão e padronização de processos da Organização Internacional para

Padronização (International Organization for Standardization - ISO), Balanced Scored Card -

BSC, Gerenciamento pelas Diretrizes, Modelo de Excelência da Gestão e desenvolvimento

dos sistemas de informática corporativos.

3.17.1 Riscos Patrimoniais - Seguros de Bens e Direitos

A Copel mantém Comitê de Gerenciamento de Riscos e Seguros Patrimoniais, que tem por

objetivos:

• desenvolver e aperfeiçoar estudos para o estabelecimento de política de gerenciamento de

riscos e seguros dos ramos elementares da Copel e de suas subsidiárias integrais;

• definir junto às áreas pertinentes da Companhia o que deve ser segurado, através de

levantamentos, identificação e análise de risco, experiências e histórico de sinistralidade, por

tipo e características de bens e equipamentos, de dispêndio de prêmios de seguro no período

- utilizando parâmetros auxiliares relacionados a cada tipo de risco para desenvolvimento

paralelo com as áreas envolvidas - e de técnicas e inspeções preventivas de detecção de

possíveis danos ao patrimônio da Companhia; e

• promover e manter a política adotada.

Com base nas recomendações desse Comitê, e visando atender à legislação vigente sobre

seguros e à Lei nº 8.987/95, que dispõe sobre o regime de concessão e permissão de prestação

de serviços públicos previsto no artigo 175 da Constituição Federal, a Copel contrata apólices de

seguros para salvaguardar seus bens e instalações e mantém seguro para reparação por danos

involuntários causados a terceiros.

As principais modalidades de seguros adotadas na Copel são: riscos nomeados, incêndio imóveis

próprios e locados, responsabilidade civil geral, riscos de engenharia, transporte nacional e

internacional e riscos diversos. Outras informações sobre os seguros adotados na Companhia

poderão ser obtidas na Nota Explicativa nº 39.

3.18 Princípio da Precaução

O princípio da precaução é o princípio 15 da Declaração do Rio (Nações Unidas, 1992) e

determina que onde existam ameaças de riscos sérios ou irreversíveis não será utilizada a falta de

certeza científica total como razão para o adiamento de medidas eficazes, em termos de custo,

para evitar a degradação ambiental. O conceito do princípio da precaução emergiu na Alemanha

na década de 70 e é atualmente um princípio totalmente aceito pela União Européia e pela lei

internacional. A essência desse princípio, ao tratar como relevantes questões inerentes ao meio

ambiente, atribui ao Estado sua execução, de acordo com sua capacidade, diante de ameaças de

danos graves ou irreversíveis.

A Copel é pioneira no Brasil na realização de Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto

ao Meio Ambiente - EIA-RIMA, para construção da Usina Governador Ney Braga, inaugurada em

1992. Desde então, os estudos ambientais vêm sendo mais aprofundados. O Plano Básico

Ambiental da Usina Governador José Richa, inaugurada em 1998, considerou 26 programas

ambientais, tendo sido totalizado custo socioambiental aproximado de 21% do custo total do

empreendimento, o que levou a Companhia a receber diversos prêmios internacionais pelos

trabalhos realizados com todas as famílias reassentadas. Todas as ações baseiam-se em gestão

ambiental fundamentada nos princípios da Política de Sustentabilidade e Cidadania Corporativa,

cuja íntegra está disponível no site www.copel.com, a qual está totalmente alinhada com os cinco

valores expressos no posicionamento estratégico da Companhia, nos oito Objetivos do Milênio e

nos dez princípios do Pacto Global da ONU.

Fatores como comprometimento com valorização, conservação e defesa do meio ambiente, com

ampla inclusão e justiça social; atitudes proativas diante da lei; promoção do desenvolvimento

sustentável das comunidades com as quais interagimos; diálogo, comunicação e transparência;

respeito à dinâmica socioambiental; ações de melhoria contínua; desenvolvimento interno da

responsabilidade individual, ao conscientizar nossa força de trabalho para assumir postura de

respeito e responsabilidade para com todas as partes interessadas; e valorização da diversidade

em todos os seus múltiplos aspectos, de fato, fazem da Copel uma empresa comprometida com

as questões socioambientais, desde a aplicação dos princípios da precaução, ao minimizar os

riscos ambientais a que suas ações estão sujeitas, até a mitigação ou compensação dos impactos

ambientais causados pela construção de seus novos empreendimentos.

3.19 Tecnologia da Informação

Em 2007, a área de Tecnologia da Informação da Copel continuou com a estratégia de alinhar

seus sistemas aos processos de negócio da empresa, usando como base para o desenvolvimento

de novas soluções a modelagem dos processos de negócio, com o que busca melhoria dos

controles e ganhos de qualidade e produtividade.

Para a modelagem dos processos de TI, há utilização dos modelos Control Objectives for

Information and Related Technology - COBIT, definidos pelo IT Governance Institute para

Governança e IT Infrastructure Library - ITIL, bem como pela Central Computer

Telecommunications Agenc - CCTA, para gerenciamento de serviços. Nossa estratégia inclui

também adesão à política de informática do governo do Estado, aprimoramento contínuo da

segurança e da disponibilidade de serviços e redução de custos.

Na busca de soluções para as necessidades de negócio, a área vem empreendendo grande

esforço para modernização de seus sistemas e infra-estrutura, através dos programas Mosaico,

Maestro, SASE, Pilares e Migrageo.

4. DIMENSÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA

4.1 Receita Operacional Líquida

Em 2007 a Receita Operacional Líquida teve acréscimo de R$ 533,5 milhões, representando

10,9% de aumento em relação ao exercício de 2006. Tal variação é proveniente do crescimento

da:

1) Receita de Fornecimento de Energia Elétrica em 7,4%, a qual, apesar do reajuste tarifário

negativo de 1,2% em junho deste ano (no ano anterior o reajuste havia sido em média 5,1%),

apresentou acréscimo em virtude do aumento de 6,8% no consumo faturado de energia

elétrica, atingindo 20.458 GWh;

2) Receita de Suprimento de Energia Elétrica em 5,9%, em função, principalmente, do aumento

do faturamento de contratos em leilão, essencialmente resultante de novos contratos firmados

para o período 2007/2014 e reajustes dos demais contratos vigentes;

3) Receita de Disponibilidade da Rede Elétrica em 2,8%, decorrente do aumento do uso do

sistema de distribuição, em virtude dos reajustes tarifários autorizados pela Aneel e do

acréscimo na quantidade de energia transitada nas linhas da Companhia;

4) Receita de Distribuição do Gás Canalizado em 7,5%, decorrente do aumento do faturamento

em operações com terceiros;

5) Receita de Telecomunicações em 10,1%, decorrente do aumento na prestação de serviços de

comunicações de dados, em virtude da entrada em operação de novos clientes e aumento de

solicitações de novos serviços (links) pelos clientes já existentes e

6) Outras Receitas Operacionais em 193,4%, em função da maior receita auferida de

arrendamentos e de aluguéis de R$ 84,9 milhões, dos quais R$ 79,1 milhões referem-se à

receita de aluguel da planta UEG Araucária para a Petrobrás, e do aumento na receita de

serviços prestados de R$ 33,1 milhões, dos quais R$ 26,1 milhões referem-se à receita da

Copel Geração, e também à Petrobrás, referente aos ajustes na planta UEGA, visando

preparação para produção.

Observamos que as Deduções da Receita refletem decréscimo decorrente da redução dos

encargos do consumidor em R$ 74,0 milhões, devido, principalmente, à queda na Conta de

Consumo de Combustível – CCC, e da redução de Cofins e PIS/Pasep em R$ 39,2 milhões,

compensados pelo acréscimo de ICMS incidente sobre a receita no valor de R$ 79,1 milhões.

4.2 Despesas Operacionais

As despesas operacionais atingiram, em 2007, R$ 3.814,8 milhões contra R$ 3.285,2 milhões em

2006. A variação verificada foi influenciada, principalmente, por:

1) Acréscimo de 13,3% em Despesas de Depreciação e Amortização, proveniente do ingresso de

novos ativos no imobilizado em serviço, com destaque para a UEG Araucária, que começou a

ser consolidada a partir de junho de 2006 e totalizou neste ano R$ 49,4 milhões (no ano

anterior havia sido de R$ 26,7 milhões), e, também, para a unidade de Fundão da Elejor, que

totalizou R$ 16,3 milhões (no ano anterior havia sido de R$ 10,2 milhões);

2) Acréscimo de R$ 14,2 milhões em Despesas de Serviços de Terceiros, em função,

principalmente, do aumento de manutenção de linhas e redes, manutenção do sistema elétrico

e acesso à comunicação por satélite, compensados pela redução em consultoria técnica,

científica e administrativa, serviços de manutenção civil e processamento e transmissão de

dados. Veja maiores detalhes na Nota Explicativa 31;

3) Aumento de R$ 323,1 milhões em Provisões e Reversões, composto por Provisões para

Contingências de R$ 246,3 milhões (em 2006, houve reversão em R$ 146,2 milhões), e pela

Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa - PCLD, que apresentou, em 2007, reversão

de R$ 3,9 milhões (em 2006, a provisão havia sido de R$ 65,5 milhões), em função,

principalmente, do acordo firmado entre a Companhia e o Governo do Estado do Paraná, pelo

qual foram renegociadas as faturas de fornecimento de energia elétrica e do programa Luz

Fraterna;

4) Acréscimo de R$ 40,9 milhões em Outras Despesas Operacionais, tendo como principais

eventos o aumento de R$ 34,6 milhões na conta de Compensação Financeira para Utilização

de Recursos Hídricos - CFURH e R$ 7,1 milhões em Encargos da Concessão - outorga Aneel;

e

5) Aumento de R$ 7,8 milhões em Despesas de Pessoal, que se deve à incorporação de 645

empregados no quadro funcional da Copel e ao reajuste salarial de 5,5% conforme acordo

coletivo. Maiores detalhes na Nota Explicativa 31.

6) Planos Previdenciário e Assistencial, com decréscimo em virtude dos valores apontados no

relatório atuarial para 2007, onde foi verificado ganho atuarial;

7) Despesas de Matéria-prima e Insumos para Produção de Energia Elétrica, com decréscimo de

96,8% em razão da contabilização da repactuação da dívida entre Compagas e Petrobrás

ocorrida em 2006, evento não recorrente neste ano. Cabe ressaltar que, em setembro de

2007, foi contabilizada a reversão de R$ 29,9 milhões, referente à provisão para Pasep e

Cofins, calculada sobre os efeitos do acordo Petrobras em maio de 2006. Tal reversão foi

baseada na resposta à consulta formulada junto à Receita Federal, a qual se pronunciou

oficialmente, julgando indevido o recolhido sobre a reversão na aquisição de gás natural para

produção de energia; e

8) Gás natural para revenda e insumos para operações com gás, com queda de 25,3% devido ao

arrendamento da UEG Araucária, pelo qual a Copel deixou de comprar o gás necessário para

operacionalizar a usina termelétrica junto àquela empresa.

Cabe ressaltar que tivemos acréscimo de R$ 10,6 milhões na conta redutora Recuperação de

despesas, em virtude da maior recuperação de encargos de uso do sistema elétrico e maior

recuperação em arrecadação de faturas baixadas contra PCLD.

4.3 LAJIDA ou EBITDA

O Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (EBITDA ou LAJIDA) totalizou

R$ 2,0 bilhões, ultrapassando em 2,7% o apresentado em 2006, sendo que sua margem foi

37,4%, inferior ao ano anterior, de 40,4%. Veja quadro a seguir:

Rubrica Em 2007 R$ mil

Em 2006 R$ mil

Depreciação e amortização 422.049 372.395

Resultado das Atividades 1.607.280 1.603.393

EBITDA 2.029.329 1.975.788

Receita Operacional Líquida – ROL 5.422.126 4.888.615

Margem do EBITDA %(1) 37,4 40,4 (1) Ebitda/Receita Operacional Líquida

Evolução do EBITDA

1.218,10

1.975,802.029,30

25,2%

40,4%37,4%

2005 2006 2007

4.4 Resultado Financeiro

O Resultado Financeiro tem como destaques:

• Receitas Financeiras, com decréscimo de R$ 333,2 milhões em relação a 2006, representado,

principalmente, pelo evento apropriado no exercício anterior, que foi a contabilização, naquele

ano, de dois eventos não recorrentes: desconto obtido pela renegociação da dívida com a

Petrobrás, de R$ 283,2 milhões, e ganho em operações com derivativos, de R$ 22,4 milhões.

Também contribuiu para esse decréscimo a redução na conta de acréscimos moratórios

sobre faturas de energia, por ajuste a valor presente na contabilização destes encargos.

Ainda para compensar, a conta de variações monetárias sobre o CRC teve acréscimo, sendo

corrigida pelo IGP-DI, que de janeiro a dezembro de 2007 teve variação de 7,9%; e

• Despesas Financeiras, com decréscimo no valor da variação cambial sobre empréstimos em

moeda estrangeira, proveniente da valorização do real perante o dólar de 17,1% em 2007 e

de 8,7% em 2006; e do Yen, 11,8% em 2007, e 9,5% em 2006, e também do decréscimo de

encargos pela quitação das debêntures de 2ª e 3ª séries em fevereiro de 2007.

4.5 Endividamento

As dívidas de curto e longo prazo sofreram variações em 2007 em virtude de ingressos de

recursos no montante de R$ 346,5 milhões, sendo R$ 329,6 milhões referentes às emissões de

Notas de Crédito Comercial e Industrial.

Os pagamentos ocorridos no ano totalizaram R$ 1.122,4 milhões, dos quais R$ 817,6 milhões em

amortização de principal e R$ 304,8 milhões em encargos. Destes valores, R$ 717,7 milhões da

amortização de principal e R$ 229,5 milhões de encargos referem-se às debêntures.

4.6 Lucro Líquido

Em 2007, a Companhia obteve lucro líquido de R$ 1.106,6 milhões, sendo 10,9% menor que o

obtido no exercício anterior, de R$ 1.242,7 milhões. Tal resultado proporcionou taxa de

rentabilidade do patrimônio líquido de 18,0% (lucro líquido ÷ (patrimônio líquido - lucro líquido)),

refletindo decréscimo de 25,4% em relação a 2006.

Embora tenha havido decréscimo no lucro, a Companhia demonstrou bom desempenho em suas

atividades operacionais, representado pelo crescimento das receitas. É importante ressaltar os

eventos não recorrentes no resultado do exercício anterior que se constituíram do acordo firmado

entre Copel, Petrobras e Compagas, no valor líquido de tributos de R$ 416,4 milhões, e da

reversão da provisão da Cofins, no valor líquido de tributos de R$ 130,4 milhões. Somente para

efeito de comparação, a não-consideração de tais valores, não recorrentes, ocasionaria lucro de

R$ 695,9 milhões naquele exercício.

4.7 Valor Adicionado

No exercício de 2007, a Copel apurou R$ 5,2 bilhões de Valor Adicionado Total - VAT, 7,1%

abaixo do apurado no ano anterior, o que corresponde a R$ 0,4 bilhão. No entanto, é importante

destacar o valor que a Companhia distribuiu para o governo, fomentando a economia do Estado

do Paraná em aproximadamente R$ 3,0 bilhões, decorrentes do recolhimento de impostos, da

remuneração dos empregados, do lucro retido na Empresa e da participação acionária do Estado,

representando 56,2% do VAT distribuído.

Rubrica Em 2007 (R$ mil) Em 2006 (R$ mil)

ICMS

Outros impostos (estaduais e municipais)

Pessoal (não inclui INSS)

Lucros retidos

31,1% da remuneração do capital próprio(1)

1.512.346

4.564

523.217

838.860

62.200

1.430.935

4.270

601.554

961.729

38.253

Total 2.941.187 3.036.741 (1) Percentual equivalente a participação do Governo do Estado do Paraná

Distribuição do Valor Adicionado 2007

Estadual e Municipal46,7%

Federal53,3%

GOVERNO62,0%

PESSOAL10,0%

ACIONISTA21,7%

FINANCIADOR6,3%

Detalhamentos da DVA

Venda de energia, serviços e outras receitas Valores em R$ Mil exceto quando indicado 2007 %

∆% 2007-2006 2006 %

Fornecimento 2.747.680 34,7 7,4 2.558.481 34,5

Residencial 660.166 8,3 6,6 619.229 8,3

Residencial baixa renda 216.121 2,7 (5,3) 228.215 3,1

Industrial 985.685 12,4 12,7 874.809 11,8

Comercial 570.418 7,2 8,7 524.875 7,1

Rural 113.720 1,4 4,3 109.057 1,5

Poder público 82.165 1,0 4,0 79.042 1,1

Iluminação pública 63.518 0,8 (0,1) 63.594 0,9

Serviço público 61.992 0,8 3,9 59.660 0,8

Parcela de ajuste de encargos da rede (6.105) - - - -

Suprimento 1.367.595 17,3 5,9 1.290.976 17,4

Energia de curto prazo – CCEE 69.238 0,9 (56,2) 158.015 2,1

Demais contratos de suprimento 1.298.357 16,4 14,6 1.132.961 15,3

Disponibilização da rede 3.316.963 41,9 2,8 3.225.414 43,5

Receita de telecomunicações 63.893 0,8 10,1 58.054 0,8

Distribuição de Gás Canalizado 244.080 3,1 7,5 227.081 3,1

Outras receitas operacionais 179.883 2,3 193,4 61.320 0,8

Total 7.920.094 100 6,7 7.421.326 100

Governo Valores em R$ Mil exceto quando indicado 2007 %

∆% 2007-2006 2006 %

FEDERAL 1.729.045 53,3 (8,4) 1.887.272 56,8

Encargos sociais – INSS 112.649 3,5 (0,6) 113.341 3,4

Imposto de renda e contribuição social 460.315 14,2 (17,5) 557.678 16,8

Pis/Pasep 91.280 2,8 (7,6) 98.775 3,0

COFINS 415.162 12,8 (7,4) 448.539 13,5

CPMF e IOF 57.515 1,8 24,7 46.124 1,4

Outros Tributos Federais 991 - (60,8) 2.526 0,1

Encargos do consumidor: 591.133 18,2 (4,7) 620.289 18,7

Reserva global de reversão – RGR 61.105 1,9 5,5 57.927 1,7

Conta de desenvolvimento energético – CDE 184.294 5,7 11,2 165.676 5,0

Conta de consumo de combustível – CCC 179.071 5,5 (35,6) 278.051 8,4

Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética

- P&D 56.347 1,7 7,8 52.265 1,6

Compensação financeira para utilização de recursos

hídricos – CFURH 73.938 2,3 87,8 39.377 1,2

Taxa de fiscalização do serviço de energia elétrica -

TFSEE 17.246 0,5 7,7 16.013 0,5

Encargos de serviço do sistema – ESS 19.132 0,6 74,3 10.979 0,3

ESTADUAL 1.513.380 46,6 5,6 1.432.512 43,1

ICMS (sobre fornecimento) 1.507.882 46,5 5,5 1.428.729 43,0

IPVA, pedágio e outros impostos e taxas 1.035 - (34,4) 1.577 -

ICMS 4.464 0,1 102,3 2.206 0,1

MUNICIPAL 3.530 0,1 31,1 2.693 0,1

ISSQN 2.571 0,1 55,7 1.651 -

IPTU, contribuições de melhoria e outros impostos e taxas 959 - (8,0) 1.042 -

Total 3.245.955 100 (2,3) 3.322.477 100

A DVA na íntegra, e com maiores detalhamentos, encontra-se neste relatório, juntamente com as

Notas Explicativas (anexo II).

4.8 Desempenho do Preço das Ações

Na Bovespa, as ações ON fecharam o período cotadas a R$ 29,50, com valorização de 37,2%; as

ações PNA, a R$ 31,00, com valorização de 37,3%; e as PNB a R$ 26,80, com valorização de

7,2%, enquanto que os índices Ibovespa e IEE valorizaram, respectivamente, 43,6% e 23,7%. Na

Bolsa de Valores de Nova Iorque - NYSE, as ações ON (ELPVY) fecharam a US$ 16.30, com

valorização de 64,3%, e as PNB (ELP) a US$ 15.09, com valorização de 29,5%, enquanto o índice

Dow Jones valorizou 6,1%. No Latibex (Carteira do Mercado Latino Americano em Euros),

vinculado à Bolsa de Madri, as ações PNB (XCOP) fecharam a € 10,48, com valorização de

18,3%, enquanto o índice Latibex valorizou 56,8% no período.

4.9 Valor Econômico Agregado - VEA OU EVA

O Valor Econômico Agregado - VEA ou EVA representa o lucro econômico, ou seja, o quanto a

empresa agregou de riqueza com o capital empregado em suas operações, após remunerar esse

mesmo capital.

A Copel vem mantendo, nos últimos anos, bom Retorno Operacional dos Investimentos - ROI,

atingindo, em 2007, taxa de 16,6%. Esse foi o principal fator a colaborar com a agregação de valor

para o acionista, de R$ 480,2 milhões, sinalizando que a companhia está efetivamente voltada

para a criação de valor através da recuperação de investimentos efetuados em outros exercícios,

os quais agora estão em operação.

A taxa de 12% para remunerar o capital próprio foi mantida por se adequar aos padrões do setor

elétrico brasileiro, para um índice beta de 1,01.

Consolidado

2007 2006

1. Vendas 7.920,1 7.421,3 2. Custos e Despesas operacionais (6.312,8) (5.817,9) 3. Resultado de Equivalência 1,6 (6,2)

4. Receitas Financeiras 396,0 729,2 5. IR e CS sobre os lucros gerados pelos ativos (577,5) (715,1) 6. Lucro operacional gerado por ativos líquido de tributos 1.427,4 1.611,3

7. Margem Operacional ( 6 ÷1 ) 0,1802 0,2171

8. Capital de Terceiros 2.102,5 2.662,0 9. Capital Próprio 6.519,1 5.717,9

10. Investimento a Remunerar - ( 8 + 9 ) 8.621,6 8.379,9

11. Giro do Investimento ( 1 ÷ 10 ) 0,9186 0,8856

12. Retorno Operacional dos Investimentos - ROI ( 7 x 11) 16,55% 19,23%

ou ROI em R$ milhões 1.426,9 1.611,5

13. Despesas Financeiras Brutas ref. capital de terceiros 230,2 289,1 14. Economia Tributária (66,3) (88,9) 15. Despesas Financeiras Líquidas ref. Capital de Terceiros ( 13 - 14 ) 163,9 200,2

16. Tx. Média de Remuneração do capital de 3ºs 7,80% 7,52%

líquida efeito tributário (15 ÷ 8)17. Participação do Capital de Terceiros ( 8 ÷ 10 ) 24,39% 31,77%

18. Tx. remuneração capital do capital próprio 12,00% 12,00%

considerando Beta 1,01119. Participação do Capital Próprio ( 9 ÷ 10 ) 75,61% 68,23%

20. Custo Médio Ponderado de Capital - CMPC ( 16 x 17 + 18 x 19 ) 10,98% 10,58% ou CMPC em R$ milhões 946,7 886,6

21. Ativo Operacional Líquido 11.643,0 11.276,2

22. Passivo de Funcionamento (3.021,4) (2.896,3) 23. Investimento a Remunerar 8.621,6 8.379,9

VEA ou EVA ( 12 - 20 x 23 ) 480,2 724,9

DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ECONÔMICO ADICIONADO - VEA ou EVA

Em 31 de dezembro de 2007 e de 2006(Valores expressos em milhões de reais)

4.10 Inadimplência Setorial

Inadimplência Setorial Valores em R$ mil exceto quando indicado 2007 2006

∆% 2007-2006

Energia Comprada - - -

Encargos Setoriais - - -

RGR - - -

CCC - - -

CDE - - -

CFURH - - -

TFSEE - - -

ESS - - -

P&D - - -

Total (A) - - -

Percentual de inadimplência - - -

Total da inadimplência (A)/Receita Operacional Líquida - - -

4.11 Investimentos na Concessão

O programa de investimentos para 2008, aprovado pela 119ª reunião ordinária do Conselho de

Administração da Copel, realizada em 27.12.2007, apresentava R$ 218,2 milhões de

investimentos em transmissão. Com a cisão da Copel Transmissão, foi alocado R$ 99,8 milhões

para a subsidiária de Distribuição referente a investimentos em ativos de transmissão (tensões 69

kV e 138 kV) e R$ 118,4 milhões para a subsidiária de Geração e Transmissão (tensões igual ou

superior a 230 kV).

Abaixo demonstramos a previsão de investimentos para 2008, abrangendo o ativo imobilizado e o

ativo intangível:

Subsidiárias Valores em R$ Milhões

Realizado 2006

Realizado 2007

∆% 2007-2006

Previsto 2008

Geração 42,1 28,3 (32,8) 263,0

Transmissão 145,9 74,2 (49,1) -

Distribuição 284,5 380,1 33,6 487,3

Telecomunicações 30,1 31,6 5,0 42,1

Participações 436,7 1,0 (99,8) 0,1

Total 939,3 515,2 (45,2) 792,5

A tabela não contempla os investimentos no imobilizado e no intangível das controladas.

Além do programa de investimentos no ativo permanente, a Copel investe em participações

societárias. Dentre tais aplicações de recursos, destacam-se as aquisições do controle acionário

da UEG Araucária Ltda em 2006, pela Copel Participações S.A. e das Centrais Eólicas do Paraná

Ltda em 2007, pela Copel Geração S.A., pelas quais foram desembolsados, respectivamente,

R$ 436,6 e R$ 2,1 milhões.Em 1º.12.2007 ocorreu a cisão da Copel Transmissão S.A., com a

transferência dos ativos de tensão igual a 69 kV e 138 kV para a Copel Distribuição S.A. e os de

tensão igual ou superior a 230 kV para a Copel Geração S.A., que alterou sua denominação para

Copel Geração e Transmissão S.A.

4.12 Indicadores Econômico-Financeiros

Outros Indicadores Valores em milhares de reais, exceto quando indicado

2007 2006 ∆%

2007-2006

Receita Operacional Bruta 7.920.094 7.421.326 6,7

Deduções da Receita 2.497.968 2.532.711 (1,4)

Receita Operacional Líquida 5.422.126 4.888.615 10,9

Custos e Despesas Operacionais do Serviço 3.814.846 3.285.222 16,1

Receitas Irrecuperáveis(1 ) 73.938 88.217 (16,2)

Resultado do Serviço 1.607.280 1.603.393 0,2

Resultado Financeiro 20.243 240.017 (91,6)

IRPJ/CSLL 460.315 557.678 (17,5)

Lucro Líquido 1.106.610 1.242.680 (10,9)

Juros sobre o Capital Próprio 200.000 123.000 62,6

Dividendos Distribuídos 67.750 157.951 (57,1)

Custos e Despesas Operacionais por MWh vendido 0,186 0,172 8,1

Riqueza (valor adicionado líquido) por Empregado 636,0 712,7 (10,8)

Riqueza (valor a distribuir) por Receita Operacional (%) 1,0 1,2 (0,2)

EBITDA ou LAJIDA 2.029.329 1.975.788 2,7

Margem do EBITDA ou LAJIDA (%) 37,4 40,4 (7,4)

Liquidez Corrente (índice) 1,74 1,17 48,7

Liquidez Geral (índice) 1,05 0,91 15,4

Margem Bruta (lucro líquido/receita operacional bruta) (%) 14,0 16,7 (16,2)

Margem Líquida (lucro líquido/receita operacional líquida) (%) 20,4 25,4 (19,7)

Rentabilidade do Patrimônio Líquido (lucro líquido/patrimônio líquido) (%) 15,3 19,5 (21,5)

Estrutura de Capital (2)

Capital Próprio (%) 58,5 53,4 9,6

Capital de terceiros oneroso (%) (empréstimos e financiamentos) 17,0 22,3 (23,8)

Inadimplência de Clientes (contas vencidas até 90 dias/Receita

Operacional bruta nos últimos 12 meses)

2,26 2,57 (12,1)

(1) De acordo com os valores informados para efeito de Revisão tarifária, nos termos do item I.4.2 da Resolução Normativa nº 234, de 07.11.2006.

(2) % sobre Passivo Total.

4.13 Fluxo de Caixa

Em 2007, o fluxo de caixa operacional gerou R$ 1.316,0 milhões, apresentando variação positiva

de R$ 355,8 milhões, em relação aos R$ 960,2 milhões de 2006. Tal acréscimo reflete,

basicamente, os ajustes ao lucro líquido, correspondentes às provisões para contingências, pois

as mesmas não geraram desembolsos durante o exercício.

As atividades de investimento utilizaram R$ 480,0 milhões em 2007, já considerando o efeito do

ingresso da participação financeira dos consumidores e das vendas de bens do ativo imobilizado,

no valor de R$ 55,2 milhões. Foram aplicados R$ 535,2 no ativo permanente, sendo R$ 14,3

milhões em participações societárias, R$ 516,1 milhões no imobilizado e R$ 4,8 milhões em ativos

intangíveis e diferidos. Em 2006 o montante de investimentos foi de R$ 1.064,7 milhões, tendo

sido, portanto, superior em R$ 584,7 milhões no ano passado, devido, principalmente, à aquisição

do controle da UEG Araucária, pela qual foram desembolsados R$ 436,6 milhões.

Em 2007, o fluxo de caixa das atividades de financiamento refletiu negativamente no saldo de

caixa, gerando efeito de R$ 763,8 milhões, devido:

• ao ingresso de empréstimos, de R$ 346,6 milhões;

• a amortizações de empréstimos, de R$ 99,8 milhões;

• a amortizações de debêntures, de R$ 717,7 milhões, e;

• ao pagamento de dividendos propostos em exercícios anteriores, de R$ 292,8 milhões.

Já em 2006, dentre os eventos que contribuíram para a elevação de R$ 441,5 milhões no caixa,

destacamos como mais relevantes:

• o ingresso de debêntures, de R$ 600,0 milhões;

• as amortizações de empréstimos, de R$ 57,4 milhões; e

• pagamento de dividendos propostos em exercícios anteriores, de R$ 118,0 milhões.

A Copel iniciou suas atividades neste exercício com saldo de caixa de R$ 1.468,7 milhões,

obtendo, no conjunto das atividades, incremento de R$ 72,2 milhões, encerrando o ano com saldo

de R$ 1.540,9 milhões. Em 2006, o acréscimo foi de R$ 336,9 milhões. Tais elevações nos níveis

de disponibilidade, verificadas consecutivamente, viabilizaram as aplicações de recursos

necessárias à continuidade das operações desenvolvidas pela Companhia.

O quadro a seguir demonstra os efeitos gerados no caixa, segregados por atividades:

Em 2007 (R$ mil)

Em 2006 (R$ mil)

Variação (R$ mil)

Saldo inicial 1.468.716 1.131.766 336.950

Operacionais 1.315.966 960.182 355.784

Investimentos (480.003) (1.064.727) 584.724

Financiamentos (763.808) 441.495 (1.205.303)

Saldo final 1.540.871 1.468.716 72.155

5. DIMENSÃO SOCIAL E SETORIAL

5.1 Incorporação dos Princípios do Pacto Global

A Companhia declara-se fortemente comprometida com o Pacto Global das Nações Unidas desde

seu lançamento, em 2000, tendo sido pioneira na adesão a ele. Desde então, o alinhamento das

iniciativas e políticas corporativas com os princípios do Pacto é uma busca sistemática da Copel,

com o objetivo de incorporar plenamente esse referencial ético global ao dia-a-dia da Companhia.

Para materializar essa incorporação, a Copel dividiu seus esforços em três grandes linhas de

atuação.

A primeira refere-se às dimensões internas da organização e envolvem constante

aperfeiçoamento de sistemas de gestão e políticas corporativas. A segunda linha de atuação,

considerada estruturante, está voltada à ação externa da Companhia e diz respeito ao apoio à

formulação, implementação e melhoria de políticas públicas inclusivas que promovam maior

sustentabilidade da sociedade como um todo. A terceira linha de trabalho é a atuação direta,

normalmente em parceiras com outras empresas, instituições ou organizações, em projetos e

iniciativas sociais e ambientais.

Separadas apenas para maior clareza, as três linhas são tratadas como estrategicamente

sinérgicas e complementares. No quadro a seguir, essas três dimensões estão brevemente

resumidas e correlacionadas aos Princípios do Pacto Global aos quais respondem:

Incorporação dos Princípios do Pacto Global

Legenda:

1 Respeitar e proteger os direitos humanos 5 Abolir o trabalho infantil 9

Encorajar tecnologias que não agridam o meio ambiente

2 Impedir violações de direitos humanos 6 Eliminar a discriminação no ambiente de trabalho 10

Combater a corrupção em todas as suas formas, inclusive extorsão e propina

3 Apoiar a liberdade de associação no trabalho 7

Apoiar abordagem preventiva aos desafios ambientais * Indeterminado

4 Abolir o trabalho forçado 8 Promover a responsabilidade ambiental

Projetos / Programas / Sistemas de Gestão / Participações e Políticas Princípios do

Pacto Global a que Respondem

Início Término

Políticas e Sistemas de Gestão Revisão do Código de Conduta com ampla consulta pública Todos 2006 2007 Consolidação do Canal de Comunicação Confidencial Todos 2006 2007 Adesão ao Código de Boas Práticas do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa) Todos 2005 2007 Implantação do Sistema de Gestão para a Sustentabilidade (GRI + AA1000) Todos 2005 2008 Criação e implantação da Política Corporativa de Controles e Gestão de Riscos Todos 2006 2008 Criação e Implantação da Política Corporativa de Ações Sociais junto à comunidade que melhorem a qualidade em alimentação, saúde, segurança, educação, desenvolvimento sustentável 1, 2, 5, 7, 8, 9 2006 *

Criação e Implantação do Novo Modelo de Gestão para a Sustentabilidade (Sustainability Scorecard) Todos 2006 2010 Instalação de Comissão Interna e Plano de Ação para a Promoção de Direitos Humanos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 8 2007 2010 Programa de Acessibilidade (arquitetônica, comunicacional e comportamental) - Em 2007 foram implantados fatura em braile e melhoria no atendimento através posto móvel e projetos libras 1, 2, 6 2007 2010

Programa de Segurança Alimentar e Desenvolvimento Comunitário Sustentável 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 2007 2010

Copel de Portas Abertas - diálogo com as partes interessadas, em formato com audiência pública, com a participação da alta direção. Em 2007, foram realizados 71 eventos. Todos 2006 *

Apoio a Políticas Públicas e Melhoria de Gestão Participação no Comitê Brasileiro do Pacto Global Todos 2000 * Participação em organizações do setor elétrico que discutem e promovem eficientização energética e melhorias ambientais: Assoc. Bras. de Concessionárias de Energia Elétrica - ABCE, Empresa de Planejamento Energético - EPE, Assoc. dos Produtores Independente de Energia - APINE, Comitê de Meio Ambiente do CIGRÉ, Assoc. Bras. de Geradores de Energia - ABRAGE, Comitê Bras. de Grandes Barragens - CBDB

Todos Diversos *

Participação em associações que discutem e promovem melhorias ambientais: Agenda 21, Conselho Temático Permanente de Infraestrutura e Meio Ambiente da FIEP, Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental do PRONEA, Comitês de Bacias dos Rio Iguaçu e Tibagi, Consórcio para Proteção Ambiental da Bacia do Rio Tibagi - COPATI, Câmara Técnica de Cartografia e Geoprocessamento PR

7, 8, 9 Diversos *

Participação no Comitê de Entidades no Combate à Fome e pela Vida - COEP e Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional - CONSEA - PR

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9

1995 / 2003 *

Participação no CPCE - Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial - para promoção conjunta de Responsabilidade Social no Estado do Paraná Todos 2005 *

Participação voluntária no Movimento Paraná Competitivo e em bancas examinadoras dos Prêmios: Nacional da Qualidade, Qualidade no Serviço Público, Sucesso Empresarial e Paranaense da Qualidade em Gestão Todos 2000 *

Coordenação do GESPÚBLICA no estado do Paraná: sistema que busca promover uma gestão pública de excelência, ética, transparente, participativa, descentralizada, com controle social e orientada para o cidadão Todos 2003 *

Apoio financeiro e participação técnica, representando a América do Sul, no grupo de trabalho GRI para elaboração do suplemento do setor de energia Todos 2005 2007

Apoio financeiro e participação como empresa teste das novas Diretrizes que correlacionam os Indicadores do GRI-G3 aos Princípios do Pacto Global. (MAKING THE CONNECTION) Todos 2006 2007

Programas, Projetos e Ações Sociais e Ambientais Criação e Implantação da Política Corporativa de Ações Sociais junto à comunidade que melhorem a qualidade em alimentação, saúde, segurança, educação, desenvolvimento sustentável 1, 2, 5, 7, 8, 9 2006 *

Programa de Arrecadação de Doações a Entidades Assistênciais e Instituições de Serviço Social, sem fins lucrativos e de interesse coletivo na fatura de energia. Total arrecadado em 2007: cerca de R$ 6 milhões Todos 1999 *

Programa Anual de Doação através de Incentivos Fiscais ao FIA - Fundo dos Direitos da Infância e Adolescência. Total repassado: R$ 1,8 milhões 1, 2, 5 2006 *

Programa Tributo ao Iguaçu: apoio ao desenvolvimento sustentável de comunidades de entorno 1, 2, 5, 7, 8, 9, 10 2004 2014 Programa Voluntariado Corporativo - EletriCidadania - empregado dispõe de até quatro horas/mês para prestar serviço voluntário. Total de 869 horas em 2007 1, 2 2001 *

Luz Fraterna - convênio - Governo Estadual - isenção de pagamento para consumidores baixa renda que consomem até 100 KWh/mês. Em 2007, aproximadamente 255 mil beneficiados. 1, 2, 4, 5, 10 2005 *

Universalização de Energia - "Programa Luz para Todos" - ligação de toda a população rural do Estado à rede da Companhia. Até dezembro de 2007 foram realizadas 37.150 novas ligações. 1, 2, 4, 5, 10 2003 *

Programa Avicultura Noturna - Incentivo ao aumento da produção e exportação da carne de frango. Desconto tarifário para unidades consumidoras rurais classificadas como avicultura, atendidas em baixa tensão. 1, 2, 4, 5 2007 2010

Programa Irrigação Noturna: Estímulo ao uso da irrigação para aumento da produção agrícola e melhoria da qualidade de vida na área rural. Tarifa e equipamentos subsidiados a consumidores rurais. 1, 2, 4, 5, 7, 8, 9 2003 2007

Luz Legal - regularização do fornecimento de energia elétrica em áreas de invasão. Até 2007, foram atendidas 3.493 unidades consumidoras. 1, 2 2003 *

Paraná em Ação - atuação comunitária conjunta para a promoção de ações efetivas, serviços e informações, promovendo cidadania 1, 2 2003 *

Paraná Digital - inclusão digital no ensino público conectando escolas estaduais à Internet. Em 2007 foramacrescentados 854 km de cabos de acesso urbano, e 164,2 km de cabos no anel principal 1, 2, 4, 5, 6, 10 2003 *

Menor Aprendiz – programa de inclusão profissional de menores em conflito com a lei entre 14 e 18 anos, em Convênio com o IASP. Em 2007, foram beneficiados 160 jovens 1, 2, 4, 5, 10 2003 *

Projeto Fera: cultura nas escolas da rede pública estadual 1, 2, 4, 5, 10 2003 2008 Tarifa Social para entidades sociais e consumidores baixa renda - desconto de até 65% na tarifa para consumidores de baixa renda que consomem até 160KWh/mês. Em 2007, foram beneficiadas 606 entidades sociais e 760 mil consumidores.

1, 2, 4, 5, 10 2003 *

Programa de Gestão Corporativa de Resíduos: reduzir, reutilizar e reciclar todos os resíduos gerados. Inclui Programa ZERE nas usinas 7, 8, 9, 10 2005 *

Museu Regional do Iguaçu: programa de educação ambiental destinado a comunidade. Possui um dos acervos regionais mais expressivos do Paraná. 7, 8, 9, 10

Programa de Eficiência Energética: promover a eficientização em instalações municipais, escolas e entidades assistenciais e de pesquisa 7, 8, 9

Programas da Estação Experimental de Estudos Ictiológicos: monitoramento e repovoamento dos rios e reservatórios do Paraná. 7, 8, 9 2005 *

Controle de espécies invasoras: monitoramento da entrada do mexilhão dourado (Limnoperna fortunei) e de outras espécies. 7, 8, 9 2000 *

Recuperação de áreas degradadas: produção e reposição de vegetações nativas em áreas degradadas e de preservação. 7, 8, 9 1999 *

Plano diretor do uso dos reservatórios e seus entornos: define ações para o gerenciamento do uso e ocupação em faixa de 1.000 metros. 7, 8, 9 1992 *

Programa de Educação Ambiental "As Três Ecologias": foram treinados 808 colaboradores em 2007. 7, 8, 9,10 2003 * Programa Socioambiental de Arborização Urbana: auxilia municípios na adequação da arborização visando convivência pacífica entre árvores e redes de distribuição. 7, 8, 9 1992 *

Projetos de biorremediação de áreas contaminadas com óleo mineral isolante (Atuba, Mandirituba, Fazenda Rio Grande, Piên e Araucária) 7, 8, 9 2004 2009

Programa de Gestão corporativa de gases de efeito estufa: objetivo inicial de inventariar as emissões e propor mecanismos de redução/neutralização, com posteriores desdobramentos. 7, 8, 9 2007 *

5.2 2007-2008: O Biênio da Promoção de Direitos Humanos na Copel

Em 2008, a humanidade comemora os 60 anos da Declaração Universal de Direitos Humanos-

DUDH e as empresas estão convocadas a participar, notadamente as mais responsáveis e

signatárias do Global Compact, em sua esfera de influência, para proteger, respeitar e remediar os

direitos humanos.

A Copel se engaja neste esforço global e convida a todos os seus fornecedores, parceiros,

clientes e demais partes interessadas a participar também. Assim, em 2008, a Copel terá como

bandeira de responsabilidade corporativa a ampla promoção dos direitos humanos universalmente

aceitos.

O ano de 2008 será marcado por novas iniciativas e políticas correlacionadas. Dentre estas,

destacamos as que se seguem:

5.3 Programas Corporativos Sociais

5.3.1 Programa de Promoção da Diversidade

Iniciado em agosto/2007, está subdividido em três frentes de trabalho:

• Gênero e Orientação Sexual: voltado à apresentação de propostas de melhorias e

reconhecimento das mulheres e do grupo GLBTT (Gays Lésbicas, Bissexuais, Transsexuais e

Transgêneros);

• Pessoas com Deficiência - PcD: interage diretamente com o Grupo de Acessibilidade e é

voltado à busca de soluções para adaptação das instalações físicas e da cultura da

Companhia no que concerne aos portadores de todas as deficiências; e

• Raça e Etnia: voltado às questões referentes à inclusão de pessoas "não-brancas" e de seu

tratamento igualitário.

5.3.2 Programa Corporativo de Segurança Alimentar e de

Desenvolvimento Comunitário Sustentável

O processo de recuperação do valor nutricional dos alimentos está sendo empreendido pela

Copel, que criou o Projeto-Piloto de Segurança Alimentar com Base Orgânica, a ser implementado

inicialmente na Usina Termelétrica de Araucária, no primeiro semestre de 2008. O projeto não visa

apenas à mudança do sistema atual alimentar dos empregados e familiares, mas reforça os

compromissos com a sustentabilidade, incentivando a agricultura familiar orgânica, em prol da

melhoria da qualidade de vida, e promovendo a inclusão social através da geração de empregos.

Após a avaliação e customização, o projeto será aplicado a todas as unidades da empresa até

2011.

A iniciativa da Copel tem como base a Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional - Losan,

marco da sociedade civil, que discutiu e criou a Lei, aprovada pela Câmara dos Deputados e pelo

Senado Federal sem nenhuma ressalva. Como membro permanente do Conselho Estadual de

Segurança Alimentar - Consea, a Copel participou de todas as etapas de discussão e

encaminhamento das resoluções das conferências estaduais ao Poder Executivo.

5.3.3 Programa Corporativo de Acessibilidade

Acessibilidade é o processo que permite a igualdade de oportunidades a todos em uma

sociedade, máxime no uso de produtos, serviços e informação.

A Copel está em processo de adoção de medidas para promover acessibilidade arquitetônica,

comunicacional e atitudinal, em prol do bem-estar e da qualidade de vida de empregados, clientes

e demais partes interessadas que possuem alguma necessidade especial. Facilitar o

entendimento de todos os empregados acerca do que envolve a acessibilidade e demonstrar a

parcela de responsabilidade de cada um é o que pretende a Companhia. Como fato concreto, em

2007 realizamos relevantes ações: a Usina Termelétrica de Araucária teve seu refeitório

totalmente reprojetado em conformidade com a norma 9050 e os deficientes visuais residentes no

Paraná passaram a receber em casa, junto com a conta de luz, demonstrativo de seus gastos de

eletricidade em braille. Com esta inovação na acessibilidade comunicacional, nossos clientes

cegos ganharam condições de gerenciar melhor seu consumo sem depender do auxílio de outras

pessoas. Dentro de um ano, informações impressas em braille deverão alcançar cerca de 600

domicílios em todo o Estado.

O presidente da Associação dos Deficientes Visuais do Paraná - Adevipar, José Juarez Martins,

elogiou e enalteceu a iniciativa da Copel nessa área: “Ela só poderia ter vindo de uma empresa

com grande sensibilidade social, pois apesar de muito se falar a respeito, as medidas concretas

para aumentar a acessibilidade dos cidadãos portadores de algum tipo de deficiência ainda são

poucas”. Segundo nos informou, existem mais de 11 milhões de deficientes visuais no Brasil, dos

quais cerca de 10% vivem no Paraná. “Notamos que ainda há muita coisa a ser feita pela inclusão

social dos cegos, mas também é justo observar que existe uma enorme boa vontade em certos

setores, como o dos serviços públicos”, afirmou.

Em 2008, projeto-piloto adequará a maior estrutura física da Companhia, o pólo km 3, que abriga

cerca de 3000 indivíduos, a pessoas com necessidades especiais, devendo tal adequação, na

seqüência, estender-se a todas as regiões do Paraná onde a Copel atua. Tal medida, e as demais

já tomadas, fazem parte de um rol de procedimentos internos em desenvolvimento, destinados a

garantir total acessibilidade da população aos serviços da Copel e a informações relacionadas ao

histórico de consumo, ao combate ao desperdício no uso de energia e à prevenção de acidentes

com choque elétrico.

5.4 Apoio a Políticas Públicas

Promoção da Cidadania

Historicamente, a Copel, como fomentadora do desenvolvimento social e econômico do Estado do

Paraná, participa e apóia diversos movimentos conjuntos com órgãos do governo, Organizações

Não-governamentais - ONGs e outras entidades para a ampla promoção da cidadania, sobretudo

junto a comunidades mais carentes. Nesse âmbito, destacamos:

Ação Cooperar

Programa do Governo do Paraná, realizado pela Companhia de Habitação do Paraná, foi lançado

com o objetivo de oferecer serviços gratuitos que promovam a cidadania e a inclusão social da

população de baixa renda. Constitui-se de feira de serviços gratuitos itinerante, a qual dada sua

abrangência e potencial, é referência em termos de valorização do homem e de inclusão social em

defesa da cidadania em todo o Estado do Paraná. A Copel participa oferecendo os seguintes

serviços: pedidos de novas ligações elétricas, regularização das ligações clandestinas, cadastro

social para as famílias de baixa renda, demonstrações sobre uso seguro de energia, dentre outros.

Em 2007, foram realizados 13 eventos, atingindo 16.100 pessoas.

PR em ação

Programa do Governo do Paraná, realizado em parceria com o Poder Judiciário, órgãos públicos

federais e municipais, federações e a sociedade civil organizada, tendo como objetivos valorizar o

exercício da cidadania e promover a inclusão social, por meio da prestação de serviços nas áreas

de justiça, saúde e cultura, à população dos municípios de mais baixo Índice de Desenvolvimento

Humano - IDH. Em 2007, foram realizados 14 eventos, atingindo cerca de 62.800 pessoas. Tal

como no programa Ação Cooperar, a Copel participa desta importante feira de serviços itinerante

oferecendo serviços em sua área de atuação.

Semana da segurança

Com grande envolvimento de quase 500 colaboradores, em 2007 cerca de 80 cidades em todo o

Paraná participaram da campanha Semana da Segurança, que visa ao uso seguro da energia

elétrica. Mais de 150 escolas foram visitadas, alcançando a participação de quase 50.000

estudantes e professores, e mais de 150.000 transeuntes receberam orientação específica sobre o

assunto em praças, terminais de ônibus, rodoviárias, cruzamentos na via pública, mercados,

cooperativas, sindicatos rurais, agentes credenciados, lojas de material de construção civil e de

equipamentos agrícolas, ferry boats, dentre outros. Cerca de 3.000 trabalhadores da construção

civil participaram também da Semana da Segurança.

CONSEA/PR– Conselho de Segurança Alimentar do Paraná

Espaço de articulação entre o Governo do Paraná, a sociedade civil organizada e o Governo

Federal, o Consea/PR terá caráter consultivo, com a função de propor políticas, programas e

ações que configurem o direito humano à alimentação como parte integrante do direito de cada

cidadão.

Em 2003, o Governo do Paraná, em ação interinstitucional articulada pela Secretaria de Estado do

Trabalho, Emprego e Promoção Social com as demais Secretarias de Estado, incluindo a Copel, e

em parceria com a sociedade civil organizada, formulou o programa Fome Zero Paraná. Desde

então, a Copel vem participando de todos os levantamentos, diagnósticos, elaboração de projetos

e análises das políticas públicas de Segurança Alimentar do Estado do Paraná e do Brasil. Em

2007, foram realizados 43 eventos, com a participação de 73.500 pessoas.

5.5 Incentivos Fiscais

As contribuições levadas a efeito sob os auspícios da Lei Rouanet no exercício de 2007, no total

de R$ 5,0 milhões, foram efetuadas em projetos devidamente aprovados pelo Ministério da

Cultura, no âmbito do Governo Federal.

Ainda dentro do espírito de voluntariado, a Companhia participou e incentivou doação ao Fundo

dos Direitos da Infância e da Adolescência - FIA. Em 2007, a Copel destinou a projetos inscritos

no FIA, um total de R$ 1,6 milhões (não inclusos valores da Compagas), utilizando incentivos

fiscais. Dentre os projetos beneficiados, citamos o de Ampliação do Atendimento Hospitalar do

Hospital Pequeno Príncipe e Qualidade de Vida e Bem Estar do Pequeno Cotolengo.

A Copel transformou esta prática em política. A partir de agora, todos os anos a Companhia

potencializará ao máximo a utilização de recursos dedutíveis do FIA, com base em estimativas

anuais do imposto a pagar, destinando-os a projetos sociais. A Copel convida empresas parceiras

e fornecedores a fazerem o mesmo, visto que, pela união de forças, podemos fazer realmente a

diferença para as crianças e adolescentes de nosso Estado.

5.5.1 Contribuição para Projetos Culturais e Sociais: Maiores

Beneficiados

• Através da Lei Rouanet:

Em 2007: exposição “Kurt Schwitters no Brasil”

A exposição “Kurt Schwitters no Brasil”, cujo proponente é a empresa Art Unlimited SP Produções

Artísticas e Culturais Ltda., teve como objetivo trazer para o país as melhores obras de Kurt

Schwitters, artista considerado cada vez mais um dos criadores fundamentais do século 20.

Em 2006: exposição “Eternos Tesouros do Japão”

A exposição “Eternos Tesouros do Japão”, cujo proponente foi a Sociedade dos Amigos do Museu

Oscar Niemeyer - MON, teve como objetivo dar início às celebrações, no Paraná, dos eventos

comemorativos aos 100 anos da imigração japonesa no Brasil que ocorrerá em 2008. A história da

imigração foi exibida por meio de 120 obras de artistas, confeccionadas nos séculos XVII, XVII e

XIX.

Em 2005: exposição “Cícero Dias - uma vida pela pintura”

A exposição “Cícero Dias - uma vida pela pintura”, cujo proponente foi a Sociedade dos Amigos do

Museu Oscar Niemeyer - MON, realizou retrospectiva de trabalhos de Cícero Dias,

pernambucano, um dos mais importantes artistas brasileiros do século XX, abrangendo do período

modernista (1920 a 1937) à década de 1980.

• Através do Fundo dos Direitos da Infância e da Adolescência - FIA:

Em 2006 e 2007: projeto de ampliação do Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba

O projeto visa dar prosseguimento às obras de ampliação do Hospital Pequeno Príncipe, maior

hospital pediátrico do Sul do Brasil. Entidade sem fins lucrativos, destina 70% de sua capacidade

de atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde - SUS. Em 2006, os recursos recebidos

para a ampliação proporcional do Hospital Pequeno Príncipe foram aplicados na implantação de

pavimentos com mais 80 leitos, de unidades cirúrgica e neonatal de terapia intensiva, de centro

cirúrgico, dentre outros. Com a demanda de atendimento crescente, em 2007 nossos recursos

foram dirigidos para a aquisição de aparelhagem para os novos pavimentos da unidade de terapia

intensiva e dos centros cirúrgicos.

A tabela a seguir apresenta dados relativos a projetos culturais e sociais e aos recursos aplicados

pela Companhia de 2005 a 2007:

Atuação da Copel na área cultural e social 2007 2006 2005 Dados dos projetos culturais e sociais beneficiados

Lei Rouanet/FIA

Recursos destinados a projetos culturais (R$ mil) 5.006/1.676 8.305/2.035 2.626/-

Nº de projetos beneficiados pela contribuição da Companhia 21/4 22/10 5/-

Recursos destinados ao maior projeto cultural (R$ mil) 500/1.000 1.200/1.300 774/-

5.6 Indicadores Sociais

A tabela abaixo resume o desempenho da Companhia, no período de 2005 a 2007, no que

concerne a sua atuação junto ao governo e sociedade e à comunidade:

Atuação da Copel na área social 2007 2006 2005

Governo e Sociedade: eventos e aplicação de recursos da Copel em campanhas e programas

Recursos alocados em programas governamentais (não obrigados por lei) federais, estaduais e municipais (R$ mil)

6.491

18.331

11.934

Nº de eventos em prol da: segurança alimentar desenvolvimento da cidadania

43 47

15 44

26 25

Recursos publicitários destinados a campanhas institucionais para o desenvolvimento da cidadania (R$ mil)

2.384

12.929

6.842

Recursos investidos nos programas que utilizam incentivos fiscais/total de recursos destinados a investimentos sociais (R$ mil)

7.285

11.399

3.101

Comunidade: voluntariado e aplicação de recursos da Copel em ações sociais

Recursos aplicados em educação (R$ mil) 6.615 19.020 12.574

Recursos aplicados em saúde e saneamento (R$ mil) 28.646 80.195 37.195

Recursos aplicados em cultura (R$ mil) 5.510 9.207 3.101

Outros recursos aplicados em ações sociais (R$ mil) 4.380 5.304 332

Valor destinado à ação social (sem inclusão de obrigações legais, tributos e benefícios vinculados à condição de empregados da Copel (% sobre receita líquida)

0,8%

2,3%

1,1%

Do total destinado à ação social, percentual correspondente a doações em espécie

3,9%

1,9%

-

Do total destinado à ação social, percentual correspondente a investimentos em projeto social próprio

0,1%

0,2%

0,2%

Empregados que realizam trabalhos voluntários na comunidade externa à Copel/total de empregados (%)

5%

5%

5%

Quantidade anual de horas mensais doadas (liberadas do horário normal de trabalho) pela Copel para trabalho voluntário de empregados

869

730

893

5.7 Gestão de Clientes

Os diversos canais de acesso disponibilizados pela Copel para seus clientes são criados com

base em segmentação do mercado consumidor definida pelo órgão regulador, bem como em

consideração de suas preferências e necessidades, da complexidade e do tipo de atendimento, e

das estratégias da Companhia. O objetivo é agregar qualidade e agilidade na prestação de

orientações e no atendimento a solicitações, sugestões e reclamações de nossos consumidores.

Os canais estão listados no site da Companhia www.copel.com.

A central de atendimento telefônico (0800 51 00 116), como principal canal de acesso, realizou,

em média, 670.000 atendimentos/mês em 2007, sendo que nas 106 unidades de atendimento

personalizado registramos 121 mil. Esses dois canais representaram 92% dos atendimentos

realizados nesse ano. O atendimento telefônico possui sistema de gestão da qualidade certificado

pela NBR ISO 9001, que está sendo ampliado, também, para o atendimento personalizado. Para

segmentos específicos, como clientes de alta tensão, a Companhia disponibiliza atendimento

diferenciado com teleatendentes especializados (0800 643 7575). Grandes clientes industriais e

comerciais têm como principais canais de acesso analistas comerciais de negócios, que são

capacitados para prestar atendimento comercial e técnico personalizado, e o Centro de Operação

da Distribuição - COD, para emergências relacionadas a fornecimento de energia.

Entre as ações implementadas na busca do atendimento a necessidades dos clientes,

salientamos: a) a capacitação de atendentes na linguagem de sinais Libras e b) a adoção do posto

de atendimento móvel para comunidades mais distantes dos grandes centros e localidades que

não possuem unidade de atendimento personalizado. Tal posto, além de proporcionar

atendimento comercial, divulga informações sobre uso seguro e eficiente de energia, programas

sociais e direitos e deveres dos consumidores.

No âmbito do atendimento a necessidades dos clientes, cabe-nos destacar, ainda, que a Copel é

pioneira no setor elétrico brasileiro em promover arrecadações para entidades que prestam

serviço a comunidade através de sua fatura de energia. A primeira entidade a usufruir deste

serviço foi a Pastoral da Criança, em 1998. Hoje, a política beneficia um total de 67 entidades.

Para se candidatar, a entidade deve ter caráter assistencial ou ser de interesse coletivo, não ter

fins lucrativos e apresentar a documentação requerida.

A Copel possui banco de dados de informações sobre clientes que são tratadas

confidencialmente, através de sistemas, processos e procedimentos que garantem sua

privacidade. Está em desenvolvimento a revitalização tecnológica dos sistemas que compõem

esse banco de dados, para manutenção de sua confiabilidade e aperfeiçoamento da gestão do

relacionamento com os clientes dos vários segmentos.

A satisfação dos clientes é monitorada pelas pesquisas de opinião realizadas anualmente. Para o

segmento residencial, as pesquisas realizadas nas edições anuais dos prêmios da Associação

Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica - Abradee, da qual a Copel é associada,

registraram 85,2% de clientes satisfeitos. Já as da Agência Nacional de Energia Elétrica - Aneel

contabilizaram 74,4%.

Esses resultados vêem demonstrando significativos avanços na satisfação dos clientes desse

segmento. Para os demais segmentos, os percentuais de satisfação dos clientes foram os

seguintes: clientes rurais, 83,0%; poderes públicos/prefeitos, 88,8%; grandes clientes, 90,0%;

atendidos em alta tensão, 82,6%. Para o serviço de atendimento telefônico, é realizada pesquisa

de satisfação anual, tendo o último resultado demonstrado que 92,0% dos clientes estão

satisfeitos. As oportunidades de melhorias identificadas para cada segmento são analisadas por

grupos multidisciplinares, que propõem ações a serem implementadas, visando ao nível de

excelência na satisfação dos clientes.

A Copel Telecomunicações conta com carteira de 504 clientes atuantes nos mais diversos ramos

de atividades, como escolas, bancos, supermercados, provedores de internet, indústrias, órgãos

públicos, lojas e operadoras de telefonia fixa e celular, oferecendo serviços de canais dedicados,

internet banda larga, redes privativas IP/MPLS-VPN, videoconferência, hospedagem utilizando

tecnologias de ponta SDH, PI/MPLS e Giga Ethernet em fibra óptica.

5.7.1 Indicadores de Atendimento a Clientes

A tabela a seguir apresenta indicadores relativos à monitoração de nossa carteira de clientes, do

período de 2005 a 2007, especificamente no tocante à energia vendida por classe tarifária,

satisfação do cliente, atendimentos realizados, montante e natureza de reclamações enviadas,

qualidade técnica dos serviços prestados e segurança no uso final da energia:

Período 2007 2006 2005

Venda de Energia (GWh): % Total

Residencial 25,7 25,8 24,9 Residencial baixa renda 3,8 4,0 3,7 Industrial 38,7 38,5 40,9 Comercial 18,6 18,2 17,3 Rural 7,6 7,7 7,4 Poder público 2,7 2,7 2,6 Iluminação pública 3,7 3,9 3,8 Serviço público 2,9 3,1 3,0 Próprio 0,1 0,1 0,1

Concessionárias 2,3 2,4 2,3 Satisfação do Cliente

Índices de satisfação obtidos pela Pesquisa IASC - ANEEL em andamento 69,96 74,44 ISC - Índice de Satisfação do Cliente (preço e qualidade) 66,50 52,70 54,70 ISQP (qualidade percebida) 84,20 85,30 85,70 Atendimentos Realizados

Total de ligações atendidas (Call center) 7.472.323 7.345.351 7.903.316 Nº de atendimentos nos escritórios regionais 1.451.664 999.139 13.373 Reclamações em relação ao total de ligações atendidas (%) 1,4 1,7 1,9 Tempo médio de espera até o início de atendimento (min.) 00:00:24 00:00:30 00:00:33 Tempo médio de atendimento (min.) 00:02:58 00:03:04 00:03:06

Nº de Encaminhamento de Reclamações de Consumidores

À Empresa 102.334 124.602 152.188 Ao Procon 221 496 1538 À Justiça 958 705 770

Reclamações: Principais Motivos (%) Valor da conta de luz: inclui leitura do consumo de energia, tarifa e débitos pendentes

16,3 19,0 23,4

Procedimento irregular: inclui auto-religação, desvio de energia e medição adulterada

16,3 14,8 0,0

Atendimento ao cliente: inclui tempo de espera, retorno/resposta, respeito/cortesia

14,0 17,7 16,9

Interrupção do fornecimento: inclui desligamento não-programado/programado/solicitado, duração e freqüência

10,9 7,9 4,4

Ligação/religação: inclui cobrança de taxas, prazo, vistoria da entrada de serviço, postinho de luz

10,0 7,7 8,0

Rede/linha: sobre aumento de carga/reforço na rede, obras de extensão e prazos

6,5 7,1 5,4

Iluminação pública: sobre lâmpadas/luminárias, cobrança e prazos 4,8 3,5 2,1 Ressarcimento: inclui danos materiais, morais, físicos, lucros cessantes e prazos

3,8 4,3 4,6

Fatura: inclui emissão de 2ª via, débito em conta corrente, pagamentos, entregas e contas vinculadas

3,4 4,4 9,8

Tensão: inclui nível e variação/oscilação 3,1 2,7 3,2 Suspensão do fornecimento: inclui reclamações sobre deficiência técnica, falta de pagamento e suspensão indevida

2,6 2,5 14,5

Programa social: sobre cadastro, universalização e prazos 2,1 1,9 1,0 Meio ambiente: inclui poda/corta de árvores, obras/construção 1,7 0,0 0,8 Outros: de cunho administrativo e sobre cadastros 4,5 6,4 6,1 Reclamações julgadas procedentes em relação ao total de processos encerrados

47,9 47,4 55,4

Qualidade Técnica dos Serviços Prestados Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (DEC)1 geral da Copel (valor apurado)

14,67 14,79 13,48

Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (DEC), geral da Copel (limite)

13,70 14,26 14,76

Freqüência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (FEC)2 geral da Copel (valor apurado)

13,27 13,65 13,50

Freqüência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (FEC) geral da Copel (limite)

13,34 13,99 14,62

Segurança no Uso Final de Energia do Consumidor Taxa de Gravidade - TG de acidentes com terceiros por choque elétrico na rede concessionária

2.264 1.066 1.052

1 O DEC expressa o intervalo de tempo que, em média, cada consumidor do conjunto considerado ficou privado do fornecimento de energia elétrica, no período de observação, considerando-se as interrupções maiores que ou iguais a três minutos 2 O FEC exprime o número de interrupções que, em média, cada consumidor do conjunto considerado sofreu no período de observação, considerando-se as interrupções maiores que ou iguais a três minutos

5.7.2 Segurança e Saúde de Clientes e Consumidores

A análise e o controle de riscos relativos à segurança e saúde dos empregados estão integrados a

todas as etapas das atividades da Copel, por meio de ações conjuntas das áreas de segurança do

trabalho, saúde ocupacional, serviço social, treinamento e meio ambiente, conforme estabelece a

Política de Segurança do Trabalho.

A força de trabalho participa da identificação dos fatores que influenciam a saúde e a segurança

pela participação em reuniões de segurança, de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes -

CIPAs, no total de 40 na Companhia, e de workshops, nos quais são apontados problemas

específicos.

Ações de segurança e saúde para empregados contratados são disciplinadas em manual

específico e integram seu contrato de prestação de serviços. A Companhia, em atendimento à

legislação vigente, realiza treinamento da mão-de-obra contratada e acompanha o cumprimento

dos requisitos de segurança legais pelos contratados por meio de inspeções periódicas de

Equipamentos de Proteção Individual - EPls e Equipamentos de Proteção Coletiva - EPCs e da

execução de atividades na área de risco. O controle do treinamento mínimo obrigatório de

trabalhos com eletricidade é realizado através de aplicativo próprio, que contém informações sobre

os empregados das empreiteiras, delas próprias e dos contratos com elas firmados.

5.8 Política de Comunicação Comercial e Institucional

Em 2007, a Copel iniciou estudos para implantar, ainda em 2008, sua Política de Comunicação,

que será pautada, principalmente, nos valores da Companhia e nos Princípios do Pacto Global.

A comunicação de marketing da Copel resume-se, basicamente, em fazer chegar aos 3,4 milhões

de clientes informações permanentes de interesse público, que abrangem o uso seguro e eficiente

da energia, programas sociais, direitos e deveres do consumidor, as quais atendem à Resolução

Aneel nº 456, artigo 100.

5.8.1 Campanhas e Ações de Comunicação

Dentre as ações realizadas no decorrer de 2007, em atendimento ao que dispõe a legislação

vigente, e visando maior aproximação com a comunidade e a veiculação de informações

relativamente ao uso seguro da energia elétrica, à cidadania e aos cuidados com o meio ambiente,

destacamos a campanha de verão no litoral paranaense e a semana nacional da segurança com

energia elétrica. Adicionalmente, focamos ações para:

Esclarecimentos sobre Algas Azuis

Dirigidos à população do entorno do reservatório da Usina Hidrelétrica Governador Bento Munhoz

da Rocha Netto (Foz do Areia) sobre riscos à saúde advindos do contato ou ingestão da água, em

face da proliferação de cianobactérias. Informações são veiculadas através de folderes, cartazes,

comunicados em rádios da região e de faixas nas áreas de acesso ao lago.

Usuários de equipamentos de sobrevida

Programa de intensificação das ações de identificação e atualização do cadastro de unidades

consumidoras com moradores que necessitem de equipamentos elétricos para sobrevida. Há

publicação de alerta nos materiais informativos destinados a clientes, na medida em que são

produzidos ou reimpressos.

Manutenção da iluminação pública

Esclarecimentos à população sobre a responsabilidade pela manutenção da iluminação pública

são realizados permanentemente. Em 2007, foram utilizados 500 mil folderes, 200 mil cartões, 5

mil cartazes e o site da Companhia para divulgação do tema.

5.8.2 Canais de Comunicação

Para minimizar impactos negativos de seus produtos e serviços na comunidade, a Companhia

promove ações sistemáticas de educação sobre o uso correto da energia e conscientização para

evitar acidentes, por meio de estações de rádio; palestras (em empresas, cooperativas rurais,

associações de classe e na comunidade em geral); faturas de energia e envelopes; feiras e

eventos; calendário rural (que disponibiliza autoleitura do consumo de energia); e de seu site na

internet.

Além disso, a Companhia oferece:

Kit escola

Constitui-se de cartilha com informações sobre uso seguro de energia e de prevenção de

acidentes com eletricidade nas escolas, acompanhada de caderno, régua e jogo da memória. Em

2007, 200 mil kits foram distribuídos em 1650 instituições escolares, em palestras realizadas por

técnicos de segurança e 650 voluntários em todo o Paraná, atingindo 156 mil alunos da quarta

série do ensino fundamental, em 375 municípios.

Agentes arrecadadores

A Copel estabeleceu, mediante convênio, rede de agentes arrecadadores, constituídos por 2.700

estabelecimentos no Paraná, responsáveis pelo recebimento de valores de R$ 1,1 milhão de

faturas de energia elétrica/mês e de distribuição de material informativo da Copel.

5.9 Gestão de Fornecedores

A Copel realiza contratações de materiais e serviços em conformidade com a Lei n° 8.666/93 (Lei

de Licitações) e outros instrumentos legais pertinentes, não sendo possível que se estabeleçam

critérios que visem à escolha regionalizada de fornecedores. A Lei prevê isonomia aos

participantes do certame, ficando a administração responsável pelo estabelecimento das

exigências técnicas e comerciais e pela publicidade do processo. Em 2007, aproximadamente

29,4% do valor total dos contratos de materiais e serviços firmados pela Copel coube a

fornecedores do Estado do Paraná, 70,4% a fornecedores de outros estados da Federação, e

0,1% a fornecedores estrangeiros.

Nos processos de cadastramento de fornecedores e nas fases de habilitação dos participantes de

licitações, é exigida declaração, assinada por sócio, proprietário ou diretor, devidamente

identificado, de que a empresa não imputa trabalho noturno, perigoso ou insalubre, a menor de 18

anos e qualquer trabalho a menor de 16 anos. Exige-se também, nessa declaração, que aquela

informe se emprega menor, a partir de 14 anos, na condição de aprendiz. Na habilitação de

fornecedores, os quais são classificados pela especificidade do serviço e pelo seu porte, há

avaliação de aspectos relacionados a questões de natureza jurídica, econômico-financeira e

técnica, recebendo as empresas habilitadas certificado de cadastro, o qual é utilizado por elas

para habilitar-se futuramente em outros órgãos da administração pública, em especial nas

prefeituras municipais. Anualmente, há renovação da habilitação dos contratados em nosso

cadastro específico, ocasião em que é formalmente verificado o fiel cumprimento às exigências

estabelecidas em contratos firmados por eles com a Copel.

Os contratos de materiais e serviços firmados pela Copel com seus fornecedores são gerenciados

por gestores de contrato disponíveis em todas as unidades na Companhia, responsáveis pelo

contínuo e amplo acompanhamento, fiscalização e controle de seu objeto e das condições

contratuais pactuadas entre as partes até seu encerramento, de acordo com as normas e manuais

técnicos e administrativos próprios da empresa.

Em 2008, a Copel tem como prioridade não somente a criação de mecanismos para monitorar o

efetivo cumprimento de cláusulas contratuais relativas a questão de responsabilidade social e de

direitos humanos, mas também orientação sobre o funcionamento dos procedimentos de

monitoramento. Dessa forma, a Companhia possibilitará a integração da parte interessada no

processo, a qual, por meio de oficinas específicas oferecidas pela Companhia, terá orientações

sobre a interpretação dos próprios contratos firmados com a Copel.

Atendendo diretriz do Governo Estadual, a Copel tem adotado em suas licitações, sempre que

possível do ponto de vista legal, a modalidade de pregão eletrônico. Essa ação visa dar maior

transparência aos atos da administração, democratizar o processo ao ampliar sua divulgação e

permitir que fornecedores das mais variadas regiões do país possam participar do certame, sem

ter que se deslocar até a localidade onde será conduzida a licitação. Havendo participação de

microempresa ou empresa de pequeno porte nessa ocasião, serão assegurados os benefícios da

Lei Complementar nº 123/2006, que dispõe, como critério de desempate, a preferência na

contratação, desde que seja apresentada pelo proponente documentação que comprove tal

condição. Para fins de aplicação dos benefícios estabelecidos, entende-se por empate aquelas

situações em que o valor da proposta inicial apresentada por microempresa ou empresa de

pequeno porte seja igual ou até 10% superior à proposta melhor classificada, desde que esta não

esteja enquadrada como microempresa ou empresa de pequeno porte.

5.10 Gestão de Pessoas

Os 8.347 empregados do quadro próprio estão distribuídos em quatro carreiras em função da

natureza das atividades e dos requisitos de cargo, a saber: operacional (2.757 empregados),

administrativa (2.468 empregados), profissional técnico de nível médio (1.760 empregados) e

profissional de nível superior (1.362 empregados). A Companhia vem redimensionando seu

quadro funcional, tendo admitido em 2007, mediante concurso público, 645 novos empregados

(não considerando admissões das controladas Compagas e Elejor). Durante o mesmo período,

425 empregados desligaram-se da Companhia, em grande parte por aposentadoria, tendo a taxa

de rotatividade sido de 6,61.

Todo o quadro próprio da Companhia é contratado por meio de concurso público, com ampla

possibilidade de participação de brasileiros natos ou naturalizados, independente de gênero, raça

ou crença. A Copel destina vagas em seus concursos públicos para candidatos portadores de

necessidades especiais e afrodescendentes. Em 2007, a Companhia destinou 5% das vagas para

cargos de natureza administrativa passíveis de preenchimento por portadores de necessidades

especiais. Dentre candidatos afrodescendentes, foram admitidos 13 novos empregados.

Houve evolução do número de empregados próprios dos últimos 12 anos. O desempenho aponta

tendência de decréscimo, entre 1995 e 2002, devido à política de terceirizações e incentivo a

aposentadorias e demissões voluntárias, em preparação para possível processo de privatização,

que acabou por não ser concretizado. A retomada do crescimento do número de empregados

próprios, a partir de 2003, reflete a decisão de não mais se privatizar a Companhia, de recompor

seu quadro próprio para atender à efetiva demanda reprimida de trabalho crescente e de

primarizar serviços essenciais e diretamente ligados aos negócios, os quais haviam sido

anteriormente terceirizados.

5.10.1 Treinamento e Desenvolvimento

A Companhia conta com diversas formas de capacitação e aprimoramento continuados de seus

empregados. Em grande parte, são cursos realizados internamente para suprir demandas geradas

pela implementação de novas tecnologias e processos. Em 2007, foram realizados 2.773 eventos

(cursos, seminários e palestras), sendo 2.524 cursos internos e 249 externos, com 40.054

participações de empregados e 737 de terceirizados. A carga horária média/ano foi de 70,4

horas/empregado.

Treinamento de Empregados 2007 (Em horas/média)

Operacional 81,3

Administrativo 45,8

Técnico 81,3

Profissional 76,7

A Copel possui um comitê de treinamento e desenvolvimento formado por representantes de todas

as áreas da Companhia, sendo responsável por decisões estratégicas relacionadas a treinamento

e desenvolvimento, como programas de pós-graduação institucional, participações em eventos no

exterior, entre outros.

Adicionalmente, a Copel aplica consistente política em relação à formação de seus empregados,

com investimentos significativos em cursos de pós-graduação e incentivo ao seu

autodesenvolvimento, por meio de programa de auxílio-educação. Em seu quadro de pessoal, a

Companhia tem atualmente 3.147 empregados com formação superior, sendo 923 especialistas,

126 mestres e 14 doutores.

5.10.2 Política Salarial

As práticas de remuneração, reconhecimento e incentivo estão baseadas no modelo de

remuneração estruturado pela Companhia, apoiando-se em dois pilares: remuneração fixa

(comparação de mercado e mérito) e variável (Participação dos Empregados nos Lucros e/ou

Resultados - PLR). A Copel e a CENPRL, comissão especialmente constituída para a participação

dos empregados nos lucros e/ou resultados, obtiveram avanços significativos no transcorrer das

negociações, com o estabelecimento de metas empresariais, renegociadas em 2007. O Plano de

Cargos e Salários da Copel foi reestruturado de maneira a refletir a realidade ocupacional na

Companhia. Ele serve de referência para a remuneração fixa, buscando a comparação dos

salários pagos pela Companhia com valores de mercado e aplicação da política salarial. A

proporção entre o menor salário praticado pela Companhia em 31.12.2007 (R$ 764,85) e o salário

mínimo nacional vigente naquela data (R$ 380,00) era de 201%, não tendo havido diferença

significativa no mesmo período relativamente à proporção de salário- base entre homens e

mulheres.

5.10.3 Benefícios

Dentre os benefícios concedidos diretamente pela Companhia a todos os empregados, além dos

previstos pela legislação, destacam-se: auxílio-educação, abono de férias, auxílio-alimentação e

refeição, auxílio-creche, auxílio a portadores de necessidades especiais, além de outros

possibilitados pelo convênio existente entre a Copel e o Instituto Nacional do Seguro Social -

INSS.

Outro conjunto de benefícios, concedidos pela Companhia e administrados pela Fundação Copel

de Previdência e Assistência Social, do qual a Copel é mantenedora, são: plano de previdência

privada, adicional ao valor da previdência oficial, e amplo plano de assistência médico-hospitalar e

odontológica, dentre os melhores oferecidos pelo mercado.

5.10.4 Liberdade de Associação e Negociação Coletiva

A totalidade dos empregados da Copel é representada nas relações de trabalho com a Companhia

por meio de sindicatos independentes. A legislação brasileira estabelece que essas entidades

podem organizar-se por categoria e base territorial (município).

A Copel mantém estreito relacionamento com todas as 18 entidades representativas dos

empregados: sindicatos de categorias de base (eletricitários) e categorias profissionais e/ou

diferenciadas. A direção sindical tem livre acesso às gerências locais e a todas as instalações da

Companhia, a fim de levar aos empregados as comunicações de seu interesse, além de dispor de

canal formal direto com a área de recursos humanos.

A participação dos empregados nas negociações tem papel de fundamental importância, e vai

desde a presença nas assembléias sindicais, para elaboração da pauta de reivindicações, até a

deliberação da categoria pela aceitação ou rejeição da proposta da Companhia. A Copel também

incentiva a participação dos empregados em conselhos, órgãos de classe e associações

profissionais, entre outras entidades.

A Copel envida esforços no sentido de levar ao conhecimento prévio dos empregados as

mudanças significativas em sua operação, sempre com a maior antecedência possível, como no

caso da migração de parte das atividades de transmissão (mudança de ativos) para a Diretoria de

Distribuição e, conseqüentemente, a transferência de empregados. Nesse caso, o tema foi

discutido com as entidades sindicais, bem como amplamente informado aos empregados em

inúmeras reuniões.

5.11 Programas e Campanhas Corporativos de Segurança e Saúde

Fatores que têm influência na saúde e segurança são identificados e tratados através de

programas corporativos específicos, dentre os quais destacamos:

• Programa de Prevenção ao Risco Ambiental - PPRA;

• Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO;

• Campanha Permanente de Segurança e Saúde “Dê Preferência à Vida;

• Programa de Ginástica Laboral e de Condicionamento Físico;

• Programa de Gestão de Segurança e Saúde - GSS;

• Programa “Caça ao Risco” e Portal de Segurança e Saúde, o qual registra quase-acidentes e

situações de risco nas instalações da Copel e na rede elétrica externa, que possam

comprometer a segurança dos empregados próprios ou contratados ou da comunidade.

Aplicativo específico do programa está disponível a todos os empregados da Companhia por

meio do Portal de Segurança e Saúde, na Intranet, possibilitando o controle e

acompanhamento dos registros e das ações corretivas implementadas; e

• Programa para Regularização de Situações de Riscos na Rede Elétrica de Distribuição de

Energia: consiste no estabelecimento de critérios de ação para melhorar as condições de

trabalho dos eletricistas da Copel.

5.12 Indicadores de Empregabilidade

A tabela a seguir apresenta dados relativos a empregabilidade (remuneração, participação nos

lucros e resultados, saúde e segurança no trabalho, desenvolvimento profissional, comportamento

frente a demissões, reclamações trabalhistas e preparação para a aposentadoria) dos

colaboradores e administradores da Copel no período de 2005 a 2007:

Informações 2007 2006 2005 Nº total de empregados 8.347 8.119 7.704 Empregados até 30 anos de idade 24,25% 22,38% 17,98% Empregados com idade entre 31 e 40 anos 22,13% 21,53%% 21,12% Empregados com idade entre 41 e 50 anos 41,39% 42,74% 44,76% Empregados com idade superior a 50 anos 12,23% 13,35% 16,14% Nº de mulheres em relação ao total de empregados 17,79% 17,72%% 17,58% Mulheres em cargos gerenciais em relação ao total de cargos gerenciais 11,20% 11,42% 11,45% Empregadas negras (pretas e pardas) em relação ao total de empregados 0,71% 0,70% 0,77% Empregados negros (pretos e pardos) em relação ao total de empregados 2,58% 2,23% 2,22% Empregados negros (pretos e pardos) em cargos gerenciais em relação ao total de cargos gerenciais

4,95% 5,08% 5,09%

Estagiários em relação ao total de empregados 11,06% 11,04% 11,37% Empregados do programa de contratação de aprendizes*** 1,01% 0,92% 0,79% Empregados portadores de deficiência 54 52 73 Remuneração (acumulado no ano em R$ mil) 443.906 434.479 414.364 Folha de pagamento bruta 587.021 579.944 546.123 Encargos sociais compulsórios 144.643 146.955 138.701 Benefícios

Educação 2.296 2.130 1.687 Alimentação 54.476 49.586 41.364 Saúde 57.076 26.501 21.378 Fundação (64.348) 52.620 8.453 Outros **** 10.128 9.710 3.570

Participação nos lucros e resultados (acumulado no ano) Investimento total em programa de participação nos resultados da Copel (R$ mil) 54.254 52.028 32.294 Valores distribuídos em relação à folha de pagamento bruta (%) 9,2% 9,0% 5,9% Ações da Copel em poder dos empregados (%) 0,01% 0,01% 0,01% Divisão da maior remuneração pela menor remuneração em espécie paga pela Copel (inclui participação nos resultados e bônus)

29 27 28

Divisão da menor remuneração da Copel pelo salário mínimo vigente (inclui participação nos resultados e programa de bônus)

2,01% 2,07% 2,33%

Perfil da remuneração (% de empregados em cada faixa salarial (R$): dados de dezembro) Até 2.000,00 De 2.001 a 4.000 De 4.001 a 6.000 Acima de 6.000

57,64% 30,90% 4,85% 6,61%

60,92% 28,23% 4,51% 6,34%

60,81% 28,12% 4,58% 6,49%

Por categorias (salário médio no ano corrente) (R$) Cargos gerenciais Cargos administrativos Cargos de produção

7.041 1.537 2.357

8.848 1.546 2.289

8.062 1.609 2.344

Saúde e segurança no trabalho (acumulado no ano) Média de horas extras por empregado/ano 11,35 13,40 15,57 Nº total de acidentes de trabalho com empregados 208 210 153 Nº de acidentes típicos da atividade-fim com empregados Nº de acidentes de trajeto com empregados Nº de doenças ocupacionais com empregados

166 36 6

162 36 12

126 22 15

Nº total de empregados próprios acidentados 211 215 155 Nº de dias perdidos com acidentes de empregados próprios 27.361 19.996 13.731 Nº total de acidentes de trabalho com terceirizados/contratados 111 91 55 Média de acidentes de trabalho por empregado/ano 0,024850 0,025881 0,019816 Acidentes com afastamento temporário de empregados e/ou de prestadores de serviço

58,60% 60,90% 58,80%

Acidentes que resultaram em mutilação ou outros danos à integridade física de empregados e/ou de prestadores de serviço, com afastamento permanente do cargo, incluindo LER

0,00% 0,00% 0,00%

Acidentes que resultaram em morte de empregados e/ou prestadores de serviço 0,02% 0,01% 0,01% Índice de Taxa de Freqüência - TF total da Copel no período, para empregados 13,72 14,02 11,25 Investimentos em programas específicos para portadores de HIV (R$ mil) *NA NA NA Investimentos em programas de prevenção e tratamento de dependência (drogas e álcool) em R$ mil

14 17 15

Escolaridade e desenvolvimento profissional (dados de dezembro): % em relação ao total de empregados Ensino fundamental Ensino médio Ensino superior Pós-graduação: especialização/mestrado/doutorado

5,95% 56,26% 37,79% 12,04%

6,20% 55,81% 38,00% 12,37%

6,93% 54,16% 38,91% 12,92%

Analfabetos na força de trabalho 0,00% 0,00% 0,00% Valor investido em desenvolvimento profissional e educação 0,00% 0,00% 0,00% Quantidade de horas de desenvolvimento profissional por empregado/ano 70,0 59,3 47,4

Comportamento frente a demissões (acumulado no ano) Nº de empregados ao final do período 8.347 8.119 7.704 Nº de admissões durante o período 645 930 1.199 Reclamações trabalhistas iniciadas por total de demitidos no período 6,15% 11,82% 17,74%

Reclamações trabalhistas Total no período 26 61 44 Montante reivindicado em processos judiciais (R$ mil) 42.343 36.718 30.754 Valor provisionado no passivo (R$ mil) 80.892 77.321 82.667 Nº de processos existentes 1.889 1.692 1.703 Nº de empregados vinculados nos processos 295 162 119 Nº de beneficiados pelo programa de previdência complementar 8.258 8.039 7.637 Nº de beneficiados pelo programa de preparação para a aposentadoria 56 0 0

Trabalhadores terceirizados (valores acumulados de dezembro)** Nº de trabalhadores terceirizados/contratados 2.237 2.227 ND *NA: não aplicável

** A Copel, em face de contratar trabalhadores terceirizados através de empresas prestadoras de serviços, não possui registro de dados relativos a perfil de remuneração, nível de escolaridade e Índice de Taxa de Gravidade - TG de seus empregados terceirizados/contratados

***A Copel está inserida no âmbito do Decreto Estadual 3492/2004, que trata do Programa de Inserção do Adolescente no mercado de trabalho. Os menores são contratados por um ano, podendo ser a contratação prorrogada por igual período, estando sua jornada de trabalho limitada em quatro horas diárias, de segunda a sexta-feiras.

**** Compõem: indenizações trabalhistas, auxílio doença complementar, seguros, vale transporte excedente, auxílio invalidez e morte acidental.

Observações:

No tocante à remuneração dos administradores da Companhia, informamos que, para cada membro em exercício do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal, é paga remuneração mensal equivalente a 15% daquela que, em média, é atribuída a cada Diretor, incluindo a 13ª remuneração, observados os termos do art. 11 do Regulamento aprovado pelo Decreto Estadual nº 6.343/1985, que define que o representante dos empregados eleito para o Conselho de Administração não receberá remuneração, ficando o montante global anual da remuneração dos membros daquele Conselho e do Conselho Fiscal, com encargos, fixado em R$ 5.500.000,00.

A Copel não implementou no período mencionado, e não está em fase de implementação, nenhum programa específico para o acompanhamento de portadores do HIV.

5.13 Indicadores do Setor Elétrico

5.13.1 Universalização e Programa Luz para Todos

A Aneel, através da Resolução nº 223, de 29.04.2003, alterada pelas Resoluções nºs 52, de

25.03.2004, e 175, de 28.11.2005, estabeleceu as condições gerais para elaboração dos planos

de universalização de energia elétrica, regulando o disposto nos artigos 14 e 15 da Lei nº 10.438,

de 26.04.2002, posteriormente alterada pelas Leis nºs 10.762, de 11.11.2003, e 10.848, de

15.03.2004.

Em 11.11.2003, o Ministério de Minas e Energia - MME, através do Decreto no 4.873, instituiu o

Programa Nacional de Universalização do Acesso e Uso da Energia Elétrica “Luz para Todos”,

destinado a propiciar, até 2008, o atendimento com energia elétrica à parcela da população do

meio rural que ainda não possui acesso a esse serviço público.

A Copel ligou 30.000 consumidores do início do Programa Luz para Todos até dezembro/2007 e,

adicionalmente, 7.150 consumidores rurais não incluídos no programa. Como a quantidade de

solicitações extrapolou as previsões iniciais, estamos em fase de assinatura de novo contrato para

ligação de outros 30.000 interessados.

O programa se integra aos diversos programas sociais e de desenvolvimento rural implementados

pelo Governo Federal e dá prioridade ao atendimento de:

• quilombolas e outras minorias raciais, identificadas pela coordenação do Programa Luz para

Todos;

• assentamentos rurais, mediante encaminhamento pelo Instituto Nacional de Colonização e

Reforma Agrária - Incra;

• comunidades indígenas, mediante encaminhamento pela Fundação Nacional do Índio - Funai;

• domicílios em propriedades rurais voltadas para a agricultura familiar.

• projetos do Governo voltados para uso produtivo da energia elétrica e que fomentem o

desenvolvimento local.

Para a execução do programa até dezembro/2007, foi adotada a seguinte composição financeira:

30% a fundo perdido, oriundos da Conta de Desenvolvimento Energético - CDE; 40% por meio de

empréstimo da Reserva Global de Reversão - RGR, com cinco anos de prazo para pagamento e

dois anos de carência; 20 % de recursos próprios da Copel; e 10% de recursos do Governo do

Estado. Para a continuidade do programa em 2008, haverá alteração dessa composição financeira

da ordem de 10% a fundo perdido, oriundos da CDE; e de 60% por meio de empréstimo da RGR,

nas mesmas condições registradas anteriormente.

A divulgação do Luz para Todos é feita através da mídia convencional, com comunicados em

rádio, folhetos e cartazes, e conta ainda com a colaboração do Comitê Gestor Estadual do

Programa, coordenado pela Eletrosul Centrais Elétricas S.A. e Instituto Paranaense de Assistência

Técnica e Extensão Rural - Emater.

O Governo Federal pretende anunciar a universalização do atendimento no Estado do Paraná no

final de 2008, e, para isto, está sendo desenvolvida grande campanha de mídia, conclamando os

interessados para que se inscrevam no programa até 31.03.2008. Após esta data, as inscrições

serão encerradas.

Apresentamos a seguir dados relativos aos estágios alcançados pela Copel, de 2005 a 2007, para

atendimento da população no âmbito do Programa Nacional de Universalização do Acesso e Uso

da Energia Elétrica “Luz para Todos” e origem dos recursos investidos:

Universalização (consumidores urbanos) 2007 2006 2005

Metas de atendimento 0 8.329 22.182

Atendimentos efetuados 95.221 92.066 91.625

Cumprimento de metas (%) - 1.105,4% 413,1%

Total de municípios universalizados no ano - 214 111

Municípios universalizados (%) - 100,0% 100,0%

Programa Luz para Todos

Metas de atendimento 0(1) 14.000 14.000

Número de atendimentos efetuados (A) 8.419(2) 10.009 9.439

Cumprimento de metas (%) - 71,5% 67,4%

Origem dos Recursos Investidos (R$ Mil) (2)

Governo Federal(3)

Conta de Desenvolvimento Energético - CDE 12.744 12.703 1.616

Reserva Global de Reversão - RGR 16.992 16.937 2.155

Governo Estadual(4) 5.753 3.209 215

Próprios 18.899 25.941 21.629

Total dos recursos aplicados (B) 54.388 58.791 25.615

O&M (5) 2.067,08 1.254,89 229,93

Custo médio por atendimento (B/A) 6.460 5.874 2.714 (1)O Programa Luz para Todos, inicialmente previsto para encerrar em dezembro/2006, foi prorrogado até dezembro/2008 (2)Valores não contábeis, obtidos de orçamento das obras no ano da ligação (3)Valores repassados pelo Governo Federal nos respectivos anos (4)Valores de 2006 e 2007 estimados; está pendente a comprovação para o Ministério de Minas e Energia - MME (5)Valores acumulados

5.13.2 Criação de Postos Tarifários para a Classe Rural

Tendo em vista o elevado consumo de outros energéticos na área rural, notadamente pela classe

de avicultores, a Copel institucionalizou a Tarifa Rural da Madrugada, com objetivo de substituir

tais energéticos pela energia elétrica, estimulando o aumento do consumo da eletricidade no

horário da madrugada e contribuindo para o meio ambiente. O sistema de distribuição no horário

da madrugada encontra-se subutilizado, permitindo o aumento do consumo sem investimentos em

rede.

A Tarifa Rural da Madrugada consiste em aplicar a mesma tarifa dos consumidores irrigantes para

os consumidores rurais, atendidos em baixa tensão, e que pretendam aumentar o consumo no

horário da madrugada.

5.13.3 Programas Sociais de Regularização do Fornecimento e de

Desconto/Isenção da Tarifa de Consumo de Energia

No âmbito da sustentabilidade, é essencial para uma empresa de energia criar condições para que

o acesso a esse serviço público seja universal. Adicionalmente ao Programa Luz para Todos, a

Copel desenvolve outros programas integrados, em parceria com os Governos Federal e Estadual,

conforme apresentamos a seguir.

Programa Luz Legal

Foi implementado através de convênio entre o Governo do Estado do Paraná, a Companhia de

Habitação do Paraná - Cohapar e a Copel e busca regularizar o fornecimento de energia elétrica a

famílias de baixa renda, residentes em comunidades carentes, à margem das áreas urbanas das

cidades. A Copel se encarrega da construção da rede de energia elétrica, financiando entradas de

serviço em até 24 vezes sem juros. No período de 2006-2007, foram atendidos 3.352

consumidores.

Programa Baixa Renda

Programa em parceria com o governo federal, onde os consumidores da classe residencial com

consumo de até 220 kWh/mensal usufruem de desconto na tarifa de energia, que pode chegar ao

patamar de 65% do valor normal de uma fatura residencial não baixa renda. A tabela a seguir

apresenta o histórico de atendimento da Copel a consumidores de baixa renda em 2005, 2006 e

2007:

Tarifa baixa renda 2007 2006 2005

Número de domicílios atendidos como “baixa renda” 745.956 784.477 750.619

Total de domicílios “baixa renda” do total de domicílios endidos (clientes/consumidores residenciais)

37,9%

42,3%

41,5%

Programa Luz Fraterna

Programa em parceria com o Governo do Estado do Paraná, pelo qual os consumidores

residenciais com consumo de até 100 kWh/mês classificados como baixa renda e os

consumidores residenciais rurais têm isenção total da fatura, cujo débito é assumido pelo Governo

do Estado.

Apresentamos a seguir o total de consumidores beneficiados pelo Luz Fraterna de 2005 a 2007:

Programa Luz Fraterna 2007 2006 2005

nº de consumidores beneficiados 255.361 250.765 246.141

Total investido (R$) 30.773.366,43 32.381.036,04 29.756.402,07

5.14 Programa de Eficiência Energética - PEE

A Copel desenvolve anualmente o Programa de Eficiência Energética - PEE, em atendimento ao

contrato de concessão para distribuição de energia elétrica e à Lei nº 9.991/2000, por meio do

qual são aplicados recursos financeiros em projetos que têm como objetivo a promoção da

eficiência energética no uso final da energia elétrica.

Os critérios de investimento e tipos de projetos permitidos são estabelecidos pela Agência

Nacional de Energia Elétrica - Aneel e abrangem clientes do segmento residencial, industrial,

comercial e poder público; com ações que contemplam a melhoria da eficiência energética dos

principais usos finais de energia elétrica, tais como iluminação, força motriz, refrigeração e

condicionamento de ar.

Em 2007, a Copel realizou ações no âmbito do PEE dirigidas a comunidades de baixa renda, a

municípios paranaenses de baixo Índice de Desenvolvimento Humano - IDH, instituições

filantrópicas/assistenciais, educacionais, unidades industriais/comerciais, e prédios públicos

municipais, estaduais e federais.

Ilustramos a seguir dados dos projetos de eficiência energética realizados pela Copel em 2007,

assinalando o montante de energia economizada:

Energia Economizada Projetos de Eficiência Energética: Áreas de Atuação MWh/ano GJ*/ano

Ação Implementada

Comunidades de baixa renda 30.643,75 110.317,50 substituição de lâmpadas e refrigeradores em unidades consumidoras residenciais classificadas como baixa renda

Iluminação pública 13.523,69 48.685,28 uso de tecnologias mais eficientes em sistemas de iluminação pública

Comércio e serviços 2.091,48 7.529,33 uso de tecnologias mais eficientes em sistemas de iluminação, ar condicionado e aquecimento de água

Industrial 6.230,72 22.430,59 uso de tecnologias mais eficientes em sistemas de iluminação e força motriz

Poderes públicos 338,77 1.219,57 uso de tecnologias mais eficientes em sistemas de iluminação

Total 52.828,41 190.182,27

*GJ: unidade de energia giga-joule

5.15 Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico e Científico (P&D)

Em cumprimento à Lei n° 9.991/2000, que dispõe sobre a realização de investimentos em

pesquisa e desenvolvimento por parte das empresas concessionárias, permissionárias e

autorizadas do setor de energia elétrica, a Copel investiu, em 2007 em 51 projetos relativos aos

ciclos 2004/2005 (distribuição) e 2005/2006 (geração e transmissão). Maiores detalhes na Nota

Explicativa 25.

5.16 Energia Sustentável

Em 2007, finalizamos a atualização do mapa eólico do Paraná, tendo sido realizados

levantamentos do aproveitamento do potencial eólico no Estado, através do Projeto Ventar, que

envolve a operação de 11 estações de medição de vento.

Adicionalmente, concluímos o Balanço Energético do Paraná/2007 - Ano Base 2006, que

apresenta a evolução da produção e do consumo de todos os insumos energéticos nos diversos

segmentos do Estado, dado este que subsidiará estudos de planejamento energético e programas

de empresas e órgãos governamentais e privados.

Já estão em andamento estudos para possíveis projetos de geração de energia alternativa.

A respeito, destacamos aqueles dirigidos para o levantamento da disponibilidade de biomassa no

Estado, que consiste na atualização de banco de dados que contém informações sobre a

disponibilidade dos diversos tipos de biomassa em todo o Paraná. Com o objetivo de realizar

mapeamento do potencial energético da Paraná, já desenvolvemos projeto-piloto na região em

torno do município de Tunas do Paraná alterando a metodologia de obtenção das informações dos

energéticos. Para 2008, a meta é aplicar o projeto-piloto para todo o Estado. Para tanto, foi

formado grupo de trabalho com a participação da Copel, secretarias de estado, Instituto

Agronômico do Paraná - Iapar, Instituto de Tecnologia do Paraná - Tecpar, Instituto Paranaense

de Assistência Técnica e Extensão Rural - Emater e Instituto de Tecnologia para o

Desenvolvimento - lactec, para avaliar e estudar a implantação de mini-usina de biodiesel para

produção de 10 mil litros/dia.

Nesse âmbito, objetivamos também a construção, após já tendo finalizado o primeiro, de mais 4

protótipos de inserção da geração distribuída a biomassa ao sistema da Copel.

Vale ressaltar também: a) a assinatura de termo de inclusão da Copel ao convênio de

desenvolvimento de veículo elétrico entre Itaipu e a empresa KWO, com o objetivo de avaliação de

desempenho, proposição de melhorias e nacionalização dos seus componentes; e b) a tomada de

conhecimento dos requisitos necessários para nossa participação em redes de pesquisa de rotas

de hidrogênio, já estruturadas e em atividade no Brasil, para, posteriormente, decidirmos sobre a

conveniência da participação da Copel em projetos desta natureza.

6. DIMENSÃO AMBIENTAL

A gestão ambiental corporativa da Copel está estruturada para dar respostas aos desafios de levar

a Companhia a ser referência em sustentabilidade.

A atuação da área de meio ambiente da Copel dá-se atualmente de forma matricial, por meio de

comitês, programas e projetos, encontrando-se o processo de gestão dividido em quatro blocos,

que têm por objetivo:

• Institucional: integrar de forma sistêmica processos e realizar representação institucional;

• Legal: direcionar proativamente processos internos, com vistas ao cumprimento da legislação

ambiental;

• Sustentabilidade: construir tripé de sustentabilidade da Copel, formado pelas áreas ambiental,

social e econômica da Companhia, com alinhamento ao seu referencial estratégico;

• Pesquisa & Desenvolvimento (P&D), Ciência & Tecnologia e inovação (C&T): direcionar

processos internos da Companhia para a sustentabilidade, com vistas à busca de novas

fontes de energia renováveis para diversificação da matriz energética.

Os principais marcos do desempenho da área de meio ambiente da Copel em 2007 foram:

• Elaboração do planejamento estratégico, com a organização da Gestão Ambiental para a

Sustentabilidade, e incorporação dessas políticas e estratégias nos processos, produtos e

serviços de responsabilidade da Companhia;

• Alinhamento às políticas públicas para adoção da gestão por bacias hidrográficas;

• Criação de:

1) Programa permanente de auditoria e gerenciamento de riscos e passivos ambientais;

2) Comitê de biodiversidade, e de grupos temáticos, para desenvolvimento de ações proativas

em florestas ciliares, áreas de preservação permanente e reservas legais, com a meta de

estimular parcerias e apoiar pesquisas e projetos de conservação e de recuperação de

biodiversidade nas bacias hidrográficas formadoras dos reservatórios da Copel;

3) Comissão permanente para monitoramento e controle de cianobactérias nas Usinas

Hidrelétricas Governador Bento Munhoz da Rocha Netto e Pitangui-São Jorge.

• Estruturação de programas de educação ambiental para a sustentabilidade e de gestão

corporativa de a) gases de efeito estufa; e b) de resíduos;

• Coordenação, planejamento e organização do II STEF - Seminário de Tecnologias

Energéticas do Futuro; e

• Formação de parcerias com municípios para planejamento adequado da arborização urbana,

de poda, e de substituição de árvores.

6.1 Promovendo o Protocolo de Kyoto

A Copel tem realizado plantio florestal com vistas à recomposição de florestas ciliares em seus

reservatórios. Segundo cálculo da Fundação de Pesquisas Florestais do Paraná - FUPEF,

realizado em 2005, aproximadamente 262.130 toneladas de CO2 serão retiradas da atmosfera

após a recomposição de 580 hectares de florestas ciliares. Em 2007, foi formalmente criado grupo

de trabalho com o objetivo de estabelecer programa de gestão de gases de efeito estufa na Copel.

A frota de veículos destinada às atividades operacionais e ao transporte de pessoas a serviço da

Companhia prioriza, em seu processo de aquisição, modelos com motor que utiliza o álcool como

combustível. Os motores de veículos da frota movidos a óleo diesel sofrem manutenções

rotineiras de forma a atender as exigências legais sobre emissão de poluentes. Tais veículos são

conduzidos por empregados orientados e treinados quanto à importância das manutenções

operativas, preventivas e corretivas, tanto aquelas indicadas pelo fabricante do veículo quanto às

previstas no plano de manutenção elaborado pela Copel. Dentre outros aspectos, destaca-se a

importância da manutenção dos componentes de controle de emissão de poluentes.

6.2 Preservação Ambiental

A Copel, conforme a Resolução nº 456/2000 da Agência Nacional de Energia Elétrica - Aneel, não

realiza ligações de energia elétrica em áreas de proteção ambiental, sejam elas federais,

estaduais ou municipais. Os órgãos ambientais têm papel relevante nesse sentido, visto que eles

são consultados pela Copel previamente à execução da ligação solicitada naquelas áreas, sendo-

lhes também requerido anuência para ligação de energia em unidades com atividades

consideradas potencialmente poluidoras, conforme determina a legislação vigente.

A Copel mantém o Manual de Instruções Técnicas - Meio Ambiente (MIT 164001), que apresenta

procedimentos a serem seguidos pela Companhia para assegurar o mínimo impacto possível ao

meio ambiente no desenvolvimento de suas atividades. Para atender às disposições da Lei

Sarbanes-Oxley, a área de meio ambiente responsável pelos processos de geração, distribuição,

transmissão e telecomunicações vem adotando medidas que garantem maior confiabilidade aos

controles internos. Para tanto, foram elaborados macrofluxogramas dos processos de maior

impacto, com identificação de controles deficientes, ineficazes ou inexistentes, o que resulta em

melhoria de gestão.

6.3 Programas Socioambientais

6.3.1 Tributo às Águas

Em face da floração de algas nos reservatórios da UHE Governador Bento Munhoz da Rocha

Netto - GBM (Foz do Areia) e de Alagados, em 2007 foi elaborado o Programa Tributo às Águas,

originado através do programa Tributo ao Iguaçu, que possibilitou o diagnóstico necessário da

qualidade das águas do reservatório da UHE GBM e da bacia de contribuição, sob a coordenação

do Instituto Ambiental do Paraná - IAP, anteriormente à formalização de convênio entre Copel,

secretarias de estado do Paraná, Itaipu Binacional e Companhia de Saneamento do Paraná –

Sanepar, para implantação de gestão por bacias hidrográficas no Paraná. A microbacia do Rio

Palmeirinha será a primeira a ser considerada em 2008 no âmbito do Programa Tributo às Águas.

6.3.2 Arborização Urbana

Devido aos impactos causados pelas podas de árvores, ação necessária para garantir a

continuidade do fornecimento de energia elétrica, a Copel mantém o Programa Socioambiental de

Arborização Urbana, que foi aprovado pela Diretoria no final de 2006. Os procedimentos da

Empresa definidos para avaliação da execução das medidas compensatórias exigidas pelos

órgãos ambientais estão descritos no Manual de Instruções Técnicas - Meio Ambiente (MIT

164001).

Tal Programa iniciou, em janeiro de 2007, a produção de mudas destinadas especialmente à

arborização urbana nos Hortos Florestais das UHEs Gov. José Richa, Gov. Ney Braga e Mourão.

O objetivo é firmar convênios com os municípios para que estes adotem procedimentos

adequados para a gestão da arborização urbana, elaborando projetos com as mudas fornecidas

pela Copel. Com o objetivo de reduzir conflitos entre a arborização e a rede de distribuição de

energia foram iniciados, em outubro de 2007, entendimentos com o Instituto Árvore, entidade de

interesse público criada em Maringá, uma das cidades mais arborizadas do Paraná,

especialmente para a substituição de árvores e o fornecimento de mudas adequadas à

arborização urbana. Em dezembro/2007, iniciaram-se igualmente negociações para convênio de

arborização com o município de Curitiba.

6.3.3 Florestas Ciliares

Desenvolvido desde 2005, este projeto tem como objetivo o reflorestamento nas áreas de

preservação permanente às margens dos reservatórios da Copel, tendo já possibilitado a

recuperação de 113 hectares, com o plantio de 250 mil mudas de espécies nativas adequadas a

cada bioma e de 800 mil sementes de palmito juçara (Euterpe edulis Mart), no reservatório da

UHE Governador José Richa. Para ciência à comunidade das ações desenvolvidas, centenas de

placas de identificação foram fixadas no local, tendo sido realizado também cercamento com

42.077 metros de extensão da área de preservação ambiental.

6.3.4 Assoreamento na Baía de Antonina

Tal projeto, desenvolvido em parceria com o Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento -

Lactec, teve o objetivo de realizar estudos para avaliar a possibilidade de influência dos

sedimentos oriundos do rio Cachoeira no processo de assoreamento da Baía de Antonina, em

especial na região do Terminal Portuário da Ponta do Félix.

O estudo considerou cenários onde a UHE Governador Pedro Viriato Parigot de Souza esteve em

operação e inoperante, avaliou o efeito da transposição das águas do rio Capivari para o rio

Cachoeira e o processo de transporte dos sedimentos provenientes também dos rios

Nhundiaquara e Sagrado. O relatório final apontou que as simulações computacionais de

modelagem do transporte de sedimentos na região da Baía de Antonina não detectaram influência

da UHE Governador Pedro Viriato Parigot de Souza nos processos de deposição de sedimentos

ao longo daquela baía.

6.3.5 Repovoamento de Rios do Paraná

A Copel produziu 1.000.000 alevinos na Estação de Ictiologia que mantém na UHE Governador

Ney Aminthas de Barros Braga. O programa de peixamento dos rios do Paraná com espécies

nativas lançou 776.800 alevinos em 2007. Os locais de soltura foram os principais reservatórios

das usinas hidrelétricas da Copel e os tributários da bacia do Iguaçu, próximos aos municípios de

Pato Branco, Palmas e Francisco Beltrão. Em Palmas, especificamente, a atividade aconteceu em

uma das reservas indígenas da comunidade Kaingang, em 12 tanques, que somam 30 hectares

de lâminas d'água com prática de piscicultura de subsistência da aldeia, o que exalta o

compromisso socioambiental da Copel nas comunidades de sua área de abrangência.

6.3.6 Canais para Passagem de Peixes

A Copel, em comum acordo com o Instituto Ambiental do Paraná - IAP, implementou rede de

canais a jusante da barragem da UHE Governador José Richa, interligando fossas e locas

existentes no leito do rio Iguaçu, possibilitando a circulação de peixes e salvamento daqueles

atraídos pelo fluxo do vertedouro, principalmente na época da piracema.

6.3.7 Espécies Invasoras

Foram intensificadas ações de detecção e combate ao molusco denominado “mexilhão dourado”,

espécie invasora já encontrada em várias usinas do setor elétrico brasileiro, por meio de

campanhas específicas e pesquisa de métodos de controle realizadas em conjunto com o Instituto

de Tecnologia para o Desenvolvimento - Lactec. As diversas ações já em andamento visam

mitigar os efeitos da presença desse molusco para garantir a disponibilidade das unidades

geradoras da Copel.

Espécies botânicas exóticas que têm grande poder de invasão e alteram o ambiente natural das

áreas nas quais se alastram devem ser suprimidas, contribuindo para a recuperação ambiental.

Atualmente, técnicos trabalham para a erradicação de Pinus spp. em áreas de campo nativo nas

regiões de influência da Companhia nos municípios de Ponta Grossa e União da Vitória.

6.3.8 Mecanismos de Desenvolvimento Limpo - MDL

A Copel, em alinhamento aos requisitos do MDL, analisa projetos a serem implantados e/ou

mantidos visando contribuir para o desenvolvimento sustentável da sociedade onde estão

inseridos. O diagnóstico realizado em 2006 apontou oportunidades de obtenção de créditos de

carbono em projetos de geração e transmissão de energia, tendo estudos específicos sido

conduzidos em 2007.

6.3.9 Gestão Corporativa de Emissões de Gases de Efeito Estufa

No segundo semestre de 2007, foi instituído o Programa de Gestão Corporativa de Gases de

Efeito Estufa, com os seguintes objetivos principais:

• Inventariar as emissões de gases de efeito estufa no âmbito da Copel;

• Avaliar e propor mecanismos de redução/neutralização de emissões pela Companhia;

• Identificar e encaminhar novas oportunidades de projetos com potencial para qualificação no

âmbito do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo - MDL;

• Criar ferramentas internas de compensação;

• Incentivar inovação em tecnologia e processos, com foco na redução de emissões;

• Prestar apoio à continuidade relativamente a potenciais projetos identificados.

Atualmente, a Copel está realizando avaliação da importância das emissões atmosféricas da frota

própria, bem como avaliação mais ampla de possíveis projetos no âmbito do MDL, incentivada

pelo fato de a primeira metodologia para o enquadramento de florestas ciliares no MDL ter sido

aprovada pela Organização das Nações Unidas. A Copel recomeçou também estudos para

enquadramento de suas atividades.

Apresentamos, a seguir, dados de emissões de CO2 pela frota própria e termelétricas da Copel de

2005 a 2007:

Gerenciamento de emissões de CO2 pela Copel Emissões de CO2 pela frota própria

2007 2006 2005 Combustível*

Quantidade Emissão CO2 (t)

Quantidade Emissão(1)CO2

(t) Quantidade Emissão CO2 (t)

Gasolina (L) 2.816.986 6.112 3.284.562 7.127 3.334.920 7.237

Álcool (L) 546.685 754 427.854 590 322.127 445

Gás Natural (m3) - - 3.950 7,74 42.046 82

Diesel (L) 3.811.542 9.986 3.520.388 9.223 3.217.656 8.430

Total 16.852 16.948 16.194

Emissão CO2 (t) pelas termelétricas(2)

UTE Figueira 162.063 170.707 164.338

UEG Araucária 621.925 61.496(3) ND (1)O cálculo de emissão de CO2 foi realizado considerando: Gasolina (BR c/22% de etanol) = 2,17 KgCO2/litro; Álcool = 1,38 KgCO2/litro; Gás Natural = 1,96 KgCO2/m3; e Diesel = 2,62 Kg CO2/litro (2)informações repassadas, semestralmente, ao Instituto Ambiental do Paraná - IAP (3)Cálculo considerando teor de carbono no carvão de 63,76% (carvão com 17% de cinzas)

ND: não disponível

6.3.10 Emissão de Substâncias Destruidoras da Camada de Ozônio

Na frota de veículos da Copel, serão substituídas, em 2008, 12 unidades, de ano de fabricação até

1999, por serem equipadas com ar condicionado movido por gás com CFC.

As emissões de Óxidos de Nitrogênio - NOx e Dióxido de Enxofre - SO2 ocorrem nas Usinas

Termelétricas de Figueira e de Araucária. Em face da manutenção do sistema de medição de

gases na UTE Araucária, os dados de emissão de Nox não estão disponíveis, sendo desprezíveis

aqueles relativos ao SOx. Relativamente à UTE Figueira, apresentamos as informações que se

seguem:

Emissões atmosféricas da UTE Figueira* 2007 2006 2005

NOx (t) 1.004 713 716

SOx (t) 6.720 8.742 14.151

*O cálculo considerando concentração x vazão x tempo de operação foi estimado por medições pontuais no processo de automonitoramento, realizadas semestralmente como requisito da renovação da licença de operação da usina.

6.4 Outras Ações / Controles Ambientais

6.4.1 Utilização de Água

As atividades inerentes aos negócios da Copel não interferem nas áreas úmidas listadas pela

Convenção Ramsar (1971), que trata da conservação e uso racional de zonas úmidas, assim

como o consumo de água não afeta significativamente ecossistemas e habitats naturais.

A Copel não recicla as águas recebidas em nenhum caso de utilização em suas unidades

(cantinas, restaurantes, cozinhas, banheiros). Do ponto de vista industrial de geração de energia

elétrica, ocorre simplesmente turbinamento da água represada nos reservatórios, não sendo

considerada, portanto, água consumida.

Do total de R$ 831.817,99 pago em 2007 à Companhia de Saneamento do Paraná - Sanepar, que

é a fornecedora deste insumo para a Copel, 53% deste montante corresponde ao consumo de

água e 47% ao de esgoto.

O consumo total estimado em metros cúbicos é demonstrado a seguir:

2007 2006 2005

133.191 m3 114.810 m3 143.010m3

Nas instalações industriais das usinas, exceto na UTE Araucária, o sistema de resfriamento utiliza

água bruta de corpos d’água superficiais e ocorre em circuito aberto, sem recirculação. A UTE

Araucária difere destes sistemas por usar água tratada da Sanepar e ser dotada de circuito

fechado de resfriamento. Não há registro disponível sobre o volume de água utilizado no sistema

de resfriamento da UTE Araucária.

Na tabela abaixo pode ser observado o volume estimado de água que passa pelo sistema de

resfriamento das usinas:

Volume de água de superfície captada para os sistemas de resfriamento das principais usinas da Copel

UHE GBM (Foz do Areia) 80.000 L/h

UHE GNB (Segredo) 80.000 L/h

UHE GJR (Salto Caxias) 80.000 L/h

UHE GPS (Capivari-Cachoeira) 872.640 L/h

6.4.2 Utilização de Combustível Não Renovável

O parque gerador da Companhia conta com duas usinas que utilizam combustível não renovável:

Usinas Termelétricas de Figueira e de Araucária, que fornecem energia a partir, respectivamente,

do uso de carvão e do gás natural. A tabela a seguir apresenta o consumo de combustíveis não

renováveis nessas usinas, bem como o montante de energia gerada, no período de 2005 a 2007:

Uso de combustível não renovável em usinas da Copel USINA TERMELÉTRICA DE FIGUEIRA

Energia de Fonte Primária 2007 2006 2005

Carvão mineral (t) 72.888,381 73.018,299 74.138,992

Carvão mineral (MWh) 82.492,072 80.505 81.741

Carvão mineral (joules) 2,88 x 1014 2,89819 x 1014 2,942676 x 1014

Óleo diesel (m³) 63 119 ND

Óleo diesel (MWh) (*) 1,145839 ND

Óleo diesel (joules) (*) 4,12502 x 109 ND

USINA TERMELÉTRICA DE ARAUCÁRIA

Energia de Fonte Primária 2007 2006 2005

Gás natural (m³) 356.936.073 129.411.335 ND

Geração de energia na UTE Figueira

Geração de energia (MWh) 3.867.800 1.402.316 N/D

Geração de energia (J) 1,3924076 x 1016 5,048336 x 1015 N/D

(*) O óleo diesel é utilizado apenas na partida das unidades geradoras

ND: não disponível

6.4.3 Utilização de Energia Elétrica

O consumo de energia elétrica, em MWh, pela Copel, no período de 2005 a 2007 é apresentado

na seguinte tabela:

2007 2006 2005

23.400.610 23.694.000 22.044.222

6.5 Biodiversidade: Áreas Sensíveis e Unidades de Conservação

A Copel considera como áreas sensíveis aquelas que devem ser prioritárias nos processos de

conservação ambiental, bem como as demais onde se deve estabelecer restrição na utilização,

podendo ser consideradas: áreas de preservação permanente, definidas pelo Código Florestal

Brasileiro, através da Lei nº 4.771/65, e alterações subseqüentes (Lei nº 7.803/89, Medida

Provisória 2166-67/2000, Resoluções CONAMA 302 e 303/2002); e unidades de conservação, que

englobam tanto unidades de proteção integral, estações ecológicas, reservas biológicas, parques

nacionais, monumentos naturais e refúgios da vida silvestre, quanto as de uso sustentável, aqui

incluídas Áreas de Proteção Ambiental - APAs, dentre outras, definidas pela Lei nº 9.985/2000.

Ressaltamos que alguns empreendimentos de geração de energia da Companhia estão situados

em áreas estabelecidas como de sensibilidade ou próximas a elas, cujos decretos de criação

datam posteriormente a sua implantação. Como forma de respeitar a diversidade de ambientes e

ecossistemas do Paraná, a Copel mantém e monitora áreas protegidas e preservadas,

principalmente na serra do mar e, ainda, em cumprimento a determinação do Instituto Ambiental

do Paraná - IAP, compensa impactos causados quando da construção de grandes

empreendimentos de geração através da criação de unidades de conservação, conforme

apresenta a tabela a seguir:

Empreendimentos da Copel localizados em ou próximos a áreas sensíveis

Empreendimento Área (ha) Município Áreas sensíveis

UHE São Jorge 22,40 66,32

Ponta Grossa Carambeí

Parque Nacional dos Campos Gerais e APA da Escarpa Devoniana

UHE Marumbi 225,98 Morretes Parque Estadual Pico Marumbi

UHE Gov. Parigot de Souza 865,18 Antonina Parque Estadual do Pico do Paraná

UHE. Chaminé 1. 613,24 1.900,10

São José dos Pinhais Tijucas do Sul

APA de Guaratuba

UHE Guaricana 541,54 270,50

São José dos Pinhais Morretes

APA de Guaratuba

Pólo Atuba 3,00 Curitiba APP do Rio Atuba *Unidades de conservação criadas pela Copel

UHE Mourão 560,40

1.266,96 Campo Mourão Campo Mourão, Luiziana

Parque Estadual do Lago Azul

UHE Gov. Ney Braga 1.231,06 Pinhão Estação Ecológica do Rio dos Touros

UHE Derivação do Jordão 423,12 Candoi e Reserva do Iguaçu Estação Ecológica Tia Chica

UHE Gov. José Richa 107,27 Capitão Leônidas Marques Parque Estadual Rio Guarani

*Unidades de conservação criadas pela Copel em decorrência de seus empreendimentos e repassadas ao IAP para administração

Conforme dados atualizados em 2007, as áreas de propriedade da Copel localizadas em unidades

de conservação, com base no Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC, são

apresentadas na tabela abaixo:

Propriedades localizadas em unidades de conservação

Unidade de uso sustentável Municípios Área (em ha)

São José dos Pinhais e Tijucas do Sul 3.513,34 São José dos Pinhais e Guaratuba 8.798,70 APA Estadual de Guaratuba

Guaratuba, Morretes e São José dos Pinhais 812,14 Ponta Grossa e Carambeí 88,72

APA Estadual da Escarpa Devoniana Castro 40,10

Total 13.253,00

Unidade de proteção integral Municípios Área (em ha)

Parque Estadual Pico do Marumbi Morretes 225,98 Parque Estadual Pico do Paraná Antonina 865,18 Parque estadual do Lago Azul Campo Mourão e Luiziana 1.827,36 Estação Ecológica Tia Chica Candói e Reserva do Iguaçu 423,12 Estação Ecológica Rio dos Touros Pinhão 1.231,06 Parque Estadual Rio Guarani Três Barras do Paraná 2.235,00

Total 6.807,70

Total geral 20.060,70

A Copel não efetiva ligações de energia elétrica em áreas protegidas sem que o consumidor

apresente a devida anuência do órgão ambiental.

Assim, que a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos concluir o Zoneamento

Ecológico-Econômico - ZEE, a Copel realizará estudos para identificar as possíveis áreas da

Companhia que possam estar enquadradas neste zoneamento.

6.5.1 Monitoramento de Reservatórios de Usinas

A Copel realiza monitoramento dos 18 reservatórios de suas usinas hidrelétricas e de corpos

d’água sob influência das termelétricas, em atendimento às condicionantes das licenças de

operação de seus empreendimentos. Concomitantemente, são desenvolvidos trabalhos de

pesquisa com objetivos científicos, de conservação e preservação dos habitats relacionados. Em

andamento encontra-se estruturação de banco de dados para dar suporte ao projeto de pesquisa

“Modelo integrado de apoio ao monitoramento ictiológico”, o qual visa promover levantamento de

dados ictiológicos existentes na Companhia, pesquisar metodologias de monitoramento aplicáveis,

definir índices de monitoramento pertinentes e integrar todos os resultados à atual gestão de

qualidade da água.

6.6 Licenciamentos Ambientais

Atendendo à Política Nacional de Meio Ambiente, a Copel renovou as licenças de operação das

UHEs Guaricana, Chaminé, Chopim I, Marumbi, Pitanga, Apucaraninha e Rio dos Patos, por mais

quatro anos, com exceção de Apucaraninha, licenciada por dois anos. A Companhia obteve

também 21 licenças para empreendimentos de transmissão, compreendendo as diversas fases do

projeto: planejamento, construção e operação de linhas e subestações, o que confirma a

efetividade de ações implementadas pela Copel e seu compromisso com o controle ambiental, nos

meios físico, biológico e antrópico, nas áreas direta e indiretamente afetadas por seus

empreendimentos.

A Copel conta com técnicos florestais nas unidades regionais de distribuição, os quais atuam na

orientação das atividades de manutenção e de novos projetos ligados ao meio ambiente. A

Companhia busca obter licenciamento ambiental conforme determina a legislação vigente e,

conseqüentemente, reduzir os riscos de autuações ambientais, melhorando a qualidade dos

trabalhos executados.

O impacto ambiental da atividade de distribuição de energia elétrica não apresenta grau

significativo em escala regional. Ao longo da história da Companhia, tem sido necessário o corte

de vegetação para ampliação da rede de distribuição. Para tanto, sempre são priorizadas áreas

marginais às vias de acesso e locais já antropizados. Pelos benefícios sociais, econômicos e

ambientais gerados para o Paraná, possível impacto pode ser considerado muito pouco

significativo, o que justifica os órgãos ambientais não exigirem licença prévia, de instalação e de

operação para a atividade de distribuição de energia elétrica em condições inferiores a 230 kV.

6.7 Levantamento de Riscos e Passivos Ambientais

Compondo o processo de avaliação dos riscos e passivos ambientais da Empresa, em 2007 foi

realizado o mapeamento e priorização de acompanhamento dos riscos e passivos ambientais

oriundos dos processos de geração, transmissão e distribuição de energia e de telecomunicações.

A avaliação dos potenciais riscos e passivos do negócio relacionados ao cumprimento da

legislação ambiental vigente converte-se em ferramenta de grande valia na gestão da Companhia,

contribuindo para a racionalização das ações a serem desenvolvidas nas diversas áreas.

6.8 Ações Compensatórias - Comunidade Indígena Kaigang

Apucaraninha

Em dezembro/2006, firmou-se Termo de Ajuste de Conduta - TAC entre a Copel Geração S.A., o

Ministério Público Federal, a Fundação Nacional do Índio - Funai e a Comunidade Indígena

Kaingang da Terra Indígena Apucaraninha. O TAC tem por objetivo implementar programa de

etnodesenvolvimento que prevê a execução de projetos destinados à sustentabilidade

socioeconômica e ambiental das gerações presentes e futuras daquela Comunidade, com

recursos da indenização paga pela Companhia. Em julho/2007, comissão composta por 14

representantes da comunidade indígena e nove das demais entidades envolvidas realizaram

visitas em duas comunidades também atingidas por barragens: Xerentes, em Tocantins (UHE

Lajeado), e Waimiri-Atroari – Abonari/Jundiá, no Amazonas (UHE Balbina). Na oportunidade,

diagnosticou-se a necessidade de ampliar a percepção em relação à cultura indígena e aos

problemas do dia-a-dia, bem como de avaliação in loco dos resultados, benefícios e dificuldades

de programas implementados anteriormente.

6.9 Comunicação Socioambiental

Considerando o crescente nível de conscientização da população e a necessidade de maior

transparência nas ações da Companhia, e com o objetivo de contribuir para o diálogo com a

população, foi implementado Programa de Comunicação Socioambiental específico para as

comunidades influenciadas pelos empreendimentos da Companhia, que disponibiliza canais

permanentes de comunicação, assegurando acesso às informações necessárias.

6.10 Política de Relacionamento com Órgãos Ambientais

A Copel buscou, ao longo de 2007, estreitar relacionamento com órgãos ambientais licenciadores

e fiscalizadores, com o objetivo de reduzir o tempo de análise de projetos protocolados. Com esse

procedimento, já percebemos melhorias na agilização de processos encaminhados para

avaliação.

Em 2007, a emissão do Parecer Normativo IAP 005/2007 resultou na suspensão de ligações a

consumidores em áreas de proteção ambiental, bem como de ligação de consumidores vinculados

a atividades potencialmente poluidoras, visto que, para ligações deste tipo, solicitava-se

anteriormente posicionamento do órgão ambiental. Quanto às atividades potencialmente

poluidoras, a Copel buscou reverter a situação, o que se deu pela publicação da orientação interna

IAP - 002/2007, que mantém a necessidade de autorização do Instituto Ambiental do Paraná - IAP

para efetuar qualquer ligação de empreendimentos com atividades que constem da Lista das

Atividades Potencialmente Poluidoras (Resolução nº 237 do Conselho Nacional do Meio

Ambiente - Conama, e Resolução nº 031/98 da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e

Recursos Hídricos - Sema).

Os técnicos florestais da Companhia buscam auxiliar, de forma proativa, o corpo técnico na

obtenção dos licenciamentos ambientais permitindo a redução dos riscos de autuações ambientais

e paralisação de obras.

6.11 Recuperação de Áreas Degradadas

Inúmeras espécies de árvores que povoavam as florestas do Paraná estão em fase de extinção,

causada pela exploração indiscriminada de madeireiras, por expansão da agricultura, falta de

consciência ecológica generalizada, entre outras. Como forma de minimizar esse impacto e

contribuir para a preservação da floresta, os Hortos Florestais da Companhia produziram, dentre

outras, 320.000 mudas de espécies nativas do Paraná como peroba-rosa, cabriúva, imbuia e

farinha seca, de grande importância ecológica, econômica, estética, científica e genética. Visando

à preservação da vegetação nativa, na construção de novas linhas de transmissão em 2007 houve

alteamento de estruturas em vários trechos, totalizando 83,98 hectares de áreas preservadas.

6.12 Preservação de Áreas Públicas

Para ligações de energia elétrica em imóveis pertencentes à União na região litorânea do Paraná,

é solicitada anuência da Gerência Regional do Patrimônio da União - GRPU, o que dificulta a

ocorrência de ocupações irregulares. Para ligações em áreas de proteção ambiental, sejam elas

federais, estaduais ou municipais, os procedimentos estão descritos em Manual específico da

Empresa (MIT 164001).

6.13 Destinação Final de Resíduos

Em 2007, discutiu-se a necessidade de remodelação do Sistema de Classificação de Materiais -

SCM, que contém 25.000 itens cadastrados com elevado número de especificações para um

mesmo tipo de material, o que caracteriza alta complexidade na padronização de dados, sendo

um dos principais exemplos os transformadores de voltagem de energia elétrica.

Para os materiais aplicados no setor de energia elétrica, a variável técnica é altamente relevante

devido à necessidade de disponibilização e manutenção da qualidade da rede de energia elétrica.

Considerando este aspecto, o uso de materiais provenientes de reciclagem é incipiente, como

cabos de alumínio e cobre reindustrializados, óleo mineral isolante regenerado e papel reciclado.

No que concerne à utilização de papel na Companhia, apresentamos tabela com dados, de 2005 a

2007, de otimização do consumo desse material em relação ao número de nossos colaboradores

e do aumento no volume de papel encaminhado para reciclagem, indicando avanço na

sensibilização ambiental dos empregados:

Consumo e reaproveitamento de papel na Copel

Utilização de papel Unidade 2007 2006 2005

Consumo de papel Fl. 96.687.367 103.290.034 101.362.400 Relação consumo de papel por empregados(1) Fl 4.245 5.005 5.301 Consumo de papel reciclado Fl 8.907.192 1.379.277 ND(2) Papel encaminhado para reciclagem Kg 143.610,00 135.870,00 128.040,00

(1)Exceto impressoras centralizadas (2)Não disponível

No tocante à redução de resíduos industriais, em 2007 foram substituídos transformadores de

excitação das unidades geradoras da Usina Gov. Bento Munhoz da Rocha Netto, visando à

eliminação de equipamentos com fluido isolante à base de ascarel.

A coleta seletiva corporativa encontra-se em avanço na Companhia, por meio de parcerias com

prefeituras municipais, e é reforçada com ações internas de sensibilização e comunicação

ambiental periódicas.

O Projeto de Recolhimento de Lâmpadas Fluorescentes Compactas - LFCs, ação de âmbito do

Programa de Eficiência Energética da Copel, é dirigido aos consumidores residenciais

monofásicos, classificados como baixa renda, beneficiários dos programas sociais do Governo

Federal, com consumo médio mensal de até 220 kWh e que foram contemplados pelos projetos

de substituições de lâmpadas no ciclo 2006/2007. Tem como objetivo esclarecer e orientar estes

consumidores quanto aos procedimentos de recolhimento de LFCs e oferece condições para seu

descarte ambientalmente correto.

A próxima tabela apresenta dados do encaminhamento ambientalmente adequado de resíduos na

Companhia em 2006 e 2007:

Resíduos Industriais Tratados e Destinados

Quantidade Resíduo Unidade

Método de Tratamento / Disposição Final 2007 2006

Resíduos Classe I

Ascarel(1) t Descontaminação e reciclagem de carcaças metálicas impermeáveis de equipamentos. Incineração de óleo e de sólidos permeáveis

46,38 45,00

contaminados Óleo mineral isolante l Regeneração 300.000 230.000 Transformadores com óleo mineral isolante

pç Reciclagem e/ou reutilização 3.620 4.042

Sólidos contaminados com óleo, tinta e solventes

T Co-processamento em fornos de indústrias de cimento

23,06 55,07

Resíduos Classe IIA e IIB

Sucata de postes de concreto e de madeira

m Venda através de licitação pública considerando sua utilização para reciclar os materiais componentes.

75.467,00 15.520,00

Cinzas provenientes do processo de queima do carvão mineral

t Aterro 19.630,00 13.140,00

(1) Resíduos enquadrados nos termos da Convenção de Basiléia: realizado por empresa contratada (licitação) para transporte e destinação final dentro do País.

6.14 Educação Ambiental

Público Interno

O Programa de Educação Ambiental para a Sustentabilidade insere-se no atendimento à missão

da Companhia e tem como objetivo estimular a percepção abrangente dos empregados acerca de

sua conexão com o meio em que vivem, inspirando-os a comportamentos responsáveis e

ambientalmente sustentáveis na sociedade em geral.

Em 2007, ocorreram 38 eventos de treinamento, dentre cursos, palestras, seminários e

workshops, totalizando 655 horas, nos quais obtivemos a participação de 94% dos empregados e

de representantes de prefeituras e terceirizados, no total de 1.277 treinados. Os temas tratados

relacionaram-se à sustentabilidade e à gestão ambiental.

A Copel participa da Agenda Unificada, por meio de parceria com a Secretaria Estadual do Meio

Ambiente - Sema, Instituto Ambiental do Paraná - IAP, Companhia de Saneamento do Paraná -

Sanepar e demais órgãos estaduais, promovendo atividades externas em datas comemorativas,

com o objetivo de dar visibilidade a seus programas ambientais e proporcionar contato direto com

as demais partes envolvidas (comunidade, sociedade, clientes e consumidores em geral). A

integração com a realização de eventos nas SIPATs - Semanas Internas de Prevenção de

Acidentes de Trabalho, com temas que abordam a questão ambiental, constituem práticas de

educação ambiental realizadas em 2007.

Colaboradores Terceirizados

O Programa de Sensibilização Ambiental tem a missão de motivar mudança comportamental dos

trabalhadores em obras da Companhia e visa ampliar sua consciência e torná-los mais

responsáveis quanto às conseqüências de suas ações profissionais e pessoais para a vida do

Planeta, além de provocar reflexões quanto aos impactos ambientais gerados pelas obras dos

empreendimentos e formas de minimizá-los.

Poderes Públicos

Em novembro de 2007, em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Urbano - Sedu,

realizamos treinamento junto a gestores municipais, através do curso “Árvore certa no lugar certo”,

dirigido a 85 profissionais de 50 prefeituras da região oeste do Paraná, iniciativa integrada ao

Programa Estadual de Qualificação de Servidores Municipais.

Comunidade

A Copel desenvolve atividades de educação ambiental para a comunidade no Museu Regional do

Iguaçu, o qual conta com um dos mais expressivos acervos regionais do Paraná destacando o

homem, a fauna e a flora da região do Médio Iguaçu. Em 2007, recebemos 17.415 visitantes.

A partir de 2007, a Copel passou a contar também, para atuar junto à comunidade, com o Centro

de Educação Ambiental Horto Faxinal do Céu, que oferece trilhas perceptivas. Naquele ano,

atendemos 2.098 visitantes.

A Copel, em parceira com o Consórcio para Proteção Ambiental do Rio Tibagi - Copati, e com o

apoio de municípios do Estado, implementou o Programa de Educação Ambiental Pingo D’água,

alcançando a marca de 30 mil alunos e 2 mil educadores participantes em 2007, o que beneficiou

diretamente 35 municípios da bacia do rio Tibagi. O Programa tem como objetivo o

desenvolvimento da percepção dos envolvidos, mostrando-lhes conseqüências de atitudes e

posturas ambientais.

Foram capacitados educadores das quartas séries das escolas municipais para trabalhar, com

segurança, as questões ambientais com seus alunos e a comunidade, incentivando-os a

desenvolver trabalhos de campo ligados à utilização racional da água e à disposição correta dos

resíduos. Além disso, foram desenvolvidos peças teatrais, passeatas, jornais e panfletos com

temas ambientais, reflorestamento, exposições e diversas outras atividades, que contribuíram para

a formação e a transformação de comunidades inteiras acerca da preservação do meio ambiente.

6.15 Projetos de P&D Voltados ao Meio Ambiente

6.15.1 Geração de Energia Elétrica Distribuída

Com o objetivo de buscar soluções ambientais, a Copel, em parceria com a Itaipu Binacional e a

Sanepar, participa de projeto de diversificação da matriz energética, através da implantação da

geração distribuída de energia elétrica que utiliza como combustível biogás produzido por dejetos

dos suínos usando biodigestores.

Recentemente, foi liberada à operação, em caráter experimental, a instalação-piloto situada na

Granja Colombari, região de Foz do Iguaçu. Permanecerá em atuação por 90 dias, após o que

será liberada à operação não supervisionada. Para chegar ao protótipo instalado na Granja

Colombari, a Copel investiu em ensaios de campo, de laboratório e em tecnologia sofisticada de

estudos elétricos de transitórios eletromagnéticos para garantir que a solução proposta de

conexão de tais micro-geradores à rede da Empresa não resultará em problemas e, sim, se

constituirá em solução.

Dejetos dos 3.000 suínos criados na Granja deverão alimentar gerador de 50 kW, que está em

funcionamento e sendo monitorado por oscilógrafo, equipamento para registro de todos os

fenômenos que ocorrerão nesta etapa de operação experimental do projeto que prevê o auto-

suprimento à própria Granja e a injeção do excedente da energia elétrica na rede de distribuição.

A geração a partir dos biodigestores se diferencia da queima de biomassa visto que nela há a

presença de bactérias na decomposição dos dejetos (processo anaeróbico).

6.15.2 Estudos para Minimização dos Custos de Manutenção sob

Linhas de Distribuição

Ao longo de 2007, a Copel acompanhou projeto que contratou junto ao Instituto de Tecnologia

para o Desenvolvimento - Lactec para avaliar possibilidades de utilização das áreas de servidão

sob as linhas de distribuição. Tal estudo considerou as variáveis ambientais, econômicas, de

saúde e de segurança dos empregados envolvidos, estabelecendo comparativo entre: a roçada

convencional (testemunha); plantio de espécies nativas de baixo crescimento e de espécies

agrícolas.

Em 2007, foram apresentados os resultados parciais dos estudos, estando previstas a conclusão

do projeto e a entrega do relatório final em fevereiro de 2008.

6.15.3 Projetos de Biorremediação de Áreas Contaminadas por Óleo

Mineral Isolante

Derramamentos por óleo mineral isolante não são significativos no âmbito da Copel, pois ocorrem

de forma pontual, em função de defeitos em equipamentos ou em casos de furto de

transformadores. As ocorrências de tais defeitos são atendidas por equipes de emergência e

manutenção de redes, que utilizam equipamento padronizado para evitar derramamento da

substância durante a retirada e transporte.

Ao longo de 2007, tiveram continuidade projetos de recuperação ambiental de áreas

contaminadas por óleo mineral isolante, mediante tratamento de biorremediação. Os casos

constatados de contaminação estão servindo como base de desenvolvimento de metodologia de

atuação para remediação de eventuais ocorrências futuras. O processo envolve uso de bactérias

que utilizam hidrocarbonetos em seu ciclo, transformado-os em substâncias sem toxicidade,

descontaminando, assim, a área.

6.16 Gestão de Multas, Termos de Compromisso e Notificações

Ambientais

A Copel mantém acompanhamento de todas as multas, termos de compromisso e notificações

ambientais recebidos, por meio de sistema de gestão que possibilita, além do cumprimento das

obrigações legais, redução dos valores de multas administrativas impostas, bem como

minimização de riscos de enquadramentos criminais de empregados e gestores.

Em 2007, houve sete ocorrências, relatadas a seguir. Aquelas relacionadas à poda de árvores (1,

4, 5 e 6) desencadearam a elaboração de treinamento de duas horas para conscientização dos

empregados envolvidos com a atividade sobre a forma correta de executar a poda, bem como das

implicações legais pertinentes. Foram treinados 213 empregados nesse ciclo. Paralelamente às

palestras de duas horas, os cursos de poda, de 24 horas de duração, vêm ocorrendo

regularmente.

Controle de Ocorrências Ambientais 2007

Valor da Multa N° Tipo Data Local

Original Pago Descrição

1 Multa 08/07 Curitiba R$ 15.000,00 Em recurso

Multa aplicada por poda drástica sem autorização ambiental em 15 árvores. Protocolado recurso e proposição de recuperação do dano ambiental.

2 Multa 10/07 Maringá R$ 20.000,00 Em recurso

Multa por ligação em loteamento sem anuência do IAP. Processo todo com autorização do município.

3 Multa 07/07 Guarapuava R$ 2.000,00 Em recurso

Implantação de linhas de distribuição em Área de Preservação Permanente sem anuência do IAP

4 Notificação 09/07 Guaratuba Sem multa Sem multa

Reclamação de consumidor: poda drástica de árvore sem autorização. Negociada recuperação do dano com o cliente: plantio de árvores em uma praça da cidade.

5 Notificação 09/07 Guaratuba Sem multa Sem multa

Reclamação de consumidor: poda drástica de árvore. Em vistoria ao local constatou-se que a poda foi executada dentro dos padrões.

6 Notificação 09/07 Ponta Grossa

Sem multa Sem multa

Podas drásticas executadas no município de Ponta Grossa. Notificação 209/2007. Foram tomadas medidas para adequação do procedimento do pessoal interno e contratado, que estão sendo recebendo treinamento sobre as questões legais da poda.

7 Termo de compromisso

10/05 Araucária - Parque das

Pontes R$ 150.500,00 Em

recurso

Caso de 2005. Roçada em APP sem autorização do órgão ambiental. Corte de 301 árvores. Termo de compromisso assinado em março de 2007 e Plano de recuperação implantado em abr/07 e em acompanhamento até abr/09. A assinatura e cumprimento do termo de compromisso pode propiciar a redução de 90% no valor da multa, resultando numa economia de R$ 135.450,00 para a COPEL. Os gastos para implementação do plano foram de aproximadamente R$ 1.500,00, acrescido de R$ 200,00 em cada manutenção (a cada 2 meses).

DMAD - Departamento de Meio Ambiente da Distribuição

Atualizado em 02/01/2008

O valor das multas pagas em 2007 foi de R$ 104.195,00, de um valor original de R$ 127.375,00.

No que concerne a atividades de âmbito da Geração e Transmissão, a Copel não recebeu

nenhuma multa ou notificação em 2007.

6.17 Indicadores Ambientais

Além de seguir as diretrizes estabelecidas pelo Global Reporting Initiative - GRI, AA1000 e Pacto

Global, a Copel participa do ISE BOVESPA na busca de melhoria de seus indicadores ambientais.

Em função de ações ambientais implementadas e alinhadas ao planejamento estratégico da

Companhia, a empresa atingiu, em 2007, na análise de desempenho da Dimensão Ambiental, a

marca de 60%, contra 49% obtida em 2006.

Apresentamos, a seguir, tabela indicativa de ações ambientais da Copel no período de 2005 a

2007:

INDICADORES AMBIENTAIS DA COPEL

Recuperação de Áreas Degradadas Meta 2008 2007 2006 2005

Área preservada e/ou recuperada por manejo sustentável de vegetação sob as linhas de transmissão e distribuição (em ha)

sem meta 3 * 0 0

Área preservada/total da área preservada na área de concessão exigida por lei (%) N/D N/D N/D N/D

Contribuição para o aumento de áreas verdes nos municípios pelo Programa de Arborização Urbana (em ha)

54,02 1,54 0 0

Rede protegida isolada (rede ecológica ou linha verde) na área urbana (em km)

sem meta 3442,19 2636,6 N/D

Percentual da rede protegida isolada/total da rede de distribuição na área urbana N/D 15,61 13,34 5,2

Gastos com gerenciamento do impacto ambiental (arborização, manejo sustentável, com equipamentos e redes protegidas)

sem meta R$ 21.282.689,65

R$ 26.890.389,02

R$ 38.241.604,60

Quantidade de acidentes por violação das normas de segurança ambiental

sem meta 0 0 0

Número de autuações e/ou multas por violação de normas ambientais 0 3 1 3

Valor incorrido em autuações e/ou multas por violação de normas ambientais * *

0,00 R$ 37.000,00 R$ 3.457,69 R$ 158.700,00

* Referente ao projeto de pesquisa “Estudos para minimização dos custos de manutenção sob linhas de distribuição de energia

* * Valores referentes às multas aplicadas no ano e não aos valores pagos.

Manejo de resíduos perigosos Meta 2008 2007 2006 2005

Percentual de equipamentos substituídos por óleo mineral isolante sem PCB (Ascarel) * 100 100 100 0

Percentual de lâmpadas descontaminadas em relação ao total substituído na empresa *

100 0 100 100

Percentual de lâmpadas descontaminadas em relação ao total substituído nas unidades consumidoras

N/D N/D N/D N/D

Gastos com tratamento e destinação de resíduos tóxicos (incineração, aterro, biotratamento etc.)

R$ 604.000,00

R$ 815.000,00

R$ 1.257.000,00

R$ 673.000,00

* Segundo dados de relatórios anteriores

Educação e Conscientização Ambiental Meta 2008 2007 2006 2005

Educação ambiental – Comunidade – na organização N/D N/D N/D N/D

Número de empregados treinados nos programas de educação ambiental. sem meta 1188 808 702

Número de horas de treinamento ambiental/total de horas de treinamento

sem meta 535 216 184

Recursos Aplicados (R$ Mil) sem meta R$ 26.019,02 R$ 83.700,00 N/D

N/D: não disponível

Informamos não estarem ainda disponíveis dados pormenorizados relativos a geração e

tratamento de resíduos sólidos; uso de recursos no processo produtivo e em processos gerenciais

da organização; percentual de materiais de consumo adquiridos com Selo Verde ou certificação

florestal; e Programas de Eficiência Energética - PEEs destinados à formação da cultura em

conservação e uso racional de energia.

7. BALANÇO SOCIAL

1 - BASE DE CÁLCULO NE 29 e 30 Receita Líquida - RL 5.422.126 4.888.615

Resultado (ou Lucro) Operacional - RO 1.629.124 1.837.223

NE 31-c Folha de Pagamento Bruta - FPB 587.021 579.944

Valor Adicionado Total - VAT 5.235.899 5.638.463

2 - INDICADORES SOCIAIS INTERNOSFPB RL VAT FPB RL VAT

Alimentação (Auxílio alimentação e outros) 54.476 9,3 1,0 1,0 49.586 8,6 1,0 0,9

NE 31-c Encargos sociais compulsórios 144.643 24,7 2,7 2,8 146.955 25,2 3,0 2,6

NE 31-d Plano previdenciário (64.348) (11,0) (1,2) (1,2) 52.620 9,1 1,1 0,9

NE 31-d Saúde (Plano assistencial) 57.076 9,7 1,1 1,1 26.501 4,6 0,5 0,5

Segurança e medicina no trabalho 3.177 0,5 0,1 0,1 3.170 0,5 0,1 0,1

Educação 2.296 0,4 - - 2.130 0,4 - -

Cultura 916 0,2 - - 654 0,1 - -

Capacitação e desenvolvimento profissional 7.848 1,3 0,1 0,1 8.824 1,5 0,2 0,2

Auxílio creche 500 0,1 - - 451 0,1 - -

NE 31-c Participação nos lucros e/ou resultados 54.254 9,2 1,0 1,0 52.028 9,0 1,1 0,9

(1) Outros benefícios 10.128 1,8 0,2 0,3 9.710 1,7 0,2 0,2

Total 270.966 46,2 5,0 5,2 352.629 60,8 7,2 6,3

NE - Nota Explicativa

BALANÇO SOCIAL ANUAL - Modelo IBASE

(Valores expressos em milhares de reais)

% Sobre: % Sobre:

Em 31 de dezembro de 2007 e de 2006

2007

Consolidado

2006

(continuação)

3 - INDICADORES SOCIAIS EXTERNOS

RO RL VAT RO RL VAT

Educação 6.615 0,4 0,1 0,1 19.020 1,0 0,4 0,3

(2) Programa Paraná Digital 6.491 0,4 0,1 0,1 18.331 1,0 0,4 0,3

Escolas nas Usinas e outros 124 - - - 689 - - -

Cultura 5.510 0,3 0,1 0,1 9.207 0,6 0,2 0,2

NE 31-i Projetos culturais diversos - lei 8313 Rouanet 5.401 0,3 0,1 0,1 8.989 0,5 0,2 0,2

Incentivos culturais municipais 109 - - - 218 0,1 - -

Saúde e saneamento 28.646 1,8 0,5 0,5 80.195 4,4 1,6 1,4

Programa Luz para Todos 27.421 1,6 0,5 0,5 79.254 4,3 1,6 1,4

Outros programas 1.225 0,2 - - 941 0,1 - -

Esporte 0 - - - 55 - - -

Combate à fome e segurança alimentar 4 - - - 4 - - -

Outros 4.376 0,3 0,1 0,1 5.245 0,3 0,1 0,1

NE 26 Indenização comunidade indígena Apucaraninha 2.240 0,1 0,1 0,1 2.800 0,2 0,1 0,1

NE 31-i Fundo dos direitos da criança e do adolescente 1.775 0,1 - - 2.192 0,1 - -

Doações, contribuições e subvenções 312 0,1 - - 122 - - -

Implantação GRI/AA1000 e instituto Ethos 49 - - - 131 - - -

Total das contribuições para a sociedade 45.151 2,8 0,8 0,8 113.726 6,3 2,3 2,0

Tributos (excluídos encargos sociais) 3.133.308 192,3 57,8 59,9 3.209.136 174,7 65,6 56,9

Total 3.178.459 195,1 58,6 60,7 3.322.862 181,0 67,9 58,9

4 - INDICADORES AMBIENTAISRO RL VAT RO RL VAT

Investimentos relacionados com as operaçõesda empresa 100.142 6,1 1,8 1,9 87.882 4,8 1,8 1,6

NE 30

Programas de Pesquisa e Desenvolvimento eEficiência Energética 56.347 3,4 1,0 1,1 52.265 2,8 1,1 0,9

Rede Compacta e Linha Verde 38.069 2,3 0,7 0,7 26.797 1,5 0,5 0,5

Programas de proteção de Fauna e Flora 4.276 0,3 0,1 0,1 7.086 0,4 0,1 0,1

Gestão de resíduos 1.450 0,1 - - 1.734 0,1 0,1 0,1

Investimentos em programas e/ou projetosexternos 299 - - - 1.512 0,2 - -

Educação Ambiental 126 - - - 763 0,1 - -

Programa Tributo ao Iguaçu 109 - - - 722 0,1 - -

(3) Projeto créditos de carbono 64 - - - 27 0,1 - -

Total 100.441 6,1 1,8 1,9 89.394 5,0 1,8 1,6

NE - Nota Explicativa

Consolidado

2007 2006

% Sobre: % Sobre:

% Sobre:% Sobre:

( ) não possui metas( ) cumpre de 0 a 50%( ) cumpre de 51 a 75%( X ) cumpre de 76 a 100%

( ) não possui metas( ) cumpre de 0 a 50%( ) cumpre de 51 a 75%( X ) cumpre de 76 a 100%

Quanto ao estabelecimento de “metas anuais” paraminimizar resíduos, o consumo em geral na produção/operação e aumentar a eficácia na utilização de recursosnaturais, a empresa:

(continuação)

5 - INDICADORES DO CORPO FUNCIONAL (inclui controladas)

(4) Empregados no final do período 8.441 8.204 Escolaridade dos empregados(as): Total HomensMulheres Total HomensMulheresTotal Superior e extensão universitária 3.223 2.333 890 3.000 2.162 838Total 2º Grau 4.721 4.138 583 4.694 4.106 588Total 1º Grau 497 463 34 510 478 32Faixa etária dos empregados(as):Abaixo de 30 anos 1.904 1.843 De 30 até 45 anos (exclusive) 3.799 3.923 Acima de 45 anos 2.738 2.438 Admissões durante o período 665 946 Mulheres que trabalham na empresa 1.507 1.458 % Mulheres em cargos gerenciais:em relação ao nº total de mulheres 2,9 3,1 em relação ao nº total de gerentes 11,2 12,2

Negros(as) que trabalham na empresa 792 734 % Negros(as) em cargos gerenciais:em relação ao nº total de negros(as) 2,4 1,9 em relação ao nº total de gerentes 5,0 3,9

Portadores(as) de necessidades especiais 54 52 Dependentes 19.367 14.680 Estagiários(as) 943 953 Terceirizados 2.244 2.238

Relação entre a maior e a menor remuneração na empresa

Número total de Acidentes de Trabalho (inclui acidentes com contratados)

Os projetos sociais e ambientais desenvolvidospela empresa foram definidos por:

Os padrões de segurança e salubridade noambiente de trabalho foram definidos por:

Quanto à liberdade sindical, ao direito denegociação coletiva e à representação internados(as) trabalhadores(as), a empresa:

A previdência privada contempla:

A participação dos lucros ou resultadoscontempla:

Na seleção dos fornecedores, os mesmospadrões éticos e de responsabilidade social eambiental adotados pela empresa:

Quanto à participação dos empregados(as) emprogramas de trabalho voluntário, a empresa:

são sugeridos

organiza e incentiva

direção e gerências

todos(as) + Cipa

incentivará e seguirá a OIT todos(as) empregados(as)

todos(as) empregados(as)

serão exigidos

organizará e incentivará

incentiva e segue a OIT

29

164

Metas 2008

6 - INFORMAÇÕES RELEVANTES QUANTO AO EXERCÍCIO DA CIDADANIA EMPRESARIAL

direção e gerências

todos(as) + Cipa

29

208

todos(as) empregados(as)

Consolidado

Consolidado

2007

2007 2006

todos(as) empregados(as)

(continuação)

na empresa

no Proconna Justiça

na empresa

no Proconna Justiça

na empresa

no Procon

na Justiça

Distribuição do Valor Adicionado (DVA) :

Financiadores

Pessoal Governo

Acionistas Retido

7 - OUTRAS INFORMAÇÕES

(1) O item Outros benefícios é composto por: Indenizações trabalhistas, Auxílio doença complementar, Seguros, Vale transporteexcedente e Auxílio invalidez e morte acidental.

(2) O Programa Paraná Digital promove a inclusão digital no ensino público conectando escolas estaduais à Internet. Sendo este umconvênio com o governo estadual, a Companhia participa provendo a rede com instalações dos pontos até as escolas, enquanto oEstado fornece os equipamentos de informática. Desde o início do programa já foram instalados 4.450 km de cabos possibilitando oacesso de 2.027 escolas, o que ainda gera receita para a Copel com a ampliação do atendimento a clientes corporativos no Estadodo Paraná através da maior capilaridade da rede.

(3) Estes valores referem-se aos gastos do Contrato de Validação dos Créditos de Carbono efetuados pela controlada Elejor.

(4) No computo da força de trabalho estão incluídos 82 menores aprendizes em 2007, e 75 em 2006.

• A Copel é uma companhia pertencente ao Setor Energético, atuante no Estado do Paraná com CNPJ nº 76.483.817/0001-20.

• Para maiores esclarecimentos sobre as informações declaradas: Superintendência de Gestão Contábil - Enio Cesar Pieczarka - tel 41-3331-2160 e-mail: [email protected]

• As notas explicativas - NE são parte integrante das demonstrações contábeis.

• Nossa companhia valoriza e respeita a diversidade interna e externamente.

• A Copel não utiliza mão-de-obra infantil (exceção para o programa de inserção do menor aprendiz, Lei 10.097/00) ou trabalhoescravo, não tem envolvimento com prostituição ou exploração sexual de criança ou adolescente e não está envolvida comcorrupção.

33,6%% da representatividade das reclamações e críticas de consumidores(as) em relação ao total de unidades consumidoras:

2,98% 2,83%

74,5%

100.058 276

937

102.334 282

958

100,0%% de reclamações e críticas atendidas ou solucionadas:

2006

100,0%

78,0%37,0%

Consolidado

2007Número total de reclamações e críticas de consumidores(as):

Metas 2008

Consolidado

16,6%

8,1%

10,7%58,9%

5,0%

2007

• Este Balanço Social contempla dados das controladas Compagas, Elejor, UEG Araucária, Copel Empreendimentos Ltda e CentraisEólicas do Paraná Ltda - CEOLPAR (a partir de 06.09.2007), em virtude da consolidação de seus resultados com a Copel.

6,3%

62,0%

17,3%

5,1%

10,0%

0,01%

0,03% 0,03%

0,01%

8. MATRIZ DE LOCALIZAÇÃO E CORRELAÇÃO DE INDICADORES

A tabela abaixo representa um esforço de correlação entre os indicadores GRI/G3 e os Princípios

do Pacto Global, este último considerado pela Companhia como a grande plataforma de

contextualização de seus resultados em termos de sustentabilidade global. O Pacto se constitui na

mais consistente e difundida plataforma para a ampla promoção da sustentabilidade empresarial

da atualidade. Ressaltamos que o resultado é de inteira responsabilidade da Companhia e reflete

sua visão interna de gestão e o processo de testagem da ferramenta “Fazendo a Conexão –

usando as Diretrizes GRI/G3 de relatório para a Comunidade de Progresso do Pacto Global da

ONU”.

Legenda:

Indicadores essenciais Indicadores adicionais NE Nota Explicativa

GRI G3 Tema Pacto Global Item Página PERFIL

1 ESTRATÉGIA E ANÁLISE 1.1 Declaração do Presidente sobre a relevância da

sustentabilidade para a organização e sua estratégia. 1, 2, 3, 4, 5, 6,

7, 8, 9, 10 1 6

1.2 Descrição dos principais impactos, riscos e oportunidades relativos a sustentabilidade e seus efeitos sobre os stakeholders.

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10

1, 2; 1.3; 3.16; 3.17; 3.18; 3.19; 5.7.2

10; 11; 42; 43; 44; 45; 67

2 PERFIL ORGANIZACIONAL 2.1 Nome da organização. 2.1 15 2.2 Principais marcas, produtos e/ou serviços. 2.1; 2.7 15; 23

2.3 Estrutura operacional da organização, incluindo principais divisões, unidades operacionais, subsidiárias e joint ventures.

2.1 15

2.4 Localização da sede da organização. 2.1 15 2.5 Número de países em que a organização opera. 2.1; 2.7 15; 23

2.6 Tipo e natureza jurídica da propriedade. 2.1 15 2.7 Mercados atendidos.

2.1; 2.7; 2.9; 2.12 15; 23; 24; 28

2.8 Porte da organização. 2.1; 2.9; 2.12 15; 24; 28

2.9 Principais mudanças durante o período coberto pelo relatório referentes a porte, estrutura e participação acionária. 2.1; 3.1 15; 34

2.10 Prêmios recebidos no período coberto pelo relatório. 2.14 32 3 PARÂMETROS PARA O RELATÓRIO Perfil do Relatório

3.1 Período coberto pelo relatório para as informações apresentadas. 1.4 13

3.2 Data do relatório anterior mais recente. 1.4 13

3.3 Ciclo de emissão de relatórios. 1.4 13

3.4 Dados para contato em caso de perguntas relativas ao relatório ou seu conteúdo. 1.4; 3.9 13; 39

Escopo e Limite do Relatório 3.5 Processo para a definição do conteúdo do relatório. 1.4 13

3.6 Limite do relatório. 1.4 13 3.7 Declaração sobre quaisquer limitações específicas quanto

ao escopo ou ao limite do relatório. 1.4 13

3.8 Base para a elaboração do relatório que possam afetar significativamente a comparabilidade. 1,2,10 1.4; 3.1 13; 34

3.9 Técnicas de medição de dados e as bases de cálculos. 1.4 13 3.10 Explicação da natureza e das conseqüências de qualquer 1,2,10 1.4; 3.1 13; 34

reformulação de informações contidas em relatórios anteriores.

3.11 Mudanças significativas em comparação com anos anteriores. 1.4 13

Sumário de Conteúdo da GRI/G3 3.12 Tabela de identificação da localização das divulgações-

padrão no relatório. 1.4; 8 13; 102

Verificação 3.13 Política e prática atual relativa à busca de verificação

externa. 1.4; 3.16 13; 42

4 GOVERNANÇA, COMPROMISSOS E ENGAJAMENTO Governança

4.1 Estrutura de governança corporativa, incluindo comitês sob o mais alto órgão de governança. 1, 2, 10

3; 3.1; 3.3; 3.4; 3.5; 3.6; 3.8;

3.10

33; 34; 37; 38; 39; 40

4.2 Indicação caso o Presidente do mais alto órgão de governança também seja um diretor executivo. 1, 2, 10 3; 3.1; 3.3 33; 34; 37

4.3 Para organizações com uma estrutura de administração unitária, declaração do número de membros independentes ou não.

1, 2, 10 3; 3.1; 3.3 33; 34; 37

4.4 Mecanismos para acionistas e funcionários fazerem recomendações ou darem orientações para a governança. 1, 2, 10 3; 3.1; 3.2; 3.9;

3.11 33; 34; 36; 39;

40

4.5 Relação entre remuneração para membros da governança e o desempenho da organização. 1, 2, 10 3; 3.1; 3.6 33; 34; 38

4.6 Processos em vigor no mais alto órgão de governança para assegurar que conflitos de interesse sejam evitados. 1, 2, 10 3; 3.1; 3.3; 3.8;

3.9 33; 34; 37; 39

4.7 Processo para determinação das qualificações e habilidades exigidas dos membros de governança para definir a estratégia da organização.

1, 2, 10 3; 3.1; 3.3 33; 34; 37

4.8 Declarações de missão e valores, códigos de conduta, princípios internos relevantes para o desempenho econômico, ambiental e social.

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10

1.3; 3; 3.1; 3.7; 3.8

11; 33; 34; 38; 39

4.9 Procedimentos de governança para supervisionar a identificação e gestão por parte da organização do desempenho econômicos, ambiental e social.

1, 2, 10 3; 3.1; 3.7; 3.9 33; 34; 38; 39

4.10 Processos para a auto-avaliação do desempenho da governança, especialmente com respeito ao desempenho econômico, ambiental e social.

1, 2, 10 3; 3.1; 3.6 33; 34; 38

Compromissos com Iniciativas Externas 4.11 Explicação de se e como a organização aplica o princípio da

precaução. 1, 2, 3, 4, 5, 6,

7, 8, 9, 10 3.18 44

4.12 Cartas, princípios ou outras iniciativas voluntárias desenvolvidas externamente, de caráter econômico, ambiental e social que a organização subscreve ou endossa.

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 1.3; 3; 5.1 11; 33; 56

4.13 Participação significativa em associações (como federações de indústrias) e/ou organismos nacionais/internacionais de defesa.

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 5.1 56

Engajamento das Partes Interessadas 4.14 Relação entre grupos de partes interessadas envolvidas pela

organização. 1, 2, 3, 4, 5, 6,

7, 8, 9, 10 2.13; 2.13.1;

2.13.2 29; 30

4.15 Base para a identificação e seleção das partes interessadas a serem envolvidas.

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 2.13; 2.13.1 29

4.16 Abordagens para o engajamento das partes interessadas, incluindo a freqüência do engajamento por tipo e por grupos da parte interessada.

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10

2.13; 2.13.2; 2.13.3; 3.11;

5.7; 5.9

29; 30; 32; 40; 64; 69

4.17 Principais questões e preocupações que foram levantados por meio do engajamento das partes interessadas e que medidas foram adotadas.

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10

2.13; 2.13.2; 2.13.3; 3.11;

5.7; 5.9

29; 30; 32; 40; 64; 69

DESEMPENHO ECONÔMICO

DMA Descrição sobre Forma de Gestão do Desempenho Econômico

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10

Desempenho Econômico EC1 Valor econômico direto gerado e distribuído. 2.9; 2.12 24; 28

EC2 Implicações financeiras e outros riscos e oportunidades para as atividades da organização devido a mudanças climáticas. 7, 8, 9 1; 5.16; 6.1 6; 78; 80

EC3 Cobertura das obrigações do plano de pensão de benefício definido que a organização oferece. 1 NE 31-d 173

EC4 Ajuda financeira significativa recebida do governo. 2.8;5.1; NE 18- 23; 56; 144;

c; NE 25 159 Presença no Mercado

EC5 Variação da proporção do salário mais baixo comparado ao salário mínimo local em unidades operacionais importantes. 1, 2, 6 5.10.2 71

EC6 Políticas e práticas e proporção de gastos com fornecedores locais em unidades operacionais importantes. 5.9 69

EC7 Procedimentos para a contratação local e proporção de cargos da alta gerência recrutados na comunidade. 6 5.10 70

Impactos Econômicos Indiretos EC8 Desenvolvimento e impacto de investimentos em infra-

estruturas e serviços oferecidos, principalmente benefício público, por meio de engajamento comercial, em espécie ou atividades pro bono.

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 2.8; 5.1 23; 56

EC9 Identificação e descrição de impactos econômicos indiretos significativos. 1, 7, 8, 9 5; 5.1 56

DESEMPENHO AMBIENTAL

DMA Descrição sobre Forma de Gestão do Desempenho Ambiental 7, 8, 9

Materiais EN1

Materiais usados por peso ou volume. 8

6.13 – Indicador

parcialmente mensurado*

90

EN2 Percentagem dos materiais usados provenientes de reciclagem. 8, 9

6.13 – Indicador

parcialmente mensurado*

90

Energia EN3 Consumo de energia direta discriminado por fonte de

energia primária. 8 6.4.2 86

EN4 Consumo indireto de energia, discriminado por fonte primária. 8 6.4.3 86

EN5 Energia economizada devido a melhorias em conservação e eficiência. 8, 9 6.14 92

EN6 Iniciativas para fornecer produtos e serviços com baixo consumo de energia, ou que usem energia gerada por recursos renováveis.

8, 9 5.16; 6.14 78; 92

EN7 Iniciativas para reduzir o consumo de energia indireta e as reduções obtidas. 8, 9 6.14 92

Água EN8 Total de retirada de água por fonte. 8 6.4.1 85 EN9 Fontes hídricas significativamente afetadas por retirada de

água. 8 6.4.1 85

EN10 Percentual e volume total de água reciclada e reutilizada. 8, 9 6.4.1 85 Biodiversidade

EN11 Localização e tamanho da área possuída, arrendada ou administrada dentro de áreas protegidas, ou adjacente a elas, e áreas de alto índice de biodiversidade fora das áreas protegidas.

8 6.5; 6.15 86; 93

EN12 Descrição dos impactos significativos na biodiversidade de atividades, produtos e serviços em áreas protegidas e em áreas de alto índice de biodiversidade fora das áreas protegidas.

8 6.5 86

EN13 Habitats protegidos ou restaurados. 8 6.5; 6.15 86; 93 EN14 Estratégias, medidas em vigor e planos futuros para a

gestão dos impactos na biodiversidade. 8 6.5; 6.14; 6.15 86; 92; 93

EN15 Número de espécies na Lista Vermelha da IUCN e em lista nacionais de conservação com habitats em áreas afetadas por operações, discriminadas pelo nível de risco de extinção.

8 6.5 86

Emissões, Efluentes e Resíduos EN16 Total de emissões diretas e indiretas de gases causadores

do efeito de estufa por peso. 8 6.3.9 84

EN17 Outras emissões indiretas relevantes de gases causadores do efeito de estufa por peso. 8 6.3.9 84

EN18 Iniciativa para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e as reduções atingidas. 8, 9 6.1; 6.14 80; 92

EN19 Emissões de substâncias destruidoras da camada de ozônio por peso. 8 6.3.10 85

EN20 Nox e Sox e outras emissões atmosféricas significativas por tipo e peso. 8 6.3.10 85

EN21 Descarga total da água por qualidade e destinação. 8 6.4.1 85 EN22 Peso total de resíduos por tipo e método de disposição. 8 6.13 90

EN23 Número e volume total de derramamentos significativos. 8 6.15 93 EN24 Peso dos resíduos transportados, importados, exportados ou

tratados considerados perigosos nos termos da Convenção de Basiléia – Anexos I, II, III e VIII, e percentual de carregamentos de resíduos transportados internacionalmente.

8 6.13 90

EN25 Identificação, tamanho, status de proteção e índice de biodiversidade de corpos d'água e habitats relacionados significativamente afetados por descartes de água e drenagem realizados pela organização relatora.

8 6.5.1 88

Produtos e Serviços EN26 Iniciativas para mitigar os impactos ambientais de produtos e

serviços e a extensão da redução desses impactos. 8, 9 5.9; 6.3.1; 6.14; 6.15 69; 81; 92; 93

EN27 Percentual de produtos e suas embalagens recuperados em relação ao total de produtos vendidos, por categoria de produto.

8, 9 ** -

Conformidade EN28 Valor monetário de multas significativas e número total de

sanções não monetárias, resultantes da não-conformidade com leis e regulamentos ambientais.

8 6.16 95

Transporte EN29 Impactos ambientais significativos do transporte de produtos

e outros bens e materiais utilizados nas operações da organização, bem como transporte dos trabalhadores.

8 6.17 95

Geral EN30 Total de investimentos e gastos em proteção ambiental, por

tipo. 7, 8 , 9 7.0 98

DESEMPENHO SOCIAL DMA Descrição sobre Forma de Gestão do Desempenho Social 1, 2, 3, 4, 5, 6

INDICADORES DE DESEMPENHO REFERENTE A PRÁTICAS TRABALHISTAS, TRABALHO DECENTE

DMA Descrição sobre Forma de Gestão Referente a Práticas Trabalhistas 1, 2, 3, 4, 5, 6

Emprego LA1 Total de trabalhadores por tipo de emprego, contrato de

trabalho e região. 5.10; 5.12 70; 73

LA2 Número total e taxa de rotatividade de empregados por faixa etária, gênero e região. 1, 2, 3, 4, 5, 6 5.10; 5.12 70; 73

LA3 Benefícios oferecidos a empregados de tempo integral que não são oferecidos a empregados temporários ou em regime de meio período tempo parcial.

6 5.10.3; 5.12 71; 73

Relações entre os Trabalhadores e a Governança 5.10.4 72

LA4 Percentual de empregados abrangidos por acordos de negociação coletiva. 1, 2, 3 5.10.4 72

LA5 Prazo mínimo para notificação com antecedência referente a mudanças operacionais. 1, 2, 3 5.10.4 72

Segurança e Saúde no Trabalho LA6 Percentual dos empregados representados em comitês

formais de segurança e saúde, compostos por gestores e trabalhadores, que ajudam no monitoramento e aconselhamento sobre programas de segurança e saúde ocupacional.

1 5.7.2 67

LA7 Taxas de lesões, doenças ocupacionais, dias perdidos, absenteísmo e óbitos relacionados ao trabalho, por região. 1 5.12 73

LA8 Programas de educação, treinamento, aconselhamento, prevenção e controle de risco em andamento para dar assistência a empregados, seus familiares ou membros da comunidade com relação a doenças graves.

1 5.11; 5.12 72; 73

LA9 Temas relativos a segurança e saúde cobertos por acordos formais com sindicatos. 1 5.10.4; 5.11 72

Treinamento e Educação LA10 Média de horas de treinamento por ano, por empregado,

discriminadas por categoria funcional. 1 5.10.1; 5.12 70; 73

LA11 Programas para a gestão de competências e aprendizagem contínua que apóiam a continuidade da empregabilidade dos empregados e para gerenciar o fim da carreira.

1 5.10.1; 5.12 70; 73

LA12

Percentagem de empregados que recebem regularmente análises de desempenho e de desenvolvimento da carreira.

Apesar de material, esta ainda não é uma prática corrente em

nossa Companhia

-

Diversidade e Igualdades de Oportunidades

LA13 Composição dos grupos responsáveis pela governança corporativa e discriminação dos empregados por categoria, de acordo com o gênero, faixa etária, minorias e outros indicadores de diversidade.

1, 2, 6 9 108

LA14 Proporção de remuneração básica entre homens e mulheres por categoria funcional. 1, 2, 6 5.10.2; 5.12 71; 73

INDICADORES DE DESEMPENHO REFERENTE A DIREITOS HUMANOS

DMA Descrição sobre Forma de Gestão Referente a Direitos Humanos 1, 2, 3, 4, 5, 6 5.1 56

Práticas de Investimento e de Processos de Compra HR1 Percentual e número total de contratos de investimento

significativos que incluam cláusulas ou que foram submetidos a avaliações referentes a direitos humanos.

1, 2, 4, 5, 6 5.2; 5.9 59; 69

HR2 Percentual de empresas contratadas e fornecedores críticos que foram submetidos a avaliações referentes a direitos humanos e as medidas tomadas.

1, 2, 4, 5, 6 5.2 59

HR3 Total de horas de treinamento de empregados em políticas e procedimentos relativos a aspectos de direitos humanos relevantes para as operações.

1, 2, 3, 4, 5, 6, 10 3.7; 5.2 38; 59

Não-discriminação HR4 Número total de casos de discriminação e as medidas

tomadas. 1, 2, 6 5.2 59

Liberdade de Associação e Negociação Coletiva HR5 Operações identificadas nas quais o direito de exercer a

liberdade de associação e a negociação coletiva pode estar correndo risco significativo e as medidas tomadas para apoiar este direito.

1, 2, 3 5.2; 5.10.4 59; 72

Trabalho Infantil HR6 Operações identificadas como de risco significativo de

ocorrência de trabalho infantil e as medidas tomadas para contribuir para a abolição do trabalho infantil.

1, 2, 5 5.2; 5.9 59; 69

Trabalho Forçado ou Análogo ao Escravo HR7 Operações identificadas como tendo risco significativo de

ocorrência de trabalho forçado ou análogo ao escravo e as medidas tomadas para contribuir com a para a erradicação do trabalho forçado ou análogo ao escravo.

1, 2, 4 5.2; 5.9 59; 69

Práticas de Segurança HR8 Percentagem do pessoal de segurança submetido a

treinamento nas políticas ou procedimentos da organização relativos a aspectos de direitos humanos.

1, 2 5.2 59

Direitos Indígenas HR9 Descrição de políticas, diretrizes e procedimentos para tratar

das necessidades indígenas. 1, 2 5.2 59

INDICADORES DE DESEMPENHO REFERENTE À SOCIEDADE

DMA Descrição sobre Forma de Gestão Referente à Sociedade 1, 2, 3, 4, 5, 6,

7, 8, 9, 10 2.13 29

Comunidade SO1 Natureza, escopo e eficácia de quaisquer programas e

práticas para avaliar e gerir os impactos das operações nas comunidades.

1, 7 2.13; 2.13.1;

2.13.2; 2.13.3; 3.18

29; 30; 32; 44

Corrupção SO2 Percentual e número total de unidades de negócios

submetidas a avaliações de riscos relacionados a corrupção. 10 *** -

SO3 Percentual de empregados treinados nas políticas e procedimentos anticorrupção da organização. 10 3.7 38

SO4 Medidas tomadas em resposta à ocorrência de corrupção. 10 3.8 39 Políticas Públicas

SO5 Posições quanto a políticas públicas e participação na elaboração de políticas públicas e lobbies.

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 5.1 56

SO6 Valor total das contribuições financeiras e em espécie para partidos políticos, políticos ou instituições relacionadas,

Considerado não aplicável a

-

discriminadas por país. nossa Companhia

Concorrência Desleal SO7

Número total de ações judiciais por concorrência desleal, práticas de truste e monopólio e seus resultados.

Considerado não aplicável a

nossa Companhia

-

Conformidade SO8 Valor monetário de multas (significativas) por não-

conformidade com leis e regulamentos relativos ao fornecimento e uso dos produtos e serviços.

1 5.7.2 67

INDICADORES DE DESEMPENHO REFERENTES À RESPONSABILIDADE PELO PRODUTO DMA Descrição sobre Forma de Gestão Referente à Sociedade 1, 8

Saúde e Segurança do Cliente PR1 Fases do ciclo de vida de produtos e serviços em que os

impactos na saúde e segurança são avaliados visando melhoria.

1 5.7.2 67

PR2 Número total de casos de não-conformidade com regulamentos e códigos voluntários relacionados aos impactos causados por produtos e serviços na saúde e segurança durante o ciclo de vida.

1 5.7.1; 5.7.2 65; 67

Rotulagem de Produtos e Serviços PR3 Tipo de informações sobre produtos e serviços exigida por

procedimentos de rotulagem, e o percentual de produtos e serviços sujeitos a tais exigências.

1, 8

Considerado não aplicável a

nossa Companhia

-

PR4 Número total de casos de não-conformidade com regulamentos e códigos voluntários relacionados a informações e rotulagem de produtos e serviços.

1, 8

Considerado não aplicável a

nossa Companhia

-

PR5 Práticas relacionadas à satisfação do cliente, incluindo resultados de pesquisas que medem essa satisfação. 2.13.3; 5.7 32; 64

Comunicações de Marketing PR6 Programas de adesão às leis, normas e códigos voluntários

relacionados a comunicações de marketing. 5.8 67

PR7 Número total de casos de não-conformidade com regulamentos e códigos voluntários relativos a comunicações de marketing.

5.7.1; 5.8 65; 67

Privacidade do Cliente PR8 Número total de reclamações comprovadas relativas a

violação de privacidade e perda de dados de clientes. 5.7.1; 5.8 65; 67

Conformidade PR9 Valor monetário de multas (significativas) por não-

conformidade com leis e regulamentos relativos ao fornecimento e uso dos produtos e serviços.

1 5.7.1; 5.7.2 65; 67

** A Copel já implementou processo de controle integral de consumo de papel e de sua destinação final. Completo processo de controle para outros materiais está em andamento, com previsão de implementação em 2010. **Considerado não aplicável à Copel, visto que nosso produto é energia e, portanto, não está sujeito à avaliação quanto a esta categoria *** Tratar este indicador como um percentual das unidades de negócio analisadas é considerado não material uma vez que a Companhia está institucionalmente organizada como uma única unidade de negócio, sob a mesma abrangência de normas e procedimentos internos

9. COMPOSIÇÃO DOS GRUPOS RESPONSÁVEIS PELA

GOVERNANÇA

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Presidente JOÃO BONIFÁCIO CABRAL JÚNIOR

Membros: JORGE MICHEL LEPELTIER

LAURITA COSTA ROSA

LUIZ ANTONIO RODRIGUES ELIAS

MUNIR KARAM

NELSON FONTES SIFFERT FILHO

ROGÉRIO DE PAULA QUADROS

RUBENS GHILARDI

NILDO ROSSATO

COMITÊ DE AUDITORIA

Presidenta LAURITA COSTA ROSA

Membros: JORGE MICHEL LEPELTIER

ROGÉRIO DE PAULA QUADROS

CONSELHO FISCAL

Presidente ANTONIO RYCHETA ARTEN

Membros: HERON ARZUA

ALEXANDRE MAGALHÃES DA

SILVEIRA

MÁRCIO LUCIANO MANCINI

NELSON PESSUTI

DIRETORIA

Diretor Presidente RUBENS GHILARDI

Diretor de Finanças e de Relações com Investidores PAULO ROBERTO TROMPCZYNSKI

Diretor de Gestão Corporativa LUIZ ANTONIO ROSSAFA

Diretor de Distribuição RONALD THADE RAVEDUTTI

Diretor de Geração e Transmissão de Energia e de Telecomunicações RAUL MUNHOZ NETO

Diretor Jurídico ZUUDI SAKAKIHARA

CONTADOR

Contador – CRC-PR-024769/O-3 ENIO CESAR PIECZARKA

Informações sobre este Relatório: [email protected] - Fone: +55 (41) 3331-2903

Informações sobre Relações com Investidores: [email protected] - Fones: +55 (41) 3222-2027/ +55 (41) 3331-4359

Fax: +55 (41) 3331-2849

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Balanços Patrimoniais

levantados em 31 de dezembro de 2007 e de 2006

(Valores expressos em milhares de reais)

ATIVO NE nº

2007 2006 2007 2006

CIRCULANTEDisponibilidades 5 56.186 549.414 1.540.871 1.468.716 Consumidores e revendedores 6 - - 1.089.694 1.064.802 Provisão para créditos de liquidação duvidosa 7 - - (71.592) (111.261) Serviços executados para terceiros, líquidos - - - 8.750 13.399 Dividendos a receber 8 700.225 760.282 2.767 2.019 Serviços em curso - - - 51.343 20.038 Repasse CRC ao Governo Estado do Paraná 9 - - 40.509 35.205 Impostos e contribuições sociais 10 79.328 72.298 155.599 235.084 Conta de compensação da "parcela A" 11 - - 67.614 90.048 Outros ativos regulatórios 12 - - 17.186 3.408 Cauções e depósitos vinculados 13 2.806 35.288 145.161 103.853 Estoques - - - 52.195 51.444 Outros créditos 14 8 2 62.313 36.878

838.553 1.417.284 3.162.410 3.013.633

NÃO CIRCULANTERealizável a Longo Prazo

Consumidores e revendedores 6 - - 139.125 108.157 Provisão para créditos de liquidação duvidosa 7 - - (11.469) - Serviços executados para terceiros - - - 7.251 - Repasse CRC ao Governo Estado do Paraná 9 - - 1.209.853 1.158.898 Impostos e contribuições sociais 10 125.712 61.101 462.427 382.528 Conta de compensação da "parcela A" 11 - - 25.478 12.273 Outros ativos regulatórios 12 - - 5.729 - Cauções e depósitos vinculados 13 - - 22.423 24.630 Depósitos judiciais 15 34.730 47.935 121.340 140.954 Coligadas e controladas 16 795.933 739.359 - - Outros créditos 14 - - 8.450 11.909

956.375 848.395 1.990.607 1.839.349

Investimentos 17 7.267.064 6.631.623 256.809 229.953 Imobilizado 18 - - 6.832.379 6.711.686 Intangível 19 - - 112.585 116.798 Diferido - - - 5.227 23.204

8.223.439 7.480.018 9.197.607 8.920.990

TOTAL DO ATIVO 9.061.992 8.897.302 12.360.017 11.934.623

As notas explicativas - NE são parte integrante das demonstrações contábeis.

Controladora Consolidado

Balanços Patrimoniais

levantados em 31 de dezembro de 2007 e de 2006

(Valores expressos em milhares de reais)

PASSIVO NE nº

2007 2006 2007 2006

CIRCULANTEEmpréstimos e financiamentos 20 20.223 9.243 92.684 90.152 Debêntures 21 168.599 822.404 171.827 838.355 Fornecedores 22 1.132 566 366.510 392.219 Impostos e contribuições sociais 10 51.818 67.719 249.460 311.085 Dividendos a pagar - 244.023 268.596 252.362 277.421 Folha de pagamento e provisões trabalhistas 23 162 92 146.119 134.218 Benefícios pós-emprego 31 23 15 42.286 133.635 Conta de compensação da "parcela A" 11 - - 143.436 110.498 Outros passivos regulatórios 12 - - 46.476 - Encargos do consumidor a recolher 24 - - 32.722 51.705 Pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética 25 - - 185.280 174.316 Outras contas a pagar 26 26 26 85.465 67.766

486.006 1.168.661 1.814.627 2.581.370

NÃO CIRCULANTEExigível a Longo Prazo

Empréstimos e financiamentos 20 400.032 92.787 835.268 604.306 Debêntures 21 733.360 866.680 1.002.674 1.129.230 Provisões para contingências 27 206.417 24.282 514.270 222.473 Coligadas e controladas - - 368.622 - - Fornecedores 22 - - 190.394 234.212 Impostos e contribuições sociais 10 - - 32.092 24.083 Benefícios pós-emprego 31 - - 454.411 495.759 Conta de compensação da "parcela A" 11 - - 22.330 52.053 Outros passivos regulatórios 12 - - 18.935 - Outras contas a pagar 26 - - 6.720 8.961

1.339.809 1.352.371 3.077.094 2.771.077

Resultados de Exercícios Futuros 17 - - 592 -

1.339.809 1.352.371 3.077.686 2.771.077

PARTICIPAÇÃO DE ACIONISTAS NÃO CONTROLADORES - - 231.527 205.906

PATRIMÔNIO LÍQUIDO 28

Capital social 4.460.000 3.875.000 4.460.000 3.875.000 Reservas de capital 838.340 817.293 838.340 817.293 Reservas de lucros 1.937.837 1.683.977 1.937.837 1.683.977

7.236.177 6.376.270 7.236.177 6.376.270

TOTAL DO PASSIVO 9.061.992 8.897.302 12.360.017 11.934.623

As notas explicativas - NE são parte integrante das demonstrações contábeis.

Controladora Consolidado

Demonstração dos Resultados

Para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006

(Valores expressos em milhares de reais)

NE nº

2007 2006 2007 2006RECEITA OPERACIONAL 29

Fornecimento de energia elétrica - - 2.747.680 2.558.481 Suprimento de energia elétrica - - 1.367.595 1.290.976 Disponibilidade da rede elétrica - - 3.316.963 3.225.414 Receita de telecomunicações - - 63.893 58.054 Distribuição de gás canalizado - - 244.080 227.081 Outras receitas operacionais - - 179.883 61.320

- - 7.920.094 7.421.326

DEDUÇÕES DA RECEITA OPERACIONAL 30 - - (2.497.968) (2.532.711)

RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA - - 5.422.126 4.888.615

Custos Operacionais 31

Energia elétrica comprada para revenda - - (1.429.417) (1.439.744) Encargos de uso da rede elétrica - - (514.450) (534.780) Pessoal - - (463.865) (458.955) Planos previdenciário e assistencial - - 14.169 (44.536) Material - - (50.308) (54.677) Matéria-prima e insumos para produção de energia - - 8.954 280.579 Gás natural e insumos para operação de gás - - (132.726) (177.702) Serviços de terceiros - - (161.319) (145.459) Depreciação e amortização - - (399.387) (353.047) Recuperação de custos - - 44.069 35.210 Outros custos - - (55.852) (57.570)

- - (3.140.132) (2.950.681)

LUCRO OPERACIONAL BRUTO - - 2.281.994 1.937.934

Despesas Operacionais 31

Despesas com vendas - (5.408) (31.140) (83.352) Despesas gerais e administrativas (12.050) (18.976) (298.830) (330.736) Outras despesas operacionais (197.130) 170.773 (344.744) 79.547

(209.180) 146.389 (674.714) (334.541)

RESULTADO DAS ATIVIDADES (209.180) 146.389 1.607.280 1.603.393

Resultado Financeiro 32

Receitas financeiras 90.891 45.221 396.017 729.203 Despesas financeiras (193.806) (174.457) (375.774) (489.186)

(102.915) (129.236) 20.243 240.017

RESULTADO DE PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS 33 1.346.836 1.317.590 1.601 (6.187)

RESULTADO OPERACIONAL 1.034.741 1.334.743 1.629.124 1.837.223

RESULTADO NÃO OPERACIONAL 34 12.910 395 (31.109) (22.977)

LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 1.047.651 1.335.138 1.598.015 1.814.246

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 36

Imposto de renda e contribuição social (2.619) (20.075) (536.168) (499.727) Imposto de renda e contribuição social diferidos 61.578 (72.383) 75.853 (57.951)

58.959 (92.458) (460.315) (557.678)

LUCRO LÍQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES DOS ACIONISTAS NÃO CONTROLADORES 1.106.610 1.242.680 1.137.700 1.256.568

PART. DE ACIONISTAS NÃO CONTROLADORES - - (31.090) (13.888)

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 1.106.610 1.242.680 1.106.610 1.242.680

LUCRO LÍQUIDO P/ AÇÃO (2007) E P/ MIL AÇÕES (2006) - R$ 28 4,0438 4,5410 4,0438 4,5410

As notas explicativas - NE são parte integrante das demonstrações contábeis.

Consolidado Controladora

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido

Para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006

(Valores expressos em milhares de reais)

Reserva Capital Reservas Reserva de retenção Lucros social de capital legal de lucros acumulados Total

Saldo em 31 de dezembro de 2005 3.480.000 817.293 209.821 980.069 - 5.487.183

Ajuste de exercícios anteriores - - - - (72.642) (72.642)

Aumento de capital social 395.000 - - (395.000) - -

Lucro líquido do exercício - - - - 1.242.680 1.242.680

Destinação proposta à A.G.O.:

Reserva legal - - 58.502 - (58.502) -

Juros sobre o capital próprio - - - - (123.000) (123.000)

Dividendos propostos - - - - (157.951) (157.951)

Reserva para investimentos - - - 830.585 (830.585) -

Saldo em 31 de dezembro de 2006 3.875.000 817.293 268.323 1.415.654 - 6.376.270

Aumento de capital social 585.000 - - (585.000) - -

Incentivos fiscais (NE nº 17.d) - 21.047 - - - 21.047

Lucro líquido do período - - - - 1.106.610 1.106.610

Destinação proposta à A.G.O.:

Reserva legal - - 55.330 - (55.330) -

Juros sobre o capital próprio - - - - (200.000) (200.000)

Dividendos propostos - - - - (67.750) (67.750)

Reserva para investimentos - - - 783.530 (783.530) -

Saldo em 31 de dezembro de 2007 4.460.000 838.340 323.653 1.614.184 - 7.236.177

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos

Para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006

(Valores expressos em milhares de reais)

ORIGENS

2007 2006 2007 2006

Das operaçõesLucro líquido do exercício 1.106.610 1.242.680 1.106.610 1.242.680

Despesas (receitas) que não afetam o capital circulante líquido: Depreciação e amortização - - 422.049 372.395Variações monetárias de longo prazo - líquidas (48.984) 30.415 (54.545) (14.751)Equivalência patrimonial (1.346.122) (1.317.285) 1.750 1.118Imposto de renda e contribuição social diferidos (64.611) 82.245 (56.136) 123.079Parcela de ajustes de encargos da rede - líquidos - - 26.412 - Variações na conta de compensação da "parcela A" - líquidas - - 6.786 40.962Repactuação de contratos - Cien - - (62.862) - Reversão de provisão para desvalorização de incentivos fiscais (12.789) - (12.789) - Provisões (reversões) no passivo não circulante 197.992 (170.956) 255.657 (46.837) Baixas de ativo regulatório - PIS/Pasep e Cofins - - - 46.226 Baixas de investimentos - - 2.240 - Resultado e baixas na alienação de imobilizado, intangível e diferido - - (737) - Baixas de imobilizado - líquidas - - 29.878 14.721 Baixas de intangível e diferido - líquidas - - 13.972 126 Baixas de outros ativos não circulantes - - - 84 Amortização de ágio em investimentos e intangíveis - - 7.908 5.374 Participação de acionistas não controladores - - 31.090 13.888

(1.274.514) (1.375.581) 610.673 556.385

Dividendos recebidos de coligadas e controladas 750.353 967.063 10.545 13.730

Total das operações 582.449 834.162 1.727.828 1.812.795

De terceirosEmpréstimos e financiamentos 329.600 - 346.592 16.937 Debêntures - 600.000 - 600.000 Coligadas e controladas 6.521 476.565 - - Fornecedores - repactuação Petrobras (reclassificação do circulante) - - - 157.443 Alienação de bens do ativo imobilizado - - 6.652 - Participação financeira do consumidor - - 48.580 43.489Participação de acionistas não controladores - - - 113.703 Outras contas a pagar - - - 8.960 Realizáveis a longo prazo transferidos para o circulante:

Consumidores e revendedores - - 84.691 26.938 Contas a receber de serviços - - 830 - Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná - - 38.642 34.440Impostos e contribuições sociais - - 1.303 9.107 Conta de compensação da "parcela A" - - 31.868 25.120 Ativo regulatório - PIS/Pasep e Cofins - - - 6.815 Coligadas e controladas - 35.357 - 35.357 Outros créditos - - 10.256 5.383

336.121 1.111.922 569.414 1.083.692

TOTAL DAS ORIGENS 918.570 1.946.084 2.297.242 2.896.487(continua)

Controladora Consolidado

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos

Para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006

(Valores expressos em milhares de reais)

(continuação)

APLICAÇÕES

2007 2006 2007 2006

Na distribuição de dividendos 267.750 280.951 267.750 280.951

No imobilizado - - 516.142 567.778

No intangível - - 4.406 5.747

No realizável a longo prazoConsumidores e revendedores - - 104.190 25.109 Contas a receber de serviços - - 8.081 - Impostos e contribuições sociais - - 17.057 8.893Depósitos judiciais 3.693 9.768 9.900 30.778Ativo regulatório - PIS/Pasep e Cofins - - - 9.432Coligadas e controladas 23.494 13.006 - - Outros créditos - - 1.405 2.140

27.187 22.774 140.633 76.352

Nos investimentos 5.836 604.743 13.754 534.546

No diferido - - 341 145

Passivos não circulantes transferidos para o circulante:Empréstimos e financiamentos - - 116.363 85.000Debêntures 133.320 700.525 138.858 720.087 Coligadas e controladas 380.553 - - - Fornecedores - - 267 112.590 Benefícios pós-emprego - - 41.348 127.478Conta de compensação da "parcela A" - - 82.014 44.657 Contingências judiciais e outras contas a pagar - - 59.846 6.355

513.873 700.525 438.696 1.096.167

No aumento do capital circulante líquido 103.924 337.091 915.520 334.801

TOTAL DAS APLICAÇÕES 918.570 1.946.084 2.297.242 2.896.487

Demonstração da variação do capital circulante líquido

Ativo circulante inicial (*) 1.417.284 292.883 3.013.633 2.492.609Passivo circulante inicial (*) 1.168.661 381.351 2.581.370 2.395.147Capital circulante líquido inicial 248.623 (88.468) 432.263 97.462

Ativo circulante final 838.553 1.417.284 3.162.410 3.013.633Passivo circulante final 486.006 1.168.661 1.814.627 2.581.370Capital circulante líquido final 352.547 248.623 1.347.783 432.263

Aumento do capital circulante líquido 103.924 337.091 915.520 334.801

(*) Após ajustes de exercícios anteriores - para a coluna Consolidado 2006

Controladora Consolidado

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Em 31 de dezembro de 2007 e de 2006

(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado)

1 CONTEXTO OPERACIONAL

A Companhia Paranaense de Energia - Copel (Copel, Companhia ou Controladora) é uma

sociedade anônima, de capital aberto, cujas ações são negociadas nas bolsas de valores do

Brasil, dos Estados Unidos da América e da Espanha. É uma sociedade de economia mista,

controlada pelo Governo do Estado do Paraná, destinada, através de suas subsidiárias, a

pesquisar, estudar, planejar, construir e explorar a produção, transformação, transporte,

distribuição e comercialização de energia, em qualquer de suas formas, principalmente a elétrica,

sendo essa atividade regulamentada pela Agência Nacional de Energia Elétrica - Aneel, vinculada

ao Ministério de Minas e Energia. Adicionalmente, a Copel participa de consórcio e de empresas

privadas, com o objetivo de desenvolver atividades, principalmente, nas áreas de energia, de

telecomunicações e de gás natural.

As subsidiárias integrais da Copel estão apresentadas a seguir. As informações não

financeiras/contábeis, como mercado atendido, capacidade instalada e energia assegurada, não

foram auditadas pelos auditores independentes.

a) Copel Geração e Transmissão S.A.

Nova denominação da Copel Geração S.A., a qual incorporou em 30.11.2007 parte da Copel

Transmissão S.A. (NE nº 17.c), explora o serviço de geração e transmissão de energia elétrica,

através de 17 usinas hidrelétricas e 1 termelétrica, relacionadas a seguir, totalizando 4.549,61 MW

de capacidade instalada, e o serviço de transmissão, através de 30 subestações com tensões

iguais ou superiores a 230 kV e 1.787 Km de linhas de transmissão pertencentes principalmente à

rede básica do sistema brasileiro de transmissão, deste total, 1.650 Km com vencimento da

concessão em julho de 2015 e 137 Km em agosto de 2031, todas localizadas no Estado do

Paraná.

Usinas Rio Capacidade Energia Data da Data de instalada assegurada concessão vencimento

(MW)(1) (MW médio)(1) da Aneel da concessãoHidrelétricas .

Gov. Bento Munhoz da Rocha Neto (Foz do Areia) Iguaçu 1.676,00 576,00 24.05.1973 23.05.2023

Gov. Ney Aminthas de Barros Braga (Segredo) Iguaçu 1.260,00 603,00 14.11.1979 15.11.2009Gov. José Richa (Caxias) Iguaçu 1.240,00 605,00 02.05.1980 04.05.2010Gov. Pedro Viriato Parigot de Souza Capivari-Cachoeira 260,00 109,00 23.04.1965 07.07.2015

Guaricana Arraial 36,00 13,60 13.08.1976 16.08.2026Chaminé São João 18,00 11,60 13.08.1976 16.08.2026Apucaraninha Apucaraninha 10,00 6,71 13.10.1975 12.10.2025Mourão Mourão 8,20 5,30 20.01.1964 07.07.2015

Derivação do Rio Jordão Jordão 6,50 5,85 14.11.1979 15.11.2009Marumbi(a) Ipiranga 4,80 3,94 - -São Jorge Pitangui/Tibagi 2,30 1,62 04.12.1974 03.12.2024Chopim I Chopim 1,98 1,27 20.03.1964 07.07.2015

Rio dos Patos Rio dos Patos/Ivaí 1,72 1,13 14.02.1984 14.02.2014Cavernoso Cavernoso/Iguaçu 1,30 0,86 07.01.1981 07.01.2011Salto do Vau(b) Palmital 0,94 0,60 27.01.1954 -Pitangui(b) Pitangui 0,87 0,57 05.12.1954 -Melissa(b) Melissa 1,00 0,57 08.10.1993 -

TermelétricaFigueira 20,00 14,00 21.03.1969 26.03.2019

Total 4.549,61 1.960,62 (a) Em processo de homologação na Aneel.

(b) Usinas com capacidade inferior a 1 MW é efetuado apenas registro na Aneel.

A prorrogação da concessão das usinas de Governador Ney Aminthas de Barros Braga (Segredo),

Governador José Richa (Caxias) e Derivação do Rio Jordão, já foram solicitadas à Aneel.

A Copel Geração e Transmissão participa dos seguintes empreendimentos:

1) Centrais Eólicas do Paraná – controlada pela Copel Geração e Transmissão a partir de

06.09.2007, constituída para desenvolver a implantação, montagem, funcionamento e

exploração comercial de uma usina eólica de 2,5 MW, na região de Palmas, Estado do

Paraná (NE nº 17.g).

2) Consórcio Energético Cruzeiro do Sul – produtor independente, formado pelas empresas

Copel Geração e Transmissão, com participação de 51%, e pela Eletrosul Centrais Elétricas

S.A., com participação de 49%. Em 28.11.2006, através do Leilão de Contratação de Energia

Proveniente de Novos Empreendimentos, conquistou o direito de exploração da concessão

para implantação da usina hidrelétrica de Mauá que terá 361 MW de potência instalada, com

prazo de 35 anos (NE nº 17.e).

b) Copel Distribuição S.A.

Explora a distribuição e a comercialização de energia em qualquer de suas formas, principalmente

a elétrica, proveniente de combustíveis e de matérias-primas energéticas. Distribui energia elétrica

a 1.116 localidades, pertencentes aos 392 dos 399 municípios no Estado do Paraná, e também ao

município de Porto União, no Estado de Santa Catarina. Incorporou, em 30.11.2007, parte da

Copel Transmissão (NE nº 17.c).

c) Copel Telecomunicações S.A.

Tem como principais atividades a prestação de serviços de telecomunicações e de comunicações

em geral, e a elaboração de estudos, projetos e planejamentos na área de telecomunicações, bem

como em atividades correlatas sob todas as formas legalmente permitidas, sendo sua exploração

por prazo indeterminado, sem caráter de exclusividade, nacional e internacional, e tendo como

área de prestação de serviço o Estado do Paraná e a Região II do Plano Geral de Outorgas, da

Agência Nacional de Telecomunicações - Anatel, vinculada ao Ministério das Comunicações.

d) Copel Participações S.A.

Por meio dessa subsidiária integral, a Copel detém participação acionária em outras sociedades

ou consórcios em diversas áreas de atuação.

As empresas controladas pela Copel Participações são as seguintes:

1) Companhia Paranaense de Gás – Compagas - é uma sociedade de economia mista que

tem como atividade principal a exploração do serviço público de fornecimento de gás natural

canalizado, através de sua rede de distribuição de 459 km, implantada nos municípios

paranaenses de Araucária, Curitiba, Campo Largo, Balsa Nova, Palmeira, Ponta Grossa e

São José dos Pinhais. Ao final de 2007, a Compagas atendia a 2.928 unidades consumidoras,

sendo 95 industriais, 24 postos de Gás Natural Veicular - GNV, 163 estabelecimentos

comerciais, 2.642 residências, 2 empresas com co-geração, 1 empresa que utiliza o gás

natural como matéria-prima.

2) Elejor – Centrais Elétricas do Rio Jordão S.A. - é uma Sociedade de Propósito Específico -

SPE em que a Copel Participações detém 70% do capital social votante. Foi constituída para

implantar e explorar o Complexo Energético Fundão Santa Clara no Rio Jordão, na sub bacia

do Rio Iguaçu, no Estado do Paraná, a qual inclui a Usina Santa Clara e a Usina Fundão. Tais

usinas têm capacidade instalada de 240,3 MW (além das pequenas centrais hidrelétricas

incorporadas às estruturas da barragem de Santa Clara, com capacidade instalada de

3,6 MW, e de Fundão, com capacidade instalada de 2,4 MW). A concessão foi outorgada em

23.10.2001, por 35 anos, prorrogável a pedido da interessada e a critério da Aneel.

3) Copel Empreendimentos Ltda - é uma sociedade limitada que tem por objeto principal a

prestação de serviços de planejamento, coordenação e organização de empresas que visem

à produção de energia elétrica, transporte e comercialização de atividades de gerenciamento,

implantação, operação e manutenção de usinas produtoras de energia elétrica, e participar de

outras sociedades como acionista ou sócia quotista.

4) UEG Araucária Ltda - sociedade limitada que tem por objeto social a utilização do gás

natural para transformação deste insumo em energia elétrica e a conseqüente

comercialização. A termelétrica tem capacidade instalada de 484,5 MW. A autorização para

se estabelecer como produtor independente de energia elétrica foi emitida pela Aneel em

22.12.1999, por 30 anos, prazo prorrogável a pedido da interessada e a critério da Aneel.

Em 28.12.2006, a UEG Araucária firmou contrato com a Petróleo Brasileiro S.A - Petrobras,

alugando a usina termelétrica Araucária, mediante remuneração mensal, pelo período de um ano,

encerrado em 31.12.2007, já prorrogado pelo período de 6 meses, com vencimento em

30.06.2008, podendo ser prorrogado por mais 6 meses, mediante acordo entre as partes.

2 APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

A autorização para a conclusão da elaboração das demonstrações contábeis ocorreu na Reunião

da Diretoria realizada em 10.03.2008.

As demonstrações contábeis estão sendo apresentadas em conformidade com as disposições da

Lei das Sociedades por Ações, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil,

conjugadas com a legislação específica da Aneel e regulamentações da Comissão de Valores

Mobiliários – CVM.

Nas demonstrações contábeis referentes ao exercício findo em 31.12.2006 foram efetuadas

algumas reclassificações para permitir aos usuários a comparação com o exercício atual. As

principais reclassificações são as seguintes:

.

Conta original: Conta de reclassificação: Consolidado

Ativo circulante Ativo circulante 35.288

Disponibilidades Cauções e depósitos vinculados 35.288

Ativo não circulante Ativo não circulante 76.015 Investimentos Intangível 76.015

Participação de acionistas não controladores Passivo não circulante 65.116

Participação de acionistas não controladores Empréstimos e financiamentos 65.116

Receita operacional (a) Receita operacional (a) 2.941.641 Fornecimento de energia elétrica Disponibilidade da rede elétrica 2.941.641

Outras despesas operacionais (b) Deduções da receita operacional (b) 495.993

Conta de consumo de combustível - CCC Conta de consumo de combustível - CCC 278.052 Conta de desenvolvimento energético - CDE Conta de desenvolvimento energético - CDE 165.676

Pesquisa e desenvolvimento e Pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética - P&D e PEE eficiência energética - P&D e PEE 52.265

Custos operacionais Despesas gerais e administrativasPessoal e planos previdenciário e assistencial Pessoal e planos previdenciário e assistencial 10.912

Despesas com vendas Despesas gerais e administrativasPessoal e planos previdenciário e assistencial Pessoal e planos previdenciário e assistencial 16

Outras despesas operacionais Outros custos

Tributos Tributos 384 .a) Despacho Aneel nº 2.409, de 14.11.2007; eb) Despacho Aneel nº 3.073, de 28.12.2006.

3 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS CONSOLIDADAS

As demonstrações contábeis das controladas e coligadas são ajustadas para se adequar às

práticas contábeis adotadas pela Copel.

Foram consolidadas as demonstrações contábeis das subsidiárias integrais e das controladas

indiretas relacionadas na NE nº 1.

As demonstrações contábeis das Centrais Eólicas do Paraná Ltda. integram a consolidação a

partir de 1º.09.2007 (NE nº 17.g) e as da Copel Transmissão S.A. integram até 30.11.2007

(NE nº 17.c).

Os balanços patrimoniais e as demonstrações de resultado das empresas constantes da

consolidação são apresentados na NE nº 40, reclassificados para fins de padronização ao plano

de contas adotado pela Copel.

Na consolidação foram eliminados os investimentos da Companhia com o patrimônio líquido das

controladas, bem como os saldos de ativos, passivos, receitas, custos e despesas decorrentes de

operações entre as companhias, tendo sido destacada a participação dos acionistas minoritários,

de forma que as demonstrações contábeis consolidadas representem efetivamente os saldos de

transações com terceiros.

As datas das demonstrações contábeis das sociedades investidas utilizadas para cálculo das

equivalências patrimoniais e para a consolidação coincidem com as da controladora.

4 PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS

e) Práticas Contábeis Gerais

1) Aplicações financeiras

Estão demonstradas ao custo, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço.

2) Consumidores e revendedores

Englobam o fornecimento e o suprimento de energia faturada, a estimativa de energia fornecida

não faturada até o encerramento do balanço e o fornecimento de gás natural, contabilizados com

base no regime de competência.

3) Materiais em estoque (inclusive do ativo imobilizado)

Os materiais no almoxarifado, classificados no ativo circulante, estão registrados pelo custo médio

de aquisição e aqueles destinados a investimentos, classificados no ativo imobilizado, pelo custo

de aquisição (os bens de massa, como postes e cabos elétricos, são registrados pelo custo

médio). Os valores contabilizados não excedem seus custos de reposição ou valores de

realização.

4) Investimentos

As participações societárias permanentes em controladas e coligadas estão registradas pelo

método da equivalência patrimonial. Os outros investimentos estão registrados pelo custo de

aquisição, líquidos de provisão para perda, quando aplicável.

5) Diferido

O diferido é representado por gastos pré-operacionais, financeiros e com projetos de viabilidade,

deduzidos da amortização.

6) Empréstimos, financiamentos e debêntures

Os empréstimos, financiamentos e debêntures são atualizados pelas variações monetárias e

cambiais incorridas até a data do balanço, incluindo juros e demais encargos previstos

contratualmente.

7) Imposto de renda e contribuição social diferidos

São calculados com base nas alíquotas efetivas previstas de imposto de renda e de contribuição

social, sendo reconhecido o diferimento em função das diferenças intertemporais e prejuízos

fiscais.

8) Planos previdenciário e assistencial

Os custos associados aos planos previdenciário e assistencial com a Fundação Copel são

reconhecidos em conformidade com a Deliberação CVM nº 371, de 13.12.2000.

9) Provisões para contingências

Estão registradas até a data do balanço pelo montante provável de perda, observada a natureza

de cada contingência. Os fundamentos e a natureza das provisões estão descritos na NE nº 27.

10) Outros direitos e obrigações

Demais ativos e passivos, quando legal ou contratualmente exigidos, estão atualizados até a data

do balanço.

11) Uso de estimativas

A preparação de demonstrações contábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas no

Brasil requer que a Administração da Companhia faça estimativas e adote premissas que, de fato,

afetem os valores reportados de ativos e passivos, a divulgação de ativos e passivos contingentes

na data do balanço patrimonial e os valores reportados de receitas e despesas. Os resultados

concretos desses fatos podem divergir dessas estimativas. As principais estimativas relacionadas

às demonstrações contábeis referem-se ao registro dos efeitos decorrentes da provisão para

créditos de liquidação duvidosa, vida útil do imobilizado, provisão para contingências, imposto de

renda, premissas de plano de aposentadoria e benefícios pós-emprego, fornecimento de energia

não faturada e transações envolvendo a compra e venda de energia na Câmara de

Comercialização de Energia Elétrica - CCEE, das quais o faturamento e liquidação final estão

sujeitos a revisão dos participantes da CCEE.

12) Apuração do resultado

As receitas, custos e despesas são reconhecidos pelo regime de competência, ou seja, quando os

produtos são entregues e os serviços efetivamente prestados, independentemente de recebimento

ou pagamento.

13) Lucro líquido por ação

O lucro líquido por ação é determinado com base na quantidade de ações do capital social

integralizado em circulação na data do balanço (com base em lote de mil ações em 2006).

f) Práticas Contábeis Regulatórias – Específicas do Setor Elétrico

4) Diferimentos de custos de distribuição

O mecanismo de determinação das tarifas no Brasil garante a recuperação dos custos da Copel

Distribuição relacionados à compra de energia e encargos regulatórios através de repasse.

Seguindo orientação da Aneel, a Copel Distribuição contabiliza as variações destes custos como

ativos e passivos regulatórios diferidos, quando existe uma expectativa provável de que a receita

futura, equivalente aos custos incorridos, será faturada e cobrada, como resultado direto do

repasse dos custos em uma tarifa ajustada de acordo com a fórmula paramétrica definida no

contrato de concessão. O ativo e passivo regulatório diferido serão realizados quando o poder

concedente autorizar o repasse na base tarifária da Copel Distribuição, ajustada anualmente na

data de aniversário do seu contrato de concessão.

5) Provisão para créditos de liquidação duvidosa - PCLD

A PCLD está reconhecida em valor considerado suficiente pela Administração para cobrir as

perdas na realização de contas a receber de consumidores e de títulos a receber, cuja

recuperação é considerada improvável.

É constituída com base nos valores a receber dos consumidores da classe residencial vencidos há

mais de 90 dias, da classe comercial vencidos há mais de 180 dias e das classes industrial, rural,

poderes públicos, iluminação pública e serviços públicos vencidos há mais de 360 dias, conforme

definido no Manual de Contabilidade do Serviço Público de Energia Elétrica. Engloba os recebíveis

faturados, até o encerramento do balanço, contabilizados com base no regime de competência.

6) Imobilizado

Registrado ao custo de aquisição ou construção. A depreciação é calculada pelo método linear,

tomando-se por base os saldos contábeis registrados nas respectivas Unidades de Cadastro

conforme determina a portaria DNAEE nº 815, de 30.11.1994, complementada pela Resolução

Aneel nº 15, de 24.12.1997. As taxas anuais de depreciação estão determinadas nas tabelas

anexas à Resolução Normativa Aneel nº 240, de 05.12.2006, apresentadas na NE nº 18.

7) Imobilizado em curso

Os gastos de administração central são apropriados, mensalmente, às imobilizações em bases

proporcionais. A alocação dos dispêndios diretos com pessoal mais serviços de terceiros é

prevista no Manual de Contabilidade do Serviço Público de Energia Elétrica.

Os encargos financeiros, juros e atualizações monetárias incorridos, relativos a financiamentos

obtidos de terceiros vinculados ao imobilizado em andamento, são apropriados às imobilizações

em curso durante o período de construção.

8) Obrigações especiais

Em atendimento à Instrução Contábil nº 6.3.23 do referido manual, as obrigações especiais

vinculadas à concessão, correspondentes às contribuições recebidas dos governos (federal,

estadual ou municipal), bem como dos consumidores em geral para investimentos realizados em

instalações do sistema elétrico, são registradas nos livros em subgrupo específico do passivo

exigível a longo prazo e apresentadas como conta redutora do ativo imobilizado.

9) Intangível

Registrado ao custo de aquisição ou desenvolvimento. A amortização, quando for o caso, é

calculada pelo método linear, tomando-se por base os saldos contábeis registrados nas

respectivas Unidades de Cadastro. As taxas anuais de amortização estão determinadas nas

tabelas anexas à Resolução Normativa Aneel nº 240, de 05.12.2006.

10) Receita não faturada

Corresponde à receita de fornecimento de energia elétrica, entregue e não faturada ao

consumidor, e à receita de utilização da rede de distribuição não faturada, calculada em base

estimada, referente ao período após a medição mensal e até o último dia do mês.

11) Operações de Compra e Venda de Energia Elétrica na Câmara de Comercialização de

Energia Elétrica - CCEE

Os registros das operações de compra e venda de energia na CCEE são reconhecidos pelo

regime de competência de acordo com informações divulgadas por aquela entidade ou por

estimativa preparada pela administração da Companhia, quando essas informações não estão

disponíveis tempestivamente.

12) Programas de Eficientização Energética - PEE, Pesquisa e Desenvolvimento - P&D,

Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - FNDCT e Empresa de

Pesquisa Energética - EPE

São programas de investimentos em pesquisa e desenvolvimento e em eficiência energética

exigidos pela Aneel para os quais as concessionárias de energia elétrica estão obrigadas a

destinar 1% de sua receita operacional líquida.

A destinação dos recursos está dividida em aplicação em projetos homologados pela Aneel e em

recolhimentos ao FNDCT e ao Ministério de Minas e Energia – MME.

5 DISPONIBILIDADES

.

2007 2006 2007 2006

Caixa e bancos 660 185 194.208 67.299 Aplicações financeiras

Bancos federais 55.526 549.169 1.343.378 1.382.250

Bancos privados - 60 3.285 19.167

55.526 549.229 1.346.663 1.401.417

56.186 549.414 1.540.871 1.468.716

Controladora Consolidado

As aplicações financeiras da Companhia e de suas controladas, em sua maioria, foram realizadas

em instituições financeiras estatais, prevalecendo os papéis de renda fixa lastreados em títulos

públicos federais, com remuneração média de 100% do Certificado de Depósito Interbancário –

CDI, que apresentou a taxa média anual em 2007 de 11,77% e em 2006 de 14,97%. Estas

aplicações podem ser resgatadas a qualquer momento, sem perda de rendimentos.

6 CONSUMIDORES E REVENDEDORES

Saldos Vencidos Venc. há mais Total

vincendos até 90 dias de 90 dias 2007 2006

ConsumidoresResidencial 84.799 70.249 2.650 157.698 154.840 Industrial 109.934 19.586 41.308 170.828 150.038 Comercial 61.409 24.296 7.394 93.099 88.466 Rural 12.151 5.909 211 18.271 17.232 Poder público 14.806 9.447 2.908 27.161 50.658 Iluminação pública 11.444 411 319 12.174 13.031 Serviço público 10.979 685 904 12.568 11.976 Não faturados 143.921 - - 143.921 156.649 Parcelamento de débitos 82.274 5.200 9.298 96.772 69.509 Parcelamento de débitos - NC 118.032 - - 118.032 79.456 Tarifa social baixa renda (a) 99.417 - - 99.417 30.434 Encargos moratórios s/ faturas de energia 4.258 6.130 2.842 13.230 10.359 Governo do Paraná - luz fraterna 2.285 7.500 - 9.785 57.579 Red. tarifa uso sist. distribuição 2.969 - - 2.969 1.306 Red. tarifa uso sist. distribuição - NC 1.779 - - 1.779 1.306 Fornecimento de gás 14.901 393 691 15.985 17.528 Outros créditos 14.283 2.645 1.536 18.464 26.426 Outros créditos - NC 55 - - 55 286

789.696 152.451 70.061 1.012.208 937.079 Revendedores

Suprimento de energia elétricaSuprimento - CCEE (NE nº 35) 7.053 - 105 7.158 29.521 Leilão de energia 86.914 - - 86.914 76.765 Contratos bilaterais 49.186 - - 49.186 52.146 Ressarcimento de geradores (b) 1.492 - - 1.492 10.854 Ressarcimento de geradores - NC (b) 12.004 - - 12.004 27.109 Contratos com pequenas concessionárias 6.522 - - 6.522 4.591 Suprimento curto prazo - - 126 126 138

163.171 - 231 163.402 201.124 Encargos de uso da rede elétricaRede elétrica 14.198 11 2.298 16.507 17.427 Rede básica 29.143 3 189 29.335 17.310 Rede básica - NC 7.255 - - 7.255 - Rede de conexão 112 - - 112 19

50.708 14 2.487 53.209 34.756

1.003.575 152.465 72.779 1.228.819 1.172.959

2007 Circulante 864.450 152.465 72.779 1.089.694 Não Circulante - NC 139.125 - - 139.125

2006 Circulante 753.235 165.021 146.546 1.064.802

Não Circulante - NC 108.157 - - 108.157

Consolidado

a) Tarifa social baixa renda

O Governo Federal, através da Lei nº 10.438, de 26.04.2002, estabeleceu a isenção do rateio dos

custos de capacidade de geração ou de potência para os consumidores integrantes da subclasse

residencial baixa renda. Esse benefício tarifário ocasionou significativo impacto na receita

operacional da Companhia.

A Companhia iniciou, a partir de setembro de 2002, o faturamento do fornecimento de energia

elétrica aplicando a tarifa social com base nos novos critérios de enquadramento das unidades

consumidoras de baixa renda.

Em 17.12.2002, a Lei nº 10.604 modificou a forma de compensação às concessionárias,

autorizando a concessão de subvenção econômica, visando contribuir para a modicidade da tarifa

social. Essa subvenção tem como fonte de recursos o adicional de dividendos das Centrais

Elétricas Brasileiras S.A. - Eletrobrás para a União, associado à comercialização de energia

elétrica pelas geradoras federais nos leilões de energia, e recursos advindos da Reserva Global

de Reversão -RGR.

A Aneel, por meio de suas resoluções, estabeleceu a metodologia para o cálculo de subvenção

econômica a ser concedida às concessionárias, para contrabalançar os efeitos da política tarifária

aplicável aos consumidores de baixa renda. Em dezembro de 2007, 710.898 consumidores foram

beneficiados pela tarifa social, representando 26,2% do total de 2.713.452 consumidores

residenciais.

Em virtude de divergências verificadas entre os valores contabilizados pela Copel e os levantados

pela fiscalização da Aneel, a Copel refez os cálculos resultando no saldo de aproximadamente

R$ 89.000. Deste saldo, aproximadamente R$ 35.000 já foram homologados pela Aneel, restando

R$ 54.000 para homologação até abril de 2008.

A Companhia, em razão do recálculo acima, constituiu provisão no valor de R$ 10.412 sobre o

valor registrado de R$ 99.417.

b) Direito de ressarcimento de geradores

O direito de ressarcimento de geradores refere-se aos valores de energia livre, comercializada no

âmbito do antigo Mercado Atacadista de Energia Elétrica - MAE, atual CCEE, durante a vigência

do programa emergencial do consumo de energia elétrica, no período de 01.06.2001 a

28.02.2002, e que não estava prevista nos contratos iniciais ou equivalentes e nos contratos

bilaterais. Para compensar parte das perdas do racionamento para as empresas, a Aneel

implantou a Recomposição Tarifária Extraordinária - RTE. Tal medida estabelece procedimentos

para a recuperação e repasse aos geradores, a partir de fevereiro de 2003, dos valores de energia

livre, calculados com aplicação de percentual sobre a arrecadação da RTE.

Por determinação da Aneel, foi reconhecido como perda o valor de R$ 14.169, considerando o

saldo a amortizar das distribuidoras cujo prazo encontra-se expirado em dezembro de 2007

(NE nº 31.i).

Depois de efetuados os registros contábeis pertinentes, a PCLD referente a este direito de

ressarcimento apresenta saldo de R$ 11.469 (NE nº 7).

Os saldos referentes ao ressarcimento de geradores, já líquidos das perdas, estão detalhados a

seguir:

.

Distribuidoras

2007 2006Companhia Energética de Minas Gerais - Cemig 4.981 6.571

LIGHT - Serviços de Eletricidade S. A. 3.244 4.735 Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia - Coelba 1.151 1.885 Companhia de Eletricidade do Rio de Janeiro - Cerj 1.014 1.669 Companhia Energética do Ceará - Coelce 865 1.203

Companhia Energética de Pernambuco - Celpe 677 1.281 Companhia Energética do Rio Grande do Norte - Cosern 607 731 Centrais Elétricas do Norte do Brasil S. A. - Eletronorte - 4.639

Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de São Paulo - Eletropaulo - 4.595 Companhia Paulista de Força e Luz - CPFL - 3.223 Empresa Bandeirante de Energia S. A. - EBE - 1.616 Espírito Santo Centrais Elétricas S. A. - Escelsa - 1.292

Companhia Piratininga de Força e Luz - 1.033 Outras 957 3.490

13.496 37.963

Circulante 1.492 10.854

Não circulante 12.004 27.109

7 PROVISÃO PARA CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA

Após análise das contas a receber vencidas, a Administração da Companhia considerou os

seguintes valores como sendo suficientes para cobrir eventuais perdas na realização dos créditos

a receber:

. Consolidação Adições /

Consolidado da Ceopar (reversões) Baixas

2006 2007

Consumidores e revendedores

Residencial 15.083 - 12.660 (11.475) 16.268 Industrial 39.720 - 8.945 (6.724) 41.941 Comercial 6.600 - 7.658 (5.804) 8.454 Rural - - 385 (347) 38 Poder público 37.722 - (35.997) - 1.725 Iluminação pública 117 - 29 - 146 Serviço público 7 - 295 (14) 288

Concessionárias e permissionárias 12.012 2.625 (11.911) - 2.726 Concessionárias e permissionárias - NC (NE 6.b) - - 11.469 - 11.469 Fornecimento de gás - - 192 (186) 6

111.261 2.625 (6.275) (24.550) 83.061

Circulante 111.261 2.625 (17.744) (24.550) 71.592 Não Circulante - NC - - 11.469 - 11.469

Consolidado

8 DIVIDENDOS A RECEBER

.

2007 2006 2007 2006

Dividendos a receberColigadas e controladas (NE nº 16)Copel Geração e Transmissão S.A. 504.688 644.418 - - Copel Transmissão S.A. - 60.014 - -

Copel Distribuição S.A. 178.300 52.913 - - Copel Participações S.A. 17.237 2.893 - - Dominó Holdings S.A. - - 2.159 1.975

Foz do Chopim Energética Ltda. - - 608 -

700.225 760.238 2.767 1.975

Outros investimentos

Eletrosul - 44 - 44

- 44 - 44

700.225 760.282 2.767 2.019

Controladora Consolidado

9 REPASSE CRC AO GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

Mediante contrato firmado em 04.08.1994 e termo aditivo de dezembro de 1995, o saldo

remanescente da Conta de Resultados a Compensar - CRC foi negociado com o Governo do

Estado do Paraná para ser ressarcido em 240 meses, atualizado pela variação do Índice Geral de

Preços - Disponibilidade Interna - IGP-DI, e juros de 6,65% a.a. Em 1º.10.1997, houve

renegociação do saldo para pagamento nos 330 meses seguintes pelo sistema price de

amortização, com vencimento da primeira parcela em 30.10.1997 e da última em 30.03.2025,

mantidas as cláusulas de atualização e juros do contrato original.

Através do quarto termo aditivo assinado em 21.01.2005, a Companhia renegociou com o

Governo do Estado do Paraná o saldo em 31.12.2004 da CRC, no montante de R$ 1.197.404

(valor original), em 244 prestações recalculadas pelo sistema price de amortização, com

vencimento da primeira parcela em 30.01.2005 e as demais com vencimentos subseqüentes e

consecutivos.

O Governo do Estado vem cumprindo o pagamento das parcelas renegociadas conforme

estabelecido no quarto termo aditivo. As amortizações são garantidas com recursos oriundos de

dividendos.

O vencimento das parcelas de longo prazo é a seguinte

.

2007 20062008 - 37.546

2009 43.203 40.043 2010 46.077 42.706 2011 49.141 45.546 2012 52.409 48.575 2013 55.895 51.806 2014 59.612 55.251

2015 63.576 58.926 2016 67.805 62.845 2017 72.314 67.024

2018 77.123 71.482 2019 82.252 76.235 2020 87.722 81.305 após 2020 452.724 419.608

1.209.853 1.158.898

Consolidado

A mutação da conta Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná é a seguinte:

Ativo Ativo Total

Saldos circulante não circulante Consolidado

Em 31 de dezembro de 2005 31.803 1.150.464 1.182.267 Encargos (NE nº 32) 75.397 - 75.397

Variação monetária (NE nº 32) 765 42.874 43.639 Transferências 34.440 (34.440) - Amortizações (107.200) - (107.200)

Em 31 de dezembro de 2006 35.205 1.158.898 1.194.103

Encargos (NE nº 32) 76.062 - 76.062

Variação monetária (NE nº 32) 1.867 89.597 91.464 Transferências 38.642 (38.642) - Amortizações (111.267) - (111.267)

Em 31 de dezembro de 2007 40.509 1.209.853 1.250.362

10 IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS

.

2007 2006 2007 2006

Ativo circulante

IRPJ/CSLL diferidos (a) 3.354 6.387 116.855 106.145

IRPJ/CSLL a compensar (b) 75.974 65.911 16.819 116.736

ICMS a recuperar - - 20.511 11.166

Outros tributos a compensar - - 1.414 1.037

79.328 72.298 155.599 235.084

Ativo não circulante

IRPJ/CSLL diferidos (a) 121.187 56.576 400.592 337.654

IRPJ/CSLL a compensar (b) 4.525 4.525 4.525 4.525

ICMS a recuperar - - 44.536 28.781

ICMS liminar para depósito judicial - - 12.639 11.501

PIS/Pasep e Cofins s/ ICMS liminar p/ dep. judicial - - 135 67

125.712 61.101 462.427 382.528

Passivo circulante

ICMS a recolher - - 126.322 116.032

PIS/Pasep e Cofins a recolher 8.845 14.443 36.295 81.345

IRPJ/CSLL diferidos (a) - - 24.664 33.671

Parcelamento Refis (c) 35.068 48.254 35.068 48.254

IRRF sobre juros sobre capital próprio 6.851 4.130 21.194 27.547

Outros tributos 1.054 892 5.917 4.236

51.818 67.719 249.460 311.085

Passivo não circulante

IRPJ/CSLL diferidos (a) - - 19.317 12.515

ICMS liminar para depósito judicial - - 12.640 11.501

PIS/Pasep e Cofins s/ ICMS liminar p/ dep. judicial - - 135 67 - - 32.092 24.083

Controladora Consolidado

a) Imposto de renda e contribuição social diferidos

A Companhia contabiliza imposto de renda diferido, calculado à alíquota de 15% mais o adicional

de 10%, e contribuição social diferida, calculada à alíquota de 9%.

Os tributos diferidos sobre déficit previdenciário estão sendo realizados em conformidade com o

plano de amortização da respectiva dívida e a provisão para convênio assistencial na medida em

que ocorrem os pagamentos dos benefícios pós-emprego. Os tributos diferidos sobre as demais

provisões serão realizados em função das decisões judiciais e das realizações dos ativos

regulatórios.

Pela legislação tributária em vigor, o prejuízo fiscal e a base negativa de contribuição social são

compensáveis com lucros futuros, até o limite de 30% do lucro tributável, não estando sujeitos a

prazo prescricional.

Os créditos fiscais estão contabilizados conforme demonstração a seguir:

.

2007 2006 2007 2006

Ativo circulante

Planos previd. e assistencial - delib. CVM 371 - - 26.928 10.320 Prejuízo fiscal 3.175 6.387 7.778 8.269 CVA passiva - - 48.768 33.832 Adições temporárias 179 - 33.381 53.724

3.354 6.387 116.855 106.145

Ativo não circulante

Planos previd. e assistencial - delib. CVM 371 - - 138.990 153.682 Prejuízo fiscal e base de cálculo negativa 8.591 6.035 20.324 17.769 Adições temporárias: - - - -

Provisões para contingências (trabalhistas, tributárias e judiciais) 96.861 28.262 182.502 84.432 Provisão para créditos de liquidação duvidosa 1.839 1.839 32.287 52.678 Provisão Refis/Finan 13.689 20.440 13.689 20.440 Provisão pesquisa e desenv. e eficiência energética - - - 7.929 Provisões do passivo regulatório - - 5.670 708

Efeitos de encargos da rede - - 6.923 - Outros 207 - 207 16

121.187 56.576 400.592 337.654

(-) Passivo circulante

CVA ativa - - 19.654 27.281 Energia excedente - - 1.009 505 Exclusões temporárias - - 4.001 5.885

- - 24.664 33.671

(-) Passivo não circulante

CVA ativa - - 7.543 3.053 Energia excedente - - 605 505 Exclusões temporárias - - 11.169 8.957

- - 19.317 12.515

124.541 62.963 473.466 397.613

Controladora Consolidado

O Conselho de Administração e o Conselho Fiscal da Companhia aprovaram o estudo técnico

elaborado pela sua Diretoria de Finanças e de Relações com os Investidores, referente à projeção

futura de lucratividade, no qual se evidencia a realização dos impostos diferidos. Conforme

estimativas de lucro tributáveis futuros, a realização dos impostos diferidos está apresentada a

seguir:

. Controladora Consolidado Parcela Parcela Parcela Parcela Parcela Parcela

estimada de efetiva de estimada de estimada de efetiva de estimada de . realização realização realização realização realização realização

2007 6.319 5.837 - 27.078 69.382 -

2008 - - 3.354 - - 92.191

2009 - - 3.778 - - 55.219

2010 - - 6.460 - - 33.749

2011 - - 934 - - 14.363

2012 - - - - - 14.772

Após 2012 - - 110.015 - - 263.172

6.319 5.837 124.541 27.078 69.382 473.466

As projeções de resultado futuro foram objeto de reavaliação da Administração quando da

aprovação das demonstrações contábeis relativas ao exercício de 2007.

b) Imposto de renda e contribuição social a compensar

Os valores registrados como imposto de renda e contribuição social a compensar referem-se,

principalmente, a valores retidos na fonte e recolhimentos do imposto de renda da pessoa jurídica

- IRPJ e da contribuição social sobre o lucro líquido - CSLL, com base no lucro real com opção

pelo pagamento mensal por estimativa, durante o exercício de 2007.

c) Programa de recuperação fiscal – Refis

Em 16.12.2000, a Copel aderiu ao Programa de Recuperação Fiscal – Refis, instituído pela Lei nº

9.964/2000 e obteve o parcelamento em 60 parcelas mensais e iguais de dívida junto ao Instituto

Nacional de Seguridade Social - INSS, no valor consolidado de R$ 82.540, com data retroativa a

1º.03.2000.

Em setembro de 2003, com base em parecer jurídico, constituiu provisão referente ao saldo

atualizado da conta Refis, cujo valor atualizado até 30.09.2006 remontava R$ 73.844.

Em 31.08.2006, a Copel solicitou a sua exclusão do Refis e aderiu ao novo parcelamento

denominado Parcelamento Excepcional – Paex, instituído pela Medida Provisória nº 303/2006,

beneficiando-se da redução de 80% sobre a multa e de 30% sobre os juros, mediante pagamento

do débito remanescente em 6 prestações.

A Receita Federal incluiu no parcelamento, sem ciência da Companhia, exigências de IRPJ e

CSLL no valor de R$ 11.100, retroativas à data da consolidação, 1º.03.2000, elevando o valor total

da dívida a R$ 93.640.

Concomitantemente, a Companhia, em ação judicial, impugnou a exigência fiscal de IRPJ e CSLL

de R$ 11.110 retroativa a 1°.03.2000, que a Receita Federal havia indevidamente incluído no

Refis. O Fisco reconheceu o direito da Copel para que fossem incluídos no Paex apenas os

débitos de INSS remanescentes do Refis, ou seja, excluídos os débitos quitados por meio dos

pagamentos realizados na vigência do parcelamento, resultando, segundo o cálculo inicial do

INSS, no valor de R$ 37.782 a ser pago em 6 parcelas, corrigido pelo Sistema Especial de

Liquidação e Custódia -Selic. Tais parcelas já foram pagas, contudo, o INSS reincluiu na conta do

Paex os juros que haviam sido dispensados integralmente no Refis I, no valor de R$ 35.000. Ainda

assim, o INSS não oferece nenhuma garantia de que os seus cálculos sejam definitivos,

informando que a “consolidação final” do débito ainda não foi concluída.

Assim, ante a conjuntura apresentada, manteve-se a provisão no valor de R$ 35.068 (R$ 48.254,

em 31.12.2006) para a cobertura da nova exigência do INSS no Paex.

11 CONTA DE COMPENSAÇÃO DA “PARCELA A”

Na Conta de Compensação de Variação de Valores de Itens da “Parcela A” – CVA são registradas

as variações ocorridas entre os valores previstos por ocasião dos reajustes tarifários e os valores

efetivamente desembolsados ao longo do ano tarifário dos seguintes itens de custo da “Parcela A”:

tarifa de repasse de potência de Itaipu Binacional; tarifa de transporte de energia elétrica

proveniente de Itaipu Binacional; quota de recolhimento à Conta de Consumo de Combustíveis –

CCC; tarifa de uso das instalações de transmissão integrantes da rede básica; compensação

financeira pela utilização dos recursos hídricos; Encargos dos Serviços do Sistema – ESS; quota

de recolhimento à Conta de Desenvolvimento Energético – CDE; custos de aquisição de energia

elétrica; e quotas de energia e custeio do Programa de Incentivo a Fontes Alternativas de Energia

- Proinfa.

A Aneel autorizou a Copel Distribuição a aplicar em suas tarifas de fornecimento, a partir de

24.06.2007, reajuste médio de -1,22%. Deste percentual, 2,24% refere-se ao índice de reajuste

tarifário e -3,46% aos ajustes financeiros externos. A CVA faz parte deste último grupo,

representando naquela época o total de R$ 146.393, sendo formada por duas parcelas: a CVA

relativa ao ano tarifário 2006-2007 no valor de R$ 92.985 e o saldo a compensar da CVA do

exercício anterior no valor de R$ 53.408.

A expectativa da Companhia é que os montantes classificados no longo prazo na data do balanço

patrimonial tenha período de recuperação de até dois anos a contar da data do balanço.

A composição dos saldos da Conta de Compensação “Parcela A” – CVA é a seguinte:

Consolidado

2007 2006 2007 2006

CVA recuperável reajuste tarifário 2006CCC - 17.481 - - Encargos uso sist. transmissão (rede básica) - 10.699 - - Energia elétrica comprada p/revenda (Itaipu) - 18.162 - -

ESS - 3.741 - - CDE - 11.549 - - Proinfa - 5.886 - -

Energia elétrica comprada p/revenda (CVA Energ) - 8.061 - - Transporte de energia comprada (Itaipu) - 2.195 - -

- 77.774 - - CVA recuperável reajuste tarifário 2007

CCC 1.869 - - - Energia elétrica comprada p/revenda (Itaipu) 22.289 5.133 - 5.133

ESS 7.082 3.350 - 3.350 CDE 6.125 2.199 - 2.199 Proinfa 4.560 1.592 - 1.591

Transporte de energia comprada (Itaipu) 211 - - - 42.136 12.274 - 12.273

CVA recuperável reajuste tarifário 2008

CCC 5.659 - 5.659 - Encargos uso sist. transmissão (rede básica) 4.074 - 4.074 Energia elétrica comprada p/revenda (Itaipu) 12.309 - 12.309 -

ESS 372 - 372 - CDE 1.922 - 1.922 - Proinfa 1.105 - 1.105 - Transporte de energia comprada (Itaipu) 37 - 37 -

25.478 - 25.478 -

67.614 90.048 25.478 12.273

circulante não circulante

Ativo Ativo

Consolidado

2007 2006 2007 2006

CVA compensável reajuste tarifário 2006Energia elétrica comprada p/ revenda (CVA Energ) - 58.445 - -

- 58.445 - -

CVA compensável reajuste tarifário 2007CCC 34.146 9.197 - 9.197 Encargos uso sist. transm. (rede básica) 31.803 4.577 - 4.577 Energia elétrica comprada p/ revenda (CVA Energ) 54.155 37.877 - 37.877 Transporte de energia comprada (Itaipu) 1.002 402 - 402

121.106 52.053 - 52.053

CVA compensável reajuste tarifário 2008

CCC 855 - 855 -

Encargos uso sist. transm. (rede básica) 1.186 - 1.186 -

ESS 3.722 - 3.722 -

Energia elétrica comprada p/ revenda (CVA Energ) 16.511 16.511

Transporte de energia comprada (Itaipu) 56 - 56 -

22.330 - 22.330 -

143.436 110.498 22.330 52.053

circulante não circulante

Passivo Passivo

A movimentação dos saldos de diferimento de custos tarifários atualizados pela Selic apresenta-se

como se segue:

.

Saldo Diferim. Amortiz. Atualiz. Transf. Saldo

2006 2007

AtivoCCC 17.481 15.166 (20.678) 1.218 - 13.187 Encargos uso sist. transm. (rede básica) 10.699 8.096 (11.009) 362 - 8.148 Energia elétrica comp. p/ revenda (Itaipu) 28.428 55.854 (42.541) 5.166 - 46.907 ESS 10.441 7.611 (11.309) 1.083 - 7.826 CDE 15.947 11.150 (18.607) 1.479 - 9.969

Proinfa 9.069 7.860 (11.143) 984 - 6.770 Energia elétrica comp. p/ rev. (CVA Energ) 8.061 - (8.061) - - - Transporte de energia comprada (Itaipu) 2.195 497 (2.557) 150 - 285

102.321 106.234 (125.905) 10.442 - 93.092

Circulante 90.048 62.950 (125.905) 8.653 31.868 67.614

Não Circulante - NC 12.273 43.284 - 1.789 (31.868) 25.478 .

PassivoCCC 18.394 49.310 (36.119) 4.271 - 35.856 Encargos uso sist. transm. (rede básica) 9.154 50.413 (32.580) 7.188 - 34.175

ESS - 7.193 - 251 - 7.444 Energia elétrica comp. p/ rev. (CVA Energ) 134.199 61.325 (118.608) 10.261 - 87.177

Transporte de energia comprada (Itaipu) 804 1.251 (1.059) 118 - 1.114

162.551 169.492 (188.366) 22.089 - 165.766

Circulante 110.498 119.422 (188.366) 19.868 82.014 143.436 Não Circulante - NC 52.053 50.070 - 2.221 (82.014) 22.330

12 OUTROS ATIVOS E PASSIVOS REGULATÓRIOS

a) Parcela de ajuste - revisão tarifária das transmissoras

Consta dos contratos de concessão celebrados pelas concessionárias de transmissão, cláusula

que estabelece 1º.07.2005 como a data da primeira revisão tarifária periódica das receitas anuais

permitidas. O processo de revisão tarifária foi concluído efetivamente, tendo seus resultados

homologados em 1º.07.2007, sendo os efeitos retroativos a 1º.07.2005. Desta forma, foi

necessário calcular a diferença retroativa ao período 2005 – 2007 que foi tratada como “parcela de

ajuste - revisão”.

Esta diferença apropriada pelas transmissoras, está sendo compensada em 24 meses, com início

em julho de 2007.

A Copel Geração e Transmissão apresentou em 31.12.2007 o saldo a ser compensado no valor

de R$ 36.391.

A Aneel calculou a diferença de “parcela de ajuste da revisão fronteira” para todas as

distribuidoras, resultando no saldo de R$ 22.915, a ser pago pela Copel Distribuição à Copel

Transmissão. Já em relação à “parcela de ajuste da revisão da rede básica”, a aplicação dos

percentuais de participação da Copel Distribuição sobre o total da parcela de ajuste, resultou no

valor de R$ 29.020 a ser recebido das demais transmissoras que passaram pelo processo de

revisão tarifária.

Estes valores a serem liquidados financeiramente com as transmissoras serão considerados no

próximo reajuste tarifário da Copel Distribuição. A expectativa da Companhia é que os montantes

classificados no longo prazo na data do balanço patrimonial têm período de recuperação de até

dois anos a contar da data do balanço.

Os saldos consolidados em 31.12.2007 são compostos da seguinte forma:

não não circulante circulante total circulante circulante total

Copel Distribuição

Ajuste de revisão da conexão 465 154 619 - - - Ajuste de revisão da rede básica 16.721 5.575 22.296 21.765 7.255 29.020

17.186 5.729 22.915 21.765 7.255 29.020

Copel Geração e TransmissãoAjuste de revisão da rede básica - - - 24.711 11.680 36.391

17.186 5.729 22.915 46.476 18.935 65.411

Ativo Passivo

b) Ativo Regulatório – PIS/Pasep e Cofins

Pela publicação das Leis Federais nºs 10.637, de 30.12.2002, e 10.833, de 29.12.2003, foram

majoradas as alíquotas e alteradas as bases de cálculo do PIS/Pasep e da Cofins. Em razão

dessas alterações, ocorreu crescimento nas despesas com PIS/Pasep a partir de dezembro de

2002, e nas despesas com a Cofins a partir de fevereiro de 2004.

A Aneel, através do Ofício Circular nº 302/2005-SFF/Aneel e Resoluções Homologatórias nºs

149/2005 e 345/2006, reconhece o direito da Companhia em ser ressarcida dos custos adicionais

com PIS/Pasep e Cofins, autorizando as concessionárias a apurar o valor do impacto produzido

em função da mudança de critérios de apuração do PIS/Pasep e Cofins e reconhecê-lo

contabilmente como ativo ou passivo, conforme a natureza do impacto, positivo ou negativo,

respectivamente. Fundamentada em tal dispositivo, a Companhia registrou, de acordo com critério

definido pela Agência Reguladora, ativo regulatório no valor de R$ 82.094, reduzindo, em

contrapartida, a despesa com PIS/Pasep e Cofins. Este saldo já foi totalmente realizado.

Através da Resolução Homologatória nº 130 de 20.06.2005, a Copel ficou autorizada a incluir no

valor total da fatura a ser paga pelo consumidor, a partir de 24.06.2005, as despesas do

PIS/Pasep e Cofins efetivamente incorridas, no exercício da atividade de distribuição de energia

elétrica.

13 CAUÇÕES E DEPÓSITOS VINCULADOS

Controladora

2007 2006 2007 2006Ativo circulante

Depósitos em garantia 2.806 35.288 145.161 103.853

2.806 35.288 145.161 103.853 Ativo não circulante

Caução do contrato da STN (NE nº 20.b) - - 22.423 24.630 - - 22.423 24.630

Consolidado

No Unibanco S.A. está aplicado o valor de R$ 9.272, atualizado até 31.12.2007 (R$ 8.232, em

31.12.2006) com remuneração de 98,5% da variação da Taxa DI, como garantia de obrigação de

dívida com o BNDESPAR, referente à operação de emissão de debêntures da Elejor, conforme

Instrumento Particular de Vinculação de Receitas e Outras Avenças.

No Banco do Brasil estão aplicados com remuneração de 100% da taxa DI, atualizados até

31.12.2007, os seguintes valores: R$ 48.437, como garantia de fiel cumprimento com a Aneel para

construção da Usina de Mauá, pela Copel Geração e Transmissão, e o valor de R$ 34.226, como

garantia para participar da licitação do Programa de Concessões de Rodovias Federais, pela

Copel Empreendimentos, este com previsão de resgate no primeiro trimestre de 2008, devido ao

resultado desfavorável do processo licitatório.

Os demais depósitos atendem as exigências da CCEE e estão vinculados às operações

realizadas nos leilões de energia, nas liquidações da própria CCEE e nos leilões realizados pela

Aneel.

14 OUTROS CRÉDITOS

2007 2006 2007 2006

Ativo circulanteAdiantamento a fornecedores - - 18.077 11.074 Locação da planta da UTE Araucária - - 14.223 -

Pagamentos antecipados - - 8.121 8.756 Adiantamento a empregados - - 7.999 7.618 Uso do sistema de transmissão da UTE Araucária - 5.327 -

Parcelamento Onda Provedor de Serviços 4.348 4.348 4.348 4.348 Salários de empregados cedidos a recuperar - - 3.751 3.768

Desativações em curso - - 1.962 2.095 Alienação de bens e direitos - - 1.206 1.866 Reserva Global de Reversão - RGR - Diferenças - - 816 2.256

Adiantamento para depósitos judiciais - - 565 1.412 Provisão para créditos de liquidação duvidosa (4.348) (4.348) (8.453) (9.812) Outros créditos a receber 8 2 4.371 3.497

8 2 62.313 36.878

Ativo não circulanteEmpréstimos compulsórios - - 4.185 5.483 Bens e direitos destinados à alienação - - 2.813 2.814

Alienação de bens e direitos - - 1.390 - Pagamentos antecipados - - 62 3.612

- - 8.450 11.909

Controladora Consolidado

A Provisão para créditos de liquidação – PCLD, na Companhia, refere-se ao saldo de

parcelamento com Onda Provedor de Serviços, com difícil realização, e no consolidado, à Onda e

a parcela não realizável, principalmente, de salário de empregados cedidos a recuperar.

15 DEPÓSITOS JUDICIAIS

Os saldos de depósitos judiciais registrados no ativo não circulante estão demonstrados a seguir:

.

2007 2006 2007 2006

Trabalhistas - - 56.656 68.650

Cíveis:Servidões de passagem - - 10.515 7.149 Cíveis - - 15.269 13.982 Consumidores - - 2.508 1.640

- - 28.292 22.771 Previdenciários:

INSS 25.476 47.934 25.476 47.934

25.476 47.934 25.476 47.934 .

Outros depósitos Judiciais 9.254 1 10.916 1.599

34.730 47.935 121.340 140.954

Consolidado Controladora

Os depósitos judiciais vinculados foram reclassificados para Provisões para Contingências e estão

demonstrados na NE nº 27.

16 COLIGADAS E CONTROLADAS

A Companhia possui, demonstrados pelo valor líquido, os créditos a receber abaixo com às suas

coligadas e controladas:

2007 2006 2007 2006Controladas:

Copel Geração e Transmissão S.A.Dividendos a receber (NE nº 8) 504.688 644.418

504.688 644.418 - - Copel Transmissão S.A.

Dividendos a receber (NE nº 8) - 60.014 - - Financiamentos repassados (a) - 21.344 - -

- 81.358 - - Copel Distribuição S.A.

Dividendos a receber (NE nº 8) 178.300 52.913 - -

Financiamentos repassados (a) 78.034 80.686 - - Contrato de mútuo (b) 683.052 - - - Debêntures repassadas - 637.329 - -

939.386 770.928 - - Copel Participações S.A.

Dividendos a receber (NE nº 8) 17.237 2.893 - - 17.237 2.893 - -

Copel Empreendimentos Ltda.Contrato de mútuo (c) 34.847 - - -

34.847 - - - .

1.496.158 1.499.597 - - Coligadas:

Dividendos a receber (NE nº 8)Dominó Holdings S.A. - - 2.159 1.975 Foz do Chopim Energética Ltda. - - 608 -

. - - 2.767 1.975 .

- - 2.767 1.975

. 1.496.158 1.499.597 2.767 1.975

Dividendos a receber (NE nº 8) 700.225 760.238 2.767 1.975

Ativo não circulante 795.933 739.359 - -

Controladora Consolidado

a) Financiamentos repassados

A Companhia repassou os empréstimos e financiamentos para as suas subsidiárias integrais

quando de sua constituição em 2001. Entretanto, como os contratos de transferências para as

respectivas subsidiárias não foram passíveis de formalização com as instituições financeiras,

estes compromissos encontram-se igualmente registrados na Controladora.

Esses financiamentos são repassados com a mesma incidência de encargos assumidos pela

Companhia e são apresentados separadamente como crédito junto às subsidiárias integrais, e

como obrigações por empréstimos e financiamentos nas subsidiárias, no valor de R$ 78.034

(R$ 102.030 em 31.12.2006) (NE nº 20).

O saldo de R$ 637.329 em 31.12.2006 referente a debêntures repassadas para a Copel

Distribuição foi liquidado em 1º.03.2007.

b) Contrato de mútuo – Copel Distribuição

Em 27.02.2007, foi aprovado pela Aneel o contrato de mútuo a ser firmado entre a Companhia

(mutuante) e Copel Distribuição (mutuária), no valor de R$ 1.100.000. O prazo definido é de cinco

anos, com juros de 104% da taxa DI, e a destinação dos recursos foram o programa de

investimento da concessão e o pagamento das debêntures repassadas a Copel Distribuição,

vencidas em 1º.03.2007.

c) Contrato de mútuo – Copel Empreendimentos

Em 01.10.2007, foram aprovadas pela Diretoria e pelo Conselho de Administração, a participação

da Companhia no Programa de Concessões de Rodovias Federais e a celebração de um contrato

de mútuo entre a Companhia (mutuante) e a Copel Empreendimentos (mutuária), no valor de

R$ 35.000 destinado a este programa. O prazo definido é de cinco anos, com juros de 104% da

taxa DI. Este contrato será encerrado no primeiro trimestre de 2008, devido ao resultado

desfavorável do processo licitatório.

17 INVESTIMENTOS

2007 2006 2007 2006

Participações em coligadas (a) - - 204.305 210.363

Participações em coligadas - ágio (b)

Sercomtel S.A. - Telecomunicações - - 1.568 5.796 Sercomtel Celular S.A. - - 223 803

- - 1.791 6.599

Participações em controladas

Copel Geração e Transmissão S.A. 3.144.442 2.509.233 - - Copel Transmissão S.A. (c) - 1.063.740 - - Copel Distribuição S.A. 2.663.911 1.689.286 - - Copel Telecomunicações S.A. 193.735 184.287 - - Copel Participações S.A. 1.226.802 1.180.415 - -

7.228.890 6.626.961 - -

Outros investimentosFundo de investimento da Amazônia - Finam (d) 30.013 32.609 30.013 32.609

Finam - Nova Holanda (d) 14.867 7.761 14.867 7.761 Fundo de investimento do Nordeste - Finor (d) 9.870 9.870 9.870 9.870 Finam - Investco (d) 7.903 - 7.903 - Provisão para perdas nos incentivos (d) (26.801) (47.900) (26.801) (47.900) Consórcio Energético Cruzeiro do Sul (e) - - 6.450 - Imóveis para uso futuro do serviço - - 4.588 6.825 Outros investimentos 2.322 2.322 3.823 3.826

38.174 4.662 50.713 12.991

7.267.064 6.631.623 256.809 229.953

Controladora Consolidado

Na consolidação dos balanços, os ágios decorrentes das aquisições das controladas Elejor e

Copel Empreendimentos foram reclassificados para o Intangível (NE nº 19).

a) Participações em coligadas

Patrimônio líquido Partic.

da investida (ajustado) Copel

Participações em coligadas 2007 2006 (%) 2007 2006

Dominó Holdings S.A. (e) 601.035 610.149 15,00 90.155 91.522 Sercomtel S.A. - Telecomunicações 182.562 185.477 45,00 82.153 83.463 Foz do Chopim Energética Ltda. (1) 45.718 45.742 35,77 16.353 16.362

Sercomtel Celular S.A. 19.464 27.488 45,00 8.759 12.369 Dona Francisca Energética S.A. 25.754 8.785 23,03 5.931 2.023 Centrais Eólicas do Paraná Ltda. (1) (f) - 3.500 30,00 - 1.050 Copel Amec S/C Ltda. (1) 293 973 48,00 140 468 Carbocampel S.A. (1) (115) 473 49,00 (56) 232

Adiantamento para aumento de capital 1.059 198 Escoelectric Ltda. (1) (3.374) (3.677) 40,00 (1.390) -

Adiantamento para aumento de capital 1.025 2.500 Braspower International Engineering S/C Ltda. (1) (407) (407) 49,00 - -

Adiantamento para aumento de capital 176 176

204.305 210.363 (1) Não auditado por auditores independentes

Consolidado

Investimento

b) Participações em coligadas - ágio

Os investimentos na Sercomtel S.A. Telecomunicações e na Sercomtel Celular S.A. registraram

ágios de aquisição (R$ 42.289 e R$ 5.814), que no balanço representam saldos líquidos de

R$ 1.568 e R$ 223, respectivamente. Esses ágios estão sendo amortizados à taxa anual de 10%,

cujo efeito no resultado do exercício de 2007, o mesmo de 2006, foi de R$ 4.808 (R$ 4.228 + R$

580). O fundamento econômico do pagamento do ágio nestes investimentos foi a expectativa de

rentabilidade futura, resultado da avaliação do retorno do investimento com base no fluxo de caixa

descontado.

c) Copel Transmissão S.A.

Em 30.11.2007, a Copel Transmissão foi cindida e incorporada pela Copel Geração e

Transmissão e pela Copel Distribuição, visando à racionalização de recursos e melhorias nas

atividades operacionais.

O acervo líquido da cindida em 30.11.2007 e as partes incorporadas estão demonstrados a seguir:

Copel Transmissão em 30.11.2007 Copel Geração

e Transmissão Copel Distribuição .

ATIVO 1.567.422 839.032 728.390

Ativo Circulante 236.427 113.501 122.926

Ativo Não Circulante 1.330.995 725.531 605.464 Realizável a Longo Prazo 73.318 55.919 17.399 Investimentos 2.257 247 2.010 Imobilizado 1.228.615 659.428 569.187 Intangível 26.805 9.937 16.868

.

PASSIVO 1.567.422 839.032 728.390

Passivo Circulante 194.883 109.295 85.588

Passivo Não Circulante 199.693 121.651 78.042

Patrimônio Líquido 1.172.846 608.086 564.760 .

Parcela Incorporada

d) Incentivos Fiscais

Com base em correspondência recebida do Banco da Amazônia S.A., a Companhia efetuou

recomposições e reclassificações de valores aplicados no Fundo de Investimento da Amazônia –

Finam, bem como dos valores direcionados e devidamente liberados pela extinta

Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia – Sudam, aos projetos Nova Holanda

Agropecuária S.A. e Investco S.A.

Os efeitos destes lançamentos, no patrimônio líquido, totalizaram R$ 21.047, sendo R$ 4.510

direcionados ao projeto Nova Holanda S.A.; R$ 7.903 direcionados ao projeto Investco S.A. e

R$ 8.634 reduzindo a provisão para perdas nos incentivos.

Foi reclassificado da conta do Finam, o valor de R$ 2.596, direcionado ao projeto Nova Holanda.

A Companhia também efetuou reversão de provisão para desvalorização do Finam e do Fundo de

Investimentos do Nordeste – Finor, no valor de R$ 12.789, contabilizada no resultado não

operacional, e apropriação de R$ 324 referentes a Imposto de Renda.

e) Consórcio Energético Cruzeiro do Sul

Em 28.11.2006, através da Contratação de Energia Proveniente de Novos Empreendimentos, na

qualidade de produtor independente, o Consórcio Energético Cruzeiro do Sul, formado pelas

empresas Copel Geração e Transmissão S.A. com participação de 51% e pela Eletrosul Centrais

Elétricas S.A. com participação de 49%, conquistou o direito de exploração da concessão para

implantação da usina hidrelétrica de Mauá, cujo prazo é de 35 anos.

O presente empreendimento está inserido no Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, do

Governo Federal, e será constituído por uma usina principal de 350MW e por uma pequena central

hidrelétrica - PCH complementar de 11MW, totalizando 361MW de potência instalada, suficiente

para atender cerca de 892.400 habitantes, a partir do aproveitamento energético inventariado no

trecho médio do rio Tibagi, na divisa dos municípios de Telêmaco Borba e Ortigueira, na região

centro-leste do Estado do Paraná.

O prazo máximo para entrada em operação comercial da primeira unidade geradora da Usina é

1º.01.2011.

O projeto tem um investimento total previsto de R$ 991.283, valor com data base de outubro de

2006, sendo que deste montante 51% (R$ 505.554) serão investidos pela Copel Geração e

Transmissão S.A. e 49% (R$ 485.729) pela Eletrosul Centrais Elétricas S.A.

A energia da usina de Mauá foi comercializada em leilão da Aneel à tarifa de R$ 112,96/MWh,

atualizados com base no IPCA desde 1º.11.2006. Foram negociados 192 MW médios, a serem

fornecidos a partir de janeiro de 2011. A garantia física do empreendimento estabelecida no

contrato de concessão é de 197,7 MW médios, após a completa motorização, e a tarifa máxima de

referência para comercialização da energia estabelecida no edital do leilão era R$ 116,00/MWh.

Os trabalhos iniciaram em maio de 2007 com a emissão da ordem de serviço do projeto básico e

início do projeto executivo da usina e do sistema de transmissão associado, elaboração de

especificações técnicas, memórias de cálculo, desenhos e outros documentos relativos às

diversas estruturas da usina, complementação das investigações geológicas e serviços de

topografia. O projeto foi concluído e encontra-se em análise na Aneel. O empreendimento possui

Estudo de impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental – EIA/RIMA apresentados em

audiência pública e aprovados pelo órgão licenciador, com emissão da Licença Prévia nº 9.589

pelo Instituto Ambiental do Paraná – IAP, órgão vinculado à Secretária do Meio Ambiente e

Recursos Hídricos do Estado, condicionada ao atendimento de cerca de 70 requisitos ambientais

que compreendem os meios físico, biótico e socioeconômico para liberação da Licença de

Instalação.

Em novembro de 2007, o Conselho Monetário Nacional - CMN autorizou excepcionalização à

Resolução nº 2827/01, do Banco Central do Brasil, que trata do contingenciamento de crédito ao

setor público, com vistas à concessão de financiamento para a Copel, pelo Banco Nacional de

Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, no montante de R$ 340.000, aproximadamente,

com o objetivo de alavancar a construção da usina hidrelétrica de Mauá.

Os gastos realizados neste empreendimento são contabilizados na conta de investimento, na

proporção de quota parte no consórcio, conforme determina o Manual de Contabilidade do Serviço

Público de Energia Elétrica.

f) Dominó Holding

Holding que detém 34,75% do capital da Companhia de Saneamento do Paraná – Sanepar, é

uma sociedade de economia mista que tem por objeto social a exploração de serviços de

saneamento básico, principalmente a distribuição de água, coleta e tratamento de esgoto sanitário.

g) Centrais Eólicas do Paraná

A Companhia, através da sua subsidiária Copel Participações, detinha 30% do capital social das

Centrais Eólicas do Paraná. Em 06.09.2007, passou a deter 100% deste empreendimento, ao

adquirir, através da subsidiária Copel Geração, os 70% que pertenciam à Wobben Windpower

Indústria e Comércio Ltda. Desta operação resultou um deságio de R$ 592, que na consolidação

dos balanços foi reclassificado para Resultados de Exercícios Futuros.

h) Detalhamento da participação no capital social das coligadas e controladas

% Participação no capital socialOrdinárias Preferenciais Total Capital social integralizado

Participações em coligadas 2007 2006Dominó Holdings S.A. 15,00 0,00 15,00 251.929 251.929 Sercomtel S.A. - Telecomunicações 45,00 45,00 45,00 246.896 246.896 Foz do Chopim Energética Ltda. (1) - - 35,77 23.000 23.000 Sercomtel Celular S.A. 45,00 45,00 45,00 36.540 36.540 Dona Francisca Energética S.A. 23,03 0,00 23,03 66.600 66.600 Copel Amec S/C Ltda. (1) - - 48,00 100 828 Carbocampel S.A. (1) 49,00 0,00 49,00 260 260 Escoelectric Ltda. (1) - - 40,00 8.050 8.050 Braspower International Engineering S/C Ltda. (1) 0,00 0,00 49,00 1.650 1.650

Centrais Eólicas do Paraná Ltda. (1) - - 30,00 - 3.061

Participações em controladasCopel Geração e Transmissão S.A. 100,00 0,00 100,00 2.947.018 2.338.932

Copel Transmissão S.A. 100,00 0,00 100,00 - 772.389 Copel Distribuição S.A. 100,00 0,00 100,00 2.171.928 1.607.168 Copel Telecomunicações S.A. 100,00 0,00 100,00 194.054 187.894 Copel Participações S.A. 100,00 0,00 100,00 1.098.500 586.975 Companhia Paranaense de Gás - Compagas 51,00 51,00 51,00 71.365 60.050 Elejor - Centrais Elétricas do Rio Jordão S.A 70,00 0,00 43,54 113.800 113.800 Copel Empreendimentos Ltda. (1) - - 100,00 397.983 397.983 UEG Araucária Ltda. - - 80,00 707.440 700.000

Centrais Eólicas do Paraná Ltda. (1) - - 100,00 3.061 - (1) Não auditado por auditores independentes

18 IMOBILIZADO

Depreciação Líquido Depreciação Líquido

Custo acumulada Consolidado Custo acumulada Consolidado

2007 2006

Em serviço (a) Copel Geração e Transmissão 5.171.655 (1.937.690) 3.233.965 4.306.232 (1.587.774) 2.718.458

Copel Transmissão - - - 1.468.341 (475.571) 992.770

Copel Distribuição 4.462.250 (2.116.451) 2.345.799 3.411.372 (1.703.312) 1.708.060

Copel Telecomunicações 326.892 (179.894) 146.998 304.534 (154.505) 150.029

Copel Participações 341 (237) 104 342 (222) 120

Compagas 144.355 (33.636) 110.719 139.853 (26.820) 113.033

Elejor 605.458 (30.333) 575.125 604.961 (14.023) 590.938

UEG Araucária 634.233 (76.315) 557.918 633.335 (44.856) 588.479

Centrais Eólicas do Paraná 4.129 (2.215) 1.914 - - -

11.349.313 (4.376.771) 6.972.542 10.868.970 (4.007.083) 6.861.887

Em curso Copel Geração e Transmissão 272.364 - 272.364 144.468 - 144.468

Copel Transmissão - - - 209.821 - 209.821

Copel Distribuição 377.070 - 377.070 251.020 - 251.020

Copel Telecomunicações 39.177 - 39.177 33.489 - 33.489

Compagas 20.047 - 20.047 11.186 - 11.186

Elejor 8.371 - 8.371 8.427 - 8.427

717.029 - 717.029 658.411 - 658.411

12.066.342 (4.376.771) 7.689.571 11.527.381 (4.007.083) 7.520.298

Obrigações especiais (b)

Copel Geração e Transmissão (4.925) - (4.925) - - -

Copel Transmissão - - - (7.145) - (7.145)

Copel Distribuição (852.267) - (852.267) (801.467) - (801.467)

(857.192) - (857.192) (808.612) - (808.612)

.

11.209.150 (4.376.771) 6.832.379 10.718.769 (4.007.083) 6.711.686

De acordo com os artigos nºs 63 e 64 do Decreto nº 41.019, de 26.02.1957, os bens e instalações

utilizados principalmente na geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia

elétrica são vinculados a esses serviços, não podendo ser retirados, alienados, cedidos ou dados

em garantia hipotecária sem a prévia e expressa autorização do Órgão Regulador. A Resolução

Aneel nº 20/1999 regulamentou a desvinculação de bens das concessões do Serviço Público de

Energia Elétrica, concedendo autorização prévia para desvinculação de bens inservíveis à

concessão, quando destinados à alienação, determinando que o produto da alienação seja

depositado em conta bancária vinculada para aplicação na concessão.

a) Imobilizado em serviço por natureza de conta

Depreciação Líquido Depreciação Líquido

Custo acumulada Consolidado Custo acumulada Consolidado

2007 2006

Máquinas e equipamentos 7.415.804 (2.969.087) 4.446.717 6.997.348 (2.698.431) 4.298.917 Reservatórios, barragens, adutoras 2.865.020 (1.006.005) 1.859.015 2.859.831 (943.321) 1.916.510 Edificações, obras civis, benfeitorias 693.208 (300.756) 392.452 684.460 (281.087) 403.373

Terrenos 118.812 - 118.812 117.775 - 117.775 Tubulações de gás 113.273 (22.786) 90.487 112.449 (19.030) 93.419

Veículos 124.168 (67.161) 57.007 77.424 (54.486) 22.938 Móveis e utensílios 19.028 (10.976) 8.052 19.683 (10.728) 8.955

(4.376.771) 6.972.542 10.868.970 (4.007.083) 6.861.887 11.349.313

O montante de ativo imobilizado em serviço e totalmente depreciado representava R$ 616.203, em

31.12.2007, e R$ 414.989, em 31.12.2006.

b) Obrigações especiais

As obrigações especiais representam os recursos relativos à participação financeira do

consumidor, das dotações orçamentárias da União, verbas federais, estaduais e municipais e de

créditos especiais vinculados aos investimentos aplicados nos empreendimentos vinculados à

concessão. As obrigações especiais não são passivos onerosos e não são créditos dos acionistas.

São atualizadas com os mesmos critérios e índices utilizados para corrigir os bens registrados no

ativo imobilizado dos agentes. O prazo esperado para liquidação dessas obrigações era a data de

término da concessão.

Com a emissão da Resolução Normativa Aneel nº 234, de 31.10.2006, que estabeleceu os

conceitos gerais, as metodologias aplicáveis e os procedimentos iniciais para realização do

segundo ciclo de revisão tarifária periódica das concessionárias de serviço público de distribuição

de energia elétrica, a característica dessas obrigações sofreu modificação. Tanto o saldo como as

novas adições passarão a ser amortizados contabilmente a partir da data da próxima revisão

tarifária periódica da Companhia (junho de 2008). Essa amortização será calculada utilizando a

mesma taxa média da depreciação dos ativos correspondentes.

Na data do término da concessão, para efeitos do cálculo da indenização dos bens vinculados à

concessão e reversíveis para a União, o saldo remanescente dessas obrigações especiais, se

houver, será deduzido do valor residual dos ativos, ambos avaliados de acordo com critério a ser

definido pela Aneel.

A alteração da característica dessas obrigações é decorrente da modificação ocorrida no

mecanismo de tarifa estabelecida nessa nova Resolução Normativa, que determinou que a

depreciação dos ativos adquiridos com recursos oriundos das obrigações especiais não será mais

computada na “Parcela B” da receita requerida da concessionária.

c) Planos de universalização de energia elétrica

A Aneel estabeleceu condições gerais para elaboração dos Planos de Universalização de Energia

Elétrica visando o atendimento de novas unidades consumidoras ou o aumento de carga,

regulamentou e fixou as responsabilidades das concessionárias e permissionárias de serviço

público de distribuição de energia elétrica e promoveu alterações, dentre as quais destacam-se a

mudança de prioridade de atendimento aos municípios dando ênfase aos municípios com menor

índice de eletrificação, Índice de Desenvolvimento Humano - IDH e a limitação desses

atendimentos apenas a novas unidades, ligadas em baixa tensão (inferior a 2,3 kv), com carga

instalada de até 50 KW.

O Programa “Luz para Todos”, instituído pelo Governo Federal, objetivou antecipar a meta de

completar 100% de eletrificação no País até 2008, sem qualquer ônus para o consumidor.

O programa é coordenado pelo Ministério de Minas e Energia e operacionalizado com a

participação da Eletrobrás. No caso do Paraná, o Ministério é representado pela Eletrosul, e os

participantes são o Governo do Estado Paraná e a Copel. Além disso, o programa se integra aos

diversos programas sociais e de desenvolvimento rural implementados pelo Governo Federal e

pelos Estados, para assegurar que o esforço de eletrificação do campo resulte em incremento da

produção agrícola, fixando e dando condições melhores de vida ao homem do campo, em

aumento de renda e na inclusão social da população beneficiada.

A meta fixada foi de 36.000 ligações até o final do ano de 2006.

Para a operacionalização de 30.000 ligações foram firmados com a Eletrobrás dois contratos de

financiamento e concessão de subvenção, cuja composição é a seguinte: contrato 002/2004, no

valor de R$ 30.240, sendo R$ 17.280 provenientes da RGR e R$ 12.960 da CDE; contrato

142/2006, no valor de R$ 74.340, sendo R$ 42.480 provenientes da RGR e R$ 31.860 da CDE. As

liberações de crédito do contrato 002/2004 já encerraram e do contrato 142/2006 já foram

liberados R$ 52.038.

A composição total dos investimentos previstos para o programa foi a seguinte:

Governo Federal - subvenção CDE 44.820 30%

Governo do Estado do Paraná 14.940 10%

Financiamento RGR 59.760 40%

Agente executor - Copel 29.880 20%

Total do programa 149.400 100%

Origem ParticipaçãoR$

Outras 7.150 ligações foram atendidas gratuitamente pela universalização, totalizando 37.150

novos domicílios rurais, sem qualquer ônus para os consumidores.

Devido ao surgimento de novos domicílios sem energia elétrica, a Copel está firmando novo

contrato com a Eletrobrás visando o atendimento a mais 30.000 ligações, número que poderá

variar em decorrência da ampla divulgação de encerramento do prazo para adesão ao programa,

previsto para 31.03.2008.

d) Taxas de depreciação

As principais taxas anuais de depreciação, de acordo com a Resolução Aneel nº 240, de

05.12.2006, a Portaria nº 96/1995, do Ministério das Comunicações, e a Agência Nacional do

Petróleo - ANP, são:

.

% .

Geração

Equipamento geral 10,00

Geradores 3,30

Reservatórios, barragens e adutoras 2,00

Turbina hidráulica 2,50

Turbinas a gás e a vapor 5,00

Resfriamento e tratamento de água 5,00

Condicionador de gás 5,00

TransmissãoCondutor e estrutura do sistema < 69 kV 5,00

Condutor e estrutura do sistema => 69 kV e transformador de força 2,50

Equipamento geral 10,00

Religadores 4,30

Distribuição

Condutor e estrutura do sistema => 69 kV 2,50

Condutor e estrutura do sistema < 69 kV e transformador de distribuição 5,00

Banco de capacitores < 69 kV 6,70

Banco de capacitores => 69 kV 5,00

Equipamento geral 10,00

Administração central

Edificações 4,00

Máquinas e equipamentos de escritório 10,00

Móveis e utensílios 10,00

Veículos 20,00

TelecomunicaçõesEquipamentos de transmissão e de energia (telecomunicações) 10,00

Cabos aéreos e subterrâneos, fios e central privada de comutação 10,00

Fornecimeno de gás naturalGasoduto 3,30 Equipamentos de operação do gasoduto 10,00

e) Mutação do imobilizado

Obrigações

Saldos em serviço em curso especiais Consolidado

Em 31 de dezembro de 2005 5.907.082 806.145 (765.123) 5.948.104

Consolidação do imobilizado da UEG Araucária 602.979 - - 602.979 Programa de investimentos - 567.779 - 567.779 Imobilizações de obras 723.307 (723.307) - - Quotas de depreciação (356.843) - - (356.843) Baixas (14.785) - - (14.785)

Participação financeira dos consumidores - - (43.489) (43.489) Transferências entre o imobilizado intangível 147 4.826 - 4.973 Complemento de provisões para contingências - 2.968 - 2.968

Em 31 de dezembro de 2006 6.861.887 658.411 (808.612) 6.711.686

Consolidação do imobilizado da Ceopar 1.983 - - 1.983 Programa de investimentos - 516.142 - 516.142 Imobilizações de obras 528.329 (528.329) - - Quotas de depreciação (400.067) - - (400.067) Baixas (19.393) (29.926) - (49.319) Participação financeira dos consumidores - - (48.580) (48.580) Transferências entre o imobilizado intangível (197) 1.606 - 1.409

Complemento de provisões para contingências - 99.125 - 99.125

Em 31 de dezembro de 2007 6.972.542 717.029 (857.192) 6.832.379

Imobilizado

19 INTANGÍVEL

Direito de uso Amortização Faixa de

de softwares acumulada (1) servidões Outros Consolidado

2007 2006

Em serviço

Copel Geração e Transmissão 8.751 (8.064) 9.027 27 9.741 853 Copel Transmissão - - - - - 22.018 Copel Distribuição 29.958 (23.425) 17.606 113 24.252 7.024 Copel Telecomunicações 4.094 (2.396) - 1.698 1.748 Copel Participações - - - 1 1 1

Compagas 636 (389) - 20 267 260 Elejor - - 101 - 101 101 UEG Araucária 70 (63) - - 7 9

43.509 (34.337) 26.734 161 36.067 32.014

Em curso

Copel Geração e Transmissão 425 - 449 - 874 - Copel Transmissão - - - - - 2.348

Copel Distribuição 705 - 1.997 - 2.702 6.394 Elejor - - 27 - 27 27

Ágio - Elejor (a) - - - 21.306 21.306 22.060 Ágio - Copel Empreendimentos (b) - - - 51.609 51.609 53.955

1.130 - 2.473 72.915 76.518 84.784

112.585 116.798 (1) Taxa anual de amortização: 20%

Líquido

O montante de intangível em serviço e totalmente depreciado representava R$ 23.674, em

31.12.2007, e R$ 22.519, em 31.12.2006.

a) Ágio - Elejor

A aquisição das ações da Elejor pertencentes à Triunfo Participações S.A., em dezembro de 2003,

gerou ágio no valor total de R$ 22.626, que em 31.12.2007 apresenta um saldo de R$ 21.306. O

fundamento econômico utilizado para a amortização linear é a expectativa de resultado futuro da

operação comercial da concessão, cujo prazo remanescente tem vencimento em outubro de 2036,

e o efeito no resultado no exercício de 2007 foi de R$ 754 (R$ 566 em 2006)

b) Ágio – Copel Empreendimentos

A aquisição das ações da Copel Empreendimentos Ltda., em 31.05.2006, cuja razão social era El

Paso Empreendimentos e Participações Ltda., holding da UEG Araucária Ltda., da qual possui

60% do capital social, gerou ágio líquido de R$ 53.954, que, em 31.12.2007, representa um saldo

de R$ 51.609. O fundamento econômico para amortização linear foi a expectativa de resultado

futuro da operação comercial da concessão, cujo prazo restante tem vencimento em dezembro de

2029, e o efeito no resultado no exercício de 2007 foi de R$ 2.346.

c) Mutação do Intangível

Saldos em serviço em curso Consolidado

Em 31 de dezembro de 2005 32.299 33.703 66.002

Consolidação do intangível da UEG Araucária 16 - 16

Programa de investimentos - 59.513 59.513 Capitalizações 3.040 (3.040) - Quotas de amortização (3.068) (566) (3.634)

Baixas (126) - (126) Transferências entre o imobilizado tangível (147) (4.826) (4.973)

Em 31 de dezembro de 2006 32.014 84.784 116.798

Programa de investimentos - 4.406 4.406 Capitalizações 7.966 (7.966) -

Quotas de amortização (3.664) (3.100) (6.764) Baixas (447) - (447) Transferências entre o imobilizado tangível 198 (1.606) (1.408)

Em 31 de dezembro de 2007 36.067 76.518 112.585

Intangível

20 EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS

As composições dos saldos de empréstimos e financiamentos consolidados e da controladora são

as seguintes:

Consolidado . Passivo Passivo

circulante não circulante

2007 2006 2007 2006

Principal Encargos Total Total

Moeda estrangeira

BID (a) 17.623 1.185 18.808 22.084 43.898 71.380

STN (b) 6.441 1.161 7.602 9.243 70.432 92.787 Banco do Brasil S.A. (c) 3.918 165 4.083 4.723 3.919 8.884 Eletrobrás (d) 5 - 5 6 33 46

27.987 2.511 30.498 36.056 118.282 173.097

Moeda nacional

Eletrobrás (d) 41.405 1.691 43.096 47.552 272.798 290.095 Eletrobrás - Elejor (e) - - - - 94.709 114.469 BNDES - Compagas (f) 6.328 - 6.328 6.418 19.029 25.725

Banco do Brasil S.A. (c) 137 12.625 12.762 126 330.450 920 47.870 14.316 62.186 54.096 716.986 431.209

75.857 16.827 92.684 90.152 835.268 604.306

Controladora . Passivo Passivo

circulante não circulante

2007 2006 2007 2006

Principal Encargos Total Total

Moeda estrangeira

STN (b) 6.441 1.161 7.602 9.243 70.432 92.787 .Moeda nacional

Banco do Brasil S.A. (c) - 12.621 12.621 - 329.600 -

6.441 13.782 20.223 9.243 400.032 92.787

Composição dos empréstimos e financiamentos por tipo de moeda e indexador:

.

Moeda (equivalente em R$) / Indexador

2007 % 2006 %

Moeda estrangeira

Dólar norte-americano 78.072 8,41 102.082 14,70

Yen 8.002 0,86 13.607 1,96

Cesta de moedas do BID 62.706 6,76 93.464 13,46

148.780 16,03 209.153 30,12

Moeda nacional

URTJLP 23.242 2,50 28.951 4,17 IGP-M 95.639 10,31 115.450 16,62

Ufir 41.531 4,48 31.675 4,56

Finel 274.363 29,57 305.972 44,06

UMBND 2.176 0,23 3.257 0,47

CDI 342.221 36,88 - -

779.172 83,97 485.305 69,88

927.952 100,00 694.458 100,00

Consolidado

Variação das principais moedas estrangeiras e indexadores aplicados aos empréstimos e

financiamentos:

.

Moeda/Indexador . Variação (%)

2007 2006Dólar norte-americano (17,15) (8,66)

Yen (11,78) (9,47)Cesta de moedas do BID 3,94 2,09

URTJLP 0,36 1,79TJLP 6,47 7,96

IGP-M 7,75 3,83

Finel 1,51 0,76UMBND (17,02) (8,50)CDI (15,05) (26,87)

Vencimentos das parcelas de longo prazo:

Moeda Moeda

estrangeira nacional

2007 2006

2008 - - - 76.387 2009 25.817 43.013 68.830 79.827 2010 22.498 41.758 64.256 80.461 2011 13.721 58.229 71.950 70.257

2012 4.940 51.946 56.886 52.090 2013 2.615 51.901 54.516 50.435 2014 1.310 381.379 382.689 48.893

2015 - 51.739 51.739 47.417 2016 - 31.637 31.637 31.657

2017 - 3.106 3.106 8.561 2018 - 2.115 2.115 941 2019 - 114 114 115

2020 - 49 49 66 após 2020 47.381 - 47.381 57.199

118.282 716.986 835.268 604.306

Consolidado

Mutação de empréstimos e financiamentos:

Total

Saldos Circulante Não circulante Circulante Não circulante Consolidado

Em 31 de dezembro de 2005 40.470 223.338 58.783 444.402 766.993

Ingressos - - - 16.937 16.937

Encargos 12.263 - 28.739 - 41.002

Variação monetária e cambial (2.369) (17.144) 162 21.773 2.422

Transferências 33.097 (33.097) 51.903 (51.903) -

Amortizações (47.405) - (85.491) - (132.896)

Em 31 de dezembro de 2006 36.056 173.097 54.096 431.209 694.458

Ingressos - - - 346.592 346.592

Encargos capitalizados - - - 12.129 12.129

Encargos 9.613 - 55.907 2.398 67.918

Variação monetária e cambial (4.591) (24.756) 353 10.962 (18.032)

Transferências 30.059 (30.059) 86.304 (86.304) -

Amortizações (40.639) - (134.474) - (175.113)

Em 31 de dezembro de 2007 30.498 118.282 62.186 716.986 927.952

Moeda estrangeira Moeda nacional

a) Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID

Empréstimo para a Usina Hidrelétrica de Segredo e Derivação do Rio Jordão, liberado a partir de

15.01.1991, totalizando US$ 135.000. A dívida é amortizada semestralmente, com vencimento

final em janeiro de 2011. Os juros são calculados de acordo com a taxa de captação do BID, a

qual, para o segundo semestre de 2007, foi de 4,16% a.a. O contrato tem as seguintes cláusulas,

prevendo rescisão:

1) Inadimplemento, por parte do mutuário de qualquer outra obrigação estipulada no contrato ou

contratos subscritos com o Banco para financiamento para o projeto;

2) A retirada ou suspensão, como membro do BID, da República Federativa do Brasil;

3) Inadimplemento, por parte do fiador, se houver, de qualquer obrigação estipulada no contrato

de garantia;

4) Quando a relação entre o seu ativo circulante e o total dos seus financiamentos comerciais e

bancários de curto prazo, excluídas a parte corrente da dívida de longo prazo e os dividendos

a serem reinvestidos, seja inferior a 1,2; e

5) Quando a relação entre sua dívida de longo prazo e o seu patrimônio exceder a 0,9.

Neste contrato foi concedida fiança do Governo Federal e garantias hipotecária e fiduciária.

b) Secretaria do Tesouro Nacional - STN

A reestruturação da dívida de médio e longo prazo, assinada em 20.05.1998, referente aos

financiamentos sob amparo da Lei nº 4.131/62, está demonstrada no quadro a seguir:

Prazo Vencimento Carência

Tipo de bônus (anos) final (anos)

2007 2006

Par Bond 30 15.04.2024 30 28.294 34.137

Capitalization Bond 20 15.04.2014 10 15.703 21.858 Debt Conversion Bond 18 15.04.2012 10 12.133 17.886 Discount Bond 30 15.04.2024 30 19.755 23.829 New Money Bonds 15 15.04.2009 7 1.067 2.144 Flirb 15 15.04.2009 9 1.082 2.176

78.034 102.030

Consolidado

As taxas de juros praticadas e as amortizações são as seguintes:

.

Tipo de bônus Taxas de juros anuais (%) Amortizações

Par Bond 6,0 única

Capitalization Bond 8,0 semestralDebt Conversion Bond Libor semestral + 0,8750 semestralDiscount Bond Libor semestral + 0,8125 única

New Money Bonds Libor semestral + 0,8750 semestralFlirb Libor semestral + 0,8125 semestral

Em garantia a esse contrato, a Companhia cedeu e transferiu à União, condicionado ao

inadimplemento de qualquer parcela do financiamento, os créditos que forem feitos à sua conta

corrente bancária centralizadora da arrecadação das suas receitas próprias, até o limite suficiente

para pagamento das prestações e demais encargos devidos em cada vencimento. Nos bônus

Discount Bond e Par Bond existem garantias depositadas, nos valores de R$ 9.246 e R$ 13.177

(R$ 10.159 e R$ 14.471, em 31.12.2006), respectivamente, contabilizadas na conta cauções e

depósitos vinculados, no ativo não circulante (NE nº 13).

c) Banco do Brasil S.A.

A Companhia possui os seguintes contratos:

1) Contratos com recursos em iene, para a subestação isolada a gás de Salto Caxias,

amortizáveis em 20 parcelas semestrais, a partir de 07.03.2000, com juros de 2,8% a.a. e

comissão de repasse de 3,8% a.a. A garantia é vinculada à receita própria;

2) Contrato particular de cessão de crédito com a União, através do Banco do Brasil S.A.,

assinado em 30.03.1994, amortizável em 240 parcelas mensais pelo sistema price, a partir de

1º.04.1994, com atualização mensal pela Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP e Índice Geral

de Preços de Mercado - IGPM e taxa de juros de 5,098% a.a.. A garantia é vinculada à receita

própria; e

3) A Controladora possui as notas de crédito relacionadas a seguir.

Data da Vencimento Encargos financeiros

Notas de crédito emissão do principal vencíveis semestralmente R$

Comercial nº 330.600.129 31.01.2007 31.01.2014 106,5% da taxa média do CDI 29.000 Industrial nº 330.600.132 28.02.2007 28.02.2014 106,2% da taxa média do CDI 231.000

Industrial nº 330.600.151 31.07.2007 31.07.2014 106,5% da taxa média do CDI 18.000 Industrial nº 330.600.156 28.08.2007 28.08.2014 106,5% da taxa média do CDI 14.348 Industrial nº 330.600.157 31.08.2007 31.08.2014 106,5% da taxa média do CDI 37.252

329.600

Como garantia, foi dada autorização ao Banco do Brasil aplicar, na cobertura parcial ou total do

saldo devedor apresentado na conta de abertura de crédito, quaisquer importâncias levadas, a

qualquer título, a crédito da conta depósitos. Foi autorizado, também em caráter irrevogável e

irretratável, independente de prévio aviso, proceder à compensação entre o crédito do banco,

correspondente ao saldo devedor apresentado na conta de abertura de crédito, e os créditos de

qualquer natureza que a Companhia tenha ou venha a ter junto ao Banco do Brasil.

d) Eletrobrás

Empréstimos originados de recursos do Fundo de Financiamento da Eletrobrás – Finel e da RGR,

para expansão dos sistemas de geração, transmissão e distribuição. A amortização dos contratos

vincendos iniciou em fevereiro de 1999, e o último pagamento está previsto para agosto de 2021.

Os juros de 5,5% a 6,5% a.a. e o principal são amortizados mensalmente, atualizados pelo índice

do Finel e da Unidade Fiscal de Referência - Ufir. A Copel recebeu o montante de R$ 29.736,

deste R$ 16.992 em 2007, para aplicação no Programa Luz para Todos, proveniente de recursos

da RGR, referente ao contrato ECFS-142/2006, assinado em 11.05.2006, com carência de 24

meses e amortização em 120 parcelas mensais com vencimento final em 30.09.2020.

A garantia é representada pela receita própria da Controladora e da Copel Distribuição.

e) Eletrobrás - Elejor

Para efeitos de apresentação das demonstrações contábeis consolidadas, o valor das ações a

serem resgatadas pela Elejor, acrescido dos encargos financeiros, foi reclassificado de

participação de acionistas não controladores para empréstimos e financiamentos, no passivo não

circulante.

O saldo apresentado refere-se à integralização de 59.900 ações preferenciais resgatáveis da

Elejor detidas pela Eletrobrás, que totalizaram R$ 59.900, as quais deverão ser readquiridas pela

emissora (Elejor) em 32 parcelas trimestrais e consecutivas de 1.871.875 ações a partir do 24º

mês do início da operação comercial do empreendimento, caracterizada pela operação comercial

da última unidade geradora, ocorrida em 31.08.2006. Assim, o primeiro pagamento será em

setembro de 2008, devendo os valores integralizados serem atualizados pela aplicação do

IGPM/FGV, pro rata temporis, entre a data de integralização das ações e a data do pagamento

das respectivas parcelas, acrescidos da remuneração de capital de 12% a.a., pro rata temporis.

Em agosto de 2007, houve antecipação de 9 parcelas de 1.871.875 ações, correspondente a

R$ 20.385, e pagamento de encargos financeiros no valor R$ 18.725, totalizando R$ 39.110.

f) BNDES - Compagas

O saldo do BNDES é composto por quatro contratos da Compagas assinados em 14.12.2001,

amortizáveis em 99 parcelas mensais, com juros de 4% a.a., sendo 2% para aquisição de

máquinas e equipamentos, indexados pela TJLP (limitada a 6% a.a.) e 2% para obras, instalações

e serviços, indexados pela Unidade Monetária do BNDES - UMBND.

A garantia do financiamento está vinculada aos recebíveis da Compagas pelo fornecimento de

gás, que devem ser exclusivamente recebidos através de uma conta corrente mantida no Banco

Itaú S/A.

21 DEBÊNTURES

A composição de debêntures é a seguinte:

Passivo Passivo

circulante não circulante 2007 2006 2007 2006

Principal Encargos Total Total Controladora (a) 133.320 35.279 168.599 185.075 733.360 866.680 Copel Distribuição (b) - - - 637.329 - - Elejor (c) - 3.228 3.228 15.951 269.314 262.550

133.320 38.507 171.827 838.355 1.002.674 1.129.230

Vencimento das parcelas de longo prazo:

.

2007 2006

2008 - 133.340 2009 156.148 155.667 2010 42.123 41.103 2011 646.037 644.880

2012 46.037 44.880 2013 46.037 44.880 2014 42.998 41.903

2015 20.164 19.554 2016 3.130 3.023

1.002.674 1.129.230

Consolidado

A mutação das debêntures é a seguinte:

Passivo Passivo Total

Saldos circulante não circulante Consolidado

Em 31 de dezembro de 2005 115.703 1.226.525 1.342.228 Ingressos - 600.000 600.000 Encargos 190.374 - 190.374

Variação monetária 13.436 22.792 36.228 Transferências 720.087 (720.087) -

Amortizações (201.245) - (201.245)

Em 31 de dezembro de 2006 838.355 1.129.230 1.967.585

Encargos 138.112 - 138.112 Variação monetária 3.784 12.302 16.086

Transferências 138.858 (138.858) - Amortizações (947.282) - (947.282)

Em 31 de dezembro de 2007 171.827 1.002.674 1.174.501

a) Debêntures Companhia

1) 4ª Emissão de Debêntures

A emissão em série única de 60 mil debêntures constituiu a quarta emissão simples realizada pela

Companhia, em 1º.09.2006, no valor de R$ 600.000, concluída em 06.10.2006, com subscrição

integral no valor total de R$ 607.899, com prazo de vigência de cinco anos a contar da data de

emissão e vencimento final, em série única, em 1º.09.2011. A espécie das debêntures é simples,

não conversíveis em ações, escriturais, nominativas e sem garantia

A título de remuneração sobre o valor nominal das debêntures, incidirão juros remuneratórios

correspondentes a 104% da taxa Depósitos Interfinanceiros de um dia – DI over, extragrupo,

expressa na forma de percentual ao ano, base 252 dias úteis, calculada e divulgada diariamente

pela Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos - Cetip (à taxa DI), calculada de

forma exponencial e cumulativa pro rata temporis por dias úteis decorridos. A remuneração

correspondente ao período de capitalização será devida e paga semestralmente, sendo o primeiro

vencimento em 1º.03.2007 e o último em 1º.09.2011. Não haverá repactuação das debêntures.

Os recursos captados com a distribuição pública das debêntures foram destinados ao

alongamento do perfil da dívida da Emissora, por meio de pagamento de suas obrigações

financeiras, bem como ao reforço de seu caixa. Os recursos provenientes da emissão foram

utilizados na liquidação financeira de 1/3 do valor principal das debêntures da 3ª emissão da

emissora, com vencimento em 1º.02.2007, e na quitação do principal das debêntures da 2ª

emissão da emissora, com vencimento em 1º.03.2007.

2) 3ª Emissão de Debêntures

A emissão em série única de 40 mil debêntures constitui a 3ª emissão de debêntures simples,

concluída em 09.05.2005, com subscrição integral no valor total de R$ 400.000, com prazo de

vigência de 4 anos e vencimento final em 2009, sendo a primeira amortização, de 1/3, em

1º.02.2007, a segunda, de 1/3, em 1º.02.2008 e a terceira, de 1/3, em 1º.02.2009.

A espécie das debêntures é simples, não conversíveis em ações, escriturais e nominativas e com

garantia real. Os recursos foram destinados ao pagamento de títulos emitidos no mercado

internacional (euronotas) pela emissora, em 02.05.1997, cujo vencimento ocorreu em 02.05.2005,

no valor de US$ 150.000.

A garantia dada é a movimentação da conta corrente da Copel Geração e Transmissão com o

Banco do Brasil S.A., na qual serão depositados todos e quaisquer recursos recebidos ou

creditados pela Copel Geração por força dos contratos de comercialização de energia, atuais e

futuros.

A título de remuneração sobre o valor nominal das debêntures, deduzidas as amortizações

realizadas e pagas anteriormente, incidirão juros remuneratórios correspondentes a 115% da taxa

média dos Depósitos Interfinanceiros de um dia - DIs, extragrupo, expressa na forma de

percentual ao ano, base 252 dias úteis, calculada e divulgada diariamente pela Cetip (à taxa DI),

calculada de forma exponencial e cumulativa pro-rata temporis por dias úteis decorridos. A

remuneração correspondente aos períodos de capitalização será devida e paga semestralmente,

sendo o primeiro vencimento em 1º.08.2005 e o último em 1º.02.2009. Não haverá repactuação

das debêntures.

A escritura das debêntures citadas contém cláusulas de vencimento antecipado em determinadas

condições.

b) Debêntures – Copel Distribuição

Emissão de debêntures simples, concluída em 09.05.2002, com subscrição integral no valor total

de R$ 500.000, dividida em 3 séries (R$ 100.000, R$ 100.000 e R$ 300.000, respectivamente),

com prazo de vigência de 5 anos, vencidas e liquidadas em 1º.03.2007.

c) Debêntures – Elejor

O contrato da primeira emissão de debêntures da Elejor foi realizado com a BNDES Participações

S.A. – BNDESPAR, com interveniência da Copel Participações, denominada “Acionista

Garantidora” com a Copel.

Os recursos captados apresentam as seguintes finalidades:

1) Investimentos no Complexo Energético Fundão-Santa Clara, no rio Jordão, no Estado do

Paraná;

2) Investimentos em duas pequenas centrais hidrelétricas, PCH Santa Clara I e PCH Fundão;

3) Pagamento de 50% dos valores aportados entre 1º.07.2004 e 30.09.2004, conforme contrato

de mútuo celebrado em 07.04.2004 com a Acionista Garantidora;

4) Pagamento integral dos aportes de recursos realizados pela Acionista Garantidora no período

de 1º.10.2004 até a data da primeira integralização das debêntures;

5) Pagamento de despesas operacionais inerentes à atividade social da emissora, inclusive

aquisição de energia elétrica para suprimento de compromisso de fornecimento; e

6) Financiamento dos programas socioambientais relacionados à realização dos investimentos

no Complexo Energético Fundão-Santa Clara.

Foram emitidas 1.000 debêntures, sob forma escritural e sem emissão de cautelas ou certificados.

A emissão foi em duas séries, a primeira de 660 e a segunda de 340. As duas séries foram

nominativas, conversíveis em ações ordinárias e preferenciais da classe “C”, a critério dos

debenturistas.

O valor total da emissão foi de R$ 255.626. As debêntures tiveram valor nominal unitário de

R$ 256 na data da emissão, 15.02.2005. As debêntures terão seu valor nominal atualizado

segundo a variação da TJLP.

A primeira série tem vencimento final em 15.02.2015. O período de carência do principal é de 48

meses contados da emissão, a partir do qual a amortização dar-se-á em 24 parcelas trimestrais na

forma da escritura. A primeira amortização ocorrerá em 15.05.2009.

A segunda série tem vencimento final em 15.02.2016. O período de carência do principal é de 60

meses, a partir do qual a amortização dar-se-á em 24 parcelas trimestrais, na forma da escritura.

A primeira amortização ocorrerá em 15.05.2010.

Os juros da primeira e segunda séries serão remunerados segundo a variação da TJLP, acrescido

de um spread de 4% a.a., incidente sobre o saldo devedor das séries. Os juros da primeira série

serão pagos anualmente, nos primeiros 12 meses, contados da data da emissão, e

trimestralmente durante todo o restante do prazo, sendo o primeiro vencimento em 15.02.2006 e o

último em 15.02.2015. Os juros da segunda série serão pagos anualmente nos primeiros 24

meses contados a partir da data de emissão, e trimestralmente durante todo o restante do prazo,

sendo o primeiro em 15.05.2007 e o último em 15.02.2016.

O contrato apresenta as seguintes garantias:

1) Fidejussória (carta de fiança) emitida pela Copel Participações, a qual se obriga como fiadora

e principal pagadora perante os debenturistas;

2) Penhor de direitos emergentes do contrato de concessão: nos termos dos instrumentos

particulares de vinculação de receitas e outras avenças celebrados entre a emissora, o agente

fiduciário e o banco depositário, constituiu-se penhor, em caráter irrevogável e irretratável,

com a devida autorização da Aneel; e

3) Vinculação de receitas e reserva de meios de pagamentos: por instrumento celebrado entre a

emissora, o agente fiduciário e o banco depositário, constituíam-se conta centralizadora e

conta reserva, com vigência até a final liquidação de todas as obrigações deste contrato.

A escritura das debêntures citadas contém cláusulas de vencimento antecipado em determinadas

condições.

22 FORNECEDORES

.

2007 2006

Encargos de uso da rede elétricaUso da rede básica 50.291 45.383 Transporte de energia 3.028 2.728 Uso da conexão 237 213

53.556 48.324 Suprimento de energia elétrica

Eletrobrás (Itaipu) 74.090 71.874 Furnas Centrais Elétricas S.A. 30.849 28.730

Controladora Hidro Elétrica do São Francisco - Chesf 28.430 16.721 Controladora Energética de São Paulo - Cesp 9.763 9.588 Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. - Eletronorte 8.834 4.933

Itiquira Energética S.A. 8.468 7.386 Rio Pedrinho Energética S.A. e Consórcio Salto Natal Energética S.A. 8.293 6.855 Dona Francisca Energética S.A. 4.567 4.413

Companhia Energética de Minas Gerais - Cemig 4.052 3.774 Concessionárias - CCEE (NE nº 35) 1.229 1.248 Cia. de Interconexão Energética - Cien - 63.000 Cia. de Interconexão Energética - Cien - NC - 62.862

Outras concessionárias 14.523 12.781 193.098 294.165

Materiais e serviços Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras - aquisição de gás pela Compagas 21.031 37.871 Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras - repactuação - NC (a) 190.394 170.183 Outros fornecedores 98.825 74.721

Outros fornecedores - NC - 1.167 310.250 283.942

556.904 626.431

Circulante 366.510 392.219

Não circulante - NC 190.394 234.212

Consolidado

a) Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras.

Em 06.03.2006, a Copel assinou acordo com a Petrobras, visando equacionar as pendências

referentes ao contrato de gás para a Usina Termelétrica de Araucária. O acordo consistiu na

assinatura de Contrato de Transação Extrajudicial pelo qual a Copel Geração e Transmissão,

tendo a Copel como devedora solidária, confessou dívida de R$ 150.000 para com a Petrobras,

esta na qualidade de cessionária dos créditos da Compagas junto à Copel Geração, a ser paga

em 60 parcelas mensais, a partir de janeiro de 2010, sendo os valores corrigidos pela taxa Selic.

Em 30.05.2006, a Copel Geração assinou Termo de Ratificação de Quitação Mútua com a

Compagas, no qual as partes dão-se plena, geral, rasa, irrevogável e irretratável quitação mútua

de todas as obrigações e direitos decorrentes do Contrato de Compra e Venda de Gás Natural que

celebraram entre si em 30.05.2000, rescindido em 31.05.2005, nada mais tendo a reclamar uma

contra a outra, a qualquer título, a partir da assinatura do Contrato de Transação Extrajudicial com

Confissão de Dívida que ajustaram juntamente com a Petrobras, com a participação da Copel,

remanescendo a dívida ali confessada pela Copel Geração.

Os impactos contábeis no resultado de 31.12.2006 decorrentes dessa negociação foram os

seguintes:

.

2006.

Custo - matéria prima e insumos p/ produção de energia (estorno) 298.115 Receita financeira - descontos obtidos 283.198

Despesa Financeira - multas contratuais (estorno) 72.731 Efeito tributário (232.706)

Efeito líquido no resultado 421.338

23 FOLHA DE PAGAMENTO E PROVISÕES TRABALHISTAS

.

2007 2006

Folha de pagamentoParticipação nos lucros e/ou resultados (NE nº 31.c) 54.254 52.028 Impostos e contribuições sociais 22.177 16.408 Folha de pagamento, líquida 132 426 Consignações a favor de terceiros 3 2

76.566 68.864 Provisões trabalhistas

Férias 49.390 49.394 Encargos sociais sobre férias e 13º salário 15.533 15.960 Provisões para desligamentos voluntários 4.630 -

69.553 65.354

146.119 134.218

Consolidado

24 ENCARGOS DO CONSUMIDOR A RECOLHER

.

2007 2006Conta de consumo de combustível - CCC 12.642 33.141 Conta de desenvolvimento energético - CDE 14.677 13.258 Reserva global de reversão - RGR 5.403 5.306

32.722 51.705

Consolidado

25 PESQUISA E DESENVOLVIMENTO E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

A Aneel estabeleceu critérios para aplicação de recursos em Programa de Eficiência Energética –

PEE pelas concessionárias ou permissionárias do serviço público de distribuição de energia

elétrica, de acordo com o regulamento estabelecido por aquela Agência Reguladora. Na mesma

resolução, foi aprovado o Manual do Programa de Eficiência Energética.

A Aneel também aprovou o Manual dos Programas de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico

do Setor de Energia Elétrica. Em outubro de 2006, foram estabelecidos critérios e procedimentos

para cálculo, aplicação e recolhimento, pelas concessionárias, permissionárias e autorizadas, dos

recursos a serem destinados aos projetos de Eficiência Energética e Pesquisa e Desenvolvimento,

bem como ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – FNDCT e ao

Ministério de Minas e Energia – MME, previstos na Lei nº 9.991/00.

Os saldos constituídos para aplicação em projetos de Pesquisa e Desenvolvimento e no Programa

de Eficiência Energética são compostos da seguinte forma:

. Saldo em Aplicado e Saldo a Saldo a aplicar

2007 não concluído recolher em projetos

Pesquisa e desenvolvimento - P&DFNDCT 20.157 - 20.157 - MME 10.287 - 10.287 -

P&D - projetos 75.893 15.062 - 60.831 106.337 15.062 30.444 60.831

Programa de eficiência energética - PEE 78.943 22.728 - 56.215

185.280 37.790 30.444 117.046

A mutação dos saldos está apresentada a seguir:

.

Consolidado Constituição Selic Baixas Consolidado 2006 2007

Pesquisa e desenvolvimento - P&DFNDCT 22.058 15.994 - (17.895) 20.157 MME 29.581 7.998 - (27.292) 10.287

P&D - projetos 59.881 15.994 6.126 (6.108) 75.893 111.520 39.986 6.126 (51.295) 106.337

Programa de eficiência energética - PEE 62.796 16.361 5.139 (5.353) 78.943

174.316 56.347 11.265 (56.648) 185.280

26 OUTRAS CONTAS A PAGAR

.

2007 2006

Passivo circulanteEncargo da concessão - outorga Aneel 27.084 29.489

Taxa de iluminação pública arrecadada 16.320 16.796 Compensação financeira - recursos hídricos 13.155 7.073 Devolução - Participação Financeira do Consumidor - (ERD) 12.284 -

Auxílio alimentação/refeição 3.703 - Indenização Comunidade Indígena Apucaraninha 2.240 2.240

Consumidores e revendedores 1.633 5.024 Taxa de fiscalização - Aneel 1.380 1.324 Outras obrigações 7.666 5.820

85.465 67.766

Passivo não circulanteIndenização Comunidade Indígena Apucaraninha 6.720 8.960 Outras obrigações - 1

6.720 8.961

Consolidado

27 PROVISÕES PARA CONTINGÊNCIAS

A Companhia responde por diversos processos judiciais de natureza trabalhista, tributária e cível,

perante diferentes tribunais e instâncias. A Administração da Companhia, fundamentada na

opinião de seus assessores legais, mantém provisão para contingências sobre as causas cuja

probabilidade de perda é considerada provável.

Os saldos das provisões para contingências, líquidos dos depósitos judiciais vinculados são os

seguintes:

Consolidado Depósitos Provisão Provisão

Contingências judiciais líquida líquida

2007 2006

Trabalhistas (a) 102.474 (22.382) 80.092 77.321

Regulatórias (b) 2.169 - 2.169 2.083

Cíveis:Fornecedores (c) 49.954 - 49.954 49.074

Cíveis e direito administrativo (d) 15.975 (1.263) 14.712 12.346 Servidões de passagem (e) 16.070 - 16.070 15.011 Desapropriações e patrimoniais (e) 107.083 - 107.083 9.119

Consumidores (f) 6.523 (96) 6.427 11.033 Ambientais (g) 163 - 163 156

195.768 (1.359) 194.409 96.739 Fiscais:

Tributárias (h) 92.488 (26.719) 65.769 46.112 Pasep (i) 14.776 (14.558) 218 218

Cofins (j) 171.613 - 171.613 -

278.877 (41.277) 237.600 46.330

579.288 (65.018) 514.270 222.473

Controladora Depósitos Provisão Provisão

Contingências judiciais líquida líquida

2007 2006

Cíveis (d) 16 - 16 15

Fiscais:Tributárias (h) 61.290 (26.720) 34.570 24.049

Pasep (i) 14.776 (14.558) 218 218 Cofins (j) 171.613 - 171.613 -

247.679 (41.278) 206.401 24.267

247.695 (41.278) 206.417 24.282

As mutações das provisões são as seguintes:

Consolidado Saldo Saldo

Provisão Constituições Reversões Quitações Provisão

2006 2007

Trabalhistas 88.027 57.281 (11.772) (31.062) 102.474

Regulatórias 2.083 86 - - 2.169

Cíveis:Fornecedores 49.074 983 (103) - 49.954 Servidões de passagem 15.011 13.334 (12.266) (9) 16.070

Cíveis e direito administrativo 12.731 6.106 (1.127) (1.735) 15.975 Consumidores 11.065 772 (4.919) (395) 6.523 Desapropriações e patrimoniais 9.119 99.596 (1.632) - 107.083 Ambientais 156 7 - - 163

97.156 120.798 (20.047) (2.139) 195.768 Fiscais:

Tributárias 55.879 40.149 (3.540) - 92.488 Pasep 14.562 214 - - 14.776

Cofins - 171.613 - - 171.613

70.441 211.976 (3.540) - 278.877

257.707 390.141 (35.359) (33.201) 579.288

Controladora Saldo Saldo

Provisão Constituições Reversões Provisão

2006 2007

Cíveis 15 1 - 16

Fiscais:Tributárias 33.816 31.002 (3.528) 61.290

Pasep 14.562 214 - 14.776 Cofins - 171.613 - 171.613

48.378 202.829 (3.528) 247.679

48.393 202.830 (3.528) 247.695

As causas classificadas como de perda possível, estimadas pela Companhia em 31.12.2007,

totalizaram R$ 1.631.096, distribuídas em ações das seguintes naturezas: trabalhistas R$ 40.774;

regulatórias R$ 861.575; cíveis R$ 325.138; e tributárias R$ 403.609. Quanto à ação de natureza

regulatória, referente ao Despacho Aneel nº 288/2002, convém salientar serem boas as chances

de êxito da demanda judicial através da qual a Companhia visa eximir-se do encargo, conforme

opinião de seus assessores jurídicos e o consignado na NE nº 35 destas demonstrações, sob o

título Câmara de Comercialização de Energia - CCEE.

a) Trabalhistas

Referem-se a ações movidas por ex-empregados contra a Companhia, envolvendo cobrança de

horas-extras, periculosidade, adicional de transferência, equiparação/reenquadramento salarial e

outras e, também, ações movidas por ex-empregados de seus empreiteiros (responsabilidade

solidária) e empresas terceirizadas (responsabilidade subsidiária), envolvendo cobrança de

parcelas indenizatórias e outras. Também incluem ações de aposentados (ex-empregados da

Copel) que apresentaram reclamação trabalhista contra a Fundação Copel e causarão,

conseqüentemente, reflexos para a Companhia.

b) Regulatórias

A Companhia está discutindo nas esferas administrativa e judicial notificações do Órgão

Regulador sobre eventuais descumprimentos de normas regulatórias. O principal processo em

andamento no valor de R$ 2.077 refere-se à multa aplicada pela Aneel, por atraso em obra de

transmissão, tendo como probabilidade de perda provável no despacho do processo.

c) Rio Pedrinho Energética S.A. e Consórcio Salto Natal Energética S.A.

A Copel Distribuição discute judicialmente a validade de cláusulas e condições do contrato de

compra e venda de energia firmado com as empresas Rio Pedrinho Energética S.A. e Consórcio

Salto Natal Energética S.A., ao entendimento de que estabelecem benefícios às empresas

vendedoras, em detrimento do interesse público. Concomitantemente, as vendedoras, depois de

rescindirem o contrato, levaram o conflito para decisão da Câmara de Arbitragem da Fundação

Getúlio Vargas que condenou a Copel a pagar a multa contratual, ao entendimento de que esta

dera causa à rescisão. A Copel pleiteia judicialmente a anulação dessa decisão.

A Administração, em razão da estimativa da probabilidade de perda provável julgada pelos

assessores jurídicos, com base nas informações disponíveis e do estágio atual dos processos,

decidiu por constituir provisão para contingências no valor original da dívida atualizado

monetariamente de acordo com as condições contratuais originais, o qual representa em

31.12.2007 o valor de R$ 49.954.

d) Cíveis e direito administrativo

Ações pleiteando indenização por acidentes com a rede de distribuição de energia elétrica e

acidentes com veículos.

e) Servidões de passagem, desapropriações e patrimoniais

O contencioso patrimonial da Copel é constituído principalmente pelas ações de desapropriações,

que impõem pagamentos a título de indenizações e que são sempre obrigatórias em função de

preceito constitucional que obriga à justa e prévia indenização em dinheiro pelo desapossamento

compulsório de áreas pela Administração Pública.

Ivaí Engenharia de Obras S.A.

Em ação de cobrança proposta pela empresa Ivaí Engenharia de Obras S.A., a Copel foi

condenada a pagar a quantia compensatória de suposto desequilíbrio da equação econômico-

financeira do Contrato D-01, que tinha por objeto a execução de obras de derivação do rio Jordão,

no valor de R$ 180.917. A Copel recorreu e obteve sucesso parcial com a rejeição da cumulação

da taxa Selic com os juros moratórios. A Copel continuará a discutir judicialmente a exigência,

valendo-se dos recursos que o processo lhe assegura.

A Copel, levando em conta a avaliação da sua Diretoria Jurídica, que considera a probabilidade de

perda no valor de R$ 101.904, a contabilizou em Provisões para Contingências Patrimoniais.

f) Consumidores

Ações pleiteando ressarcimento de danos causados em aparelhos eletrodomésticos, indenizações

por dano moral decorrente da prestação do serviço (por exemplo, suspensão do fornecimento) e

ações movidas por consumidores industriais questionando a legalidade da majoração da tarifa de

energia elétrica ocorrida na vigência do Plano Cruzado e pleiteando restituição de valores

envolvidos. A Companhia constituiu provisão tomando por base o diferencial de alíquota, cobrada

dos consumidores industriais, no período de março a novembro de 1986, acrescida de encargos

financeiros, cujos montantes são considerados suficientes.

g) Ambientais

O contencioso ambiental judicial da Copel e de suas Subsidiárias refere-se, basicamente, a ações

civis públicas e ações populares, que têm como finalidade obstaculizar o andamento de

licenciamento ambiental de novos projetos ou a recuperação de áreas de preservação permanente

no entorno dos reservatórios das usinas hidrelétricas utilizadas indevidamente por particulares. Em

caso de eventual condenação, estima-se somente o custo da elaboração de novos estudos

ambientais e o custo de recuperação das áreas de propriedade da Copel.

h) Tributárias

1) Imposto sobre serviços - ISS

As principais discussões referem-se a autuações fiscais lavradas em face da Companhia, por

conta da eventual ausência de retenção do ISS na qualidade de tomadora do serviço contratado

junto à terceiros.

2) Imposto sobre circulação de mercadorias - ICMS

No que tange ao ICMS, a grande maioria das discussões envolvem a propositura de ação judicial

pelos consumidores do Grupo A contra a inclusão da demanda contratada na base de cálculo do

ICMS.

Todavia, em quase todos esses processos, o Judiciário tem excluído a Companhia do pólo

passivo da ação, mantendo apenas o Estado do Paraná como legitimado passivo por responder

por eventual repetição de valores de ICMS cobrados indevidamente, sobre a demanda contratada

de energia.

3) Imposto sobre propriedade predial e territorial urbana - IPTU

A Companhia discute administrativamente e judicialmente a incidência de IPTU sobre seus bens

vinculados à concessão, ao argumento de que são imunes a impostos. Adicionalmente tem obtido

sucesso em algumas execuções fiscais movidas pelos municípios do Estado do Paraná contra a

Companhia.

4) Contribuições previdenciárias

No que se refere às contribuições previdenciárias, as demandas judiciais e administrativas

envolvem uma gama bastante variada de discussões.

Em síntese, porém, pode-se dizer que a maioria das questões discutidas administrativa ou

judicialmente envolvem a posição da Copel como responsável solidária, por eventual ausência de

recolhimento de contribuições previdenciárias devidas por serviços prestados por terceiros

contratados pela Companhia.

5) Imposto sobre a propriedade territorial rural - ITR

As discussões de ITR envolvem, basicamente, o questionamento da incidência deste tributo sobre

as áreas alagadas decorrentes da construção de usinas hidrelétricas, bem como sobre as áreas

atualmente de posse de assentados por força de programas de reassentamento, também

decorrentes de construção de usinas hidrelétricas.

6) Contribuição de intervenção no domínio econômico – Cide/Fust

A Companhia impugnou administrativamente cinco Notificações de Lançamento lavradas pela

Anatel, pretendendo a cobrança de pretenso débito complementar a título de Fundo de

Universalização dos Serviços de Telecomunicações – Fust de janeiro a junho de 2006.

A Companhia (no caso, a Copel Telecomunicações) demonstra que a base de cálculo apurada

para o recolhimento do Fust está correta, de acordo com o contido na legislação, não havendo

falar-se em débito complementar.

i) PIS/Pasep

As contingências com PIS/Pasep encontram-se em discussão na esfera administrativa e estão

suportados por depósitos judiciais.

j) Cofins

A Copel não recolhia a Cofins sobre o faturamento resultante da venda de energia elétrica,

amparada por decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, transitada em julgado no dia

18.08.1998, que lhe reconhecera a imunidade prevista na Constituição Federal. A ação rescisória,

proposta pela União em agosto de 2000 foi extinta pelo TRF da 4ª Região, ao fundamento de que

já ocorrera a decadência do direito de propor tal ação. O recurso especial interposto pela União

perante o Superior Tribunal de Justiça não mereceu provimento por aquele Tribunal. Diante disso,

fez-se a reversão da provisão que havia sido constituída, diante do parecer do advogado da causa

que considerava remota a probabilidade de desembolso de importâncias a título de Cofins. No

final do ano passado, todavia, o Superior Tribunal de Justiça, contrariando todas as previsões,

acolheu embargos de declaração da União e, decidindo que não ocorrera a decadência,

determinou o retorno dos autos ao TRF da 4ª Região, para o julgamento da ação rescisória.

Embora a decisão ainda não seja definitiva, pois a Copel dela recorre, o entendimento do

advogado da causa é no sentido de que o risco de perda deixou de ser remoto, passando a ser

provável. Diante disso, a Companhia constituiu provisão correspondente ao montante atualizado,

do principal e acessórios, de R$ 171.613, já excluídos os créditos tributários cuja exigibilidade já

está atingida pela decadência.

28 PATRIMÔNIO LÍQUIDO

a) Capital social

O capital social integralizado, em 31.12.2007, monta a R$ 4.460.000 e sua composição por ações

(sem valor nominal) e principais acionistas é a seguinte:

Número de ações em unidades

Acionistas Preferenciais "A" Preferenciais "B" Total

% % % %

Estado do Paraná 85.028.598 58,63 - - 13.639 0,01 85.042.237 31,08

BNDESPAR 38.298.775 26,41 - - 27.282.006 21,28 65.580.781 23,97 Eletrobrás 1.530.774 1,06 - - - - 1.530.774 0,56

Custódias em bolsa: Bovespa (1) 15.301.660 10,55 125.588 31,53 69.066.153 53,86 84.493.401 30,87 NYSE (2)

4.311.133 2,97 - 31.657.854 24,69 35.968.987 13,14 Latibex (3) - - - - 87.738 0,07 87.738 0,03

Prefeituras 184.292 0,13 14.711 3,69 - - 199.003 0,08 Outros 375.848 0,25 258.043 64,78 118.563 0,09 752.454 0,27

145.031.080 100,00 398.342 100,00 128.225.953 100,00 273.655.375 100,00 (1) Bolsa de Valores de São Paulo(2) Bolsa de Valores de Nova Iorque(3) Mercado de Valores Latino Americano em Euros, vinculado à Bolsa de Valores de Madrid

Ordinárias

Em 06.08.2007, as ações da Copel foram grupadas à razão de 1.000 para 1 ação, a negociação

em lote padrão de 100 ações e cotação unitária.

Nas Assembléias Gerais, cada ação ordinária dá direito a um voto.

As ações preferenciais classe “A” não possuem direito a voto, porém detêm prioridade no

reembolso do capital e direito ao recebimento de dividendos de 10% ao ano, não cumulativos,

calculados sobre o capital representado pelas ações dessa classe.

As ações preferenciais classe “B” não possuem direito a voto, mas terão prioridade na distribuição

de dividendos mínimos, calculados com base em 25% do lucro líquido ajustado, de acordo com a

legislação societária e o estatuto da Companhia. Os dividendos assegurados à classe “B” serão

prioritários apenas em relação às ações ordinárias e somente serão pagos à conta dos lucros

remanescentes, depois de pagos os dividendos prioritários das ações preferenciais classe “A”.

De acordo com o artigo 17 e seus parágrafos, da Lei nº 6.404/1976, os dividendos atribuídos às

ações preferenciais são, no mínimo, 10% maiores do que os atribuídos às ações ordinárias.

b) Reservas de capital

.

2007 2006

Doações e subvenções para investimentos 702 702 Conta de resultados a compensar - CRC 790.555 790.555 Incentivos fiscais - Finam 47.083 26.036

838.340 817.293

Controladora

c) Reservas de lucros

.

2007 2006

Reserva legal 323.653 268.323 Reserva para investimentos 1.614.184 1.415.654

1.937.837 1.683.977

Controladora

A reserva legal é constituída com base em 5% do lucro líquido do exercício, antes de qualquer

destinação, limitada a 20% do capital social.

A reserva para investimentos visa à cobertura do programa de aplicações de recursos no ativo

permanente da Companhia, conforme o artigo nº 196 da Lei das Sociedades Anônimas. Sua

constituição ocorre mediante retenção do remanescente do lucro líquido do exercício, após a

reserva legal e os juros sobre o capital próprio.

A proposta de distribuição de dividendos é como segue:

.

Controladora

2007 2006

Lucro líquido do exercício 1.106.610 1.242.680 Ajustes de exercícios anteriores - (72.642) Efeitos fiscais na Copel pela opção de juros sobre o capital próprio (68.000) (41.820)

Lucro líquido do exercício sem os efeitos fiscais dos juros sobre o capital próprio 1.038.610 1.128.218 Reserva legal teórica sobre o lucro acima (51.931) (56.411)

Base de cálculo para dividendos mínimos 986.679 1.071.807 Dividendos mínimos obrigatórios (25%) 246.670 267.952 Imposto de renda retido sobre juros sobre o capital próprio 21.080 12.999 Valor do dividendo mínimo ajustado, calculado considerando o efeito do IRRF 267.750 280.951 Valor excedente ao dividendo mínimo obrigatório - - Remuneração do capital próprio apropriada 200.000 123.000

Distribuição de dividentos 67.750 157.951 Dividendos distribuídos alocados em:Ações ordinárias 135.397 142.132 Ações preferenciais classe "A" 649 566 Ações preferenciais classe "B" 131.704 138.253

Os juros sobre o capital próprio foram contabilizados em despesas financeiras, e, para efeito das

demonstrações, são apresentados como destinação do lucro líquido do exercício. No resultado do

exercício, sua reversão foi efetuada contra rubrica própria em despesas financeiras, conforme

preconiza a CVM.

29 RECEITA OPERACIONAL

.

2007 2006

Fornecimento de energia elétrica Residencial 876.287 847.444 Industrial 985.685 874.809

Comercial, serviços e outras atividades 570.418 524.875 Rural 113.720 109.057 Poder público 82.165 79.042

Iluminação pública 63.518 63.594 Serviço público 61.992 59.660 Parcela de Ajustes de Encargos da Rede (6.105) -

2.747.680 2.558.481 Suprimento de energia elétrica

Contrato de Comercialização de Energia em Ambiente Regulado - CCEAR (leilão) 721.899 634.884

Contratos bilaterais 515.656 457.843 Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE 69.239 158.015 Contratos com pequenas concessionárias 60.801 40.234

1.367.595 1.290.976 Disponibilidade da rede elétrica

Rede elétrica - tarifa de uso do sistema de distribuição - Tusd 3.193.202 3.076.662

Rede básica - tarifa de uso do sistema de transmissão - Tust (a) 141.663 148.570 Rede de conexão 764 182 Parcela de ajustes de encargos da rede (18.666) -

3.316.963 3.225.414 .

Receita de telecomunicações 63.893 58.054 .Distribuição de gás canalizado 244.080 227.081

Outras receitas operacionaisArrendamentos e aluguéis 125.768 40.865 Renda da prestação de serviços 44.900 11.783 Serviço taxado 8.393 7.639

Outras receitas 822 1.033 179.883 61.320

7.920.094 7.421.326

Consolidado

a) Rede básica – tarifa de uso do sistema de transmissão - Tust

As concessionárias de transmissão têm direito a Receita Anual Permitida (RAP), cujo valor inicial e

critérios de reajuste são estipulados no Contrato de Concessão. A Copel Geração e Transmissão

é detentora de dois contratos de concessão que possuem estruturas diferentes de formação de

receita.

O contrato de concessão nº 060/2001 regula a concessão do serviço público de transmissão de

energia elétrica para as instalações denominadas rede básica existente – RBSE, nas resoluções

posteriores expedidas pela Aneel autorizando novas instalações e reforços na rede básica

denominadas RBNI, e para as instalações de conexões e demais instalações de transmissão

denominadas RPC. Esta concessão tem o prazo de 20 anos a contar da data de publicação da Lei

nº 9.074/1995, encerrando-se em 07.07.2015. O presente contrato possui cláusula de revisão

tarifária, porém as receitas RBSE e RPC são blindadas, ou seja, não sofrem alteração até o final

da concessão.

O Contrato de Concessão nº 075/2001 que regula a concessão do serviço público de transmissão

de energia elétrica, outorgada à transmissora por Decreto em 07.08.2001, consiste na implantação

da linha de transmissão de 230 kV, com origem na subestação Bateias, no município de Campo

Largo, e término na subestação Jaguariaíva, suas respectivas entradas de linha e demais

instalações necessárias à operação da linha. O prazo da concessão é de 30 anos contados a

partir da assinatura do contrato, ou seja, finda em 17.08.2031, podendo ser prorrogado por igual

período. Este contrato não possui cláusula de revisão tarifária.

Pelo fato dos investimentos em ativos de transmissão requererem grandes inversões de capital,

possuírem um prazo de concessão em torno de 30 anos e normalmente seus financiamentos

serem amortizados nos primeiros 15 anos, ao calcular a receita anual permitida para um

empreendimento, a Aneel normalmente utiliza o perfil em degrau, ou seja, a receita do décimo

sexto ano até o final do prazo de concessão é exatamente a metade da receita do décimo quinto

ano. Estas receitas são reajustadas anualmente no mês de julho pelo IGPM, da Fundação Getúlio

Vargas.

Conforme constam nos contratos de concessão da Copel Geração e Transmissão acima descritos,

observamos a seguinte estrutura de formação das receitas ao longo do período de concessão,

bem como seus critérios de redução:

Copel Transmissão

Copel Geração e Transmissão

Total

Receita blindada. Não sofre redução até o final da

concessão, em 07.07.2015.

Receita revista na revisão tarifária.RBNI 102.431 Redução de 50% da RAP após o 15º ano da entrada

em operação de cada ativo.

Este item do contrato foi extinto com a cisão total da

Copel Transmissão. Em seu lugar, foi firmado um novocontrato de conexão no valor anual de R$ 12.430, a

ser homologado pela Aneel.

Não sofre revisão tarifária, porém há redução de

50% a partir de 17.08.2016. Final da concessão em

17.08.2031.

3.238 - 3.238 Não há critérios de redução

390.991 18.122 409.113 (1)

(1) NE nº 41: Receita operacional TRA e Disponibilidade da rede elétrica GET, em 2007.

870 10.078

RBSE 52.059

1.052 236.015

075/01 RAP

91.523

RPC 234.963

9.208

Total

Critério de redução

060/01

Outras receitas

Contrato TipoReceita em 2007

10.908

5.292 57.351

30 DEDUÇÕES DA RECEITA OPERACIONAL

.

2007 2006Tributos sobre a receita

ICMS 1.507.882 1.428.729

Cofins 415.162 448.539 PIS/Pasep 91.280 98.775 ISSQN 2.571 1.651

2.016.895 1.977.694 Encargos do consumidor

Conta de consumo de combustível - CCC 179.071 278.052 Conta de desenvolvimento energético - CDE 184.294 165.676 Reserva global de reversão - RGR 61.105 57.927

Pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética - P&D e PEE (a) 56.347 52.265 Encargos de capacidade emergencial 92 1.011

Programa de incentivo a novas fontes de energia alternativa - Proinfa 164 86 481.073 555.017

2.497.968 2.532.711

Consolidado

a) Pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética

.

Consolidado

2007 2006Programa de pesquisa e desenvolvimento - P&D 15.994 17.409 Fundo nacional de desenvolvimento científico e tecnológico - FNDCT 15.994 17.409

Programa de eficiência energética - PEE 16.360 8.743 Ministério de Minas e Energia - MME 7.999 8.704

56.347 52.265

31 CUSTOS E DESPESAS OPERACIONAIS

As composições dos custos e despesas em 2007 e 2006 são as seguintes:

Custos de Despesas Despesas Outras

Natureza dos custos e despesas bens e/ou com gerais e despesas Totalserviços vendas administ. operac. Consolidado

2007

Energia elétrica comprada para revenda (a) (1.429.417) - - - (1.429.417)

Encargos de uso da rede elétrica (b) (514.450) - - - (514.450)

Pessoal e administradores (c) (463.865) (2.263) (183.589) (649.717)

Planos previdenciário e assistencial (d) 14.169 (99) (219) - 13.851

Material (e) (50.308) (1.271) (11.639) - (63.218)

Matéria-prima e insumos para produção de

energia elétrica 8.954 - - - 8.954 Gás natural e insumos para operação de gás (132.726) - - - (132.726)

Serviços de terceiros (f) (161.319) (21.535) (58.088) - (240.942)

Depreciação e amortização (399.387) (18) (22.644) - (422.049)

Provisões e reversões (g) - 3.900 - (246.335) (242.435)

Recuperação de custos e despesas (h) 44.069 7.401 1.688 38 53.196

Outros custos e despesas (i) (55.852) (17.255) (24.339) (98.447) (195.893)

(3.140.132) (31.140) (298.830) (344.744) (3.814.846)

Custos de Despesas Despesas Outras

Natureza dos custos e despesas bens e/ou com gerais e despesas Totalserviços vendas administ. operac. Consolidado

2006

Energia elétrica comprada para revenda (a) (1.439.744) - - - (1.439.744)

Encargos de uso da rede elétrica (b) (534.780) - - - (534.780) Pessoal e administradores (c) (458.955) (2.085) (180.845) (641.885)

Planos previdenciário e assistencial (d) (44.536) (219) (28.255) - (73.010)

Material (e) (54.677) (191) (12.990) - (67.858)

Matéria-prima e insumos para produção de

energia elétrica 280.579 - - - 280.579

Gás natural e insumos para operação de gás (177.702) - - - (177.702)

Serviços de terceiros (f) (145.459) (21.381) (59.939) - (226.779)

Depreciação e amortização (353.047) (24) (19.324) - (372.395)

Provisões e reversões (g) - (65.499) - 146.167 80.668 Recuperação de custos e despesas (h) 35.210 6.282 1.131 21 42.644

Outros custos e despesas (i) (57.570) (235) (30.514) (66.641) (154.960) (2.950.681) (83.352) (330.736) 79.547 (3.285.222)

Despesas Outras

Natureza dos custos e despesas gerais e despesas Total administ. operac. Controladora

2007Administradores (c) (5.621) - (5.621) Plano assistencial (89) - (89)

Material (6) - (6) Serviços de terceiros (f) (5.249) - (5.249) Provisões e reversões (g) - (197.130) (197.130) Recuperação de despesas 196 - 196 Outras despesas (i) (1.281) - (1.281)

(12.050) (197.130) (209.180)

Despesas Despesas Outras

Natureza dos custos e despesas com gerais e despesas Total vendas administ. operac. Controladora

2006Administradores (c) - (5.354) (5.354) Plano assistencial - (73) - (73) Material - (6) - (6) Serviços de terceiros (f) - (8.042) - (8.042) Provisões e reversões (g) (5.408) - 170.956 165.548

Recuperação de despesas - 251 - 251 Outras despesas (i) - (5.752) (183) (5.935)

(5.408) (18.976) 170.773 146.389

a) Energia Elétrica Comprada para Revenda

.

2007 2006

Eletrobrás (Itaipu) 385.359 335.351 Furnas Centrais Elétricas S.A. - leilão 280.608 262.389 Controladora Hidro Elétrica do São Francisco - leilão 256.302 152.604

Cia. de Interconexão Energética - Cien 111.193 227.389 Itiquira Energética S.A. 98.175 87.658 Controladora Energética de São Paulo - leilão 93.949 87.664

Dona Francisca Energética S.A. 51.536 49.638 Câmara de Comercialização de Energia - CCEE 45.100 19.293 Programa de incentivo a novas fontes de energia alternativa - Proinfa 41.363 14.416

Excedente de energia a recuperar - leilão 3.027 6.161 Energia elétrica comprada para revenda - CVA passiva (52.250) 45.204 (-) Repactuação de contratos - Cien (100.862) -

Outras concessionárias - leilão 211.218 145.268 Outras concessionárias 4.699 6.709

1.429.417 1.439.744

Consolidado

b) Encargos de Uso da Rede Elétrica

.

2007 2006Furnas Centrais Elétricas S.A. 106.504 108.352 Cia Transmissora de Energia Elétrica Paulista - Cteep 55.549 51.111

Companhia Hidro Elétrica do São Francisco - Chesf 53.814 51.078 Centrais Elétricas do Norte do Brasil S. A. - Eletronorte 36.490 34.199 Eletrosul Centrais Elétricas S.A. 36.315 34.500

CVA - encargos 22.997 80.142 Encargos dos serviços do sistema - ESS 19.132 10.979

Companhia Energética de Minas Gerais - Cemig 18.443 19.503 Operador Nacional do Sistema - ONS 17.484 17.140 Novatrans Energia S.A. 17.160 16.985

TSN Transmissora Nordeste Sudeste de Energia S.A. 16.797 16.747 Cia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica S.A. - CEEE 15.188 14.608

Empresa Amazonense de Transmissão de Energia - Eate 14.103 13.815 ATE II Transmissora de Energia S.A. 7.917 - Empresa Norte de Transmissão de Energia S.A. - Ente 7.474 7.335

Itumbiara Transmissora de Energia Ltda - ITE 7.131 557 Expansion Transmissora de Energia Elétrica S.A. 6.702 6.486

Empresa Transmissora de Energia Oeste Ltda - Eteo 5.942 5.823 STN Sistema de Transmissão Nordeste S.A. 5.926 5.891

Outras concessionárias 47.961 39.529 Parcela ajustes encargos da rede (4.579) -

514.450 534.780

Consolidado

c) Pessoal e Administradores

.

2007 2006 2007 2006

PessoalRemunerações - - 443.906 434.479 Encargos sociais - - 143.115 145.465

- - 587.021 579.944 Auxílio alimentação e educação - - 45.675 42.535

Indenizações trabalhistas - - 8.293 8.063 Participação nos lucros e/ou resultados (1) - - 54.254 52.028

- - 695.243 682.570 (-) Transferências p/ ordens em curso - - (54.174) (49.343)

- - 641.069 633.227 Administradores

Honorários 4.615 4.398 7.250 7.312 Encargos sociais 1.006 956 1.528 1.490

5.621 5.354 8.778 8.802 (-) Transferências p/ ordens em curso - - (130) (144)

5.621 5.354 8.648 8.658

5.621 5.354 649.717 641.885

Controladora Consolidado

1) Participação nos lucros e/ou resultados

Desde 1996 a Companhia implantou o programa de participação dos empregados nos lucros ou

resultados, pago com base em acordo de metas operacionais e financeiras previamente

estabelecidas. O montante dessa participação foi provisionado como segue:

Consolidado

2007 2006

Copel Geração S.A. 13.431 8.791 Copel Transmissão S.A. - 7.844 Copel Distribuição S.A. 37.126 31.903

Copel Telecomunicações S.A. 2.831 2.691 Copel Participações S.A. (consolidado) 866 799

54.254 52.028

Conforme o Ofício Circular CVM/SNC/SEP nº 01/2007, de 14.02.2007, as participações em

resultados não referenciadas nos estatutos devem ser classificadas como custo ou despesa

operacional.

d) Planos Previdenciário e Assistencial

1) Plano de benefício previdenciário

A Companhia e suas controladas patrocinam planos de complementação de aposentadoria e

pensão (Planos Previdenciários I, II e III) e de assistências médicas e odontológicas (Plano

Assistencial) para seus empregados e dependentes legais ativos e pós-emprego.

Os planos previdenciários I e II foram estabelecidos na modalidade de benefício definido (BD)

contributivo e o plano previdenciário III (CV) foi estabelecido na modalidade de contribuição

definida (CV). Na data da aposentadoria o plano de contribuição definida (CV) torna-se uma renda

mensal vitalícia.

As parcelas de custos assumidas pelas patrocinadoras desses planos são registradas de acordo

com avaliação atuarial preparada anualmente por atuários independentes de acordo com as

regras estabelecidas pela Deliberação CVM nº 371/2000. As premissas atuariais e financeiras e

para efeitos da avaliação atuarial são discutidas com os atuários independentes e aprovadas pela

Administração das patrocinadoras.

O fluxo de pagamento das contribuições relativas aos planos previdenciários I e II, até julho de

2007, estava garantido por contrato denominado “Instrumento Particular de Ajuste das Reservas

Matemáticas dos Planos Previdenciários (Básico) e Complementar de Benefícios Previdenciários”,

assinado em 20 de janeiro de 1999. Este contrato possui cláusulas que prevêem a extinção da

obrigação sob determinadas condições. Com base em pareceres legais preparados por

consultores jurídicos externos e internos, a Companhia comunicou à Administração da Fundação

Copel de Previdência e Assistência Social, em 27.07.2007, a cessação dos pagamentos das

contribuições vinculadas a este contrato a partir de agosto de 2007, em face da extinção das

obrigações ali pactuadas.

2) Plano de benefício assistencial

A Companhia e controladas alocam recursos destinados a dar cobertura às despesas de saúde

dos empregados e dependentes, dentro das regras, limites e condições estabelecidas em

regulamentos específicos. Inclui exames médicos periódicos e são estendidos aos aposentados e

pensionistas vitaliciamente.

3) Balanço patrimonial e resultado do exercício

Os valores consolidados reconhecidos no balanço patrimonial na conta de Benefícios Pós-

emprego estão resumidos a seguir:

Plano Plano Total

previdenciário assistencial Consolidado

2007 2006

Plano de benefícios - Planos I e II (BD) - Copel 126.856 361.151 488.007 625.575

Plano de benefícios - Compagas (BD) 241 1.287 1.528 1.193

Subtotal 127.097 362.438 489.535 626.768

Plano de benefícios - Plano III (CV) - empregados 7.162 - 7.162 2.626

134.259 362.438 496.697 629.394

Circulante 42.286 133.635 Não circulante 454.411 495.759

Os valores consolidados reconhecidos no demonstrativo de resultado estão resumidos a seguir:

.

Consolidado

2007 2006

Plano previdenciário - custo periódico pós-emprego (110.345) 29.055

Plano previdenciário (CV) 45.997 23.565

Plano assistencial - pós-emprego 38.746 50.669

Contribuição assistencial 18.330 (24.168) (-) Transferências p/ imobilizado em curso (6.579) (6.111)

(13.851) 73.010

4) Avaliação atuarial de acordo com a Deliberação da CVM nº 371/2000

Premissas atuariais

As premissas atuariais utilizadas para determinação dos valores de obrigações e custos, para

2007 e 2006, são conforme segue:

.

Consolidado

Real Nominal

Econômicas

Inflação - 5,05%Taxa de desconto/retorno esperados 6,00% 11,35%

Crescimento salarial 2,00% 7,15%

Demográficas

Tábua de mortalidade AT - 83

Tábua de mortalidade de inválidos AT - 49Tábua de entrada em invalidez Light

Número de participantes e beneficiários:

Plano Plano

Número de participantes em 2007 previdenciário assistencial

Número de participantes ativos 8.305 8.164

Número de participantes inativos 6.458 6.429

Número de dependentes - 21.319

Total 14.763 35.912

Avaliação atuarial

Plano Plano

Plano de benefícios previdenciário assistencial Consolidado

2007 2006

Obrigações total ou parcialmente cobertas 2.518.605 476.830 2.995.435 2.702.481

Valor justo do plano (3.255.449) (114.392) (3.369.841) (2.927.303)

Subtotal (736.844) 362.438 (374.406) (224.822)

Ganho (perdas) atuariais diferidos 863.941 - 863.941 851.590

Total do passivo líquido 127.097 362.438 489.535 626.768

Total

Na avaliação atuarial dos planos de benefícios definidos é calculado pelo método do crédito

unitário projetado. O ativo líquido do plano de benefícios é avaliado pelos valores de mercado

(marcação a mercado).

A partir do exercício findo em 31.12.2006, a Companhia optou por deixar de diferir os ganhos e

perdas atuariais futuros apurados no plano assistencial, passando a reconhecê-los imediatamente

no resultado do exercício.

Em 31.12.2007, o saldo dos valores acumulados do plano de contribuição variável (CV) monta em

R$ 1.044.835 (R$ 746.459, em 31.12.2006).

Movimentação do passivo atuarial – plano previdenciário

.

Consolidado

2007 2006Valor presente da obrigação atuarial total líquida em 31.12.2006 2.239.135 2.051.510

Custo de serviço 14.279 7.256

Custo dos juros 243.846 369.367

Benefícios pagos (186.308) (172.682)

Ganhos / (perdas) atuariais 207.653 (16.316)

Valor presente da obrigação atuarial total líquida em 31.12.2007 2.518.605 2.239.135

Movimentação do ativo atuarial – plano previdenciário

.

Consolidado

2007 2006Valor justo do ativo do plano em 31.12.2006 2.906.979 2.408.686

Retorno esperado dos ativos 324.401 320.678

Contribuições e aportes 46.645 76.288

Benefícios pagos (186.308) (172.671)

Ganhos (perdas) atuariais 163.732 273.998

Valor justo do ativo do plano em 31.12.2007 3.255.449 2.906.979

Despesa estimada

Os custos (receitas) estimados para 2008 segundo critérios atuariais da Deliberação CVM nº

371/2000, para cada plano, estão demonstrados a seguir:

Plano Plano

previdenciário assistencial Consolidado

2008

Custo do serviço corrente 15.989 1.492 17.481

Custo estimado dos juros 282.252 52.527 334.779 Rendimento esperado do ativo do plano (363.364) (12.372) (375.736) Reduções / liquidações antecipadas 81.558 - 81.558

Contribuições estimadas dos empregados (326) - (326) Amortização de ganhos e perdas (43.097) - (43.097)

(26.988) 41.647 14.659

e) Material

.

2007 2006

Combustíveis e peças para veículos 24.663 24.525 Material para o sistema elétrico 12.892 21.870

Material para cantina 4.315 3.571 Material de expediente 3.318 2.474 Material de construção civil 2.920 2.380 Material de informática 2.527 3.126

Material de segurança 1.973 1.896 Ferramental 1.550 1.312 Material para hotéis e hospedarias 1.446 1.230

Vestuário e uniforme 918 971 Lubrificantes para veículos e equipamentos automotivos 872 820 Outros materiais 5.824 3.683

63.218 67.858

Consolidado

f) Serviços de Terceiros

.

2007 2006 2007 2006Manutenção do sistema elétrico - - 40.841 22.328

Consultoria técnica, científica e administrativa 722 1.861 19.841 26.556

Agentes autorizados e credenciados - - 19.563 18.386 Postais e telegráficos 1 1 18.997 18.796 Processamento e transmissão de dados - - 16.730 21.637

Serviços de apoio administrativo - - 15.164 12.469 Telefone - - 12.757 11.250 Vigilância - - 9.996 8.638

Viagens 146 167 9.866 10.423 Leitura e entrega de faturas - - 7.350 7.175 Treinamentos - 1 6.321 6.271

Atendimento a consumidores - - 5.699 6.165 Serviços em área verde - - 5.427 4.671 Serviços de manutenção civil - - 4.976 7.355

Acesso à comunicação por satélite - - 4.650 - Fretes e carretos - - 4.521 2.945 Limpeza de faixa de servidão - - 4.337 4.108

Poda de árvores - - 4.080 2.907 Manutenção e conservação de veículos - - 4.006 3.795 Auditoria 2.611 2.430 3.391 3.300

Telefonista - - 2.768 2.749 Despesas jurídicas 1.080 3.337 2.202 3.488 Outros serviços 689 245 17.459 21.367

5.249 8.042 240.942 226.779

Controladora Consolidado

g) Provisões e Reversões

.

Controladora Consolidado

2007 2006 2007 2006Provisões para contingências 197.130 (170.956) 246.334 (146.167) PCLD - consumidores e revendedores (NE nº 7) - - (6.275) 58.461 PCLD - serviços de terceiros e outros créditos - 5.408 2.376 7.038

197.130 (165.548) 242.435 (80.668)

h) Recuperação de Custos e Despesas

.

Consolidado

2007 2006Combustíveis p/ prod. energia elétrica - CCC (16.867) (17.359) Custos administrativos (9.599) (8.909)

Arrecadação de faturas baixadas contra PCLD (7.346) (6.282) Consumo próprio de energia (5.609) (5.804) Material elétrico (4.784) (1.512) Encargos de uso do sistema de transmissão (5.328) - Recuperação de custos e despesas diversos (3.663) (2.778)

(53.196) (42.644)

i) Outros Custos e Despesas Operacionais

.

Controladora Consolidado

2007 2006 2007 2006

Compensação financeira pela utilização de recursos hídricos - - 73.938 39.377 Encargo da concessão - outorga Aneel - - 33.497 26.423 Taxa de fiscalização da Aneel - - 17.246 16.013 Arrendamentos e aluguéis (1) 96 110 10.765 14.802

Créditos incobráveis - RTE (NE nº 6.b) - - 14.169 - Seguros 2 2 7.693 8.940 Doações - lei Rouanet e fundo dos direitos da criança e do adolescente - FIA - - 7.176 11.181 Tributos 35 1.761 7.448 7.351 Energia elétrica - consumo próprio - - 5.596 5.804 Propaganda e publicidade 770 3.484 2.384 12.929

Custos e despesas gerais 378 578 15.981 12.140

1.281 5.935 195.893 154.960

1) Arrendamentos e Aluguéis

.

Consolidado

2007 2006

Imóveis 5.235 5.062 Fotocopiadora 3.447 7.682

Diversos equipamentos 1.523 1.471 Outros 560 587

10.765 14.802

A estimativa de gastos para o exercício de 2008 é basicamente a mesma de 2007, acrescendo-se

apenas os índices de correção contratualmente assumidos, não existindo riscos com relação à

rescisão contratual.

32 RESULTADO FINANCEIRO

.

2007 2006 2007 2006

Receitas financeirasRenda de aplicações financeiras 21.930 18.355 144.357 146.173 Variação monetária sobre repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná (NE nº 9) - - 91.464 43.639

Renda sobre repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná (NE nº 9) - - 76.062 75.397 Acréscimos moratórios sobre faturas de energia - - 46.477 71.867

Juros sobre impostos a compensar 4.664 3.856 15.612 25.633 Remuneração selic - CVA - - 10.553 33.900 Juros e comissões sobre contratos de mútuo 63.718 - - -

Rendimentos s/ oper. com derivativos - 22.423 - 22.423 Descontos obtidos - - - 283.198 Outras receitas financeiras 579 587 11.492 26.973

90.891 45.221 396.017 729.203 (-) Despesas financeiras

Encargos de dívidas 152.370 120.773 230.203 289.101

CPMF 2.317 4.994 42.684 43.109 PIS/Pasep - Cofins s/ juros s/ capital próprio 30.930 34.904 31.132 35.090 Remuneração selic - CVA - - 21.969 24.835

IOF 6.223 2.995 14.831 3.015 Juros sobre P&D e PEE - - 11.269 10.740 Variações monetárias e cambiais 6 1.322 8.431 51.559

Outras despesas financeiras 1.960 9.469 15.255 31.737 193.806 174.457 375.774 489.186

(102.915) (129.236) 20.243 240.017

Controladora Consolidado

33 RESULTADO DE PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS

2007 2006 2007 2006

Equivalência patrimonialCopel Geração e Transmissão S.A. 379.229 74.449 - - Copel Transmissão S.A. 109.105 96.923 - -

Copel Distribuição S.A. 470.744 166.856 - - Copel Telecomunicações S.A. 3.288 4.729 - - Copel Participações S.A. 49.564 7.265 - -

Cia. Paranaense de Gás - Compagas - - 1.347 - Elejor - Centrais Elétricas do Rio Jordão S.A. - - 2.022 - Coligadas (a) - - (5.119) (6.177)

. 1.011.930 350.222 (1.750) (6.177) Dividendos

Copel Geração S.A. - 586.911 - -

Copel Participações S.A. - 2.893 - - Coligadas (a) - - 8.370 3.049

. - 589.804 8.370 3.049

Juros sobre capital próprioCopel Geração e Transmissão S.A. 163.222 188.832 - - Copel Transmissão S.A. 43.711 70.604 - -

Copel Distribuição S.A. 110.716 117.823 - - Copel Participações S.A. 16.543 - - - Coligadas (a) - - 2.175 2.010

. 334.192 377.259 2.175 2.010 Amortização de ágio

Sercomtel S.A. Telecomunicações - - (4.228) (4.228)

Sercomtel Celular S.A. - - (580) (580) Elejor - Centrais Elétricas do Rio Jordão S.A. - - (754) (566) Copel Empreendimentos Ltda. - - (2.346) -

- - (7.908) (5.374) .

. 1.346.122 1.317.285 887 (6.492)

.

Participação em outras sociedades 714 305 714 305

1.346.836 1.317.590 1.601 (6.187)

Controladora Consolidado

a) Coligadas

Lucro líquido / Partic. Juros s/

(prejuízo) Copel Equivalência Dividendos cap. próprio Total

2007 (%) 2007

ColigadasSercomtel S.A. - Telecomunicações 8.773 45,00 (1.310) - - (1.310) Sercomtel Celular S.A. (2.879) 45,00 (3.610) - - (3.610)

Dominó Holdings S.A. 55.221 15,00 (1.367) - 2.175 808 Escoelectric Ltda. 214 40,00 (3.304) - - (3.304) Copel Amec S/C Ltda. 44 48,00 23 - - 23

Dona Francisca Energética S.A. 16.970 23,03 3.908 - - 3.908 Carbocampel S.A. (589) 49,00 (288) - - (288) Braspower International -

Engineering S/C Ltda. 1 49,00 - - - - Centrais Eólicas do Paraná Ltda. (1) 407 30,00 122 - - 122 Foz do Chopim Energética Ltda. 23.602 35,77 707 8.370 - 9.077

(5.119) 8.370 2.175 5.426 (1) Lucro até 31.08.2007, anterior à aquisição do controle pela Copel Geração.

Lucro líquido / Partic. Juros s/

(prejuízo) Copel Equivalência Dividendos cap. próprio Total

2006 (%) 2006

Coligadas

Sercomtel S.A. - Telecomunicações (6.060) 45,00 (11.712) - - (11.712) Sercomtel Celular S.A. (3.666) 45,00 (2.721) - - (2.721)

Dominó Holdings S.A. 58.980 15,00 6.837 - 2.010 8.847

Escoelectric Ltda. (2.689) 40,00 - - - -

Copel Amec S/C Ltda. 83 48,00 40 - - 40

Dona Francisca Energética S.A. 13.538 23,03 2.023 - - 2.023

Carbocampel S.A. (39) 49,00 (19) - - (19)

Braspower International -

Engineering S/C Ltda. (70) 49,00 - - - -

Centrais Eólicas do Paraná Ltda. (2.077) 30,00 (625) - - (625)

Foz do Chopim Energética Ltda. 8.581 35,77 - 3.049 - 3.049

(6.177) 3.049 2.010 (1.118)

A Companhia vem contabilizando o resultado da avaliação dos investimentos pela equivalência

patrimonial, limitada ao valor de sua participação no investimento.

34 RESULTADO NÃO OPERACIONAL

Controladora

2007 2006 2007 2006

Receitas

Ganhos na alienação de bens e direitos - - 737 770 Ganhos na desativação de bens e direitos - - - 3.585 Outras receitas não operacionais 121 395 128 490

121 395 865 4.845

(-) Despesas

Perdas em estudos e projetos (a) - - 29.878 - Perdas na desativação de bens e direitos - - 13.972 10.083

Equivalência patrimonial - UEG Araucária - - - 16.364 (-) Reversão de provisão para desvalorização de incentivos fiscais (NE nº 17.d) (12.789) - (12.789) - Outras despesas não operacionais - - 913 1.375

(12.789) - 31.974 27.822

12.910 395 (31.109) (22.977)

Consolidado

a) Perdas em estudos e projetos

O saldo de R$ 29.878 refere-se a gastos com estudos de inventários de rios e de viabilidade de

usinas hidrelétricas que não foram aprovados pela Aneel. Conforme estabelece na legislação,

somente os gastos de estudos e projetos aprovados por auditoria técnica da Aneel são passíveis

de ressarcimento.

35 CÂMARA DE COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA –

CCEE

O MAE foi extinto e suas atividades, seus ativos e passivos foram, em 12.11.2004, absorvidos

pela CCEE, que foi constituída sob forma de pessoa jurídica de direito privado, sob regulação e

fiscalização da Aneel.

Os dados de comercialização de energia elétrica da Copel Distribuição, considerados na

contabilização do MAE, atualmente CCEE, não foram reconhecidos pela Companhia como

efetivos e definitivos para os exercícios de 2000, 2001 e primeiro trimestre de 2002. Esses dados

foram calculados através de critérios e valores que levaram em conta decisões da Agência

Reguladora, sendo objeto de contestação, e tendo a Companhia já encaminhado, pelas vias

administrativas e judiciais, providências contra aquelas decisões.

O pleito da Companhia está embasado substancialmente no fato de a mesma ter efetuado

transações de venda de energia, as quais não deveriam servir de base de cálculo efetuado pelo

Órgão Regulador, para cumprir exclusivamente com contratos com clientes localizados no

mercado da região sudeste. O montante estimado relativo às diferenças de cálculo é de

aproximadamente R$ 860.000 (valor atualizado em 31.12.2007), não reconhecido pela Companhia

no passivo de energia a pagar.

A Administração, suportada por opinião de seus assessores jurídicos, considera como possíveis

as chances de êxito quando da decisão final desses processos judiciais.

a) Renegociação - Contrato Cien

Atendendo prontamente à solicitação do Ministério de Minas e Energia, a Copel comprometeu-se,

em mediação com a presidência da Aneel, a dispensar os 400 MW contratados com a Cien e

dessa forma participar do leilão A-1, a fim de repor a energia liberada. Deste total contratado,

ainda em 2007 será mantido o contrato de Cien com o montante reduzido para 170,625 Mwmed.

A oferta de energia neste leilão foi mínima, de modo que do total declarado, somente 40% da

necessidade informada foi atendida.

Para substituir totalmente o contrato de Cien e ajustar o nível de contratação de janeiro a junho de

2007, a Copel participou dos Mecanismos de Compensação de Sobras e Déficits - MCSD,

declarando déficit, adquirindo o total de 32,625 Mwmed (1).

Para complementação dos contratos para 2008, a Copel participou do leilão de ajuste ocorrido em

setembro de 2007, adquirindo o montante de 23,5 Mwmed (1).

b) Transações correntes no âmbito da CCEE (1)

Os saldos relativos às transações realizadas pela Companhia são os seguintes:

Copel Copel Copel

Geração Distribuição Participações

2007 2006

Ativo circulante (NE nº 6)

Até dezembro de 2006 - - 105 105 29.521

De julho a setembro de 2007 19 - - 19 -

De outubro a dezembro de 2007 2.000 4.743 291 7.034 -

2.019 4.743 396 7.158 29.521

Passivo circulante (NE nº 22)

Até dezembro de 2006 - - - - 1.248

De outubro a dezembro de 2007 787 - 442 1.229 - 787 - 442 1.229 1.248

Consolidado

A movimentação dos valores de energia de curto prazo (CCEE) no exercício de 2007 é

apresentada a seguir:

Valores Valores

a liquidar Liquidação Apropriação a liquidar

2006 2007

Ativo circulanteAté dezembro de 2006 29.521 (28.541) (875) 105

De janeiro a março de 2007 - (3.284) 3.284 - De abril a junho de 2007 - (35.229) 35.229 -

De julho a setembro de 2007 - (22.154) 22.173 19

De outubro a dezembro de 2007 - (358) 7.392 7.034

29.521 (89.566) 67.203 7.158

(-) Passivo circulanteAté dezembro de 2006 1.248 (1.925) 677 -

De janeiro a março de 2007 - (13.950) 13.950 - De abril a junho de 2007 - (31.814) 31.814 -

De julho a setembro de 2007 - (5.307) 5.307 -

De outubro a dezembro de 2007 - (427) 1.656 1.229

1.248 (53.423) 53.404 1.229

Total líquido 28.273 (36.143) 13.799 5.929

(1) Informação não auditada pelos auditores independentes.

36 CONCILIAÇÃO DA PROVISÃO PARA IMPOSTO DE RENDA E

CONTRIBUIÇÃO SOCIAL

A conciliação da provisão para o IRPJ e da CSLL, calculados pela alíquota fiscal, com os valores

constantes da demonstração do resultado é a seguinte:

.

2007 2006 2007 2006

Lucro antes do IRPJ e CSLL 1.047.651 1.335.138 1.598.015 1.814.246 IRPJ e CSLL (34%) (356.201) (453.947) (543.325) (616.844)

Efeitos fiscais sobre:Juros sobre o capital próprio 68.000 41.820 68.000 41.820 Dividendos 243 104 3.088 1.140 Equivalência patrimonial 344.056 319.610 (595) (10.075) Excesso de contribuição previdenciária privada - - - (2.066) Ajustes de exercícios anteriores referentes aos planos previdenciário e assistencial - - - 9.937 Incentivos fiscais 3.197 - 7.932 7.407 Ajuste a valor presente - Compagas - - (736) 2.527 Reversão ativo regulatório - - - 6.922 Outros (336) (45) 5.321 1.554

Efeitos fiscais sobre:

IRPJ e CSLL correntes (2.619) (20.075) (536.168) (499.727) IRPJ e CSLL diferidos 61.578 (72.383) 75.853 (57.951)

Controladora Consolidado

37 INSTRUMENTOS FINANCEIROS

a) Considerações gerais

A utilização de instrumentos financeiros pela Companhia está restrita a Disponibilidades,

Consumidores e revendedores, Contas a Receber de entidades governamentais, Repasse CRC

ao Governo do Estado do Paraná, Empréstimos e financiamentos e Debêntures.

b) Valor de Mercado dos Instrumentos Financeiros

Em 31.12.2007, os valores de mercado dos principais instrumentos financeiros da Companhia

aproximam-se dos valores contábeis, destacando-se:

.

Instrumentos Financeiros

2007 2006

Numerário disponível 1.540.871 1.468.716

Contas a receber de entidades governamentais 303.839 218.805

Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná 1.250.362 1.194.103

Empréstimos e financiamentos 927.952 694.458 Debêntures 1.174.501 1.967.585

Consolidado

c) Fatores de Risco

1) Risco de crédito

O risco de crédito da concessionária surge da possibilidade de perda em que se incorre quando da

incapacidade de pagamento de faturas da venda de energia elétrica. Este risco está intimamente

relacionado com fatores internos e externos à Copel. Para reduzir esse tipo de risco a Companhia

atua na gerência das contas a receber, detectando as classes de consumidores com maior

possibilidade de inadimplência, suspendendo o fornecimento de energia e implementando políticas

específicas de cobrança.

Os créditos de liquidação duvidosa estão adequadamente cobertos por provisão para fazer face a

eventuais perdas na realização destes.

2) Risco de Moeda Estrangeira

Esse risco decorre da possibilidade da perda por conta de flutuações nas taxas de câmbio, que

reduzam saldos ativos ou aumentem saldos passivos captados no mercado em moeda

estrangeira.

A Companhia não celebrou contratos de derivativos para fazer swap contra este risco, mantendo,

porém, trabalho de monitoramento das taxas cambiais, com o objetivo de avaliar a eventual

necessidade de contratação de derivativos para se proteger dos riscos.

3) Risco de Taxa de Juros

Risco de a Companhia incorrer em perdas por conta de flutuações nas taxas de juros, que

aumentem as despesas financeiras relativas aos passivos captados junto ao mercado.

A Companhia não celebrou contratos de derivativos para cobrir este risco, mas vem monitorando

continuamente as taxas de juros de mercado, a fim de observar eventual necessidade de

contratação.

4) Risco de Vencimento Antecipado

Risco proveniente do descumprimento de cláusulas contratuais restritivas, presentes nos contratos

de empréstimos, financiamentos e debêntures da Companhia, as quais, em geral, requerem a

manutenção de índices econômico-financeiros em determinados níveis (covenants financeiros), os

quais são calculados e analisados periodicamente visando a manutenção dos parâmetros

estipulados nos contratos.

5) Risco quanto à escassez de energia

Risco decorrente de possível período de escassez de chuvas, dado que a matriz energética

brasileira está baseada em fontes hidroelétricas de geração, que dependem do volume de água

em seus reservatórios.

Um período prolongado de escassez de chuvas pode reduzir o volume de água em estoque

nestes reservatórios, podendo impactar em perdas devido à redução de receitas quando da

eventual adoção de racionamento energético.

Por outro lado o risco é calculado mensalmente pelo Operador Nacional de Sistema Elétrico –

ONS que, segundo as informações do Plano Mensal de Operação divulgado mensalmente no site

www.ons.org.br, não prevê programa de racionamento para os próximos 2 anos.

6) Risco de não renovação das concessões

A Companhia detém concessões para exploração dos serviços de geração, transmissão e

distribuição de energia elétrica com a expectativa, pela Administração, de que sejam prorrogadas

pelo Ministério das Minas e Energia com subsídios da Aneel. Caso a prorrogação das concessões

não seja deferida pelo poder concedente ou mesmo ocorra mediante a imposição de custos

adicionais para a Companhia (concessão onerosa), os atuais níveis de rentabilidade e atividade

podem ser alterados.

38 TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS

A Copel efetuou transações com partes relacionadas não consolidadas, incluindo a venda de

energia elétrica para consumo, cujas tarifas aplicadas são aquelas aprovadas pela Aneel, não

sendo os valores faturados considerados relevantes para fins de divulgação.

Os principais saldos das transações com partes relacionadas no balanço patrimonial são:

.Parte relacionada Natureza da operação

2007 2006

Ativo circulante .

Governo do Estado do Paraná Consumidores e revendedores 50.163 138.009

Serviços executados para terceiros 8.899 12.000

CRC (NE nº 9) 40.509 35.205 Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras Aluguel da planta da UTE Araucária 14.223 -

Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras Uso do sistema de transmissão da UTE Araucária 5.327 - .

Ativo não circulante .

Governo do Estado do Paraná Consumidores e revendedores 49.717 -

Serviços executados para terceiros 6.805 -

CRC (NE nº 9) 1.209.853 1.158.898 .

Passivo circulante .

BNDES Financ. de máqs. equips., obras, instalações

e serviços (NE nº 20) 6.328 6.418 Dona Francisca Energética S.A. Compra de energia elétrica (NE nº 22) 4.567 4.413

Eletrobrás Financiamentos (NE nº 20) 43.101 47.558

Eletrobrás (Itaipu) Compra de energia elétrica (NE nº 22) 74.090 71.874 Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras Aquisição de gás para revenda (NE nº 22) 21.031 37.871 .

Passivo não circulante .

BNDES Financiamento de máqs. equips., obras, instalações e serviços (NE nº 20) 19.029 25.725

Eletrobrás Financiamentos (NE nº 20) 272.831 290.141

Eletrobrás Ações da Elejor a serem recompradas (NE nº 20) 94.709 114.469 Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras Aquisição de gás p/ revenda - repactuação (NE nº 22) 190.394 170.183 .

Consolidado

Os principais saldos das transações com partes relacionadas na demonstração de resultado são:

.

Parte relacionada Natureza da operação2007 2006

Receita operacional

Governo do Estado do Paraná Fornecimento de energia elétrica 94.284 71.044 Receita de telecomunicações 6.000 6.000

Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras Aluguel da planta da UTE Araucária 79.144 - . .

Energia elétrica comprada p/ revenda

Dona Francisca Energética S.A. Compra de energia elétrica (NE nº 31.a) 51.536 49.638 Eletrobrás (Itaipu) Compra de energia elétrica (NE nº 31.a) 385.359 335.351 . .

Mat. prima e insumos p/ prod. energia

Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras Gás natural comprado p/ prod. energia elétrica - repactuação - Petrobras (29.903) (298.115)

Gás natural e insumos p/ oper. gás

Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras Gás natural comprado p/ revenda 132.510 177.459 . .

Receitas financeiras

Governo do Estado do Paraná Receita s/ CRC (NE nº 32) 167.526 119.036 Receita s/ faturas renegociadas 7.501 -

. .Despesas financeiras

BNDES Desp. s/ financ. máqs. equips., obras, instal. e serviços 2.398 3.645

BNDESPAR Debêntures - Elejor 27.378 24.686

Eletrobrás Desp. s/ financiamentos 26.390 30.968 Desp. s/ ações da Elejor a serem readquiridas 19.351 13.672 .

Consolidado

Os saldos decorrentes de transações entre a Companhia e suas subsidiárias integrais estão

demonstrados na NE nº 16.

BNDES - A BNDES Participações S.A. - BNDESPAR detém 26,41% das ações ordinárias da

Companhia e tem o direito de indicar dois membros do Conselho da Administração. A BNDESPAR

é subsidiária integral do BNDES, com o qual a Companhia mantém contratos de financiamentos

conforme descritos na NE nº 20.

Dona Francisca Energética S.A. - A Companhia concedeu avais a sua coligada indireta Dona

Francisca Energética S.A. para empréstimos tomados por esta junto ao BNDES (aval solidário) e

ao Bradesco (aval solidário), respectivamente nos montantes, em 31.12.2007, de R$ 38.382 e

R$ 23.237.

Eletrobrás – A Eletrobrás detém 1,06% das ações ordinárias da Companhia, a qual possui

financiamentos com a Eletrobrás, descritos na NE nº 20.

39 SEGUROS

A especificação por modalidade de risco e data de vigência dos principais seguros está

demonstrada a seguir. As informações relativas a seguros não foram auditadas pelos auditores

independentes.

Término Consolidado

Apólice da vigência Importância segurada

Riscos nomeados (a) 24/8/2008 1.645.229

Incêndio - imóveis próprios e locados (b) 24/8/2008 273.143

Responsabilidade civil - Copel (c) 24/8/2008 5.780

Responsabilidade civil - Compagas (c) 30/8/2008 3.000

Engenharia - Copel (d) 24/8/2008 apólice por averbação

Transporte nacional e internacional - exportação e importação (e) 24/8/2008 apólice por averbação

Multirrisco - Centrais Eólicas do Paraná (f) 2/5/2008 5.000

Multirrisco - Compagas (g) 10/8/2008 3.953

Multirrisco - Compagas (g) 20/9/2008 500

Automóveis (h) 20/5/2008 valor de mercado

Riscos diversos (i) 24/8/2008 729

Riscos operacionais - Elejor (j) 26/6/2008 147.770

Riscos operacionais - Elejor (j) 25/7/2008 97.656

Riscos operacionais - UEG Araucária (k) 31/5/2008 478.090

Garantia judicial (l) 5/2/2008 7.200 Garantia - performance bond (m) 29/4/2008 15.470

a) Riscos nomeados

Apólice contratada destaca as subestações e usinas, nomeando os principais equipamentos, com

respectivos valores segurados. Possui cobertura securitária básica como incêndio, queda de raios,

explosão de qualquer natureza e cobertura adicional contra possíveis danos elétricos, riscos

diversos, riscos para equipamentos eletrônicos e informática.

b) Incêndio

Imóveis próprios e locados – cobertura para os imóveis e parte dos seus conteúdos. Garante o

pagamento de indenização ao segurado ou proprietário do imóvel, pelos prejuízos em

conseqüência dos riscos básicos de incêndio, queda de raio e explosão de qualquer natureza,

mais a cobertura adicional de vendaval.

c) Responsabilidade civil

Cobertura às reparações por danos involuntários, corporais e/ou materiais e/ou morais causados a

terceiros, em conseqüência das operações comerciais e/ou industriais da Companhia.

d) Riscos de engenharia - Copel

Cobertura dos riscos de instalação, montagem, desmontagem e testes em equipamentos novos,

principalmente em subestações e usinas. Contratada apólice na modalidade por averbação,

conforme a ocorrência e necessidade para cobertura dos riscos na execução de serviços de

engenharia.

e) Seguro de transporte

Garantia por danos causados às mercadorias transportadas por qualquer meio adequado no

mercado interno e durante as operações de importação ou exportação de mercadorias no

mercado externo. Contratada apólice na modalidade por averbação, sendo basicamente utilizado

para o seguro de transporte de equipamentos elétricos, eletrônicos e de telecomunicações.

f) Multirrisco – Centrais Eólicas do Paraná

Apólice que visa dar cobertura securitária aos bens da Centrais Eólicas do Paraná contra

possíveis danos causados por incêndio, raio, explosão, danos elétricos, tumultos, vendaval e

fumaça, bem como também a cobertura de responsabilidade civil de operações.

g) Multirrisco - Compagas

Apólice onde são relacionados os bens da Compagas. Visa dar cobertura securitária contra

possíveis danos causados por incêndio, raio, explosão, danos elétricos, riscos para equipamentos

eletrônicos, vendaval, fumaça, e roubo ou furto qualificado.

h) Seguro de automóveis

Garante as indenizações dos prejuízos sofridos e das despesas incorridas, decorrentes dos riscos

cobertos e relativos à frota de 16 veículos segurados da Compagas. Possui cobertura básica para

os veículos e cobertura adicional de responsabilidade civil facultativa para os danos materiais,

corporais e morais causados a terceiros. As importâncias seguradas para os danos causados a

terceiros são de R$ 150 para danos materiais e R$ 300 para danos pessoais, para cada veículo.

i) Riscos diversos - Copel

Garante as perdas e danos materiais, causados aos bens descritos na apólice, por quaisquer

acidentes decorrentes de causa externa, incluindo os riscos de transladação.

Nesta modalidade de seguro são incluídos os equipamentos elétricos móveis e/ou estacionários,

bem como os equipamentos de informática e eletrônicos, quando em operação nas unidades das

empresas ou quando arrendados ou cedidos a terceiros.

j) Riscos operacionais - Elejor

Garante ao segurado Elejor avarias, perdas e danos materiais de origem súbita, imprevista e

acidental a prédios, mercadorias, matérias-primas, produtos em elaboração e acabados,

embalagens, maquinismos, ferramentas, móveis e utensílios, e demais instalações que constituem

o estabelecimento segurado, além de lucros cessantes.

k) Riscos operacionais – UEG Araucária

Apólice contratada tipo all risks (cobertura de todos os riscos legalmente seguráveis), inclusive

quebra de máquinas, para todo o complexo da Usina Termelétrica a Gás de Araucária.

l) Garantia judicial

Garante a liquidação de sentença transitada em julgado de processos judiciais contra a

Compagas. Possui o mesmo respaldo que a caução em processos judiciais, substituindo os

depósitos judiciais em dinheiro, a penhora de bens e a fiança bancária.

m) Garantia - performance bond

Seguro contratado pelo Consórcio Construtor Complexo Jordão, cujo objeto garante ao segurado,

Elejor, exclusivamente a implantação completa e integral do Complexo Energético Fundão-Santa

Clara, localizado no rio Jordão, nos municípios de Candói e Pinhão, no Paraná, composto pela

Usina Hidrelétrica Santa Clara e Usina Hidrelétrica Fundão, ambas com potência instalada mínima

de 119 MW.

O seguro-garantia é destinado às empresas que, na condição de contratadas, estão obrigadas a

garantir a seus clientes que os contratos firmados, no que se refere a preços, prazos e demais

especificações pactuadas, serão rigorosamente cumpridos. Também os órgãos públicos de

administração direta ou indireta, conforme determinam as Leis nºs 8.666/93 e 8.883/94, podem

receber apólices de seguro como garantia de seus fornecedores de bens, serviços, executantes

de obras e licitantes.

Esta modalidade de seguro tem como objetivo garantir o fiel cumprimento de um contrato. O

seguro-garantia não cobre danos e sim responsabilidades, pelo não cumprimento do contrato,

sendo uma opção de garantia contratual prevista na legislação brasileira e que substitui a carta de

fiança bancária, caução em dinheiro ou títulos da dívida pública.

40 EMPRESAS CONTROLADAS

Apresentamos as demonstrações contábeis, reclassificadas para fins de padronização do plano de

contas, em 31.12.2007 e de 2006, das subsidiárias integrais Copel Geração e Transmissão -

Consolidado (GET), Copel Distribuição (DIS), Copel Telecomunicações (TEL) e Copel

Participações - Consolidado (PAR):

ATIVO

2007 2006 2007 2006 2007 2006 2007 2006 2007 2006

CIRCULANTE

Disponibilidades 873.711 557.355 - 59.698 314.549 132.854 7.204 237 289.221 169.158

Consumidores e revendedores, líquidos 201.857 149.041 - 48.757 833.179 731.734 - - 29.770 76.939

Serviços executados para terceiros, líquidos 780 620 - 116 17 45 10.850 15.465 - -

Dividendos a receber - - - - - - - 2.767 1.975

Serviços em curso 7.448 4.028 - 3.457 43.895 12.322 - - - 231

Repasse CRC ao Governo do Paraná - - - - 40.509 35.205 - - - -

Impostos e contribuições sociais 13.946 18.813 - 3.515 167.393 186.679 1.475 2.860 5.900 4.453

Conta de compensação da "parcela A" - - - - 67.614 90.048 - - - -

Outros ativos regulatórios - - - - 17.186 3.408 - - - -

Cauções e depósitos vinculados 60.447 22.688 - 2.754 24.244 33.714 - - 57.664 9.409

Outros créditos 16.537 7.830 - 3.033 30.336 26.603 571 625 21.154 9.368

Estoques 4.539 138 - 9.870 44.673 32.333 2.468 8.560 515 543

1.179.265 760.513 - 131.200 1.583.595 1.284.945 22.568 27.747 406.991 272.076

NÃO CIRCULANTE

Realizável a Longo Prazo

Consumidores e revendedores, líquidos 6.527 27.109 - - 127.121 81.048 - - 21.239 18.901

Serviços executados para terceiros - - - - - - 7.251 9.586 - -

Repasse CRC ao Governo do Paraná - - - - 1.209.853 1.158.898 - - - -

Impostos e contribuições sociais 79.761 47.861 - 38.742 231.980 213.232 10.360 - 14.614 12.006

Conta de compensação da "parcela A" - - - - 25.478 12.273 - - - -

Outros ativos regulatórios - - - - 5.729 - - - - -

Cauções e depósitos vinculados - - - 5.140 22.423 19.490 - - - -

Depósitos judiciais 27.368 8.124 - 16.937 58.186 67.297 369 100 687 561

Coligadas, controladas e controladora - 368.622 - - - - - - - -

Outros créditos 949 4.354 - 56 5.681 5.546 - - 1.820 1.953

114.605 456.070 - 60.875 1.686.451 1.557.784 17.980 9.686 38.360 33.421

Investimentos 8.610 4.150 - 2.257 2.428 419 - - 208.833 218.465

Imobilizado 3.503.318 2.862.926 - 1.195.446 1.870.602 1.157.613 186.175 183.518 1.272.284 1.312.183

Intangível 10.615 853 - 24.366 26.954 13.418 1.698 1.748 73.318 76.413

Diferido - - - - - - - - 5.227 23.204

3.637.148 3.323.999 - 1.282.944 3.586.435 2.729.234 205.853 194.952 1.598.022 1.663.686

TOTAL DO ATIVO 4.816.413 4.084.512 - 1.414.144 5.170.030 4.014.179 228.421 222.699 2.005.013 1.935.762

TEL PAR - ConsolidadoGET - Consolidado TRA DIS

PASSIVO

2007 2006 2007 2006 2007 2006 2007 2006 2007 2006

CIRCULANTE

Empréstimos e financiamentos 57.964 52.885 - 16.047 15.771 14.802 - - 6.328 6.418

Debêntures - - - - - 637.329 - - 3.228 15.951

Fornecedores 42.796 46.808 - 4.384 321.545 335.237 3.673 4.050 41.349 59.860

Impostos e contribuições sociais 132.196 93.946 - 13.389 171.217 184.127 1.257 1.452 5.415 3.986

Dividendos a pagar 504.687 644.418 - 60.014 178.319 52.913 - - 25.558 11.718

Folha de pagamento e prov. trabalhistas 36.217 22.527 - 19.921 99.788 82.562 7.445 6.869 2.507 2.247

Benefícios pós-emprego 8.748 25.785 - 24.771 31.569 77.143 1.783 5.768 163 153

Conta de compensação da "parcela A" - - - - 143.436 110.498 - - - -

Outros passivos regulatórios 24.711 - - - 21.765 - - - - -

Encargos do consumidor a recolher 3.970 2.795 - 1.144 28.752 47.766 - - - -

Pesquisa e desenvolv. eficiência energética 31.320 28.019 - 10.737 149.987 133.282 - - 3.973 2.278

Encargo da concessão - outorga Aneel - - - - - - - 27.084 29.489

Outras contas a pagar 17.856 18.105 - 1.511 50.943 25.016 497 659 968 634

860.465 935.288 - 151.918 1.213.092 1.700.675 14.655 18.798 116.573 132.734

NÃO CIRCULANTE

Empréstimos e financiamentos 280.377 301.684 - 63.771 111.553 98.657 - - 113.738 140.194

Debêntures - - - - - - - - 269.314 262.550

Provisões para contingências 155.131 27.080 - 33.899 147.606 133.317 1.903 842 3.213 3.053

Coligadas e controladas - - - 69.217 683.052 - - - 34.847 511.526

Fornecedores 211.633 189.983 - - - 62.863 - - - 267

Impostos e contribuições sociais 53 - - - 24.818 15.126 - - 7.221 8.957

Benefícios pós-emprego 144.084 112.284 - 100.816 290.421 262.202 18.128 18.772 1.778 1.685

Conta de compensação da "parcela A" - - - - 22.330 52.053 - - - -

Outros passivos regulatórios 11.680 - - - 7.255 - - - - -

Outras contas a pagar 6.720 8.960 - - 5.992 - - - - 1

809.678 639.991 - 267.703 1.293.027 624.218 20.031 19.614 430.111 928.233

RESULT. DE EXERCÍCIOS FUTUROS 592 - - - - - - - - -

PART. ACIONISTAS NÃO

CONTROLADORES 1.236 - - - - - - 231.527 205.906

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Capital social 2.947.018 2.338.932 - 772.389 2.171.928 1.607.168 194.054 187.894 1.098.500 586.975

Reservas de capital - - - - - 701 701 - -

Reservas de lucros 197.424 170.301 - 222.134 491.983 82.118 - - 128.302 81.914

Prejuízos acumulados - - - - (1.020) (4.308) - -

3.144.442 2.509.233 - 994.523 2.663.911 1.689.286 193.735 184.287 1.226.802 668.889

TOTAL DO PASSIVO 4.816.413 4.084.512 - 1.414.144 5.170.030 4.014.179 228.421 222.699 2.005.013 1.935.762

DISGET - Consolidado TRA TEL PAR - Consolidado

Visando possibilitar a análise do resultado por natureza de gasto, os custos e despesas

operacionais estão sendo apresentados de forma agregada:

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO

2007 2006 2007 2006 2007 2006 2007 2006 2007 2006

Receita Operacional

Fornecimento de energia elétrica 164.935 133.822 - - 2.582.762 2.404.441 - - 4.099 24.127

Suprimento de energia elétrica 1.276.484 1.161.336 - - 76.221 105.704 - - 239.708 196.719

Disponibilidade da rede elétrica 18.122 - 387.753 429.906 3.207.601 3.090.093 - - - -

Receita de telecomunicações - - - - - 92.799 88.799 - -

Distribuição de gás canalizado - - - - - - - 246.245 237.172

Arrendamentos e aluguéis 245 264 1.168 1.429 46.220 40.146 - - 79.144 -

Outras receitas operacionais 43.028 7.930 2.070 1.393 16.771 14.938 - - 7.165 120

1.502.814 1.303.352 390.991 432.728 5.929.575 5.655.322 92.799 88.799 576.361 458.138

Deduções da receita operacional (200.774) (184.540) (36.660) (48.587) (2.179.293) (2.215.540) (14.148) (12.185) (67.093) (71.859)

Receita Operacional Líquida 1.302.040 1.118.812 354.331 384.141 3.750.282 3.439.782 78.651 76.614 509.268 386.279

Custos e Despesas Operacionais

Energia elétrica comprada para revenda (59.855) (69.324) - - (1.557.785) (1.538.928) - - (36.595) (4.275)

Encargos de uso da rede elétrica (185.030) (187.154) - - (601.228) (631.850) - - (25.268) (10.365)

Pessoal e administradores (111.744) (101.909) (74.606) (85.514) (416.529) (410.185) (28.716) (27.195) (12.718) (12.019)

Planos previdenciário e assistencial 16.679 (10.823) 245 (9.594) (1.646) (48.534) (226) (2.806) (1.112) (1.180)

Material (8.881) (8.581) (4.665) (3.819) (48.324) (53.688) (950) (1.321) (546) (443)

Matéria-prima e insumos - prod. energia 10.673 270.461 - - - - - - (7.571) -

Gás natural e insumos - operações de gás - - - - - - - - (132.726) (177.702)

Serviços de terceiros (48.135) (51.804) (15.632) (17.291) (185.054) (173.010) (11.263) (6.541) (21.198) (8.787)

Depreciação e amortização (106.102) (103.088) (43.242) (40.987) (171.380) (157.853) (28.243) (26.938) (73.082) (43.529)

Provisões e reversões (2.209) 23.637 (5.286) (14.397) (33.877) (93.337) (3.503) (784) (430) -

Encargo da concessão - outorga Aneel - - - - - - - - (33.497) (26.423)

Recuperação de custos e despesas 25.348 18.749 383 387 29.449 27.059 38 21 50 58

Outros custos e despesas operacionais (100.711) (58.438) (6.712) (8.653) (39.834) (55.811) (2.416) (3.301) (12.451) (842)

(569.967) (278.274) (149.515) (179.868) (3.026.208) (3.136.137) (75.279) (68.865) (357.144) (285.507)

Resultado das Atividades 732.073 840.538 204.816 204.273 724.074 303.645 3.372 7.749 152.124 100.772

Resultado Financeiro

Receitas financeiras 82.110 395.132 10.649 8.428 256.390 292.835 2.088 923 30.902 17.025

Despesas financeiras (51.639) (64.867) (4.126) (17.708) (148.386) (208.656) (473) (2.745) (54.356) (51.087)

30.471 330.265 6.523 (9.280) 108.004 84.179 1.615 (1.822) (23.454) (34.062)

Resultado de Particip. Societárias - - - - - - - - 950 (6.492)

Resultado Operacional 762.544 1.170.803 211.339 194.993 832.078 387.824 4.987 5.927 129.620 60.218

Resultado Não Operacional (29.805) (319) (2.659) (794) (11.469) (6.201) (81) (64) (5) (15.994)

Lucro antes da Tributação 732.739 1.170.484 208.680 194.199 820.609 381.623 4.906 5.863 129.615 44.224

Imposto de renda e contrib. social (182.592) (321.734) (61.894) (36.869) (246.293) (97.723) (3.140) (965) (39.630) (22.361)

Imposto de renda e contrib. social diferidos (7.633) 1.442 6.030 10.197 7.144 779 1.522 (169) 7.212 2.183

Part. acionistas não controladores (63) - - - - - - - (31.090) (13.888)

Lucro Líquido do Exercício 542.451 850.192 152.816 167.527 581.460 284.679 3.288 4.729 66.107 10.158

TEL PAR - ConsolidadoGET - Consolidado TRA DIS

41 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO SEGREGADO POR EMPRESA

Visando possibilitar a análise do resultado por natureza de gasto, os custos e despesas

operacionais estão sendo apresentados de forma agregada. A demonstração da Holding

representa o resultado de suas atividades, desconsiderando a receita de equivalência patrimonial

das controladas.

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO GET PAR

Consolidado ConsolidadoReceita Operacional

Fornecimento de energia elétrica 164.935 - 2.582.762 - 4.099 - (4.116) 2.747.680

Suprimento de energia elétrica 1.276.484 - 76.221 - 239.708 - (224.818) 1.367.595 Disponibilidade da rede elétrica 18.122 387.753 3.207.601 - - - (296.513) 3.316.963 Receita de telecomunicações - - - 92.799 - - (28.906) 63.893

Distribuição de gás canalizado - - - - 246.245 - (2.165) 244.080 Arrendamentos e aluguéis 245 1.168 46.220 - 79.144 - (1.009) 125.768 Outras receitas operacionais 43.028 2.070 16.771 - 7.165 - (14.919) 54.115

1.502.814 390.991 5.929.575 92.799 576.361 - (572.446) 7.920.094

Deduções da receita operacional (200.774) (36.660) (2.179.293) (14.148) (67.093) - - (2.497.968)

Receita Operacional Líquida 1.302.040 354.331 3.750.282 78.651 509.268 - (572.446) 5.422.126

Custos e Despesas Operacionais

Energia elétrica comprada p/ revenda (59.855) - (1.557.785) - (36.595) - 224.818 (1.429.417) Encargos de uso da rede elétrica (185.030) - (601.228) - (25.268) - 297.076 (514.450)

Pessoal e administradores (111.744) (74.606) (416.529) (28.716) (12.718) (5.621) 217 (649.717) Planos previdenciário e assistencial 16.679 245 (1.646) (226) (1.112) (89) - 13.851 Material (8.881) (4.665) (48.324) (950) (546) (6) 154 (63.218)

Matéria-prima e insumos - prod. energia 10.673 - - - (7.571) - 5.852 8.954 Gás natural e insumos - oper. de gás - - - - (132.726) - - (132.726) Serviços de terceiros (48.135) (15.632) (185.054) (11.263) (21.198) (5.249) 45.589 (240.942)

Depreciação e amortização (106.102) (43.242) (171.380) (28.243) (73.082) - - (422.049) Provisões e reversões (2.209) (5.286) (33.877) (3.503) (430) (197.130) - (242.435)

Encargo da concessão - outorga Aneel - - - - (33.497) - - (33.497) Recuperação de custos e despesas 25.348 383 29.449 38 50 196 (2.268) 53.196 Outros custos e despesas operacionais (100.711) (6.712) (39.834) (2.416) (12.451) (1.281) 1.009 (162.396)

(569.967) (149.515) (3.026.208) (75.279) (357.144) (209.180) 572.447 (3.814.846)

Resultado das Atividades 732.073 204.816 724.074 3.372 152.124 (209.180) 1 1.607.280

Resultado Financeiro

Receitas financeiras 82.110 10.649 256.390 2.088 30.902 90.891 (77.013) 396.017 Despesas financeiras (51.639) (4.126) (148.386) (473) (54.356) (193.806) 77.012 (375.774)

30.471 6.523 108.004 1.615 (23.454) (102.915) (1) 20.243

Resultado de Particip. Societárias - - - - 950 714 (63) 1.601

Resultado Operacional 762.544 211.339 832.078 4.987 129.620 (311.381) (63) 1.629.124

Resultado Não Operacional (29.805) (2.659) (11.469) (81) (5) 12.910 - (31.109)

Lucro (Prejuízo) antes da Tributação e Part. Acionistas Não Controladores 732.739 208.680 820.609 4.906 129.615 (298.471) (63) 1.598.015

Imposto de renda e contribuição social (182.592) (61.894) (246.293) (3.140) (39.630) (2.619) - (536.168)

Imp. renda e contrib. social diferidos (7.633) 6.030 7.144 1.522 7.212 61.578 - 75.853 Part. acionistas não controladores (63) - - - (31.090) - 63 (31.090)

Lucro (Prejuízo) Líquido do Período 542.451 152.816 581.460 3.288 66.107 (239.512) - 1.106.610

Eliminações ConsolidadoTEL HoldingTRA DIS

42 ALTERAÇÃO DA LEGISLAÇÃO SOCIETÁRIA BRASILEIRA

Em 28.12.2007, foi promulgada a Lei nº 11.638, que altera, revoga e introduz novos dispositivos à

Lei das Sociedades por Ações, notadamente em relação ao capítulo XV, sobre matéria contábil,

que entra em vigor a partir do exercício que se inicia em 1º.01.2008. Essa Lei teve, principalmente,

o objetivo de atualizar a legislação societária brasileira para possibilitar o processo de

convergência das práticas contábeis adotadas no Brasil com aquelas constantes nas normas

internacionais de contabilidade (IFRS) e permitir que novas normas e procedimentos contábeis

sejam expedidos pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM em consonância com os padrões

internacionais de contabilidade.

Algumas alterações devem ser aplicadas a partir do início do próximo exercício, enquanto outras

dependem de regulamentação por parte dos órgãos reguladores.

As principais modificações que poderão afetar a Companhia podem ser sumariadas como segue:

1) Substituição da demonstração das origens e aplicações de recursos pela demonstração dos

fluxos de caixa.

2) Criação de um novo subgrupo de contas, denominado ajustes de avaliação patrimonial, no

patrimônio líquido, para permitir o registro de determinadas avaliações de ativos a preços de

mercado, principalmente instrumentos financeiros; o registro de variação cambial sobre

investimentos societários no exterior avaliados pelo método de equivalência patrimonial (até

31 de dezembro de 2007 essa variação cambial era registrada no resultado do exercício); e os

ajustes dos ativos e passivos a valor de mercado, em razão de fusão e incorporação ocorrida

entre partes não relacionadas que estiverem vinculadas à efetiva transferência de controle.

3) Revogação da possibilidade de registrar doações e subvenções para investimento (incluindo

incentivos fiscais) diretamente como reservas de capital em conta de patrimônio líquido. Isso

significa que as doações e as subvenções para investimento passarão a ser registradas no

resultado do exercício. Para evitar a distribuição como dividendos, o montante das doações e

subvenções poderá ser destinado, após transitar pelo resultado, para reserva de incentivos

fiscais.

4) Requerimento de que os ativos e passivos da Companhia a ser incorporada, decorrentes de

transações que envolvam incorporação, fusão ou cisão entre partes independentes e

vinculadas à efetiva transferência de controle, sejam contabilizados pelo seu valor de

mercado.

Em razão de essas alterações terem sido recentemente promulgadas e algumas ainda

dependerem de regulamentação por parte dos órgãos reguladores para serem aplicadas, a

Administração da Companhia ainda não conseguiu avaliar todos os efeitos que referidas

alterações poderiam resultar em suas demonstrações financeiras e nos resultados dos exercícios

seguintes.

43 EVENTO SUBSEQÜENTE

Em 14.01.2008, a Companhia, através de sua Subsidiaria Integral Copel Participações S.A.,

passou a deter 45% de capital social da Dominó Holdings S.A., ao adquirir os 30% que pertenciam

à Sanedo Participações Ltda, pagando a esta, a quantia de R$ 110.226, gerando um deságio

aproximado de R$ 71.350. O fundamento econômico da aquisição é a perspectiva do resultado

futuro do negócio.

ANEXO I - DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

Para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006

(Valores expressos em milhares de reais)

2007 2006 2007 2006

Fluxos de caixa das atividades operacionaisLucro líquido do exercício 1.106.610 1.242.680 1.106.610 1.242.680

Ajustes para a reconciliação do lucro líquido do exercício com a geração de caixa das atividades operacionais:

Provisão (reversão) para créditos de liquidação duvidosa - - (4.353) 65.607 Depreciação e amortização - - 422.049 372.395 Variações monetárias e cambiais não realizadas - líquidas 66.461 219.316 81.919 227.854 Equivalência patrimonial (1.346.122) (1.317.285) 1.750 1.118 Imposto de renda e contribuição social diferidos (61.578) 82.245 (75.853) 123.079 Parcela de ajustes de encargos da rede - líquidos - - 42.496 - Variações na conta de compensação da "parcela A" - líquidas - - 797 40.962 Repactuação de contratos - Cien - - (62.862) - Reversão de provisão para desvalorização de incentivos fiscais (12.789) - (12.789) - Provisões (reversões) no passivo não circulante 197.992 (170.956) 248.385 (46.837) Baixas de ativo regulatório - PIS/Pasep e Cofins - - - 46.226 Baixas de investimentos - - 2.240 - Resultado e baixa na alienação de bens do imobilizado, intangível e diferido - - (737) - Baixas de imobilizado - líquidas - - 29.878 14.721 Baixas de intangível e diferido - líquidas - - 13.972 126 Baixas de outros ativos não circulantes - - - 84 Amortização de ágio em investimentos e intangíveis - - 7.908 5.374 Participação de acionistas não controladores - - 31.090 13.888

Redução (aumento) dos ativosConsumidores e revendedores - - (77.696) (145.109) Serviços executados para terceiros, líquidos - - (5.066) (6.400) Dividendos recebidos 429.857 413.933 9.797 15.376 Serviços em curso - 1.060 (31.305) (7.906) Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná - - 111.267 31.038 Impostos e contribuições sociais (10.063) (7.561) 74.441 (81.466) Conta de compensação da "parcela A" - - - 63.259 Ativo regulatório - PIS/Pasep e Cofins - - 3.408 (9.432) Outros ativos regulatórios - - - 47.283 Cauções e depósitos vinculados 32.482 (35.288) (41.308) (60.107) Depósitos judiciais (3.693) (9.768) (9.900) (30.778) Estoques - - (751) (14.854) Outros créditos (6) 39.706 (21.860) 29.953

Aumento (redução) dos passivosEmpréstimos e financiamentos - juros incorridos e pagos - - (75.260) (75.451) Debêntures - juros incorridos e pagos (196.207) (161.554) (229.544) (201.245) Fornecedores 566 286 (25.976) (725.037) Impostos e contribuições sociais (15.901) (62.426) (52.618) (70.895) Folha de pagamento e provisões trabalhistas 70 (4) 11.901 25.892 Benefícios pós-emprego 8 13 (125.425) (126.745) Conta de compensação da "parcela A" - - - 177 Encargos do consumidor a recolher - - (18.983) 33.960 Pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética - - 10.964 35.339 Outras contas a pagar - (36.460) (17.151) 12.350 Participação de acionistas não controladores - - (5.469) 113.703

Caixa líquido gerado pelas atividades operacionais 187.687 197.937 1.315.966 960.182 (continua)

Controladora Consolidado

Demonstração dos Fluxos de Caixa

Para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006

(Valores expressos em milhares de reais)

(continuação)

2007 2006 2007 2006Fluxos de caixa das atividades de investimento

Empréstimos concedidos a partes relacionadas - (13.006) - - Aquisição do controle da UEG Araucária - líquida do caixa adquirido - - - (426.306) Aquisição do controle da Centrais Eólicas do Paraná - líquida do caixa adquirido - - (1.393) - Adições em participações societárias e outros investimentos (5.836) (604.743) (12.953) (108.240) Adições no imobilizado - - (516.142) (567.778) Participação financeira do consumidor - - 48.580 43.489 Adições no intangível - - (4.406) (5.747) Adições no diferido - - (341) (145) Venda de bens do ativo imobilizado - - 6.652 -

Caixa líquido utilizado nas atividades de investimento (5.836) (617.749) (480.003) (1.064.727)

Fluxos de caixa das atividades de financiamentoEmpréstimos e financiamentos obtidos 329.600 - 346.592 16.937 Debêntures - emissões - 600.000 - 600.000 Empréstimos obtidos junto a partes relacionadas 5.382 476.565 - - Amortizações de principal de empréstimos e financiamentos - - (99.853) (57.445) Amortizações de principal de debêntures (717.738) - (717.738) - Dividendos e juros sobre o capital próprio pagos (292.323) (122.922) (292.809) (117.997)

Caixa líquido gerado (utilizado) pelas atividades de financiamento (675.079) 953.643 (763.808) 441.495

TOTAL DOS EFEITOS NO CAIXA E EQUIVALENTES A CAIXA (493.228) 533.831 72.155 336.950

Saldo inicial de caixa e equivalentes a caixa 549.414 15.583 1.468.716 1.131.766 Saldo final de caixa e equivalentes a caixa 56.186 549.414 1.540.871 1.468.716

Variação no caixa e equivalentes a caixa (493.228) 533.831 72.155 336.950

Controladora Consolidado

ANEXO II - DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO

Para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006

(Valores expressos em milhares de reais)

NE

2007 2006 2007 2006

Receitas Venda de energia, serviços e outras receitas 29 - - 7.920.094 7.421.326 Provisão para créditos de liquidação duvidosa 31-g - (5.408) (3.899) (65.499) Resultado não operacional 34 12.910 395 (31.109) (22.977)

Total 12.910 (5.013) 7.885.086 7.332.850

( - ) Insumos adquiridos de terceiros Energia elétrica comprada para revenda 31-a - - 1.429.417 1.439.744 Encargos de uso da rede elétrica ( - ) ESS 31-b - - 495.318 523.801 Material, insumos e serviços de terceiros 5.255 8.048 295.206 14.058 Gás natural e insumos para oper. gás - - 132.726 177.702 Encargos de capacidade emergencial e Proinfa 30 - - 256 1.097 Outros insumos 198.084 (167.143) 271.836 (111.394)

Total 203.339 (159.095) 2.624.759 2.045.008

( = ) VALOR ADICIONADO BRUTO (190.429) 154.082 5.260.327 5.287.842

( - ) Depreciação e amortização - - 422.049 372.395

( = ) VALOR ADICIONADO LÍQUIDO (190.429) 154.082 4.838.278 4.915.447

( + ) Valor adicionado transferidoReceitas financeiras 32 90.891 45.221 396.017 729.203 Resultado de participações societárias 33 1.346.836 1.317.590 1.601 (6.187)

Total 1.437.727 1.362.811 397.618 723.016

VALOR ADICIONADO A DISTRIBUIR 1.247.298 1.516.893 5.235.896 5.638.463

Controladora Consolidado

Demonstração do Valor Adicionado

Para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006

(Valores expressos em milhares de reais)

(continuação)

NE

2007 % 2006 % 2007 % 2006 %

DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO :

Pessoal Remunerações e honorários 31-c 4.615 4.398 451.156 441.791 Planos previdenciário e assistencial 31-d 89 73 (13.851) 73.010 Auxílio alimentação e educação 31-c - - 45.675 42.535 Encargos sociais - FGTS 234 213 31.994 33.614 Indenizações trabalhistas 31-c - - 8.293 8.063 Participação nos lucros e/ou resultados 31-c - - 54.254 52.028 Transferências para imobilizado em curso 31-c - - (54.304) (49.487)

Total 4.938 0,4 4.684 0,3 523.217 10,0 601.554 10,7

Governo Federal (49.613) 102.854 1.729.045 1.887.272 Estadual 1 97 1.513.380 1.432.512 Municipal - - 3.530 2.693

Total (49.612) (4,0) 102.951 6,8 3.245.955 62,0 3.322.477 58,9

Financiadores Juros e multas 185.266 166.468 318.259 443.062 Arrendamentos e aluguéis 31-i 96 110 10.765 14.802

Total 185.362 14,9 166.578 11,0 329.024 6,3 457.864 8,1

Acionistas Part.de acionistas não controladores - - 31.090 13.888 Remuneração do capital próprio 28-c 200.000 123.000 200.000 123.000 Dividendos propostos 28-c 67.750 157.951 67.750 157.951 Lucros retidos na empresa * 838.860 961.729 838.860 961.729

Total 1.106.610 88,7 1.242.680 81,9 1.137.700 21,7 1.256.568 22,3

1.247.298 100,0 1.516.893 100,0 5.235.896 100,0 5.638.463 100,0

* Destinados para as reservas do ano (Legal e de Retenção de lucros p/ investimentos) e ajuste de exercícios anteriores, conforme DMPL.

Valor adicionado ( médio ) por empregado 629 706 Taxa de contribuição do patrimônio líquido - % 72,4 88,4 Taxa de geração de riqueza - % 42,4 47,2 Taxa de retenção de riqueza - % 16,6 17,3

Controladora Consolidado

As notas explicativas - NE são parte integrante das demonstrações contábeis.

199

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES

Aos

Administradores da

Companhia Paranaense de Energia – COPEL

Curitiba – PR

1. Examinamos os balanços patrimoniais, individual (controladora) e consolidado, da

Companhia Paranaense de Energia - COPEL e controladas, levantados em 31 de dezembro de

2007 e de 2006, e as respectivas demonstrações, individuais e consolidadas, do resultado,

individual e consolidada, e das mutações do patrimônio líquido (controladora) e das origens e

aplicações de recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a

responsabilidade de sua Administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião

sobre essas demonstrações contábeis.

2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas brasileiras de auditoria e

compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o

volume das transações e os sistemas contábil e de controles internos da Companhia e

controladas; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam

os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas

contábeis mais representativas adotadas pela Administração da Companhia e controladas, bem

como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.

3. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis referidas no parágrafo 1 representam

adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira individual e

consolidada da Companhia Paranaense de Energia – COPEL em 31 de dezembro de 2007 e de

2006, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido (controladora) e as

origens e aplicações de seus recursos referentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo

com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

4. Nossos exames foram conduzidos com o objetivo de emitir parecer sobre as

demonstrações contábeis básicas tomadas em conjunto. As demonstrações individuais e

consolidadas do fluxo de caixa e do valor adicionado contidas, respectivamente, nos Anexos I e II,

são apresentadas para propiciar informações suplementares sobre a Companhia e controladas, e

Deloitte Touche Tohmatsu

não são requeridas como parte integrante das demonstrações contábeis básicas, de acordo com

as práticas contábeis adotadas no Brasil. As demonstrações dos fluxos de caixa e do valor

adicionado foram submetidas aos mesmos procedimentos de auditoria descritos no parágrafo 2 e,

em nossa opinião, estão adequadamente apresentadas, em todos os aspectos relevantes, em

relação às demonstrações contábeis básicas dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e

de 2006, tomadas em conjunto.

Curitiba, 13 de março de 2008

DELOITTE TOUCHE TOHMATSU Iara Pasian

Auditores Independentes Contadora

CRC nº 2 SP 011609/O-8 F-PR CRC nº 1 SP 121517/O-3 S/PR

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

201

RELATÓRIO DO COMITÊ DE AUDITORIA

O Comitê de Auditoria da Companhia Paranaense de Energia – Copel, de acordo com calendário

anual de reuniões, previamente discutido e aprovado por seus membros, realizou reuniões

ordinárias bimestrais; reuniões trimestrais e conjuntas com o Conselho Fiscal, para análise das

demonstrações financeiras da Companhia; e mensais com as diretorias, auditores independentes

e a auditoria interna para abordagem de assuntos no seu âmbito de atuação e para análise de

outros assuntos de sua competência.

A atuação do Comitê no ano de 2007 foi focada na avaliação dos sistemas controles internos e

administração de riscos; na análise dos trabalhos da Auditoria Externa - Deloitte Touche

Tohmatsu, quanto aos seus resultados e quanto às demonstrações contábeis e relatórios

financeiros; na análise dos aspectos que envolvem o processo de preparação dos balancetes e

balanços, das notas explicativas e dos relatórios financeiros publicados em conjunto com as

demonstrações contábeis consolidadas; no exame das práticas relevantes utilizadas pela Copel na

elaboração das demonstrações contábeis; e na análise e acompanhamento dos trabalhos da

Auditoria Interna, com a finalidade de aperfeiçoamento de seu desempenho.

No exercício de suas atividades regulamentares, dentre outras, destacaram-se:

a) Apreciação e aprovação dos resultados e das informações financeiras relativas ao

primeiro, segundo, terceiro e quarto trimestres de 2007;

b) Acompanhamento da evolução do orçamento da Companhia, com a verificação das

flutuações de maior relevo;

c) Revisão das demonstrações financeiras e da sua forma de elaboração e de apresentação;

d) Acompanhamento da contratação de empresa para prestação de serviços de auditoria

independente e da contratação de empresa para prestação de serviços relativos a consultoria em

contabilidade nos padrões do USGAAP;

e) Acompanhamento e supervisão do trabalho da Auditoria Interna da Companhia;

f) Acompanhamento da revisão dos métodos alternativos de tratamento contábil, relativos a

informações contábeis e financeiras;

g) Acompanhamento da revisão das políticas de avaliação e administração de riscos da

Companhia;

h) Análise e apreciação do Balanço Patrimonial relativo ao exercício de 2006;

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

i) Aprovação da proposta da Diretoria para aumento do Capital Social mediante a

incorporação de reservas;

j) Apreciação das principais atividades da Presidência e das Diretorias de Gestão

Corporativa, de Distribuição, Jurídica, de Finanças e de Relações com Investidores; e de Geração

e Transmissão de Energia e de Telecomunicações;

k) Análise e discussão sobre os questionamentos ou fiscalizações relevantes de autoridades

governamentais ou regulamentares;

l) Análise, acompanhamento e aprovação do Regimento Interno da Auditoria Interna e de

seu Planejamento para o ano de 2007;

m) Acompanhamento das denúncias realizadas à Ouvidoria através do Canal de

Comunicação Confidencial, bem como acompanhamento das ações realizadas pela Ouvidoria

com relação à automatização e divulgação desse Canal;

n) Acompanhamento das negociações do dissídio salarial e do Acordo da PLR - Participação

nos Lucros ou Resultados;

o) Aprovação do Relatório 20-F;

p) Análise e acompanhamento de relatórios oriundos dos trabalhos da Auditoria,

q) Acompanhamento dos trabalhos da Auditoria Independente;

r) Verificação das recomendações feitas pela empresa de Auditoria Independente e pela

Auditoria Interna da Copel e, também, das feitas pelo próprio Comitê de Auditoria;

s) Acompanhamento dos resultados das avaliações do processo de melhoria dos controles

internos para atendimento dos requisitos da Lei Sarbanes-Oxley, apresentados pela Auditoria

Externa;

t) Realização de reuniões, da Presidenta com os Diretores, para tratar e/ou esclarecer

diversos assuntos, e acompanhamento dos demais membros nas reuniões nas quais foram

solicitados para tal; e

u) Aprovação da agenda e pautas de reuniões para o ano de 2008.

Na apreciação do Comitê, a forma e as ações adotadas para monitorar os sistemas de controles

internos e administração de riscos, em seus aspectos relevantes, estão bem estabelecidos e

adequadamente direcionados, não tendo sido detectadas exceções relevantes que possam

impactar sua efetividade. Foram detectadas apenas exceções de menor relevância, sendo que as

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

mesmas estão sendo trabalhadas, buscando melhoria da qualidade das informações contábeis,

eliminação de riscos e fortalecimento do sistema de controle interno como um todo.

Com base nos exames e nas informações fornecidas pela Deloitte, o Comitê atesta a objetividade

e a independência dos Auditores Externos, vez que não identificou situações que pudessem afetá-

las e avalia como adequadas as estruturas da Auditoria Interna da Companhia, assim como a

qualidade de seu corpo técnico e gerencial e os resultados apresentados por seus trabalhos.

Não houve o registro de qualquer denúncia de descumprimento de normas, ausência de controles,

ato ou omissão por parte da Administração da Empresa que apontasse a existência ou evidência

de fraudes, falhas ou erros que colocassem em risco a continuidade da Copel ou a credibilidade

de suas demonstrações contábeis e financeiras.

Considerando os sistemas de controles internos existentes, a abrangência e a eficácia dos

trabalhos realizados pelos auditores independentes, assim como seu respectivo parecer, este

Comitê de Auditoria entendeu que as demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2007

apresentam adequadamente a posição financeira e patrimonial da Companhia Paranaense de

Energia – Copel em relação às práticas contábeis adotadas no Brasil, a legislação societária

brasileira, as normas da Comissão de Valores Mobiliários – CVM e as normas editadas pela

Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel e Agência Nacional de Telecomunicações – Anatel,

e recomenda ao Conselho de Administração sua aprovação.

Curitiba, 13 de março de 2008.

Laurita Costa Rosa

Presidenta

Jorge Michel Lepeltier

Rogério de Paula Quadros

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

PARECER DO CONSELHO FISCAL SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS DO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007

Os membros do Conselho Fiscal da COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL, abaixo

assinados, dentro de suas atribuições e responsabilidades legais, procederam ao exame das

Demonstrações Financeiras, do Relatório Anual da Administração e da Proposta da Administração

para Destinação do Lucro Líquido, referente ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2007

e, com base em análises efetuadas e esclarecimentos adicionais prestados pela Administração,

considerando, ainda, o Parecer dos Auditores Independentes, Deloitte Touche Tohmatsu, datado

de 13 de março de 2008, de que os trabalhos requeridos pela Lei Sarbanes-Oxley encontram-se

em andamento e não evidenciam efeitos relevantes nas Demonstrações Financeiras do exercício

de 2007, concluíram que os documentos analisados, em todos os seus aspectos relevantes, estão

adequadamente apresentados, motivo pelo qual opinam favoravelmente ao seu encaminhamento

para deliberação da Assembléia-Geral de Acionistas.

Curitiba, 13 de março de 2008.

ANTONIO RYCHETA ARTEN

Presidente

ALEXANDRE MAGALHÃES DA SILVEIRA

HERON ARZUA

MÁRCIO LUCIANO MANCINI

NELSON PESSUTI